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Planejando Hoje, Construímos um Amanhã. Estudo de Caso da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler A EMPRESA A Light Solutions Ltda, é uma empresa de Consultoria e Assessoria Ambiental voltada para a solução dos mais diversos problemas, além do desenvolvimento e execução de projetos ambientais, podendo atender a empresas de pequeno a grande porte. Nossa empresa atua nos mais diversos segmentos do mercado, incluindo Indústrias, Mineradoras, Construtoras, Empreendimentos Hidrelétricos, Saneamento e Comércio em Geral. A empresa tem como foco a busca da qualidade, equilíbrio com o meio ambiente, ética e a plena satisfação de seus clientes, para isso, a Light Solutions Ltda conta com uma equipe multidisciplinar capacitada, com ampla experiência de mercado. A equipe é composta por um Técnico Químico, uma Técnica em Meio Ambiente, além de Engenheiros Ambientais em formação. Atualmente, a Light Solutions Ltda presta os seguintes serviços: Licenciamento Ambiental completo para todas as categorias supracitadas; Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde (PGRSS); Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA); Auxilia na Gestão Ambiental (ISO 14.001) e Auditorias; Realiza a construção de Planos para a Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD); Planos de Controle Ambiental (PCA); Educação Ambiental, Treinamento e Capacitação. A Light Solutions Ltda está preparada para satisfazer as suas necessidades com qualidade e comprometimento, sempre buscando o cumprimento da legislação ambiental, a preservação e a conservação do meio ambiente. Quem somos:

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Estudo de caso da bacia do rio evaldo wendler - Curitiba-Pr

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do Rio Evaldo Wendler

A EMPRESA

A Light Solutions Ltda, é uma empresa de Consultoria e Assessoria Ambiental

voltada para a solução dos mais diversos problemas, além do desenvolvimento e

execução de projetos ambientais, podendo atender a empresas de pequeno a

grande porte. Nossa empresa atua nos mais diversos segmentos do mercado,

incluindo Indústrias, Mineradoras, Construtoras, Empreendimentos Hidrelétricos,

Saneamento e Comércio em Geral.

A empresa tem como foco a busca da qualidade, equilíbrio com o meio

ambiente, ética e a plena satisfação de seus clientes, para isso, a Light Solutions

Ltda conta com uma equipe multidisciplinar capacitada, com ampla experiência de

mercado. A equipe é composta por um Técnico Químico, uma Técnica em Meio

Ambiente, além de Engenheiros Ambientais em formação.

Atualmente, a Light Solutions Ltda presta os seguintes serviços:

Licenciamento Ambiental completo para todas as categorias supracitadas;

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), Plano de

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), Plano de

Gerenciamento de Resíduos de Saúde (PGRSS);

Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA);

Auxilia na Gestão Ambiental (ISO 14.001) e Auditorias;

Realiza a construção de Planos para a Recuperação de Áreas

Degradadas (PRAD);

Planos de Controle Ambiental (PCA);

Educação Ambiental, Treinamento e Capacitação.

A Light Solutions Ltda está preparada para satisfazer as suas necessidades

com qualidade e comprometimento, sempre buscando o cumprimento da legislação

ambiental, a preservação e a conservação do meio ambiente.

Quem somos:

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Camila de Azevedo Zanella

Técnica em Meio Ambiente e Engenheira Ambiental

CREA: PR-00001/D.

Gabriel Troyan Rodrigues

Técnico em Administração de Empresas e Engenheiro

Ambiental

CREA: PR-00002/D.

João Vitor Correia

Engenheiro Ambiental

CREA: PR-00005/D.

Lucas Coletti

Engenheiro Ambiental

CREA: PR-00003/D.

Wesley de Pontes

Técnico Químico e Engenheiro Ambiental

CREA: PR-00004/D.

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RESUMO

O presente trabalho discorre sobre a caracterização da Sub-Bacia Hidrográfica Evaldo Wendler, com sua nascente localizada no Bairro Pilarzinho, no Município de Curitiba. Para tanto, foram realizadas inúmeras pesquisas a fim de caracterizar o meio natural da sub-bacia, em todos os extratos, sejam eles a atmosfera, hidrosfera, litosfera, flora e fauna da região. Para as pesquisas, foram necessárias inúmeras consultas bibliográficas, visitas ao local para a análise perceptiva além de conversas com moradores da região para chegar às conclusões expostas no trabalho. A seguir, as conclusões de cada uma das etapas foram expressas em detalhes pela equipe da Light Solutions Ltda, contendo os cálculos, análises bibliográficas e mapas representativos. Para esse tema, a equipe chegou a várias conclusões sobre o uso do solo, poluição hídrica, poluição atmosférica, determinação do tipo de clima, entre outros. Assim, a equipe pode colocar em prática toda a experiência adquirida durante o curso até o seguinte momento.

Palavras-chave: Meio natural; Sub-bacia hidrográfica; Poluição; Atmosfera; Litosfera; Hidrosfera; Flora; Fauna.

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ABSTRACT

This designe discusses about the characterization of the Sub-Basin hydrographic Evaldo Wendler, with its source located in Pilarzinho district, in Curitiba. To this end, we carried out extensive research in order to characterize the natural environment of the sub-basin, in all strata, whether the atmosphere, hydrosphere, lithosphere, plants and animals. For research, it took numerous bibliographic consultations, site visits to the perceptive analysis as well as conversations with local residents to reach conclusions in work. The following conclusions of each stage were expressed in detail by the team at Light Solutions Ltda, containing the calculations, bibliographic analysis and representative maps. For this theme, the team reached several conclusions about land use, water pollution, air pollution, determining the type of weather, among others. So the team can put into practice all the experience gained during the course to the next.

Keywords: Wild; Sub-basin; Pollution; Atmosphere; Lithosphere; Hydrosphere; plants; animals.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Classificação de Köppen-Geigeré ......................................................... 21

Figura 2 - Classificação de Köppen-Geigeré em Escala Global ............................ 21

Figura 3 - Classificação de Koppeng em Escala Estadual ..................................... 22

Figura 4 - Precipitação Acumulada Mensalmente (2004-2014) ............................. 23

Figura 5 - Temperatura e Precipitação Acumulada em Curitiba (1961-1990) ........ 24

Figura 6 - Padrões Nacionais de Qualidade do Ar ................................................. 25

Figura 7 - Estações de Monitoramento de Qualidade do Ar .................................. 27

Figura 8 - Estação Ouvidor Pardinho - PI .............................................................. 28

Figura 9 - Estação Santa Cândida – SO2 ............................................................... 28

Figura 10 - Estação Ouvidor Pardinho – SO2 ....................................................... 28

Figura 11 - Estação Ouvidor Pardinho – CO ........................................................ 28

Figura 12 - Estação Ouvidor Pardinho – NO2 ....................................................... 29

Figura 13 - Estação Ouvidor Pardinho – PTS ....................................................... 29

Figura 14 - Estação Ouvidor Pardinho – O3 ......................................................... 29

Figura 15 - Estação Santa Cândida – O3 .............................................................. 29

Figura 16 - Estação Santa Cândida – NO2 ........................................................... 30

Figura 17 - Ciclo Hidrológico ................................................................................ 32

Figura 18 - Monitoramentos da Qualidade da Água - Bacia do Rio Belém ........... 45

Figura 19 - Oito possíveis alterações na comunidade aquática. .......................... 47

Figura 20 - Instrumento de Avaliação do Índice de Atividade Antrópica ............... 49

Figura 21 - Indicador Perceptivo Para a Qualidade da Água ................................ 50

Figura 22 - Geologia do Município de Curitiba ..................................................... 58

Figura 23 - Relevo da Bacia Hidrográfica do Rio Belém ....................................... 59

Figura 24 - Extensão Média do Escoamento Superficial ...................................... 67

Figura 25 - Degradabilidade e Instabilidade das Rochas ..................................... 70

Figura 26 - Suscetibilidade a Erosão de Vários Litotipos ...................................... 71

Figura 27 - Gráfico do Coeficiente de Fournier ..................................................... 73

Figura 28 - Alturas Mensais de Precipitação ........................................................ 74

Figura 29 - Alturas Anuais de Precipitação ........................................................... 75

Figura 30 - Determinação do Potencial de Erosão ............................................... 76

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Figura 31 - Perfil Esquemático da FOM (Floresta-de-Araucária) .......................... 78

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Parâmetros Químicos da Água – Aquífero Guabirotuba (ppm). ............ 37

Tabela 2 - Enquadramento das classes segundo a destinação para águas doces 39

Tabela 3 - Critérios de Qualidade Para Águas Doces (CONAMA 357) .................. 40

Tabela 4 - Enquadramento do Rio Evaldo Wendler. ............................................... 45

Tabela 5 - Rio Evaldo Wendler – Bosque do Pilarzinho. ........................................ 52

Tabela 6 - Rio Evaldo Wendler – Nascente ............................................................ 52

Tabela 7 - Rio Evaldo Wendler – Rua Leonor Castellano ...................................... 53

Tabela 8 - Rio Evaldo Wendler – Rua Nilo Peçanha .............................................. 54

Tabela 9 - Rio Evaldo Wendler – Foz ..................................................................... 55

Tabela 10 - Nascente das Irmãs............................................................................ 55

Tabela 11 - Rio no Jardinete ................................................................................. 56

Tabela 12 - Tabela de Declividades - SBCS e Embrapa (2006) ........................... 71

Tabela 13 - Análise da Erosão Potencial ............................................................... 73

Tabela 14 - Espécies vegetais características da FOM no Estado do Paraná ...... 82

Tabela 15 - Avaliação da Conservação do Fragmento Florestal. .......................... 92

Tabela 16 - Avaliação do Parque Pilarzinho e Nascente Rio Evaldo Wendler. ..... 92

Tabela 17 - Avaliação do Fragmento Foz do Rio Evaldo Wendler. ....................... 93

Tabela 18 - Avaliação do Fragmento Rio das Irmãs.............................................. 93

Tabela 19 - Avaliação do Fragmento Rio Jardinete............................................... 94

Tabela 20 - Avaliação do Fragmento 5. ................................................................. 94

Tabela 21 - Levantamento de Fauna - Peixes ....................................................... 97

Tabela 22 - Levantamento de Fauna - Mamíferos................................................. 98

Tabela 23 - Levantamento de Fauna - Aves ......................................................... 99

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

NBR Norma Brasileira Regulamentar

a.n.m. Acima Nível do Mar

FOM Floresta Ombróla Mista

SBCS Sociedade Brasileira de Ciência do Solo

Cfb Clima Temperado Marítimo Úmido

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

PRONAR Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

IAP Instituto Ambiental do Paraná

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

STC Santa Cândida

PAR Ouvidor Pardinho

SUDERHSA Superintendência de Recursos. Hídricos e Saneamento Ambiental

VPM Valor Máximo Permitido

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LISTA DE SÍMBOLOS

% Porcento

PI Partículas inaláveis

SO2 Dióxido de Enxofre

CO Monóxido de Carbono

CO2 Dióxido de Carbono

NO Monóxido de Nitrogênio

NO2 Dióxido de Nitrogênio

O3 Ozônio

PTS Partículas Totais Suspensas

m Metro

mm Milímetro

mL Mililitro

L Litro

m3/h Metros cúbico por hora

m3/ano Metros cúbico por ano

h/dia Hora por dia

L/s.km² Litros por quilômetro quadrado segundo

mg/L Miligrama por Litro

CaCO3 Carbonato de Cálcio

pH Potencial Hidrogeniônico

ppm Parte por milhão

DBO Demanda bioquímica de oxigênio

DQO Demanda química de oxigênio

°C Graus Celsius

NH4+ Íon Amônio

N2 Gás Nitrogênio

OD Oxigênio dissolvido

km Quilômetro

km2 Quilômetro quadrado

m³/km².ano Metro cúbico por quilômetro quadrado ano

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km/km2 Quilômetro por quilômetro quadrado

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 13

1.1 EQUIPE TÉCNICA ....................................................................................... 13

2. HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA ........................ 14

1.2 MAPA DE MACROLOCALIZAÇÃO .............................................................. 15

1.3 MAPA DE MICROLOCALIZAÇÃO................................................................ 17

3. CARACTERÍSTICAS DO MEIO NATURAL ..................................................... 19

1.4 ATMOSFERA ............................................................................................... 20

1.4.1 Climatologia ...................................................................................... 20

1.4.2 Qualidade do ar ................................................................................ 24

1.5 HIDROSFERA .............................................................................................. 31

1.5.1 Ciclo das Águas ............................................................................... 31

1.5.2 Águas Subterrâneas......................................................................... 32

1.5.2.1 Disponibilidade dos Recursos Hídricos .......................................... 33

1.5.2.1.1 Aquífero ................................................................................... 34

1.5.2.2 Qualidade dos Recursos Hídricos .................................................. 36

1.5.2.2.1 Caracterização Hidroquímica .................................................. 36

1.5.2.2.2 Qualidade da Água para o Consumo Humano ........................ 36

1.5.3 Águas Superficiais ........................................................................... 38

1.5.3.1 Disponibilidade dos Recursos Hídricos .......................................... 38

1.5.3.2 Qualidade dos Recursos Hídricos .................................................. 39

1.5.3.2.1 Qualidade físico-química e bacteriológica: .............................. 40

1.5.3.2.2 Qualidade Biológica e Ecotoxicológica. ................................... 46

1.5.3.2.3 Influência Antrópica na Qualidade das Águas da Sub Bacia do

Rio Evaldo Wendler .................................................................................. 49

1.6 LITOSFERA .................................................................................................. 58

1.6.1 Geomorfologia da Bacia .................................................................. 58

1.6.2 Caracteristicas Morfométricas ........................................................ 60

1.6.2.1 Perímetro: ....................................................................................... 60

1.6.2.2 Área de drenagem total: ................................................................. 60

1.6.2.3 Comprimento axial: ......................................................................... 60

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Estudo de Caso da Bacia Hidrográfica

do Rio Evaldo Wendler

1.6.2.4 Coeficiente de compacidade: ......................................................... 61

1.6.2.5 Fator de forma: ............................................................................... 61

1.6.2.6 Declividade média da bacia: ........................................................... 62

1.6.2.7 Declividade mediana da bacia: ....................................................... 64

1.6.2.8 Comprimento Total dos Cursos d’Água: ......................................... 64

1.6.2.9 Ordem dos Cursos d’Água: ............................................................ 64

1.6.2.10 Densidade de Drenagem: ............................................................. 66

1.6.2.11 Exensão Média do Escoamento Superficial: ................................ 66

1.6.2.12 Sinuosidade: ................................................................................. 67

1.6.2.13 Declividade de Álveo: ................................................................... 68

1.6.2.14 Altitude: ........................................................................................ 68

1.6.3 Potencial Erosivo da Sub-Bacia ...................................................... 69

1.7 FLORA .......................................................................................................... 77

1.7.1 Cobertura Florestal (Quantitativo) .................................................. 78

1.7.2 Formação Potencial ......................................................................... 82

1.7.2.1 Floresta Ombrofila Mista Montana .................................................. 82

1.7.3 Riqueza e Diversidade de Espécies ................................................ 82

1.7.4 Avaliação da Conservação do Fragmento Florestal ..................... 92

1.8 FAUNA ......................................................................................................... 96

1.8.1 Levantamento da Fauna Presente na FOM .................................... 97

4. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 102

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13 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1. APRESENTAÇÃO

O trabalho apresentado a seguir visa o estudo da Bacia Hidrográfica do Rio

Evaldo Wendler, localizado na região de Curitiba. A partir de visitas técnicas que

foram realizadas no dia quatro (04) de outubro de 2015, para o conhecimento da

área e coleta de dados, para o presente estudo foram realizadas pesquisa digital e

bibliográfica, sendo definidos alguns aspectos da bacia, como: as caracacteristicas

do meio natural, tal o qual teremos o meio atmosférico, hidrológico, litosfera, flora e

fauna.

