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CA LO GO III BAFF BAHIA AFRO FILM FESTIVAL 13 A 23 DE MAIO DE 2010 CACHOEIRA-BAHIA-BRASIL

BAFF - Bahia Afro Film Festival na Europa

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O Lançamento Oficial será realizado durante o All The Dreams. Toda uma série de ações já começam a ser feitas para que em 2011 a Mostra Itinerante do BAFF esteja em Viena-Áustria e em outras importantes capitais dos países europeus. Veja matéria completa no All The Dreams: http://allthedreams.internationalabrasa.com/?p=59

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CATÁLOGOIIIBAFFBAHIA AFRO

FILM FESTIVAL13 A 23 DE MAIO DE 2010 CACHOEIRA-BAHIA-BRASIL

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01PAG.

05 Textos de abertura 12 Homenageados 24 Programação 38 Mostra de filmes convidados 46 Mostra competitiva 64 Jurados 68 Ficha técnica 72 Agradecimentos

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05PAG. O BAHIA AFRO FILM FESTIVAL

tem como objetivo principaldivulgar, integrar e promoverdiscussões em torno da pro-dução de cinema e de vídeos,nacionais e internacionais,que possuam como temá-tica central o cidadão afro-descendente, com ênfasena diáspora africana, nosincretismo cultural, no hu-manismo e na preservaçãode raízes e valores.

O Festival pensa o cinemaafrodescendente, que atua àfrente ou atrás das câmeras,através da produção industrialou da produção indepen-dente de trabalhos audiovi-suais. Além de divulgar eagregar a experiência e aprodução acadêmica e inte-lectual comprometidas como tema, o BAHIA AFRO FILM

FESTIVAL mantém um acervoaudiovisual para mostras eexibições especiais durantetodo o ano.

A escolha de Cachoeira, noRecôncavo Baiano, parapalco de tão expressivoevento, deve-se ao fato detratar-se de uma região histó-rica e que apresenta uma alta

concentração de populaçãonegra ou de ascendêncianegra no Brasil, sendo hojeum dos principais destinosdo turismo étnico.

O BAHIA AFRO FILM FESTIVAL

atrai a atenção para a impor-tância do cinema de temá-tica afro, contribuindopositivamente para o pro-cesso de profissionalizaçãoe de crescimento da produ-ção audiovisual na Bahia.

Focado também em ques-tões fundamentais de forma-ção e integração, o Festivaldesenvolve, paralelamente,oficinas profissionalizantes eações de responsabilidadesocial. Destaque-se a “Mos-tra Itinerante” viabilizadaatravés de Cineclubes, par-cerias e convênios com osdiversos setores da educa-ção e da cultura em nossopaís, que percorrerá escolase entidades organizadas decidades do Recôncavo e deoutras regiões baianas, bemcomo cidades do interior ede várias capitais brasileiras.

O estabelecimento do BAHIA

AFRO FILM FESTIVAL em Ca-choeira deve-se, entre ou-tros fatores, à constatação

de condições favoráveis aoestabelecimento de um“Pólo Regional de Cinema”na região do RecôncavoBaiano, que inclusive já contacom o “Curso de Cinema daUniversidade Federal doRecôncavo”. Sem perderde vista que a história de Ca-choeira, passada e presente,remete-nos às nossas raízese ancestralidades.

Da localização geográfica aovalor histórico, do patrimôniomonumental à beleza paisa-gística, da sensibilidade àreceptividade próprias doseu povo, Cachoeira, ao abri-gar o BAHIA AFRO FILM FESTIVAL,transformar-se-á num autên-tico palco cultural de reflexão,discussão e debate, desper-tando a atenção e possibili-tando que se vivencie umFestival afrocultural demo-crático, eclético, atraente eúnico em nosso país.

Lázaro Faria

Cineasta. Diretor e Curador do Festival.

III BAFF BAHIA AFRO FILM FESTIVAL

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07PAG.

06PAG. O cineasta mineiro Humberto

Mauro afirmou que “Cinemaé Cachoeira”, figurando aimagem do cinema como ointenso movimento daságuas, que tem dinamismo,beleza e continuidade eterna.Essa metáfora foi marcantepara um grupo de jovensque, nos idos da década de70 do século XX, carregavamprojetores 16mm para exibi-ção de filmes nos lençóisbrancos que o povo estendiae que serviam de telão naspraças públicas.

Esse exercício para mostraras diferentes realidades doBrasil e do mundo propiciouo vigor do movimento cine-clubista, através do negrogeneroso e intelectual LuizOrlando, inesgotável fontede informações sobre a exis-tência de filmes com dife-rentes conteúdos elinguagens cinematográfi-cas. Dessa maneira, circulá-vamos na Boca do Lixo, emSão Paulo, com apoio do ci-neclubista Diogo Gomes, quedirigia a Dinafilme – Distribui-dora Nacional de Filmes paracineclubes, criada pelo movi-mento cineclubista nacional,para conseguir uma filmo-grafia alternativa e que nãorepresentasse a imposiçãodo consumo “alienígena”.

Quem sabe não estávamosexercitando a “subversiva pi-rataria” para conhecer a ci-nematografia do RealismoSocialista, da NouvelleVague, do Cinema Novo, doCinema Marginal, bem comoproduções dirigidas por Fe-lini, Serguei Eisenstein, In-gman Bergman, RogérioSganzerla, Humberto Mauro,Nelson Perreira dos Santos,João Batista de Andrade,Roberto Pires, OrlandoSenna, Glauber Rocha, Jean-Luc Godard, Luiz Bunnuel eoutros tantos cineastas cen-surados na época. Descobri-mos o cinema novo, ondeGlauber Rocha nos influen-ciou a adotar Terra emTranse como o nome do pri-meiro cineclube que criamosem Cachoeira – no início dadécada de 70 do século XX.

Para Glauber Rocha, umacâmera na mão e uma ideiana cabeça representavam oponto de partida para des-velar a rica trama da diversi-dade cultural brasileira,manifestada nas expres-sões das camadas popula-res e, principalmente, daafricanizada riqueza cultu-ral. Para aquela juventudecachoeirana, deliciar-secom as imagens em movi-mento de Barravento, Deus

e o Diabo na Terra do Sol, ODragão da Maldade Contrao Santo Guerreiro, entre ou-tros, era verdadeiramentefascinante, e representavadescobrir os labirintos queaquela nova estética cine-matográfica impunha aosolhares e cérebros que esti-mulavam os adolescentes ejovens à subversão.

Esse fascínio levou à exibi-ção de filmes nas praças pú-blicas e nos terreiros decandomblés, a exemplo doItaylê Ogum, onde o capoei-rista e cineasta Arnol Con-ceição e o cineasta GeraldoSarno filmaram Yaô. Passa-mos a ter a compreensão deque “Cachoeira é Cinema,” éa “Terra em Transe”, é a ver-dadeira e natural cidade ci-nematográfica, muito bemaproveitada pelos cineastas:Geraldo Sarno, FernandoConi, Joel Almeida, Araripe,Sérgio Machado, Otávio Be-zerra, Élson Rosário, VitorDiniz, Fernando Belens,entre outros de igual valor.Destaque-se a trajetória deArnol Conceição que, depescador, capoeirista e car-pinteiro, também descobriuseu talento de operário daarte cinematográfica. ArnolConceição é consideradopelo pesquisador e cineasta

CACHOEIRA É CINEMA!

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09PAG.

08PAG.Geraldo Sarno como o pri-

meiro cineasta negro baianoa produzir um filme docu-mentário: “Massapê”. Mere-cedor de justa e honrosahomenagem do III BAHIA

AFRO FILM FESTIVAL.

É nesse cenário afrobarrocoda cidade banhada pelo RioParaguaçu, e ligada ao pre-sépio de Senhor São Felixpela trançada e transadaponte de aço D. Pedro II,que estamos acolhendo oIII BAHIA AFRO FILM FESTIVAL.

Uma iniciativa da Casa de Ci-nema da Bahia, dirigida pelocineasta Lázaro Faria, queteve sua saga inicial no Pe-lourinho de Salvador, percor-rendo a Senzala do BarroPreto do Ilê Ayê – Curuzu,para assentar sua cabeçaem Cachoeira, no roncó doTerreiro da Nação Nagô doTerritório de Identidade doRecôncavo da Bahia.

O III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL

está sendo organizado e rea-lizado pelo colegiado for-mado pelo Ponto de Culturado Centro de Educação eCultura Vale do Iguape – Ex-pressão Cidadania Quilom-bola; pela Rede TerreiroCultural do Centro de EstudoPesquisa e Ação Sócio Cultu-ral; a Casa de Cinema daBahia; e o importante Curso

de Cinema instalado no Cen-tro de Artes, Humanidades eLetras da Universidade Federaldo Recôncavo da Bahia – coor-denado por Danillo Barata.

Esse colegiado vem tecendoa realização do III BAHIA AFRO

FILM FESTIVAL, como asmãos dos pescadorestecem suas redes, e com ocarinho com que as senho-ras de bilros teciam seusbelos panos de renda, sen-tadas nas portas das ruasdas antigas cidades e co-munidades.

Avançamos com muita pa-ciência, dedicação e convic-ção. A audácia e a sabedoriaguerrilheira da nação nagôfoi determinante para encon-trarmos os aliados dessaprazerosa jornada queaposta em um Festival de ci-nema e audiovisual estrutu-rante e diferenciado.

Sem tapete vermelho, obvia-mente, a antiga Fábrica LeiteAlves – onde as charuteiras,como Dalva Xodó, capea-vam o fumo enrolando as ci-garrilhas e compondosambas de roda ritmadospelas batidas das tabuinhas– abre as suas portas paraacolher o emblemático III

BAHIA AFRO FILM FESTIVAL,onde atualmente funciona o

Centro de Artes, Humanida-des e Letras – CAHL (Univer-sidade Federal do RecôncavoBaiano – UFRB), que abriga oCurso de Cinema Documen-tário e Audiovisual.

Não é por acaso, e sim peladeterminação do Curso deHistória, que abrimos as ativi-dades do III BAHIA AFRO FILM

FESTIVAL no dia 13 de maio,como espécie de alvoradaanunciadora comemorandoos 122 anos da “Aerosa Pas-seata”, protagonizada exata-mente em 13 de maio de1888, pelo maestro abolicio-nista Tranquilino Bastos, con-jugada com os 140 anos daFilarmônica Lira Ceciliana, fun-dada pelo próprio maestro.

Dando sentido étnico aoprotagonismo desse Festi-val, o etnomusicólogo deraiz Jejê – músico, composi-tor e ator Mateus Aleluia –ex-componente do especialgrupo musical “Tincoãs”,além de homenageado, ba-tiza a abertura oficial do IIIBahia Afro Film Festival como maravilhoso show (recitale manifesto) denominado “5Sentidos”. Acompanhado daorquestra “Afro Sinfônica”,Mateus Aleluia indaga a Ca-choeira e ao mundo: qual oseu sentido de ser cidadão?O que pretendemos de um

mundo tão desigual, injustopara com os índios, negros,mulheres e outros segmentosda sociedade, que sempreforam deixados à margemdos direitos universais?

Cachoeira, sempre emtranse, revelou figuras aboli-cionistas libertadoras e em-blemáticas como: AndréRebouças, Maria Quitéria,Ana Nery, João de Deus etc.Um parêntese para incluirSalu da Farmácia como umroteiro à parte. Não poderiadeixar de destacar o ca-choeirano Anjo Negro – atore poeta Mário Gusmão –que será um dos homena-geados no futuro IV BAHIA

AFRO FILM FESTIVAL.

O III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL,além de primar pela afirma-ção de conteúdos audiovi-suais, destacando adiversidade cultural brasi-leira e universal, transforma-se num espaço de múltiplasarticulações políticas e cultu-rais que se desdobram emeixos temáticos, dando luzpara a construção de políti-cas públicas que viabilizemo fortalecimento da cadeiaprodutiva do audiovisual,ampliando a produção, dis-tribuição e difusão de con-teúdos regionalizados, deinquestionável qualidade

competitiva, para ocupar es-paços nas redes de televi-são públicas e privadas, eem outros meios de difusão.

A mostra de documentáriosdo cineasta cubano SantiagoAlvarez, com a presença dasua ex-companheira LazaraHerrera, viúva e zeladora doseu riquíssimo acervo cine-matográfico, também repre-sentando a Oficina deDocumentário do ICAIC –Instituto Cubano de Arte eIndústria Cinematográficas,propiciará o intercâmbio e atroca de saberes entre esseconceituado Centro de For-mação e o Curso de Cinemada UFRB, e demais atoressociais engajados na produ-ção audiovisual.

III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL con-verte-se numa ação perma-nente, com o lançamento e aimplementação da Mostra Iti-nerante que, de início, percor-rerá 24 cidades de 6 estados,com perspectiva de amplia-ção, formando uma rede de di-fusão mesclada comatividades de formação e ca-pacitação, através de oficinas,debates, seminários, rodas deconversas etc. Envolve esco-las, cineclubes e pontos decultura, entre outros, otimi-zando um grande número deiniciativas não governamentais

e instalações de suportegovernamental do sistemade cultura, educação e ou-tras áreas.

Estamos vivenciando ummomento oportuno para in-tegração de diversificadasexperiências no campo daformação, pesquisa, produ-ção, distribuição e difusãoaudiovisual, que crescemem intensa velocidade esti-muladas pelo acesso às re-novadas tecnologias deinformação e comunicação.

Agradecemos a todas aspessoas e às instituições en-gajadas nesse valoroso pro-jeto, afirmando que o III

BAHIA AFRO FILM FESTIVAL

passa a compor o Calendá-rio Cultural do Recôncavo daBahia e do Brasil, com nítidaperspectiva de transformar-se em um Festival de gran-deza internacional. Axé!

Luiz Cachoeira

Cineclubista. Produtor audiovisual. Coordenador do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural – Centro de Estudo Pesquisa e Ação Sócio Cultural, em Cachoeira, Bahia.

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11PAG.

Nos idos de 1984, na cidadede Cachoeira, tivemos o privi-légio de receber, no CineGlória, uma versão da JornadaBrasileira de Cinema da Bahia.Pouco tempo depois, a jor-nada virou um evento interna-cional. Talvez tenha sido umdos últimos sopros de vida docinema da cidade, que teveuma das laterais do seu tetoruída em 2008.

Hoje o Programa Monu-menta/IPHAN e a Universi-dade Federal do Recôncavoda Bahia desenvolvem umprojeto de requalificação docinema e de três casas doquarteirão. O projeto objetivaativar o cineteatro, e criar umcentro de preservação de fil-mes e uma cinemateca, con-solidando os pilares da cadeiada preservação e difusão.

O curso de Cinema e Audio-visual da UFRB, simbolica-mente, nasceu bem nomomento em que o templodo audiovisual da cidade de

Cachoeira precisava de cui-dados. O primeiro curso su-perior público de Cinema eAudiovisual, implantado emuniversidade no Norte e Nor-deste do Brasil, confere-nosa importante missão de,além da formação, potencia-lizar processos de constru-ção e afirmação das marcasidentitárias no campo dacultura e do audiovisual.

O acolhimento do III BAHIA

AFRO FILM FESTIVAL faz partedessa política. E engran-dece-nos na medida em querealizadores, pesquisadores,cineclubistas, estudantes e,sobretudo, o povo do territóriodo Recôncavo Baiano, esta-rão representados nas telasdo Festival. Esse povo afro-descendente, de origem ma-tricial, de fato precisa vivenciarum sentimento de pertença eempoderamento nos meiosde comunicação. É funda-mental sentir-se brasileiro.Além da exibição nas cidadesde Cachoeira e São Félix,

acontecerá uma itinerânciaem diversas comunidades re-manescente de quilombos noIguape – Kaonge.

