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Estudo de caso da bacia do rio evaldo wendler - Curitiba-Pr
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Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Estudo de Caso da Bacia Hidrográfica
do Rio Evaldo Wendler
A EMPRESA
A Light Solutions Ltda, é uma empresa de Consultoria e Assessoria Ambiental
voltada para a solução dos mais diversos problemas, além do desenvolvimento e
execução de projetos ambientais, podendo atender a empresas de pequeno a
grande porte. Nossa empresa atua nos mais diversos segmentos do mercado,
incluindo Indústrias, Mineradoras, Construtoras, Empreendimentos Hidrelétricos,
Saneamento e Comércio em Geral.
A empresa tem como foco a busca da qualidade, equilíbrio com o meio
ambiente, ética e a plena satisfação de seus clientes, para isso, a Light Solutions
Ltda conta com uma equipe multidisciplinar capacitada, com ampla experiência de
mercado. A equipe é composta por um Técnico Químico, uma Técnica em Meio
Ambiente, além de Engenheiros Ambientais em formação.
Atualmente, a Light Solutions Ltda presta os seguintes serviços:
Licenciamento Ambiental completo para todas as categorias supracitadas;
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), Plano de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Saúde (PGRSS);
Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA);
Auxilia na Gestão Ambiental (ISO 14.001) e Auditorias;
Realiza a construção de Planos para a Recuperação de Áreas
Degradadas (PRAD);
Planos de Controle Ambiental (PCA);
Educação Ambiental, Treinamento e Capacitação.
A Light Solutions Ltda está preparada para satisfazer as suas necessidades
com qualidade e comprometimento, sempre buscando o cumprimento da legislação
ambiental, a preservação e a conservação do meio ambiente.
Quem somos:
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Estudo de Caso da Bacia Hidrográfica
do Rio Evaldo Wendler
Camila de Azevedo Zanella
Técnica em Meio Ambiente e Engenheira Ambiental
CREA: PR-00001/D.
Gabriel Troyan Rodrigues
Técnico em Administração de Empresas e Engenheiro
Ambiental
CREA: PR-00002/D.
João Vitor Correia
Engenheiro Ambiental
CREA: PR-00005/D.
Lucas Coletti
Engenheiro Ambiental
CREA: PR-00003/D.
Wesley de Pontes
Técnico Químico e Engenheiro Ambiental
CREA: PR-00004/D.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Estudo de Caso da Bacia Hidrográfica
do Rio Evaldo Wendler
RESUMO
O presente trabalho discorre sobre a caracterização da Sub-Bacia Hidrográfica Evaldo Wendler, com sua nascente localizada no Bairro Pilarzinho, no Município de Curitiba. Para tanto, foram realizadas inúmeras pesquisas a fim de caracterizar o meio natural da sub-bacia, em todos os extratos, sejam eles a atmosfera, hidrosfera, litosfera, flora e fauna da região. Para as pesquisas, foram necessárias inúmeras consultas bibliográficas, visitas ao local para a análise perceptiva além de conversas com moradores da região para chegar às conclusões expostas no trabalho. A seguir, as conclusões de cada uma das etapas foram expressas em detalhes pela equipe da Light Solutions Ltda, contendo os cálculos, análises bibliográficas e mapas representativos. Para esse tema, a equipe chegou a várias conclusões sobre o uso do solo, poluição hídrica, poluição atmosférica, determinação do tipo de clima, entre outros. Assim, a equipe pode colocar em prática toda a experiência adquirida durante o curso até o seguinte momento.
Palavras-chave: Meio natural; Sub-bacia hidrográfica; Poluição; Atmosfera; Litosfera; Hidrosfera; Flora; Fauna.
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Estudo de Caso da Bacia Hidrográfica
do Rio Evaldo Wendler
ABSTRACT
This designe discusses about the characterization of the Sub-Basin hydrographic Evaldo Wendler, with its source located in Pilarzinho district, in Curitiba. To this end, we carried out extensive research in order to characterize the natural environment of the sub-basin, in all strata, whether the atmosphere, hydrosphere, lithosphere, plants and animals. For research, it took numerous bibliographic consultations, site visits to the perceptive analysis as well as conversations with local residents to reach conclusions in work. The following conclusions of each stage were expressed in detail by the team at Light Solutions Ltda, containing the calculations, bibliographic analysis and representative maps. For this theme, the team reached several conclusions about land use, water pollution, air pollution, determining the type of weather, among others. So the team can put into practice all the experience gained during the course to the next.
Keywords: Wild; Sub-basin; Pollution; Atmosphere; Lithosphere; Hydrosphere; plants; animals.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Classificação de Köppen-Geigeré ......................................................... 21
Figura 2 - Classificação de Köppen-Geigeré em Escala Global ............................ 21
Figura 3 - Classificação de Koppeng em Escala Estadual ..................................... 22
Figura 4 - Precipitação Acumulada Mensalmente (2004-2014) ............................. 23
Figura 5 - Temperatura e Precipitação Acumulada em Curitiba (1961-1990) ........ 24
Figura 6 - Padrões Nacionais de Qualidade do Ar ................................................. 25
Figura 7 - Estações de Monitoramento de Qualidade do Ar .................................. 27
Figura 8 - Estação Ouvidor Pardinho - PI .............................................................. 28
Figura 9 - Estação Santa Cândida – SO2 ............................................................... 28
Figura 10 - Estação Ouvidor Pardinho – SO2 ....................................................... 28
Figura 11 - Estação Ouvidor Pardinho – CO ........................................................ 28
Figura 12 - Estação Ouvidor Pardinho – NO2 ....................................................... 29
Figura 13 - Estação Ouvidor Pardinho – PTS ....................................................... 29
Figura 14 - Estação Ouvidor Pardinho – O3 ......................................................... 29
Figura 15 - Estação Santa Cândida – O3 .............................................................. 29
Figura 16 - Estação Santa Cândida – NO2 ........................................................... 30
Figura 17 - Ciclo Hidrológico ................................................................................ 32
Figura 18 - Monitoramentos da Qualidade da Água - Bacia do Rio Belém ........... 45
Figura 19 - Oito possíveis alterações na comunidade aquática. .......................... 47
Figura 20 - Instrumento de Avaliação do Índice de Atividade Antrópica ............... 49
Figura 21 - Indicador Perceptivo Para a Qualidade da Água ................................ 50
Figura 22 - Geologia do Município de Curitiba ..................................................... 58
Figura 23 - Relevo da Bacia Hidrográfica do Rio Belém ....................................... 59
Figura 24 - Extensão Média do Escoamento Superficial ...................................... 67
Figura 25 - Degradabilidade e Instabilidade das Rochas ..................................... 70
Figura 26 - Suscetibilidade a Erosão de Vários Litotipos ...................................... 71
Figura 27 - Gráfico do Coeficiente de Fournier ..................................................... 73
Figura 28 - Alturas Mensais de Precipitação ........................................................ 74
Figura 29 - Alturas Anuais de Precipitação ........................................................... 75
Figura 30 - Determinação do Potencial de Erosão ............................................... 76
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Figura 31 - Perfil Esquemático da FOM (Floresta-de-Araucária) .......................... 78
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Parâmetros Químicos da Água – Aquífero Guabirotuba (ppm). ............ 37
Tabela 2 - Enquadramento das classes segundo a destinação para águas doces 39
Tabela 3 - Critérios de Qualidade Para Águas Doces (CONAMA 357) .................. 40
Tabela 4 - Enquadramento do Rio Evaldo Wendler. ............................................... 45
Tabela 5 - Rio Evaldo Wendler – Bosque do Pilarzinho. ........................................ 52
Tabela 6 - Rio Evaldo Wendler – Nascente ............................................................ 52
Tabela 7 - Rio Evaldo Wendler – Rua Leonor Castellano ...................................... 53
Tabela 8 - Rio Evaldo Wendler – Rua Nilo Peçanha .............................................. 54
Tabela 9 - Rio Evaldo Wendler – Foz ..................................................................... 55
Tabela 10 - Nascente das Irmãs............................................................................ 55
Tabela 11 - Rio no Jardinete ................................................................................. 56
Tabela 12 - Tabela de Declividades - SBCS e Embrapa (2006) ........................... 71
Tabela 13 - Análise da Erosão Potencial ............................................................... 73
Tabela 14 - Espécies vegetais características da FOM no Estado do Paraná ...... 82
Tabela 15 - Avaliação da Conservação do Fragmento Florestal. .......................... 92
Tabela 16 - Avaliação do Parque Pilarzinho e Nascente Rio Evaldo Wendler. ..... 92
Tabela 17 - Avaliação do Fragmento Foz do Rio Evaldo Wendler. ....................... 93
Tabela 18 - Avaliação do Fragmento Rio das Irmãs.............................................. 93
Tabela 19 - Avaliação do Fragmento Rio Jardinete............................................... 94
Tabela 20 - Avaliação do Fragmento 5. ................................................................. 94
Tabela 21 - Levantamento de Fauna - Peixes ....................................................... 97
Tabela 22 - Levantamento de Fauna - Mamíferos................................................. 98
Tabela 23 - Levantamento de Fauna - Aves ......................................................... 99
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
NBR Norma Brasileira Regulamentar
a.n.m. Acima Nível do Mar
FOM Floresta Ombróla Mista
SBCS Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
Cfb Clima Temperado Marítimo Úmido
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
PRONAR Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
IAP Instituto Ambiental do Paraná
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
STC Santa Cândida
PAR Ouvidor Pardinho
SUDERHSA Superintendência de Recursos. Hídricos e Saneamento Ambiental
VPM Valor Máximo Permitido
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LISTA DE SÍMBOLOS
% Porcento
PI Partículas inaláveis
SO2 Dióxido de Enxofre
CO Monóxido de Carbono
CO2 Dióxido de Carbono
NO Monóxido de Nitrogênio
NO2 Dióxido de Nitrogênio
O3 Ozônio
PTS Partículas Totais Suspensas
m Metro
mm Milímetro
mL Mililitro
L Litro
m3/h Metros cúbico por hora
m3/ano Metros cúbico por ano
h/dia Hora por dia
L/s.km² Litros por quilômetro quadrado segundo
mg/L Miligrama por Litro
CaCO3 Carbonato de Cálcio
pH Potencial Hidrogeniônico
ppm Parte por milhão
DBO Demanda bioquímica de oxigênio
DQO Demanda química de oxigênio
°C Graus Celsius
NH4+ Íon Amônio
N2 Gás Nitrogênio
OD Oxigênio dissolvido
km Quilômetro
km2 Quilômetro quadrado
m³/km².ano Metro cúbico por quilômetro quadrado ano
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km/km2 Quilômetro por quilômetro quadrado
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 13
1.1 EQUIPE TÉCNICA ....................................................................................... 13
2. HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA ........................ 14
1.2 MAPA DE MACROLOCALIZAÇÃO .............................................................. 15
1.3 MAPA DE MICROLOCALIZAÇÃO................................................................ 17
3. CARACTERÍSTICAS DO MEIO NATURAL ..................................................... 19
1.4 ATMOSFERA ............................................................................................... 20
1.4.1 Climatologia ...................................................................................... 20
1.4.2 Qualidade do ar ................................................................................ 24
1.5 HIDROSFERA .............................................................................................. 31
1.5.1 Ciclo das Águas ............................................................................... 31
1.5.2 Águas Subterrâneas......................................................................... 32
1.5.2.1 Disponibilidade dos Recursos Hídricos .......................................... 33
1.5.2.1.1 Aquífero ................................................................................... 34
1.5.2.2 Qualidade dos Recursos Hídricos .................................................. 36
1.5.2.2.1 Caracterização Hidroquímica .................................................. 36
1.5.2.2.2 Qualidade da Água para o Consumo Humano ........................ 36
1.5.3 Águas Superficiais ........................................................................... 38
1.5.3.1 Disponibilidade dos Recursos Hídricos .......................................... 38
1.5.3.2 Qualidade dos Recursos Hídricos .................................................. 39
1.5.3.2.1 Qualidade físico-química e bacteriológica: .............................. 40
1.5.3.2.2 Qualidade Biológica e Ecotoxicológica. ................................... 46
1.5.3.2.3 Influência Antrópica na Qualidade das Águas da Sub Bacia do
Rio Evaldo Wendler .................................................................................. 49
1.6 LITOSFERA .................................................................................................. 58
1.6.1 Geomorfologia da Bacia .................................................................. 58
1.6.2 Caracteristicas Morfométricas ........................................................ 60
1.6.2.1 Perímetro: ....................................................................................... 60
1.6.2.2 Área de drenagem total: ................................................................. 60
1.6.2.3 Comprimento axial: ......................................................................... 60
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Estudo de Caso da Bacia Hidrográfica
do Rio Evaldo Wendler
1.6.2.4 Coeficiente de compacidade: ......................................................... 61
1.6.2.5 Fator de forma: ............................................................................... 61
1.6.2.6 Declividade média da bacia: ........................................................... 62
1.6.2.7 Declividade mediana da bacia: ....................................................... 64
1.6.2.8 Comprimento Total dos Cursos d’Água: ......................................... 64
1.6.2.9 Ordem dos Cursos d’Água: ............................................................ 64
1.6.2.10 Densidade de Drenagem: ............................................................. 66
1.6.2.11 Exensão Média do Escoamento Superficial: ................................ 66
1.6.2.12 Sinuosidade: ................................................................................. 67
1.6.2.13 Declividade de Álveo: ................................................................... 68
1.6.2.14 Altitude: ........................................................................................ 68
1.6.3 Potencial Erosivo da Sub-Bacia ...................................................... 69
1.7 FLORA .......................................................................................................... 77
1.7.1 Cobertura Florestal (Quantitativo) .................................................. 78
1.7.2 Formação Potencial ......................................................................... 82
1.7.2.1 Floresta Ombrofila Mista Montana .................................................. 82
1.7.3 Riqueza e Diversidade de Espécies ................................................ 82
1.7.4 Avaliação da Conservação do Fragmento Florestal ..................... 92
1.8 FAUNA ......................................................................................................... 96
1.8.1 Levantamento da Fauna Presente na FOM .................................... 97
4. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 102
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
13 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1. APRESENTAÇÃO
O trabalho apresentado a seguir visa o estudo da Bacia Hidrográfica do Rio
Evaldo Wendler, localizado na região de Curitiba. A partir de visitas técnicas que
foram realizadas no dia quatro (04) de outubro de 2015, para o conhecimento da
área e coleta de dados, para o presente estudo foram realizadas pesquisa digital e
bibliográfica, sendo definidos alguns aspectos da bacia, como: as caracacteristicas
do meio natural, tal o qual teremos o meio atmosférico, hidrológico, litosfera, flora e
fauna.