O Rio Evaldo Wendler conhecido também como Córrego dos Imigrantes,

situa-se inteiramente na região ao norte de Curitiba, sendo que grande parte se

encontra no bairro Pilarzinho. O córrego é um dos afluentes do Rio Belém,

possuindo alguns pontos gravementes afetados pela relação antrópica com o

desenvolvimento urbano.

1.1 EQUIPE TÉCNICA

A Equipe da Light Solutions conta com engenheiros especialista no estudo do

meio natural e urbano, conciliando a qualidade de vida e ambiental, rumo ao

desenvolvimento sustentável.

________________________________ ________________________________

Engª Camila de Azevedo Zanella

CREA: PR-00001/D.

Engº Gabriel Troyan Rodrigues

CREA: PR-00002/D.

________________________________ ________________________________

Engº João Vitor Correia

CREA: PR-00005/D.

Engº Lucas Coletti

CREA: PR-00003/D.

________________________________

Engº Wesley de Pontes

CREA: PR-00004/D.

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14 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

2. HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA

O Rio Evaldo Wendler é uma das Sub Bacias do Rio Belém, que por sua vez

pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Iguaçu. Este está localizado no município de

Curitiba – PR, quase que inteiramente no Bairro Pilarzinho, e com uma pequena

parte localizada no Bairro São Lourenço, totalizando uma área de 8,85 km². Esta

Sub Bacia é afluente do principal Rio do Município de Curitiba, o Belém, cujo qual

está bastante degradado devido aos despejos irregulares de esgoto, destruição da

mata ciliar e o alto índice de ocupação em suas margens. Para o Rio Evaldo

Wendler a situação não é muito diferente em alguns pontos, o que se verifica ao

longo do estudo de caso.

Durante a história do Rio Evaldo Wendler, ele já possuiu dois outros nomes, o

primeiro foi o Córrego do Pilarzinho, porém, por ter uma parte localizada no Bairro

São Lourenço decidiu-se um novo nome, Córrego dos Imigrantes, projeto de lei nº

10.581 que foi votado na Câmara Municipal de Curitiba em 2002, alterando mais

uma vez o nome do rio. Hoje, ele é chamado por Rio Evaldo Wendler, porém, ainda

podem se encontrar informações baseados nos nomes acima citados.

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15 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.2 MAPA DE MACROLOCALIZAÇÃO

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16 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

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17 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.3 MAPA DE MICROLOCALIZAÇÃO

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18 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

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19 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

3. CARACTERÍSTICAS DO MEIO NATURAL

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Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

20 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.4 ATMOSFERA

A atmosfera pode ser definida como uma camada que envolve a terra, a qual

é dividida em cinco (05) categorias, que possuem diferentes características. Essas

camadas são compostas por diversos gases, essenciais para a vida na terra.

“A existência da atmosfera é vital para a manutenção da biosfera terrestre. É

nela que se passam os fenômenos climáticos. Se não existisse essa massa gasosa,

não haveria vida na Terra, nem ocorreriam ventos, chuvas, nuvens e outros

fenômenos meteorológicos. ” (José Bueno Conti)

1.4.1 Climatologia

Climatologia pode ser definida como a ciência que estuda o clima na terra,

sendo o clima descrito como: “o ambiente atmosférico constituído pela série de

estados da atmosfera (estados de tempo) sobre um lugar em sua sucessão habitual.

” (Max Sorre). ”O clima, portanto, refere-se ás características da atmosfera, inferidas

de observações contínuas durante um longo período. ” (J.O.Ayoade)

A partir da importância e influência do clima em determinada região, foram

elaboradas diversas classificações climáticas para estudo do clima, entre elas, a

mais utilizada hoje em dia que é a Classificação de Köppen-Geigeré, estabelecida

pelo climatologista Wladimir Köppen e seu colega Rudolf Geiger, datada do século

20. A classificação mencionada é dividida em três critérios e relaciona a vegetação

típica de cada região, com sua temperatura média e precipitação, sendo a

vegetação a maior responsável pela influência nesta classificação. Cada critério é

representado por uma letra, sendo a primeira letra maiúscula que representa a

característica geral do clima, a segunda letra, minúscula ou maiúscula, descreve o

clima dentro de sua categoria e, a terceira letra, minúscula que representa

temperatura média mensal.

A 20 descreve mais detalhadamente a Classificação de Köppen-Geigeré.

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Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

21 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 1 - Classificação de Köppen-Geigeré

Fonte: SETZER (1966)

O mapa abaixo, elaborada pela Universidade de Melbourne Australia, mostra

a classificação de Köppen-Geigeré aplicada em escala global, no qual verificamos a

classificação associada a localização de cada região, assim como a vegetação típica

de cada local.

Figura 2 - Classificação de Köppen-Geigeré em Escala Global

Fonte: Universidade de Melbourne

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Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

22 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

O estado do Paraná, situado na região sul do Brasil, está compreendido entre

os paralelos de 22o30’ e 26o29’ de latitude Sul, caracteriza-se, do ponto de vista

climático, como uma região de transição entre os climas tropical quente e úmido e o

subtropical úmido, que domina, de modo geral, a região sul do país. Dando ação de

massas de ar quente e frias, em especial as massas de ar tropical marítima e polar

(MONTEIRO, 1968).

A 22 corresponde a Classificação de Koppeng em uma escala estadual.

Conclui-se pela analise da imagem que Curitiba e a bacia de estudo estão situados

na região de Clima Temperado Marítimo Úmido (Cfb). Portanto Curitiba está

localizada em uma região de clima temperado a qual justifica o primeiro critério de

sua classificação.

Figura 3 - Classificação de Koppeng em Escala Estadual

Fonte: IAPAR (2014)

Page 23: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

23 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

A 23 retirada do instituto de águas do paraná, mostra a precipitação

acumulada mensalmente de 2004 a 2014. A partir da interpretação dos dados, torna-

se pertinente relacionar a classificação de Koppeng de Curitiba com os dados da

tabela, comprovando que em Curitiba há ocorrência de precipitação em todos os

meses do ano. Assim verifica-se o segundo critério da classificação.

Cada vez é mais frequente a ocorrência de enchentes em Curitiba, isto

acontece principalmente pela interferência humana em cursos d’água, seja pela

impermeabilização do solo ou o despejo de lixo em locais inadequados. Outro fator

que influência tal acontecimento é o elevado índice de precipitações em certas

épocas do ano. A partir disso e com base nos dados representados a seguir,

verifica-se que a maior ocorrência de chuva ocorre no mês de janeiro, logo, fica

evidente que este é o mês com maior propensão a enchentes, tanto em Curitiba

como na bacia em estudo.

Figura 4 - Precipitação Acumulada Mensalmente (2004-2014)

Fonte: Instituto das Águas do Paraná (2014)

Page 24: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

24 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

A 24 a seguir expressa a temperatura e a precipitação acumulada em Curitiba

mensalmente de 1961 a 1990. Correlacionando a tabela a seguir e as características

da Classificação de Koppeng, é pertinente reafirmar que Curitiba corresponde a sua

classificação e comprovando o terceiro critério de Classificação.

Figura 5 - Temperatura e Precipitação Acumulada em Curitiba (1961-1990)

Fonte: Embrapa (2003)

1.4.2 Qualidade do ar

O estudo da qualidade do ar vem ganhando cada vez mais importância.

Através do CONAMA em 1989 foi estabelecido o PRONAR, com a função de limitar

a emissão de poluentes atmosféricos e o propósito de “permitir o desenvolvimento

econômico e social do pais de forma ambientalmente segura, pela limitação dos

níveis de emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica, com vistas á

melhora da qualidade do ar, ao atendimento dos padrões estabelecidos e o não

comprometimento da qualidade do ar nas áreas consideradas não degradadas”

(CONAMA 1989). Desta maneira foram elaborados padrões para a qualidade do ar,

de acordo com a Resolução Conama 003/1990.

Page 25: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

25 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Art. 1º - São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral.

Art. 2º - Para os efeitos desta Resolução ficam estabelecidos os seguintes conceitos:

I – Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população.

II – Padrões Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral.

A tabela 1 abaixo define os valores de padrões primários e secundários nacionais para cada poluente, a formula de cálculo para cada padrão e seu respectivo Método de Medição, com base na Resolução Conama 003/1990.

A 25 a seguir apresenta algumas características referentes aos poluentes e

partículas inaláveis encontradas na atmosfera.

Figura 6 - Padrões Nacionais de Qualidade do Ar

Fonte: PRONAR (1990)

Page 26: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

26 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Fonte: CETESB

O objetivo do controle de poluição atmosférica é baseado em três princípios

importantes: a proteção contra os comprovados impactos adversos, a prevenção

contra os possíveis impactos adversos e a motivação ética que é o prazer de viver

num ambiente limpo e saudável. (IAP 2012)

Em Curitiba e região metropolitana a um total de doze estações de

monitoramento de qualidade do ar, sendo cinco situadas em Curitiba, uma em

Colombo e outras seis em Araucária.

Page 27: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

27 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 7 - Estações de Monitoramento de Qualidade do Ar

Fonte: IAP (2012)

A partir dos dados obtidos do Instituto Ambiental do Paraná, referente ao

Relatório Anual da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba, foram

estabelecidas duas estações próximas a bacia de estudo para a análise da

qualidade do ar. As respectivas estações escolhidas foram a de Santa Cândida

(STC) e Ouvidor Pardinho (PAR). Essa duas foram escolhidas devido principalmente

a proximidade do local de estudo e maior quantidade de dados disponíveis.

Em seguida foi feito o levantamento dos seguintes poluentes: Partículas

Totais em Suspensão (PTS), Partículas inaláveis (PI), Dióxido de Enxofre (SO2),

Monóxido de Carbono (CO), Ozônio (O3), Dióxido de Nitrogênio (NO2). As imagens

a seguir mostram os valores obtidos para cada estação e poluente.

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Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

28 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 8 - Estação Ouvidor Pardinho - PI

Fonte: IAP (2012)

Figura 9 - Estação Santa Cândida – SO2

Fonte: IAP (2012)

Figura 10 - Estação Ouvidor Pardinho – SO2

Fonte: IAP (2012)

Figura 11 - Estação Ouvidor Pardinho – CO

Fonte: IAP (2012)

Page 29: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

29 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 12 - Estação Ouvidor Pardinho – NO2

Fonte: IAP (2012)

Figura 13 - Estação Ouvidor Pardinho – PTS

Fonte: IAP (2012)

Figura 14 - Estação Ouvidor Pardinho – O3

Fonte: IAP (2012)

Figura 15 - Estação Santa Cândida – O3

Fonte: IAP (2012)

Page 30: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

30 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 16 - Estação Santa Cândida – NO2

Fonte: IAP (2012)

Através da análise dos valores obtidos infere-se que os componentes PI, SO2,

CO, PTS, O3 em ambas as estações estão abaixo do padrão secundário, ou seja,

não representam risco a saúde humana, ou dano a flora e fauna. Quanto ao

poluente NO2, o mesmo ultrapassa o padrão secundário para a concentração média

por hora, porém não excede o padrão primário, isso ocorre em ambas as estações.

É pertinente afirmar que devesse tomar medidas para o controle desse poluente

antes que possa afetar a qualidade de vida da população.

Um fator importante também a ser abordado foi a impossibilidade de

determinar a concentração do poluente de fumaça, já que os dados foram

insuficientes para medir tal componente.

Page 31: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

31 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.5 HIDROSFERA

1.5.1 Ciclo das Águas

A água como a conhecemos se formou a cerca de 4,5 bilhões de anos, este

líquido é formado por um átomo de hidrogênio e dois de oxigênio. Ciclo hidrológico

ou ainda clico da água realiza a renovação da água da Terra. O ciclo tem início na

radiação solar que incide no planeta, essa energia é responsável pela

evapotranspiração dos reservatórios de água, rios e mares, assim como pela

transpiração das plantas (CETESB, 2015).

O vapor d’água transforma-se nas nuvens, as quais tem sua movimentação

influenciada pelas correntes atmosféricas e pelo movimento de rotação do planeta. A

condensação desse vapor forma a precipitação, a mesma pode ocorrer na forma de

chuva, granizo, orvalho e neve.

Quando a precipitação se choca com a terra, sucede dois processos: o

primeiro consiste no seu escoamento superficial em direção dos canais de menor

declividade, suprindo imediatamente os rios, lagos e outros, o outro a infiltração no

solo, que supri os lençóis subterrâneos (CETESB, 2015).

De todo o montante da precipitação que atinge a superfície terrestre cerca de

dois terços retornam para a atmosfera pela transpiração vegetal e por evaporação

do solo. O restante retorna aos mares por vias subsuperficiais, superficiais e

subterrâneas (REIS, 2011). Fechando-se assim o ciclo hidrológico, a Figura 1 a

seguir representa o ciclo da água.

Page 32: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

32 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 17 - Ciclo Hidrológico

Fonte: Adaptado, CETESB

1.5.2 Águas Subterrâneas

As gotículas de água que se chocam com o solo a partir das precipitações,

armazenadas nas depressões do relevo, ou escorrendo superficialmente no recorrer

dos talvegues, podendo ocorrer infiltração por ação da força de capilaridade e de

gravidade. A sua alocação será função das propriedades do subsolo, do relevo do

terreno e da ação da cobertura vegetal, configurando o que se poderia nomear de

etapa subterrânea do ciclo da água (PINTO, 1976).

As águas subterrâneas são uma opção bastante interessante para o

abastecimento, devido à grande quantidade e qualidade de seus reservatórios aliado

ainda a um custo relativamente baixo de captação, sobretudo se considerar a

situação inadequada da qualidade das águas superficiais que tem um elevado custo

de tratamento e ainda associada a escassez da mesma em algumas regiões. Desse

modo, as águas subterrâneas têm se tornado um recurso estratégico para o

desenvolvimento econômico da sociedade (CETESB, 2015).

Page 33: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

33 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.5.2.1 Disponibilidade dos Recursos Hídricos

Para a garantia da disponibilidade e qualidade da água para os usos múltiplos

dentro de uma bacia hidrográfica é necessário seguir os padrões fixados pelas

legislações citadas a seguir. A Portaria Nº 518/2004 do Ministério da Saúde que

“estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância

da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá

outras providências”. A Resolução 274/2000 do Conselho Nacional do Meio

Ambiente – CONAMA considera as questões de balneabilidade (recreação e contato

primário), classifica as águas doces, salobras e salinas em função de seus usos.