Acreditamos que o cinema e oaudiovisual são um farol, e quepodem orientar e clarear asnossas práticas por meio deações cidadãs. Nessa perspec-tiva, o audiovisual se inscrevecomo um dos muitos falaresque serão requisitados paracompreender as demandas e,também, as desigualdadessepultadas e atenuadas pelosritmos históricos que in-cluem/excluem regiões brasi-leiras. Isso num diálogo maisou menos interativo, no to-cante aos graves problemassociais da nossa realidade.

Danillo Barata

Coordenador do Colegiado de Cinema e Audiovisual da UFRB.

O CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL DA UFRBO FAROL E A PEDRA DA BALEIA

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Hom

enag

eado

s O maestro Tranquilino Bastosnasceu em Cachoeira (1850).Era filho de um português comuma escrava alforriada. Apren-deu sozinho a tocar clarineta e,ainda jovem, criou o grupo mu-sical Recreio Cachoeirano, quese exibia nas festas da cidade.Integrou o coro da Igreja doMonte e a Orquestra de SãoBenedito, que se apresentavanas festividades religiosas,como a de Santa Cecília, pa-droeira dos músicos.

Em 1870, já engajado naslutas contra a escravidão edominando a técnica de ou-tros instrumentos, Tranqui-lino cria a filarmônicaEuterpe Ceciliana – nomeoriginal da atual SociedadeOrféica Lyra Ceciliana –,sendo seu primeiro regentee professor. Como mestrede banda garimpava, entreos artesãos e a juventudepobre de Cachoeira, quemtinha talento para ser ins-truído sobre os mistérios damúsica. E assim formava osmúsicos para sua filarmônica.

Na noite de 13 de Maio de1888, Tranquilino Bastos, di-rigindo a Euterpe Ceciliana,desfila pelas ruas de Ca-choeira, à frente de umamultidão, composta predo-minantemente de negros emulatos, comemorando aassinatura da lei que abolia aescravidão no Brasil. Nas dé-cadas seguintes a sua famade regente, compositor eprofessor de música logo seespalha por todo o Recôn-cavo Baiano. Tranquilino é

convidado e vai ensinar mú-sica, estruturar, organizar ereger filarmônicas em SãoFélix (Harpa Sanfelixta), emFeira de Santana (SociedadeVictória) e em São Gonçalodos Campos (Lyra Sangonça-lense). Além de atender aessas sociedades musicais,Tranquilino Bastos tambémpresta consultoria à filarmô-nicas de outras cidades, in-termediando a compra deinstrumentos musicais dasfábricas francesas CasasSax e Besson, de quem erarepresentante na Bahia. Nascorrespondências, Tranqui-lino cotava preços e orien-tava os fabricantes sobrecomo aperfeiçoar os instru-mentos destinados às filar-mônicas baianas, para queemitissem, no clima tropical,uma melhor sonoridade. Em1920 a Casa Sax remete-lhede Paris uma batuta de pratae um diapasão (instrumentometálico em forma de foqui-lha que serve para afinar ins-trumentos e vozes atravésda vibração de um som mu-sical de determinada altura).Era um presente ao maes-tro, autor de “Passo Do-brado Nº 140”, música queera executada no exterior.

Ao longo de sua trajetória,Tranquilino Bastos compôs295 dobrados, 150 marchasfestivas, 50 marchas fúne-bres, 205 fragmentos deópera (transcritas parabanda marcial), 24 composi-ções sacras, 80 composi-ções diversas (entre valsas,polacas e contradanças), 09

12PAG.

MAESTROTRANQUILINO BASTOS

MATEUS ALELUIA

ANTÔNIO JORGE DIAS DO NASCIMENTO(MILICA)

O MAESTROTRANQUILINOBASTOS

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15PAG. fantasias e variações, 05

árias para canto e 03 hinospatrióticos (entre eles, umdedicado ao 13 de Maio).Uma de suas composiçõesmais conhecidas é “NavioNegreiro”, inspirada no fa-moso poema do poeta ro-mântico e abolicionistaCastro Alves. O acervo comas partituras originais desuas criações foi adquiridopelo Estado da Bahia e en-contra-se no Setor de ObrasRaras da Biblioteca Centraldo Estado, à disposição deestudiosos e pesquisadores.Sua obra é considerada porespecialistas como de rele-vante valor artístico musical,e é constantemente consul-tada por alunos de cursosde pós graduação, tendoservido de tema para disser-tações de mestrado e tesesde doutorado em música.

Tranquilino foi também umlíder espírita – um dos fun-dadores da Sociedade Espí-rita Cachoeirana, em 1892.Era vegetariano e praticanteda homeopatia, que utilizavapara prestar assistência eatendimento médico alterna-tivo à população pobre.Como jornalista atuante, es-creveu artigos na imprensacachoeirana onde defendia aliberdade política e religiosa,

combatia o racismo e a tor-tura aos presos, criticava asdesigualdades sociais e oautoritarismo militar. Alémdisso, pregava a Paz e de-fendia o respeito à Natureza,sendo contra a morte dosanimais – a quem conside-rava irmãos – e contra a pri-são dos pássaros emgaiolas. Num dos seus arti-gos defende ardorosamentea liberdade de culto e criticaa perseguição aos pratican-tes do Candomblé. “Acatar arespeitar as funções destescrentes, com a solenidadede suas danças, cantos etc.,é o dever dos que cultivam eprezam a tolerência e o res-peito às crenças alheiastanto quanto às próprias. Nãoacho correcto o procedimentode uma autoridade que or-dena o extermínio dessas fes-tas inofensivas, profanando osantuário com pontapés emseus ídolos (santos).

Após afirmar que tais fatosconspurcam as leis e ferema Constituição, Tranquilinodesabafa:

O Candomblé, como reli-gião, entoa a Deus os seushymnos assim:Egbeji moriô ri okorinkamOrôhu moriô ro okorinkam(Tradução)

Poderoso. Eu vos conheçocomo o primeiro homem!COROÔ kum-kum biri biriAjalê mori okorinkam(Tradução)Mesmo nas trevas eu vosdistingo como Poderoso.

Considerado o Mestre dosMestres de Banda da Bahia,o “Maestro Bastos” era ve-nerado por toda a Cachoeira,sendo autor do hino oficialda cidade, em que relata aepopéia do povo cachoei-rano nas lutas que deram iní-cio à Guerra pelaIndependência do Brasil. Asua inspiração vinha-lhe devalores morais que cultivavacom ardor, como a liber-dade, a solidariedade, a ge-nerosidade e o amor aopróximo. Após ter formadodiversas gerações de músi-cos, regentes e compositoresem toda a região, TranquilinoBastos, uma sólida referênciaintelectual em Cachoeira eem todo o Recôncavo, morreem 1935, aos 85 anos.

Jorge Ramos

Jornalista. Autor de “O Semeador de Orquestras – Biografia de um Maestro Abolicionista”.

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17PAG.

16PAG. vida musical orientado pelo

canto nos corais da igreja ca-tólica – e olha que cantáva-mos em latim – à qual junteiminha herança genética,toda a gama de informaçõesdo candomblé. Ao mesmotempo em que estávamos naigreja, éramos embaladospelos cantos de Oxalá, Ye-manjá, Oxossi e Xangô. E foiessa via de captação espon-tânea que determinou todaminha criação musical”.

Essa virada garantiu aos Tin-coãs – formado por Dadi-nho, Eraldo e Mateus – umatrajetória que levou o grupoao topo das paradas de su-cesso entre os anos 70/80,com apresentações nosprincipais programas de te-levisão do Brasil. Na épocaGlobo de Ouro, Programado Chacrinha e Fantástico –da Rede Globo – e o Pro-grama Flávio Cavalcanti, naextinta Rede Tupi, num tra-balho que merecidamentefoi reconhecido pela críticae pelo público. O principaldisco do grupo é um marcoimportante da música brasi-leira, não apenas pela quali-dade das músicas, comotambém pelo arranjo com

características de coral fei-tos a partir de cançõesoriundas dos terreiros decandomblé, tendo comobase apenas quatro instru-mentos: violão, atabaque,agogô e cabaça. “Os Tin-coãs” é considerado, atéhoje, o mais importantegrupo musical afro-brasileiroda história da MPB. São cé-lebres as criações e respec-tivas interpretações de“Cordeiro de Nanã”, “Pro-messa ao Gantois”, “Yansã,Mãe Virgem”, “Ogundê”,“Canto para Yemanjá”, “AForça da Jurema”, “Sauda-ção aos Orixás” e “Obaluaê”,entre outras canções.

Em 1983 os “Tincoãs” partepara Angola, a princípio uni-camente para uma semanade apresentações. Mas vãoficando e se envolvendocada vez mais com o paísque, embora convulsionadopela guerra civil, muito tinhaa oferecer ao grupo, em ter-mos da leitura de sua pró-pria ancestralidade. Nessaépoca Eraldo havia morridoe tinha sido substituido porBadu, que preferiu voltar aoBrasil. Mateus e Dadinho fi-caram em África. Dadinho

morre de derrame cerebral eMateus lá permanece porduas décadas, forma família,vivencia o fim da guerra eassiste ao início da recons-trução do país. “Foi emLuanda que conheci as raí-zes de minha ancestrali-dade” define Mateus, paraquem o contato pessoal“terra a terra” com a culturaafricana foi necessário parareforçar e ampliar as suaconvicções de que o afrobar-roco é nossa origem e des-tino, enquanto cultura.

O reconhecimento do traba-lho de Mateus Aleluia e dos“Tincoãs” é feito por nomescomo Gilberto Gil afirma:“Eles foram pioneiros, anterio-res a tudo. Sustentaram umcompromisso com a dimen-são afro-baiana, ciosos dovalor daquilo que faziam, emesmo tendo o conflito como convencionalismo domi-nante, demonstraram cuidadocom valores que na época agente não estava atento”.

Jorge Ramos Jornalista. Autor de “O Semeador de Orquestras – Biografia de um maestro abolicionista”.

A formação artística do mú-sico Mateus Aleluia é viva-mente influenciada pelamistura dos elementos quesedimentaram em quatroséculos a cultura do Recôn-cavo Baiano. Para esse ca-choeirano, nascido em 1943,a formação de sua infância –vivenciada simultanementeentre o coro da Igreja deNossa Senhora do Rosário e ainiciação nos rituais do can-domblé, religião trazida porseus ancestrais africanos – foidecisiva para forjar o artista eo cidadão, e montar uma car-reira voltada para a culturaafro-brasileira, denominaçãoque prefere etnologicamenteampliar para “afrobarroca”.

E Mateus Aleluia insistenessa abordagem com ver-niz antropológico. “ O bar-roco no Brasil está na nossaforma de ser, uma forma in-tangível, imaterial, num casa-mento com a cultura. Aqui ocolono europeu foi muito in-fluenciado, do ponto de vistacultural, coisa que não acon-teceu, por exemplo, nos Es-tados Unidos. Daí porque aresistência cultural dos ne-gros de lá não ficou tão bemsegmentada como aqui. Aancestralidade africana in-fluenciou muito mais a pró-pria cultura brasileira, namúsica, na dança, na gastro-nomia, maneira de vestir eem muitos outros elemen-tos. Daí dizermos que o bar-roco, que veio da Europa

trazido pelos colonos, aquise juntou aos elementoshospedeiros do universo in-dígena e a todas as manifes-tações trazidas com adiáspora africana”. Mateuslembra que pesquisas ante-riores feitas por nomescomo Joãozinho da Goméiajá exaltavam a musicalidadevindo dos terreiros. E cita ocompositor cachoeiranoTranquilino Bastos (1850-1935), “por ter deixado al-guma matéria sobre amúsica de origem africana”e ter defendido a ampla li-berdade religiosa, numtempo em que o candombléera perseguido pela Polícia.

Essa visão Mateus Aleluiacarrega consigo desde queaderiu, em 1962, ao con-junto vocal os “Tincoãs”, desua cidade. A sua entradaredefiniu as propostas e osrumos do grupo, até entãovoltado para o gênero ro-mântico, com seus bolerose valsas dançantes. Mateusfoi o principal responsávelpela guinada do grupo:“Paulatinamente fomos fa-zendo uma mudança noconceito do trabalho, o ladomusical foi sendo cada maisinfluenciado pelo cultural. Ede forma espontânea come-çamos a colocar um repertó-rio que contivesse nossaprópria vivência, vindo a re-velar esta junção do afrocom o barroco. Eu, porexemplo, comecei minha

MATEUSALELUIA

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19PAG.

Antônio Jorge Dias do Nas-cimento, que se dizia Milica,era um poeta. Poeta, comosão todos aqueles que so-nham ou morreram, comoele, desejando mudar omundo com flores, palavrase outras armas de grossoscalibres e duros golpes, que,para ele, eram um projetorde cinema, rolos de filmes ea pedagogia de Paulo Freyre.Caminhou extensas estra-das, Brasil afora, com essas“mortíferas” armas, viajandosem passagem, de carona,comendo na estrada poeirae pão com mortadela.

Sim, poeta como são os lou-cos, os visionários, os in-quietos e os inconformados.Irmãos dos amigos, seus ir-mãos éramos nós, era Wal-ney, Laércio, Zé da Liga, LuCachoeira, o Cineclube Terraem Transe que, com seus ir-mãos, ajudou a fundar na cine-matográfica cidade deCachoeira. E no Terra em

Transe viajou para os encontrosde cineclubistas; no Terraem Transe enfrentava comdestemor a implacável per-seguição e censura arbi-trada pelos prepostos daditadura que davam plantãoem Cachoeira, e que viamna prática cineclubista aameaça do fantasma comu-nismo. As telas, então, eramos lençóis brancos estendi-dos pela população, e ondeos filmes eram exibidos, naszonas periféricas.

Milica nasceu em 6 de de-zembro de 1956 e faleceuem 14 de abril de 2002. Erao quarto dos oito filhos quetiveram Wandercock do Nas-cimento e Zélia Dias do Nas-cimento. Estudou filosofia,trabalhou no Mobral Culturalna década de 1980, foi edu-cador, participou da funda-ção do diretório do Partidodos Trabalhadores de Ca-choeira e era um cineclu-bista. Milica era, antes detudo, um sonhador e pessoaextremamente sensível como sofrimento humano. Fezdo cineclubismo um instru-mento de luta política pelaredemocratização do Brasil,pela justiça social.

É muito oportuno reproduziraqui o testemunho de seuinseparável amigo WalneyCosta Araújo: “Eu e Mio en-trávamos em ônibus coleti-vos em Salvador fazendodiscursos de denúncia con-tra a ditadura e as injustiçassociais no Brasil. Nós sonhá-vamos com Luiz Ignácio Lulada Silva presidente do Brasil.As pessoas ficavam perple-xas; algumas nos apoiavam,outras nos ofendiam. Agente reagia à altura e saía-mos correndo do ônibuspara não sermos linchados”.

Antônio Jorge Dias do Nasci-mento, que se dizia Milica,não viu Lula ser empossado,mas foi votar em cadeira derodas e balão de oxigênio. Eleestaria feliz com o III BAHIA

AFRO FILM FESTIVAL, comtudo isto de que estamosagora nos regozijando. Ele eraisso. Cinema-transformação.Cinema-luta. Terra em transe.

Cacau Nascimento Historiador e mestre em antropologia. Irmão do ex-cineclubista.

ANTÔNIOJORGE DIASDO NASCIMENTO(MILICA)

MILICA ERA O CINEMA-TRANSFORMAÇÃO.CINEMA-LUTA. TERRA EM TRANSE.

