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J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia : Teorias e Aplicações à Economia B 1 MACROECONOMIA Teorias sobre a inflação

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MACROECONOMIATeorias sobre a inflação

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Nesta AulaCAPÍTULO 16 – Teorias sobre a inflação

16.1 Teoria da inflação de demanda;

16.2 A teoria da inflação de custos;

16.3 A natureza auto-eliminadora da inflação do modelo estático;

16.4 A Curva de Phillips;

16.5 Teoria monetarista da inflação;

16.6 Teoria keynesiana da inflação;

16.7 Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio;

16.8 O regime de metas inflacionárias.

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3

• As causas da inflação variam de país para país e para um mesmo país as causas de inflação variam ao longo do tempo.

• Não obstante, essas causas podem ser explicadas por algumas teorias gerais sobre o processo inflacionário.

Introdução

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4

• Inflação de demanda é o aumento geral de preços causado por um deslocamento ascendente (isto é, para a direita) da curva de demanda agregada.

• Este deslocamento causa um excesso de demanda agregada no nível de preço previamente existente, levando ao aumento de preços (que é a inflação).

Teoria da inflação de demanda

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5

Gastos do Governo

ou

Alíquotas de impostos

ou

Propensão marginal a poupar

Desloca IS para direita

Desloca DA para direita

Produto Ofertado (y0) <

Produto Demandado (y1)

(excesso de demanda agregada)

Preço

Teoria da inflação de demandaD0

D0S0

S0

P

P0

y0 y1 y

Oferta e demanda agregada.E F

I0

L0

I1

S1S0

r

r0

y0 y1 y

Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.

E

FM0

r1

Equilíbrio no mercado de trabalho.

N0

W0

N

Wj(P0, N)

P0f(N)

E

D1

D1

P2

G

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6

Preço

Valor real dos ativos possuídos pelo setor privado

Consumo do setor privado

Exportações reais

Importações reais

Desloca IS para esquerda.

Teoria da inflação de demandaD0

D0S0

S0

P

P0

y0 y1 y

Oferta e demanda agregada.E F

I0

L0

I1

S1S0 S2

r

r0

y0 y1 y

Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.

E

FM0

I2

r1

Equilíbrio no mercado de trabalho.

N0

W0

N

Wj(P0, N)

P0f(N)

E

D1

D1

P2

G

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7

Preço

Oferta real de moeda

Desloca LM para esquerda.

Teoria da inflação de demandaD0

D0S0

S0

P

P0

y0 y1 y

Oferta e demanda agregada.E F

I0

L0

I1

S1S0 S2

r

r0

r2

y0 y2 y1 y

Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.

E

GF

M0

L1

M1I2

r1

Equilíbrio no mercado de trabalho.

N0

W0

N

Wj(P0, N)

P0f(N)

E

D1

D1

P2

G

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8

Preço

Desloca a curva de demanda de trabalho pra a direita.

Desloca a curva de oferta de trabalho pra a esquerda.

Teoria da inflação de demandaD0

D0

D1

D1S0

S0

P

P0

P2

y0 y1 y

Oferta e demanda agregada.E

G

F

I0

L0

I1

S1S0 S2

r

r0

r2

y0 y2 y1 y

Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.

E

GF

M0

L1

M1I2

r1

Equilíbrio no mercado de trabalho.

N0 N2

W0

N

W2

Wj(P0, N)

j(P2, N)

P2f(N)P0f(N)

E

G

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• O produto demandado reduz de y1 para y2 (movimento ao

longo da curva D1D1) pois:

Preço Valor real dos ativos Consumo do setor privado.

Preço Exportações líquidas.

• Adicionalmente, o investimento do setor privado pode diminuir na passagem do ponto F ao ponto G se as iso–investimentos forem mais inclinadas do que as curvas LM.

Teoria da inflação de demandaD0

D0

D1

D1S0

S0

P

P0

P2

y0 y2 y1 y

Oferta e demanda agregada.E

G

F

I0

L0

I1

S1S0 S2

r

r0

r2

y0 y2 y1 y

Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.

E

GF

M0

L1

M1I2

r1

Equilíbrio no mercado de trabalho.

N0 N2

W0

N

W2

Wj(P0, N)

j(P2, N)

P2f(N)P0f(N)

E

G

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• Ao final do processo a economia atinge um novo equilíbrio interno com os valores y2 de produto, P2 de

nível geral de preços, r2 de

taxa de juros e N2 de

emprego.

• Todos esses valores são maiores do que no ponto inicial.

• A inflação de demanda é o aumento do nível geral de preços de P0 para P2.

• A taxa de inflação (em percentagem) é

Teoria da inflação de demandaD0

D0

D1

D1S0

S0

P

P0

P2

y0 y2 y1 y

Oferta e demanda agregada.E

G

F

I0

L0

I1

S1S0 S2

r

r0

r2

y0 y2 y1 y

Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.

