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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia 8 é o Agora Tempo Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Poder O 27 Fim dos Tempos no 12 Cantando Escuro no do Número Abril 2012

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Fim dos Tempos Fé no 12 Cantando Agora Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Abril 2012 no 27 8 é o

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do Número

Abr i l 2012

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www.adventistworld.orgOnline: disponível em 13 idiomas

3 N O T Í C I A S D O M U N D O

3 Notícias & Fotos 6 Notícia Especial 10 Igreja de Um Dia

11 S A Ú D E N O M U N D O

E os Suplementos Vitamínicos?

A R T I G O D E C A P A

16O Poder do Número Um

Kimberly L. Maran entrevista Gilber Cangy, diretor do Ministério Jovem da Associação Geral.

8 V I S Ã O M U N D I A L

Agora é o Tempo Por Ted N. C. Wilson Mudança na estrutura administrativa pode levar

a oportunidades de ministério mais eficazes.

12 D E V O C I O N A L

Cantando no Escuro Por Gerald A. Klingbeil Se você está cansado de cantar sozinho,

ouça os outros e junte-se a eles.

14 V I D A A D V E N T I S T A

Dando Graças Por Nathan Brown Não é simplesmente uma formalidade antes

da refeição.

20 S E R V I Ç O A D V E N T I S T A

A História de Duas Cidades Por Willie Tafadzwa Chinyamurindi Dois grupos de jovens: Separados pela geografia,

mas não pela missão.

22 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Passado, Presente e Futuro Por Ferdinand O. Regalado Jesus ordenou essa cerimônia até o Seu retorno.

24 E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

“Temos o Direito”

26 R E S P O S T A A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

O que Restou?

27 E S T U D O B Í B L I C O

Fé no Fim dos Tempos

28 T R O C A D E I D E I A S

S E Ç Õ E S

Abr i l 2012

Capa: O Departamento de Jovens da Associação Geral tem uma mensagem para os jovens da Igreja: “Só precisamos de uma centelha.”F O T O E I L U S T R A Ç Ã O P O R B R E T T M E L I T I

Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 8, nº 4, Abril de 2012.

2 Adventist World | Abril 2012

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Segundo o presidente da Associação Geral, Ted N. C. Wilson, o grande evento marcado para abril, em Punta Cana, República Domi-nicana confirmará mais uma vez que a “liberdade religiosa é parte do DNA da Igreja Adventista”. O sétimo Congresso Mundial de Liberdade Religiosa, organizado pela Associação Internacional de Liberdade Reli-giosa (IRLA), espera reunir cerca de 800 autoridades governamentais, comunidades ativistas, líderes de igreja, estudiosos e especialistas em direito para três dias de reuniões, iniciando no dia 24 de abril.

Na mensagem em vídeo, Wilson disse que o evento oferece oportu-nidade sem precedentes “de estar próximo àqueles que ocupam posi-ção de influência na sociedade – para buscar uma forma de interceder por milhões de pessoas no mundo hoje, que enfrentam discriminação, aprisionamento, ou pior que isso, simplesmente porque escolheram ser

N O T Í C I A S D O M U N D OO mundo está ficando mais jovem. Essa é uma afirmação que parece

desafiar quase tudo o que sabemos sobre cronologia e ciência, e o que observamos em nosso cotidiano.

A população da Terra está ficando mais jovem.

Isso parece mais plausível, embora ainda pareça contrariar nossa própria experiência. Não nos sentimos ou agimos como mais jovens à medida que o tempo passa. O corpo daqueles que já passaram dos 50, testifica ao contrário!

Os fatos, porém, são incontestáveis. A média de idade dos sete bilhões de habitan-tes do mundo tem diminuído. Varia agora entre o mínimo de 15 anos de idade em alguns países da janela 10/40 e o máximo de 40 anos em várias regiões da Europa.* A maioria das pessoas no mundo hoje, é mais jovem que em qualquer outra época registrada na história.

E o que acontece na população do mundo, também acontece no quadro de membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Mesmo entre as pessoas que aceitam o batismo – incluindo os filhos de adventistas, que geralmente se tornam membros ao redor dos dez ou doze anos – há milhões de membros na Igreja com idade inferior a 30 anos. Esse fato é tanto preocupante como inspirador. Ele nos lembra de que a “energia potencial” da Igreja é vasta e ainda inexplo-rada. Há milhares de adolescentes e jovens com dons concedidos pelo Espírito, os quais, podem ser recrutados para a missão de testemunhar Jesus para o mundo. Mas, significa também que devemos desenvolver rapidamente uma sensibilidade especial para os ministérios e métodos de engajá-los melhor, a fim de alcançarem seus compa-nheiros não cristãos.

Leia o artigo de capa deste mês, “O Poder do Número Um”, orando em seu co-ração para que o ministério jovem da Igreja Adventista do Sétimo Dia se torne a ferra-menta mais efetiva, a fim de compartilhar as

boas novas do Salvador que mudou o mundo em apenas 33 anos!

A Terra Jovem

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ENCONTRO DE LIBERDADE RELIGIOSA: Reverendo John G. W. Oliver, presidente da Iniciativa Interconfecional da Cidade do Cabo, à esquerda, e o imã Seyyed Mohammad Ali Abtahi, teólogo iraniano, erudito e ativista pró-democracia, conversam durante o 6º Congresso Mundial da IRLA, realizado na Cidade do Cabo, África do Sul. O imã atualmente é prisioneiro no Irã, acusado de crimes políticos.

Conferência sobre Liberdade Religiosa Enfoca

Liberdade Global

*Agência Central de Inteligência, The World Factbook Abril 2012 | Adventist World 3

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fieis”. Um estudo internacional de 2011, realizado pelo Pew Forum on Religion and Public Life, concluiu que cerca de um terço da população do mundo – mais de 2,2 bilhões de homens, mulhe-res e crianças – vivem em regiões onde a perseguição religiosa não somente existe, mas está aumentando. Essa previsão sombria para as minorias re-ligiosas não é surpresa para John Graz, diretor do Departamento de Relações Exteriores e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista e secretário-geral da IRLA. “Ao nos reunirmos em Punta Cana para explorar os problemas atuais concernentes à liberdade religiosa, essa terrível realidade de perseguição sem-pre estará diante de nós”, disse ele.

“Servimos um Deus de liberdade que apela a nós por meio do amor, não do medo”, acrescentou Wilson. “Pre-servar e promover a liberdade religiosa para todos os povos, independente da tradição religiosa, sempre será um dos princípios centrais da Igreja”.

O sétimo Congresso Mundial, a ser realizado pela primeira vez na Divisão Interamericana, atraiu palestrantes de todo o mundo, entre eles o embaixador Robert Seiple, ex-embaixador geral dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional e Neville Callam, secre-tário-geral da Aliança Mundial Batista e líder de cem milhões de batistas em todo o mundo. Outros participantes da região incluem: O presidente da Repú-blica Dominicana, Leonel Fernández; o primeiro ministro de Curaçao, Gerrit Schotte; o primeiro ministro de Aruba, Michiel Eman e Caridad Diego Bello, ministra da religião para Cuba.

Para mais informação sobre o congresso e vídeo das seções plenárias, visite www.irla.org.– reportagem de Bettina Krause, IRLA

Paulsen é Homenageado pelo Rei da Noruega

Jan Paulsen, ex-presidente da Asso-ciação Geral da Igreja Adventista do Séti-mo Dia, foi nomeado como comandante da Ordem Real Norueguesa de Mérito. O anuncio do Palácio Real declara que “Sua Majestade o Rei, indicou Jan Paulsen como comandante da Ordem Noruegue-sa de Mérito por sua meritória obra para o bem da humanidade”.

“Estou completamente surpreso e muito honrado por esse reconhecimento vindo de Sua Majestade, o rei da Norue-ga, e seus conselheiros”, disse Paulsen, 77 anos. “Meu coração se enternece com o fato de que o prêmio tenha vindo pelo reconhecimento de ‘serviços pelo bem da humanidade’, pois é esse o objetivo da vida cristã”, acrescentou ele.

A Ordem Real Norueguesa de Mérito foi fundada pelo rei Olav V, em 1985. É conferida a estrangeiros e noruegueses como reconhecimento por excelentes serviços do interesse da No-ruega. A data quando Paulsen receberá a insígnia ainda não foi definida.

Ted N. C. Wilson, atual presidente da Associação Geral, cumprimentou seu antecessor dizendo que “essa é uma demonstração maravilhosa de como Deus conduz uma vida de serviço cristão a uma posição de destaque para que o mundo conheça o Seu poder. Somos gratos por esse reconhecimento especial do governo norueguês ao Pas-tor Paulsen, e agradecemos a ele e à sua esposa por seus muitos anos de serviço dedicados à Igreja de Deus e para o bem da humanidade, tão gentilmente reconhecido pelo rei da Noruega”.

Reidar J. Kvinge, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Noruega disse que “é uma grande honra para a Igreja Adventista no país que o serviço global do pastor Paulsen tenha sido reconhecido dessa maneira”.

Jan Paulsen foi presidente da Asso-ciação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia de janeiro de 1999 a junho de 2010. É doutor em teologia pela Universidade de Tübingen, Alemanha e iniciou seu ministério em 1953 na Noruega. Mais tarde, serviu como professor em Gana e como professor e diretor da Babcock University, na Nigéria. De 1976 a 1980 foi diretor do Newbold College, na Inglaterra, que abriga o principal corpo docente em teologia do movimento Adventista do Sétimo Dia na região Transeuropeia.

Serviu como presidente da Divisão Transeuropeia por doze anos, em St. Albans, Inglaterra, antes de ir para Silver Spring, Maryland (EUA), como vice-presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia.– reportagem de Tor Tjeransen, diretor de comunicação da União Norueguesa.

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HOMENGAEM NORUEGUESA: Jan Paulsen, presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia de 1999 a 2010, foi nomeado comandante da Ordem Real Norueguesa de Mérito, ordem criada pelo rei Olav V, em 1985.

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N O T Í C I A S D O M U N D O

Lançada a Iniciativa “Reavivados por Sua Palavra”

Os adventistas do sétimo dia no mundo todo estão sendo convidados a ler diariamente um capítulo da Bíblia, começando no dia 17 de abril até o encerramento da assembleia da Asso-ciação Geral da IASD, em julho de 2015. “Reavivados por Sua Palavra”, como é denominada a iniciativa, está recebendo o apoio dos membros e líderes da Igreja.

“Em todas as partes do mundo, e particularmente na África, tenho visto o poder da Bíblia na vida das pessoas de diferentes classes sociais”, disse Pardom Mwansa, vice-presidente da Associação Geral que está responsável pelo projeto. “Ao se comprometerem com esse pro-grama de ler a Bíblia diariamente, em oração, creio que os adventistas do sé-timo dia não apenas aprenderão muito sobre o Deus que servem, mas também serão muito abençoados”, acrescentou.

Segundo os organizadores, “o obje-tivo do projeto é dar oportunidade para que Jesus fale a Seu povo por meio da Palavra, para que O conheçam melhor, busquem mais profundamente a Ele e compartilhem mais do Seu amor”.

“Se há um hábito que transforma a vida e a conversa dos cristãos, esse é o de nos colocarmos diariamente diante da Palavra de Deus e enchermos a men-te com a mensagem do Deus de amor”, disse Bill Knott, editor da Adventist World e membro da Comissão de Reavivamento e Reforma da Igreja. “Estou orando para que nossos irmãos aceitem o desafio e façam dos próximos três anos um período especial de graça e poder para esse povo remanescente.”

Mais informação sobre o projeto está disponível online, na página www.revivalandreformation.org [ícone exclusivo]. – Equipe da Adventist World

Pr. Wilson se Encontra com Líderes na Jamaica e Adventistas no Haiti

Ted N. C. Wilson, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia, se reuniu com a alta liderança do governo da Jamaica durante recente viagem à nação para promover o programa de Reavivamento e Reforma da Igreja.

O Pr. Wilson, sua esposa Nancy e os líderes da Igreja Adventista local fize-ram uma visita de cortesia à primeira ministra da Jamaica, Portia Simpson Miller e ao governador geral Sir Patrick Allen. A visita coincidiu com o quin-quagésimo aniversário de independên-cia da nação.

Miller elogiou as contribuições da Igreja na educação e no desenvolvimen-to geral do país. “A Igreja Adventista do Sétimo Dia desempenha um papel muito importante e realiza excelente trabalho na Jamaica”, disse ela.

Há cerca de 270 mil adventistas e mais de 650 igrejas no país. Os líderes da Igreja estimam que uma em cada onze pessoas é adventista na Jamaica.

Wilson disse à primeira ministra: “Queremos ser vistos como parte inte-grante da sociedade. Desejamos que os adventistas do sétimo dia sejam conhe-cidos como o povo que genuinamente cumpre o ministério de Jesus”, enfatizou ele, citando a educação, o enfoque na saúde, programas sociais e orientação espiritual.

