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Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

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Bairro Sustentável.

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RODRIGO RIBEIRO POBLETE SHUTTLETON

BAIRRO SUSTENTÁVEL:

IMPLEMENTANDO EM UM ENTORNO NÃO SUSTENTÁVEL.

Trabalho de conclusão de curso

para obtenção do título de

Graduação em Arquitetura e

Urbanismo, apresentado Serviço Nacional

de Aprendizagem

Comercial – SENAC.

SÃO PAULO

2015

RODRIGO RIBEIRO POBLETE SHUTTLETON

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BAIRRO SUSTENTÁVEL:

IMPLEMENTANDO EM UM ENTORNO NÃO SUSTENTÁVEL.

Componentes da Banca Examinadora do

Centro Universitário - SENAC Notas

________________________________________________

Ricardo Wagner Alves Martins (Orientador)

_______________________________________________

Valéria Santos Fialho

_______________________________________________

Walter Galvão

Aprovado em: ______ / ______ / _________

Média

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a minha família e amigos, especialmente ao meu pai Daniel

Francisco que estará sempre me guiando em bons caminhos, minha mãe Maria

Aparecida e minha namorada Ignez Francisca, que sempre estiveram do meu lado e

sempre me apoiaram nas minhas escolhas e a Deus que sempre iluminou o meu

caminho e meu deu forças para continuar e conquistar mais um objetivo em minha

vida.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, por termos a certeza de que Ele esteve presente em todos os momentos dessa jornada, e nos deu força para

continuarmos até nos momentos mais difíceis que passei com o falecimento do meu amado Pai. Aos meus pais Daniel F. P.

Shuttleton e Maria Aparecida Cruz Ribeiro, por ser nossa maior fonte de força e perseverança. Ao corpo docente da prestigiada

Universidade SENAC, pela sabedoria na orientação e por sua compreensão e auxílio para alcançarmos a primeira de muitas

vitórias.

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“O Senhor é a minha força e meu escudo; nele o meu coração confia, e dele

recebo ajuda. Meu coração exulta de alegria, e com o meu cântico lhe darei

graça.” Salmos 28:

Page 8: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

RESUMO

O grande objetivo deste trabalho é destacar de forma clara a importância de implantar um bairro sustentável dentro de uma

área urbana, onde seu entorno não seja sustentável. Com a principal meta de melhorar a qualidade de vida, fazendo com que este

exemplo seja seguido e implantado em outras regiões e principalmente em áreas de media a baixa renda. Foram apresentados

alguns projetos já existentes de bairro sustentável e suas características que contribuíram para uma melhor qualidade de vida para

seus moradores, porém a maioria dos bairros sustentáveis tem um grande custo para sua compra, assim evitando que pessoa que

tenha uma renda baixa não venha a ter oportunidade de residir nestes locais. Com isto irei mostrar conceitos de bairros

sustentáveis, e apresentar suas principais características e seus benefícios durante a obra e perspectiva futuras. Os dois

processos de certificação que irei me basear será o ÁQUA BAIRROS e o LEED (Leadership in Energy Enviromental Desing for

Neighborhood Development) que será apresentado com principal ferramenta para o desenvolvimento sustentável do bairro e seu

entorno. O estudo de caso do local que será apresentado aponta algumas restruturações que irei fazer no seu entorno, como

realocar alguns pontos de ônibus e criação de ciclovias para interação de bairros próximos e mercados próximos para uma menor

locomoção.

Palavras chave: Desenvolvimento sustentável, Bairro Sustentável, sustentabilidade, responsabilidade ambiental, meio ambiente,

AQUA Bairros, LEED, PROCEL Edifica.

Page 9: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

ABSTRACT

The ultimate goal of this work is to highlight clearly the importance of implementing a sustainable neighborhood within an

urban area, where your surroundings is not sustainable. With the main goal of improving the quality of life, making this example will

be followed and implemented in other regions and especially in low-income areas media. Were presented some existing projects in

a sustainable neighborhood and its characteristics contributing to a better quality of life for its residents, but most sustainable

neighborhoods has a great cost to their purchase, thus avoiding that person who has a low income will not have the opportunity to

live in these places. With this'll show concepts of sustainable neighborhoods and present its main features and its benefits during

construction and future perspective. The two certification processes that will I be based Aqua BAIRROS and the LEED (Leadership

in Energy Enviromental Desing for Neighborhood Development) to appear with primary tool for sustainable development of the

neighborhood and its surroundings. The local case study that will be presented points out some restructuring that will make its

surroundings, such as relocating some bus stops and creation of bike paths for interaction nearby neighborhoods and nearby

markets for a smaller locomotion.

