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ÁREA DE PRÁTICA DE DIREITO IMOBILIÁRIO Legislação publicada no Diário da República | 1 Recentes decisões dos tribunais superiores: - Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça | 2/7 - Acórdãos do Tribunal da Relação de Lisboa | 7 - Acórdãos do Tribunal da Relação do Porto | 8/9 Concursos Públicos: Moçambique, Timor-Leste, Brasil, China | 10 Novidades do Mercado | 11 Maio | 2013 aware LEGISLAÇÃO PUBLICADA NO DIÁRIO DA REPÚBLICA - Estabelecimento das normas aplicáveis à classificação e contagem do prazo das operações de crédito, aos juros remuneratórios, à capitalização de juros e à mora do devedor – Decreto-Lei n.º 58/2013, de 8 de Maio; Link: >>> - Rectificação da alteração ao Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Actividade Urbanística e Operações Conexas do Município de Lisboa – Declaração de Rectificação n.º 596/2013, de 17 de Maio; Link: >>> - Aprovação do Regulamento de Utilização de Imagens de Museus, Monumentos e outros Imóveis afectos à Direcção-Geral do Património Cultural – Despacho n.º 6891/2013, de 28 de Maio. Link: >>>

aware - Abreu Advogados · ónus para o devedor que a lei não prevê. É verdade que, como ensinam Batista Machado ... possa cumprir e não um prazo que com toda a probabilidade

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AacuteREA DE PRAacuteTICA DE DIREITO IMOBILIAacuteRIO

Legislaccedilatildeo publicada no Diaacuterio da Repuacuteblica | 1

Recentes decisotildees dos tribunais superiores - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila | 27 - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo de Lisboa | 7- Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto | 89

Concursos Puacuteblicos Moccedilambique Timor-Leste Brasil China | 10

Novidades do Mercado | 11

Maio | 2013

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LEGISLACcedilAtildeO PUBLICADA NO DIAacuteRIO DA REPUacuteBLICA

- Estabelecimento das normas aplicaacuteveis agrave classificaccedilatildeo e contagem do prazo das operaccedilotildees de creacutedito aos juros remuneratoacuterios agrave capitalizaccedilatildeo de juros e agrave mora do devedor ndash Decreto-Lei nordm 582013 de 8 de MaioLink gtgtgt

- Rectificaccedilatildeo da alteraccedilatildeo ao Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Actividade Urbaniacutestica e Operaccedilotildees Conexas do Municiacutepio de Lisboa ndash Declaraccedilatildeo de Rectificaccedilatildeo nordm 5962013 de 17 de MaioLink gtgtgt

- Aprovaccedilatildeo do Regulamento de Utilizaccedilatildeo de Imagens de Museus Monumentos e outros Imoacuteveis afectos agrave Direcccedilatildeo-Geral do Patrimoacutenio Cultural ndash Despacho nordm 68912013 de 28 de MaioLink gtgtgt

ldquoEstabelecido no tiacutetulo constitutivo de propriedade horizontal que determinada fracccedilatildeo autoacutenoma se destina ao ldquoexerciacutecio do comeacutercio eou restauran-terdquo eacute de considerar contemplada no tiacutetulo a activi-dade de fabrico proacuteprio de pastelaria e panificaccedilatildeo desenvolvida no local Esta actividade natildeo poderaacute ser integrada numa actividade comercial dado natildeo estar em causa uma funccedilatildeo intermediaacuteria entre a produccedilatildeo e o consumo no entanto mostra-se possiacutevel integrar tal acccedilatildeo na denominaccedilatildeo ldquorestauranterdquo A actividade de restauraccedilatildeo implicando uma evi-dente acccedilatildeo de produccedilatildeo ou transformaccedilatildeo de bens e produtos alimentiacutecios deve ser entendida como uma actividade industrial Ao conceder-se no aludido tiacutetulo a possibilidade de no local se desenvolver o funcionamento de um restaurante estaacute-se a possibilitar o desem-penho da actividade industrial de transformaccedilatildeo e fabrico de produtos alimentares Uma pastelaria eacute um estabelecimento de res-tauraccedilatildeo e assim eacute considerado pela lei pois eacute um estabelecimento onde se fornecem alimentos e bebidas mediante pagamento (art 1ordm nordm 1 do DL nordm 16897 de 04-07 com as alteraccedilotildees introduzidas pelo DL nordm 572002 de 11-03 vigente agrave data dos factos) E deve ser assim en-tendido independentemente da denominaccedilatildeo que lhe seja dada (pastelaria restaurante casa de pasto snack-bar pizzaria etc) Perante o disposto no nordm 4 do citado art 1ordm os estabelecimentos de restauraccedilatildeo podem dispor de instalaccedilotildees destinadas ao fabrico de pastelaria e panificaccedilatildeo desde que enquadrados na classe D do DReg nordm 2593 de 17-08 sendo que para efeitos de licenciamento a cada estabelecimento seraacute atribuiacuteda a classe correspondente agrave da activi-dade industrial nele exercida (art 2ordm nordm 1 do referido DReg) Os estabelecimentos de classe D devem obedecer a condiccedilotildees de isolamento que a tornem compatiacutevel com o uso do preacutedio em que se encontrem (art 4ordm nordms 4 e 5)

Desde que possam ser enquadrados na classe D de actividades industriais os estabelecimentos de restauraccedilatildeo podem dispor de instalaccedilotildees destina-das ao fabrico de pastelaria e panificaccedilatildeo (com as condiccedilotildees de isolamento indicadas na disposiccedilatildeo) pelo que tratando-se de uma pequena induacutestria de apoio agrave actividade de restauraccedilatildeo essa acccedilatildeo eacute permitida pela lei

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RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

Actividade comercial de estabelecimento com fabrico proacuteprio de pastelaria e panificaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013

Actividade comercial de estabelecimento com fabrico proacuteprio de pastelaria e panificaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013 (continuaccedilatildeo)

Considerando que a lei permite que os estabe-lecimentos de restauraccedilatildeo possam dispor de instalaccedilotildees destinadas ao fabrico de pastelaria e panificaccedilatildeo competia aos autores alegarem e provarem de harmonia com o disposto no art 342ordm nordm 1 do CC que a acccedilatildeo empreendida na fracccedilatildeo natildeo se enquadrava na aludida classe D e assim natildeo era legalmente permitida de ser aiacute exercida o que natildeo fizeram Constando do tiacutetulo constitutivo que a fracccedilatildeo autoacutenoma se destina a restaurante (estabeleci-mento de restauraccedilatildeo) e porque a lei permite ao estabelecimento (pastelaria) dispor de instala-ccedilotildees destinadas ao fabrico de pastelaria e panifi-caccedilatildeo natildeo foi violado o art 1422ordm nordm 2 al c) do CC natildeo tendo os condoacuteminos dado agrave fracccedilatildeo um ldquouso diverso do fim a que eacute destinadardquoLink gtgtgt

Razoabilidade de prazo para cumprimento de prestaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013

ldquoDe facto estando em causa a celebraccedilatildeo de uma escritura de compra e venda de fracccedilatildeo de preacutedio urbano para a qual era exigida diversa documentaccedilatildeo designadamente a licenccedila de utilizaccedilatildeo e o registo da constituiccedilatildeo em pro-priedade horizontal objectivamente entende-mos natildeo ser razoaacutevel a fixaccedilatildeo de um prazo de 8 dias por demasiado curto Note-se que conforme se assinala na decisatildeo recorrida (hellip) cerca de dois meses antes da interpelaccedilatildeo natildeo estavam reunidos os requisitos legalmente exigidos para a celebraccedilatildeo da es-critura da prometida compra-e-venda como os autores sabiam Salvo o devido respeito natildeo parece que para a questatildeo da razoabilidade do prazo seja de con-vocar o tempo da mora do devedor De facto natildeo eacute por o devedor estar em mora haacute mais ou menos tempo que o prazo tem de ser mais ou menos dilatado O que estaacute em causa eacute saber se o prazo eacute razoaacutevel para a concreta prestaccedilatildeo a prestar e natildeo a puniccedilatildeo pela mora

Haveraacute casos em que o devedor poderaacute estar em mora haacute escassas semanas e um prazo de oito dias dada a simplicidade da prestaccedilatildeo deva qualificar-se como razoaacutevel outros haveraacute em que o devedor poderaacute estar em mora haacute lon-gos meses e um prazo de 30 dias natildeo se mostrar razoaacutevel em virtude da complexidade da presta-ccedilatildeo Tambeacutem natildeo nos parece que se possa aquilatar da razoabilidade ou natildeo do prazo pelo facto do devedor nada ter dito aquando da interpelaccedilatildeo ou mesmo depois na contestaccedilatildeo da acccedilatildeo A ser assim estaria estar-se-ia a constituir um oacutenus para o devedor que a lei natildeo prevecirc Eacute verdade que como ensinam Batista Machado e A Varela o devedor pode discutir na acccedilatildeo a questatildeo da irrazoabilidade do prazo fixado Como eacute evidente esta discussatildeo poderaacute ajudar o tribunal a encontrar os caminhos certos da de-cisatildeo sobre aquela questatildeo mas natildeo eacute o facto de o reacuteu nada dizer que desobriga o tribunal de se pronunciar sobre a razoabilidade do prazo Na verdade o tribunal tem que aferir da ra-zoabilidade do prazo jaacute que se trata de facto constitutivo do direito do promitente comprador de converter a mora do promitente vendedor em incumprimento definitivo Sejamos claros a lei fala em razoabilidade do prazo e esta razoabilidade deve ser aferida em funccedilatildeo da concreta prestaccedilatildeo a prestar O silecircn-cio do devedor natildeo transforma um prazo irra-zoaacutevel em razoaacutevel De facto o prazo razoaacutevel eacute aquele em que um devedor normalmente diligente nas circunstacircn-cias concretas possa cumprir e natildeo um prazo que com toda a probabilidade natildeo possa ser cumprido Assim temos como correcta a fundamentaccedilatildeo da 1ordf instacircncia quando sustenta laquoOra agrave luz de um homem meacutedio natildeo podemos considerar tal prazo de 8 dias um prazo razoaacutevel uma vez que conforme resulta da proacutepria car-ta de interpelaccedilatildeo os AA sabiam que a R natildeo tinha ainda toda a documentaccedilatildeo necessaacuteria agrave realizaccedilatildeo da escritura

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RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

Razoabilidade de prazo para cumprimento de prestaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013 (continuaccedilatildeo)

Os AA sabiam que se tornava praticamente im-possiacutevel agrave R no prazo de 8 dias que lhe fixam obter os documentos necessaacuterios agrave outorga do contrato definitivo e proceder agrave marcaccedilatildeo da escritura Para qualquer um tal prazo apresenta-se como demasiado curto para permitir o cumprimento de tal obrigaccedilatildeo O prazo razoaacutevel eacute aquele que permite ao deve-dor cumprir o seu dever de prestar em face da natureza e funccedilatildeo do contrato natildeo podendo con-siderar-se como razoaacutevel a fixaccedilatildeo de um prazo de tal forma curto que conduza inevitavelmente ao incumprimentoraquo Concluindo o prazo de oito dias para a celebra-ccedilatildeo da concreta escritura era objectivamente irrazoaacutevel ou seja em desacordo com o nordm 1 do artigo 808ordm do CCrdquo Link gtgtgt

Responsabilidade solidaacuteria de mediadora e promi-tente vendedor ndash Acoacuterdatildeo de 08052013

ldquoVeio a autora na sua qualidade de promitente compradora pedir alegando o incumprimento do promitente vendedor a devoluccedilatildeo em dobro do sinal prestado Mais alega que houve actua-ccedilatildeo iliacutecita da mediadora pelo que pede que pelo valor do sinal em singelo respondam solidaria-mente aquele promitente vendedor e a dita me-diadora bem como a seguradora que garante a respectiva responsabilidade civilA questatildeo da responsabilidade da reacute mediadora foi versada do seguinte modo pela Relaccedilatildeo ldquo(hellip) Nos termos do art 18deg ndeg 1 b) do DL 7799 (diploma que era o aplicaacutevel agrave data dos factos) as empresas mediadoras satildeo obrigadas a certi-ficar-se antes da celebraccedilatildeo do contrato de me-diaccedilatildeo ldquopor todos os meios ao seu alcance se as caracteriacutesticas do imoacutevel objecto do contrato de mediaccedilatildeo correspondem agraves fornecidas pelos interessados contratantes e se sobre o mesmo recaem quaisquer oacutenus ou encargosrdquo

Do mesmo modo o art 18deg ndeg 1 e) impotildee agraves empresas de mediaccedilatildeo imobiliaacuteria a obrigaccedilatildeo de ldquocomunicar imediatamente aos interessados qualquer facto que ponha em causa a concretiza-ccedilatildeo do negoacutecio visadordquo A Mediadora mostrou agrave Autora a fracccedilatildeo em causa negociou as condiccedilotildees para aquisiccedilatildeo do imoacutevel e os termos do contrato promessa sem nunca a alertar de que recaiacuteam sobre o imoacutevel hipotecas e que o mesmo fora alvo de penhora e arresto situaccedilatildeo que teria evitado caso oportu-namente tivesse consultado a situaccedilatildeo do imoacutevel de acordo com o registo predial A falta de diligecircncia legalmente exigiacutevel causou agrave Autora um dano computado no exacto mon-tante do sinal entreguerdquo

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RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Responsabilidade solidaacuteria de mediadora e promitente vendedor ndash Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

Houve pois negligecircncia por parte da reacute mediadora que foi a causa da autora ter entregue ao reacuteu o si-nal Eacute esta reacute por isso e em princiacutepio responsaacutevel por essa entrega que constitui o dano da autora que tem de reparar entregando-lhe quantia de igual montante Logo existe nexo de causalidade entre a conduta desta reacute e a entrega da aludida quantia do sinal Dir-se-aacute que a entrega do sinal resultou do contrato promessa e natildeo da conduta da mediadora A verdade eacute que foi essa conduta que levou agrave celebraccedilatildeo do mesmo contrato Deste modo natildeo cumpriu nos termos do contrato de me-diaccedilatildeo a que estava obrigada nomeadamente nos do art 18ordm do DL 7799 de 1603 A questatildeo que se coloca eacute a de saber se a obriga-ccedilatildeo de restituir de um [promitente vendedor] por forccedila do artordm 442ordm do C Civil e de outro [media-dora] por forccedila da responsabilidade civil contratual em que incorreu satildeo obrigaccedilotildees solidaacuterias Podia ser entendido que por terem causas dife-rentes ndash num caso o incumprimento do contrato promessa noutro o incumprimento do contra-to promessa as obrigaccedilotildees natildeo poderiam ser solidaacuterias embora visassem a reparaccedilatildeo do mesmo dano O facto de duas obrigaccedilotildees terem causas diferen-tes natildeo obsta a que possa existir solidariedade entre elas ndash cf Antunes Varela Obrigaccedilotildees 2ordf ed I 618 Necessaacuterio eacute que tenham o mesmo fim a satisfaccedilatildeo do mesmo interesse do credor ndash id 621

Por outro lado como refere o mesmo Mestre ndash id 646 - ldquoA discussatildeo perdeu entretanto grande parte do seu interessehellipporque vaacuterios sistemas legislati-vos entre os quais o nosso solucionaram directa-mente agrave margem de todos os preconceitos de si-metria formal os vaacuterios problemas que cabem no regime de solidariedade(sublinhado nosso)rdquo Ora o artordm 513ordm do C Civil determina que a soli-dariedade de devedores ou credores soacute existe quando resulte da lei ou da vontade das partes E os nordms 2 e 3 do artordm 23ordm do DL 7799 de 1603 determinam a solidariedade passiva da mediadora nos casos em que houver responsabilidade civil da sua parte Donde resulta que tendo o reacuteu promitente vendedor e a reacute mediadora ambos a obrigaccedilatildeo de reparar o mesmo dano ou seja estando obrigados a presta-ccedilotildees com a mesma finalidade tratando-se de responsabilidade civil por parte da reacute mediado-ra tem de haver solidariedade entre os titulares dessas obrigaccedilotildees Alegam tambeacutem as recorrentes que o seguro que garante a responsabilidade civil da reacute mediadora natildeo visa garantir o pagamento dos danos resul-tantes do incumprimento do contrato promessa Efectivamente natildeo visa tal Mas aqui o que a reacute seguradora paga eacute directamente a responsabili-dade civil profissional da reacute mediadora tal como se obrigou - cf ponto f) dos factos assentes O facto de existir solidariedade das obrigaccedilotildees natildeo implica que se confundam as respectivas causas que se mantecircm diversas como se referiu em 3rdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013

ldquoAs Recorrentes continuam a sustentar que o contrato de arrendamento celebrado entre a Exequente e a Executada ldquoBB SArdquo como locataacuteria se extinguiu por caducidade por ldquoimpossibilidade superveniente absoluta e definitivardquo da arrenda-taacuteria gozar e fruir o imoacutevel objecto do contrato Argumentam que consistindo o locado numas instalaccedilotildees criadas de raiz exclusivamente para uma concessatildeo de venda e reparaccedilatildeo de veiacutecu-los da marca ldquoMitsubishirdquo nele laborando a So-ciedade comercial ldquoDDrdquo cujo capital era detido pela CC e tendo a ldquoDDrdquo cessado a actividade em 31122007 sem que existisse qualquer socie-dade que com a ldquoBBrdquo ou a ldquoCCrdquo estivesse numa relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo que pudesse utilizar o imoacutevel o contrato caducou naquela data O acoacuterdatildeo impugnado depois de considerar que natildeo se estaacute perante um caso de caducidade do contrato de arrendamento previsto no art 1051ordm C Civil propocircs-se ldquoindagar se contratualmente as partes previram a ocorrecircncia de um qual-quer evento gerador de caducidade do contrato como o apontado na decisatildeo recorrida (senten-ccedila)rdquo questatildeo a que respondeu negativamente considerando que as Executadas natildeo alegaram a factualidade de que lanccedilou matildeo o julgador da 1ordf Instacircncia a qual por via disso tambeacutem natildeo poderia ter-se por provada As Recorrentes (hellip) invocam como evento cadu-cante como dito a impossibilidade superveniente de a arrendataacuteria gozar e fruir o imoacutevel locado dada a cessaccedilatildeo de actividade da ldquoDDrdquo que nele laborava A caducidade como facto juriacutedico extintivo de di-reitos opera ope legis resolvendo ou dissolvendo automaticamente o negoacutecio independentemente de qualquer manifestaccedilatildeo de vontade das partes Com efeito verificado o facto legal ou convencio-nalmente previsto como susceptiacutevel de dela ser fundamento a caducidade surge e opera depen-dendo de simples constataccedilatildeo desse evento impedi-tivo da eficaacutecia De notar que por assentarem sempre num fun-damento legal as situaccedilotildees que geradoras de caducidade natildeo se encontram elas mesmas na disponibilidade das partes podendo estas tatildeo soacute estipular os respectivos pressupostos

Por isso como esclarece P ROMANO MARTINEZ (ldquoDa Cessaccedilatildeo do Contratordquo 48) ldquoa liberdade contratual pode moldar e permitir o recurso agrave caducidade mas esta causa de cessaccedilatildeo do viacuten-culo natildeo resulta da autonomia das partes mas sim da leirdquo Sendo o evento prejudicial superveniente isto eacute ocorrendo apoacutes o iniacutecio da produccedilatildeo de efeitos do negoacutecio a ineficaacutecia traduzida na cessaccedilatildeo de vigecircncia produz-se para futuro ocorrendo a dissoluccedilatildeo (cfr ANIacuteBAL DE CASTRO ldquoA Caduci-daderdquo 2ordf ed 216)De caducidade pode falar-se quando a base nego-cial que presidiu agraves estipulaccedilotildees das partes tenha assentado em pressupostos que deixam de existir Assim nos casos de impossibilidade superveniente da prestaccedilatildeo designadamente quando conduza agrave extinccedilatildeo do viacutenculo contratual nos termos previstos no art 795ordm C Civil

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

A impossibilidade absoluta e definitiva eacute um fac-to ou evento que concorrendo os pressupostos respectivos ldquoopera por sirdquo sem necessidade de valoraccedilatildeo Bastaraacute pois que se demonstre que por qualquer circunstacircncia ldquoo comportamen-to exigiacutevel do devedor segundo o conteuacutedo da obrigaccedilatildeo se torna inviaacutevelrdquo (P R MARTINEZ ob cit 46 A VARELA ldquoDas Obrigaccedilotildees em geralrdquo II 6ordf ed 66) Se efectivamente eacute verdade que apoacutes a cessa-ccedilatildeo de actividade da ldquoDD Ldardquo natildeo existia qual-quer entidade que com as Executadas estivesse em relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo e pudesse utili-zar o imoacutevel natildeo pode deixar de ter-se presente que antes disso nada do clausulado no contrato de arrendamento ou para aleacutem dele provado fazia depender a eficaacutecia do mesmo ou ser o seu fim exclusivo ou natildeo a cedecircncia agrave ldquoDDrdquo ou mesmo a qualquer outra sociedade em situaccedilatildeo juriacutedica idecircntica Por isso insiste-se se como em sede de ma-teacuteria de facto decidiu definitivamente o Tribunal da Relaccedilatildeo natildeo se pode considerar por nem se-quer ter sido alegado que as Partes sabiam que o locado seria exclusivamente utilizado pela DD e que a Exequente natildeo ignorava que as Executadas natildeo dispunham de outra entidade que pudesse utilizar o imoacutevel afastada estaacute a existecircncia de qualquer facto susceptiacutevel de ser utilizado - como se admite que esses o pudessem ser - como pressu-posto do recurso agrave figura da caducidaderdquo Link gtgtgt

II - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo de Lisboa

Periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoO periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis vendidos ou natildeo por quem os construiu encontra-se previsto na empreitada - artigo 1225 CC - e na compra e venda de bens defeituosos - artigo 916 CC

Apoacutes a entrada em vigor do DL 26794 de 25 de Outubro (1 de Janeiro) se a coisa vendida for um imoacutevel o prazo de garantia eacute de 5 anos e a denuacutencia deveraacute ocorrer dentro de um ano a con-tar do seu conhecimentoSendo tambeacutem de um ano o prazo para o exerciacutecio do direito agrave eliminaccedilatildeo dos defeitos (art 12253 CC)Estando em causa direitos disponiacuteveis o re-conhecimento dos defeitosviacutecios por parte da reacute constitui causa de impedimento da caducidadeReconhecido o direito a caducidade fica definitiva-mente impedida tal como se tratasse do exerciacutecio da acccedilatildeo judicialSe o direito eacute reconhecido fica definitivamente assente e natildeo haacute jaacute que falar em caducidaderdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