Das citadas acima a mais conhecida é sem dúvida a Resolução CONAMA 357 que

“dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu

enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de

efluentes, e dá outras providências”.

A Resolução CONAMA 357 divide a água em classes, sendo estas: especial;

classe 1; classe 2; classe 3 e classe 4.

A classe especial é referente à águas destinadas ao consumo humano com

desinfecção, à comunidades aquáticas naturais para salvaguardo de seu equilíbrio e

à unidades de conservação de proteção integral para salvaguardo dos ambientes

aquáticos (CONAMA 357).

A classe 1 é referente à águas que podem ser destinadas ao consumo

humano, depois de tratamento simplificado, para as comunidades aquáticas

propiciando sua proteção, à atividades de lazer de contato primário, à irrigação de

hortaliças e frutas de crescimento rente ao solo e à Terras Indígenas para proteção

das comunidades aquáticas nelas presentes (CONAMA 357).

A classe 2 é referente à águas que podem ser destinadas ao consumo

humano, depois de tratamento convencional, para as comunidades aquáticas

propiciando sua proteção, para atividades de lazer de contato primário, à irrigação

de hortaliças, árvores frutíferas de parques, jardins e outros, e à atividade de pesca

e aquicultura (CONAMA 357).

A classe 3 é referente à águas que podem ser destinadas ao consumo

humano, depois de tratamento convencional ou avançado, à irrigação de culturas

Page 34: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

34 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

cerealíferas, forragens e arbóreas, à pesca amadora, à recreação de contato

secundário, e a dessedentação de animais (CONAMA 357).

A classe 4 é referente às águas que podem ser destinadas à navegação e à

harmonia paisagística (CONAMA 357).

1.5.2.1.1 Aquífero

De acordo com o Instituto das Águas do Paraná (2015):

Aquífero é toda formação geológica em que a água pode ser armazenada e que possua permeabilidade suficiente para permitir que está se movimente. Vê-se, portanto, que para ser um aquífero, uma rocha ou sedimento tem que ter porosidade suficiente para armazenar água, e que estes poros ou espaços vazios tenham dimensões suficientes para permitir que a água possa passar de um lugar a outro, sob a ação de um diferencial de pressão hidrostática.

O aquífero Guabirotuba, apresentado no Mapa das Unidades Aquíferas, é do

tipo primário e abrange uma área de aproximadamente 900 km². Do ponto de vista

hidráulico, pode apresentar-se confinado, semi-confinado ou de caráter livre (IAP,

2015).

O aquífero é formado por lentes de areias arcosianas que incidem de maneira

intercalada nos depósitos pelíticos da bacia de Curitiba (argilitos e siltitos), da época

Pleistocênica. Sua porosidade é do tipo intergranular, na qual a água subterrânea

aloca-se nos poros que existem entre os grãos, tendo um bloco sedimentar com

uma espessura máxima de 80 m (SUDERHSA, 2007). Os poços perfurados no

aquífero na bacia do Rio Belém, e consequentemente na sub-bacia Rio Evaldo

Wendler, apresentam uma vazão média da ordem de 9 m³/h.

Avalia-se que o aquífero Guabirotuba tenha um potencial para produzir até

2.160 m³/h o que, em um regime de 16h/dia de bombeamento, apresenta uma

produção de aproximadamente 12.600.000 m³/ano. Sendo assim possível abastecer

uma população de aproximadamente 172.800 pessoas (SUDERHSA, 2007). O

aquífero Guabirotuba apresenta um potencial hidrogeológico de 3,53 L/s.km²

(adaptado SUDERHSA, 2007).

Page 35: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

35 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Page 36: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

36 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

De modo geral, as fases do aquíferas Guabirotuba constituem-se apenas de

lentes esparsas no pacote de rochas pelíticas. Logo, trata-se de um aquífero não

constante, mas, uma vez existindo fases largas e saturadas em água, ele é capaz de

fornecer vazões para indústrias que necessitam de pouca água, assim como para

chácaras e para usos na irrigação de hortaliças (SUDERHSA, 2007).

Por apresentar uma capa argilosa que cobre grande parte de sua extensão, o

aquífero tem um baixo grau de vulnerabilidade quanto à contaminação orgânica,

pois a cobertura de argila propicia processos de depuração dos eventuais efluentes

lançados na superfície do terreno (IAP, 2015).

1.5.2.2 Qualidade dos Recursos Hídricos

1.5.2.2.1 Caracterização Hidroquímica

As águas do aquífero Guabirotuba apresentam em algumas áreas teores para

o metal ferro que variam entre 0,05 a 5 mg/L e de manganês, que podem atingir

valores de até 1,5 mg/L. Tem uma concentração média de sólidos totais dissolvidos

da ordem de 150 mg/L, com dureza total variando de 30 a 230 mg/L de CaCO3, o pH

se mantém na faixa de 6,8 a 8,1. A concentração de bicarbonatos pode atingir um

valor de até 195 mg/L, a de sulfato fica entre os valores 1,2 a 4,5 mg/L e a de

cloretos gira em torno de 2 mg/L. A predominância de teores de cálcio com valor

máximo 30 mg/L, sendo que o magnésio varia entre 8 a 15 mg/L, o sódio entre 18 a

24 mg/L e o potássio entre 1,2 a 2,3 mg/L (SUDERHSA, 2007).

1.5.2.2.2 Qualidade da Água para o Consumo Humano

O parâmetro que tem maior interferência no aproveitamento das águas no

aquífero é o ferro total. O íon fluoreto também ultrapassa o valor máximo permitido

pela norma em algumas amostras (SUDERHSA, 2007). A análise da qualidade da

água para o consumo humano foi feita levando em consideração os valores

máximos permitidos estabelecidos na Portaria N.º 518/2005 (Adaptado SUDERHSA,

Page 37: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

VMP (Valor máximo permitido) não especificado

37 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

2007). A tabela 1 apresenta alguns dos valores dos parâmetros químicos

analisados.

Tabela 1 - Parâmetros Químicos da Água – Aquífero Guabirotuba (ppm).

PARÂMETRO MÁXIMO MÍNIMO MÉDIA VMP

Alcalinidade total 247,50 4,46 101,53 *

Dureza total 286,69 2,94 84,87 500

Total de sólidos dissolvidos (TDS)

419,00 11,00 156,74 1000

Sílica dissolvida 103,50 2,30 38,49 *

Bicarbonato 301,95 5,43 122,54 *

Carbonato 8,76 0,00 0,64 *

Cloreto 41,52 0,04 4,63 250

Fluoreto 3,52 0,01 0,35 1,5

Fosfato 5,36 0,00 0,59 *

Sulfato 65,21 0,50 4,45 250

Nitrato 74,00 0,02 3,65 45

Nitrito 0,59 0,00 0,02 3

Cálcio 81,85 0,65 22,13 *

Magnésio 35,47 0,31 7,24 *

Sódio 50,60 0,80 13,86 200

Potássio 5,00 0,01 2,18 *

Ferro 9,00 0,01 0,70 0,3

Fonte: adaptado SUDERHSA, 2007.

Tomando como base os valores médios obtidos na tabela apresentada acima

e comparando com os valores especificados pela Portaria N.º 518/2005,

representados na tabela pela coluna VMP, observa-se que somente o ferro seria um

fator que impediria o consumo humano (adaptado SUDERHSA, 2007). Pois um valor

tão elevado pode ser prejudicial à saúde humana, inviabilizando assim o uso da

água subterrânea do aquífero para esse fim, mas o excesso de ferro pode ser

removido.

O ferro pode ser removido da água subterrânea por filtração direta

descendente, onde o cloro é adotado como oxidante, mas isso não impede a

aplicação de outros como o peróxido de hidrogênio ou permanganato de potássio

(PEREIRA, 2005).

Na maior parte do aquífero Guabirotuba as águas são adequadas ao

consumo humano. Onde ocorre elevada presença de ferro e manganês, valores

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Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

38 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

esses acima do permitido, a água pode ser consumida após a realização de

tratamento. Elas são impróprias quando contém o íon Flúor em altas quantidades

(SUDERHSA, 2007).

1.5.3 Águas Superficiais

Nomeia-se águas superficiais as águas que não se acumulam na superfície,

são escoadas formando rios, riachos, lagos, lagoas, pântanos e etc.. Elas somam

apenas 0,14% de toda a água existente no planeta, possuindo uma troca intensa

entre os vários ambientes armazenadores de água superficial, por esse motivo é

difícil estabelecer o volume de suas reservas, provocando desta maneira um

resultado de sazonalidade que impede a generalização tanto em termos qualitativos

quanto em termos quantitativos. A representação desta complexidade fica evidente

nos tempos de residência da água nos vários compartimentos, que para as águas

superficiais variam entre alguns dias até meses em média, enquanto que para as

águas subterrâneas e geleiras o tempo de residência na maioria dos casos situa-se

na faixa de décadas e séculos (TOLEDO, 2004).

1.5.3.1 Disponibilidade dos Recursos Hídricos

Complementando as legislações citadas no item 33segundo Instituto das

Águas do Paraná (2015):

A Outorga é o ato administrativo que expressa os termos e as condições mediante as quais o Poder Público permite, por prazo determinado, o uso de recursos hídricos. E direciona-se ao atendimento do interesse social e tem por finalidades assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e disciplinar o exercício dos direitos de acesso à água.

A outorga é necessária para todos que se utilizam das águas superficiais para

as mais diversas finalidades, bem como abastecimento público, doméstico, consumo

humano, lavagem de automóveis, lazer, limpeza e outros. Ela também é exigida

quando ocorre alterações na qualidade ou quantidade de um corpo hídrico, como

barragens, retificações, drenagens, etc.

Page 39: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

39 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.5.3.2 Qualidade dos Recursos Hídricos

Tomando como base as classes adotadas para os corpos hídricos do

CONAMA 357 citada no item 33. E ainda a definição dos critérios de qualidade dos

corpos superficiais de água doces, salobras e salgadas, mediante uma série de

parâmetros analíticos da mesma resolução. Para a sub-bacia Rio Evaldo Wendler

adotou-se a classificação da água doce, conforme mostrado na Tabela 2 abaixo.

Tabela 2 - Enquadramento das classes segundo a destinação para águas doces

DESTINAÇÃO CLASSES DE QUALIDADE

ESP 1 2 3 4

Comunidades aquáticas

Equilíbrio X

Preservação do ambiente aquático em

Unidades de Conservação

X

Proteção X X

Proteção em comunidades

Indígenas X

Abastecimento

Desinfecção X

Tratamento simplificado

X

Tratamento convencional

X

Tratamento convencional /

avançado X

Recreação Contato primário X X

Contato secundário X

Irrigação

Frutas / legumes rasteiros consumidos

crus com casca X

Hortaliças / frutas, parques e praças

esportivas X

Arbóreos, cereais e forragens

X

Aquicultura Pesca e produção X

Pesca amadora X

Dessedentação de animais

X

Navegação X

Harmonia paisagística

X

Fonte: Bollman, 2015.

Page 40: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

VA – Virtualmente ausentes: não perceptível pela visão, olfato ou paladar NO – Não objetável; T I – Toleram-se Iridiscências.

40 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Existem parâmetros analíticos para cada classe (especial, I, II, III e IV) que

determinam o enquadramento do curso hídrico, de acordo com o apresentado na

Tabela 3.

Tabela 3 - Critérios de Qualidade Para Águas Doces (CONAMA 357)

PARÂMETROS CLASSES DE QUALIDADE

ESP 1 2 3 4

Efeito tóxico ausente ausente ausente -

Materiais flutuantes VA VA VA VA

Óleos e graxas VA VA VA TI

Gosto e odor VA VA VA NO

Corantes artificiais VA remoção remoção -

Resíduos sólidos VA VA VA -

Coliformes 200 1000 2500 -

DBO 3 5 10 -

OD > 6 > 5 > 4 > 2

Turbidez 40 100 100 -

Cor verdadeira natural 75 75 -

pH 6 - 9 6 - 9 6 - 9 6 - 9

Fonte: Bollman, 2015

A seguir é apresentada resumidamente a definição dos parâmetros físico-

químicos e bacteriológicos de maior importância para a determinação da qualidade

do corpo hídrico.

1.5.3.2.1 Qualidade físico-química e bacteriológica:

1.5.3.2.1.1 Alcalinidade

Dentre as impurezas encontradas na água existem as que são capazes de

reagir com ácidos, a alcalinidade de uma água é a sua capacidade quantitativa de

neutralizar um ácido forte, até um determinado pH (OLIVEIRA, 2007).

1.5.3.2.1.2 Cor aparente

A cor está ligada ao grau de diminuição de intensidade que a luz sofre ao

passar por um corpo (no caso, a água). Isto ocorre devido à presença de sólidos

dissolvidos, especialmente material em estado coloidal inorgânico e orgânico. O

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Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

41 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

maior efeito com relação à cor e o aspecto estético, já que causa um efeito repulsivo

e restrições ao seu uso antrópico. (CETESB, 2015).

1.5.3.2.1.3 Condutividade

A condutividade é dada pela expressão numérica da capacidade de uma água

transportar a corrente elétrica. A condutividade da água apresenta índices elevados

à medida que mais sólidos dissolvidos são adicionados. Altos valores podem indicar

características corrosivas da água (CETESB, 2015).

1.5.3.2.1.4 Coliformes Totais

São um grupo de bactérias que tem bacilos gram-negativos, aeróbios ou

anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase-negativa, com

capacidade de se desenvolver na presença de sais biliares ou outras substancias

ativas de superfície, com características parecidas a de inibição de crescimento, e

que fermentam a lactose com produção de ácidos, aldeídos e gás a 35ºC em 24-48

horas (BETTEGA, 2006).

1.5.3.2.1.5 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)

A DBO corresponde à quantidade de oxigênio que os microorganismos

consomem durante a oxidação biológica da matéria orgânica. Segundo a CETESB a

DBO “é normalmente considerada como a quantidade de oxigênio consumido

durante um determinado período de tempo, numa temperatura de incubação

específica. Um período de tempo de 5 dias numa temperatura de incubação de 20°C

é frequentemente usado e referido como DBO5,20”.

1.5.3.2.1.6 Demanda Química de Oxigênio (DQO)

A DQO é a média da quantidade necessária de oxigênio para ocorrer à

oxidação química da matéria orgânica. Segundo a CETESB “o aumento da

concentração de DQO num corpo d’água deve-se principalmente a despejos de

origem industrial”.

1.5.3.2.1.7 Dureza

Inicialmente, a dureza da água era entendida como a capacidade da água de

precipitar sabão, essa precipitação ocorre principalmente pela presença de íons

Page 42: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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42 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

cálcio e magnésio. Assim, dureza de uma água é a soma das concentrações de

cálcio e magnésio, expressas em termos de carbonato de cálcio, em miligramas por

litro (OLIVEIRA, 2007).

