43
Exame Físico Bacia e Anca Tânia Sofia Mendonça Madureira Turma 8 Bloco Cirúrgico - Ortopedia

Bacia e Anca

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Bacia e Anca

Exame Físico

Bacia e Anca

Tânia Sofia Mendonça Madureira

Turma 8

Bloco Cirúrgico - Ortopedia

Page 2: Bacia e Anca

Bacia (Pelve) - Funções

• Base óssea na qual se fixa o tronco e através da qual o

peso corporal se transmite às extremidades inferiores.

Funções importantes:

• sustentação do peso corporal;

• local de fixação do membro inferior;

• protecção dos órgãos da cavidade pélvica.

Page 3: Bacia e Anca

• A pelve feminina é mais larga do que a masculina devido à função reprodutora própria da mulher.

Bacia (Pelve) - Funções

Page 4: Bacia e Anca

Bacia (Pelve) - Constituição

É constituída por 4 ossos: • 2 ossos do quadril

(Ílio, Ísquio e Púbis); • Sacro; • Cóccix.

Tem 4 articulações: • 2 sacroilíacas; • Sacrococcígea; • sínfise púbica.

Page 5: Bacia e Anca

Bacia (Pelve) - Constituição

Articulações Sacro-ilíacas

• Entre as superfícies articulares do sacro e do ilíaco;

• Apresentam uma área diminuta de cartilagem;

• Sinovial pequena e sem bolsas.

Classificação:

• Trocóide na mulher jovem;

• Artrodia no homem jovem;

• Sinostose em idades avançadas (sacralização de L5).

Page 6: Bacia e Anca

Ligamentos intrínsecos: Interósseo, Anterior e Posterior

(superficial e profundo).

Bacia (Pelve) - Constituição

Page 7: Bacia e Anca

Ligamentos Extrínsecos: Iliolombar, sacro-espinhoso

(pequeno ligamento ciático) e Sacrotuberositário (grande

ligamento ciático).

Bacia (Pelve) - Constituição

Page 8: Bacia e Anca

Articulação Sacrococcígea

• Sínfise entre o ápice do sacro e a base do cóccix, unidos

por um disco fibrocartilagíneo.

Ligamentos:

• Sacrococcígeo anterior;

• Sacrococcígeo posterior;

• Sacrococcígeo lateral;

• Intercornais.

Bacia (Pelve) - Constituição

Page 9: Bacia e Anca

Sínfise Púbica

• Anel fibroso entre os dois ossos pubianos.

Ligamentos púbicos

• Superior;

• Inferior(arqueado).

Bacia (Pelve) - Constituição

Page 10: Bacia e Anca

Articulação da Anca, do Quadril ou Coxofemoral

• Diartrose esférica (enartrose) entre a cabeça do fémur e o

acetábulo da pelve;

• Cápsula curta na face posterior (área do colo acima da

crista intertrocantérica destapada).

Anca - Constituição

Page 11: Bacia e Anca

Anca - Constituição

• Iliofemoral ou anterior (em Y

invertido);

• Isquiofemural (posterior);

• Pubofemural (medial);

• Orbicular (circular e profundo).

Ligamentos Intrínsecos

Page 12: Bacia e Anca

• Redondo - da cabeça do fémur.

(via de irrigação)

• Transverso - do acetábulo.

(estabilidade articular)

Anca - Constituição

Ligamentos Extrínsecos (intracapsulares)

Page 13: Bacia e Anca

Marcos ósseos na face anterior do quadril

Crista ilíaca ao nível de L4

Espinha ilíaca anterossuperior

Tubérculo ilíaco

Trocânter maior

Sínfise pubiana

Estruturas ósseas e articulares

Page 14: Bacia e Anca

Marcos ósseos na face posterior do quadril

Espinha ilíaca posterossuperior ao nível de S2

Tuberosidade Isquiática

Trocânter maior

Articulação Sacroilíaca

Estruturas ósseas e articulares

Page 15: Bacia e Anca

Grupos Musculares

Grupo Extensor – na parte posterior;

principal é o glúteo máximo (faixa

desde ao longo da pelve medial até à

sua inserção abaixo do trocanter)

Grupo Flexor – na parte anterior;

principal é o iliopsoas (da crista ilíaca

até ao trocânter menor)

Page 16: Bacia e Anca

Grupos Musculares

Grupo Adutor – medial; do

púbis e do ísquio até à face

posteromedial do fémur.

Grupo Abdutor – lateral; da crista

líaca até à cabeça do fémur; Inclui

o glúteo médio e o mínimo, que

ajudam a estabilizar a pelve.

