b o l e t i m r e f e r e n c i a l

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Repblica Federativa do Brasil Ministrio de Minas e Energia

Secretaria de Geologia, Minerao e Transformao Mineral Departamento Nacional de Produo Mineral

B O L E T I M R E F E R E N C I A L D E P R E O S D E D I A M A N T E S E G E M A S D E C O R6 EDIO - Revisada e Ampliada - 2009

CONVNIO DNPM / IBGM

MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA Edison LoboMinistro de Estado

Mrcio Pereira ZimmermannSecretrio Executivo

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E TRANSFORMAO MINERAL. Cludio ScliarSecretrio

Carlos Nogueira da Costa JniorSecretrio-Adjunto

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUO MINERAL Miguel Antnio Cedraz NeryDiretor Geral

Joo Csar de Freitas PinheiroDiretor-Geral Adjunto

Antnio Fernando da Silva RodriguesDiretor de Desenvolvimento e Economia Mineral DIDEM

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEMAS E METAIS PRECIOSOS Joo Ferreira GomesPresidente do Conselho Deliberativo

Hcliton Santini HenriquesPresidente

cio Barbosa de MoraisDiretor

Jane Leo Nogueira da GamaCoordenadora da Rede IBGM de Laboratrios Gemolgicos

CONSULTORIA EXTERNA Daniel BerringerScio honorrio - IBGM HSBS - Aquastone

SUMRIO9 11 59 85 97 99 99 100 100 101 101 102 102 102 103 103 104 104 105 105 106 106 106 107 107 108 108 109 109 110 110 111 111 112 112 113 115 117 119 121 121 122 122 122 123 123 123 124 APRESENTAO PRECAUES E NOTAS EXPLICATIVAS PREOS REFERENCIAIS DE DIAMANTES BRUTOS PREOS REFERENCIAIS DE DIAMANTES LAPIDADOS PREOS REFERENCIAIS DE DIAMANTES FANCY COLORS LAPIDADOS o DIAMANTE AMARELO o DIAMANTE AMARELO AMARROZADO o DIAMANTE AMARELO ESVERDEADO o DIAMANTE AZUL o DIAMANTE AZUL ACINZENTADO o DIAMANTE AZUL-CINZA o DIAMANTE BRANCO o DIAMANTE CAMALEO (Verde amarelado acinzentado) o DIAMANTE CINZA o DIAMANTE LARANJA o DIAMANTE LARANJA-AMARELO o DIAMANTE LARANJA AMARRONZADO o DIAMANTE MARROM o DIAMANTE MARROM-AMARELO o DIAMANTE MARROM AVERMELHADO o DIAMANTE MARROM-LARANJA o DIAMANTE MARROM ROSADO o DIAMANTE PRETO o DIAMANTE ROSA o DIAMANTE ROSA ALARANJADO o DIAMANTE ROSA AMARRONZADO o DIAMANTE ROSA ARROXEADO o DIAMANTE ROXO o DIAMANTE VERDE o DIAMANTE VERDE ACINZENTADO o DIAMANTE VERDE AMARELADO o DIAMANTE VERDE-AMARELO o DIAMANTE VERDE-AZUL o DIAMANTE VERMELHO o DIAMANTE VERMELHO ARROXEADO PREOS REFERENCIAIS DE GEMAS DE COR LAPIDADAS o ESMERALDA o RUBI o SAFIRA o GUA-MARINHA o ALEXANDRITA o AMETISTA o ANDALUZITA o BERILO VERDE o CITRINO o CRISOBERILO o ESPINLIO VERMELHO o ESPINLIO ROSA

124 124 125 125 125 126 126 126 127 127 128 128 129 130 130 130 131 131 131 132 132 132 133 133 133 134 134 134 135 135 135 136 136 137 137 137 139 141 141 141 141 141 142 142 142 143 145 147 149 150

o GRANADA ALMANDINA / PIROPO o GRANADA DEMANTIDE o GRANADA MANDARIM o GRANADA RODOLITA o GRANADA TSAVORITA o HELIODORO o KUNZITA o MORGANITA o OLHO-DE-GATO o OPALA BRANCA o OPALA-DE-FOGO o OPALA NA MATRIZ o OPALA NEGRA o OPALA TRIPLET o PEDRA-DA-LUA o PEDRA-DO-SOL o PERIDOTO o QUARTZO FUM o QUARTZO ROSA o QUARTZO RUTILADO o TANZANITA o TOPZIO AMARELO o TOPZIO AZUL o TOPZIO IMPERIAL LARANJA o TOPZIO ROSA o TOPZIO IMPERIAL SALMO o TOPZIO IMPERIAL CHERRY o TURMALINA AZUL o TURMALINA BICOLOR o TURMALINA CROMFERA o TURMALINA PARABA AZUL o TURMALINA PARABA VERDE o TURMALINA VERDE / VERDE AZULADO o TURMALINA ROSA o TURMALINA VERMELHA / RUBELITA o TURQUESA PREOS REFERENCIAIS DE GEMAS ORGNICAS o MBAR AMARELO o AMOLITA o AZEVICHE o COPAL AMARELO o CORAL BRANCO o CORAL LARANJA o CORAL PELE DE ANJO o CORAL VERMELHO o PROLAS CULTIVADAS GUA SALGADA o PROLAS CULTIVADAS MARES DO SUL o PROLAS CULTIVADAS TAITI o PROLAS CULTIVADAS MONTADAS o PROLAS CULTIVADAS GUA DOCE CHINESAS

152 155 157 157 157 157 157 157 157 157 157 157 157 157 157 157 157 158 158 158 158 158 158 158 158 158 158 158 158 158 158 158 158 159 159 159 159 159 159 159 159 159 159 159 159 159 159 159 159 160

o PROLAS CULTIVADAS GUA DOCE AMERICANAS PREOS REFERENCIAIS DE OUTRAS GEMAS DE COR LAPIDADAS o GATA o AMETRINO o BENITOTA o BERILO INCOLOR o BERILO ROSA PEZZOTATA o BERILO VERMELHO o CALCEDNIA CORNALINA o CALCEDNIA HELIOTRPIO o CALCEDNIA NIX NATURAL o CRISOCOLA o CRISOPRSIO o DISPORA o DIOPSDIO CROMFERO o DIOPSDIO PRETO ESTRELADO o ESPINLIO AZUL o ESPINLIO LAVANDA o ESPINLIO PRETO o FELDSPATO VERMELHO - ANDESINA o FELDSPATO AMARELO - ORTOCLSIO o GRANADA COM MUDANA-DE-COR o GRANADA HIDROGROSSULAR ROSA o GRANADA HIDROGROSSULAR VERDE o GRANADA MALAIA o GRANADA PIROPO CROMFERO o HEMATITA o HOWLITA o IDOCRSIO / VESUVIANITA o JADE NEFRITA o LPIS-LAZLI o MALAQUITA o MAW-SIT-SIT o MOLDAVITA o OBSIDIANA o OLHO-DE-TIGRE o PECTOLITA / LARIMAR o PIRITA o PRASIOLITA o QUARTZO DENDRTICO o QUARTZO INCOLOR o QUARTZO TURMALINADO o QUARTZO VERDE OPACO o QUIASTOLITA o RODOCROSITA o RODONITA o RUBI ESTRELADO o SAFIRA AMARELA o SAFIRA AZUL ESTRELADA o SAFIRA INCOLOR

160 160 160 160 160 160 160 160 160 160 160 160 160 161 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 163 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164

o SAFIRA PADPARADSCHA o SAFIRA PRETA ESTRELADA o SAFIRA ROSA o SAFIRA VERDE o SAFIRA VIOLETA o SERPENTINA o SODALITA o TURMALINA PRETA o VARISCITA o ZIRCO AZUL o ZIRCO MARROM o ZOISITA VERDE o ZOISITA VERDE COM RUBI PREOS REFERENCIAIS DE GEMAS DE COR NO USUAIS LAPIDADAS o ACTINOLITA o ADAMITA o AMBLIGONITA / MONTEBRASITA o ANALCIME o ANATSIO o ANGLESITA o APATITA AMARELA o APATITA ROSA o APOFILITA o ARAGONITA o AUGELITA o AXINITA o AZURITA o BAHIANITA o BARITA o BERILONITA o BLENDA / ESFARELITA o BROOKITA o BUSTAMITA o CALCITA INCOLOR o CARLETONITA o CASSITERITA o CERUSSITA o CHAMBERSITA o CHAROITA o CHILDRENITA o CINBRIO o CLINOHUMITA o CLINOZOISITA o CREEDITA o CROCOTA o CUPRITA o DANBURITA o DATOLITA o DIOPTSIO o DOLOMITA

164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 165 166 166 166 166 166 166 166 166 166 166

o DUMORTIERITA o EKANITA o ENSTATITA o ENSTATITA OLHO-DE-GATO o ESCAPOLITA AMARELA o ESFNIO / TITANITA o ESPINLIO GAHNITA o ESTAUROLITA o EUCLSIO AZUL o EUCLSIO INCOLOR OU AMARELO o EUDIALITA o FELDSPATO ALBITA o FELDSPATO OLIGOCLSIO o FELDSPATO SANIDINA o FENACITA o FOSFOFILITA o FOSGENITA o FRIEDELITA o GENTHELVITA o GRANDIDIERITA o HACKMANITA o HAMBERGITA o HAUINA o HEMIMORFITA o HERDERITA o HIPERSTNIO o HODGKINSONITA o JEREMEJEVITA o KORNERUPINA o KORNERUPINA OLHO-DE-GATO o LAZULITA o LEGRANDITA o LUDLAMITA o MAGNESITA o MANGANOTANTALITA o MELLITA o MICROLITA o MILARITA o MONAZITA o NATROLITA o PAINITA o PARISITA o PETALITA o PIROXMANGITA o POLLUCITA o POWELLITA o PREHNITA o PROUSTITA o REALGAR o REMONDITA o RHODIZITA

166 166 166 166 166 166 166 166 166 166 166 166 166 166 166 166 167 167 167 167 167 167 167 167 167 167 167 167 167 167 167 167 169 171 173 179 191 195

o RUTILO o SAFIRINA o SARCOLITA o SCHEELITA o SCORODITA o SHORTITA o SIDERITA o SILLIMANITA o SIMPSONITA o SINHALITA o SMITHSONITA o SODALITA (SEMITRANSPARENTE) o SUGILITA o TAAFETA o THOMSONITA o TREMOLITA o TREMOLITA HEXAGONITA o TRIFILITA o TUGTUPITA o TURMALINA DRAVITA o TURMALINA UVITA o VAYRENENITA o VIRIDINA o WELOGANITA o WILKEITE o WILLEMITA o WITHERITA o WULFENITA o XENOTMIO o XONOTLITA o ZEKTZERITA o ZUNYITA O MERCADO EM NOTCIA INFORMAES SOBRE O CERTIFICADO KIMBERLEY FEIRAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS ESTATSTICAS DE EXPORTAO REDE DE LABORATRIOS GEMOLGICOS ENDEREOS PARA CONTATOS: DNPM E IBGM

Boletim Referencial de Preos

APRESENTAO Trazemos ao leitor mais esta nova edio do Boletim Referencial de Preos, comemorativa pela passagem dos 75 anos do DNPM. Inicialmente, cabe ressaltar as dificuldades crescentes para a elaborao de uma tabela referencial de preos e os cuidados que o leitor deve ter na utilizao das informaes contidas nesta publicao. A cada dia, acentuam-se as exigncias para elevao do nvel de qualificao profissional no mercado de gemas melhor. Tal fato decorre da necessidade das empresas atuantes no segmento tornarem-se mais competitivas. As rpidas e bruscas oscilaes do mercado verificadas, particularmente, em momentos de crise, associadas s dificuldades inerentes ao processo de valorao das gemas, por ser um processo bastante subjetivo, tem tornado a indicao de preos uma tarefa cada vez mais delicada. Esse fato acentuado pelo advento da internet, que dispe inmeras pginas de vendas de gemas, induzindo a uma diluio de critrios ao se facultar a comparao de preos por vezes aviltados, principalmente dos diamantes, Alm da raridade, cor, tamanho, grau de pureza, transparncia, formas e perfeio de lapidao, que continuam tendo grande influncia na avaliao, deve-se considerar tambm os aspectos impostos pela moda, com grande influncia nas cores e formas de lapidao. Outro fator de influncia na avaliao de gemas a complexidade dos vrios nveis de mercados existentes e como so interpretadas as cotaes em cada um desses nveis. No obstante a influncia de critrios subjetivos, o presente Boletim, a exemplo das edies anteriores, baseia-se, preponderantemente, em critrios tcnicos. Os valores indicados representam a mdia dos preos praticados pelo mercado atacadista e exportador, nas transaes de compra e venda a prazo ou em consignao, no perodo em que foi feito o levantamento. Cabe sempre lembrar que nas negociaes para pagamento vista e de lotes fechados deve-se esperar uma reduo dos valores indicados e, nesse caso, o valor final vai depender das negociaes entre comprador e vendedor. Espera-se, assim, que este trabalho conjunto, abrangendo 274 gemas, entre diamantes, gemas de cor, gemas orgnicas e gemas no usuais ou de coleo, continue tendo grande a receptividade junto comunidade empresarial e tcnica, cumprindo, assim, seu objetivo de disponibilizar preos de referncia para os diversos agentes, ampliando a transparncia do mercado.