Ainda no Caribe, Wilson também visitou o Haiti. Dois anos após a de-vastação pelo terremoto, os adventistas dali continuam a reconstruir igrejas e escolas com a ajuda da Maranatha Volunteers International, da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais e das ofertas de membros da Igreja em todo mundo.– reportagem de Nigel Coke, Divisão Interamericana

Presidente Polonês se Reúne com os Líderes da Igreja Adventista no País

Os líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Polônia estavam entre os representantes das comunidades religio-sas das nações do Leste Europeu que se encontraram com o presidente polonês Bronislaw Komorowski, no dia 24 de janeiro de 2012.

Komorowski falando aos líderes religiosos, entre eles representantes de organizações cristãs, judaicas e mu-çulmanas, disse que a Polônia é “uma comunidade de pessoas bastante diversa em termos de idioma, cultura e religião”.

Ele enfatizou a ideia de que o estado é uma “boa comunidade, capaz de abraçar, manter, apreciar e realçar tudo o que é bom na diversidade”.

Referindo-se à ampla natureza inter-religiosa da reunião, Marek Rakowski, secretário da União Polonesa, comen-tou: “Para mim, a própria natureza da reunião foi especial. Ao receber vários

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BOAS-VINDAS JAMAICANAS: Ted N. C. Wilson cumprimenta a primeira ministra jamaicana Portia Simpson Miller, em Kingston, no dia 3 de fevereiro. Os dois líderes falaram sobre o papel da Igreja Adventista no país e oraram juntos.

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dignitários importantes do mundo religioso, ele (presidente) foi muito neutro e, no bom sentido da palavra, secular. Não houve orações ou rituais que causassem qualquer desconforto a nenhum dos convidados.”

A delegação adventista presenteou o presidente Komorowski com uma edição especial de O Desejado de Todas as Nações, de Ellen G. White e uma série de filmes sobre os heróis da Reforma Protestante.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia está presente na Polônia há aproxima-damente 125 anos e tem cerca de sete mil membros no país. – reportagem de Andrzej Siciński, tedNEWS

sobre a clareza e a precisão do texto tanto quanto os estudiosos?

Exatamente. O Espírito Santo está guiando a Igreja, e cada membro é precioso. Nosso grande Deus pode usar e falar por meio de qualquer membro.

KNOTT: Na minha compreensão, a comissão está pedindo sugestões sobre o texto revisado, mas espera comentários sucintos.

Precisamos dizer, em primeiro lugar, que a tarefa não é reescrever as Crenças Fundamentais. A tarefa é ver se o texto que temos usado já há vários anos requer alguma mudança. Como a lin-guagem é dinâmica, é possível que uma nova linguagem possa expressar me-lhor o que a Igreja historicamente tem crido nesses pontos. Faz mais de trinta anos que a declaração das Crenças Fundamentais foi aprovada pela Asso-ciação Geral (1980). Estamos envolvi-dos numa revisão editorial das Crenças Fundamentais, não em reescrevê-las. Segundo, temos uma missão especial a nós conferida na última seção da

N O T Í C I A S D O M U N D O

KNOTT: Soube que a Comissão de Revisão das Crenças Fundamentais está propondo um modelo para envolver não apenas estudiosos de teologia, mas toda a Igreja quando considerar qualquer ajuste às 28 Crenças Fundamentais. Por que é importante envolver outras pessoas além dos que são especialistas no manejo da Palavra?

Bem, penso que é muito importante que toda a Igreja esteja envolvida, porque as doutrinas desse movimento não foram cravadas na pedra. Temos nossas Crenças Fundamentais que são a expressão de como a Igreja em todo o mundo compreende a mensagem bíblica. E assim, é muito importante que sempre que for anali-sada ou considerada uma revisão, haja o envolvimento de todos – membros leigos, pastores, teólogos, administra-dores – todos.

KELLNER: Então, uma pessoa leiga que estuda as Crenças Fundamentais está sendo convidada a fazer comentários

Em resposta a uma decisão da última Assembleia da Associação Geral (2010) foi estabelecida a Comissão de Revisão das Crenças Fundamentais, para analisar quaisquer ajustes que eventualmente sejam necessários. Artur Stele, vice-presidente da Associação Geral e presidente da comissão, se reuniu recentemente com Bill Knott, editor da Adventist World e Mark Kellner, editor de notícias, para falar sobre como será esse processo.

Ouvindo, Estudando

Testemunhandoe

PRESIDENTE POLONÊS: da esquerda para direita, Bronislaw Komorowski, presidente da Polônia, cumprimenta Pawel Lazar, Marek Rakowski e Ryszard Jankowski, pastores adventistas do sétimo dia.

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6 Adventist World | Abril 2012

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N O T Í C I A S D O M U N D O

Associação Geral, para examinarmos nossa Crença Fundamental – número 6, que trata sobre a criação. Recebemos a missão de integrar a linguagem dessa crença a um documento chamado “Afirmação da Criação”, votado no Concílio Anual em 2004. Estamos con-vidando todos os adventistas – todos que queiram contribuir – a nos es-crever; não queremos, porém, receber dissertações! Estamos incentivando os que têm sugestões sobre a linguagem a expressá-las em duas ou três sentenças. Primeiro, devem identificar a mudança sugerida, e, depois, justificar a mudan-ça em uma ou duas sentenças. Estamos pedindo que as sugestões sejam breves para que possamos realmente ler e digerir o maior número possível de recomendações.

KELLNER: O senhor mencionou a missão especial dada pela Comissão sobre a Crença Fundamental – número 6, no assunto da criação. Quão importante é essa crença para a vida da Igreja Adventista do Sétimo Dia?

Bem, em minha opinião essa crença fundamental é bastante crucial, porque todo o nosso sistema de crenças como Igreja Adventista do Sétimo Dia está muito interligado. Se você tirar uma, especialmente uma que é central como a crença na criação, todo o prédio desmoronará. E a número 6 é a crença fundamental que realmente alicerça toda a estrutura das nossas crenças. Se você não crê na criação, definitivamente não crerá no relato bíblico da recriação, a criação de novos céus e nova Terra. Se você não crê na criação como descrita na Bíblia, o sábado – que é o memorial semanal da criação – rapidamente diminui em significado. Assim, é fundamental que a linguagem que escolhermos para expressar nossa crença na criação claramente articule o que queremos expressar sobre o que a Bíblia ensina.

KNOTT: A Comissão de Revisão das Crenças Fundamentais dedicou um período de tempo específico para o que chamou de “ano para ouvir”. O que isso significa?

Em 2005, a assembleia da Associação Geral adotou um processo formal pelo qual qualquer revisão necessária em nossas Crenças Fundamentais, a Igreja cuidadosamente consideraria todos os grupos pertinentes. Nesse, é preparado um rascunho preliminar que é revisa-do pela Comissão Executiva da Igreja e, então, ele é distribuído por meio da mídia da Igreja para todas as Divisões, Uniões, seminários, todos os teólogos e membros da Igreja. É dado um tempo para que reajam e respondam. Então, antes da Assembleia da Associação Geral, todas as sugestões são revisadas; é aprovado um rascunho final e envia-do à sessão da AG. Esse é o caminho normal. Dessa vez sugerimos um passo além. Antes de começarmos a votar o plano, decidimos dar um ano inteiro

para que todos os nossos membros, teólogos e pastores possam enviar suas recomendações para o grupo de traba-lho que prepara as cópias preliminares no início do processo. Queremos a mais ampla participação possível ao iniciar o processo – e isso significa que precisamos de um tempo razoável para “ouvir a igreja”. As crenças que estamos descrevendo não são apenas de um grupo da igreja, ou a crença do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral. Essas são as crenças de toda a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por isso é importante avançarmos lentamente, dando oportunidade para que todos se envolvam e, para que o processo seja usado como uma oportunidade espi-ritual de mergulharmos, mais uma vez, naquilo que a Palavra nos ensina. ■S

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São bem-vindas sugestões individuais para integrar a atual Crença Fundamental No 6 disponível na página (http://www.adventist.org/beliefs/fundamental/index.html) e a “Afirmação da Criação” (http://www.adventist.org/beliefs/statements/main-stat54.html) ou a revisão do texto de outra afirmação:

1. Identificando a mudança do texto recomendado;

2. Enviando breve justificativa de no máximo 150-200 palavras;

3. Enviando as sugestões por um dos seguintes métodos:

a. Correio: FBRC, Biblical Research Institute, General Conference of Seventh-day Adventists, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland, EUA

b. Email: [email protected]

EM SINTONIA: Artur Stele, vice-presidente da Associação Geral e presidente da Comissão de Revisão das Crenças Fundamentais, planeja apresentar relatório na assembleia da Associação Geral de 2015.

QUAL É A SUA OPINIÃO?

Abril 2012 | Adventist World 7

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No sábado, 24 de março, tive o grande privilégio de trabalhar lado a lado com nossos irmãos

e irmãs do Brasil, entregando livros A Grande Esperança (O Grande Conflito – versão resumida) ao caloroso e amável povo da cidade de São Paulo.

Esse evento especial foi antecedido por semanas de planejamento cuidadoso. Os livros foram encomendados, a cidade dividida por regiões e o treinamento realizado. Quando o dia chegou, todos sabiam o que fazer. Os resultados foram surpreendentes. Pela graça de Deus, em apenas um dia, foram distribuídos aproximadamente 26 milhões de livros A Grande Esperança em toda a América do Sul – três milhões só em São Paulo.

Isso, porém, é apenas o começo. Nos últimos dois anos os membros da Igreja na Divisão Sul-Americana se comprometeram a distribuir cerca de 70 milhões desse poderoso livro em todo o continente. E já estão vendo grandes resultados.

Certo sábado à tarde, na cidade de Juiz de Fora, MG, um senhor batista recebeu um livro A Grande Esperança. No domingo à noite, ele já havia lido todo o livro, visitado a Igreja Adventista do Sétimo Dia mais próxima e pedido ao pastor para ser batizado! Imagine o que teria acontecido se ninguém tivesse dado o livro a ele.

Um Livro Singular A distribuição do livro A Grande

Esperança pela Divisão Sul-Americana é um excelente exemplo das várias Divisões do mundo que estão planejando, ou já começaram a distribuir O Grande Con-flito em sua versão clássica ou abreviada. O inimigo não queria que Ellen White escrevesse O Grande Conflito, e a tentou matar enquanto estava no processo de escrevê-lo. Porém, pelo poder de Deus ela perseverou e declarou que esse livro, entre todos os outros, é o que ela gostaria que fosse mais divulgado.

Qual o motivo? Porque O Grande Conflito descreve o progresso e a vitória da obra de Deus desde o início da Igreja cristã, passando por nosso tempo e indo até os últimos dias que antecedem a vinda de Cristo. É claro que o inimigo não quer que as pessoas sejam alertadas para o modo como ele trabalha ou que fiquem cientes da importância da Palavra de Deus como fonte de vida. O Grande Conflito demonstra claramente os esforços diabólicos de Satanás para desviar nossa atenção da Palavra de Deus e da preciosa mensagem de salva-ção que Cristo oferece a todos.

Esse livro tem sido fonte de incon-táveis experiências de conversão e essa é uma das razões mais importantes por que precisamos distribuí-lo. Esse é também um dos principais motivos de o inimigo não querer que aconteça.

Feiticeiro Convertido Até feiticeiros aceitaram a Jesus

Cristo como seu Salvador após lerem O Grande Conflito. Há alguns anos, um

evangelista adventista do sétimo dia foi a uma pequena cidade na encosta de uma colina, no nordeste da Índia, para apresentar a mensagem de Cristo ao povo ali. O feiticeiro local ficou furioso e repetidamente ameaçou de morte o pastor adventista, que visitava esse homem e orava por ele.

Entretanto, após cinco meses, o feiticeiro ficou gravemente doente. O evangelista foi visitá-lo e explicou que em sua vida havia uma batalha entre os anjos de Cristo e os anjos maus, e deixou o livro O Grande Conflito com ele. Uma semana depois o evangelista voltou e descobriu que o feiticeiro havia não apenas lido o livro, mas mudado seu estilo de vida. Ele recebeu o evangelista com um sorriso e o convidou para uma refeição. Eles ora-ram juntos e, em um mês, o homem começou a se desfazer de todos os seus objetos de feitiçaria. O evangelista, então, voltou regularmente e estudou a Bíblia com esse querido homem e sua família. Como resultado, todos foram

AgoraTempo

Por Ted N. C. Wilson

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V I S Ã O M U N D I A L

8 Adventist World | Abril 2012

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batizados na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Quando os habitantes da vila vêm em busca de cura, o ex-feiticeiro compartilha com eles as verdades que aprendeu lendo O Grande Conflito, e lhes conta que aceitou a Jesus como seu Salvador.

Minha firme convicção é que have-rá milhares de pessoas que se tornarão fieis adventistas do sétimo dia por meio do Projeto O Grande Conflito e pelo contato com membros dedicados da Igreja.

Forte Apoio de Leigos As Divisões em todo o mundo

estão apoiando esse projeto, a maioria de forma bem dinâmica. A IASD se comprometeu a distribuir cerca de 175 milhões de livros em várias versões do O Grande Conflito durante 2012 e 2013. Essa é uma obra do Espírito Santo! Esse projeto chamou a atenção e o entusiasmo dos membros das igrejas locais, que estão promovendo o livro massivamente.