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Convocaccedilatildeo irregular de assembleia de condoacuteminos - Acoacuterdatildeo de 09052013

ldquoOs autores natildeo estiveram presentes na assembleia de condoacuteminos de 2592009 e os factos prova-dos revelam que natildeo foram convocados para tal assembleia pela forma prevista no art 1432 nordm 1 do CC ou seja por carta registadaSucede que a irregularidade que ndash porventura ndash se traduziu na ausecircncia dos autores na assembleia se deve ter por sanadaCom efeito se os autores queriam ter a oportuni-dade de deliberar e votar algo que foi deliberado e votado na reuniatildeo de 2592009 por entenderem que a deliberaccedilatildeo e votaccedilatildeo tinham sido invaacutelidas ou ineficazes seria oacutenus deles proacuteprios exigirem aos administradores do reacuteu a convocaccedilatildeo de nova assembleia ndash extraordinaacuteria ndash a fim de se deliberar e votar de novo o que se apresentava como con-troverso bem como a fim de revogar o que tinha sido mal aprovadoEssa exigecircncia de convocaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteria consta no art 1433 nordm 2 do CC e contar-se-ia para tanto um prazo de 10 dias a con-tar da recepccedilatildeo da carta datada de 12102009Decorre daiacute que os autores natildeo se podem prevalecer da ausecircncia de convocaccedilatildeo vaacutelida para a assembleia de 2592009 isso num contexto em que natildeo quiseram convocar nova assembleia extraordinaacuteria em que iriam ter pessoalmente oportunidade de reeditarem a deliberaccedilatildeo e vo-taccedilatildeo no sentido que entendiam correcto par-ticularmente para revogaccedilatildeo da deliberaccedilatildeo que entendiam invaacutelida ou ineficazO viacutecio da convocaccedilatildeo dos autores ficou sanado com a omissatildeo dos mesmos autores no sentido de exigirem a realizaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteriaA conclusatildeo que antecede incompatibiliza-se com o principal e praticamente uacutenico fundamento ju-riacutedico da sentenccedilaEacute muitiacutessimo vulgar a pretericcedilatildeo do requisito de arta registada enviada com dez dias de an-tecedecircncia a todos os condoacuteminos ou a pretericcedilatildeo do requisito de recibo quanto agrave recepccedilatildeo de avi-so convocatoacuterio feito com os mesmos dez dias de antecedecircncia conforme prevecirc o art 1432 nordm 1 do CC mas desde a alteraccedilatildeo introduzida no

subsequente art 1433 pelo art 1 do Decreto-Lei 26794 de 2510 deixou de existir margem legal para anular as deliberaccedilotildees de uma assembleia de condoacuteminos com fundamento na pretericcedilatildeo de requisitos de convocaccedilatildeordquoLink gtgtgt

Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoPor contrato-promessa de compra e venda data-do de 2352008 os autores prometeram comprar agrave reacute correspondente a fracccedilatildeo autoacutenoma (hellip)Na carta datada de 31102009 que atraveacutes da sua ilustre mandataacuteria dirigiram agrave Reacute os Autores declararam que ldquo perderam interesse no imoacutevel prometido comprarrdquo acrescentando que tal ha-via sucedido ldquo dado necessitarem de urgente-mente comprarem outro que ofereccedila jaacute condiccedilotildees de habitabilidaderdquo(hellip) F) E nessa carta os autores reclamaram a devoluccedilatildeo do sinal em dobroCom efeito os autores comunicaram agrave reacute essa perda de interesse e exigindo a devoluccedilatildeo do sinal em dobro atraveacutes da carta enviada pela sua man-dataacuteria em 31102009 (hellip)Na sentenccedila poreacutem natildeo se entendeu que ocorresse essa perda de interesse relevante por parte dos autoresTodavia concluiu-se depois ldquoEm verdade qual-quer pessoa normal colocada naquela posiccedilatildeo dos AA e apenas por natildeo ter sido corrigido o soalho (apenas na zona da porta de entrada da sala para o hall) e natildeo ter sido feita a pintura da cozinha e ainda corrigido o tecto do hall da suite com man-chas natildeo uniformes natildeo perderia o interesse em realizar o contrato prometido porquanto se trata de deveres laterais de conduta natildeo prestados passa-dos cinco meses de terem sido reclamados e que tecircm uma importacircncia escassa para o comum das pessoas em atenccedilatildeo agrave habitaccedilatildeo que se pretende no caso de compra e venda de imoacutevel para habita-ccedilatildeo como era o caso

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013 (Continuaccedilatildeo)

E natildeo se diga que tais defeitos comprometiam para um qualquer boacutenus pater famiacutelias as condiccedilotildees de habitabilidade Tratava-se de correcccedilatildeo de ris-cos na zona da porta de entrada para a sala pin-tura de uma parede da cozinha e correcccedilatildeo de manchas natildeo uniformes no tecto da suite (zona do hall) ou seja trecircs situaccedilotildees que em nada conten-dem com as finalidade de uso (ou de troca) que os AA visariam conseguir com a prestaccedilatildeo (hellip) (hellip) Cumpre realccedilar que apesar das vaacuterias inter-pelaccedilotildees efectuadas pelos autores (resposta al-terada aos quesitos 2ordm e 3ordm) a reacute ateacute agrave data pre-vista para a celebraccedilatildeo da escritura (30062009) natildeo havia concluiacutedo os acabamentos nas partes comuns nem tinha corrigido as anomalias exis-tentes na fracccedilatildeo (hellip) nem forneceu aos autores a documentaccedilatildeo necessaacuteria agrave celebraccedilatildeo da es-critura (pedida por aqueles na carta de 6 de Maio ndash resposta alterada ao quesito 9ordm) e soacute depois de 30 de Junho requereu a licenccedila de utilizaccedilatildeo (fls 208) que veio a ser emitida apenas em 20072009Tendo em conta estes factos aceita-se a con-clusatildeo da sentenccedila sobre a existecircncia de mora da reacute se a marcaccedilatildeo da escritura competia con-tratualmente aos autores estes natildeo o poderiam fazer sem a conclusatildeo das obras pela reacute e a con-sequente emissatildeo da licenccedila de utilizaccedilatildeoTemos por certo poreacutem que a situaccedilatildeo criada com o atraso verificado quer na conclusatildeo da obra quer na entrega da documentaccedilatildeo poderia ser ultrapassada com relativa facilidade se os au-tores se decidissem pelo cumprimento efectivo do contrato-promessa marcando como lhes com-petia contratualmente data para a realizaccedilatildeo da escritura e interpelando a reacute com esse objectivo e para que esta lhes fornecesse os elementos e documentaccedilatildeo necessaacuterios para esse fim e para que concluiacutesse as correcccedilotildees das anomalias que ainda se verificassemNatildeo procederam deste modo tendo optado por uma soluccedilatildeo que se nos afigura inteiramente de-sajustada mesmo que os acabamentos em falta e os defeitos existentes tivessem a extensatildeo por eles alegada

A perda de interesse tal como eacute prevista no art 808ordm tem em vista os casos em que pela na-tureza da prestaccedilatildeo o retardamento no cumpri-mento destroacutei o objectivo do negoacutecio portanto para aleacutem da mora eacute necessaacuterio que haja perda da utilidade na prestaccedilatildeo por forma a que esta deixe de ter preacutestimo para o credor (hellip)Deve por isso improceder a pretensatildeo de con-denaccedilatildeo da reacute na restituiccedilatildeo do sinal em dobrordquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Moccedilambique

- Obras para o desenvolvimento integrado do corredor Milange-Mocuba mdash Fase IILink gtgtgt

- Trabalhos de reabilitaccedilatildeo e expansatildeo do Insti-tuto Agraacuterio de ChimoioLink gtgtgt

- Trabalhos para o desenvolvimento da Estrada Milange-MocubaLink gtgtgt

Timor-Leste

- Projecto de construccedilatildeo de auto-estrada Suai-BecoLink gtgtgt

Brasil

- Projecto de arquitectura de adaptaccedilatildeo do edifiacutecio da Biblioteca da Faculdade de Direito da Universi-dade de Satildeo PauloLink gtgtgt

- Execuccedilatildeo de trabalhos de construccedilatildeo do centro Comunitaacuterio de ElderlyLink gtgtgt

China

- Construccedilatildeo do edifiacutecio da Zona de Comeacutercio em FuzhouLink gtgtgt

- Design do Olympic Sunshine GardenLink gtgtgt

- Construccedilatildeo da sede do Grupo COSCO em Fujian DehuaLink gtgtgt

- Construccedilatildeo de uma rede de energia para a Cen-tral de Aquecimento da cidade de TielingLink gtgtgt

- Projecto de expansatildeo do Hospital Pediaacutetrico para crianccedilas e mulheres da cidade de AnshanLink gtgtgt

- Projecto de construccedilatildeo de 13 infra-estruturas de conservaccedilatildeo de aacuteguaLink gtgtgt

- Projecto de protecccedilatildeo de rio em Hemmu VillageLink gtgtgt

CONCURSOS PUacuteBLICOS

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Esta Aware conteacutem informaccedilatildeo e opiniotildees de caraacutecter geral natildeo substituindo o recurso a aconselhamento juriacutedico para a resoluccedilatildeo de casos concretos Para esclarecimentos adicionais contacte apdiabreuadvogadoscom Visite o nosso site wwwabreuadvogadoscom

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LISBOA PORTO MADEIRA

Av das Forccedilas Armadas 125 - 12ordm 1600-079 Lisboa Portugal Tel (+351) 21 723 1800Fax (+351) 21 7231899E-mail lisboaabreuadvogadoscom

Rua S Joatildeo de Brito 605 E - 4ordm4100-455 PortoTel (+351) 22 605 64 00Fax (+351) 22 600 18 16E-mail portoabreuadvogadoscom

Rua Dr Brito da Cacircmara 209000-039 FunchalTel (+351) 291 209 900Fax (+351) 291 209 920E-mail madeiraabreuadvogadoscom

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ANGOLA (EM PARCERIA)

BRASIL (EM PARCERIA)

CHINA (EM PARCERIA)

MOCcedilAMBIQUE (EM PARCERIA)

TIMOR-LESTE (EM PARCERIA)

NOVIDADES DO MERCADO

I ndash IMOBILIAacuteRIOndash Jornal ldquoO Puacuteblicordquo

Dia 08 de Maio- Turismo de sauacutede e bem-estar precisa unir esfor-ccedilos para potenciar mercado- Renegociaccedilatildeo dos creacuteditos faz decrescer daccedilotildees- Sonae Sierra inaugura Londrina no Brasil- Gestatildeo energeacutetica em controlo integrado- Preccedilos mais baixos das casas atraem compra-dores a OdivelasLink gtgtgt

Dia 15 de Maio- Vendas de casas registaram ligeira subida em Marccedilo- Programa Casa Feliz apoia reabilitaccedilatildeo de casas em Vila Nova de FamalicatildeoLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Grandes centros comerciais vatildeo continuar a ser os mais atractivos- Investidores compram casa no Barreiro para colocar no arrendamento Link gtgtgt

II ndashOutras notiacutecias

Dia 15 de Maio- 14124 inquilinos alegam carecircncias financei-rasLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- Eacutevora Shopping comprado por fundo de inves-timento portuguecircsLink gtgtgt

Dia 28 de Maio- Rui Rio reclama 24 milhotildees ao Estado para manter SRULink gtgtgt

Dia 30 de Maio- Cacircmara de Gondomar isenta juros a inquilinos municipais com rendas em atrasoLink gtgtgt

- Fundo que deteacutem a Exponor seraacute a maior en-trada na Alternext em 2013Link gtgtgt

III ndash Acircmbito Internacional

Dia 10 de Maio- EU-bound Croatia craves investors but grags feet on reformsLink gtgtgt

Dia 14 de Maio- British Land puts European Property up for saleLink gtgtgt

Dia 16 de Maio-Qatar buys into Milan Porta Nuova property projectLink gtgtgt

- Blackstone courts bold tradesfor new fundLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- European property market better than expectedLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Caisse de Depot Sells Europe Properties Amid laquoDark Nightraquo Link gtgtgt

Dia 28 de Maio- Morgan Stanley Gears Up for Property fundLink gtgtgt

ldquoEstabelecido no tiacutetulo constitutivo de propriedade horizontal que determinada fracccedilatildeo autoacutenoma se destina ao ldquoexerciacutecio do comeacutercio eou restauran-terdquo eacute de considerar contemplada no tiacutetulo a activi-dade de fabrico proacuteprio de pastelaria e panificaccedilatildeo desenvolvida no local Esta actividade natildeo poderaacute ser integrada numa actividade comercial dado natildeo estar em causa uma funccedilatildeo intermediaacuteria entre a produccedilatildeo e o consumo no entanto mostra-se possiacutevel integrar tal acccedilatildeo na denominaccedilatildeo ldquorestauranterdquo A actividade de restauraccedilatildeo implicando uma evi-dente acccedilatildeo de produccedilatildeo ou transformaccedilatildeo de bens e produtos alimentiacutecios deve ser entendida como uma actividade industrial Ao conceder-se no aludido tiacutetulo a possibilidade de no local se desenvolver o funcionamento de um restaurante estaacute-se a possibilitar o desem-penho da actividade industrial de transformaccedilatildeo e fabrico de produtos alimentares Uma pastelaria eacute um estabelecimento de res-tauraccedilatildeo e assim eacute considerado pela lei pois eacute um estabelecimento onde se fornecem alimentos e bebidas mediante pagamento (art 1ordm nordm 1 do DL nordm 16897 de 04-07 com as alteraccedilotildees introduzidas pelo DL nordm 572002 de 11-03 vigente agrave data dos factos) E deve ser assim en-tendido independentemente da denominaccedilatildeo que lhe seja dada (pastelaria restaurante casa de pasto snack-bar pizzaria etc) Perante o disposto no nordm 4 do citado art 1ordm os estabelecimentos de restauraccedilatildeo podem dispor de instalaccedilotildees destinadas ao fabrico de pastelaria e panificaccedilatildeo desde que enquadrados na classe D do DReg nordm 2593 de 17-08 sendo que para efeitos de licenciamento a cada estabelecimento seraacute atribuiacuteda a classe correspondente agrave da activi-dade industrial nele exercida (art 2ordm nordm 1 do referido DReg) Os estabelecimentos de classe D devem obedecer a condiccedilotildees de isolamento que a tornem compatiacutevel com o uso do preacutedio em que se encontrem (art 4ordm nordms 4 e 5)

Desde que possam ser enquadrados na classe D de actividades industriais os estabelecimentos de restauraccedilatildeo podem dispor de instalaccedilotildees destina-das ao fabrico de pastelaria e panificaccedilatildeo (com as condiccedilotildees de isolamento indicadas na disposiccedilatildeo) pelo que tratando-se de uma pequena induacutestria de apoio agrave actividade de restauraccedilatildeo essa acccedilatildeo eacute permitida pela lei

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RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

Actividade comercial de estabelecimento com fabrico proacuteprio de pastelaria e panificaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013

Actividade comercial de estabelecimento com fabrico proacuteprio de pastelaria e panificaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013 (continuaccedilatildeo)

Considerando que a lei permite que os estabe-lecimentos de restauraccedilatildeo possam dispor de instalaccedilotildees destinadas ao fabrico de pastelaria e panificaccedilatildeo competia aos autores alegarem e provarem de harmonia com o disposto no art 342ordm nordm 1 do CC que a acccedilatildeo empreendida na fracccedilatildeo natildeo se enquadrava na aludida classe D e assim natildeo era legalmente permitida de ser aiacute exercida o que natildeo fizeram Constando do tiacutetulo constitutivo que a fracccedilatildeo autoacutenoma se destina a restaurante (estabeleci-mento de restauraccedilatildeo) e porque a lei permite ao estabelecimento (pastelaria) dispor de instala-ccedilotildees destinadas ao fabrico de pastelaria e panifi-caccedilatildeo natildeo foi violado o art 1422ordm nordm 2 al c) do CC natildeo tendo os condoacuteminos dado agrave fracccedilatildeo um ldquouso diverso do fim a que eacute destinadardquoLink gtgtgt

Razoabilidade de prazo para cumprimento de prestaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013

ldquoDe facto estando em causa a celebraccedilatildeo de uma escritura de compra e venda de fracccedilatildeo de preacutedio urbano para a qual era exigida diversa documentaccedilatildeo designadamente a licenccedila de utilizaccedilatildeo e o registo da constituiccedilatildeo em pro-priedade horizontal objectivamente entende-mos natildeo ser razoaacutevel a fixaccedilatildeo de um prazo de 8 dias por demasiado curto Note-se que conforme se assinala na decisatildeo recorrida (hellip) cerca de dois meses antes da interpelaccedilatildeo natildeo estavam reunidos os requisitos legalmente exigidos para a celebraccedilatildeo da es-critura da prometida compra-e-venda como os autores sabiam Salvo o devido respeito natildeo parece que para a questatildeo da razoabilidade do prazo seja de con-vocar o tempo da mora do devedor De facto natildeo eacute por o devedor estar em mora haacute mais ou menos tempo que o prazo tem de ser mais ou menos dilatado O que estaacute em causa eacute saber se o prazo eacute razoaacutevel para a concreta prestaccedilatildeo a prestar e natildeo a puniccedilatildeo pela mora

Haveraacute casos em que o devedor poderaacute estar em mora haacute escassas semanas e um prazo de oito dias dada a simplicidade da prestaccedilatildeo deva qualificar-se como razoaacutevel outros haveraacute em que o devedor poderaacute estar em mora haacute lon-gos meses e um prazo de 30 dias natildeo se mostrar razoaacutevel em virtude da complexidade da presta-ccedilatildeo Tambeacutem natildeo nos parece que se possa aquilatar da razoabilidade ou natildeo do prazo pelo facto do devedor nada ter dito aquando da interpelaccedilatildeo ou mesmo depois na contestaccedilatildeo da acccedilatildeo A ser assim estaria estar-se-ia a constituir um oacutenus para o devedor que a lei natildeo prevecirc Eacute verdade que como ensinam Batista Machado e A Varela o devedor pode discutir na acccedilatildeo a questatildeo da irrazoabilidade do prazo fixado Como eacute evidente esta discussatildeo poderaacute ajudar o tribunal a encontrar os caminhos certos da de-cisatildeo sobre aquela questatildeo mas natildeo eacute o facto de o reacuteu nada dizer que desobriga o tribunal de se pronunciar sobre a razoabilidade do prazo Na verdade o tribunal tem que aferir da ra-zoabilidade do prazo jaacute que se trata de facto constitutivo do direito do promitente comprador de converter a mora do promitente vendedor em incumprimento definitivo Sejamos claros a lei fala em razoabilidade do prazo e esta razoabilidade deve ser aferida em funccedilatildeo da concreta prestaccedilatildeo a prestar O silecircn-cio do devedor natildeo transforma um prazo irra-zoaacutevel em razoaacutevel De facto o prazo razoaacutevel eacute aquele em que um devedor normalmente diligente nas circunstacircn-cias concretas possa cumprir e natildeo um prazo que com toda a probabilidade natildeo possa ser cumprido Assim temos como correcta a fundamentaccedilatildeo da 1ordf instacircncia quando sustenta laquoOra agrave luz de um homem meacutedio natildeo podemos considerar tal prazo de 8 dias um prazo razoaacutevel uma vez que conforme resulta da proacutepria car-ta de interpelaccedilatildeo os AA sabiam que a R natildeo tinha ainda toda a documentaccedilatildeo necessaacuteria agrave realizaccedilatildeo da escritura

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RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

Razoabilidade de prazo para cumprimento de prestaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013 (continuaccedilatildeo)

Os AA sabiam que se tornava praticamente im-possiacutevel agrave R no prazo de 8 dias que lhe fixam obter os documentos necessaacuterios agrave outorga do contrato definitivo e proceder agrave marcaccedilatildeo da escritura Para qualquer um tal prazo apresenta-se como demasiado curto para permitir o cumprimento de tal obrigaccedilatildeo O prazo razoaacutevel eacute aquele que permite ao deve-dor cumprir o seu dever de prestar em face da natureza e funccedilatildeo do contrato natildeo podendo con-siderar-se como razoaacutevel a fixaccedilatildeo de um prazo de tal forma curto que conduza inevitavelmente ao incumprimentoraquo Concluindo o prazo de oito dias para a celebra-ccedilatildeo da concreta escritura era objectivamente irrazoaacutevel ou seja em desacordo com o nordm 1 do artigo 808ordm do CCrdquo Link gtgtgt

Responsabilidade solidaacuteria de mediadora e promi-tente vendedor ndash Acoacuterdatildeo de 08052013

ldquoVeio a autora na sua qualidade de promitente compradora pedir alegando o incumprimento do promitente vendedor a devoluccedilatildeo em dobro do sinal prestado Mais alega que houve actua-ccedilatildeo iliacutecita da mediadora pelo que pede que pelo valor do sinal em singelo respondam solidaria-mente aquele promitente vendedor e a dita me-diadora bem como a seguradora que garante a respectiva responsabilidade civilA questatildeo da responsabilidade da reacute mediadora foi versada do seguinte modo pela Relaccedilatildeo ldquo(hellip) Nos termos do art 18deg ndeg 1 b) do DL 7799 (diploma que era o aplicaacutevel agrave data dos factos) as empresas mediadoras satildeo obrigadas a certi-ficar-se antes da celebraccedilatildeo do contrato de me-diaccedilatildeo ldquopor todos os meios ao seu alcance se as caracteriacutesticas do imoacutevel objecto do contrato de mediaccedilatildeo correspondem agraves fornecidas pelos interessados contratantes e se sobre o mesmo recaem quaisquer oacutenus ou encargosrdquo

Do mesmo modo o art 18deg ndeg 1 e) impotildee agraves empresas de mediaccedilatildeo imobiliaacuteria a obrigaccedilatildeo de ldquocomunicar imediatamente aos interessados qualquer facto que ponha em causa a concretiza-ccedilatildeo do negoacutecio visadordquo A Mediadora mostrou agrave Autora a fracccedilatildeo em causa negociou as condiccedilotildees para aquisiccedilatildeo do imoacutevel e os termos do contrato promessa sem nunca a alertar de que recaiacuteam sobre o imoacutevel hipotecas e que o mesmo fora alvo de penhora e arresto situaccedilatildeo que teria evitado caso oportu-namente tivesse consultado a situaccedilatildeo do imoacutevel de acordo com o registo predial A falta de diligecircncia legalmente exigiacutevel causou agrave Autora um dano computado no exacto mon-tante do sinal entreguerdquo

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RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Responsabilidade solidaacuteria de mediadora e promitente vendedor ndash Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

Houve pois negligecircncia por parte da reacute mediadora que foi a causa da autora ter entregue ao reacuteu o si-nal Eacute esta reacute por isso e em princiacutepio responsaacutevel por essa entrega que constitui o dano da autora que tem de reparar entregando-lhe quantia de igual montante Logo existe nexo de causalidade entre a conduta desta reacute e a entrega da aludida quantia do sinal Dir-se-aacute que a entrega do sinal resultou do contrato promessa e natildeo da conduta da mediadora A verdade eacute que foi essa conduta que levou agrave celebraccedilatildeo do mesmo contrato Deste modo natildeo cumpriu nos termos do contrato de me-diaccedilatildeo a que estava obrigada nomeadamente nos do art 18ordm do DL 7799 de 1603 A questatildeo que se coloca eacute a de saber se a obriga-ccedilatildeo de restituir de um [promitente vendedor] por forccedila do artordm 442ordm do C Civil e de outro [media-dora] por forccedila da responsabilidade civil contratual em que incorreu satildeo obrigaccedilotildees solidaacuterias Podia ser entendido que por terem causas dife-rentes ndash num caso o incumprimento do contrato promessa noutro o incumprimento do contra-to promessa as obrigaccedilotildees natildeo poderiam ser solidaacuterias embora visassem a reparaccedilatildeo do mesmo dano O facto de duas obrigaccedilotildees terem causas diferen-tes natildeo obsta a que possa existir solidariedade entre elas ndash cf Antunes Varela Obrigaccedilotildees 2ordf ed I 618 Necessaacuterio eacute que tenham o mesmo fim a satisfaccedilatildeo do mesmo interesse do credor ndash id 621