E

GF

M0

L1

M1I2

r1

Equilíbrio no mercado de trabalho.

N0 N2

W0

N

W2

Wj(P0, N)

j(P2, N)

P2f(N)P0f(N)

E

G

.100P

PP

0

02

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• A inflação de custos é o aumento geral de preços causado por um deslocamento ascendente (isto é, para a esquerda) da curva de oferta agregada.

• Isto implicará, no nível de preços existente, uma insuficiência de oferta (a oferta é menor do que a demanda), o que causa o aumento de preços.

Teoria da inflação de custos

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• No modelo estático geral da Síntese Neoclássica, a curva de oferta agregada é obtida a partir do equilíbrio do mercado de trabalho e da função de produção.

• Logo, deslocamentos da curva de oferta agregada relacionam-se com modificações nesses dois componentes (pressões de salários e por choques de oferta).

Teoria da inflação de custos

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• Ocorrendo pressão por aumento de salários (por exemplo, os sindicatos, com apoio de um governo populista, passam a exigir aumentos de salários reais sem que tenha ocorrido aumento de produtividade).

Inflação de custos causada por pressões de salários D0

D0S0

S0

P

P0

y0 y

Oferta e demanda agregada.E

L0S0

r

r0

y0 y

Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.

E

Equilíbrio no mercado de trabalho.

M0

I0

N0

W0

N

Wj0(P0, N)

P0.f(N)

E

N1

j1(P0, N)

F

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No nível de preço P0:

• o emprego de equilíbrio passa a ser N1 e o produto ofertado passa a ser y1 (gerado em uma função de produção não desenhada).

deslocamento da curva de oferta agregada.

• surge a insuficiência de oferta agregada, que se origina da redução de oferta agregada.

P

Inflação de custos causada por pressões de salários D0

D0

S1

S1 S0

S0

P

P0

P2

y1 y0 y

Oferta e demanda agregada.F E

L0S0

r

r0

y0 y

Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.

E

Equilíbrio no mercado de trabalho.

M0

I0

N0

W0

N

Wj0(P0, N)

P0.f(N)

E

N1

j1(P0, N)

F

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15

Inflação de custos causada por pressões de salários D0

D0

S1

S1 S0

S0

P

P0

P2

y1 y0 y

Oferta e demanda agregada.F E

L0 S1S0

r

r0

y0 y

Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.

E

Equilíbrio no mercado de trabalho.

I1

M0

I0

N0

W0

N

Wj0(P0, N)

P0.f(N)

E

N1

j1(P0, N)

F

Preço: Valor real dos ativos

possuídos pelo setor privado

Consumo do setor privado

Exportações reais Importações reais

Desloca IS para esquerda.

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16

Inflação de custos causada por pressões de salários D0

D0

S1

S1 S0

S0

P

P0

P2

y1 y0 y

Oferta e demanda agregada.F E

L0 S1S0

r

r0

y2 y0 y

Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.

EG

L1

Equilíbrio no mercado de trabalho.

I1

M0

M1I0

N0

W0

N

Wj0(P0, N)

P0.f(N)

E

N1

j1(P0, N)

F

Preço: Oferta real de moeda

Desloca LM para esquerda.

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17

Inflação de custos causada por pressões de salários D0

D0

S1

S1 S0

S0

P

P0

P2

y1 y2 y0 y

Oferta e demanda agregada.F

GE

L0 S1S0

r

r0

y2 y0 y

Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.

EG

L1

Equilíbrio no mercado de trabalho.

I1

M0

M1I0

N2 N0

W0

N

Wj0(P0, N)

P2.f(N)P0.f(N)

E

G

N1

j1(P2, N)j1(P0, N)

F

Preço:

Desloca a curva de demanda de trabalho pra a direita.

Desloca a curva de oferta de trabalho pra a esquerda.

N e y deslocamento ao longo da curva S1S1.

O nível de preço subirá até P2, com a economia atingindo

o equilíbrio interno com os valores P2, y2, r0 e N2.

A inflação de custos é a alta do nível geral de preços de P0

para P2.

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Inflação de custos causada por pressões de salários

Oferta e demanda agregada.

D0

D0

S1

S1 S0

S0

P

P0

P2

y2 y0 y

F

GE

observa-se que, no caso de inflação de demanda, tem-se a elevação do produto de equilíbrio (y2 >

y0); e, no caso de inflação de custos, tem-se a

redução do produto de equilíbrio (y2 < y0).

D0

D0

D1

D1S0

S0

P

P0

P2

y0 y2 y1 y

E

G

F

Inflação de demanda Inflação de custo

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• Um choque de oferta – como uma quebra de safra agrícola – em dado ano implica que para a mesma quantidade de trabalho, o PIB é menor, ou seja, a função de produção tem sua curva deslocada para baixo.

• Para um nível de preço P0, que estabelece o nível de emprego de equilíbrio N0, ocorre y.