Na Nigéria, doze membros leigos decidiram imprimir O Grande Conflito em quantidade suficiente para atingir dez por cento da população, com um alvo de 16,7 milhões de livros. Esse projeto foi uma maravilhosa surpresa para a Divisão Centro-Oeste Africana, que havia estabelecido o alvo de doze milhões de livros para o seu território.

Um empresário da Indonésia se ofereceu para imprimir meio milhão de cópias da versão clássica de O Grande Conflito no idioma indonésio (ao custo de 1,5 milhões de dólares), e desafiou outros empresários a financiar mais livros. Seu desafio foi imediatamente aceito por outro casal leigo que con-cordou em imprimir um adicional de vinte mil livros para serem distribuídos naquele país.

Nos Estados Unidos, uma igreja de 40 membros em Konnarock, Virgínia, está impactando fortemente a sua área. Embora a maioria dos membros tenha baixa renda, está apoiando fielmente o projeto. Associada a outras duas igrejas

adventistas em Wytheville e Marion, distribuíram até agora cerca de 48 mil livros, e esperam alcançar todo estado de Oeste Virgínia.

Quando a Catástrofe se Torna Oportunidade

No Peru, durante uma entrevista ao vivo na televisão nacional, uma família adventista teve a oportunidade especial de distribuir O Grande Conflito diante de milhões de espectadores. No dia 13 de janeiro, a família Paredes estava a bordo do navio Costa Concórdia quando este encalhou.

A família se jogou na água gelada para salvar a vida e, esperou quase quarenta minutos para ser resgatada. O pai disse que sua família só conseguiu permanecer calma em meio à crise, devido à esperança que têm em Jesus e em Sua promessa de vida eterna. Ao final da entrevista, Paredes usou a oportunidade para falar sobre O Grande Conflito e explicou “que os Adventistas do Sétimo Dia oferecem esse livro como presente para as pessoas que querem aprender mais sobre Deus e Seu amor por nós”.

Os livros contêm informações de contato para solicitar a edição completa, assim como cursos bíblicos e outros materiais.

Uma Oportunidade para Todos Quero dar uma palavra especial de

estímulo para aqueles que gostariam de fazer parte desse projeto, mas não sabem como.

Primeiro, consiga alguns livros O Grande Conflito (A Grande Esperança, Brasil) e tenha-os perto de você no carro ou em casa. Deixe um exemplar em sua pasta, bolsa ou outro lugar de fácil acesso. Segundo, ore sinceramente: “Senhor, Tu disseste a Ellen White que esse livro deveria ser distribuído mais do que qualquer outro livro. Sou uma extensão dessa vontade, mas não sei

O Grande Conflito descreve os esforços diabólicos de Satanás para desviar nossa atenção da Palavra de Deus e da preciosa mensagem de salvação que Cristo oferece a todos.Tempo

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Sinde, Zâmbia

O professor Wilson está quase cego. Vagarosamente, por vários anos, sua visão foi escurecendo devido a uma doença degenerativa.

A mente de Wilson, porém, é bri-lhante e seu coração alegre. Especial-mente, quando o diácono chama os membros da Igreja de Sinde para o culto, batendo no velho amortecedor dependurado num cajueiro ao lado da recém-construída Igreja de Um Dia.

Wilson é professor, agricultor e vaqueiro. Mas, ele lhe diria que seu “trabalho de verdade” é plantar igrejas como a de Sinde.

“Quando me solicitam para dar aulas em uma das escolas públicas”, diz Wilson, “aceito, e, em seguida começo a dizer aos meus alunos que eles podem ter uma vida plena se apenas aceitarem a Jesus como Salvador pessoal. Em pouco tempo temos uma nova igreja em baixo de uma árvore, perto do poço da cidade.”

A congregação de Sinde já terminou as paredes, a plataforma e os bancos da Igreja de Um Dia. Também, o núcleo da Escola Sabatina de Um Dia que foi construído há dois anos para eles pela ASI e Maranatha Volunteers International.

O professor ouve o “sino” para o culto e “vê” o céu se enchendo com seus alunos!

A Igreja de Um Dia é um programa de colaboração entre a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Adventist-laymen’s Services e Industries (ASI), [Federação de Empresários Adventistas] e Maranatha Volunteers International. Estas histórias chegam até você, todos os meses, por meio de Dick Duerksen, o “Contador de Histórias” de Maranatha.

a quem oferecer. Que nas próximas 24 horas, eu tenha a oportunidade de ajudar alguém a receber esse livro. Não sei quem ou como – um membro da minha família? Um vizinho? Dá-me a oportunidade e mostra-me a quem deva doar.”

Creia, então, que o Senhor vai lhe conceder a oportunidade. Quando você doar, faça com o maior amor e carinho por essa pessoa, como jamais teve. O Senhor criará a oportunidade; esse é o Seu trabalho. Ele é responsável por abrir as portas, mas vamos ficar bem atentos para enxergarmos que a porta está aberta.

Resultados Fenomenais Enquanto as pessoas de todo o

mundo, em todas as divisões, saem para distribuir esses livros, pedimos que você ore para que o Espírito Santo bloqueie qualquer esforço por parte do inimigo para impedir as pessoas que receberem de lê-lo. O Grande Conflito relata a notável intervenção da mão de Deus para proteger Sua Igreja ao longo dos séculos, e os leitores não conseguem permanecer apáticos à abordagem incrível e pró-ativa de Deus em relação a nós, e ao triunfo final como resultado dessa verdade.

Os resultados desse projeto, por meio da bênção direta de Deus, serão fenomenais. Vivemos num período crítico pouco antes dos eventos finais que o próprio livro descreve, eventos que estão fundamentados nas profecias de Daniel e Apocalipse. Como é impor-tante que espalhemos essa mensagem, e que nós mesmos creiamos nela. Jesus logo voltará! ■

Ted N. C. Wilson é presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.

Igreja de Um Dia

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Allan R. Handysides, médico ginecologista, é diretor do Ministério da Saúde da Associação Geral.

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor associado do Departamento de Saúde da Associação Geral.

Esse assunto é realmente questionável devido às afirmações dos possíveis benefícios que esses suplementos

trazem à saúde. A indústria de suplementos é enorme e muito rentável. Estima-se que mais da metade dos americanos toma, pelo menos, um suplemento diariamente e gasta aproximadamente 25 bilhões de dólares por ano com eles. Suplementos de todos os tipos são usados em todo mundo.

O que é um suplemento? É uma substância ingerida pela boca, mas que não é alimento. Pode se apresentar na forma líquida, em cápsulas, pó ou até injetável. Tem o propósito de acrescentar à dieta o que não está sendo ingerido em quanti-dade suficiente. Os suplementos podem ser facilmente comprados e, geralmente, não são testados, controlados ou regula-mentados como são os medicamentos, e muitos dos efeitos prometidos não foram provados. Um suplemento para dieta pode conter vitaminas, minerais, hormônios, aminoácidos, extratos de plantas ou ani-mais. De fato, pode conter qualquer coisa!

Foram realizados vários estudos clínicos nos últimos anos, para testar se a adição de suplementos à dieta realmente causa alguma diferença em nossa saúde e se envolve algum risco.

A vitamina E, quando testada, não confirmou possuir os benefícios propagados que sugeriam a proteção contra doenças cardíacas e derrame. Na realidade, ela está associada ao aumento da doença que deveria prevenir. Além disso, em recente Teste de Prevenção do Câncer pelo Selênio e Vitamina E (SELECT), pesquisas descobriram que os suplementos de vitamina E podem aumentar em até 17 por cento o risco

de desenvolver um câncer de próstata. Igualmente surpreendentes são os

resultados encontrados quando os suple-mentos de beta-caroteno foram testados sob a hipótese de que preveniam o desen-volvimento do câncer. Os estudos tiveram que ser interrompidos prematuramente pois houve uma elevação na incidência de câncer do pulmão no grupo que tomava beta-caroteno adicional. O beta-caroteno é uma substância encontrada em vegetais amarelos e é seguro quando consumido na dieta, mas inseguro quando ingerido em forma de suplemento.

O recente Estudo de Saúde da Mulher de Iowa (cerca de 39 mil mulheres foram estudadas por mais de 19 anos), publica-do no jornal Archives of Internal Medicine (Arquivos da Medicina Interna) no fim de 2011, levantou outras preocupações sobre o uso rotineiro de suplementos de vitami-nas e minerais (rotina destinada à ausência específica devido a deficiências patológicas ou nutricionais). Uma parte desse estudo sugere uma ligação entre a ingestão de multivitaminas e o aumento nos índices de morte em mulheres idosas. Suplementos de cobre e ferro também estão associados a essa tendência preocupante.

Em total contraste com o estudo acima mencionado, está o fato surpre-endente de que a deficiência do ferro é a deficiência nutricional mais comum no mundo. Dois bilhões de pessoas são anêmicas e muitas delas por deficiência de ferro. Os habitantes dos países em desenvolvimento certamente se benefi-ciariam com apropriado suplemento de ferro, devidamente supervisionado.

Quem deve tomar suplementos de vitaminas e minerais?

■ Quem sofre de deficiências nutri-cionais devido a dieta inadequada.

■ Mulheres grávidas – foi provado que o suplemento de ácido fólico (antes e durante o primeiro trimestre de gravidez) diminui deformidades no tubo neural. Durante a gravidez pode ser necessário um suplemento de ferro.

■ Indivíduos de pele escura e os que ficam expostos ao sol menos de 15 minutos ao dia, podem ser beneficiados pelo suplemento de vitamina D.

■ Indivíduos com doenças gastroin-testinais responsáveis pelo decréscimo da absorção dos nutrientes alimentares, como a doença celíaca (sensibilidade ao glúten).

■ Indivíduos em tratamento contra o câncer (quimioterapia).

O melhor método e a maneira mais segura de se obter os nutrientes essenciais é por meio de uma dieta saudável, rica em frutas, castanhas, vegetais e legumes. Se o leite e seus derivados forem excluídos (dieta vegetariana total ou vegana), deve haver suplementação de vitamina B12. Os suplementos diversos no varejo podem interagir com outros medicamentos e cau-sar situações perigosas – por exemplo: alho, vitamina E e ginkgo biloba podem interagir com anticoagulantes e causar sangramento.

Antes de tomar suplementos, consulte seu médico. A ciência tem mostrado que seguir ingenuamente as propagandas ou a intuição pode ser muito perigoso. ■

Por favor, qual sua opinião sobre as informações confusas em relação às vitaminas e outros suplementos nutricionais? Refiro-me especialmente a estudos anteriores que afirmam que a vitamina E contribui para as doenças cardíacas e morte; e mais recentemente, que o suplemento de vitamina E aumenta consideravelmente o risco de câncer de próstata.

Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless

S A Ú D E N O M U N D O

Vitamínicos?SuplementosE os

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O ano era 1529. O local, Espira, Alemanha. Um pequeno grupo de príncipes protestantes

se dirigia para participar da Dieta de Espira, convocada pelo imperador Carlos V. Esse não era um grupo vocal. Eles aparentavam perplexos e preocupados. Enfrentando imensas pressões tanto do imperador como do papado, tinham duas opções: ou mantinham seu com-promisso com as Escrituras e a Reforma (e enfrentariam terrível guerra civil e perseguição); ou, cediam às pressões da maioria rejeitando assim os princípios de liberdade de expressão e de consciência.1 É-nos dito que Martinho Lutero compôs “Castelo Forte é Nosso Deus” nessa ocasião. Momento quando a vida, a fé e o futuro da Reforma estavam em jogo.

Castelo forte é nosso Deus, refúgio e fortaleza.

Com Seu poder defende os Seus, e os livra com presteza.

Com fúria pertinaz, nos segue Satanás,

Com artimanhas tais e astúcias tão cruéis

Que iguais não há na Terra.

no caminho e nos expunha as Escritu-ras?” (Lc 24:32).3 Não se importando com outra longa viagem e os perigos de viajar à noite, voltaram às pressas a Jerusalém para contar aos outros.

A nossa força nada faz, estamos, sim perdidos;

Mas nosso Deus socorro traz, e somos protegidos.

Sabeis quem é Jesus, o que venceu na cruz?

Senhor dos altos Céus, e, sendo o próprio Deus,

Triunfa na batalha.

Mais CançãoAo longo da história, Deus tem

escolhido momentos estranhos para Seu louvor. A segunda metade do sétimo século a.C. foi marcada pelas grandes mudanças e desafios do antigo Oriente Próximo. O Império Neo-Assírio estava em declínio e um novo poder, localizado na antiga Babilônia, na Mesopotâmia, começava a impor sua influência e poder. Foi dada outra oportunidade a Judá, governado pelo rei Josias, e uma grande reforma

Por Gerald A. Klingbeil

Participe do coralEscurono

Cantando

Evento Não MusicalMil e quinhentos anos antes, um

pequeno grupo de homens e mulheres se amontoava temeroso. A sombra da cruz ainda estava na colina. A própria terra parecia enlutada e as trevas e tre-mores haviam assustado os habitantes de Jerusalém. Jesus estava morto, seu querido Mestre não mais andaria com eles para tocar os indignos e negligen-ciados e pregar o reino de Deus – ou pelo menos era isso que pensavam. Imagine a desilusão, medo e agonia que os discípulos devem ter sentido. No sábado, seus maiores sonhos e es-peranças estavam esmagados e temiam por sua própria vida. Ninguém tinha vontade de cantar. Eles se esconderam no aposento superior e temerosamente esperaram.