Por outro lado como refere o mesmo Mestre ndash id 646 - ldquoA discussatildeo perdeu entretanto grande parte do seu interessehellipporque vaacuterios sistemas legislati-vos entre os quais o nosso solucionaram directa-mente agrave margem de todos os preconceitos de si-metria formal os vaacuterios problemas que cabem no regime de solidariedade(sublinhado nosso)rdquo Ora o artordm 513ordm do C Civil determina que a soli-dariedade de devedores ou credores soacute existe quando resulte da lei ou da vontade das partes E os nordms 2 e 3 do artordm 23ordm do DL 7799 de 1603 determinam a solidariedade passiva da mediadora nos casos em que houver responsabilidade civil da sua parte Donde resulta que tendo o reacuteu promitente vendedor e a reacute mediadora ambos a obrigaccedilatildeo de reparar o mesmo dano ou seja estando obrigados a presta-ccedilotildees com a mesma finalidade tratando-se de responsabilidade civil por parte da reacute mediado-ra tem de haver solidariedade entre os titulares dessas obrigaccedilotildees Alegam tambeacutem as recorrentes que o seguro que garante a responsabilidade civil da reacute mediadora natildeo visa garantir o pagamento dos danos resul-tantes do incumprimento do contrato promessa Efectivamente natildeo visa tal Mas aqui o que a reacute seguradora paga eacute directamente a responsabili-dade civil profissional da reacute mediadora tal como se obrigou - cf ponto f) dos factos assentes O facto de existir solidariedade das obrigaccedilotildees natildeo implica que se confundam as respectivas causas que se mantecircm diversas como se referiu em 3rdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013

ldquoAs Recorrentes continuam a sustentar que o contrato de arrendamento celebrado entre a Exequente e a Executada ldquoBB SArdquo como locataacuteria se extinguiu por caducidade por ldquoimpossibilidade superveniente absoluta e definitivardquo da arrenda-taacuteria gozar e fruir o imoacutevel objecto do contrato Argumentam que consistindo o locado numas instalaccedilotildees criadas de raiz exclusivamente para uma concessatildeo de venda e reparaccedilatildeo de veiacutecu-los da marca ldquoMitsubishirdquo nele laborando a So-ciedade comercial ldquoDDrdquo cujo capital era detido pela CC e tendo a ldquoDDrdquo cessado a actividade em 31122007 sem que existisse qualquer socie-dade que com a ldquoBBrdquo ou a ldquoCCrdquo estivesse numa relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo que pudesse utilizar o imoacutevel o contrato caducou naquela data O acoacuterdatildeo impugnado depois de considerar que natildeo se estaacute perante um caso de caducidade do contrato de arrendamento previsto no art 1051ordm C Civil propocircs-se ldquoindagar se contratualmente as partes previram a ocorrecircncia de um qual-quer evento gerador de caducidade do contrato como o apontado na decisatildeo recorrida (senten-ccedila)rdquo questatildeo a que respondeu negativamente considerando que as Executadas natildeo alegaram a factualidade de que lanccedilou matildeo o julgador da 1ordf Instacircncia a qual por via disso tambeacutem natildeo poderia ter-se por provada As Recorrentes (hellip) invocam como evento cadu-cante como dito a impossibilidade superveniente de a arrendataacuteria gozar e fruir o imoacutevel locado dada a cessaccedilatildeo de actividade da ldquoDDrdquo que nele laborava A caducidade como facto juriacutedico extintivo de di-reitos opera ope legis resolvendo ou dissolvendo automaticamente o negoacutecio independentemente de qualquer manifestaccedilatildeo de vontade das partes Com efeito verificado o facto legal ou convencio-nalmente previsto como susceptiacutevel de dela ser fundamento a caducidade surge e opera depen-dendo de simples constataccedilatildeo desse evento impedi-tivo da eficaacutecia De notar que por assentarem sempre num fun-damento legal as situaccedilotildees que geradoras de caducidade natildeo se encontram elas mesmas na disponibilidade das partes podendo estas tatildeo soacute estipular os respectivos pressupostos

Por isso como esclarece P ROMANO MARTINEZ (ldquoDa Cessaccedilatildeo do Contratordquo 48) ldquoa liberdade contratual pode moldar e permitir o recurso agrave caducidade mas esta causa de cessaccedilatildeo do viacuten-culo natildeo resulta da autonomia das partes mas sim da leirdquo Sendo o evento prejudicial superveniente isto eacute ocorrendo apoacutes o iniacutecio da produccedilatildeo de efeitos do negoacutecio a ineficaacutecia traduzida na cessaccedilatildeo de vigecircncia produz-se para futuro ocorrendo a dissoluccedilatildeo (cfr ANIacuteBAL DE CASTRO ldquoA Caduci-daderdquo 2ordf ed 216)De caducidade pode falar-se quando a base nego-cial que presidiu agraves estipulaccedilotildees das partes tenha assentado em pressupostos que deixam de existir Assim nos casos de impossibilidade superveniente da prestaccedilatildeo designadamente quando conduza agrave extinccedilatildeo do viacutenculo contratual nos termos previstos no art 795ordm C Civil

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

A impossibilidade absoluta e definitiva eacute um fac-to ou evento que concorrendo os pressupostos respectivos ldquoopera por sirdquo sem necessidade de valoraccedilatildeo Bastaraacute pois que se demonstre que por qualquer circunstacircncia ldquoo comportamen-to exigiacutevel do devedor segundo o conteuacutedo da obrigaccedilatildeo se torna inviaacutevelrdquo (P R MARTINEZ ob cit 46 A VARELA ldquoDas Obrigaccedilotildees em geralrdquo II 6ordf ed 66) Se efectivamente eacute verdade que apoacutes a cessa-ccedilatildeo de actividade da ldquoDD Ldardquo natildeo existia qual-quer entidade que com as Executadas estivesse em relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo e pudesse utili-zar o imoacutevel natildeo pode deixar de ter-se presente que antes disso nada do clausulado no contrato de arrendamento ou para aleacutem dele provado fazia depender a eficaacutecia do mesmo ou ser o seu fim exclusivo ou natildeo a cedecircncia agrave ldquoDDrdquo ou mesmo a qualquer outra sociedade em situaccedilatildeo juriacutedica idecircntica Por isso insiste-se se como em sede de ma-teacuteria de facto decidiu definitivamente o Tribunal da Relaccedilatildeo natildeo se pode considerar por nem se-quer ter sido alegado que as Partes sabiam que o locado seria exclusivamente utilizado pela DD e que a Exequente natildeo ignorava que as Executadas natildeo dispunham de outra entidade que pudesse utilizar o imoacutevel afastada estaacute a existecircncia de qualquer facto susceptiacutevel de ser utilizado - como se admite que esses o pudessem ser - como pressu-posto do recurso agrave figura da caducidaderdquo Link gtgtgt

II - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo de Lisboa

Periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoO periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis vendidos ou natildeo por quem os construiu encontra-se previsto na empreitada - artigo 1225 CC - e na compra e venda de bens defeituosos - artigo 916 CC

Apoacutes a entrada em vigor do DL 26794 de 25 de Outubro (1 de Janeiro) se a coisa vendida for um imoacutevel o prazo de garantia eacute de 5 anos e a denuacutencia deveraacute ocorrer dentro de um ano a con-tar do seu conhecimentoSendo tambeacutem de um ano o prazo para o exerciacutecio do direito agrave eliminaccedilatildeo dos defeitos (art 12253 CC)Estando em causa direitos disponiacuteveis o re-conhecimento dos defeitosviacutecios por parte da reacute constitui causa de impedimento da caducidadeReconhecido o direito a caducidade fica definitiva-mente impedida tal como se tratasse do exerciacutecio da acccedilatildeo judicialSe o direito eacute reconhecido fica definitivamente assente e natildeo haacute jaacute que falar em caducidaderdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

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Convocaccedilatildeo irregular de assembleia de condoacuteminos - Acoacuterdatildeo de 09052013

ldquoOs autores natildeo estiveram presentes na assembleia de condoacuteminos de 2592009 e os factos prova-dos revelam que natildeo foram convocados para tal assembleia pela forma prevista no art 1432 nordm 1 do CC ou seja por carta registadaSucede que a irregularidade que ndash porventura ndash se traduziu na ausecircncia dos autores na assembleia se deve ter por sanadaCom efeito se os autores queriam ter a oportuni-dade de deliberar e votar algo que foi deliberado e votado na reuniatildeo de 2592009 por entenderem que a deliberaccedilatildeo e votaccedilatildeo tinham sido invaacutelidas ou ineficazes seria oacutenus deles proacuteprios exigirem aos administradores do reacuteu a convocaccedilatildeo de nova assembleia ndash extraordinaacuteria ndash a fim de se deliberar e votar de novo o que se apresentava como con-troverso bem como a fim de revogar o que tinha sido mal aprovadoEssa exigecircncia de convocaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteria consta no art 1433 nordm 2 do CC e contar-se-ia para tanto um prazo de 10 dias a con-tar da recepccedilatildeo da carta datada de 12102009Decorre daiacute que os autores natildeo se podem prevalecer da ausecircncia de convocaccedilatildeo vaacutelida para a assembleia de 2592009 isso num contexto em que natildeo quiseram convocar nova assembleia extraordinaacuteria em que iriam ter pessoalmente oportunidade de reeditarem a deliberaccedilatildeo e vo-taccedilatildeo no sentido que entendiam correcto par-ticularmente para revogaccedilatildeo da deliberaccedilatildeo que entendiam invaacutelida ou ineficazO viacutecio da convocaccedilatildeo dos autores ficou sanado com a omissatildeo dos mesmos autores no sentido de exigirem a realizaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteriaA conclusatildeo que antecede incompatibiliza-se com o principal e praticamente uacutenico fundamento ju-riacutedico da sentenccedilaEacute muitiacutessimo vulgar a pretericcedilatildeo do requisito de arta registada enviada com dez dias de an-tecedecircncia a todos os condoacuteminos ou a pretericcedilatildeo do requisito de recibo quanto agrave recepccedilatildeo de avi-so convocatoacuterio feito com os mesmos dez dias de antecedecircncia conforme prevecirc o art 1432 nordm 1 do CC mas desde a alteraccedilatildeo introduzida no

subsequente art 1433 pelo art 1 do Decreto-Lei 26794 de 2510 deixou de existir margem legal para anular as deliberaccedilotildees de uma assembleia de condoacuteminos com fundamento na pretericcedilatildeo de requisitos de convocaccedilatildeordquoLink gtgtgt

Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoPor contrato-promessa de compra e venda data-do de 2352008 os autores prometeram comprar agrave reacute correspondente a fracccedilatildeo autoacutenoma (hellip)Na carta datada de 31102009 que atraveacutes da sua ilustre mandataacuteria dirigiram agrave Reacute os Autores declararam que ldquo perderam interesse no imoacutevel prometido comprarrdquo acrescentando que tal ha-via sucedido ldquo dado necessitarem de urgente-mente comprarem outro que ofereccedila jaacute condiccedilotildees de habitabilidaderdquo(hellip) F) E nessa carta os autores reclamaram a devoluccedilatildeo do sinal em dobroCom efeito os autores comunicaram agrave reacute essa perda de interesse e exigindo a devoluccedilatildeo do sinal em dobro atraveacutes da carta enviada pela sua man-dataacuteria em 31102009 (hellip)Na sentenccedila poreacutem natildeo se entendeu que ocorresse essa perda de interesse relevante por parte dos autoresTodavia concluiu-se depois ldquoEm verdade qual-quer pessoa normal colocada naquela posiccedilatildeo dos AA e apenas por natildeo ter sido corrigido o soalho (apenas na zona da porta de entrada da sala para o hall) e natildeo ter sido feita a pintura da cozinha e ainda corrigido o tecto do hall da suite com man-chas natildeo uniformes natildeo perderia o interesse em realizar o contrato prometido porquanto se trata de deveres laterais de conduta natildeo prestados passa-dos cinco meses de terem sido reclamados e que tecircm uma importacircncia escassa para o comum das pessoas em atenccedilatildeo agrave habitaccedilatildeo que se pretende no caso de compra e venda de imoacutevel para habita-ccedilatildeo como era o caso

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013 (Continuaccedilatildeo)

E natildeo se diga que tais defeitos comprometiam para um qualquer boacutenus pater famiacutelias as condiccedilotildees de habitabilidade Tratava-se de correcccedilatildeo de ris-cos na zona da porta de entrada para a sala pin-tura de uma parede da cozinha e correcccedilatildeo de manchas natildeo uniformes no tecto da suite (zona do hall) ou seja trecircs situaccedilotildees que em nada conten-dem com as finalidade de uso (ou de troca) que os AA visariam conseguir com a prestaccedilatildeo (hellip) (hellip) Cumpre realccedilar que apesar das vaacuterias inter-pelaccedilotildees efectuadas pelos autores (resposta al-terada aos quesitos 2ordm e 3ordm) a reacute ateacute agrave data pre-vista para a celebraccedilatildeo da escritura (30062009) natildeo havia concluiacutedo os acabamentos nas partes comuns nem tinha corrigido as anomalias exis-tentes na fracccedilatildeo (hellip) nem forneceu aos autores a documentaccedilatildeo necessaacuteria agrave celebraccedilatildeo da es-critura (pedida por aqueles na carta de 6 de Maio ndash resposta alterada ao quesito 9ordm) e soacute depois de 30 de Junho requereu a licenccedila de utilizaccedilatildeo (fls 208) que veio a ser emitida apenas em 20072009Tendo em conta estes factos aceita-se a con-clusatildeo da sentenccedila sobre a existecircncia de mora da reacute se a marcaccedilatildeo da escritura competia con-tratualmente aos autores estes natildeo o poderiam fazer sem a conclusatildeo das obras pela reacute e a con-sequente emissatildeo da licenccedila de utilizaccedilatildeoTemos por certo poreacutem que a situaccedilatildeo criada com o atraso verificado quer na conclusatildeo da obra quer na entrega da documentaccedilatildeo poderia ser ultrapassada com relativa facilidade se os au-tores se decidissem pelo cumprimento efectivo do contrato-promessa marcando como lhes com-petia contratualmente data para a realizaccedilatildeo da escritura e interpelando a reacute com esse objectivo e para que esta lhes fornecesse os elementos e documentaccedilatildeo necessaacuterios para esse fim e para que concluiacutesse as correcccedilotildees das anomalias que ainda se verificassemNatildeo procederam deste modo tendo optado por uma soluccedilatildeo que se nos afigura inteiramente de-sajustada mesmo que os acabamentos em falta e os defeitos existentes tivessem a extensatildeo por eles alegada

A perda de interesse tal como eacute prevista no art 808ordm tem em vista os casos em que pela na-tureza da prestaccedilatildeo o retardamento no cumpri-mento destroacutei o objectivo do negoacutecio portanto para aleacutem da mora eacute necessaacuterio que haja perda da utilidade na prestaccedilatildeo por forma a que esta deixe de ter preacutestimo para o credor (hellip)Deve por isso improceder a pretensatildeo de con-denaccedilatildeo da reacute na restituiccedilatildeo do sinal em dobrordquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Moccedilambique

- Obras para o desenvolvimento integrado do corredor Milange-Mocuba mdash Fase IILink gtgtgt

- Trabalhos de reabilitaccedilatildeo e expansatildeo do Insti-tuto Agraacuterio de ChimoioLink gtgtgt

- Trabalhos para o desenvolvimento da Estrada Milange-MocubaLink gtgtgt

Timor-Leste

- Projecto de construccedilatildeo de auto-estrada Suai-BecoLink gtgtgt

Brasil

- Projecto de arquitectura de adaptaccedilatildeo do edifiacutecio da Biblioteca da Faculdade de Direito da Universi-dade de Satildeo PauloLink gtgtgt

- Execuccedilatildeo de trabalhos de construccedilatildeo do centro Comunitaacuterio de ElderlyLink gtgtgt

China

- Construccedilatildeo do edifiacutecio da Zona de Comeacutercio em FuzhouLink gtgtgt

- Design do Olympic Sunshine GardenLink gtgtgt

- Construccedilatildeo da sede do Grupo COSCO em Fujian DehuaLink gtgtgt

- Construccedilatildeo de uma rede de energia para a Cen-tral de Aquecimento da cidade de TielingLink gtgtgt

- Projecto de expansatildeo do Hospital Pediaacutetrico para crianccedilas e mulheres da cidade de AnshanLink gtgtgt

- Projecto de construccedilatildeo de 13 infra-estruturas de conservaccedilatildeo de aacuteguaLink gtgtgt

- Projecto de protecccedilatildeo de rio em Hemmu VillageLink gtgtgt

CONCURSOS PUacuteBLICOS

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Esta Aware conteacutem informaccedilatildeo e opiniotildees de caraacutecter geral natildeo substituindo o recurso a aconselhamento juriacutedico para a resoluccedilatildeo de casos concretos Para esclarecimentos adicionais contacte apdiabreuadvogadoscom Visite o nosso site wwwabreuadvogadoscom

copy ABREU ADVOGADOS Maio 2013

LISBOA PORTO MADEIRA

Av das Forccedilas Armadas 125 - 12ordm 1600-079 Lisboa Portugal Tel (+351) 21 723 1800Fax (+351) 21 7231899E-mail lisboaabreuadvogadoscom

Rua S Joatildeo de Brito 605 E - 4ordm4100-455 PortoTel (+351) 22 605 64 00Fax (+351) 22 600 18 16E-mail portoabreuadvogadoscom

Rua Dr Brito da Cacircmara 209000-039 FunchalTel (+351) 291 209 900Fax (+351) 291 209 920E-mail madeiraabreuadvogadoscom

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Lisboa | Porto | Funchal

ANGOLA (EM PARCERIA)

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TIMOR-LESTE (EM PARCERIA)

NOVIDADES DO MERCADO

I ndash IMOBILIAacuteRIOndash Jornal ldquoO Puacuteblicordquo

Dia 08 de Maio- Turismo de sauacutede e bem-estar precisa unir esfor-ccedilos para potenciar mercado- Renegociaccedilatildeo dos creacuteditos faz decrescer daccedilotildees- Sonae Sierra inaugura Londrina no Brasil- Gestatildeo energeacutetica em controlo integrado- Preccedilos mais baixos das casas atraem compra-dores a OdivelasLink gtgtgt

Dia 15 de Maio- Vendas de casas registaram ligeira subida em Marccedilo- Programa Casa Feliz apoia reabilitaccedilatildeo de casas em Vila Nova de FamalicatildeoLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Grandes centros comerciais vatildeo continuar a ser os mais atractivos- Investidores compram casa no Barreiro para colocar no arrendamento Link gtgtgt

II ndashOutras notiacutecias

Dia 15 de Maio- 14124 inquilinos alegam carecircncias financei-rasLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- Eacutevora Shopping comprado por fundo de inves-timento portuguecircsLink gtgtgt

Dia 28 de Maio- Rui Rio reclama 24 milhotildees ao Estado para manter SRULink gtgtgt

Dia 30 de Maio- Cacircmara de Gondomar isenta juros a inquilinos municipais com rendas em atrasoLink gtgtgt

- Fundo que deteacutem a Exponor seraacute a maior en-trada na Alternext em 2013Link gtgtgt

III ndash Acircmbito Internacional

Dia 10 de Maio- EU-bound Croatia craves investors but grags feet on reformsLink gtgtgt

Dia 14 de Maio- British Land puts European Property up for saleLink gtgtgt

Dia 16 de Maio-Qatar buys into Milan Porta Nuova property projectLink gtgtgt

- Blackstone courts bold tradesfor new fundLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- European property market better than expectedLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Caisse de Depot Sells Europe Properties Amid laquoDark Nightraquo Link gtgtgt

Dia 28 de Maio- Morgan Stanley Gears Up for Property fundLink gtgtgt

Actividade comercial de estabelecimento com fabrico proacuteprio de pastelaria e panificaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013 (continuaccedilatildeo)

Considerando que a lei permite que os estabe-lecimentos de restauraccedilatildeo possam dispor de instalaccedilotildees destinadas ao fabrico de pastelaria e panificaccedilatildeo competia aos autores alegarem e provarem de harmonia com o disposto no art 342ordm nordm 1 do CC que a acccedilatildeo empreendida na fracccedilatildeo natildeo se enquadrava na aludida classe D e assim natildeo era legalmente permitida de ser aiacute exercida o que natildeo fizeram Constando do tiacutetulo constitutivo que a fracccedilatildeo autoacutenoma se destina a restaurante (estabeleci-mento de restauraccedilatildeo) e porque a lei permite ao estabelecimento (pastelaria) dispor de instala-ccedilotildees destinadas ao fabrico de pastelaria e panifi-caccedilatildeo natildeo foi violado o art 1422ordm nordm 2 al c) do CC natildeo tendo os condoacuteminos dado agrave fracccedilatildeo um ldquouso diverso do fim a que eacute destinadardquoLink gtgtgt

Razoabilidade de prazo para cumprimento de prestaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013

ldquoDe facto estando em causa a celebraccedilatildeo de uma escritura de compra e venda de fracccedilatildeo de preacutedio urbano para a qual era exigida diversa documentaccedilatildeo designadamente a licenccedila de utilizaccedilatildeo e o registo da constituiccedilatildeo em pro-priedade horizontal objectivamente entende-mos natildeo ser razoaacutevel a fixaccedilatildeo de um prazo de 8 dias por demasiado curto Note-se que conforme se assinala na decisatildeo recorrida (hellip) cerca de dois meses antes da interpelaccedilatildeo natildeo estavam reunidos os requisitos legalmente exigidos para a celebraccedilatildeo da es-critura da prometida compra-e-venda como os autores sabiam Salvo o devido respeito natildeo parece que para a questatildeo da razoabilidade do prazo seja de con-vocar o tempo da mora do devedor De facto natildeo eacute por o devedor estar em mora haacute mais ou menos tempo que o prazo tem de ser mais ou menos dilatado O que estaacute em causa eacute saber se o prazo eacute razoaacutevel para a concreta prestaccedilatildeo a prestar e natildeo a puniccedilatildeo pela mora