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21PAG. Em 1980, o marceneiro e ele-

tricista Arnol Conceição, na-tural de Cachoeira, deOxossi, Odé Ajaí Koleji, filhodo babalorixá Enock, tornou-se o primeiro documentaristanegro da Bahia ao fazer ofilme Massapê.

Embora tardio, será que po-demos considerar este fatocomo um marco real de des-colonização?

Alguns documentaristas têmusado a repetição de planosnuma aparente busca de ex-pressar e perpetuar o mo-mento mágico. A simplesrepetição porém de um mo-mento, por mais mágico/ma-ravilhoso que ele seja, outenha sido, em sua singulari-dade, não induz o especta-dor a perdurar na fruiçãodesse instante. O gol maravi-lhoso de Zico, realizado emum momento de explosãocriadora, repetido cinco, seis,dez vezes na TV, em ritmonormal, lento ou acelerado,não mais me transmite, nemreforça, nem prolonga aquelasensação única que foi acom-panhar em suspense os pas-ses, a penetração na área,ultrapassar os zagueiros ad-versários e bater o goleirocom tiro certeiro. O lancequando visto pela primeiravez, até o último segundoque precede o gol, pressu-põe sempre a surpresa, oprovável/possível, o desco-nhecido. A repetição não

intensifica nem desdobraessa sensação primeira. Per-mitirá, quando muito, anali-sar o lance, estudar a técnicado atacante, as falhas da de-fesa... Enfim a linguagem, aforma pela qual se expressouaquele momento mágico quefoi o gol de Zico.

Fernando Belens, psiquiatrae cineasta baiano, realizouFibra, um documentário (do-cumentário! talvez, mais deuma aproximação possa serfeita entre este filme e o La-vrador, de Ana Carolina /Paulo Rufino) no qual o mo-mento mágico e dilatado portoda a duração do filme. A in-tensidade dos planos é man-tida num mesmo nível doprincípio ao fim. A narração(um poema etnográfico quetalvez não guarde nenhumcompromisso com a ciênciaetnográfica) monocórdica e abanda sonora musical sus-tentam essa estrutura. Nãohá repetição de planos. Nãohá acumulação dramática.No entanto a surpresa, oinesperado podem ocorrer eocorrem, livremente. Como nofinal, ao verificar-se que o mos-trado tem a ver com o fatoreal. Este filme seguramenteamplia e enriquece o espaçopoético do documentário.

Na verdade o que o docu-mentário realmente docu-menta com veracidade é aminha maneira de documen-tar. Ainda assim, devo admitir

que essa maneira de docu-mentar (supondo-se que elapudesse ser configuradanum corpo orgânico de re-gras e princípios filosóficos,estéticos, etc.) estaria deter-minada por questão de pro-dução, por situações deordem técnica e por limita-ções que decorrem de meumaior ou menor domínio dosmeios de realização, comominha maior ou menor expe-riência etc. Quer dizer, entreo originalmente imaginado -a minha maneira de conce-ber um tema – e a forma de-finitiva que ele assume naobra acabada há uma distân-cia a percorrer durante a qualo projeto inicial sofre modifi-cações. E a questão ainda secomplica quando verifico queo objeto a ser documentado,o outro, o mundo, é vivo,reage e é seguramente maisrico e complexo que o pre-viamente imaginado. Aminha afirmação inicial, a deque o documentário real-mente documenta com vera-cidade é a minha maneira dedocumentar, estará talvezmais correta se também con-cebo como maneira de docu-mentar a minha peculiarmaneira de reagir às situa-ções e questões concretasque surgem durante a reali-zação. A prática quase sem-pre me força a agir assim.Mas nem sempre estamospreparados para rejeitar adualidade sujeito/objeto, para

U M A C O L A B O R A Ç Ã O D E G E R A L D O S A R N O P A R A R E F L E X Ã O S O B R E D O C U M E N T Á R I O.TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO EM “FILME CULTURA” NÚMERO 44, DE ABRIL/AGOSTO DE 1984.

QUATRO NOTAS E UM DEPOIMENTOSOBRE O DOCUMENTÁRIO

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transformar todas as etapasde realização de um filme do-cumentário em etapas real-mente criadoras, liberando asubjetividade e assimilando ainvasão inesperada do real.Quando isto ocorre, antesmesmo que o espectador, oprimeiro resultado quem ocolhe sou eu mesmo com aampliação de meu espaço in-terior imagístico.

De qualquer maneira a subje-tividade, assumida ou nãoconscientemente pelo reali-zador, impõe suas regrasmesmo quando este busca aobjetividade.

O moderno documentáriobrasileiro, aquele a que PauloEmílio se referiu: “focali-zando sobretudo as formasarcaicas da vida nordestina econstituindo de certa formao prolongamento, agora se-reno e paciente, do enfoquecinemanovista, esses filmesdocumentam a nobreza in-trínseca do ocupado e a suacompetência”, construiu suapoética numa relação pró-xima com as ciências sociais.A sociologia, a economia, aantropologia, a política fun-cionaram como prismas atra-vés dos quais a câmera dodocumentarista buscavaapreender a realidade. É bemverdade que desde o iníciolevaram vantagem sobre oCinéma Vérité porque nuncase iludiram quanto à possibi-lidade de atingir a pura obje-tividade. Aceitou-seclaramente essa mediaçãodas ciências sociais. Desseesquema nem a vanguardase libertou. O documentáriode vanguarda substituiu asciências sociais por um sis-tema de valores fílmicos, frio

e racional, esvaziado de qual-quer projeção subjetiva e dequalquer possibilidade de in-terferência do real.

Releio o que acabo de escre-ver e vejo que esse é um en-foque que tanto tem desedutor quanto de fácil efalso. Na verdade, pensandobem, os documentários aosquais Paulo Emílio se referiubuscaram nas ciências sociaisapenas uma escora provisóriae precária, que atiraram foraassim que abriram espaçopara sua poética. O que sebuscou todo o tempo foiessa poética, foi essa formade estruturar uma linguagemdocumentária, e o centro daquestão esteve sempremuito mais na busca de am-pliação dos espaços dessalinguagem documentária (emrelação à ficção, à poesia, aoprocesso cinematográfico to-mado no seu todo) do que namaior ou menor aproximaçãocom o enfoque específico dedeterminada ciência social.

Se pensamos diferente-mente, torna-se difícil, porexemplo, compreender e jul-gar a obra de Euclides daCunha. Sem dúvida, os cien-tistas sociais julgarão emgrande parte, senão na suatotalidade, ultrapassadas asteses geográficas, sociais emesmo filosóficas, que Eucli-des disserta em Os Sertões.O mérito do livro, porém, re-conhecido de imediatodesde o lançamento, não de-pendeu da atualidade dessasteses naquela época, como,hoje, o reconhecê-las ultra-passadas não reduz o livro aum simples interesse histó-rico. Isso sem dúvida ocorre-ria se se tratasse apenas de

uma obra de ciência. A suaestrutura poética, a sua lin-guagem é que lhe assegu-ram perenidade e aposição-chave que ocupa naformação da literatura nacio-nal. Poética e linguagem quenão estão esvaziadas de umprofundo compromisso como homem brasileiro, de umaclara preocupação para comos destinos da nação que, nocaso, se deve muito mais àpostura do artista do que àsteorias do cientista. Este enfo-que talvez nos ajude tambéma compreender a permanên-cia da obra de escritorescomo Gilberto Freyre.

Essas considerações possibi-litam apreender a evolução or-gânica do documentáriobrasileiro. Permitem superaruma visão fragmentada domesmo e acompanhar não sóo desenvolvimento de suadialética interna como tam-bém indicar seus possíveisdesdobramentos, que hojeapontam para a supressão detodos os sistemas prévios.

Essa liberação está se dandonas duas direções: do subje-tivo, com o autor lançando-se a si mesmo no ato dedocumentar o outro (Di,Glauber Rocha); do real, fa-zendo-o invadir o espaço ci-nematográfico com todosseus elementos impuros e im-previsíveis, sem submetê-loao controle de esquemas esistemas prévios (A pedra dariqueza, Vladimir Carvalho).

Depoimento:

Costuma-se vincular Vira-mundo à sociologia, Viva Ca-riri! à economia e Iaô àantropologia. E de certa ma-neira é correto. No entanto,

em nenhum momento, foimeu objetivo principal fazerexposições científicas. O quesempre me moveu foi pôrem andamento a construçãode uma linguagem cinemato-gráfica documentária, quecada vez mais expandisse oslimites nos quais estava tra-dicionalmente confinados. OCinéma Vérité, embora esti-mulasse a utilização denovos equipamentos quepermitiam registro de ima-gem e som sincrônicos,sempre me pareceu umacastração do documentáriocom sua recusa violenta damise-en-scène e de todos oselementos ficcionais.

Viramundo (1964-65), apensá-lo em termos mera-mente sociológicos, ousou iralém da sociologia da época,para espanto manifesto dealguns sociólogos. Isto podeter algum mérito do ponto devista da sociologia. Porém noplano cinematográfico emque ele se colocou não hánenhum mérito especial poristo. Foi conseqüência natu-ral do espaço que ele se per-mitiu abrir para construir sualinguagem. Iaô surgiu 10anos depois de Viramundo.Alguns querem ver entreeste e aquele o lento e ama-durecido percurso do docu-mentarista Geraldo Sarno, ocaminho que vai de um filmeagressivamente ideológico aum outro em que essa agres-sividade cede vez à com-preensão de manifestaçõesonde, a rigor, os políticos nãoesperam encontrar firmesposturas ideológicas. Nadamais falso. O projeto que deudepois em Iaô existia desde1965, foi o primeiro a ser feitoapós concluir Viramundo e

tinha por título A cidade sa-grada. Estava informado porleituras de Edson Carneiro,Pierre Verger e, sobretudo,Roger Bastide. E desde entãodestinado a ser a contrapar-tida de Viramundo na docu-mentação das religiõesafro-brasileiras que, comotodos os fenômenos huma-nos, não representam umúnico e exclusivo papel navida das sociedades. Se emdeterminados momentos his-tóricos têm um papel confor-mista, antiliberador, emoutros momentos e situaçõessão fatores dinâmicos deaglutinação de forças e resis-tências sociais e culturais. E éclaro que Iaô se beneficiou deuma narração inspirada numtexto de Juana Elbein dosSantos, o que muito contri-buiu para a leitura final que setem do filme hoje.

Tão significativos para minhaprópria evolução interiorforam os documentários VivaCariri! e Segunda-feira. Doprimeiro, afirmar sua estru-tura em três patamares (agri-cultura, artesanato eindústria) superpostos a de-monstrações de religiosi-dade e misticismo não diztudo. Talvez não diga o es-sencial. Salvo engano, foi oprimeiro documentário a for-mular a ruptura do gêneroem direção à ficção. Não sóo todo da estrutura dramá-tica encontra-se armado emblocos de sequências justa-postas, como se fosse umpainel, esvaziando-as de umrelacionamento direto e natu-ralístico entre si, como orompimento se dá na cons-trução interna de determina-das sequências: só no planoda imagem, só no plano do

som e no som e imagem aomesmo tempo. No plano daimagem: os planos de operá-rios que constroem a estátuade Padre Cícero são editadosde forma não-cronológica;rompendo a sequência natu-ral do trabalho, o plano rea-liza a crítica do fato quedocumenta. No plano dosom: por sobre o plano sin-crônico do coronel que narraseu relacionamento com osmoradores da fazenda, emvolume mais elevado, omesmo coronel queixa-se irri-tado do governo e de perse-guições e violênciaspolíticas; as duas bandas so-noras paralelas se interrom-pem quando ele saca dorevólver e atira três vezes,forma habitual de reunir osmoradores, como ele ex-plica. Em ambos: por truca-gem, penitente que carregacruz e multidão que oacompanha pelas ruas deJuazeiro marcham paratrás; na banda sonora, su-cessivamente, ouvem-segritos de arregimentaçãomilitar e fuzilaria/tiroteio, tí-picos de cena de guerra.

Segunda-feira já é um docu-mentário inteiramente libe-rado de qualquercompromisso que não sejacom o próprio universo quedocumenta, e com umapoética diretamente inspi-rada por esse mesmo uni-verso. “É como um baião deLuiz Gonzaga”, me disse-ram. Talvez seja.

Geraldo Sarno

Diretor. Roteirista. Documentarista.

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DIA 13.05 (quinta-feira)

14:30h – CONFERÊNCIA “OSSIGNIFICADOS DO DIA 13 DEMAIO DE 1888”.

Mesa redonda com historiadores:

• Walter Fraga – professor daUniversidade Federal do Recôn-cavo da Bahia/UFRB. • FábioBatista – professor do ColégioEdvaldo Brandão. • Maria HelenaAraújo – professora do ColégioEstadual da Cachoeira. • CacauNascimento – professor doCentro Educacional RômuloGalvão de São Felix.

Local: auditório do Colégio Esta-dual da Cachoeira.

17:00h – ABERTURA DA EXPOSIÇÃO“IMAGENS DO UNIVERSO AFRO”.

Com trabalhos do artista Han-sem Bahia, e dos fotógrafosPierre Verger e Adenor Gondim.

Local: nova sede da FundaçãoHansem Bahia, junto ao Centrode Artes, Humanidades e Le-tras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

20:00h – PERFORMANCE DOPROJETO “POVO DA MÚSICA”,DO MAESTRO ABOLICIONISTATRANQUILINO BASTOS.

Comemorando os 122 anos da“Airosa Passeata”, ocorrida em13 de maio de 1888, lideradapelo maestro abolicionistaTranquilino Bastos. Alusiva àassinatura do Decreto de Abo-lição da Escravatura e aos 140anos de fundação da Filarmô-nica “Lira Ceciliana”, criadapelo próprio maestro.

Local: saída da Sede da Filarmô-nica Lira Ceciliana, percorrendo oCentro Histórico de Cachoeira.

DIA 14.05 (sexta-feira)

19:00h – ABERTURA DO MEMORIALDA HISTÓRIA DOS EQUIPAMENTOSDE CINEMA, ORGANIZADO PELOCINEASTA ROQUE ARAÚJO.

Varal de entalhes do artista DaviRodrigues e mosaico fotográficode Seo Zé, com feitura de Azeitede Dendê no Massapé.

Local: foyer do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

20:00h – ABERTURA OFICIAL DOIII BAHIA AFRO FILM FESTIVAL.

Com homenagem póstuma aomaestro abolicionista TranquilinoBastos. Homenagens ao artistaMateus Aleluia, ao cineasta Ar-nold Conceição, ao Ministro daCultura – Juca Ferreira.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Mesa com representaçõesinstitucionais:

• Ministro da Cultura – Juca Fer-reira. • Coordenador Nacional doPrograma Monumenta – LuizFernando. • Reitor da Universi-dade Federal do Recôncavo daBahia/UFRB – Paulo Gabriel.• Assessor da Presidência da

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26PAG.Petrobras – Rosemberg Pinto.

• Coordenador de Comunica-ção da Petrobras Nordeste –Darcle Andrade. • SecretárioEstadual de Cultura – MárcioMeireles. • Secretário Estadualde Turismo – Antônio CarlosTramm. • Superintendente doSEBRAE – Edval Passos. • Se-cretária de Promoção da Igual-dade – Luiza Bairros. • Diretordo CAHL da Universidade Fede-ral do Recôncavo da Bahia/UFRB.– Xavier Vantin. • Secretário deCidadania Cultural/MINC – TTCatalão. • Secretário de Audio-visual/MINC – Newton Cannito.• Diretor do Instituto de Radio-difusão da Bahia/TVE – Póla Ri-beiro. • Diretoria de Multimídiada SECULT – Sofia Federico.• Superintendente RegionalIPHAN/Bahia – Carlos Amorim.• Diretor do IPAC – FredericoMendonça. • Presidente da Fun-dação Cultural Palmares – Ed-valdo Mendes Araújo (ZuluAraújo). • Coordenação doCurso de Cinema da Universi-dade Federal do Recôncavo daBahia/UFRB – Danillo Barata. •Presidente da Oscip Casa do Ci-nema da Bahia – Lázaro Faria.