Braslia, agosto de 2009. MIGUEL ANTNIO CEDRAZ NERY Diretor-Geral do DNPM HCLITON SANTINI HENRIQUES Presidente do IBGM

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IMPORTANTE

Os dados contidos neste Boletim baseiam-se em informaes julgadas corretas e confiveis, coletadas a partir de pesquisa direta junto ao mercado e em fontes secundrias, como guias internacionais, que poder apresentar eventuais discrepncias com o mercado devido metodologia de processamento assim como variaes devido a eventuais flutuaes de preos decorrentes de mudanas sbitas na relao oferta/demanda. Desta forma, o DNPM e o IBGM, seus funcionrios e servidores, no podem ser responsabilizados por qualquer reclamao baseada no uso desses dados que, ressalte-se, so preos de referncia e no recomendaes de compra ou venda, responsabilidade especfica dos envolvidos na negociao. Por se tratar de um Boletim de periodicidade anual, qualquer modificao significativa nos preos das gemas ocorrida no perodo dever ser informada atravs de um alerta, a ser enviado aos usurios cadastrados. Da mesma forma, o DNPM e o IBGM, atravs de suas unidades nos Estados, podero informar aos interessados quaisquer mudanas ocorridas j que o Boletim ser permanentemente atualizado. Para se cadastrar ou atualizar seus dados, favor preencher a ficha que se encontra em anexo e envi-la ao IBGM.

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P r e c a u e s e N o t a s E x p l i c a t i v a s

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PRECAUES

ESTE BOLETIM REFERENCIAL OBJETIVA BASICAMENTE PRESTAR INFORMAES SOBRE GEMAS DE COR LAPIDADAS E DIAMANTES BRUTOS E LAPIDADOS. ESTIMATIVAS DE PREOS, INCLUINDO EVENTUALMENTE AS DE GEMAS DE COR EM BRUTO, LEVANDO EM CONSIDERAO A METODOLOGIA DESTE BOLETIM, SO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS USUARIOS. PARA PAGAMENTO VISTA, EM LOTES GRANDES E/OU NO CLASSIFICADOS, OS VALORES TENDEM A SER MENORES QUE OS INDICADOS NESTE BOLETIM.

NO MOMENTO DE UMA TRANSAO, DEVE-SE SEMPRE LEVAR EM CONSIDERAO POSSVEIS MUDANAS NOS VALORES, DETERMINADAS PELA PRPRIA DINMICA DO MERCADO, ESPECIALMENTE NO QUE SE REFERE LIQUIDEZ. A AVALIAO MONETRIA DE UMA GEMA REQUER, ALM DE QUALIFICAO TCNICA EM GEMOLOGIA, CONHECIMENTO PROFUNDO DO MERCADO ESPECFICO DAQUELE ITEM. O SISTEMA DE CLASSIFICAO, POR MDIA PONDERADA DE NOTAS ATRIBUIDAS A CADA UM DOS FATORES DE QUALIDADE, PODE GERAR SEVERAS DISTORES QUANDO OS FATORES COR OU PUREZA FOREM MUITO PREJUDICADOS, SIMULTANEAMENTE OU ISOLADAMENTE. UMA GEMA QUE RECEBA NOTA 1 OU 2 NO FATOR PUREZA, DEVE SER CONSIDERADA COMO INFERIOR FRACA, MESMO QUE PELO CLCULO FINAL O RESULTADO DA NOTA SEJA SUFICIENTE PARA A INCLUSO NA CATEGORIA FRACA OU SUPERIORES. NO CASO DE UMA GEMA ESPECIFICA, POR PERIODO DETERMINADO, A MODA VIGENTE NO MERCADO PODE GERAR EXCEES. AS TABELAS DO BOLETIM NO INCLUEM VALORES REFERENCIAIS PARA NVEIS INFERIORES AO FRACA, CUJO VALOR DE MERCADO TENDE APENAS AO RESIDUAL, PODENDO SER INFERIOR AOS CUSTOS MDIOS DE BENEFICIAMENTO.

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NOTAS EXPLICATIVAS 1. O Sistema de Classificao do Diamante Bruto Os valores apresentados, em dlares americanos por quilate, pretendem representar uma mdia nacional que melhor se aproxime do preo pedido no mercado para uma classificao especfica. Embora a prtica comercial no mercado de bruto seja de venda vista no atacado, descontos devem ser aplicados de forma variada, considerando que as praticas regionais, fatores econmicos ou climticos afetam oferta e demanda ao longo do tempo, influenciando os preos, nem sempre de forma uniforme sobre a planilha. Pode existir uma variao nos limites das faixas de peso apresentadas, em funo de prticas locais de classificao de uma regio produtora especfica, aumentando ou diminuindo determinada faixa ou at criando outras faixas devido a caractersticas peculiares dos diamantes daquela regio. Como as planilhas apresentadas procuram descrever o critrio mais usado (moda estatstica) no Brasil, foi criado um intervalo (vcuo) de 5 a 15 pontos entre as planilhas que deve ser considerado no caso de prticas especficas de cada regio na escolha de qual tabela (anterior ou posterior) incluir uma pedra especfica. As mesmas peculiaridades regionais podem dar uma aparncia externa ao diamante que no condiz com a realidade interna, ou seja, a expectativa de resultado aps manufatura no ser concretizada se o interessado no tiver conhecimento especifico da regio ou tcnicas que possibilitem a filtragem desses fatores de interferncia externa (cascas, corroso, xidos, superfcie fosca, irradiao natural, entre outros). A matriz foi construda partindo do princpio que o usurio tem conhecimento suficiente das regies de seu interesse ou dispe de meios para analisar diamantes de procedncia geolgica desconhecida. As abreviaes abaixo e das prximas pginas, em negrito, so as utilizadas nas matrizes e na mesma linha apresentamos, por extenso integral, as nomenclaturas mais usadas por diferentes agentes no mercado para a referida abreviao.

1.1. Critrios e Nomenclatura Utilizados a) Faixas de peso

FAZENDA FINA: Peneira 7 - 11: FF TRES POR UM: Peneira 12 - 15: 3P/1 DOIS POR UM: Peneira 16 - 19: 2P/1 TRES QUARTOS: 0,70 - 0,85 ct: 3/4 QUILATE: 0,90 - 1,30 ct: 4/4 QUILATE E MEIO: 1,40 - 1,75 ct: 6/4 DOIS QUILATES OU MDIANO: 1,85 - 2,35 ct: 8/4IBGM14

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DOIS E MEIO: 2,40 - 2,85 ct: 10/4 TRS QUILATES OU PEDRA: 2,95 - 3,80 ct: 12/4 QUATRO A CINCO QUILATES: 3,90 5,60 ct: 16/4 - 22/4 DEZ QUILATES: 9,00 12,00 ct: 36/4 48/4

ACIMA DE DEZ QUILATES: Requer anlise individual mais precisa da cor, pureza, formato e aproveitamento esperados, estimando a qualidade da pedra aps a lapidao. Desta forma, usa-se as tabelas de diamante lapidado como referncia de valor com desconto do custo da mo-de-obra. Pedras acima de seis quilates, de boa qualidade, geralmente so negociadas individualmente no Brasil, principalmente quando a expectativa aps a lapidao seja de uma pedra de trs quilates ou mais. No mercado mundial essa tendncia observada para as pedras acima de dez quilates, principalmente quando a expectativa for de resultado acima de cinco quilates b) Formas Foram adotados cinco nveis de formas com critrios praticados pelo comrcio aliados a conceitos de morfologia mineral, todos em funo do aproveitamento econmico ideal. Aproveitamento econmico ideal o critrio adotado na lapidao pelo qual a(s) gema(s) resultante(s), gerem o maior volume de recursos financeiros ao proprietrio, independente de gerar a maior quilatagem. O formato que rende mais peso versus o que tem mais liquidez; duas pedras com maior peso total versus uma pedra nica um pouco menor, so algumas das escolhas do lapidrio. A lapidao brilhante na forma redonda foi escolhida como padro de referncia para escolha das formas e porcentagens de aproveitamento. PEDRA DE SERRA 1: SW1 So pedras que tm melhor aproveitamento econmico quando serradas, gerando duas pedras redondas iguais ou de diferentes tamanhos, com rendimento superior a 47% no total. Nessa categoria se incluem os octaedros e dodecaedros na forma geomtrica e mineral padro. Formas derivadas do quadrado, como o carr e a princess tm rendimento superior. As do nvel SW1 destacam-se pela simetria muito boa, pela qual, o plano de serra que define a posio da mesa tem forma quadrada ou bem prxima disso e a ponta diretamente oposta, que define a culaa, esta bem centrada em relao ao plano. PEDRA DE SERRA 2: SW2 Com tipologia semelhante a SW1, mas com desvios de simetria que diminuem o rendimento total para entre 38% e 47% em duas redondas ou obrigam a escolha de outras formas de menor valor e/ou liquidez. Entre os desvios de simetria, uma base alongada que gere um plano de serra retangular ou ponta oposta fora de centro cuja correo implica maior perda. PEDRA PARA UMA 1: MK1IBGM15

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A pedra apresenta forma ideal para a manufatura de uma nica pedra redonda com rendimento superior a 45%. Geralmente so octaedros ou dodecaedros com base muito quadrada no plano da cintura, com uma das duas pontas opostas ao plano da mesa rebaixadas, dispensando a serra. A outra ponta deve ser bem centrada e estar distante o suficiente para gerar um pavilho dentro das propores. Pedras para outros formatos podem ser classificadas nessa categoria se o rendimento for superior a 60%, o que compensaria o menor valor da forma alternativa em si. Geralmente as MK1 so as formas mais valiosas, j que considerando igualdade de cor, pureza, formato e lapidao: uma pedra de um quilate vale mais do que duas de sessenta pontos somadas, assim como uma pedra nica de um quilate e trinta pontos vale mais do que duas somadas totalizando um quilate e quarenta pontos, mesmo que uma delas tenha um quilate e a outra quarenta pontos. PEDRA PARA UMA 2: MK2 A pedra apresenta forma para uma, mas como muito alongada ou irregular, o alto rendimento superior a 45% possvel somente para formas diferentes da redonda, cujo aproveitamento fica entre 30% e 35%. Nessa categoria encaixam-se derivados muito alongados dos octaedros e dodecaedros, fragmentos e as formas irregulares que tenham altura compatvel com a largura, o suficiente para no serem enquadradas na categoria flat ou chip. FLATS E CHIPS: CHP A caracterstica principal a baixa altura em relao largura, geralmente presente nas formas triangulares geminadas (chapus) ou nos fragmentos (lascas). O tringulo ou fragmento com altura de 60% ou mais da largura considerado MK2 e no CHP. O aproveitamento desta categoria para qualquer forma inferior a 30% e superior a 20%. No caso de pedras extremamente finas (sem altura) ou extremamente compridas (sem largura), com rendimento esperado abaixo dos 20%, torna-se necessrio um desgio no preo, calculado por um (1) menos o resultado obtido pela diviso do rendimento esperado da pedra analisada por 25 (rendimento usado como base da planilha). Exemplo: uma pedra com altura para 10%, calcula-se 1 (10/25) = 1 0,4 = 0,6 (desgio de 60%). c) Nveis de cor O exame da cor feito a olho nu, com iluminao fluorescente branca tipo luz do dia, no papel branco grosso dobrado em dois (canoa), quando no existirem interferncias superficiais que exigem exames internos. da cor: Nas pedras brutas a presena de determinadas caractersticas externas dificulta a classificao correta Superfcie fosca (sal seda) ou corroda; Pele verde produzida por irradiao natural ou pele marrom quando a irradiao seguida de aquecimento;IBGM16