Haveraacute casos em que o devedor poderaacute estar em mora haacute escassas semanas e um prazo de oito dias dada a simplicidade da prestaccedilatildeo deva qualificar-se como razoaacutevel outros haveraacute em que o devedor poderaacute estar em mora haacute lon-gos meses e um prazo de 30 dias natildeo se mostrar razoaacutevel em virtude da complexidade da presta-ccedilatildeo Tambeacutem natildeo nos parece que se possa aquilatar da razoabilidade ou natildeo do prazo pelo facto do devedor nada ter dito aquando da interpelaccedilatildeo ou mesmo depois na contestaccedilatildeo da acccedilatildeo A ser assim estaria estar-se-ia a constituir um oacutenus para o devedor que a lei natildeo prevecirc Eacute verdade que como ensinam Batista Machado e A Varela o devedor pode discutir na acccedilatildeo a questatildeo da irrazoabilidade do prazo fixado Como eacute evidente esta discussatildeo poderaacute ajudar o tribunal a encontrar os caminhos certos da de-cisatildeo sobre aquela questatildeo mas natildeo eacute o facto de o reacuteu nada dizer que desobriga o tribunal de se pronunciar sobre a razoabilidade do prazo Na verdade o tribunal tem que aferir da ra-zoabilidade do prazo jaacute que se trata de facto constitutivo do direito do promitente comprador de converter a mora do promitente vendedor em incumprimento definitivo Sejamos claros a lei fala em razoabilidade do prazo e esta razoabilidade deve ser aferida em funccedilatildeo da concreta prestaccedilatildeo a prestar O silecircn-cio do devedor natildeo transforma um prazo irra-zoaacutevel em razoaacutevel De facto o prazo razoaacutevel eacute aquele em que um devedor normalmente diligente nas circunstacircn-cias concretas possa cumprir e natildeo um prazo que com toda a probabilidade natildeo possa ser cumprido Assim temos como correcta a fundamentaccedilatildeo da 1ordf instacircncia quando sustenta laquoOra agrave luz de um homem meacutedio natildeo podemos considerar tal prazo de 8 dias um prazo razoaacutevel uma vez que conforme resulta da proacutepria car-ta de interpelaccedilatildeo os AA sabiam que a R natildeo tinha ainda toda a documentaccedilatildeo necessaacuteria agrave realizaccedilatildeo da escritura

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RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

Razoabilidade de prazo para cumprimento de prestaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013 (continuaccedilatildeo)

Os AA sabiam que se tornava praticamente im-possiacutevel agrave R no prazo de 8 dias que lhe fixam obter os documentos necessaacuterios agrave outorga do contrato definitivo e proceder agrave marcaccedilatildeo da escritura Para qualquer um tal prazo apresenta-se como demasiado curto para permitir o cumprimento de tal obrigaccedilatildeo O prazo razoaacutevel eacute aquele que permite ao deve-dor cumprir o seu dever de prestar em face da natureza e funccedilatildeo do contrato natildeo podendo con-siderar-se como razoaacutevel a fixaccedilatildeo de um prazo de tal forma curto que conduza inevitavelmente ao incumprimentoraquo Concluindo o prazo de oito dias para a celebra-ccedilatildeo da concreta escritura era objectivamente irrazoaacutevel ou seja em desacordo com o nordm 1 do artigo 808ordm do CCrdquo Link gtgtgt

Responsabilidade solidaacuteria de mediadora e promi-tente vendedor ndash Acoacuterdatildeo de 08052013

ldquoVeio a autora na sua qualidade de promitente compradora pedir alegando o incumprimento do promitente vendedor a devoluccedilatildeo em dobro do sinal prestado Mais alega que houve actua-ccedilatildeo iliacutecita da mediadora pelo que pede que pelo valor do sinal em singelo respondam solidaria-mente aquele promitente vendedor e a dita me-diadora bem como a seguradora que garante a respectiva responsabilidade civilA questatildeo da responsabilidade da reacute mediadora foi versada do seguinte modo pela Relaccedilatildeo ldquo(hellip) Nos termos do art 18deg ndeg 1 b) do DL 7799 (diploma que era o aplicaacutevel agrave data dos factos) as empresas mediadoras satildeo obrigadas a certi-ficar-se antes da celebraccedilatildeo do contrato de me-diaccedilatildeo ldquopor todos os meios ao seu alcance se as caracteriacutesticas do imoacutevel objecto do contrato de mediaccedilatildeo correspondem agraves fornecidas pelos interessados contratantes e se sobre o mesmo recaem quaisquer oacutenus ou encargosrdquo

Do mesmo modo o art 18deg ndeg 1 e) impotildee agraves empresas de mediaccedilatildeo imobiliaacuteria a obrigaccedilatildeo de ldquocomunicar imediatamente aos interessados qualquer facto que ponha em causa a concretiza-ccedilatildeo do negoacutecio visadordquo A Mediadora mostrou agrave Autora a fracccedilatildeo em causa negociou as condiccedilotildees para aquisiccedilatildeo do imoacutevel e os termos do contrato promessa sem nunca a alertar de que recaiacuteam sobre o imoacutevel hipotecas e que o mesmo fora alvo de penhora e arresto situaccedilatildeo que teria evitado caso oportu-namente tivesse consultado a situaccedilatildeo do imoacutevel de acordo com o registo predial A falta de diligecircncia legalmente exigiacutevel causou agrave Autora um dano computado no exacto mon-tante do sinal entreguerdquo

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RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Responsabilidade solidaacuteria de mediadora e promitente vendedor ndash Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

Houve pois negligecircncia por parte da reacute mediadora que foi a causa da autora ter entregue ao reacuteu o si-nal Eacute esta reacute por isso e em princiacutepio responsaacutevel por essa entrega que constitui o dano da autora que tem de reparar entregando-lhe quantia de igual montante Logo existe nexo de causalidade entre a conduta desta reacute e a entrega da aludida quantia do sinal Dir-se-aacute que a entrega do sinal resultou do contrato promessa e natildeo da conduta da mediadora A verdade eacute que foi essa conduta que levou agrave celebraccedilatildeo do mesmo contrato Deste modo natildeo cumpriu nos termos do contrato de me-diaccedilatildeo a que estava obrigada nomeadamente nos do art 18ordm do DL 7799 de 1603 A questatildeo que se coloca eacute a de saber se a obriga-ccedilatildeo de restituir de um [promitente vendedor] por forccedila do artordm 442ordm do C Civil e de outro [media-dora] por forccedila da responsabilidade civil contratual em que incorreu satildeo obrigaccedilotildees solidaacuterias Podia ser entendido que por terem causas dife-rentes ndash num caso o incumprimento do contrato promessa noutro o incumprimento do contra-to promessa as obrigaccedilotildees natildeo poderiam ser solidaacuterias embora visassem a reparaccedilatildeo do mesmo dano O facto de duas obrigaccedilotildees terem causas diferen-tes natildeo obsta a que possa existir solidariedade entre elas ndash cf Antunes Varela Obrigaccedilotildees 2ordf ed I 618 Necessaacuterio eacute que tenham o mesmo fim a satisfaccedilatildeo do mesmo interesse do credor ndash id 621

Por outro lado como refere o mesmo Mestre ndash id 646 - ldquoA discussatildeo perdeu entretanto grande parte do seu interessehellipporque vaacuterios sistemas legislati-vos entre os quais o nosso solucionaram directa-mente agrave margem de todos os preconceitos de si-metria formal os vaacuterios problemas que cabem no regime de solidariedade(sublinhado nosso)rdquo Ora o artordm 513ordm do C Civil determina que a soli-dariedade de devedores ou credores soacute existe quando resulte da lei ou da vontade das partes E os nordms 2 e 3 do artordm 23ordm do DL 7799 de 1603 determinam a solidariedade passiva da mediadora nos casos em que houver responsabilidade civil da sua parte Donde resulta que tendo o reacuteu promitente vendedor e a reacute mediadora ambos a obrigaccedilatildeo de reparar o mesmo dano ou seja estando obrigados a presta-ccedilotildees com a mesma finalidade tratando-se de responsabilidade civil por parte da reacute mediado-ra tem de haver solidariedade entre os titulares dessas obrigaccedilotildees Alegam tambeacutem as recorrentes que o seguro que garante a responsabilidade civil da reacute mediadora natildeo visa garantir o pagamento dos danos resul-tantes do incumprimento do contrato promessa Efectivamente natildeo visa tal Mas aqui o que a reacute seguradora paga eacute directamente a responsabili-dade civil profissional da reacute mediadora tal como se obrigou - cf ponto f) dos factos assentes O facto de existir solidariedade das obrigaccedilotildees natildeo implica que se confundam as respectivas causas que se mantecircm diversas como se referiu em 3rdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013

ldquoAs Recorrentes continuam a sustentar que o contrato de arrendamento celebrado entre a Exequente e a Executada ldquoBB SArdquo como locataacuteria se extinguiu por caducidade por ldquoimpossibilidade superveniente absoluta e definitivardquo da arrenda-taacuteria gozar e fruir o imoacutevel objecto do contrato Argumentam que consistindo o locado numas instalaccedilotildees criadas de raiz exclusivamente para uma concessatildeo de venda e reparaccedilatildeo de veiacutecu-los da marca ldquoMitsubishirdquo nele laborando a So-ciedade comercial ldquoDDrdquo cujo capital era detido pela CC e tendo a ldquoDDrdquo cessado a actividade em 31122007 sem que existisse qualquer socie-dade que com a ldquoBBrdquo ou a ldquoCCrdquo estivesse numa relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo que pudesse utilizar o imoacutevel o contrato caducou naquela data O acoacuterdatildeo impugnado depois de considerar que natildeo se estaacute perante um caso de caducidade do contrato de arrendamento previsto no art 1051ordm C Civil propocircs-se ldquoindagar se contratualmente as partes previram a ocorrecircncia de um qual-quer evento gerador de caducidade do contrato como o apontado na decisatildeo recorrida (senten-ccedila)rdquo questatildeo a que respondeu negativamente considerando que as Executadas natildeo alegaram a factualidade de que lanccedilou matildeo o julgador da 1ordf Instacircncia a qual por via disso tambeacutem natildeo poderia ter-se por provada As Recorrentes (hellip) invocam como evento cadu-cante como dito a impossibilidade superveniente de a arrendataacuteria gozar e fruir o imoacutevel locado dada a cessaccedilatildeo de actividade da ldquoDDrdquo que nele laborava A caducidade como facto juriacutedico extintivo de di-reitos opera ope legis resolvendo ou dissolvendo automaticamente o negoacutecio independentemente de qualquer manifestaccedilatildeo de vontade das partes Com efeito verificado o facto legal ou convencio-nalmente previsto como susceptiacutevel de dela ser fundamento a caducidade surge e opera depen-dendo de simples constataccedilatildeo desse evento impedi-tivo da eficaacutecia De notar que por assentarem sempre num fun-damento legal as situaccedilotildees que geradoras de caducidade natildeo se encontram elas mesmas na disponibilidade das partes podendo estas tatildeo soacute estipular os respectivos pressupostos

Por isso como esclarece P ROMANO MARTINEZ (ldquoDa Cessaccedilatildeo do Contratordquo 48) ldquoa liberdade contratual pode moldar e permitir o recurso agrave caducidade mas esta causa de cessaccedilatildeo do viacuten-culo natildeo resulta da autonomia das partes mas sim da leirdquo Sendo o evento prejudicial superveniente isto eacute ocorrendo apoacutes o iniacutecio da produccedilatildeo de efeitos do negoacutecio a ineficaacutecia traduzida na cessaccedilatildeo de vigecircncia produz-se para futuro ocorrendo a dissoluccedilatildeo (cfr ANIacuteBAL DE CASTRO ldquoA Caduci-daderdquo 2ordf ed 216)De caducidade pode falar-se quando a base nego-cial que presidiu agraves estipulaccedilotildees das partes tenha assentado em pressupostos que deixam de existir Assim nos casos de impossibilidade superveniente da prestaccedilatildeo designadamente quando conduza agrave extinccedilatildeo do viacutenculo contratual nos termos previstos no art 795ordm C Civil

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

A impossibilidade absoluta e definitiva eacute um fac-to ou evento que concorrendo os pressupostos respectivos ldquoopera por sirdquo sem necessidade de valoraccedilatildeo Bastaraacute pois que se demonstre que por qualquer circunstacircncia ldquoo comportamen-to exigiacutevel do devedor segundo o conteuacutedo da obrigaccedilatildeo se torna inviaacutevelrdquo (P R MARTINEZ ob cit 46 A VARELA ldquoDas Obrigaccedilotildees em geralrdquo II 6ordf ed 66) Se efectivamente eacute verdade que apoacutes a cessa-ccedilatildeo de actividade da ldquoDD Ldardquo natildeo existia qual-quer entidade que com as Executadas estivesse em relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo e pudesse utili-zar o imoacutevel natildeo pode deixar de ter-se presente que antes disso nada do clausulado no contrato de arrendamento ou para aleacutem dele provado fazia depender a eficaacutecia do mesmo ou ser o seu fim exclusivo ou natildeo a cedecircncia agrave ldquoDDrdquo ou mesmo a qualquer outra sociedade em situaccedilatildeo juriacutedica idecircntica Por isso insiste-se se como em sede de ma-teacuteria de facto decidiu definitivamente o Tribunal da Relaccedilatildeo natildeo se pode considerar por nem se-quer ter sido alegado que as Partes sabiam que o locado seria exclusivamente utilizado pela DD e que a Exequente natildeo ignorava que as Executadas natildeo dispunham de outra entidade que pudesse utilizar o imoacutevel afastada estaacute a existecircncia de qualquer facto susceptiacutevel de ser utilizado - como se admite que esses o pudessem ser - como pressu-posto do recurso agrave figura da caducidaderdquo Link gtgtgt

II - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo de Lisboa

Periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoO periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis vendidos ou natildeo por quem os construiu encontra-se previsto na empreitada - artigo 1225 CC - e na compra e venda de bens defeituosos - artigo 916 CC

Apoacutes a entrada em vigor do DL 26794 de 25 de Outubro (1 de Janeiro) se a coisa vendida for um imoacutevel o prazo de garantia eacute de 5 anos e a denuacutencia deveraacute ocorrer dentro de um ano a con-tar do seu conhecimentoSendo tambeacutem de um ano o prazo para o exerciacutecio do direito agrave eliminaccedilatildeo dos defeitos (art 12253 CC)Estando em causa direitos disponiacuteveis o re-conhecimento dos defeitosviacutecios por parte da reacute constitui causa de impedimento da caducidadeReconhecido o direito a caducidade fica definitiva-mente impedida tal como se tratasse do exerciacutecio da acccedilatildeo judicialSe o direito eacute reconhecido fica definitivamente assente e natildeo haacute jaacute que falar em caducidaderdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Convocaccedilatildeo irregular de assembleia de condoacuteminos - Acoacuterdatildeo de 09052013

ldquoOs autores natildeo estiveram presentes na assembleia de condoacuteminos de 2592009 e os factos prova-dos revelam que natildeo foram convocados para tal assembleia pela forma prevista no art 1432 nordm 1 do CC ou seja por carta registadaSucede que a irregularidade que ndash porventura ndash se traduziu na ausecircncia dos autores na assembleia se deve ter por sanadaCom efeito se os autores queriam ter a oportuni-dade de deliberar e votar algo que foi deliberado e votado na reuniatildeo de 2592009 por entenderem que a deliberaccedilatildeo e votaccedilatildeo tinham sido invaacutelidas ou ineficazes seria oacutenus deles proacuteprios exigirem aos administradores do reacuteu a convocaccedilatildeo de nova assembleia ndash extraordinaacuteria ndash a fim de se deliberar e votar de novo o que se apresentava como con-troverso bem como a fim de revogar o que tinha sido mal aprovadoEssa exigecircncia de convocaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteria consta no art 1433 nordm 2 do CC e contar-se-ia para tanto um prazo de 10 dias a con-tar da recepccedilatildeo da carta datada de 12102009Decorre daiacute que os autores natildeo se podem prevalecer da ausecircncia de convocaccedilatildeo vaacutelida para a assembleia de 2592009 isso num contexto em que natildeo quiseram convocar nova assembleia extraordinaacuteria em que iriam ter pessoalmente oportunidade de reeditarem a deliberaccedilatildeo e vo-taccedilatildeo no sentido que entendiam correcto par-ticularmente para revogaccedilatildeo da deliberaccedilatildeo que entendiam invaacutelida ou ineficazO viacutecio da convocaccedilatildeo dos autores ficou sanado com a omissatildeo dos mesmos autores no sentido de exigirem a realizaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteriaA conclusatildeo que antecede incompatibiliza-se com o principal e praticamente uacutenico fundamento ju-riacutedico da sentenccedilaEacute muitiacutessimo vulgar a pretericcedilatildeo do requisito de arta registada enviada com dez dias de an-tecedecircncia a todos os condoacuteminos ou a pretericcedilatildeo do requisito de recibo quanto agrave recepccedilatildeo de avi-so convocatoacuterio feito com os mesmos dez dias de antecedecircncia conforme prevecirc o art 1432 nordm 1 do CC mas desde a alteraccedilatildeo introduzida no

subsequente art 1433 pelo art 1 do Decreto-Lei 26794 de 2510 deixou de existir margem legal para anular as deliberaccedilotildees de uma assembleia de condoacuteminos com fundamento na pretericcedilatildeo de requisitos de convocaccedilatildeordquoLink gtgtgt

Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoPor contrato-promessa de compra e venda data-do de 2352008 os autores prometeram comprar agrave reacute correspondente a fracccedilatildeo autoacutenoma (hellip)Na carta datada de 31102009 que atraveacutes da sua ilustre mandataacuteria dirigiram agrave Reacute os Autores declararam que ldquo perderam interesse no imoacutevel prometido comprarrdquo acrescentando que tal ha-via sucedido ldquo dado necessitarem de urgente-mente comprarem outro que ofereccedila jaacute condiccedilotildees de habitabilidaderdquo(hellip) F) E nessa carta os autores reclamaram a devoluccedilatildeo do sinal em dobroCom efeito os autores comunicaram agrave reacute essa perda de interesse e exigindo a devoluccedilatildeo do sinal em dobro atraveacutes da carta enviada pela sua man-dataacuteria em 31102009 (hellip)Na sentenccedila poreacutem natildeo se entendeu que ocorresse essa perda de interesse relevante por parte dos autoresTodavia concluiu-se depois ldquoEm verdade qual-quer pessoa normal colocada naquela posiccedilatildeo dos AA e apenas por natildeo ter sido corrigido o soalho (apenas na zona da porta de entrada da sala para o hall) e natildeo ter sido feita a pintura da cozinha e ainda corrigido o tecto do hall da suite com man-chas natildeo uniformes natildeo perderia o interesse em realizar o contrato prometido porquanto se trata de deveres laterais de conduta natildeo prestados passa-dos cinco meses de terem sido reclamados e que tecircm uma importacircncia escassa para o comum das pessoas em atenccedilatildeo agrave habitaccedilatildeo que se pretende no caso de compra e venda de imoacutevel para habita-ccedilatildeo como era o caso

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013 (Continuaccedilatildeo)

E natildeo se diga que tais defeitos comprometiam para um qualquer boacutenus pater famiacutelias as condiccedilotildees de habitabilidade Tratava-se de correcccedilatildeo de ris-cos na zona da porta de entrada para a sala pin-tura de uma parede da cozinha e correcccedilatildeo de manchas natildeo uniformes no tecto da suite (zona do hall) ou seja trecircs situaccedilotildees que em nada conten-dem com as finalidade de uso (ou de troca) que os AA visariam conseguir com a prestaccedilatildeo (hellip) (hellip) Cumpre realccedilar que apesar das vaacuterias inter-pelaccedilotildees efectuadas pelos autores (resposta al-terada aos quesitos 2ordm e 3ordm) a reacute ateacute agrave data pre-vista para a celebraccedilatildeo da escritura (30062009) natildeo havia concluiacutedo os acabamentos nas partes comuns nem tinha corrigido as anomalias exis-tentes na fracccedilatildeo (hellip) nem forneceu aos autores a documentaccedilatildeo necessaacuteria agrave celebraccedilatildeo da es-critura (pedida por aqueles na carta de 6 de Maio ndash resposta alterada ao quesito 9ordm) e soacute depois de 30 de Junho requereu a licenccedila de utilizaccedilatildeo (fls 208) que veio a ser emitida apenas em 20072009Tendo em conta estes factos aceita-se a con-clusatildeo da sentenccedila sobre a existecircncia de mora da reacute se a marcaccedilatildeo da escritura competia con-tratualmente aos autores estes natildeo o poderiam fazer sem a conclusatildeo das obras pela reacute e a con-sequente emissatildeo da licenccedila de utilizaccedilatildeoTemos por certo poreacutem que a situaccedilatildeo criada com o atraso verificado quer na conclusatildeo da obra quer na entrega da documentaccedilatildeo poderia ser ultrapassada com relativa facilidade se os au-tores se decidissem pelo cumprimento efectivo do contrato-promessa marcando como lhes com-petia contratualmente data para a realizaccedilatildeo da escritura e interpelando a reacute com esse objectivo e para que esta lhes fornecesse os elementos e documentaccedilatildeo necessaacuterios para esse fim e para que concluiacutesse as correcccedilotildees das anomalias que ainda se verificassemNatildeo procederam deste modo tendo optado por uma soluccedilatildeo que se nos afigura inteiramente de-sajustada mesmo que os acabamentos em falta e os defeitos existentes tivessem a extensatildeo por eles alegada

A perda de interesse tal como eacute prevista no art 808ordm tem em vista os casos em que pela na-tureza da prestaccedilatildeo o retardamento no cumpri-mento destroacutei o objectivo do negoacutecio portanto para aleacutem da mora eacute necessaacuterio que haja perda da utilidade na prestaccedilatildeo por forma a que esta deixe de ter preacutestimo para o credor (hellip)Deve por isso improceder a pretensatildeo de con-denaccedilatildeo da reacute na restituiccedilatildeo do sinal em dobrordquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Moccedilambique

- Obras para o desenvolvimento integrado do corredor Milange-Mocuba mdash Fase IILink gtgtgt

- Trabalhos de reabilitaccedilatildeo e expansatildeo do Insti-tuto Agraacuterio de ChimoioLink gtgtgt

- Trabalhos para o desenvolvimento da Estrada Milange-MocubaLink gtgtgt

Timor-Leste

- Projecto de construccedilatildeo de auto-estrada Suai-BecoLink gtgtgt

Brasil

- Projecto de arquitectura de adaptaccedilatildeo do edifiacutecio da Biblioteca da Faculdade de Direito da Universi-dade de Satildeo PauloLink gtgtgt

- Execuccedilatildeo de trabalhos de construccedilatildeo do centro Comunitaacuterio de ElderlyLink gtgtgt

China

- Construccedilatildeo do edifiacutecio da Zona de Comeacutercio em FuzhouLink gtgtgt

- Design do Olympic Sunshine GardenLink gtgtgt

- Construccedilatildeo da sede do Grupo COSCO em Fujian DehuaLink gtgtgt

- Construccedilatildeo de uma rede de energia para a Cen-tral de Aquecimento da cidade de TielingLink gtgtgt

- Projecto de expansatildeo do Hospital Pediaacutetrico para crianccedilas e mulheres da cidade de AnshanLink gtgtgt

- Projecto de construccedilatildeo de 13 infra-estruturas de conservaccedilatildeo de aacuteguaLink gtgtgt

- Projecto de protecccedilatildeo de rio em Hemmu VillageLink gtgtgt

CONCURSOS PUacuteBLICOS

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Esta Aware conteacutem informaccedilatildeo e opiniotildees de caraacutecter geral natildeo substituindo o recurso a aconselhamento juriacutedico para a resoluccedilatildeo de casos concretos Para esclarecimentos adicionais contacte apdiabreuadvogadoscom Visite o nosso site wwwabreuadvogadoscom