• Coordenador do Ponto deCultura Cineclube Rede TerreiroCultural/CEPAS – Luiz Ca-choeira. • Centro de Educaçãoe Cultura Vale do Iguape – Juci-lene Jovelino. • Presidente daAssociação Brasileira de Do-cumentarista – Solange Lima.• Presidente da AssociaçãoBaiana de Cinema e Vídeo –Mateus Damasceno.

PROGRAMA ESPECIAL

20:30h – EXIBIÇÃO DO FILMEINSTITUCIONAL DO BAHIA AFROFILM FESTIVAL, E DO CURTA ME-TRAGEM “MASSAPÊ” DE AUTORIADO CINEASTA HOMENAGEADOARNOL CONCEIÇÃO.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

21:00h – SHOW MUSICAL “5SENTIDOS” DE MATEUS ALELUIA,COM ORQUESTRA AFRO SINFÔ-NICA E CONVIDADOS ESPECIAIS.COM LANÇAMENTO DO CD.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

DIA 15.05 (sábado)

08:30h às 12:00h – III SEMINÁRIODE ANTROPOLOGIA AUDIOVISUAL.

Enfocando o tema “Nações, Et-nias, Tráfico Escravo e Religio-sidade de Influência Africana”.Com exibição do filme “Atlân-tico Negro na Rota dos Orixás”,de Renato Barbiere.

Participações: • OsmundoPinho – antropólogo da Univer-sidade Federal do Recôncavoda Bahia/UFRB. • Cacau Nasci-mento – historiador do Centrode Estudo Pesquisa e AçãoSócio Cultural/CEPASC. • LuísNicolau Pares – professor doCentro Afro Oriental da UFBA.• Edmar Ferreira – historiador.• Walter Fraga – professor daUniversidade Federal do Recôn-cavo da Bahia/UFRB. • GrazieleNovato – professora de Históriada Universidade Estadual do Su-doeste da Bahia/UESB. • PedroArcanjo – sociólogo e diretor doCentro Cultural Danneman. •Luiza Bairros – Secretaria dePromoção da Igualdade do Es-tado da Bahia/SEPROMI.

Mediação: Luiz Cachoeira –coordenador do Ponto de CulturaRede Terreiro Cultural/CEPASC.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

14:00h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA I

Título: RECONVEXOPaís de Produção: Brasil Direção: Volney Menezes, Johny Guimarães Duração: 05’

Título: CANTADOR DE CHULAPaís de Produção: Brasil Direção: Marcelo RabeloDuração: 95’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

16:30h às 18:30h – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA II

Título: PALENQUE POPOLO LIBEROD’AMERICA (Palenke Povo Livre da América)País de Produção: Itália, ColômbiaDireção: Salvatore Braca Duração: 24’ 23”

Título: O RITO DE ISMAEL IVOPaís de Produção: Brasil Direção: Ari Cândido FernandesDuração: 12’

Título: MEMÓRIAS DE UM AFRO-PERUANOPaís de Produção: Peru Direção: Jovita AndradeDuração: 52’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

20:00h – LANÇAMENTO DO CD“CARTAS MUSICAIS”.

Do músico Juvino Alves, queexecuta músicas do maestroabolicionista Tranquilino Bastos.

Local: foyer do auditório doCentro de Artes, Humanidadese Letras da Universidade Fede-ral do Recôncavo da Bahia.

20:30h – HOMENAGEM AO MAES-TRO ABOLICIONISTA MANUEL TRAN-QUILINO BASTOS, COM EXECUÇÃODO DOBRADO “NAVIO NEGREIRO” EDA PEÇA “AIROSA PASSEATA”, DEAUTORIA DO MAESTRO.

Pela Filarmônica Lira Ceciliana,com participação especial doclarinetista Juvino Alves.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

21:00h às 21:30h – I MOSTRADE FILMES CONVIDADOS

Título: O MILAGRE DO CANDEAL(El Milagro de Candeal)País de Produção: Espanha, BrasilDireção: Fernando Trueba

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

DIA 16.05 (domingo)

09:30h às 11:30h – MOSTRADE FILMES DE ANIMAÇÃO

Locais: Igreja do Rosarinho deCachoeira e Escola Balão Má-gico de São Félix.

08:30h às 12:00h – III SEMINÁRIODE ANTROPOLOGIA AUDIOVISUAL.

Enfocando o tema: “Ética naRevelação Audiovisual do Sa-grado”, com exibição do filme“Yaô”, de Geraldo Sarno.

Participações: • Geraldo Sarno– cineasta e realizador de “Yaô”.• Xavier Vatin – antropólogo ediretor do CAHL da Universi-dade Federal do Recôncavo daBahia/UFRB. • Ângela Figue-redo – antropóloga e profes-sora da Universidade Federaldo Recôncavo da Bahia/UFRB.• Luiz Antônio Araujo – RedeTerreiro Cultural • RobertoDuarte – professor de Cinema,da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia/UFRB.

Mediação: Antônio Moraes –Ogan e coordenador do Centrode Estudo Pesquisa e AçãoSócio Cultural/CEPASC.

Local: auditório do Centro deArtes Humanas e Letras da Uni-versidade Federal do Recôn-cavo da Bahia.

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Título: WITH EVERY BREATH (UmaRespiração)País de Produção: Estados Unidos Direção: Ram DevineniDuração: 05’

Título: CIDADES DOS MASCARADOSPaís de Produção: Brasil Direção: Emanuela YglesiasDuração: 10’

Título: MÁ VIDAPaís de Produção: Brasil Direção: Tau TourinhoDuração: 05’

Título: TRILOGIA DO REGGAEPaís de Produção: Brasil Direção: Volney Menezes, JohnyGuimarãesDuração: 62’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

16:30h às 18:30h – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA VI

Título: PASSAGENS ESTREITASPaís de Produção: BrasilDireção: Kelson FrostDuração: 07’

Título: A ILHA DOS ESCRAVOSPaís de Produção: Portugal Direção: Francisco MansoDuração: 100’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

20:00 às 21:00h – III MOSTRADE FILMES CONVIDADOS

Título: MÁRIO GUSMÃO – O AnjoNegro da BahiaPaís de Produção: BrasilDireção: Elson do RosárioDuração: 54’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

DIA 18.05 (terça-feira)

08:00h às 12:00h:

TELA EM TRANSE: OFICINA DECINEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂ-MERAS CINEMATOGRÁFICAS E IN-TRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL.

Coordenação: Lázaro Faria – ci-neasta, Roque Araújo – ci-neasta, Xeno Veloso – diretorde fotografia.

Local: Centro Cultural Danneman,em São Felix.

OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI-NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DOROTEIRO “À PROCURA DE PAL-MARES” QUE SERÁ FILMADO NOMUNICÍPIO DE CACHOEIRA.

Coordenação: Flávio Leandro –cineasta.

Local: sala especial do Centrode Artes, Humanidades e Le-tras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEOEM SOFTWARE LIVRE

Coordenação: Elielson Barbosa –editor do Ponto de CulturaRede Terreiro Cultural e PontãoDigital Xemelê.

Local: sede do Ponto de CulturaRede Terreiro Cultural.

29PAG.

28PAG.15:00h às 18:00h – RODA DE

CONVERSA SOBRE TVS UNIVERSITÁ-RIAS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS.

Participações: Pedro Ortz – TVUSP. • Roberto Duarte – Supe-rintendência de Implantação daTV UFRB. • Nádia Virgínia –- TVUEFS e representante da TVUFBA. • Representante da TVUESB. • Representante da TVAnísio Teixeira – Instituto AnísioTeixeira/IAT. • Representante doInstituto de Radiodifusão Edu-cativa da Bahia/IRDEB.

Local: sala especial do Centrode Artes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

14:00h às 16:00h – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA III

Título: MANDINGA EN COLÔMBIA(Convidado)País de Produção: Brasil, ColômbiaDireção: Lázaro FariaDuração: 26

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

Título: PASTINHA UMA VIDAPARA A CAPOEIRAPaís de Produção: Brasil Direção: Antônio Carlos MuricyDuração: 56’

16:30h às 18:30h – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA IV

Título: SUA MAJESTADE O DELEGADOPaís de Produção: Brasil Direção: Clementino JuniorDuração: 14’

Título: DA RODA AO SAMBAPaís de Produção: Brasil Direção: Paulo DouradoDuração: 60’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

20:00 às 21:30h – II MOSTRADE FILMES CONVIDADOS

Título: FILHAS DO VENTOPaís de Produção: Brasil Direção: Joel Zito AraújoDuração:107’ 52’’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

DIA 17.05 (segunda-feira)

08:30h às 12:00h – EXPERIÊNCIASDE PRODUÇÃO E DIFUSÃO AUDIOVISUAL EM PROCESSOSEDUCATIVOS.

Expositores: • Ponto de CulturaCentro de Educação e Culturado Vale do Iguape – ExpressãoCidadania Quilombola. • Centrode Estudos Raízes do Recôn-cavo. • Cineclube Centro Cultu-ral João Antônio de Santana.• Tele Centro e Rádio Comu-nitária de Acupe/Santo Amaro.• Ponto de Cultura Rede Ter-reiro Cultural. • TV Comunitáriado Pelourinho. • Kabum/CIPÓ,CRIA – Centro de Referência In-tegral do Adolescente. • Pontode Cultura Eletrocooprativa.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

14:00h às 16:00h – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA V

Título: MARIA DO PARAGUAÇUPaís de Produção: Brasil Direção: Camila DutervilDuração: 26’

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08:30h às 12:00h – CONFERÊNCIATECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃOEM COMUNICAÇÃO – REDE COLA-BORATIVA NA EDUCAÇÃO.

Participações: • Darlene Almeida– professora da Faculdade deEducação da UFBA e ProjetoRede de Intercâmbio e Produ-ção Educativa. • Jorge Portugal– professor e apresentadorde Programa Educativo na TV.• Cláudio Manoel – professo-res da Universidade Federaldo Recôncavo da Bahia/UFRB.• Celso Salles – coordenadordo EDUCASAT. • Instituto Aní-sio Teixeira/IAT. • Amélia Ma-raux – Vice Reitora daUniversidade do Estado daBahia/UNEB.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

14:00h às 16:00h – IV MOSTRADE FILMES CONVIDADOS

Título: TUDO ISTO ME PARECEUM SONHOPaís de Produção: BrasilDireção: Geraldo Sarno Duração: 150’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

16:00h às 18:00h – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA VII

Título: DEUSA DO ÉBANO – RAINHADO ILÊ AYÊPaís de Produção: Estados Unidos Direção: Carolina Moraes-LiuDuração: 19’ 40”

Título: CRUZ E SOUSA, A VOLTADE UM DESTERRADOPaís de Produção: Brasil Direção: Claudia Cárdenas,Rafael SchlichtingDuração: 20’

Título: RIO DE MULHERESPaís de Produção: Brasil Direção: Cristina Maure, JoanaOliveiraDuração: 21’

Título: Vermelho ImaginárioPaís de Produção: BrasilDireção: Mateus Damasceno Duração: 17’

Título: FAZENDO HISTÓRIA (Making History)País de Produção: França, Martinica, Jamaica Direção: Caecilia Tripp, Karen McKinnon Duração: 10’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

20:00 às 22h – V MOSTRADE FILMES CONVIDADOS

Título: ATABAQUE NZINGAPaís de Produção: BrasilDireção: Octávio Bezerra Duração: 87’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

31PAG.

30PAG.

Dia 19.05 (quarta-feira)

08:00h às 12:00h

TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI-NEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂ-MERAS CINEMATOGRÁFICAS EINTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL.

Coordenação: Lázaro Faria – ci-neasta, Roque Araújo – ci-neasta, Xeno Veloso – diretorde fotografia.

Local: Centro Cultural Danneman,em São Felix.

OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI-NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DOROTEIRO “À PROCURA DE PALMA-RES”, QUE SERÁ FILMADO NOMUNICÍPIO DE CACHOEIRA.

Coordenação: Flávio Leandro –cineasta.

Local: sala especial do Centrode Artes, Humanidades e Le-tras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEOEM SOFTWARE LIVRE

Coordenação: Elielson Barbosa –editor do Ponto de CulturaRede Terreiro Cultural e PontãoDigital Xemelê.

Local: sede do Ponto de CulturaRede Terreiro Cultural.

08:30h às 12:00h – EXPERIÊN-CIAS DE EXPRESSÕES DA CULTURAAFRO, TRANSVERSAIS À PRODU-ÇÃO AUDIOVISUAL E CULTURA DI-GITAL ATRAVÉS DA TV WEB.

Participação: Casa de CulturaTainã/Campinas/SP. • Coco deUmbigada/PE. • Ponto de Cul-tura Audiovisual dePirambu/CE. • BANKOMA Co-munidade Negra/BA. • PontãoDigital Minuano/RGS. • RedeTerreiro Cultural/BA. • Expres-são Cidadania Quilombola/BA.• Ação Griô Grão e Luz/BA. •Associação do Culto Afro Itabu-nense/BA. • Pontão CINEANIMA/PE. • PontãoXemelê/Universidade do Es-tado da Bahia/UNEB. • Inven-ções Brasileiras/DF. •Eletrocooperativa. • TT Catalão– Secretário de Cidadania Cul-tural do Ministério da Cultura ecoordenador do Programa Cul-tura Viva do Ministério da Cul-tura. • Ângela Andrade –superintendente da Secretariade Cultura da Bahia. • GrupoCultural Olodum/BA • Ponto deCultura Pierre Verger/FundaçãoPierre Verger/BA.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

14:30h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA VIII

Título: MÃE FILHINHA 105 ANOSOFERENDA À IEMANJÁ (Convidado)País de Produção: Brasil Direção e Roteiro: Lu Cachoeira

Título: A BENÇAPaís de Produção: Brasil Direção: Tarcísio Lara PuiatiDuração: 52’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

16:00h às 18:00h – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA IX

Título: NEGO D’ÁGUA (Convidado)País de Produção: Brasil Direção: Saullo Farias Duração: 7'

Título: GISELE OMINDAREWAPaís de Produção: Brasil Direção: Clarice Ehlers PeixotoDuração: 71’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

20:00h às 22:00h – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA X

Título: BENGUELÊPaís de Produção: Brasil Direção: Helena Martinho daRochaDuração: 84'

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

Page 17: BAFF - Bahia Afro Film Festival na Europa

33PAG.

32PAG.

DIA 20.05 (quinta-feira)

08:00h às 12:00h

TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI-NEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂMERAS CINEMATOGRÁFICAS EINTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL.

Coordenação: Lázaro Faria – ci-neasta, Roque Araújo – ci-neasta, Xeno Veloso – diretorde fotografia.

Local: Centro Cultural Danne-man, em São Felix.

OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI-NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DOROTEIRO “À PROCURA DE PALMA-RES” QUE SERÁ FILMADO NOMUNICÍPIO DE CACHOEIRA.

Coordenação: Flávio Leandro –cineasta.

Local: sala especial do Centrode Artes, Humanidades e Le-tras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO EMSOFTWARE LIVRE

Coordenação: Elielson Barbosa –editor do Ponto de CulturaRede Terreiro Cultural e PontãoDigital Xemelê.

Local: sede do Ponto de CulturaRede Terreiro Cultural.

19:00h – LANÇAMENTO DOLIVRO “PENHASCOS”, DE ANAISABEL DE OLIVEIRA.