• Como o preço permanece em P0, a curva de oferta agregada do produto desloca-se para a esquerda.

Inflação de custos causada por choques de oferta

j(P0, N)

P0.f(N)

N0

W0

N

W

Equilíbrio no mercado de trabalho.

y0(N, K)

N0

y1

N

y

Função de produção.

y0

y1(N, K)

y0 y

P

Oferta agregada.P0

y1

S0

S0

S1

S1

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20

• No caso mostrado anteriormente, supõe-se que a produtividade marginal do trabalho permaneceu constante.

• Essa hipótese pode ser suprimida. • Até agora estivemos, no modelo da Síntese

Neoclássica, usado a função de produção y = y(N,K), incluindo em K os fatores que compõem o capital fixo e as matérias-primas. Pode-se, agora, deixar explícitas as matérias-primas.

Inflação de custos causada por choques de oferta

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21

Inflação de custos causada por choques de oferta

• Para uma firma i, tem-se:

em que:

Ni = quantidade de trabalho;

MNi = matéria-prima nacional = MN(qi) sendo um valor fixo

e igual a bi (que é o inverso da produtividade física marginal da

matéria-prima nacional).

MEi = matéria-prima estrangeira = ME(qi) sendo um valor

fixo e igual a di (que é o inverso da produtividade física

marginal da matéria-prima estrangeira).

Ki = capital fixo (instalações e equipamentos).

iiEiNii K,M,M,Nqq

i

Ni

q

M

i

Ei

q

M

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22

Inflação de custos causada por choques de oferta

• Função de produção:

iiEiNii K,M,M,Nqq

qi

Ni

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23

Inflação de custos causada por choques de oferta

O acréscimo de receita da firma i ao empregar Ni de trabalho adicional é:

PNPMgTRT iii

O acréscimo de custos é:

iEEiNNii MPMPNWC Sabe-se que:

iiiii

i

i

iNi

i

iNiN NPMgTbN

N

q

q

Mq

q

MM

e

iiiii

i

i

Ei

i

EiE NPMgTdN

N

q

q

Mq

q

MM ii

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24

Inflação de custos causada por choques de oferta

PNPMgTRT iii iEEiNNii MPMPNWC

iiiii

i

i

iNi

i

iNiN NPMgTbN

N

q

q

Mq

q

MM

iiiii

i

i

Ei

i

E

iE NPMgTdNN

q

q

Mq

q

MM ii

Logo:

iiiEiiiNii NPMgTdPNPMgTbPNWC

iiiEiiNi NPMgTdPPMgTbPWC

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25

Inflação de custos causada por choques de oferta

PNPMgTRT iii

iiiEiiNi NPMgTdPPMgTbPWC

A firma i maximiza lucros quando: ii CRT

WPMgTdPPMgTbPPMgTP iiEiiNi

WP

Pd

P

Pb1PMgTP E

iN

ii

iiiEiiNii NPMgTdPPMgTbPWNPMgTP

Logo:

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26

Inflação de custos causada por choques de oferta

WP

Pd

P

Pb1PMgTP E

iN

ii

• A expressão dá o salário que a firma i pode oferecer a cada quantidade de trabalho, que define PMgTi.

• Portanto, a expressão dá a nova curva de demanda de trabalho para uma firma i.

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27

Inflação de custos causada por choques de oferta

WP

Pd

P

Pb1PMgTP E

iN

ii

• Somando todas as curvas de demanda de trabalho referentes a todas as firmas, obtém-se a curva de demanda de trabalho para toda a economia, cuja expressão geral é:

WP

Pd

P

Pb1TPMP EN

g

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28

Inflação de custos causada por choques de oferta

W

N

TPMPP

Pd

P

Pb1 g

EN

Curva de demanda de trabalho para toda a economia.

WTPMN g consideramos que a economia opera no estágio II da função de produção

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29

Inflação de custos causada por choques de oferta

W

N

TPMPP

Pd

P

Pb1 g

EN

Curva de demanda de trabalho para toda a economia.

a curva de demanda de trabalho desloca-se para a esquerda

P

PN

P

PE

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30

Inflação de custos causada por choques de oferta

Quebra de safra (PN)ou

Choque do petróleo (PE)

j(P0, N)

P0.f0(N)

N0N1 N

WEquilíbrio no mercado de trabalho.

P0.f 1(N)

y(N, K)

N0

y1

N

y

Função de produção.

y0

N1

y0 y

P

Curva de oferta agregada.

y1

S0

S0

S1

S1

y

P0

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Inflação de custos causada por choques de oferta

• Apesar de elaboradas nas décadas de 1950 e 1960, as teorias da inflação de demanda e de custo ainda são muito válidas para explicar o comportamento de preços na economia brasileira no primeiro qüinqüênio do século 21.

• Em 2004, o Brasil teve crescimento de 5,2% no PIB real e inflação de 7,6% medida pelo IPCA (indicador oficial de inflação).

