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No Caminho das Índias A medicina ayurvédica vem conquistando o espaço de cura e prevenção e complemento de treino ent A medicina ayurvédica vem conquistando o espaço de cura e prevenção e complemento de treino entre os mais céticos dos atletas ocidentais Quer um ganhar jeito de ganhar mais qualidade de vida, prevenir-se de lesões e ainda render mais no esporte? O ayurveda é a resposta. Embora não seja nada novo – surgiu há mais de cinco mil anos na Índia –, é agora que está se firmando em spas e consultórios do Brasil e ganhando o boca-a-boca entre atletas que confirmam que a performance melhorou 100% desde que entraram nesse mundo. Já existem no Brasil tratamentos ayurvédicos destinados a cuidar e prevenir lesões específicas e mais comuns no esporte. Os princípios dessa ciência (em sânscrito: ayur= conhecimento; veda= vida) são equilibrar o corpo, mente e espírito do homem de acordo com a sua formação, a sua natureza, sendo que cada pessoa e cada ser do universo têm uma composição única, proveniente de uma equação de cinco elementos: água, fogo, terra, ar e éter (ou espaço). Essa formação, em constante transformação, de acordo com a quantidade de maiores ou menores "porções" dos elementos em cada ser resulta em três doshas ou padrões: Vata – ar e espaço. Determina um tipo extrovertido, leve, ágil e agitado. Pitta – fogo e água. Pessoa atlética, empreendedora, objetiva.

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No Caminho das Índias

A medicina ayurvédica vem conquistando o espaço de cura e prevenção e complemento de treino ent

A medicina ayurvédica vem conquistando o espaço de cura e prevenção e complemento de treino entre os mais céticos dos atletas ocidentais

  

 

Quer um ganhar jeito de ganhar mais qualidade de vida, prevenir-se de lesões e ainda render mais no esporte? O ayurveda é a resposta. Embora não seja nada novo – surgiu há mais de cinco mil anos na Índia –, é agora que está se firmando em spas e consultórios do Brasil e ganhando o boca-a-boca entre atletas que confirmam que a performance melhorou 100% desde que entraram nesse mundo. Já existem no Brasil tratamentos ayurvédicos destinados a cuidar e prevenir lesões específicas e mais comuns no esporte.

Os princípios dessa ciência (em sânscrito: ayur= conhecimento; veda= vida) são equilibrar o corpo, mente e espírito do homem de acordo com a sua formação, a sua natureza, sendo que cada pessoa e cada ser do universo têm uma composição única, proveniente de uma equação de cinco elementos: água, fogo, terra, ar e éter (ou espaço). Essa formação, em constante transformação, de acordo com a quantidade de maiores ou menores "porções" dos elementos em cada ser resulta em três doshas ou padrões:

Vata – ar e espaço. Determina um tipo extrovertido, leve, ágil e agitado.Pitta – fogo e água. Pessoa atlética, empreendedora, objetiva.Kapha – terra e água. Traz consigo características como calma, paciência e tendências a depressão e sobrepeso.

Cada ser tem a predominância de um ou dois doshas e o ideal é mantê-los em equilíbrio. Por isso é essencial escolher atividades que tenham a ver com as suas características. Pessoas essencialmente de vata devem tomar cuidado com esportes como corrida. Elas tendem a não ter lubrificação nas juntas, o que dá propensão a lesões durante o esporte. Já os que têm em sua formação essencialmente o pitta têm aptidões naturais à prática de esportes, são atléticos e criam músculos com mais facilidade.

A atenção volta-se especialmente para o ego. Cuidado com a competitividade em excesso, mesmo em exercícios como natação, indicados para esse tipo. A meditação refresca a atitude. Quando o kapha predomina, é bom praticar esportes aeróbicos, com

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bastante movimento, para ativar a energia, sair do estado de letargia. E os cuidados vão direto para a coluna, especialmente na região lombar, já que esse dosha determina tipos pesados.

Para o ayurveda, saúde é felicidade. E essa plenitude vem de um corpo saudável, que promove uma mente tranqüila e assim um estado emocional leve. Não necessariamente nesta ordem. Mas com a condição de que tudo esteja integrado, e para cada pessoa de maneira única. "Temos necessidades e aptidões diferentes.

O ayurveda dá essa base de consciência para você saber o que fazer para melhorar a sua performance", afirma a especialista Márcia De Luca, fundadora do CIYMA (Centro Integrado de Yoga, Meditacão e Ayurveda), professora de yoga e faixa preta em caratê. Para ela, que estudou ayurveda diretamente com o célebre indiano Deepak Chopra, essa integração entre corpo, mente e espírito é a grande diferença que permite ao atleta usar seu potencial maior.

Marcia explica que um esportista usa no máximo 10% de sua capacidade e os outros 90% estão num campo que ele não acessa. Essa integração ajuda-o a reconhecer e a se conectar com isso. "No momento em que você acessar essa campo, se o seu potencial é de atleta excepcional, você o será. Muita gente sabe que, por exemplo, o Ayrton Senna meditava bastante.

O mergulhador lendário Jacques Mayol fazia yoga e praticava pranayama (exercícios de respiração) antes de suas apinéias", diz. É uma grande diferença no momento de fazer um esporte que você precisa de concentração profunda, do equilíbrio de emoções e do um controle absoluto.

Cada um, cada umPara identificar o dosha de cada pessoa, o especialista obtém o máximo de informações sobre ela. "O diagnóstico é feito pela medida da pulsação e por meio de um exame físico minucioso" diz dr. Aderson Moreira da Rocha, clínico geral, reumatologista e presidente da Associacão Brasileira de Ayurveda, com sede em Botafogo, Rio de Janeiro. Na consulta, os dados sobre o paciente vêm desde os seus hábitos de alimentação, sono e trabalho, temperamento, aspecto da língua, temperatura da mão.

Feito o diagnóstico, é possível saber como equilibrar os três doshas no paciente, e os braços do ayurveda para esse fim são variados. "Indico sessões de massagens ou óleos, emplastros e cremes para auto-massagem e também uso outros recursos para atingir esse equilíbrio, como alimentação, condimentos, ervas e também dinacharya, a rotina diária de cada pessoa, sugerindo hábitos no dia-a-dia que promovem esse equilíbrio, dos exercícios físicos à sexualidade" , explica o dr. Moreira. Os pacientes também são orientados a praticar yoga e meditação.

Os seis saboresA dieta alimentar ayurvédica, parte importante no equilíbrio dos doshas, é bem diferente das ocidentais. As papilas gustativas distinguem seis sabores: doce, salgado, ácido, amargo, adstringente e picante. Cada um deles estimula células sensoriais das papilas enviando estímulos ao sistema nervoso central, e exerce uma influência sobre os doshas.

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Assim, o gosto do alimento pode ajudar a equilibrar a energia. Doce, ácido e salgado diminuem vata e aumentam kapha. Picante, amargo e adstringente baixam kapha e aumentam vata. Ácido, salgado e picante aumentam pitta. Doce, amargo e adstringente diminuem pitta. De acordo com a ABRA, nessa ciência não se contam calorias ou índice de colesterol do alimento, portanto o ideal é aprender quais sabores proporcionam o equilíbrio na própria constituição.

Segundo o professor e terapeuta corporal Cristovão Oliveira, dá para se manter nesses princípios sem traumas. "Um dia fui atender o [ex-piloto e empreseario] Pedro Paulo Diniz e ele me ofereceu um jantar, mas de noite só tomo sopa. Preferi tomar a minha sopinha quando cheguei em casa. Não que eu não coma doce, pizza, fritura. A grande sacada não é a restrição, é a moderação e o antídoto. Por exemplo, eu como pizza de massa integral, mas bem condimentada para um neutralizar o outro.

MassagensHá muitos tipos de massagens ayurvédicas. ABHYANGA, a mais comum e que serve de base para outros tratamentos feitos na seqüência dela, se dá com toques e deslizamentos profundos com a ajuda de óleos. Nutre e revitaliza os tecidos de corpo, desintoxica, ajuda no rejuvenescimento, modelagem do corpo e alinhamento postural, além de recuperar o equilíbrio energético em situações de desgaste psicofísico.

Na técnica SWEDA, um banho a vapor de ervas ajusta o desquilíbrio energético, abre os poros e limpa o organismo. Na SHIRODHARA, um fluxo contínuo de uma mistura morna à base de óleos e outras ervas é vertido sobre a testa durante 20 a 40 minutos, diminuindo ansiedade, depressão, hipertensão e insônia. E NAVARAKIZHI é uma técnica de rejuvenescimento com arroz cozido em trouxinhas imersas em ervas e leite.

Para o atletaA performance não depende só do corpo. O atleta que tem a mente focada consegue se concenntrar muito mais facilmente. E o ayurveda promove a mente mais tranqüila e portanto um estado maior de concentração e conseqüentemente mais eficiente. Na visão ayurvédica, o exercício físico nunca deve ser extenuante. Mas claro que isso não se aplica à vida dos atletas.

Quando se tem uma rotina de treinos, deve-se cuidar para que o descanso seja proporcional. Noites de sono muito bem dormidas, acordar cedo e dormir cedo. E fazer meditação em horários em que a natureza e o mundo exterior estão calmos– de manhã antes do nascer do sol ou de noite. Meditação é importante para quem pratica esportes porque diminui o nível de tensão no corpo, baixa a adrenalina e o cortisol, substâncias que em doses desequilibradas e sem vazão podem aumentar o estresse.

Para o Dr. Aderson, as lesões adquiridas no esporte podem ser tratadas com massagens, loções cremosas com cravo e canela e outras substâncias analgésicas e curativas. E os atletas podem evitar dores originadas de atividades físicas mal orientadas com massagens no mínimo duas vezes por semana.

Algumas sugestões aprovadas pelo médico:- não esforce o seu corpo ao máximo na sua prática diária. Contenha uma parte de sua capacidade. Quando a respiração perder o controle, dê uma baixada no ritmo- regularidade e moderação são a chave do sucesso no ayurveda. É melhor praticar

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sessões menos puxadas cinco vezes por semana do que passar dois dias superando os limites sem agüentar levantar na manhã seguinte- relaxamento e observação do próprio estado depois da prática de exercício- "Recomendo a meditação para todos porque é uma prática adaptável à rotina de qualquer um", complementa.

Tratamento integrado com esportesMarcia De Luca vem trabalhando bastante para esportistas em seu centro. Além de trazer o conceituado Dr. José Rugue Ribeiro Jr, que também atende em Minas Gerais, para ser o médico que prescreve os tratamentos do CIYMA, desenvolveu com ele um programa específico para cuidar das lesões mais comuns entre esportistas. São massagens e cuidados com músculos e nervos:- Janubasti - tratamento dos joelhos- Katibasti - tratamento da lombar

A professora aconselha aplicar recursos ayurvédicos na prática de esporte. Alguns deles:

- mentalizar mantras durante a prática;- sessões de respiração bhastrika (fazer o ar entrar e sair rapidamente pelas narinas com a boca fechada) antes do esporte: "Ela dinamiza e dá mais fôlego";- meditar numa base permanente. "O importante é a continuidade" - combinar o seu esporte com a prática de yoga. "Alonga, relaxa e te dá o tripé que é a base de todo esporte: flexibilidade, força e equilíbrio. O treino encurta e estressa músculos e nervos. Esse contra-ponto é tudo de que o atleta precisa"

Terapia especialO terapeuta corporal e professor de ashtanga yoga Cristovão de Oliveira, fundador do Centro Vidya utiliza a massagem ayurvédica como meio para a sua terapia. "É algo bem concreto, não é nada místico", esclarece.

Greice Costa: Explique o seu método de tratamentoCristovão de Oliveira: Há inúmeros tipos de tratamentos ayurvédicos, mas eu revivi essa maneira de aplicar a massagem para ser curativa e preventiva, e não relaxante. É uma diferença entre o Ocidente e o Oriente. Aqui há a adaptação porque lá existe a consciência de que a dor está no seu corpo e conhecendo-a você tem a chance de se livrar dela – a gente preza pelo conforto burro. O paciente deve confiar em mim e ter a consciência de que não vai ser agredido por mim, mas por sua própria dor. Me dou o trabalho de mostrar que qualidade de vida não se faz instantaneamente.

GC: Essas massagens têm mais a ver com o emocional? Ou você acha que uma contusão física recorrente tem a ver com um sentimento mais profundo?CO: Todos os efeitos têm uma causa. Uma dor crônica no joelho tem uma causa que pode ser um padrão de comportamento, na respiração, por exemplo, e isso se reflete organicamente. Nada é só emocional ou só mental ou só físico.

