8

Bacia de Campos 13 08 2013

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Aniversário 36 anos

Citation preview

Page 1: Bacia de Campos 13 08 2013
Page 2: Bacia de Campos 13 08 2013

2 Bacia de Campos MACAÉ, TERÇA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2013

Bacia de Campos - EXPEDIENTE - JORNAL BACIA DE CAMPOS É UMA PUBLICAÇÃO ANUAL • Propriedade: EJORAN - Editora de Jornais, Revistas e Agências de Notícias • Sede e Parque Gráfico Próprios. Rua: Benedito Peixoto, 90 Centro Macaé/RJ Tel. (22) 2106-6060 - CNPJ: 29699.626/0001-10 • Registrado na forma da lei • Diretor Presidente: Oscar Pires • Editor: Márcio Siqueira ([email protected]) • Jornalista: Márcio Siqueira ([email protected]) • Publicidade - Juana Lima ([email protected]), Ulisses Machado ([email protected]), Ricardo Xavier ([email protected]) • Edição Gráfica: Weberth Freitas ([email protected])• Fotos: Wanderley Gil ([email protected]) • Acesse: www.odebateon.com.br • E-Mail: [email protected] • A direção de O DEBATE não se responsabiliza e nem endossa os conceitos emitidos por seus colaboradores em ações ou artigos assinados, sendo de total responsabilidade do autor. • Filiado à ADJORI - RJ Associação dos Diretores de Jornais do Estado do Rio de Janeiro e à ADI Brasil • ANJ Associação Nacional de Jornais.

Bacia de Campos potencial que transformou Macaé e o paísBerço de mais de 80% da exploração do petróleo nacional, a região marítima sedimentar é responsável por colocar o Brasil, e a Capital Nacional do Petróleo, em evidência no mundoMárcio [email protected]

Muito além do que uma região destinada à realização de uma

das atividades mais complexas e fundamentais ao equilíbrio econômico do mundo, a Bacia de Campos é, sem dúvidas, a fonte das riquezas que colocam o Brasil em evidência. Berço desse potencial, o estado do Rio de Janeiro e Macaé viveram uma verdadeira transformação que ainda perdura, mesmo pas-sados 36 anos da descobertas e da extração dos primeiros litros do ouro negro brasileiro.

No dia 13 de agosto de 1977 foi iniciado o processo responsável por mudar os rumos da econo-mia nacional, colocando Macaé no centro do turbilhão de ativi-dades, as quais fizeram com que a cidade fosse transformada na Capital Nacional do Petróleo.

Há exatamente 35 anos a Pe-trobras iniciava a exploração na Bacia de Campos, que ainda possui as maiores reservas de petróleo do país, de onde são extraídos mais de 80% de todo óleo bruto e gás natural produ-zido pelo país.

O início das atividades pe-trolíferas no litoral norte do Estado se deu após a des-coberta de acúmulo de óleo em um reservatório marinho nomeado Campo de Garou-pa, em 1974. Três anos mais tarde, a Petrobras estabelecia nova sede administrativa em Macaé e iniciava a produção de petróleo na região. Hoje, a Bacia de Campos representa mais de 80% de toda a produ-ção nacional de petróleo.

O Sistema de Produção An-tecipada de Enchova (SPA) representou, para a Petrobras, o primeiro marco tecnológico

ACERVO MEMÓRIA PETROBRAS/LUIZ ROBERTO PAOLIELLO LEYRAUD

Navio sonda Petrobras II, primeiro navio de propriedade da Petrobras que atuou na busca por petróleo na Bacia de Campos. Em 1977, a Bacia começou a produzir petróleo através do Sistema de Produção Antecipada (SPA), instalado sobre uma plataforma flutuante, no campo de Enchova.

da produção de petróleo em mar, num trabalho em direção a águas cada vez mais profun-das. Ao tornar possível o início da produção de óleo, enquanto eram construídas as platafor-mas fixas, que depois seriam instaladas constituindo os sis-temas definitivos, o SPA repre-sentou grande agilidade, flexibi-lidade operacional e economia para as operações no mar, já que reduziu o tempo gasto entre a descoberta de petróleo e o iní-cio da produção comercial.

No mesmo ano em que se iniciava a produção de pe-tróleo na Bacia de Campos, o Governo Federal encontrava,

em Macaé, as condições favo-ráveis para receber as insta-lações da base administrativa da Petrobras. A primeira sede instalada é a que liga a Praia Campista à Imbetiba, até ho-je em atividade. Depois disso, o crescimento evidenciava a necessidade de novas ins-talações. Hoje, em Macaé, a Petrobras conta, além da sua primeira sede, com os termi-nais em Parque de Tubos e em Cabiúnas, além de prédios ad-ministrativos como no Viadu-to e em Santa Mônica.

A partir de 1977, com a che-gada da Estatal, a então Prin-cesinha do Atlântico, alcunha

carinhosamente atribuída ao município, cuja base da eco-nomia era pesqueira, estava fadada ao rótulo de Capital Nacional do Petróleo, como hoje, após 36 anos, Macaé é conhecida, por causa dos atra-tivos do ouro negro.