Keywords: Sustainable development, sustainable neighborhood, sustainability,

environmental responsibility, environment, AQUA Bairros, LEED, PROCEL Edifica.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Residencial Damha Golf I .......................................................................................... 17

Figura 2 O crescimento populacional urbano no mundo ......................................................... 18

Figura 3 Desenvolvimento Sustentável ................................................................................... 19

Figura 4 Iluminação em LED .................................................................................................... 21

Figura 5 Sistema gotejamento ................................................................................................. 21

Figura 6 Coleta de resíduos sólidos - Barcelona ..................................................................... 22

Figura 7 Ciclovia ....................................................................................................................... 23

Figura 8 Pilares de sustentabilidade ....................................................................................... 23

Figura 9 Benefícios da construção sustentável ....................................................................... 24

Figura 10 Localização do Bairro Quartier ................................................................................ 30

Figura 11 3D Renderizado da área do Boulevard Quartier ..................................................... 31

Figura 12 Imagem Ilustrativa do bairro .................................................................................... 32

Figura 13 Imagem ilustrativa do edifício Smart Residence ..................................................... 33

Figura 14 Implantação do edifício Pátio das Flores ................................................................ 34

Figura 15 Implantação o Bairro Noroeste ............................................................................... 37

Figura 16 Local onde será implantado o Bairro Jardim das perdizes ..................................... 39

Figura 17 Projeto Bairro Jardim das perdizes ......................................................................... 40

Figura 18 Selos (LEED e AQUA) e Etiquetagem (Procel) ...................................................... 41

Figura 19 Projeto da Praça ...................................................................................................... 42

Figura 20 Faixas de pontuação LEED ND ............................................................................... 48

Figura 21 Pré-requisitos LEED ND .......................................................................................... 48

Figura 22 Certificações LEED .................................................................................................. 51

Figura 23 Etapas SGB (Sistema de Gestão do Bairro) .......................................................... 53

Figura 24 Etapas QAB (Qualidade Ambiental do Bairro) ....................................................... 53

Figura 25 Processo de Certificação ......................................................................................... 55

Figura 26 Caminho para certificação dentro do projeto .......................................................... 55

Figura 27 Beneficio da certificação AQUA para o empreendedor .......................................... 56

Figura 28 Beneficio da certificação AQUA para o usuário ...................................................... 56

Figura 29 Benefício da certificação AQUA para a sociedade ................................................. 57

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Figura 30 Etiqueta Nacional de Eficiência Energética ............................................................ 58

Figura 31 (Procel Edifica) Etiqueta Nacional de Eficiência ..................................................... 60

Figura 32 Localização do terreno ............................................................................................. 61

Figura 33 Escolas no entorno .................................................................................................. 63

Figura 34 Formato da Padaria Empório ................................................................................... 64

Figura 35 Padarias no seu entorno .......................................................................................... 65

Figura 36 Pontos de Ônibus com jardim suspenso ................................................................. 66

Figura 37 Pontos de Ônibus..................................................................................................... 67

Figura 38 Supermercados ........................................................................................................ 69

Figura 39 Desenvolvimento Preliminar .................................................................................... 71

Figura 40 Implantação do bairro Jd. São Judas Tadeu........................................................... 73

Figura 41 Poste publico com placa solar ................................................................................. 74

Figura 42 Piso da calçada acessível para cadeirantes ........................................................... 74

Figura 43 Prédios residenciais com térreo comercial .............................................................. 75

Figura 44 Jardim vertical e terraço com horta comunitária e placas solares .......................... 75

Figura 45 Área comercial ......................................................................................................... 76

Figura 46 Hall entrada para os edifícios residenciais .............................................................. 76

Figura 47 Jardim vertical com sistema “Mamute” ................................................................... 78

Figura 48 Eco telhado com sistema Tec Garden .................................................................... 79

Figura 49 Centro empresarial................................................................................................... 80

Figura 50 Praça central dos edifícios ....................................................................................... 80