1.5.3.2.1.8 Escherichia coli

A Escherichia coli é o organismo mais utilizado como indicador de

contaminação fecal “pois a presença dele mostra que a água pode ter recebido uma

carga fecal, o que ocasiona a deterioração da qualidade microbiológica dessa e, por

conseguinte, pode trazer riscos à saúde de quem consome tal água” (VILHENA;

JÚNIOR; DUARTE, 2003).

1.5.3.2.1.9 Fósforo Total

O fósforo em águas naturais é proveniente principalmente das descargas de

esgotos sanitários. Efluentes de industrias de fertilizantes, pesticidas, químicas em

geral, conservas alimentícias, abatedouros, frigoríficos e laticínios, apresentam

fósforo em quantidades excessivas. Desse modo encontra-se na água sob diversas

formas: ortofosfato, polifosfato e fósforo orgânico (CETESB, 2015).

1.5.3.2.1.10 Nitrogênio Total

Mede o amoniacal mais o orgânico (PARRON; MUNIZ; PEREIRA; 2011). Está

é a forma mais abundante de nitrogênio nos esgotos domésticos brutos.

1.5.3.2.1.11 Nitrogênio Amoniacal

O íon amônio (NH4 +), ocorre em baixos teores em águas naturais, por causa

do processo de deterioração biológica da matéria orgânica. O processo pelo qual o

nitrogênio molecular (N2) é convertido em amônio é denominado fixação de

nitrogênio. Altas concentrações podem ser verificadas em esgotos e efluentes

industriais. Elevadas concentrações de amônio em águas superficiais podem ser

indicação de contaminação por esgoto bruto, efluentes industriais, ou afluxo de

fertilizantes (PARRON; MUNIZ; PEREIRA; 2011).

1.5.3.2.1.12 Nitrogênio Orgânico

Representado principalmente pela fração proteína e suas combinações, que

pode estar na forma dissolvida, como compostos nitrogenados orgânicos

Page 43: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

43 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

(aminoácidos, aminas, amidos) ou na forma particulada biomassa de

microorganismos (PARRON; MUNIZ; PEREIRA; 2011).

1.5.3.2.1.13 Oxigênio dissolvido (OD)

O OD é de suma importância, pois sua presença faz com que o paladar da

água seja melhor, além de sua oferta estar diretamente relacionada com a

eutrofização de corpos hídricos, uma vez que quando o a oferta de oxigênio

dissolvido não se faz suficiente os mesmos sofrem o processo de eutrofização.

1.5.3.2.1.14 Saturação de Oxigênio

É a quantidade limite de oxigênio que pode ser dissolvida na água em dada

pressão e temperatura, evidencia a presença de poluentes no corpo hídrico.

1.5.3.2.1.15 Potencial Hidrogeniônico (pH)

O pH influencia os ecossistemas aquáticos naturais e seus efeitos são

diagnosticados na fisiologia das diversas espécies. Logo, existem muitas restrições

para o pH em diferentes classes de águas naturais. Desse modo, o pH ideal é fixado

em 6 e 9 pelos critérios de proteção à vida aquática (CETESB, 2015).

1.5.3.2.1.16 Sólidos Totais

Representado por toda matéria que fica no local como resíduo, mesmo após a

evaporação, secagem ou calcificação. O aumento de sólidos ocorre principalmente

pela influência da erosão do solo e esgotos brutos lançados no corpo hídrico, os

sólidos totais causam alterações nos parâmetros cor e turbidez.

1.5.3.2.1.17 Sólidos Suspensos

São pequenas partículas que a vazão do rio é capaz de levar consigo pois se

mantem suspensas no corpo hídrico. Importante indicador da qualidade da água,

pois normalmente águas poluídas tem elevados teores de partículas suspensas, em

decorrência da presença de esgotos domésticos.

Page 44: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

44 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.5.3.2.1.18 Sólidos Dissolvidos

São as substâncias dissolvidas na água, podendo elas serem orgânicas ou

inorgânicas, contidas na água na forma molecular, microgranular ou ionizada. Esse

parâmetro avalia o peso dos constituintes presentes na água.

1.5.3.2.1.19 Temperatura do Ar

As variações ocorrem principalmente pelas mudanças climatológicas da

regiam, essas variações de temperatura influenciam diretamente no comportamento

do rio, e pode provocar mudanças em seu metabolismo.

1.5.3.2.1.20 Temperatura da Amostra

É determinada pela energia que absorvida pelo corpo hídrico, para quer os

microorganismos existentes na água coletada sobrevivam, a temperatura dela varia

pouco e muito devagar.

1.5.3.2.1.21 Turbidez

A turbidez está ligada ao grau de atenuação de intensidade que um feixe de

luz sofre ao atravessar a água (CETESB, 2015). A turbidez pode ser provocada por

plânctons, algas, detritos orgânicos e outras substâncias como zinco, ferro,

compostos de manganês e areia resultantes do processo de erosão ou de despejos

domésticos ou industriais (BATALHA, 1977).

1.5.3.2.1.22 Enquadramento do Rio Evaldo Wendler

Com base no mapa dos pontos de monitoramento da qualidade da água da

Bacia do Rio Belém, o ponto de amostragem referente ao Rio Evaldo Wendler é

apresentado na Figura 18 como TEW.

Page 45: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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45 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 18 - Monitoramentos da Qualidade da Água - Bacia do Rio Belém

Fonte: Bollmann, 2007.

Adotando os valores médios analíticos no ponto TEW, têm-se a seguinte

Tabela 4 de enquadramento para o Rio Evaldo Wendler.

Tabela 4 - Enquadramento do Rio Evaldo Wendler.

RIO EVALDO WENDLER

Variável Critérios Coletas (2007-2008) Enquadramento

Classe 1 2 3 4 Média (TEW) Parâmetros Rio

DBO (mg/L) <=3 <=5 <=10 - 19,60 4

4

OD (mg/L) >=6 >=5 >=4 >2 3,96 4

Fósforo Total (mg/L)

<=0,025 <=0,05 <=0,075 - 0,50 4

Nitrogênio Amoniacal (mg/L)

3,7 3,7 13,3 - 3,70 1

Sólidos dissolvidos (mg/L)

<=500 <=500 <=500 - 205,00 1

Cor (Pt/L) Natural <=75 <=75 - 47,10 2

Coliformes Totais <=1000 <=5000 <=20000 >20000 6.858.448,00 4

Page 46: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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46 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

RIO EVALDO WENDLER

Variável Critérios Coletas (2007-2008) Enquadramento

Classe 1 2 3 4 Média (TEW) Parâmetros Rio

E. Coli <=200 <=1000 <=4000 >4000 2.656.401,00 4

Turbidez (UNT) <=40 <=100 <=100 - 20,00 1

pH 6,0 a 9,0 7,20 1 a 4 1 - 4

Fonte: O Autor, 2015.

Conclui-se que, do ponto de vista físico-químico e bacteriológico a qualidade

das águas da sub-bacia Evaldo Wendler enquadra-se como classe 4, tendo em vista

que 50% dos parâmetros observados na Tabela 4 só se adequam a esta classe

segundo o CONAMA 357, caracterizando o rio com a mesma classe, isso ocorreu

por que se utiliza o critério do elo mais fraco da corrente neste caso os parâmetros

bacteriológicos (Coliformes totais e E. Coli) e químicos (DBO, OD e Fosforo Total).

Deste modo, os usos permitidos na bacia abrangem a navegação e harmonia

paisagística.

1.5.3.2.2 Qualidade Biológica e Ecotoxicológica.

A utilização de organismos aquáticos como indicadores da qualidade

ambientais já está relativamente disseminada na comunidade cientifica. Por outro

lado, a nomenclatura “indicador” ou “espécie indicadora” (ou ainda bioindicador), não

é entendida na mesma forma. Praticamente todos os seres vivos podem ser

utilizados como bioindicadores, com o conhecimento limitado da fisiologia e ecologia

de tais organismos, é necessário escolher uma espécie indicadora que seja sensível

a alteração que se tem intuito medir. Não existe uma espécie que possas ser

utilizada como indicadora universal, pois cada espécie tem um determinado intervalo

de tolerância (BOLLMANN, 2015).

O conceito de bioindicador ainda pode se estender além da ausência ou

presença de determinado organismo. Determinados seres vivos podem sobreviver

em ambientes não ideais, com isso sofrem com mudanças fisiológicas ou

comportamentais, é possível em alguns casos identificar e estimas a intensidade das

mudanças através da observação da alteração na taxa de crescimento, alimentação

ou hábitos reprodutivos desses organismos (BOLLMANN, 2015).

Page 47: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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47 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Dentre os principais grupos de bioindicadores estão, bactérias, protozoários,

algas, macroinvertebrados, macrófitas, peixes. Geralmente estes indicadores são de

três tipos, sendo eles, indicadores de poluição, indicadores de diversidade e

indicadores comparativos (adaptado BOLLMANN, 2015).

A teorização das possíveis mudanças na estrutura das comunidades

aquáticas gerou a Figura 19, a mesma mostra que são oito as possíveis alterações,

e são classificadas segundo as medidas necessárias para se restaurar o equilíbrio

existente. Adotou-se uma medida de similaridade para confrontar as mudanças

sofridas pelas comunidades antes e depois de algum efeito potencialmente

prejudicial. Essa comparação permite verificar se a alteração sofrida pela

comunidade é significativa, ou seja, se ouve uma mudança relativamente grande

entre a comunidade inicial e a comunidade final pós alteração. E ainda evidencia se

a alteração foi benigna ou se TVE algum efeito prejudicial (adaptado BOLLMANN,

2015).

Figura 19 - Oito possíveis alterações na comunidade aquática.

Fonte: (adaptado BOLLMANN, 2015).

Page 48: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

48 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Dentre os bioindicadores que podem ser avaliados está a clorofila que

segundo a CETESB (2015):

A clorofila é um dos pigmentos, além dos carotenóides e ficobilinas,

responsáveis pelo processo fotossintético. A clorofila a é a mais universal das

clorofilas (a, b, c e d) e representa, aproximadamente, de 1 a 2% do peso seco do

material orgânico em todas as algas planctônicas e é, por isso, um indicador da

biomassa algal. Assim a clorofila a é considerada a principal variável indicadora de

estado trófico dos ambientes aquáticos. A feofitina a é um produto da degradação da

clorofila a, que pode interferir grandemente nas medidas deste pigmento, por

absorver luz na mesma região do espectro que a clorofila a. O resultado de clorofila

a deve ser corrigido, de forma a não incluir a concentração de feofitina a.

A avaliação o teste de toxicidade é um instrumento do campo da

Ecotoxixologia, são utilizados para a integrar dados biológicos, químicos e físico-

químicos. É um importante instrumento nos estudos ambientais uma vez que

existem limitações nos estudos fundamentados em evidências puramente químicas,

dentre as quais se destacam: baixa capacidade de detecção analítica; a elevada

variedade de substâncias presentes em efluentes líquidos; as interferências pelos

fenômenos químicos de antagonismo e sinergismo que dificultam sobretudo no

processo de interpretação de resultados (RODRIGUES; SILVA; SILVA, 2009).

Os ensaios de toxicidade aguda são realizados para estimar a toxicidade a

partir dos níveis de letalidade ou efeito sobre a capacidade de mobilidade dos

organismos, em geral em curtos intervalos de tempo (24 h ou 48 h) de exposição

(dependendo do ciclo de vida do organismo) (RODRIGUES; SILVA; SILVA, 2009).

Dentre os testes de ecotoxicológica realizados pela CETESB então: ensaio de

toxicidade aguda com Vibrio fischeri; ensaio ecotoxicológico com Ceriodaphnia

dúbia; ensaios de Genotoxicidade (CETESB, 2015).

Não foi encontrado nenhum do Rio Evaldo Wendler que diz respeito a exames

ecotoxicologicos.

Page 49: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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49 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.5.3.2.3 Influência Antrópica na Qualidade das Águas da Sub Bacia do Rio Evaldo

Wendler

Optou-se também por uma abordagem perceptiva além da abordagem

qualitativa e quantitativa da qualidade das águas da sub-bacia Rio Evaldo Wendler,

parra isto foi utilizado como base a Figura 20, para a elaboração de um indicador

perceptivo para a bacia em estudo, com a alteração de algumas das variais que

constam na figura.

Figura 20 - Instrumento de Avaliação do Índice de Atividade Antrópica

Fonte: adaptado Bollmann e Edwiges.

As alterações nas variáveis ocorreram para que elas pudessem abordar

elementos que são mais próximos da realidade de nosso estudo, com tais mudanças

o indicador perceptivo para a qualidade da água da sub-bacia Rio Evaldo Wendler é

apresentado na figura 21.

Page 50: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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50 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 21 - Indicador Perceptivo Para a Qualidade da Água

Fonte: O Autor

Para que se possa obter um índice da influência antrópica na qualidade das

águas da sub bacia Rio Evaldo Wendler o indicador da Figura 21 foi fragmentado,

dando origem às tabelas que se seguem, com as tabelas é possível encontrar um

valor que expresse a influência antrópica. A primeira linha da tabela indica a

quantidade de efluentes presentes no local, a segunda classifica o efluente quanto

sua origem, a terceira indica se o local está perto (P) ou longe (L) de construções, a

quarta expressa a classificações do local quanto o tipo de vegetação que pode ser

do tipo florestada (F), herbácea (H) ou gramíneas (G), a quarta linha está

segmentada em 24 intervalos, inicia-se a contagem da direita para a esquerda,

sendo na mesma verificada a influência antrópica que pode ser 1 ou 24.

A influência antrópica pode ser baixa se o valor estiver no intervalo que vai de

1 até 9, média se estiver no intervalo que vai de 10 até 18 ou alta se estiver no

intervalo que vai de 19 até 24.

Os pontos avaliados na sub-bacia Rio Evaldo Wendler para o indicador

perceptivo são apresentados no Mapa de Pontos Amostrados.

Page 51: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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51 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Page 52: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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52 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Com o objetivo de apresentar uma avaliação da influência antrópica na maior

parte da sub bacia foram amostrados 7 pontos. O ponto A foi o primeiro avaliado e

está localizado próximo ao parque do Pilarzinho, para este ponto a influência

antrópica obteve o valor 4, como mostra a Tabela 5.

Tabela 5 - Rio Evaldo Wendler – Bosque do Pilarzinho.

POUCO MUITO

Esgoto Agrícola / Doméstico

Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial

L P L P L P L P

F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Fonte: O Autor

Fonte: O Autor

Em seguida foi avaliado o ponto B onde nasce o rio Evaldo Wendler, para a

nascente a influência antrópica obteve o valor 4, como mostra a tabela 6.

Tabela 6 - Rio Evaldo Wendler – Nascente

POUCO MUITO

Esgoto Agrícola / Doméstico

Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial

L P L P L P L P

F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Fonte: O Autor

Page 53: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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53 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Fonte: O Autor

Depois foi analisado o ponto C no rio Evaldo Wendler que fica localizado nas

proximidades da Rua Leonor Castellano, para este ponto a influência antrópica

obteve o valor 6, como mostra a Tabela 7.