GC: Por que o ayurveda está sempre ligado ao yoga? Ou pode ser associado a outros exercícios físicos, como ciclismo?CO:Sim, claro. É que na verdade o yoga é uma das terapias védicas. A medicina ayurvédica utiliza o yoga chikitsa para prevenir e combater as doenças, elas se complementam. Mas o ayurveda não precisa ser relacionado ao yoga, tenho muitos

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clientes que praticam outros esportes. Na verdade, 70% das pessoas que trato não fazem yoga.

GC: E o seu novo espaço na Serra da Cantareira, qual o objetivo?CO: Criar um ashram nos moldes dos da Índia. A estrutura e rotina desses centros são sempre as mesmas, e como um monge yogi gostaria de preservar isso.

Testemunha esportiva

"Em junho de 2002, tive uma lesão na virilha, num lugar muito específico, num microosso, durante um treino de pista. Fiz vários exames, ultrassonografia, e só o tratamento com massagem ayurvédica me curou. Em 2004, na Meia Maratona do Rio, sofri uma lesão na parte de trás da coxa. Tive de parar de treinar e fiz apenas yoga e massagem ayurvédica para me recuperar. Funcionou. A ayurvédica faz as coisas voltarem ao lugar... eu estava totalmente fora do eixo e voltei.

Sou muito cética, mas depois de comprovar com o meu corpo acredito totalmente que o que acontece no físico, das lesões às superações, vem do emocional. Na Maratona de Chicago de 2003, foi o meu emocional que me fez "quebrar", sofrer uma perda de potássio que me impediu de terminar a corrida, não o físico. Logo depois, fui encontrar o meu marido em Berlim e, numa banca de jornal do aeroporto, conheci o Peter Reid, campeão de triathlon.

Estava procurando uma revista e ele me deu a dele. Só depois o reconheci – ele estava na capa. Conversamos e ele disse: "Posso te dar um conselho? Liga agora para o seu treinador e marca de correr a maratona de Berlim já!". E deu certo. Logo depois, em Varsóvia, vi uma reportagem na revista Yoga Journal que mudou a minha vida. Mostrava que o importante de uma competição era só você consigo mesmo, o que também acontece no yoga. Meus melhores tempos foram em competições que marquei a minha respiração com um mantra.

Na minha última experiência com massagem ayurvédica, cheguei moída de cansaço e voltei zerada. Depois que você se envolve com os princípios do ayurveda – que incluem o yoga e os tapas, a disciplina –, tudo melhora no esporte. O nível de concentração e o equilíbrio... é alucinante.

Sou extremamente competitiva e não sabia dosar a energia durante uma prova. Foi com isso tudo que aprendi a me conhecer e controlar melhor. Sou vata-pitta, então vou atrás dos cheiros, das cores e sabores que me trazem equilíbrio. O corpo pede, é sábio. E a gente vai aprendendo a escutar. Isso tudo também me ajudou a liberar o meu emocional. Sempre fui muito controlada, mas este ano chorei de emoção pela primeira vez na vida! Foi quando vi o Lance Armstrong de perto."

Fernanda Fernandes, 35 anos, empresária e triatleta.

Livros para consulta:"Ayurveda - A Ciência da Auto-Cura", de Vasant Lad, e "Saúde Perfeita", de Deepak Chopra.

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Marmaterapia

Por: Thays Biasetti

Os pontos marmas são a correspondência indiana dos pontos da medicina tradicional chinesa, porém abrangem áreas maiores do corpo e apenas alguns estão localizados no mesmo local.

O que são os pontos marmas e como são usados para promover a saúde.

Sabe quando você aperta um ponto no corpo e dói, mesmo sem ter batido ou machucado? Pode ser um ponto marma que está dolorido. Fisicamente, os pontos marmas são definidos

como o encontro anatômico de músculos, veias, artérias, tendões, ossos e articulações. Mas são também pontos mapeados pela medicina indiana como intersecções energéticas. São a correspondência indiana dos pontos da medicina tradicional chinesa, porém abrangem áreas maiores do corpo e apenas alguns estão localizados no mesmo local.

Na verdade, a palavra marma significa zonas “vulneráveis” ou “sensíveis”. A ciência desses pontos se desenvolveu na cultura hindu por meio dos tratados mais importantes do Ayurveda (Charaka Samrita, livros Sushruta Samrita e Ashtanga Hridaya), e são principalmente citados nos livros Sushruta Samrita e Ashtanga Hridaya, que detalham a função dos marmas no corpo e na saúde. S.V. Govindan diz em seu livro “Massagem Terapêutica para doenças das áreas vitais” (Editora Madras) que “durante batalhas, os antigos guerreiros usavam armas para atingir os pontos marmas do inimigo e procuravam protegê-los com armaduras.” A maioria dos textos clássicos classificou os marmas de acordo com localização no corpo, dimensão e efeito nos ferimentos. No total, são 107 pontos, apesar de alguns médicos aceitarem um número maior. O prana (energia vital) é a base do conceito dos pontos marmas, pois são locais de concentração dessa energia. Não podemos confundir os marmas com os chakras. Apesar de ambos serem pontos de concentração de energia, os chakras possuem alta concentração do prana, gerando vórtices de energia pode onde passam os dois principais nadis do corpo sutil: ida e pingala. Os marmas são sedes do prana e por isso devem ser protegidos. Eles variam de tamanho desde o muito pequeno até o grande, que estão localizados em pontos especiais das mãos e pés e regiões importantes do tronco, como coração ou umbigo.David Frawley, em seu livro “Ayurveda e a Terapia Marma” (editora Madras) diz que os pontos podem ser usados para diagnóstico e tratamento de uma doença, ou na busca da saúde e da longevidade. Segundo ele, Charaka mencionava seis principais regiões

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marmas no corpo – cabeça, coração, bexiga, sistema endócrino e shukra (sistema reprodutor). Esses pontos são reduzidos, geralmente, a três centros vitais – bexiga, coração e cabeça, que abrigam os órgãos mais importantes.Govindan diz que determinadas doenças “como dor de cabeça, problemas urinários, torcicolo, paralisia facial, dor cardíaca, psicossomáticas, entre outros, estão diretamente ligadas ao desequilíbrio em alguns marmas.” Quando a energia está bloqueada ou em excesso nesses pontos, a circulação do prana pelos nadis (canais por onde circula a energia) é comprometida, podendo gerar doenças correspondentes ao marma problemático. “Quando são afetados pela falta de prana, entram em inanição, podendo levar à incapacidade, paralisia ou falência dos órgãos. Quando feridos, os marmas tornam-se pontos de escape de prana, o que pode levar à morte,” comenta Govindan.Frawley diz que “quando manipulados, os marmas são capazes de alterar tanto as funções orgânicas quanto a condição estrutural do corpo”. O médico americano ainda comenta que com o uso correto, toda a energia física e mental pode ser aumentada, diminuída ou redirecionada de forma consciente de maneira transformadora.Nos pontos marmas temos toxinas, emoções negativas, que podem ficar alojadas durante anos no local, causando desequilíbrios. David Frawley comenta que a doença se reflete em forma de dor, bloqueios ou inchaços nessas áreas antes de se manifestar exteriormente com sintomas físicos. Tratamento pontualOs pontos marmas são, de modo geral, classificados como terapêuticos e letais. Os marmas terapêuticos são aqueles que podem ser manipulados para se obter cura de algum problema. Os pontos letais são aqueles que abrigam a energia da vida e que podem causar a morte da pessoa se atingidos.Segundo David Frawley, os marmas letais são muito sensíveis ao toque e à manipulação e podem ser inadequados para terapias mais fortes como acupressão. Geralmente, não são usados para tratamentos de cura, mas essenciais para o diagnóstico, pois as doenças geralmente se manifestam através de dor ou sensibilidade nesses pontos. As regiões terapêuticas podem ser bastante trabalhadas com massagens, acupressão, óleos e outros procedimentos. A marmaterapia é usada para vários tipos de problemas, desde desintoxicações até rejuvenescimento. Para conseguir melhorar os desequilíbrios através da terapia marma é preciso manipular esses pontos para que a energia flua novamente e as toxinas sejam eliminadas. Essa manipulação pode ser feita através de calor, pressão, agulhas, óleos para massagem e ervas. Para que haja resultado positivo, é recomendado que se procure um especialista nesse tipo de tratamento, um massoterapeuta, geralmente ayurvédico, especializado em marmaterapia. Através de um exame mais cauteloso que vai verificar o desequilíbrio dos doshas (biotipos descritos no Ayurveda) e dos pontos marmas, o terapeuta poderá fazer um diagnóstico mais certeiro e trabalhar os pontos que apresentam algum problema. Os tipos de terapia usados podem ser: massagem, meditação, aromaterapia ou tratamento prânico, entre outros. A massagem utiliza-se de vários tipos de pressão e movimentos para manipular os marmas. A meditação se dá através do direcionamento da consciência aos pontos que devem ser tratados, por meio de visualizações. A aromaterapia usa óleos aromáticos sobre os marmas e pode ser combinada com a massagem. O tratamento prânico acontece pelo direcionamento do prana à distância. 

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Alguns pontos marmas importantes, mencionados por David Frawley: - Sadya Pranahara – causa de morte instantânea – são locais onde o prana pode ser facilmente atingido e retirado do corpo, podendo levar à morte em 24 horas. Ex: Coração, cabeça (a moleira), bexiga, umbigo. - Kalantara Pranahara – causa de morte prolongada – pontos onde o prana pode ser retirado aos poucos e ferimentos nesses locais podem ser fatais em duas semanas. Ex: Pontos do esqueleto (a junção dos ossos do crânio), pontos no peito (mamilos, ou ponto logo abaixo). - Vishalyaghna – fatal se perfurado – podem ser fatais se sofrerem perfuração. Ex: ponto entre os olhos. - Vaikalyakara – causam deficiências – se danificados, mas não oferecem risco de morte. Ex: pontos principais nos braços (no meio do bíceps) e nas pernas (na metade da coxa anterior). - Rujakara – causa dores – recorrentes e constantes, dependendo da gravidade do dano. Ex: juntas sensíveis como pulsos e tornozelos.

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De dentro para fora

Por: Patrícia Ribeiro

Estilo de vida saudável deixa a pele do corpo brilhante e hidratada

Estilo de vida saudável deixa a pele do corpo brilhante e hidratada

 

Foto: Pedro Dimitrow

 

 

O corpo espelha nossos hábitos e uma pele sem viço e ressecada pode ser resultado de má qualidade na alimentação e no sono, do estresse, do tabagismo, da poluição e do

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consumo de álcool. Na primavera e no verão, o tecido que recobre o corpo exige atenção redobrada, pois é o período em que ficamos mais expostos aos efeitos nocivos do sol. Para manter a pele nutrida e saudável não basta somente se lambuzar de hidratantes e loções, nem gastar com tratamentos estéticos que, embora sejam úteis, podem ter duração temporária. Um estilo de vida sedentário ou uma rotina muito agitada também são fatores agravantes de envelhecimento e ressecamento da pele, gerados por toxinas. O Ayurveda mostra que podemos buscar a inspiração na natureza para ter uma pele saudável. As receitas naturais de beleza à base de plantas, leite, mel, flores, raízes e especiarias ajudam a manter a pele bonita e hidratada. A beleza é uma questão de saúde e bem-estar e quando a pessoa está saudável, ela emana uma energia chamada oja.

Cuidados diários • Prefira água morna ou fria para impedir o ressecamento da pele.• Enxugue com a toalha de maneira suave para não agredir a pele.• Evite limpezas profundas, pois podem deixar marcas ou manchas no rosto.• Aplique os produtos após o banho. O vapor da água abre os poros e facilita a absorção.• Nunca durma sem tirar a maquiagem. Uma limpeza rápida é essencial para a pele respirar durante o sono.• Evite temperos muito fortes.• Um sono tranqüilo é indispensável para reavivar a pele, descontrair os músculos e suprimir a tensão nervosa.• Sabonetes alcalinos removem a acidez que protege a pele do rosto.• Antes de aplicar qualquer produto, procure sempre fazer uma leve massagem com movimentos circulares.• Coloque mais plantas e fontes de água ionizada no ambiente de trabalho e em sua casa, caso estes sejam muito secos.• Evite sabonetes com detergentes, aquecedores no ambiente, vida sedentária e roupas sintéticas.• Não se ensaboe demais e não use buchas, isso retira a hidratação natural da pele• Em caso de tomar dois banhos por dia, ensaboe o corpo todo em apenas um deles. No outro, só ensaboe as áreas de dobra de pele (axilas, regiões inguinais e nádegas).• Beba bastante água, cerca de dois litros por dia, e coma frutas, legumes e verduras.

