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axa de mortalidade infantil - Curso Somar · 2016-03-06 · América e Ásia possuem taxa de 1,1% ao ano e a Oceania, ... de miséria e pobreza, mas sim as desigualdades sociais

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DEMOGRAFIA

A Demografia é uma área da ciência geográfica que

estuda a dinâmica populacional humana. Seu estudo

compreende as dimensões, estatísticas, estrutura e a

distribuição das diversas populações humanas, que não são

estáticas, variando devido

à natalidade, mortalidade, migrações e envelhecimento.

A Índia em pouco tempo terá uma população maior que a China.

População mundial

O número total da população do planeta já supera os 7

bilhões de habitantes e continua a crescer, tendo uma

projeção de atingir 10 bilhões de habitantes por volta do ano

de 2100.

A partir do final do século XVII e início do século

XVIII, o crescimento populacional no mundo se intensificou,

visto que antes desse período a expectativa de vida era muito

baixa, fato que elevava as taxas de mortalidade. A

industrialização somado a urbanização e as melhorias nas

condições alimentares, sanitárias e na medicina, elevaram

muito o crescimento da população mundial.

Em 1930, a Terra era habitada por cerca de 2 bilhões

de pessoas e, em 1960, esse número atingiu a marca de 3

bilhões, com média de crescimento populacional de 2% ao

ano. Durante a década de 1980, a população mundial

ultrapassou a marca de 5 bilhões de pessoas. Atualmente, a

taxa de crescimento populacional mundial, inferior a 1,2% ao

ano, e está declínio. Porém, a expectativa de vida está em

ascensão em virtude dos avanços na medicina, saneamento,

maiores preocupações com a saúde, entre outros fatores.

Sendo assim, o número de habitantes no mundo continuará

aumentando.

É importante ressaltar que o aumento populacional

ocorre de forma distinta em cada continente ou até mesmo

em cada país. A África, por exemplo, registra crescimento

populacional de 2,3% ao ano. A Europa, por sua vez,

apresenta taxa de 0,1% ao ano. América e Ásia possuem taxa

de 1,1% ao ano e a Oceania, 1,3% ao ano.

População absoluta: É o número total de habitantes de um

lugar (país, cidade etc.). Quando um determinado lugar

possui um grande número de habitantes, dizemos que é

populoso ou de grande população absoluta; e quando possui

um pequeno número de habitantes, dizemos que é não-

populoso.

População relativa ou densidade demográfica: é o número

de habitantes por km2. Para obtê-la basta dividir a população

absoluta pela área. Países com elevada densidade

demográfica são denominados de densamente povoados.

Taxa de natalidade: é a percentagem de nascimentos

ocorridos em uma população, em determinado período.

Taxa de mortalidade é um índice demográfico obtido pela

relação entre o número de mortos de uma população em um

determinado espaço de tempo, normalmente um ano. A taxa é

representada como o número de óbitos por cada 1000 hab.

Taxa de mortalidade infantil: é o número de crianças que

morrem no primeiro ano de vida, por cada mil crianças

nascidas, durante o período de um ano em uma região.

Taxa de fecundidade: é uma estimativa do número médio de

filhos que uma mulher teria até o fim de seu período

reprodutivo, ou seja, de 15 a 49 anos, de acordo com o IBGE.

Crescimento vegetativo ou natural: é a diferença entre

a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade um determinado

local ou país, geralmente expressa em porcentagem.

Expectativa de vida ou taxa de longevidade: é um dado

estatístico que procura estimar por quanto tempo se espera

que as pessoas em um determinado lugar vivam. Essa taxa é

calculada com base nas condições de vida e saúde da

população, bem como o número de acidentes, doenças e taxas

de mortalidade.

TEORIAS DEMOGRÁFICAS A primeira entre as teorias demográficas, ou a mais

conhecida dentre elas, foi elaborada por Thomas Robert

Malthus, um pastor protestante e economista inglês que, em

1798, publicou uma obra chamada Ensaio sobre o princípio

da população. Na época a Inglaterra havia iniciado o

processo de Revolução Industrial, o que contribuiu para um

rápido crescimento das populações das cidades

industrializadas. O número de habitantes dobrava em

algumas dezenas de anos, o que, somado aos baixos salários e

às precárias condições de trabalho e moradia, contribuía para

o aumento da miséria e da pobreza nos centros urbanos

europeus. Diante disso, Malthus, em sua teoria demográfica,

considerou que os problemas sociais estavam relacionados

com o excesso de população. Além disso, Malthus previu que

a população tendia a crescer ainda mais rapidamente do que

outrora, o que o fez concluir que o crescimento demográfico

seria superior ao ritmo de produção de alimentos.

A teoria malthusiana preconizava que o número de

pessoas aumentava conforme uma progressão geométrica (2,4,8,16, 32…), enquanto a produção de alimentos e bens

de consumo crescia conforme uma progressão aritmética,

portanto, mais lenta (2, 4, 6, 8, 10…). Assim, para evitar a

ocorrência de grandes tragédias sociais, Malthus defendia o

“controle moral” da população. Dessa forma, os casais só

deveriam ter filhos se tivessem condições para sustentá-los.

As refutações à teoria malthusiana no contexto das

teorias demográficas não tardaram em aparecer. A principal

delas atribui-se às derivações do pensamento de Karl Marx e

recebeu o nome de teoria reformista ou marxista. Para esta,

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não era o excesso populacional o responsável pelas condições

de miséria e pobreza, mas sim as desigualdades sociais e a

concentração de renda.

Com o tempo, ficou claro que Malthus errou por

subestimar a capacidade de produção de alimentos. Apesar do

acelerado crescimento populacional que ocorreu na Europa

até a década de 1970, a produção de alimentos foi superior

em razão das sucessivas transformações tecnológicas.

Após a Segunda Guerra Mundial, o pensamento de

Malthus foi retomado, com a teoria neomalthusiana. No

pós-guerra, houve um rápido crescimento da população, o

que foi chamado de explosão demográfica ou baby boom,

um período em que o número de nascimentos foi muito

superior ao número de mortes. Os neomalthusianos

afirmaram que era necessário estabelecer um controle do

crescimento populacional, com o uso de métodos

contraceptivos. O neomalthusianismo foi amplamente

adotado como política de governo por parte de inúmeros

países, incluindo o Brasil, que passaram a estabelecer

políticas de controle sobre o aumento de seus habitantes.

Outra teoria que surgiu no século XX foi a teoria da

transição demográfica, a qual afirma que as populações

tendem a crescer à medida que as condições sociais

melhoram e o número de mortes diminui, elevando o

crescimento vegetativo. No entanto, as melhorias sociais

também ocasionam uma maior consciência da população, que

passa a adotar em maior escala o planejamento familiar,

diminuindo a taxa de natalidade. Por esse motivo, a transição

demográfica demonstra que, com o tempo, as populações que

crescem em um período, mas se estabilizam posteriormente, à

medida que as sociedades modernizam-se.

Atualmente, na Europa e em muitos países

desenvolvidos, o problema é justamente o contrário do

imaginado por Malthus, ou seja, o baixo crescimento

vegetativo. Com uma taxa de natalidade baixa e uma

expectativa de vida longa, as populações tendem a

envelhecer, sobrecarregando a chamada População

Economicamente Ativa (PEA), responsável pelo trabalho e

pelos processos produtivos, além de manter as contas

previdenciárias. Países como a Alemanha e a França já

adotam políticas de incentivo aos nascimentos, com

financiamento de educação para o segundo filho e oferta de

bolsas remuneradas aos seus pais.

(UEPG) Com relação a teorias demográficas e evolução do

crescimento demográfico, analise os itens.

01) Desde os primórdios da humanidade até o final do

século XIX, o crescimento da população teve baixo

índice, pois se caracterizava por altas taxas de

natalidade e também de mortalidade, sendo que isso

ocorre ainda em alguns países nos dias atuais.

02) A fase do crescimento rápido da população ocorre

quando as taxas de natalidade são elevadas e as

taxas de mortalidade são baixas, o que tem ocorrido,

atualmente, em alguns países subdesenvolvidos.

04) Os chamados neomalthusianos defendiam teorias

demográficas marxistas e consideravam a própria

miséria responsável pelo acelerado crescimento

populacional, enquanto os chamados reformistas

defendiam a ideia de que é o acelerado crescimento

populacional que leva à situação de miséria dos

países subdesenvolvidos.

08) A tendência de equilíbrio da população mundial

ocorre na medida em que diminuem as taxas de

mortalidade e de natalidade deixando assim de ter

um crescimento acentuado.

16) Baixíssimo crescimento populacional ocorre quando

as taxas de natalidade e de mortalidade são muito

baixas, sendo que muitos países desenvolvidos

encontram-se nessa fase, com taxas de crescimento

geralmente inferiores a 1%, ou até em estágio de

estagnação com taxas nulas, e até negativas.

2- A respeito dos principais indicadores demográficos aponte

a afirmação falsa.

a) População absoluta é o somatório de todos os

habitantes de um lugar.

b) População relativa e densidade demográfica são o

mesmo indicador demográfico.

c) A longevidade de um lugar é a esperança de vida que

uma pessoa tem ao nascer.

d) A taxa de natalidade é calculada a partir do número

de nascidos de um lugar.

e) As taxas de mortalidade infantil são calculadas pelo

número de crianças que morrem antes de chegar a

adolescência.

3- Quando falamos que um lugar é ________________,

estamos dizendo que sua população total é muito grande. Ao

dizer que um local está _________________, significa que a

disponibilidade de recursos, ou a sua distribuição, não é

suficiente para atender satisfatoriamente o contingente

populacional que ali vive. E, por fim, quando um lugar é

____________________, significa que há uma grande

quantidade de pessoas por km².

A alternativa que completa corretamente as lacunas acima é:

a) superpovoado – precarizado – massificado;

b) populoso – superpovoado – super-habitado;

c) densamente povoado – precarizado – populoso;

d) superpovoado – precarizado – super-habitado;

e) populoso – precarizado – densamente povoado.

4- [...] Tendo 1,6 milhão de árabes israelenses dentro de seu

próprio território e ainda controlando desde 1967 parte

considerável da Cisjordânia, Israel acabaria tendo, num dia

não muito distante, uma população árabe maior do que a

judaica, devido ao alto índice de natalidade entre os

palestinos, comparado aos israelenses. Pois bem, a “bomba

demográfica” virou miragem, segundo dados divulgados

pelo Bureau Central de Estatísticas de Israel sobre a

composição da população em Israel e na Cisjordânia. Por

fatores ainda não devidamente explicados, e talvez ligados,

conscientemente ou não, ao constante temor de ver o país

varrido do mapa por regimes muçulmanos radicais, o índice

de natalidade dos israelenses subiu gradativamente ano a

ano até atingir a atual e alta média de 3 filhos por casal,

praticamente idêntico ao dos palestinos da Cisjordânia – 3,1

filhos por casal [...]. SETTi, Ricardo. “Bomba demográfica” árabe deixa de existir em Israel.

Disponível em: veja.abril.com.br

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O governo israelense vem constantemente se preocupando

em elevar o número de habitantes do país para que, com um

quantitativo populacional maior, consiga maior pressão

internacional para avançar sobre o território palestino. De

acordo com a leitura do texto, podemos observar que a

principal estratégia adotada para aumentar o número de

habitantes é:

a) intensificar as taxas de imigração;

b) diminuir as taxas de mortalidade infantil;

c) melhorar a expectativa de vida;

d) elevar o crescimento vegetativo;

e) esterilizar os casais árabes.

ESTRUTURA POPULACIONAL E PIRÂMIDE

ETÁRIA

A estrutura da população deve ser analisada

considerando sua distribuição por gênero (sexo), número,

idade, renda, educação, saúde e outros indicadores que

expressam os aspectos quantitativos e qualitativos da

organização social importantes para as ações de

planejamento, tanto governamental quanto privado.

PIRÂMIDE ETÁRIA

A pirâmide etária é um gráfico que expressa o

número de habitantes e sua distribuição por gênero e faixa

etária. Pode retratar dados da população mundial, de um país,

um estado, uma cidade, etc. Sua simples visualização nos

permite tirar algumas conclusões referentes à taxa de

natalidade e a expectativa de vida da população.

Pirâmides que apresentam um aspecto triangular

com a base larga, quer dizer que a população jovem no

conjunto da população é alta, assim como a sua taxa de

natalidade; o topo estreito indica uma pequena participação

da população idosa, portanto, uma baixa expectativa de vida.

Esse tipo de pirâmide etária é característica dos países

subdesenvolvidos e pobres.

Já se a pirâmide não apresentar grande diferença da

base ao topo, podemos concluir que a população apresenta

baixa taxa de natalidade e alta expectativa de vida, com uma

população adulta predominante. Isso são características de

países desenvolvidos e de alguns países emergentes.

No exemplo acima: a África mostra um exemplo de pirâmide

etária de locais subdesenvolvidos; já a Europa representa um

exemplo de locais desenvolvidos.

No Brasil, o aumento da expectativa de vida da

população, acompanhado da queda das taxas de natalidade e

mortalidade, vem promovendo uma mudança na pirâmide

etária brasileira. Está ocorrendo um significativo

estreitamento em sua base, que corresponde aos jovens e, um

alargamento do meio para o topo, por causa do aumento da

participação percentual da população de adultos e idosos.

Quanto à distribuição da população brasileira por

gênero, a população feminina é ligeiramente maior, pois as

mulheres tem maior expectativa de vida, além disso, as

mortes violentas vitimam mais homens jovens. Segundo o

IBGE a população de homens no Brasil corresponde a 48,6%

do total da população; e das mulheres, 51,4%.

POPULAÇÃO E ATIVIDADES ECONÔMICAS

PIB: Produto Interno Bruto – representa a somatória de todos

os bens e serviços produzidos num espaço de tempo dentro

de um país.

PNB: Produto Nacional Bruto – corresponde a todos os bens

e serviços produzidos com os recursos de um país,

empregados dentro e fora dele, incluindo assim os resultados

obtidos no exterior, descontados as remessas de lucros de

capital estrangeiro dentro do território nacional.

Desemprego Conjuntural: é gerado por crises econômicas,

sendo assim é uma forma de desemprego temporária.

Desemprego Estrutural: é gerado por novas tecnologias ou

sistemas de produção que substituem a mão de obra por

máquinas, assim é uma forma de desemprego permanente.

PEA: População Economicamente Ativa – é um conceito

elaborado para designar a população que está inserida no

mercado de trabalho.

SETORES ECONÔMICOS

-Primário: agropecuária, extrativismo e silvicultura

-Secundário: indústria e construção civil

-Terciário: comércio e prestação de serviços

Tradicionalmente, é comum classificar as atividades

secundárias e terciárias como urbanas; e as atividades

primárias como rurais. Hoje, em dia, porém, devido à

modernização dos sistemas de transportes e comunicações,

ampliaram-se as possibilidades de industrialização e a oferta

de serviços no campo. Por exemplo, nas modernas

agroindústrias localizadas na zona rural, as atividades

industriais e de serviços empregam mais pessoas do que as

atividades agrícolas, mudando de certa forma essa concepção

tradicional.

No setor industrial (secundário) o processo de

automação nas linhas de montagem e produtiva tem elevados

índices de robotização, reduzindo o numero de operários,

gerando desemprego estrutural nesse setor. Já as atividades

administrativas, jurídicas, de publicidade, vendas,

alimentação, segurança, limpeza e vários outros empregam

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um número crescente de trabalhadores. Assim, a maioria dos

empregados das indústrias de ponta migraram para o setor

terciário, ocupando atividades no comércio ou em serviços.

A PEA de um país indica de certa forma o seu nível

de desenvolvimento. Os países desenvolvidos possui a maior

parte da sua PEA no setor terciário, principalmente o de

serviços. Já os países mais atrasados e pobres tem maior

participação da sua população economicamente ativa no setor

primário.

PAÍS PEA –

SETOR

PRIMÁRIO

PEA – SETOR

SECUNDÁRIO

PEA – SETOR

TERCIÁRIO

Alemanha 2,4% 29,7% 67,8%

China 43,0% 25,0% 32,0%

EUA 1,2% 19,2% 79,6%

Inglaterra 1,4% 18,2% 80,4%

Índia 60,0% 12,0% 28,0%

Uganda 82,0% 5,0% 13,0%

Com relação à PEA do Brasil, os números mostram

que embora a modernização e a mecanização do campo

tenham aumentado, o setor primário ocupa muita mão de

obra, principalmente nas regiões mais pobres onde

predominam as atividades tradicionais. O setor secundário

brasileiro absorve 22,6% da PEA, valor comparável a de

países desenvolvidos. Já as atividades terciárias apresentam

mais problemas, por englobar os maiores níveis de

subemprego. No Brasil 59,7% da PEA exercem atividades

terciárias. No entanto, na maioria das vezes, essas pessoas

estão apenas em busca de sobrevivência, de complementação

da renda familiar, em atividades informais.

Quanto à composição da PEA por gênero, nota-se

no Brasil certa desproporção: 42,4% dos trabalhadores são do

sexo feminino. Nos países desenvolvidos a participação é

mais igualitária, com índices próximos a 50%. Mesmo assim,

referente às décadas passadas, houve um grande crescimento

da participação da mulher no mercado de trabalho, graças

conquistas dos movimentos feministas das décadas e 1970 e

1980, que passaram a reivindicar igualdade de gênero.

IDH É o índice que mede a qualidade de vida de uma

população. Foi criado pela ONU levando em contra três

variáveis (longevidade, educação e renda). O IDH é medido

de 0 a 1; quanto mais próximo do 1 melhor é a qualidade de

vida.

Países com melhores IDH

Os países que possui IDH acima

de 0,800 são considerados muito

elevados; a partir de 0,700 é

elevado; a partir de 0,500 é

médio e, inferior a isso é

considerado como baixo

desenvolvimento humano.

O Brasil apesar de ser

considerado como elevado ocupa

a 84º, com um IDH de 0,730.

Considerando que o Brasil

possui um dos dez maiores PIBs

do mundo, o IDH brasileiro

deixa muito a desejar, lembrando que a distribuição de renda

do nosso país é uma das mais desiguais do planeta, sendo a

variável que mais compromete nosso IDH. Por outro lado,

duas variáveis contribuíram para a elevação do IDH

brasileiro: a expectativa de vida que em 1975 era de 59,5

anos passou para 72,02 anos atualmente. Os índices de

analfabetismo também baixaram sensivelmente, na década de

1980 ele girava em torno dos 17%; hoje ele chega a 10% da

população, o que ainda é considerado alto. Apesar do número

de analfabetos ter diminuído a educação no Brasil ainda peca

pela média de estudo, apenas 15,6% da população apresenta

mais do que 11 anos de estudo; a grande maioria, 48,9%

estudo no máximo entre 5 a 11 anos (o que correspondo no

máximo à conclusão do ensino médio, aos que chegam há 11

anos de estudo); e 33,1% estudam no máximo de 1 a 4 anos,

o que hoje não conclui nem o ensino fundamental séries

iniciais.

1- (UNICENTRO) Com base na evolução da pirâmide etária

no Brasil em 1960, 2000 e 2010 e nos conhecimentos sobre

dinâmica populacional, considere as afirmativas a seguir.

( ) A transição demográfica brasileira está se concretizando

na atualidade devido às altas taxas de natalidade e de

fecundidade da população.

( ) A pirâmide de 1960 apresenta um aspecto triangular,

indicando que o percentual de jovens no conjunto da

população era alto nessa década.

( ) O envelhecimento de uma população representa a

diminuição proporcional da população mais jovem do país,

por isso, na pirâmide de 2010, a diferença da base para o topo

foi reduzida.

( ) Os dados revelam a necessidade de maior investimento

das políticas públicas nos setores da previdência e da saúde

pública voltados para a terceira idade.

2-(UERJ) A taxa de dependência total corresponde ao

percentual do conjunto da população jovem (menores de 15

anos) e idosa (com 60 anos ou mais) em relação à população

total. Ela expressa a proporção da população sustentada pela

população economicamente ativa.