Tabela 7 - Rio Evaldo Wendler – Rua Leonor Castellano

POUCO MUITO

Esgoto Agrícola / Doméstico

Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial

L P L P L P L P

F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Fonte: O Autor

Page 54: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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54 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Fonte: O Autor

O ponto seguinte avaliado foi o ponto D localizado próximo à Rua Nilo

Peçanha para este ponto influencia antrópica obteve o valor 5, como mostra a

Tabela 8.

Tabela 8 - Rio Evaldo Wendler – Rua Nilo Peçanha

POUCO MUITO

Esgoto Agrícola / Doméstico

Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial

L P L P L P L P

F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Fonte: O Autor

Fonte: O Autor

Page 55: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

55 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Depois foi validado o ponto E localizado na foz do rio Evaldo Wendler junto ao

Rio Belém, para este ponto influencia antrópica obteve o valor 4, como mostra a

Tabela 9.

Tabela 9 - Rio Evaldo Wendler – Foz

POUCO MUITO

Esgoto Agrícola / Doméstico

Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial

L P L P L P L P

F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Fonte: O Autor

Fonte: O Autor

Posteriormente foi avaliado o ponto F onde fica o rio das Irmãs, nome vulgar

adotado por se tratar de uma nascente localizada em um terreno de propriedade das

freiras maristas, para o rio das Irmãs a influência antrópica obteve o valor 4, como

mostra a Tabela 10.

Tabela 10 - Nascente das Irmãs

POUCO MUITO

Esgoto Agrícola / Doméstico

Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial

L P L P L P L P

F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Fonte: O Autor

Page 56: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

56 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Fonte: O Autor

Por último foi avaliada o ponto G localizado próximo ao rio Jardinete, nome

vulgar adotado por se tratar de uma nascente localizada próxima a uma praça se

mesmo nome, para o rio Jardinete a influência antrópica obteve o valor 5, como

mostra a tabela 11.

Tabela 11 - Rio no Jardinete

POUCO MUITO

Esgoto Agrícola / Doméstico

Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial

L P L P L P L P

F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Fonte: O Autor

Fonte: O Autor

Page 57: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

57 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Mesmo o indicador perceptivo apresentando baixos valores da influência

antrópica na sub bacia fato que ocorreu principalmente pela quantidade de esgoto

presente no rio ser baixa essa quantidade pode comprometer expressivamente a

qualidade das águas da sub bacia, pois se trata de rios de baixas vazões. Tomando

todos os pontos amostrados para o indicador e fazendo uma média a sub bacia

apresenta um índice de 4,57 de influência antrópica, o valor é baixo mas isso não

significa que a influência humana na sub-bacia possa ser desprezada, por exemplo

o ponto avaliado posterior ao rio Jardinete (Rua Leonor Castellano), foi classificado

com o maior índice que influência antrópica dentre os pontos amostrados, pois o rio

Jardinete é praticamente todo canalizado e ocorre despejos de esgoto doméstico

nele o que evidencia a influência humana especialmente neste trecho, e ainda outra

prova que o indicador mesmo estando baixo não expressa a realidade da sub-bacia

é a classe em que o rio foi enquadrado.

Page 58: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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58 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.6 LITOSFERA

1.6.1 Geomorfologia da Bacia

A Geomorfologia do município de Curitiba é bastante diversificada, sendo

composta por formações do período Cenozoico com a Formação Guabirotuba e

Depósitos Aluvionares; e o Proterozoico com o Complexo Atuba.

A Formação Guabirotuba constitui o preenchimento sedimentar da bacia de

Curitiba, formada por sedimentos argilosos e secundariamente por depósitos

arenosos. Os depósitos Aluvionares são a unidade geológica mais recente de

Curitiba, com baixas declividades e predominância de caulinita. O complexo Atuba

constitui o embasamento da Bacia de Curitiba, provavelmente a formação mais

antiga da região.

Figura 22 - Geologia do Município de Curitiba

Fonte: UFPR, DPTO GEOLOGIA.

Page 59: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

59 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Para o estudo da Sub-Bacia Evaldo Wendler quanto à geomorfologia, tomou-

se por base a bacia hidrográfica principal, a do Rio Belém. Para uma melhor

caracterização, optou-se por dividir a Bacia do Rio Belém em Alto, Médio e Baixo

Belém conforme a figura abaixo:

Figura 23 - Relevo da Bacia Hidrográfica do Rio Belém

FONTE: Dados do IPPUC (2000)

A Sub-Bacia cuja qual se faz a caracterização, está localizada na região do

Alto Belém, região norte da bacia, formada pela Formação Guabirotuba, possuindo

solo com cobertura espessa e granulometria argilosa, sendo que essas

características estão presentes em 100% da área da Sub Bacia.

A região do Alto Belém é caracterizada por possuir as cotas mais altas da

cidade, em torno de 1000 m de altitude, sendo considerada a porção mais bem

preservada da Bacia do Rio Belém, por se tratar do trecho de cabeceira do rio. Essa

Page 60: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

60 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

região, por ser considerada a de cotas mais altas, possui declividades acentuadas,

chegando a 25% em alguns pontos.

Assim, outras características da região da Sub-Bacia é de que está localizada

no Primeiro Planalto Paranaense, constituída por um relevo pouco ondulado,

localizado entre a Serra do Mar e o Planalto de Ponta Grossa. O clima da região é

considerado Cfb – Clima Temperado úmido com Verão temperado, conforme a

classificação climática de Köppen-Geiger, além de possuir uma pluviosidade por

volta de 1200 mm.

1.6.2 Caracteristicas Morfométricas

Com base nas informações de VILLELA e MATTOS (1975), pode-se

determinar as características morfométricas da Sub Bacia Evaldo Wendler, que são:

1.6.2.1 Perímetro:

Essa informação é obtida através da área de drenagem da bacia, cujo qual é

delimitado pelo divisor topográfico. O dado é expresso em km. Para a Sub Bacia

estudada, o perímetro encontrado foi de 4,6122 km.

1.6.2.2 Área de drenagem total:

É a área de projeção plana do terreno delimitado pelo divisor topográfico.

Esse dado é expresso em km². Para a Sub Bacia estudada, a área de drenagem

encontrada foi de 0,872825 km²

1.6.2.3 Comprimento axial:

É definido como a distância medida em linha reta entre a foz e um ponto do

seu perímetro que assinala a equidistância no comprimento do perímetro entre ele e

a foz CHRISTOFOLETTI (1980). Esse dado é expresso em km. Para a Sub Bacia

Evaldo Wendler, o comprimento axial é de 1,5773 km.

Page 61: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

61 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.6.2.4 Coeficiente de compacidade:

Esse dado faz a relação entre o perímetro da bacia e uma circunferência que

possua a mesma área da bacia. O coeficiente pode ser calculado segundo a

fórmula:

Kc = 0,282 (P / √A)

Onde:

Kc: Coeficiente de Compacidade (adimensional)

P: Perímetro expresso em km

A: Área expressa em km²

Para a Sub Bacia, o coeficiente de compacidade foi:

Kc = 0,282 (4,6122 / √0,872825)

Kc = 1,3921

Para o coeficiente de compacidade, considera-se o valor 1 como valor

mínimo, este caracteriza-se por bacias mais regulares, de forma circular, cujas quais

apresentam maior potencial de cheias, pois estas convergem o escoamento

superficial para um mesmo trecho do rio principal ao mesmo tempo. Assim, quanto

mais irregular for à bacia, maior será seu coeficiente de compacidade.

Para a Sub Bacia Evaldo Wendler, nota-se que esta não é uma bacia circular,

pois seu coeficiente é superior a um, porém, devido a esse índice não possuir uma

unidade limítrofe, não podemos concluir se esse valor encontrado é alto ou não,

podemos apenas concluir que é uma bacia irregular que possui um potencial de

cheias inferior ao de uma bacia circular.

1.6.2.5 Fator de forma:

É a relação entre a largura média e o comprimento axial da bacia. Este dado

pode ser calculado da seguinte forma:

Kf = A / ( L2)

Onde:

Kf - coeficiente de forma (adimensional);

Page 62: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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62 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

A - área da bacia hidrográfica (km2);

L - comprimento da bacia medido pelo curso d’água mais longo desde

a desembocadura até a nascente mais distante (km).

Esse fator também é utilizado para caracterizar um maior ou menos potencial

de cheias dentro de uma bacia.

Para a Sub Bacia estudada, o coeficiente determinado foi:

Kf = 0,872825 / (1,635)²

Kf = 0,3265

Esse coeficiente varia de 0-1, sendo zero para bacias mais irregulares e um

para bacias mais regulares. Assim, conclui-se que um valor mais afastado de zero

caracteriza a bacia por possuir um menor potencial de cheias quando comparado a

bacias circulares. Em bacias estreitas e longas, a probabilidade de chuvas intensas

que possam cobrir toda a área simultaneamente é bastante pequena, além de os

tributários atingirem o rio principal em vários pontos ao longo de sua extensão.

Portanto, para a Sub Bacia Evaldo Wendler, conclui-se novamente que esta possui

um menor potencial de cheias quando comparado a bacias mais circulares.

1.6.2.6 Declividade média da bacia:

A declividade de uma bacia hidrográfica tem uma importante relação com a

infiltração, o escoamento superficial, umidade do solo e a contribuição de água

subterrânea ao escoamento do curso d’água. Esse é o fator que controla a

velocidade de escoamento e o tempo de concentração da chuva dentro de uma

bacia. Esse fator pode ser determinado ao se definir uma malha retangular para o

cálculo das declividades do terreno da bacia, sendo definidas pela maior diferença

entre as cotas de duas quadriculas, divididas pela sua dimensão linear. Para facilitar,

utilizam-se dados do sistema SIG, como dados raster.

Para a Sub Bacia em questão, a declividade média encontrada para a bacia

foi de 8,7%, sendo considerada pela EMBRAPA, como um relevo ondulado,

podendo ter restrições e rastros de processos erosivos.

Page 63: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

63 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Page 64: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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64 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.6.2.7 Declividade mediana da bacia:

A declividade mediana da bacia foi de 9,2%.

1.6.2.8 Comprimento Total dos Cursos d’Água:

Este dado representa a soma do comprimento de todos os trechos de rios

presente na bacia, sejam eles efêmeros, intermitentes ou perenes. Para a Sub Bacia

estudada o valor encontrado foi de 9,8183 km.

1.6.2.9 Ordem dos Cursos d’Água:

Este parâmetro reflete o grau de ramificação dentro de uma bacia

hidrográfica. Assim, conforme VILLELLA e MATTOS (1978), os canais que não

possuem tributários são de primeira ordem. Quando dois canais de primeira ordem

se unem forma-se um segmento de segunda ordem. Assim, quando dois canais de

mesma ordem se unem, este resulta em um rio de ordem imediatamente superior.

Para determinar esse parâmetro, situam-se no mapa os rios perenes e intermitentes

apenas.

Para a Sub Bacia Evaldo Wendler, determinou-se a existência de rios de

primeira, segunda e terceira ordem conforme o mapa abaixo:

Page 65: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

65 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Page 66: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

66 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.6.2.10 Densidade de Drenagem:

Esse parâmetro expressa a relação o comprimento total dos cursos d’água de

uma bacia, e sua área total conforme a equação:

Dd = Lt / A

Onde:

Dd - Densidade de drenagem (km/km2);

Lt - comprimento total dos cursos d’água (km);

A - é a área da bacia hidrográfica (km2).

Para a Sub Bacia o valor obtido para esse fator foi Dd = 4,3746 km/km²

A densidade de drenagem fornece a indicação da eficiência da drenagem da

bacia. Conforme (VILLELA E MATTOS, 1978), valores acima de 3,5 km/km²

representam bacia excepcionalmente bem drenadas, sendo o caso da Sub Bacia

estudada, que por apresentar trechos de canalização e um curso d’água pouco

extenso, apresenta uma boa drenagem, reforçando a conclusão de que esta

apresenta um baixo potencial de cheias.

1.6.2.11 Exensão Média do Escoamento Superficial:

Esse parâmetro indica a distância média em que a água da chuva teria de

percorrer do ponto onde esta caiu até o curso d’água mais próximo, dando uma ideia

da distancia média do escoamento superficial.

Para esse parâmetro considera-se que a área de drenagem da bacia possa

ser representada de forma retangular, tendo um curso d’água passando pelo seu

centro, conforme a figura:

Page 67: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

67 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 24 - Extensão Média do Escoamento Superficial

Fonte: VILLELA, 1975

Assim, utilizando a expressão:

Es = A / 4(Lt)

Onde:

Es - extensão média do escoamento superficial (km);

A - área da bacia hidrográfica (km2);

Lt - extensão total dos cursos d’água (km).

Para a Sub Bacia, o valor encontrado foi de Es = 0,05714 km.

1.6.2.12 Sinuosidade:

É a relação entre o comprimento do rio principal e o comprimento do talvegue,

expresso por:

S = Lp / Lv

Onde:

S - sinuosidade (adimensional);

Lp - comprimento do curso d’água principal (km);

Lv - comprimento do talvegue do rio principal (km).

Page 68: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

68 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Para a Sub Bacia, o valor encontrado para a sinuosidade S = 1,18221.

Conforme a literatura, a sinuosidade é mais acentuada para valores superiores a

1,3, o que não é o caso da Sub Bacia estudada. A baixa sinuosidade pode ser

verificada nos mapas já mostrados acima.

1.6.2.13 Declividade de Álveo:

Esse parâmetro representa a diferença de altitude entre a foz e a nascente de

um rio, dividido pelo comprimento do curso d’água principal.

Esse parâmetro pode ser obtido de três formas, por curvas denominadas S1,

S2 e S3, da seguinte forma:

S1: Linha com declividade obtida a partir da diferença de elevação do leito

pela extensão horizontal do curso d’água.

S2: “Linha com declividade obtida pela compensação de áreas, de forma que

a área entre ela e a abscissa seja igual à compreendida entre a curva do perfil e da

abscissa”.

S3: Linha obtida a partir da consideração do tempo de percurso.

Para esse estudo, consideraremos apenas a linha S1 expressa pela equação:

S1 = (An – Af) / Lp

Onde:

S1 - declividade de álveo (m/m);

An - altitude na nascente do curso d’água principal (manmm);

Af - altitude na foz do curso d’água principal (manmm);

Lp - comprimento do curso d’água principal (km2).

Para a Sub Bacia Evaldo Wendler, o valor obtido para esse parâmetro foi S1

= 5,476 m/m.

1.6.2.14 Altitude:

Esse parâmetro é definido como a elevação de um ponto geográfico em

relação ao nível do mar. Para a Sub-Bacia a altitude foi de 910 metros na foz.

Page 69: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

69 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.6.3 Potencial Erosivo da Sub-Bacia

A erosão consiste no desgaste, transporte e sedimentação das rochas e

solos. Estas podem ocorrer de maneira natural ou antrópica. Os fatores que mais

influenciam na erosão dos solos são: o tipo de solo, a topografia, cobertura vegetal,

o vento e as precipitações.