O Rio Evaldo Wendler conhecido também como Córrego dos Imigrantes,
situa-se inteiramente na região ao norte de Curitiba, sendo que grande parte se
encontra no bairro Pilarzinho. O córrego é um dos afluentes do Rio Belém,
possuindo alguns pontos gravementes afetados pela relação antrópica com o
desenvolvimento urbano.
1.1 EQUIPE TÉCNICA
A Equipe da Light Solutions conta com engenheiros especialista no estudo do
meio natural e urbano, conciliando a qualidade de vida e ambiental, rumo ao
desenvolvimento sustentável.
________________________________ ________________________________
Engª Camila de Azevedo Zanella
CREA: PR-00001/D.
Engº Gabriel Troyan Rodrigues
CREA: PR-00002/D.
________________________________ ________________________________
Engº João Vitor Correia
CREA: PR-00005/D.
Engº Lucas Coletti
CREA: PR-00003/D.
________________________________
Engº Wesley de Pontes
CREA: PR-00004/D.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
14 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
2. HISTÓRICO E LOCALIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA
O Rio Evaldo Wendler é uma das Sub Bacias do Rio Belém, que por sua vez
pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Iguaçu. Este está localizado no município de
Curitiba – PR, quase que inteiramente no Bairro Pilarzinho, e com uma pequena
parte localizada no Bairro São Lourenço, totalizando uma área de 8,85 km². Esta
Sub Bacia é afluente do principal Rio do Município de Curitiba, o Belém, cujo qual
está bastante degradado devido aos despejos irregulares de esgoto, destruição da
mata ciliar e o alto índice de ocupação em suas margens. Para o Rio Evaldo
Wendler a situação não é muito diferente em alguns pontos, o que se verifica ao
longo do estudo de caso.
Durante a história do Rio Evaldo Wendler, ele já possuiu dois outros nomes, o
primeiro foi o Córrego do Pilarzinho, porém, por ter uma parte localizada no Bairro
São Lourenço decidiu-se um novo nome, Córrego dos Imigrantes, projeto de lei nº
10.581 que foi votado na Câmara Municipal de Curitiba em 2002, alterando mais
uma vez o nome do rio. Hoje, ele é chamado por Rio Evaldo Wendler, porém, ainda
podem se encontrar informações baseados nos nomes acima citados.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
15 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.2 MAPA DE MACROLOCALIZAÇÃO
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
16 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
17 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.3 MAPA DE MICROLOCALIZAÇÃO
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
18 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
19 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
3. CARACTERÍSTICAS DO MEIO NATURAL
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
20 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.4 ATMOSFERA
A atmosfera pode ser definida como uma camada que envolve a terra, a qual
é dividida em cinco (05) categorias, que possuem diferentes características. Essas
camadas são compostas por diversos gases, essenciais para a vida na terra.
“A existência da atmosfera é vital para a manutenção da biosfera terrestre. É
nela que se passam os fenômenos climáticos. Se não existisse essa massa gasosa,
não haveria vida na Terra, nem ocorreriam ventos, chuvas, nuvens e outros
fenômenos meteorológicos. ” (José Bueno Conti)
1.4.1 Climatologia
Climatologia pode ser definida como a ciência que estuda o clima na terra,
sendo o clima descrito como: “o ambiente atmosférico constituído pela série de
estados da atmosfera (estados de tempo) sobre um lugar em sua sucessão habitual.
” (Max Sorre). ”O clima, portanto, refere-se ás características da atmosfera, inferidas
de observações contínuas durante um longo período. ” (J.O.Ayoade)
A partir da importância e influência do clima em determinada região, foram
elaboradas diversas classificações climáticas para estudo do clima, entre elas, a
mais utilizada hoje em dia que é a Classificação de Köppen-Geigeré, estabelecida
pelo climatologista Wladimir Köppen e seu colega Rudolf Geiger, datada do século
20. A classificação mencionada é dividida em três critérios e relaciona a vegetação
típica de cada região, com sua temperatura média e precipitação, sendo a
vegetação a maior responsável pela influência nesta classificação. Cada critério é
representado por uma letra, sendo a primeira letra maiúscula que representa a
característica geral do clima, a segunda letra, minúscula ou maiúscula, descreve o
clima dentro de sua categoria e, a terceira letra, minúscula que representa
temperatura média mensal.
A 20 descreve mais detalhadamente a Classificação de Köppen-Geigeré.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
21 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 1 - Classificação de Köppen-Geigeré
Fonte: SETZER (1966)
O mapa abaixo, elaborada pela Universidade de Melbourne Australia, mostra
a classificação de Köppen-Geigeré aplicada em escala global, no qual verificamos a
classificação associada a localização de cada região, assim como a vegetação típica
de cada local.
Figura 2 - Classificação de Köppen-Geigeré em Escala Global
Fonte: Universidade de Melbourne
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
22 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
O estado do Paraná, situado na região sul do Brasil, está compreendido entre
os paralelos de 22o30’ e 26o29’ de latitude Sul, caracteriza-se, do ponto de vista
climático, como uma região de transição entre os climas tropical quente e úmido e o
subtropical úmido, que domina, de modo geral, a região sul do país. Dando ação de
massas de ar quente e frias, em especial as massas de ar tropical marítima e polar
(MONTEIRO, 1968).
A 22 corresponde a Classificação de Koppeng em uma escala estadual.
Conclui-se pela analise da imagem que Curitiba e a bacia de estudo estão situados
na região de Clima Temperado Marítimo Úmido (Cfb). Portanto Curitiba está
localizada em uma região de clima temperado a qual justifica o primeiro critério de
sua classificação.
Figura 3 - Classificação de Koppeng em Escala Estadual
Fonte: IAPAR (2014)
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
23 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
A 23 retirada do instituto de águas do paraná, mostra a precipitação
acumulada mensalmente de 2004 a 2014. A partir da interpretação dos dados, torna-
se pertinente relacionar a classificação de Koppeng de Curitiba com os dados da
tabela, comprovando que em Curitiba há ocorrência de precipitação em todos os
meses do ano. Assim verifica-se o segundo critério da classificação.
Cada vez é mais frequente a ocorrência de enchentes em Curitiba, isto
acontece principalmente pela interferência humana em cursos d’água, seja pela
impermeabilização do solo ou o despejo de lixo em locais inadequados. Outro fator
que influência tal acontecimento é o elevado índice de precipitações em certas
épocas do ano. A partir disso e com base nos dados representados a seguir,
verifica-se que a maior ocorrência de chuva ocorre no mês de janeiro, logo, fica
evidente que este é o mês com maior propensão a enchentes, tanto em Curitiba
como na bacia em estudo.
Figura 4 - Precipitação Acumulada Mensalmente (2004-2014)
Fonte: Instituto das Águas do Paraná (2014)
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
24 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
A 24 a seguir expressa a temperatura e a precipitação acumulada em Curitiba
mensalmente de 1961 a 1990. Correlacionando a tabela a seguir e as características
da Classificação de Koppeng, é pertinente reafirmar que Curitiba corresponde a sua
classificação e comprovando o terceiro critério de Classificação.
Figura 5 - Temperatura e Precipitação Acumulada em Curitiba (1961-1990)
Fonte: Embrapa (2003)
1.4.2 Qualidade do ar
O estudo da qualidade do ar vem ganhando cada vez mais importância.
Através do CONAMA em 1989 foi estabelecido o PRONAR, com a função de limitar
a emissão de poluentes atmosféricos e o propósito de “permitir o desenvolvimento
econômico e social do pais de forma ambientalmente segura, pela limitação dos
níveis de emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica, com vistas á
melhora da qualidade do ar, ao atendimento dos padrões estabelecidos e o não
comprometimento da qualidade do ar nas áreas consideradas não degradadas”
(CONAMA 1989). Desta maneira foram elaborados padrões para a qualidade do ar,
de acordo com a Resolução Conama 003/1990.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
25 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Art. 1º - São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral.
Art. 2º - Para os efeitos desta Resolução ficam estabelecidos os seguintes conceitos:
I – Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população.
II – Padrões Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral.
A tabela 1 abaixo define os valores de padrões primários e secundários nacionais para cada poluente, a formula de cálculo para cada padrão e seu respectivo Método de Medição, com base na Resolução Conama 003/1990.
A 25 a seguir apresenta algumas características referentes aos poluentes e
partículas inaláveis encontradas na atmosfera.
Figura 6 - Padrões Nacionais de Qualidade do Ar
Fonte: PRONAR (1990)
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
26 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Fonte: CETESB
O objetivo do controle de poluição atmosférica é baseado em três princípios
importantes: a proteção contra os comprovados impactos adversos, a prevenção
contra os possíveis impactos adversos e a motivação ética que é o prazer de viver
num ambiente limpo e saudável. (IAP 2012)
Em Curitiba e região metropolitana a um total de doze estações de
monitoramento de qualidade do ar, sendo cinco situadas em Curitiba, uma em
Colombo e outras seis em Araucária.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
27 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 7 - Estações de Monitoramento de Qualidade do Ar
Fonte: IAP (2012)
A partir dos dados obtidos do Instituto Ambiental do Paraná, referente ao
Relatório Anual da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba, foram
estabelecidas duas estações próximas a bacia de estudo para a análise da
qualidade do ar. As respectivas estações escolhidas foram a de Santa Cândida
(STC) e Ouvidor Pardinho (PAR). Essa duas foram escolhidas devido principalmente
a proximidade do local de estudo e maior quantidade de dados disponíveis.
Em seguida foi feito o levantamento dos seguintes poluentes: Partículas
Totais em Suspensão (PTS), Partículas inaláveis (PI), Dióxido de Enxofre (SO2),
Monóxido de Carbono (CO), Ozônio (O3), Dióxido de Nitrogênio (NO2). As imagens
a seguir mostram os valores obtidos para cada estação e poluente.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
28 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 8 - Estação Ouvidor Pardinho - PI
Fonte: IAP (2012)
Figura 9 - Estação Santa Cândida – SO2
Fonte: IAP (2012)
Figura 10 - Estação Ouvidor Pardinho – SO2
Fonte: IAP (2012)
Figura 11 - Estação Ouvidor Pardinho – CO
Fonte: IAP (2012)
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
29 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 12 - Estação Ouvidor Pardinho – NO2
Fonte: IAP (2012)
Figura 13 - Estação Ouvidor Pardinho – PTS
Fonte: IAP (2012)
Figura 14 - Estação Ouvidor Pardinho – O3
Fonte: IAP (2012)
Figura 15 - Estação Santa Cândida – O3
Fonte: IAP (2012)
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30 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 16 - Estação Santa Cândida – NO2
Fonte: IAP (2012)
Através da análise dos valores obtidos infere-se que os componentes PI, SO2,
CO, PTS, O3 em ambas as estações estão abaixo do padrão secundário, ou seja,
não representam risco a saúde humana, ou dano a flora e fauna. Quanto ao
poluente NO2, o mesmo ultrapassa o padrão secundário para a concentração média
por hora, porém não excede o padrão primário, isso ocorre em ambas as estações.
É pertinente afirmar que devesse tomar medidas para o controle desse poluente
antes que possa afetar a qualidade de vida da população.
Um fator importante também a ser abordado foi a impossibilidade de
determinar a concentração do poluente de fumaça, já que os dados foram
insuficientes para medir tal componente.
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31 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.5 HIDROSFERA
1.5.1 Ciclo das Águas
A água como a conhecemos se formou a cerca de 4,5 bilhões de anos, este
líquido é formado por um átomo de hidrogênio e dois de oxigênio. Ciclo hidrológico
ou ainda clico da água realiza a renovação da água da Terra. O ciclo tem início na
radiação solar que incide no planeta, essa energia é responsável pela
evapotranspiração dos reservatórios de água, rios e mares, assim como pela
transpiração das plantas (CETESB, 2015).
O vapor d’água transforma-se nas nuvens, as quais tem sua movimentação
influenciada pelas correntes atmosféricas e pelo movimento de rotação do planeta. A
condensação desse vapor forma a precipitação, a mesma pode ocorrer na forma de
chuva, granizo, orvalho e neve.
Quando a precipitação se choca com a terra, sucede dois processos: o
primeiro consiste no seu escoamento superficial em direção dos canais de menor
declividade, suprindo imediatamente os rios, lagos e outros, o outro a infiltração no
solo, que supri os lençóis subterrâneos (CETESB, 2015).
De todo o montante da precipitação que atinge a superfície terrestre cerca de
dois terços retornam para a atmosfera pela transpiração vegetal e por evaporação
do solo. O restante retorna aos mares por vias subsuperficiais, superficiais e
subterrâneas (REIS, 2011). Fechando-se assim o ciclo hidrológico, a Figura 1 a
seguir representa o ciclo da água.
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32 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 17 - Ciclo Hidrológico
Fonte: Adaptado, CETESB
1.5.2 Águas Subterrâneas
As gotículas de água que se chocam com o solo a partir das precipitações,
armazenadas nas depressões do relevo, ou escorrendo superficialmente no recorrer
dos talvegues, podendo ocorrer infiltração por ação da força de capilaridade e de
gravidade. A sua alocação será função das propriedades do subsolo, do relevo do
terreno e da ação da cobertura vegetal, configurando o que se poderia nomear de
etapa subterrânea do ciclo da água (PINTO, 1976).
As águas subterrâneas são uma opção bastante interessante para o
abastecimento, devido à grande quantidade e qualidade de seus reservatórios aliado
ainda a um custo relativamente baixo de captação, sobretudo se considerar a
situação inadequada da qualidade das águas superficiais que tem um elevado custo
de tratamento e ainda associada a escassez da mesma em algumas regiões. Desse
modo, as águas subterrâneas têm se tornado um recurso estratégico para o
desenvolvimento econômico da sociedade (CETESB, 2015).
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33 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.5.2.1 Disponibilidade dos Recursos Hídricos
Para a garantia da disponibilidade e qualidade da água para os usos múltiplos
dentro de uma bacia hidrográfica é necessário seguir os padrões fixados pelas
legislações citadas a seguir. A Portaria Nº 518/2004 do Ministério da Saúde que
“estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância
da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá
outras providências”. A Resolução 274/2000 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA considera as questões de balneabilidade (recreação e contato
primário), classifica as águas doces, salobras e salinas em função de seus usos.
Das citadas acima a mais conhecida é sem dúvida a Resolução CONAMA 357 que
“dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes, e dá outras providências”.
A Resolução CONAMA 357 divide a água em classes, sendo estas: especial;
classe 1; classe 2; classe 3 e classe 4.