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Casca espessa produzida por novo crescimento do cristal (camadas de diferentes diamantes cobrindo a primeira fase de crescimento); Infiltrao natural de substncia colorida (xidos ou barro) em clivagens internas em contato com a superfcie, refletindo a cor internamente. O conhecimento da regio ou de tcnicas para exame interno do que o mercado chama de gua do diamante necessrio nesses casos. Usamos o sistema de classificao de cor para diamantes lapidados do GIA Gemological Institute of America de maneira agrupada como referncia, uma vez que no bruto muito difcil ter preciso de um nvel de cor. A princpio os nveis de cor descrevem apenas a srie amarela (cape) ficando para o futuro a construo de matrizes para as sries de cores com matiz equivalentes, como o marrom (BROWN) e o cinza (GRAY). Apenas como auxlio, indicamos que, para pedras abaixo de trs quilates, nos nveis muito alto GH o matiz no faz diferena no preo, no IJ um pequeno desgio de 5 - 10%, KLM em torno de -20% e abaixo desse nvel s cores equivalentes caem muito de preo com tratamento diferenciado, pelo qual cor e pureza so agrupadas em faixas bem mais abrangentes. Planilhas especficas foram criadas para pedras da serie marrom de cinco quilates acima. INCOLOR OU BRANCA EXTRA OU GELO: DEF A pedra incolor por todas as partes quando vista na canoa, sendo descrita como um pedao de gelo. No caso de pedras com casca ou outras interferncias o ambiente interno tem uma gua muito incolor dando um contraste de luminosidade muito forte em relao superfcie. QUASE INCOLOR 1 OU MUITO BRANCA: GH A pedra bem branca nos dedos, percebendo-se na canoa, ligeira presena de cor apenas nos extremos, de modo to sutil, que difcil definir o matiz da cor. QUASE INCOLOR 2 OU BRANCA: IJ A pedra tem visual branco, mas a presena da cor facilmente visvel nos extremos e muito ligeiramente perceptvel pelas partes restantes na canoa. Quando examinada nos dedos a percepo geral ainda branca. AMARELO PLIDO OU TOQUE DE COR: KLM canoa. O matiz da cor j percebido em toda a pedra nos dedos e bastante presente nos extremos quando na AMARELO MUITO CLARO OU CAPE: N-R Nos dedos, a cor evidente por toda a pedra e acentuada nos extremos. AMARELO CLARO OU CAPE ESCURO: S-Z A cor acentuada por toda a pedra, mas no forte o suficiente para ser considerada atrativa ou especial, o que elimina a expectativa de se obter uma pedra fancy color aps manufatura.IBGM17

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d)

Nveis de pureza

Algumas das caractersticas citadas, no item COR, podem dificultar o exame da pureza, sendo necessrio o conhecimento por regio ou tcnicas que possibilitem o exame ou interpretao do ambiente interno da pedra. O conceito de diamante industrial versus diamante gema no foi considerado, uma vez que diamantes pretos, totalmente opacos, cuja cor resultante da presena generalizada de incluses, so lapidados e utilizados em joalheria fina, assim como no caso de certas aplicaes industriais tm sido exigida a ausncia de tenses internas e formas definidas. A incluso dos nveis transparncia afetada parcialmente - NG e semitransparentes a opacas - OP parece mais adequada, para conjuntamente com os nveis de cor relacionados por categoria de forma, descrever diamantes de baixa qualidade. Uma considerao muito importante nesse item a comparao entre a pureza atual da pedra bruta versus pureza resultante aps lapidao na escolha de qual nvel incluir a pedra, devendo prevalecer o segundo critrio. Exemplo 1: uma pedra octaedro com apenas um ponto preto grande no meio pode ser interpretada como defeituosa (I1 / I2) ou como limpa (LC), dependendo se a forma for MK ou SW. No caso de SW o preo dessa pedra bruta em um lote muito discrepante do preo obtido por analise individual, j que serrando a pedra no meio, com o ponto exatamente no plano da serra, obtemos duas pedras lapidadas puras. Essa pedra bruta no lote seria apenas mais uma pedra defeituosa. Exemplo 2: uma pedra de determinado formato tem incluses nvel SI que com certeza podem ser removidas, gerando uma pedra lapidada pura. Na matriz o preo deve ser procurado no nvel LC e no SI. LIMPA NA LUPA DE MO 10X: LC (equivalente ao VVS dos lapidados) Em pedras discriminadas no se consegue detectar nenhuma caracterstica interna com a lupa de mo 10X ou a dificuldade to extrema que em uma situao de rotina a incluso no detectada. Para ser includa nessa categoria a pedra tem que ter superfcie lisa, transparente, sem nenhum tipo de pigmentao e ser examinada em ambiente adequado, com tempo hbil e disciplina metodolgica. Pedras grandes, de alta qualidade, podem ser examinadas com microscpio gemolgico. Pela dificuldade e risco, principalmente em campo, existe uma prtica bastante difundida no mercado de se evitar comprar pedras como LC ou de s dar um pouco mais em relao ao VS, que foi considerada na formao dos preos nas planilhas. DEFEITO MUITO FINO: VS Em pedras discriminadas, sem interferncias superficiais, muito difcil localizar incluses com lupa de mo 10X. Pedras com casca, superfcie fosca e outras interferncias externas s podem ser includas nessa categoria somente aps exames detalhados com conhecimento da regio produtora. DEFEITO FINO: SI Na lupa as incluses so localizadas com certa facilidade, mas so muito difceis de ver a olho nu e em alguns casos, no so visveis a olho nu. lapidao.IBGM

A partir desse nvel muito importante julgar se as incluses podem ou no ser removidas durante a18

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DEFEITUOSA: I1 As incluses so bvias na lupa e visveis com ligeira facilidade a olho nu. DEFEITO ACENTUADO: I2 As incluses so vistas com facilidade a olho nu. TRANSPARNCIA AFETADA PARCIALMENTE: NG So pedras com concentraes de incluses ou nuvens ocupando parte considervel, mas que com auxlio de tcnicas como clivagem, serragem mecnica ou a laser podem gerar, principalmente o caso de pedras grandes, pedaos aproveitveis. Quanto maior a pedra, o conceito de NG adquire mais importncia. SEMITRANSPARENTES - OPACAS: OP A transparncia afetada na totalidade gerando uma pedra uniformemente translcida ou opaca. A evoluo do valor vai depender mais da forma (presena de pontas) do que do tamanho, em funo de utilizaes especficas na indstria. Em torno de um tamanho ideal os preos so os mais elevados, decaindo de maneira indistinta quando as dimenses se afastam do ideal para menor ou maior. Diamantes de formato redondo tipo bala tem preos diferenciados, que no foram considerados nessa primeira verso. Pedras OP sem forma ou pontas (lascas, fragmentos) tm valor residual, para uso como abrasivo com concorrncia dos abrasivos produzidos a partir da sntese do diamante. 1.2. Estrutura das Planilhas para serie amarela A matriz principal foi construda a partir de dez faixas de peso, cada uma com cinco matrizes de formas (exceto as trs primeiras), compostas por seis nveis de cor na horizontal e sete nveis de pureza na vertical. FAIXA DE PESO EM QUILATES FORMAS MK1e2,SW1e2,CHP PUREZA-1 PUREZA-2 PUREZA-3 PUREZA-4 PUREZA-5 PUREZA-6 PUREZA-7 LC VS SI I1 I2 NG OP COR-1 DEF $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ COR-2 GH $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ COR-3 IJ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ COR-4 KLM $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ COR-5 N-R $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ COR-6 S-Z $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ $$$

Uma matriz reduzida foi criada para uma consulta simplificada, mais rpida, necessria para a compra de lotes misturados como os chamados originais. Em apenas uma pgina so apresentados dois preos mdios para todas as dez faixas de peso com quatro nveis de cor na horizontal e trs nveis de pureza na vertical.IBGM19

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O primeiro valor (esquerda) representa a mdia das pedras forma MK1 e SW1 e o segundo valor (direita) representa a mdia das pedras forma MK2 e SW2. A matriz reduzida no inclui a categoria dos CHP (pedras com pouca altura em relao largura) devendo-se usar a tabela principal para avaliao desse tipo de forma. FAIXA DE PESO EM QUILATES COR-1 DEF PUREZA-1 PUREZA-2 PUREZA-3 LIMPA SI PIQU COR-2 GHIJ COR-3 KLMN COR-4 OZ $forma $forma $mk1sw1 $mk2sw2 $mk1sw1 $mk2sw2 $mk1sw1 $mk2sw2

$forma $forma $forma $forma $forma $forma $mk1sw1 $mk2sw2 $mk1sw1 $mk2sw2 $mk1sw1 $mk2sw2 $mk1sw1 $mk2sw2 $mk1sw1 $mk2sw2 $mk1sw1 $mk2sw2 $mk1sw1 $mk2sw2 $mk1sw1 $mk2sw2 $mk1sw1 $mk2sw2

1.2.1. Estrutura das Planilhas para serie marrom Faixas de peso Apenas trs faixas: 5 quilates, 10 quilates e 20 quilates. Pedras marrons menores podem ser estimadas, a partir das planilhas de amarelas, aplicando um desgio progressivo: GH (0%), IJ (5 a 15%), KLM (15 a 25%), N-R (25 a 30%), S-Z (25 a 30%) para purezas de SI para melhor. I1 e I2 tm desgio menor e as NG e OP tem desgio zero. Formas Somente trs formatos: MK1, MK2 e CHP No Brasil so extremamente raras pedras marrons grandes com habito octadrico para serra, sendo muito comuns os pedaos e derivados da forma octadrica. Na ocorrncia de uma SW1 ou 2, interpole o valor (MK1 > SW1 > MK2 > SW2) ou estime a partir de estimativa de valor pelo calculo do aproveitamento para pedra lapidada futura. Nveis de pureza Cinco nveis de pureza. NG e OP excludos, devido ao fator cor ser irrelevante, sendo o mesmo valor para marrom e amarelo nesses nveis. Nveis de cor Metodologia de classificao, por percepo da cor, a mesma que a descrita no item c) para serie amarela, observando as equivalncias abaixo: TTLBR (top top light brown) equivalente ao IJ TLBR (top light brown) equivalente ao KLM LBR (light Brown) equivalente ao N-R BR (Brown) equivalente ao S-Z FBR Fancy Brown e Fancy intense Brown; Marrom de cor especial e Marrom de cor especial intensa DKBR Fancy Dark Brown; Marrom de cor especial escuro. As definies e equivalncias para esses dois ltimos nveis podem ser encontradas na descrio das planilhas para diamantes coloridos (item 3.)