Na manhã seguinte, dois dos discí-pulos voltaram para casa.2 O caminho para Emaús se estendia diante deles por mais de onze quilômetros. Tinham o coração vazio e as esperanças des-pedaçadas. Porém, no fim da jornada, após reconhecerem o Salvador ressur-reto, estavam explodindo de vontade de gritar (e cantar) as boas novas da tumba vazia. “Não estava queimando o nosso coração, enquanto Ele nos falava

B I L L K N O T T

D E V O C I O N A L

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iniciou. O rei era apoiado por vozes proféticas; dos doze profetas menores, uma delas estava entre Habacuque e Ageu. Sofonias é um livro profético singular. Seu autor deve ter sido um membro da família real, pois sua genealogia (Sf 1:1), remonta quatro gerações até o Rei Ezequias.

Quando Deus falou através de Sofo-nias, estava Se dirigindo a Judá e Jerusa-

Não nos iriam assustar, nem somos derrotados.

O grande acusador dos servos do Senhor,

Já condenado está; vencido cairáPor uma só palavra.

Do Luto ao LouvorSofonias, os discípulos antes da

ressurreição e os príncipes alemães protestantes – todos eles, não deveriam cantar. Estava tudo escuro ao redor deles – o julgamento era iminente, a destruição certa – e, ainda assim, eles se uniram, e em coro cantaram em harmonia com o próprio Deus que está sempre pronto a cantar alegremente pela sua criação.

Sim, que a palavra vencerá, sabemos com certeza;

E nada nos assustará, com Cristo por defesa.

Se temos de deixar parentes, bens e lar,

Embora a vida vá, por nós Jesus está

E dar-nos-á Seu reino.

Seu reino é para sempre, e sempre – e sempre. Em meio aos nossos momen-tos escuros, você já ouviu a música? ■

1 Leia a história do que ficou conhecido como o “protesto de Espira” (portanto, “Protestantes”) no livro O Grande Conflito, de Ellen G. White (Casa Publicadora Brasileira) pp. 197-210.2 Leia Lucas 24:13-35 mais uma vez e perceba a transformação ocorrida nesse primeiro dia da semana memorável. 3 Exceto quando indicado, todos os textos bíblicos foram extraí-dos da Nova Versão Internacional.

ao arrependimento e um vislumbre da restauração divina (Sf 3:1-13). Em meio ao mal, ao julgamento e destruição, uma canção está prestes a ser cantada para o povo remanescente de Deus. Veja cuidadosamente suas palavras: “Pois o Senhor, seu Deus, está com vocês; Ele é poderoso e os salvará. Deus ficará contente com vocês e por causa do Seu amor lhes

Gerald A. Klingbeil é editor associado da Adventist World e gosta de cantar com sua

esposa Chantal e suas três filhas.

B I L L K N O T T

lém. Quando encontrar um tempo, leia todo o livro de uma só vez (que não vai demorar muito). No primeiro capítulo tem-se a impressão de que um tsunami está vindo em direção a Jerusalém. É tempo de julgamento e parece que o povo de Deus não entendeu. É o tempo do fim para Jerusalém e parece que a idolatria, opressão ou simplesmente apatia continua entre eles como antes. Não é hora para cânticos alegres de adoração. É tempo de crise. “O grande dia do Senhor está próximo” (Sf 1:14), grita o profeta e é maior do que Judá e Jerusalém (Sf 1:14-2:3).

Sofonias, no entanto, não para aí. Toda mensagem divina de juízo imi-nente também contém um chamado

dará nova vida. Ele cantará e se alegrará” (Sf 3:17, NTLH). Deus não é um Ser distante e inacessível – Ele quer estar perto do Seu povo e está prestes a cantar uma canção, em alto volume, uma canção de alegria por aqueles que confiaram em Sua Palavra, que confiaram em Sua direção e que apreciaram a Sua graça. Essa, no entan-to, não é uma canção sentimental de amor celebrando as boas vibrações da vida religiosa. É o melodioso grito de vitória de Deus – a única referência nas Escrituras onde encontramos Deus cantando.

Se nos quisessem devorar, demônios não contados,

Toda mensagem divina de juízo iminente também contém um chamado ao arrependimento e um vislumbre da restauração divina.

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Há alguns anos, A. J. Jacobs, jornalista de Nova Iorque, desafiou a si mesmo a viver literalmente, por um ano, como a Bíblia determina. Sua primeira tarefa

foi vasculhar toda Bíblia à procura de mandamentos, regras e instruções o máximo que pôde. Desde os Dez Mandamentos até cada detalhe das leis de purificação do Antigo Testamento, a lista de Jacobs totalizou mais de setecentas instruções espe-cíficas. Em seguida, com um grupo de conselheiros espirituais ele começou a colocá-las em prática. Seu livro –The Year of Living Biblically1 (Um Ano Vivendo Segundo a Bíblia) – descreve a experiência.

Jacobs mergulhou nesse projeto por um ano inteiro. Isso causou um impacto em suas crenças e atitudes. Ele se sentiu uma pessoa melhor, mais atencioso com os outros e “viciado em dar graças”.

Realmente, ele declarou que o ato de dar graças foi a maior descoberta nessa experiência. “A Bíblia diz para darmos graças ao Senhor após as refeições”, explicou ele. “Eu fiz isso. Talvez demasiado. Eu me empolguei. Dei graças por tudo, pelo metrô que chegava na hora, pelo conforto do meu sofá, etc. Era estranho, mas ótimo. Nunca estive tão consciente de milhares de pequenas coisas que dão certo em nossa vida.”2

Dando Graças, Pedindo a Bênção Jacobs se deparou com um segredo para viver a vida como

seguidor de Deus. A Bíblia repetidamente nos diz que a vida e tudo o que a sustém são presentes de Deus – e que nossa melhor resposta é a gratidão. A maioria das tradições reli-giosas em todo mundo e ao longo da história pratica alguma forma de bênção e ação de graças antes ou após as refeições, ou ambos. Não importa sua forma, é o reconhecimento que tanto a vida como o alimento procedem de um poder divino, no qual cremos. No entanto, as instruções bíblicas sobre “dar graças” – oferecendo uma prece de gratidão e bênção antes de comer – não é tão fácil de achar como imaginamos. Talvez a instrução específica mais próxima seja a que encontramos em Deuteronômio 8:10: “Depois que tiverem comido até ficarem satisfeitos, louvem o Senhor, o seu Deus, pela boa terra que lhes deu” (veja também Dt 6:11, 12).3

Temos ainda o exemplo de Jesus, que “olhou para o céu e deu graças a Deus” quando alimentou os cinco mil (Mt 14:19 NTLH). Também parece que havia algo tão distinto nessa ação que foi nesse ponto que os discípulos finalmente reconheceram Jesus quando viajavam com Ele a caminho de Emaús (veja Lc 24:30).

Entendendo o significado da oração à mesaPor Nathan Brown

GraçasDando

V I D A A D V E N T I S T A

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Dar graças antes da refeição parece ainda ter sido o hábito de Paulo, pelo fato de estar incluído esse detalhe na história do seu naufrágio (veja At 27:35). Em 1 Timóteo 4:3 e 4, ele declara que a gratidão a Deus é o ingrediente mais importante de qualquer refeição.

Assim, embora não tenhamos orientações específicas para agradecer o alimento ou como isso deva ser feito, o ato de agradecer por ele, dando graças ou pedindo a bênção antes da refeição está de acordo com as instruções gerais da Bíblia, histórias e exemplos. Tanto da perspectiva espiritual como da prática, esse hábito parece também ser compensador por uma série de razões:

Lembrando-se de Deus Muitas tradições religiosas adotaram algum tipo de

padrão de horários fixos para a oração como um meio de incentivar os crentes a voltar ou dirigir seu coração e mente a Deus. Uma maneira simples de desenvolver essa prática em nossa vida é dando graças. Pela descrição que temos das orações diárias de Daniel, é possível que fossem feitas aproxi-madamente no horário das refeições: “Três vezes por dia ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus” (Dan. 6:10).

Sempre que pararmos nosso trabalho ou qualquer outra atividade para comer, podemos aproveitar a oportunidade para lembrar de Deus e do Seu amor por nós. Ao pararmos para uma refeição, o próprio alimento deve ser um lembrete: “Comer é ver, cheirar, tocar e provar o cuidado e a provisão de Deus.”4 Ao experimentarmos essa realidade física, seremos lembrados da realidade de Deus e da nossa necessidade de ser susceptível a Ele.

Buscando Primeiro o Reino de Deus Está correto fazer uma pausa antes das refeições para

agradecer a Deus. Podemos estar famintos, o cheiro da comi-da convidativo e estarmos prontos para comer, mas mesmo assim paramos.

Embora nossa necessidade física seja importante, de um modo insignificante mas real, escolhemos buscar primeiro a Deus e Seu Reino. Ao fazer isso, lembramos os ensinos de Jesus: “Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?’ … o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (Mt 6:31-33, NTLH). Quando estamos diante da comida, podemos reconhecer que Ele já cumpriu Sua promessa e, quando damos graças por ela, reafirmamos que nossa prioridade é o Seu reino.

Alimentando-se Bem Ao darmos graças, reconhecemos que quando comemos,

o fazemos na presença de Deus, como tudo o mais em nossa

vida. O que e como comemos será afetado pelo reconhe-cimento de Deus e de Suas reivindicações para nossa vida. Quando nossa saúde e a vida de outros em todo mundo são influenciadas pelas escolhas que fazemos em nossa mesa, o reconhecimento da presença de Deus nos ajudará a tomar decisões melhores para viver mais plenamente para Ele e servir aos outros com nossa força física.

Paulo se expressa da seguinte maneira: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31, NVI).

Dividindo com OutrosQuando reconhecemos a Deus ao nos alimentarmos,

somos levados a ter consideração por aqueles que passam fome em nosso mundo. As bênçãos que recebemos devem ser divididas, às vezes imediatamente, outras pelo nosso trabalho consistente para ajudar os necessitados.

Queremos que outros sejam gratos a Deus por Sua bondade e provisão e, qualquer recurso que temos nos dá o privilégio de poder trabalhar para o Senhor, ajudando para que isso aconteça: “E Deus pode dar muito mais do que vocês precisam para que vocês tenham sempre tudo o que necessitam e ainda mais do que o necessário para fazerem todo tipo de boas obras.… E assim muitos agradecerão a Deus a oferta que vocês estão mandando por meio de nós” (2Co 9:8-11, NTLH).

“Deem Graças em Todas as Circunstâncias” O simples ato de dar graças pode ser profundo nos

conectando ou reconectando ao Criador. Desafiando-nos a viver uma vida melhor, impulsionando-nos na direção do nosso próximo e nos ajudando a praticar uma vida de gratidão.

Quando pensamos no assunto desta maneira e “damos graças” com um coração agradecido e reverente, estamos seguindo as instruções de Paulo para recebermos bênçãos na vida: “Alegrem-se sempre. Orem continuamente. Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus” (1Ts 5:16-18). ■

1 A. J. Jacobs, The Year of Living Biblically: One Man’s Humble Quest to Follow the Bible as Literally as Possible (New York: Simon & Schuster, 2007).2 http://ajjacobs.com/books/yolb.asp?id=rules3 Exceto quando indicado, todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.4 Norman Wirzba, Food and Faith: A Theology of Eating (New York: Cambridge University Press, 2011), p. 180.

Nathan Brown é editor de livros para a Signs Publishing Company, em Melbourne, Austrália. É autor de cinco livros, sendo I Hope, o mais recente.

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Gilbert Cangy, com brilho nos olhos e sorriso iluminando o rosto, exala energia. Ele parece ansioso

para dizer algo enquanto me convida para sentar em uma cadeira do seu escritório.

Não há dúvida de que Cangy tem entusiasmo pelos jovens. Ele mesmo fica impressionado com a maneira como Deus trabalha. A jornada na qual embarcou na adolescência o levou ao Departamento de Jovens da Associação Geral, onde ele diz, “nos sentamos e sonhamos juntos. Procuramos maneiras de conectar os jovens à sua igreja e encontrar meios de criar uma ligação significativa entre as gerações, entre os jovens e a congregação local”. Assim, com estilo de liderança que é mais de consultoria do que de direção, Cangy e seus auxiliares na sede mundial da Igreja (Jonathán Tejel e Hiskia Missah, diretores associados e as assistentes Silvia Sicalo, Maria Dunchie e Erica Richards), seus colegas das treze Divisões e os jovens que fazem parte dos vários e grandes movimentos da Igreja, estão sonhando alto. Eles procuram meios de comparti-lhar Deus com os jovens, de mantê-los inflamados e unidos para brilhar com a mensagem da salvação.