Figura 51 Placas solares do edifício empresarial .................................................................... 81

Figura 52 Área destinada a casas ........................................................................................... 82

Figura 53 Fachada das casas .................................................................................................. 82

Figura 54 Sistema SUDS (sistema urbano de drenagem sustentável)................................... 84

Figura 55 Implantação do parque linear .................................................................................. 85

Figura 56 Quiosque e pista de cooper ..................................................................................... 86

Figura 57 Vermelha (pista de ciclismo) e preta (pista de cooper) ........................................... 86

Figura 58 Área de skate e quadras poliesportiva .................................................................... 86

Figura 59 Ponto de ônibus com jardim e bicicletário ............................................................... 86

Page 12: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 13

1.1 - Significado de Sustentabilidade ....................................................................... 14

1.1.1 - Sustentabilidade Ambiental e Ecológica ............................................... 14

1.1.2 - Sustentabilidade Empresarial ............................................................... 15

1.2 - Significado de Responsabilidade Social ........................................................... 15

1.2.1 - Responsabilidade Social Corporativa ................................................... 15

1.2.2 – Responsabilidade Social Empresarial ................................................. 16

1.2.3 – Responsabilidade Social e Ambiental .................................................. 16

CAPÍTULO 1 – BAIRROS SUSTENTAVEIS

1.1 - Introdução ........................................................................................................ 16

1.2 - Conceitos de bairros sustentáveis.................................................................... 19

1.3 - Características de um bairro sustentável ......................................................... 20

1.4 - Bairros sustentáveis e seus elementos ............................................................ 23

1.5 - Bairros sustentáveis e seus benefícios ............................................................ 24

1.6 - Eficiência Energética – Inserção urbana .......................................................... 25

1.7 - Materiais e resíduos – Conservação de recursos materiais ............................. 25

1.8 - Eficiência no uso de água – gestão de água .................................................... 26

Page 13: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

1.9 - Mobilidade - Transporte e Conectividade ......................................................... 27

1.10 - Conscientização sobre sustentabilidade ........................................................ 29

CAPÍTULO 2 – PROJETOS EXISTENTES DE BAIRRO SUSTENTÁVEL

2.1 - Bairro Quartires ................................................................................................ 29

2.2 - Bairro Pedra Branca......................................................................................... 32

2.3 - Bairro Noroeste ............................................................................................ ....36

2.4–Bairro Jardim das perdizes....................................................................... .........39

CAPÍTULO 3 – CERTIFICÃO DE BAIRRO SUSTENTÁVEL

3.1 - Introdução ....................................................................................................... 43

3.2 - Objetivos da certificação .................................................................................. 44

3.3 - Vantagens na certificação ................................................................................ 45

3.4 - Certificação LEED ND ...................................................................................... 46

3.5 - Certificação AQUA BAIRROS .......................................................................... 51

3.5 - Etiqueta PROCEL EDIFICA ............................................................................. 57

CAPÍTULO 4 – BAIRRO SUSTENTAVEL - JD. SÃO JUDAS TADEU

4.1 - Estudo de Caso .................................................................................................60

4.1.1 - Local do Projeto ................................................................................. 60

4.1.2 - Infraestruturas do Bairro ..................................................................... 62

4.1.3 – Objetivos e Desenvolvimento Preliminar ........................................... 70

Page 14: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

4.2 – Projeto................................................................................................................72

4.2.1 – Implantação.................................................................. .......................73

4.2.2 – Prédio Residencial e comercial............................................................75

4.2.3 – Centro empresarial...............................................................................80

4.2.4 – Casas...................................................................................................82

4.2.5 – Parque e Praças..................................................................................85

4.2.6 – Construções existentes........................................................................87

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... .88

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 90

REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS ........................................................................... 92

Page 15: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

13

1. INTRODUÇÃO

O aumento de consciência pela necessidade de

preservar os recursos naturais, ainda existentes na terra, e

usá-los de maneira responsável norteia muitas das decisões

de arquitetos no momento de projetar e especificar os

materiais para os edifícios. Projetar para um mundo com

recursos limitados implica maior responsabilidade para com

as escolhas, inclusive entre reformar um edifício existente ou

derrubá-lo para construir um novo. Aspectos de ordem

econômica, cultural, ambiental e histórica são apenas

algumas das variáveis que contribuem para a discussão da

sustentabilidade na arquitetura.