A manutenção da tendência apresentada no gráfico pode

favorecer o seguinte impacto sobre as despesas

governamentais nas próximas duas décadas:

a) redução do déficit da previdência social

b) diminuição das verbas para a rede de saúde

c) elevação dos investimentos na educação infantil

País IDH

Noruega 0,955

Austrália 0,938

EUA 0,937

Holanda 0,921

Alemanha 0,920

N. Zelândia 0,919

Irlanda 0,916

Suécia 0,913

Suíça 0,912

Japão 0,911

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d) ampliação dos recursos com seguro-desemprego

3-(FEI) De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada), a população de idosos no Brasil

chegará a 20 milhões até 2030, o dobro da população atual.

Além disso, o Brasil será o quarto país com maior

crescimento no número de idosos até 2030, perdendo apenas

para a China, Índia e

Estados Unidos. Os motivos para o crescimento da população

idosa podem ser atribuídos:

a) ao aumento da População Economicamente Ativa (PEA).

b) ao aumento da taxa de natalidade e à redução da taxa de

mortalidade.

c) à queda da taxa de natalidade e ao aumento da expectativa

de vida.

d) à melhora da qualidade de vida no país e ao alargamento

da base da pirâmide etária brasileira.

e) ao aumento da taxa de fecundidade e à redução da

mortalidade infantil.

4- O IDH é usado pelo Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento (Pnud) para avaliar a qualidade de vida e o

desenvolvimento de um país. Ele combina a renda per capita

do país e indicadores em saúde e educação.

Além da renda per capita do país, quais são os outros critérios

levados em conta na avaliação do IDH?

a) Mortalidade infantil, número de hospitais e número de

analfabetos.

b) Criminalidade, número de crianças matriculadas em

escolas e acesso à energia elétrica.

c) Número de casas com esgoto, número de analfabetos e

número de anos que se espera que as crianças permaneçam na

escola.

d) Expectativa de vida, média de escolaridade dos adultos e

número de anos que se espera que as crianças permaneçam na

escola.

MOVIMENTOS POPULACIONAIS

MIGRAÇÃO Trata-se do deslocamento ou movimento do

indivíduo ou de sociedades humanas de um lugar para outro.

Qualquer mobilidade espacial envolve duas áreas, de

um lado se configura a saída (emigração) e do outro, o

movimento de entrada (imigração).

O movimento migratório pode ser provocado por

diferentes fatores, podendo estes serem de atração ou

de repulsão.

MOTIVOS POSSÍVEIS DE SAÍDA (REPULSÃO)

- Guerras ou conflitos armados;

- Condições climáticas rigorosas;

- Perseguições políticas, religiosas ou étnicas;

-Desastres naturais (cheias, secas, incêndios naturais,

terremotos, erupções vulcânicas etc.);

-Desastres de origem antrópica (acidente nuclear,

contaminação ambiental de grandes proporções e

comprometimento da qualidade de vida etc.);

- Epidemias;

- Estagnação econômica.

MOTIVOS POSSÍVEIS DE ENTRADA (ATRAÇÃO)

- Maior oferta de emprego em determinados lugares;

- Tolerância política, ideológica, religiosa ou racial;

- Dinamismo econômico;

- Melhores condições de vida;

- Programa ou Política governamental, estimulando a

imigração.

Em consequência da Globalização, hoje, as migrações

se caracterizam mais pelo fator econômico, incluindo aí,

todos os aspectos relacionados a este, tais como oferta de

emprego, melhores condições de vida, salários atrativos,

ofertas de cursos para aprimoramento e/ou aperfeiçoamento

profissional.

Em razão disso, até hoje se mantiveram e

ampliaram-se os fluxos de pessoas dos países

subdesenvolvidos (pobres) para os países desenvolvidos

(ricos).

Em relação às ÁREAS DE DESLOCAMENTO, as

migrações podem ser:

INTERNAS OU NACIONAIS: quando o deslocamento do

indivíduo é realizado entre cidades, estados ou regiões no

âmbito de seu próprio país.

Estas se subdividem em:

-Migração inter-regional: quando se realiza de uma

região para outra. Exemplo: Migração de nordestinos para a

região Sudeste;

-Migração intra-regional: quando se realiza dentro

da mesma região. Exemplo: êxodo rural.

EXTERNAS OU INTERNACIONAIS: quando o

deslocamento do indivíduo é realizado entre

países. Exemplo: Migração de brasileiros para os EUA, Itália

ou Espanha.

As migrações podem ocorrer sob as

seguintes CIRCUNSTÂNCIAS:

-MIGRAÇÃO ESPONTÂNEA: quando ela se dá por livre

escolha do próprio migrante;

-MIGRAÇÃO FORÇADA: quando o indivíduo é obrigado,

forçado a migrar, de acordo com o interesse de terceiros.

Exemplo: o negro africano por ocasião do tráfico de escravos.

-MIGRAÇÃO PLANEJADA: quando ela se dá de forma a

cumprir um determinado objetivo.

-MIGRAÇÃO CONTROLADA: quando sua iniciativa faz

parte da política ou do programa de governo, cabendo a este

regular o fluxo de pessoas tanto para fora (emigrantes) quanto

para dentro de suas fronteiras (imigrantes). A migração

controlada se subdivide em:

- Restringida: quando o governo impõe restrições,

dificultando a imigração. Exemplo: a política atual de

imigração dos EUA e de muitos países europeus.

- Estimulada: quando o governo possibilita o fluxo de

migrantes tanto interno quanto externamente (entrada de

estrangeiros). Exemplo: Política brasileira de imigração para

as fazendas de café em nosso território.

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Quanto ao TEMPO DE PERMANÊNCIA do migrante, a

Migração pode ser:

-DEFINITIVA: quando a opção de não voltar é do próprio

sujeito ou, por algum motivo, este não mais retorne ao seu

lugar de origem.

-TEMPORÁRIA: quando há intenção de retorno, isto é, a

migração se dá por um tempo determinado. Exemplos:

Turistas em férias; indivíduos que vão estudar em outro país

por um período de tempo etc.

As migrações temporárias se subdividem em:

- Pendular: corresponde ao deslocamento diário, ou

seja, aquele que é realizado em um período de tempo curto.

Exemplo: Estudantes que estudam, todos os dias, em outro

município ou indivíduos que trabalham, diariamente, em

outra cidade, regressando para casa ao final da tarde ou da

noite.

Por muitos anos, a dinâmica econômica entre as

cidades se mantiveram na relação entre as chamadas áreas

periféricas (local de moradia da maior parte dos

trabalhadores) e as ditas áreas centrais ou metropolitanas

(local do trabalho).

A capacidade de atração destas últimas acabavam

determinando um movimento a grandes distâncias, diários,

entre a casa e o trabalho. E, em consequência disso, as

cidades de moradia dos trabalhadores passaram a ser

concebidas como cidades-dormitórios.

- Transumância: corresponde à migração periódica

(sazonal), que compreende um período de tempo maior,

relacionada às estações do ano. Exemplo: O migrante sai de

um determinado espaço por ocasião de uma estação do ano,

como o inverno – por exemplo – e posteriormente retorna,

quando do início da primavera, quando a temperatura já está

mais elevada. Outro exemplo, por questões da época da

colheita, muitos trabalhadores rurais migram para as áreas de

produção e só retornam após finalizarem os trabalhos.

TIPOS DE MIGRAÇÕES INTERNAS -Êxodo Rural: trata-se do deslocamento das populações

rurais para os centros urbanos. O êxodo rural está diretamente

ligado ao processo de urbanização e ele tende a ser definitivo.

-Nomadismo: este tipo de migração se caracteriza pelo

deslocamento constante de populações em busca de

alimentos, abrigo etc. Além de ter sido o caso típico das

sociedades primitivas (coletores, caçadores e pescadores pré-

históricos), hoje, os ciganos e alguns povos pré-industriais se

configuram como povos nômades.

MIGRAÇÕES BRASILEIRAS

No Brasil, os aspectos econômicos sempre

impulsionaram as migrações internas. Durante os séculos

XVII e XVIII, a intensa busca por metais preciosos

desencadeou grandes fluxos migratórios com destino a Goiás,

Mato Grosso e, principalmente, Minas Gerais. Em seguida, a

expansão do café nas cidades do interior paulista atraiu

milhares de migrantes, em especial mineiros e nordestinos.

No século XX, o modelo de produção capitalista criou

espaços privilegiados para a instalação de indústrias no

território brasileiro, fato que promoveu a centralização das

atividades industriais na Região Sudeste. Como consequência

desse processo, milhares de brasileiros de todas as regiões se

deslocaram para as cidades do Sudeste.

Outra consequência do atual modelo de produção é a

migração da população rural para as cidades, fenômeno

denominado êxodo rural. Essa modalidade de migração se

intensificou nas últimas cinco décadas, pois as políticas

econômicas favorecem os grandes latifundiários

(empréstimos bancários), além da mecanização das atividades

agrícolas em substituição da mão de obra.

A Região Sudeste que, historicamente, recebeu o

maior número de migrantes, tem apresentado declínio na

migração, consequência da estagnação econômica e do

aumento do desemprego na região. Nesse sentido, ocorreu

uma mudança no cenário nacional dos fluxos migratórios,

onde a Região Centro-Oeste passou a ser o principal

destino.

As políticas públicas de ocupação e

desenvolvimento econômico da porção oeste do território

brasileiro intensificaram a migração para o Centro-Oeste.

Entre as principais medidas para esse processo estão:

construção de Goiânia, construção de Brasília, expansão da

fronteira agrícola e investimentos em infraestrutura. O

reflexo dessa política é que 30% da população do Centro-

Oeste são oriundas de outras regiões do Brasil, conforme

dados de 2008 divulgados pela Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios (Pnad).

Outro aspecto das migrações internas no Brasil é que

os fluxos são mais comuns dentro dos próprios estados ou

regiões de origem do migrante. Esse fato se deve à

descentralização da atividade industrial no país, antes

concentrada na Região Sudeste e em Regiões Metropolitanas.

Êxodo rural, modalidade de migração muito comum no Brasil

1-(UFRN) “O Ministério da Justiça brasileira, entre 2009 e o

primeiro semestre de 2011, regularizou a permanência no

Brasil de 18.004 bolivianos. De acordo com as estatísticas, os

bolivianos são a comunidade estrangeira que mais cresce em

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São Paulo, e a principal motivação para esse deslocamento é

a busca por emprego”.

Nesse contexto, o deslocamento feito pelos bolivianos

a) coloca-os na condição de imigrantes em território

brasileiro.

b) corresponde a um processo de migração pendular.

c) classifica-os como emigrantes no espaço brasileiro.

d) configura um processo de migração sazonal.

2-(FURG) As migrações são movimentos de grupos

populacionais de um lugar para outro, e possuem caráter

variado em duração, em distâncias percorridas e em objetivos

dos migrantes. Com referência aos movimentos migratórios e

imigratórios no Brasil, é INCORRETO afirmar que:

a) Nas décadas de sessenta e setenta, houve fluxos

migratórios significativos de sulistas em direção ao Centro-

Oeste e Norte do país.

b) O período mais intenso da imigração alemã ocorreu entre

1849 e 1872, instalando-se principalmente nos estados do Rio

Grande do Sul e Santa Catarina.

c) Os italianos formaram o grupo mais expressivo

numericamente e destacaram-se nas plantações de café do

Sudeste e na produção vinícola do Rio Grande do Sul.

d) Na década de quarenta, grandes contingentes

populacionais se dirigiram do Norte para o Nordeste, em

busca de emprego nas áreas urbanas do litoral nordestino.

e) A lavoura de cana-de-açúcar na Região Sudeste atraía, até

a modernização desta cultura agrícola, o maior contingente de

trabalhadores temporários oriundos do Nordeste brasileiro.

3-(UNICENTRO) Leia o texto a seguir.

Um fenômeno urbano, visto especialmente nas grandes

cidades. Esse processo ocorre na medida em que milhões de

pessoas que compõem o PEA deixam suas residências antes

do horário comercial para chegar ao trabalho e, no final da

tarde, ou do expediente, voltam para casa. Esse processo

significa simples fluxos populacionais que não configuram

propriamente como migração, isso porque não se trata de

uma transferência definitiva e sim momentânea. Existem

vários casos que se enquadram. Entre eles está o fluxo de

boias-frias que residem geralmente na cidade e se deslocam

até o campo onde desenvolvem suas atividades, de pessoas

que moram em uma determinada cidade e trabalham em

outra, além de viagens de final de semana, feriados e férias.

Decorrente desse fenômeno, ocorre nos grandes centros

urbanos a hora de rush, que são determinados horários do dia

nos quais os trabalhadores se aglomeram no trajeto tanto para

chegar ao trabalho como para regressar a casa. Outro tipo de

fluxo é o commuting, pessoas que moram em um

determinado país e se deslocam para outro para trabalhar ou

procurar uma ocupação.

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o tipo de

migração descrita no texto.

a) Êxodo rural.

b) Migração espontânea.

c) Migração pendular.

d) Migração inter-regional.

e) Migração intrarregional.

Urbanização A urbanização é quando o crescimento das cidades é

maior que o crescimento do campo. O seu principal vetor é a

industrialização.

Urbanização é o crescimento das cidades, tanto em

população quanto em extensão territorial. É o processo em

que o espaço rural transforma-se em espaço urbano, com a

consequente migração populacional do tipo campo-cidade, o

êxodo rural.

Em termos de área territorial, no mundo atual, o

espaço rural é bem mais amplo do que o espaço urbano. Isso

ocorre porque o primeiro exige um maior espaço para as

práticas nele desenvolvidas, como a agropecuária (espaço

agrário), o extrativismo mineral e vegetal, além da

delimitação de áreas de preservação ambiental e florestas em

geral. No entanto, em termos populacionais e em atividades

produtivas no contexto econômico e capitalista, a cidade,

atualmente, vem se sobrepondo ao campo. Observe o gráfico

abaixo:

Podemos perceber, com a leitura do gráfico, que,

pela primeira vez na história, a humanidade está se tornando

majoritariamente urbana. Os dados após 2010 são apenas

estimativas, mas revelam que a tendência desse processo é se

intensificar nas décadas subsequentes. Note também,

observando o gráfico, que a velocidade com que a

urbanização acontece é cada vez maior, deixando a curva que

representa a população urbana cada vez mais acentuada.

Histórico

As cidades mais antigas teriam surgido a cerca de

seis mil anos, ao logo dos vales dos rios Tigres e Eufrates,

Nilo e Indo. Nessa época, as cidades já possuíam certa

importância política, econômica e social, porém, só será a

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partir do século XVIII que o processo de urbanização terá

início.

Por volta de 1800, apenas 3% da população

encontrava-se na área urbana. Mas a partir da 1ª Revolução

Industrial o deslocamento da população do campo para as

cidades em busca de emprego aumentou. Funcionavam como

fatores de repulsão da área rural: baixos salários agrícolas,

concentração fundiária e mecanização do campo.

Em meados do século XIX, durante a 2ª Revolução

Industrial, cerca de 15% da população mundial já se

encontrava vivendo em cidades. Nos centros urbanos os

fatores de atração não se resumiam ao processo de

industrialização, mas também a expansão do setor de

serviços.

O que mudou no processo de urbanização

capitalista, é que o campo é quem passa a ser dependente da

cidade, pois é nela que as lógicas econômico-sociais que

estruturam o meio rural são definidas.

Resumidamente, o processo de urbanização ocorre

em quatro principais etapas, sofrendo algumas poucas

variações nos diferentes pontos do planeta:

Esquema simplificado sobre o processo de urbanização na era capitalista

Em geral, o que se observa, portanto, é a

industrialização funcionando como um motor para a

urbanização das sociedades (1ª ponto do esquema acima). Em

seguida, ampliam-se as divisões econômicas e produtivas,

com o campo produzindo matérias-primas, e as cidades

produzindo mercadorias industrializadas e realizando

atividades características do setor terciário (2º ponto). Esse

processo é acompanhado por um elevado êxodo rural, com a

formação de grandes metrópoles e, em alguns casos, até de

megacidades, com populações que superam os 10 milhões de

habitantes (3º ponto). Por fim, estrutura-se a

chamada hierarquia urbana, que vai desde as pequenas e

médias cidades às grandes metrópoles.

Outra ressalva importante é a de que tal sequência

não acontece de forma igualitária em todo o mundo. Nos

países pioneiros no processo de urbanização, ela ocorre de

forma mais lenta e gradativa, enquanto nos países de

industrialização tardia, tal processo manifesta-se de forma

mais acelerada, o que gera maiores problemas estruturais.

PAÍSES DESENVOLVIDOS E SUBDESENVOLVIDOS

O processo de urbanização dos países desenvolvidos

e subdesenvolvidos apresenta diferenças significativas e que

estão diretamente relacionadas ao processo de

industrialização.

Nos países desenvolvidos, o processo de

industrialização passou por diferentes etapas (1ª, 2ª e 3ª

Revoluções Industriais), e foi evoluindo gradativamente.

Consequentemente, o processo de urbanização acompanhou

esse ritmo de desenvolvimento, fazendo com que milhares de

pessoas fossem migrando para as cidades ao longo de todo

esse processo. Portanto, podemos concluir que a urbanização

nos países desenvolvidos ocorreu de maneira lenta e

gradativa, assim como a industrialização, contribuindo para a

criação de infraestruturas urbanas.

Já nos países subdesenvolvidos, a urbanização

também acompanhou o ritmo da industrialização, porém

como esse processo ocorreu em um curto espaço de tempo,

foi possível perceber que a urbanização ocorreu de maneira

rápida e desordenada. Sendo assim, as cidades que ao

receberem grandes fluxos migratórios, não se encontravam

preparadas para o rápido crescimento urbano, o que causou a

formação de espaços segregados. As favelas são uma

característica marcante desses espaços, onde se observa a

reduzida oferta de água encanada, rede de esgoto e

pavimentação de vias. Outros problemas encontrados nas

cidades dos países subdesenvolvidos são: os elevados índices

de desemprego; aumento da violência urbana e da economia

informal.

1-(FGV-SP) A urbanização - o aumento da parcela urbana na

população total - é inevitável e pode ser positiva. A atual

concentração da pobreza, o crescimento das favelas e a

ruptura social nas cidades compõem, de fato, um quadro

ameaçador. Contudo, nenhum país na era industrial

conseguiu atingir um crescimento econômico significativo

sem a urbanização. As cidades concentram a pobreza, mas

também representam a melhor oportunidade de se escapar

dela.

Situação da População Mundial 2007: desencadeando o potencial de

crescimento urbano. Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA),

2007

Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação coerente

com os argumentos do texto:

a) No mundo contemporâneo, os governos devem substituir

políticas públicas voltadas ao meio rural por políticas

destinadas ao meio urbano.

b) A urbanização só terá efeitos positivos nas economias mais

pobres se for controlada pelos governos, por meio de

políticas de restrição ao êxodo rural.

c) A concentração populacional em grandes cidades é uma

das principais causas da disseminação da pobreza nas

sociedades contemporâneas.

d) Nos países mais pobres, o processo de urbanização é

responsável pelo aprofundamento do ciclo vicioso da

exclusão econômica e social.

e) Os benefícios da urbanização não são automáticos, pois há

necessidade da contribuição das políticas públicas para que

eles se realizem.

2-(UNICAMP) A metrópole industrial do passado integrava

no espaço urbano diversos processos produtivos, ocorrendo

uma concentração espacial das plantas de fábrica, da

infraestrutura e dos trabalhadores. Na metrópole

contemporânea predomina uma dispersão territorial das

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atividades econômicas e da força de trabalho. Nesta, a

produção fabril tende a se instalar na periferia ou nos

arredores do perímetro urbano, enquanto as atividades

associadas ao poder financeiro, político e econômico

concentram-se na área urbana mais adensada.

Como principal característica da metrópole contemporânea,

destaca-se:

a) a concentração da atividade industrial e das funções

administrativas das empresas no mesmo local.

b) o aumento da densidade demográfica nas áreas do antigo

centro histórico da metrópole.

c) a concentração do poder decisório da administração

pública e das empresas em uma única área da metrópole.

d) a diversificação das atividades comerciais e de serviços na

área do perímetro urbano.

3-(FGV-SP) A história da América Latina é a história dos

contrastes e semelhanças, das convergências e divergências.