“Decidimos que nosso tema para os próximos cinco anos será: ‘O Poder do Número Um’. Meu desejo é trabalharmos juntos. Temos um único propósito, o mesmo alvo e uma só missão. O Minis-tério Jovem necessita de um objetivo comum na abordagem que é mais do que um campori (em inglês, camporee = reunião de escoteiros em nível regional) de desbravadores ou um congresso de jovens. Nosso objetivo deve ser o centro de todo o nosso esforço.”

Para Cangy, trabalhar em união e de modo colaborativo é o segredo. “Como podemos ver na oração de Jesus em João 17, esse não é um desejo apenas do Departamento de Jovens. Qual era o objetivo? Para ‘que o mundo creia que Tu Me enviaste’ (Jo 17:21). O objetivo da unidade – que não é o mesmo que uniformidade – é, provavelmente, a

PODER DA ORAÇÃO: Líderes do Ministério Jovem das 13 Divisões mundiais, oram com a equipe do Ministério Jovem da Associação Geral durante reuniões em 2011.

MOMENTO ESPIRITUAL: Jovens da América do Sul, participam da Ceia do Senhor à luz de velas.

Um Deus. Uma Centelha. Um Fogo.

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A R T I G O D E C A PA

PoderOdo

Por Kimberly Luste Maran

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Número

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evidência mais importante do poder do evangelho. Se não pudermos trabalhar juntos, estaremos dizendo que a cruz de Jesus não é poderosa o suficiente para nos ajudar a resolver qualquer desafio que enfrentarmos.”

Cangy explica como espera mudar não apenas a consciência do ministério jovem, mas como era realizado no pas-sado, começando desde a sede mundial até a igreja local. Primeiro, priorizar a vida espiritual. “Uma vez que nos rela-cionamos com Jesus, o próximo passo é o discipulado. Queremos incentivar nossos jovens a tornar-se totalmente devotos a Jesus.” Discipulado, envolvi-mento na comunidade e missão, são os três componentes da nova visão desse ministério. Um folder produzido pelo departamento expressa isso da seguinte maneira: Relacionamento Vertical (Dis-cipulado), Relacionamento Horizontal (Comunidade da Igreja), Relaciona-mento Externo (Missão/Serviço).

“Precisamos desenvolver estilo de vida em vez de realizar eventos uma ou duas vezes ao ano”, enfatiza Cangy. “Precisamos dar expressão à missão o máximo possível e envolver os jovens; e mais que envolver, é imprescindível lhes dar atenção na igreja. Podemos sugerir, mas também precisamos ouvir. Pergunte: ‘Como vai você? O que acha que pode-

jovens na minha igreja. Naquele tempo, Deus já estava plantando a semente do ministério com jovens em meu coração.”

Dizendo Sim para Deus Austrália, faculdade, casamento e

filhos foram a sequência da vida de Cangy. Após se formar pastor, ele cuidou da igreja em Victória. Cinco anos mais tarde, em 1993, foi chamado para o Ministério Jovem em Sydney. “Lembro-me, porém, da minha primeira semana em Sydney. Eu disse aos administradores: ‘Isso aqui é bem diferente da igreja!’ O secretário-tesoureiro da Associação sorriu e disse:‘É, vamos ver!’ Em 1999, recebi chamado para ser departamental de Jovens da Divisão e, embora tenha pro-testado, votaram meu nome para líder do Ministério Jovem da Divisão do Sul do Pacífico. Não consegui dizer não. Deus estava realizando algo em meu coração.”

Cangy acredita que foi uma reunião com dois jovens que o ajudou a desen-volver o desejo de aceitar a vontade de Deus, a despeito de qualquer coisa. Ele acabara de sair de uma comissão naquela manhã, e manteve o compromisso de se reunir com esses jovens para orar. A moça disse: “Deus nos mostrou que o pastor tem que tomar uma decisão muito importante e fomos enviados para orar pelo senhor.”

mos fazer?’ Eles são, hoje, os melhores evangelistas para o nosso mundo.”

Desviado, mas Não Perdido As sementes para essas ideias e a

abordagem que Cangy e sua equipe estão usando atualmente, foram plan-tadas há vários anos. Na adolescência, Cangy saiu da igreja. Ele conseguiu um emprego de marinheiro, e achou que esse era o escape perfeito.

“Eu estava livre! Não demorei muito, porém, para descobrir que na verdade não estava.” Cangy ficou desiludido com a vida, com o que estava fazendo e, então, clamou a Deus dizendo: “Se o Senhor realmente existe, o que pode fazer por mim? Deus colocou no meu coração que deveria retornar para casa e recomeçar uma relação com Ele.” Cangy logo se tornou diretor dos jovens de sua igreja.

“O Senhor me levou a ler o livro de Atos. Fiquei impressionado com o fato de que o poder do Espírito Santo é dom de Deus. Outros jovens e eu começamos a pedir esse dom. Conversávamos sobre reavivamento e reforma. Não estávamos satisfeitos com o que víamos ao nosso redor e nos recusamos a permanecer na mediocridade. Deus nos abençoou de maneira poderosa com uma experiência do Espírito Santo… A melhor época do meu ministério foi quando fui líder de

Somos um movimento mundial, unidos em propósito e missão, ainda que divergente na cultura, linguagem, geografia, economia e herança. É pelo poder de Cristo e Seu Espírito que podemos celebrar nossa unidade em meio a tal diversidade. Em um mundo de divisões étnicas e nacionais, essa maravilho-sa expressão de unidade em Jesus é a mais poderosa expres-são da realidade do evangelho entre o povo de Deus.

Departamento JA, em SínteseNOSSA MISSÃO: Orientar os jovens a manter um relacionamento salvífico com Jesus Cristo e ajudá-los a aceitar o Seu chamado ao discipulado.

NOSSO LEMA: O amor de Cristo nos motiva.

NOSSO ALVO: A mensagem do Advento a todo mundo em nossa geração.

NOSSO TEMA: O Poder do Número Um

gcyouthministries.orgPara mais informação, acesse:

O

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Cangy continua: “Fiquei impressio-nado. Esses jovens não conheciam os métodos da Igreja; não tinham a míni-ma ideia do que estava acontecendo nas comissões. A moça abriu a Bíblia em Jeremias 29:11, e após ler o verso, impu-seram as mãos sobre mim e oraram por todas as minhas inquietações, uma por uma. Quando terminaram de orar, senti como se estivesse sido introduzido ao ministério… Pela graça de Deus, minha família e eu trabalhamos onze anos com os jovens daquela Divisão, o que foi uma tremenda bênção para nós.”

Na última assembleia da Associação Geral, em Atlanta, Georgia (EUA), en-quanto estava assistindo como delegado à comissão plenária, alguém tocou no seu ombro, pedindo que fosse se encon-trar com o presidente da comissão de nomeações. “Naquele momento”, lem-bra-se, “eu sabia o que era. Minha vida estava prestes a mudar. Levantei-me e segui para o meu destino.”

Ajuntando Tudo Cangy está na atual função desde que

foi eleito na assembleia da Associação

socialmente e, no geral. Precisamos ouvir – precisamos ouvir o que nossos jovens estão nos dizendo. Eles estão tentando en-caixar a sua fé neste mundo em mudança. Estão usando diferentes linguagens e mé-todos para expressar a mesma mensagem do evangelho… Temos que considerar, também, que os jovens de hoje estão dirigindo corporações. Eles lidam no cotidiano com milhões de dólares. Mas, quando chegam à igreja, suas habilidades nem sempre são valorizadas e não sentem que a missão da Igreja lhes pertence.”

Esperando por Samuéis

Cangy – e sua equipe – estão cheios de esperança. “Gosto do exemplo de Samuel. Dá-me esperança”, diz. “Samuel foi dormir perto da arca de Deus. Certo? Porque aquele garoto não se acomodou ao que via ao seu redor. Ele não se acomodou à mediocridade. Sua mãe lhe ensinou que Deus fala ... [Samuel] desprezou o que viu ao seu redor e foi dormir pensando: Se Deus for falar, vai falar aqui, e quando Ele falar, quero estar aqui para ouvir. E é como se aquilo fosse tudo o que Deus estava esperando. Deus

Geral, em julho de 2010, e tem traba-lhado rapidamente para unir os líderes de jovens de todo mundo. “Juntos, consultando uns aos outros, começamos a formular uma direção para os jovens do mundo… Quando nos reunimos nos dias 28 de março a 2 de abril de 2011, os diretores das treze Divisões sabiam do que estávamos falando. Mostramos a eles o modelo sobre o qual trabalhamos; eles corrigiram e ajustaram. A coisa mais gra-tificante para mim foi ouvi-los dizer: ‘Gil, esse não é o seu plano; é o nosso plano’.”

A estrutura montada, baseada na percepção dos líderes sobre quais são as necessidades dos jovens, indica a direção. Cangy, porém, concorda que esse é ape-nas o início. “Criamos um novo modelo para o Ministério Jovem, um modelo que em nossa visão é bíblico e bastante cristocêntrico. Ainda estamos no proces-so de reedição do manual desse minis-tério para a Igreja. Esse é um tempo de mudança, de recomeço, que chega num momento em que a Igreja está bastante preocupada com seus jovens.”

Ele continua: “O mundo mudou drasticamente – tecnológica, cultural,

Seguindo SeuMestrePor ERICA RICHARDS, assistente editorial do Departamento do Ministério Jovem da Associação Geral

Durante a semana de 7 a 12 de outubro de 2011, aproximada-mente 300 líderes adventistas de todo o mundo participaram do Concílio Anual na sede administrativa da Associação Geral (AG), EUA. Como delegados, entre os presentes, estavam vários líderes jovens, os quais foram eleitos por suas respectivas Divisões para participar oferecendo sua perspectiva nos assuntos da Igreja.

Adwoa Asamoah, representante da Divisão Centro-Oeste Africana, comentou: “O Concílio Anual deste ano sentiu a direção do Espírito Santo como prometido por Jesus quando estava deixando a Terra. Oro para que líderes e membros, semelhantemente, continuem a permitir que Cristo dirija os caminhos da Sua Igreja.”

Os jovens delegados também se reuniram com o diretor do ministério jovem da AG, Gilbert Cangy, para falar sobre a missão da Igreja no que se refere ao departamento. Eles concordaram em atuar como propagadores de futuras decisões do Ministério Jovem.

Stefan Guiliani, delegado da Divisão Euro-Africana, acrescen-tou: “O Concílio Anual de 2011 foi uma grande experiência. Pude ter uma visão do que é nossa igreja no mundo, que considero animadora e valiosa. Foi bom ver as iniciativas mundiais que nos dão o senso da unidade, da cooperação e do foco espiritual de nossa liderança. Sou grato pela oportunidade de servir.”

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quebrou o silêncio e aquele garoto se tornou o agente de mudança para a sua nação. Ainda há esperança porque Deus ainda deseja falar. E a partir do nada, da mediocridade, das piores circunstâncias, Deus pode suscitar Samuéis.”

Enquanto concluíamos nossa conversa, eu ainda podia sentir a energia de Cangy. Sua paixão e amor por aqueles que Deus o enviou a trabalhar, os adolescentes e jovens da Igreja Adventista. Ele anteci-pou uma breve informação sobre um dos projetos específicos que desperta o otimismo de sua equipe em relação ao futuro do Ministério Jovem: “Enquanto estamos concentrados na abordagem geral do ministério, não podemos negligenciar os eventos que servem a um propósito. Estamos preparando alguns grandes eventos. Queremos remodelar o congresso mundial de jovens, que será na África, em julho de 2013. Nosso desejo é que ele seja um modelo das reuniões de jovens; portanto, estamos sonhando enquanto ele é montado. Estamos entusiasmados!”

E acrescenta: “Cremos em nossos jovens. Pela graça de Deus, precisamos apenas despertar seu interesse e imagi-nação. Não dizer necessariamente o que precisam fazer, porque Deus pode fazer isso muito melhor do que qualquer um de nós. Tudo o que precisamos fazer é criar a centelha e mostrar que acredi-tamos e que estamos prontos a confiar neles. Então deles será a escolha.” ■

Kimberly Luste Maran é editora assistente da Adventist World.

http://gcyouthministries.org/ Ministries/GlobalYouth/ tabid/79/Default.aspx.

Gilbert Cangy, diretor do Departamento do Ministério Jovem da Associação Geral, fala a multidões em suas viagens pelo mundo, mas também toma tempo para falar com as crianças.

Dr. Hiskia Israil Missah, diretor associado do Ministério Jovem da AG, é nativo da Indonésia. Serviu de 1995 a 2005 como diretor de Jovens e Liberdade Religiosa da Divisão do Pacífico Sul-Asiático. Conhecido como orador e evangelista para jovens, tem grande paixão por eles. Desenvolveu materiais para a Voz da Mocidade, envolveu os jovens no trabalho comunitá-rio e preparou materiais para liderança jovem. Anteriormente, Missah serviu como presidente da Associação local no leste de Java e como diretor

de Jovens no Oeste da Indonésia.