No Brasil, o fator de erosão mais estudado é o das precipitações. A erosão

por esse tipo de fator ocorre quando as gotículas de chuva atingem o solo

desprendendo partículas, que são carreadas junto com o escoamento superficial,

que por fim atingem os corpos hídricos podendo causar assoreamento e a perda da

sinuosidade do mesmo. A intensidade, a duração e a frequência da chuva são as

propriedades mais importantes para o processo erosivo, conforme BERTONI;

LOMBARDI NETO (1990).

A erodibilidade do solo é o efeito integrado de processos que regulam a

recepção da chuva e a resistência do solo. Esses processos são influenciados pelas

propriedades do solo, distribuição do tamanho de suas partículas, estabilidade

estrutural e natureza dos minerais. Ainda pode-se observar o potencial erosivo nas

tabelas abaixo:

Page 70: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

70 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 25 - Degradabilidade e Instabilidade das Rochas

Fonte: BOLLMAN, 2015.

Para a Sub-Bacia, encontram-se rochas friáveis, por depósitos fluviais

arenosos e argilosos. Assim, conclui-se que esse tipo de rocha é pouco suscetível a

erosão.

Já para os vários litotipos, pode-se observar a suscetibilidade da erosão

conforme a tabela abaixo:

Page 71: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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71 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 26 - Suscetibilidade a Erosão de Vários Litotipos

Fonte: BOLLMAN, 2015.

Devido a Sub-Bacia ser constituída pela Formação Guabirotuba, com

predominância de solo argiloso e arenoso, conclui-se pela tabela acima que estes

litotipos são altamente suscetíveis à erosão.

Outro fator que influencia no potencial erosivo é declividade da bacia, pois

quanto mais íngreme, maior a facilidade da erosão dos solos na medida em que se

aumenta o escoamento superficial.

Tabela 12 - Tabela de Declividades - SBCS e Embrapa (2006)

DECLIVIDADE (%) RELEVO RESTRIÇÕES

0 – 3 Plano Baixa Poucas restrições

3 – 8 Suave ondulado Baixa Poucas restrições

8 – 20 Ondulado Média Identificação de

processos erosivos pluviais

20 - 45 Forte Ondulado Alta Maior dificuldade para

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72 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

DECLIVIDADE (%) RELEVO RESTRIÇÕES

serviços de terraplanagem,

implantação de sistema viário, drenagem etc.

45 - 75 Montanhoso Muito alta

Intensificação dos movimentos de massa

e a ocupação está sujeita a restrições da

lei.

> 75 Escarpado Sem ocupação Sem ocupação

Fonte: BOLLMAN, 2015.

Para a Sub-Bacia, a declividade obtida foi superior a 8%, reforçando a maior

suscetibilidade de erosão desta em áreas em que o solo está descoberto.

Assim, com o apoio das tabelas, para determinar o potencial de erosão devido

à ação das chuvas, pode-se utilizar a equação de FOURNIER (1960):

Rc = p²/P

Onde:

Rc – coeficiente de chuva (mm);

p – precipitação média mensal (mm);

P – precipitação média anual (mm).

Após o calculo, faz-se o cruzamento das informações conforme o gráfico

abaixo:

Page 73: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

73 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 27 - Gráfico do Coeficiente de Fournier

Fonte: BOLLMAN, 2015

Por fim, analisa-se o potencial erosivo de acordo com a tabela abaixo:

Tabela 13 - Análise da Erosão Potencial

EROSÃO POTENCIAL m³/km².ano t/ha.ano

Geológica < 120 < 3

Fraca 120-240 3-6

Média 240-360 6-8

Forte 360-480 8-12

Excessiva > 480 > 12

Fonte: BOLLMAN, 2015.

Assim, para essa análise, utilizou-se uma série de quase quinze anos de

dados com base nos índices de precipitação de estações dentro da bacia do Rio

Iguaçu, conforme a figura abaixo:

Page 74: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

74 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 28 - Alturas Mensais de Precipitação

Fonte: Instituto das Águas do Paraná, 2015.

Page 75: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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75 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 29 - Alturas Anuais de Precipitação

Fonte: Instituto das Águas do Paraná, 2015.

Assim, o coeficiente de fournier é:

Rc = p²/P

Rc = (350)²/1.894,1

Rc = 64,67 mm

Assim, é feito o cruzamento desse valor no gráfico de fournier, conforme o

relevo pouco acidentado para Rc >20:

Page 76: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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76 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Figura 30 - Determinação do Potencial de Erosão

Fonte: BOLLMAN, 2015. (Adaptado).

Portanto, para a Sub-Bacia Evaldo Wendler, o potencial erosivo foi de

aproximadamente 1350 m³/km².ano, sendo classificado como excessivo. O

coeficiente de Fournier confirma as suspeitas da alta erosividade dessa bacia com

base em todos os fatores acima citados.

Page 77: Bacia do Rio Evaldo Wendler

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77 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.7 FLORA

A cidade de Curitiba, capital paranaense, esta localizada na região

fitogeográfia denominada Floresta com Araucária (HUECK, 1953) ou tão bem

famosa como, segundo VELOSO (et al.,1991), Floresta Ombrófila Mista (FOM, como

estaremos adotando nesse estudo). Formação vegetal que ganha o nome do

espécime dossel de domínio na região, conhecido como Araucária angustifólia,

popularmente chamado de Pinheiro do Paraná.

A FOM encontrasse presente no bioma da Mata Atlântica, esta que percorre

como uma “muralha” – assim denominado pelos primeiros portugueses que tiveram

contato com ela – a costa leste brasileira, margeando o litoral atlântico (dai o nome

Mata Atlântica). Com um vasto e rico bioma, característico pelo clima tropical – nas

porções mais ao norte brasileiro – e subtropical – nas regiões mais ao sul do pais, é

o ambiente de suporte para as composições fitofisionomicas da Floresta Ombrófila

Densa, da Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Decidual, Floresta

Estacional Semidecicual, Campos de Altitude, Restinga, Manguezais e a formação

desse estudo, a FOM.

Com o forte crescimento dos centros urbanos no estado paranaense a partir

do século passado, a presente composição fitofisionomica na região passou a ser

substituída por aglomerados urbanos, deixando importantes frações em refúgios

situados nas Serras do Mar e Mantiqueira, ainda que no passado a FOM tenha sido

presente em grande parte ao norte do estado.

Segundo o Manual Técnico da Vegetação Brasileira (IBGE,2012), é possível

identificar quatro (04) tipos de formação da FOM, sendo eles: Aluvial (terraços

antigos associados à rede hidráulica), Submontana (constituindo disjunções em

altitudes inferiores a 400 m), Montana (situada aproximadamente entre 400 e 1000

m de altitude) e por fim, Alto-Montana (compreendendo as altitudes superiores a

1000 m).

Na Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler, é característico a formação do

bioma da FOM Montana, por aquele estar presente na Zona Sul do Primeiro Planalto

Paranaense, abrangendo altitudes médias entre 850 e 950 metros a.n.m., como

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Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

78 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

mostra 78 Logo os itens a seguir abordaram as características fitofisionamicas do

referido bioma.

Figura 31 - Perfil Esquemático da FOM (Floresta-de-Araucária)

Fonte: Manual Técnico da Vegetação Brasileira (Adaptado IBGE,2012)

1.7.1 Cobertura Florestal (Quantitativo)

A FOM é a fomação vegetal de maior predomínio na região curitibana, com o

decorrente crescimento urbano, pequenos traços dessa fitofisionomia é preservado

com maior continuidade em alguns parques e bosques, a exemplo do que pode ser

encontrado na Bacia Hidrográfica do Rio Belém.

Como a região sofreu grande alteração antrópica em seu meio natural no

decorrer das ultimas décadas, no Mapa de Vegetação é apresentado apenas as

porções com formação bosque/florestal, que correspondem a aproximadamente

quatorze porcento (14,0 %) da área total da Bacia e desempenham locais de

conservação de resquícios da FOM. Contudo nem todas as porções cobertas por

vegetação traduz a originalidade do bioma curitibano, logo que na área foi

introduzida muitas espécies exóticas, que trazem beleza cênica – como em praças e

jardins – ou mesmo alocadas sem estudo prévio das espécies naturais da região.

As porções que apresentam remanescentes de bosques/florestas são

evidenciados em áreas particulares e públicas – esta ultima que correspondem aos

bosques, jardinetes e praças da região – sendo que nos pontos públicos é onde

encontramos maior conservação da mata ciliar da Bacia.

Page 79: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

79 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Page 80: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

80 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Page 81: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

81 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Abaixo são apresentadas algumas espécies evidenciadas na visita a campo:

Vista do Remanescente Florestal - Bosque do

Pilarzinho Vista Interna do Bosque do Pilarzinho

Espécies Presentes no

Bosque Espécies Presentes no

Bosque Presença de espécimes do

gênero Musa spp

Espécies Presentes no

Bosque Presença do espécime

Morus nigra Bordas do Corrego dos

Imigrantes

Page 82: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.

82 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.7.2 Formação Potencial

1.7.2.1 Floresta Ombrofila Mista Montana

Segundo o Manual Técnico da Vegetação Brasileira do IBGE, 2ª Edição,

(2012):

Esta formação, preservada atualmente em poucas localidades, como o Parque Nacional do Iguaçu (PR), ocupava quase inteiramente o planalto acima de 500 m de altitude, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Porém, na década de 1950, nas grandes extensões de terrenos situados entre as cidades de Lages (SC) e Rio Negro (PR), podia-se observar a Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze ocupando e emergindo da submata de Ocotea pulchella (Ness e Mart.) Mez e Ilex paraguariensis A. St. - Hil., acompanhada de Cryptocarya aschersoniana Mez e Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez. Ao norte do Estado de Santa Catarina e ao sul do Estado do Paraná, o pinheiro-brasileiro ou pinheiro-do-paraná estava associado à imbuia (Ocotea porosa [Ness e Mart.] Barroso), formando agrupamentos bem característicos; atualmente grandes agrupamentos gregários foram substituídos pela monocultura de soja e trigo, intercaladas. Na década de 1920, consideráveis disjunções de araucária existentes no vale do Rio Itajaí-Açu, associadas a Ocotea catharinensis Mez, foram quase inteiramente devastadas, restando pequenos remanescentes sem expressão paisagística e econômica. Esta ochlospecie, que ocupava cerca de 70% do Planalto Meridional, restringe-se, atualmente, a poucos indivíduos isolados nos pontos inacessíveis ou de permeio a grandes culturas de soja e trigo.

1.7.3 Riqueza e Diversidade de Espécies

A lista de espécies vegetais da FOM foi elaborada com base na vegetação

natural predominante na região, segundo BLUM, C.T. 2008, presente em

www.chaua.org.br/fa. A Tabela 14 contém as espécies que são encontradas neste

bioma.

Tabela 14 - Espécies vegetais características da FOM no Estado do Paraná

LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ

Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência

justicia-vermelha Justicia brasiliana Acanthaceae ab comum

justicia-rosa Justicia carnea Acanthaceae ab ocasional

Bomarea edulis Alstroemeriaceae li comum

Page 83: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.

83 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ

Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência

bugreiro Lithraea brasiliensis Anacardiaceae av comum

bugreirinho Lithraea molleoides Anacardiaceae av comum

aroeira-mansa Schinus terebinthifolius

Anacardiaceae av comum

ariticum Annona cacans Annonaceae av marginal

embira Duguetia lanceolata Annonaceae av ocasional

envira-preta Guateria australis Annonaceae av comum

ariticunzinho Rollinia emarginata Annonaceae av comum

envira Rollinia sylvatica Annonaceae av ocasional

congonha Ilex brevicuspis Aquifoliaceae av comum

congonha-graúda Ilex dumosa Aquifoliaceae av comum

orelha-de-mico Ilex microdonta Aquifoliaceae av comum

erva-mate Ilex paraguariensis Aquifoliaceae av comum

caúna-da-serra Ilex taubertiana Aquifoliaceae av marginal

caúna Ilex theezans Aquifoliaceae av comum

antúrio Anthurium gaudichaudianum

Araceae he comum

Asterostigma lividum

Araceae he comum

costela-de-adão Philodendron bipinnatifidum

Araceae hep comum

imbé Philodendron loefgrenii

Araceae he comum

embaubarana Oreopanax fulvum Araliaceae at ocasional

pinheiro Araucaria angustifolia

Araucariaceae av comum

butiá Butia eriospatha Arecaceae at ocasional

guaricana Geonoma schottiana

Arecaceae ab comum

jerivá Syagrus romanzoffiana

Arecaceae av comum

carandaí Trithrinax brasiliensis

Arecaceae at ocasional

Asplenium clausenii Aspleniaceae hep comum

Asplenium gastonis Aspleniaceae hep comum

Asplenium incurvatum

Aspleniaceae hep comum

vassourinha Baccharis dracunculifolia

Asteraceae at comum

vassourinha Baccharis semiserrata

Asteraceae at comum

carqueja Baccharis trimera Asteraceae he comum

vassourinha Baccharis uncinella Asteraceae ab comum

sucará Dasyphyllum brasiliense

Asteraceae av comum

guaiapá Dasyphyllum tomentosum

Asteraceae av comum

vassoura Eupatorium tremulum

Asteraceae at comum

cambará Gochnatia polymorpha

Asteraceae av comum

Page 84: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.

84 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ

Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência

vassourão-preto Piptocarpha angustifolia

Asteraceae av comum

pau-toucinho Piptocarpha axillaris

Asteraceae av comum

vassoura Piptocarpha regnellii

Asteraceae av comum

vassoura-branca Piptocarpha sellowii Asteraceae av comum

vassourão-branco Vernonanthura discolor

Asteraceae av comum

azedinha Begonia cucullata Begoniaceae he comum

begonia Begonia similis Begoniaceae he comum

são-joão Berberis laurina Berberidaceae ab comum

cipó-de-flor-roxa Clytostoma binatum Bignoniaceae li comum

carobinha Jacaranda puberula Bignoniaceae av comum

pente-de-macaco Pithecoctenium crucigerum

Bignoniaceae li comum

pente-de-macaco Pithecoctenium dolichoides

Bignoniaceae li ocasional

pente-de-macaco Pithecoctenium echinatum

Bignoniaceae li ocasional

cipó-de-são-joão Pyrostegia venusta Bignoniaceae li comum

ipê-branco Tabebuia alba Bignoniaceae av ocasional

ipê-amarelo Tabebuia chrysotricha

Bignoniaceae av ocasional

samambaia Blechnum binervatum

Blechnaceae hep comum

xaxim-do-banhado

Blechnum brasiliense

Blechnaceae ab comum

Aechmea cylindrata Bromeliaceae hep comum

pé-de-pombo Aechmea distichantha

Bromeliaceae hep comum

Aechmea recurvata Bromeliaceae hep comum

Bilbergia nutans Bromeliaceae hep comum

Tillandsia crocata Bromeliaceae hep ocasional

cravo-do-mato Tillandsia geminiflora

Bromeliaceae hep comum

Tillandsia linearis Bromeliaceae hep comum

Tillandsia mallemontii

Bromeliaceae hep comum

Tillandsia recurvata Bromeliaceae hep ocasional

cravo-do-mato Tillandsia stricta Bromeliaceae hep comum

cravo-do-mato Tillandsia tenuifolia Bromeliaceae hep comum

barba-de-velho Tillandsia usneoides

Bromeliaceae hep comum

Vriesea friburgensis Bromeliaceae hep comum

Vriesea guttata Bromeliaceae hep marginal

Vriesea platynema Bromeliaceae hep comum

Vriesea reitzii Bromeliaceae hep comum

Vriesea X morreniana

Bromeliaceae hep comum

Wittrockia Bromeliaceae hep comum

Page 85: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.