Fontes: Daniela Hueb, médica nutróloga e pós-graduada em dermatologia estética, e Cristiane Ayres, terapeuta ayurvédica

A terapeuta ayurvédica especializada em cosmética Cristiane Ayres adverte que “não é só usando hidratantes que conseguimos a harmonia; tudo depende de um processo de limpeza, hidratação, tonificação, rotina diária, massagem com pouco óleo medicado, compressa ou vapor com ervas, esfoliação, máscara nutritiva e alimentação”.

Pele de bebêA indústria de cosméticos vende o sonho de se obter uma pele sedosa, firme e viçosa, mas com tantas ofertas no mercado fica difícil escolher aquele hidratante mais apropriado para o nosso tipo de pele. A dermatologista Denise Steiner, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia de São Paulo, afirma que é possível comprar um produto eficaz para o seu tipo de pele e idade. “Não é preciso fazer uma fórmula manipulada. Há vários hidratantes comerciais de boa qualidade”, afirma. É importante também usar um produto que já contenha fator

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fotoprotetor ou passar um protetor solar por cima do hidratante. Os ingredientes usados na composição desses produtos são variados, como uréia, sorbitol, ácido hialurônico, vitamina E, óleos de frutas(amêndoas, uva, maracujá), ceramidas, lactato de amônia e os ácidos (glicólico, mandélico, lático). Mas os cuidados diários com a pele não se limitam em usar hidratante e protetor solar. Beber muito líquido durante o dia ajuda a manter a hidratação. A médica nutróloga e pós-graduada em dermatologia estética Daniela Hueb afirma que se pode abusar também de sucos, mate, milk shakes diet e principalmente água-de-coco, que épouco calórica e rica em nutrientes.

Exposição ao solSegundo dados da empresa de pesquisas ACNielsen, no Brasil, 35% da população usa filtro solar, o que é um número pequeno, e se agrava mais porque a maioria passa o protetor solar uma vez, apenas quando chega à praia. O médico presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética da Regional São Paulo Valcinir Bedin afirma que é indispensável a aplicação de filtros solares, de no mínimo FPS 15, em todo o corpo, independente do tipo ou cor da pele. O ideal é que seja aplicado com uma antecedência de 30 minutos antes do sol e reaplicado a cada duas horas ou após sair da água.

Ele explica que, “de maneira geral, os fotoprotetores têm a função de proteger a pele humana contra a radiação UV do tipo B, que é a principal radiação responsável pela queimadura solar, e utilizam-se da nomenclatura FPS (Fator de Proteção Solar) para indicar quanto tempo de exposição a pele suporta a mais do que se estivesse sem a proteção do fotoprotetor”. A terapeuta Ayres explica que o Ayurveda é uma ciência antiga e por isso não dá orientação sobre proteção dos raios solares. Apenas as ações do sol em cada dosha: em vata pode ocasionar manchas escuras na pele e ressecamento; em pitta causa aumento de oleosidade na pele, ocasionando espinhas e manchas avermelhadas; em kapha, a pele fina pode ser queimada com maior facilidade. Ela recomenda o uso de compressa de soro fisiológico após a exposição ao sol.

Fontes:Cristiane [email protected] Huebwww.clinicadanielahueb.com.brDenise Steinerwww.denisesteiner.com.brValcinir Bedinwww.doutorbedin.com.br

Hidratantes2 colheres de sopa de gel de aloe vera; 85 ml de óleo; 28 g de manteiga de cacau ou lanolina; 57 ml de água de rosas Kapha: use óleo de amêndoasVata: use óleo de gergelim ou lanolina.Pitta: use óleo de jojoba.

PreparoAqueça o óleo e a manteiga juntos e misture a água de rosas e o aloe vera separadamente. Bata todos os ingredientes em um liquidificador. Adicione óleos

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essenciais. Para obter um creme adequado para a noite, diminua a quantidade de gel de aloe vera e adicione vitaminas A e E ou um pouco de óleo de rosa mosqueta. Mantenha o frasco em local arejado. Obs.: óleo de jojoba é indicado para todas as peles, pois é absorvido muito rápido, deixando poucos resíduos.

Corpo completoReceitas ayurvédicas para fazer em casaPor Cris AyresEsfoliaçãoA fórmula é indicada para todos os doshas, apenas sendo alterada pelo líquido-base indicado.1 colher de café de coentro seco; 1 colher de café de cominho; 1 colher de café de confrei; 1 colher de café de flores secas; 1 colher de café de feno-grego; 1 colher de café de nozmoscada;1 colher de café de lentilha vermelha ou argila medicinal; 1 colher de café de pele de limão; 1 colher de café de manjericão

Kapha (pele normal): misture o pó- base com chá de ervas (hortelã, camomila ou cidreira).Vata (pele seca): adicione leite, creme de leite ou suco de aloe vera (babosa) ao pó-base.Pitta (pele oleosa): adicione suco de aloe vera ou iogurte ao pó-base.

Esfoliantes naturaisKapha: farinha de aveia, manjericão, pó de sândalo e pétalas de rosas. Misture para formar uma pasta com água mineral, leite frio ou chá de confrei.Vata: farinha de lentilha vermelha ou de grão-de-bico, com germe de trigo, pó de amêndoas, Agar-Agar, ashwaganda, haritaki, feno-grego, manjericão, pétalas de rosas. Misture tudo com suco de babosa (aloe vera), creme de leite ou leite.Pitta: farinha de cevada, amalaki, coentro, neem, pó de sândalo e lavanda. Misture tudo em suco de limão ou suco de aloe vera.

Ao passar o esfoliante, os movimentos devem ser suaves e não abrasivos, mas eficientes para estimular a circulação, removendo a pele morta, estimulando o nascimento de pele nova, com tônus e brilho. Friccione a mistura em pequenas áreas da pele, em movimento horário. Lave com água fria ou morna.

TonificanteOs refrescantes não alcoólicos ajudam a remover os resíduos de todos os procedimentos anteriores. Refinam os poros e tonificam a pele, preparando-a para o tratamento hidratante.

Kapha: avelã em pó com água de rosas ou chá de confrei ou alecrim (sempre coado)Vata: água de rosas pura.Pitta: água de manjericão ou laranjeira ou uma mistura em partes iguais de chá de erva-doce e coentro.

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Exclusivo: primeira parte do capítulo VI do livro "Cultura de bem viver", das autoras Márcia De Luc

Exclusivo: primeira parte do capítulo VI do livro "Cultura de bem viver", das autoras Márcia De Luca e Lucia Barros

 

Assim como o universo, o corpo humano é formado por cinco elementos: Espaço, Ar, Fogo, Água e Terra. Em outras palavras, segundo Ayurveda,

somos o microcosmo que reflete o macrocosmo -- uma parte do todo que contém o todo (como as holografias).

Uma outra forma de entender isso é pensar que assim como nosso corpo é formado por trilhões de células individuais, cada um de nós é também uma célula do imenso organismo chamado universo. Assim como nossas células corporais, cada um de nós tem uma existência própria, mas não somos suficientemente livres para viver independentemente do todo. Portanto, tudo o que existe no mundo externo tem sua contrapartida no mundo interior de algum ser vivo.

Os cinco elementos

Os grandes rishis usavam a teoria dos cinco grandes elementos, ou, em sânscrito, Mahabhutas -- também conhecidos como os cinco grandes estados de existência material --, para explicar como as forças internas e externas se unem.

Éter ou Espaço (Akasha): campo do qual tudo se manifesta e ao qual tudo retorna, espaço onde tudo acontece. Não existe fisicamente, mas sim como as distâncias que separam a matéria.Ar (Vayu): é o estado gasoso da matéria, que gera movimento e dinamismo. Ar é existência sem forma.Fogo (Tejas): o poder que consegue transformar sólidos em líqüidos e em gases. Seu atributo é transformação. Fogo é forma sem substância.Água (Jala) – é o estado líqüido da matéria, seu atributo é o fluxo. Água é substância sem estabilidade.Terra (Prithivi): é o estado sólido da matéria, e seu atributo é a estabilidade ou rigidez. Terra é substância estável.

Primeiro veio o espaço, dentro do qual o ar, ao se movimentar, gera atrito, que por sua vez gera fogo, que ao evaporar gera água, que quando se condensa se torna terra. Portanto, é o espaço que gera todos os outros elementos, e um depende e é intrínseco ao outro. O elemento Terra contém em si Água, Fogo, Ar e Espaço. O elemento Água contém em si Fogo, Ar e Espaço. Fogo contém em si Ar e Espaço. Ar contém em si

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Espaço.

Esses cinco elementos ou forças organizam-se em três princípios essenciais: movimento, metabolismo e estrutura. Combinados em proporções únicas e individuais, eles são responsáveis por todas as funções de nossa mente e nosso corpo, gerando nossa constituição psicofísica, ou dosha (palavra sânscrita, pronuncia-se “dôsha”). Os doshas podem ser entendidos como três biótipos: Vata, Pitta e Kapha – que são, efetivamente, Ar, Fogo e Água, respectivamente.

VataUnião de Espaço e Ar. Vata é o princípio da energia cinética. Regula todo o movimento do corpo e da mente. Tudo o que se move, da molécula ao pensamento, o faz por causa de Vata. Em sânscrito, significa literalmente “aquilo que movimenta as coisas”.

Sua função é colocar a energia em movimento e dar-lhe uma direção. Diz respeito principalmente ao sistema nervoso. É responsável por: pensamento, atividade neuromuscular, respiração, circulação e movimento peristáltico.

Qualidades do elemento Ar: frio, leve, seco, irregular, violento, inconstante, ágil e instável.

PittaResultado de Fogo (muito) e Água (pouca). Regula a fome, a sede e todos os processos de transformação que ocorrem no corpo, como a digestão. Representa o metabolismo e a energia potencial, que dá brilho ao olhar. Em sânscrito, Pitta quer dizer “aquilo que digere as coisas”.

Sua função é gerar energia. Diz respeito principalmente aos sistemas digestivo, endócrino e enzimático. É responsável pela clareza mental, percepção visual, digestão, metabolismo e regulagem da temperatura.

Qualidades do elemento Fogo: quente, leve, intenso, perspicaz, mordaz, impetuoso e cáustico.

Kapha Mistura Terra e Água. É a influência estabilizadora que lubrifica, mantém e contém. É o dosha responsável pelo acúmulo de gordura no corpo e retenção de líqüidos. Em sânscrito, Kapha é “aquilo que mantém as coisas juntas”.

Sua função é regular a energia. Diz respeito principalmente ao sistema linfático. É responsável por dar suporte e nutrir o sistema nervoso, lubrificar o trato digestivo, as articulações e o trato respiratório, regular água e gordura.

Qualidades do elemento Terra: frio, pesado, sólido, estável, suave e lento.

Equilíbrio e desequilíbrio

Todas as formas de vida combinam os três elementos, cada qual de maneira única. No momento em que o espermatozóide do seu pai fecunda o óvulo da sua mãe, ambas as células carregam em si porcentagens específicas de Vata, Pitta e Kapha do momento de

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vida do seu pai e da sua mãe, gerando assim a porcentagem individual do novo ser. Esta porcentagem determina a prakriti, ou seja, nossa natureza, nosso ideal, independentemente da quantidade existente. Isso quer dizer que não é necessário termos 33.3% de cada dosha para que nossa natureza seja boa -- toda prakriti é boa quando equilibrada.

Porém, com o passar do tempo, sofremos influências externas -- como as estações do ano, nossa idade, alimentação, o clima, nossas emoções. Diante de todas essas influências, nossa prakriti se desequilibra, tornando-se então vikriti, que em sânscrito quer dizer deturpação. Em perfeito funcionamento, os doshas proporcionam a saúde e o equilíbrio entre corpo e mente. Como a maioria dos seres humanos vive em vikriti, volta e meia nós adoecemos. Na natureza, os elementos também sofrem desequilíbrios: um furacão representa desequilíbrio de Vata; calor excessivo é um desequilíbrio de Pitta; uma inundação é desequilíbrio de Kapha.

Atualmente, vivemos em uma era Vata, dominada pelo movimento – o que gera ansiedade, medo, insegurança. Isso é especialmente nocivo para as pessoas de Vata, mas também afeta negativamente Kapha e Pitta. Quando os doshas entram em desequilíbrio em nossas constituições, ou seja, quando passamos a viver em vikriti, geramos doenças. O processo tem início com o acúmulo de toxinas -- ama, em sânscrito -- em nossa fisiologia. Essas toxinas impedem o fluxo natural e espontâneo da energia, gerando um primeiro desequilíbrio que se manifesta como fadiga, cansaço, mal estar.Esta é a primeira fase das doenças.