A geografia do continente também é assim e pode-se destacar

que em boa parte os países latino-americanos se assemelham

quanto:

a) à fase da transição demográfica em que vivem, pois, de

modo geral, encontram-se no momento inicial que se

caracteriza pela redução da mortalidade infantil.

b) à urbanização que se caracterizou como um processo

rápido e desordenado, em geral, relacionado à transferência

da população do campo para as cidades.

c) à forte participação no comércio internacional, sobretudo

aqueles países que ultrapassaram a fase de exportação de

bens de baixo valor agregado.

d) ao atual estágio de desenvolvimento socioeconômico que,

desde o início do século XXI, tem se caracterizado pela

estagnação.

e) ao expressivo crescimento dos Estados como

gerenciadores da economia, após um período, entre os anos

de 1980 e 90, de expansão do neoliberalismo.

4- (UFC) O processo de urbanização é um dos traços

marcantes do mundo contemporâneo presente em países

desenvolvidos e subdesenvolvidos, entretanto a urbanização

apresenta características distintas em cada uma dessas

realidades. Analise as afirmações abaixo sobre essas

características.

I. Nos países desenvolvidos, as cidades estruturam-se

gradativamente para absorver os migrantes e, por

conseguinte, melhoram as condições de moradia, de serviços

e a oferta de emprego.

II. Nos países subdesenvolvidos, a urbanização acelerada está

associada às péssimas condições de vida no campo e à

estrutura fundiária concentrada, o que estimula o êxodo rural.

III. Nos países subdesenvolvidos, o rápido e desordenado

crescimento das cidades deu origem ao fenômeno

denominado macrocefalia urbana.

IV. Nos países desenvolvidos, a urbanização está relacionada

à presença da indústria na cidade e à ausência de técnicas

modernas no campo, o que acentuou a migração rural-urbana.

Assinale a alternativa correta.

a) Apenas II é verdadeira.

b) Apenas I e II são verdadeiras.

c) Apenas I, II e IV são verdadeiras.

d) Apenas I, II e III são verdadeiras.

e) Apenas II, III e IV são verdadeiras.

5-(UFAM) Das causas abaixo, a única que não contribui par

a migração campo-cidade é:

a) Mecanização da agricultura.

b) Segregação urbana-espacial.

c) Concentração das terras em mãos de uma minoria de

proprietários.

d) Precária condição de vida no campo.

e) Esperança de melhoria de vida na cidade.

Urbanização brasileira A urbanização no Brasil ocorreu em um curto espaço de

tempo, impulsionada pelo desenvolvimento da economia.

As raízes da urbanização brasileira são decorrentes da

história, os primeiros centros urbanos surgiram no século

XVI, ao longo do litoral em razão da produção do açúcar, nos

séculos XVII e XVIII, a descoberta de ouro fez surgir vários

núcleos urbanos e no século XIX a produção de café foi

importante no processo de urbanização, em 1872 a população

urbana era restrita a 6% do total de habitantes.

Posteriormente, no início de século XX, a indústria foi um

instrumento de povoamento, a partir da década de 1930, o

país começou a industrializar-se, e como o trabalho no campo

era duro e a mecanização já provocava perda de postos de

trabalho, assim grande parte dos trabalhadores rurais foram

atraídos para as cidades com intuito de trabalhar no mercado

industrial que crescia. Esse êxodo rural elevou de forma

significativa o número de pessoas nos centros urbanos.

Dessa forma o processo de urbanização no

Brasil ocorreu de maneira rápida e desordenada, ao longo do

século XX, com a grande migração da população, que trocou

o meio rural pelas novas oportunidades oferecidas pelas

cidades.

Mas esse processo não ocorreu da mesma forma em

todo o país. Algumas regiões brasileiras urbanizaram-se mais

do que outras em razão das políticas públicas (que

incentivaram determinadas áreas e outras não). As regiões

Sul e Sudeste destacam-se porque possuem uma concentração

maior de áreas urbanas.

O êxodo rural provocou um inchaço urbano, isso

somado a falta de planejamento urbano, trouxeram algumas

consequências para esses centros urbanos, tais como:

problemas de saneamento básico (como tratamento de

distribuição de água e esgoto), congestionamento (em razão

da falta de espaço nas ruas), falta de moradias, poluição

ambiental, falta de áreas verdes (como praças e bosques),

indústrias e residências na mesma área (ocasionando

problemas ambientais e de saúde), barulho, violência e

diversos outros transtornos que resultam em má qualidade de

vida para a sociedade.

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A urbanização brasileira ocorreu de forma rápida e desigual, o que gerou

diversos problemas, como o caso das favelas

Em algumas cidades o planejamento urbano foi

realizado, caso da capital federal, Brasília. O planejamento

urbano serve para evitar os problemas que ocorrem com as

cidades que crescem rapidamente e não têm um

acompanhamento adequado. Esses centros planejados

possuem estudos para fluxos de automóveis (que evitam o

congestionamento), bairros para moradias, distritos

industriais separados das moradias, áreas verdes, entre outros

pontos fundamentais para oferecer uma melhor qualidade de

vida para a população que ali habita.

Brasília: exemplo de planejamento urbano no Brasil

Hierarquia urbana mundial A hierarquia urbana estrutura-se pelas diferenciações

econômicas entre as cidades, de modo que os grandes centros

polarizam os menores.

Nova York, um exemplo de cidade global de elevada importância na

hierarquia urbana mundial

A hierarquia urbana é a forma de organização das

cidades, em que essas se estruturam segundo um sistema

econômico que determina que as menores costumam

depender ou sofrer elevada influência das cidades maiores.

Assim, podemos dizer que o espaço urbano mundial

estrutura-se obedecendo a uma rede, em que os grandes

aglomerados internacionais polarizam os centros menores.

A relação hierárquica entre as cidades estrutura-se a

partir da formação de uma rede urbana, que se relaciona

com a formação e consolidação do processo de globalização.

Assim, as relações comerciais e econômicas entre as

diferentes localidades disseminam-se, integrando-se, assim,

em uma malha de transportes e comunicações, aumentando as

interações e elevando os níveis de interdependência entre as

diferentes cidades.

Para melhor compreender como essa rede estrutura a

hierarquia urbana, os estudiosos costumam adotar uma

classificação segundo o grau de importância e dinâmica

econômica que uma cidade possui, bem como a sua

capacidade de polarizar outros centros menores de poder.

Dessa forma, temos uma tipologia que vai desde

as megalópoles até as pequenas cidades.

Megalópoles, metrópoles mundiais ou cidades globais: são

os principais centros de poder no mundo. Nelas é

determinada toda a estrutura econômica mundial,

transformando essas grandes cidades em centros de difusão

de ordens econômicas, políticas e até culturais. Sua

importância está em sediar instituições importantes, como

bolsas de valores e as sedes das maiores empresas estatais e

privadas do mundo.

Podemos considerar como exemplos de cidades

globais: Nova York, Londres (essas duas são consideradas as

grandes cidades de primeira grandeza no mundo), Tóquio,

Paris, Hong Kong, Dubai, São Paulo e algumas outras. Ao

todo, existem cerca de 50 cidades globais, hierarquizadas por

uma divisão que as segmenta nos grupos alfa, beta e gama.

Metrópoles nacionais: são as aglomerações metropolitanas

constituídas pelas principais cidades da rede urbana em um

determinado país depois das cidades globais. Geralmente,

essas cidades concentram a maior parte da população, e as

principais infraestruturas são economicamente mais

dinâmicas que o seu entorno. Trata-se de localidades

economicamente centrais, que influenciam as metrópoles

regionais e as cidades médias. No Brasil, alguns exemplos de

metrópoles nacionais são Porto Alegre, Curitiba, Salvador,

Recife, Belo Horizonte.

Metrópoles regionais: são centros secundários de poder

econômico no contexto de uma economia nacional.

Geralmente, possui uma nula representatividade em nível

internacional e costuma influenciar apenas as cidades das

regiões próximas à sua localização. Apesar disso, possuem

um importante papel na economia, uma vez que ajudam a

difundir mercadorias, serviços e demais elementos advindos

dos principais polos de poder. Além disso, contribui para o

direcionamento de matérias-primas e recursos rumo às

metrópoles nacionais e/ou globais. São exemplos de

metrópoles regionais cidades como Goiânia, Belém, Manaus,

Maceió, Campinas, entre outras.

Cidades médias: como o próprio nome indica, são

consideradas cidades médias as formações urbanas de médio

porte que possuem uma relativa dinâmica econômica, capaz

de possuir uma oferta de serviços em níveis consideráveis.

Costumam apresentar os maiores índices de crescimento

econômico e industrial em nível nacional. No Brasil, essas

cidades costumam ter mais de 200 mil habitantes, lembrando

que as cidades satélites (aquelas que integram o entorno de

uma cidade) não podem fazer parte dessa classificação. São

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exemplos de cidades médias: Londrina (PR), Anápolis (GO),

Jundiaí (SP) e muitas outras. Dessa forma, é importante

considerar que essas cidades estruturam e polarizam as

cidades pequenas e até o espaço rural, que se tornou cada vez

mais interligado e dependente do espaço urbano à medida em

que os processos de industrialização e urbanização foram

avançando.

E as megacidades? Elas não fazem parte da hierarquia

urbana?

O conceito de megacidade é demográfico. Foi elaborado

pela ONU para designar aquelas cidades com população

superior a 10 milhões de habitantes. Trata-se, portanto, de um

conceito quantitativo, enquanto as definições acima

apresentadas são qualitativas, pois se baseiam nos níveis de

estruturação, dinâmica e importância político-econômica das

cidades.

1- (UFAC) A intensa e acelerada urbanização brasileira

resultou em sérios problemas sociais urbanos, entre os quais

podemos destacar:

a) Falta de infra-estrutura, limitações das liberdades

individuais e altas condições de vida nos centros urbanos.

b) Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infra-

estrutura e todas as formas de violência.

c) Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e

acentuado êxodo rural.

d) Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes

migratórias e aumento no número de favelas e cortiços.

e) Luta pela posse da terra, falta de infra-estrutura e altas

condições de vida nos centros urbanos.

2-(FURG) Nas grandes cidades brasileiras, a falta de moradia

e o aumento do desemprego estão diretamente relacionados à

existência de que tipos de habitação?

a) Favelas e condomínios.

b) Favelas e cortiços.

c) Mansões e vilas.

d) Vilas e bairros.

e) Lugarejos e condomínios.

3-(Facig) Sobre a urbanização brasileira, é incorreto afirmar.

a) O processo de urbanização brasileira apoiou-se

essencialmente, no êxodo rural, ou seja, na transferência de

populações do meio rural para as cidades.

b) A violência urbana nas metrópoles brasileiras está

relacionada a uma série de fatores sociais e econômicos,

como: o subemprego, o crescimento de favelas.

c) O processo de urbanização da população brasileira é

uniforme. Os estados do país apresentam uma urbanização de

pouco contraste na distribuição da população rural e urbana.

d) A recente transformação do Brasil em sociedade urbana

deixa para trás as estruturas econômicas e os comportamentos

reprodutivos típicos do meio rural.

e) A hierarquização do espaço brasileiro do ponto de vista

urbano, apresenta grande concentração de indústria e serviços

na metrópole nacional, representada por São Paulo.

4-(Umtm) Considere as afirmações a seguir sobre a rede

urbana brasileira.

( ) O processo de urbanização, acelerado na década de 1990,

produziu uma nova categoria de cidades, as cidades globais,

cuja concentração maior está na região Sudeste, pois é a

região mais integrada ao mercado mundial.

( ) A região Norte ainda não apresenta cidades com

características de metrópoles regionais. A grande dimensão

territorial e a fraca integração econômica fazem com que as

cidades da região tenham mais relações com as metrópoles

regionais do Nordeste e Centro-Oeste.

( ) Cada vez mais, São Paulo centraliza as funções de

metrópole nacional e global, pois é o “nó” de vários fluxos

que integram a economia nacional à global: capitais,

mercadorias, informações etc.

( ) Na atualidade, a idéia de uma rede urbana hierárquica

está ultrapassada, pois cada centro urbano, independente de

seu tamanho populacional consegue manter relações

econômicas, políticas e sociais com outros centros.

5- (Unisc) Em Geografia, as metrópoles são definidas por

uma série de características. Com base nessas características,

poucas das cidades brasileiras são consideradas metrópoles.

Considerando as metrópoles brasileiras, é incorreto afirmar

que elas:

a) exercem influência sobre vasta área geográfica, quase

sempre mais ampla que o território dos seus Estados.

b) têm equipamentos urbanos numerosos e variados, capazes

de suprir a quase totalidade das necessidades da sua

população.

c) apresentam uma área central, cujo fluxo de veículos, em

geral intenso, varia consideravelmente ao longo do dia.

d) formam uma mancha urbana de densidade demográfica

homogênea, que se estende, de forma contínua, pelos

municípios da região metropolitana.

e) nenhuma das alternativas anteriores.

AGROPECUÁRIA

Conjunto de atividades que integram a agropecuária

A agropecuária consiste no conjunto de atividades

primárias, estando diretamente associada ao cultivo de

plantas (agricultura) e à criação de animais (pecuária) para o consumo humano ou para o fornecimento de matérias-

primas na fabricação de roupas, medicamentos,

biocombustíveis, produtos de beleza, entre outros. Esse

segmento da economia é um dos elementos que compõem o

Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar.

Essas atividades são exercidas há milhares de anos,

sendo de fundamental importância para a sobrevivência

humana, pois é através delas que se obtém alimento. O

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desenvolvimento de técnicas proporcionou (e ainda

proporciona) muitas transformações na estrutura da

agropecuária, fato notório ao analisarmos a evolução dos

métodos de cultivo e de criação de animais ao longo dos

anos.

Apesar da evolução tecnológica, muitas

propriedades continuam utilizando métodos tradicionais de

cultivo e de criação de rebanhos, sobretudo nos países

subdesenvolvidos, onde há pouco investimento na

mecanização das atividades rurais. Nesse sentido, surgiu uma

classificação dos sistemas agropecuários:

Sistema Intensivo: altamente mecanizado, adequação do

solo para determinado plantio, beneficiamento de sementes,

utilização de fertilizantes, implementos agrícolas,

confinamento do rebanho, entre outros elementos que

contribuem para intensificar a produtividade e a lucratividade

dos proprietários. Exige pouca mão de obra, porém

qualificada, e muito aparato tecnológico. Esse sistema é

praticado, principalmente, em regiões desenvolvidas.

Sistema Extensivo: se caracteriza pela ausência de

tecnologia e por uma baixa produtividade. Esse sistema é

praticado por agricultores que utilizam a queimada (coivara)

como forma de preparo do solo e mão de obra familiar,

conhecido popularmente como “roça”. A pecuária é

desenvolvida em grandes áreas, onde o rebanho fica solto no

pasto e procura seu próprio alimento. Esse sistema também

têm como características o desflorestamento, o esgotamento

dos solos, o pequeno rendimento e o uso de mão de obra não

qualificada.

Sistema Plantation: É um sistema bastante antigo, que

começou a ser aplicado no Brasil na época colonial, com

o cultivo da cana-de-açúcar. Atualmente é típico de grandes

propriedades rurais (latifúndios), em um sistema de

monocultura agroexportadora, com uso de mão de obra

numerosa e barata e alto nível tecnológico, gerando grandes

rendimentos.

Agricultura familiar: é a forma dominante no campo

brasileiro, responsável por grande parte da produção dos

alimentos consumidos no Brasil. Sendo caracterizada pelas

pequenas propriedades rurais (minifúndios) que utilização a

mão de obra familiar na produção, tendo rendimentos baixos,

necessários a sua subsistência, comumente vendendo a

produção excedente.

Agricultura de Jardinagem: expressão que se originou no

sul e sudeste da Ásia, onde há uma enorme produção de arroz

em planícies inundáveis, com utilização intensiva de mão de

obra.

Pelas características do plantio do arroz ser feito em mudas e

ocupando grandes áreas o seu aspecto lembra de um grande

jardim, daí o seu nome. A agricultura de jardinagem consiste

basicamente na rizicultura, mas na produção de outros

cereais. Sendo uma forma de agricultura extensiva que utiliza

muita mão de obra.

Agricultura de Terraceamento: utiliza as curvas de nível

como base para o cultivo e a contenção de processos erosivos

em regiões montanhosas ou de encostas, onde o solo é fértil.

Agricultura orgânica ou agricultura biológica: é o termo

usado para designar um dos sistemas sustentáveis de

produção de alimentos que não permite o uso de produtos

químicos, tais como certos fertilizantes químicos e

agrotóxicos, nem de organismos geneticamente modificados. Apresenta um menor rendimento, mas garante maior

qualidade aos produtos.

Outros conceitos importantes

Transgênicos: ou organismos geneticamente modificados,

são produzidos em laboratório a partir da introdução de genes

de outras espécies, com a finalidade de aumentar seu valor

nutricional resistir a pragas e aumentar a produtividade.

Revolução Verde: inovações nas técnicas de plantio

ocorridas após a década de 1950, que consiste no uso de

maquinários, fertilizantes, defensivos, sementes híbridas, etc.

Esses fatos aumentaram a produção e a produtividade

agrícola, mas aumentou a dependência tecnológica do campo.

Agroindústria é o conjunto de atividades relacionadas à

transformação de matérias-primas provenientes da

agricultura, pecuária ou silvicultura. O grau de transformação

varia amplamente em função dos objetivos das empresas

agroindustriais. Para cada uma dessas matérias-primas, a

agroindústria é um segmento da cadeia que vai desde o

fornecimento de insumos agrícolas até o consumidor.

Agronegócio: conjunto de negócios relacionados à

agricultura e pecuária dentro do ponto de vista econômico.

Costuma-se dividir o estudo do agronegócio em três partes: a

primeira parte trata dos negócios agropecuários propriamente

ditos, ou de "dentro da porteira", que representam os

produtores rurais. Na segunda parte, os negócios à montante

da agropecuária, ou da "pré-porteira", representados pela

indústria e comércio que fornecem insumos para a produção

rural, como por exemplo, os fabricantes de fertilizantes,

defensivos químicos e equipamentos. E na terceira parte estão

os negócios à jusante dos negócios agropecuários, ou de

"pós-porteira", onde está à compra, transporte,

beneficiamento e venda dos produtos agropecuários até o

consumidor final. Enquadram-se nesta definição os

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frigoríficos, as indústrias têxteis e calçadistas,

empacotadores, supermercados, distribuidores de alimentos.

Boia-fria: ou trabalhador volante. É um trabalhador

temporário, contratado nos períodos de safra ou trabalhos

eventuais necessários no meio rural.

Arrendatários: produtores que alugam as terras de outros,

para criações de animais ou plantações.

Posseiros: pequenos produtores rurais que apesar da posse da

terra em que moram e trabalham, não tem a devida

documentação dessa terra.

Grileiros: são invasores de terras, que falsificam as escrituras

da propriedade para provarem que são donos das terras,

normalmente são grandes latifundiários que buscam aumentar

suas propriedades.

Meeiro: produtor que utiliza a terra de um proprietário e

estabelece como pagamento a metade (meeiro) de sua

produção.

AGRICULTURA BRASILEIRA

A agricultura brasileira se iniciou na região Nordeste

do Brasil, no século XVI, com a criação das chamadas

“Capitanias Hereditárias” e o início do cultivo da cana.

Baseada na monocultura, na mão de obra escrava e em

grandes latifúndios, a agricultura permaneceria basicamente

restrita à cana com alguns cultivos diferentes para

subsistência da população da região, porém de pouca

expressividade. Somente a partir do século XVIII com

a mineração e o no século XIX com as plantações de café,

que a agricultura começa a ganhar mais expressividade. Tal

como ocorrera com o período de grande produção da cana-

de-açúcar, o auge da cafeicultura no Brasil representou uma

nova fase econômica. Por isso, podemos dizer que a história

da agricultura no Brasil está intimamente associada com a

história do desenvolvimento do próprio país. Ainda mais,

quando se considera o período a partir do século XIX quando

o café se tornou o principal artigo de exportação brasileiro.

Mas o cultivo do café, que durante todo o século

XIX fez fortunas e influenciou fortemente a política do país,

começou a declinar no início do século XX, havendo a

necessidade de diversificação da economia que, entre outras

atividades além das estreantes indústrias, começava a

valorizar outros tipos de culturas. Além do que, o aumento

da urbanização do país exigia também, o aumento do cultivo

de matérias-primas. Dessa forma o século XX foi essencial

para o desenvolvimento, diversificação e fortalecimento das

atividades agropecuárias em nosso país.