85 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ

Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência

cyathiformis

flor-de-maio Hatiora gaertneri Cactaceae hep ocasional

cacto-de-árvore Hatiora salicornioides

Cactaceae hep comum

conambaia Lepismium cruciforme

Cactaceae hep comum

conambaia Lepismium houlletianum

Cactaceae hep comum

conambaia Lepismium lumbricoides

Cactaceae hep comum

conambaia Lepismium warmingianum

Cactaceae hep comum

conambaia Rhipsalis baccifera Cactaceae hep comum

cacto-de-árvore Rhipsalis camposportoana

Cactaceae hep comum

cacto-de-árvore-miúdo

Rhipsalis cereuscula

Cactaceae hep comum

cacto-de-árvore Rhipsalis floccosa Cactaceae hep comum

cacto-de-árvore Rhipsalis nevesarmondii

Cactaceae hep comum

cacto-de-árvore Rhipsalis teres Cactaceae hep comum

pimenteira Capsicodendron dinisii

Canellaceae av comum

cancorosa-graúda

Maytenus aquifolium

Celastraceae av comum

periquiteira Maytenus evonymoides

Celastraceae at comum

periquiteira-miúda Maytenus glaucescens

Celastraceae ab ocasional

espinheira-santa Maytenus ilicifolia Celastraceae ab ocasional

coração-de-bugre Maytenus robusta Celastraceae av comum

carne-de-vaca Clethra scabra Clethraceae av comum

amarelinho Terminalia australis Combretaceae av ocasional

trapoeraba Tradescantia fluminensis

Commelinaceae he comum

Tripogandra diuretica

Commelinaceae he comum

erva-de-passarinho

Griselinia ruscifolia Cornaceae he comum

guaperê Lamanonia speciosa

Cunoniaceae av comum

gramimunha Weinmannia paulliniifolia

Cunoniaceae av comum

xaxim-de-espinho Alsophila setosa Cyatheaceae ab comum

xaxim-de-espinho Cyathea atrovirens Cyatheaceae ab comum

xaxim-de-espinho Cyathea corcovadensis

Cyatheaceae ab comum

capim Rhynchospora floribunda

Cyperaceae he comum

capim-navalha Rynchospora corymbosa

Cyperaceae he comum

Page 86: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.

86 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ

Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência

samambaia-das-taperas

Pteridium arachnoideum

Dennstaedtiaceae he comum

xaxim-bugio Dicksonia sellowiana

Dicksoniaceae ab comum

Dioscorea monadelpha

Dioscoreaceae li comum

Diplazium petersenii

Dryopteridaceae hep comum

samambaia-preta Rumohra adiantiformis

Dryopteridaceae he comum

sapopema Sloanea lasiocoma Elaeocarpaceae av comum

cocão Erythroxylum deciduum

Erythroxylaceae av comum

cocão-miúdo Erythroxylum gonocladum

Erythroxylaceae ab ocasional

cocãozinho Erythroxylum myrsinites

Erythroxylaceae at comum

laranjeira-brava Actinostemon concolor

Euphorbiaceae at marginal

Bernardia pulchella Euphorbiaceae ab comum

Croton celtidifolius Euphorbiaceae at ocasional

sangra-d'água Croton urucurana Euphorbiaceae av ocasional

mandioqueiro-do-mato

Manihot grahamii Euphorbiaceae ab comum

leiteiro Sapium glandulatum

Euphorbiaceae av comum

leiteirinho Sebastiania brasiliensis

Euphorbiaceae av comum

branquilho Sebastiania commersoniana

Euphorbiaceae av comum

sarandi Sebastiania schottiana

Euphorbiaceae ab ocasional

jacarandázinho Dalbergia brasiliensis

Fabaceae av comum

timbó Dalbergia frutescens

Fabaceae li/ab comum

corticeira-do-banhado

Erythrina crista-galli Fabaceae av comum

corticeira-da-serra

Erythrina falcata Fabaceae av comum

jetirana Galactia speciosa Fabaceae ab comum

rabo-de-bugio Lonchocarpus campestris

Fabaceae av comum

embira-de-sapo Lonchocarpus subglaucescens

Fabaceae av comum

jacarandá-branco Machaerium paraguariense

Fabaceae av comum

sapuva Machaerium stipitatum

Fabaceae av ocasional

olho-de-pomba Banara parviflora Flacourtiaceae av comum

cambroé-mirim Banara tomentosa Flacourtiaceae av comum

Page 87: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.

87 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ

Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência

guassatunga Casearia decandra Flacourtiaceae av comum

cambroé Casearia lasiophylla

Flacourtiaceae av comum

guassatunga-preta

Casearia obliqua Flacourtiaceae av comum

cafezeiro-do-mato

Casearia sylvestris Flacourtiaceae av comum

guassatunga Prockia crucis Flacourtiaceae av comum

açucará Xylosma ciliatifolia Flacourtiaceae av comum

açucará Xylosma pseudosalzmanii

Flacourtiaceae av comum

rainha-das-alturas

Sinningia douglasii Gesneriaceae hep comum

Cochlidium serrulatum

Grammitidaceae hep comum

Trichomanes pyxidiferum

Hymenophillaceae hep comum

Trichomanes hymenoides

Hymenophyllaceae hep comum

congonha-do-banhado

Citronella gongonha

Icacinaceae av ocasional

congonha-graúda Citronella paniculata

Icacinaceae av comum

sálvia-vermelha Salvia melissaefolia Lamiaceae he ocasional

canela-raposa Cinnamomum sellowianum

Lauraceae av comum

canela-alho Cinnamomum vesiculosum

Lauraceae av comum

canela-fogo Cryptocarya aschersoniana

Lauraceae av comum

canela-fedida Nectandra grandiflora

Lauraceae av comum

canela-amarela Nectandra lanceolata

Lauraceae av comum

canela-preta Nectandra megapotamica

Lauraceae av ocasional

canela Nectandra puberula Lauraceae av ocasional

canela Ocotea corymbosa Lauraceae av comum

canela Ocotea diospyrifolia Lauraceae av ocasional

canela Ocotea elegans Lauraceae av comum

canela Ocotea glaziovii Lauraceae av ocasional

canela Ocotea indecora Lauraceae av comum

canelinha Ocotea nutans Lauraceae av comum

canela-sassafrás Ocotea odorífera Lauraceae av comum

imbuia Ocotea porosa Lauraceae av comum

canela-guaicá Ocotea puberula Lauraceae av comum

canela-lageana Ocotea pulchella Lauraceae av comum

canela Ocotea silvestris Lauraceae av comum

pau-andrade Persea major Lauraceae av comum

uvarana Cordyline dracaenoides

Liliaceae at comum

Page 88: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.

88 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ

Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência

barbasco Buddleja brasiliensis

Loganiaceae he comum

esporão-de-galo Strychnos brasiliensis

Loganiaceae at ocasional

erva-de-passarinho

Struthanthus polyrhizus

Loranthaceae he comum

dedaleira Lafoensia pacari Lythraceae av comum

Banisteriopsis campestris

Malpighiaceae li ocasional

Heteropterys martiana

Malpighiaceae li ocasional

guanxuma Pavonia communis Malvaceae he comum

Pavonia schrankii Malvaceae ab ocasional

carrapicho Pavonia sepium Malvaceae ab comum

guanxuma Sida rhombifolia Malvaceae ab comum

caeté Ctenanthe lanceolata

Marantaceae he ocasional

pixirica Leandra australis Melastomataceae he comum

pixirica Leandra barbinervis Melastomataceae ab comum

pixirica-de-folha-prateada

Miconia cinerascens

Melastomataceae ab comum

pixiricão Miconia hiemalis Melastomataceae ab comum

pixirica Miconia pusilliflora Melastomataceae av ocasional

pixirica-de-folha-fina

Miconia sellowiana Melastomataceae at comum

quaresmeira Tibouchina sellowiana

Melastomataceae av ocasional

canjarana Cabralea canjerana Meliaceae av comum

cedro-rosa Cedrela fissilis Meliaceae av comum

pau-de-ervilha Trichilia elegans Meliaceae av ocasional

caliandra-rosa Calliandra brevipes Mimosaceae ab ocasional

ingá-feijão Inga marginata Mimosaceae av comum

ingá Inga urugüensis Mimosaceae av comum

ingá-verde Inga virescens Mimosaceae av comum

bracatinga-de-campo- mourão

Mimosa flocculosa Mimosaceae at marginal

bracatinga Mimosa scabrella Mimosaceae av comum

pimenteira Mollinedia clavigera Monimiaceae at comum

pimenteira Mollinedia elegans Monimiaceae at comum

capixim Mollinedia schottiana

Monimiaceae at comum

capixim Mollinedia triflora Monimiaceae at comum

capixim Mollinedia ulleana Monimiaceae at comum

figueira-vermelha Ficus luschnatiana Moraceae av comum

figueira Ficus moncki Moraceae av comum

capororoca Myrsine coriacea Myrsinaceae av comum

capororoca Myrsine parviflora Myrsinaceae av comum

capororocão Myrsine umbelata Myrsinaceae av comum

murta Blepharocalyx salicifolius

Myrtaceae av comum

Calycorectes Myrtaceae av comum

Page 89: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.

89 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ

Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência

australis

guamirim-ferro Calyptranthes concinna

Myrtaceae av comum

Calyptranthes hatschbachii

Myrtaceae av ocasional

guabiroba-graúda Campomanesia guavirova

Myrtaceae av comum

capoteira Campomanesia guazumifolia

Myrtaceae av marginal

guavirovinha Campomanesia rhombea

Myrtaceae av ocasional

guabiroba Campomanesia xanthocarpa

Myrtaceae av comum

grumixama-miúda Eugenia blastantha Myrtaceae av comum

guamirim Eugenia burkartiana

Myrtaceae av comum

guamirim Eugenia handroana Myrtaceae av comum

guamirim-de-folha-miúda

Eugenia hiemalis Myrtaceae av comum

cerejeira Eugenia involucrata Myrtaceae av ocasional

cambuí Eugenia moraviana Myrtaceae av comum

Eugenia multiovulata

Myrtaceae av comum

guamirim Eugenia neoverrucosa

Myrtaceae av comum

camboim Eugenia platysema Myrtaceae av comum

uvaia Eugenia pyriformis Myrtaceae av comum

guamirim Eugenia racemosa Myrtaceae av comum

ingabaú Eugenia ramboi Myrtaceae av comum

Eugenia riedeliana Myrtaceae av comum

batinga-vermelha Eugenia rostrifolia Myrtaceae av comum

guamirim Eugenia sulcata Myrtaceae av comum

pitanga Eugenia uniflora Myrtaceae av comum

Eugenia uruguayensis

Myrtaceae av comum

guamirim Eugenia verrucosa Myrtaceae av comum

guamirim Gomidesia palustris Myrtaceae av comum

guamirim Gomidesia sellowiana

Myrtaceae av comum

murta Mosiera prismatica Myrtaceae av comum

Myrceugenia alpigena

Myrtaceae av comum

cambuizinho Myrceugenia euosma

Myrtaceae av comum

Myrceugenia glaucescens

Myrtaceae av comum

guamirim Myrceugenia miersiana

Myrtaceae av comum

guamirim Myrceugenia myrcioides

Myrtaceae av comum

Myrcia affinis Myrtaceae av comum

Page 90: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.

90 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ

Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência

guamirim-ferro Myrcia arborescens Myrtaceae av comum

guamirim Myrcia breviramis Myrtaceae av comum

Myrcia cymosopaniculata

Myrtaceae av comum

guamirim Myrcia fallax Myrtaceae av comum

caingá Myrcia hatschbachii Myrtaceae av comum

cambuim Myrcia laruotteana Myrtaceae av comum

cambuí Myrcia multiflora Myrtaceae av comum

guamirim-branco Myrcia obtecta Myrtaceae av comum

guamirim-da-folha-fina

Myrcia rostrata Myrtaceae av comum

cambuí Myrcia selloi Myrtaceae av comum

Myrcia sosias Myrtaceae av comum

Myrcia venulosa Myrtaceae av comum

araçázeiro Myrcianthes gigantea

Myrtaceae av comum

guabijú Myrcianthes pungens

Myrtaceae av ocasional

cambuizinho Myrciaria tenella Myrtaceae av comum

murtilho Myrrhinium atropurpureum

Myrtaceae av comum

craveiro Pimenta pseudocaryophyllus

Myrtaceae av comum

araçá Psidium cattleianum

Myrtaceae av ocasional

brinco-de-princesa

Fuchsia regia Onagraceae li/ab comum

Ophioglossum palmatum

Ophioglossaceae hep comum

tatu Agonandra englerii Opiliaceae av ocasional

Campylocentrum aromaticum

Orchidaceae hep comum

Campylocentrum burchelii

Orchidaceae hep comum

Capanemia australis

Orchidaceae hep comum

Capanemia hatschbachii

Orchidaceae hep comum

Capanemia superflua

Orchidaceae hep comum

Cryptophoranthus juergensii

Orchidaceae hep comum

Dryadella liliputiana Orchidaceae hep comum

Erycina pusilla Orchidaceae hep comum

Gomesa recurva Orchidaceae hep comum

Isabelia pulchella Orchidaceae hep comum

Lankesterella ceracifolia

Orchidaceae hep comum

Leptotes unicolor Orchidaceae hep comum

Maxillaria acicularis Orchidaceae hep comum

Maxillaria picta Orchidaceae hep comum

Page 91: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.

91 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ

Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência

chuva-de-ouro Oncidium hookeri Orchidaceae hep comum

chuva-de-ouro Oncidium loefgrenii Orchidaceae hep comum

chuva-de-ouro Oncidium longicornu

Orchidaceae hep comum

chuva-de-ouro Oncidium paranaense

Orchidaceae hep comum

chuva-de-ouro Oncidium pulvinatum

Orchidaceae hep comum

Ornitophora radicans

Orchidaceae hep comum

Phymatidium falcifolium

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis adiri Orchidaceae hep comum

Pleurothallis aveniformis

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis crepiniana

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis grobyi Orchidaceae hep comum

Pleurothallis hatschbachii

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis hygrophila

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis luteola Orchidaceae hep comum

Pleurothallis paranaensis

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis punctata

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis recurva

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis saundersiana

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis saurocephala

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis sonderana

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis sordida

Orchidaceae hep comum

Pleurothallis violaceomaculata

Orchidaceae hep comum

orquídea-cheirosa

Prostechea fausta Orchidaceae hep comum

Psygmorchis pusilla Orchidaceae hep comum

Wullschlaegelia aphylla

Orchidaceae he ocasional

Zygostastes dasyrhiza

Orchidaceae hep comum

Fonte: BLUM, C.T, 2008 apud PARANÁ, 2015.