Ayurveda preconiza que saúde não é apenas ausência de doença, mas o completo bem-estar físico, mental e emocional – mesma definição da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas, com o aumento natural da ingestão de toxinas – que rodeiam a todos nós, em todos os momentos de nossa vida --, o desequilíbrio se alastra e vai ser acumulado em um órgão específico, gerando uma doença também específica.

Cada um dos doshas tem um órgão onde “reside”, onde fica sua “sede”, por assim dizer. Dependendo do dosha que se desequilibrou, portanto, é em seu órgão-sede que provavelmente a doença se manifestará. Vata, que como já vimos representa a qualidade do movimento, é o líder dos doshas, pois sua combinação de Espaço e Ar é necessária para que tudo o mais exista no universo. Então, Pitta (Fogo e Água) e Kapha (Terra) dependem de Vata para existir. Porém, móvel e instável, Vata é bastante suscetível a se desequilibrar. E, quando o rei dos doshas se desequilibra, os outros tendem a segui-lo. Os textos clássicos de Ayurveda atribuem 80 tipos de doenças a Vata, 40 a Pitta e 20 a Kapha – este, o mais estável dos três.

O bem-estar do ser humano depende do equilíbrio entre os doshas, essas energias sutis. Mas um ou dois deles tendem sempre a se destacar, definindo traços de personalidade, metabolismo e aparência física. O dosha que se destaca é aquele que dizemos ser o dosha da pessoa. Se, então, você ouve alguém falarque “é Vata”, ou “é de Vata”, isso significa que Vata é seu dosha predominante. Se alguém é Pitta-Kapha, é porque esses dois doshas se sobressaem em sua constituição.

A determinação do dosha de cada pessoa é possível pela observação de suas características. Por exemplo: Vata é associado a frio, secura, velocidade e leveza; Pitta, a calor, acidez e clareza mental; e Kapha, a frio, peso, oleosidade e lentidão. É

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importante sabermos determinar as porcentagens e combinações dos doshas em nossa fisiologia para que possamos minimizar os desequilíbrios.

Soma que subtrai

Um dos princípios básicos de Ayurveda é que os semelhantes se reforçam (em inglês, like increases like). Como o objetivo desse sistema de cura é o equilíbrio, não queremos reforçar o que já é predominante, pois essa soma subtrai saúde. O que queremos é trazer para nossa constituição aquilo que temos em menor quantidade. Assim, Vata pode ser equilibrado por tudo que seja quente, úmido, oleoso -- características opostas às suas. Pitta pode ser reduzido por tudo que minimize o calor e a acidez – ou seja, pelo frio e pelo doce. Kapha é contrabalançado por tudo que dinamize, esquente e compacte.

Com essa regra básica em mente – equilibrar a energia que já se tem em demasia pela introdução de seu oposto --, você pode encontrar os melhores caminhos para balancear seu dosha. Ayurveda nos ensina quais as ferramentas existentes e como usá-las para equilibrar nossa constituição, com o objetivo de estar o mais próximo possível de nossa prakriti – nossa constituição ideal. Viver em prakriti não é sinônimo apenas de uma vida saudável, ma também muito mais prazerosa.

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Sub-doshas

Segunda parte do capítulo VI do livro "Cultura de bem viver".

Segunda parte do capítulo VI do livro "Cultura de bem viver".

 

Cada dosha possui cinco sub-divisões, as quais ocupam locais específicos no corpo, onde atuam com maior evidência, e têm funções determinadas. Aqui você verá o

significado de cada sub-dosha, sua principal localização no corpo, as funções físicas e mentais pelas quais ele é responsável e as doenças que causa quando entra em desequilíbrio. Para equilibrar os sub-doshas, deve-se observar os princípios de Ayurveda, como incluir na rotina yoga, meditação, pranayamas (exercícios respiratórios), alimentação etc. O capítulo 11 deste livro, Mantendo-se Jovem, detalha a rotina a ser seguida para atingirmos e mantermos a saúde perfeita.

Por Dr. José Ruguê Ribeiro Júnior

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Vata

Prana VataSignificado: prana quer dizer “primeiro ar”. Pra é “para a frente”, em direção ao primeiro. Prana é a energia que alimenta todos os movimentos para dentro, é a energia cósmica da vida. Sede: cérebro, cabeça, garganta, coração e órgãos respiratórios.Responsável: pela inspiração, clareza da mente, raciocínio e memória. É o que mantém nosso entusiasmo e nos conecta com nossa consciência pura. Dá suporte aos sentimentos e emoções, e governa a percepção através dos sentidos, especialmente audição e tato. Traz ar, comida e água para dentro de nós, bem como as impressões sobre o mundo. É responsável ainda pelo ato de engolir, espirrar, cuspir e arrotar. Em desequilíbrio: causa problemas respiratórios, de cognição, desordens neurológicas, tensão na nuca, dores de cabeça, preocupação, ansiedade, mente hiperativa, insônia, soluços e asma.

Da mesma maneira que Vata lidera os outros doshas, Prana Vata lidera ossub-doshas de Vata. Quando temos quantidade suficiente de Prana não adoecemos. Portanto, toda doença é relacionada, em algum nível, com falta de prana e podemos auxiliar no tratamento com métodos como os Prananyamas (exercícios respiratórios) e aromaterapia.

Udana VataSignificado: Udana quer dizer “movimento para cima”. Sede: umbigo, pulmões e garganta.Responsável: pela fisiologia da fala e, conseqüentemente, docanto. Governa a maneira como nos expressamos, como expressamos nossa energia na vida, incluindo o trabalho e a maneira de nos comunicarmos. Determina nossas aspirações. Se relaciona também com energia, habilidade de fazer esforços, força física e força de vontade. Em desequilíbrio: gera problemas na fala, na garganta (como dor e tosse seca), dor de ouvido e cansaço.

Samana VataSignificado: Samana quer dizer “ar equilibrado”.Sede: estômago e intestinosResponsável: pelos movimentos peristálticos e a trajetória do alimento através do trato digestivo. Atua em todos os órgãos, auxiliando na absorção – por exemplo, do ar pelos pulmões. Equilibra as partes superior e inferior do corpo e suas energias.Em desequilíbrio: provoca má digestão, inchaço, gases, diarréia, assimilação inadequada dos nutrientes e anorexia.

Apana Vata

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Significado: Apana quer dizer “movimento do ar para baixo”.Sede: cólon, bexiga, umbigo, órgãos sexuais e reto. Responsável: por controlar todos os movimentos para baixo, incluindo a eliminação de fezes, urina, menstruação, descarga sexual e parto. Governa a absorção da água no intestino grosso e nos ajuda a otimizar a absorção dos nutrientes dos alimentos, estágio final da digestão. Ajuda também na alimentação do feto e dá suporte ao sistema imunológico.Em desequilíbrio: provoca prisão de ventre, diarréia, flatulência, colite, dores na região lombar, disfunções sexuais, cólicas de intestino, problemas de menstruação, doenças urinárias e dos órgãos genitais, espasmos musculares e crescimento da próstata. Em excesso, drena a energia do ser humano, podendo causar decadência física e até a morte.Como o cólon é a principal sede de Vata, desequilíbrios de Apana Vata estão na base de muitas doenças relacionadas a este dosha.

Vyana VataSignificado: Vyana é o “ar difuso”, o ar que está por tudo.Sede: em todo o corpo, espalhado na pele, sistema nervoso e sistemacirculatório.Responsável: pela circulação, ritmo do coração, pressão do sangue e tato. Também pela eliminação do suor e pelo ato de bocejar. Governa o movimento das juntas e músculos. Sua ação está concentrada nas pernas e braços. Em desequilíbrio: causa males do sistema nervoso, problemas circulatórios e doenças cardíacas, como pressão alta e disritmia. Afeta a coordenação motora e causa dificuldades nas articulações.

SUB-DOSHAS DE VATA

Veja os fatores que causam excesso ou deficiência em cada um dos sub-doshas de Vata.

Sub-dosha: Prana Excesso: movimento e agitação, estresse, alimentos estimulantes, cigarro, drogas.Deficiência: falta de entusiasmo, letargia, fatores climáticos Kapha (frio e umidade).

Sub-dosha: Apana Excesso: laxativos e purgativos, alimentos picantes, ácidos e salgados, gordurosos e todos os fatores Pitta.Deficiência: alimentos refinados, frios e secos, baixo agni, anemia e fatores Vata.

Sub-dosha: Udana Excesso: falar demasiadamente, ar seco, hiperatividade de todos os tipos, a falsa ou exagerada expressão de si mesmo.Deficiência: falta de motivação, depressão, incapacidade de expressar seus talentos, alimentação excessivamente Vata

Sub-dosha: Vyana Excesso: hipertireoidismo, ansiedade, café e outros excitantes, sono inadequado, fatores Vata e Pitta.Deficiência: hipotireoidismo, desidratação, fatores Kapha.

Sub-dosha: Samana

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Excesso: nervosismo, ansiedade, alimentação irregular.Deficiência: combinações incompatíveis de alimentos, comer sem que a refeição anterior tenha sido digerida, excesso de alimentos Kapha.

Movimento da força vital

Udana ascendenteSamana-----Prana----Vyana equilibradora--- força central---equilibradoraApana descendente

Os sub-doshas Prana e Apana governam a entrada e saída da energia vital, também chamada prana. Samana direciona o prana para os tecidos (força centrífuga) e Vyana (força centrípeta) o faz circular através do corpo. Udana representa nossa energia e motivação durante a vida.

Pitta

Pachaka pittaSignificado: Pachaka é o “fogo que digere”. Dessa energia são formados os ácidos e sais da bile que digerem os alimentos.Sede: estômago e intestino delgado, principal local em que se assenta Pitta. Por isso, o equilíbrio deste sub-dosha é fundamental para que o dosha não desande.Responsável: pela digestão dos alimentos, separando os nutrientes dos produtos a serem eliminados. É o que mantém elevado agni, o fogo digestivo responsável pela metabolização de todos os alimentos e das informações que captamos do universo. Segundo Ayurveda, a base de nossa saúde depende de uma boa digestão e de uma boa eliminação. Pachaka pitta também constrói nossos tecidos. Em desequilíbrio: causa queda da temperatura corporal e problemas digestivos, incluindo azia, hiperacidez e úlceras.

Ranjaka PittaSignificado: é o “fogo que colore”.Sede: fígado, vesícula, duodeno, células vermelhas do sangue.Responsável: pela formação das células vermelhas, portanto equilibrando a química do sangue e distribuindo nutrientes através do fluxo sangüíneo. Confere cor ao sangue, bile e fezes.Em desequilíbrio: gera anemia, problemas de pele e de sangue, hepatite, raiva e hostilidade.

Sadhaka PittaSignificado: é o “fogo que determina o que é verdade”, o que é real. Nos permite concretizar os objetivos do intelecto, da inteligência e do ego. Inclui também, em um nível inferior, os objetivos de prazer, riqueza e prestígio; e em um nível superior, os objetivos espirituais de liberação.Sede: coração e cérebro.Responsável: pelas funções físicas do coração, pela emoção, memória e inteligência (buddhi). Governa também nossa energia e digestão mental. Digere impressões, idéias e crenças. Responde por nosso poder de discriminação. Como prana, exerce um movimento para dentro, governando a combustão interna, a liberação de energia das nossas impressões e experiências de vida que dão poder à mente. Direciona nossa

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inteligência para dentro. Em desequilíbrio: leva à depressão e outras disfunções emocionais, como tristeza, raiva, problemas de coração, perda de memória e indecisão. Afeta ainda a clareza mental, com conseqüentes confusão entre fantasia e realidade, ou desilusão.

Alochaka PittaSignificado: é o “fogo que governa a percepção visual”.Sede: olhos, em especial na pupila.Responsável: pela visão, olhos claros e olhar de contentamento. Como Udana Vata, tem um movimento ascendente e nos impulsiona a procurar a claridade e o entendimento. Essa luz captada por Alochaka pitta nos ajuda a alimentar a mente e a alma. A qualidade da alma é sempre visível através da luz dos olhos. Clareza dos olhos denota um bom poder digestivo e uma inteligência mais profunda.Em desequilíbrio: causa problemas visuais e olhos vermelhos.

Bhrajaka Pitta Significado: é o “fogo que governa o brilho da pele e a compleição”, mantendo sua coloração, uniformidade e brilho.Sede: pele.Responsável: pelo metabolismo, vitalidade e uniformidade da pele (em termos de textura e cor). Digere o calor e a luz que absorvemos pela pele. Como Vyana Vata, está envolvido com o sistema circulatório e tem um movimento de energia para fora. É o calor da circulação periférica e, em excesso, causa suor.Em desequilíbrio: gera problemas de pele como acne, rachaduras, bolhas e câncer.