O inicio do século XX trouxe a moderna arquitetura

para o Brasil e sob influencia de Le Corbusier muitos edifícios

foram concebidos e construídos para tirar partido das

condições climáticas e locais. Um exemplo seria o Palácio

Gustavo Capanema construído no Rio de Janeiro entre 1936

e 1943 para abrigar o ministério de Educação e Saúde

Pública, que bem ilustra a questão, pois o tratamento

diferenciado dado às suas fachadas buscou atender as

necessidades de proteção solar de uma delas, assim como

sua posição no terreno, escolhida de acordo com a orientação

solar.

A evolução tecnológica que a partir dos anos 1960

permitiu a construção de grandes fachadas envidraçadas e

edifícios mais expostos ao sol e às intempéries. Criou

também a necessidade de incorporar elementos mecânicos

para prover estas edificações do conforto térmico, necessário

para as suas utilizações, tornando-os altamente dependentes

da utilização de energia.

Para a humanidade o grande desafio sempre foi

avançar suas tecnologias sem agredir o meio ambiente,

porém ao criar casas, prédios, bairros e cidades sem

planejamentos adequados o meio ambiente foi afetado de

forma severa.

Com o passar dos anos vimos nossa única moradia

se desvair por conta dessa falta de planejamento. Vendo este

grande problema que nosso planeta enfrenta, a população,

que antes não estava apta a ter conhecimentos sobre

sustentabilidade por conta da falta de informação que escolas

e governos davam, agora está a procurar casas mais

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15

sustentáveis e bairros planejados, por causa dos

conhecimentos que a mídia passa, fazendo com que as

empresa inovem, sustentavelmente, suas construções.

Com isso foi criado os certificados de sustentabilidade

como forma segura de garantir à população a construção do

edifício é sustentável.

Para iniciarmos este trabalho vamos partir da

concepção do nome “SUSTENTÁBILIDADE” e alguns

conceitos.

1.1 Significado de Sustentabilidade

O Termo sustentável tem origem no latim

"sustentare”, que significa sustentar, apoiar e conservar. O

conceito de sustentabilidade está normalmente relacionado

com uma mentalidade, atitude ou estratégia que

é ecologicamente correta, e viável no âmbito econômico,

socialmente justo e com uma diversificação cultural.

Tem como Premissa dar suporte a alguma condição,

a algo ou alguém em algum processo ou tarefa. Atualmente, o

termo é bastante utilizado para designar o bom uso dos

recursos naturais da Terra, como a água, as florestas e as

tecnologias agregadas às construções que não agridem o

meio ambiente, focando sempre na interação do homem com

a natureza.

Existem diversos conceitos ligados à sustentabilidade,

como o crescimento sustentado, que é um crescimento na

economia constante e seguro; e a gestão sustentável, que é

dirigir uma organização valorizando todos os fatores que a

englobam, é essencialmente ligada ao meio ambiente.

Atualmente, o termo sustentabilidade virou um tema

essencial, e é utilizado em diversas áreas, serviços e

produtos, por exemplo, existem carros com conceito de

sustentabilidade, prédios, empreendimentos, e até mesmo

roupas.

1.1.1 Sustentabilidade Ambiental e Ecológica

Sustentabilidade ambiental e ecológica tem como

foco a manutenção do meio ambiente do planeta Terra,

fazendo com que pessoas e meio ambiente fiquem em

harmonia, com isso agregando uma melhor qualidade de vida

para ambos.

Page 17: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

16

A sustentabilidade ambiental ainda é cuidar para não

poluir as águas, separar o lixo, evitar desastres ecológicos,

como queimadas e desmatamentos. O próprio conceito de

sustentabilidade é para longo prazo, trata-se de encontrar

uma forma de desenvolvimento que atenda às necessidades

do presente sem comprometer a capacidade das próximas

gerações de suprir as próprias necessidades.

1.1.2 Sustentabilidade Empresarial

Sustentabilidade empresarial é um conjunto de ações

que uma empresa toma, visando o respeito ao meio ambiente

e o desenvolvimento sustentável da sociedade. Logo, para

que uma empresa seja considerada sustentável

ambientalmente e socialmente, ela deve adotar atitudes

éticas, práticas que visem seu crescimento econômico (sem

isso ela não sobrevive) sem agredir o meio ambiente e

também colaborar para o desenvolvimento da sociedade.