Passadas mais de três dé-cadas, desde a descoberta de petróleo na Bacia de Campos, a realidade de Macaé acom-panha o desenvolvimento do país, embora esbarre nas ambições de políticos e/ou burocratas de plantão que administram seus recursos.

Hoje, estimam-se que mais de 10 mil empresas do ramo de

petróleo e gás do mundo inteiro estejam com base instalada no município, o que coloca Macaé em posição para lá de favorável no que diz respeito à geração de empregos. Além disso, os re-cursos dos royalties - subsídios repassados aos municípios pro-dutores como compensação aos impactos - representam grande parte da arrecadação total de Macaé: somente neste ano, o município já recebeu mais de R$ 290 milhões em royalties, com expectativa de fechar 2013 com uma receita de R$ 500 mi-lhões, apenas com os recursos oriundos da exploração e da produção do petróleo.

Page 3: Bacia de Campos 13 08 2013

MACAÉ, TERÇA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2013 Bacia de Campos 3

Exploração em alta mantém curva de produção ascendenteCom 100 mil quilômetros quadrados, Bacia de Campos detém a produção de 86% do petróleo nacional, com potencial de crescimento

Fonte de números abundantes e berço de atividades e pesquisas

que colocam hoje a Petrobras entre as maiores empresas pe-trolíferas do mundo, a Bacia de Campos surpreende pelo seu potencial de produção já identificado, e cria ainda mais expectativa quanto ao futuro da economia nacional, já que as estimativas de exploração são ainda mais favoráveis, tanto no aproveitamento dos poços já localizados, assim como no alcance das reservas situadas no pré-sal.

Segundo dados técnicos, a Bacia de Campos é uma bacia sedimentar com aproxima-damente 100 mil quilômetros quadrados. A sua dimensão se

estende do litoral do Estado do Espírito Santo, na área de Vitória, até Arraial do Cabo, abrangendo treze municípios do litoral do Estado do Rio de Janeiro.

Estudos geológicos utili-zados pela estatal brasilei-ra apontam que a Bacia de Campos foi formada há 100 milhões de anos, a partir do processo de separação dos continentes sul-americano e africano, esta região acabou se tornando um “aterro natu-ral” formado por sedimentos despejados pelo rio Paraíba do Sul no Oceano Atlântico ao longo do tempo que, sob variados níveis de pressão e temperatura, entrariam em processo de decomposição, originando as reservas de pe-

tróleo e gás natural, dentro de rochas porosas no subsolo marinho.

Em 1974 então, a Petrobras identificou acúmulo de óleo em um reservatório marinho, o poço 1-RJS-9-A, que deu origem ao Campo de Garou-pa, situado em lâmina d’água de 100 metros.

O grande marco que trans-formaria um sonho brasileiro em realidade aconteceu no dia 13 de agosto de 1977, há 36 anos, a 124 metros de lâmina d’água, era iniciada a produ-ção de petróleo na Bacia de Campos. O poço escolhido foi o 3-EM-1-RJS, no Campo de Enchova (terceiro campo des-coberto, depois de Garoupa e Namorado), com vazão supe-rior a 10 mil barris diários de

óleo, através do Sistema de Produção Antecipada sobre a plataforma semi-submersível Sedco 135-D.

Para se ter uma ideia do po-tencial da região, em média, são produzidos na Bacia de Campos 1,7 milhão de barris de óleo e 28,5 milhões de me-tros cúbicos de gás por dia. Segundo a gerência geral da Unidade de Operação de Ex-ploração e Produção da Bacia de Campos, os números ob-servados na BC representam mais de 86% da produção na-cional de petróleo e gás.

A partir de todo esse pro-cesso de evolução, a Bacia de Campos atrai atualmente a maior parte dos investimen-tos planejados pela Petrobras para os próximos anos, atra-

vés do desenvolvimento do Plano de Negócios para os anos de 2013-2017, onde serão aplicados cerca de US$ 236,5 bilhões em investimentos, dos quais cerca de 60% serão apli-cados na atividade de explo-ração e produção de petróleo realizadas nas unidades situa-das na camada do pós-sal.

Ao concentrar atualmente a produção de cerca de 80% de todo o petróleo gerado no Brasil atualmente, a Bacia de Campos busca dobrar a sua capacidade de produção de petróleo nos próximos anos, projeção que será alcançada através das atividades de ex-ploração de óleo bruto nas ca-madas do pré-sal, cujo pico de extração deverá ser alcançado nos próximos quatro anos.

Page 4: Bacia de Campos 13 08 2013

4 Bacia de Campos MACAÉ, TERÇA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2013

Page 5: Bacia de Campos 13 08 2013
Page 6: Bacia de Campos 13 08 2013

6 Bacia de Campos MACAÉ, TERÇA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2013

Page 7: Bacia de Campos 13 08 2013
Page 8: Bacia de Campos 13 08 2013

8 Bacia de Campos MACAÉ, TERÇA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2013