Contos inspirados em filmescults, a exemplo de “Persona”do cineasta Ingmar Bergman.

E-mail: [email protected]

Local: foyer do Centro de Artes,Humanidades e Letras da Uni-versidade Federal do Recôn-cavo da Bahia.

08:30h às 12:00h – EXPERIÊN-CIAS DA ESCOLA INTERNACIONALDE CINEMA DE CUBA; DA ESCOLADE DOCUMENTÁRIOS DE SANPOLO – ITÁLIA E POSSÍVEIS INTER-CÂMBIOS COM O CURSO DE CI-NEMA DA UNIVERSIDADEFEDERAL DO RECÔNCAVO DABAHIA/UFRB E DEMAIS PARCEIROS.

Participações: • Lazara Herrera –diretora da Oficina de Documen-tários Santiago Alvarez do Insti-tuto de Cinema Cubano/ICAIC.

• Salvatore Braça – diretor daEscola de Documentário deSan Pólo/Itália. • Secretário doAudiovisual do MINC. • DanilloBarata – coordenador do Cursode Cinema da Universidade Fe-deral do Recôncavo daBahia/UFRB. • Milena Gusmão– organizadora do Curso de Ci-nema da Universidade Estadualdo Sudoeste da Bahia/UESB.• Geraldo Moraes – presidenteda Coalizão Brasileira pela Di-versidade Cultural e diretor daCoalizão Mundial da Diversi-dade Cultural. • Lázaro Faria– presidente da Casa de Ci-nema da Bahia.

Mediação: Luiz Cachoeira – cine-clubista da Rede Terreiro Cultural.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

14:00 às 16:00h – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA XI

Título: BATATINHA, POETA DO SAMBA

País de Produção: Brasil Direção: Marcelo RabeloDuração: 62’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

16:30h às 18:30h – VI MOSTRADE FILMES CONVIDADOS

Exibição especial de váriosdocumentários do grande ci-neasta cubano Santiago Alvarez.

Participação: • Lazara Herrera –diretora da Oficina de Docu-mentários Santiago Alvarez doInstituto de CinemaCubano/ICAIC. • Clarisse Mon-tuano – cineasta brasileira, pri-meira premiada no FestivalInternacional de DocumentárioSantiago Alvarez.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

20:00 às 22:00 – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA XII

Título: BOM DIA, ETERNIDADEPaís de Produção: BrasilDireção: Rogério de MouraDuração: 98’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

Dia 21.05 (sexta-feira)

08:00h às 12:00h

TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI-NEMA, COM OPERAÇÃO DECÂMERAS CINEMATOGRÁFICAS EINTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL.

Coordenação: Lázaro Faria – ci-neasta, Roque Araújo – ci-neasta, Xeno Veloso – diretorde fotografia.

Local: Centro Cultural Danneman,em São Felix.

OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI-NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DO RO-TEIRO “A PROCURA DEPALMARES” QUE SERÁ FILMADONO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA.

Coordenação: Flávio Leandro –cineasta.

Local: sala especial do Centrode Artes, Humanidades e Le-tras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEOEM SOFTWARE LIVRE

Coordenação: Elielson Barbosa –editor do Ponto de CulturaRede Terreiro Cultural e PontãoDigital Xemelê.

Local: sede do Ponto de CulturaRede Terreiro Cultural.

OFICINA ATELIÊ VIDEOARTE.

Coordenação: videoartista suíçaAnna K. Com formação emartes pela ENSAD (École Natio-

nale Supérieure des Arts Déco-ratifs, Paris) e Le Fresnoy, Studiodes Arts Contemporains.

Local: Centro de Artes, Humani-dades e Letras da UniversidadeFederal do Recôncavo da Bahia.

08:30h às 12:00h – EXPERIÊN-CIAS DE FILM COMISSION: POS-SIBILIDADES PARA ODESENVOLVIMENTO REGIONAL.

Participações: • Pólo Cinematográ-fico de Paulinea – SP. • Institutode Radiodifusão da Bahia. • FilmComission da Bahia. • Luiz Cláu-dio Nascimento – Centro de Es-tudo e Pesquisa Sócio Cultural. •PETROBRAS • Secretaria de Au-diovisual do MINC. • Secretariade Indústria e Comércio da Bahia.• Domingos Leonelli – ex-Secre-tário de Turismo da Bahia. • Su-perintendência do SEBRAE daBahia. • Associação Brasileira deDocumentaristas e Curta-Metra-gistas/ABD. • Associação Baianade Cinema e Vídeo/ABCV. •Agência de Fomento do Estadoda Bahia/DESENBAHIA. • Cursode Cinema da Universidade Fede-ral do Recôncavo da Bahia/UFRB.• DIMAS – Secretaria de Cul-tura/Governo da Bahia. • Casa deCinema da Bahia. • Centro deProdução Audiovisual do Trapiche.

Mediação: Cineclube Rede Ter-reiro Cultural.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

Page 18: BAFF - Bahia Afro Film Festival na Europa

35PAG.

34PAG.14:00h às 15:50h – CONFERÊNCIA

RELAÇÃO DO PRÉ SAL – PETROBRASCOM O FOMENTO À CULTURA.

Expositores: • Rosemberg Pinto– assessor da Presidência daPetrobras. • Antônio JoséRivas – gerente geral da Uni-dade de Exploração e Produçãoda Petrobras na Bahia. • Repre-sentantes do Ministério da Cul-tura e da Secretaria de Culturado Estado da Bahia.

Local: auditório do Centro deArtes Humanas e Letras da Uni-versidade Federal do Recôn-cavo da Bahia.

16:00 as 18:00 – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA XIII

Título: BLACK BERLIMPaís de Produção: Brasil / AlemanhaDireção: Sabrina FidalgoDuração:19’

Título: GRAFFITIPaís de Produção: Brasil Direção: Lilian Solá SantiagoDuração: 10’

Título: NEGOPaís de Produção: Brasil Direção: Sávio Leite e Marko AjdaricDuração: 03’

Título: DOIDO LELÉPaís de Produção: Brasil Direção: Ceci AlvesDuração: 17’15”

Título: REVERSOPaís de Produção: Brasil Direção: Francisco ColomboDuração: 5’ 38”

Título: REMANSOPaís de Produção: Brasil Direção: Marcelo Abreu GóisDuração: 18’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

19:30h – LANÇAMENTO DO LIVRO“ESCRITOS SOBRE CINEMA TRILO-GIA DE UM TEMPO CRÍTICO”, DEAUTORIA DE ANDRÉ SETARO.

André Setaro é professor doDepartamento de Comunicaçãoda Universidade Federal daBahia. Crítico cinematográficodo jornal Tribuna da Bahia, cola-borador eventual do Suple-mento Cultural do jornal ATarde, colunista cinematográ-fico da revista eletrônica TerraMagazine. Escreve no sitehttp://www.coisadecinema.com.br e tem um blog especiali-zado em cinema: http://seta-rosblog.blogspot.com

Local: foyer do Centro de Artes,Humanidades e Letras da Uni-versidade Federal do Recôn-cavo da Bahia.

20:00 às 22:00h – VII MOSTRADE FILMES CONVIDADOS

Título: PAU BRASILPaís de Produção: BrasilDireção: Fernando Belens

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

DIA 22.05 (sábado)

08:00h às 12:00h

TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI-NEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂME-RAS CINEMATOGRÁFICAS EINTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL.

Coordenação: Lázaro Faria – ci-neasta, Roque Araújo – ci-neasta, Xeno Veloso – diretorde fotografia.

Local: Centro Cultural Danneman,em São Felix.

OFICINA DE PRODUÇÃO DE CINEMA: ANÁLISE TÉCNICA DOROTEIRO “A PROCURA DE PALMARES” QUE SERÁ FILMADONO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA.

Coordenação: Flávio Leandro –cineasta.

Local: sala especial do Centrode Artes, Humanidades e Le-tras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO EMSOFTWARE LIVRE

Coordenação: Elielson Barbosa –editor do Ponto de CulturaRede Terreiro Cultural e PontãoDigital Xemelê.

Local: sede do Ponto de CulturaRede Terreiro Cultural.

OFICINA ATELIÊ VIDEOARTE.

Coordenação: videoartista suíçaAnna K. Com formação emartes pela ENSAD (École Natio-nale Supérieure des Arts Déco-ratifs, Paris) e Le Fresnoy, Studiodes Arts Contemporains.

Local: Centro de Artes, Humani-dades e Letras da UniversidadeFederal do Recôncavo da Bahia.

Das 09:30h às 12:00h – REDEDE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃODE CONTEÚDOS AUDIOVISUAIS.

Participação: • Instituto de Ra-diodifusão da Bahia – TV eRádio Educativa e DIMAS – Se-cretaria de Cultura/BA. • Secre-taria de Audiovisual do MINC.• Ponto de Cultura CineclubeRede Terreiro Cultural. • Cursode Cinema da Universidade Fe-deral do Recôncavo daBahia/UFRB. • Cineclube Ja-nela Indiscreta. • Arraial CineFest. • Cineclube Imagens daUniversidade Estadual de Feirade Santana/UEFS. • Ponto deCultura Solar Boa Vista e Rededos Centros Culturais da Fun-dação Cultural da Bahia. • Cine-clubes da Universidade Federaldo Recôncavo da Bahia/UFRB.• Núcleo de Criação do FórumLivre de Cineclubes da Bahia.• Pontão Rede Nordestina deAudiovisual. • Cine Mais Cul-tura/Programadora Brasil. • As-sociação Baiana de Cinema eVídeo/ABCV. • Associação Bra-

sileira de Documentaristas eCurta-Metragistas/ABD Nacio-nal. • Centro Cineclubista deSão Paulo. • Secretaria de Edu-cação da Bahia. • CineclubePapa-Jaca – Santo Antônio deJesus/BA. • Cineclube Lauro deFreitas/BA. • Cineclube OrlandoSenna/ Lençóis/BA.

Local: Centro de Artes, Humani-dades e Letras da UniversidadeFederal do Recôncavo da Bahia.

14:00h às 16:00h – VIII MOS-TRA DE FILMES CONVIDADOS

Título: ABDIAS NASCIMENTO –MEMÓRIA NEGRAPaís de Produção: BrasilDireção: Antônio OlavoDuração: 95’

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

16:30 às 18:30h – MOSTRACOMPETITIVA / PROGRAMA XIV

Título: CINDERELAS, LOBOS E UMPRÍNCIPE ENCANTADOPaís de Produção: BrasilDireção: Joel Zito Araújo

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

20:00h às 21:00h – APRESEN-TAÇÃO DA PERFORMANCE “ME-MÓRIA CARNE VIVA”.

Projeto Interações Estéticas daAtriz Ana Paula Bouzas, emparceria com jovens do Pontode Cultura Expressão CidadaniaQuilombola do Kaonge, naBacia do Iguape.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

21:10h às 21:30 – LANÇAMENTODA MOSTRA ITINERANTE DEFILMES DO III BAHIA AFRO FILMFESTIVAL.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

21:30h às 22:00h – PREMIA-ÇÕES, MENÇÕES HONROSAS EHOMENAGENS PÓSTUMAS AOSCINECLUBISTAS: LUIZ ORLANDO,ANTÔNIO JORGE (MILICA) EPOETA ZECA MAGALHÃES.

Local: auditório do Centro deArtes, Humanidades e Letrasda Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

22:30h – PERFORMANCE MULTI-MÍDIA NO CENTRO HISTÓRICO.

Comemorando a restauração doantigo Cine Teatro Cachoeirano.

Local: Praça Teixeira de Freitas(em frente ao antigo Cine Tea-tro Cachoeirano).

Page 19: BAFF - Bahia Afro Film Festival na Europa

Dia 23.05 (domingo)

08:00h às 12:00h – OFICINAATELIÊ VIDEOARTE.

Coordenação: videoartista suíçaAnna K. Com formação emartes pela ENSAD (École Natio-nale Supérieure des Arts Déco-ratifs, Paris) e Le Fresnoy, Studiodes Arts Contemporains.

Local: Centro de Artes, Humani-dades e Letras da UniversidadeFederal do Recôncavo da Bahia.

Atenção: A “Oficina AteliêVideoarte” acontecerá até odia 26.05 (quarta-feira),nomesmo local.

PROGRAMA ESPECIAL

07:30h às 15:00h – TOUR PELOTERRITÓRIO BACIA DO IGUAPE. AL-MOÇO NO “TERREIRO DE CANDOM-BLÉ 21 ALDEIA DE MAR E TERRA”,COM RECEPÇÃO DAS GRIÔS DONANEGA E YALORIXÁ JUVANI JOVE-LINO. SAMBA DE RODA, COM OGRUPO “SUSPIRO DO IGUAPE”.

Local: comunidades remanes-centes de escravos quilombosEngenho da Ponte e Kaonge.

20:00h às 22:00h – EXIBIÇÃODOS FILMES PREMIADOS DO IIIBAHIA AFRO FILM FESTIVAL.

Local: auditório do Centro deArtes Humanas e Letras da Uni-versidade Federal do Recôn-cavo da Bahia.

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38PAG. DIA 15.05 (sábado)

21:00h às 21:30h – I MOSTRA

DE FILMES CONVIDADOS

Título: O MILAGRE DO CANDEAL (El Milagro de Candeal)

O diretor Fernando Trueba define o filme “O Milagre do Can-deal” como um “musical social, um western pacífico em queos bons se defendem com os tambores ao invés de pistolas”.O cineasta espanhol, casado com uma brasileira e apaixonadopela música do Brasil, debruça-se sobre o projeto social dafavela do Candeal, em Salvador, coordenado pelo músico Car-linhos Brown, que nasceu ali. Trueba utiliza-se de outros músi-cos, como o pianista cubano Bebo Valdez, um dos protagonistasde seu documentário musical “Calle 54”, contracenando comMateus Aleluia, para explorar a religião, a cultura e a musica-lidade da Bahia, apresentando as atividades empreendidaspelas crianças moradoras do local, e que têm contribuído paraafastar do Candeal o flagelo da violência e da exclusão.

País de Produção: Espanha,BrasilDireção: Fernando TruebaElenco: Carlinhos Brown, Bebo Valdez, Mateus Aleluia e Grupo Jejê Nagô.

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia

DIA 16.05 (domingo)

14:00h às 16:00h

Título: MANDINGA EN COLÔMBIA

Em novembro de 2008, dois brasileiros, um mestre de ca-poeira e um realizador cinematográfico, percorreram àColombia (Bogotá, Cartagena de las Índias, Santa Marta,Malagana, Palenke de San Basílio, Calli, Buenaventura),onde registraram o encontro da capoeira com as tradiçõesafro-colombianas.

País de Produção: Brasil, ColômbiaDireção: Lázaro FariaRoteiro: Xeno Veloso, Lazaro Faria, Isabella Lago Direção de Fotografia: Xeno VelosoSom: Xavier La LupaMontagem: Xeno VelosoGênero: DocumentárioDuração: 26Produção Executiva: Casa de Cinema da Bahia,Lázaro Faria (Brasil), Fabrício Apolo (Colômbia)E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

DIA 14.05 (sexta-feira)

Às 20:30h – PROGRAMA ESPECIAL

Exibição do filme institucional do BAHIA AFRO FILM

FESTIVAL, e do curta metragem “Massapê”, de au-toria do cineasta homenageado Arnol Conceição.

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41PAG.

40PAG.

20:00 às 21:30h – II MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS

Título: FILHAS DO VENTO

Um incidente familiar separou duas irmãs por 45 anos. Anatureza de cada uma delas, bem como a distância, levaramas duas a caminhos bem diferentes. A morte do pai faz comque se reencontrem em uma fase definitiva de suas vidas,aflorando e cobrando resoluções para todos os sentimentose histórias deixados no passado.