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32

Inflação de custos causada por choques de oferta

• Grande crescimento das exportações, o que deslocou a curva IS para a direita e, consequentemente, deslocou a curva de demanda agregada para a direita;

D2003

y

P

PIB2003

D2004

S2003

P2003E

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33

Inflação de custos causada por choques de oferta

• Aumento dos preços internacionais do petróleo e dos preços domésticos de alguns serviços outrora controlados pelo Estado (tais como as tarifas de telecomunicações, energia e pedágios, por exemplo).

PIB2004

D2003

F

y

P

PIB2003

D2004

S2003

S2004

P2004

P2003E

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34

• Inflação de demanda Deslocamento (para cima) da curva de demanda agregada

A natureza auto-eliminadora da inflação do modelo geral da Síntese Neoclássica

Excesso de demanda agregada

• Inflação de custos Deslocamento (para cima) da curva de oferta agregada

InflaçãoInflação

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35

A natureza auto-eliminadora da inflação do modelo geral da Síntese Neoclássica

Oferta e demanda agregada.

D0

D0

S1

S1 S0

S0

P

P0

P2

y2 y0 y

F

GE

• Ao atingir o novo equilíbrio da economia, a inflação será eliminada.

• Ou seja, na passagem do ponto de equilíbrio E, de coordenadas (y0,

P0), para o ponto G, de coordenadas (y2, P2), tem-se inflação. Mas

no ponto (y2, P2) não temos mais inflação.

D0

D0

D1

D1S0

S0

P

P0

P2

y0 y2 y1 y

E

G

F

Inflação de demanda Inflação de custo

y1

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36

A natureza auto-eliminadora da inflação do modelo geral da Síntese Neoclássica

Oferta e demanda agregada.

D0

D0

S1

S1 S0

S0

P

P0

P2

y2 y0 y

F

GE

• No entanto, essa natureza auto-eliminadora da inflação não ocorre se considerarmos a espiral preço-salário e se o governo sancionar a inflação através de outros mecanismos de indexação (tais como a política de correção cambial e de preços contratados e corrigidos pela inflação passada).

D0

D0

D1

D1S0

S0

P

P0

P2

y0 y2 y1 y

E

G

F

Inflação de demanda Inflação de custo

y1

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37

A natureza auto-eliminadora da inflação do modelo geral da Síntese Neoclássica

Oferta e demanda agregada.

D0

D0

S1

S1 S0

S0

P

P0

P2

y2 y0 y

F

GE

• Para analisar esses fenômenos, começamos pelo estudo mais detalhado das curvas de Phillips original e modificada, das quais se originou a espiral preço-salário, que é um dos mecanismos de indexação da economia.

D0

D0

D1

D1S0

S0

P

P0

P2

y0 y2 y1 y

E

G

F

Inflação de demanda Inflação de custo

y1

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38

• Considere o mercado de trabalho do modelo estático geral da Síntese Neoclássica:

A Curva de Phillips

• O excesso de demanda de trabalho levaria o salário a subir.

j(P0, N)

P0.f(N)W1

W

NS1 ND

1 N

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39

• Considere o mercado de trabalho do modelo estático geral da Síntese Neoclássica

A Curva de Phillips

• A taxa de crescimento do salário depende da magnitude do excesso de demanda de trabalho.

j(P0, N)

P0.f(N)W1

W

NS1 ND

1 N

SD NNfW

WW

0f

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40

A Curva de Phillips

• Seja a taxa de desemprego. Quanto maior for a taxa de desemprego, maior será (NS – ND) e, portanto, menor será o crescimento dos salários. Logo:

SD NNfW

WW

0f

DS NNW

WW

l 0l

gNNW DSl 0W

g

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41

A Curva de Phillips

• A curva original de Phillips:

gNNW DSl 0W

g

W

0100

Limite institucional

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42

A Curva de Phillips

• Quando a inflação vem persistindo por vários períodos de tempo, os trabalhadores procuram aumentar os salários nominais, considerando não apenas a taxa de desemprego, mas também o aumento esperado dos preços.

• Pode-se, assim, definir:

gNNW DSl 0W

g

e

ttt P,gW

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43

A Curva de Phillips

e

ttt P,gW

0W

t

t

0

P

We

t

t

Supondo que os trabalhadores adotem as expectativas extrapolativas em suas previsões de preços:

1ttt PhW

O coeficiente mede a sensibilidade da taxa de crescimento dos salários nominais demandados frente à taxa de aumentos de preços.

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44

A Curva de Phillips

e

ttt P,gW

0W

t

t

0

P

We

t

t

Supondo que os trabalhadores adotem as expectativas extrapolativas em suas previsões de preços:

1ttt PhW

Supõe-se que 0 < < 1, ou seja, não há indexação perfeita dos salários à inflação passada.

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45

A Curva de Phillips

Efeitos dos aumentos dos salários nominais sobre a taxa de inflação.