Porem empresas nestes últimos anos vêm se

preocupando com o meio ambiente, mas de forma que o

marketing e o comercio prevaleça. O conceito de

sustentabilidade para as empresas esta ligada diretamente

com responsabilidade social, tornou-se inclusive uma

vantagem competitiva.

1.2 Significado de Responsabilidade Social

O conceito de responsabilidade social pode ser

compreendido em dois níveis: o nível interno relaciona-se

com os trabalhadores e, a todas as partes afetadas pela

empresa e que, podem influenciar no alcance de seus

resultados. O nível externo são as consequências das ações

de uma organização sobre o meio ambiente, os seus

parceiros de negócio e o meio em que estão inseridos.

1.2.1 Responsabilidade Social Corporativa

É o conjunto de ações que beneficiam a sociedade e

as corporações que são tomadas pelas empresas, levando

em consideração a economia, educação, meio-ambiente,

saúde, transporte, moradia, atividade local e governo.

Geralmente, as organizações criam programas

sociais, o que acaba gerando benefícios mútuos entre a

empresa e a comunidade, melhorando a qualidade de vida

dos funcionários, e da própria população.

Page 18: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

17

1.2.2 Responsabilidade Social Empresarial

Está ligada a uma gestão ética e transparente que a

organização deve ter com suas partes interessadas, para

minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e na

comunidade. As empresas de hoje em dia têm cada vez mais

uma consciência social, o que é traduzido pela

responsabilidade social demonstrada.

1.2.3 Responsabilidade Social e Ambiental

Está relacionada com práticas de preservação do

meio ambiente. Assim, uma empresa responsável a nível

social deve ser conhecida pela criação de políticas

responsáveis a nível ambiental, tendo como um dos seus

principais objetivos a sua sustentabilidade.

CAPÍTULO 1 – BAIRROS SUSTENTAVEIS

1.1 Introdução

Os bairros sustentáveis buscam incorporar os

conceitos de eficiência no uso de recursos e mitigação de

impactos ambientais ao desenvolvimento do projeto. As

diretrizes de sustentabilidade orientam o planejamento e

desenvolvimento dos projetos visando consolidar um bairro

que faz uso dos recursos naturais de forma eficiente, aliando

conscientização dos usuários à tecnologia, conforto e bem

estar em respeito ao meio ambiente, atendendo as

necessidades dos usuários atuais à garantia do atendimento

das necessidades dos usuários futuros.

Mesmo ainda sendo díspares as opiniões quanto à

melhor forma de qualificar sustentabilidade, existe o consenso

de que bairros sustentáveis devem acolher soluções práticas

que visam reduzir os impactos globais ao meio ambiente.

Apesar de ainda se iniciar a aplicação e certificação

de sustentabilidade para áreas urbanas, tais conceitos já são

bem avançados e aplicados em países desenvolvidos. Com o

know-how avançado em desenvolvimento de diretrizes

sustentáveis, grandes empresas estrangeiras atuam hoje no

Brasil como consultoras e certificadoras.

A primeira certificação de bairro residencial no Brasil

foi concedida pela Fundação Vanzolini, certificadora e

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18

criadora do processo AQUA de certificação, ao condomínio

Residencial Damha Golf I (Figura 9) da Damha Incorporadora,

localizado em São Carlos, no interior de São Paulo. O

processo da primeira fase de certificação foi o AQUA para

bairros e loteamentos. (FUNDAÇÃO VANZOLINI, 2011).

Foram relacionados níveis de desempenho sobre a

integração e coerência do bairro, preservação dos recursos

naturais, qualidade ambiental e sanitária, integração na vida

social e dinâmica econômica. (FUNDAÇÃO VANZOLINI,

2011).

Figura 1 – Residencial Damha Golf I

(Fonte: http://www.golfe.esp.br/?s=noticias&id=6681)

De acordo com a ONU, em 2008 a população

mundial, pela primeira vez, atingiu a marca de 50% de sua

população vivendo em áreas urbanas, com perspectivas de

que em 2030 a população nessas áreas chegue a 60%. No

caso brasileiro, de acordo com o IBGE, em 2005 a população

urbana já alcançava 84,20%, e continua crescendo. (BITAR,

2008).