Page 17: Bacia e Anca

Outras estruturas - Bursas

Bolsa do Psoas (iliopectínea ou do iliopsoas) –

localiza-se numa posição anterior à articulação coxofemoral,

revestindo a cápsula articular e o músculo psoas;

Bolsa Trocantérica – bolsa grande e multiloculada que

se localiza sobre a superfície posterior do trocanter maior do

fémur; Permite o deslizamento sem atrito da fascia lata

sobre o trocânter maior.

Bolsa Isquiática ou isquioglútea – localiza-se sobre a

tuberosidade isquiática, onde a pessoa se senta (nem

sempre existe).

Page 18: Bacia e Anca

Força – conferida pelos músculos nadegueiros (sobretudo o médio)

Fulcro – conferido pela articulação coxofemoral (alterado , por exemplo, quando articulação está luxada)

Braço da Alavanca – depende da distância do grande trocânter à articulação

(alterado, por exemplo, quando o colo do fémur está fracturado ou deformado)

Três elementos necessários para o equilíbrio

Page 19: Bacia e Anca

Perguntas fundamentais

1. Dor – dor na virilha que desce a coxa e se fixa no joelho?

2. Rigidez – consegue vestir a meia, cortar as unhas ou lavar o pé desse lado?

3. Instabilidade – é difícil caminhar sem mancar?

4. Deformidade – sente diferença no comprimento das pernas?

5. Função – consegue correr? É difícil subir ao autocarro ou eléctrico?

Anamnese

Page 20: Bacia e Anca

Importante saber também:

• Idade (do paciente e com que surgiram os primeiros

sintomas) → distribuição das patologias por idade

• alterações no dia a dia

• como a dor o afecta.

• sintomas na outra anca

• sintomas na região lombar

• efeito da medicação

• desejo de solução cirúrgica.

Anamnese

Page 21: Bacia e Anca

Exame Físico - Inspeção

Observar marcha quanto:

• à largura da base (normal entre 5 a 10cm entre

calcanhares);

• ao deslocamento da pelve;

• à flexão do joelho;

• ao ritmo.

Inicia-se com a observação cuidadosa da

marcha do paciente ao entrar na sala

Observar modo como se senta

Page 22: Bacia e Anca

Exame em pé (doente de costas)

1. Observação de costas: Pedir para levantar uma perna e

depois alternar;

Trendelenburg positivo quando bacia descai para o lado

não apoiado – lado oposto ao da lesão (incapacidade dos

músculos abdutores, necessários ao equilíbrio da pélvis)

2. Observação de perfil: detetar atitudes na flexão de um

dos joelhos; avaliar o grau de lordose lombar;

Exame Físico - Inspecção

Page 23: Bacia e Anca

Exame Físico - Inspecção

Normal

Trendelenburg positivo (incapacidade em manter a bacia equilibrada em apoio monopodálico)

Page 24: Bacia e Anca

• Avaliar o comprimento dos membros inferiores (desde as

espinhas ilíacas antero-superiores até aos maléolos

internos) e a simetria (paciente em decúbito dorsal);

• Inspeccionar as superfícies anterior e poterior do quadril

quanto a quaisquer áreas de atrofia ou contusão

muscular;

Exame Físico - Inspeção

Page 25: Bacia e Anca

Palpar os marcos ósseos da superfície anterior do quadril

(sentido descendente)

1. crista ilíaca(nível L4) → tubérculo ilíaco → espinha

ilíaca anterossuperior

2. Colocar polegares sobre as espinhas ilíacas

anterossuperiores e deslizar os dedos, desde o

tubérculo ilíaco até ao trocanter maior do fémur

3. Movimentar os polegares medial e obliquamente até à

sínfise púbica

Exame Físico - Palpação

Page 26: Bacia e Anca

Palpar os marcos ósseos da superfície posterior do quadril

1. Espinha ilíaca posterossuperior abaixo das depressões

visíveis acima das nádegas

2. Localizar lateralmente à espinha ilíaca anterossuperior o

trocanter maior e medialmente a tuberosidade isquiática.

3. Linha imaginária entre as espinhas ilíacas

posterossuperiores cruza a articulação sacroilíaca em S2;

Articulação sacroilíaca nem sempre é palpável.