País de Produção: Brasil Direção: Joel Zito AraújoArgumento: Joel Zito AraújoRoteiro: Di Moretti Elenco: Milton Gonçalves, Ruth de Souza, Léa Garcia, TaísAraújo, Maria Ceiça, Danielle Ornellas, Thalma de Freitas,Rocco Pitanga, Zózimo Bulbul, Cida Moreno, JonasBloch, Mônica Freitas, Beatriz Almeida, Vitória Viana.Direção de Fotografia: Jacob Sarmento SolitrenickDireção de Arte: Andréa VellosoTrilha Sonora: Marcus VianaDuração:107’ 52’’Produção Executiva: Márcio Curi, Carla Gomide,Joel Zito Araújo

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

DIA 17.05 (segunda-feira)

20:00 às 21:00h – III MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS

Título: MÁRIO GUSMÃO – O Anjo Negro da Bahia

Enfoca a vida e obra do ator Cachoeirano, Mário Gusmão, em trêslinhas temáticas: a artística, a militância política no movimentonegro e a espiritual. Apresenta depoimentos com personagensreais de destaque no cenário baiano que conviveram com MárioGusmão nas diversas etapas de sua vida. Dentre eles: Carlos Pe-trovich, Nilda Spencer, Oscar Santana, Orlando Senna, DeolindoCheccucci, Paloma Rocha, Carmem Paternostro, Vovô do Ilê, Jef-ferson Bacelar, Jackson Costa, Carlinhos Brown e Carlos Betão.

País de Produção: BrasilDireção: Elson do RosárioGênero: DocumentárioDuração: 54’

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

DIA 18.05 (terça-feira)

14:00 às 16:00h – IV MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS

Título: TUDO ISTO ME PARECE UM SONHO

Documentário e ficção se unem para realizar pesquisa sobrea vida do General Abreu e Lima, pernambucano que partici-pou, ao lado de Bolívar, de batalhas que libertaram a Colôm-bia, Venezuela e Peru da coroa espanhola. O documentáriodiscute o processo de construção dessa pesquisa, e tam-bém do próprio filme. Um filme histórico e biográfico, e quese entrelaça com um filme sobre o cinema.

País de Produção: BrasilDireção: Geraldo SarnoRoteiro: Geraldo Sarno, Werner SallesElenco: Wilson Mello, Caco Monteiro, Nélia CarvalhoGênero: DocumentárioDuração: 150'E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

20:00 às 22:00h – V MOSTRA

DE FILMES CONVIDADOS

Título: ATABAQUE NZINGA

“Atabaque Nzinga” é um documentário musical sobre a cul-tura afro-brasileira, cuja estrutura narrativa se traduz por umjogo de búzios, no qual a protagonista chega atraída pelo"chamado do tambor" em busca do autoconhecimento. Via-jando pela estrada da percussão nas locações de Pernam-buco, Bahia e Rio de Janeiro, a protagonista conhecediferentes ritmos, grupos musicais e coreográficos, procu-rando e encontrando sua integração na sociedade brasileira.

País de Produção: BrasilDireção: Octávio BezerraGênero: DocumentárioDuração: 87’Estúdio/Distrib.: Europa Filmes

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Page 22: BAFF - Bahia Afro Film Festival na Europa

43PAG.

42PAG.Dia 19.05 (quarta-feira)

14:30h às 16:00h

Título: MÃE FILHINHA 105 ANOS OFERENDA À IEMANJÁ

O documentário registra a convicção de fé e liberdade daGriô Ialorixá Mãe Filhinha do Terreiro de Candomblé ItaliêOgum. Irmã da Confraria Irmandade da Boa Morte que, aos105 anos de idade, esbanja vitalidade cumprindo seus ri-tuais, saudando os orixás. E que conduz suas oferendas àIemanjá, em belo cortejo ao Porto de Dentro, nas margensdo Rio Paraguaçu, no município de Cachoeira – Bahia.

País de Produção: Brasil Direção e Roteiro: Lu CachoeiraDireção de Fotografia: Roque Araújo e Marcelo CoutinhoDesenho de Som: Lu Cachoeira e Antonio MoraesTrilha Sonora: Mateus Aleluia e Tincoães Edição em Software Livre: Elielson BarbosaGênero: DocumentárioCoprodução: Rede Terreiro Cultural, DIMAS e PONTOBRASIL.Makeof: Ivan Márcio Duração: 5’E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

16:00h às 18:00h

Título: NEGO D’ÁGUA

O mito do Nego D'Água é reiventado na história de vida deum jovem capoeirista da Chapada Diamantina.

País de Produção: Brasil Direção: Saullo Farias Gênero: DocumentárioDuração: 7'

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Dia 20.05 (quinta-feira)

16:30h às 18:30h – VI MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS

Exibição especial de vários documentários dogrande cineasta cubano Santiago Alvarez.

Participação: • Lazara Herrera – diretora da Ofi-cina de Documentarios Santiago Alvarez doInstituto de Cinema Cubano/ICAIC. • Cla-risse Montuano – cineasta brasileira, I pre-miada no Festival Internacional deDocumentário Santiago Alvarez.

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Dia 21.05 (sexta-feira)

20:00 às 22:00h – VII MOSTRA

DE FILMES CONVIDADOS

Título: PAU BRASIL

Duas famílias vivem em casas rudes, toscas, uma em frente da outra.Numa delas, um homem (Bertrand Duarte – sempre inexcedível)mora com uma mulher e a deixa amar qualquer tipo que chegue àsua porta, principalmente caminhoneiros, que são seduzidos pela suamaneira fogosa de ser. Mas o personagem não se importa e é feliz ecarinhoso, além de abrigar no seu seio familiar um outro homem queaparece numa noite a pedir asilo em sua casa. O casal tem um filho,maltratado pela coletividade, que se tranca em si mesmo.

País de Produção: BrasilDireção: Fernando BelensRoteiro: Fernando Belens, Dinorath do ValleDireção de Fotografia: Hamilton OliveiraMúsica Original: Bira ReisEdição de Som: João da Costa PintoTrilha Sonora Original: Bira ReisMontagem: André Bendocchi AlvesProdução: Sílvia Abre, Pola RibeiroProdução Executiva: Luciano Floquet, Sílvia Abreu

Local: auditório do Centro de Artes, Humanida-des e Letras da Universidade Federal do Re-côncavo da Bahia.

Page 23: BAFF - Bahia Afro Film Festival na Europa

DIA 22.05 (sábado)

14:00h às 16:00h – VIII MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS

Título: ABDIAS NASCIMENTO – MEMÓRIA NEGRA

Conta a trajetória de Abdias Nascimento, histórico militanteconsiderado um ícone da cultura negra, atualmente com 95anos. Sua obra e atuação política, ao longo do século XX,são essenciais para a compreensão da importância donegro na sociedade brasileira. O filme, ao ceder a narrativade sua própria história a Abdias Nascimento, abre “janelas”para a organização do Movimento Negro no século XX,compreendendo que ao contar a história de Abdias, estácontando um pouco da história de lutas do negro brasileiro.

País de Produção: BrasilDireção: Antônio OlavoRoteiro: Antônio OlavoDireção de Fotografia: Márcio Bredariol, Paulo CésarMontagem: Antônio Olavo, Raimundo Laran-jeira, Thiago LisboaSom: Rodrigo Alzueta Gênero: DocumentárioDuração: 95’Produção Executiva: Raimundo Bujão, JosiasSantos, Eliana Mendes,Leda SacramentoE-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Page 24: BAFF - Bahia Afro Film Festival na Europa

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14:00H ÀS 16:00H – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA I

Título: RECONVEXO

Resultado de uma oficina de vídeo no Recôncavo da Bahia, odocumentário trata da rivalidade entre os moradores das cida-des de Cachoeira e São Felix, municípios separados geografi-camente pelo rio Paraguaçu, e unidos pela Ponte D. Pedro II.

País de Produção: Brasil Direção: Volney Menezes, Johny Guimarães Roteiro: Volney Menezes, Johny GuimarãesDireção de Fotografia: Volney Menezes Som: Johny GuimarãesMontagem: Volney Menezes, Johny GuimarãesGênero: DocumentárioDuração: 05’E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: CANTADOR DE CHULA

O samba de roda foi declarado como patrimônio imaterial bra-sileiro pelo IPHAN, em 2004, e como patrimônio cultural e ima-terial da humanidade pela UNESCO, em 2005, fortalecendo oreconhecimento da arte de matriz africana que durante séculostem sido reprimida e menosprezada. O Cantador de Chula émais uma pedra na reconstrução do mosaico que representaa trajetória dos descendentes africanos no Brasil.

País de Produção: BrasilDireção: Marcelo RabeloRoteiro: Marcelo RabeloDireção de Fotografia: Nicolas HalletSom: Simone DouradoMontagem: Iris de OliveiraGênero: DocumentárioDuração: 95’Produção Executiva: Eliana Mendes, Marcelo RabeloE-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Page 25: BAFF - Bahia Afro Film Festival na Europa

49PAG.

48PAG.

16:00h às 18:30h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA II

Título: PALENQUE POPOLO LIBERO D’AMERICA

(Palenke Povo Livre da América)

O “Palenque de San Basilio” é uma comunidade de povos de orí-gem africana em terras colombianas. Um dos poucos que rema-nesce em toda a América Latina. Sua história é do início doséculo 17, quando um Rei Africano, Benko Bioho, chega a Car-tagena de las Indias à bordo de um navio Negreiro. Benko Biohofoge juntamente com 20 africanos e fundam uma fortificação.Muitas outras vão surgindo ao decorrer do tempo, até que, dianteda impossibilidade do controle da situação, a Rainha da Espanhapropõe um acordo a Benko Bioho. O mesmo foi conduzido aoPalácio da Inquisição em Cartagena, onde é preso, torturado emorto. Até hoje seus remanescentes mantêm suas raízes e tra-dições culturais e religiosas, conseguindo ter uma língua própria.

País de Produção: Itália, ColombiaDireção: Salvatore BracaRoteiro: Salvatore BracaDireção de Fotografia: Paolo CorteseSom: Arthur Bandeira, Lia CamargoMontagem: Alessandro Leligdowicz, Ricardo TestorioGênero: Documentário Duração: 24’ 23”

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: O RITO DE ISMAEL IVO

Trata da vida do bailarino negro Ismael Ivo. Suas performancese depoimentos sobre a dança e as dificuldades sociais enfren-tadas para superar obstáculos e atingir uma posição satisfa-tória na profissão. Vindo de uma família pobre, da periferia deSão Paulo-SP, Ismael deixa o Brasil no início da década de 80,e torna-se um famoso e consagrado artista no exterior.

País de Produção: Brasil Direção: Ari Cândido FernandesRoteiro: Ari Cândido FernandesDireção de Fotografia: Ari Cândido FernandesSom: Arthur Bandeira, Lia CamargoMontagem: Cristina AmaralGênero: Documentário Experimental Duração: 12’E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: MEMÓRIAS DE UM AFRO-PERUANO

Rolando, um afro-peruano, conta a história de seus ances-trais, escravos africanos. Como eles chegaram ao Peru, suacultura, suas persistentes lutas na época da escravidão.

País de Produção: Peru Direção: Jovita AndradeRoteiro: Jovita AndradeDireção de Fotografia: Jorge VignatiSom: Állex GiraldoMontagem: Fréderic ArnouxGênero: DocumentárioDuração: 52’E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

DIA 16.05 (domingo)

14:00h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA III

Título: PASTINHA UMA VIDA PARA A CAPOEIRA

Nova versão do conhecido documentário “Pastinha umaVida Para a Capoeira”. Um clássico da capoeira, com maisminutos de imagens adicionais. Conta a história do maiormestre de capoeira Angola, guardião e poeta da capoeira,o lendário Mestre Pastinha.

País de Produção: Brasil Direção: Antônio Carlos MuricyRoteiro: Antônio Carlos Muricy, Maria TeresaRocha, Emiliano RibeiroDireção de Fotografia: André HortaSom: Heron AlencarMontagem: Maria MuricyGênero: DocumentárioDuração: 56’E-mail: [email protected] / [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

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16:30h às 18:30h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA IV

Título: SUA MAJESTADE O DELEGADO

Da estação primeira para a Central do Brasil, segue a cortedo grande Delegado, o maior mestre-sala da estória do car-naval carioca.

País de Produção: Brasil Direção: Clementino JuniorRoteiro: Clementino JuniorDireção de Fotografia: Clementino Junior e Suzane NahasSom: Clementino JuniorMontagem: Clementino JuniorGênero: FicçãoDuração: 14’E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: DA RODA AO SAMBA

O documentário investiga a verdadeira origem do samba.Será que ele veio da Bahia ou do Rio de Janeiro? Motivadospor essa pergunta, a equipe procurou não só os participan-tes do evento “Berçário do Samba”, mas também diversosartistas e historiadores, intelectuais e estudiosos para falarsobre o estilo musical tipicamente brasileiro.

País de Produção: Brasil Direção: Paulo DouradoRoteiro: João SanchesDireção de Fotografia: Gabriel Teixeira, Tasso LapaMontagem: Ed Carlos e Marcos SilvaGênero: DocumentárioDuração: 60’E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

DIA 17.05 (segunda-feira)

14:00h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA V

Título: MARIA DO PARAGUAÇU

“Maria do Paraguaçu” revela a luta por terra e liberdade,através do olhar de uma mulher que resiste pela dignidadede seu povo.

País de Produção: Brasil Direção: Camila DutervilRoteiro: Camila DutervilDireção de Fotografia: Camila DutervilSom: Bernardo GóesMontagem: Roseni Santana, Thiago de CastroGênero: DocumentárioDuração: 26’Produção: Camila DutervilE-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: WITH EVERY BREATH (Uma Respiração)

Documentário de curta duração sobre o poeta afro-ameri-cano Lamont B, que reside na Filadélfia e que foi um vete-rano da guerra do Vietnã. Hoje ele escreve poemas sobreos traumas e lembranças daquela sangrenta guerra.

País de Produção: Estados Unidos Direção: Ram DevineniRoteiro: Ram Devineni Direção de Fotografia: Ram DevineniSom: Ram DevineniMontagem: Ram DevineniGênero: DocumentárioDuração: 05’

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

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Título: CIDADES DOS MASCARADOS

Quando existiam fazendas de produção de cana-de-açúcar re-pletas de escravos no Brasil, em uma Fazenda chamada Acupede Santo Amaro, durante uma festividade, um dos escravos sefantasiou com folhas de bananeira e máscara de papel para fugir,alcançando seu intento. Vendo aquilo, a população da comuni-dade passou a se fantasiar também, sempre próximo a essadata, dando origem a uma manifestação popular conhecida hojecomo "Os Caretas de Acupe". Está documentado no filme: o pro-cesso de produção e criação das máscaras, das saias de bana-neira e de tudo que faz parte da indumentária, além damanifestação em si, quando o grupo sai mascarado pelo pe-queno vilarejo levando à frente a tradição dos seus ancestrais.

País de Produção: Brasil Direção: Emanuela YglesiasRoteiro: Emanuela YglesiasDireção de Fotografia: Marina TorrãoSom: Marcelo BenedicitisMontagem: Emanuela YglesiasGênero: DocumentárioDuração: 10’E-mail: [email protected].

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: MÁ VIDA

O curta metragem foi escrito a partir de um sonho do autore aborda, de forma surrealista, a questão das crianças aban-donadas em situação de risco social.