Jonatán Tejel Subirada, diretor associado do Ministério Jovem da AG para Desbra-vadores, é filho de pastor. Quando criança, sua família viveu em vários lugares até que se estabeleceu em Madri, Espanha, onde passou a adolescência. Foi batizado pelo pai em dezembro de 1981. Em 1990, iniciou seus

estudos em teologia no Sagunto Adventist College, onde permaneceu por três anos. Mudou-se para o seminário de Collonges (França), onde concluiu o curso teológico em 1995. Tejel tem mais de doze anos de experiência como diretor de jovens. Fala quatro idiomas (espanhol, italiano, inglês e francês) e foi o criador/editor da Conexión, revista do Ministério Jovem para a Igreja Adventista na Espanha.

Leia sobre o plano estratégico e mais, na página:

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Oque têm em comum as cidades de Telford ao norte da Inglaterra e a Baía Mossel, do oeste da

Cidade do Cabo, província da África do Sul? Geograficamente, elas são separadas por um vasto oceano. Demograficamente, quando entramos na Baía Mossel somos recebidos em favelas que seus habitantes chamam de lar. Do outro lado, os residentes de Telford desfrutam de um vasto território rural na Inglaterra. A opulenta diferença entre as duas cidades é gritante. A despeito dessas e de muitas outras diferenças, há uma semelhança que une essas cidades. É o que chamo de “Presença dos Jovens Adventistas”.

O Aroma da Esperança Essa presença é o aroma da esperança

que um exército de trabalhadores “bem treinados” deixa numa comunidade. É quando jovens adventistas vivem a mis-são de sua existência e ajudam as comu-nidades às quais pertencem, em todas as fases da sua vida. Nossos jovens deixam aroma marcante nessas comunidades.

No período de dois meses estive presente a dois grandes eventos de jovens. Um no Reino Unido (visto como o baluarte do secularismo) e o outro na África do Sul, país que sofre as mágoas do passado. Ainda estão na memória as histórias dos membros dessas duas

comunidades após experimentarem a participação dos nossos jovens.

“Por favor, Orem por Mim...”Mattie, uma mulher de 39 anos de

idade da Bahía Mossel, abriu o portão para três estranhos vestidos impeca-velmente, portando crachás com uma cruz e três anjos. “Estamos aqui num acampamento de jovens”, disse uma jovem a Mattie quando se aproximou dela e lhe ofereceu o livro Quando Deus Disse Lembra-te.

“Por favor, orem por mim e pelos problemas que estou enfrentando no trabalho e na minha vida”, respondeu Mattie aos seus três visitantes desconhe-cidos. Enquanto oravam com Mattie, outros jovens visitavam outras casas na mesma comunidade, matriculando os moradores da Bahía Mossel em cursos bíblicos, oferecendo-se para orar e distribuindo literatura. Em uma tarde, bateram em mais de 500 portas e a Pre-sença dos Jovens Adventistas foi sentida.

“Gostaria que Vocês Pudessem Vir Todos os Dias!”

Do outro lado do mundo, em Telford, Adam Keogh levou a delegação de jovens adventistas a um lar de idosos. Armados com sorrisos largos e hinários nas mãos, eles entraram na luxuosa instituição.

Maureen Gatharia, da Irlanda, dirigiu o hino. Os residentes ficaram radiantes. Quando os jovens deixaram o local, um dos residentes gritou: “Gostaria que vocês pudessem vir todos os dias!” Outros jovens bateram em portas, matricularam pessoas em cursos bíblicos e realizaram atividades evangelísticas nas ruas.

É provável que esses dois grupos de jovens nunca se encontrem, mas estão unidos pela causa comum de fazer a diferença no mundo. Os desafios enfrentados por essas comunidades são diferentes, porém a solução é comum – e os jovens estão ajudando a mudar vidas e a levar esperança.

O Verdadeiro Trabalho Missionário

Temos comunidades em todo o mundo necessitando ajuda. O Adven-tismo oferece uma solução. Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral, descreve de forma sucinta o papel dos Adventistas do Sétimo Dia: “Todos temos que comunicar nossa compreensão de que a vida é um dom abrangente, criado por Deus, e que envolve os aspectos físico, mental, social e espiritual de nosso ser.”1 A Presença dos Jovens Adventistas no serviço às comunidades tem sido capaz de suprir essas necessi-dades nas pessoas.

Por Willie Tafadzwa Chinyamurindi

Duas cidades totalmente diferentes com algo em comum

deAHistóriaDuasCidades

S E R V I Ç O

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Busi Khumalo, diretor dos jovens e do ministério de capelania da Divisão Sul-Africana-Oceano Índico, enfatiza o importante papel dos jovens adventistas e o seu envolvimento na comunidade: “O verdadeiro trabalho missionário é ir onde o povo está e ajuda-lo.” Esse era o método usado por Cristo: “O método de Cristo apenas, resultará em sucesso na obra de alcançar as pessoas. O Salvador Se misturava com as pessoas como al-guém que desejava o bem deles. Ele mos-trava simpatia para com eles, supria suas necessidades e conseguia sua confiança. Então, fazia o convite: “Segue-Me.”2

Alegria no Meu Coração Deixei o verão inglês e fui para o

inverno sul-africano. Nos dois lugares me senti envolvido com a sinergia e o calor desse movimento global.

A gratidão por fazer parte da Presen-ça dos Jovens Adventistas nesses países, e em outros, tem me ajudado a definir o significado de lar como sendo o lugar onde a presença positiva é sentida. Essa presença supera e divide as barreiras geográficas, uma presença impulsionada pela vida e exemplo de Jesus. Em Seu ministério o impor-tante não eram as cidades para onde ia, mas as vidas que tocava. Essa história das duas cidades e da participa-ção dos jovens, enche meu coração de alegria. ■

1 Ellen G. White, Educação, p. 271.2 Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 143.

Willie Tafadzwa Chinyamurindi cursa o último ano do doutorado na Open University, em

Milton Keynes, Inglaterra. Escreve de Porto Elizabeth, África do Sul, onde está colhendo dados para sua pesquisa.

Graças à fé e trabalho árduo de vários desbravadores, conselheiros e líderes, temos hoje uma congregação adventista na Ilha de Páscoa. Uma das maiores ilhas na região sul do Chile, cuja população de 3.791 pessoas se identifica como de maioria católica.

Em 2007, a conselheira Cecília Maldonado se mudou para a Ilha de Páscoa e começou a trabalhar na comunidade.

Após desenvolver amizade com os jovens e suas famílias, foi possível formar um clube de desbravadores e nasceu o sonho de construir uma igreja adventista do sétimo dia.

Com uma pequena soma de dinheiro e muita fé, os trabalhadores receberam o mate-rial e, embora tenham perdido a carga na primeira vez, os desbravadores conseguiram, outra vez, os recursos necessários. Apesar dos muitos obstáculos Deus operou milagres e, no dia 21 de maio de 2010, a primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia da Ilha de Páscoa foi concluída em apenas duas semanas de construção!

No dia 23 de maio, mais de cem jovens, além de pastores e líderes de desbravado-res, viajaram de diferentes partes do Chile para participar dos batismos e da inaugura-ção da igreja—numa estrutura que normalmente acomoda cerca de 50 pessoas. Mais uma igreja já foi plantada e outras estão planejadas para curto prazo.

Missão Calebe

Desbravadores na Ilha de Páscoa

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É um projeto singular dentro do progra-ma oficial de evangelismo jovem da Divisão Sul-Americana que enfatiza o discipulado, desafiando os jovens a dedicar parte de suas férias de verão à evangelização de lugares sem a presença adventista. Os participantes da Missão Calebe iniciam projetos de servi-ços comunitários para dar visibilidade à Igreja Adventista do Sétimo Dia e são incentivados a se comprometer com o trabalho missionário em suas igrejas.

Em agosto de 2011 foi montado um acampamento da Missão Calebe na Ilha Ortellado, província de Formosa, Argentina, com o objetivo de estabelecer uma igreja. Há cerca de oito famílias morando na ilha com população de aproximadamente 50 pessoas. Os jovens da Missão Calebe distribuíram livros, Bíblias e ensinaram os membros da comunidade a encontrar os versos nas Escrituras. Também distribuíram roupas, artigos escolares e brinquedos.

Os jovens interagiram com as famílias da ilha, visitando suas casas, partilhando a fé e desfrutando de sua hospitalidade. Eles lhes ensinaram hinos, canções, organizaram atividades recreativas e realizaram três reuniões evangelísticas.

Até agora 22.980 jovens já participaram da Missão Calebe e ajudaram a levar o evangelho a 1.143 cidades.

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Tendo crescido em uma cidade pequena e humilde numa ilha das Filipinas, onde o suco de uva era um luxo, eu esperava ansiosamente pela celebração anual

da Ceia do Senhor em nossa igreja. Beber o suco de uva naquele copo plástico minúsculo aumentava minha sede, desejando mais essa cerimônia! Comer um pedacinho do pão sem fermento que nunca havia provado em casa, também aumentava minha vontade!

Obviamente, a Ceia do Senhor não é realizada para satisfazer a vontade de beber o suco de uva, tão raro. Há algo mais além dos símbolos. À medida que fui crescendo e estudando a Bíblia com mais seriedade, aprendi que o significado da Ceia do Senhor representa três dimensões: seu significado no passado, seu propósito no presente e sua importância para o futuro.

O Passado Há dois eventos importantes daquela primeira Ceia do

Senhor a ser lembrados: O primeiro é a celebração da Páscoa judaica. Jesus introduziu a Santa Ceia para Seus discípulos na noite da festa da Páscoa, indicando que essa cerimônia substituiria aquela importante instituição judaica. Jesus deu novo sentido às palavras de Moisés quando mudou a frase “o sangue da aliança”(Ex 24:8)1 para “Meu [Jesus] sangue da nova aliança”(Mt 26:28; Lc 22:20), vertido em favor de muitos para o perdão dos pecados. Com efeito, Jesus afirmava assim, que Ele é o verdadeiro cordeiro pascal.

O segundo evento é a lembrança da Ceia do Senhor. Jesus instruiu Seus discípulos a comemorar esse novo evento no aposento superior, dizendo: “Isto é o Meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de Mim”(Lc 22:19). Da lembrança da libertação dos israelitas da escravidão do Egito até a celebração da Páscoa, Jesus, assim, ordenou que Seus discípulos relembrassem a cada celebração da Santa Ceia a salvação concedida pelo Seu próprio sangue. A ordem de lembrança também é extensiva aos seguidores de Cristo hoje. Essa memória do passado nos transporta à realidade do presente.

O Presente Dois conceitos importantes na Ceia do Senhor são

significativos para o presente. Ela enfatiza o significado da comunhão com Jesus e nossa comunhão de uns para com os outros. Paulo declara: “Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão” (1Co 10:16, 17). E, embora não tenham sido ditas durante a Última Ceia, as palavras a seguir proferidas por Jesus evidenciam um concei-to teológico muito importante da comunhão: “Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue permanece em Mim, e Eu, nele” (Jo 6:56). Assim, o verdadeiro objetivo de comer e beber na Ceia do Senhor não é satisfazer a necessidade física de alguém. A cerimônia da Comunhão é para lembrar nossa profunda necessidade de Cristo e uns dos outros. Dependemos de Cristo para nossas necessidades espirituais do mesmo modo como dependemos uns dos outros para nossas necessi-dades sociais.

Você já se perguntou por que o simbolismo de “comer” foi usado na comemoração de uma cerimônia tão importante? Nos tempos bíblicos “tomar uma refeição juntos” era muito significativo. Diferente dos tempos modernos que promovem a prática do fast-food e do “comer sozinho”; a refeição na antiguidade geralmente era em grupo e tomava mais tempo. Fazer as pazes com o inimigo, estabelecer contrato com alguém e demonstrar perdão ao ofensor era, usualmente, marcado por uma refeição (Gn 31:44-46; 26:28-31; Lc 15:23). Esse significado diferente nas refeições dos tempos antigos também deveria ser manifestado entre os cristãos de hoje, sempre que participassem da Ceia do Senhor. É isso que faz com que a cerimônia seja significativa no presente.

O Futuro O significado do passado e do presente da Ceia do Senhor

conduz nossa mente ao futuro. No Evangelho de Mateus Jesus concluiu a última ceia com Seus discípulos com as seguintes

O que celebramos sempre que participamos da Ceia do Senhor

,PresenteC R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

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palavras: “... não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai” (Mt 26:29). Com efeito, essas palavras poderiam ser vistas como um voto de abstinência para fortalecer a certeza de Sua segunda refeição com Seus discípulos e conosco no futuro.

Enquanto Jesus Se abstém, no entanto, temos que desem-penhar nosso papel ativamente. Ao esperarmos pela futura refeição com Jesus, somos convidados a participar da Ceia do Senhor no presente. As palavras de Paulo aos coríntios enfa-tizam as implicações dessa ordem da mesa do Senhor para o futuro. Ele escreveu: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha” (1Co 11:26). Participar da Ceia do Senhor é parte da proclamação do evangelho, e pregamos esse evangelho alme-jando o futuro. Além do mais, esses textos revelam as promes-sas de Deus: a realidade do Seu reino e a certeza da Sua segunda vinda. A Ceia do Senhor “faz uma ligação importante entre o primeiro e o segundo advento.”2 Ao mesmo tempo, ela “nos lembra da alegria da comunhão pessoal com Cristo que nos espera quando o reino de Deus for totalmente estabelecido.”3

A Santa Ceia aponta para a morte expiatória de Jesus e nos inspira a participar dela proclamando e vivendo o evangelho. Essa cerimônia também nos incentiva a desejar o futuro, quando finalmente poderemos ter comunhão pessoal com Cristo e “participar de uma refeição” com Ele na eternidade. ■

1 Todos os textos bíblicos foram extraídos da Versão João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada.2 Francis D. Nichol, ed., The Seventh-day Adventist Bible Commentary (Washington, D.C.: Review and Herald Pub. Assn., 1956), v. 5, p. 523.3 Richard Rice, Reign of God: An Introduction to Christian Theology From a Seventh-day Adventist Perspective, second ed. (Berrien Springs, Mich.: Andrews University Press, 1997), p. 382.