Atualmente, o Brasil possuí uma imensidão de terras

disponibilizadas para as atividades agropastoris, são 282

milhões de hectares ocupados, o que representa um terço do

território ou a soma dos espaços territoriais da França, Itália e

Reino Unido juntos. Um espaço que se destaca por permitir a

produção policultora de cereais, oleaginosas, plantas têxteis,

agroenergéticos, e pecuária constituída de vários rebanhos.

Entre os fatores mais importantes dessa imensidão

espacial rural estão: condições climáticas favoráveis; relevo e

solo, que permite a diversificação dos produtos e cultivo

ininterrupto o ano todo; utilização de técnicas de irrigação

artificial e correção da acidez do solo, permitindo incluir no

espaço agrário até mesmo o Sertão Nordestino e os Cerrados

do Centro-Oeste. Além do desenvolvimento tecnológico que

possibilitaram a variedade e adaptação de sementes aos

variados tipos climáticos do país.

Entre os atuais produtos cultivados no Brasil,

merecem serem destacados em nossa agricultura comercial:

- Soja: é o principal produto da nossa agricultura. Expandiu-

se com maior vigor no país, durante os anos 70, notadamente

nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. Sendo uma

cultura típica de exportação, está cada vez mais se voltando

para o mercado interno em razão do crescente consumo de

margarinas e óleos na alimentação do brasileiro. Atualmente,

verifica-se sua expansão nas áreas do cerrado, sobretudo nos

estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais,

Goiás e Bahia. A EMBRAPA têm uma forte influência na

modernização da produção de soja, contribuindo com o

desenvolvimento de espécies adaptadas que permitiram essa

expansão da sojicultura.

- Café: durante muito tempo produzindo apenas no Paraná e

em São Paulo, hoje sua produção se estende para Minas

Gerais, Espírito Bahia e Rondônia. O Paraná busca aumentar

em grande quantidade sua produção de café nos últimos anos,

pela introdução de espécies novas (café adensado),

desenvolvidas pelo IAPAR (Instituto Agronômico do

Paraná);

- Cana-de-açúcar: apesar de ser cultivada no Brasil desde o

século XVI, sua produção foi estimulada, a partir de 1975,

com a criação do Proálcool. O Estado de São Paulo detém

mais da metade da produção nacional, mas também é

encontrada em Goiás, Paraná, Rio de Janeiro, além de estados

nordestinos (Zona da Mata). Da cana extraímos o açúcar e o

etanol;

-Laranja: produto largamente cultivado para atender à

demanda da indústria de sucos, tem no estado de São Paulo

seu principal produtor. Paraná e Minas Gerais estão se

convertendo em novas e importantes áreas de produção. O

Brasil é um grande exportador de suco concentrado,

principalmente para os EUA;

- Arroz: o Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de

arroz irrigado. Outros estados se destacam na produção dessa

cultura alimentar básica: Santa Catarina, Minas Gerais, Mato

Grosso, Maranhão, Goiás e São Paulo.

Outros produtos de destaque são: o trigo, apesar de

ser insuficiente para abastecer o mercado interno; o algodão,

fortemente controlado pela indústria têxtil e de alimentos

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(óleo). O cacau, cultura ecológica, encontra-se em crise,

notadamente na Bahia, seu maior produtor.

Vale ressaltar que muitos produtores do Sul,

principalmente do Paraná e do Rio Grande do Sul, trocaram

de território. Entre as principais causas, está o preço da terra.

Com isso, muitos migraram para outros estados do país,

tornando-se produtores de soja e café, principalmente. Outros

se transferiram para países vizinhos, como a Bolívia e o

Paraguai.

ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASILEIRA E A

REFORMA AGRÁRIA

A estrutura fundiária corresponde ao modo como as

propriedades rurais estão dispersas pelo território e seus

respectivos tamanhos, que facilita a compreensão das

desigualdades que acontecem no campo.

A desigualdade estrutural fundiária brasileira configura como

um dos principais problemas do meio rural, isso por que

interfere diretamente na quantidade de postos de trabalho,

valor de salários e, automaticamente, nas condições de

trabalho e o modo de vida dos trabalhadores rurais.

No caso específico do Brasil, uma grande parte das terras do

país se encontra nas mãos de uma pequena parcela da

população, essas pessoas são conhecidas como latifundiários.

Já os minifundiários são proprietários de milhares de

pequenas propriedades rurais espalhadas pelo país, algumas

são tão pequenas que muitas vezes não conseguem produzir

renda e a própria subsistência familiar suficiente.

Diante das informações, fica evidente que no Brasil ocorre

uma discrepância em relação à distribuição de terras, uma vez

que alguns detêm uma elevada quantidade de terras e outros

possuem pouca ou nenhuma, esses aspectos caracterizam a

concentração fundiária brasileira.

A reforma agrária tem por objetivo proporcionar

a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efetuar a

distribuição da terra para a realização de sua função social.

Esse processo é realizado pelo Estado, que compra ou

desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de

grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não

é utilizada) e distribui lotes de terras para famílias

camponesas.

Conforme o Estatuto da Terra, criado em 1964, o Estado tem

a obrigação de garantir o direito ao acesso à terra para quem

nela vive e trabalha. No entanto, esse estatuto não é posto em

prática, visto que várias famílias camponesas são expulsas do

campo, tendo suas propriedades adquiridas por grandes

latifundiários.

No Brasil, historicamente há uma distribuição

desigual de terras. Esse problema teve início em 1530, com a

criação das capitanias hereditárias e do sistema de sesmarias

(distribuição de terra pela Coroa portuguesa a quem tivesse

condições de produzir, tendo que pagar para a Coroa um

sexto da produção). Essa política de aquisição da terra

formou vários latifúndios. Em 1822, com a independência do

Brasil, a demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei

do mais forte, resultando em grande violência e concentração

de terras para poucos proprietários, sendo esse problema

prolongado até os dias atuais.

A realização da reforma agrária no Brasil é lenta e

enfrenta várias barreiras, entre elas podemos destacar a

resistência dos grandes proprietários rurais (latifundiários),

dificuldades jurídicas, além do elevado custo de manutenção

das famílias assentadas, pois essas famílias que recebem lotes

de terras da reforma agrária necessitam de financiamentos

com juros baixos para a compra de adubos, sementes e

máquinas, e os assentamentos necessitam de infraestrutura,

entre outros aspectos para poderem se desenvolver.

É de extrema importância a realização da reforma

agrária no país, proporcionando terra para a população

trabalhar, aumentando a produção agrícola, redução das

desigualdades sociais, democratização da estrutura fundiária,

etc. Nesse contexto, o Movimento dos Trabalhadores

Rurais Sem Terra (MST) exerce grande pressão para a

distribuição de terras, sendo a ocupação de propriedades

consideradas improdutivas sua principal manifestação.

As propriedades rurais destinadas para a reforma

agrária podem ser obtidas pela União de duas formas:

expropriação e compra. A expropriação é a modalidade

original para a obtenção de terras para a reforma. Está

prevista na Lei 8.629/93, que diz: “a propriedade rural que

não cumprir a função social é passível de desapropriação”.

Quem estabelece se uma propriedade cumpre sua função

social prevista na lei é o Instituto Nacional de Colonização

e Reforma Agrária (INCRA), que a partir de índices de

produtividade predeterminados avalia se a terra é produtiva

ou não.

A outra forma de aquisição da propriedade rural para

fins de reforma agrária é a compra direta de terras de seus

proprietários. Conforme dados do INCRA, de 2003 a 2009, o

Governo do Brasil comprou mais de 40 milhões de hectares

para realizar a reforma, enquanto a expropriação atingiu

apenas 3 milhões de hectares. A obtenção de terras através da

compra é muito criticada, pois a União, ao pagar pelo imóvel

rural, proporciona as condições para permitir a reconversão

do dinheiro retido na terra em dinheiro disponível para os

capitalistas-proprietários de terra. Conforme dados do

INCRA, o Brasil destinou mais de 80 milhões de hectares

para fins da reforma agrária, realizando o assentamento de,

aproximadamente, 920 mil pessoas.

1- (IFG) A partir da segunda metade do século XX, vários

países do mundo, inclusive o Brasil, implantaram um pacote

de medidas que recebeu o nome de revolução verde.

Assinale a alternativa que indica duas características desse

momento.

a) Uso intensivo de agrotóxico; aplicação de adubos e

fertilizantes.

b) Introdução de espécies vegetais nas florestas; uso de

adubação orgânica.

c) Revitalização de biomas degradados; retorno da população

urbana para o campo.

d) Surgimento de movimentos sociais no campo; aumento da

produtividade e o fim da fome.

e) Uso de sementes selecionadas; uso de sementes

transgênicas.

2-(IFCE) O agronegócio, também conhecido por seu nome

em inglês "agribusiness", cujas cadeias produtivas se baseiam

na agricultura e na pecuária, apresenta um grande dinamismo

econômico e pode fazer do Brasil um dos maiores produtores

agropecuários do mundo.

Com relação ao agronegócio é verdadeiro afirmar-se que:

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a) a soja, cultivo mecanizado e irrigado, foi a primeira

lavoura moderna a se desenvolver no território brasileiro,

onde é cultivada, principalmente, em áreas de terrenos

litorâneos planos e baixos e próximos de rios e açudes.

b) o agronegócio é o conjunto da cadeia produtiva ligado à

agropecuária, incluindo todas as atividades de indústria e

serviços de antes, durante e depois da produção. Essa cadeia

movimenta a economia, ao empregar trabalhadores, gerar

renda e pagar impostos.

c) a expansão do agronegócio, no Brasil, não provocou

mudanças no campo, mas gerou riquezas e contribuiu para a

desconcentração de rendas e terras. Essa expansão diminuiu,

recentemente, o êxodo rural.

d) o café, a soja, o milho e a mandioca, juntamente com a

pecuária, podem ser considerados as estrelas do agronegócio

brasileiro. Esses produtos garantem um volume elevado na

pauta de exportações no país.

e) a expansão monocultora de árvores como o eucalipto, o

pínus e a acácia, também tem contribuído para a fortificação

do agronegócio brasileiro, uma vez que está comprovado que

essa expansão não causará consequências socioambientais.

3-(CECIERJ) À época da colonização europeia na América,

um sistema agrícola amplamente utilizado era baseado na

grande propriedade monocultora, com produção de gêneros

tropicais, voltada para a exportação. Esse sistema, na

atualidade, persiste em países como Brasil, Colômbia, Costa

do Marfim, Índia e Malásia, dentre outros. O sistema agrícola

descrito acima refere-se à:

a) Agricultura de subsistência.

b) Agricultura de jardinagem.

c) Plantation.

d) Agroecologia.

4- (FGV-SP) Considere as assertivas sobre a agricultura

brasileira.

( ) A modernização do campo brasileiro possibilitou o

crescimento da agricultura familiar comercial, ampliando a

produção e a produtividade.

( ) Nestas últimas décadas, a agricultura camponesa tornou-

se antieconômica, porque não conseguiu incorporar

mudanças estruturais e, praticamente, desapareceu do campo

brasileiro.

( ) Nas últimas décadas, a industrialização da agricultura

contou com o apoio do Estado que, oferecendo

financiamentos e infraestrutura, priorizou os produtos

destinados à exportação.

5- (UECE) No Brasil há uma elevada concentração de terras.

Os latifúndios predominam, ocupando a maior parte da área

enquanto os minifúndios têm pouca expressividade

percentual. Sobre as características da estrutura fundiária

brasileira, é correto afirmar-se que:

a) a mecanização das lavouras nas grandes propriedades tem

contribuído para a fixação do homem no campo.

b) os pequenos produtores não têm problemas de

endividamento no campo, em virtude das linhas de crédito

oferecidas pelo Governo Federal.

c) nas grandes concentrações fundiárias, geralmente existem

grandes parcelas de terras ociosas.

d) no Brasil as maiores áreas de tensão e conflitos por disputa

de terras estão localizadas na região Sul.

FONTES DE ENERGIA

As fontes de energia são recursos da natureza ou

artificiais utilizados pela sociedade para a produção de algum

tipo de energia. Esta, por sua vez, é utilizada com o objetivo

de propiciar o deslocamento de veículos, gerar calor ou

produzir eletricidade para os mais diversos fins.

Trata-se de um assunto extremamente estratégico no

contexto geopolítico global, pois o desenvolvimento dos

países depende de uma infraestrutura energética capaz de

suprir as demandas de sua população e de suas atividades

econômicas.

As fontes de energia constituem-se também como

uma questão ambiental, pois, a depender das formas de

utilização dos diferentes recursos energéticos, graves

impactos sobre a natureza podem ser ocasionados.

Os meios de transporte e comunicação, além das

residências, indústrias, comércio, agricultura e vários campos

da sociedade, dependem totalmente da disponibilidade de

energia, tanto a eletricidade quanto os combustíveis. Por isso,

com o crescimento socioeconômico de diversos países, a cada

ano a procura por recursos para a geração de energia cresce,

elevando também o caráter estratégico e até disputas

internacionais em busca de muitos desses recursos.

As fontes de energia podem ser classificadas

conforme a capacidade natural de reposição de seus recursos.

Existem, assim, as chamadas fontes renováveis e as fontes

não renováveis.

Fontes não renováveis de energia As fontes não renováveis de energia são aquelas que

poderão esgotar-se em um futuro relativamente próximo.

Alguns recursos energéticos, como o petróleo, possuem o seu

esgotamento estimado para algumas poucas décadas, o que

eleva o caráter estratégico que esses elementos possuem.

A seguir, os principais tipos de recursos energéticos não

renováveis:

Combustíveis fósseis A queima de combustíveis fósseis pode ser

empregada tanto para o deslocamento de veículos de

pequeno, médio e grande porte quanto para a produção de

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eletricidade em estações termoelétricas. Os três tipos

principais são: o petróleo, o carvão mineral e o gás natural,

mas existem também outros, como o xisto betuminoso.

Os combustíveis fósseis são as fontes de energia

mais importantes e mais disputadas pela humanidade no

momento. Segundo a Agência Internacional de Energia, cerca

de 81,63% de toda a matriz energética global advém dos três

principais combustíveis fósseis acima citados, valor que se

reduz para 56,8% quando analisamos somente o território

brasileiro. Por esse motivo, muitos países dependem da

exportação desses produtos, enquanto outros tomam várias

medidas geopolíticas para consegui-los. Outra questão

bastante discutida a respeito dos combustíveis fósseis refere-

se aos altos índices de poluição gerados pela sua queima.

Muitos estudiosos apontam que eles são os principais

responsáveis pela intensificação do efeito estufa e pelo

agravamento dos problemas vinculados ao aquecimento

global.

Energia nuclear (atômica) Na energia nuclear – também chamada de energia

atômica – sua produção de eletricidade ocorre por intermédio

do aquecimento da água, que se transforma em vapor e ativa

os geradores. Nas usinas nucleares, o calor é gerado em

reatores onde ocorre uma reação chamada de fissão nuclear a

partir, principalmente, do urânio-235, um material altamente

radioativo. Embora as usinas nucleares gerem menos

poluentes do que outras estações de operação semelhante

(como as termoelétricas), elas são alvo de muitas polêmicas,

pois o vazamento do lixo nuclear produzido ou a ocorrência

de acidentes podem gerar graves impactos e muitas mortes.

No entanto, com a emergência da questão sobre o

aquecimento global, o seu uso vem sendo reconsiderado por

muitos países.

Fontes renováveis de energia As fontes renováveis de energia, como o próprio

nome indica, são aquelas que possuem a capacidade de serem

repostas naturalmente, o que não significa que todas elas

sejam inesgotáveis. Algumas delas, como o vento e a luz

solar, são permanentes, mas outras, como a água, podem

acabar, a depender da forma como o ser humano faz o seu

uso. Vale lembrar que nem toda fonte renovável de energia é

limpa, ou seja, está livre da emissão de poluentes ou de

impactos ambientais em larga escala.

A seguir, podemos conferir os tipos de energia

produzidos com fontes renováveis:

Energia eólica O vento é um recurso energético inesgotável e,

portanto, renovável. Em algumas regiões do planeta, a sua

frequência e intensidade são suficientes para a geração de

eletricidade por meio de equipamentos específicos para essa

função. Basicamente, os ventos fazem os chamados

aerogeradores, que ativam turbinas e geradores que

convertem a energia mecânica produzida em energia elétrica.

Atualmente, a energia eólica não é tão difundida no

mundo em razão do alto custo de seus equipamentos.

Todavia, alguns países já vêm adotando substancialmente

esse recurso, com destaque para os Estados Unidos, China e

Alemanha. A principal vantagem é a não emissão de

poluentes na atmosfera e os baixos impactos ambientais.

Energia solar

A energia solar é o aproveitamento da luz do sol

para a geração de eletricidade e também para o aquecimento

da água para uso. Trata-se também de uma fonte inesgotável

de energia, haja vista que o sol – ao menos na sua

configuração atual – manter-se-á por bilhões de anos.

Existem duas formas de aproveitamento da energia

solar: a fotovoltaica e a térmica. No primeiro caso, são

utilizadas células específicas que lançam mão do chamado

“efeito fotoelétrico” para a produção de eletricidade. No

segundo caso, utiliza-se o aquecimento da água tanto para

uso direto quanto para a geração de vapor, que atuará em

processos de ativação de geradores de energia, lembrando

que podem ser utilizados também outros tipos de líquidos.

No mundo, em razão dos elevados custos, a energia

solar ainda não é muito utilizada. Todavia, gradativamente,

seu aproveitamento vem crescendo tanto com a instalação de

placas em residências, indústrias e grandes empreendimentos

quanto com a construção de usinas solares especificamente

voltadas para a geração de energia elétrica.

Energia hidrelétrica A energia hidrelétrica corresponde ao

aproveitamento da água dos rios para a movimentação das

turbinas de eletricidade. No Brasil, essa é a principal fonte

de energia elétrica do país, ao lado das termoelétricas, haja

vista o grande potencial que o país possui em termos de

disponibilidade de rios propícios para a geração de

hidroeletricidade.

Nas usinas hidroelétricas, constroem-se barragens no

leito do rio para o represamento da água que será utilizada no

processo de geração de eletricidade. Nesse caso, o mais

aconselhável é a construção de barragens em rios que

apresentem desníveis em seus terrenos, com o objetivo de

diminuir a superfície inundada. Por isso, é mais

recomendável a instalação dessas usinas em rios de planalto,

embora também seja possível em rios de planícies, porém

com impactos ambientais maiores.

Biomassa A utilização da biomassa consiste na queima de

substâncias de origem orgânica para a produção de energia,

ocorrendo por meio da combustão de materiais como a lenha,

o bagaço de cana e outros resíduos agrícolas, restos florestais

e até excrementos de animais. É considerada uma fonte de

energia renovável porque o dióxido de carbono produzido

durante a queima é utilizado pela própria vegetação na

realização da fotossíntese, o que significa que, desde que haja

controle, o seu uso é sustentável por não alterar a

macrocomposição da atmosfera terrestre.

Os biocombustíveis, de certa forma, são

considerados como um tipo de biomassa, pois também são

produzidos a partir de vegetais de origem orgânica para a

geração de combustível, que é empregado principalmente nos

meios de transporte em geral. O exemplo mais conhecido é o

etanol produzido da cana-de-açúcar, mas podem existir

outros compostos advindos de vegetais distintos, como a

mamona, o milho e muitos outros.

Energia das marés (maremotriz) A energia das marés – ou maremotriz – é o

aproveitamento da subida e descida das marés para a

produção de energia elétrica, funcionando de forma

relativamente semelhante a uma barragem comum. Além das

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barragens, são construídas eclusas e diques, que permitem a

entrada e a saída da água durante as cheias e as baixas das

marés, o que propicia a movimentação das turbinas.

Cada tipo de energia apresenta suas vantagens e

desvantagens, de forma que não há nenhuma fonte que se

apresente, no momento, como absoluta sobre as demais em

termos de viabilidade. Algumas são baratas e abundantes,

mas geram graves impactos ambientais; outras são limpas e

sustentáveis, mas inviáveis financeiramente. O mais

aconselhável é que, nos diferentes territórios, exista uma

grande diversidade nas matrizes energéticas para atenuar os

seus respectivos problemas, o que não acontece no Brasil e

em boa parte dos demais países.