SUB-DOSHAS DE PITTAVeja os fatores que causam excesso ou deficiência em cada um dos sub-doshas de Pitta.

Sub-dosha: Pachaka Excesso: alimentos muito picantes, ácidos ou salgados, muito quentes e frituras. Não comer quando sentir fome. Emoções Pitta como raivaDeficiência: baixo agni, alimentos doces e formadores de muco. Combinações incompatíveis de alimentos. Comer sem que a refeição anterior tenha sido digerida. Emoções Vata e Kapha.

Sub-dosha: Bhrajaka Excesso: toxinas no sangue provocadas por emoções, alimentação e estilo de vida excessivamente Pitta. Exposição excessiva ao sol.Deficiência: secura e resfriamento da pele. e todos os fatores Vata e Kapha.

Sub-dosha: Ranjaka Excesso: alimentação muito rica em proteínas, frituras, muito diversifica, artificial, gordurosa. Combinações incompatíveis de alimentos. Emoções PittaDeficiência: fatores que causam anemia, como fluxo menstrual excessivo, falta de ingestão adequada dos nutrientes, baixo agni.

Sub-dosha: Alochaka Excesso: Estímulos visuais excessivos como ver tv, computadores, não dormir adequadamente, alergiasDeficiência: falta de estímulos, frio e umidade, chorar muito.

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Sub-dosha: Sadhaka Excesso: competitividade em demasia, ambientes muito estressantes e conflitivos, emoções como raiva, vaidade, prepotência e arrogância.Deficiência: depressão, falta de atividade intelectual, dormir durante o dia e alimentos muito tamasicos e rajasicos

Kapha

Kledaka Kapha Significado: Kledaka quer dizer “água que umedece”.Sede: estômagoResponsável: por manter o tecido do estômago umidificado para que o processo de digestão se inicie. Liquefaz a comida no primeiro estágio da digestão. O estômago é a sede de Kapha, portanto o equilíbrio deste sub-dosha é muito importante para todo o dosha. Trabalha em harmonia com Pachaka Pitta para proteger o tecido mucoso do trato digestivo.Em desequilíbrio: afeta a digestão, tornando-a lenta, causa secreção irregular dos fluidos estomacais ou excesso de muco e prejudica todos os outros sub-doshas de Kapha.

Avalambaka KaphaSignificado: é a “água que dá suporte”.Sede: peito, coração, pulmão e lombar.Responsável: por dar suporte ao coração e à região lombar. Proporciona força muscular e na região do tronco. Lubrifica pulmões, coração e garganta. Como Apana Vata, tem uma ação descendente. E é o sub-dosha chave para curar as doenças causadas por desequilíbrio de Kapha.Em desequilíbrio: ocasiona aumento de peso, dores nas costas, problemas de coração, congestão no peito, asma e letargia. Causa apego emocional.

Bodhaka KaphaSignificado: é a “água que gera percepção”.Sede: língua e garganta.Responsável: pelo paladar – que, em equilíbrio, impede a obesidade, problema para o qual este dosha tem propensão. Umidifica a língua e produz saliva na boca. Governa também o gosto pela vida. Seu refinamento leva à busca de formas mais sutis de prazer do que simplesmente o paladar. Como Udana Vata exerce uma ação para cima e gera conhecimento. Como Alochaka Pitta reside na cabeça e gera percepção.Em desequilíbrio: prejudica o paladar e interrompe a salivação.

Tarpaka KaphaSignificado: é a “água que gera contentamento”.Sede: cabeça, sinos e fluido cérebro-espinhal. Responsável: por umidificar as narinas, a boca e os olhos, o que é essencial para os órgãos dos sentidos; e por manter o fluido cérebro-espinhal, fundamental para o sistema nervoso. Governa estabilidade emocional, calma, felicidade e a capacidade de reter informações – memória.Em desequilíbrio: gera excesso de muco, sinusite, dor de cabeça, diminui o olfato e, em geral, atrapalha todos os sentidos. Causa ainda insônia, descontentamento, mal-estar

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e nervosismo.

Shleshaka KaphaSignificado: é a “água que lubrifica”.Sede: Juntas.Responsável: por lubrificar as juntas, fazendo com que todo o corpo se mova de forma fluida e sem esforço. Como Vyana Vata, é uma ação para fora e nos dá força, estabilidade nos movimentos externos.Em desequilíbrio: pode gerar problemas articulares e artrite, inchaço das juntas, dificuldade de movimentação.

SUB-DOSHAS DE KAPHAVeja os fatores que causam excesso ou deficiência em cada um dos sub-doshas de Kapha.

Sub-dosha: Avalambaka Excesso: clima frio e úmido, alimentos formadores de muco, dormir durante o dia, falta de atividade física, mágoa e ressentimentos.Deficiência: ar frio e seco, atividade excessiva, medo e insegurança.

Sub-dosha:Kledaka Excesso: Alimentos Kapha, comer em excesso, digestão lenta.Deficiência: alimentos picantes e ácidos, alimentação irregular, raiva.

Sub-dosha: Bodhaka Excesso: alergias, alimentação Kapha, clima úmido e frio.Deficiência: desidratação, alimentos adstringentes, ar seco.

Sub-dosha: Sleshaka Excesso: traumas locais, edemas.Deficiência: atividade física excessiva, trauma, excesso geral de Vata.

Sub-dosha: Tarpaka Excesso: alergias, depressão, tristeza, pesar, dormir durante o dia, apego.Deficiência: nervosismo, agitação, estresse, desequilíbrios emocionais de Vata e Pitta.

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Teste: quem é você?

Geralmente temos características dos três elementos e dois se sobressaem.

O teste abaixo (desenvolvido por Márcia de Luca) permite que você descubra

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qual seu dosha predominante. Geralmente temos características dos três elementos e dois se sobressaem.

   

Para cada resposta, leve em conta as tendências que você demonstra desde criança, uma vez que, como explicamos, o dosha é fixado no momento da concepção. O elemento mais assinalado será a força dominante em sua estrutura psicofísica. Para ser uni-dosha, a contagem de pontos do questionário do dosha principal deve ser o dobro do elemento que vem a seguir. Esse segundo elemento também vai influenciar em suas características, formas de ser e de agir, mas com força menor. Se nenhum dos dois doshas for extremamente dominante, você será bi-dosha, com suas influências se alternando. Se a contagem dos três for mais ou menos igual, você será tri-dosha, o que é raro.

Suas características:

Seu corpoVata: Magro, de estrutura e músculos finos, articulações pontudas, tendões e veias proeminentes, juntas que estalam Pitta: Constituição média, bom desenvolvimento muscular, mantém o pesoKapha: Ossatura grande, estrutura pesada, tendência a ganhar peso

Sua pele Vata: Seca, áspera ou fina Pitta: Mista, suave, quente, corada e propensa a irritação Kapha: Oleosa, macia, aveludada

Seus cabelos Vata: Seco, quebradiço ou crespo Pitta: Liso, fino, com tendência a ficar branco precocemente e à calvície Kapha: Grosso, volumoso e com brilho

Seus olhos Vata: Marrons ou pretos, pequenos, nervosos, secos, com cílios ralosPitta: Azuis ou verdes, de tamanho médio, brilhantes, sensíveis à luz, com cílios ralos e oleosos Kapha: Azuis ou pretos, grandes e marejados, com cílios longos e grossos

Suas unhas Vata: Quebradiças Pitta: Cor de rosa e macias Kapha: Grossas e fortes

Seu apetite Vata: Variável Pitta: Grande Kapha: Regular

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Sua digestão Vata: Variável: num dia boa; no outro, ruim Pitta: Excelente, metaboliza qualquer alimento, mas tem tendência a azia e acidezKapha: Lenta e de difícil metabolização

Sua eliminação Vata: Tendência a prisão de ventre Pitta: Regular, com tendência a diarréia e fezes moles Kapha: Regular e lenta

Sua temperatura corporal Vata: Fria, e não suporta o frio Pitta: Quente, e tem intolerância ao calor Kapha: Fria, e não suporta umidade

Seu sono Vata: Leve e irregular, com tendência a insônia Pitta: Pouco e profundo, dorme fácil e acorda fácil Kapha: Pesado e muito, tem dificuldade para acordar

Seu desejo sexual Vata: VariávelPitta: Intenso Kapha: Regular

Sua mente Vata: Ativa, curiosa, sem descanso Pitta: Inteligente e agressiva Kapha: Calma, lenta, receptiva

Sua memória Vata: Aprende rápido e esquece rápido Pitta: Aprende rápido e demora para esquecer Kapha: Aprende devagar e não esquece mais

Seu temperamento Vata: Alegre, animado e gosta de mudanças Pitta: Determinado, luta pelo que quer e tende a impor sua opinião Kapha: Amoroso, de fácil relacionamento, sempre disposto a ajudar

Suas qualidades Vata: Facilmente adaptável e criativo Pitta: Corajoso e determinado Kapha: Estável, calmo e pacífico

Sob estresse, você reage com Vata: Ansiedade, preocupação e insegurança Pitta: Frustração, raiva e impaciência Kapha: Calma, preguiça, depressão e isolamento

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Sua rotina diária Vata: Variável Pitta: Precisa Kapha: Metódica

Seu bolso Vata: Gasta aleatoriamente Pitta: Prefere o luxo Kapha: Economiza

Vata: ao sabor do vento

Este dosha controla todo o movimento biológico, como a inspiração e a expiração, a circulação sangüínea, os impulsos nervosos, os batimentos cardíacos, a comida que entra e sai, o fluxo dos pensamentos. Vata é responsável por começar as coisas – por isso, quando em desequilíbrio, a pessoa deste dosha fala muito sem chegar a nenhuma conclusão, gasta dinheiro à toa, compra demais sem adquirir nada necessário.

A energia de Vata controla o sistema nervoso e se concentra na região do cólon (intestino grosso), pélvis, juntas sacro-ilíacas e lombar. Quando o dosha entra em desequilíbrio, esses são os primeiros órgãos a apresentar problemas. (ilustrar)

Características físicas:São pessoas altas ou baixas, porém sempre magras, de estrutura corporal pequena e angulosa. Têm ombros e quadris estreitos. Podem comer muito e não engordar. No entanto, seu peso pode flutuar durante a vida e, ao envelhecer, às vezes ganham alguns quilos. O apetite é irregular e podem ter fome a qualquer hora, bem como pular refeições. As juntas são secas, barulhentas e protuberantes. Os dentes são pequenos e também protuberantes. Têm mãos e pés gelados, e sentem muito frio. Em geral têm olhos pequenos e cabelos finos e encaracolados. A pele é seca. Dormem pouco – normalmente seis horas são suficientes – e em horários diversos. De sono leve, acordam com qualquer barulho. São superativas, mas se cansam com facilidade, podendo chegar à exaustão. Isso gera sentimentos de fraqueza, sobretudo se têm dificuldade para dormir. Necessitam de muito repouso e se beneficiam de rotinas e hábitos regulares.

Características psicológicas:Tendem a ser alertas, com uma mente rápida e ativa. Aprendem novosconceitos e idéias num piscar de olhos, mas tendem a esquecer o que aprenderam com igual rapidez. Como o vento, pensam, falam, andam e movem-se depressa, geralmente sem parar. Gostam de movimento e de novidades. Mudam de idéia e de humor o tempo todo. Amam a liberdade.

Em equilíbrioSão pessoas felizes, entusiasmadas, alertas, criativas, ágeis, comunicativas, energéticas

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e sensíveis. Fazem amigos rapidamente.

Em desequilíbrioApresentam cansaço, ficam angustiadas e ansiosas, sofrem de insônia, prisão de ventre, gases e flatulência. Ficam hipersensíveis e inseguras na hora de tomar decisões. Tornam-se contraditórias, imprevisíveis e instáveis.

Reação ao estressePreocupar-se e perguntar-se: “O que eu fiz de errado?”

Balanceando VataEstabilidade emocional, amor e quietude são os melhores remédios para este dosha. Criar um ambiente agradável em casa, sem muitas distrações, manter rotinas e respeitar os períodos de descanso também ajudam. A prática de Yoga, dança e caminhada faz muito bem. Vata deve evitar tudo o que seja frio, seco, instável, agitado, e fugir das correntes de ar.

No amorVata é inconstante, difícil de se comprometer.

Pitta: pode vir quente que ele está fervendo

Dinamismo e paixão caraterizam as pessoas de Pitta. O dosha do Fogo representa o metabolismo, sendo responsável por todas as transformações químicas que ocorrem no organismo. Pitta faz a digestão, traz luminosidade para o olhar, regula a temperatura e é fonte de energia.

Este dosha se concentra na região abdominal: intestino delgado, parte baixa do estômago e fígado. Quando o dosha entra em desequilíbrio, esses são os primeiros órgãos a sofrer.