Considerando uma função de produção geral:

y = y(N, MP, K)

em que N = quantidade de trabalho; MP = matéria-prima (nacional e importada); e, K = estoque de capital.

O custo total é:

tttMttt KcMPPNWCTt

Custo de cada unidade de capital fixo

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46

A Curva de Phillips

O custo unitário é .

Dividindo ambos os membros da expressão por yt, tem-se:

tttMttt KcMPPNWCTt

t

tt y

CTCu

t

t

t

t

t

M

t

t

tt

Ky

c

MPy

P

Ny

WCu t

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47

A Curva de Phillips

A partir da equação, obtém-se:

t

t

t

t

t

M

t

t

tt

Ky

c

MPy

P

Ny

WCu t

t

t

t

t

M

t

M

t

t

tt Cu

Kyc

K

yc

Cu

MPy

P

MP

yP

Cu

NyW

N

yWCu

t

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48

A Curva de Phillips

Considere que o preço seja: Pt = mtCut , em que m é (1 + margem de lucro bruta). Tomando o logaritmo neperiano dessa expressão e diferenciando o resultado em relação ao tempo, tem-se: .Supondo a margem de lucro ser fixa, tem-se: . Logo:

t

t

t

t

M

t

M

t

t

tt Cu

Kyc

K

yc

Cu

MPy

P

MP

yP

Cu

NyW

N

yWCu

t

ttt CumP

0m t

tt PCu

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49

A Curva de Phillips

at

t

t

t

t

M

t

M

t

t

tt Cu

Kyc

K

yc

Cu

MPy

P

MP

yP

Cu

NyW

N

yWP

t

0 < at< 1

Et

t

t

ttt EN

yWaP

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50

A Curva de Phillips

Mostra os determinantes da taxa de inflação.

Entre esses determinantes está a taxa de crescimento dos salários

nominais.

t

t

ttt EN

yWaP

1ttt PhW

Mostra os determinantes da taxa de crescimento dos

salários nominais.

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51

A Curva de Phillips

t

t

ttt EN

yWaP

1ttt PhW

Mostram a espiral preço-salário.

0W0P0W0P0P 2t1t1ttMP t

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52

A Curva de Phillips

t

t

ttt EN

yWaP

1ttt PhW

• Ainda que o aumento de salário nominal não seja a causa básica do aumento de preços, ele permite a perpetuação da inflação.

• Portanto, a espiral preço-salário é um mecanismo de indexação da economia.

0W0P0W0P0P 2t1t1ttMP t

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53

A Curva de Phillips

t

t

ttt EN

yWaP

1ttt PhW

Curva de Phillips original no curto prazo, com inclinação h’(t).

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54

A Curva de Phillips

t

t

ttt EN

yWaP

1ttt PhW

t

t

1tttt EN

yPhaP

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55

A Curva de Phillips

• Considere que , sendo > .

• Esta hipótese implica um sistema de indexação de preços mais veloz do que a correção dos salários pela inflação passada.

t

t

1tttt EN

yPhaP

1tt PP

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56

A Curva de Phillips

t

t

1tttt EN

yPhaP

1tt PP

t

t

1ttt1t EN

yPhaP

t

t

t1t

t a

E

N

yhP

a

tt

t

tt

t

t1t

a

E

N

y

a

ah

a

aP

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57

A Curva de Phillips

tt

t

tt

t

t1t

a

E

N

y

a

ah

a

aP

1ttt PhW

tt

t

tt

t

ttt

a

E

N

y

a

ah

a

ahW

tt

t

tt

t

ta

E

N

y

a

ah

aW

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58

A Curva de Phillips

tt

t

tt

t

ta

E

N

y

a

ah

aW

Curva de Phillips original no longo prazo, incluindo a espiral preço-salário.

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59

A Curva de Phillips

tt

t

tt

t

ta

E

N

y

a

ah

aW

Curva de Phillips

h

at

h

Lo

ng

o P

razo

Inclinação

Cu

rto

Pra

zo

1ttt PhW

Como

ta

hh

a t

> 1, tem-se

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60

A Curva de Phillips

Curvas de Phillips originais de curto e longo prazo

• Se a política econômica reduzir a taxa de desemprego para 1, ocorrerá a passagem, no curto prazo, para o ponto B (deslocamento ao longo de uma Curva de Phillips de curto prazo). 1

W

curva de curto prazo

A

B

0

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61

A Curva de Phillips

Curvas de Phillips originais de curto e longo prazo

• Mas, devido à espiral preço-salário, passa-se no longo prazo ao ponto C, com o deslocamento para cima da Curva de Phillips de curto prazo.

1

W

curva de curto prazo

curva de curto prazo

A

B

C

0

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62

A Curva de Phillips

Curvas de Phillips originais de curto e longo prazo

• Assim, pode-se unir pontos como A e C e desenhar uma Curva de Phillips de longo prazo, que é mais inclinada que as Curvas de Phillips de curto prazo.