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FAIXA DE PESO EM QUILATES FORMAS MK1e2,CHP PUREZA-1 PUREZA-2 PUREZA-3 PUREZA-4 PUREZA-5 LC VS SI I1 I2 COR-1 TTLBR $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ COR-2 TLBR $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ COR-3 LBR $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ COR-4 BR $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ COR-5 FBR $$$ $$$ $$$ $$$ $$$ COR-6 DKBR $$$ $$$ $$$ $$$ $$$

1.3.Informaes Adicionais INFLUNCIA DA FLUORESCNCIA: Para os valores apresentados consideramos pedras sem fluorescncia, que nas pedras com cor incolor (DEF) e quase incolor (GH-IJ), de boa pureza tem influncia significativa nos preos. Recomendamos o uso das tabelas de fluorescncia apresentadas para as planilhas de diamante lapidado deste Boletim sem necessidade de ajustes. DIAMANTE MARRON TIPO IIa: Em torno do ano 2000 um novo tratamento de cor (HPHT), baseado no uso combinado de altas temperaturas (1800 2100 C) e alta presso (5 60 Kbar), foi introduzido para eliminar a cor marrom dos diamantes. De modo grosseiro pode-se dizer que o marrom retirado para restar apenas o que existia alm dele. As pedras tipo IIa so quimicamente puras e com a retirada do marrom, a tendncia a ausncia de cor (incolor a quase incolor), o que no acontece com os outros tipos que alm do marrom tendem a ter outros causadores de cor no removveis por HPHT, como o nitrognio. Diamantes tipo IIa so raros em escala mundial, mas nem tanto no Brasil, e o tratamento difcil de ser detectado, o que provocou uma forte procura por esse tipo especfico no nosso mercado. Para pedras marrons IIa, limpas, de trs quilates acima, aplica-se um acrscimo de preo, pelas maneiras mais usuais no mercado: 1. Considera a pedra como branca GH, descontando 50% (o lapidado HPHT vale 50% menos que o natural) e finalmente descontando o custo do tratamento em si, somados custos administrativos relacionados ao processo; Avaliar a pedra como da serie marrom (faint brown at brown) com 30% a 50% de acrscimo, dependendo da intensidade do marrom, que pode incluir as categorias fancy. Dependendo do matiz e intensidade de marrom, o valor do fancy marrom pode ser inferior ao da pedra branca produzida por HPHT, justificando o tratamento e essa metodologia de valorao.

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2. O Sistema de Classificao do Diamante Lapidado O sistema de classificao de diamantes utilizado por este Boletim o internacionalmente utilizado pelo mercado, ratificado pela ISO TR 11211 e pela Norma Tcnica da ABNT NBR 12254 Diamante Lapidado. Esse sistema baseado na graduao dos chamados 4 Cs (Carat = Quilate, Color = Cor, Clarity = Pureza e Cut = Lapidao). O primeiro C (Carat) ou o peso do diamante expresso em quilates. Um quilate igual a 0,2 gramas. O arredondamento para cima s ocorre quando a terceira casa decimal (milsimo) for nove (0,009). 0,997 = 0,99 0,998 = 0,99 0,999 = 1,00 O segundo C (Color), a cor do diamante, indica a presena, ou melhor, na maioria das vezes, a ausncia de cor nos diamantes. Porm, existem na Natureza diamantes de praticamente todas as cores, como, por exemplo, verde, marrom, azul, rosa e at mesmo preto e vermelho. Segue abaixo a tabela comparativa dos trs sistemas de classificao da cor do diamante lapidado: o do GIA (Gemological Institute of America), o do CIBJO (Confederao Internacional de Bijuteria, Joalheria, Ourivesaria, Diamante, Prola e Pedras) e o da ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas). TABELA DE CLASSIFICAO DE COR DE DIAMANTE GIA D E F G H I J K L M N O P Q R S-Z acima de Z Fancy CIBJO Blanc exceptionnel + Blanc exceptionnel Extra blanc + Extra blanc Blanc Blanc nuanc Blanc lgrement teint ABNT/IBGM (BRASIL) Excepcionalmente incolor extra Excepcionalmente incolor Perfeitamente incolor Nitidamente incolor Incolor Cor levemente perceptvel Cor perceptvel Cor levemente visvel Cor visvel Cor levemente acentuada

Teint

Cor acentuada

Couleur fantaisie

Cor incomum ou extraordinria

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O terceiro C (Clarity), a pureza do diamante, indica a presena ou ausncia de incluses no diamante. A melhor qualidade internamente e externamente puro, o que significa que com aumento de 10x no se consegue visualizar/perceber nenhuma incluso. Segue abaixo a tabela de classificao da pureza do diamante lapidado. TABELA DE CLASSIFICAO DE PUREZA DE DIAMANTE GIA Flawless IF VVS1 VVS2 VS1 VS2 SI1 SI2 I1 I2 I3 VVS1 VVS2 VS1 VS2 SI1 SI2 P1 P2 P3 CIBJO Puro lupa ABNT / IBGM (BRASIL) Internamente e externamente puro Internamente livre de incluses Incluso ou incluses pequenssimas, muito difceis de serem visualizadas com a lupa de 10x Incluses muito pequenas, difceis de serem visualizadas com a lupa de 10x Incluses pequenas, fceis de serem visualizadas com a lupa de 10x Incluses evidentes com a lupa de 10x Uma incluso grande ou inmeras incluses menores, fceis de serem visualizadas a olho nu Uma incluso grande ou inmeras incluses menores, muito fceis de serem visualizadas a olho nu

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O quarto C (Cut), a lapidao, o mais importante dos 4 Cs no que diz respeito beleza, ao fogo, ao brilho da gema. A lapidao consiste em dois parmetros muito diferentes: as propores (ngulos e alturas) e o grau de acabamento (simetria e polimento), que traduzem, antes de qualquer coisa, o cuidado e a experincia com que a gema foi tratada no momento da lapidao. A qualidade da lapidao classificada em: Excelente, Muito Boa, Boa, Aceitvel e Fraca. A tabela abaixo apenas indicativa, uma vez que foi provado que combinaes diversas podem obter bons resultados quanto ao brilho e disperso no diamante. O GIA oferece no seu site www.gia.edu um sistema que gradua a lapidao (cut grade) de uma pedra desde que o usurio fornea as medidas. Os subnveis 1 e 2 no aparecem em certificados e nomenclaturas oficiais, sendo apenas um indicativo que o mercado tem algumas preferncias dentro de uma mesma graduao. TABELA PARA AVALIAO DA LAPIDAO BRILHANTE REDONDONIVEL DE LAPIDAO Subnvel Descrio 1 Lapidao Ideal americana Excellent 2 1 Lapidao muito boa Very Good 2 Lapidao boa 53.0 - 56.0 64.0 - 66.0 57.0 63.5 56.5 57.0 30.5 - 31.5 36.5 - 37.5 Lig. grosso a Grosso 41.5 42.0 45.5 - 46.0 Bom Lapidao aceitvel 51.0 52.5 66.5 - 70.0 Good Fair 1 Poor 2

Lapidao fraca (afetando beleza) 50.0 51.0 70.5 - 72.0 55.0 - 56.0 65.5 - 67.5 29.0 - 29.5 39.5 - 40.5 72.5 67.5 40.5

Mesa %

53 - 54

53 56

56.0 62.0

56.0 64.0

Profundidade %

59.8 - 60.5

59.5 61.0

58.0 - 62.0

57.5 63.0

63.5 - 65.0 30.0 31.5 38.0 - 39.0 Grosso a Muito grosso 40.5 - 41.0 46.5 - 47.0 Mdio

ngulo da coroa (graus)

34.5

34.0 - 35.0

33.5 35.5

32.0 - 36.0

Rondzio

Fino

Fino e mdio

Mt. fino a Mdio

Mt. fino a Lig. grosso

Ext. fino ou muito Ext. fino ou ext. grosso grosso 38.0 40.0 47.5 - 48.0 Mdio a Ruim 48.0 Ruim

Profundidade do pavilho % Acabamento Reduo ou Adicional de Preos

43.3

42.5 - 43.5

42.0 44.0 Excelente a Muito bom

42.0 45.0

Excelente

Excelente

Muito bom

1.2 - 1.25

1.1 - 1.15

1.05

1.00

0.90

0.75

0.60 - 0.50

relapidar

Os quadros das duas prximas pginas demonstram exemplos de lapidao Excelente. A intensidade dos desvios destas lapidaes consideradas Excelentes determinar as classificaes restantes: Muito Boa, Boa, Aceitvel ou Fraca.

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Exemplo 1: Lapidao Excelente segundo o Scandinavian Diamond Nomenclature (SCAN DN) Dimenses Dimetro Total Altura Total Altura do Pavilho Altura da Coroa Rondzio Mesa % 100 59,7 43,1 14,6 0,7 a 2 57,5

ngulos Do Pavilho Da Coroa

O

(Graus) 40,75 34,5

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Exemplo 2: Lapidao Excelente (Ideal Americana de Marcel Tolkowsky) Dimenses Dimetro Total Altura Total Altura do Pavilho Altura da Coroa Rondzio Mesa % 100 60 43,1 16,2 0,7 a 2 53

ngulos Do Pavilho Da Coroa Da Culaa

O

(Graus) 40,75 34,5 98,5

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Lapidao Brilhante Redondo

Tipos de Lapidaes Usuais

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Tipos de Lapidaes

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3. O Sistema de Classificao dos Diamantes Coloridos fancy colors - Lapidados A Cor no diamante colorido e sua classificao Os diamantes ocorrem em diversas cores na natureza com diferentes causas e nveis de raridade. Os mais conhecidos do pblico, que chamamos de brancos na realidade so incolores. O verdadeiro branco um diamante com uma nuvem homognea e densa de micro-incluses, que da uma aparncia leitosa translcida ou opaca como porcelana, de cor branca. Essa diferena fica mais clara se compararmos uma folha de papel branco com a gua. O diamante preto tambm tem a cor devido a grande concentrao homognea de incluses, no caso, pretas. Fisicamente nada preto pode ter transparncia, ento quando observamos certa transparncia em diamantes pretos temos duas hipteses: uma brecha, parte incolor inclusa ou o diamante na realidade tem uma outra cor (matiz) com tom muito escuro dando sensao visual preta, o que pode ser apurado observando as bordas da pedra contra uma luz intensa. Os diamantes realmente incolores tendem a ser do tipo IIa, quimicamente muito puros, quando nenhuma deformao tenha ocorrido na estrutura cristalina. A cor amarela causada pela presena de nitrognio agregado (diamante tipo Ia) ou disperso na estrutura (diamante tipo Ib). Os diamantes azuis (do tipo IIb) tm como caracterstica serem bons condutores eltricos devido a presena de boro e algumas cores cinza as vezes so causadas pela presena de hidrognio. As cores rosa, vermelha e marrom so causadas por deformaes plsticas da estrutura cristalina, provavelmente ocorrendo durante o processo geolgico de transporte no qual o diamante exposto a altas temperaturas e presso. A cor verde causada por irradiao natural o que dificulta muito a separao de pedras verdes irradiadas artificialmente. Teoria da cor aplicada classificao de diamantes a) Matiz: o nome da cor propriamente dita, para fins de classificao, que geralmente percebida a uma primeira vista.

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A seguir os matizes usados na classificao de diamantes: PORTUGUS Vermelho Vermelho alaranjado Laranja avermelhado Laranja Laranja amarelado Laranja-Amarelo Amarelo-Laranja Amarelo alaranjado Amarelo Amarelo esverdeado Amarelo-Verde Verde-Amarelo Verde amarelado Verde Verde azulado Verde-Azul Azul-Verde Azul esverdeado Azul Azul violceo Violeta azulado Violeta Roxo Roxo avermelhado Roxo-Vermelho Vermelho-Roxo Vermelho arroxeado INGLS Red orangy Red reddish Orange Orange yellowish Orange Yellow-Orange Orange-Yellow orangy Yellow Yellow greenish Yellow Green-Yellow Yellow-Green yellowish Green Green bluish Green Blue-Green Green-Blue greenish Blue Blue violetish Blue bluish Violet Violet Purple reddish Purple Red-Purple Purple-Red purplish Red

NEUTROS: Branco (White), Cinza (Gray) e Preto (Black) b) Saturao: a intensidade da cor ou a fora da cor. c) Tonalidade: a luminosidade da cor ou o quanto ela clareada (branqueada) ou escurecida (enegrecida). Em relao aos matizes, conforme se diminui a saturao ou escurecemos a tonalidade, obtemos alguns termos usados no mercado como se fossem novos ou matizes fora da lista acima. A cor rosa na verdade um vermelho menos saturado, mantendo o tom em nveis mais baixos, enquanto o marrom um laranja ou amarelo pouco ou mdio saturados modificados pelo cinza. Os modificadores da cor amarronzado e acinzentado que aparecem na descrio da cor da pedra ocorrem em nveis elevados de tonalidade. Quando o cinza modifica cores quentes (vermelho, laranja, amarelo) ele se torna modificador marrom e nas cores frias se mantm modificador cinza.