Ferdinand O. Regalado é doutor em Teologia e professor de Antigo Testamento na Universidade de Montemorelos, México. É casado com Charito e tem duas filhas, Lyndsay e Samantha.

O que celebramos sempre que participamos da Ceia do Senhor

Por Ferdinand O. Regalado

N Ú M E R O 1 6

Presente

A Ceia do Senhor é a participação nos

emblemas do corpo e do sangue de Jesus como

expressão de fé nEle, nosso Senhor e Salvador.

Nesta experiência de comunhão, Cristo

está presente para se encontrar com Seu povo

e o fortalecer. Participando da Ceia,

proclamamos alegremente a morte do Senhor

até que Ele volte. A preparação envolve o

exame de consciência, o arrependimento e a

confissão. O Mestre instituiu a cerimônia

do lava-pés para representar renovada

purificação, para expressar a disposição de

servir um ao outro em humildade semelhante

à de Cristo e para unir nosso coração em

amor. O serviço da comunhão é franqueado

a todos os crentes cristãos. (1Co 10:16, 17;

11:23-30; Mt 26:17-30; Ap 3:20;

Jo 6:48-63; 13:1-17.)

– Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, No 16

Senhor:CeiaA do

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Temos

Reivindicando as Promessas de Deus

o“

DireitoPor Ellen G. White

Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias prova-ções, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível,

mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1:6, 7).* “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes” (Tg 1:2-4).

tentação, mais ele se agarra ao Todo Poderoso. Pela fé, transfere a tentação para Cristo e a deixa ali. A fé

na força do Salvador faz dele mais que vencedor. Ela é o poder milagroso de Jesus que arma o cristão com força para vencer como Cristo venceu.

A tentação não é pecado a menos que seja cultivada. Ao fixar os olhos em Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé, encherá a alma com paz e confiança permanentes. “Vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a Sua bandeira” (Is 59: 19, ARC).

E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Fixando os olhos em JesusAs tentações que assaltam os filhos de Deus devem ser

consideradas como consequências da ira de Satanás contra Cristo, que entregou a Si mesmo como sacrifício pelos nossos pecados e nos redimiu com Seu sangue. Satanás está cheio de ódio contra Jesus. Mas, ele não pode ferir o Salvador a menos que conquiste aqueles por quem Cristo morreu. Ele sabe que por meio de suas artimanhas, pessoas são arruinadas e o Salvador é atingido.

O universo celestial está assistindo com profundo interesse o conflito entre Cristo na pessoa de Seus santos, e o grande enganador. Aqueles que reconhecem e resistem à tentação estão lutando as batalhas do Senhor. Para tais é dada a aprovação: “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam” (Tg 1:12). Suportar a tentação significa desenvolver a paciência. A pessoa tentada e assediada não pode contar com sua própria força de propósito. Ao sentir sua absoluta impo-tência, foge para a fortaleza dizendo: “Meu Salvador, deposito a debilidade de minha alma sobre Ti”. Quanto mais ferrenha a

Os que São Tentados Há algumas horas, ouvi as queixas de uma alma angus-

tiada. Satanás foi a ela de um modo inesperado. Ela pensava haver blasfemado contra o Salvador porque o tentador insistia em colocar em sua mente a ideia de que Cristo era apenas um homem, não mais que um homem bom. Ela pensou que os sussurros de Satanás fossem os sentimentos do seu coração e isso a deixava aterrorizada. Ela pensou estar negando a Cristo e sua alma estava em agonia e aflita.

Assegurei-lhe que essas sugestões do inimigo não estavam em seus pensamentos, que Cristo compreendeu e a aceitou; que ela deve tratar essas sugestões como totalmente provindas de Satanás e que sua coragem deve crescer com a força da tentação. Ela deve dizer: “Eu sou uma filha de Deus. Quero entregar-me, de corpo e alma, a Jesus. Detesto esses pensamentos vãos.” Disse a ela para não admitir nem por um momento que eles se originaram nela; para não permitir que Satanás fira a Cristo mergulhando-a na descrença e desânimo.

Aos que são tentados, eu diria, nem por um momento admita que as tentações de Satanás estejam em harmonia

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Se olharmos para Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé, nossa alma se encherá de paz e confiança duradouras

Reivindicando as Promessas de Deus

com a sua mente. Afaste-se delas como faria com o próprio adversário. A obra de Satanás é desanimar as pessoas. A obra de Cristo é inspirar o coração com fé e esperança. Satanás procura abalar nossa confiança. Ele nos diz que nossa esperança está sobre premissas falsas, em vez de estar na certeza da imutável Palavra dAquele que não pode mentir.

O cristão mais antigo e experiente já foi assaltado pelas tentações de Satanás, mas por meio da confiança em Jesus, foi vitorioso. Assim, que todos, com fé, mantenham os olhos em Cristo.

assim perder a recompensa da vida eterna, o grande dom da vida eterna? Não aceitaremos a inimizade colocada por Cristo entre o homem e a serpente? Não comeremos nós da carne e beberemos do sangue do Filho de Deus, que significa viver pela palavra que procede da boca de Deus? Ou nos tornaremos mundanos, comendo a carne da serpente, que é o egoísmo, hipocrisia, maldade, inveja e a cobiça? Temos o direito de dizer: “Pela força de Jesus Cristo serei vencedor. Não serei vencido pelos artifícios de Satanás.”

Porque Jesus Veio Cristo veio a este mundo para revelar o amor do Pai pelo

homem caído. Acima dos céus e embaixo na terra, em tudo que é belo e encantador, nas altas árvores, no botão que se abre e no desabrochar da flor vemos a expressão do amor de Deus. Não há medida pela qual o amor de Deus possa ser computado.

Diante do Calvário, podemos ter uma ideia do amor do Pai celestial. Contemple a Cristo, o Filho do infinito Deus, morrendo na cruz por pecadores. Ele vestiu Sua divindade com a humanidade para que seres humanos pudessem participar da natureza divina. Em Cristo temos a manifesta-ção do Pai.

Há uma limitação na compreensão humana que desonra a Deus. Aquele que declara a Cristo como seu Salvador e acaricia a ideia de que as misericórdias de Deus estão confina-das a ele e aos poucos por quem ele está interessado. O amor e a misericórdia de Deus são para todos. Reunamos as divinas provas de Seu favor e retornemos com louvor e gratidão a Ele por Sua bondade que nos é concedida, não para ser acumulada, mas para ser repartida com outros.

Repartindo com Todos Somos todos muito egoístas, muito exclusivos. Os raios de

luz que brilham sobre nós devem refletir sobre outros. Deus espera que todos os que desfrutam da Sua graça repartam essa graça tão livremente como Cristo concede Sua misericór-dia. Como o sol brilha sobre justos e injustos, assim o Sol da Justiça reflete sua luz sobre todo o mundo. Por que deveriam aqueles que foram feitos participantes do dom celestial ser tão exclusivos? O fato de os homens tentarem manter sua luz para si mesmos em vez de deixar que brilhe para o mundo, surpreende negativamente o universo. ■

*A menos que especificado, todos os textos bíblicos foram extraídos da versão Almeida Revista e Atualizada.

Esse material foi adaptado do diário de Ellen White, escrito no dia 10 e 13 de dezembro de 1889. Ele está disponível no Manuscript Releases, v. 18, p. 341-345. Os Adventistas do Sétimo Dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom profético bíblico durante mais de 70 anos de ministério público.

A Palavra Empenhada Um homem não pode colocar seus pés no caminho da

santidade sem que homens e anjos maus se unam contra ele. Os anjos maus conspirarão com homens maus para destruir os servos de Deus. Os que são repreendidos por seus maus pensamentos, irão detestar os reprovadores do pecado e tentarão arrancá-los do serviço para Cristo. O conflito pode ser longo e doloroso, mas temos a promessa do Eterno que Satanás não pode nos vencer a menos que nos submetamos ao seu controle.

Cristo foi crucificado como enganador, embora tenha sido a luz e a vida para o mundo e tenha suportado a contradição dos pecadores contra Ele.

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).

Pode o amor de Deus ser medido por nós? Paulo declara que ele “excede todo entendimento” (Ef 3:19). Devemos nós, os que fomos feitos participantes do dom celestial, ser indiferentes, negligenciando a grande salvação que nos foi oferecida? Vamos nos permitir estar separados de Cristo e

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R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Para responder a sua pergunta tenho que usar a terminologia hebraica e grega. Por favor, acompanhe-me ao examinarmos a evidência.

Com base no significado da terminologia e seu uso no Apocalipse, afirmo o conceito de que o remanescente é en-contrado em Apocalipse 12:17.

1. Comentário Teológico: As Escrituras consistentemente ensinam que Deus sempre teve um povo remanescente. Toda vez que o inimigo tentou destruir os servos de Deus, o Senhor preservou um grupo de seguidores fieis por meio do qual Ele continua a cumprir Seus desígnios salvíficos para a humanidade. Esse remanescente desempenhou um papel im-portante no conflito cósmico, e a sua própria existência indica que Deus ainda está diretamente envolvido no conflito a favor de Seus servos. No tempo do fim o dragão e seus aliados têm um objetivo comum: a exterminação do que restou do povo de Deus (Ap 13:15). Nesse momento crítico do conflito, mais uma vez Deus preservará para Si o remanescente fiel que guarda os Seus mandamentos e têm o testemunho de Jesus (Ap 12:17).

2. Terminologia Grega: Em Apocalipse 12:17 o adjetivo grego traduzido como “remanescente” é loipos. Segundo os dicionários gregos, ele se refere “ao que permanece”, ou “o que sobrou” após ser tomada uma determinada ação e pode ser traduzido por “o resto” (Ap 9:20), “o remanescente”, ou “os que restaram” (veja Ap 11:13). Em alguns contextos também pode significar “outros”(veja At 2:37). Loipos pertence à família de palavras diretamente relacionadas à ideia de remanescente. O verbo leipo- significa “deixar para trás/terminar; faltar” (Tt 1:5; 3:13) e é encontrado em muitas variações compostas. Por exemplo: kataleipo- = “deixar para trás”, “deixar uma lembrança” (veja Rm 11:4); hupoleipo- = “deixar uma lem-brança” (veja verso 3) e perileipomai = “deixar para trás” (veja 1Ts 4:15, 17). O verbo e o composto verbal diferente podem ser usados para expressar a ideia do remanescente, para “o que permanece ou resta”. A versão grega do Antigo Testamento usa o verbo leipo- para traduzir os verbos

hebraicos ša-’ar “que permaneceram” e pa-lat “escapar”. O verbo grego e sua variação composta são usados, às vezes, para se referir aos remanescentes que sobreviveram (e.g., Is 10:19). Esta informação indica que o conceito de remanescente não é estranho aos verbos. Concernente ao substantivo loipos, usado em Apocalipse 12:17, ele foi colocado na versão grega para traduzir o termo hebreu yeter (“remanescente”) e šece-rit (“remanescente”). Outra vez, ele expressa o conceito do remanescente. As evidências sumarizadas acima indicam que no caso de loipos estamos lidando com o termo que mais se aproxima da ideia de um remanescente – “que resta ou que é deixado para trás”.

3. Contexto: O uso da terminologia do remanescente no livro de Apocalipse claramente apoia e reafirma a convic-ção de que o conceito está presente em Apocalipse 12:17. A palavra “remanescente” (loipos) é usada oito vezes em Apocalipse. Ela é usada para se referir ao resto das trombetas (Ap 8:13); àqueles que sobreviveram após a catástrofe (Ap 9:20, o resto das pessoas que não foram destruídas durante a sexta trombeta; Ap 11:13, os habitantes da cidade que não foram mortos, os sobreviventes); o restante dos adoradores da besta que finalmente foram mortos (Ap 19:21) e o resto dos mortos que ressuscitaram após o milênio (Ap 20:5). O termo também é usado para designar o povo de Deus. Na igreja de Sardis há um remanescente, mas a igreja é exortada a acordar porque aquele remanescente está prestes a morrer (Ap 3:2). Na igreja de Tiatira o remanescente fiel recusou os ensinos de Jezabel (Ap 2:24).

Essa preocupação com um remanescente fiel em Apo-calipse, junto com o uso da terminologia bíblica e o ensino que Deus sempre preservou para Si no conflito cósmico, um remanescente fiel, apoia a conclusão de que o termo loipos em Apocalipse 12:17 está se referindo ao remanescente de Deus no momento em que ‘o grande conflito’ está chegando ao fim. ■

Ángel Manuel Rodríguez é ex-diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral.