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LISBOA PORTO MADEIRA

Av das Forccedilas Armadas 125 - 12ordm 1600-079 Lisboa Portugal Tel (+351) 21 723 1800Fax (+351) 21 7231899E-mail lisboaabreuadvogadoscom

Rua S Joatildeo de Brito 605 E - 4ordm4100-455 PortoTel (+351) 22 605 64 00Fax (+351) 22 600 18 16E-mail portoabreuadvogadoscom

Rua Dr Brito da Cacircmara 209000-039 FunchalTel (+351) 291 209 900Fax (+351) 291 209 920E-mail madeiraabreuadvogadoscom

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Lisboa | Porto | Funchal

ANGOLA (EM PARCERIA)

BRASIL (EM PARCERIA)

CHINA (EM PARCERIA)

MOCcedilAMBIQUE (EM PARCERIA)

TIMOR-LESTE (EM PARCERIA)

NOVIDADES DO MERCADO

I ndash IMOBILIAacuteRIOndash Jornal ldquoO Puacuteblicordquo

Dia 08 de Maio- Turismo de sauacutede e bem-estar precisa unir esfor-ccedilos para potenciar mercado- Renegociaccedilatildeo dos creacuteditos faz decrescer daccedilotildees- Sonae Sierra inaugura Londrina no Brasil- Gestatildeo energeacutetica em controlo integrado- Preccedilos mais baixos das casas atraem compra-dores a OdivelasLink gtgtgt

Dia 15 de Maio- Vendas de casas registaram ligeira subida em Marccedilo- Programa Casa Feliz apoia reabilitaccedilatildeo de casas em Vila Nova de FamalicatildeoLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Grandes centros comerciais vatildeo continuar a ser os mais atractivos- Investidores compram casa no Barreiro para colocar no arrendamento Link gtgtgt

II ndashOutras notiacutecias

Dia 15 de Maio- 14124 inquilinos alegam carecircncias financei-rasLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- Eacutevora Shopping comprado por fundo de inves-timento portuguecircsLink gtgtgt

Dia 28 de Maio- Rui Rio reclama 24 milhotildees ao Estado para manter SRULink gtgtgt

Dia 30 de Maio- Cacircmara de Gondomar isenta juros a inquilinos municipais com rendas em atrasoLink gtgtgt

- Fundo que deteacutem a Exponor seraacute a maior en-trada na Alternext em 2013Link gtgtgt

III ndash Acircmbito Internacional

Dia 10 de Maio- EU-bound Croatia craves investors but grags feet on reformsLink gtgtgt

Dia 14 de Maio- British Land puts European Property up for saleLink gtgtgt

Dia 16 de Maio-Qatar buys into Milan Porta Nuova property projectLink gtgtgt

- Blackstone courts bold tradesfor new fundLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- European property market better than expectedLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Caisse de Depot Sells Europe Properties Amid laquoDark Nightraquo Link gtgtgt

Dia 28 de Maio- Morgan Stanley Gears Up for Property fundLink gtgtgt

Razoabilidade de prazo para cumprimento de prestaccedilatildeo - Acoacuterdatildeo de 15052013 (continuaccedilatildeo)

Os AA sabiam que se tornava praticamente im-possiacutevel agrave R no prazo de 8 dias que lhe fixam obter os documentos necessaacuterios agrave outorga do contrato definitivo e proceder agrave marcaccedilatildeo da escritura Para qualquer um tal prazo apresenta-se como demasiado curto para permitir o cumprimento de tal obrigaccedilatildeo O prazo razoaacutevel eacute aquele que permite ao deve-dor cumprir o seu dever de prestar em face da natureza e funccedilatildeo do contrato natildeo podendo con-siderar-se como razoaacutevel a fixaccedilatildeo de um prazo de tal forma curto que conduza inevitavelmente ao incumprimentoraquo Concluindo o prazo de oito dias para a celebra-ccedilatildeo da concreta escritura era objectivamente irrazoaacutevel ou seja em desacordo com o nordm 1 do artigo 808ordm do CCrdquo Link gtgtgt

Responsabilidade solidaacuteria de mediadora e promi-tente vendedor ndash Acoacuterdatildeo de 08052013

ldquoVeio a autora na sua qualidade de promitente compradora pedir alegando o incumprimento do promitente vendedor a devoluccedilatildeo em dobro do sinal prestado Mais alega que houve actua-ccedilatildeo iliacutecita da mediadora pelo que pede que pelo valor do sinal em singelo respondam solidaria-mente aquele promitente vendedor e a dita me-diadora bem como a seguradora que garante a respectiva responsabilidade civilA questatildeo da responsabilidade da reacute mediadora foi versada do seguinte modo pela Relaccedilatildeo ldquo(hellip) Nos termos do art 18deg ndeg 1 b) do DL 7799 (diploma que era o aplicaacutevel agrave data dos factos) as empresas mediadoras satildeo obrigadas a certi-ficar-se antes da celebraccedilatildeo do contrato de me-diaccedilatildeo ldquopor todos os meios ao seu alcance se as caracteriacutesticas do imoacutevel objecto do contrato de mediaccedilatildeo correspondem agraves fornecidas pelos interessados contratantes e se sobre o mesmo recaem quaisquer oacutenus ou encargosrdquo

Do mesmo modo o art 18deg ndeg 1 e) impotildee agraves empresas de mediaccedilatildeo imobiliaacuteria a obrigaccedilatildeo de ldquocomunicar imediatamente aos interessados qualquer facto que ponha em causa a concretiza-ccedilatildeo do negoacutecio visadordquo A Mediadora mostrou agrave Autora a fracccedilatildeo em causa negociou as condiccedilotildees para aquisiccedilatildeo do imoacutevel e os termos do contrato promessa sem nunca a alertar de que recaiacuteam sobre o imoacutevel hipotecas e que o mesmo fora alvo de penhora e arresto situaccedilatildeo que teria evitado caso oportu-namente tivesse consultado a situaccedilatildeo do imoacutevel de acordo com o registo predial A falta de diligecircncia legalmente exigiacutevel causou agrave Autora um dano computado no exacto mon-tante do sinal entreguerdquo

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RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Responsabilidade solidaacuteria de mediadora e promitente vendedor ndash Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

Houve pois negligecircncia por parte da reacute mediadora que foi a causa da autora ter entregue ao reacuteu o si-nal Eacute esta reacute por isso e em princiacutepio responsaacutevel por essa entrega que constitui o dano da autora que tem de reparar entregando-lhe quantia de igual montante Logo existe nexo de causalidade entre a conduta desta reacute e a entrega da aludida quantia do sinal Dir-se-aacute que a entrega do sinal resultou do contrato promessa e natildeo da conduta da mediadora A verdade eacute que foi essa conduta que levou agrave celebraccedilatildeo do mesmo contrato Deste modo natildeo cumpriu nos termos do contrato de me-diaccedilatildeo a que estava obrigada nomeadamente nos do art 18ordm do DL 7799 de 1603 A questatildeo que se coloca eacute a de saber se a obriga-ccedilatildeo de restituir de um [promitente vendedor] por forccedila do artordm 442ordm do C Civil e de outro [media-dora] por forccedila da responsabilidade civil contratual em que incorreu satildeo obrigaccedilotildees solidaacuterias Podia ser entendido que por terem causas dife-rentes ndash num caso o incumprimento do contrato promessa noutro o incumprimento do contra-to promessa as obrigaccedilotildees natildeo poderiam ser solidaacuterias embora visassem a reparaccedilatildeo do mesmo dano O facto de duas obrigaccedilotildees terem causas diferen-tes natildeo obsta a que possa existir solidariedade entre elas ndash cf Antunes Varela Obrigaccedilotildees 2ordf ed I 618 Necessaacuterio eacute que tenham o mesmo fim a satisfaccedilatildeo do mesmo interesse do credor ndash id 621

Por outro lado como refere o mesmo Mestre ndash id 646 - ldquoA discussatildeo perdeu entretanto grande parte do seu interessehellipporque vaacuterios sistemas legislati-vos entre os quais o nosso solucionaram directa-mente agrave margem de todos os preconceitos de si-metria formal os vaacuterios problemas que cabem no regime de solidariedade(sublinhado nosso)rdquo Ora o artordm 513ordm do C Civil determina que a soli-dariedade de devedores ou credores soacute existe quando resulte da lei ou da vontade das partes E os nordms 2 e 3 do artordm 23ordm do DL 7799 de 1603 determinam a solidariedade passiva da mediadora nos casos em que houver responsabilidade civil da sua parte Donde resulta que tendo o reacuteu promitente vendedor e a reacute mediadora ambos a obrigaccedilatildeo de reparar o mesmo dano ou seja estando obrigados a presta-ccedilotildees com a mesma finalidade tratando-se de responsabilidade civil por parte da reacute mediado-ra tem de haver solidariedade entre os titulares dessas obrigaccedilotildees Alegam tambeacutem as recorrentes que o seguro que garante a responsabilidade civil da reacute mediadora natildeo visa garantir o pagamento dos danos resul-tantes do incumprimento do contrato promessa Efectivamente natildeo visa tal Mas aqui o que a reacute seguradora paga eacute directamente a responsabili-dade civil profissional da reacute mediadora tal como se obrigou - cf ponto f) dos factos assentes O facto de existir solidariedade das obrigaccedilotildees natildeo implica que se confundam as respectivas causas que se mantecircm diversas como se referiu em 3rdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013

ldquoAs Recorrentes continuam a sustentar que o contrato de arrendamento celebrado entre a Exequente e a Executada ldquoBB SArdquo como locataacuteria se extinguiu por caducidade por ldquoimpossibilidade superveniente absoluta e definitivardquo da arrenda-taacuteria gozar e fruir o imoacutevel objecto do contrato Argumentam que consistindo o locado numas instalaccedilotildees criadas de raiz exclusivamente para uma concessatildeo de venda e reparaccedilatildeo de veiacutecu-los da marca ldquoMitsubishirdquo nele laborando a So-ciedade comercial ldquoDDrdquo cujo capital era detido pela CC e tendo a ldquoDDrdquo cessado a actividade em 31122007 sem que existisse qualquer socie-dade que com a ldquoBBrdquo ou a ldquoCCrdquo estivesse numa relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo que pudesse utilizar o imoacutevel o contrato caducou naquela data O acoacuterdatildeo impugnado depois de considerar que natildeo se estaacute perante um caso de caducidade do contrato de arrendamento previsto no art 1051ordm C Civil propocircs-se ldquoindagar se contratualmente as partes previram a ocorrecircncia de um qual-quer evento gerador de caducidade do contrato como o apontado na decisatildeo recorrida (senten-ccedila)rdquo questatildeo a que respondeu negativamente considerando que as Executadas natildeo alegaram a factualidade de que lanccedilou matildeo o julgador da 1ordf Instacircncia a qual por via disso tambeacutem natildeo poderia ter-se por provada As Recorrentes (hellip) invocam como evento cadu-cante como dito a impossibilidade superveniente de a arrendataacuteria gozar e fruir o imoacutevel locado dada a cessaccedilatildeo de actividade da ldquoDDrdquo que nele laborava A caducidade como facto juriacutedico extintivo de di-reitos opera ope legis resolvendo ou dissolvendo automaticamente o negoacutecio independentemente de qualquer manifestaccedilatildeo de vontade das partes Com efeito verificado o facto legal ou convencio-nalmente previsto como susceptiacutevel de dela ser fundamento a caducidade surge e opera depen-dendo de simples constataccedilatildeo desse evento impedi-tivo da eficaacutecia De notar que por assentarem sempre num fun-damento legal as situaccedilotildees que geradoras de caducidade natildeo se encontram elas mesmas na disponibilidade das partes podendo estas tatildeo soacute estipular os respectivos pressupostos

Por isso como esclarece P ROMANO MARTINEZ (ldquoDa Cessaccedilatildeo do Contratordquo 48) ldquoa liberdade contratual pode moldar e permitir o recurso agrave caducidade mas esta causa de cessaccedilatildeo do viacuten-culo natildeo resulta da autonomia das partes mas sim da leirdquo Sendo o evento prejudicial superveniente isto eacute ocorrendo apoacutes o iniacutecio da produccedilatildeo de efeitos do negoacutecio a ineficaacutecia traduzida na cessaccedilatildeo de vigecircncia produz-se para futuro ocorrendo a dissoluccedilatildeo (cfr ANIacuteBAL DE CASTRO ldquoA Caduci-daderdquo 2ordf ed 216)De caducidade pode falar-se quando a base nego-cial que presidiu agraves estipulaccedilotildees das partes tenha assentado em pressupostos que deixam de existir Assim nos casos de impossibilidade superveniente da prestaccedilatildeo designadamente quando conduza agrave extinccedilatildeo do viacutenculo contratual nos termos previstos no art 795ordm C Civil

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

A impossibilidade absoluta e definitiva eacute um fac-to ou evento que concorrendo os pressupostos respectivos ldquoopera por sirdquo sem necessidade de valoraccedilatildeo Bastaraacute pois que se demonstre que por qualquer circunstacircncia ldquoo comportamen-to exigiacutevel do devedor segundo o conteuacutedo da obrigaccedilatildeo se torna inviaacutevelrdquo (P R MARTINEZ ob cit 46 A VARELA ldquoDas Obrigaccedilotildees em geralrdquo II 6ordf ed 66) Se efectivamente eacute verdade que apoacutes a cessa-ccedilatildeo de actividade da ldquoDD Ldardquo natildeo existia qual-quer entidade que com as Executadas estivesse em relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo e pudesse utili-zar o imoacutevel natildeo pode deixar de ter-se presente que antes disso nada do clausulado no contrato de arrendamento ou para aleacutem dele provado fazia depender a eficaacutecia do mesmo ou ser o seu fim exclusivo ou natildeo a cedecircncia agrave ldquoDDrdquo ou mesmo a qualquer outra sociedade em situaccedilatildeo juriacutedica idecircntica Por isso insiste-se se como em sede de ma-teacuteria de facto decidiu definitivamente o Tribunal da Relaccedilatildeo natildeo se pode considerar por nem se-quer ter sido alegado que as Partes sabiam que o locado seria exclusivamente utilizado pela DD e que a Exequente natildeo ignorava que as Executadas natildeo dispunham de outra entidade que pudesse utilizar o imoacutevel afastada estaacute a existecircncia de qualquer facto susceptiacutevel de ser utilizado - como se admite que esses o pudessem ser - como pressu-posto do recurso agrave figura da caducidaderdquo Link gtgtgt

II - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo de Lisboa

Periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoO periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis vendidos ou natildeo por quem os construiu encontra-se previsto na empreitada - artigo 1225 CC - e na compra e venda de bens defeituosos - artigo 916 CC

Apoacutes a entrada em vigor do DL 26794 de 25 de Outubro (1 de Janeiro) se a coisa vendida for um imoacutevel o prazo de garantia eacute de 5 anos e a denuacutencia deveraacute ocorrer dentro de um ano a con-tar do seu conhecimentoSendo tambeacutem de um ano o prazo para o exerciacutecio do direito agrave eliminaccedilatildeo dos defeitos (art 12253 CC)Estando em causa direitos disponiacuteveis o re-conhecimento dos defeitosviacutecios por parte da reacute constitui causa de impedimento da caducidadeReconhecido o direito a caducidade fica definitiva-mente impedida tal como se tratasse do exerciacutecio da acccedilatildeo judicialSe o direito eacute reconhecido fica definitivamente assente e natildeo haacute jaacute que falar em caducidaderdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

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Convocaccedilatildeo irregular de assembleia de condoacuteminos - Acoacuterdatildeo de 09052013

ldquoOs autores natildeo estiveram presentes na assembleia de condoacuteminos de 2592009 e os factos prova-dos revelam que natildeo foram convocados para tal assembleia pela forma prevista no art 1432 nordm 1 do CC ou seja por carta registadaSucede que a irregularidade que ndash porventura ndash se traduziu na ausecircncia dos autores na assembleia se deve ter por sanadaCom efeito se os autores queriam ter a oportuni-dade de deliberar e votar algo que foi deliberado e votado na reuniatildeo de 2592009 por entenderem que a deliberaccedilatildeo e votaccedilatildeo tinham sido invaacutelidas ou ineficazes seria oacutenus deles proacuteprios exigirem aos administradores do reacuteu a convocaccedilatildeo de nova assembleia ndash extraordinaacuteria ndash a fim de se deliberar e votar de novo o que se apresentava como con-troverso bem como a fim de revogar o que tinha sido mal aprovadoEssa exigecircncia de convocaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteria consta no art 1433 nordm 2 do CC e contar-se-ia para tanto um prazo de 10 dias a con-tar da recepccedilatildeo da carta datada de 12102009Decorre daiacute que os autores natildeo se podem prevalecer da ausecircncia de convocaccedilatildeo vaacutelida para a assembleia de 2592009 isso num contexto em que natildeo quiseram convocar nova assembleia extraordinaacuteria em que iriam ter pessoalmente oportunidade de reeditarem a deliberaccedilatildeo e vo-taccedilatildeo no sentido que entendiam correcto par-ticularmente para revogaccedilatildeo da deliberaccedilatildeo que entendiam invaacutelida ou ineficazO viacutecio da convocaccedilatildeo dos autores ficou sanado com a omissatildeo dos mesmos autores no sentido de exigirem a realizaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteriaA conclusatildeo que antecede incompatibiliza-se com o principal e praticamente uacutenico fundamento ju-riacutedico da sentenccedilaEacute muitiacutessimo vulgar a pretericcedilatildeo do requisito de arta registada enviada com dez dias de an-tecedecircncia a todos os condoacuteminos ou a pretericcedilatildeo do requisito de recibo quanto agrave recepccedilatildeo de avi-so convocatoacuterio feito com os mesmos dez dias de antecedecircncia conforme prevecirc o art 1432 nordm 1 do CC mas desde a alteraccedilatildeo introduzida no

subsequente art 1433 pelo art 1 do Decreto-Lei 26794 de 2510 deixou de existir margem legal para anular as deliberaccedilotildees de uma assembleia de condoacuteminos com fundamento na pretericcedilatildeo de requisitos de convocaccedilatildeordquoLink gtgtgt

Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoPor contrato-promessa de compra e venda data-do de 2352008 os autores prometeram comprar agrave reacute correspondente a fracccedilatildeo autoacutenoma (hellip)Na carta datada de 31102009 que atraveacutes da sua ilustre mandataacuteria dirigiram agrave Reacute os Autores declararam que ldquo perderam interesse no imoacutevel prometido comprarrdquo acrescentando que tal ha-via sucedido ldquo dado necessitarem de urgente-mente comprarem outro que ofereccedila jaacute condiccedilotildees de habitabilidaderdquo(hellip) F) E nessa carta os autores reclamaram a devoluccedilatildeo do sinal em dobroCom efeito os autores comunicaram agrave reacute essa perda de interesse e exigindo a devoluccedilatildeo do sinal em dobro atraveacutes da carta enviada pela sua man-dataacuteria em 31102009 (hellip)Na sentenccedila poreacutem natildeo se entendeu que ocorresse essa perda de interesse relevante por parte dos autoresTodavia concluiu-se depois ldquoEm verdade qual-quer pessoa normal colocada naquela posiccedilatildeo dos AA e apenas por natildeo ter sido corrigido o soalho (apenas na zona da porta de entrada da sala para o hall) e natildeo ter sido feita a pintura da cozinha e ainda corrigido o tecto do hall da suite com man-chas natildeo uniformes natildeo perderia o interesse em realizar o contrato prometido porquanto se trata de deveres laterais de conduta natildeo prestados passa-dos cinco meses de terem sido reclamados e que tecircm uma importacircncia escassa para o comum das pessoas em atenccedilatildeo agrave habitaccedilatildeo que se pretende no caso de compra e venda de imoacutevel para habita-ccedilatildeo como era o caso

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013 (Continuaccedilatildeo)

E natildeo se diga que tais defeitos comprometiam para um qualquer boacutenus pater famiacutelias as condiccedilotildees de habitabilidade Tratava-se de correcccedilatildeo de ris-cos na zona da porta de entrada para a sala pin-tura de uma parede da cozinha e correcccedilatildeo de manchas natildeo uniformes no tecto da suite (zona do hall) ou seja trecircs situaccedilotildees que em nada conten-dem com as finalidade de uso (ou de troca) que os AA visariam conseguir com a prestaccedilatildeo (hellip) (hellip) Cumpre realccedilar que apesar das vaacuterias inter-pelaccedilotildees efectuadas pelos autores (resposta al-terada aos quesitos 2ordm e 3ordm) a reacute ateacute agrave data pre-vista para a celebraccedilatildeo da escritura (30062009) natildeo havia concluiacutedo os acabamentos nas partes comuns nem tinha corrigido as anomalias exis-tentes na fracccedilatildeo (hellip) nem forneceu aos autores a documentaccedilatildeo necessaacuteria agrave celebraccedilatildeo da es-critura (pedida por aqueles na carta de 6 de Maio ndash resposta alterada ao quesito 9ordm) e soacute depois de 30 de Junho requereu a licenccedila de utilizaccedilatildeo (fls 208) que veio a ser emitida apenas em 20072009Tendo em conta estes factos aceita-se a con-clusatildeo da sentenccedila sobre a existecircncia de mora da reacute se a marcaccedilatildeo da escritura competia con-tratualmente aos autores estes natildeo o poderiam fazer sem a conclusatildeo das obras pela reacute e a con-sequente emissatildeo da licenccedila de utilizaccedilatildeoTemos por certo poreacutem que a situaccedilatildeo criada com o atraso verificado quer na conclusatildeo da obra quer na entrega da documentaccedilatildeo poderia ser ultrapassada com relativa facilidade se os au-tores se decidissem pelo cumprimento efectivo do contrato-promessa marcando como lhes com-petia contratualmente data para a realizaccedilatildeo da escritura e interpelando a reacute com esse objectivo e para que esta lhes fornecesse os elementos e documentaccedilatildeo necessaacuterios para esse fim e para que concluiacutesse as correcccedilotildees das anomalias que ainda se verificassemNatildeo procederam deste modo tendo optado por uma soluccedilatildeo que se nos afigura inteiramente de-sajustada mesmo que os acabamentos em falta e os defeitos existentes tivessem a extensatildeo por eles alegada

A perda de interesse tal como eacute prevista no art 808ordm tem em vista os casos em que pela na-tureza da prestaccedilatildeo o retardamento no cumpri-mento destroacutei o objectivo do negoacutecio portanto para aleacutem da mora eacute necessaacuterio que haja perda da utilidade na prestaccedilatildeo por forma a que esta deixe de ter preacutestimo para o credor (hellip)Deve por isso improceder a pretensatildeo de con-denaccedilatildeo da reacute na restituiccedilatildeo do sinal em dobrordquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Moccedilambique

- Obras para o desenvolvimento integrado do corredor Milange-Mocuba mdash Fase IILink gtgtgt

- Trabalhos de reabilitaccedilatildeo e expansatildeo do Insti-tuto Agraacuterio de ChimoioLink gtgtgt