Page 92: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

92 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.7.4 Avaliação da Conservação do Fragmento Florestal

Tomando como base os 51 e 79, foi realizada a análise da conservação do

fragmento florestal. A Tabela 15 a seguir foi usada como base para a avaliação.

Tabela 15 - Avaliação da Conservação do Fragmento Florestal.

Variáveis (V). 1 2 3

Área (A). A <= 1ha 5ha <=A > 1ha 5 > ha

Água (H2O) – Trecho de rios ou nascentes.

Não tem água. Apenas trechos de

rios mal ou não conservados.

Trechos de rios ou nascentes preservadas.

Sinais de degradação da ocupação humana (DH) – trilhas, clareiras, lixo.

Presença muito intensa de trilhas /

clareiras / lixo ocupando quase toda a área do fragmento

florestal.

Presença de trilhas / clareiras / lixo que

ocupe a maior parte da área do

fragmento florestal.

Pouca evidência de

lixo / trilhas ou clareiras.

Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)

1 ou 2 níveis de energia.

3 níveis de energia. 4 ou mais níveis de energia.

Uso do solo externo (U.S) Industrial ou urbano de alta densidade.

Uso urbano de baixa ou média densidade.

Uso rural ou sem ocupação.

Fonte: O Autor.

Com a Tabela 15 acima foi possível realizar a avaliação dos fragmentos

florestais, a avaliação dos mesmos é apresentada a seguir em tabelas resumidas. A

avaliação feita na tabela proporciona notas para os pontos avaliados, essa nota

varia de 5 até 15, onde o impacto no fragmento é determinado pela nota obtida pelo

mesmo. No intervalo de 5 a 8 o fragmento é considerado muito impactado, de 9 a 12

o fragmento é considerado mediamente impactado e de 13 a 15 fragmento pouco

impactado.

O Primeiro fragmento florestal avaliado corresponde aos pontos A e B do 51,

e sua avaliação é apresentada na Tabela 16 a seguir.

Tabela 16 - Avaliação do Parque Pilarzinho e Nascente Rio Evaldo Wendler.

Variáveis (V). 1 2 3

Área (A). X

Água (H2O) X

Degradação da Ocupação Humana (DOH)

X

Page 93: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

93 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Variáveis (V). 1 2 3

Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)

X

Uso do solo externo (U.S) X

Fonte: O Autor.

O fragmento Parque Pilarzinho e Nascente Rio Evaldo Wendler obteve a nota

10 que está condida no intervalo que vai de 9 a 12, sendo portando um fragmento

mediamente impactado.

O Segundo fragmento florestal avaliado corresponde ao ponto E, e é a foz do

Rio Evaldo Wendler sua análise é apresenta na Tabela 17 a seguir.

Tabela 17 - Avaliação do Fragmento Foz do Rio Evaldo Wendler.

Variáveis (V). 1 2 3

Área (A). X

Água (H2O) X

Degradação da Ocupação Humana (DOH)

X

Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)

X

Uso do solo externo (U.S) X

Fonte: O Autor.

O fragmento da foz do Rio Evaldo Wendler obteve a nota 8 que está condida

no intervalo que vai de 5 a 8, sendo portando um fragmento muito impactado.

O terceiro fragmento florestal avaliado corresponde ao ponto F, que é o local

conhecido como Rio das Irmãs sua análise é apresenta na Tabela 18 a seguir.

Tabela 18 - Avaliação do Fragmento Rio das Irmãs.

Variáveis (V). 1 2 3

Área (A). X

Água (H2O) X

Degradação da Ocupação Humana (DOH)

X

Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)

X

Uso do solo externo (U.S) X

Fonte: O Autor.

Page 94: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

94 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

O fragmento Rio das Irmãs obteve a nota 10 que está condida no intervalo

que vai de 9 a 12, sendo portando um fragmento mediamente impactado.

O quarto fragmento analisado é o ponto G, conhecido como Rio Jardinete,

este ponto nem aparece no mapa de vegetação, pois sua área é próxima de 40m²,

mesmo assim esse “fragmento” foi analisado e é apresentado na Tabela 19:

Tabela 19 - Avaliação do Fragmento Rio Jardinete.

Variáveis (V). 1 2 3

Área (A). X

Água (H2O) X

Degradação da Ocupação Humana (DOH)

X

Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)

X

Uso do solo externo (U.S) X

Fonte: O Autor.

O fragmento do Rio Jardinete obteve a nota 7 que está condida no intervalo

que vai de 5 a 8, sendo portando um fragmento muito impactado.

O último fragmento avaliado está localizado no lado esquerdo do ponto A

próximo ao Parque Pilarzinho, em nossa análise foi chamado de fragmento 5, sua

avaliação é apresentada na Tabela 20.

Tabela 20 - Avaliação do Fragmento 5.

Variáveis (V). 1 2 3

Área (A). X

Água (H2O) X

Degradação da Ocupação Humana (DOH)

X

Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)

X

Uso do solo externo (U.S) X

Fonte: O Autor.

O fragmento 5 obteve a nota 9 que está condida no intervalo que vai de 9 a

12, sendo portando um fragmento mediamente impactado.

Os fragmentos montante a foz são todos mediamente impactados, exceto o

fragmento do Rio Jardinete que é muito impactado, assim como a fragmento que

Page 95: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

95 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

contém a foz do Rio Evaldo Wendler, com isso nota-se que os impactos na

vegetação e consequentemente na bacia são decorrentes do mal estado do Rio

Jardinete e do Rio Evaldo Wendler que começa a se deteriorar mais fortemente a

partir do momento que o Rio Jartinete desagua nele. Outro fator que expressa a

degradação dos fragmentos é que eles se encontram todos isolados sem a presença

de corredores ecológico, privando as espécies de realizar a troca genética com

indivíduos de outra porção.

Page 96: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

96 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

1.8 FAUNA

Entende-se como Fauna o conjunto de espécies de animais existentes num

determinado ambiente. A Fauna é um recurso natural renovável que se inter-

relaciona consigo mesmo e com os demais componentes do ecossistema

(BOLLMANN, 2015).

Com a proximidade da ocupação antrópica nos biomas, a fauna subdividi-se

em três grandes grupos, sem levar em conta a classificação taxonômica:

a. Fauna Silvestre: constituída pelas populações de animais que

originalmente habitavam o local antes da ocupação humana, e para os

quais não há influência sobre os padrões do processo de seleção

natural, ou esta é pequena (BOLLMANN, 2015);

b. Fauna Doméstica: com a ocupação humana, as espécies que não são

adaptáveis aos hábitos antrópicos são afugentadas ou são extintas

pela caça ou aprisionamento para fins comerciais, enquanto que as

mais adaptáveis são domesticadas (cães, gatos, ratos, insetos,

pássaros de hábitos urbanos como pombos, pardais, sabiás etc.)

(BOLLMANN, 2015);

c) População Humana: não se esquecendo que o homem, em si, é um

representante da fauna a ocupar o território (BOLLMANN, 2015);

Permanecendo dentro da análise da influência antrópica, podemos ainda

dividir a fauna quanto a proximidade com o homem, sendo ela:

a. Fauna sinantrópica: corresponde a animais invertebrados e pequenos

vertebrados que coabitam indesejavelmente com o homem no

perímetro urbano, e que podem ser vetores de doenças, causando-lhe

transtornos significativos de ordem econômica ou ambiental, ou que

Page 97: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

0 – Inexistente 1 – Raro 2 – Frequente 3 – Abundante

97 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

represente riscos à saúde pública. (ANVISA, 2009; CLICKEDUCAÇÃO,

2015);

b. Fauna circum-antrópica: compreende as espécies que estão inseridas

no em porções urbanas, alimentando-se de resíduos gerados pelas

atividades antrópicas, sem, no entanto, permitir contato humano

(BOLLMANN, 2015);

c. Fauna antropofóica: caracteriza-se da fauna silveste (BOLLMANN,

2015).

1.8.1 Levantamento da Fauna Presente na FOM

As tabelas a seguir apresentam as principais espécies que podem ser

evidenciadas na área de estudo.

Tabela 21 - Levantamento de Fauna - Peixes

PEIXES

Nome Científico Ordem ou Família

Nome Popular Fotografia Abundância

Relativa

Luciopimelodus Platanus Bagre

2

Ancistrus triradiatus Cascudo

2

Astyanax spp

Lambari

1

Fonte: IAP, 2015

Page 98: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

0 – Inexistente 1 – Raro 2 – Frequente 3 – Abundante

98 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

Tabela 22 - Levantamento de Fauna - Mamíferos

MAMÍFEROS

Nome Científico Ordem ou Família

Nome Popular Fotografia Abundância

Relativa

Família Didelphidae Gambá

2

Dasypus novemcinctus Tatu

2

Ordem Chiroptera

Morcego

1

Guerlinguetus ingrami Serelepe

2

Cavia aperea Preá

2

Dasyprocta azarae Cutia

1

Família erethyzontidae Ouriço 2

Page 99: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

0 – Inexistente 1 – Raro 2 – Frequente 3 – Abundante

99 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

MAMÍFEROS

Nome Científico Ordem ou Família

Nome Popular Fotografia Abundância

Relativa

Rattus norvegicus Ratazana

2

Rattus rattus Rato

1

Mus musculus Camundongo

2

Fonte: IAP, 2015

Tabela 23 - Levantamento de Fauna - Aves

AVES

Nome Científico Ordem ou Família

Nome Popular Fotografia Abundância

Relativa

Família Anatídae Marreca

1

Penelope obscura Jacuaçu

1

Page 100: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

0 – Inexistente 1 – Raro 2 – Frequente 3 – Abundante

100 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

AVES

Nome Científico Ordem ou Família

Nome Popular Fotografia Abundância

Relativa

Podylimbus podiceps Mergulhão

1

Família Ardeidae Garça

1

Ordem Falconiformes Gavião

1

Aramides saracura Saracura

2

Vanellus chilensis Quero-Quero

3

Furnarius rufus João-de-barro

3

Page 101: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

0 – Inexistente 1 – Raro 2 – Frequente 3 – Abundante

101 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

AVES

Nome Científico Ordem ou Família

Nome Popular Fotografia Abundância

Relativa

Pitangus sulphuratus Bem-te-vi

3

Athene cunicularia Coruja

Buraqueira

2

Columbina talpacoti Rolinha roxa

3

Turdus rufiventris Sabiá

3

Fonte: IAP, 2015

Page 102: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

102 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

4. REFERÊNCIAS

PINTO, Nelson L. de Souza. Hidrologia básica. São Paulo: Edgard Blücher, 1976, 2p.

TOLEDO, Luís Gonzaga. Monitoramento dos impactos ambientais das atividades agrícolas na qualidade das águas superficiais. UPF, 2004. p. 11. Disponível em: < http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=REPIDISCA&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=23085&indexSearch=ID >. Acesso em: 25 set. 2015.

FORTUNATO A., RAFAELA, Subsídios a Prevenção e Controle de Poluição do Rio Belém, 217 págs, 2006, UFPR, Curitiba-PR. Disponível em: http://www.ppgcc.ufpr.br/dissertacoes/d0071.pdf. Acesso em: 30/09/2015.

GARCIA M., CARLOS, OBLADEN CINTHIA; MERKL CRISTIANA, Ocupação Urbana na Bacia do Rio Belém, 8 págs, PUCPR. Disponível em: http://www.bvsde.paho.org/bvsaidis/brasil20/x-010.pdf. Acesso em: 30/09/2015.

GUIA DO TURISTA, Características Geomorfológicas de Curitiba. Disponível em: http://www.guiadoturista.net/parana/curitiba.html, Acesso em: 30/09/2015.

CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA, Lei Ordinária 10581, Curitiba, 14 de Novembro de 2002. Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/legislac ao/busca?q=Manifes Acesso: 30/09/15.

BETTEGA, J. M. P. R. et al. Métodos analíticos no controle microbiológico da água para consumo humano. Ciência e Agrotecnologia. Lavras, v. 30, n. 5, p. 950-954, 2006.

VILHENA, Jéssica Caroline Evangelista; JÚNIOR, Arialdo Martins da Silveira; DUARTE, Anamaria de Sousa. Monitoramento de coliformes totais e de E. coli em águas provenientes de poços e do sistema de abastecimento público utilizadas para consumo humano no bairro de Santa Rita, Macapá-AP, Brasil. Disponível em: < http://www.sbpcnet.org.br/livro/61ra/resumos/resumos/6214.htm >. Acesso em: 10 out. 2015.

OLIVEIRA, Aline Maxiline Pereira. Alcalinidade e dureza das águas. Disponível em: < http://www.kurita.com.br/adm/download/Alcalinidade_e_Dureza.pdf >. Acesso em: 10 out. 2015.

BATALHA, Ben-Hur Luttembarck. Controle da qualidade da água para consumo humano; bases e conceitos operacionais. São Paulo. CETESB, 1977. 198 p.

CETESB – COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Variáveis de qualidade das águas. Disponível em: < http://cetesb.sp.gov.br/aguas-interiores/wp-content/uploads/sites/32/2013/11/variaveis.pdf >. Acesso em: 10 out. 2015.

Page 103: Bacia do Rio Evaldo Wendler

Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.

103 Estudo de Caso

da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler

BOLLMANN, Harry Alberto; EDWIGES, Thiago. Avaliação da qualidade das águas do Rio Belém, Curitiba-PR, com o emprego de indicadores quantitativos e perceptivos. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-41522008000400013#end >. Acesso em: 07 out. 2015.

PEREIRA, Adelmo Gomes. Remoção de ferro em águas de abastecimento, maximização da eficiência dos processos oxidativos, seguidos de filtração direta-condicionantes e resultados práticos. Disponível em: < http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/abes23/I-089.pdf >. Acesso em: 07 out. 2015.

SUDERHSA – Sistema De Informações Geograficas Para Gestão De Recursos Hídricos No Alto Iguaçu. Disponibilidade hídrica quantitativa e qualitativa. Disponível em: < http://www.aguasparana.pr.gov.br/arquivos/File/COALIAR/Publicacoes/plano_de_bacias/cap06_disponibilidade.pdf >. Acesso em: 07 out. 2015.

IAP – Instituto Das Águas Do Paraná. Guabirotura. Disponível em: < http://www.aguasparana.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=61 >. Acesso em: 07 out. 2015.

CETESB – Companhia Ambiental Do Estado De São Paulo. Águas. Disponível em: < http://aguasinteriores.cetesb.sp.gov.br/ >. Acesso em: 25 set. 2015.

REIS, Lineu Belico dos. Geração de energia elétrica. 2 ed. Barueri: Manole, 2011, 71p.

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