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Descrio da cor A cor principal descrita primeiro, com a primeira letra em maiscula e a(s) secundria(s) logo aps em minsculas com a terminao diminutiva ado. Em ingls, como o adjetivo expresso antes do substantivo a cor secundria vem primeiro em minsculas com a terminao diminutiva ish, logo seguida pela principal com a primeira letra em maiscula. Ex: Amarelo esverdeado ou greenish Yellow Amarelo a cor principal e o verde a secundria. Quando a relao entre as duas cores equilibrada, ambas so descritas com maiscula sendo que a descrita em primeiro (portugus) ou em segundo (ingls) tem ligeira vantagem em porcentagem ou considerada mais relevante em termos de mercado, ou seja, Verde-Amarelo (Yellow-Green) no a mesma coisa que AmareloVerde (Green-Yellow). Cuidado para no confundir Orange com orangy, que por uma letra representa grande diferena sendo laranja no primeiro caso e alaranjado no segundo representando muita diferena de valor. No caso das pedras rosa muito comum a interferncia do laranja, que pode ser maior (Orange-Pink) ou menor (orangy Pink). Nas planilhas existe uma matriz para o segundo caso que vale mais que o primeiro. Pode existir mais de uma cor secundria, fato comum no caso dos camalees (diamantes com mudana-de-cor), como um Verde amarelado acinzentado (grayish yellowish Green). Os modificadores cinza e marrom so descritos nos certificados como cores secundrias: acinzentado, amarronzado (grayish, brownish) Uniformidade da cor A uniformidade da cor pode ser influenciada pela lapidao ou por zoneamentos de cor. A lapidao influi, uma vez que dirige o caminho da luz pela pedra, podendo gerar zonas escuras (extino, cara preta/gravata borboleta) ou vazadas (janelas) que se forem grandes o suficiente para confundir a percepo da cor, tornam a pedra no uniforme (uneven em ingls). O impacto do zoneamento evidente, desde que forte e abrangente o suficiente para influir na percepo da cor quando olhamos a pedra de frente (mesa e coroa). As tabelas do Boletim so validas apenas para pedras uniformes (even em ingls). Uma pedra uneven (no uniforme) tem a venda extremamente prejudicada devendo ser relapidada se a causa for lapidao ou se eventual zoneamento de cor permitir um reposicionamento. Ambiente e procedimentos para exame de classificao de cor de diamante facy color Diamantes coloridos devem ser examinados em local de cores neutras, preferencialmente o cinza gelo, com iluminao geral fluorescente luz do dia branca e uma mesa tambm neutra com uma luminria fluorescente luz do dia branca individual. Se na sala a iluminao for incandescente amarela, desligue e trabalhe apenas com a luminria da mesa.IBGM31

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No caso de a luz do sol entrar pelas janelas, as mesmas devem ser fechadas, j que a luz solar melhora a cor de qualquer pedra. O uso de pedras de comparao elimina esse efeito quando analisamos diamantes D at Z, mas ter comparadores para coloridos s vivel para aqueles especializados em um ou dois matizes. camisa. Cuidado com as cores das suas roupas, principalmente as mais prximas da pedra e dos olhos, como a

Ao contrario dos diamantes D at Z (srie padro), os coloridos so classificados com a pedra vista de frente, ou seja, a cor definida pela coroa. A justificativa desse processo esta no fato de se julgar a presena e no ausncia de cor, em uma pedra que aps ser montada em jia ser vista pela frente, por algum que esta valorizando a cor acima de todos os outros fatores. A pedra pode ser examinada no mesmo papel dobrado (canoa), que largamente usado no mercado, devendo a mesa da pedra ficar paralela ao rosto do observador com a luminria logo acima, formando um ngulo de 45 graus entre a luminria e os olhos do observador. A pedra serve como referncia para o vrtice do ngulo. Use a pina apenas para ajeitar a pedra, devendo deixar a pedra sozinha, livre de qualquer coisa que possa influenciar a percepo da cor na hora de julgar. Uma pedra facetada colorida transmite uma srie de sensaes de cor ao longo de um exame, que pode confundir o observador, principalmente quando inclinada para os lados ou por efeitos da lapidao. A cor real deve ser apurada na posio correta citada acima, com olhar perpendicular a mesa, inclinando muito ligeiramente a canoa para frente e voltando at acertar o angulo que da o maior retorno de luz na pedra. Efeitos como gravata borboleta, olho de peixe, sombra do pavilho e reflexos da coroa podem ser mentalmente eliminados durante o processo, desde que os mesmos sejam conhecidos do observador. Colocar a pedra na canoa, com o pavilho para cima e olhar de lado, procedimento para as pedras da srie padro, pode ser til para confirmar o matiz, uma vez que os efeitos da lapidao so menos influentes nessa posio. Graus de classificao FAINT VERY LIGHT LIGHT FANCY LIGHT FANCY FANCY INTENSE FANCY VIVID FANCY DEEP FANCY DARK

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Critrios para cores da srie amarela (cape) e equivalentes Essa categoria inclui as cores amarelo, marrom, cinza e derivados. FAINT: de K at M, se no for amarelo deve-se mencionar o matiz. VERY LIGHT: de N at R, se no for amarelo deve-se mencionar o matiz. LIGHT: de S at Z, se no for amarelo deve-se mencionar o matiz. FANCY LIGHT: incio da escala especial, com intensidades superiores ao nvel Z. A cor facilmente notada pela coroa, forte o suficiente para ser atrativa quando comparada com pedras O ou P, mas a pedra vista isoladamente causa certa dvida entre ser fancy ou X-Y-Z (um cape escuro). FANCY: vista pela coroa, face para cima, a pedra tem cor concentrada o suficiente para definir, sem dvida, que a intensidade diferenciada da srie D-Z. FANCY INTENSE: tem cor forte na coroa, o suficiente para ser uma gema corada, o que no seria o visual normal dos diamantes para os leigos. FANCY VIVID: a cor muito intensa e vvida que aliada ao alto ndice de refrao e disperso do diamante gera um forte impacto visual (cheguei !!!) que no visto nem mesmo nos nveis mais intensos das gemas coradas usuais. FANCY DEEP: a cor muito forte, profunda, mas tem uma sensao de escura (um pouco morta). FANCY DARK: de longe, a primeira vista, a pedra parece preta. A cor percebida a menor distncia ou com iluminao mais forte. Critrios para cores raras (especiais) Essa categoria inclui todas as cores que no se encaixem no critrio da srie amarela e equivalentes, excluindo o branco, preto e derivados. Alguns exemplos das cores dessa categoria seriam o azul, verde, rosa, vermelho, laranja e derivados. FAINT: alguns laboratrios atribuem letras da escala D Z para esse nvel para em seguida descrever o matiz da cor juntamente com o termo faint. O matiz da cor s reconhecido, com dificuldade, no pavilho e a coroa branca. Comparvel ao nvel G, H da srie amarela. VERY LIGHT: alguns laboratrios atribuem letras da escala D Z para esse nvel para em seguida descrever o matiz da cor juntamente com o termo very light. O matiz reconhecido pelo pavilho com certa facilidade, mas a coroa ainda branca. Comparvel ao I, J da srie amarela. LIGHT: O matiz definido no pavilho e reconhecido com dificuldade pela coroa, que a primeira vista parece branca, mas logo se nota que tem uma ligeira presena (toque) de cor. Comparvel ao K, L (FAINT) da srie amarela.

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FANCY LIGHT: matiz dominante reconhecvel pela coroa, ainda muito claro para ser atrativo. Montado em uma jia necessria ateno para se notar que se trata de uma pedra com determinado matiz de cor. FANCY: cor visvel e definida quando vista pela coroa. FANCY INTENSE: cor forte pela coroa FANCY VIVID: cor muito forte que aliada a propriedades pticas do diamante traz visual muito diferenciado, at mesmo em comparao com gemas coradas. FANCY DEEP: a cor profunda parece um pouco escura, dando margem para erros em relao presena de modificadores cinza ou marrom, como cor secundria na descrio da cor da pedra. FANCY DARK: cor muito escura tendendo ao preto. 3.1 Estrutura das planilhas Formato e variveis das matrizes Cor A primeira linha se refere ao matiz da cor, em portugus e ingls. Dos matizes listados na tabela do item teoria da cor aplicada classificao de diamantes s constaram nas planilhas do Boletim aqueles com freqncia suficiente para formar amostra ou considerados mais importantes em termos de mercado. Graus de classificao da cor Foram apresentados apenas os nveis de cor considerados fancy colors, ou seja, somente os iniciados com a palavra fancy por serem os que realmente chamamos de diamantes coloridos no mercado. Os nveis FAINT, VERY LIGHT e LIGHT da srie D-Z tem preos referenciados nas tabelas anteriores para diamantes lapidados do mesmo Boletim. No caso das cores raras, resolvemos omitir esses trs graus das planilhas, que nesses nveis s tem cor perceptvel pelo pavilho com a coroa incolor ou quase incolor, no fazendo muito sentido em termos de joalheria, ficando restritas ao grupo dos colecionadores e pesquisadores. Essas pedras de cor rara muito sutil aparecem no mercado com preos superiores a suas correspondentes em quantidade de cor da srie amarela, geralmente com os seguintes prmios: FAINT: 20 a 30% sobre o G ou H VERY LIGHT: 100 a 200% sobre o I ou J LIGHT: 3 a 5 vezes sobre o K ou L , depende do matiz e do quanto est prximo do fancy light (caso de equivalncia com o M). Dependendo da cor e da prtica local, pedras do nvel light so cotadas pelo referencial D IF, tratamento que seria usual apenas para o fancy light.IBGM34

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Pureza Na horizontal so apresentados quatro nveis de pureza enquanto a escala normal tem 10 nveis. Os nveis I2 e I3 foram omitidos pela pouca freqncia de pedras com essas purezas nos mercados pesquisados. Somente no caso de cores muito raras h interesse, mais por parte de colecionadores, uma vez que nesses nveis at mesmo o leigo percebe as impurezas sem uso de lupa. O preo cai em progresso exponencial a partir do I1, chegando ao ponto de cores muito raras serem negociadas por uma diminuta frao no nvel do I3, principalmente se as incluses tiverem contraste forte em relao cor da pedra. O perfil de quem usa jias com diamantes coloridos de um consumidor com conhecimento do assunto acima da mdia, maior poder aquisitivo e mais exigente. Os outros nveis de pureza foram agrupados, para aumentar a possibilidade de reunir amostragem suficiente para gerar a clula e tambm pelo fato de o nvel de cor ser mais importante, em termos de progresso do valor da pedra. Mantidos todos os outros fatores em condies iguais, naturalmente que uma pedra IF vale mais que um VVS2, mas a diferena de preo entre um nvel de pureza e outro muito menor que a diferena de um nvel de cor para outro. Ex: No caso do amarelo, a diferena entre o fancy e o fancy intense de praticamente o dobro, enquanto nas mesmas cores do nvel IF para VVS2 a diferena seria de 10% a 15% e do IF para o VS2 em torno de 50%. As cores Preto (Back), Cinza (Gray) e Branco (White) tm procedimento peculiar na classificao da pureza, uma vez que a cor preta e branca so causadas por grande quantidade de incluses uniformemente distribuda pela pedra. O fancy White geralmente semitransparente, com aspecto leitoso, lembrando de uma opala branca translcida a um pedao de porcelana branca quando se torna opaco. A classificao da pureza dessas pedras seria de I1 para baixo, mas no caso das planilhas, para esse grupo em especial, entendemos como incluso qualquer caracterstica visvel a 10X que influa na uniformidade ou tenha impacto visual negativo e seja diferente dos elementos causadores da cor em si. Um cristal de diamante incolor na mesa de um diamante preto tem forte contraste negativo, o mesmo vale para um cristal preto em uma pedra branca. Nos pretos comum a presena de fissuras e porosidade que consideramos como incluses se forem visveis na mesa ou coroa. A diminuio da transparncia tambm diferenciada nas planilhas dos brancos e cinzas, sendo irrelevante no caso dos pretos. No caso do cinza existe grande diferena de valor entre uma pedra realmente transparente comparada outra com nuvem que a leve para SI1 ou pior. A cor cinza pode ser causada por elementos distribudos a nvel molecular como o boro e o hidrognio ou por nuvem uniforme de incluses cinzentas. O cinza do primeiro caso muito mais raro e o nico que pode ser graduado como VS ou acima, no sistema padro de classificao de pureza, uma vez que a presena de nuvem derruba a classificao de SI para geralmente pior.IBGM35