Em várias versões da Bíblia a palavra

“remanescente” não é encontrada em Apocalipse 12:17.

É correto insistir que essa passagem se refere ao

remanescente?

Restou?O que

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E S T U D O B Í B L I C O

Se você perguntar para um cristão comum “o que é fé?” poderá ouvir as seguintes respostas: Fé é acreditar. Fé é

saber que Deus responderá nossas orações. Fé é pedir a Deus o que você quiser e saber que Ele lhe dará. Essas respostas definem a fé quase como um tipo de amuleto de boa sorte celestial. Há resposta muito mais bíblica. Fé é um dom que Deus dá a todo crente. É a certeza absoluta de que Deus é digno de nossa adoração e confiança. Fé é ter relacionamento com Deus como um amigo muito próximo, de modo que fazemos tudo o que nos pede porque sabemos que Ele quer o melhor para nós (veja Jo 15:13-15; Jr 29:11).

Na lição de hoje, descobriremos como ter uma fé sólida no fim dos tempos, que possa suportar a crise na parte final da história da Terra.

1 Leia Lucas 18:8. Qual a preocupação expressa por Jesus sobre a fé nos últimos dias? Em sua opinião, por que a fé será escassa quando Jesus retornar?

2 Como a Bíblia define a fé genuinamente bíblica? Compare Hebreus 11:1 com 2 Coríntios 5:7.Fé é a “certeza de coisas que se esperam.” Esse é o fundamento de nossa vida cristã. Dia a dia olhamos para além das coisas que estão acontecendo ao nosso redor para ver Àquele que está acima de nós. A despeito das circunstâncias que possam nos afligir ou trazer tristeza ao nosso coração, temos a sólida crença de que Jesus, nosso melhor amigo, tem planejado um propósito para nossa vida, para nosso bem.

3 Leia Lucas 17:5 e 6. Que pedido sincero fizeram o discípulos a Jesus? Como Jesus respondeu?A princípio a resposta de Jesus pareceu estranha. Quando Seus discípulos pediram que Ele lhes aumentasse a fé, Ele simplesmente respondeu: “Se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderão dizer a esta amoreira: Arranque-se e se plante no mar, e ela lhes obedecerá” (verso 6). O que Jesus estava dizendo é realmente bem simples:

O grão de mostarda é a menor das sementes. Jesus estava animando aos Seus discípulos a usarem a fé que eles tinham. Estava simplesmente dizendo: “Vocês estão me pedindo para aumentar sua fé. Eu já coloquei fé em seu coração; exercitem-na. Em outras palavras, quanto mais você expressar a fé que tem, mais sua fé vai crescer.”

4 Segundo Romanos 10:17, a fé vem pela saturação da nossa mente com a Palavra de Deus. A fidelidade de Deus é revelada em Sua Palavra. Quanto mais estudarmos a Palavra, mais nossa fé crescerá. Mas, é possível ler a Bíblia e tirar pouco proveito da leitura? Por quê? Descubra a resposta em Hebreus 4:2.

5 Leia as seguintes passagens da Bíblia e reflita no papel da fé no plano da salvação. Somos salvos pela fé ou pela graça? Que papel desempenha a fé no plano da salvação? E qual é o papel da graça? Leia Romanos 1:16, 17; 3:23-26; 5:1, 2 e Efésios 2:8-10.

6 Compare Efésios 6:16 com Gênesis 15:1. O que é o escudo da fé?Por que a fé é como um escudo?

A fé nos protege das tentações do inimigo porque ela confia total e completamente em Jesus. A fé nos leva a confiar nEle, e Ele é mais do que capaz de ser nosso escudo contra os ardis de Satanás.

7 Como Apocalipse 14:12 descreve o povo de Deus no tempo do fim?O que é a fé de Jesus? É muito mais que fé em Jesus; é a qualidade da fé de Jesus enchendo nosso coração e vida. É a fé do próprio Jesus concedida a nós por meio de Sua graça. Dia a dia, quando Lhe agradecemos pelo Seu dom da fé por meio de Sua graça, ao exercitarmos a fé que Ele coloca em nosso coração e ao encher nossa mente com Sua Palavra, a fé de Jesus cresce em nós.

Então, nos tornaremos como Ele, a quem mais admiramos! Essa é a fé dos últimos dias, do tempo do fim. ■

Por Mark A. Finley

C H E R Y L E M P E Y

FéFimno

Temposdos

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Por favor, ore por mim e por uma pessoa que amo muito. Ambos frequentamos a Igreja Adventista. Mas, ela está sendo influenciada por outros e está me evitan-do, pelo fato de falar-lhe constantemente que devemos viver como cristãos.

Steve, África do Sul

Por favor, ore por meu filho que será submetido a uma cirurgia; e ore para que eu consiga suprir minhas necessidades financeiras.

Ramesh, Índia

Ore por mim. Em breve estarei realizan-do exames escolares. Também necessito de recursos financeiros para tanto.

Frederick, República Democrática do Congo

Por favor, ore pelo reavivamento dos nossos jovens. Estamos tendo dificuldade para resolver o problema da indiferença. Creio que Deus tem a solução para todos os nossos desafios e sei que devemos nos dedicar à oração para receber Seu poder e bênçãos.

Nelson, Portugal

CartasAdventistas e o Álcool Quero agradecer a Peter N. Landless, pelas seis razões apresentadas no artigo “Adventistas e o Álcool” (dezembro de 2011) para não usarmos bebidas alcoólicas. Gostaria de acrescentar uma sétima razão, mais teológica e bíblica. Em 1 Pedro 2:9 nós, os crentes, somos descritos como sacerdócio real e, como João Batista, somos chamados a preparar o cami-nho para a segunda vinda de Jesus. Quem era chamado para ministrar na obra de Deus era proibido de beber bebidas alcoólicas (Lv 10:9, 10; Lc 1:15).

HERBERT PFEIFER

Murrhardt, Alemanha

O Senhor é Maravilhoso Lendo a entrevista de Gerald Klingbeil com Ángel Manuel Rodríguez, “O Senhor é Maravilhoso!” (dezembro de 2011), lembramo-nos quando tivemos várias oportunidades de assistir às aulas de Ángel Manuel Rodríguez. As mais aguardadas eram aquelas quando tínhamos um período de perguntas e respostas. Apreciávamos muito aqueles momentos.

Rodríguez era muito humilde ao declarar: “Se você não sabe a resposta, simplesmente não sabe. No céu haverá muito tempo para compreender o que não compreen-demos agora.” Sua prudência para responder e defender nossa teologia cristã é um exemplo para todos nós.

OSCAR E BETTY GONZALEZ

Instival, Villavicencio, Colômbia

Calçando os Seus Sapatos Apreciei o artigo “Calçando Seus Sapatos”, por Rick Kajiura (outubro 2011), sobre o extraordinário ministério de Allen e Kelley Fowler na Reserva Indígena Navajo, no Arizona, EUA.

T R O C A D E I D E I A S

GRATIDÃOOração

28 Adventist World | Abril 2012

Como administrador e especia-lista em povos indígenas no Brasil, trabalhei por quase quarenta anos em várias reservas e tribos, principal-mente no Parque Nacional do Xingu. Desenvolvi atividades e projetos am-bientais. Fui, também, o coordenador de povos indígenas isolados.

Fiquei muito feliz quando li sobre o trabalho dos Fowlers e posso compreender muito bem o propósito desse ministério. Eles estão certos. A melhor maneira de trabalhar com povos indígenas e ganhar sua confiança é: respeitar, participar e compreender sua cultura (padrão de vida) e dificuldades. Devemos sem-pre fazer o possível para deixar bem claro nossas boas intenções. E eles nos aceitarão em suas comunidades.

MOACIR CORDEIRO DE MELO

Londrina, Paraná, Brasil

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Como enviar as Cartas: Por favor envie para letters@ adventistworld.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua em sua carta o nome do artigo e a data da publicação. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

Sou colportor evangelista. Tenho que vender certa quantidade de literatura para receber os benefícios e bônus. Por favor, ore para que o Senhor me mostre como obter sucesso.

Pattie, Estados Unidos

Liana Kim não consegue se lembrar de ter sido abraçada quando era criança ou de ouvir sua mãe dizer “eu te amo”. Quando estava na quinta série, e profundamente deprimida, Liana começou a beber e pensou em se suicidar.

Um dia, ela clamou por ajuda para alguma coisa maior do que ela – Deus? Buda? Ela orou: “Se você existe, seja lá quem for, por favor, me ajuda! Quero ser feliz e vou trabalhar para você.”

Liana Começou a ler a Bíblia. Quando descobriu Jesus sua depressão desapareceu. Hoje, ela e seu esposo trabalham com uma sala de oração, intercedendo por outras pessoas. “Mesmo quando não conhecia a Deus, Ele ouviu meu clamor e usou minha experiência dolorosa para ajudar outros.”

Veja a história de Liana e compartilhe com seus amigos no site www.answered.tv. Semanalmente, novas histórias de oração são postadas.

– Sarah K. Asaftei

LIANA: deprimida, suicida e alcoólatra, encontrou paz em Deus e hoje ora por outros.

RESPOSTA: Na África do Sul, o Clube de Desbrava-dores da Igreja Adventista de Fish Hoek posa após ganhar o primeiro lugar em um evento na feira de Desbravadores Kimberly, em 2011.

A L I C E M A D A N H I

Testemunho DE UM MINUTO

GRATIDÃOOraçãoLugaréEsse?

Que

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A Oração é Vital Adventist World abriu meu coração para que Deus me use a fim de realizar a Sua Obra. O estudo bíblico de Mark Finley intitulado “A Oração é Vital” (julho de 2007), ensinou-me a abrir o coração a Deus em oração, ter fé nEle, orar para que Sua vontade seja feita em minha vida e a interceder pelos meus queridos. Agradeço a Deus por ser adventista e oro para que Ele use a mim e a outros adventistas para levar Seus filhos para perto dEle.

CHINYERE IROBINANSO

Port Harcourt, Nigéria

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28%

I D E A E X C H A N G E

Os participantes do Estudo Adventista sobre Saúde-2 da Universidade de Loma Linda são ovolactovegetarianos. Eles consomem leite e seus derivados, e/ou ovos, mas não comem carne vermelha, aves ou peixes.

O Estudo Adventista sobre Saúde-2 pesquisou mais de 96 mil adventistas do sétimo dia nos Estados Unidos e Canadá.

Fonte: www.llu.edu/public-health/health/early_findings.page?

PelosNúmeros

Se você sofrer uma perda de peso inexplicável, superior a dez por cento do seu peso corporal em um período de seis meses, procure um médico. Seu corpo deve estar tentando lhe dizer algo. Não ignore o sinal.

Fonte: Mayo Clinic: Vibrande Life

SeuConheça

Corpo

– Tunde Ojewole, Pioneer Church, Babcock University, Ilisan-Remo. Nigéria

O chamado para seguir a Cristo é um chamado para a morte – morte para o eu, morte para a fornicação, morte para o roubo, morte para as paixões malignas.

T R O C A D E I D E I A S

dos adventistas são ovolactovegetarianos

30 Adventist World | Abril 2012

Não é o calor . . .A maior e mais urgente necessidade

da igreja não são recursos ou pessoal, mas, segundo Ellen White, “um reavivamento da verdadeira piedade”. O Senhor está mais que disposto a nos conceder o Espírito Santo. Ela segue enumerando quatro condições para realizarmos esse trabalho tão vital: “Confissão, humildade, arrependimento e fervorosa oração” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121).

Em uma de nossas instituições adventistas, o mostrador eletrônico registrou um brilhante 85 por cento de humildade para o dia! Aquela instituição deve ter sido invejada por todo mundo e o sonho de todo pre-sidente de comissão, que certamente estaria “em boa saúde” e indo “bem a sua alma” (veja 3 Jo 2).

Não é esse o nosso desejo também?– Enviado por T. Ng

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5OA T É P A L A V R A S

■ Minha promessa preferida da Bíblia, feita por Jesus é: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso” (Mt 11:28, NVI). Saber que Ele está ao meu lado faz com que meus fardos fiquem mais leves. Louvado seja Deus!

– Collette, Paris, França

■ Minha promessa preferida da Bíbla me assegura que todas as minhas necessidades físicas, espirituais e emocionais são supridas por Deus. “O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus” (Fl 4:19, NVI).

– Ruben, Manila, Filipinas

■ “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11:25, NVI). Essa tem sido minha promessa preferida da Bíblia, desde que minha querida esposa faleceu, há dois anos.

– Bertram, Bristol, Inglaterra

■ Não preciso de 50 palavras. Minha promessa bíblica preferida fala por si mesma: “Eis que venho sem demora!” (Ap 22:7, ARA).

– Jasper, Chicago, Illinois, United States

No próximo mês, escreva-nos com até 50 palavras qual é seu pregador adventista ou professor de Bíblia preferido. Envie para: [email protected]. Escreva na linha do assunto: 50 Words or Less.

MinhaPromessa Bíblica

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor Administrativo e Editor ChefeBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, acessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk, Han, Suk Hee

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Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Brett Meliti

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Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

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Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

V. 8, Nº 4

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

Preferida

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