A classe especial é referente à águas destinadas ao consumo humano com
desinfecção, à comunidades aquáticas naturais para salvaguardo de seu equilíbrio e
à unidades de conservação de proteção integral para salvaguardo dos ambientes
aquáticos (CONAMA 357).
A classe 1 é referente à águas que podem ser destinadas ao consumo
humano, depois de tratamento simplificado, para as comunidades aquáticas
propiciando sua proteção, à atividades de lazer de contato primário, à irrigação de
hortaliças e frutas de crescimento rente ao solo e à Terras Indígenas para proteção
das comunidades aquáticas nelas presentes (CONAMA 357).
A classe 2 é referente à águas que podem ser destinadas ao consumo
humano, depois de tratamento convencional, para as comunidades aquáticas
propiciando sua proteção, para atividades de lazer de contato primário, à irrigação
de hortaliças, árvores frutíferas de parques, jardins e outros, e à atividade de pesca
e aquicultura (CONAMA 357).
A classe 3 é referente à águas que podem ser destinadas ao consumo
humano, depois de tratamento convencional ou avançado, à irrigação de culturas
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34 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
cerealíferas, forragens e arbóreas, à pesca amadora, à recreação de contato
secundário, e a dessedentação de animais (CONAMA 357).
A classe 4 é referente às águas que podem ser destinadas à navegação e à
harmonia paisagística (CONAMA 357).
1.5.2.1.1 Aquífero
De acordo com o Instituto das Águas do Paraná (2015):
Aquífero é toda formação geológica em que a água pode ser armazenada e que possua permeabilidade suficiente para permitir que está se movimente. Vê-se, portanto, que para ser um aquífero, uma rocha ou sedimento tem que ter porosidade suficiente para armazenar água, e que estes poros ou espaços vazios tenham dimensões suficientes para permitir que a água possa passar de um lugar a outro, sob a ação de um diferencial de pressão hidrostática.
O aquífero Guabirotuba, apresentado no Mapa das Unidades Aquíferas, é do
tipo primário e abrange uma área de aproximadamente 900 km². Do ponto de vista
hidráulico, pode apresentar-se confinado, semi-confinado ou de caráter livre (IAP,
2015).
O aquífero é formado por lentes de areias arcosianas que incidem de maneira
intercalada nos depósitos pelíticos da bacia de Curitiba (argilitos e siltitos), da época
Pleistocênica. Sua porosidade é do tipo intergranular, na qual a água subterrânea
aloca-se nos poros que existem entre os grãos, tendo um bloco sedimentar com
uma espessura máxima de 80 m (SUDERHSA, 2007). Os poços perfurados no
aquífero na bacia do Rio Belém, e consequentemente na sub-bacia Rio Evaldo
Wendler, apresentam uma vazão média da ordem de 9 m³/h.
Avalia-se que o aquífero Guabirotuba tenha um potencial para produzir até
2.160 m³/h o que, em um regime de 16h/dia de bombeamento, apresenta uma
produção de aproximadamente 12.600.000 m³/ano. Sendo assim possível abastecer
uma população de aproximadamente 172.800 pessoas (SUDERHSA, 2007). O
aquífero Guabirotuba apresenta um potencial hidrogeológico de 3,53 L/s.km²
(adaptado SUDERHSA, 2007).
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35 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
36 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
De modo geral, as fases do aquíferas Guabirotuba constituem-se apenas de
lentes esparsas no pacote de rochas pelíticas. Logo, trata-se de um aquífero não
constante, mas, uma vez existindo fases largas e saturadas em água, ele é capaz de
fornecer vazões para indústrias que necessitam de pouca água, assim como para
chácaras e para usos na irrigação de hortaliças (SUDERHSA, 2007).
Por apresentar uma capa argilosa que cobre grande parte de sua extensão, o
aquífero tem um baixo grau de vulnerabilidade quanto à contaminação orgânica,
pois a cobertura de argila propicia processos de depuração dos eventuais efluentes
lançados na superfície do terreno (IAP, 2015).
1.5.2.2 Qualidade dos Recursos Hídricos
1.5.2.2.1 Caracterização Hidroquímica
As águas do aquífero Guabirotuba apresentam em algumas áreas teores para
o metal ferro que variam entre 0,05 a 5 mg/L e de manganês, que podem atingir
valores de até 1,5 mg/L. Tem uma concentração média de sólidos totais dissolvidos
da ordem de 150 mg/L, com dureza total variando de 30 a 230 mg/L de CaCO3, o pH
se mantém na faixa de 6,8 a 8,1. A concentração de bicarbonatos pode atingir um
valor de até 195 mg/L, a de sulfato fica entre os valores 1,2 a 4,5 mg/L e a de
cloretos gira em torno de 2 mg/L. A predominância de teores de cálcio com valor
máximo 30 mg/L, sendo que o magnésio varia entre 8 a 15 mg/L, o sódio entre 18 a
24 mg/L e o potássio entre 1,2 a 2,3 mg/L (SUDERHSA, 2007).
1.5.2.2.2 Qualidade da Água para o Consumo Humano
O parâmetro que tem maior interferência no aproveitamento das águas no
aquífero é o ferro total. O íon fluoreto também ultrapassa o valor máximo permitido
pela norma em algumas amostras (SUDERHSA, 2007). A análise da qualidade da
água para o consumo humano foi feita levando em consideração os valores
máximos permitidos estabelecidos na Portaria N.º 518/2005 (Adaptado SUDERHSA,
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
VMP (Valor máximo permitido) não especificado
37 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
2007). A tabela 1 apresenta alguns dos valores dos parâmetros químicos
analisados.
Tabela 1 - Parâmetros Químicos da Água – Aquífero Guabirotuba (ppm).
PARÂMETRO MÁXIMO MÍNIMO MÉDIA VMP
Alcalinidade total 247,50 4,46 101,53 *
Dureza total 286,69 2,94 84,87 500
Total de sólidos dissolvidos (TDS)
419,00 11,00 156,74 1000
Sílica dissolvida 103,50 2,30 38,49 *
Bicarbonato 301,95 5,43 122,54 *
Carbonato 8,76 0,00 0,64 *
Cloreto 41,52 0,04 4,63 250
Fluoreto 3,52 0,01 0,35 1,5
Fosfato 5,36 0,00 0,59 *
Sulfato 65,21 0,50 4,45 250
Nitrato 74,00 0,02 3,65 45
Nitrito 0,59 0,00 0,02 3
Cálcio 81,85 0,65 22,13 *
Magnésio 35,47 0,31 7,24 *
Sódio 50,60 0,80 13,86 200
Potássio 5,00 0,01 2,18 *
Ferro 9,00 0,01 0,70 0,3
Fonte: adaptado SUDERHSA, 2007.
Tomando como base os valores médios obtidos na tabela apresentada acima
e comparando com os valores especificados pela Portaria N.º 518/2005,
representados na tabela pela coluna VMP, observa-se que somente o ferro seria um
fator que impediria o consumo humano (adaptado SUDERHSA, 2007). Pois um valor
tão elevado pode ser prejudicial à saúde humana, inviabilizando assim o uso da
água subterrânea do aquífero para esse fim, mas o excesso de ferro pode ser
removido.
O ferro pode ser removido da água subterrânea por filtração direta
descendente, onde o cloro é adotado como oxidante, mas isso não impede a
aplicação de outros como o peróxido de hidrogênio ou permanganato de potássio
(PEREIRA, 2005).
Na maior parte do aquífero Guabirotuba as águas são adequadas ao
consumo humano. Onde ocorre elevada presença de ferro e manganês, valores
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
38 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
esses acima do permitido, a água pode ser consumida após a realização de
tratamento. Elas são impróprias quando contém o íon Flúor em altas quantidades
(SUDERHSA, 2007).
1.5.3 Águas Superficiais
Nomeia-se águas superficiais as águas que não se acumulam na superfície,
são escoadas formando rios, riachos, lagos, lagoas, pântanos e etc.. Elas somam
apenas 0,14% de toda a água existente no planeta, possuindo uma troca intensa
entre os vários ambientes armazenadores de água superficial, por esse motivo é
difícil estabelecer o volume de suas reservas, provocando desta maneira um
resultado de sazonalidade que impede a generalização tanto em termos qualitativos
quanto em termos quantitativos. A representação desta complexidade fica evidente
nos tempos de residência da água nos vários compartimentos, que para as águas
superficiais variam entre alguns dias até meses em média, enquanto que para as
águas subterrâneas e geleiras o tempo de residência na maioria dos casos situa-se
na faixa de décadas e séculos (TOLEDO, 2004).
1.5.3.1 Disponibilidade dos Recursos Hídricos
Complementando as legislações citadas no item 33segundo Instituto das
Águas do Paraná (2015):
A Outorga é o ato administrativo que expressa os termos e as condições mediante as quais o Poder Público permite, por prazo determinado, o uso de recursos hídricos. E direciona-se ao atendimento do interesse social e tem por finalidades assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e disciplinar o exercício dos direitos de acesso à água.
A outorga é necessária para todos que se utilizam das águas superficiais para
as mais diversas finalidades, bem como abastecimento público, doméstico, consumo
humano, lavagem de automóveis, lazer, limpeza e outros. Ela também é exigida
quando ocorre alterações na qualidade ou quantidade de um corpo hídrico, como
barragens, retificações, drenagens, etc.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
39 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.5.3.2 Qualidade dos Recursos Hídricos
Tomando como base as classes adotadas para os corpos hídricos do
CONAMA 357 citada no item 33. E ainda a definição dos critérios de qualidade dos
corpos superficiais de água doces, salobras e salgadas, mediante uma série de
parâmetros analíticos da mesma resolução. Para a sub-bacia Rio Evaldo Wendler
adotou-se a classificação da água doce, conforme mostrado na Tabela 2 abaixo.
Tabela 2 - Enquadramento das classes segundo a destinação para águas doces
DESTINAÇÃO CLASSES DE QUALIDADE
ESP 1 2 3 4
Comunidades aquáticas
Equilíbrio X
Preservação do ambiente aquático em
Unidades de Conservação
X
Proteção X X
Proteção em comunidades
Indígenas X
Abastecimento
Desinfecção X
Tratamento simplificado
X
Tratamento convencional
X
Tratamento convencional /
avançado X
Recreação Contato primário X X
Contato secundário X
Irrigação
Frutas / legumes rasteiros consumidos
crus com casca X
Hortaliças / frutas, parques e praças
esportivas X
Arbóreos, cereais e forragens
X
Aquicultura Pesca e produção X
Pesca amadora X
Dessedentação de animais
X
Navegação X
Harmonia paisagística
X
Fonte: Bollman, 2015.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
VA – Virtualmente ausentes: não perceptível pela visão, olfato ou paladar NO – Não objetável; T I – Toleram-se Iridiscências.
40 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Existem parâmetros analíticos para cada classe (especial, I, II, III e IV) que
determinam o enquadramento do curso hídrico, de acordo com o apresentado na
Tabela 3.
Tabela 3 - Critérios de Qualidade Para Águas Doces (CONAMA 357)
PARÂMETROS CLASSES DE QUALIDADE
ESP 1 2 3 4
Efeito tóxico ausente ausente ausente -
Materiais flutuantes VA VA VA VA
Óleos e graxas VA VA VA TI
Gosto e odor VA VA VA NO
Corantes artificiais VA remoção remoção -
Resíduos sólidos VA VA VA -
Coliformes 200 1000 2500 -
DBO 3 5 10 -
OD > 6 > 5 > 4 > 2
Turbidez 40 100 100 -
Cor verdadeira natural 75 75 -
pH 6 - 9 6 - 9 6 - 9 6 - 9
Fonte: Bollman, 2015
A seguir é apresentada resumidamente a definição dos parâmetros físico-
químicos e bacteriológicos de maior importância para a determinação da qualidade
do corpo hídrico.
1.5.3.2.1 Qualidade físico-química e bacteriológica:
1.5.3.2.1.1 Alcalinidade
Dentre as impurezas encontradas na água existem as que são capazes de
reagir com ácidos, a alcalinidade de uma água é a sua capacidade quantitativa de
neutralizar um ácido forte, até um determinado pH (OLIVEIRA, 2007).
1.5.3.2.1.2 Cor aparente
A cor está ligada ao grau de diminuição de intensidade que a luz sofre ao
passar por um corpo (no caso, a água). Isto ocorre devido à presença de sólidos
dissolvidos, especialmente material em estado coloidal inorgânico e orgânico. O
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
41 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
maior efeito com relação à cor e o aspecto estético, já que causa um efeito repulsivo
e restrições ao seu uso antrópico. (CETESB, 2015).
1.5.3.2.1.3 Condutividade
A condutividade é dada pela expressão numérica da capacidade de uma água
transportar a corrente elétrica. A condutividade da água apresenta índices elevados
à medida que mais sólidos dissolvidos são adicionados. Altos valores podem indicar
características corrosivas da água (CETESB, 2015).
1.5.3.2.1.4 Coliformes Totais
São um grupo de bactérias que tem bacilos gram-negativos, aeróbios ou
anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase-negativa, com
capacidade de se desenvolver na presença de sais biliares ou outras substancias
ativas de superfície, com características parecidas a de inibição de crescimento, e
que fermentam a lactose com produção de ácidos, aldeídos e gás a 35ºC em 24-48
horas (BETTEGA, 2006).
1.5.3.2.1.5 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
A DBO corresponde à quantidade de oxigênio que os microorganismos
consomem durante a oxidação biológica da matéria orgânica. Segundo a CETESB a
DBO “é normalmente considerada como a quantidade de oxigênio consumido
durante um determinado período de tempo, numa temperatura de incubação
específica. Um período de tempo de 5 dias numa temperatura de incubação de 20°C
é frequentemente usado e referido como DBO5,20”.
1.5.3.2.1.6 Demanda Química de Oxigênio (DQO)
A DQO é a média da quantidade necessária de oxigênio para ocorrer à
oxidação química da matéria orgânica. Segundo a CETESB “o aumento da
concentração de DQO num corpo d’água deve-se principalmente a despejos de
origem industrial”.
1.5.3.2.1.7 Dureza
Inicialmente, a dureza da água era entendida como a capacidade da água de
precipitar sabão, essa precipitação ocorre principalmente pela presença de íons
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42 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
cálcio e magnésio. Assim, dureza de uma água é a soma das concentrações de
cálcio e magnésio, expressas em termos de carbonato de cálcio, em miligramas por
litro (OLIVEIRA, 2007).