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Uma pedra preta transparente no existe pela prpria definio de preto como algo necessariamente opaco. Se alguma transparncia estiver sendo observada, ou se trata de um elemento (provavelmente outro diamante) incolor incluso em rea definida ou a pedra no preta e sim de outra cor com tonalidade extremamente escura (fancy dark). Faixa de peso pesquisada A faixa de peso apresentada na linha logo abaixo do matiz, a faixa de pesos encontrados nas pesquisas de preo. Sempre iniciadas a partir de 0,50 ct indo at tamanhos plausveis de se encontrar no mercado em amostragem suficiente. Um diamante preto de 50 ct pode ser encontrado com certa facilidade, enquanto at hoje no se tem notcia de um vermelho bem menor, com 20 ct. Os valores apresentados na matriz como preos valem para qualquer peso por serem comparativos com um item que tambm tem o preo por quilate progressivo em funo do aumento do peso (tamanho). Para cores muito raras, em tamanhos limites, pode-se dar um acrscimo considerando que o preo por quilate de um diamante colorido muito raro tem uma progresso maior que o referencial D IF. Preo em D IF uma prtica de mercado comparar o preo dos diamantes coloridos com o D IF da srie padro, uma vez que esse o nvel mximo da tabela de preos, realmente raro na natureza e no mercado. O uso desse critrio faz com que as nossas planilhas possam ser usadas em qualquer parte do mundo e em qualquer nvel do mercado (diamantrio, joalheiro ou consumidor) uma vez que cada um ir ter um multiplicador monetrio sobre o D IF, condizente com a sua posio de mercado ou localidade geogrfica. Pode tambm ser aplicado sobre as planilhas de diamante bruto no caso de avaliao de um bruto colorido. O valor do D IF para uma pedra de determinado peso pode ser acessado para o Brasil nesse Boletim ou pela tabela Rapaport para outras partes do mundo. No caso do Rapaport, entre profissionais, necessrio aplicar antes o desgio/gio recomendado para o momento e localidade especficos, enquanto pelo Boletim basta multiplicar diretamente o valor do D IF pelo numero apresentado na clula para ter o preo por quilate em dlares americanos de determinada cor, na intensidade e pureza escolhida. No caso do consumidor haveria um gio em relao a ambas as publicaes. Exemplos prticos de como usar o Boletim a) Um brilhante redondo, Azul, nvel fancy intense, pureza SI1, pesando 2,12 ct 1. 2. 3. Verificar valor do D-IF, na planilha de REDONDOS, na faixa de peso da pedra que a da matriz de 2,00 a 2,99 ct; Se estiver usando o Rapaport, verifique qual o desconto/gio indicado e aplique sobre o valor do D-IF, obtendo o valor do D-IF exato para a situao; Multiplique esse valor pelo numero que consta na matriz de diamantes azuis, nvel fancy intense na vertical e pureza SI1-SI2 na horizontal. O resultado o preo por quilate do diamante azul de 2,12 ct;

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4.

Multiplique o valor obtido pelo peso 2,12 e teremos o valor total da pedra. D-IF redondo de 2,00 a 2,99 ct = 32.600,00 por quilate no Rapaport Supondo desconto de -10%, temos 32.600,00 10% = 29.340,00 29.340,00 * 5 (valor no Boletim para a cor e pureza) = 146.700,00 por quilate 146.700,00 * 2,12 (peso da pedra) = 311.004,00 valor total da pedra. Pelo Boletim basta multiplicar o valor do D-IF redondo de 2,00 a 2,99 ct diretamente pelo fator da planilha de azul para a cor e pureza (5). 30.000,00 * 5 = 150.000,00 por quilate 150.000,00 * 2,12 = 318.000,00 valor total da pedra.

b)

Um brilhante gota, Marrom, nvel fancy deep, pureza VVS1, pesando 10,20 ct 1. 2. 3. 4. 5. Verificar valor do D-IF na planilha de GOTAS na faixa de 5,00 a 5,99 ct que a maior matriz disponvel; Se estiver usando o Rapaport, verificar qual o desconto/gio para o D-IF dessa faixa e aplique; Verificar qual o acrscimo porcentual sobre a faixa de 5 quilates, recomendado para o peso de 10 quilates e aplique sobre o valor do D-IF apurado no item anterior (2); Multiplique esse valor pelo numero que consta na matriz de diamantes marrons, nvel fancy deep na vertical e pureza IF-VVS2 na horizontal. O resultado o preo por quilate do diamante marrom de 10,20 ct; Repita o 4. do caso anterior.

c)

Uma radiante retangular, Verde, nvel fancy vivid, pureza I1, pesando 0,80 ct 1. 2. 3. 4. 5. Como no existem planilhas para radiantes, verifique o valor do D-IF na planilha de GOTAS, na matriz de 0,80 a 0,89 que a faixa de peso da pedra; Sobre o valor do D-IF, gota, 0,80 a 0,89 ct, aplique um desgio de 30% para compensar o menor valor da lapidao radiante na forma retangular.; Se estiver usando o Rapaport verificar qual o desgio/gio para o D-IF dessa faixa de peso em gotas e aplique, obtendo o valor atual para o D-IF; Multiplique esse valor pelo numero que consta na matriz de diamantes verdes, nvel fancy vivid na vertical e pureza I1 na horizontal. O resultado o preo por quilate do diamante verde de 0,80 ct. Repetir os procedimentos do item 5 anterior

Influncia da progresso do peso O critrio de usar o D IF como referncia de preo j oferece uma progresso de preo, em funo do peso, que a maior em toda tabela de preos de diamantes da srie D-Z. Ainda assim deve-se considerar o caso de cores extremamente raras, para as quais a progresso deveria ser ainda maior, como o caso do vermelho. Para pedras grandes dessas cores o preo fica muito subjetivo, dependendo mais da negociao e do poder de cada parte envolvida, uma vez que naquele momento provavelmente no haver similar disponvel no mercado.

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Com relao aos valores do Boletim, em tamanhos limites de cores muito raras pode-se pensar em acrscimos de at 30% enquanto em pedras pequenas entre 0,50 e 1 ct nas cores menos importantes pode haver um desgio de at 30%. Para os amarelos e marrons o fator ficou mais elevado para as pedras abaixo de ct que tem progresso mais baixa no D IF, uma vez que foi calculado em funo de pedras grandes, sempre acima de 2 ct chegando facilmente a 10 ct, que a maior freqncia no mercado. No caso do diamante preto a progresso quase nula para os defeituosos, levando o fator a nvel to baixo, que no caso das pedras pequenas no pagaria nem o servio de lapidao. O que aparentemente ilgico tem fundamento no mercado, que rejeita o preto defeituoso a ponto de inibir a lapidao das mesmas, que s aparecem venda como sobras de lote ou por terem sido lapidadas em perodos de ociosidade de mo-de-obra com custo fixo inevitvel. Influncia da forma e estilo da lapidao Ao contrario das pedras incolores e quase incolores, nos diamantes coloridos todos os esforos de lapidao se voltam para concentrar o mximo possvel de cor na coroa. O formato ideal, os ngulos e alturas so diferentes do padro recomendado para a lapidao do brilhante redondo, que a mais conhecida e comercializada. A lapidao radiante (formato retangular ou quadrado com cantos cortados e um facetamento de brilhante modificado no pavilho) concentra muito mais a cor na coroa que o brilhante redondo, existindo uma prtica relativamente nova no mercado de relapidar pedras redondas com nvel de cor prximo a Z (pouco desejadas) para a lapidao radiante, que concentrando mais a cor, eleva a nova pedra ao nvel fancy. Mesmo perdendo de 15 a 30% do peso a operao compensa financeiramente, devido a grande diferena de preo entre um Z e um fancy. Obviamente operadores experientes do mercado sabem disso e uma pedra fancy radiante vale menos que uma fancy redonda para qualquer matiz de cor, exceto preto e branco. Os valores do Boletim so compostos por uma amostragem que inclui todas as formas e lapidaes encontradas na pesquisa cobrindo os ltimos 5 anos de mercado. Embora essa amostragem represente mais os radiantes e outros formatos mais freqentes que os brilhantes redondos (mais raros), a mdia final no foi afetada pela forma, uma vez que a converso dos valores apurados em dlares por quilate para valores absolutos em D IF foi feita especificamente para a forma de cada pedra analisada. Os valores absolutos do Boletim representam os radiantes de maneira equivalente a outras lapidaes. A diferena entre as formas vai ser considerada automaticamente, na converso do valor absoluto para valores monetrios, bastando usar o valor do D-IF das planilhas referentes ao formato especfico, no captulo dos preos de diamantes lapidados. No caso dos radiantes que no tm planilha especifica ou indicao de desgio deve-se aplicar um redutor de 20% (quadrados) a 30% (retangulares) em relao ao resultado do D-IF para gotas. No caso do Rapaport esse redutor deve ser aplicado cumulativamente com o desgio de mercado para a faixa de peso escolhida.

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Valores do Boletim e realidade do mercado O mercado de diamantes coloridos bem menos organizado que o da srie cape, tanto na parte tcnica de classificao como na dinmica comercial. Ningum tem um jogo completo (todos os matizes com os possveis modificadores combinados com os seis nveis de graduao) de pedras para comparao e o prprio sistema gera faixas bem abrangentes para uma mesma denominao. A maioria dos operadores do mercado tem idias prprias, formadas por paradigmas ou interpretaes duvidosas baseadas em experincias passadas, bastante divergentes entre si e em conflito com o conhecimento cientfico. Como alguns preconceitos so extremamente fortes e generalizados, eles influem no preo da mercadoria, a ponto de se tornarem verdades comerciais, ainda que por vias tortas. A grande maioria das clulas foi pesquisada pelo mercado e somente algumas, por falta de amostragem, foram preenchidas por meio de equao matemtica. No geral os valores tendem a ser precisos com margem de erro em torno de 20%, mas no caso de uma operao real de um determinado indivduo deve-se considerar algumas variveis: a. Se o usurio tem os contatos certos, com conhecimento tcnico e clientela, para vender a mercadoria pelo preo real. b. Se o custo de acesso direto ao mercado ideal para aquela determinada cor vivel ou entraves logsticos, culturais ou legais podem inibir a operao. c. Se o volume de negcios justifica eliminar eventuais intermedirios ou deslocamento geogrfico (participar de feiras no exterior ou se associar com estrangeiros). Certamente o usurio ira encontrar situaes nas quais o preo de uma pedra estar muito divergente das planilhas do guia, cabendo decidir o que fazer. Essa discrepncia pode estar relacionada a alguns fatos descritos ao longo dessa explanao ou at a um erro, muito comum, de classificao. Cabe ao usurio ter o bom senso de avaliar a sua prpria capacitao e discernir entre uma oportunidade decorrente de um mercado desorganizado, de uma falha de lgica na gerao das planilhas ou de um potencial erro prprio. Essa a primeira verso de um trabalho indito que certamente dever passar por correes ao longo do tempo para eliminar eventuais erros e adaptar os fatores mudanas de oferta ou demanda. Mesmo que os valores em D IF sejam absolutos, determinada cor ao longo do tempo pode se tornar mais ou menos desejvel ou ter oferta aumentada, como no caso dos amarelos, com a nova tcnica de relapidar capes escuros redondos em radiantes com graduao fancy Yellow ou melhor. O importante no caso de uma compra ter para quem vender depois, o que no problema grave para os diamantes incolores, mas fundamental para os coloridos. Deve-se lembrar que as margens de lucro ou perda no caso dos coloridos so bem maiores, quase chegando ao nvel das gemas de cor.IBGM39