O desenvolvimento sustentável de bairros busca

atender às demandas por ambientes urbanos que apresentem

melhor qualidade de vida a seus habitantes. O habitat

desenvolvido nos grandes centros urbanos durante décadas

de desenvolvimento sem o adequado planejamento, levou ao

surgimento de problemas crônicos, enfrentados por milhões

de pessoas em todo o mundo diariamente.

Com o déficit de qualidade de vida nas grandes

cidades, e o contínuo crescimento urbano principalmente nas

economias emergentes(Figura 1), a valorização dos espaços

urbanos planejados conforme conceitos sustentáveis, tende a

crescer.

Page 20: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

19

Figura 2 – O crescimento populacional urbano no

mundo

(Fonte:

HTTP://WWW.FACULDADEDEENGENHARIA.COM/? P=528)

Porém, para a realização de empreendimentos que

integrem tais conceitos, é preciso considerar as diferentes

realidades de cada localidade, e os desafios de se alcançar

os ideais de sustentabilidade. O conceito puro de bairro

sustentável propõe que ele seja totalmente autossuficiente.

Por exemplo, deveria gerar a própria energia consumida,

gerar alimento para a população, gerar todos os recursos que

ele consome ali. (MANFREDI, 2010).

Um dos principais desafios encontrados em viabilizar

bairros sustentáveis é sua interação com o entorno. A malha

urbana menos eficiente dessas regiões, influencia

diretamente a dinâmica da área planejada, tornando-se

necessário pensar em soluções que melhorem a integração

entre essas áreas, viabilizando a coexistência entre elas.

Devido as peculiaridades das demandas pelas

diferenças locais, não existe um padrão a ser aplicado ao

baixo desenvolvimento sustentável de uma região, é preciso

avaliar individualmente todos os casos.

Page 21: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

20

1.2 – Conceitos de Bairros Sustentáveis

No desenvolvimento de empreendimentos

sustentáveis, as considerações econômicas, técnicas e

ambientais, devem ser tratadas de forma equilibrada, com a

finalidade de se obter um projeto viável.

A gestão de resíduos sólidos, a eficiência energética,

o reaproveitamento dos recursos naturais, assim como a

mobilidade interna e a integração com a infraestrutura do

entorno, são alguns dos fatores que conceituam um bairro

sustentável.

A integração dos conhecimentos que são norteados

pelos conceitos de sustentabilidade, pode ser inserida de três

grupos distintos de áreas do conhecimento, apresentadas na

Figura 2, que precisam contribuir em conjunto para o

desenvolvimento do produto, em busca de um equilíbrio ideal.

Figura 3 – Desenvolvimento sustentável

(Fonte: http://www.jrrio.com.br/construcao-

sustentavel/sustentabilidade.html)

Sustentabilidade ecológica diz respeito a um certo

equilíbrio e manutenção de ecossistemas, à conservação de

espécies e à manutenção de um estoque genético das

espécies, que garanta a resiliência ante impactos externos.

No conjunto, a sustentabilidade ecológica corresponde ao

Page 22: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

21

conceito de conservação da natureza no sentido da natureza

externa ao ser humano. Assim, quanto mais perto da

humanamente modificada esteja a natureza, menores

sustentabilidades ecológicas teriam (FOLADORI, 2002).

Para as vertentes mais brandas da economia

ecológica, e para os economistas ambientais, bastaria corrigir

os processos produtivos para obter um desenvolvimento

capitalista sustentável. (TURNER, 1995). Seria o caso de

substituir crescentemente os recursos naturais não-

renováveis por renováveis, e de diminuir também

crescentemente a poluição. (FOLADORI, 2002).

Na sustentabilidade social, o aumento da qualidade

de vida deve ser o objetivo e não a ponte ou o meio para uma

natureza mais saudável. O desenvolvimento humano, como

objetivo próprio, se coloca em primeiro lugar e, na medida do

desenvolvimento humano, haveria um melhor relacionamento

com o ambiente externo (FOLADORI, 2002 apud ANAND and

SEN, 2000).

Portanto para atingir a sustentabilidade social, seria

necessário ações no sentido de diminuir as desigualdades

sociais, ampliar os direitos e garantir acesso aos serviços

como educação e saúde, visando o acesso pleno à cidadania.