CAMADA PRÉ-SAL

A camada pré-sal é um gigantesco reservatório

de petróleo e gás natural, localizado nas Bacias de Santos,

Campos e Espírito Santo (região litorânea entre os estados de

Santa Catarina e o Espírito Santo). Estas reservas estão

localizadas abaixo da camada de sal (que podem ter até 2 km

de espessura). Portanto, se localizam de 5 a 7 mil metros

abaixo do nível do mar.

Estas reservas se formaram há, aproximadamente,

100 milhões de anos a partir da decomposição de materiais

orgânicos. Os técnicos da Petrobras ainda não conseguiram

estimar a quantidade total de petróleo e gás natural contidos

na camada pré-sal. No Campo de Tupi, por exemplo, a

estimativa é de que as reservas são de 5 a 8 bilhões de barris

de petróleo.

Em setembro de 2008, a Petrobras começou a explorar

petróleo da camada pré-sal em quantidade reduzida. Esta

exploração inicial ocorreu no Campo de Jubarte (Bacia de

Campos), através da plataforma P-34.

De 2008 até abril de 2013 a produção de petróleo e

gás natural no pré-sal atingiu 192 milhões de barris. A

exploração ocorre atualmente nas bacias de Santos (litoral do

estado de São Paulo) e Campos (litoral do Rio de Janeiro).

De acordo com a Petrobrás, em abril de 2013, a produção

diária estava em torno de 310 mil barris. A empresa

petrolífera informou também que, atualmente, são explorados

19 poços no pré-sal, através de 7 plataformas.

Se forem confirmadas as estimativas da quantidade

de petróleo da camada pré-sal brasileira, o Brasil poderá se

transformar, futuramente, num dos maiores produtores e

exportadores de petróleo e derivados do mundo. Porém, os

investimentos deverão ser altíssimos, pois, em função da

profundidade das reservas, a tecnologia aplicada deverá ser

de alto custo.

1-(UEA) Em 2012, 1,4% da energia necessária para abastecer

a economia do Brasil foi atendida pela energia nuclear. Ainda

que pequena se comparada com outras fontes de energia

(56,3% de combustíveis fósseis, por exemplo), é importante

conhecermos seus riscos. Uma desvantagem dessa fonte

energética é

a) vincular sua operação à previsão de mudanças climáticas

em escala global.

b) gerar resíduos difíceis de serem armazenados de modo

seguro.

c) não proporcionar independência energética aos países

importadores de combustíveis fósseis.

d) contribuir para o efeito estufa com a emissão de dióxido de

carbono na atmosfera.

e) não possuir uma base científica segura e confiável para sua

operação.

2-(UFSC) O pré-sal se tornou uma importante página da

história dos recursos energéticos no Brasil. A partir de sua

descoberta, um novo universo de possibilidades foi aberto

para a indústria petrolífera brasileira.

Sobre o pré-sal, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

( ) As formações da camada pré-sal estão localizadas em

bacias sedimentares entre o litoral do Espírito Santo e o

litoral de Santa Catarina.

( ) Em face da grande profundidade, a exploração do

petróleo da camada pré-sal não afetará o ambiente.

( ) As camadas do pré-sal estão localizadas nas áreas da

planície amazônica e do pantanal matogrossense.

( ) A descoberta da camada de petróleo do pré-sal poderá

dar ao Brasil uma independência energética de derivados

deste hidrocarboneto.

( ) Considerando o tempo geológico, as formações do pré-

sal são recentes, ou seja, datam do Quaternário da Era

Cenozoica, mesmo período em que surge o Homo sapiens.

3-(UFSC) A questão energética assume, nos dias atuais, uma

enorme importância, pois o aumento do consumo energético

coloca em xeque as fontes esgotáveis e poluidoras. O uso de

novas fontes requer que estas sejam capazes de substituir as

atuais fontes primárias e, ao mesmo tempo, sejam limpas ou

menos poluidoras.

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Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

( ) A energia eólica ganha importância em diversas partes do

território brasileiro, mas ainda não é capaz de substituir,

plenamente, as atuais fontes primárias.

( ) A biomassa é uma fonte energética alternativa que já era

utilizada antes da Revolução Industrial.

( ) Em um futuro próximo, deve-se combinar diversas fontes

de energia, combinação que deverá levar em consideração as

condições naturais de cada espaço geográfico.

( ) No caso brasileiro, há uma articulação bastante exitosa

entre a produção energética hídrica, eólica e de biomassa, o

que assegura ao sistema elétrico um potencial inesgotável.

( ) Tendo em vista o impacto ambiental, no Brasil, as usinas

hidrelétricas estão sendo substituídas gradativamente pelas

termelétricas.

( ) A questão energética no Brasil não se reduz apenas ao

potencial e à diversificação de sua produção, mas também à

problemática ambiental que esta provoca.

4-(FGV-SP) De todo o potencial hidrelétrico brasileiro (258

mil MW de potência), 30% já foram aproveitados. O maior

potencial disponível está na bacia Amazônica (100 mil MW),

do qual menos de 1% foi aproveitado. A exploração de boa

parte do potencial da bacia tem como fator restritivo:

a) a grande variação do volume de águas nos leitos dos

principais rios durante os meses de primavera-verão.

b) a presença de unidades de conservação e de terras

indígenas em vários pontos da bacia hidrográfica.

c) a pouca profundidade dos leitos fluviais, o que impede a

instalação de turbinas e demais equipamentos.

d) o relevo formado por baixos planaltos geologicamente

instáveis que dificultam a construção de barragens.

e) o baixo desenvolvimento econômico e a fraca integração

regional, que desestimulam grandes investimentos.

5-(UEMA) O G-20, grupo composto pelos 20 países mais

industrializados do mundo, vem discutindo alternativas

energéticas que não sejam nocivas ao meio ambiente, sejam

renováveis, tenham um custo acessível e que permita o

desenvolvimento econômico. VIVER, aprender expandindo: conhecer, sobreviver e conviver: Ensino

Médio. v. 1. São Paulo: Global, 2009.

No Brasil, um exemplo de importante fonte energética

alternativa dessa natureza, proveniente da biomassa tropical e

utilizada como combustível nos veículos automotivos, é:

a) a cana de açúcar, utilizada na produção do álcool.

b) o petróleo, utilizado na produção de energia nuclear.

c) o xisto, utilizado na produção de energia termoelétrica.

d) o urânio, utilizado na produção de energia geotérmica.

e) o carvão mineral, utilizado na produção de energia eólica.

18

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A CIÊNCIA GEOGRÁFICA

O conhecimento da terra e de todas as dinâmicas

existentes integra o estudo da ciência geográfica. A qual

surgiu paralelamente ao homem, tendo um grande

desenvolvimento na civilização grega, com ESTRABÃO que

especulava a respeito da forma da Terra, e realizava

comparações entre os lugares em suas viagens. Já os romanos

utilizaram os conhecimentos geográficos como forma de

poder em seus objetivos expansionistas.

A geografia vai se estruturar como ciência apenas no

século XIX, na Alemanha, com Alexandre Von Humboldt,

Karl Ritter e Friedrich Ratzel, na chamada ESCOLA

DETERMINISTA, a qual diz que o meio natural determina

as condições de vida do homem. Na França surge a

ESCOLA POSSIBILÍSTA, com Paul Vidal de La Blache,

acreditando que as sociedades interagem com o meio

podendo mudar a realidade em que vivem. Deterministas e

possibilistas integram a GEOGRAFIA TRADICIONAL, que

possuí um caráter descritivo.

As significativas mudanças sociais ocorridas no

século XX levam ao surgimento da chamada GEOGRAFIA

CRÍTICA ou NOVA GEOGRAFIA, que busca compreender

as interelações do homem com o meio, analisando tanto os

espaços naturais, quanto os espaços sociais e sua dinâmica,

sendo a visão dominante entre os geógrafos na atualidade.

ESPAÇO GEOGRÁFICO: objeto principal de estudo da

geografia. Pode ser entendido como o espaço

natural modificado permanentemente pelo homem por meio

de seu trabalho e das técnicas por ele utilizadas. (“o espaço

geográfico é o palco das realizações humanas”).

LUGAR: Ponto específico do espaço geográfico. É o espaço

próximo ao indivíduo, onde é se estabelece uma relação de

vivência e de afetividade.

PAISAGEM: conjunto de formas visíveis do espaço

geográfico. Podendo ser natural ou humanizada.

REGIÃO: porção do espaço geográfico que agrupa

diferentes lugares, interligados por fatores naturais ou

humanos. Uma região se individualiza dentro de espaços

maiores por traços de homogeneidade.

TERRITÓRIO: Espaço delimitado através de fronteiras,

sejam elas definidas pelo homem ou pela natureza. Mas nem

sempre essas fronteiras são visíveis ou muito bem definidas,

pois a conformação de um território obedece a uma relação

de poder, podendo ocorrer tanto em elevada abrangência (o

território de um país, por exemplo) quanto em espaços

menores (o território dos traficantes em uma favela, por

exemplo).

1-(UEPG) O conceito geográfico associado ao plano do

cotidiano, do vivido e do indivíduo é:

a) a região

b) o lugar

c) o território

d) o espaço geográfico

e) a paisagem

2-(Unics) A que categoria geográfica se refere Milton Santos

neste fragmento de texto?

“Formado por um conjunto indissociável, solidário e também

contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não

considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual

a história se dá.” (SANTOS, M., 2004:63).

Assinale a alternativa correta:

a) Paisagem

b) Espaço geográfico

c) Território

d) Lugar

e) Região

3-(UFU) A Geografia se expressou e se expressa a partir de

um conjunto de conceitos que, por vezes, são considerados

erroneamente como equivalentes, a exemplo do uso do

conceito de espaço geográfico como equivalente ao de

paisagem, entre outros.

Considerando os conceitos de espaço geográfico, paisagem,

território e lugar, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A paisagem geográfica é a parte visível do espaço e pode

ser descrita a partir dos elementos ou dos objetos que a

compõem. A paisagem é formada apenas por elementos

naturais; quando os elementos humanos e sociais passam a

integrar a paisagem, ela se torna sinônimo de espaço

geográfico.

b) O espaço geográfico é (re)construído pelas sociedades

humanas ao longo do tempo, através do trabalho. Para tanto,

as sociedades utilizam técnicas de que dispõem segundo o

momento histórico que vivem, suas crenças e valores, normas

e interesses econômicos. Assim, pode-se afirmar que o

espaço geográfico é um produto social e histórico.

c) O lugar é concebido como uma forma de tratamento

geográfico do mundo vivido, pois é a parte do espaço onde

vivemos, ou seja, é o espaço onde moramos, trabalhamos e

estudamos, onde estabelecemos vínculos afetivos.

d) Historicamente, a concepção de território associa-se à ideia

de natureza e sociedade configuradas por um limite de

extensão do poder. A categoria território possui uma relação

estreita com a de paisagem e pode ser considerada como um

conjunto de paisagens contido pelos limites políticos e

administrativos de uma cidade, estado ou país.

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ASTRONOMIA Ciência natural que estuda corpos celestes e

fenômenos que se originam além da atmosfera terrestre. Se

preocupando com a evolução, a física, a química e

o movimento de corpos celestes, bem como a formação e o

desenvolvimento do universo.

UNIVERSO

Universo é tudo o que existe fisicamente, a

totalidade do espaço e tempo e todas as formas de matéria,

incluindo todos os planetas, estrelas, galáxias e os

componentes do espaço intergaláctico.

Existem diversas teorias sobre a formação do

Universo, dentre elas a mais aceita é a teoria do Big Bang,

apresentada ao mundo em 1948, por George Gamow, a qual

diz que Universo surgiu a cerca de 13,5 a 14 bilhões de anos

atrás, a partir de uma grande explosão. Essa explosão teve

origem devido a uma gigantesca concentração de energia e

matéria em um único ponto do Universo observável. Segundo

essa teoria o Universo continua em um processo de expansão.

GALÁXIAS

São agrupamentos de estrelas, planetas e outros

corpos celestes. Existem bilhões de galáxias no universo, e

em cada uma delas bilhões de estrelas e outros corpos

celestes no seu interior.

A VIA LÁCTEA é uma galáxia espiralada na qual

o Sistema Solar faz parte. Vista da Terra, aparece como uma

faixa brilhante e difusa. Com poucas exceções, todos os

objetos visíveis a olho nu pertencem a essa galáxia. Os

gregos da era clássica foram os responsáveis pela expressão

Via Láctea (Caminho de Leite).

ESTRELAS

São corpos celestes esféricos que irradiam luz e

calor. Cada estrela é na verdade, uma violenta bola giratória

de gás luminosa e quente. A quantidade de gás (Hélio e

Hidrogênio) que uma estrela contém é muito importante, uma

vez que influencia a gravidade, a temperatura, a pressão, a

densidade e o tamanho da estrela.

PLANETAS

São corpos celestes que orbitam uma estrela, com

massa suficiente para se tornar esférico pela sua

própria gravidade. Os planetas são corpos celestes que não

possuem luz e nem calor próprios, por isso são denominados

de astros iluminados.

SISTEMA SOLAR

Corresponde ao conjunto constituído pelo Sol e

todos os corpos celestes orbitam ao seu redor devido ao

seu domínio gravitacional. A estrela central, o SOL, é o

maior componente do Sistema Solar. Gerando

sua energia através da fusão de hidrogênio em hélio, dois de

seus principais constituintes.

Os quatro planetas mais próximos do Sol,

Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, são os menores do Sistema

Solar e possuem em comum uma crosta sólida e rochosa,

razão pela qual se classificam no grupo dos PLANETAS

TELÚRICOS, OU ROCHOSOS. Mais afastados, Júpiter,

Saturno, Urano e Netuno, são os componentes de maior

massa entre os planetas, tendo uma constituição gasosa,

sendo denominados PLANETAS GASOSOS OU

JOVIANOS.

As órbitas dos os planetas são elípticas, tendo assim sempre

um afélio e um periélio.

PERIÉLIO: é o ponto da órbita de um

planeta, asteroide ou cometa, que ele está mais próximo

do Sol. Momento este que tem a

maior velocidade de translação de toda a sua órbita. A

distância entre a Terra e o Sol no periélio é de

aproximadamente 147 milhões de quilômetros. Isto ocorre

próximo do dia 4 de janeiro.

AFÉLIO: é o ponto da órbita em que um planeta ou

um corpo menor do sistema solar em que ele está mais

afastado do Sol. A distância entre a Terra e o Sol no afélio é

de aproximadamente 152 milhões de quilômetros. Momento

em que apresenta a menor velocidade de translação de toda a

sua órbita. O planeta Terra passa no afélio por volta do dia 4

de Julho de cada ano.

1-(UEPG) Sobre o Sistema Solar, assinale a alternativa

correta.

a) No espaço sideral encontramos apenas os astros

iluminados como os planetas, os cometas e os satélites.

b) Todos os planetas do Sistema Solar giram em torno do Sol

em órbitas circulares, tendo o Sol como centro.

c) Periélio é a aproximação entre os planetas e o Sol,

enquanto que afélio é o afastamento entre os planetas e o Sol.

d) o heliocêntrismo apresenta o Sol como o centro do

universo.

e) Durante um período de mais de três mil anos, a

humanidade aceitou a teoria geocêntrica, tendo a Terra como

centro de tudo.

2- (UFPE-adap) A respeito do universo em geral analise as

afirmativas e marque a INCORRETA.

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a) A teoria do "Big Bang" procura explicar a origem do

universo, como tendo sido resultante da explosão de um

átomo primordial fortemente carregado de energia, ocorrida

há aproximadamente 13,5 bilhões de anos.

b) O ano-luz é a distância percorrida por um raio luminoso,

em um ano, à razão de 300 km por dia.

c) As constelações boreais estão situadas no hemisfério Norte

celeste

d) O sistema geocêntrico, que teve em Cláudio Ptolomeu seu

principal defensor, considerava a Terra em estado imóvel, no

centro do universo, tendo a girar em torno de si os astros

então conhecidos.

e) Entre todas as galáxias, a Via-Láctea é a que mais nos

interessa, pois nela está situado o Sistema Solar.

3- Com relação ao Universo em geral e ao Sistema Solar,

assinale a única afirmativa FALSA.

a) Segundo a teoria do Big Bang toda a matéria existente

estava concentrada em um único ponto quanto ocorreu à

grande explosão que deu origem ao Universo a

aproximadamente 13 bilhões de anos atrás.

b) Os planetas Mercúrio e Vênus não possuem satélites

naturais, sendo Vênus o planeta mais quente do Sistema

Solar.

c) Galáxias são aglomerados de diversos astros celestes,

entre eles as estrelas, os planetas, os satélites e outros.

d) A Lua é o único satélite natural da Terra e, leva entorno de

28 dias para dar uma volta completa entorno do nosso

planeta, movimento denominado de revolução.

e) O Sol é o único astro luminoso que encontramos em

nossa galáxia, a Via Láctea.

TERRA E SEUS MOVIMENTOS A Terra é o terceiro planeta em ordem de afastamento

do Sol, o mais denso e o quinto maior dos oito planetas

do Sistema Solar. É também o maior dos quatro planetas

telúricos.

Entre os movimentos da Terra no espaço, destacam-

se: TRANSLAÇÃO, ROTAÇÃO E PRECESSÃO.

MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO

Movimento que a Terra descreve em um órbita

elíptica ao redor do Sol, a uma distância média de cerca de

150 milhões de quilômetros. A cada 365 dias e 5h e 40 min, a

Terra completa uma volta entorno do Sol, período chamado

de ano sideral,

As consequências desse movimento são: as estações

do ano, o ano bissexto, o afélio e o periélio.

MOVIMENTO DE ROTAÇÃO

Movimento executado pela Terra ao redor de seu

próprio eixo, no sentido de oeste para leste, em um período

de 23h e 56 min, chamado de dia sideral. O movimento

ocorre com o eixo terrestre inclinado a 23°27’ em relação

ao plano de sua órbita, influenciando na distribuição de

luminosidade e energia solar na superfície terrestre.

A Rotação é responsável: pela alternância de dias e

noites, pelos diferentes fusos horários, pela circulação

atmosférica, pelas correntes marítimas, pelo abaulamento do

Equador e achatamento dos polos.

Estações do ano: considerando a obliquidade da eclíptica e o

movimento de translação, pode-se observar que os raios

solares não atingem de maneira igual toda a superfície

terrestre no decorrer do ano, determinando diferenças no

aquecimento.

SOLSTÍCIOS: são épocas em que os hemisférios, norte e

sul, são desigualmente iluminados, resultando no inverno e

verão.

EQUINÓCIOS: são as épocas do ano em que os

hemisférios, norte e sul, são igualmente iluminados,

correspondendo ao outono e a primavera.

1- (UEPG-adap) Sobre o planeta Terra, seus movimentos e

consequências, assinale a alternativa correta.

a) Os equinócios e solstícios ocorrem devido à inclinação do

eixo de rotação do planeta em relação ao plano da

elíptica e às diferentes posições em relação ao Sol ocupadas

pela Terra durante o seu movimento de rotação.

b) Os fusos horários foram estabelecidos com base no

movimento de translação da Terra, pois é esse movimento

que determina a maior ou menor duração dos dias e das

noites no transcorrer do ano.

c) O meridiano de Greenwich (0º) também é denominado de

meridiano da linha internacional de data.

d) Quando a Terra está na sua maior proximidade do Sol

encontra-se no perigeu e, no maior afastamento no apogeu.

e) Mesmo com a variação da inclinação do eixo terrestre as

regiões próximas a linha do Equador, não sofrem grandes

diferenças de temperatura no decorrer do ano.

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2-(UFG) Observe as figuras a seguir.