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3.2. Outras informaes Fontes de pesquisa Leiles internacionais (Sothebys e Christies) resultados de 2002 ao incio de 2007. Feiras internacionais (Tucson, Hong Kong, Basel, JA-NY) de 2006 e incio 2007. Bolsas de diamante da Blgica, EUA e Israel. Influncia da fluorescncia Na srie padro, a fluorescncia mdia ou superior pode desvalorizar a pedra ou ser irrelevante dependendo do nvel de cor e pureza, mas nos coloridos, alm disso, pode ser causa da cor secundria ou at mesmo da principal. Nos amarelos a fluorescncia mdia ou superior desvaloriza a pedra como nos incolores (D at F) em porcentagens at mais altas. A fluorescncia extremamente forte causa da cor verde secundria em diamantes Amarelos e Marrons, podendo chegar ao nvel de equivalncia no caso do Amarelo-Verde ou Verde-Amarelo. Uma pedra Verde-Amarelo, na qual a cor verde causada pela fluorescncia, vale muito menos que outra pedra com o mesmo matiz, com o verde causado por irradiao natural. A cor gerada pela fluorescncia depende muito da fonte de luz, que precisa emitir raios UV para ativar a fluorescncia. A fonte de luz mais usada no convvio social a amarela incandescente que emite muito menos UV que as luminrias dos escritrios de diamante. A pedra fluorescente em questo vai aparecer verde-amarela no escritrio do diamantrio e apenas amarela, talvez com um pouco de verde, na festa que a provvel consumidora ir comparecer. Certificados No caso dos diamantes coloridos, a primeira preocupao do comerciante saber a origem da cor do diamante apresentado (natural, tratada, processada ou indeterminada), para em seguida definir o matiz e somente depois, o nvel de graduao. Pode-se dizer que identificao tem prioridade sobre a classificao, o que parece mais lgico. No caso das pedras verdes cuja cor originada, tanto na natureza como artificialmente, por irradiao, muitas vezes os laboratrios consideram a origem indeterminada por no ter elementos para afirmar e comprovar uma concluso. Quando vemos um diamante aparentemente incolor ou quase incolor, a primeira reao querer saber a graduao dos quatro C (classificao da cor, pureza, peso e lapidao) para, erroneamente, somente depois pensar em possveis tratamentos ou at na possibilidade do diamante ser sinttico. Isso decorre do fato que h pouco tempo os diamantes incolores eram imaculados, no existindo sintticos economicamente viveis ou tratamentos clareadores de difcil deteco (HPHT), enquanto os coloridos j podiam ser produzidos por irradiao h bastante tempo, quando ainda eram desconhecidos da grande maioria no ramo. O sistema de graduao da srie D at Z mais simples, de fcil compreenso e mais acessvel (custo de colormetros ou comparadores de zircnia cbica) que no caso dos coloridos.IBGM40

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As faixas para cada nvel de fancy so muito mais abrangentes que as para cada nvel de cor da srie padro D-Z. Duas pedras H (pureza, peso e lapidao equivalentes), sendo uma um H quase I (limite inferior) e outra quase G (limite superior) ainda so extremamente parecidas visualmente, tanto que fazem um par perfeito. Nos extremos de um mesmo nvel dos coloridos, pela variao de saturao e tonalidade, a abrangncia muito grande, podendo trazer uma surpresa no muito agradvel no caso de tentar fazer um par comprando s pelo certificado, sem ver, duas pedras com a mesma graduao de cor. Hoje um comerciante com bom conhecimento de classificao pode comprar um diamante da srie D-Z sem ver a pedra, baseado na interpretao de um certificado completo sem grandes surpresas. No caso dos coloridos imperioso ver a pedra durante o processo. Raridade geolgica x Valor de mercado O preo de um item qualquer resultante da comparao entre a quantidade ofertada e a demanda pelo produto, nem sempre existindo uma relao diretamente proporcional entre a raridade geolgica e o preo de mercado de determinada cor. No caso dos diamantes coloridos a quantidade produzida segue perfeitamente um padro de raridade geolgica, constante e tpico de cada regio, podendo ter a oferta manipulada por outros critrios dependendo da existncia de monoplio ou oligoplios. Como os diamantes coloridos so produzidos em pequenas quantidades e vendidos em um canal secundrio aos D-Z, de pouca influncia no negcio em si, a oferta menos controlada e s recentemente se tem trabalhado a demanda de maneira mais especfica (campanha do Brown no Japo e lanamento do ice) com a criao de uma associao de negociantes de diamantes coloridos. A demanda depende de fatores puramente humanos como os econmicos e culturais como costumes, tendncias de moda, divulgao do produto, entre outros. No caso do ice, nome fantasia para o fancy White, esse tipo de diamante muito mais raro geologicamente que os marrons e era vendido por apenas uma frao do preo, sendo que lapidar uma dessas pedras era considerado no mnimo excntrico. O diamante preto que nunca era sequer lapidado, passou por uma fase de euforia, despencou e hoje se recupera parcialmente no mercado. Valores para outros matizes e derivados Seria invivel montar matrizes para todas as cores existentes com os matizes principais, suas combinaes com secundrios e as modificaes por cinza e marrom. A falta de dados para determinadas cores e o volume exagerado de informao (daria um livro especfico) no justificam essa ao, principalmente pelo fato de ser possvel estimar o fator das outras cores por comparao e interpolao, desde que o usurio tenha conhecimento da raridade geolgica e da importncia de mercado do item. Como exemplo, citamos o Amarelo-Verde (Green-Yellow), ausente, mas podendo ser comparado com o Verde-Amarelo, Amarelo, Verde, Amarelo esverdeado e Verde amarelado, chegando a um valor interpoladoIBGM41

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desde que seja do nosso conhecimento que o Amarelo-Verde vale menos que o Verde-Amarelo, muito menos que o Verde amarelado, mais que o Amarelo e bem mais que o Amarelo esverdeado. Como regra geral, podemos afirmar que a cor pura, com apenas um matiz sem combinao, vale mais que as modificadas, com algumas excees quando o modificador for um matiz muito mais raro e que melhore o visual da pedra de maneira definitiva. Embora o verde seja uma cor muito rara, um amarelo esverdeado vale menos que um Amarelo (confirmando a regra), exatamente pelo fato de o verde se perder, esteticamente, na percepo do todo pelo olho do comprador, no confirmado como exceo. No caso do Marrom avermelhado, o vermelho no s exageradamente mais raro como melhora o muito o visual da pedra, confirmando uma exceo. O Rosa arroxeado vale um pouco mais que o rosa puro, pelo fato do roxo ser mais raro e melhorar muito o visual, principalmente em baixa saturao. A presena do roxo elimina a possibilidade de confuso com a presena de marrom nos Rosas de baixa saturao. Outra regra que a modificao por cinza ou marrom desvaloriza consideravelmente qualquer matiz, sem exceo. Nos nveis de baixa saturao deve-se ter o cuidado de diferenciar se a modificao por marrom ou cinza vai aparecer no certificado como cor secundria ou no, dependendo da aparncia esperada para a cor nesses nveis. Dos matizes principais, faltou apenas o violeta, que sem modificador to raro, no tendo dados suficientes e confiveis. Alguns diamantes declarados como Violeta so combinaes de Roxo modificado por cinza em baixa saturao. 4. O Sistema de Classificao das Gemas de Cor Assim como para os diamantes, a classificao de gemas de cor no mercado internacional utiliza quatro fatores como base: o peso, a cor, a pureza e a lapidao. a) Peso: O peso das gemas de cor tambm expresso em quilates (1 ct = 0,2 g). b) Cor: Normalmente, a cor o fator de maior importncia na classificao das gemas de cor, representando cerca de 50% do seu valor. O grau de cor determinado pelo julgamento de trs aspectos bsicos, definidores das cores:

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Matiz:

o principal aspecto e se refere ao tipo de cor ou combinao de cores de uma pedra. Exemplos: verde amarelado, verde azulado, azul esverdeado.

Tonalidade:

a medida da cor no que se refere sensao de claro/escuro. Outro termo usado: tom. Geralmente expresso em porcentagens.

Saturao:

a posio numa escala que se estende do vvido (vivid) ao sem vida (dull), vem a ser a fora, a pureza, a intensidade do matiz.

A melhor qualidade de cor aquela que bem distribuda na gema, no apresentando manchas (zonas de cor); a saturao deve ser vvida e a tonalidade, a melhor conhecida no mercado para cada variedade de pedra. Para a graduao da cor, o Boletim usa como referncia o livro Munsell Book of Color e os sistemas GemSet do GIA e GemDialogue de Howard Rubin, que so sistemas muito utilizados internacionalmente. c) Pureza: Esta considerada o segundo fator para classificao e avaliao das gemas de cor, influenciando muito o valor da gema. Refere-se ausncia ou presena de incluses e/ou imperfeies externas, cujas qualidades e quantidades interferem na transparncia e beleza da gema. A preferncia por determinada cor pode variar ao longo do tempo de acordo com tendncias de moda e culturais, influenciando os preos. Em alguns casos especficos e raros as incluses podem ser atrativas em uma gema, mas como regra geral pedras com incluses vistas como defeitos (caso tpico das fraturas) tem influncia negativa no valor para qualquer observador. O exame das pedras deve ser feito, primeiramente, a olho nu e, posteriormente, com lupa de 10 aumentos. Para o julgamento da pureza, as gemas so previamente classificadas em trs grupos: Grupo I: Gemas que freqentemente so encontradas puras (sem incluses). Exemplos: gua-marinha, turmalina verde e topzio Gemas que normalmente apresentam pequenas incluses ou imperfeies internas. Exemplos: safira, rubi, granada e alexandrita. Gemas que raramente so encontradas puras ou sem imperfeies internas. Exemplos: rubelita e esmeralda

Grupo II :

Grupo III :

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Isso significa que, por exemplo, uma esmeralda, que pertence ao Grupo III, receber um prmio pela pureza mesmo quando apresentar incluses leves. J uma gua-marinha, do Grupo I, mesmo quando no tiver incluses nem imperfeies externas ao ser examinada com lupa de 10x, receber apenas um pequeno acrscimo. O quadro abaixo apresenta os graus de pureza das gemas de cor. TABELA DE CLASSIFICAO DE PUREZA DAS GEMAS DE COR GRAU DE PUREZA

DESCRIO DO GRAU DE PUREZA Sem incluses e sem imperfeies externas quando examinada sob a luz difusa, com lupa 10 x. Incluses leves ou muito pequenas quando examinada com lupa 10 x.

SI IL

Pequenas imperfeies externas. A categoria IL descrita como muito prxima da categoria anterior, SI. Incluses moderadas que podem ser vistas facilmente com lupa 10 x e com certa dificuldade a olho nu. Pequenas imperfeies externas. Nesta categoria, as incluses ou imperfeies no podem afetar a mesa da gema. Incluses acentuadas, facilmente vistas a olho nu. Imperfeies externas tambm so facilmente encontradas. Incluses excessivas. Esta categoria envolve todas as gemas que apresentam muitas incluses e imperfeies externas, afetando seriamente a beleza, a transparncia e a durabilidade do material.