1.5.3.2.1.8 Escherichia coli
A Escherichia coli é o organismo mais utilizado como indicador de
contaminação fecal “pois a presença dele mostra que a água pode ter recebido uma
carga fecal, o que ocasiona a deterioração da qualidade microbiológica dessa e, por
conseguinte, pode trazer riscos à saúde de quem consome tal água” (VILHENA;
JÚNIOR; DUARTE, 2003).
1.5.3.2.1.9 Fósforo Total
O fósforo em águas naturais é proveniente principalmente das descargas de
esgotos sanitários. Efluentes de industrias de fertilizantes, pesticidas, químicas em
geral, conservas alimentícias, abatedouros, frigoríficos e laticínios, apresentam
fósforo em quantidades excessivas. Desse modo encontra-se na água sob diversas
formas: ortofosfato, polifosfato e fósforo orgânico (CETESB, 2015).
1.5.3.2.1.10 Nitrogênio Total
Mede o amoniacal mais o orgânico (PARRON; MUNIZ; PEREIRA; 2011). Está
é a forma mais abundante de nitrogênio nos esgotos domésticos brutos.
1.5.3.2.1.11 Nitrogênio Amoniacal
O íon amônio (NH4 +), ocorre em baixos teores em águas naturais, por causa
do processo de deterioração biológica da matéria orgânica. O processo pelo qual o
nitrogênio molecular (N2) é convertido em amônio é denominado fixação de
nitrogênio. Altas concentrações podem ser verificadas em esgotos e efluentes
industriais. Elevadas concentrações de amônio em águas superficiais podem ser
indicação de contaminação por esgoto bruto, efluentes industriais, ou afluxo de
fertilizantes (PARRON; MUNIZ; PEREIRA; 2011).
1.5.3.2.1.12 Nitrogênio Orgânico
Representado principalmente pela fração proteína e suas combinações, que
pode estar na forma dissolvida, como compostos nitrogenados orgânicos
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
43 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
(aminoácidos, aminas, amidos) ou na forma particulada biomassa de
microorganismos (PARRON; MUNIZ; PEREIRA; 2011).
1.5.3.2.1.13 Oxigênio dissolvido (OD)
O OD é de suma importância, pois sua presença faz com que o paladar da
água seja melhor, além de sua oferta estar diretamente relacionada com a
eutrofização de corpos hídricos, uma vez que quando o a oferta de oxigênio
dissolvido não se faz suficiente os mesmos sofrem o processo de eutrofização.
1.5.3.2.1.14 Saturação de Oxigênio
É a quantidade limite de oxigênio que pode ser dissolvida na água em dada
pressão e temperatura, evidencia a presença de poluentes no corpo hídrico.
1.5.3.2.1.15 Potencial Hidrogeniônico (pH)
O pH influencia os ecossistemas aquáticos naturais e seus efeitos são
diagnosticados na fisiologia das diversas espécies. Logo, existem muitas restrições
para o pH em diferentes classes de águas naturais. Desse modo, o pH ideal é fixado
em 6 e 9 pelos critérios de proteção à vida aquática (CETESB, 2015).
1.5.3.2.1.16 Sólidos Totais
Representado por toda matéria que fica no local como resíduo, mesmo após a
evaporação, secagem ou calcificação. O aumento de sólidos ocorre principalmente
pela influência da erosão do solo e esgotos brutos lançados no corpo hídrico, os
sólidos totais causam alterações nos parâmetros cor e turbidez.
1.5.3.2.1.17 Sólidos Suspensos
São pequenas partículas que a vazão do rio é capaz de levar consigo pois se
mantem suspensas no corpo hídrico. Importante indicador da qualidade da água,
pois normalmente águas poluídas tem elevados teores de partículas suspensas, em
decorrência da presença de esgotos domésticos.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
44 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.5.3.2.1.18 Sólidos Dissolvidos
São as substâncias dissolvidas na água, podendo elas serem orgânicas ou
inorgânicas, contidas na água na forma molecular, microgranular ou ionizada. Esse
parâmetro avalia o peso dos constituintes presentes na água.
1.5.3.2.1.19 Temperatura do Ar
As variações ocorrem principalmente pelas mudanças climatológicas da
regiam, essas variações de temperatura influenciam diretamente no comportamento
do rio, e pode provocar mudanças em seu metabolismo.
1.5.3.2.1.20 Temperatura da Amostra
É determinada pela energia que absorvida pelo corpo hídrico, para quer os
microorganismos existentes na água coletada sobrevivam, a temperatura dela varia
pouco e muito devagar.
1.5.3.2.1.21 Turbidez
A turbidez está ligada ao grau de atenuação de intensidade que um feixe de
luz sofre ao atravessar a água (CETESB, 2015). A turbidez pode ser provocada por
plânctons, algas, detritos orgânicos e outras substâncias como zinco, ferro,
compostos de manganês e areia resultantes do processo de erosão ou de despejos
domésticos ou industriais (BATALHA, 1977).
1.5.3.2.1.22 Enquadramento do Rio Evaldo Wendler
Com base no mapa dos pontos de monitoramento da qualidade da água da
Bacia do Rio Belém, o ponto de amostragem referente ao Rio Evaldo Wendler é
apresentado na Figura 18 como TEW.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
45 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 18 - Monitoramentos da Qualidade da Água - Bacia do Rio Belém
Fonte: Bollmann, 2007.
Adotando os valores médios analíticos no ponto TEW, têm-se a seguinte
Tabela 4 de enquadramento para o Rio Evaldo Wendler.
Tabela 4 - Enquadramento do Rio Evaldo Wendler.
RIO EVALDO WENDLER
Variável Critérios Coletas (2007-2008) Enquadramento
Classe 1 2 3 4 Média (TEW) Parâmetros Rio
DBO (mg/L) <=3 <=5 <=10 - 19,60 4
4
OD (mg/L) >=6 >=5 >=4 >2 3,96 4
Fósforo Total (mg/L)
<=0,025 <=0,05 <=0,075 - 0,50 4
Nitrogênio Amoniacal (mg/L)
3,7 3,7 13,3 - 3,70 1
Sólidos dissolvidos (mg/L)
<=500 <=500 <=500 - 205,00 1
Cor (Pt/L) Natural <=75 <=75 - 47,10 2
Coliformes Totais <=1000 <=5000 <=20000 >20000 6.858.448,00 4
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
46 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
RIO EVALDO WENDLER
Variável Critérios Coletas (2007-2008) Enquadramento
Classe 1 2 3 4 Média (TEW) Parâmetros Rio
E. Coli <=200 <=1000 <=4000 >4000 2.656.401,00 4
Turbidez (UNT) <=40 <=100 <=100 - 20,00 1
pH 6,0 a 9,0 7,20 1 a 4 1 - 4
Fonte: O Autor, 2015.
Conclui-se que, do ponto de vista físico-químico e bacteriológico a qualidade
das águas da sub-bacia Evaldo Wendler enquadra-se como classe 4, tendo em vista
que 50% dos parâmetros observados na Tabela 4 só se adequam a esta classe
segundo o CONAMA 357, caracterizando o rio com a mesma classe, isso ocorreu
por que se utiliza o critério do elo mais fraco da corrente neste caso os parâmetros
bacteriológicos (Coliformes totais e E. Coli) e químicos (DBO, OD e Fosforo Total).
Deste modo, os usos permitidos na bacia abrangem a navegação e harmonia
paisagística.
1.5.3.2.2 Qualidade Biológica e Ecotoxicológica.
A utilização de organismos aquáticos como indicadores da qualidade
ambientais já está relativamente disseminada na comunidade cientifica. Por outro
lado, a nomenclatura “indicador” ou “espécie indicadora” (ou ainda bioindicador), não
é entendida na mesma forma. Praticamente todos os seres vivos podem ser
utilizados como bioindicadores, com o conhecimento limitado da fisiologia e ecologia
de tais organismos, é necessário escolher uma espécie indicadora que seja sensível
a alteração que se tem intuito medir. Não existe uma espécie que possas ser
utilizada como indicadora universal, pois cada espécie tem um determinado intervalo
de tolerância (BOLLMANN, 2015).
O conceito de bioindicador ainda pode se estender além da ausência ou
presença de determinado organismo. Determinados seres vivos podem sobreviver
em ambientes não ideais, com isso sofrem com mudanças fisiológicas ou
comportamentais, é possível em alguns casos identificar e estimas a intensidade das
mudanças através da observação da alteração na taxa de crescimento, alimentação
ou hábitos reprodutivos desses organismos (BOLLMANN, 2015).
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47 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Dentre os principais grupos de bioindicadores estão, bactérias, protozoários,
algas, macroinvertebrados, macrófitas, peixes. Geralmente estes indicadores são de
três tipos, sendo eles, indicadores de poluição, indicadores de diversidade e
indicadores comparativos (adaptado BOLLMANN, 2015).
A teorização das possíveis mudanças na estrutura das comunidades
aquáticas gerou a Figura 19, a mesma mostra que são oito as possíveis alterações,
e são classificadas segundo as medidas necessárias para se restaurar o equilíbrio
existente. Adotou-se uma medida de similaridade para confrontar as mudanças
sofridas pelas comunidades antes e depois de algum efeito potencialmente
prejudicial. Essa comparação permite verificar se a alteração sofrida pela
comunidade é significativa, ou seja, se ouve uma mudança relativamente grande
entre a comunidade inicial e a comunidade final pós alteração. E ainda evidencia se
a alteração foi benigna ou se TVE algum efeito prejudicial (adaptado BOLLMANN,
2015).
Figura 19 - Oito possíveis alterações na comunidade aquática.
Fonte: (adaptado BOLLMANN, 2015).
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48 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Dentre os bioindicadores que podem ser avaliados está a clorofila que
segundo a CETESB (2015):
A clorofila é um dos pigmentos, além dos carotenóides e ficobilinas,
responsáveis pelo processo fotossintético. A clorofila a é a mais universal das
clorofilas (a, b, c e d) e representa, aproximadamente, de 1 a 2% do peso seco do
material orgânico em todas as algas planctônicas e é, por isso, um indicador da
biomassa algal. Assim a clorofila a é considerada a principal variável indicadora de
estado trófico dos ambientes aquáticos. A feofitina a é um produto da degradação da
clorofila a, que pode interferir grandemente nas medidas deste pigmento, por
absorver luz na mesma região do espectro que a clorofila a. O resultado de clorofila
a deve ser corrigido, de forma a não incluir a concentração de feofitina a.
A avaliação o teste de toxicidade é um instrumento do campo da
Ecotoxixologia, são utilizados para a integrar dados biológicos, químicos e físico-
químicos. É um importante instrumento nos estudos ambientais uma vez que
existem limitações nos estudos fundamentados em evidências puramente químicas,
dentre as quais se destacam: baixa capacidade de detecção analítica; a elevada
variedade de substâncias presentes em efluentes líquidos; as interferências pelos
fenômenos químicos de antagonismo e sinergismo que dificultam sobretudo no
processo de interpretação de resultados (RODRIGUES; SILVA; SILVA, 2009).
Os ensaios de toxicidade aguda são realizados para estimar a toxicidade a
partir dos níveis de letalidade ou efeito sobre a capacidade de mobilidade dos
organismos, em geral em curtos intervalos de tempo (24 h ou 48 h) de exposição
(dependendo do ciclo de vida do organismo) (RODRIGUES; SILVA; SILVA, 2009).
Dentre os testes de ecotoxicológica realizados pela CETESB então: ensaio de
toxicidade aguda com Vibrio fischeri; ensaio ecotoxicológico com Ceriodaphnia
dúbia; ensaios de Genotoxicidade (CETESB, 2015).
Não foi encontrado nenhum do Rio Evaldo Wendler que diz respeito a exames
ecotoxicologicos.
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49 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.5.3.2.3 Influência Antrópica na Qualidade das Águas da Sub Bacia do Rio Evaldo
Wendler
Optou-se também por uma abordagem perceptiva além da abordagem
qualitativa e quantitativa da qualidade das águas da sub-bacia Rio Evaldo Wendler,
parra isto foi utilizado como base a Figura 20, para a elaboração de um indicador
perceptivo para a bacia em estudo, com a alteração de algumas das variais que
constam na figura.
Figura 20 - Instrumento de Avaliação do Índice de Atividade Antrópica
Fonte: adaptado Bollmann e Edwiges.
As alterações nas variáveis ocorreram para que elas pudessem abordar
elementos que são mais próximos da realidade de nosso estudo, com tais mudanças
o indicador perceptivo para a qualidade da água da sub-bacia Rio Evaldo Wendler é
apresentado na figura 21.
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50 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 21 - Indicador Perceptivo Para a Qualidade da Água
Fonte: O Autor
Para que se possa obter um índice da influência antrópica na qualidade das
águas da sub bacia Rio Evaldo Wendler o indicador da Figura 21 foi fragmentado,
dando origem às tabelas que se seguem, com as tabelas é possível encontrar um
valor que expresse a influência antrópica. A primeira linha da tabela indica a
quantidade de efluentes presentes no local, a segunda classifica o efluente quanto
sua origem, a terceira indica se o local está perto (P) ou longe (L) de construções, a
quarta expressa a classificações do local quanto o tipo de vegetação que pode ser
do tipo florestada (F), herbácea (H) ou gramíneas (G), a quarta linha está
segmentada em 24 intervalos, inicia-se a contagem da direita para a esquerda,
sendo na mesma verificada a influência antrópica que pode ser 1 ou 24.
A influência antrópica pode ser baixa se o valor estiver no intervalo que vai de
1 até 9, média se estiver no intervalo que vai de 10 até 18 ou alta se estiver no
intervalo que vai de 19 até 24.
Os pontos avaliados na sub-bacia Rio Evaldo Wendler para o indicador
perceptivo são apresentados no Mapa de Pontos Amostrados.
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51 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
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52 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Com o objetivo de apresentar uma avaliação da influência antrópica na maior
parte da sub bacia foram amostrados 7 pontos. O ponto A foi o primeiro avaliado e
está localizado próximo ao parque do Pilarzinho, para este ponto a influência
antrópica obteve o valor 4, como mostra a Tabela 5.
Tabela 5 - Rio Evaldo Wendler – Bosque do Pilarzinho.
POUCO MUITO
Esgoto Agrícola / Doméstico
Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial
L P L P L P L P
F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
Em seguida foi avaliado o ponto B onde nasce o rio Evaldo Wendler, para a
nascente a influência antrópica obteve o valor 4, como mostra a tabela 6.
Tabela 6 - Rio Evaldo Wendler – Nascente
POUCO MUITO
Esgoto Agrícola / Doméstico
Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial
L P L P L P L P
F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Fonte: O Autor
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53 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Fonte: O Autor
Depois foi analisado o ponto C no rio Evaldo Wendler que fica localizado nas
proximidades da Rua Leonor Castellano, para este ponto a influência antrópica
obteve o valor 6, como mostra a Tabela 7.