Os ângulos de incidência dos raios solares sobre a superfície

da Terra, demonstrados nas figuras, apresentam duas

situações distintas, que caracterizam os solstícios e os

equinócios. Em ambas as figuras, o ponto A representa uma

cidade sobre a linha do equador, ao meio-dia. A Figura 2

mostra a incidência do Sol três meses após a situação

ilustrada na Figura 1. A Figura 1 representa o:

a) equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a

incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra

em A.

b) equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a

incidência dos raios solares é perpendicular à superfície da

Terra em A.

c) equinócio de outono no hemisfério sul, quando a

incidência dos raios solares é perpendicular à superfície da

Terra em A.

d) solstício de verão no hemisfério norte, quando a incidência

dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A.

e) solstício de inverno no hemisfério sul, quando a incidência

dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A.

3-(UFPR) Os movimentos de rotação e translação

decorrentes da posição relativa da Terra ao Sol são

responsáveis, além da sucessão do dia e da noite e do ano

solar, por diversos outros fenômenos. Com relação a tais

fenômenos, numere a coluna II de acordo com a coluna I.

COLUNA I COLUNA II

1. Rotação ( ) Movimento aparente do Sol.

2. Translação ( ) Afélio e periélio.

( ) Desvio dos ventos alísios.

( ) Horários diferenciados

(delimitados pelos fusos).

( ) Estações do ano.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta da

coluna II, de cima para baixo.

a) 1; 2; 1; 1; 2.

a) 1; 2; 2; 1; 1.

b) 2; 1; 1; 2; 2.

c) 2; 2; 1; 1; 1.

e) 1; 1; 2; 2; 2.

CARTOGRAFIA É o conjunto de estudos e técnicas voltadas para a

elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou

representação de objetos, elementos, fenômenos, ambientes

físicos e socioeconômicos, bem como a sua utilização.

Os deslocamentos humanos permitiram ampliar os

conhecimentos catográficos, sendo necessária a utilização

cada vez mais precisa de mapas e instrumentos que

ajudassem a representar com maior precisão lugares e

também os pontos de interesse para as sociedades humanas.

A cartografia tem várias finalidades, inclusive servindo como

instrumento de poder e dominação, ou seja, para se dominar

um inimigo é necessário obter informações detalhadas sobre

seu território, informação muitas vezes contida em uma

planta ou em um mapa.

Entre os recursos utilizados pela cartografia estão a

Rosa dos Ventos e as Coordenadas Geográficas.

COORDENADAS GEOGRÁFICAS Conjunto de linhas imaginárias traçadas sobre o globo

terrestre com o objetivo de localizar com precisão um ponto

específico na superfície terrestre.

PARALELOS: linhas que circundam a Terra de leste-oeste.

A Linha do Equador (0°) é o principal paralelo, dividindo a

Terra nos hemisférios norte e sul. Os paralelos são

referências para LATITUDES, as quais variam de 0 a 90

graus.

MERIDIANOS: linhas traçadas de norte-sul, sendo que o

Meridiano de Greenwich (0°) divide a Terra nos hemisférios

leste e oeste e serve como referência para os demais

meridianos. A partir dos meridianos medimos as

LONGITUDES, as quais variam de 0 a 180 graus.

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FUSOS HORÁRIOS Os antigos viajantes tinham que acertar o relógio através

do Sol toda vez que chegavam a uma cidade nova. Buscando

resolver esse entrave, em 1884, foi realizada a Conferência

Internacional do Primeiro Meridiano, em Washington, EUA.

A proposta era padronizar a hora mundial. A partir de então

ficou estabelecido que a longitude 0°, seria a referência para

os fusos horários mundiais, passando pelo Observatório Real

de Greenwich, na Inglaterra. Os outros fusos seriam contados

positivamente para leste, e negativamente para oeste, até ao

Meridiano de 180º, chamado de Anti-Meridiano, situado

no Oceano Pacífico, onde seria a Linha Internacional de

Mudança da Data.

Como calcular os fusos horários:

Como o movimento de Rotação da Terra leva cerca de

24 horas, foi dividido a Terra em 24 faixas ou fusos horários.

Tendo em vista que a Terra tem 360° de circunferência,

dividimos os 360º pelos 24 fusos horários, ficando assim

cada faixa horária com a abrangência de 15º graus (1665 km

na Linha do Equador). Então a cada 15º de deslocamento

mudamos uma hora em nossos relógios. Se o deslocamento

for para leste adiantamos as horas e se for para o oeste

atrasamos as horas.

Exemplo 1

A cidade A está a 15º oeste de Greenwich, e a cidade B, a

45º oeste. Qual a diferença horária entre as duas cidades?

B= 45º oeste

A= -15° oeste

30º / 15º = 2 horas de diferença entre as cidades.

Exemplo 2

Em Brasília, situada a 45º oeste de Greenwich, são 10 horas.

Que horas são em Cairo, no Egito, 30° leste de Greenwich?

*Devido a grande extensão territorial, o Brasil possuí

quatro fusos horários. Todos atrasados em relação a

Greenwich.

1-(PUC-RS) No dia de hoje, sabemos que Porto Alegre se

encontra no horário de verão. Que horas marcará um relógio

na capital gaúcha, quando em Londres forem 13 horas?

a) 9 horas

b) 10 horas

c) 11 horas.

d) 11 horas e 30 min

e) 10 horas e 30 min

2- (PUCPR) A Copa do Mundo de Futebol de 2014 atrairá,

para o Brasil, os olhares de milhões de pessoas. Curitiba

sediará alguns jogos desse torneio. Um desses jogos está

marcado para o dia 23 de junho às 13 horas. Assinale a

alternativa que indica o horário que um telespectador que se

encontra em Nova York, localizada no fuso de 75° W e outro

que se encontra em Paris, localizada no fuso 15° E assistirão

a esse jogo respectivamente. Considere os seguintes fatos:

· Nova York e Paris adotam o horário de verão.

· Curitiba situa-se no fuso oficial de Brasília (45° W)

a) 11 horas – 14 horas

b) 10 horas – 15 horas

c) 10 horas – 17 horas

d) 12 horas – 18 horas

e) 11 horas – 16 horas

3- (ENEM) O jardim de caminhos que se bifurcam

(....) Uma lâmpada aclarava a plataforma, mas os rostos dos

meninos ficavam na sombra. Um me perguntou: O senhor vai

à casa do Dr. Stephen Albert? Sem aguardar resposta, outro

disse: A casa fica longe daqui, mas o senhor não se perderá se

tomar esse caminho à esquerda e se em cada encruzilhada do

caminho dobrar à esquerda.

Quanto à cena descrita acima, considere que

I - o sol nasce à direita dos meninos;

II - o senhor seguiu o conselho dos meninos, tendo

encontrado duas encruzilhadas até a casa.

Concluiu-se que o senhor caminhou, respectivamente, nos

sentidos:

a) oeste, sul e leste.

b) leste, sul e oeste.

c) oeste, norte e leste.

d) leste, norte e oeste.

e) leste, norte e sul

ESCALAS Em um mapa, a escala é a relação matemática entre as

dimensões reais e as representadas no desenho. Sendo um dos

elementos essenciais de um mapa, juntamente com a

orientação, a legenda (convenções cartográficas) e a projeção

cartográfica. As escalas podem ser:

Escala gráfica: representada por uma reta graduada,

com um centímetro de distância cada intervalo. Não sendo

necessário cálculos.

Escala numérica: expressa na forma de fração, exemplo

1: 100 000 (lê-se um para cem mil). Significa que cada parte

do mapa foi reduzida cem mil vezes.

Para sabermos a distância real da escala utilizada em um

mapa, utilizamos a seguinte fórmula: E = d / D.

E= d E = ESCALA

D d = DISTÂNCIA GRÁFICA

D = DISTÂNCIA REAL

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Exemplo 1

Em um mapa de escala 1: 10 000 000 a distância gráfica entre

as cidades de Ponta Grossa e Curitiba é de 1cm. Qual é a

distância real aproximada entre as duas cidades?

E = 1 = 1

10 000 000 D

1D = 1 x 10 000 000

D = 10 000 000 cm ou 100 km (convertendo cm em Km)

Exemplo 2

Em um mapa, a distância gráfica entre duas cidades é de 8 cm

e a distância real, de 16 km. Qual é a escala desse mapa?

Exemplo 3

Um mapa apresenta escala de 1:10 000. A distância real entre

duas cidades é de 2 km. Qual é a distância gráfica?

1- (UEPG) Se, em determinado mapa, a distância de 250 km

entre duas cidades é representada com 10 cm, qual é a escala

desse mapa?

a) 1: 2.500

b) 1: 25.000

c) 1: 250.000

d) 1: 2.500.000

e) 1: 25.000.000

2- (UFPR) - A escala é definida como a relação da distância

real entre dois pontos quaisquer na superfície da Terra com a

distância entre esses dois pontos num documento

cartográfico. Se, em uma carta, na escala 1:50.000, a

distância em linha reta entre duas cidades for de 10 cm, no

terreno essa distância será de:

a) 5 km.

b) 0,5 km.

c) 1 km.

d) 100 km.

e) 500 km.

3- (UFPR) - Utilizando o celular e um programa de acesso a

mapas on line, você localizou um ponto de interesse a

aproximadamente 2,5cm de distância do local onde se

encontrava. Considerando que o programa indicava a escala

aproximada de 1:3.000, calcule a distância a ser percorrida

em linha reta até esse ponto de interesse.

a) 125 m.

b) 120 m.

c) 75 m.

d) 65 m.

e) 35 m.

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS São utilizadas para representar a Terra, que é

aproximadamente esférica, sobre a superfície de um plano,

um cilindro ou um cone. Todas as projeções em mapas

apresentam deformações, sejam nas formas, áreas ou nos

ângulos.

PROJEÇÃO CILINDRICA: a rede de paralelos e

meridianos é projetada em um cilindro. Tendo como

características: Paralelos e meridianos retos, formando

ângulos de 90º. O inconveniente dela é ir aumentando as

deformações conforme vai aumentando a distância da linha

do Equador em direção aos Polos. A projeção cilíndrica mais

conhecida é a de MERCATOR, do século XVI.

PROJEÇÃO CÔNICA: o globo terrestre é projetado sobre

um cone, resultando em meridianos convergindo para um

único ponto, e os paralelos como círculos concêntricos. Essa

projeção é muito utilizada para representar as médias

latitudes.

PROJEÇÃO AZIMUTAL/PLANA OU GEOPOLÍTICA:

A superfície terrestre é projetada em um plano, a partir de um

determinado ponto. Os meridianos são linhas retas

divergentes e os paralelos círculos concêntricos. Esta

projeção é muito utilizada para as regiões polares. Tendo

grandes distorções na medida que se afasta do ponto de

tangência.

1- Com relação aos dois exemplos de projeções mostrados

abaixo, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O sistema de projeção do mapa criado por Mercator em

1569, tinha como objetivo facilitar as navegações marítimas.

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b) A projeção de Peters foi desenvolvida a partir da segunda

metade do século XX, visando um retrato mais ou menos fiel

de dimensões de áreas, o que faz a África e a América do Sul

ganharem mais destaque do que quando representadas na

Projeção de Mercator.

c) A projeção de Mercator é denominada de Eurocêntrica ou

primeiro mundista.

d) A projeção de Peters busca valorizar os países

desenvolvidos em desfavor dos países menos favorecidos.

2- (UCS/RS) O globo terrestre é uma forma de representação

da Terra. Nele podemos observar as linhas imaginárias,

importantes para o estabelecimento das coordenadas

geográficas, que são medidas

estabelecidas para localizar um ponto na superfície do

planeta.

Considerando as coordenadas geográficas, associe os termos

listados na Coluna A aos conceitos

apresentados na Coluna B.

COLUNA A 1 latitude

2 longitude

3 paralelos

4 meridianos

COLUNA B ( ) linhas imaginárias verticais que convergem para os

polos.

( ) linhas imaginárias cujo plano é perpendicular ao eixo

de rotação da Terra.

( ) distância, expressa em graus, cujo ponto inicial é

Greenwich.

( ) medida, em graus, que estabelece as coordenadas

ao norte e ao sul

3- (UFAM) Sobre o GPS, leia as assertivas abaixo e assinale

somente as que estão corretas:

( ) O GPS é considerado, atualmente, a mais moderna e

precisa ferramenta de determinação da posição de um ponto

da superfície terrestre. É um termo em inglês que

significa Global Positioning System.

( ) O GPS permite apenas o monitoramento de

deslocamentos realizados em pequenas distâncias de um

ponto para outro, em linha reta.

( ) O GPS é um instrumento de orientação utilizado apenas

em automóveis importados.

( ) O GPS representa uma tecnologia desenvolvida

inicialmente para fins bélicos. Foi durante a

Guerra do Golfo que sua aplicação obteve sucesso.

( ) GPS é um sistema que se baseia na utilização de mapas e

cartas milimetricamente representadas em um gráfico de

escalas pequenas.

GEOLOGIA É a ciência que estuda a Terra, sua formação, evolução,

composição e estrutura. Através da geologia sabemos que a

Terra tem cerca de 4,6 bilhões de anos. A idade geológica

da Terra é dividida em eras geológicas, as quais não são

precisas em quantidades de anos, sendo assim, o mais

importante é entender os fatos e a evolução dos seres ao

longo do tempo.

CAMADAS INTERNAS DA TERRA Estudar as camadas internas do planeta é um grande

desafio considerando que o diâmetro da Terra ultrapassa

12000 km. Os estudos são feitos indiretamente através da

propagação das ondas sísmicas, do vulcanismo, do gradiente

geotérmico, das rochas e da densidade dos minerais.

A Terra é constituída, basicamente, por três camadas:

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LITOSERA OU CROSTA TERRESTRE:

Camada superficial sólida que envolve a Terra. Sua espessura

pode chegar até no máximo 70km. Dividida em duas porções:

-SIAL: Parte superficial da crosta, sendo constituída

basicamente de silício e alumínio. Formam as rochas mais

antigas do planeta, formando principalmente a base dos

continentes.

-SIMA: Forma a crosta oceânica, porção rica em

materiais como o silício e o magnésio.

MANTO: Camada viscosa logo abaixo da crosta. É formada por vários

tipos de rochas ricas em ferro e magnésio, que, devido às

altas temperaturas, entorno de 3000°C, encontram-se

fundidas, recebe o nome de magma. Indo até os 2900 km de

profundidade. A parte superior do manto chama-se

ASTENOSFERA, região onde ocorre a movimentação das

placas tectônicas.

NÚCLEO OU NIFE:

É a parte central do planeta. Acredita-se que seja formado por

metais como ferro e níquel em altíssimas temperaturas, que

podem superar 5000°C. Possui duas partes: Núcleo externo

de em estado líquido, e o Núcleo interno em estado sólido,

devido à altíssima pressão – até 6371 km de profundidade.

Tanto entre a crosta e o manto como entre o manto e

o núcleo existem zonas intermediárias de separação, as

chamadas descontinuidades. Entre a crosta e o manto esta a

descontinuidade de Mohorovicic, e entre o manto e o núcleo,

existe a descontinuidade de Gutenberg.

Grau geotérmico é a quantidade de metros de

profundidade em que a temperatura aumenta 1ºC, em

média a cada 33 metros.

DERIVA CONTINENTAL

A teoria da deriva continental foi apresentada

pelo geólogo alemão Alfred Wegener em 1912. Wegener

afirmava que os continentes, hoje separados por oceanos,

estiveram unidos na Era Paleozóica, numa única massa de

terras, em um supercontinente denominado de PANGEA.

TECTÔNICA DE PLACAS As placas tectônicas ou litosféricas são imensos

blocos rochosos que formam a litosfera. Essas placas estão

em um contínuo e lento movimento, chamado de

TECTONISMO (diastrofismo). Esses movimentos ocorrem

sobre a astenosfera e dão origem a abalos sísmicos, ao

vulcanismo e a novas estruturas do relevo (Forças

Endógenas).

Limites Convergentes: é a aproximação entre placas,

causando o choque entre elas e a formação de dobramentos.

Limites Divergentes: é o afastamento entre placas, podem

formar dorsais oceânicas.

Limites Conservativos: uma placa desliza ao lado da outra,

esses movimentos não formam nem destroem a crosta.

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1-(UPE) As lavas mais antigas estão justamente nas ilhas

mais afastadas da Cadeia Médio-Atlântica; por outro lado, as

mais jovens são encontradas nas ilhas adjacentes à referida

Cadeia. Esta ocupa posição mediana no Atlântico,

acompanhando paralelamente as sinuosidades da costa da

África e da América do Sul. Portanto, o assoalho submarino

está em processo de expansão. Esses dados mencionados

apoiam a ideia de um importante modelo teórico empregado

pela Geografia Física e pela Geologia. Qual alternativa

contém esse modelo?

a) Uniformitarismo das cadeias oceânicas

b) Teoria da Tectônica Global

c) Modelo da Litosfera Quebradiça

d) Teoria do Quietismo Crustal

e) Migração dos Polos Geográficos

2-(UECE) A parte sólida e a parte com material em estado de

fusão da Terra correspondem, respectivamente, à

a) criosfera e à litosfera.

b) litosfera e ao magma.

c) hidrosfera e ao magma.

d) troposfera e à criosfera.

3-(UFPE) A figura esquemática a seguir refere-se à estrutura

interna do planeta. Observe-a.

Com base nessa figura, analise as afirmações seguintes.

( ) A estrutura interna da Terra é representada em modelos

que se apoiam em dois critérios distintos: as propriedades

físicas e a composição química.

( ) O Manto terrestre, indicado pelo número 1, se situa sob

o Núcleo e se estende até 20 km de profundidade; é uma

faixa de intensa atividade sísmica e vulcânica.

( ) O estudo da estrutura interna da Terra tem por base

métodos muito diversificados, mas a análise da Astenosfera

já é possível mediante observações diretas.

( ) A camada número 1 apresenta manifestações

magmáticas e sísmicas nas áreas de colisão de placas

litosféricas; essas áreas são tectonicamente instáveis.

( ) A crosta oceânica é formada basicamente de basaltos;

ela é menos espessa, em geral, do que a crosta continental,

sobre a qual residem bilhões de seres humanos.

VULCANISMO É o processo pelo qual o magma é expelido do

manto até a crosta terrestre. Podendo ocorrer através de

fissuras na litosfera ou vulcões.

Vulcão é uma estrutura geológica de

formato cônico e montanhoso, criada quando

o magma, gases e partículas quentes são expulsos até a

superfície. A erupção de um vulcão pode resultar num

grave desastre natural e social.

CÍRCULO DE FOGO DO PACÍFICO

Região localizada no oceano Pacífico que concentra cerca de

80% dos vulcões ativos do planeta. A região se localiza no

encontro de várias placas tectônicas, por isso é tão instável

geologicamente.

VULCASMO NO BRASIL

O Brasil por se localizar no centro da placa Sul-america, esta

numa região estável, não ocorrendo grandes abalos sísmicos e

não possuindo vulcões ativos. Porém no passado foi atingido

por várias atividades vulcânicas, entre elas no Cenozoico que

originou as ilhas oceânicas do Nordeste, e o DERRAME DE

TRAPP, no Mesozoico, na região Centro-Sul.

4- (PUCRIO) Terremotos são gerados pelos movimentos

naturais das placas tectônicas da Terra, que causam ajustes na

crosta terrestre, afetando a organização das sociedades. Em

relação aos sismos naturais, é correto afirmar que eles são

causados por:

a) forças endógenas incontroláveis.

b) energias exógenas excepcionais.

c) forças antrópicas descontroladas.

d) energias antrópicas excepcionais.

e) forças endógenas e antrópicas.

5- (UDESC) São agentes internos de transformação de

relevo:

a) vulcanismo e abalos sísmicos.

b) tectonismo e correntes marítimas.

c) erosão e vulcanismo.

d ) intemperismo e abalos sísmicos.

e) o homem e vulcanismo.

6- (FUVEST) O vulcanismo é um dos processos da dinâmica

terrestre que sempre encantou e amedrontou a humanidade,

existindo diversos registros históricos referentes a esse

processo. Sabe-se que as atividades vulcânicas trazem novos

materiais para locais próximos à superfície terrestre. A esse

respeito, pode-se afirmar corretamente que o vulcanismo

a) é um dos poucos processos de liberação de energia interna

que continuará ocorrendo indefinidamente na história

evolutiva da Terra.