IM

IA IE

O quadro seguinte demonstra com clareza a variao na classificao dos graus de pureza entre as gemas dos grupos I, II e III. VARIAO DOS GRAUS DE PUREZA DOS GRUPOS I, II E III Grupo/Pureza Grupo I Grupo II Grupo III d) Lapidao/Acabamento: Finalmente, a lapidao/acabamento o fator que menos premia, mas que pode depreciar bastante na classificao das gemas de cor. Produto de ao humana controlvel, responsvel pelo brilho e parte do visual da pedra, deve obrigatoriamente ser bem feita e severamente punida no caso de m execuo. Na lapidao, devemos considerar diversos aspectos, tais como: as propores, a simetria e o acabamento final. IBGM DNPM 44 10 10 10 SI IL IM 1 1 1 IA IE

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Para julgamento das propores, tomamos como base os seguintes itens: a) contorno bem balanceado b) proporo esttica entre o comprimento e a largura c) perfil bem equilibrado d) porcentagem da altura total (o total no deve ultrapassar 65%) e) altura da coroa e profundidade do pavilho (1/4 a 1/3 deve estar acima do rondzio e 2/3 a 3/4 devem estar abaixo do rondzio) f) excesso de peso no pavilho (facetas abaixo da cintura com ngulo muito aberto) deve ser evitado.

g) tamanho da mesa h) brilho Para o julgamento do acabamento, consideramos as caractersticas da superfcie da gema: o o Classificao da simetria: so examinados a forma, harmonia e arranjo das facetas. Classificao do polimento: considera-se a quantidade e intensidade de linhas de polimento, abrases e afiado das linhas de permetro das facetas.

4.1. Obteno do Preo Referencial da Gema Para se obter o preo referencial da gema, necessrio que se analise a sua cor, pureza e a qualidade de sua lapidao/acabamento, dando-se uma pontuao ou nota de 1 a 10, conforme as descries ideais a seguir. A mesma nota pode ser obtida por combinaes diferentes das apresentadas, principalmente na interao pureza e lapidao com a cor. Para casos especficos de uma avaliao necessrio o uso das tabelas de fatores de influncia. So as seguintes situaes ideais de Classificao utilizadas: EXCELENTE OU EXTRA (notas de 8 a 10): Quanto cor: Quanto pureza: Matiz puro e uniforme. Brilho intenso Gemas do Grupo I: Minsculas incluses invisveis a olho nu e pouco visveis com a lupa de 10x. Gemas do Grupo II: Pequenas incluses pouco visveis a olho nu e visveis com lupa de 10x. Gemas do Grupo III: Pequenas e pouco acentuadas incluses visveis a olho nu e, obviamente, tambm com a lupa de 10x. Quanto lapidao: Boas propores, simetria perfeita, culaa bem centrada, bom polimento, facetas bem colocadas sem estarem remontadas

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BOA OU PRIMEIRA (notas de 6 a 8): Quanto cor: Quanto pureza: Matiz puro com algum desvio de tonalidade, de mais intenso para mais claro (manchas). Brilho intenso. Gemas do Grupo I: Minsculas incluses dificilmente visveis a olho nu e aparentes com lupa de 10x. Gemas do Grupo II: Incluses facilmente visveis a olho nu, bastante aparentes com lupa de 10x. Gemas do Grupo III: Incluses bastante aparentes a olho nu. Quanto lapidao: Pequenas variaes nas propores, nas linhas de simetria (rondzio) e pequena janela na mesa quando vista pela coroa.

SEGUNDA OU MDIA (notas de 4 a 6): Quanto cor: Quanto pureza: Clara ou escura. Pouca saturao ou saturao em excesso. Gemas do Grupo I: Incluses visveis a olho nu, facilmente visveis com lupa de 10x. Gemas do Grupo II: Incluses facilmente vistas a olho nu. Gemas do Grupo III: Incluses acentuadas vistas a olho nu. Quanto lapidao: Variaes de simetria, com propores distantes do ideal. Polimento regular.

TERCEIRA OU FRACA (notas de 1 a 4): Quanto cor: Quanto pureza: Muito clara ou muito escura. Pouqussima saturao ou em excesso (quase incolor ou quase preta). Gemas do Grupo I: Incluses visveis a olho nu, acentuadas quando vistas com lupa de 10x. Gemas do Grupo II: Incluses acentuadas quando vistas a olho nu. Gemas do Grupo III: Muitas incluses vistas a olho nu, afetando a transparncia da gema. Quanto lapidao: Grandes variaes de simetria, com propores muito distantes do ideal. Polimento fraco.

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Fatores de influencia: Considerando que a cor o item mais importante, utilizamos a nota de cor como referncia para a nota geral, como uma nota inicial da pedra, premiando ou prejudicando a mesma com fatores de influncia gerados pela pureza e lapidao conforme tabelas abaixo. Os dois fatores de influncia devem ser somados a nota da cor diretamente, gerando a nota final. No caso de uma gema com nota 10 de cor, 10 de pureza e 10 de lapidao, a nota final ser 10,5 que matematicamente ainda pode ser considerada como apenas 10. O 10,5 significa que a gema realmente excepcional, devendo ter, em alguns casos, um acrscimo de preo sobre o boletim. Se a nota de cor for 9 at 10 Pureza 9 10 68 45 13 Influncia + 0,25 -1 -2 -5 Lapidao 9 10 68 45 13 Influncia + 0,25 - 0,25 -1 -3

Se a nota de cor for 6 at 8 Pureza 9 10 68 45 13 Influncia + 0,5 +0 -1 - 3,5 Lapidao 9 10 68 45 13 Influncia + 0,25 +0 - 0,5 - 1,5

Se a nota de cor for 4 at 5 Pureza 9 10 68 45 13 Influncia + 0,75 +0 - 0,5 -2 Lapidao 9 10 68 45 13 Influncia + 0,25 +0 - 0,25 -1

Se a nota de cor for 1 at 3 Pureza 9 10 68 45 13 Influncia + 0,5 + 0,25 +0 - 1,5 Lapidao 9 10 68 45 13 Influncia + 0,25 +0 +0 - 0,5

Exemplo prtico para indicao do preo referencial de uma gema a ser analisada: esmeralda com peso de 2 quilates. Nota da cor: 7,0 Nota da pureza: 10,0 que para a cor 7,0 tem influncia de + 0,5 Nota da lapidao: 10,0 que para a cor 7,0 tem influncia de + 0,25 Nota total da gema: 7,0 + 0,5 + 0,25 = 7,75IBGM47

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Depois de encontrada a nota final (7,75) que reflete a sua qualidade do ponto de vista comercial, devese encontrar, no quadro correspondente ao tipo da gema examinada, a linha que demonstra o peso da gema (neste caso 2 quilates) at o encontro desta com a coluna correspondente qualidade da gema (7,75). NOTA: Os valores apresentados no quadro abaixo servem somente para exemplo e as cotaes so em dlares americanos (USD) por quilate. CABOCHO FRACA (TERCEIRA) Notas de 1 - 4 de 0,50 a 0,99 ct. 1 a 2,99 ct 3 a 4,99 ct 5 a 7,99 acima de 8 20 30 50 60 MDIA (SEGUNDA) 4-6 30 50 75 100 BOA (PRIMEIRA) 68 150 300 480 600 EXCELENTE (EXTRA) 8 10 460 1000 1300 1500

Teremos, portanto, encontrado um valor referencial de USD 300.00 por quilate para a nossa pedra. Como nossa gema-exemplo pesa 2 ct., teremos, conseqentemente, o preo final de USD 600.00 (2 ct X USD 300.00 = USD 600.00 total) 4.2. Gemas no usuais lapidadas Consideramos como no usuais as gemas que aparecem com pouca freqncia no mercado e so pouco conhecidas fora da rea tcnica. As causas da pouca freqncia, isoladas ou combinadas, podem ser a raridade extrema, propriedades fsicas desfavorveis ao uso como adorno, aspecto visual incompatvel com o padro de beleza da moda vigente ou desconhecimento da existncia da gema pelo setor atacadista. Essas gemas atualmente tm mercado restrito a colecionadores e designers de jias mais ousados, que com a devida divulgao podem se tornar mais difundidas, j que para um bom nmero delas o desconhecimento do setor a principal causa da pouca freqncia. O nvel fraca foi suprimido e as faixas de peso foram adaptadas ao modo de ocorrncia geolgica especfico de cada gema. Gemas usuais de baixa qualidade (fraca) tm preos anotados no Boletim devido grande circulao no mercado, com uso em linhas de jias desde as mais simples s de alta joalheria 4.3. Tratamentos Desde a Antiguidade as gemas tm sido expostas aos mais variados processos para melhorar a sua aparncia e consequentemente o seu valor e/ou liquidez. Algumas gemas seriam economicamente inviveis, se no fossem tratadas de alguma forma, como a tanzanita que precisa ser aquecida para chegar cor violeta azulado pela qual reconhecida no mercado.IBGM48

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O fato de melhorar um item de origem natural por um processo humano no caracteriza uma prtica ilcita j que esse o caminho de muitos processos industriais. A prtica ilcita ou ato de m f ocorre quando se vende uma gema tratada sem declarar o fato, conforme as normas nacionais e internacionais. O valor de uma gema natural sem nenhum tratamento geralmente muito maior que uma de qualidade correspondente tratada. Essa diferena de valor vai depender de duas condies do tratamento aplicado, que seriam a estabilidade e a natureza do processo em termos de diagnstico. A estabilidade se refere capacidade do tratamento se manter, exposto as condies de uso e reparo as quais uma jia esta sujeita ao longo de sua vida til. Os tratamentos que se mantm mesmo quando a pedra relapidada ou passa por processos de limpeza ou uso continuado so descritos como irreversveis, enquanto os que sofrem alterao so os reversveis. O diagnstico se refere dificuldade de se detectar a existncia ou aplicao do tratamento pelos exames gemolgicos. Alguns tratamentos tm processos idnticos aos que ocorrem na natureza sendo praticamente impossvel afirmar se o efeito causado foi devido ao natural ou humana. Os tratamentos de aquecimento a baixas temperaturas se enquadram nesse grupo, assim como certos tipos de irradiao. Outros tratamentos so de fcil diagnstico pelo uso de substancias artificiais ou processos industriais inexistentes na natureza. Esses referenciais serviram de base para a regulamentao do setor joalheiro quanto necessidade de declarao de tratamentos ao consumidor e entre profissionais. Uma gema com tratamento irreversvel e no diagnosticvel, obviamente no necessita de declarao, enquanto os tratamentos reversveis tm regras bastante rigorosas. Esmeralda O tratamento mais usual nas esmeraldas o preenchimento de fraturas por uma substancia, com ndice de refrao igual ou prximo ao da gema, que substituindo o ar antes presente, diminui o reflexo e a textura da fratura, melhorando visualmente o grau de pureza. Iniciado a vrios sculos com leos vegetais e minerais, o processo foi aperfeioado com o uso de resinas epxi mais durveis. De qualquer maneira ainda um tratamento reversvel de fcil diagnstico (aumento de 10X a 30X com iluminao adequada) necessitando declarao. No caso da esmeralda esse tratamento to comum que nos certificados de identificao, o tratamento quando diagnosticado apresentado em nveis de graduao de pouco, moderado at significativo. No Boletim apresentamos valores para os nveis pouco e moderado nas planilhas esmeralda procedncia genrica e nenhum para esmeraldas colombianas que recebem prmio elevado pela procedncia, quando de boa qualidade e sem nenhum tratamento.IBGM49

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Esmeraldas colombianas, de qualidade mdia para baixa ou boa, muito tratadas no recebem prmio por procedncia. A resina epxi ou leo podem ser tingidos de verde para alm da pureza, melhorar a cor da esmeralda. Esse tratamento visto com muitas ressalvas no mercado e as pedras submetidas tm valor extremamente abaixo dos apresentados no Boletim com muito pouca liquidez. Rubi Nos rubis o tratamento mais usual o aquecimento a altas temperaturas (acima de mil graus Celsius) que irreversvel e com dificuldade mdia de diagnstico (modifica incluses, visvel de 30X a 70X). Os rubis de procedncias variadas so considerados como se todos foram aquecidos enquanto os procedentes da Birmnia (Myanmar) so separados por aquecidos e no aquecidos, uma vez que o diagnstico do tratamento influi no prmio atribudo a essa procedncia. Outros tratamentos aplicados atualmente aos rubis com certa freqncia so a difuso qumica, preenchimento de fraturas e cavidades e o tingidura. Rubis tratados por esses processos tm valores muito abaixo dos apresentados para os aquecidos, independente de qualquer qualidade ou procedncia. O preenchimento de fraturas, muito bem aceito na esmeralda, visto com muitas ressalvas quando aplicado nos corndons (rubis e safiras