- Trabalhos para o desenvolvimento da Estrada Milange-MocubaLink gtgtgt

Timor-Leste

- Projecto de construccedilatildeo de auto-estrada Suai-BecoLink gtgtgt

Brasil

- Projecto de arquitectura de adaptaccedilatildeo do edifiacutecio da Biblioteca da Faculdade de Direito da Universi-dade de Satildeo PauloLink gtgtgt

- Execuccedilatildeo de trabalhos de construccedilatildeo do centro Comunitaacuterio de ElderlyLink gtgtgt

China

- Construccedilatildeo do edifiacutecio da Zona de Comeacutercio em FuzhouLink gtgtgt

- Design do Olympic Sunshine GardenLink gtgtgt

- Construccedilatildeo da sede do Grupo COSCO em Fujian DehuaLink gtgtgt

- Construccedilatildeo de uma rede de energia para a Cen-tral de Aquecimento da cidade de TielingLink gtgtgt

- Projecto de expansatildeo do Hospital Pediaacutetrico para crianccedilas e mulheres da cidade de AnshanLink gtgtgt

- Projecto de construccedilatildeo de 13 infra-estruturas de conservaccedilatildeo de aacuteguaLink gtgtgt

- Projecto de protecccedilatildeo de rio em Hemmu VillageLink gtgtgt

CONCURSOS PUacuteBLICOS

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Esta Aware conteacutem informaccedilatildeo e opiniotildees de caraacutecter geral natildeo substituindo o recurso a aconselhamento juriacutedico para a resoluccedilatildeo de casos concretos Para esclarecimentos adicionais contacte apdiabreuadvogadoscom Visite o nosso site wwwabreuadvogadoscom

copy ABREU ADVOGADOS Maio 2013

LISBOA PORTO MADEIRA

Av das Forccedilas Armadas 125 - 12ordm 1600-079 Lisboa Portugal Tel (+351) 21 723 1800Fax (+351) 21 7231899E-mail lisboaabreuadvogadoscom

Rua S Joatildeo de Brito 605 E - 4ordm4100-455 PortoTel (+351) 22 605 64 00Fax (+351) 22 600 18 16E-mail portoabreuadvogadoscom

Rua Dr Brito da Cacircmara 209000-039 FunchalTel (+351) 291 209 900Fax (+351) 291 209 920E-mail madeiraabreuadvogadoscom

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Lisboa | Porto | Funchal

ANGOLA (EM PARCERIA)

BRASIL (EM PARCERIA)

CHINA (EM PARCERIA)

MOCcedilAMBIQUE (EM PARCERIA)

TIMOR-LESTE (EM PARCERIA)

NOVIDADES DO MERCADO

I ndash IMOBILIAacuteRIOndash Jornal ldquoO Puacuteblicordquo

Dia 08 de Maio- Turismo de sauacutede e bem-estar precisa unir esfor-ccedilos para potenciar mercado- Renegociaccedilatildeo dos creacuteditos faz decrescer daccedilotildees- Sonae Sierra inaugura Londrina no Brasil- Gestatildeo energeacutetica em controlo integrado- Preccedilos mais baixos das casas atraem compra-dores a OdivelasLink gtgtgt

Dia 15 de Maio- Vendas de casas registaram ligeira subida em Marccedilo- Programa Casa Feliz apoia reabilitaccedilatildeo de casas em Vila Nova de FamalicatildeoLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Grandes centros comerciais vatildeo continuar a ser os mais atractivos- Investidores compram casa no Barreiro para colocar no arrendamento Link gtgtgt

II ndashOutras notiacutecias

Dia 15 de Maio- 14124 inquilinos alegam carecircncias financei-rasLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- Eacutevora Shopping comprado por fundo de inves-timento portuguecircsLink gtgtgt

Dia 28 de Maio- Rui Rio reclama 24 milhotildees ao Estado para manter SRULink gtgtgt

Dia 30 de Maio- Cacircmara de Gondomar isenta juros a inquilinos municipais com rendas em atrasoLink gtgtgt

- Fundo que deteacutem a Exponor seraacute a maior en-trada na Alternext em 2013Link gtgtgt

III ndash Acircmbito Internacional

Dia 10 de Maio- EU-bound Croatia craves investors but grags feet on reformsLink gtgtgt

Dia 14 de Maio- British Land puts European Property up for saleLink gtgtgt

Dia 16 de Maio-Qatar buys into Milan Porta Nuova property projectLink gtgtgt

- Blackstone courts bold tradesfor new fundLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- European property market better than expectedLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Caisse de Depot Sells Europe Properties Amid laquoDark Nightraquo Link gtgtgt

Dia 28 de Maio- Morgan Stanley Gears Up for Property fundLink gtgtgt

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Responsabilidade solidaacuteria de mediadora e promitente vendedor ndash Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

Houve pois negligecircncia por parte da reacute mediadora que foi a causa da autora ter entregue ao reacuteu o si-nal Eacute esta reacute por isso e em princiacutepio responsaacutevel por essa entrega que constitui o dano da autora que tem de reparar entregando-lhe quantia de igual montante Logo existe nexo de causalidade entre a conduta desta reacute e a entrega da aludida quantia do sinal Dir-se-aacute que a entrega do sinal resultou do contrato promessa e natildeo da conduta da mediadora A verdade eacute que foi essa conduta que levou agrave celebraccedilatildeo do mesmo contrato Deste modo natildeo cumpriu nos termos do contrato de me-diaccedilatildeo a que estava obrigada nomeadamente nos do art 18ordm do DL 7799 de 1603 A questatildeo que se coloca eacute a de saber se a obriga-ccedilatildeo de restituir de um [promitente vendedor] por forccedila do artordm 442ordm do C Civil e de outro [media-dora] por forccedila da responsabilidade civil contratual em que incorreu satildeo obrigaccedilotildees solidaacuterias Podia ser entendido que por terem causas dife-rentes ndash num caso o incumprimento do contrato promessa noutro o incumprimento do contra-to promessa as obrigaccedilotildees natildeo poderiam ser solidaacuterias embora visassem a reparaccedilatildeo do mesmo dano O facto de duas obrigaccedilotildees terem causas diferen-tes natildeo obsta a que possa existir solidariedade entre elas ndash cf Antunes Varela Obrigaccedilotildees 2ordf ed I 618 Necessaacuterio eacute que tenham o mesmo fim a satisfaccedilatildeo do mesmo interesse do credor ndash id 621

Por outro lado como refere o mesmo Mestre ndash id 646 - ldquoA discussatildeo perdeu entretanto grande parte do seu interessehellipporque vaacuterios sistemas legislati-vos entre os quais o nosso solucionaram directa-mente agrave margem de todos os preconceitos de si-metria formal os vaacuterios problemas que cabem no regime de solidariedade(sublinhado nosso)rdquo Ora o artordm 513ordm do C Civil determina que a soli-dariedade de devedores ou credores soacute existe quando resulte da lei ou da vontade das partes E os nordms 2 e 3 do artordm 23ordm do DL 7799 de 1603 determinam a solidariedade passiva da mediadora nos casos em que houver responsabilidade civil da sua parte Donde resulta que tendo o reacuteu promitente vendedor e a reacute mediadora ambos a obrigaccedilatildeo de reparar o mesmo dano ou seja estando obrigados a presta-ccedilotildees com a mesma finalidade tratando-se de responsabilidade civil por parte da reacute mediado-ra tem de haver solidariedade entre os titulares dessas obrigaccedilotildees Alegam tambeacutem as recorrentes que o seguro que garante a responsabilidade civil da reacute mediadora natildeo visa garantir o pagamento dos danos resul-tantes do incumprimento do contrato promessa Efectivamente natildeo visa tal Mas aqui o que a reacute seguradora paga eacute directamente a responsabili-dade civil profissional da reacute mediadora tal como se obrigou - cf ponto f) dos factos assentes O facto de existir solidariedade das obrigaccedilotildees natildeo implica que se confundam as respectivas causas que se mantecircm diversas como se referiu em 3rdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013

ldquoAs Recorrentes continuam a sustentar que o contrato de arrendamento celebrado entre a Exequente e a Executada ldquoBB SArdquo como locataacuteria se extinguiu por caducidade por ldquoimpossibilidade superveniente absoluta e definitivardquo da arrenda-taacuteria gozar e fruir o imoacutevel objecto do contrato Argumentam que consistindo o locado numas instalaccedilotildees criadas de raiz exclusivamente para uma concessatildeo de venda e reparaccedilatildeo de veiacutecu-los da marca ldquoMitsubishirdquo nele laborando a So-ciedade comercial ldquoDDrdquo cujo capital era detido pela CC e tendo a ldquoDDrdquo cessado a actividade em 31122007 sem que existisse qualquer socie-dade que com a ldquoBBrdquo ou a ldquoCCrdquo estivesse numa relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo que pudesse utilizar o imoacutevel o contrato caducou naquela data O acoacuterdatildeo impugnado depois de considerar que natildeo se estaacute perante um caso de caducidade do contrato de arrendamento previsto no art 1051ordm C Civil propocircs-se ldquoindagar se contratualmente as partes previram a ocorrecircncia de um qual-quer evento gerador de caducidade do contrato como o apontado na decisatildeo recorrida (senten-ccedila)rdquo questatildeo a que respondeu negativamente considerando que as Executadas natildeo alegaram a factualidade de que lanccedilou matildeo o julgador da 1ordf Instacircncia a qual por via disso tambeacutem natildeo poderia ter-se por provada As Recorrentes (hellip) invocam como evento cadu-cante como dito a impossibilidade superveniente de a arrendataacuteria gozar e fruir o imoacutevel locado dada a cessaccedilatildeo de actividade da ldquoDDrdquo que nele laborava A caducidade como facto juriacutedico extintivo de di-reitos opera ope legis resolvendo ou dissolvendo automaticamente o negoacutecio independentemente de qualquer manifestaccedilatildeo de vontade das partes Com efeito verificado o facto legal ou convencio-nalmente previsto como susceptiacutevel de dela ser fundamento a caducidade surge e opera depen-dendo de simples constataccedilatildeo desse evento impedi-tivo da eficaacutecia De notar que por assentarem sempre num fun-damento legal as situaccedilotildees que geradoras de caducidade natildeo se encontram elas mesmas na disponibilidade das partes podendo estas tatildeo soacute estipular os respectivos pressupostos

Por isso como esclarece P ROMANO MARTINEZ (ldquoDa Cessaccedilatildeo do Contratordquo 48) ldquoa liberdade contratual pode moldar e permitir o recurso agrave caducidade mas esta causa de cessaccedilatildeo do viacuten-culo natildeo resulta da autonomia das partes mas sim da leirdquo Sendo o evento prejudicial superveniente isto eacute ocorrendo apoacutes o iniacutecio da produccedilatildeo de efeitos do negoacutecio a ineficaacutecia traduzida na cessaccedilatildeo de vigecircncia produz-se para futuro ocorrendo a dissoluccedilatildeo (cfr ANIacuteBAL DE CASTRO ldquoA Caduci-daderdquo 2ordf ed 216)De caducidade pode falar-se quando a base nego-cial que presidiu agraves estipulaccedilotildees das partes tenha assentado em pressupostos que deixam de existir Assim nos casos de impossibilidade superveniente da prestaccedilatildeo designadamente quando conduza agrave extinccedilatildeo do viacutenculo contratual nos termos previstos no art 795ordm C Civil

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

A impossibilidade absoluta e definitiva eacute um fac-to ou evento que concorrendo os pressupostos respectivos ldquoopera por sirdquo sem necessidade de valoraccedilatildeo Bastaraacute pois que se demonstre que por qualquer circunstacircncia ldquoo comportamen-to exigiacutevel do devedor segundo o conteuacutedo da obrigaccedilatildeo se torna inviaacutevelrdquo (P R MARTINEZ ob cit 46 A VARELA ldquoDas Obrigaccedilotildees em geralrdquo II 6ordf ed 66) Se efectivamente eacute verdade que apoacutes a cessa-ccedilatildeo de actividade da ldquoDD Ldardquo natildeo existia qual-quer entidade que com as Executadas estivesse em relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo e pudesse utili-zar o imoacutevel natildeo pode deixar de ter-se presente que antes disso nada do clausulado no contrato de arrendamento ou para aleacutem dele provado fazia depender a eficaacutecia do mesmo ou ser o seu fim exclusivo ou natildeo a cedecircncia agrave ldquoDDrdquo ou mesmo a qualquer outra sociedade em situaccedilatildeo juriacutedica idecircntica Por isso insiste-se se como em sede de ma-teacuteria de facto decidiu definitivamente o Tribunal da Relaccedilatildeo natildeo se pode considerar por nem se-quer ter sido alegado que as Partes sabiam que o locado seria exclusivamente utilizado pela DD e que a Exequente natildeo ignorava que as Executadas natildeo dispunham de outra entidade que pudesse utilizar o imoacutevel afastada estaacute a existecircncia de qualquer facto susceptiacutevel de ser utilizado - como se admite que esses o pudessem ser - como pressu-posto do recurso agrave figura da caducidaderdquo Link gtgtgt

II - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo de Lisboa

Periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoO periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis vendidos ou natildeo por quem os construiu encontra-se previsto na empreitada - artigo 1225 CC - e na compra e venda de bens defeituosos - artigo 916 CC

Apoacutes a entrada em vigor do DL 26794 de 25 de Outubro (1 de Janeiro) se a coisa vendida for um imoacutevel o prazo de garantia eacute de 5 anos e a denuacutencia deveraacute ocorrer dentro de um ano a con-tar do seu conhecimentoSendo tambeacutem de um ano o prazo para o exerciacutecio do direito agrave eliminaccedilatildeo dos defeitos (art 12253 CC)Estando em causa direitos disponiacuteveis o re-conhecimento dos defeitosviacutecios por parte da reacute constitui causa de impedimento da caducidadeReconhecido o direito a caducidade fica definitiva-mente impedida tal como se tratasse do exerciacutecio da acccedilatildeo judicialSe o direito eacute reconhecido fica definitivamente assente e natildeo haacute jaacute que falar em caducidaderdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Convocaccedilatildeo irregular de assembleia de condoacuteminos - Acoacuterdatildeo de 09052013

ldquoOs autores natildeo estiveram presentes na assembleia de condoacuteminos de 2592009 e os factos prova-dos revelam que natildeo foram convocados para tal assembleia pela forma prevista no art 1432 nordm 1 do CC ou seja por carta registadaSucede que a irregularidade que ndash porventura ndash se traduziu na ausecircncia dos autores na assembleia se deve ter por sanadaCom efeito se os autores queriam ter a oportuni-dade de deliberar e votar algo que foi deliberado e votado na reuniatildeo de 2592009 por entenderem que a deliberaccedilatildeo e votaccedilatildeo tinham sido invaacutelidas ou ineficazes seria oacutenus deles proacuteprios exigirem aos administradores do reacuteu a convocaccedilatildeo de nova assembleia ndash extraordinaacuteria ndash a fim de se deliberar e votar de novo o que se apresentava como con-troverso bem como a fim de revogar o que tinha sido mal aprovadoEssa exigecircncia de convocaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteria consta no art 1433 nordm 2 do CC e contar-se-ia para tanto um prazo de 10 dias a con-tar da recepccedilatildeo da carta datada de 12102009Decorre daiacute que os autores natildeo se podem prevalecer da ausecircncia de convocaccedilatildeo vaacutelida para a assembleia de 2592009 isso num contexto em que natildeo quiseram convocar nova assembleia extraordinaacuteria em que iriam ter pessoalmente oportunidade de reeditarem a deliberaccedilatildeo e vo-taccedilatildeo no sentido que entendiam correcto par-ticularmente para revogaccedilatildeo da deliberaccedilatildeo que entendiam invaacutelida ou ineficazO viacutecio da convocaccedilatildeo dos autores ficou sanado com a omissatildeo dos mesmos autores no sentido de exigirem a realizaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteriaA conclusatildeo que antecede incompatibiliza-se com o principal e praticamente uacutenico fundamento ju-riacutedico da sentenccedilaEacute muitiacutessimo vulgar a pretericcedilatildeo do requisito de arta registada enviada com dez dias de an-tecedecircncia a todos os condoacuteminos ou a pretericcedilatildeo do requisito de recibo quanto agrave recepccedilatildeo de avi-so convocatoacuterio feito com os mesmos dez dias de antecedecircncia conforme prevecirc o art 1432 nordm 1 do CC mas desde a alteraccedilatildeo introduzida no

subsequente art 1433 pelo art 1 do Decreto-Lei 26794 de 2510 deixou de existir margem legal para anular as deliberaccedilotildees de uma assembleia de condoacuteminos com fundamento na pretericcedilatildeo de requisitos de convocaccedilatildeordquoLink gtgtgt

Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoPor contrato-promessa de compra e venda data-do de 2352008 os autores prometeram comprar agrave reacute correspondente a fracccedilatildeo autoacutenoma (hellip)Na carta datada de 31102009 que atraveacutes da sua ilustre mandataacuteria dirigiram agrave Reacute os Autores declararam que ldquo perderam interesse no imoacutevel prometido comprarrdquo acrescentando que tal ha-via sucedido ldquo dado necessitarem de urgente-mente comprarem outro que ofereccedila jaacute condiccedilotildees de habitabilidaderdquo(hellip) F) E nessa carta os autores reclamaram a devoluccedilatildeo do sinal em dobroCom efeito os autores comunicaram agrave reacute essa perda de interesse e exigindo a devoluccedilatildeo do sinal em dobro atraveacutes da carta enviada pela sua man-dataacuteria em 31102009 (hellip)Na sentenccedila poreacutem natildeo se entendeu que ocorresse essa perda de interesse relevante por parte dos autoresTodavia concluiu-se depois ldquoEm verdade qual-quer pessoa normal colocada naquela posiccedilatildeo dos AA e apenas por natildeo ter sido corrigido o soalho (apenas na zona da porta de entrada da sala para o hall) e natildeo ter sido feita a pintura da cozinha e ainda corrigido o tecto do hall da suite com man-chas natildeo uniformes natildeo perderia o interesse em realizar o contrato prometido porquanto se trata de deveres laterais de conduta natildeo prestados passa-dos cinco meses de terem sido reclamados e que tecircm uma importacircncia escassa para o comum das pessoas em atenccedilatildeo agrave habitaccedilatildeo que se pretende no caso de compra e venda de imoacutevel para habita-ccedilatildeo como era o caso

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Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013 (Continuaccedilatildeo)

E natildeo se diga que tais defeitos comprometiam para um qualquer boacutenus pater famiacutelias as condiccedilotildees de habitabilidade Tratava-se de correcccedilatildeo de ris-cos na zona da porta de entrada para a sala pin-tura de uma parede da cozinha e correcccedilatildeo de manchas natildeo uniformes no tecto da suite (zona do hall) ou seja trecircs situaccedilotildees que em nada conten-dem com as finalidade de uso (ou de troca) que os AA visariam conseguir com a prestaccedilatildeo (hellip) (hellip) Cumpre realccedilar que apesar das vaacuterias inter-pelaccedilotildees efectuadas pelos autores (resposta al-terada aos quesitos 2ordm e 3ordm) a reacute ateacute agrave data pre-vista para a celebraccedilatildeo da escritura (30062009) natildeo havia concluiacutedo os acabamentos nas partes comuns nem tinha corrigido as anomalias exis-tentes na fracccedilatildeo (hellip) nem forneceu aos autores a documentaccedilatildeo necessaacuteria agrave celebraccedilatildeo da es-critura (pedida por aqueles na carta de 6 de Maio ndash resposta alterada ao quesito 9ordm) e soacute depois de 30 de Junho requereu a licenccedila de utilizaccedilatildeo (fls 208) que veio a ser emitida apenas em 20072009Tendo em conta estes factos aceita-se a con-clusatildeo da sentenccedila sobre a existecircncia de mora da reacute se a marcaccedilatildeo da escritura competia con-tratualmente aos autores estes natildeo o poderiam fazer sem a conclusatildeo das obras pela reacute e a con-sequente emissatildeo da licenccedila de utilizaccedilatildeoTemos por certo poreacutem que a situaccedilatildeo criada com o atraso verificado quer na conclusatildeo da obra quer na entrega da documentaccedilatildeo poderia ser ultrapassada com relativa facilidade se os au-tores se decidissem pelo cumprimento efectivo do contrato-promessa marcando como lhes com-petia contratualmente data para a realizaccedilatildeo da escritura e interpelando a reacute com esse objectivo e para que esta lhes fornecesse os elementos e documentaccedilatildeo necessaacuterios para esse fim e para que concluiacutesse as correcccedilotildees das anomalias que ainda se verificassemNatildeo procederam deste modo tendo optado por uma soluccedilatildeo que se nos afigura inteiramente de-sajustada mesmo que os acabamentos em falta e os defeitos existentes tivessem a extensatildeo por eles alegada

A perda de interesse tal como eacute prevista no art 808ordm tem em vista os casos em que pela na-tureza da prestaccedilatildeo o retardamento no cumpri-mento destroacutei o objectivo do negoacutecio portanto para aleacutem da mora eacute necessaacuterio que haja perda da utilidade na prestaccedilatildeo por forma a que esta deixe de ter preacutestimo para o credor (hellip)Deve por isso improceder a pretensatildeo de con-denaccedilatildeo da reacute na restituiccedilatildeo do sinal em dobrordquoLink gtgtgt

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- Trabalhos de reabilitaccedilatildeo e expansatildeo do Insti-tuto Agraacuterio de ChimoioLink gtgtgt

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Timor-Leste

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- Projecto de arquitectura de adaptaccedilatildeo do edifiacutecio da Biblioteca da Faculdade de Direito da Universi-dade de Satildeo PauloLink gtgtgt

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LISBOA PORTO MADEIRA

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Rua S Joatildeo de Brito 605 E - 4ordm4100-455 PortoTel (+351) 22 605 64 00Fax (+351) 22 600 18 16E-mail portoabreuadvogadoscom

Rua Dr Brito da Cacircmara 209000-039 FunchalTel (+351) 291 209 900Fax (+351) 291 209 920E-mail madeiraabreuadvogadoscom

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ANGOLA (EM PARCERIA)

BRASIL (EM PARCERIA)

CHINA (EM PARCERIA)

MOCcedilAMBIQUE (EM PARCERIA)

TIMOR-LESTE (EM PARCERIA)

NOVIDADES DO MERCADO

I ndash IMOBILIAacuteRIOndash Jornal ldquoO Puacuteblicordquo

Dia 08 de Maio- Turismo de sauacutede e bem-estar precisa unir esfor-ccedilos para potenciar mercado- Renegociaccedilatildeo dos creacuteditos faz decrescer daccedilotildees- Sonae Sierra inaugura Londrina no Brasil- Gestatildeo energeacutetica em controlo integrado- Preccedilos mais baixos das casas atraem compra-dores a OdivelasLink gtgtgt

Dia 15 de Maio- Vendas de casas registaram ligeira subida em Marccedilo- Programa Casa Feliz apoia reabilitaccedilatildeo de casas em Vila Nova de FamalicatildeoLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Grandes centros comerciais vatildeo continuar a ser os mais atractivos- Investidores compram casa no Barreiro para colocar no arrendamento Link gtgtgt

II ndashOutras notiacutecias

Dia 15 de Maio- 14124 inquilinos alegam carecircncias financei-rasLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- Eacutevora Shopping comprado por fundo de inves-timento portuguecircsLink gtgtgt