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b) é um fenômeno tipicamente terrestre, sem paralelo em

outros planetas, pelo que se conhece atualmente.

c) traz para a atmosfera materiais nos estados líquido e

gasoso, tendo em vista originarem-se de todas as camadas

internas da Terra.

d) ocorre, quando aberturas na crosta aliviam a pressão

interna, permitindo a ascensão de novos materiais e

mudanças em seus estados físicos.

e) é o processo responsável pelo movimento das placas

tectônicas, causando seu rompimento e o lançamento de

materiais fluidos.

ROCHAS São agregados e um ou mais minerais, sendo

classificadas de acordo com sua origem.

MINERAL: compostos inorgânicos encontrados

naturalmente na crosta terrestre.

MINÉRIO: mineral com valor econômico.

CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS

ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS

Formadas pela solidificação do magma, podem ser:

-INTRUSIVAS OU PLUTÔNICAS: formadas pela

solidificação do magma no interior da litosfera.

-EXTRUSIVAS OU VULCÂNICAS: formadas pela

solidificação do magma no exterior da litosfera.

ROCHAS SEDIMENTARES

Formadas pela desintegração de sedimentos de outras rochas.

Podem ser:

-Clásticas ou dentriticas: formadas somente por fragmentos

de rochas, como a areia.

-Orgânicas: formadas por fragmentos de rochas e resíduos

orgânicos, como o calcário.

-Químicas: formadas por processos químicos de dissolução e

precipitação, como o sal-gema.

ROCHAS METAMÓRFICAS

São formadas a partir de transformações sofridas em rochas

ígneas ou sedimentares. Essas transformações ocorrem

quando as rochas são submetidas ao calor e a pressão do

interior da litosfera. Ex. o calcário transforma-se em

mármore.

SOLOS Solo é um corpo de material inconsolidado que

cobre a superfície terrestre, resultantes dos processos de

intemperismo. Os solos são constituídos de material sólido

(minerais e matéria orgânica), líquido (solução do solo) e

gasoso (ar). Dentre os diversos tipos de solos, destacam-se:

SOLOS ALUVIAIS: formados por sedimentos

transportados de outras regiões. Ex. solo de Massapé.

SOLOS ELUVIAIS: se formam no mesmo local onde se

encontram. Ex. Terra Roxa, formado pela decomposição do

basalto (rocha ígnea extrusiva).

INTEMPERISMO: ou meteorização, é o conjunto de ações

químicas (causadas pela água), físicas (causados pela ação

dos ventos, geleiras, diferenças térmicas, enxurradas, entre

outros) e biológicas (seres vivos) que causam a desintegração

e decomposição das rochas.

O intemperismo faz parte dos agentes exógenos.

(UFV) Observe a figura abaixo:

No decorrer do tempo geológico, as rochas sofrem

diversas modificações e se transformam. Com base na figura

acima e nos conhecimentos sobre dinâmica da crosta

terrestre, assinale a afirmativa INCORRETA:

a) As rochas ígneas são formadas a partir do resfriamento do

magma, levando à formação de rochas como o granito.

b) O intemperismo transforma as rochas ígneas em

metamórficas, como ocorreu com a formação do calcário na

região de Sete Lagoas (MG).

c) As rochas metamórficas são mais resistentes ao

intemperismo do que as rochas sedimentares, permitindo o

uso dessas na construção civil.

d) As rochas sedimentares são formadas pelo processo de

compactação do material oriundo do intemperismo e do

transporte das rochas ígneas ou metamórficas.

e) As rochas metamórficas resultam da transformação de

rochas antigas, que sofreram pressão ou elevação de

temperaturas, como é caso do gnaisse.

2-(MACK) As colunas que pendem do teto de uma caverna

são as estalactites e as que se formam em seu piso, a partir

dos respingos caídos do teto, são as estalagmites. Ambas se

originam da precipitação e solidificação de bicarbonato de

cálcio que se encontra dissolvido na água. Assinale a

alternativa que indica o tipo de grupo de rochas a que as

estalactites e estalagmites estão associadas.

a) Rochas sedimentares detríticas, formadas pela

decomposição e deposição de detritos de rochas pré-

existentes.

b) Rochas sedimentares de origem orgânica, formadas pelo

acúmulo de detritos orgânicos.

c) Rochas sedimentares de origem química, isto é, formadas

pela deposição de sedimentos por processos químicos.

d) Rochas metamórficas, resultantes da metamorfose de

rochas magmáticas e sedimentares quando submetidas a

certas condições de temperatura e pressão no interior da

Terra.

e) Rochas sedimentares de origem química, formadas pelo

acúmulo de detritos orgânicos.

3-(UFRR) As rochas, assim como outros componentes do

meio natural, são classificadas por meio de critérios

específicos, permitindo agrupá-las segundo características

semelhantes. Uma das principais classificações é a genética,

em que as rochas são agrupadas de acordo com o seu modo

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de formação na natureza. Sob este aspecto, as rochas se

dividem em três grandes grupos:

a) Calcárias, basálticas e graníticas;

b) Crostáticas, continentais e oceânicas;

c) Areníticas, vulcânicas e radioativas;

d) Ígneas, sedimentares e metamórficas;

e) Neolíticas, terciárias e quaternárias.

ESTRUTURAS GEOLÓGICAS A estrutura geológica é a classificação da litosfera terrestre de

acordo com suas origens e as composições de suas rochas.

Assim, todo o relevo terrestre foi dividido a partir de seus três

principais tipos: os crátons, as bacias sedimentares e

os dobramentos modernos.

CRÁTONS / ESCUDOS CRISTALINOS OU MACIÇOS

ANTIGOS: são formações geológicas muito antigas,

formadas na era Pré-Cambriana. São compostos por rochas

ígneas, e metamórficas. Podendo apresentar minerais

metálicos (como o ouro, o ferro e o alumínio). São áreas

geologicamente estáveis e desgastadas pelos agentes

exógenos.

BACIAS SEDIMENTARES: são composições rochosas

formadas por rochas sedimentares. São as mais extensas das

estruturas geológicas, recobrindo cerca de 70% do relevo

terrestre. São importantes, pois nelas pode ser encontrado

dependendo das condições locais, fósseis e até petróleo.

DOBRAMENTOS MODERNOS: também denominadas

de cadeias orogênicas, são formações geológicas

consideradas recentes, cujo início ocorreu na era Cenozoica,

no período Terciário. São resultantes das ações do

tectonismo, geralmente do choque de placas tectônicas. Essas

formações são originárias das grandes cadeias de montanhas

da Terra, como a Cordilheiras dos Andes (América do Sul) e

a Cordilheira do Himalaia (Ásia), onde se encontra a

montanha mais elevada do planeta, o Everest.

O território do Brasil é formado por 64% de bacias

sedimentares e 36% de escudos cristalinos.

FORMAS DE RELEVO O relevo são as formas da superfície terrestre,

modeladas pelos processos exógenos, estando em constante

dinamismo e transformação.

Planaltos: são áreas com uma relativa altitude e uma

superfície mais ou menos plana, com limites bem nítidos,

esses geralmente constituídos por escarpas ou serras. Nos

planaltos temos um predomínio de processos erosivos, isso

quer dizer que o desgaste é maior do que o acúmulo de

sedimentos.

Planícies: São áreas mais planas e mais baixas, recebendo

assim uma grande quantidade de sedimentos. As planícies

são, em geral, o tipo de relevo mais propício para a ocupação

humana. No entanto por não haver uma declividade muito

acentuada no relevo capaz de deslocar rapidamente as águas

para outras áreas, as planícies são mais propícias às

inundações.

Montanhas: relevo caracterizado pelas suas acentuadas

elevações, sendo a parte da superfície que apresenta as

maiores altitudes e as mais intensas declividades. Quando

elas formam um conjunto extenso, recebem o nome

de cadeias montanhosas ou de cordilheiras.

Depressões: Possuem, geralmente, uma superfície plana ou

côncava, uma vez que passaram por um longo período de

erosão e que agora se caracterizam pela predominância do

acúmulo de sedimentos. Existem dois tipos de depressões:

-Depressões absolutas: são aquelas que se encontram abaixo

do nível do mar, a exemplo da região do Mar Morto, a maior

depressão absoluta do mundo;

-Depressões relativas: são mais baixas do que o relevo ao

seu redor.

A formação das depressões costuma acontecer de

duas formas: a primeira é pelo seu desgaste ou erosão ao

longo de milhares de anos, o que é causado pela sua

composição menos resistente do que a de outras áreas, e a

segunda é pelos movimentos epirogenéticos da Terra,

quando uma região lentamente “afunda” em razão das forças

endógenas do planeta.

*No Brasil não existem dobramentos modernos e nem

depressões absolutas.

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1-(UFC-CE) As reservas petrolíferas estão relacionadas a um

tipo de formação geológica. Indique, corretamente, esse tipo

de formação.

a) Escudos cristalinos.

b) Bacias sedimentares.

c) Dobramentos cenozoicos.

d) Placas tectônicas.

e) Aluviões quaternários.

2-(UNIVEST) Os escudos ou maciços antigos brasileiros

formaram-se na era:

a) cenozóica

b) terciária

c) pré-cambriana

d) mesozóica

e) quaternária

3-(VUNESP) Assinale a alternativa que apresenta o que têm

em comum as seguintes cadeias montanhosas: Andes,

Himalaia, Alpes e Rochosas.

a) Geologicamente recentes e resultantes de dobramentos.

b) Geologicamente antigas e resultantes de dobramentos.

c) Localizam-se nas porções orientais dos continentes

por onde ocorrem.

d) Geologicamente constituídas por terrenos cristalinos

antigos.

e) Os grandes desníveis foram provocados por falhamentos

em terrenos cristalinos.

CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO O relevo brasileiro tem formação antiga, por isso

possuí baixas altitudes de forma geral.

Existem diferentes classificações do relevo

brasileiro, cada uma obedecendo a um critério. Entre as mais

conhecidas estão a década de 1940 de Aroldo Azevedo.

Aroldo de Azevedo utilizou como critério o nível

altimétrico. Afirmando que as planícies são superfícies até

200m de altitude e os planaltos superfícies acima dos 200m.

Na da década de 1950, Aziz Ab´Saber apresentou

uma nova classificação, baseando no processos

morfoclimáticos que geram erosão e sedimentação.

Continuou considerando as cotas altimétricas, mas acrescenta

que nas planícies predominam os processos de sedimentação

e nos planaltos predominam os processos de erosão.

A mais recente classificação do relevo brasileiro é

da década de 1990, elaborada por Jurandyr Ross, usando

como referência o projeto Radambrasil, que mapeou o

Brasil entre 1970 e 1985, com um equipamento espacial de

radar instalado em avião. Ross considera 28 unidades de

relevo no Brasil, divididas em planaltos, planícies e

depressões.

1-O relevo brasileiro não apresenta elevadas altitudes. Cerca

de 92% do espaço natural do país apresenta altitudes

inferiores a 900 metros acima do nível do mar. Isso ocorre

porque:

a) Predomina no país a ação dos agentes endógenos.

b) A formação geológica do Brasil é muito antiga.

c) Ocorrem frequentes terremotos, que aplainam o relevo.

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d) A atividade humana atuou no sentido de degradar as

formas antigas da superfície.

e) O Brasil localiza-se, em grande parte, nas zonas de

encontro entre placas tectônicas.

2-(UFPR) Os escorregamentos, também conhecidos como

deslizamentos, são processos de movimentos de massa

envolvendo materiais que recobrem as superfícies das

vertentes ou encostas, tais como solos, rochas e vegetação.

Estes processos estão presentes nas regiões montanhosas e

serranas em várias partes do mundo, principalmente naquelas

onde predominam climas úmidos. No Brasil, são mais

frequentes nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.

Sobre esses processos, considere as seguintes afirmativas:

( ) Os escorregamento consistem em importante processo

natural que atua na dinâmica das vertentes, fazendo parte da

evolução do relevo terrestre, principalmente nas regiões

serranas.

( ) Nos grandes centros urbanos, os escorregamentos

assumem frequentemente proporções catastróficas, uma vez

que cortes nas encostas, depósitos de lixo, entre outras ações

promovidas pelo homem geram novas relações com os

fatores condicionantes naturais.

( ) É necessário que o ser humano deixe de devastar as

florestas, impermeabilizar os solos e contaminar os rios para

que não mais ocorram os escorregamentos.

( ) A origem vulcânica do relevo brasileiro gerou um

conjunto de serras propícias para os escorregamentos, que

acarretam grandes prejuízos e perdas significativas, inclusive

de vidas humanas.

3-(UNIMONTES) Para a atual proposta de identificação das

macrounidades do relevo brasileiro, elaborada por Ross

(1989), foram fundamentais os trabalhos de Ab’Saber e os

relatórios e mapas produzidos pelo Projeto Radambrasil.

Ross passou a considerar para o relevo brasileiro, conforme

as suas origens, as unidades de planaltos, depressões e

planícies.

Quais as unidades do relevo brasileiro que, de acordo com a

gênese, segundo Ross, são resultantes de deposição de

sedimentos recentes de origem marinha, lacustre ou fluvial?

a) Planícies.

b) Depressões.

c) Planaltos cristalinos.

d) Planaltos orogenéticos.

4-(UFPR) Considere as afirmações.

I. A classificação do relevo brasileiro, de Aziz Ab Saber,

levou em consideração os processos morfoclimáticos

responsáveis pela dinâmica atual e pretérita do relevo; o título

da sua classificação é Domínios Morfoclimáticos do Brasil.

II. As principais planícies do Brasil, evidenciadas na

classificação de Aziz Ab Saber, são a Amazônica, a do

Pantanal e a Costeira.

III. A classificação do relevo brasileiro, de Aroldo de

Azevedo, em bacias sedimentares e planaltos cristalinos,

serviu de referência para a classificação de Ab Saber.

IV. O Planalto das Guianas consiste na principal região de

nascente dos rios afluentes da margem direita do rio

Amazonas, que vão desaguar na Ilha de Marajó.

Estão corretas:

a) apenas I e II

b) apenas II e III

c) apenas III e IV

d) apenas I e IV

e) todas as assertivas

5- (UFAP) Sobre a classificação do relevo brasileiro proposta

por Ross, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) Considera planaltos, planícies e depressões como formas

de relevo que se destacam regionalmente.

b) Dentre as classificações de relevo que abrangem todo o

território brasileiro, a de Ross foi a terceira a ser apresentada.

c) Conforme essa classificação, as depressões são superfícies

do relevo que ficam situadas altimetricamente acima das

planícies.

d) De acordo com Ross, o território do estado de Rondônia

apresenta depressões, planícies e planaltos.

e) Está baseada apenas nos critérios morfoesculturais.

ATMOSFERA É uma camada de gases que envolve a Terra, retida

pela força da gravidade. A atmosfera terrestre protege a vida

na Terra absorvendo a radiação ultravioleta solar, aquecendo

a superfície por meio da retenção de calor (efeito estufa), e

reduzindo os extremos de temperatura entre o dia e a noite.

Visto do espaço, o planeta Terra aparece como uma esfera de

coloração azul brilhante. Esse efeito cromático é produzido

pela dispersão da luz solar sobre a atmosfera.

A atmosfera terrestre é constituída por 78% de

nitrogênio, 21% oxigênio e 1% de outros gases. A maior

parte dos gases estão concentrados nas camadas mais baixas

da atmosfera, no caso do oxigênio na medida que

aumentamos a altitude ele vai se tornando mais rarefeito, até

praticamente desaparecer acima dos 100km.

CAMADAS DA ATMOSFERA

TROPOSFERA: camada mais baixa que esta em contato

com a superfície e onde localiza toda a biosfera. Concentra

cerca de 75% dos gases da atmosfera e mais de 90% do

oxigênio, nela ocorrem os fenômenos meteorológicos. Sua

altura vai em média até 12 km.

ESTRATOSFERA: é a camada acima da troposfera,

atingindo até 50 quilômetros acima do nível do mar. Essa

camada da atmosfera abriga a camada de ozônio, que nos

protege da radiação ultravioleta, que, em grandes

quantidades, é extremamente prejudicial para a vida.

MESOSFERA: estende-se do fim da estratosfera até 80

quilômetros de altura. A temperatura varia entre -5 °C a -95

°C, sendo considerada a camada mais fria.

IONOSFERA: nesta camada o ar é muito rarefeito e

carregado de íons, os quais transmitem as ondas de rádio.

EXOSFERA: nela praticamente não existem mais gases

atmosféricos, o que resulta em elevadas temperaturas.

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EFEITO ESTUFA

Efeito Estufa é um mecanismo natural do planeta

para possibilitar a manutenção da temperatura numa média de

15ºC, ideal para o equilíbrio de grande parte das formas de

vida em nosso planeta. A ação do homem vem

intensificando o efeito estufa, através da queima de

combustíveis fósseis e das queimadas, muito CO2 vem

sendo liberado na atmosfera, gerando um aquecimento

global com o aumento das temperaturas no planeta além

de mudanças climáticas. Pesquisadores do clima afirmam

que, num futuro próximo, o aumento da temperatura

provocado pelo efeito estufa poderá ocasionar o derretimento

das calotas polares e o aumento do nível dos mares. Como

consequência, muitas cidades litorâneas poderão desaparecer

do mapa.

BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO

Na década de 1980, surgiu no meio científico uma

preocupação com buracos que estavam se formando na

camada de ozônio. Estes eram provocados, principalmente,

pelo uso em grande quantidade de produtos com CFCs

(clorofluorcarbonos). Estes gases eram muito utilizados em

sprays e geladeiras. Atualmente, as indústrias química tem

diminuído significativamente o uso de CFCs, buscando

respeitar o Protocolo de Montreal, que é um tratado

internacional assinado em 1987 no Canadá, visando a

substituição do uso do CFC.

INVERSÃO TÉRMICA

A inversão térmica é um fenômeno atmosférico

muito comum nos grandes centros urbanos industrializados.

Esse fenômeno se intensifica durante o inverno, quando se

torna mais frequente a entrada de massas de ar frio, o ar

quente por ser menos denso eleva-se, e como a temperatura

próxima ao solo esta muito baixa o ar frio não consegue mais

se elevar, ficado as camadas mais altas da atmosfera com um

ar mais quente, que por sua vez não consegue descer,

deixando as camadas de ar invertidas. O agravante da

inversão térmica é que a camada de ar fria fica retida nas

regiões próximas à superfície terrestre com uma grande

concentração de poluentes. Sendo assim, a dispersão desses

poluentes fica extremamente prejudicada, formando uma

camada de cor cinza, oriunda dos gases emitidos pelas

indústrias, automóveis, aumentando as doenças respiratórias,

irritação nos olhos e intoxicações.

É importante ressaltar que a inversão térmica é um fenômeno

natural, sendo registrada em áreas rurais e com baixo grau de

industrialização. No entanto, sua intensificação e seus efeitos

nocivos se devem ao lançamento de poluentes na atmosfera,

o que é muito comum nas grandes cidades.

ILHAS DE CALOR

Ocorrem nas grandes cidades onde a temperatura é

maior se comparada com regiões periféricas ou rurais, devido

à grande emissão de gases poluentes, da grande quantidade

de asfalto e de concreto, onde estes últimos funcionam como

“espelho” refletindo o calor gerado no próprio centro urbano

e solar. Esse microclima também é influenciado pela falta de

vegetação dos centros urbanos e a grande quantidade de

edifícios que dificultam a circulação do ar.

1-(UNPEL) Nosso planeta vem sofrendo mudanças

climáticas há muito tempo. Um fenômeno ocorre sobre áreas

urbanas e consiste na presença de temperaturas à superfície

relativamente maiores que as encontradas nas regiões fora da

cidade (áreas rurais). Alterações da umidade do ar, da

precipitação e do vento também estão associadas à presença

desse fenômeno. Ele é claramente antrópico.

O fenômeno climático descrito acima refere-se

a) às ilhas de calor.

b) à inversão térmica.

c) ao efeito estufa.

d) ao El niño.

e) às chuvas ácidas.

2-(MACK) Foi da junção de duas palavras gregas, Atmós

(vapor) e Sphaîra (esfera), que surgiu o nome dado a estrutura

de gás que envolve um satélite ou planeta: a Atmosfera. Em

tempos de aquecimento global, passou a ser mais estudada,

mais valorizada no meio acadêmico, pois é nela que diversos

fenômenos relacionados aos distúrbios climáticos atuais

ocorrem. No nosso planeta, ela é formada por diversas

camadas e, em sua porção mais densa, chega a até 800

quilômetros de altitude a partir do nível do mar. É tida como

irrisória, se considerarmos o tamanho do globo terrestre, que

mede aproximadamente 12,8 mil quilômetros de diâmetro.