1

W

curva de curto prazo

curva de curto prazo

curva de longo prazo

A

B

C

0

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63

A Curva de Phillips

t

t

ttt EN

yWaP

1ttt PhW

• As expressões acima, válidas para o curto prazo,

mostram que cada taxa de desemprego fornece um

valor de para o curto prazo.

• Assim, para diminuir a taxa de inflação em certo nível,

dado nível de desemprego deverá ser atingido.

A Curva de Phillips permite a intuição de um aspecto significativo na formulação da política econômica.

tt PeW

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64

• Para os monetaristas, a causa da inflação é sempre o excesso de demanda agregada. Os monetaristas só observam a existência da inflação da demanda.

• Esse excesso de demanda agregada é causado pelos déficits orçamentários do governo, que são financiados pela emissão de moedas.

Teoria monetarista da inflação

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65

• Os primeiros monetaristas tomaram a seguinte condição de equilíbrio no mercado monetário (para demanda e oferta de moeda inelásticas a variações na taxa de juros):

em que: M = estoque de moeda; V = velocidade de circulação da moeda; P = nível geral de preços; e, y = nível de renda real.

Teoria monetarista da inflação

yPVM

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66

• É possível mostrar* que no modelo IS/LM a especificação da equação acima para o equilíbrio no mercado monetário implica a curva de demanda agregada se deslocar apenas quando M se modifica. Assim:

• Quanto mais a economia operar próxima a sua capacidade de produção, maior será o aumento de P em relação ao aumento de y.

Teoria monetarista da inflação

yPVM

Déficit orçamentário do governo

M Deslocamento da curva de demanda

agregada para cima

*BRANSON; LITVACK, 1978, p.302-305

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67

• Para essa equação ser válida, segundo o modelo de demanda de moeda de Friedman, deve-se considerar que:

1. a relação entre a demanda de saldos reais de moeda e a renda real não tem uma tendência definida no tempo, dependendo da taxa de juros e da taxa de inflação;

2. a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros é zero;

3. não ocorre inflação na economia ou a taxa de inflação é muito pequena, de modo que não afeta a demanda de moeda;

4. a oferta de moeda independe da taxa de juros; e,5. o mercado monetário está em equilíbrio.

Teoria monetarista da inflação

yPVM

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68

Considerando

Teoria monetarista da inflação

yPVM

yPVM

VyMP

yMP0V

• Tomando o logaritmo neperiano da expressão e derivando a expressão resultante em relação ao tempo, encontra-se:

Considerando Pleno Emprego

MP0y

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69

Teoria monetarista da inflação

• Com base na equação acima, pode-se afirmar que déficits orçamentários financiados pela expansão de moeda causarão taxa de inflação igual à taxa de crescimento da quantidade de moeda.

• Assim, para os monetaristas mais recentes, um déficit público financiado pela expansão de moeda manual (via ampliação da base monetária), ou por títulos públicos de alta liquidez, gera expansão dos meios de pagamento, causando inflação.

MP

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70

Teoria monetarista da inflação

• Na visão dos monetaristas, a inflação é um fenômeno apenas monetário, de modo que altas taxas sustentadas de crescimento monetário produzem altas taxas de inflação.

• Assim, para os monetaristas, o combate à inflação passa pela redução da taxa de crescimento da quantidade de moeda.– Esta se torna possível com a redução do

déficit do governo.

MP

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71

Teoria monetarista da inflação

• Em resumo, os autores monetaristas têm o seguinte esquema de raciocínio:

Déficits Governamentais

Expansão Monetária

Inflação

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72

Teoria monetarista da inflação

• Há coincidência nas conclusões dos monetaristas, do modelo clássico, do modelo com influência dos novos clássicos, do modelo com influência dos novos keynesianos (esses três últimos são parte da Síntese Neoclássica) e do modelo de Lucas quanto ao efeito da expansão monetária apenas causando inflação no longo prazo.

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73

Teoria monetarista da inflação

• No entanto, a argumentação da teoria monetarista sobre as causas da inflação sofre, no mínimo, três críticas:

1. Os monetaristas só observam a expansão monetária como causadora da inflação, enquanto os outros modelos também consideram outras causas para a inflação;

2. Os monetaristas consideram a velocidade de circulação da moeda como sendo constante no longo prazo, o que não tem sido observado; e

3. Os monetaristas apenas vêem uma relação causal unidirecional do déficit público causando a inflação, e não o inverso.

• Essas duas últimas críticas são melhor tratadas a seguir.

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74

Teoria monetarista da inflação

• As experiências internacionais revisadas por DORNBUSCH & FISHER não indicam que a velocidade de circulação da moeda seja constante no longo prazo.

• Segundo Stiglitz & Greenwald:

Fonte: Stiglitz & Geenwald (2004).