Exame Físico - Palpação

Page 27: Bacia e Anca

Estruturas Inguinais (paciente em decúbito dorsal)

• Pedir ao doente para colocar calcanhar da perna a examinar sobre

o joelho oposto

• Palpar ao longo do ligamento inguinal , de lateral para medial, da

espinha ilíaca anterossuperior ao tubérculo pélvico:

N - nervo femoral

A - artéria femoral

V – veia femoral

E – Espaço vazio

L - Linfonodos

Exame Físico - Palpação

Page 28: Bacia e Anca

Bolsa Iliopectínia (do psoas) – localizada abaixo do

ligamento inguinal, num plano mais profundo

Exame Físico - Palpação

(doente em decúbito lateral e quadril

flexionado e em rotação interna)

Bolsa Trocantérica – localizada acima do

trocanter maior

Bolsa Isquioglútea – localizada sobre a

tuberosidade isquiática; não é palpável,

excepto nos casos de inflamação.

Page 29: Bacia e Anca

• A presença de um foco doloroso pode indicar uma fratura num traumatizado

• A fratura unilateral dos ramos iliopúbicos é frequente na mulher idosa osteoporótica que sofre uma queda ao caminhar, ocasionando dor na face interna da virilha, junto ao púbis.

• Sinal de suspeita de fratura no anel pélvico é a dor despertada pela compressão transversal da bacia.

Exame Físico - Palpação

Page 30: Bacia e Anca

Testar a amplitude dos movimentos

Flexão(iliopsoas)

Extensão (glúteo máximo)

Abdução (glúteos médio e mínimo)

Adução (adutores curto, longo, magno, pectíneo e grácil)

Rotação externa (obturador interno e externo, quadrado

femoral, gémeos superior e inferior)

Rotação interna (glúteos médio e mínimo)

Exame Físico - Mobilidade

Page 31: Bacia e Anca

1. Colocar a anca e o joelho normal a 90º e usar o pé como braço de alavanca para rodar a anca para fora e para dentro registando os valores de rotação externa e de rotação interna para comparar com o lado doente

Exame Físico - Mobilidade

Page 32: Bacia e Anca

2. Verificar o arco de movimento de abdução e o do movimento contrário, a adução; durante esta pesquisa -> fixar a bacia;

Exame Físico - Mobilidade

Page 33: Bacia e Anca

3. Pesquisa de rotações da anca em extensão, com o doente em decúbito prono, usando como alavanca o joelho fletido; Na mesma posição, explorar a extensão(ou hiperextensão); Movimento rapidamente afectado pelas afeções articulares;

Exame Físico - Mobilidade

Page 34: Bacia e Anca

TESTE DE THOMAS

Fazer flexão passiva total da anca no lado são e verificar se há ângulo de elevação no lado doente tradutor de deformidade em flexão fixa da anca;

Manobras Especiais

Valor é integrado no arco de flexão do lado doente: flexão global de 90º com 40º de deformidade em flexão, havendo arco de movimento de 50º.

Page 35: Bacia e Anca

Testes Ortopédicos para Pesquisar Se Dor Lombar é Devida a Lesão da Articulação Sacroilíaca

• Testes de mobilização somática induzem stress na articulação que, se estiver afectada, responderá com dor.

Page 36: Bacia e Anca

Alguns Casos Específicos

Page 37: Bacia e Anca

Assimetria Articular da Sacroíliaca

• Associada à escoliose.

• Causa comum de aparente diferente comprimento do

membro inferior

Page 38: Bacia e Anca

Disfunção Sacroilíaca

• Causa frequente de dor em idosos na região lombar

inferior, glútea e face posterior da coxa.

• Devida a alterações degenerativas e inflamatórias da

articulação.

Page 39: Bacia e Anca

Hiperlordose Lombar, Estiramento dos Ligamentos Sacroilíacos e Dor Lombar

• A hiperlordose lombar acentua-se no envelhecimento

(para compensar a hipercifose torácica), na gravidez e na

obesidade.

A hiperlordose leva a tendência para

horizontalização do sacro. A mudança

de posição do sacro leva a

estiramento dos ligamentos

sacroilíacos com possível dor na

articulação.

Page 40: Bacia e Anca

Luxação Congénita da Articulação da Anca Não há coaptação da cabeça do fémur pelo acetábulo porque ou por a cabeça do fémur apresentar pequeno volume ou por a cavidade acetabular não ser completa.

Diagnóstico neonatal por mobilização da articulação; prega adicional.

Page 41: Bacia e Anca

• Dor na região inguinal.

• Desaparecimento da

prega inguinal;

• Exacerbação da dor na

flexão da coxa sobre o

tronco.

Bursite Iliopectínea

Page 42: Bacia e Anca

Fracturas da articulação coxofemoral Fracturas da Articulação da Anca

• Fractura do colo do fémur.

• Fractura do acetábulo.

Necrose Isquémica da Cabeça do Fémur: complicação frequente da fractura do colo do fémur.

Page 43: Bacia e Anca

FIM