Características físicasPessoas de estrutura e constituição corporal média. Mantêm o peso sem flutuações importantes.A pele é clara ou avermelhada, muitas vezes com sardas e com tendência a manchar. Como a temperatura do corpo é alta, transpiram e ruborizam com facilidade. Também por isso são avessas ao calor e à exposição prolongada ao sol.Têm olhos penetrantes, de tamanho médio. Têm cabelo fino e sedoso, normalmente loiro, castanho claro ou ruivo. A tendência é ficarem com os cabelos grisalhos precocemente, e, no caso dos homens, carecas.Têm excelente digestão e um grande apetite. Ficam irritadas se pulam ou atrasam uma refeição. O intestino também funciona com regularidade. Costumam acordar no meio da noite, com fome, sede ou calor.Dormem profundamente, por curtos períodos de tempo.Têm forte impulso sexual.

Características psicológicas:É o dosha de maior inteligência e também raiva. O raciocínio é rápido e a mente tem poder de foco e organização. São pessoas ordeiras, enérgicas e competitivas, além de corajosas e independentes. Têm a fala articulada e precisa. Têm iniciativa e costumam

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dominar as situações. Costumam julgar os outros.

Em equilíbrioDeterminadas, precisas e com grande capacidade de liderança e realização. São pessoas calorosas e sabem tomar decisões acertadas.

Em desequilíbrioTornam-se impacientes, frustradas e irritadiças. Raivosas, passam a ter comportamento agressivo e intimidador. Mostram-se manipuladoras e competem de forma desenfreada. O senso crítico fica exacerbado, tornam-se sarcásticas, e sua busca pela perfeição leva à intolerância. Têm erupções na pele, sofrem com indigestão e azia.

Reação ao estresseIrritar-se e perguntar: “O que você fez de errado?”

Balanceando PittaAprender a usar de forma construtiva a energia de sua raiva é a maior lição para este dosha. No dia-a-dia, é importante abrir espaço na agenda para o descanso, ter senso de humor, comer saladas e tomar bebidas frias (mas não geladas), e praticar esportes, sobretudo a natação. A meditação ajuda a acalmar. Pitta deve evitar tudo o que seja quente.

No amorNaturalmente apaixonadas, as pessoas de Pitta precisam cultivar a humildade e a paciência para se relacionarem efetivamente com um companheiro. Seu maior desafio é unir sexo e coração.

Kapha: devagar e sempre

Representa estabilidade e pé no chão. É o dosha responsável por nossa estrutura e sistema linfático. Também é Kapha que dá suporte e nutre o sistema nervoso, lubrifica o trato digestivo, as articulações e o trato respiratório, regula água e gordura.

Sua energia se concentra na parte alta do estômago e nos pulmões e vias respiratórias – os primeiros órgãos a adoecer quando Kapha entra em desequilíbrio.

Características físicasAs pessoas de Kapha têm uma estrutura corporal sólida, ganham peso com facilidade e têm tendência à obesidade e muita dificuldade para emagrecer.A pele clara é lustrosa, suave e sedosa, e apresenta certa palidez. Têm lábios carnudos, dentes brancos e fortes, bochechas fofas e olhos grandes, de cílios longos.Têm cabelos grossos, pretos e brilhantes. De digestão lenta, podem sentir-se pesadas após comer. Não têm muito apetite, e toleram bem pular refeições. A eliminação é regular. Precisam de um período maior de descanso e seu sono é pesado e profundo.Transpiram pouco e detestam tempo frio e úmido.Têm tendência a acúmulo de muco.

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Características psicológicasSão lentas em todos os aspectos, como movimentos e raciocínio. Aprendem devagar, mas têm excelente memória. Amáveis, cheias de compaixão, conciliadoras e de bom senso, as pessoas de Kapha costumam ser excelentes amigas e pais. O apego a gente e coisas, bem como ao passado, faz parte de sua natureza. Não se preocupam nem ficam bravas facilmente. Emocionalmente estáveis, são agradáveis e carinhosas. Pensam muito antes de tomar qualquer decisão.

Em equilíbrioCalmas, tranqüilas, com bom nível de energia. Pacientes, pensativas, devotadas e amorosas. Gostam de rotina e sabem economizar dinheiro. São pessoas constantes, coerentes, leais, fortes e protetoras. A fala é clara e concisa.

Em desequilíbrioApresentam preguiça, fadiga, depressão e dificuldade para expressar os sentimentos. Tornam-se letárgicas, estúpidas, avarentas e superprotetoras. Desenvolvem uma tendência a dormir demais e ficam resistentes a qualquer mudança. Sofrem com obesidade e ficam congestionadas. O apego a coisas, pessoas e ao passado fica extremado, resultando em ciúme e saudosismo.

Reação ao estresseEntristecer-se e dizer a si mesmo: “Como eu posso ajudar a resolver isto?”

Balanceando KaphaA prática de esportes como lutas marciais e musculação e a adoção de massagens vigorosas ajudam a revigorar Kapha. Jardinagem, arrumação da casa e culinária são hobbies interessantes.

No amorKapha é responsável pela família, pelo lar e pelos relacionamentos estáveis. Sensual, combina a força masculina com a suavidade feminina.

Tudo combinado

Veja aqui as possíveis combinações de doshas e quais as principais características de quem é bi-dosha – a grande maioria dos seres humanos. A energia cujo nome aparece na frente é a dominante e a outra, secundária.

Vata/PittaPessoas com esta combinação de doshas normalmente têm a estrutura física frágil e os movimentos rápidos de Vata. No mais, suas características psicológicas e físicas costumam ser mais equilibradas pela influência de Pitta. São amistosas e falantes, mas bem mais decididas do que quem é um puro Vata. O intelecto também é mais focado e aguçado e elas têm maior energia e estabilidade, melhor digestão, uma eliminação mais regular e uma circulação mais rápida. Toleram melhor o frio e são menos sensíveis às mudanças do ambiente. Enfrentam os problemas com maior entusiasmo.

Pitta/VataDe constituição física mediana como a dos puros Pitta, são pessoas mais fortes e com

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mais músculos que as de Vata-Pitta. São rápidas e enérgicas nos movimentos. São intensas como Pitta e não tão leves como Vata. Apresentam melhores digestão e eliminação do que Vata-Pitta. Muitas vezes acumulam as características negativas de medo e raiva dos dois doshas ao mesmo tempo. Aceitam desafios e enfrentam os problemas com entusiasmo e, algumas vezes, até com agressividade.

Pitta/KaphaAgem de maneira intensa como Pitta e possuem a estrutura física sólidade Kapha. São mais musculosas do que Pitta/Vata. Possuem um corpoadequado para a prática de esportes, pois combinam a energia de Pitta com a resistência ao esforço de Kapha. Não gostam de pular refeições e geralmente gozam de saúde boa. Mesclam a estabilidade de Kapha e a força de Pitta, com tendência para julgar, criticar e acumular raiva.

Kapha/PittaTêm excelente musculatura, mas com maior proporção de gordura.Sua estrutura física é maior. Os movimentos são mais lentos e relaxados do que os de Pitta/Kapha.Têm uma grande fonte de energia.

Kapha/VataSão pessoas de estrutura física sólida e que se movimentam com menor velocidade do que Vata. São mais relaxadas, o que equilibra a tendência de Vata para um entusiasmo exacerbado. São mais atléticas e têm maior resistência. Podem desenvolver irregularidades na digestão e sentir frio, característica dos dois doshas.

Apresentar, de forma balanceada, características dos três doshas é raro. São as pessoas tri-dosha.

Vata/Pitta/KaphaJá naturalmente mais equilibradas, as pessoas tri-dosha costumam ter vida longa e boa saúde, gozando de um sistema imunológico resistente.

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Chaves yogis

Por: David Frawley

Avance na prática com dicas de David Frawley!

Os óleos protegem a pele, músculos, articulações e ossos. Melhoram a flexibilidade e previnem contra lesões. Se você é vata, é mais aconselhado que se aplique o óleo para pele e

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articulações nos membros inferiores. Isso dará mais flexibilidade e reage contra secura e rigidez do desenvolvimento. Antes do banho ou de dormir são bons momentos para a aplicação dos óleos, mas se aplicado em pequena quantidade pode ser excelente para a prática de asanas também. Óleo de gergelim é o melhor para esse propósito porque tem propriedades hidratante, nutritiva e analgésica. Portanto neutraliza Vata, alivia a rigidez e a dor e melhora a flexibilidade. É útil para o tipo Kapha que tem a pele seca devido à pobre circulação. O tipo Pitta se beneficia com noz de coco, um óleo refrescante para a pele, particularmente aplicado na cabeça, onde justamente fica quente. Kapha lida melhor com um óleo leve e estimulante como o de mostarda. No entanto, pessoas Kapha não devem aplicar antes da prática porque podem deixá-las sonolentas. Além disso, fique certo de ter bons óleos na sua dieta, assim como já sabe que é importante beber água. O ghee (manteiga clarificada) é o melhor óleo para cozinhar. O de gergelim também. O óleo de girassol é bom para Pitta e Kapha. Muitos outros óleos são bons, como o de oliva, amêndoa, açafrão e abacate. Além dos óleos de massagem, o tipo Vata se beneficia de banhos de sal mineral. Essa é uma outra dica para a prática de asanas.

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Descubra seu dosha

Por: Renata Reif

Ao analisar informações sobre você, é possível identificar seu biotipo

Ao analisar informações sobre você, é possível identificar seu biotipo

 

Ayurveda é uma ciência médica desenvolvida na Índia há cerca de cinco mil anos. Em sânscrito significa ciência ou conhecimento da vida (Ciência ou conhecimento = veda; ayur = vida). No

Ayurveda os processos terapêuticos diferem em muito da tradicional medicina praticada no ocidente, pois privilegia o uso de plantas medicinais, a prática de dieta, exercícios físicos, Yoga, meditação, massagem, aromateratia, gemoterapia, cirurgia e psicologia. O Ayurveda parte do princípio que o corpo humano tem três humores biológicos, chamados doshas e associados aos elementos ar, fogo e água. Quando o elemento predominante é o ar, a pessoa é chamada de Vata, quando fogo, Pitta e quando água, Kapha.

Com base nas explicações fornecidas pelo médico ayurvédico e colunista do eYoga Dr. Aderson Moreira da Rocha (www.ayurveda.com.br), descubra então em qual dos três você se encaixa e procure levar uma vida condizente com suas características

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psicofísicas.

As pessoas com constituição Vata são magras, têm pouca musculatura e dificuldade para ganhar peso; são mais friorentas e têm a pele fria e seca. Alguns sintomas de desequilíbrio de Vata seriam: boca e olhos secos, tendência à constipação (prisão de ventre), insônia, nervosismo e ansiedade. Para as pessoas com Vata (ar) aumentado recomenda-se aumentar a quantidade e a qualidade dos alimentos, ou seja o tipo Vata (ar) deve comer mais alimentos e com mais frequência. Neste caso é importante evitar ficar muitas horas sem comer e fazer pequenos lanches entre as principais refeições. Os alimentos podem ser pesados, nutritivos, condimentados. Os sabores recomendados são: doce, ácido e salgado. Deve-se evitar o picante, o amargo e o adstringente. Os alimentos devem ser preferencialmente cozidos e está recomendado o uso dos condimentos

Os indivíduos do tipo Pitta (fogo) são de tamanho mediano, com musculatura moderada. Possuem o elemento fogo predominante, logo têm muita sede e bom apetite. O corpo é quente, a face vermelha. Preferem bebidas geladas, têm um bom sono e suam muito. Psicologicamente são compreensivos, inteligentes e têm emoções fortes, como a raiva e o ciúme; são pessoas ambiciosas e tendem a ser líderes. Para este indivíduo, em quem o elemento fogo é predominante, é necessária uma alimentação refrescante, um pouco seca e pesada. Os sabores que diminuem Pitta são: doce, amargo e adstringente; já o ácido, o salgado e o picante devem ser evitados porque aumentam o fogo. Neste caso estão indicados os alimentos crus (saladas), que são refrescantes. Excesso de condimentos e óleos devem ser evitados.

As pessoas com constituição Kapha (terra) possuem corpo bem desenvolvido, porém com tendência a ganhar peso e se tornarem obesos. O tórax é largo e possuem uma boa massa muscular e óssea. A pele é macia com tendência ao frio e a palidez; já os cabelos são grossos escuros e ondulados, os olhos são escuros e com muitos cílios. Têm apetite regular e digestão tendendo a lenta, bom sono e boa capacidade vital. Psicologicamente são tolerantes e calmos, porém tendem a ser invejosos, apegados e possessivos. Possuem compreensão lenta, mas quando absorvem o conhecimento, este é retido por um longo tempo. O indivíduo kapha deve ter uma dieta amornante, leve e seca. Deve-se evitar alimentos frios, oleosos e pesados, assim como os sabores doce, salgado e ácido, porque favorecem o acúmulo de muco e gordura. Os sabores indicados para estas pessoas são: picante, amargo e adstringente. Deve-se ingerir menos quantidade de alimentos e fazer uso de plantas medicinais, como o gengibre e a erva-doce. Neste caso, o jejum uma vez na semana ou de 15 em 15 dias é aconselhado.