1.3 – CARACTERÍSTICAS DE UM BAIRRO SUSTENTÁVEL

Os bairros sustentáveis apresentam diversas

características que os diferenciam. Parte desses elementos

são visíveis, outros podem passar desapercebidos aos seus

residentes, porem todos contribuem para a qualidade de vida

da população que nele habita.

Para garantia da eficiência energética do bairro, o

posicionamento das edificações deve estar relacionado às

principais variáveis climáticas. Estas são: ventos, radiação

solar, chuvas, temperatura e umidade relativa do ar. As duas

primeiras variáveis (ventos e sol), dependem de decisões

macro de projeto, isto é, o posicionamento adequado da

edificação interfere diretamente de maneira benéfica ao

conforto térmico do projeto.

No âmbito da eficiência energética através de

tecnologias ativas, é possível apontar as novas tecnologias de

Page 23: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

22

iluminação LED (light emitting diode), como exemplo a Figura

5, que apresentam baixo consumo de energia, excelente

luminosidade e vida útil superior às lâmpadas convencionais.

Essa tecnologia vem apresentando custo decrescente nos

últimos anos, viabilizando sua utilização.

Figura 4 – Iluminação em LED

(Fonte:

http://alessandroazuos.blogspot.com.br/2012/09/popularizaca

o-do-led-na-iluminacao.html)

A água é, sem sombra de dúvida, um dos elementos

mais importantes em um jardim. Uma das ações aplicadas no

sentido de economia de água nessa atividade são os

sistemas de irrigação por gotejamento, apresentado na Figura

6, que apresentam alta economia de recurso.

Figura 5 – Sistema gotejamento

(Fonte: http://sna.agr.br/sistema-de-irrigacao-por-

gotejamento-podera-ser-alternativa-na-agricultura/)

Page 24: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

23

Quanto aos temas resíduos sólidos, sistemas

inovadores de coleta vêm sendo implantados em larga escala

em grandes centros urbanos europeus e asiáticos.

O sistema de transporte pneumático, Figura 7, é

baseado em uma rede de tubulações onde uma corrente de

ar extremamente elevada, criada por um grupo de exaustores,

transporta os diferentes tipos de resíduos até o ponto final de

coleta. As frações coletadas são armazenadas de forma

compacta em contêineres herméticos.

Figura 6 – Coleta de resíduos sólidos – Barcelona

(Fonte:HTTP://WWW.ENVACGROUP.COM/PRODUC

TS)

Projetos sociais, como programas de capacitação

profissional, são importantes ferramentas de investimento nas

comunidades locais. O conceito de sustentabilidade pode ser

percebido, por exemplo, no investimento humano na redução

do tempo gasto em deslocamentos da mão-de-obra e menor

gastos com transporte. Além das aulas de capacitação, esses

programas podem oferecer a oportunidade trabalho no próprio

canteiro de obra.

As emissões de carbono têm sido alvo no

desenvolvimento sustentável de muitas cidades. Devido às

ousadas metas estabelecidas por muitas delas, o

acompanhamento preciso dos empreendimentos que se

desenvolve em solo urbano se faz indispensável. No Rio de

Janeiro a política define uma trajetória para redução das

emissões de carbono em até 20% até 2020, com base em

níveis de 2005, e prioriza uma série de estratégias de

desenvolvimento que ajudarão a garantir essa mudança. Das

ênfases dadas aos grandes grupos emissores, dois são

diretamente relacionados ao desenvolvimento de bairro

sustentáveis: emissões pela indústria da construção civil e

pelo tipo de mobilidade demandada pelo bairro.

Page 25: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

24

A presença de uma rede de ciclovias (Figura 7) eficaz e

conveniente é um indicador de boa qualidade urbana. Assim

como o deslocamento a pé, este modo pode ser dividido em

dois grupos funcionais; movimento para viagem e movimento

para recreação, e suas necessidades podem ser concebidas

como transientes entre pedestres e veículos motorizados.

Figura 7 – Ciclovia

(Fonte: http://spressosp.com.br/2014/09/22/ritmo-de-sp-

campinas-amplia-ciclovias-na-cidade/)

1.4 – Bairros Sustentáveis e seus Elementos

Um bairro sustentável é desenvolvido em 6 pilares, onde

compreende as problemáticas mais relevantes na busca de

um empreendimento sustentável. Os pilares são: Meio

ambiente e sociedade, redução de gases de efeito estufa,

eficiência no uso da água, eficiência energética, materiais e

resíduos e mobilidade.