Tabela 7 - Rio Evaldo Wendler – Rua Leonor Castellano
POUCO MUITO
Esgoto Agrícola / Doméstico
Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial
L P L P L P L P
F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Fonte: O Autor
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54 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Fonte: O Autor
O ponto seguinte avaliado foi o ponto D localizado próximo à Rua Nilo
Peçanha para este ponto influencia antrópica obteve o valor 5, como mostra a
Tabela 8.
Tabela 8 - Rio Evaldo Wendler – Rua Nilo Peçanha
POUCO MUITO
Esgoto Agrícola / Doméstico
Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial
L P L P L P L P
F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
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55 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Depois foi validado o ponto E localizado na foz do rio Evaldo Wendler junto ao
Rio Belém, para este ponto influencia antrópica obteve o valor 4, como mostra a
Tabela 9.
Tabela 9 - Rio Evaldo Wendler – Foz
POUCO MUITO
Esgoto Agrícola / Doméstico
Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial
L P L P L P L P
F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
Posteriormente foi avaliado o ponto F onde fica o rio das Irmãs, nome vulgar
adotado por se tratar de uma nascente localizada em um terreno de propriedade das
freiras maristas, para o rio das Irmãs a influência antrópica obteve o valor 4, como
mostra a Tabela 10.
Tabela 10 - Nascente das Irmãs
POUCO MUITO
Esgoto Agrícola / Doméstico
Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial
L P L P L P L P
F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Fonte: O Autor
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56 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Fonte: O Autor
Por último foi avaliada o ponto G localizado próximo ao rio Jardinete, nome
vulgar adotado por se tratar de uma nascente localizada próxima a uma praça se
mesmo nome, para o rio Jardinete a influência antrópica obteve o valor 5, como
mostra a tabela 11.
Tabela 11 - Rio no Jardinete
POUCO MUITO
Esgoto Agrícola / Doméstico
Esgoto Bruto / Industrial Esgoto Agrícola / Doméstico Esgoto Bruto / Industrial
L P L P L P L P
F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G F H G 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
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57 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Mesmo o indicador perceptivo apresentando baixos valores da influência
antrópica na sub bacia fato que ocorreu principalmente pela quantidade de esgoto
presente no rio ser baixa essa quantidade pode comprometer expressivamente a
qualidade das águas da sub bacia, pois se trata de rios de baixas vazões. Tomando
todos os pontos amostrados para o indicador e fazendo uma média a sub bacia
apresenta um índice de 4,57 de influência antrópica, o valor é baixo mas isso não
significa que a influência humana na sub-bacia possa ser desprezada, por exemplo
o ponto avaliado posterior ao rio Jardinete (Rua Leonor Castellano), foi classificado
com o maior índice que influência antrópica dentre os pontos amostrados, pois o rio
Jardinete é praticamente todo canalizado e ocorre despejos de esgoto doméstico
nele o que evidencia a influência humana especialmente neste trecho, e ainda outra
prova que o indicador mesmo estando baixo não expressa a realidade da sub-bacia
é a classe em que o rio foi enquadrado.
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58 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.6 LITOSFERA
1.6.1 Geomorfologia da Bacia
A Geomorfologia do município de Curitiba é bastante diversificada, sendo
composta por formações do período Cenozoico com a Formação Guabirotuba e
Depósitos Aluvionares; e o Proterozoico com o Complexo Atuba.
A Formação Guabirotuba constitui o preenchimento sedimentar da bacia de
Curitiba, formada por sedimentos argilosos e secundariamente por depósitos
arenosos. Os depósitos Aluvionares são a unidade geológica mais recente de
Curitiba, com baixas declividades e predominância de caulinita. O complexo Atuba
constitui o embasamento da Bacia de Curitiba, provavelmente a formação mais
antiga da região.
Figura 22 - Geologia do Município de Curitiba
Fonte: UFPR, DPTO GEOLOGIA.
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59 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Para o estudo da Sub-Bacia Evaldo Wendler quanto à geomorfologia, tomou-
se por base a bacia hidrográfica principal, a do Rio Belém. Para uma melhor
caracterização, optou-se por dividir a Bacia do Rio Belém em Alto, Médio e Baixo
Belém conforme a figura abaixo:
Figura 23 - Relevo da Bacia Hidrográfica do Rio Belém
FONTE: Dados do IPPUC (2000)
A Sub-Bacia cuja qual se faz a caracterização, está localizada na região do
Alto Belém, região norte da bacia, formada pela Formação Guabirotuba, possuindo
solo com cobertura espessa e granulometria argilosa, sendo que essas
características estão presentes em 100% da área da Sub Bacia.
A região do Alto Belém é caracterizada por possuir as cotas mais altas da
cidade, em torno de 1000 m de altitude, sendo considerada a porção mais bem
preservada da Bacia do Rio Belém, por se tratar do trecho de cabeceira do rio. Essa
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60 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
região, por ser considerada a de cotas mais altas, possui declividades acentuadas,
chegando a 25% em alguns pontos.
Assim, outras características da região da Sub-Bacia é de que está localizada
no Primeiro Planalto Paranaense, constituída por um relevo pouco ondulado,
localizado entre a Serra do Mar e o Planalto de Ponta Grossa. O clima da região é
considerado Cfb – Clima Temperado úmido com Verão temperado, conforme a
classificação climática de Köppen-Geiger, além de possuir uma pluviosidade por
volta de 1200 mm.
1.6.2 Caracteristicas Morfométricas
Com base nas informações de VILLELA e MATTOS (1975), pode-se
determinar as características morfométricas da Sub Bacia Evaldo Wendler, que são:
1.6.2.1 Perímetro:
Essa informação é obtida através da área de drenagem da bacia, cujo qual é
delimitado pelo divisor topográfico. O dado é expresso em km. Para a Sub Bacia
estudada, o perímetro encontrado foi de 4,6122 km.
1.6.2.2 Área de drenagem total:
É a área de projeção plana do terreno delimitado pelo divisor topográfico.
Esse dado é expresso em km². Para a Sub Bacia estudada, a área de drenagem
encontrada foi de 0,872825 km²
1.6.2.3 Comprimento axial:
É definido como a distância medida em linha reta entre a foz e um ponto do
seu perímetro que assinala a equidistância no comprimento do perímetro entre ele e
a foz CHRISTOFOLETTI (1980). Esse dado é expresso em km. Para a Sub Bacia
Evaldo Wendler, o comprimento axial é de 1,5773 km.
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61 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.6.2.4 Coeficiente de compacidade:
Esse dado faz a relação entre o perímetro da bacia e uma circunferência que
possua a mesma área da bacia. O coeficiente pode ser calculado segundo a
fórmula:
Kc = 0,282 (P / √A)
Onde:
Kc: Coeficiente de Compacidade (adimensional)
P: Perímetro expresso em km
A: Área expressa em km²
Para a Sub Bacia, o coeficiente de compacidade foi:
Kc = 0,282 (4,6122 / √0,872825)
Kc = 1,3921
Para o coeficiente de compacidade, considera-se o valor 1 como valor
mínimo, este caracteriza-se por bacias mais regulares, de forma circular, cujas quais
apresentam maior potencial de cheias, pois estas convergem o escoamento
superficial para um mesmo trecho do rio principal ao mesmo tempo. Assim, quanto
mais irregular for à bacia, maior será seu coeficiente de compacidade.
Para a Sub Bacia Evaldo Wendler, nota-se que esta não é uma bacia circular,
pois seu coeficiente é superior a um, porém, devido a esse índice não possuir uma
unidade limítrofe, não podemos concluir se esse valor encontrado é alto ou não,
podemos apenas concluir que é uma bacia irregular que possui um potencial de
cheias inferior ao de uma bacia circular.
1.6.2.5 Fator de forma:
É a relação entre a largura média e o comprimento axial da bacia. Este dado
pode ser calculado da seguinte forma:
Kf = A / ( L2)
Onde:
Kf - coeficiente de forma (adimensional);
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62 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
A - área da bacia hidrográfica (km2);
L - comprimento da bacia medido pelo curso d’água mais longo desde
a desembocadura até a nascente mais distante (km).
Esse fator também é utilizado para caracterizar um maior ou menos potencial
de cheias dentro de uma bacia.
Para a Sub Bacia estudada, o coeficiente determinado foi:
Kf = 0,872825 / (1,635)²
Kf = 0,3265
Esse coeficiente varia de 0-1, sendo zero para bacias mais irregulares e um
para bacias mais regulares. Assim, conclui-se que um valor mais afastado de zero
caracteriza a bacia por possuir um menor potencial de cheias quando comparado a
bacias circulares. Em bacias estreitas e longas, a probabilidade de chuvas intensas
que possam cobrir toda a área simultaneamente é bastante pequena, além de os
tributários atingirem o rio principal em vários pontos ao longo de sua extensão.
Portanto, para a Sub Bacia Evaldo Wendler, conclui-se novamente que esta possui
um menor potencial de cheias quando comparado a bacias mais circulares.
1.6.2.6 Declividade média da bacia:
A declividade de uma bacia hidrográfica tem uma importante relação com a
infiltração, o escoamento superficial, umidade do solo e a contribuição de água
subterrânea ao escoamento do curso d’água. Esse é o fator que controla a
velocidade de escoamento e o tempo de concentração da chuva dentro de uma
bacia. Esse fator pode ser determinado ao se definir uma malha retangular para o
cálculo das declividades do terreno da bacia, sendo definidas pela maior diferença
entre as cotas de duas quadriculas, divididas pela sua dimensão linear. Para facilitar,
utilizam-se dados do sistema SIG, como dados raster.
Para a Sub Bacia em questão, a declividade média encontrada para a bacia
foi de 8,7%, sendo considerada pela EMBRAPA, como um relevo ondulado,
podendo ter restrições e rastros de processos erosivos.
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63 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
64 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.6.2.7 Declividade mediana da bacia:
A declividade mediana da bacia foi de 9,2%.
1.6.2.8 Comprimento Total dos Cursos d’Água:
Este dado representa a soma do comprimento de todos os trechos de rios
presente na bacia, sejam eles efêmeros, intermitentes ou perenes. Para a Sub Bacia
estudada o valor encontrado foi de 9,8183 km.
1.6.2.9 Ordem dos Cursos d’Água:
Este parâmetro reflete o grau de ramificação dentro de uma bacia
hidrográfica. Assim, conforme VILLELLA e MATTOS (1978), os canais que não
possuem tributários são de primeira ordem. Quando dois canais de primeira ordem
se unem forma-se um segmento de segunda ordem. Assim, quando dois canais de
mesma ordem se unem, este resulta em um rio de ordem imediatamente superior.
Para determinar esse parâmetro, situam-se no mapa os rios perenes e intermitentes
apenas.
Para a Sub Bacia Evaldo Wendler, determinou-se a existência de rios de
primeira, segunda e terceira ordem conforme o mapa abaixo:
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65 Estudo de Caso
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66 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.6.2.10 Densidade de Drenagem:
Esse parâmetro expressa a relação o comprimento total dos cursos d’água de
uma bacia, e sua área total conforme a equação:
Dd = Lt / A
Onde:
Dd - Densidade de drenagem (km/km2);
Lt - comprimento total dos cursos d’água (km);
A - é a área da bacia hidrográfica (km2).
Para a Sub Bacia o valor obtido para esse fator foi Dd = 4,3746 km/km²
A densidade de drenagem fornece a indicação da eficiência da drenagem da
bacia. Conforme (VILLELA E MATTOS, 1978), valores acima de 3,5 km/km²
representam bacia excepcionalmente bem drenadas, sendo o caso da Sub Bacia
estudada, que por apresentar trechos de canalização e um curso d’água pouco
extenso, apresenta uma boa drenagem, reforçando a conclusão de que esta
apresenta um baixo potencial de cheias.
1.6.2.11 Exensão Média do Escoamento Superficial:
Esse parâmetro indica a distância média em que a água da chuva teria de
percorrer do ponto onde esta caiu até o curso d’água mais próximo, dando uma ideia
da distancia média do escoamento superficial.
Para esse parâmetro considera-se que a área de drenagem da bacia possa
ser representada de forma retangular, tendo um curso d’água passando pelo seu
centro, conforme a figura:
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
67 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 24 - Extensão Média do Escoamento Superficial
Fonte: VILLELA, 1975
Assim, utilizando a expressão:
Es = A / 4(Lt)
Onde:
Es - extensão média do escoamento superficial (km);
A - área da bacia hidrográfica (km2);
Lt - extensão total dos cursos d’água (km).
Para a Sub Bacia, o valor encontrado foi de Es = 0,05714 km.
1.6.2.12 Sinuosidade:
É a relação entre o comprimento do rio principal e o comprimento do talvegue,
expresso por:
S = Lp / Lv
Onde:
S - sinuosidade (adimensional);
Lp - comprimento do curso d’água principal (km);
Lv - comprimento do talvegue do rio principal (km).
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
68 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Para a Sub Bacia, o valor encontrado para a sinuosidade S = 1,18221.
Conforme a literatura, a sinuosidade é mais acentuada para valores superiores a
1,3, o que não é o caso da Sub Bacia estudada. A baixa sinuosidade pode ser
verificada nos mapas já mostrados acima.
1.6.2.13 Declividade de Álveo:
Esse parâmetro representa a diferença de altitude entre a foz e a nascente de
um rio, dividido pelo comprimento do curso d’água principal.
Esse parâmetro pode ser obtido de três formas, por curvas denominadas S1,
S2 e S3, da seguinte forma:
S1: Linha com declividade obtida a partir da diferença de elevação do leito
pela extensão horizontal do curso d’água.
S2: “Linha com declividade obtida pela compensação de áreas, de forma que
a área entre ela e a abscissa seja igual à compreendida entre a curva do perfil e da
abscissa”.
S3: Linha obtida a partir da consideração do tempo de percurso.
Para esse estudo, consideraremos apenas a linha S1 expressa pela equação:
S1 = (An – Af) / Lp
Onde:
S1 - declividade de álveo (m/m);
An - altitude na nascente do curso d’água principal (manmm);
Af - altitude na foz do curso d’água principal (manmm);
Lp - comprimento do curso d’água principal (km2).
Para a Sub Bacia Evaldo Wendler, o valor obtido para esse parâmetro foi S1
= 5,476 m/m.