A respeito das camadas que compõem a atmosfera terrestre,

julgue as afirmações.

( ) A Troposfera é a camada mais baixa da atmosfera e, é

nela, que os principais fenômenos meteorológicos ocorrem,

tais como tempestades, chuvas, precipitações de neve ou

granizo e formação de geadas.

( ) A camada de ozônio (O3) concentra-se na Termosfera.

Formada a cerca de 400 milhões de anos, protege a Terra dos

raios ultravioleta emitidos pelo Sol, nocivos à vida. Porém

sabemos que, devido à emissão crescente de CO2 pelas

sociedades modernas, abriram-se buracos enormes nessa

camada, permitindo a entrada de tais raios.

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( ) A Mesosfera se estende da Estratosfera a até

aproximadamente 80 quilômetros acima do nível do mar. É a

faixa mais fria, porque nela não há nuvens nem gases capazes

de absorver a energia do Sol. A temperatura varia de -5°C a -

95°C.

( ) O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém o

planeta aquecido nos limites de temperatura necessários para

a manutenção da vida. Nos últimos dois séculos, vem

aumentando, na camada atmosférica que recobre a Terra, a

concentração de dióxido de carbono, do metano, do óxido

nitroso e de outros gases. Esse aumento anormal provoca a

aceleração do aquecimento global.

3-(UFRN) No dia 19 de junho de 2010, a cidade do Rio de

Janeiro amanheceu sob a influência de um forte nevoeiro, que

dificultava a visibilidade, interferindo no ritmo das atividades

urbanas. O ar quente permaneceu acima da camada de ar frio,

que ficou retida nas proximidades da superfície, favorecendo

a concentração de poluentes. O que foi vivenciado nesta

cidade é um fenômeno climático que pode ocorrer em

qualquer época do ano, sendo mais comum no inverno. Nessa

época, as chuvas são mais raras, dificultando, ainda mais, a

dispersão dos poluentes, o que causa um problema ambiental.

O fenômeno climático descrito no texto é conhecido como

a) efeito estufa.

b) ilhas de calor.

c) inversão térmica.

d) chuva ácida.

CLIMAS Tempo é o estado da atmosfera num determinado

momento e lugar. Podemos assim considerar a atmosfera

naquele momento como quente ou fria, úmida ou seca, calma

ou tempestuosa, limpa ou nublada.

O clima é o termo empregado para se referir às

condições atmosféricas permanentes de uma região. Para

analisá-lo é necessária uma análise de um período de pelo

menos 30 anos das condições do tempo da região. O clima

vai depender de uma série de fatores como: Latitude –

Altitude – Continentalidade – Maritimidade – Massas de ar –

Vegetação – Urbanização – Correntes Marítimas.

Latitude: Quanto maior a latitude, menor a média de

temperatura anual. Isso acontece, pois os raios solares

incidem com maior inclinação em regiões mais distantes da

linha do Equador. Por outro lado, regiões mais próximas da

linha do Equador recebem raios solares mais diretamente,

apresentando maior aquecimento.

Altitude: Como o aquecimento do ar é feito por irradiação,

em locais mais altos a temperatura é menor. Logo, quanto

maior a altitude, menor a temperatura. Por isso que o cume de

altas montanhas apresenta gelo permanente.

Maritimidade: O clima de regiões próximas ao litoral recebe

muita influência dos oceanos. Geralmente, cidades litorâneas

são muito úmidas e com menores amplitudes térmicas.

Continentalidade: O clima de áreas localizadas distantes dos

oceanos geralmente é mais seco e com maior amplitude

térmica do que das litorâneas. Isso ocorre, pois essas regiões

sofrem pouca ou nenhuma influência das massas de ar

úmidas dos oceanos.

Massas de ar: O clima do planeta é muito influenciado pelas

massas de ar. Elas podem, de acordo com a região onde

surgem, serem quentes, frias, úmidas ou secas.

Relevo: Regiões localizadas próximas ou entre montanhas

possui clima influenciado pelo relevo. As montanhas

dificultam o deslocamento de massas de ar, influenciando a

umidade e o índice pluviométrico da região. Numa cidade

localizada entre montanhas, por exemplo, pode fazer mais

calor do que em outra próxima que não sofra este fator

climático. Isso ocorre, pois o vento tem maior dificuldade

para dispersar o ar quente em áreas cercadas por montanhas.

As montanhas também podem ser barreiras para a chegada de

massas de ar úmidas em determinadas regiões, deixando-as

mais secas.

Vegetação: Florestas, principalmente as densas, costumam

reter muita umidade. Elas possuem também a capacidade de

impedir a incidência dos raios solares no solo. Um bom

exemplo é a Floresta Amazônica. Cidades próximas a ela

costumam ser úmidas, pois esta umidade que a vegetação

retira do solo é lançada na atmosfera.

Urbanização: Nos grandes centros urbanos existem muitas

construções, ou seja, muito concreto e asfalto, fatores que

aumentam a retenção do calor. Para piorar, as áreas verdes

costumam ser em pouca quantidade, em função do

adensamento urbano. Com grande quantidade de veículos

automotores, a poluição do ar também é elevada. Estes

elementos favorecem a formação de ilhas de calor, alterando

o clima destas grandes cidades. Logo, a urbanização tende a

elevar a temperatura média anual de uma determinada região.

Correntes Marítimas: são grandes massas de água que se

deslocam pelo oceano, levando as características dos locais

onde se formaram. Exercendo assim influências no clima e

nas atividades pesqueiras por onde passam. As correntes

podem ser quentes ou frias.

*Pressão atmosférica é o peso que o ar atmosférico exerce

sobre a superfície do planeta. Essa pressão pode mudar

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de acordo com a variação de altitude, latitude e

temperatura.

*Umidade atmosférica é a quantidade de vapor d’água

existente em uma determinada porção atmosférica.

1-(UCPEL) A temperatura atmosférica varia de um lugar

para outro, mas também pode apresentar variações no

decorrer do tempo, pois vários fatores estão relacionados à

sua distribuição ou variação.

Sobre os fatores que interferem na variação e distribuição da

temperatura atmosférica, é correto afirmar que:

a) as variações de temperaturas no continente são menos

acentuadas que nos oceanos devido à diferença do

comportamento térmico no meio sólido e no líquido.

b) a influência da altitude ocorre, porque o calor é irradiado

da superfície da Terra para o alto e a atmosfera se aquece por

irradiação. Assim, quanto maior a altitude, maior a

temperatura.

c) o relevo pode facilitar ou dificultar a passagem de massas

de ar, por isso a presença de altas cadeias de montanhas no

litoral evitam a formação de desertos.

d) a variação da temperatura com a latitude deve-se,

fundamentalmente, à forma esférica da Terra e, em função

disso, a insolação diminui a partir do Equador em direção aos

polos.

e)o fenômeno da continentalidade térmica explica por que,

quanto mais distante estiver uma área do continente, menores

são suas oscilações térmicas.

2-(PUC-RJ)

Levando-se em consideração a paisagem selecionada, a única

característica climática correta para a região destacada é:

a) alta amplitude térmica.

b) elevada evapotranspiração.

c) reduzida taxa de insolação.

d) inexistência de pluviosidade.

e) intensa umidade relativa do ar.

3-(UNIOESTE) Sobre o clima mundial, os fatores e os

processos que o condicionam, considere as alternativas.

( ) A latitude influencia na distribuição espacial das

temperaturas. Dessa forma, quanto maior for latitude,

menores serão as temperaturas.

( ) A pressão atmosférica varia em função da altitude e da

temperatura. Assim, quanto maior for a altitude, menor será a

pressão atmosférica e quanto mais alta a temperatura, menor

será a pressão.

( ) O planeta Terra é aquecido uniformemente, tanto ao

longo da sua superfície quanto ao longo do tempo (anos), e

isto condiciona a circulação atmosférica com a produção de

centros de alta e de baixa pressão, que se alteram

continuadamente.

( ) Dependendo das condições locais, a precipitação pode

ocorrer na forma de chuva, granizo ou neve e está

relacionada, principalmente, à umidade atmosférica.

( ) A diferença entre as temperaturas máxima e mínima é

maior no interior dos continentes e a continentalidade exerce

grande influência sobre essa amplitude térmica.

VENTOS É o ar em movimento horizontal. Os movimentos

verticais são chamados de correntes.

Vários fatores influenciam nos ventos, entre eles as diferenças de pressão e temperatura atmosférica, a Força Coriolis (movimento de Rotação da Terra) e a configuração do relevo. Em uma escala planetária os ventos tendem a se deslocar das zonas de alta pressão (anticiclonais) para as regiões de baixa pressão (ciclonais).

VENTOS PLANETÁRIOS OU CONSTANTES

Sopram o ano todo, atingindo grandes áreas.

-ALÍSIOS: ventos que sopram dos trópicos para o

Equador, onde sofrem aquecimento e, quando sobem,

originam os contra-alísios, que sopram do Equador para os

trópicos.

-POLARES: ventos frios que sopram dos polos para as

médias latitudes.

VENTOS CONTINENTAIS OU PERIÓDICOS

-MONÇÕES: ocorrem em países do sul e sudeste da

Ásia. Durante o verão a região continental se torna uma área

de baixa pressão, assim os ventos sopram do Oceano Índico

para o continente, são as monções de verão, que causam

muitas chuvas. No entanto durante o inverno, a região se

torna uma área de baixa pressão, e os ventos sopram do

continente para o oceano, são as monções de inverno,

deixando a região seca e fria.

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PERIÓDICOS

-BRISAS MARÍTIMAS: durante o dia sopram do

oceano para o continente.

-BRISAS TERRESTRES: durante a noite sopram do

continente para o oceano.

*Furacão, tufão e ciclone são denominações que

caracterizam grandes quantidades de ventos que se

movem sobre os oceanos. São ventos superiores a 120

Km/h.

*Tornados são ventos que se deslocam sobre o continente,

são muito comuns na América do Norte.

MASSAS DE AR

Como vimos às massas de ar são grandes porções

homogêneas de ar. No Brasil cinco grandes massas de ar vão

atuar em nosso território, influenciando nas características

climáticas do país.

TIPOS DE CHUVAS -CHUVAS CONVECTIVAS: ocorre pela ascensão vertical

do ar contendo vapor d’água que, ao entrar em contato com o

ar frio, sofre condensação e posterior precipitação, comuns

no verão.

-CHUVA FRONTAL: ocorrem pelo encontro de uma massa

de ar quente com uma massa de ar frio. São muito comuns no

Sul do Brasil.

-OROGRÁFICA: também denominadas de chuvas de

relevo, ocorrem quando uma massa de é obrigada a se elevar

para transpor o relevo. São comuns nas regiões serranas.

O PROBLEMA AMBIENTAL DAS CHUVAS ÁCIDAS

As chuvas ácidas é um fenômeno é muito comum

nos centros urbanos e industrializados, onde ocorre a

poluição atmosférica decorrente da liberação de óxidos de

nitrogênio (NOx), dióxido de carbono (CO2) e do dióxido de

enxofre (SO2), sobretudo pela queima do carvão mineral e de

outros combustíveis de origem fóssil. É importante ressaltar

que a chuva contém um pequeno grau natural de acidez, no

entanto, não gera danos à natureza. O problema é que o

lançamento de gases poluentes na atmosfera por veículos

automotores, indústrias, usinas termelétricas, entre outros,

tem aumentado a acidez das chuvas. Entre os transtornos

gerados pela chuva ácida estão a destruição de lavouras e de

florestas, modificação das propriedades do solo, alteração dos

ecossistemas aquáticos, contaminação da água potável,

danificação de edifícios, corrosão de veículos e monumentos

históricos, etc.

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1-(OSEC) O deslocamento das massas de ar, que dão origem

aos ventos, se fazem sempre:

a) das áreas mais elevadas para as mais baixas;

b) das áreas de temperaturas mais altas para as de

temperatura mais baixa;

c) das áreas de alta pressão para as de baixa pressão;

d) das áreas mais úmidas para as mais secas;

e) de oeste para leste.

2- (UDESC) Sobre chuva ácida pode-se afirmar, exceto.

a) Nos solos de matas e florestas castigados pelas chuvas

ácidas a vegetação enfraquece gradativamente.

b) A chuva ácida é aquela com baixo pH, provocado pela

presença de dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre

(SO2) e óxido de nitrogênio (NO2).

c) Quando o pH está abaixo de 5,6 a chuva ácida é capaz de

matar peixes, destruir o solo e corroer materiais sólidos.

d) A chuva ácida é consequência do progresso, dele faz parte

e deve ser encarada com naturalidade, pois a sua não

aceitação implica subdesenvolvimento.

e) No Brasil, há chuva ácida em lugares como a região

metropolitana de Cubatão e do Rio de Janeiro.

3- (UEM) Sobre a circulação atmosférica e o clima, assinale

o que for correto.

01) Os ventos alísios sopram das zonas subtropicais de alta

pressão para o Equador. No hemifério Sul, apresentam um

trajeto basicamente de sudeste para noroeste.

02) A zona equatorial corresponde a uma área de baixa

pressão e as regiões polares constituem áreas de altas

pressões, varridas por ventos gelados que se espalham para

fora dos polos.

04) Os ciclones são a expressão física da ação dos ventos de

alta pressão associados a uma massa de ar fria. Constituem

fortes correntes de ar, formadas no interior das massas de

origem polar.

08) A desertificação climática é um fenômeno típico dos

trópicos. Está associada ao desmatamento, à degradação dos

solos e ao aumento local das temperaturas na faixa

intertropical da Terra, devido ao "efeito estufa".

16) Mares e oceanos se aquecem e se resfriam mais

lentamente do que os continentes. Portanto, no interior dos

continentes, os contrastes térmicos – relação entre as

máximas e as mínimas de temperatura – tendem a ser mais

acentuados do que nas regiões costeiras.

32) As estações do ano estão associadas aos movimentos de

rotação e de translação da Terra e à inclinação do eixo

terrestre, que provocam um aquecimento desigual na

superfície do Planeta, no decorrer do ano.

64) A atmosfera se aquece a partir do calor irradiado pela

Terra, que absorveu parte da energia solar luminosa;

portanto, a energia radiante do Sol aquece o solo e o calor

irradiado do solo aquece o ar.

CLASSIFICAÇÕES CLIMÁTICAS DO BRASIL

O Brasil, por ser um país de dimensões continentais,

apresenta uma ampla diversidade climática, que se organiza

por meio da ação de diversos fatores e elementos que

influenciam o comportamento da atmosfera. Em alguns

pontos, predominam os efeitos de massas de ar quente; em

outros, de massas de ar frio. Há também as ações da

vegetação, da altitude e das variações de latitude, entre outros

aspectos.

Por isso, a classificação dos climas no Brasil representa uma

maneira de organizá-los e melhor compreendê-los. Nesse

sentido, existem também vários modelos de classificação.

A classificação de Arthur Strahler é uma das mais

utilizadas no Brasil, a qual considera a dinâmica das massas

de ar que atuam em nosso território. Conforme esta

classificação o Brasil esta dividido da seguinte forma:

1-Clima equatorial úmido: é o tipo climático que envolve

praticamente toda a faixa da Amazônia brasileira, sendo

basicamente controlado pela massa de ar Equatorial

Continental (MEC). Devido a grande quantidade de umidade

emitida pela floresta através do processo de

evapotranspiração, as amplitudes térmicas são baixas. Por

isso, as médias térmicas mensais ao longo do ano variam

entre 24 e 27ºC.; as médias pluviométricas permanecem com

valores elevados, entre 1500 mm e 2500 mm por ano.

2-Clima tropical: esse tipo climático ocupa a maior área do

país, sendo conhecido por apresentar duas estações bem

definidas ao longo do ano: uma chuvosa no verão e outra seca

no inverno. A região é influenciada no verão pelas massas de

ar MEC e MTA, e no inverno recebe influencia da MPA.

Anualmente, as médias térmicas variam entre 20ºC e 28ºC,

com um índice de chuvas em torno de 1500 mm por ano.

3-Clima tropical semiárido: concentra-se em uma estreita

área da região Nordeste, mais precisamente no sertão

nordestino. Esse tipo climático é quente e seco, quase árido,

com médias pluviométricas anuais sempre inferiores a 1000

mm, concentradas em poucos meses do ano. Na maior parte

do ano, predomina a influência da MEA que, apesar de ser

oriunda do oceano, alcança essa região com pouca umidade,

em função dos obstáculos oferecidos pelo relevo, da mesma

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forma acontece com as outras massas de ar, que encontram

obstáculos e têm dificuldade de chegar a essa localidade,

sobretudo por se tratar de uma área de depressão relativa

interplanáltica.

4-Clima litorâneo úmido: é um clima quente e úmido,

semelhante ao da Amazônia, porém com uma amplitude

térmica maior. Na maior parte do ano, predomina a influência

da MTA, enquanto, no inverno, MPA avança e provoca a

diminuição rápida das temperaturas, sobretudo nas faixas

mais ao sul. As médias de pluviosidade variam entre 1500 e

2000 mm por ano.

5-Clima subtropical úmido: abrange a porção sul do país,

com um clima úmido e mais frio do que os demais. A massa

de ar predominante é a MTA, com influência da MPA

durante o inverno. As chuvas são constantes e bem

distribuídas ao longo do ano. O índice médio de pluviosidade

anual gira em torno de 1500 mm e as amplitudes térmicas

anuais são bem elevadas.

1-(UFRN) Uma importante característica dos tipos de clima

do Brasil é a predominância da tropicalidade, que decorre da

localização da maior parte do seu território na chamada “zona

intertropical do Planeta”. A influência de determinados

fatores, como altitude, latitude, continentalidade,

maritimidade e massas de ar, interfere na configuração de

diferentes índices de temperatura, umidade e precipitação.

Observe os climogramas a seguir:

A partir dos climogramas e das características climáticas

existentes no Brasil, é correto afirmar que:

a) o climograma 1 refere-se ao clima equatorial úmido, que

abrange a maior parte da Amazônia e apresenta temperaturas

elevadas e chuvas bem distribuídas durante o ano.

b) o climograma 2 diz respeito ao clima tropical litorâneo

úmido, que predomina no Nordeste e apresenta elevadas

temperaturas e precipitações pluviométricas irregulares.

c) o climograma 1 refere-se ao clima tropical, que abrange a

Região Centro-Oeste, caracterizando-se pelos elevados

índices de precipitação e baixas temperaturas.

d) o climograma 2 diz respeito ao clima subtropical úmido,

que prevalece na Região Sul, caracterizando-se pela

irregularidade das chuvas e altas temperaturas.

2-(UECE) Assinale a afirmação INCORRETA sobre o

semi-árido brasileiro.

a) Sob o ponto de vista geoambiental, além das

vulnerabilidades climáticas, grande parte dos solos encontra-

se degradada.

b) Os processos de uso da terra têm induzido à degradação

dos solos, da biodiversidade e da perda da produtividade da

agricultura tradicional.

c) A disponibilidade de água não é mais um fator crítico,

pois, com a construção de grandes açudes, atende-se

plenamente à população e às atividades que ela pratica.

d) O fator limitante mais importante para a vida humana e

animal e para as atividades produtivas agropecuárias é a

escassez de recursos hídricos.

3-(Ufrgs): Observe o mapa de climas do Brasil e os três

climogramas que seguem.

Assinale a correspondência correta entre as localidades A,

B e C assinaladas no mapa e os climogramas I, II e III.

a) A (I) – B (II) – C (III)

b) A (II) – B (III) – C (I)

c) A (III) – B (I) – C (II)

d) A (II) – B (I) – C (III)

e) A (III) – B (II) – C (I)

CLASSIFICAÇÃO DE KOPPEN NO BRASIL

Significado das letras:

1ª letra 2ª letra 3ª letra A = clima quente e

úmido f = sempre úmido h = quente

B = clima árido ou

semi-árido

m = monçonico (com pequena

estação seca)

a = verões

quentes C = clima

subtropical ou

temperado

s = chuvas de inverno b = verões

brandos

w = chuvas de verão

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