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75

Teoria monetarista da inflação

• As experiências internacionais revisadas por DORNBUSCH & FISHER não indicam que a velocidade de circulação da moeda seja constante no longo prazo.

• Assim, não se observa, mesmo estando o produto em equilíbrio a longo prazo, a igualdade entre a taxa de crescimento da quantidade de moeda e a taxa de inflação.

taxa de juros real velocidade de circulação da moeda.

ágil é o sistema financeiro velocidade de circulação

da moeda.

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76

Teoria monetarista da inflação

• Alguns autores argumentam que se o déficit público financiado pela expansão monetária gerar inflação, esta levará à corrosão dos valores reais de impostos arrecadados, gerando aumento do déficit público.

–Devido a defasagem no tempo entre o fato gerador do imposto e o efetivo recolhimento do

imposto aos cofres públicos.

taxa de inflação velocidade valor real recebido pelo governo para cada montante nominal de impostos devidos

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77

Teoria monetarista da inflação

• Efeito Tanzi-Oliveira:

Déficits Público

Expansão Monetária

Inflação

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78

Teoria monetarista da inflação

• Legado da teoria da inflação dos monetaristas:

O déficit público financiado pela expansão monetária causa inflação no curto e no longo

prazo.

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79

Teoria keynesiana da inflação

• Para a teoria keynesiana, o nível de preços não é determinado pela quantidade de moeda que existe na economia, mas sim pelos custos de produção.

• Os custos de produção são influenciados pelo comportamento dos salários, da taxa de câmbio e dos preços dos bens intermediários nacionais e importados.

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80

Teoria keynesiana da inflação

• excesso de demanda e/ou• choques de oferta

Aumento dos custos de produção

Gera aumentos dos preços dos bens e serviços

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81

Teoria keynesiana da inflação

• O déficit público é um dos mecanismos que geram excesso de demanda agregada.

• Esta só causa inflação se ocorrer aumentos de salários (que causam aumentos de custo de produção).

• Portanto, para a teria keynesiana, o déficit público poderá ser uma das causas da inflação, mas não a sua única causa, como afirmam os monetaristas.

• Além disso, o déficit público, segundo os autores keynesianos, causa inflação ao elevar os custos de produção e não porque o déficit público vem acompanhado de uma expansão monetária.

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Teoria keynesiana da inflação

• excesso de demanda e/ou• choques de oferta

Aumento dos custos de produção

Define um patamar de inflação

A teoria keynesiana da inflação pode ser expandida para incluir a indexação, criando a teoria keynesiana-inercialista da inflação:

Indexação

Perpetua o patamar de inflação

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83

Teoria keynesiana da inflação

Inflação do mês atual

Em uma economia perfeitamente indexada:

Inflação do mês passado

Efeitos do nível

de atividade

Efeitos dos

choques de oferta

= + +

Nessa interpretação keynesiana-inercialista, a inflação pode comportar-se como uma escada:

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84

Teoria keynesiana da inflação

Evolução da taxa mensal média da inflação no Brasil (em %)

22,4624,58

29,04

35,13

43,24

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

1° sem 92 2° sem 92 1° sem 93 2° sem 93 1º sem 94

trimestre

taxa

de

infla

ção

men

sal

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85

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• DORNBUSCH & FISCHER desenvolveram um modelo em que o produto ofertado e o produto demandado são colocados em função da taxa de inflação e não do nível de preço (Pt).

• Segundo DORNBUSCH & FISCHER, o produto demandado é determinado pela política fiscal, pelo valor dos saldos monetários reais e pela taxa de inflação esperada. Adiciona-se a essa argumentação os efeitos das transações externas, que são afetadas pela taxa de câmbio real.

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86

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• Expressão do produto demandado em função da taxa de inflação:

t

e

tttt ZPPMfy

, , e são coeficientes (parâmetros) com valores positivos.

ft é uma variável que mede a variação na política fiscal.

é a variação nos saldos monetários reais. Esta variação é medida pela diferença entre a taxa de crescimento da quantidade de moeda e a taxa de inflação .

Zt é a variável que mede a variação na taxa de câmbio real. ( taxa de câmbio real exportações líquidas PIB)

tt PM

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87

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• Expressão do produto demandado em função da taxa de inflação:

t

e

tttt ZPPMfy

Sendo y = yt – yt–1, tem-se:

t

e

tttt1t ZPPMfyy

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88

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

Considere que no curto prazo tem-se :

t

e

tttt1t ZPPMfyy

1t

e

t PP

t1tttt1tt ZPPMfyy

t1tt1tttt ZPfyy1

MP

Curva de demanda agregada

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89

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• A equação do produto ofertado em função da taxa de inflação é :

EN

yPhaP

t

1tttt

Considerando que = 1 e :

EPha P 1tttt

0N

y

t

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90

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• Sabe-se que , e, de outro lado, a Lei de Okun estabelece uma relação entre a taxa de desemprego e o hiato do produto, então:

EPha P 1tttt

Ε Pa ypyηP 1tttt

tP

Curva de oferta agregada no curto prazo

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91

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• O aumento do produto ofertado (yt) está associado a um aumento da taxa de inflação.