1.6.2.14 Altitude:
Esse parâmetro é definido como a elevação de um ponto geográfico em
relação ao nível do mar. Para a Sub-Bacia a altitude foi de 910 metros na foz.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
69 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.6.3 Potencial Erosivo da Sub-Bacia
A erosão consiste no desgaste, transporte e sedimentação das rochas e
solos. Estas podem ocorrer de maneira natural ou antrópica. Os fatores que mais
influenciam na erosão dos solos são: o tipo de solo, a topografia, cobertura vegetal,
o vento e as precipitações.
No Brasil, o fator de erosão mais estudado é o das precipitações. A erosão
por esse tipo de fator ocorre quando as gotículas de chuva atingem o solo
desprendendo partículas, que são carreadas junto com o escoamento superficial,
que por fim atingem os corpos hídricos podendo causar assoreamento e a perda da
sinuosidade do mesmo. A intensidade, a duração e a frequência da chuva são as
propriedades mais importantes para o processo erosivo, conforme BERTONI;
LOMBARDI NETO (1990).
A erodibilidade do solo é o efeito integrado de processos que regulam a
recepção da chuva e a resistência do solo. Esses processos são influenciados pelas
propriedades do solo, distribuição do tamanho de suas partículas, estabilidade
estrutural e natureza dos minerais. Ainda pode-se observar o potencial erosivo nas
tabelas abaixo:
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
70 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 25 - Degradabilidade e Instabilidade das Rochas
Fonte: BOLLMAN, 2015.
Para a Sub-Bacia, encontram-se rochas friáveis, por depósitos fluviais
arenosos e argilosos. Assim, conclui-se que esse tipo de rocha é pouco suscetível a
erosão.
Já para os vários litotipos, pode-se observar a suscetibilidade da erosão
conforme a tabela abaixo:
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
71 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 26 - Suscetibilidade a Erosão de Vários Litotipos
Fonte: BOLLMAN, 2015.
Devido a Sub-Bacia ser constituída pela Formação Guabirotuba, com
predominância de solo argiloso e arenoso, conclui-se pela tabela acima que estes
litotipos são altamente suscetíveis à erosão.
Outro fator que influencia no potencial erosivo é declividade da bacia, pois
quanto mais íngreme, maior a facilidade da erosão dos solos na medida em que se
aumenta o escoamento superficial.
Tabela 12 - Tabela de Declividades - SBCS e Embrapa (2006)
DECLIVIDADE (%) RELEVO RESTRIÇÕES
0 – 3 Plano Baixa Poucas restrições
3 – 8 Suave ondulado Baixa Poucas restrições
8 – 20 Ondulado Média Identificação de
processos erosivos pluviais
20 - 45 Forte Ondulado Alta Maior dificuldade para
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
72 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
DECLIVIDADE (%) RELEVO RESTRIÇÕES
serviços de terraplanagem,
implantação de sistema viário, drenagem etc.
45 - 75 Montanhoso Muito alta
Intensificação dos movimentos de massa
e a ocupação está sujeita a restrições da
lei.
> 75 Escarpado Sem ocupação Sem ocupação
Fonte: BOLLMAN, 2015.
Para a Sub-Bacia, a declividade obtida foi superior a 8%, reforçando a maior
suscetibilidade de erosão desta em áreas em que o solo está descoberto.
Assim, com o apoio das tabelas, para determinar o potencial de erosão devido
à ação das chuvas, pode-se utilizar a equação de FOURNIER (1960):
Rc = p²/P
Onde:
Rc – coeficiente de chuva (mm);
p – precipitação média mensal (mm);
P – precipitação média anual (mm).
Após o calculo, faz-se o cruzamento das informações conforme o gráfico
abaixo:
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
73 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 27 - Gráfico do Coeficiente de Fournier
Fonte: BOLLMAN, 2015
Por fim, analisa-se o potencial erosivo de acordo com a tabela abaixo:
Tabela 13 - Análise da Erosão Potencial
EROSÃO POTENCIAL m³/km².ano t/ha.ano
Geológica < 120 < 3
Fraca 120-240 3-6
Média 240-360 6-8
Forte 360-480 8-12
Excessiva > 480 > 12
Fonte: BOLLMAN, 2015.
Assim, para essa análise, utilizou-se uma série de quase quinze anos de
dados com base nos índices de precipitação de estações dentro da bacia do Rio
Iguaçu, conforme a figura abaixo:
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
74 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 28 - Alturas Mensais de Precipitação
Fonte: Instituto das Águas do Paraná, 2015.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
75 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Figura 29 - Alturas Anuais de Precipitação
Fonte: Instituto das Águas do Paraná, 2015.
Assim, o coeficiente de fournier é:
Rc = p²/P
Rc = (350)²/1.894,1
Rc = 64,67 mm
Assim, é feito o cruzamento desse valor no gráfico de fournier, conforme o
relevo pouco acidentado para Rc >20:
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
76 Estudo de Caso
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Figura 30 - Determinação do Potencial de Erosão
Fonte: BOLLMAN, 2015. (Adaptado).
Portanto, para a Sub-Bacia Evaldo Wendler, o potencial erosivo foi de
aproximadamente 1350 m³/km².ano, sendo classificado como excessivo. O
coeficiente de Fournier confirma as suspeitas da alta erosividade dessa bacia com
base em todos os fatores acima citados.
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77 Estudo de Caso
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1.7 FLORA
A cidade de Curitiba, capital paranaense, esta localizada na região
fitogeográfia denominada Floresta com Araucária (HUECK, 1953) ou tão bem
famosa como, segundo VELOSO (et al.,1991), Floresta Ombrófila Mista (FOM, como
estaremos adotando nesse estudo). Formação vegetal que ganha o nome do
espécime dossel de domínio na região, conhecido como Araucária angustifólia,
popularmente chamado de Pinheiro do Paraná.
A FOM encontrasse presente no bioma da Mata Atlântica, esta que percorre
como uma “muralha” – assim denominado pelos primeiros portugueses que tiveram
contato com ela – a costa leste brasileira, margeando o litoral atlântico (dai o nome
Mata Atlântica). Com um vasto e rico bioma, característico pelo clima tropical – nas
porções mais ao norte brasileiro – e subtropical – nas regiões mais ao sul do pais, é
o ambiente de suporte para as composições fitofisionomicas da Floresta Ombrófila
Densa, da Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Decidual, Floresta
Estacional Semidecicual, Campos de Altitude, Restinga, Manguezais e a formação
desse estudo, a FOM.
Com o forte crescimento dos centros urbanos no estado paranaense a partir
do século passado, a presente composição fitofisionomica na região passou a ser
substituída por aglomerados urbanos, deixando importantes frações em refúgios
situados nas Serras do Mar e Mantiqueira, ainda que no passado a FOM tenha sido
presente em grande parte ao norte do estado.
Segundo o Manual Técnico da Vegetação Brasileira (IBGE,2012), é possível
identificar quatro (04) tipos de formação da FOM, sendo eles: Aluvial (terraços
antigos associados à rede hidráulica), Submontana (constituindo disjunções em
altitudes inferiores a 400 m), Montana (situada aproximadamente entre 400 e 1000
m de altitude) e por fim, Alto-Montana (compreendendo as altitudes superiores a
1000 m).
Na Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler, é característico a formação do
bioma da FOM Montana, por aquele estar presente na Zona Sul do Primeiro Planalto
Paranaense, abrangendo altitudes médias entre 850 e 950 metros a.n.m., como
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
78 Estudo de Caso
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mostra 78 Logo os itens a seguir abordaram as características fitofisionamicas do
referido bioma.
Figura 31 - Perfil Esquemático da FOM (Floresta-de-Araucária)
Fonte: Manual Técnico da Vegetação Brasileira (Adaptado IBGE,2012)
1.7.1 Cobertura Florestal (Quantitativo)
A FOM é a fomação vegetal de maior predomínio na região curitibana, com o
decorrente crescimento urbano, pequenos traços dessa fitofisionomia é preservado
com maior continuidade em alguns parques e bosques, a exemplo do que pode ser
encontrado na Bacia Hidrográfica do Rio Belém.
Como a região sofreu grande alteração antrópica em seu meio natural no
decorrer das ultimas décadas, no Mapa de Vegetação é apresentado apenas as
porções com formação bosque/florestal, que correspondem a aproximadamente
quatorze porcento (14,0 %) da área total da Bacia e desempenham locais de
conservação de resquícios da FOM. Contudo nem todas as porções cobertas por
vegetação traduz a originalidade do bioma curitibano, logo que na área foi
introduzida muitas espécies exóticas, que trazem beleza cênica – como em praças e
jardins – ou mesmo alocadas sem estudo prévio das espécies naturais da região.
As porções que apresentam remanescentes de bosques/florestas são
evidenciados em áreas particulares e públicas – esta ultima que correspondem aos
bosques, jardinetes e praças da região – sendo que nos pontos públicos é onde
encontramos maior conservação da mata ciliar da Bacia.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
79 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
80 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
81 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Abaixo são apresentadas algumas espécies evidenciadas na visita a campo:
Vista do Remanescente Florestal - Bosque do
Pilarzinho Vista Interna do Bosque do Pilarzinho
Espécies Presentes no
Bosque Espécies Presentes no
Bosque Presença de espécimes do
gênero Musa spp
Espécies Presentes no
Bosque Presença do espécime
Morus nigra Bordas do Corrego dos
Imigrantes
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.
82 Estudo de Caso
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1.7.2 Formação Potencial
1.7.2.1 Floresta Ombrofila Mista Montana
Segundo o Manual Técnico da Vegetação Brasileira do IBGE, 2ª Edição,
(2012):
Esta formação, preservada atualmente em poucas localidades, como o Parque Nacional do Iguaçu (PR), ocupava quase inteiramente o planalto acima de 500 m de altitude, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Porém, na década de 1950, nas grandes extensões de terrenos situados entre as cidades de Lages (SC) e Rio Negro (PR), podia-se observar a Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze ocupando e emergindo da submata de Ocotea pulchella (Ness e Mart.) Mez e Ilex paraguariensis A. St. - Hil., acompanhada de Cryptocarya aschersoniana Mez e Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez. Ao norte do Estado de Santa Catarina e ao sul do Estado do Paraná, o pinheiro-brasileiro ou pinheiro-do-paraná estava associado à imbuia (Ocotea porosa [Ness e Mart.] Barroso), formando agrupamentos bem característicos; atualmente grandes agrupamentos gregários foram substituídos pela monocultura de soja e trigo, intercaladas. Na década de 1920, consideráveis disjunções de araucária existentes no vale do Rio Itajaí-Açu, associadas a Ocotea catharinensis Mez, foram quase inteiramente devastadas, restando pequenos remanescentes sem expressão paisagística e econômica. Esta ochlospecie, que ocupava cerca de 70% do Planalto Meridional, restringe-se, atualmente, a poucos indivíduos isolados nos pontos inacessíveis ou de permeio a grandes culturas de soja e trigo.
1.7.3 Riqueza e Diversidade de Espécies
A lista de espécies vegetais da FOM foi elaborada com base na vegetação
natural predominante na região, segundo BLUM, C.T. 2008, presente em
www.chaua.org.br/fa. A Tabela 14 contém as espécies que são encontradas neste
bioma.
Tabela 14 - Espécies vegetais características da FOM no Estado do Paraná
LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ
Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência
justicia-vermelha Justicia brasiliana Acanthaceae ab comum
justicia-rosa Justicia carnea Acanthaceae ab ocasional
Bomarea edulis Alstroemeriaceae li comum
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.
83 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ
Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência
bugreiro Lithraea brasiliensis Anacardiaceae av comum
bugreirinho Lithraea molleoides Anacardiaceae av comum
aroeira-mansa Schinus terebinthifolius
Anacardiaceae av comum
ariticum Annona cacans Annonaceae av marginal
embira Duguetia lanceolata Annonaceae av ocasional
envira-preta Guateria australis Annonaceae av comum
ariticunzinho Rollinia emarginata Annonaceae av comum
envira Rollinia sylvatica Annonaceae av ocasional
congonha Ilex brevicuspis Aquifoliaceae av comum
congonha-graúda Ilex dumosa Aquifoliaceae av comum
orelha-de-mico Ilex microdonta Aquifoliaceae av comum
erva-mate Ilex paraguariensis Aquifoliaceae av comum
caúna-da-serra Ilex taubertiana Aquifoliaceae av marginal
caúna Ilex theezans Aquifoliaceae av comum
antúrio Anthurium gaudichaudianum
Araceae he comum
Asterostigma lividum
Araceae he comum
costela-de-adão Philodendron bipinnatifidum
Araceae hep comum
imbé Philodendron loefgrenii
Araceae he comum
embaubarana Oreopanax fulvum Araliaceae at ocasional
pinheiro Araucaria angustifolia
Araucariaceae av comum
butiá Butia eriospatha Arecaceae at ocasional
guaricana Geonoma schottiana
Arecaceae ab comum
jerivá Syagrus romanzoffiana
Arecaceae av comum
carandaí Trithrinax brasiliensis
Arecaceae at ocasional
Asplenium clausenii Aspleniaceae hep comum
Asplenium gastonis Aspleniaceae hep comum
Asplenium incurvatum
Aspleniaceae hep comum
vassourinha Baccharis dracunculifolia
Asteraceae at comum
vassourinha Baccharis semiserrata
Asteraceae at comum
carqueja Baccharis trimera Asteraceae he comum
vassourinha Baccharis uncinella Asteraceae ab comum
sucará Dasyphyllum brasiliense
Asteraceae av comum
guaiapá Dasyphyllum tomentosum
Asteraceae av comum
vassoura Eupatorium tremulum
Asteraceae at comum
cambará Gochnatia polymorpha
Asteraceae av comum
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.