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Descubra seu dosha

Por: Renata Reif

Ao analisar informações sobre você, é possível identificar seu biotipo

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Ao analisar informações sobre você, é possível identificar seu biotipo

 

Ayurveda é uma ciência médica desenvolvida na Índia há cerca de cinco mil anos. Em sânscrito significa ciência ou conhecimento da vida (Ciência ou conhecimento = veda; ayur = vida). No Ayurveda os processos terapêuticos diferem em muito da tradicional medicina praticada no ocidente, pois privilegia o uso de plantas medicinais, a prática de dieta, exercícios físicos, Yoga, meditação, massagem, aromateratia, gemoterapia, cirurgia e psicologia. O Ayurveda parte do princípio que o corpo humano tem três humores biológicos, chamados doshas e associados aos elementos ar, fogo e água. Quando o elemento predominante é o ar, a pessoa é chamada de Vata, quando fogo, Pitta e quando água, Kapha.

Com base nas explicações fornecidas pelo médico ayurvédico e colunista do eYoga Dr. Aderson Moreira da Rocha (www.ayurveda.com.br), descubra então em qual dos três você se encaixa e procure levar uma vida condizente com suas características psicofísicas.

As pessoas com constituição Vata são magras, têm pouca musculatura e dificuldade para ganhar peso; são mais friorentas e têm a pele fria e seca. Alguns sintomas de desequilíbrio de Vata seriam: boca e olhos secos, tendência à constipação (prisão de ventre), insônia, nervosismo e ansiedade. Para as pessoas com Vata (ar) aumentado recomenda-se aumentar a quantidade e a qualidade dos alimentos, ou seja o tipo Vata (ar) deve comer mais alimentos e com mais frequência. Neste caso é importante evitar ficar muitas horas sem comer e fazer pequenos lanches entre as principais refeições. Os alimentos podem ser pesados, nutritivos, condimentados. Os sabores recomendados são: doce, ácido e salgado. Deve-se evitar o picante, o amargo e o adstringente. Os alimentos devem ser preferencialmente cozidos e está recomendado o uso dos condimentos

Os indivíduos do tipo Pitta (fogo) são de tamanho mediano, com musculatura moderada. Possuem o elemento fogo predominante, logo têm muita sede e bom apetite. O corpo é quente, a face vermelha. Preferem bebidas geladas, têm um bom sono e suam muito. Psicologicamente são compreensivos, inteligentes e têm emoções fortes, como a raiva e o ciúme; são pessoas ambiciosas e tendem a ser líderes. Para este indivíduo, em quem o elemento fogo é predominante, é necessária uma alimentação refrescante, um pouco seca e pesada. Os sabores que diminuem Pitta são: doce, amargo e adstringente; já o ácido, o salgado e o picante devem ser evitados porque aumentam o fogo. Neste caso estão indicados os alimentos crus (saladas), que são refrescantes. Excesso de condimentos e óleos devem ser evitados.

As pessoas com constituição Kapha (terra) possuem corpo bem desenvolvido, porém com tendência a ganhar peso e se tornarem obesos. O tórax é largo e possuem uma boa massa muscular e óssea. A pele é macia com tendência ao frio e a palidez; já os cabelos são grossos escuros e ondulados, os olhos são escuros e com muitos cílios. Têm apetite regular e digestão tendendo a lenta, bom sono e boa capacidade vital. Psicologicamente são tolerantes e calmos, porém tendem a ser invejosos, apegados e possessivos. Possuem compreensão lenta, mas quando absorvem o conhecimento, este é retido por um longo tempo. O indivíduo kapha deve ter uma dieta amornante, leve e seca. Deve-se

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evitar alimentos frios, oleosos e pesados, assim como os sabores doce, salgado e ácido, porque favorecem o acúmulo de muco e gordura. Os sabores indicados para estas pessoas são: picante, amargo e adstringente. Deve-se ingerir menos quantidade de alimentos e fazer uso de plantas medicinais, como o gengibre e a erva-doce. Neste caso, o jejum uma vez na semana ou de 15 em 15 dias é aconselhado.

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Vias livres

Por: Thays Biasetti

Terapias de limpeza das narinas podem ajudar na falta de umidade 

O tempo seco que predomina no inverno na maior parte do País pode prejudicar a saúde. Em São Paulo, no mês de julho, a umidade do ar chegou a 30%, um nível bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. De acordo com levantamento da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, nessa época do ano o número de problemas respiratórios registrados é 60% maior.

Para combater doenças desse tipo, alguns métodos naturais e ayurvédicos podem ajudar. O nasya (terapia de limpeza nas narinas) é uma das técnicas mais eficientes para tratar esses incômodos. É uma das cinco terapias intensivas do Ayurveda, conhecidas como panchakarma, aconselhada para casos em que as energias vata, pitta ou kapha (os três biótipos básicos do Ayurveda – doshas) estão em excesso no cérebro, na mente, nas vias nasais, na garganta ou no nariz . "O procedimento se dá pela administração nasal de medicamentos”, diz a terapeuta ayurvédica Laura Pires, do Rio de Janeiro.

“Na maioria dos casos, a simples aplicação de calor, massagem na face e lubrificação da área facilita a eliminação das toxinas acumuladas. O óleo de gergelim e o ghi puro ou medicado aliviam o ressecamento e permitem uma respiração mais fácil e sem dores.” O nasya deve ser aplicado por um terapeuta, geralmente por no mínimo sete dias. “A aplicação consiste em três fases: primeiro, uma massagem na cabeça e no rosto com óleo, seguida da aplicação de vapor, que pode ser feita com uma toalha embebida em água quente; finaliza-se com a introdução nas narinas de um óleo medicado. A oleação é um processo mais simples. Você mesmo pode pingar com conta-gotas ou passar com os dedos um pouco de ghi ou óleo de gergelim dentro das narinas. Isso ajuda a umedecer a mucosa interna e a prevenir ressecamento em excesso. Mesmo na ausência de secura ou dor, a aplicação diária de uma gota de óleo ou ghi em cada narina é uma

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boa prática preventiva durante o inverno”, comenta a terapeuta.   

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Suave

Por: Niika Quistgard

A medicação antiga do Ayurveda pode ajudar a manter a pele macia mesmo com as quedas de temperatura

A sensação de secura e pele rachada que muitos de nós temos durante os meses mais frios é algo que as terapias ayurvédicas, a primeira forma de medicina da Índia, são muito indicadas para solucionar. Isso acontece porque os remédios ayurvédicos tratam não apenas o sintoma de ressecamento da pele, mas também os desequilíbrios que o estão causando.

O Ayurveda reconhece três energias vitais básicas: vata, pitta e kapha. Vata também significa vento em sânscrito e as qualidades sensoriais de vata – seco, frio, leve, agitado e áspero – são semelhantes às qualidades do vento. No fim do outono e começo do inverno, quando o ar fica mais seco e a temperatura cai junto com as folhas das árvores, nosso mundo passa a ser permeado por uma energia vata. Temos mais tendência a ter desequilíbrios relacionados a esse dosha (biótipo) nessa época do ano. “Quando vata

DOSHAS  ELEMENTOS  CARACTERÍSTICAS

Vata ar e éter

pele e articulações secas e frias, magros e longilíneos, inconstância 

Kapha terra e água

olhos grandes e amendoados, pele fria, corpulentos e suaves, letargia, estabilidade 

Pitta fogo e água

pele quente, talvez com acne, constituição média, boa musculatura, agressividade, empreendorismo

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está agravado, as artérias, capilares e nervos se tornam secos e não funcionam propriamente, afetando a circulação”, esclarece Archana Rao, um médico ayurvédico na Califórnia, EUA, explicando a teoria por trás da pele seca. “Os pés e as mãos se tornam frios. A pele se torna áspera e seca. Os lábios podem rachar, assim como os calcanhares. Temos de acalmar o vata por dentro e por fora.”

A recomendação de Rao para hidratar a pele é baseada em dois princípios ayurvédicos: limitar a exposição às qualidades de vata e aumentar a exposição às substâncias e às experiências que são opostas a vata. Portanto, nessa época devemos nos nutrir com alimentos e sensações que são quentes, estáveis, pesados, macios e aterradores.Óleo quente é um oposto natural a vata. Uma antiga prática, o abhyanga, é tradicionalmente feita por dois terapeutas que massageiam óleo de gergelim aquecido pelo corpo, com movimentos contínuos para redirecionar a energia vata do corpo para o padrão saudável. “É a técnica mais eficiente para pacificar vata”, esclarece o dr. José Ruguê, médico ayurvédico e colunista da Prana Yoga Journal.

 

Bem oleadoApesar de ser um luxo receber abhyaga de um terapeuta treinado, este também é um presente que você pode dar a si mesmo. Só o óleo já faz maravilhas por uma pele ressecada, mas os benefícios vão além. A palavra para oleação em sânscrito, snehana, significa também afeição. A secura de vata tende a vir acompanhada por um estado mental de vata, com preocupações e inseguranças.

Abhyanga acalma a mente, deixando-o aterrado e ainda focado, alerta e com as emoções equilibradas. É também revitalizante, dá suporte a níveis estáveis de energia durante o dia, enquanto promove um sono tranqüilo e restaurativo durante a noite (para instruções de um auto-abhyanga, veja “Oleie-se!”, abaixo).

 

Hora do rostoEm Kerala, Índia, o Ayurveda ainda faz parte da vida diária das pessoas. Em uma visita recente a um curador tradicional, S. Sanjeev Kumar sentou-se comigo em sua casa de teto de sapé, chamou da cozinha sua esposa, Bindhu e a amma (mãe) dela. Juntos me passaram um resumo dos hidratantes preferidos feitos em casa. Kumar passou a receita de um que ele considera particularmente fácil para os ocidentais fazerem. “Primeiro aqueça um pouco de leite integral”, disse ele. Checou novamente as instruções com a esposa e continuou: “Deixe formar uma camada de nata por cima, remova a camada e coloque-a em um pequeno recipiente. Assim que esfriar, adicione algumas gotas de suco de limão”.“Hã?”, perguntou ele, virando-se para a mulher. A amma de Bindhu mencionou alguma coisa e ela repetiu suas palavras a Kumar. “OK”, acrescentou. “Você pode usar um pouco de suco de limão ou de água de rosas. Então mexa com uma colher até

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transformar a mistura em uma pasta cremosa. Passe a mistura no rosto ou em qualquer pele ressecada e deixe entre 30 minutos e duas horas antes de enxaguar com água. Esse creme especial de leite é muito nutritivo.” A mulher e a sogra de Kumar sorriram. “Sua pele”, disse ele, “vai se tornar viçosa novamente.” 

 

 Alegria das amêndoasOutra receita simples é uma pasta de água morna – não use água quente, que remove a oleosidade natural da pele – e amêndoas batidas, que contêm ácidos gordurosos e ajudam a pele a se manter macia.

Fazer o creme de amêndoas é fácil: use uma centrífuga, um liquidificador ou um moedor de café para pulverizar amêndoas cruas e, de preferência, orgânicas, em um pó fino. Certifique-se de pulsar a mistura por alguns segundos e depois parar, para que não se transforme em manteiga de amêndoas. Coloque o pó na geladeira em um pote limpo de vidro, onde se manterá por aproximadamente três semanas.

Quando estiver pronta para usá-la, coloque uma colher de chá cheia na mão, adicione um pouco de água morna e misture com o dedo para formar uma pasta. Passe no rosto, massageando com círculos suaves para ativar a circulação e esfoliar as células mortas. Então, enxágüe com água morna e hidrate como de costume.

 

Nutrição de dentro para foraOutra terapia ayurvédica funciona de dentro para fora. “Quando alguém chega com a pele seca”, conta Cheryl Silberman, especialista ayurvédica em Milwaukee, EUA, “a primeira coisa que pergunto é ‘Você toma muito café?’ A cafeína é diurética e elimina a água do corpo. Tem impacto direto no sistema nervoso, perturbando vata e a circulação, forçando os finos capilares da pele a dilatar e contrair de forma não natural.” Silberman sugere a substituição do café por água morna ou leite temperado.

O que você come também faz diferença.