País de Produção: Brasil Direção: Tau TourinhoRoteiro: Tau Tourinho Elenco: Cauane Novais, Célia de Jesus, WilsonNovais e Welton NovaisDireção de Fotografia: Tau TourinhoSom: EdyarteMontagem: EdyarteGênero: DocumentárioDuração: 05’E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: TRILOGIA DO REGGAE

O filme conta um pouco da trajetória artística de Jorge deAngélica, Dionorina e Gilsam, três reggaemen feirenses queconsolidaram seu universo musical de matriz africana. Apre-senta gravações em bares, ruas, residências e espaços deshows. Mostra como os ritmos africanos influenciaram einfluenciam o reggae. Trata das manifestações do candom-blé, cerne de questões de uma história da resistência negra.Trata também das questões da militância ideológica e depertencimento contidas nas composições apresentadas, eque são frutos das vivências de enfrentamento de uma rea-lidade adversa nas periferias das cidades grandes.

País de Produção: Brasil Direção: Volney Menezes, Johny GuimarãesRoteiro: Volney Menezes, Johny GuimarãesElenco: Dionorina, Jorge de Angélica, GilsamDireção de Fotografia: Volney MenezesSom: Johny Guimarães Montagem: Volney Menezes, Johny GuimarãesGênero: DocumentárioDuração: 62’

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

16:30h às 18:30h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA VI

Título: PASSAGENS ESTREITAS

Um homem tem, à sua frente, o primeiro dia a dia de liber-dade. Após o cárcere, e como escravo negro e marginali-zado, não sabe lidar com a nova realidade, pois não entendea alforria. Sente-se sozinho com o tempo perdido dentro dosmuros, e sua maior alegria surge no momento da morte.

País de Produção: BrasilDireção: Kelson FrostRoteiro: Kelson FrostDireção de Fotografia: Kelson FrostMontagem: Kelson FrostGênero: FicçãoDuração: 07’E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

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Título: A ILHA DOS ESCRAVOS

Após uma violenta guerra civil, D. Miguel, último rei abso-lutista português, é derrotado pelos liberais liderados peloirmão D. Pedro. Em 1852 D. Miguel parte para o exílio. Osseus partidários não desistem de fazê-lo regressar ao trono.Dispostos a tudo, tentam até utilizar os escravos das colô-nias. Um misterioso emissário é enviado a Cabo Verde parapreparar uma sublevação. Outros motivos estavam por de-trás de sua visita ao arquipélago...

País de Produção: Portugal Direção: Francisco MansoRoteiro: Antônio Torrado Elenco: Zezé Motta, Milton Gonçalves, Diogo InfanteDireção de Fotografia: Lúcio KodatoMontagem: João AssunçãoSom: Gita CerveiraGênero: FicçãoDuração: 100’E-mail: [email protected] / [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

DIA 18.05 (terça-feira)

16:00h às 18:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA VII

Título: DEUSA DO ÉBANO – RAINHA DO ILÊ AYÊ

O documentário segue três jovens competindo no eventoanual em que o Ilê Ayê escolhe a sua rainha do carnavalusando “conceitos afro-cêntricos” de beleza. O filme contacom a participação da ex-secretária da reparação racialArany Santana, e do presidente do bloco afro Ilê Ayê, Antô-nio Carlos “Vovô”.

País de Produção: Estados Unidos Direção: Carolina Moraes-LiuRoteiro: Carolina Moraes-LiuDireção de Fotografia: Carolina Moraes-LiuSom: Chung-LiuMontagem: Carolina Moraes-LiuGênero: DocumentárioDuração: 19’ 40”E-mail: [email protected] / [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: CRUZ E SOUSA, A VOLTA DE UM DESTERRADO

Os restos mortais do poeta Cruz e Sousa voltam para Flo-rianópolis, antiga Desterro, por requisição do governo esta-dual, e são recebidos num evento no Palácio Cruz e Sousa.O Documentário mostra a cerimônia, exibe o local onde osrestos serão recebidos e, em off, ouve-se a narração de doispoemas de Cruz e Sousa.

País de Produção: Brasil Direção: Cláudia Cárdenas, Rafael SchlichtingRoteiro: Cláudia CárdenasDireção de Fotografia: Rafael SchlichtingSom: Rafael SchlichtingMontagem: Rafael SchlichtingGênero: DocumentárioDuração: 20’

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: RIO DE MULHERES

Um documentário sobre a rotina de mulheres que vivem so-mente entre crianças e outras mulheres, em um ambiente muitoseco e onde a água é escassa. Comunidades rurais remanes-centes de quilombos, em uma região árida de Minas Gerais. Seusmaridos, filhos e netos, maiores de 16 anos, passam a maiorparte do ano trabalhando na coleta de cana em São Paulo. Asmulheres cuidam da casa, crianças, adolescentes e idosos dafamília, em uma condição extrema de seca. O filme mostra agraça e a poesia do dia a dia da vida das mulheres: a rotina dacasa, a relação das crianças com o lugar, o cozinhar no forno efogão de lenha, a chegada do caminhão pipa, a lavagem de roupano rio e os momentos de lazer no forró feminino, na feira etc.

País de Produção: BrasilDireção: Cristina Maure, Joana OliveiraRoteiro: Joana OliveiraFotografia: Cristina MaureSom: Osvaldo GomesMontagem – Edição: Armando MendzGênero: DocumentárioDuração: 21’Produtor: Cristina Maure e Joana OliveiraE-mail: [email protected] / [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

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Título: VERMELHO IMAGINÁRIO

“Vermelho Imaginário” revisita o universo mitológico do se-bastianismo, desvendando a fantasia e a resistência de umfolguedo popular em vias de desaparecimento. Para além dotradicional folclore, o documentário conduz seu olhar atravésde lembranças de antigos pescadores da comunidade dos Ay-morés, no extremo sul da Bahia, acerca da Festa de São Se-bastião e da Luta entre Mouros e Cristãos. O mestre popular,reator da harmonia entre fé e imaginação, projeta sua própriavida na brincadeira, numa linha tênue entre a vida e a morte,transmitindo devoção e respeito às tradições ancestrais.

País de Produção: BrasilDireção: Mateus Damasceno Roteiro – Argumento: Mateus DamascenoDireção de Fotografia: Pedro Santana Som: Victor UchoaMúsica: Tangre OliveiraEdicão: Pedro Santana Gênero: DocumentárioDuração: 17’E-mail: [email protected] / [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: FAZENDO HISTÓRIA (Making History)

Edouard Glissant é conhecido como um dos mais importantes es-critores caribenhos da última metade do século. Em 2002, LindonKwesi Johnson torna-se o único segundo poeta vivo e o primeiropoeta negro a ter seu trabalho publicado na série Penguin’s Classic.Ambos são figuras importantes desse último século. Lindon KwesiJohnson é o pai da poesia de Dub, e Edouard Glissant foi indicadoao Prêmio Nobel de Literatura, por seus textos sobre os processosde creolização e estéticas de tratados. Esses amigos de longa datase encontram em New Cork, em um dia de verão.

País de Produção: França, Martinica, Jamaica Direção: Caecilia Tripp, Karen McKinnonRoteiro: Caecilia Tripp, Karen McKinnon Direção de Fotografia: Topin YellandSom: Baptiste MagontierMontagem: Baptiste MagontierGênero: DocumentárioDuração: 10’E-mail: [email protected] / [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Dia 19.05 (quarta-feira)

14:30h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA VIII

Título: A BENÇA

Mãe Enedina, de 90 anos, acabou de perder o neto com quem mo-rava, e enfrenta os desafios de mudar de casa. Mãe Maria, aos 74anos, divide-se entre a vida na sua comunidade e as atividades de“criar” os iaôs, iniciantes do culto de orixás, no terreiro Axé OpóAjonjá. Viver para o candomblé é o lema de Mãe Mimi, mãe desanto, de 75 anos. “A Bença” traz o dia a dia de três senhoras docandomblé na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, abordandotemas como a idade, a passagem do tempo, o respeito mútuo entrejovens e idosos dentro do candomblé, e a crença no culto de orixás.

País de Produção: Brasil Direção: Tarcísio Lara PuiatiRoteiro: Tarcísio Lara PuiatiDireção de Fotografia: Felipe SabugosaSom: VampiroMontagem: João Felipe Freitas, Tarcísio Lara PuiatiGênero: DocumentárioDuração: 52’Coprodução: Tarcísio Lara Puiati, Aquarela Filmes,TVE Brasil, Fundação Padre Anchieta, TV CulturaE-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

16:00H ÀS 18:00H – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA IX

Título: GISELE OMINDAREWA

Francesa de nascimento. Africana por afinidade. Brasileirapor destino. Essa é a vida de Gisele Cossad, posteriormenteGisele Cossad Omindarewa, mãe de santo francesa que vivehá muitos anos na Baixada Fluminense. O documentárioprocura reconstruir a trajetória de Gisele através das lem-branças de sua infância e juventude, num dos bairros no-bres da região parisiense, até sua vinda ao Brasil.

País de Produção: Brasil Direção: Clarice Ehlers PeixotoRoteiro: Clarice Ehlers Peixoto, Sueli NascimentoElenco: Gisele Omindarewa e seus filhosDireção de Fotografia: Christian Javas, GuapiGóes, Vanderley R. MoreiraSom: Clarice RathTrilha Sonora: Música do Terreiro, Joãozinho da GomeaMontagem: Sueli NascimentoGênero: DocumentárioDuração: 71’E-mail: [email protected] / [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

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20:00h às 22:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA X

Título: BENGUELÊ

“Benguelê” traça um panorama das origens negras da culturabrasileira. Em especial, da influência musical. Para isto, percorrecaminhos como o da criação do samba, homenageando, entreoutros, Clementina de Jesus. A mesma, em 1964, cantou a mú-sica Benguelê, criada por de Pixinguinha e Gastão Viana em1946. Sinônimo também de “saudades de Benguela”, porto an-golano de onde saíram os escravos trazidos ao Brasil.

País de Produção: Brasil Direção: Helena Martinho da RochaRoteiro: Helena Martinho da RochaDireção de Fotografia: Gilberto OteroSom: Cristiano MacielMontagem: Flávio ZettelGênero: DocumentárioDuração: 84'

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

DIA 20.05 (quinta-feira)

14:00 às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA XI

Título: BATATINHA, POETA DO SAMBA

Um dos mais importantes sambistas do Brasil, o baiano Oscar daPenha, carinhosamente conhecido por Batatinha, é visto aqui soba perspectiva de seus nove filhos. São eles que vão atrás das me-mórias do pai, investigam a sua vida, história e obra, e se encontramcom familiares, amigos e músicos. Ao mesmo tempo em que reú-nem fragmentos que revelam a história do pai, acabam conhecendomais sobre ele, estabelecendo também elos fraternais importantesentre a própria família.

País de Produção: Brasil Direção: Marcelo RabeloRoteiro: Marcelo RabeloDireção de Fotografia: Nicolas HalletSom: Simone DouradoFMontagem: Iris de OliveiraGênero: DocumentárioDuração: 62’Produção Executiva: Eliana Mendes, MarceloRabeloE-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

20:00 às 22:00 – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA XII

Título: BOM DIA, ETERNIDADE

Clementino foi um famoso jogador de futebol. Participou da SeleçãoBrasileira de Futebol, na Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Atual-mente vive de lembranças de um tempo de glória e sucesso. Tor-nou-se uma pessoa amarga e rancorosa. Acredita que sua vidaacabou. Odete, sua esposa, é ao mesmo tempo companheira, mãee enfermeira. Um dia, um acontecimento mágico mudará a rotinado casal. Clementino tem a chance de viver tudo novamente.

País de Produção: BrasilDireção: Rogério de MouraRoteiro: Rogério de MouraDireção de Fotografia: Mário CarneiroSom: Louis RobinMontagem: Willem DiasGênero: FicçãoDuração: 98’E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Dia 21.05 (sexta-feira)

16:00 as 18:00 – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA XIII

Título: BLACK BERLIM

Nelson é um jovem baiano estudante de engenharia em uma reno-mada universidade em Berlim. Na capital da Alemanha Nelson levauma vida hedonista, muito distante de suas verdadeiras raízes.Porém tudo muda quando ele, frequentemente, passa a encontrarMaria, uma imigrante ilegal do Senegal. Apesar de ignorá-la, ele co-meça a ter visões de personagens estereotipados que o remetem aum passado que ele preferiria esquecer.

País de Produção: Brasil / AlemanhaDireção: Sabrina FidalgoRoteiro: Sabrina FidalgoElenco: Bobby Gomes, Sabrina Fidalgo, Robson, Ca-racú, Ramos, Marília Coelho, Walter Chavarry, LuízaBaratz, João Vítor Nascimento, Tonia Reeh, AndréSchröder, Carolina Ciminelli, Juan Velloso Melo, ClaraBuentes, Lucas CruzDireção de Fotografia: Ras AdautoSom: Toninho MuricyTrilha Sonora: Liz ChristineNarração: João CorreaMontagem: Chico Serra, Fernando OliveiraGênero: FicçãoDuração:19’Produção Executiva: Sabrina Fidalgo, Monique CruzE-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

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Título: GRAFFITI

São Paulo é a cidade mais grafitada do mundo. O documen-tário “Graffiti” acompanha o rolê solitário de Alê, em umadas semanas mais sinistras que São Paulo já viveu: dos ata-ques do PCC à violenta revanche da polícia em 2006. E oque o move a enfrentar as ruas nessa noite?

País de Produção: Brasil Direção: Lilian Solá SantiagoRoteiro: Lilian Solá Santiago, Rinaldo Teixeira,Roberto ReinigerDireção de Fotografia: Helton OkadaGênero: DocumentárioDuração: 10’E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: NEGO

Uma homenagem ao baiano Theodoro Sampaio, o intelec-tual negro mais fecundo que o Brasil conheceu. Utiliza osquadrinhos como aporte visual e dramático, com destaquepara a especial trilha sonora.

País de Produção: Brasil Direção: Sávio Leite e Marko AjdaricRoteiro: Marko AjdaricDireção de Fotografia: Sávio LeiteSom: Sávio LeiteMontagem: Sávio LeiteGênero: AnimaçãoDuração: 03’

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: DOIDO LELÉ

Caetano sonha em ser cantor de rádio na década de 50, efoge todas as noites de casa para tentar, sem sucesso, asorte em programa de calouros. Até que uma noite eleaposta tudo numa louca e definitiva performance.

País de Produção: Brasil Direção: Ceci AlvesRoteiro: Ceci AlvesElenco: Vinícius Nascimento, Nonato Freire,Maurício Pedrosa, Jussara MathiasDireção de Fotografia: Pedro SemanovschiSom: Napoleão CunhaMúsica: Gerônimo SantanaMontagem: Dedeco MacedoGênero: FicçãoDuração: 17’15”E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

Título: REVERSO

O que diferencia os indivíduos e a capacidade de resol-ver determinados atos.

País de Produção: Brasil Direção: Francisco ColomboRoteiro: Francisco ColomboElenco: Gilberto Martins, Antônio Sabóia, Nils-son AspDireção de Fotografia: Ralf TambkeSom: Murilo SantosMontagem: Murilo SantosGênero: FicçãoDuração: 5’ 38”E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

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Título: REMANSO

O documentário “Remanso” lança um olhar sobre uma co-munidade quilombola da Chapada Diamantina durante osfestejos para São Francisco de Assis.

País de Produção: Brasil Direção: Marcelo Abreu GóisRoteiro: Marcelo Abreu GóisDireção de Fotografia: Marcelo Abreu GóisMontagem: Marcelo Abreu GóisGênero: DocumentárioDuração: 18’E-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.