84 Estudo de Caso
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LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ
Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência
vassourão-preto Piptocarpha angustifolia
Asteraceae av comum
pau-toucinho Piptocarpha axillaris
Asteraceae av comum
vassoura Piptocarpha regnellii
Asteraceae av comum
vassoura-branca Piptocarpha sellowii Asteraceae av comum
vassourão-branco Vernonanthura discolor
Asteraceae av comum
azedinha Begonia cucullata Begoniaceae he comum
begonia Begonia similis Begoniaceae he comum
são-joão Berberis laurina Berberidaceae ab comum
cipó-de-flor-roxa Clytostoma binatum Bignoniaceae li comum
carobinha Jacaranda puberula Bignoniaceae av comum
pente-de-macaco Pithecoctenium crucigerum
Bignoniaceae li comum
pente-de-macaco Pithecoctenium dolichoides
Bignoniaceae li ocasional
pente-de-macaco Pithecoctenium echinatum
Bignoniaceae li ocasional
cipó-de-são-joão Pyrostegia venusta Bignoniaceae li comum
ipê-branco Tabebuia alba Bignoniaceae av ocasional
ipê-amarelo Tabebuia chrysotricha
Bignoniaceae av ocasional
samambaia Blechnum binervatum
Blechnaceae hep comum
xaxim-do-banhado
Blechnum brasiliense
Blechnaceae ab comum
Aechmea cylindrata Bromeliaceae hep comum
pé-de-pombo Aechmea distichantha
Bromeliaceae hep comum
Aechmea recurvata Bromeliaceae hep comum
Bilbergia nutans Bromeliaceae hep comum
Tillandsia crocata Bromeliaceae hep ocasional
cravo-do-mato Tillandsia geminiflora
Bromeliaceae hep comum
Tillandsia linearis Bromeliaceae hep comum
Tillandsia mallemontii
Bromeliaceae hep comum
Tillandsia recurvata Bromeliaceae hep ocasional
cravo-do-mato Tillandsia stricta Bromeliaceae hep comum
cravo-do-mato Tillandsia tenuifolia Bromeliaceae hep comum
barba-de-velho Tillandsia usneoides
Bromeliaceae hep comum
Vriesea friburgensis Bromeliaceae hep comum
Vriesea guttata Bromeliaceae hep marginal
Vriesea platynema Bromeliaceae hep comum
Vriesea reitzii Bromeliaceae hep comum
Vriesea X morreniana
Bromeliaceae hep comum
Wittrockia Bromeliaceae hep comum
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.
85 Estudo de Caso
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LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ
Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência
cyathiformis
flor-de-maio Hatiora gaertneri Cactaceae hep ocasional
cacto-de-árvore Hatiora salicornioides
Cactaceae hep comum
conambaia Lepismium cruciforme
Cactaceae hep comum
conambaia Lepismium houlletianum
Cactaceae hep comum
conambaia Lepismium lumbricoides
Cactaceae hep comum
conambaia Lepismium warmingianum
Cactaceae hep comum
conambaia Rhipsalis baccifera Cactaceae hep comum
cacto-de-árvore Rhipsalis camposportoana
Cactaceae hep comum
cacto-de-árvore-miúdo
Rhipsalis cereuscula
Cactaceae hep comum
cacto-de-árvore Rhipsalis floccosa Cactaceae hep comum
cacto-de-árvore Rhipsalis nevesarmondii
Cactaceae hep comum
cacto-de-árvore Rhipsalis teres Cactaceae hep comum
pimenteira Capsicodendron dinisii
Canellaceae av comum
cancorosa-graúda
Maytenus aquifolium
Celastraceae av comum
periquiteira Maytenus evonymoides
Celastraceae at comum
periquiteira-miúda Maytenus glaucescens
Celastraceae ab ocasional
espinheira-santa Maytenus ilicifolia Celastraceae ab ocasional
coração-de-bugre Maytenus robusta Celastraceae av comum
carne-de-vaca Clethra scabra Clethraceae av comum
amarelinho Terminalia australis Combretaceae av ocasional
trapoeraba Tradescantia fluminensis
Commelinaceae he comum
Tripogandra diuretica
Commelinaceae he comum
erva-de-passarinho
Griselinia ruscifolia Cornaceae he comum
guaperê Lamanonia speciosa
Cunoniaceae av comum
gramimunha Weinmannia paulliniifolia
Cunoniaceae av comum
xaxim-de-espinho Alsophila setosa Cyatheaceae ab comum
xaxim-de-espinho Cyathea atrovirens Cyatheaceae ab comum
xaxim-de-espinho Cyathea corcovadensis
Cyatheaceae ab comum
capim Rhynchospora floribunda
Cyperaceae he comum
capim-navalha Rynchospora corymbosa
Cyperaceae he comum
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.
86 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ
Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência
samambaia-das-taperas
Pteridium arachnoideum
Dennstaedtiaceae he comum
xaxim-bugio Dicksonia sellowiana
Dicksoniaceae ab comum
Dioscorea monadelpha
Dioscoreaceae li comum
Diplazium petersenii
Dryopteridaceae hep comum
samambaia-preta Rumohra adiantiformis
Dryopteridaceae he comum
sapopema Sloanea lasiocoma Elaeocarpaceae av comum
cocão Erythroxylum deciduum
Erythroxylaceae av comum
cocão-miúdo Erythroxylum gonocladum
Erythroxylaceae ab ocasional
cocãozinho Erythroxylum myrsinites
Erythroxylaceae at comum
laranjeira-brava Actinostemon concolor
Euphorbiaceae at marginal
Bernardia pulchella Euphorbiaceae ab comum
Croton celtidifolius Euphorbiaceae at ocasional
sangra-d'água Croton urucurana Euphorbiaceae av ocasional
mandioqueiro-do-mato
Manihot grahamii Euphorbiaceae ab comum
leiteiro Sapium glandulatum
Euphorbiaceae av comum
leiteirinho Sebastiania brasiliensis
Euphorbiaceae av comum
branquilho Sebastiania commersoniana
Euphorbiaceae av comum
sarandi Sebastiania schottiana
Euphorbiaceae ab ocasional
jacarandázinho Dalbergia brasiliensis
Fabaceae av comum
timbó Dalbergia frutescens
Fabaceae li/ab comum
corticeira-do-banhado
Erythrina crista-galli Fabaceae av comum
corticeira-da-serra
Erythrina falcata Fabaceae av comum
jetirana Galactia speciosa Fabaceae ab comum
rabo-de-bugio Lonchocarpus campestris
Fabaceae av comum
embira-de-sapo Lonchocarpus subglaucescens
Fabaceae av comum
jacarandá-branco Machaerium paraguariense
Fabaceae av comum
sapuva Machaerium stipitatum
Fabaceae av ocasional
olho-de-pomba Banara parviflora Flacourtiaceae av comum
cambroé-mirim Banara tomentosa Flacourtiaceae av comum
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.
87 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ
Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência
guassatunga Casearia decandra Flacourtiaceae av comum
cambroé Casearia lasiophylla
Flacourtiaceae av comum
guassatunga-preta
Casearia obliqua Flacourtiaceae av comum
cafezeiro-do-mato
Casearia sylvestris Flacourtiaceae av comum
guassatunga Prockia crucis Flacourtiaceae av comum
açucará Xylosma ciliatifolia Flacourtiaceae av comum
açucará Xylosma pseudosalzmanii
Flacourtiaceae av comum
rainha-das-alturas
Sinningia douglasii Gesneriaceae hep comum
Cochlidium serrulatum
Grammitidaceae hep comum
Trichomanes pyxidiferum
Hymenophillaceae hep comum
Trichomanes hymenoides
Hymenophyllaceae hep comum
congonha-do-banhado
Citronella gongonha
Icacinaceae av ocasional
congonha-graúda Citronella paniculata
Icacinaceae av comum
sálvia-vermelha Salvia melissaefolia Lamiaceae he ocasional
canela-raposa Cinnamomum sellowianum
Lauraceae av comum
canela-alho Cinnamomum vesiculosum
Lauraceae av comum
canela-fogo Cryptocarya aschersoniana
Lauraceae av comum
canela-fedida Nectandra grandiflora
Lauraceae av comum
canela-amarela Nectandra lanceolata
Lauraceae av comum
canela-preta Nectandra megapotamica
Lauraceae av ocasional
canela Nectandra puberula Lauraceae av ocasional
canela Ocotea corymbosa Lauraceae av comum
canela Ocotea diospyrifolia Lauraceae av ocasional
canela Ocotea elegans Lauraceae av comum
canela Ocotea glaziovii Lauraceae av ocasional
canela Ocotea indecora Lauraceae av comum
canelinha Ocotea nutans Lauraceae av comum
canela-sassafrás Ocotea odorífera Lauraceae av comum
imbuia Ocotea porosa Lauraceae av comum
canela-guaicá Ocotea puberula Lauraceae av comum
canela-lageana Ocotea pulchella Lauraceae av comum
canela Ocotea silvestris Lauraceae av comum
pau-andrade Persea major Lauraceae av comum
uvarana Cordyline dracaenoides
Liliaceae at comum
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.
88 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ
Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência
barbasco Buddleja brasiliensis
Loganiaceae he comum
esporão-de-galo Strychnos brasiliensis
Loganiaceae at ocasional
erva-de-passarinho
Struthanthus polyrhizus
Loranthaceae he comum
dedaleira Lafoensia pacari Lythraceae av comum
Banisteriopsis campestris
Malpighiaceae li ocasional
Heteropterys martiana
Malpighiaceae li ocasional
guanxuma Pavonia communis Malvaceae he comum
Pavonia schrankii Malvaceae ab ocasional
carrapicho Pavonia sepium Malvaceae ab comum
guanxuma Sida rhombifolia Malvaceae ab comum
caeté Ctenanthe lanceolata
Marantaceae he ocasional
pixirica Leandra australis Melastomataceae he comum
pixirica Leandra barbinervis Melastomataceae ab comum
pixirica-de-folha-prateada
Miconia cinerascens
Melastomataceae ab comum
pixiricão Miconia hiemalis Melastomataceae ab comum
pixirica Miconia pusilliflora Melastomataceae av ocasional
pixirica-de-folha-fina
Miconia sellowiana Melastomataceae at comum
quaresmeira Tibouchina sellowiana
Melastomataceae av ocasional
canjarana Cabralea canjerana Meliaceae av comum
cedro-rosa Cedrela fissilis Meliaceae av comum
pau-de-ervilha Trichilia elegans Meliaceae av ocasional
caliandra-rosa Calliandra brevipes Mimosaceae ab ocasional
ingá-feijão Inga marginata Mimosaceae av comum
ingá Inga urugüensis Mimosaceae av comum
ingá-verde Inga virescens Mimosaceae av comum
bracatinga-de-campo- mourão
Mimosa flocculosa Mimosaceae at marginal
bracatinga Mimosa scabrella Mimosaceae av comum
pimenteira Mollinedia clavigera Monimiaceae at comum
pimenteira Mollinedia elegans Monimiaceae at comum
capixim Mollinedia schottiana
Monimiaceae at comum
capixim Mollinedia triflora Monimiaceae at comum
capixim Mollinedia ulleana Monimiaceae at comum
figueira-vermelha Ficus luschnatiana Moraceae av comum
figueira Ficus moncki Moraceae av comum
capororoca Myrsine coriacea Myrsinaceae av comum
capororoca Myrsine parviflora Myrsinaceae av comum
capororocão Myrsine umbelata Myrsinaceae av comum
murta Blepharocalyx salicifolius
Myrtaceae av comum
Calycorectes Myrtaceae av comum
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.
89 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ
Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência
australis
guamirim-ferro Calyptranthes concinna
Myrtaceae av comum
Calyptranthes hatschbachii
Myrtaceae av ocasional
guabiroba-graúda Campomanesia guavirova
Myrtaceae av comum
capoteira Campomanesia guazumifolia
Myrtaceae av marginal
guavirovinha Campomanesia rhombea
Myrtaceae av ocasional
guabiroba Campomanesia xanthocarpa
Myrtaceae av comum
grumixama-miúda Eugenia blastantha Myrtaceae av comum
guamirim Eugenia burkartiana
Myrtaceae av comum
guamirim Eugenia handroana Myrtaceae av comum
guamirim-de-folha-miúda
Eugenia hiemalis Myrtaceae av comum
cerejeira Eugenia involucrata Myrtaceae av ocasional
cambuí Eugenia moraviana Myrtaceae av comum
Eugenia multiovulata
Myrtaceae av comum
guamirim Eugenia neoverrucosa
Myrtaceae av comum
camboim Eugenia platysema Myrtaceae av comum
uvaia Eugenia pyriformis Myrtaceae av comum
guamirim Eugenia racemosa Myrtaceae av comum
ingabaú Eugenia ramboi Myrtaceae av comum
Eugenia riedeliana Myrtaceae av comum
batinga-vermelha Eugenia rostrifolia Myrtaceae av comum
guamirim Eugenia sulcata Myrtaceae av comum
pitanga Eugenia uniflora Myrtaceae av comum
Eugenia uruguayensis
Myrtaceae av comum
guamirim Eugenia verrucosa Myrtaceae av comum
guamirim Gomidesia palustris Myrtaceae av comum
guamirim Gomidesia sellowiana
Myrtaceae av comum
murta Mosiera prismatica Myrtaceae av comum
Myrceugenia alpigena
Myrtaceae av comum
cambuizinho Myrceugenia euosma
Myrtaceae av comum
Myrceugenia glaucescens
Myrtaceae av comum
guamirim Myrceugenia miersiana
Myrtaceae av comum
guamirim Myrceugenia myrcioides
Myrtaceae av comum
Myrcia affinis Myrtaceae av comum
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.
90 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ
Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência
guamirim-ferro Myrcia arborescens Myrtaceae av comum
guamirim Myrcia breviramis Myrtaceae av comum
Myrcia cymosopaniculata
Myrtaceae av comum
guamirim Myrcia fallax Myrtaceae av comum
caingá Myrcia hatschbachii Myrtaceae av comum
cambuim Myrcia laruotteana Myrtaceae av comum
cambuí Myrcia multiflora Myrtaceae av comum
guamirim-branco Myrcia obtecta Myrtaceae av comum
guamirim-da-folha-fina
Myrcia rostrata Myrtaceae av comum
cambuí Myrcia selloi Myrtaceae av comum
Myrcia sosias Myrtaceae av comum
Myrcia venulosa Myrtaceae av comum
araçázeiro Myrcianthes gigantea
Myrtaceae av comum
guabijú Myrcianthes pungens
Myrtaceae av ocasional
cambuizinho Myrciaria tenella Myrtaceae av comum
murtilho Myrrhinium atropurpureum
Myrtaceae av comum
craveiro Pimenta pseudocaryophyllus
Myrtaceae av comum
araçá Psidium cattleianum
Myrtaceae av ocasional
brinco-de-princesa
Fuchsia regia Onagraceae li/ab comum
Ophioglossum palmatum
Ophioglossaceae hep comum
tatu Agonandra englerii Opiliaceae av ocasional
Campylocentrum aromaticum
Orchidaceae hep comum
Campylocentrum burchelii
Orchidaceae hep comum
Capanemia australis
Orchidaceae hep comum
Capanemia hatschbachii
Orchidaceae hep comum
Capanemia superflua
Orchidaceae hep comum
Cryptophoranthus juergensii
Orchidaceae hep comum
Dryadella liliputiana Orchidaceae hep comum
Erycina pusilla Orchidaceae hep comum
Gomesa recurva Orchidaceae hep comum
Isabelia pulchella Orchidaceae hep comum
Lankesterella ceracifolia
Orchidaceae hep comum
Leptotes unicolor Orchidaceae hep comum
Maxillaria acicularis Orchidaceae hep comum
Maxillaria picta Orchidaceae hep comum
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
Legenda para "Porte": ab - arbusto; at - arvoreta; av - árvore; he - herbácea; hep - herbácea epífita; li - liana (cipó). Legenda para "Ocorrência": comum - que é facilmente encontrada nesta fitotipia; ocasional - que ocorre de forma rara nesta fitotipia; marginal - que se concentra nos limites da fitotipia, próximo a contato com outro tipo de vegetação.