P

P0

y0y

OACP

DAD

Determinação da taxa de inflação e do produto no curto prazo.

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92

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• Resumo do modelo de curto prazo:

Ε Pa ypyηP 1tttt

Equação de oferta agregada

t1tt1tttt ZPfyy1

MP

Equação de demanda agregada

• No curto prazo, uma política fiscal expansionista (aumento de ft) ou o aumento da taxa de crescimento da quantidade de moeda ou o aumento da taxa de câmbio real desloca a curva de demanda agregada para a direita.

• Há um aumento do produto de equilíbrio e da taxa de inflação

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93

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• Resumo do modelo de curto prazo:

Ε Pa ypyηP 1tttt

Equação de oferta agregada

t1tt1tttt ZPfyy1

MP

Equação de demanda agregada

• Um aumento da taxa de crescimento do preço matéria-prima aumenta o valor de E, deslocando a curva de oferta agregada para a esquerda.

• Há um aumento da taxa de inflação e redução do produto de equilíbrio

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Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

P

P0

y0y

OACP

DAD1DAD

P1

y1

FG

P

P0

y0 y

OACP

DAD

A

P2

y2

OACP

B

Efeitos de política fiscal e/ou monetária expansionista no curto

prazo.

Efeito, no curto prazo, de uma alta no preço de matérias-primas.

Situações de curto prazo.

• O aumento da taxa de inflação forçará, no momento seguinte, o deslocamento da curva de demanda agregada para a direita e da curva de oferta agregada para a esquerda.

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95

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

Ajustamento, no longo prazo, a um aumento na taxa de crescimento da quantidade de moeda.

Política monetária expansionista

• Elevação da taxa de inflação desloca as curvas de demanda e oferta agregada.

• novo deslocamento das curvas de oferta e demanda agregada, estabelecendo novo ponto de equilíbrio.

y0 y1y3 y2 y

E0

E1

E2

E3

DAD0

DAD1

DAD2

DAD3

OACP0

OACP2

OACP3

P0

P1

P2

P3

P

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96

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

Ajustamento, no longo prazo, a um aumento na taxa de crescimento da quantidade de moeda.

E este processo continua

sucessivamente, até termos atingido

o equilíbrio de longo prazo.

y0 y1y3 y2 y

E0

E1

E2

E3

DAD0

DAD1

DAD2

DAD3

OACP0

OACP2

OACP3

P0

P1

P2

P3

P

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Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• Caso o nível de produto y0 fosse o de pleno emprego, a partir de algum momento o deslocamento da curva de oferta agregada para a esquerda seria em maior intensidade do que o deslocamento da curva de demanda agregada para a direita e a tendência seria a economia se equilibrar, no longo prazo, no nível y0 de produto e uma taxa de inflação fixa.

Ajustamento, no longo prazo, a um aumento na taxa de crescimento da quantidade de moeda.

y0 y1y3 y2 y

E0

E1

E2

E3

DAD0

DAD1

DAD2

DAD3

OACP0

OACP2

OACP3

P0

P1

P2

P3

P

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98

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• O equilíbrio de longo prazo é um estado estacionário em que o produto e a taxa de inflação são estáveis.

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99

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• No longo prazo tem-se

• No longo prazo tem-se yt = yp, E = 0. Assim, no longo prazo a equação de oferta agregada passa a ser:

e

ttt PPa

ΕypyηPP t

e

tt

e

tt PP

Ε Pa ypyηP 1tttt

Equação de oferta agregada no curto prazo

Curva de oferta agregada no longo prazo

(Reta vertical)

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100

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• No longo prazo tem-se yt = yt-1 = yp e e

1t

e

tt PPP

Equação de demanda agregada

no curto prazo

Taxa de inflação de equilíbrio no longo prazo

t1tt1tttt ZPfyy1

MP

ttttt ZfMPP

tttt Zf MP

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101

Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• Se ocorrer um aumento da taxa de crescimento da quantidade de moeda, isto elevará a taxa de inflação, permanecendo o produto no nível de pleno emprego.

tttt Zf MP

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Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio

• No caso de = 0 e de ocorrer estabilidade nos valores das variáveis fiscais (tal que ft = 0 ) e de estabilidade do valor da taxa de câmbio real:• a taxa de inflação no longo prazo será a taxa

de crescimento da quantidade de moeda, pois:

t

e

tt MPP

tttt Zf MP

e

tt PP

t

e

t MP

Argumentação monetarista

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Referências Bibliográficas

• BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira. Campinas: Alínea, 2006

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• MANKIW, N.G. Macroeconomia: Rio de Janeiro: LTC, 2004. • SACHS. J.D.; LARRAIN, F.B. Macroeconomia. São Paulo: Makron

Books, 1995