DIA 22.05 (sábado)

16:30 às 18:30h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA XIV

Título: CINDERELAS, LOBOS E UM PRÍNCIPE ENCANTADO

Viajando pelo nordeste brasileiro e pela Europa (Itália e Ale-manha), o diretor discute o sonho de cinderela de váriasmulheres brasileiras que buscam encontrar um marido eu-ropeu. Muitas migram e se tornam dançarinas em apresen-tações de ritmos ligados ao Brasil. Sem estudo ou formaçãoprofissional, outras transformam-se em prostitutas. So-mente uma minoria consegue criar o seu final feliz.

País de Produção: BrasilDireção: Joel Zito AraújoRoteiro: Joel Zito Araújo, José CarvalhoDireção de Fotografia: Alberto BelleziaSom: Antônio MuricyMontagem: Márcia WatzlGênero: Documentário Produção Executiva: Joel Zito AraújoProdução e Assistência de Direção: Luís Carlos deAlencarE-mail: [email protected]

Local: auditório do Centro de Artes, Humani-dades e Letras da Universidade Federal doRecôncavo da Bahia.Recôncavo da Bahia

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Diogo Gomes dos Santos

• Cineclubista. Cineasta. • Assessor de Cinema e Vídeo do De-partamento de Cultura de Várzea Paulista – 2007. • Assessor deFotografia, Cinema e Vídeo do Departamento de Cultura de Dia-dema – 1999 / 2004. • Assessor de Cinema e Vídeo da FundaçãoCultural “Cassiano Ricardo”, da Prefeitura Municipal de São Josédos Campos – 1992 / 1998. • Editor da “CINECLUBERASIL”, daqual é fundador. • Ministra cursos, oficinas, workshops e palestrassobre cinema e vídeo, para instituições de ensino público e pri-vado. • Tem artigos em jornais e revistas. • Diretor, roteirista eorientador de filmes e vídeos. • Criador e diretor geral do pro-grama de Televisão “Hein!?” / TV Setorial, re-transmissora da TVE.• Coordenador do “Ateliê de Cinema e Vídeo”, na Casa de Culturado Butantã – Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. • Di-retor de Formação do Centro Cineclubista de São Paulo. • Sóciofundador da Associação Artes Visuais de Diadema – AVD. • Coor-denador do Núcleo de Estudos, Produção e Difusão de Cinema eVídeo “Com-Olhar”. • Sócio fundador, programador e administra-dor do Cineclube Bixiga. • Presidente da Federação Paulista e doConselho Nacional de Cineclubes, em 1983/34 e 1985/86. • Edi-tor e fundador do Jornal “Imagemvimento”, 1985/86. • Fundadordo Núcleo de Estudos de Cinema e Vídeo “Plano Geral”, da Casade Cultura do Butantâ/SP, da Secretaria Municipal de Cultura, comvários vídeos realizados. • Fundador do Núcleo de Estudos de Ci-nema & Vídeo “Ethos”, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo deSão José dos Campos, com vários vídeos e filmes realizados epremiados. • Fundador do Núcleo de Estudos, Produção e Difusãode Cinema, Vídeo “Com-Olhar” de Diadema.

Prêmios: • Bixiga “Um Cinema Que Cai” – Roteiro e Produção– Prêmio Estímulo da Secretaria de Estado da Cultura de SãoPaulo, 1989. • “Prisão de Mente”, super 8mm, de Vera Scenicee Sérgio Concílio – Prêmio de Melhor filme no Festival de Gra-mado do Cinema Brasileiro, 1995, Produtor Executivo.

Roteiro e Produção - LIF – São José dos Campos, 1996/67:• “O Romance de Clara Menina Com Dom Carlos de Alencar”.• “Brasil do Brasil” • “A Notícia”. • “Povo da Terra”. • “Fé,Faca Amolada”. • “O Dia em Que Olhamos Para o Céu”. •“Cassiano de São José”.

Luiz Wendhausen

•Formação acadêmica em Administração pela UFBA. • Cursouo Grupo Experimental de Cinema da UFBA em 1968. • Aluno es-pecial da graduação de Cinema na Sorbonne Nouvelle Paris III.• Distintos cursos na área técnica cinematográfica (Roteiro, Fo-tografia, Montagem e Direção de Ator). • Programação de filmesculturais e científicos para o Museu de Ciência e Tecnologia doEstado da Bahia (1979 até 1981). • Programação da Sala Walterda Silveira (1991 até 1995). • Coordenou o projeto Cinema Pa-radiso (1997 até 2001). • Monitor das oficinas do I BAFF (2007).• Seleção e programação do II BAFF (2008). • Membro oficialdo júri do III BAFF (2010).

Filmes: • “Quousque Tandem?”. 1969. Direção. • “Barca deNoel”. 1972. Direção. • “Ulla”. 1982. Direção. • “Trajetóriade um Zagueiro”. 1988. Direção. • “O Glorioso São Roque doJacuípe”. 1998. Direção. “Corneteiro Lopes”. 2003. Pesqui-sador e Colaborador no Roteiro. • “Seu Mané Quem Qué”.2008. Assistente de Direção. • “Velas ao Vento”. Autor doprojeto (longa-metragem), em fase avançada de captação derecursos, através da produtora Araçá Azul, de Solange Lima.

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Fernanda Aguiar Carneiro Martins

Cursou o Bacharelado em Crítica Literária (1990) e, em seguida,a Licenciatura em Língua Portuguesa (1993) na Universidade Fe-deral de Pernambuco - UFPE, onde trabalhou em pesquisa sobreas Literaturas Brasileira e Portuguesa Contemporâneas, com umenfoque a respeito do experimentalismo no Brasil e em Portugal(1991-1992). Ainda na mesma universidade, finalizou o Mestradoem Teoria da Literatura, com um estudo interdisciplinar sobre aLiteratura e o Cinema, onde analisa a transposição fílmica da no-vela de Clarice Lispector (1997), sob a orientação de SébastienJoachim. Em sua pesquisa doutoral, investigou sobre a produçãodo cineasta brasileiro Alberto Cavalcanti (Rio de Janeiro,1897-Paris,1982), tendo como corpus básico de estudo a análise com-parativa das duas obras-primas do cineasta, “En rade”(França,1927) e “O Canto do Mar” (Brasil, 1953), desenvolvida naUniversidade Paris III - Sorbonne Nouvelle, onde obteve o títulode Doutora em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais (2008),sob a orientação de Jacques Aumont.

• É vinculada ao grupo de pesquisa Antropologia Visual emAlagoas - AVAL, sediado na Universidade Federal de Alagoas- UFAL, desde 2005. • É autora do capítulo "ImpressionismoFrancês", publicado no livro História do Cinema Mundial(Campinas, SP: Editora Papirus), uma obra coletiva cuja pri-meira edição data de 2006, mas que já se encontra na suaquinta edição em 2009. • Atualmente ensina na Graduação"Cinema e Audiovisual" da Universidade Federal do Recôn-cavo da Bahia - UFRB, onde colabora na pesquisa sobre ouso da música no cinema documentário contemporâneo.

Guilherme Sarmiento

Professor Adjunto de Dramaturgia e Narrativas Audiovisuais naUFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), Doutor eMestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio deJaneiro. Possui graduação em Comunicação Social, habilitaçãoem Cinema, pela Universidade Federal Fluminense (1998). Temexperiência como roteirista de longas e curtas-metragens cine-matográficos, e vem desenvolvendo pesquisas sobre fantasma-gorias óticas e literárias no Brasil.

Goya Castro

Diretora, produtora e roteirista do Rio de Janeiro. Dentre os tra-balhos premiados de sua produtora, que existe há 20 anos,estão: o videoclipe “Burguesia de Cazuza”, medalha de ouro nofestival de Nova Iorque em 1990; o curta-metragem “Auto deNatal”, medalha de prata no festival SMTV de Mumbai, na Índia,2007; o documentário “Caindo na Real”, sobre sonhos de jovensdas comunidades do Rio de janeiro, ao se depararem com a di-ficuldade de ingresso no mercado de trabalho. E mais diversosinstitucionais, campanhas políticas e videoarte.

Em 2003 montou a Oficina de Vídeo da ONG Projeto Girassol,que atua dentro de escolas públicas no Rio e atende à váriascomunidades. Os filmes de seus alunos são exibidos no Fes-tival do Rio, na mostra Geração desde 2004, e são objeto detese de alunos de pós graduação em Psicologia na Universi-dade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Esses filmes tam-bém foram exibidos e discutidos no Congresso Internacionalde Direitos Humanos, realizado em Buenos Aires, pelas Ma-dres da Praça de Maio, na Universidad Popular Madres de laPlaza de Mayo, em 2006.

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até

cnic

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68PAG. ARTICULAÇÃO

INTERINSTITUCIONAL

Lázaro Faria – Casa de Ci-nema da BahiaLuiz Cachoeira – Ponto deCultura Rede Terreiro Cultu-ral/CEPASC

Danilo Barata – Coordenadordo Curso de Cinema da Uni-versidade Federal do Recôn-cavo da Bahia/UFRBXavier Vantin – Diretor doCentro de Artes, Humanida-des e Letras da UniversidadeFederal do Recôncavo daBahia/UFRBRosemberg Pinto – Assessorda Presidência da PetrobrasTT Catalão – Secretário de Ci-dadania Cultural do Ministérioda Cultura, e Coordenador doPrograma Cultura VivaJuca Ferreira – Ministro daCulturaSílvio Da-Rin – Ex-Secretáriode Audiovisual do Ministérioda CulturaDomingos Leonelli – Ex-Se-cretário de Turismo da Bahia Antônio Moraes Ribeiro –Centro de Estudo Pesquisa eAção Sócio CulturalJucilene Viana Jovelino – Cen-tro de Educação e CulturaVale do Iguape

Celso Salles – EDUCASATWeb Business

COORDENAÇÃO EXECUTIVA COLEGIADA

Lázaro Faria – Casa de Ci-nema da BahiaLuiz Cachoeira – Ponto deCultura Rede Terreiro Cultu-ral do Centro de Estudo Pes-quisa e Ação Sócio Cultural Danillo Barata – Curso de Ci-nema da Universidade Federaldo Recôncavo da Bahia/UFRBJucilene Viana Jovelino –Ponto de Cultura ExpressãoCidadania Quilombola doCentro de Educação e Cul-tura Vale do Iguape

CURADORIA

Lázaro Faria

Luiz Wendhausen

COORDENAÇÃO DE PROGRAMAÇÃOLuiz CachoeiraAntônio Moraes

COORDENAÇÃO DE OFICINAS

Lázaro Faria

COORDENAÇÃO DE CONFERÊNCIAS

Danilo Barata

COORDENAÇÃO DE SEMINÁRIODE ANTROPOLOGIA AUDIOVISUAL

Luiz Cachoeira

JURADOS

Diogo Gomes dos Santos Luiz Wendhausen

Fernanda Aguiar Carneiro MartinsGuilherme Sarmiento Goya Castro

OFICINEIROS

Lázaro Faria Flávio LeandroRoque AraujoXeno VelosoElielson BarbosaAnna K (videoartista suíça)

PLATAFORMA DIGITAL COM ILHADE EDIÇÃO NÃO LINEAR COMSOFTWARE LIVRE

Pontão Digital Xemelê/Uni-versidade Estadual da Bahia

Ponto de Cultura Rede Ter-reiro Cultural

Ponto de Cultura Expressãode Cidadania Quilombola

Casa de Cinema da Bahia –Final Cut

TEXTOS DO CATÁLOGO

Lázaro FariaLuiz CachoeiraDanilo Barata Jorge RamosCacau NascimentoGeraldo Sarno

EXPOSITORES

Memorial de EquipamentosCinematográfico: RoqueAraújo

Fotógrafos: Adenor Gondim,Pierre Verger, Seo Zé

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70PAG.Outros Artistas: Hansem

Bahia, David Nascimento ePirulito (Artistas Plásticos).Pierre Verger (Fotógrafo)

PRODUÇÃO LOGÍSTICA

Chico Argueiro

TRÁFEGO DE FILMES

Pauline Leite

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Frente e VersoMarcos Perry

FOTOS DO CATÁLOGO

Fotos de Cachoeira gentil-mente cedidas por Adenor Gondim

CRIAÇÃO E DESIGN

Kátia Drummond e CláudioPaulo Marketing + DesignStudioCOMERCIAIS INSTITUCIONAIS –PROMOÇÃO DO BAHIA AFRO FILMFESTIVAL/BAFF

Produção: Casa de Cinemada Bahia

Direção: Lázaro FariaEdição: Xeno Veloso

TRANSMISSÃO WEBTV CANAL UFRB

Alvaro Meier / Provedor TarifaMínima

APOIOS À PRODUÇÃO EXECUTIVA

Nelma Belchote, Raquel Almeida,Ary da Mata, Laércio Araújo,Jomar Oliveira, LeonardoAraújo, Ananias Nery Viana

EQUIPE DE PRODUÇÃO – SEMINÁRIOS, PALESTRAS E MAKING OF / UFRB

SEMINÁRIOS E CURSOS:

Produção – Izadora Chagas eRenata Nascimento

SEMINÁRIOS:

Monitoria – Gisele Oliveira,Evelin Sacramento e DanielaPereira

CURSOS:

Monitoria – Israel Fagundes,Thaysa Silveira, Larissa Brujin,Helena Bera, Henrique Amaral,Camila Mota, Iolita Costa, Ma-rina Sena

MAKING OF:

Coordenação de Produção –Cauê Rocha

Produção – MaíraCarbonieri, Samir Suzart eFernando Almeida

Câmeras – Márcio Soares,Cassius Borges e Glaydson Púbio

Som Direto – Breno Tchokas,Ícaro Oliveira e Jhones Nunes

Edição – Artur Rafael, Glayd-son Púbio e Cassius Borges

Still – Maíra Carbonieri

MOBILIZADORES CULTURAIS

Ananias Nery VianaJucilene Viana JovelinoJuvani JovelinoAndreza VianaRaimundo CerqueiraMaestro José Mascarenhas Jorlane CabralSelma dos SantosAngela Crispina Maria José SoaresMarilda Sampaio Veraildes Santana Maria Helena AraujoMárcio BarbosaElba MatosMônica OliveiraRita SantanaArygil

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72PAG.

O I I I B A H I A A F R O F I L M F E S T I V A L A G R A D E C E:

Ao ex-secretário de Turismo, Domingos Leonelli, por ter con-tribuído para a realização do Show Musical “5 Sentidos”, deMateus Aleluia com apresentação da Orquestra Afro Sinfônica,abrilhantando o Evento.

Em especial, à Petrobras, em nome do seu assessor da Presi-dência, Rosenberg Pinto.

A todas as pessoas e instituições que colaboraram para a rea-lização do Festival: professores, alunos e funcionários da Uni-versidade Federal do Recôncavo Baiano/UFRB, Ministério daCultura/MINC, Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia/Irdeb,Governo da Bahia e todos aqueles que, de forma direta e indireta,contribuíram para a realização do Festival.

I I I B A H I A A F R O F I L M F E S T I V A L

L Á Z A R O F A R I A – D I R E T O R E C U R A D O R

L U I Z C A C H O E I R A – D I R E T O R D E P R O G R A M A Ç Ã O

D A N I L O B A R A T A – C O O R D E N A D O R D E S E M I N Á R I O S

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75PAG.

74PAG.

E M B R E V E N O S C I N E M A S EM BREVE, LANÇAMENTO DO DVD DUPLO COM DOCUMENTÁRIO INTERATIVO SOBRE O “2 DE JULHO”.

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76PAG.

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78PAG.

UM FILME DE WALTER LIMA. EM BREVE, LANÇAMENTO NACIONAL

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P A T R O C Í N I O:

R E A L I Z A Ç Ã O:

UFRBUniversidade Federal do Recôncavo da BahiaCentro de Educação e Cultura Vale do Iguape

A P O I O:

www.bahiaafrofilmfestival.com.br