91 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PARANÁ
Espécie Nome Científico Família Porte Ocorrência
chuva-de-ouro Oncidium hookeri Orchidaceae hep comum
chuva-de-ouro Oncidium loefgrenii Orchidaceae hep comum
chuva-de-ouro Oncidium longicornu
Orchidaceae hep comum
chuva-de-ouro Oncidium paranaense
Orchidaceae hep comum
chuva-de-ouro Oncidium pulvinatum
Orchidaceae hep comum
Ornitophora radicans
Orchidaceae hep comum
Phymatidium falcifolium
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis adiri Orchidaceae hep comum
Pleurothallis aveniformis
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis crepiniana
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis grobyi Orchidaceae hep comum
Pleurothallis hatschbachii
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis hygrophila
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis luteola Orchidaceae hep comum
Pleurothallis paranaensis
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis punctata
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis recurva
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis saundersiana
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis saurocephala
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis sonderana
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis sordida
Orchidaceae hep comum
Pleurothallis violaceomaculata
Orchidaceae hep comum
orquídea-cheirosa
Prostechea fausta Orchidaceae hep comum
Psygmorchis pusilla Orchidaceae hep comum
Wullschlaegelia aphylla
Orchidaceae he ocasional
Zygostastes dasyrhiza
Orchidaceae hep comum
Fonte: BLUM, C.T, 2008 apud PARANÁ, 2015.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
92 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.7.4 Avaliação da Conservação do Fragmento Florestal
Tomando como base os 51 e 79, foi realizada a análise da conservação do
fragmento florestal. A Tabela 15 a seguir foi usada como base para a avaliação.
Tabela 15 - Avaliação da Conservação do Fragmento Florestal.
Variáveis (V). 1 2 3
Área (A). A <= 1ha 5ha <=A > 1ha 5 > ha
Água (H2O) – Trecho de rios ou nascentes.
Não tem água. Apenas trechos de
rios mal ou não conservados.
Trechos de rios ou nascentes preservadas.
Sinais de degradação da ocupação humana (DH) – trilhas, clareiras, lixo.
Presença muito intensa de trilhas /
clareiras / lixo ocupando quase toda a área do fragmento
florestal.
Presença de trilhas / clareiras / lixo que
ocupe a maior parte da área do
fragmento florestal.
Pouca evidência de
lixo / trilhas ou clareiras.
Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)
1 ou 2 níveis de energia.
3 níveis de energia. 4 ou mais níveis de energia.
Uso do solo externo (U.S) Industrial ou urbano de alta densidade.
Uso urbano de baixa ou média densidade.
Uso rural ou sem ocupação.
Fonte: O Autor.
Com a Tabela 15 acima foi possível realizar a avaliação dos fragmentos
florestais, a avaliação dos mesmos é apresentada a seguir em tabelas resumidas. A
avaliação feita na tabela proporciona notas para os pontos avaliados, essa nota
varia de 5 até 15, onde o impacto no fragmento é determinado pela nota obtida pelo
mesmo. No intervalo de 5 a 8 o fragmento é considerado muito impactado, de 9 a 12
o fragmento é considerado mediamente impactado e de 13 a 15 fragmento pouco
impactado.
O Primeiro fragmento florestal avaliado corresponde aos pontos A e B do 51,
e sua avaliação é apresentada na Tabela 16 a seguir.
Tabela 16 - Avaliação do Parque Pilarzinho e Nascente Rio Evaldo Wendler.
Variáveis (V). 1 2 3
Área (A). X
Água (H2O) X
Degradação da Ocupação Humana (DOH)
X
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
93 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Variáveis (V). 1 2 3
Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)
X
Uso do solo externo (U.S) X
Fonte: O Autor.
O fragmento Parque Pilarzinho e Nascente Rio Evaldo Wendler obteve a nota
10 que está condida no intervalo que vai de 9 a 12, sendo portando um fragmento
mediamente impactado.
O Segundo fragmento florestal avaliado corresponde ao ponto E, e é a foz do
Rio Evaldo Wendler sua análise é apresenta na Tabela 17 a seguir.
Tabela 17 - Avaliação do Fragmento Foz do Rio Evaldo Wendler.
Variáveis (V). 1 2 3
Área (A). X
Água (H2O) X
Degradação da Ocupação Humana (DOH)
X
Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)
X
Uso do solo externo (U.S) X
Fonte: O Autor.
O fragmento da foz do Rio Evaldo Wendler obteve a nota 8 que está condida
no intervalo que vai de 5 a 8, sendo portando um fragmento muito impactado.
O terceiro fragmento florestal avaliado corresponde ao ponto F, que é o local
conhecido como Rio das Irmãs sua análise é apresenta na Tabela 18 a seguir.
Tabela 18 - Avaliação do Fragmento Rio das Irmãs.
Variáveis (V). 1 2 3
Área (A). X
Água (H2O) X
Degradação da Ocupação Humana (DOH)
X
Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)
X
Uso do solo externo (U.S) X
Fonte: O Autor.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
94 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
O fragmento Rio das Irmãs obteve a nota 10 que está condida no intervalo
que vai de 9 a 12, sendo portando um fragmento mediamente impactado.
O quarto fragmento analisado é o ponto G, conhecido como Rio Jardinete,
este ponto nem aparece no mapa de vegetação, pois sua área é próxima de 40m²,
mesmo assim esse “fragmento” foi analisado e é apresentado na Tabela 19:
Tabela 19 - Avaliação do Fragmento Rio Jardinete.
Variáveis (V). 1 2 3
Área (A). X
Água (H2O) X
Degradação da Ocupação Humana (DOH)
X
Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)
X
Uso do solo externo (U.S) X
Fonte: O Autor.
O fragmento do Rio Jardinete obteve a nota 7 que está condida no intervalo
que vai de 5 a 8, sendo portando um fragmento muito impactado.
O último fragmento avaliado está localizado no lado esquerdo do ponto A
próximo ao Parque Pilarzinho, em nossa análise foi chamado de fragmento 5, sua
avaliação é apresentada na Tabela 20.
Tabela 20 - Avaliação do Fragmento 5.
Variáveis (V). 1 2 3
Área (A). X
Água (H2O) X
Degradação da Ocupação Humana (DOH)
X
Estrutura do Bosque / Floresta (E.B.F)
X
Uso do solo externo (U.S) X
Fonte: O Autor.
O fragmento 5 obteve a nota 9 que está condida no intervalo que vai de 9 a
12, sendo portando um fragmento mediamente impactado.
Os fragmentos montante a foz são todos mediamente impactados, exceto o
fragmento do Rio Jardinete que é muito impactado, assim como a fragmento que
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
95 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
contém a foz do Rio Evaldo Wendler, com isso nota-se que os impactos na
vegetação e consequentemente na bacia são decorrentes do mal estado do Rio
Jardinete e do Rio Evaldo Wendler que começa a se deteriorar mais fortemente a
partir do momento que o Rio Jartinete desagua nele. Outro fator que expressa a
degradação dos fragmentos é que eles se encontram todos isolados sem a presença
de corredores ecológico, privando as espécies de realizar a troca genética com
indivíduos de outra porção.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
96 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
1.8 FAUNA
Entende-se como Fauna o conjunto de espécies de animais existentes num
determinado ambiente. A Fauna é um recurso natural renovável que se inter-
relaciona consigo mesmo e com os demais componentes do ecossistema
(BOLLMANN, 2015).
Com a proximidade da ocupação antrópica nos biomas, a fauna subdividi-se
em três grandes grupos, sem levar em conta a classificação taxonômica:
a. Fauna Silvestre: constituída pelas populações de animais que
originalmente habitavam o local antes da ocupação humana, e para os
quais não há influência sobre os padrões do processo de seleção
natural, ou esta é pequena (BOLLMANN, 2015);
b. Fauna Doméstica: com a ocupação humana, as espécies que não são
adaptáveis aos hábitos antrópicos são afugentadas ou são extintas
pela caça ou aprisionamento para fins comerciais, enquanto que as
mais adaptáveis são domesticadas (cães, gatos, ratos, insetos,
pássaros de hábitos urbanos como pombos, pardais, sabiás etc.)
(BOLLMANN, 2015);
c) População Humana: não se esquecendo que o homem, em si, é um
representante da fauna a ocupar o território (BOLLMANN, 2015);
Permanecendo dentro da análise da influência antrópica, podemos ainda
dividir a fauna quanto a proximidade com o homem, sendo ela:
a. Fauna sinantrópica: corresponde a animais invertebrados e pequenos
vertebrados que coabitam indesejavelmente com o homem no
perímetro urbano, e que podem ser vetores de doenças, causando-lhe
transtornos significativos de ordem econômica ou ambiental, ou que
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
0 – Inexistente 1 – Raro 2 – Frequente 3 – Abundante
97 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
represente riscos à saúde pública. (ANVISA, 2009; CLICKEDUCAÇÃO,
2015);
b. Fauna circum-antrópica: compreende as espécies que estão inseridas
no em porções urbanas, alimentando-se de resíduos gerados pelas
atividades antrópicas, sem, no entanto, permitir contato humano
(BOLLMANN, 2015);
c. Fauna antropofóica: caracteriza-se da fauna silveste (BOLLMANN,
2015).
1.8.1 Levantamento da Fauna Presente na FOM
As tabelas a seguir apresentam as principais espécies que podem ser
evidenciadas na área de estudo.
Tabela 21 - Levantamento de Fauna - Peixes
PEIXES
Nome Científico Ordem ou Família
Nome Popular Fotografia Abundância
Relativa
Luciopimelodus Platanus Bagre
2
Ancistrus triradiatus Cascudo
2
Astyanax spp
Lambari
1
Fonte: IAP, 2015
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
0 – Inexistente 1 – Raro 2 – Frequente 3 – Abundante
98 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
Tabela 22 - Levantamento de Fauna - Mamíferos
MAMÍFEROS
Nome Científico Ordem ou Família
Nome Popular Fotografia Abundância
Relativa
Família Didelphidae Gambá
2
Dasypus novemcinctus Tatu
2
Ordem Chiroptera
Morcego
1
Guerlinguetus ingrami Serelepe
2
Cavia aperea Preá
2
Dasyprocta azarae Cutia
1
Família erethyzontidae Ouriço 2
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
0 – Inexistente 1 – Raro 2 – Frequente 3 – Abundante
99 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
MAMÍFEROS
Nome Científico Ordem ou Família
Nome Popular Fotografia Abundância
Relativa
Rattus norvegicus Ratazana
2
Rattus rattus Rato
1
Mus musculus Camundongo
2
Fonte: IAP, 2015
Tabela 23 - Levantamento de Fauna - Aves
AVES
Nome Científico Ordem ou Família
Nome Popular Fotografia Abundância
Relativa
Família Anatídae Marreca
1
Penelope obscura Jacuaçu
1
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
0 – Inexistente 1 – Raro 2 – Frequente 3 – Abundante
100 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
AVES
Nome Científico Ordem ou Família
Nome Popular Fotografia Abundância
Relativa
Podylimbus podiceps Mergulhão
1
Família Ardeidae Garça
1
Ordem Falconiformes Gavião
1
Aramides saracura Saracura
2
Vanellus chilensis Quero-Quero
3
Furnarius rufus João-de-barro
3
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
0 – Inexistente 1 – Raro 2 – Frequente 3 – Abundante
101 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
AVES
Nome Científico Ordem ou Família
Nome Popular Fotografia Abundância
Relativa
Pitangus sulphuratus Bem-te-vi
3
Athene cunicularia Coruja
Buraqueira
2
Columbina talpacoti Rolinha roxa
3
Turdus rufiventris Sabiá
3
Fonte: IAP, 2015
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
102 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
4. REFERÊNCIAS
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BETTEGA, J. M. P. R. et al. Métodos analíticos no controle microbiológico da água para consumo humano. Ciência e Agrotecnologia. Lavras, v. 30, n. 5, p. 950-954, 2006.
VILHENA, Jéssica Caroline Evangelista; JÚNIOR, Arialdo Martins da Silveira; DUARTE, Anamaria de Sousa. Monitoramento de coliformes totais e de E. coli em águas provenientes de poços e do sistema de abastecimento público utilizadas para consumo humano no bairro de Santa Rita, Macapá-AP, Brasil. Disponível em: < http://www.sbpcnet.org.br/livro/61ra/resumos/resumos/6214.htm >. Acesso em: 10 out. 2015.
OLIVEIRA, Aline Maxiline Pereira. Alcalinidade e dureza das águas. Disponível em: < http://www.kurita.com.br/adm/download/Alcalinidade_e_Dureza.pdf >. Acesso em: 10 out. 2015.
BATALHA, Ben-Hur Luttembarck. Controle da qualidade da água para consumo humano; bases e conceitos operacionais. São Paulo. CETESB, 1977. 198 p.
CETESB – COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Variáveis de qualidade das águas. Disponível em: < http://cetesb.sp.gov.br/aguas-interiores/wp-content/uploads/sites/32/2013/11/variaveis.pdf >. Acesso em: 10 out. 2015.
Planejando Hoje, Construímos um Amanhã.
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da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
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104 Estudo de Caso
da Bacia Hidrográfica do Rio Evaldo Wendler
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n° 357/05. Estabelece a classificação das águas doces, salobras e salinas do Território Nacional. Brasília, SEMA, 2005.
PARRON, Lucilia Maria; MUNIZ, Daphne Heloisa de Freitas; PEREIRA, Claudia Mara. Manual de procedimentos de amostragem e análise físico-química de água. 2011. Disponível em: < http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/921050/1/Doc232ultimaversao.pdf >. Acesso em: 09 out. 2015.
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BOLLMANN, Harry Alberto. Avaliação da qualidade das águas do Rio Belém, Curitiba-PR, com o emprego de indicadores quantitativos e perceptivos. Curitiba: PUCPR, 2015.
BOLLMANN Harry Alberto. Indicadores Biológicos de Qualidade das Águas. Curitiba: PUCPR, 2015.
BOLLMANN, Harry Alberto. Monitoramento da qualidade das águas na bacia hidrográfica do rio Belém. Curitiba, 2007.
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