“Quando há ressecamento, a pessoa deve tentar comer refeições quentes e úmidas como sopas grossas e ensopados, levemente temperados”, explica Silberman. “A pele seca normalmente responde bem ao consumo de gordura. Adicionar ghi (manteiga clarificada) às refeições pode ajudar.” E apesar de o ghi conter gordura saturada, você perceberá que um pouquinho rende muito. Pode ser encontrado em lojas de produtos naturais.

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“As amêndoas são boas fontes de gordura saudável e deixá-las de molho na água por uma noite as torna mais fáceis de digerir”, acrescenta Silberman.

Criar o hábito do abhyanga, de uma alimentação quente, úmida e de beber água morna ao longo do dia faz com que a pele perca a aspereza e se torne macia e suave durante os meses mais frios. Mas os benefícios podem ir além de uma pele bonita, ao fazer você se sentir mais centrado e equilibrado.

 

 

Oleie-seO auto-abhyanga é simples de ser feito, é profundamente nutritivo e devolve o equilíbrio quando sua pele necessita de suavidade. Aprenda como se cuidar:

❋ um quarto quente

❋ 60 a 90 g de óleo de gergelim orgânico e cru

❋ uma pequena garrafa de vidro com tampa

❋ água quente

❋ uma toalha velha ou mat que pode ser manchado

❋ toalhas de papel

Aqueça Coloque o óleo na garrafa e feche bem. Coloque-a na água quente até que o óleo esteja aquecido.

Esfregue Dispa-se completamente e fique sobre a toalha ou mat. Coloque um pouco de óleo na palma da mão. Teste primeiro em um pedaço pequeno da pele. Se tiver alguma alergia ou irritação, tente outro tipo de óleo como o de coco ou de semente de girassol. Aplique o óleo no topo da cabeça, usando a ponta dos dedos para fazer círculos para fora. Se você preferir não deixar o cabelo oleoso, pode fazer a massagem sem óleo. Aplique o óleo da cabeça aos pés, trabalhando de cima para baixo até que todo o corpo

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esteja oleado.Massageie-o na pele por 10 ou 12 minutos, dando a cada parte do corpo a atenção adequada. Use movimentos longos para cima e para baixo nos braços e pernas, movimentos circulares nas articulações, peito e abdome.

Ensope Sente-se em silêncio na borda da banheira com os olhos fechados por alguns minutos, respirando profundamente enquanto sua pele se nutre.

Lave Tire qualquer excesso de óleo com toalhas de papel. Certifique-se de secar as solas dos pés antes de entrar na banheira ou chuveiro para não escorregar.Lave sua pele com água morna e um sabonete suave. Se tiver óleo no cabelo, aplique um xampu suave e enxágüe bem. Seque-se levemente com toalha (não coloque a toalha ou o mat oleoso na máquina de secar, pode provocar fogo).  Vista-se, sorria e saúde o dia – centrado, quente e equilibrado .

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Viva a diferença

Se você não sabe o seu dosha predominante, descubra-o já!

Se você não sabe o seu dosha predominante, descubra-o já!

  

"Dosha" é uma palavra sânscrita que significa "culpa" ou "transgressão". Enquanto este é o sentido literal, no contexto de cuidado à saúde seria mais apropriado traduzir "Dosha" como as

"forças, no corpo, que mais facilmente se desequilibram". Através dele é possível a caracterização do perfil biológico do indivíduo, de acordo com a milenar Medicina Ayurvédica. Existem três doshas: Vata, Pitta e Kapha, sendo que cada um apresenta suas características determinantes . Todas as pessoas possuem os três doshas, mas em proporções variadas. Eventualmente, há excesso ou carência de um dos três doshas, o que constitui um desequilíbrio, que pode originar uma doença. O reestabelecimento do equilíbio original dos doshas da pessoa, segundo esta medicina será por meio de dietas, exercícios físicos, uso de plantas medicinais, meditação, yoga e massagem.

Vata significa a força que gera e possui as qualidades do "ar" (e do espaço). Vata não é "gás" mas a força que, quando em excesso, produz "gás". Vata é o dosha formado pelos elementos ar e éter. Suas características são ser seco, leve e frio. As pessoas com

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predominância de Vata são geralmente magras, ativas e costumam ter a pele seca e eventualmente constipação intestinal. Elas devem evitar alimentos amargos, bem como frio e umidade.

Pitta significa a força que gera e possui as qualidades do "fogo". Pitta não é "bile" mas a força que, quando em excesso, produz "bile" e "ácido". Pitta é o dosha formado pelos elementos fogo e água. Suas características são quente, oleoso e leve. São pessoas ativas e com boa conformação física. Têm tendência a serem nervosas e facilmente irritáveis. As pessoas com predominância Pitta devem evitar alimentos salgados e picantes, para não aumentar o fogo digestivo. Em caso de desarmonia de Pitta, o sintoma inicial é a febre e as infecções.

Kapha significa a força que gera e possui a qualidade da "água" (e terra). Kapha não é o "muco" mas a força que, quando em excesso, produz "muco". Kapha é o dosha formado pelos elementos água e terra. Suas características são úmido, pesado e frio. As pessoas com predominância Kapha costumam ser grandes e pesadas, podendo facilmente tender à obesidade. Devem evitar alimentos úmidos, frios e pesados, como massas e arroz. Em caso de desequilíbrio, este costuma manifestar-se como excesso de muco e problemas respiratórios.

Cada um de nós é resultante da combinação destes 3 Doshas. Ao tempo da concepção, a Natureza decide a permutação - combinação de Doshas, dentro de cada um de nós. Isto é que faz de cada um de nós, um ser único.

Doshas têm: • traços físicos que se traduzem na descrição física da pessoa, por exemplo, altura, compleição, olhos, etc.; • traços mentais e comportamentais que se traduzem na espécie de pessoa que nós somos, como dormimos, sonhamos e pensamos; como reagimos a situações externas, nossas forças e fragilidades emocionais, nossa atitude com relação a dinheiro - se somos gastadores, avarentos ou administradores de dinheiro; • traços intelectuais que traduzem se somos pensadores e sonhadores, designers e planejadores ou pessoas silenciosas que trabalham com afinco e trabalhadores sólidos ; • doenças e traços que são responsáveis pelo fato de diferentes espécies de clima, alimento, meio-ambiente serem benéficos ou danosos a nós. Tudo isto a Mãe natureza decide na hora de nossa concepção e durante o período que passamos no útero materno. Assim, é importante compreender nossa constituição de forma a tornar-nos consciente de nossas forças e nossa predisposição interna para certas doenças e padrões negativos de procedimento. Este é nosso " Prakriti" - nossa Natureza.

Os Doshas podem ser controlados através dos 6 sabores - salgado, picante, adstringente, amargo, doce e azedo. Estes sabores podem agravar e pacificar diferentes Doshas. Com este conhecimento nós estamos capacitados a prevenir doenças, curar a nós mesmos e compreender melhor nossas relações interpessoais.

Qual seu Dosha dominante? Ao preencher os 3 questionários abaixo, você terá a oportunidade de se auto conhecer um pouco mais, ao identificar qual o seu biótipo (ou dosha) predominante. Para preencher aos questionários, com o máximo de sinceridade, atribua valores conforme

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quadro abaixo:

Não se aplica a mim - 0 pontosAplica-se algumas vezes a mim - 1 pontoAplica-se quase sempre a mim - 2 pontos

DOSHA: VATA - MENTAL - ELEMENTO ARPele seca e fria com tendência a rachaduras nos lábios e nos pés. Cabelos crespos e secos, região ao redor dos olhos escura (olheiras), assim como expressão melancólica. Bastante mental, dificuldade para ficar aterrado. Declarações 1. Sou mais friorento que a maioria das pessoas. 2. Tenho frequentemente dificuldade para dormir ou ter uma boa noite de sono. 3. Minha pele tende a ser muito seca, especialmente no inverno. 4. Meus movimentos são rápidos e ativos. Minha energia tende a se manifestar em surtos. 5. Tenho tendência a ter sono e hábitos alimentares irregulares. 6. Tenho tendência a ter gases e prisão de ventre. 7. Sou magro - não engordo com facilidade. 8. Tenho tendência a ter mãos e pés frios. 9. Executo rapidamente as atividades. 10. Não sou bom em memorizar as coisas e depois lembrá-las mais tarde. 11. Sou animado e vivo por natureza. 12. Sempre aprendi coisas novas com muita facilidade.13. Meu andar característico é leve e rápido. 14. Costumo ter dificuldade para tomar decisões. 15. Fico ansioso ou preocupado com frequência. 16. Falo rápido e meus amigos acham que eu falo muito. 17. Minha disposição de ânimo muda com facilidade e sou um tanto quanto emotivo por natureza.18. Minha mente é muito ativa, às vezes inquieta, mas também muito imaginativa.19. Fico facilmente agitado. 20. Aprendo rápido, mas também esqueço rápido. Total contagem de pontos VATA:

DOSHA PITTA - AÇÃO - ELEMENTO FOGOPele sensível e irritável, avermelhada e com poros abertos, possui predisposição a acne, feridas e reações alérgicas. Metabolismo rápido e atitudes passionais. Declarações 1. Sinto um mal estar ou fico facilmente fatigado no calor - mais do que outras pessoas. 2. Transpiro com facilidade. 3. Costumo ser extremamente organizado nas minhas atividades. 4. Dificilmente Sinto frio.5. Meu cabelo tem uma ou mais das seguintes características: tendência a ficar grisalho ou calvo cedo; fino e liso; louro, ruivo ou cor de areia. 6. Tenho muito apetite. 7. Meu intestino é bastante regular: é mais fácil ter diarréia do que prisão de ventre. 8. Não me sinto bem quando pulo uma refeição, ou se o almoço ou o jantar atrasam.9. Me considero muito eficiente. 10. Tenho a mente decidida e resoluta, e sou um tanto quanto enérgico.

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11. Embora nem sempre o demonstre, fico irritado e zangado com bastante facilidade.12. Muitas pessoas me consideram teimoso. 13. Fico impaciente com muita facilidade. 14. Tenho tendência a ser perfeccionista com relação aos detalhes. 15. Fico zangado com muita facilidade, mas depois esqueço rapidamente. 16. Não tolero alimentos muito quentes e picantes. 17. Não tolero as desavenças tanto quanto deveria. 18. Aprecio os desafios, e quando quero alguma coisa sou muito determinado. 19. Gosto muito de alimentos frios, como sorvete e também bebidas geladas. 20. Tenho tendência de criticar tanto os outros quanto a mim mesmo.Total contagem de pontos PITTA:

DOSHA KAPHA - EMOÇÃO - ELEMENTOS TERRA E ÁGUAPele oleosa, porosa, fresca e muito sensível ao sol. Cabelo oleoso e espesso. Olhos lacrimejantes. Tende a acumular água e ter inchaços. Unhas e lábios grossos e frios. Metabolismo lento.Declarações1. Não gosto quando o tempo fica frio e úmido. 2. Engordo com mais facilidade do que a maioria das pessoas. 3. Tenho tendência a engordar - acumulo gordura com facilidade. 4. Meu cabelo é grosso, escuro e ondulado. 5. Minha pele é macia, suave e um tanto pálida. 6. Minha constituição física é grande e sólida. 7. Preciso dormir pelo menos oito horas para me sentir bem no dia seguinte. 8. Tenho tendência a ter excesso de muco ou secreção, congestão crônica, asma ou sinusite. 9. Minha tendência natural é fazer as coisas de uma maneira lenta e relaxada. 10. Minha disposição é serena e tranquila - não fico agitado com facilidade. 11. Sou capaz de pular refeições sem nenhum mal-estar significativo. 12. Sou calmo por natureza e dificilmente fico zangado. 13. Tenho um sono muito profundo. 14. Não aprendo tão rapidamente quanto algumas pessoas, mas retenho bem as informações e tenho uma boa memória. 15. As seguintes palavras me descrevem bem: sereno, meigo, carinhoso e magnânimo. 16. Minha digestão é lenta, o que me faz sentir pesado depois das refeições. 17. Tenho muito vigor e resistência física, bem como um nível de energia estável. 18. Meu andar é de um modo geral lento e cadenciado. 19. Tenho tendência a dormir demais a ficar zonzo ao acordar e sou geralmente lento para fazer as coisas pela manhã. 20. Como devagar e minhas ações são lentas e metódicas.Total contagem de pontos KAPHA:

O dosha que apresentar maior pontuação será o seu biótipo dominante, na atual fase de sua vida. O interessante desta avaliação é que você AGE segundo o dosha dominante, porém, o dosha que lhe resultou com menor pontuação é o que lhe NORTEIA. Ou seja, é o que sinaliza as suas principais metas.

Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para a alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.

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