Dia 28 de Maio- Rui Rio reclama 24 milhotildees ao Estado para manter SRULink gtgtgt

Dia 30 de Maio- Cacircmara de Gondomar isenta juros a inquilinos municipais com rendas em atrasoLink gtgtgt

- Fundo que deteacutem a Exponor seraacute a maior en-trada na Alternext em 2013Link gtgtgt

III ndash Acircmbito Internacional

Dia 10 de Maio- EU-bound Croatia craves investors but grags feet on reformsLink gtgtgt

Dia 14 de Maio- British Land puts European Property up for saleLink gtgtgt

Dia 16 de Maio-Qatar buys into Milan Porta Nuova property projectLink gtgtgt

- Blackstone courts bold tradesfor new fundLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- European property market better than expectedLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Caisse de Depot Sells Europe Properties Amid laquoDark Nightraquo Link gtgtgt

Dia 28 de Maio- Morgan Stanley Gears Up for Property fundLink gtgtgt

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013

ldquoAs Recorrentes continuam a sustentar que o contrato de arrendamento celebrado entre a Exequente e a Executada ldquoBB SArdquo como locataacuteria se extinguiu por caducidade por ldquoimpossibilidade superveniente absoluta e definitivardquo da arrenda-taacuteria gozar e fruir o imoacutevel objecto do contrato Argumentam que consistindo o locado numas instalaccedilotildees criadas de raiz exclusivamente para uma concessatildeo de venda e reparaccedilatildeo de veiacutecu-los da marca ldquoMitsubishirdquo nele laborando a So-ciedade comercial ldquoDDrdquo cujo capital era detido pela CC e tendo a ldquoDDrdquo cessado a actividade em 31122007 sem que existisse qualquer socie-dade que com a ldquoBBrdquo ou a ldquoCCrdquo estivesse numa relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo que pudesse utilizar o imoacutevel o contrato caducou naquela data O acoacuterdatildeo impugnado depois de considerar que natildeo se estaacute perante um caso de caducidade do contrato de arrendamento previsto no art 1051ordm C Civil propocircs-se ldquoindagar se contratualmente as partes previram a ocorrecircncia de um qual-quer evento gerador de caducidade do contrato como o apontado na decisatildeo recorrida (senten-ccedila)rdquo questatildeo a que respondeu negativamente considerando que as Executadas natildeo alegaram a factualidade de que lanccedilou matildeo o julgador da 1ordf Instacircncia a qual por via disso tambeacutem natildeo poderia ter-se por provada As Recorrentes (hellip) invocam como evento cadu-cante como dito a impossibilidade superveniente de a arrendataacuteria gozar e fruir o imoacutevel locado dada a cessaccedilatildeo de actividade da ldquoDDrdquo que nele laborava A caducidade como facto juriacutedico extintivo de di-reitos opera ope legis resolvendo ou dissolvendo automaticamente o negoacutecio independentemente de qualquer manifestaccedilatildeo de vontade das partes Com efeito verificado o facto legal ou convencio-nalmente previsto como susceptiacutevel de dela ser fundamento a caducidade surge e opera depen-dendo de simples constataccedilatildeo desse evento impedi-tivo da eficaacutecia De notar que por assentarem sempre num fun-damento legal as situaccedilotildees que geradoras de caducidade natildeo se encontram elas mesmas na disponibilidade das partes podendo estas tatildeo soacute estipular os respectivos pressupostos

Por isso como esclarece P ROMANO MARTINEZ (ldquoDa Cessaccedilatildeo do Contratordquo 48) ldquoa liberdade contratual pode moldar e permitir o recurso agrave caducidade mas esta causa de cessaccedilatildeo do viacuten-culo natildeo resulta da autonomia das partes mas sim da leirdquo Sendo o evento prejudicial superveniente isto eacute ocorrendo apoacutes o iniacutecio da produccedilatildeo de efeitos do negoacutecio a ineficaacutecia traduzida na cessaccedilatildeo de vigecircncia produz-se para futuro ocorrendo a dissoluccedilatildeo (cfr ANIacuteBAL DE CASTRO ldquoA Caduci-daderdquo 2ordf ed 216)De caducidade pode falar-se quando a base nego-cial que presidiu agraves estipulaccedilotildees das partes tenha assentado em pressupostos que deixam de existir Assim nos casos de impossibilidade superveniente da prestaccedilatildeo designadamente quando conduza agrave extinccedilatildeo do viacutenculo contratual nos termos previstos no art 795ordm C Civil

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

A impossibilidade absoluta e definitiva eacute um fac-to ou evento que concorrendo os pressupostos respectivos ldquoopera por sirdquo sem necessidade de valoraccedilatildeo Bastaraacute pois que se demonstre que por qualquer circunstacircncia ldquoo comportamen-to exigiacutevel do devedor segundo o conteuacutedo da obrigaccedilatildeo se torna inviaacutevelrdquo (P R MARTINEZ ob cit 46 A VARELA ldquoDas Obrigaccedilotildees em geralrdquo II 6ordf ed 66) Se efectivamente eacute verdade que apoacutes a cessa-ccedilatildeo de actividade da ldquoDD Ldardquo natildeo existia qual-quer entidade que com as Executadas estivesse em relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo e pudesse utili-zar o imoacutevel natildeo pode deixar de ter-se presente que antes disso nada do clausulado no contrato de arrendamento ou para aleacutem dele provado fazia depender a eficaacutecia do mesmo ou ser o seu fim exclusivo ou natildeo a cedecircncia agrave ldquoDDrdquo ou mesmo a qualquer outra sociedade em situaccedilatildeo juriacutedica idecircntica Por isso insiste-se se como em sede de ma-teacuteria de facto decidiu definitivamente o Tribunal da Relaccedilatildeo natildeo se pode considerar por nem se-quer ter sido alegado que as Partes sabiam que o locado seria exclusivamente utilizado pela DD e que a Exequente natildeo ignorava que as Executadas natildeo dispunham de outra entidade que pudesse utilizar o imoacutevel afastada estaacute a existecircncia de qualquer facto susceptiacutevel de ser utilizado - como se admite que esses o pudessem ser - como pressu-posto do recurso agrave figura da caducidaderdquo Link gtgtgt

II - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo de Lisboa

Periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoO periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis vendidos ou natildeo por quem os construiu encontra-se previsto na empreitada - artigo 1225 CC - e na compra e venda de bens defeituosos - artigo 916 CC

Apoacutes a entrada em vigor do DL 26794 de 25 de Outubro (1 de Janeiro) se a coisa vendida for um imoacutevel o prazo de garantia eacute de 5 anos e a denuacutencia deveraacute ocorrer dentro de um ano a con-tar do seu conhecimentoSendo tambeacutem de um ano o prazo para o exerciacutecio do direito agrave eliminaccedilatildeo dos defeitos (art 12253 CC)Estando em causa direitos disponiacuteveis o re-conhecimento dos defeitosviacutecios por parte da reacute constitui causa de impedimento da caducidadeReconhecido o direito a caducidade fica definitiva-mente impedida tal como se tratasse do exerciacutecio da acccedilatildeo judicialSe o direito eacute reconhecido fica definitivamente assente e natildeo haacute jaacute que falar em caducidaderdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

I - Acoacuterdatildeos do Supremo Tribunal de Justiccedila

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Convocaccedilatildeo irregular de assembleia de condoacuteminos - Acoacuterdatildeo de 09052013

ldquoOs autores natildeo estiveram presentes na assembleia de condoacuteminos de 2592009 e os factos prova-dos revelam que natildeo foram convocados para tal assembleia pela forma prevista no art 1432 nordm 1 do CC ou seja por carta registadaSucede que a irregularidade que ndash porventura ndash se traduziu na ausecircncia dos autores na assembleia se deve ter por sanadaCom efeito se os autores queriam ter a oportuni-dade de deliberar e votar algo que foi deliberado e votado na reuniatildeo de 2592009 por entenderem que a deliberaccedilatildeo e votaccedilatildeo tinham sido invaacutelidas ou ineficazes seria oacutenus deles proacuteprios exigirem aos administradores do reacuteu a convocaccedilatildeo de nova assembleia ndash extraordinaacuteria ndash a fim de se deliberar e votar de novo o que se apresentava como con-troverso bem como a fim de revogar o que tinha sido mal aprovadoEssa exigecircncia de convocaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteria consta no art 1433 nordm 2 do CC e contar-se-ia para tanto um prazo de 10 dias a con-tar da recepccedilatildeo da carta datada de 12102009Decorre daiacute que os autores natildeo se podem prevalecer da ausecircncia de convocaccedilatildeo vaacutelida para a assembleia de 2592009 isso num contexto em que natildeo quiseram convocar nova assembleia extraordinaacuteria em que iriam ter pessoalmente oportunidade de reeditarem a deliberaccedilatildeo e vo-taccedilatildeo no sentido que entendiam correcto par-ticularmente para revogaccedilatildeo da deliberaccedilatildeo que entendiam invaacutelida ou ineficazO viacutecio da convocaccedilatildeo dos autores ficou sanado com a omissatildeo dos mesmos autores no sentido de exigirem a realizaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteriaA conclusatildeo que antecede incompatibiliza-se com o principal e praticamente uacutenico fundamento ju-riacutedico da sentenccedilaEacute muitiacutessimo vulgar a pretericcedilatildeo do requisito de arta registada enviada com dez dias de an-tecedecircncia a todos os condoacuteminos ou a pretericcedilatildeo do requisito de recibo quanto agrave recepccedilatildeo de avi-so convocatoacuterio feito com os mesmos dez dias de antecedecircncia conforme prevecirc o art 1432 nordm 1 do CC mas desde a alteraccedilatildeo introduzida no

subsequente art 1433 pelo art 1 do Decreto-Lei 26794 de 2510 deixou de existir margem legal para anular as deliberaccedilotildees de uma assembleia de condoacuteminos com fundamento na pretericcedilatildeo de requisitos de convocaccedilatildeordquoLink gtgtgt

Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoPor contrato-promessa de compra e venda data-do de 2352008 os autores prometeram comprar agrave reacute correspondente a fracccedilatildeo autoacutenoma (hellip)Na carta datada de 31102009 que atraveacutes da sua ilustre mandataacuteria dirigiram agrave Reacute os Autores declararam que ldquo perderam interesse no imoacutevel prometido comprarrdquo acrescentando que tal ha-via sucedido ldquo dado necessitarem de urgente-mente comprarem outro que ofereccedila jaacute condiccedilotildees de habitabilidaderdquo(hellip) F) E nessa carta os autores reclamaram a devoluccedilatildeo do sinal em dobroCom efeito os autores comunicaram agrave reacute essa perda de interesse e exigindo a devoluccedilatildeo do sinal em dobro atraveacutes da carta enviada pela sua man-dataacuteria em 31102009 (hellip)Na sentenccedila poreacutem natildeo se entendeu que ocorresse essa perda de interesse relevante por parte dos autoresTodavia concluiu-se depois ldquoEm verdade qual-quer pessoa normal colocada naquela posiccedilatildeo dos AA e apenas por natildeo ter sido corrigido o soalho (apenas na zona da porta de entrada da sala para o hall) e natildeo ter sido feita a pintura da cozinha e ainda corrigido o tecto do hall da suite com man-chas natildeo uniformes natildeo perderia o interesse em realizar o contrato prometido porquanto se trata de deveres laterais de conduta natildeo prestados passa-dos cinco meses de terem sido reclamados e que tecircm uma importacircncia escassa para o comum das pessoas em atenccedilatildeo agrave habitaccedilatildeo que se pretende no caso de compra e venda de imoacutevel para habita-ccedilatildeo como era o caso

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013 (Continuaccedilatildeo)

E natildeo se diga que tais defeitos comprometiam para um qualquer boacutenus pater famiacutelias as condiccedilotildees de habitabilidade Tratava-se de correcccedilatildeo de ris-cos na zona da porta de entrada para a sala pin-tura de uma parede da cozinha e correcccedilatildeo de manchas natildeo uniformes no tecto da suite (zona do hall) ou seja trecircs situaccedilotildees que em nada conten-dem com as finalidade de uso (ou de troca) que os AA visariam conseguir com a prestaccedilatildeo (hellip) (hellip) Cumpre realccedilar que apesar das vaacuterias inter-pelaccedilotildees efectuadas pelos autores (resposta al-terada aos quesitos 2ordm e 3ordm) a reacute ateacute agrave data pre-vista para a celebraccedilatildeo da escritura (30062009) natildeo havia concluiacutedo os acabamentos nas partes comuns nem tinha corrigido as anomalias exis-tentes na fracccedilatildeo (hellip) nem forneceu aos autores a documentaccedilatildeo necessaacuteria agrave celebraccedilatildeo da es-critura (pedida por aqueles na carta de 6 de Maio ndash resposta alterada ao quesito 9ordm) e soacute depois de 30 de Junho requereu a licenccedila de utilizaccedilatildeo (fls 208) que veio a ser emitida apenas em 20072009Tendo em conta estes factos aceita-se a con-clusatildeo da sentenccedila sobre a existecircncia de mora da reacute se a marcaccedilatildeo da escritura competia con-tratualmente aos autores estes natildeo o poderiam fazer sem a conclusatildeo das obras pela reacute e a con-sequente emissatildeo da licenccedila de utilizaccedilatildeoTemos por certo poreacutem que a situaccedilatildeo criada com o atraso verificado quer na conclusatildeo da obra quer na entrega da documentaccedilatildeo poderia ser ultrapassada com relativa facilidade se os au-tores se decidissem pelo cumprimento efectivo do contrato-promessa marcando como lhes com-petia contratualmente data para a realizaccedilatildeo da escritura e interpelando a reacute com esse objectivo e para que esta lhes fornecesse os elementos e documentaccedilatildeo necessaacuterios para esse fim e para que concluiacutesse as correcccedilotildees das anomalias que ainda se verificassemNatildeo procederam deste modo tendo optado por uma soluccedilatildeo que se nos afigura inteiramente de-sajustada mesmo que os acabamentos em falta e os defeitos existentes tivessem a extensatildeo por eles alegada

A perda de interesse tal como eacute prevista no art 808ordm tem em vista os casos em que pela na-tureza da prestaccedilatildeo o retardamento no cumpri-mento destroacutei o objectivo do negoacutecio portanto para aleacutem da mora eacute necessaacuterio que haja perda da utilidade na prestaccedilatildeo por forma a que esta deixe de ter preacutestimo para o credor (hellip)Deve por isso improceder a pretensatildeo de con-denaccedilatildeo da reacute na restituiccedilatildeo do sinal em dobrordquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Moccedilambique

- Obras para o desenvolvimento integrado do corredor Milange-Mocuba mdash Fase IILink gtgtgt

- Trabalhos de reabilitaccedilatildeo e expansatildeo do Insti-tuto Agraacuterio de ChimoioLink gtgtgt

- Trabalhos para o desenvolvimento da Estrada Milange-MocubaLink gtgtgt

Timor-Leste

- Projecto de construccedilatildeo de auto-estrada Suai-BecoLink gtgtgt

Brasil

- Projecto de arquitectura de adaptaccedilatildeo do edifiacutecio da Biblioteca da Faculdade de Direito da Universi-dade de Satildeo PauloLink gtgtgt

- Execuccedilatildeo de trabalhos de construccedilatildeo do centro Comunitaacuterio de ElderlyLink gtgtgt

China

- Construccedilatildeo do edifiacutecio da Zona de Comeacutercio em FuzhouLink gtgtgt

- Design do Olympic Sunshine GardenLink gtgtgt

- Construccedilatildeo da sede do Grupo COSCO em Fujian DehuaLink gtgtgt

- Construccedilatildeo de uma rede de energia para a Cen-tral de Aquecimento da cidade de TielingLink gtgtgt

- Projecto de expansatildeo do Hospital Pediaacutetrico para crianccedilas e mulheres da cidade de AnshanLink gtgtgt

- Projecto de construccedilatildeo de 13 infra-estruturas de conservaccedilatildeo de aacuteguaLink gtgtgt

- Projecto de protecccedilatildeo de rio em Hemmu VillageLink gtgtgt

CONCURSOS PUacuteBLICOS

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Esta Aware conteacutem informaccedilatildeo e opiniotildees de caraacutecter geral natildeo substituindo o recurso a aconselhamento juriacutedico para a resoluccedilatildeo de casos concretos Para esclarecimentos adicionais contacte apdiabreuadvogadoscom Visite o nosso site wwwabreuadvogadoscom

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LISBOA PORTO MADEIRA

Av das Forccedilas Armadas 125 - 12ordm 1600-079 Lisboa Portugal Tel (+351) 21 723 1800Fax (+351) 21 7231899E-mail lisboaabreuadvogadoscom

Rua S Joatildeo de Brito 605 E - 4ordm4100-455 PortoTel (+351) 22 605 64 00Fax (+351) 22 600 18 16E-mail portoabreuadvogadoscom

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Dia 08 de Maio- Turismo de sauacutede e bem-estar precisa unir esfor-ccedilos para potenciar mercado- Renegociaccedilatildeo dos creacuteditos faz decrescer daccedilotildees- Sonae Sierra inaugura Londrina no Brasil- Gestatildeo energeacutetica em controlo integrado- Preccedilos mais baixos das casas atraem compra-dores a OdivelasLink gtgtgt

Dia 15 de Maio- Vendas de casas registaram ligeira subida em Marccedilo- Programa Casa Feliz apoia reabilitaccedilatildeo de casas em Vila Nova de FamalicatildeoLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Grandes centros comerciais vatildeo continuar a ser os mais atractivos- Investidores compram casa no Barreiro para colocar no arrendamento Link gtgtgt

II ndashOutras notiacutecias

Dia 15 de Maio- 14124 inquilinos alegam carecircncias financei-rasLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- Eacutevora Shopping comprado por fundo de inves-timento portuguecircsLink gtgtgt

Dia 28 de Maio- Rui Rio reclama 24 milhotildees ao Estado para manter SRULink gtgtgt

Dia 30 de Maio- Cacircmara de Gondomar isenta juros a inquilinos municipais com rendas em atrasoLink gtgtgt

- Fundo que deteacutem a Exponor seraacute a maior en-trada na Alternext em 2013Link gtgtgt

III ndash Acircmbito Internacional

Dia 10 de Maio- EU-bound Croatia craves investors but grags feet on reformsLink gtgtgt

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Dia 28 de Maio- Morgan Stanley Gears Up for Property fundLink gtgtgt

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Caducidade de contrato de arrendamento - Acoacuterdatildeo de 08052013 (continuaccedilatildeo)

A impossibilidade absoluta e definitiva eacute um fac-to ou evento que concorrendo os pressupostos respectivos ldquoopera por sirdquo sem necessidade de valoraccedilatildeo Bastaraacute pois que se demonstre que por qualquer circunstacircncia ldquoo comportamen-to exigiacutevel do devedor segundo o conteuacutedo da obrigaccedilatildeo se torna inviaacutevelrdquo (P R MARTINEZ ob cit 46 A VARELA ldquoDas Obrigaccedilotildees em geralrdquo II 6ordf ed 66) Se efectivamente eacute verdade que apoacutes a cessa-ccedilatildeo de actividade da ldquoDD Ldardquo natildeo existia qual-quer entidade que com as Executadas estivesse em relaccedilatildeo de domiacutenio ou grupo e pudesse utili-zar o imoacutevel natildeo pode deixar de ter-se presente que antes disso nada do clausulado no contrato de arrendamento ou para aleacutem dele provado fazia depender a eficaacutecia do mesmo ou ser o seu fim exclusivo ou natildeo a cedecircncia agrave ldquoDDrdquo ou mesmo a qualquer outra sociedade em situaccedilatildeo juriacutedica idecircntica Por isso insiste-se se como em sede de ma-teacuteria de facto decidiu definitivamente o Tribunal da Relaccedilatildeo natildeo se pode considerar por nem se-quer ter sido alegado que as Partes sabiam que o locado seria exclusivamente utilizado pela DD e que a Exequente natildeo ignorava que as Executadas natildeo dispunham de outra entidade que pudesse utilizar o imoacutevel afastada estaacute a existecircncia de qualquer facto susceptiacutevel de ser utilizado - como se admite que esses o pudessem ser - como pressu-posto do recurso agrave figura da caducidaderdquo Link gtgtgt

II - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo de Lisboa

Periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoO periacuteodo legal da garantia dos bens imoacuteveis vendidos ou natildeo por quem os construiu encontra-se previsto na empreitada - artigo 1225 CC - e na compra e venda de bens defeituosos - artigo 916 CC

Apoacutes a entrada em vigor do DL 26794 de 25 de Outubro (1 de Janeiro) se a coisa vendida for um imoacutevel o prazo de garantia eacute de 5 anos e a denuacutencia deveraacute ocorrer dentro de um ano a con-tar do seu conhecimentoSendo tambeacutem de um ano o prazo para o exerciacutecio do direito agrave eliminaccedilatildeo dos defeitos (art 12253 CC)Estando em causa direitos disponiacuteveis o re-conhecimento dos defeitosviacutecios por parte da reacute constitui causa de impedimento da caducidadeReconhecido o direito a caducidade fica definitiva-mente impedida tal como se tratasse do exerciacutecio da acccedilatildeo judicialSe o direito eacute reconhecido fica definitivamente assente e natildeo haacute jaacute que falar em caducidaderdquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

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Convocaccedilatildeo irregular de assembleia de condoacuteminos - Acoacuterdatildeo de 09052013

ldquoOs autores natildeo estiveram presentes na assembleia de condoacuteminos de 2592009 e os factos prova-dos revelam que natildeo foram convocados para tal assembleia pela forma prevista no art 1432 nordm 1 do CC ou seja por carta registadaSucede que a irregularidade que ndash porventura ndash se traduziu na ausecircncia dos autores na assembleia se deve ter por sanadaCom efeito se os autores queriam ter a oportuni-dade de deliberar e votar algo que foi deliberado e votado na reuniatildeo de 2592009 por entenderem que a deliberaccedilatildeo e votaccedilatildeo tinham sido invaacutelidas ou ineficazes seria oacutenus deles proacuteprios exigirem aos administradores do reacuteu a convocaccedilatildeo de nova assembleia ndash extraordinaacuteria ndash a fim de se deliberar e votar de novo o que se apresentava como con-troverso bem como a fim de revogar o que tinha sido mal aprovadoEssa exigecircncia de convocaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteria consta no art 1433 nordm 2 do CC e contar-se-ia para tanto um prazo de 10 dias a con-tar da recepccedilatildeo da carta datada de 12102009Decorre daiacute que os autores natildeo se podem prevalecer da ausecircncia de convocaccedilatildeo vaacutelida para a assembleia de 2592009 isso num contexto em que natildeo quiseram convocar nova assembleia extraordinaacuteria em que iriam ter pessoalmente oportunidade de reeditarem a deliberaccedilatildeo e vo-taccedilatildeo no sentido que entendiam correcto par-ticularmente para revogaccedilatildeo da deliberaccedilatildeo que entendiam invaacutelida ou ineficazO viacutecio da convocaccedilatildeo dos autores ficou sanado com a omissatildeo dos mesmos autores no sentido de exigirem a realizaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteriaA conclusatildeo que antecede incompatibiliza-se com o principal e praticamente uacutenico fundamento ju-riacutedico da sentenccedilaEacute muitiacutessimo vulgar a pretericcedilatildeo do requisito de arta registada enviada com dez dias de an-tecedecircncia a todos os condoacuteminos ou a pretericcedilatildeo do requisito de recibo quanto agrave recepccedilatildeo de avi-so convocatoacuterio feito com os mesmos dez dias de antecedecircncia conforme prevecirc o art 1432 nordm 1 do CC mas desde a alteraccedilatildeo introduzida no

subsequente art 1433 pelo art 1 do Decreto-Lei 26794 de 2510 deixou de existir margem legal para anular as deliberaccedilotildees de uma assembleia de condoacuteminos com fundamento na pretericcedilatildeo de requisitos de convocaccedilatildeordquoLink gtgtgt

Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoPor contrato-promessa de compra e venda data-do de 2352008 os autores prometeram comprar agrave reacute correspondente a fracccedilatildeo autoacutenoma (hellip)Na carta datada de 31102009 que atraveacutes da sua ilustre mandataacuteria dirigiram agrave Reacute os Autores declararam que ldquo perderam interesse no imoacutevel prometido comprarrdquo acrescentando que tal ha-via sucedido ldquo dado necessitarem de urgente-mente comprarem outro que ofereccedila jaacute condiccedilotildees de habitabilidaderdquo(hellip) F) E nessa carta os autores reclamaram a devoluccedilatildeo do sinal em dobroCom efeito os autores comunicaram agrave reacute essa perda de interesse e exigindo a devoluccedilatildeo do sinal em dobro atraveacutes da carta enviada pela sua man-dataacuteria em 31102009 (hellip)Na sentenccedila poreacutem natildeo se entendeu que ocorresse essa perda de interesse relevante por parte dos autoresTodavia concluiu-se depois ldquoEm verdade qual-quer pessoa normal colocada naquela posiccedilatildeo dos AA e apenas por natildeo ter sido corrigido o soalho (apenas na zona da porta de entrada da sala para o hall) e natildeo ter sido feita a pintura da cozinha e ainda corrigido o tecto do hall da suite com man-chas natildeo uniformes natildeo perderia o interesse em realizar o contrato prometido porquanto se trata de deveres laterais de conduta natildeo prestados passa-dos cinco meses de terem sido reclamados e que tecircm uma importacircncia escassa para o comum das pessoas em atenccedilatildeo agrave habitaccedilatildeo que se pretende no caso de compra e venda de imoacutevel para habita-ccedilatildeo como era o caso

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013 (Continuaccedilatildeo)

E natildeo se diga que tais defeitos comprometiam para um qualquer boacutenus pater famiacutelias as condiccedilotildees de habitabilidade Tratava-se de correcccedilatildeo de ris-cos na zona da porta de entrada para a sala pin-tura de uma parede da cozinha e correcccedilatildeo de manchas natildeo uniformes no tecto da suite (zona do hall) ou seja trecircs situaccedilotildees que em nada conten-dem com as finalidade de uso (ou de troca) que os AA visariam conseguir com a prestaccedilatildeo (hellip) (hellip) Cumpre realccedilar que apesar das vaacuterias inter-pelaccedilotildees efectuadas pelos autores (resposta al-terada aos quesitos 2ordm e 3ordm) a reacute ateacute agrave data pre-vista para a celebraccedilatildeo da escritura (30062009) natildeo havia concluiacutedo os acabamentos nas partes comuns nem tinha corrigido as anomalias exis-tentes na fracccedilatildeo (hellip) nem forneceu aos autores a documentaccedilatildeo necessaacuteria agrave celebraccedilatildeo da es-critura (pedida por aqueles na carta de 6 de Maio ndash resposta alterada ao quesito 9ordm) e soacute depois de 30 de Junho requereu a licenccedila de utilizaccedilatildeo (fls 208) que veio a ser emitida apenas em 20072009Tendo em conta estes factos aceita-se a con-clusatildeo da sentenccedila sobre a existecircncia de mora da reacute se a marcaccedilatildeo da escritura competia con-tratualmente aos autores estes natildeo o poderiam fazer sem a conclusatildeo das obras pela reacute e a con-sequente emissatildeo da licenccedila de utilizaccedilatildeoTemos por certo poreacutem que a situaccedilatildeo criada com o atraso verificado quer na conclusatildeo da obra quer na entrega da documentaccedilatildeo poderia ser ultrapassada com relativa facilidade se os au-tores se decidissem pelo cumprimento efectivo do contrato-promessa marcando como lhes com-petia contratualmente data para a realizaccedilatildeo da escritura e interpelando a reacute com esse objectivo e para que esta lhes fornecesse os elementos e documentaccedilatildeo necessaacuterios para esse fim e para que concluiacutesse as correcccedilotildees das anomalias que ainda se verificassemNatildeo procederam deste modo tendo optado por uma soluccedilatildeo que se nos afigura inteiramente de-sajustada mesmo que os acabamentos em falta e os defeitos existentes tivessem a extensatildeo por eles alegada

A perda de interesse tal como eacute prevista no art 808ordm tem em vista os casos em que pela na-tureza da prestaccedilatildeo o retardamento no cumpri-mento destroacutei o objectivo do negoacutecio portanto para aleacutem da mora eacute necessaacuterio que haja perda da utilidade na prestaccedilatildeo por forma a que esta deixe de ter preacutestimo para o credor (hellip)Deve por isso improceder a pretensatildeo de con-denaccedilatildeo da reacute na restituiccedilatildeo do sinal em dobrordquoLink gtgtgt

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

2

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Moccedilambique

- Obras para o desenvolvimento integrado do corredor Milange-Mocuba mdash Fase IILink gtgtgt

- Trabalhos de reabilitaccedilatildeo e expansatildeo do Insti-tuto Agraacuterio de ChimoioLink gtgtgt

- Trabalhos para o desenvolvimento da Estrada Milange-MocubaLink gtgtgt

Timor-Leste

- Projecto de construccedilatildeo de auto-estrada Suai-BecoLink gtgtgt

Brasil

- Projecto de arquitectura de adaptaccedilatildeo do edifiacutecio da Biblioteca da Faculdade de Direito da Universi-dade de Satildeo PauloLink gtgtgt

- Execuccedilatildeo de trabalhos de construccedilatildeo do centro Comunitaacuterio de ElderlyLink gtgtgt

China

- Construccedilatildeo do edifiacutecio da Zona de Comeacutercio em FuzhouLink gtgtgt

- Design do Olympic Sunshine GardenLink gtgtgt

- Construccedilatildeo da sede do Grupo COSCO em Fujian DehuaLink gtgtgt

- Construccedilatildeo de uma rede de energia para a Cen-tral de Aquecimento da cidade de TielingLink gtgtgt

- Projecto de expansatildeo do Hospital Pediaacutetrico para crianccedilas e mulheres da cidade de AnshanLink gtgtgt

- Projecto de construccedilatildeo de 13 infra-estruturas de conservaccedilatildeo de aacuteguaLink gtgtgt

- Projecto de protecccedilatildeo de rio em Hemmu VillageLink gtgtgt

CONCURSOS PUacuteBLICOS

2

Esta Aware conteacutem informaccedilatildeo e opiniotildees de caraacutecter geral natildeo substituindo o recurso a aconselhamento juriacutedico para a resoluccedilatildeo de casos concretos Para esclarecimentos adicionais contacte apdiabreuadvogadoscom Visite o nosso site wwwabreuadvogadoscom

copy ABREU ADVOGADOS Maio 2013

LISBOA PORTO MADEIRA

Av das Forccedilas Armadas 125 - 12ordm 1600-079 Lisboa Portugal Tel (+351) 21 723 1800Fax (+351) 21 7231899E-mail lisboaabreuadvogadoscom

Rua S Joatildeo de Brito 605 E - 4ordm4100-455 PortoTel (+351) 22 605 64 00Fax (+351) 22 600 18 16E-mail portoabreuadvogadoscom

Rua Dr Brito da Cacircmara 209000-039 FunchalTel (+351) 291 209 900Fax (+351) 291 209 920E-mail madeiraabreuadvogadoscom

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ANGOLA (EM PARCERIA)

BRASIL (EM PARCERIA)

CHINA (EM PARCERIA)

MOCcedilAMBIQUE (EM PARCERIA)

TIMOR-LESTE (EM PARCERIA)

NOVIDADES DO MERCADO

I ndash IMOBILIAacuteRIOndash Jornal ldquoO Puacuteblicordquo

Dia 08 de Maio- Turismo de sauacutede e bem-estar precisa unir esfor-ccedilos para potenciar mercado- Renegociaccedilatildeo dos creacuteditos faz decrescer daccedilotildees- Sonae Sierra inaugura Londrina no Brasil- Gestatildeo energeacutetica em controlo integrado- Preccedilos mais baixos das casas atraem compra-dores a OdivelasLink gtgtgt

Dia 15 de Maio- Vendas de casas registaram ligeira subida em Marccedilo- Programa Casa Feliz apoia reabilitaccedilatildeo de casas em Vila Nova de FamalicatildeoLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Grandes centros comerciais vatildeo continuar a ser os mais atractivos- Investidores compram casa no Barreiro para colocar no arrendamento Link gtgtgt

II ndashOutras notiacutecias

Dia 15 de Maio- 14124 inquilinos alegam carecircncias financei-rasLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- Eacutevora Shopping comprado por fundo de inves-timento portuguecircsLink gtgtgt

Dia 28 de Maio- Rui Rio reclama 24 milhotildees ao Estado para manter SRULink gtgtgt

Dia 30 de Maio- Cacircmara de Gondomar isenta juros a inquilinos municipais com rendas em atrasoLink gtgtgt

- Fundo que deteacutem a Exponor seraacute a maior en-trada na Alternext em 2013Link gtgtgt

III ndash Acircmbito Internacional

Dia 10 de Maio- EU-bound Croatia craves investors but grags feet on reformsLink gtgtgt

Dia 14 de Maio- British Land puts European Property up for saleLink gtgtgt

Dia 16 de Maio-Qatar buys into Milan Porta Nuova property projectLink gtgtgt

- Blackstone courts bold tradesfor new fundLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- European property market better than expectedLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Caisse de Depot Sells Europe Properties Amid laquoDark Nightraquo Link gtgtgt

Dia 28 de Maio- Morgan Stanley Gears Up for Property fundLink gtgtgt

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Convocaccedilatildeo irregular de assembleia de condoacuteminos - Acoacuterdatildeo de 09052013

ldquoOs autores natildeo estiveram presentes na assembleia de condoacuteminos de 2592009 e os factos prova-dos revelam que natildeo foram convocados para tal assembleia pela forma prevista no art 1432 nordm 1 do CC ou seja por carta registadaSucede que a irregularidade que ndash porventura ndash se traduziu na ausecircncia dos autores na assembleia se deve ter por sanadaCom efeito se os autores queriam ter a oportuni-dade de deliberar e votar algo que foi deliberado e votado na reuniatildeo de 2592009 por entenderem que a deliberaccedilatildeo e votaccedilatildeo tinham sido invaacutelidas ou ineficazes seria oacutenus deles proacuteprios exigirem aos administradores do reacuteu a convocaccedilatildeo de nova assembleia ndash extraordinaacuteria ndash a fim de se deliberar e votar de novo o que se apresentava como con-troverso bem como a fim de revogar o que tinha sido mal aprovadoEssa exigecircncia de convocaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteria consta no art 1433 nordm 2 do CC e contar-se-ia para tanto um prazo de 10 dias a con-tar da recepccedilatildeo da carta datada de 12102009Decorre daiacute que os autores natildeo se podem prevalecer da ausecircncia de convocaccedilatildeo vaacutelida para a assembleia de 2592009 isso num contexto em que natildeo quiseram convocar nova assembleia extraordinaacuteria em que iriam ter pessoalmente oportunidade de reeditarem a deliberaccedilatildeo e vo-taccedilatildeo no sentido que entendiam correcto par-ticularmente para revogaccedilatildeo da deliberaccedilatildeo que entendiam invaacutelida ou ineficazO viacutecio da convocaccedilatildeo dos autores ficou sanado com a omissatildeo dos mesmos autores no sentido de exigirem a realizaccedilatildeo de nova assembleia extraordinaacuteriaA conclusatildeo que antecede incompatibiliza-se com o principal e praticamente uacutenico fundamento ju-riacutedico da sentenccedilaEacute muitiacutessimo vulgar a pretericcedilatildeo do requisito de arta registada enviada com dez dias de an-tecedecircncia a todos os condoacuteminos ou a pretericcedilatildeo do requisito de recibo quanto agrave recepccedilatildeo de avi-so convocatoacuterio feito com os mesmos dez dias de antecedecircncia conforme prevecirc o art 1432 nordm 1 do CC mas desde a alteraccedilatildeo introduzida no

subsequente art 1433 pelo art 1 do Decreto-Lei 26794 de 2510 deixou de existir margem legal para anular as deliberaccedilotildees de uma assembleia de condoacuteminos com fundamento na pretericcedilatildeo de requisitos de convocaccedilatildeordquoLink gtgtgt

Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013

ldquoPor contrato-promessa de compra e venda data-do de 2352008 os autores prometeram comprar agrave reacute correspondente a fracccedilatildeo autoacutenoma (hellip)Na carta datada de 31102009 que atraveacutes da sua ilustre mandataacuteria dirigiram agrave Reacute os Autores declararam que ldquo perderam interesse no imoacutevel prometido comprarrdquo acrescentando que tal ha-via sucedido ldquo dado necessitarem de urgente-mente comprarem outro que ofereccedila jaacute condiccedilotildees de habitabilidaderdquo(hellip) F) E nessa carta os autores reclamaram a devoluccedilatildeo do sinal em dobroCom efeito os autores comunicaram agrave reacute essa perda de interesse e exigindo a devoluccedilatildeo do sinal em dobro atraveacutes da carta enviada pela sua man-dataacuteria em 31102009 (hellip)Na sentenccedila poreacutem natildeo se entendeu que ocorresse essa perda de interesse relevante por parte dos autoresTodavia concluiu-se depois ldquoEm verdade qual-quer pessoa normal colocada naquela posiccedilatildeo dos AA e apenas por natildeo ter sido corrigido o soalho (apenas na zona da porta de entrada da sala para o hall) e natildeo ter sido feita a pintura da cozinha e ainda corrigido o tecto do hall da suite com man-chas natildeo uniformes natildeo perderia o interesse em realizar o contrato prometido porquanto se trata de deveres laterais de conduta natildeo prestados passa-dos cinco meses de terem sido reclamados e que tecircm uma importacircncia escassa para o comum das pessoas em atenccedilatildeo agrave habitaccedilatildeo que se pretende no caso de compra e venda de imoacutevel para habita-ccedilatildeo como era o caso

RECENTES DECISOtildeES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (Continuaccedilatildeo)

III - Acoacuterdatildeos do Tribunal da Relaccedilatildeo do Porto

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Perda de interesse na prestaccedilatildeo e devoluccedilatildeo do sinal em dobro - Acoacuterdatildeo de 02052013 (Continuaccedilatildeo)

E natildeo se diga que tais defeitos comprometiam para um qualquer boacutenus pater famiacutelias as condiccedilotildees de habitabilidade Tratava-se de correcccedilatildeo de ris-cos na zona da porta de entrada para a sala pin-tura de uma parede da cozinha e correcccedilatildeo de manchas natildeo uniformes no tecto da suite (zona do hall) ou seja trecircs situaccedilotildees que em nada conten-dem com as finalidade de uso (ou de troca) que os AA visariam conseguir com a prestaccedilatildeo (hellip) (hellip) Cumpre realccedilar que apesar das vaacuterias inter-pelaccedilotildees efectuadas pelos autores (resposta al-terada aos quesitos 2ordm e 3ordm) a reacute ateacute agrave data pre-vista para a celebraccedilatildeo da escritura (30062009) natildeo havia concluiacutedo os acabamentos nas partes comuns nem tinha corrigido as anomalias exis-tentes na fracccedilatildeo (hellip) nem forneceu aos autores a documentaccedilatildeo necessaacuteria agrave celebraccedilatildeo da es-critura (pedida por aqueles na carta de 6 de Maio ndash resposta alterada ao quesito 9ordm) e soacute depois de 30 de Junho requereu a licenccedila de utilizaccedilatildeo (fls 208) que veio a ser emitida apenas em 20072009Tendo em conta estes factos aceita-se a con-clusatildeo da sentenccedila sobre a existecircncia de mora da reacute se a marcaccedilatildeo da escritura competia con-tratualmente aos autores estes natildeo o poderiam fazer sem a conclusatildeo das obras pela reacute e a con-sequente emissatildeo da licenccedila de utilizaccedilatildeoTemos por certo poreacutem que a situaccedilatildeo criada com o atraso verificado quer na conclusatildeo da obra quer na entrega da documentaccedilatildeo poderia ser ultrapassada com relativa facilidade se os au-tores se decidissem pelo cumprimento efectivo do contrato-promessa marcando como lhes com-petia contratualmente data para a realizaccedilatildeo da escritura e interpelando a reacute com esse objectivo e para que esta lhes fornecesse os elementos e documentaccedilatildeo necessaacuterios para esse fim e para que concluiacutesse as correcccedilotildees das anomalias que ainda se verificassemNatildeo procederam deste modo tendo optado por uma soluccedilatildeo que se nos afigura inteiramente de-sajustada mesmo que os acabamentos em falta e os defeitos existentes tivessem a extensatildeo por eles alegada

A perda de interesse tal como eacute prevista no art 808ordm tem em vista os casos em que pela na-tureza da prestaccedilatildeo o retardamento no cumpri-mento destroacutei o objectivo do negoacutecio portanto para aleacutem da mora eacute necessaacuterio que haja perda da utilidade na prestaccedilatildeo por forma a que esta deixe de ter preacutestimo para o credor (hellip)Deve por isso improceder a pretensatildeo de con-denaccedilatildeo da reacute na restituiccedilatildeo do sinal em dobrordquoLink gtgtgt

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Timor-Leste

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- Projecto de arquitectura de adaptaccedilatildeo do edifiacutecio da Biblioteca da Faculdade de Direito da Universi-dade de Satildeo PauloLink gtgtgt

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Dia 08 de Maio- Turismo de sauacutede e bem-estar precisa unir esfor-ccedilos para potenciar mercado- Renegociaccedilatildeo dos creacuteditos faz decrescer daccedilotildees- Sonae Sierra inaugura Londrina no Brasil- Gestatildeo energeacutetica em controlo integrado- Preccedilos mais baixos das casas atraem compra-dores a OdivelasLink gtgtgt

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Dia 28 de Maio- Rui Rio reclama 24 milhotildees ao Estado para manter SRULink gtgtgt

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III ndash Acircmbito Internacional

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A perda de interesse tal como eacute prevista no art 808ordm tem em vista os casos em que pela na-tureza da prestaccedilatildeo o retardamento no cumpri-mento destroacutei o objectivo do negoacutecio portanto para aleacutem da mora eacute necessaacuterio que haja perda da utilidade na prestaccedilatildeo por forma a que esta deixe de ter preacutestimo para o credor (hellip)Deve por isso improceder a pretensatildeo de con-denaccedilatildeo da reacute na restituiccedilatildeo do sinal em dobrordquoLink gtgtgt

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- Construccedilatildeo da sede do Grupo COSCO em Fujian DehuaLink gtgtgt

- Construccedilatildeo de uma rede de energia para a Cen-tral de Aquecimento da cidade de TielingLink gtgtgt

- Projecto de expansatildeo do Hospital Pediaacutetrico para crianccedilas e mulheres da cidade de AnshanLink gtgtgt

- Projecto de construccedilatildeo de 13 infra-estruturas de conservaccedilatildeo de aacuteguaLink gtgtgt

- Projecto de protecccedilatildeo de rio em Hemmu VillageLink gtgtgt

CONCURSOS PUacuteBLICOS

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Esta Aware conteacutem informaccedilatildeo e opiniotildees de caraacutecter geral natildeo substituindo o recurso a aconselhamento juriacutedico para a resoluccedilatildeo de casos concretos Para esclarecimentos adicionais contacte apdiabreuadvogadoscom Visite o nosso site wwwabreuadvogadoscom

copy ABREU ADVOGADOS Maio 2013

LISBOA PORTO MADEIRA

Av das Forccedilas Armadas 125 - 12ordm 1600-079 Lisboa Portugal Tel (+351) 21 723 1800Fax (+351) 21 7231899E-mail lisboaabreuadvogadoscom

Rua S Joatildeo de Brito 605 E - 4ordm4100-455 PortoTel (+351) 22 605 64 00Fax (+351) 22 600 18 16E-mail portoabreuadvogadoscom

Rua Dr Brito da Cacircmara 209000-039 FunchalTel (+351) 291 209 900Fax (+351) 291 209 920E-mail madeiraabreuadvogadoscom

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Lisboa | Porto | Funchal

ANGOLA (EM PARCERIA)

BRASIL (EM PARCERIA)

CHINA (EM PARCERIA)

MOCcedilAMBIQUE (EM PARCERIA)

TIMOR-LESTE (EM PARCERIA)

NOVIDADES DO MERCADO

I ndash IMOBILIAacuteRIOndash Jornal ldquoO Puacuteblicordquo

Dia 08 de Maio- Turismo de sauacutede e bem-estar precisa unir esfor-ccedilos para potenciar mercado- Renegociaccedilatildeo dos creacuteditos faz decrescer daccedilotildees- Sonae Sierra inaugura Londrina no Brasil- Gestatildeo energeacutetica em controlo integrado- Preccedilos mais baixos das casas atraem compra-dores a OdivelasLink gtgtgt

Dia 15 de Maio- Vendas de casas registaram ligeira subida em Marccedilo- Programa Casa Feliz apoia reabilitaccedilatildeo de casas em Vila Nova de FamalicatildeoLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Grandes centros comerciais vatildeo continuar a ser os mais atractivos- Investidores compram casa no Barreiro para colocar no arrendamento Link gtgtgt

II ndashOutras notiacutecias

Dia 15 de Maio- 14124 inquilinos alegam carecircncias financei-rasLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- Eacutevora Shopping comprado por fundo de inves-timento portuguecircsLink gtgtgt

Dia 28 de Maio- Rui Rio reclama 24 milhotildees ao Estado para manter SRULink gtgtgt

Dia 30 de Maio- Cacircmara de Gondomar isenta juros a inquilinos municipais com rendas em atrasoLink gtgtgt

- Fundo que deteacutem a Exponor seraacute a maior en-trada na Alternext em 2013Link gtgtgt

III ndash Acircmbito Internacional

Dia 10 de Maio- EU-bound Croatia craves investors but grags feet on reformsLink gtgtgt

Dia 14 de Maio- British Land puts European Property up for saleLink gtgtgt

Dia 16 de Maio-Qatar buys into Milan Porta Nuova property projectLink gtgtgt

- Blackstone courts bold tradesfor new fundLink gtgtgt

Dia 20 de Maio- European property market better than expectedLink gtgtgt

Dia 22 de Maio- Caisse de Depot Sells Europe Properties Amid laquoDark Nightraquo Link gtgtgt

Dia 28 de Maio- Morgan Stanley Gears Up for Property fundLink gtgtgt

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