Figura 8 – pilares de sustentabilidade. (Fonte:

http://prewww.tgestiona.com.br/portaltg/default.aspx?idpagina

=85)

Page 26: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

25

1.5- Bairros Sustentáveis e seus Benefícios

Os benefícios que a sustentabilidade garante a médio

e longo prazo é um planeta em boas condições para o

desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a

humana. Garante que os recursos naturais necessários para

as próximas gerações não se acabem, possibilitando a

manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios,

lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para

as futuras gerações.

O objetivo de colocar as pessoas em primeiro plano,

para a criação de uma área urbana sustentável é fazer com

que a população utilize mais o seu entorno, utilizando ruas

ativas, qualidade de vida, comodidades próxima a residência,

praças, ciclovia, entre outros exemplos.

Segundo a USGBC (United States Green Building

Council), os benefícios de um empreendimento sustentável

podem ser resumidos pela Figura 10.

Figura 9 – Benefícios da construção sustentável

(Fonte: USGBC, 2009)

Page 27: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

26

1.6- Eficiência Energética – Inserção Urbana

O projeto de eficiência energética, tem como

prioridade o conforto dos habitantes, porem preservando a

economia de recursos.

As construções têm que estar posicionadas

corretamente de acordo com as variações climáticas. Estas

São: ventos, radiação solar, precipitações, temperatura e

umidade relativa do ar. Tanto o vento quanto a radiação solar

têm que estar acompanhando o projeto inicial da construção

pois o posicionamento inadequado da edificação interfere de

maneira negativa o conforto térmico da construção.

A evitar este desconforto deve-se verificar a

orientação dos ventos predominantes da região. Dessa forma

podendo organizar a implantação das construções de forma a

proporcionar ventilação a todas unidades construídas.

Utilizando de forma adequada a implantação das edificações

de acordo com as direções dos ventos predominantes

permite-se que as áreas públicas tenham um conforto térmico

adequado, assim incentivando os moradores utilizarem.

Estes mesmos parâmetros utilizados para a

ventilação são também aplicados no acesso solar dos

edifícios e áreas públicas. Estas são: espaçamento adequado

entre os edifícios, orientação do sol disposição adequada da

planta. Assim criando áreas externas com um ambiente

agradável e espaços abertos para serem utilizados em todas

as condições climáticas.

1.7- Materiais e Resíduos – Conservação de Recursos

Materiais

Os materiais industrializados ou pré-fabricados dever

receber uma atenção especial, para garantir que sejam

certificados e que tenham fornecedores que possuam

licenças ambientais exigidas para a distribuição, além de

especificar os materiais utilizados com baixo COVS

(composto orgânico volátil) e reciclados.

Para o empreendimento deve se pensar na gestão

dos resíduos urbanos produzidos pelo empreendimento,

buscando sempre a sua valorização e na educação de seus

futuros moradores da região para que cada vez mais ter uma

Page 28: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

27

redução de geração de resíduos. É importante também

verificar qual será a definição de coleta a ser empregado, pois

o trafego de caminhões será influenciado diretamente pelo

tipo de sistema adotado.

No decorrer da construção, deve ser pensado sobre a

movimentação de terra e a escavação para serem a menor

possível. Outro ponto muito importante com o andamento da

obra é ter o mínimo de descarte possível, utilizando materiais

reciclados e reuso dos mesmos.

1.8- Eficiência no Uso de Água – Gestão de Água

Com a crise hídrica sem precedentes que atinge o

Brasil nestes anos (2014/2015), exige medidas urgentes para

tornar mais racional o uso da água, dar eficiência à gestão

dos sistemas de saneamento e pôr fim ao enorme desperdício

que há anos se generalizou no país, tanto no consumo

humano quanto na indústria e no comércio.

Segundo a PNUEA (Programa Nacional para o Uso

Eficiente da Àgua) A melhoria da eficiência do uso da água é

necessária porque: É um imperativo ambiental pois a água é

um recurso limitado que é necessário proteger, conservar e

gerir para garantir a sustentabilidade dos ecossistemas e dos

serviços que estes proporcionam à sociedade em geral e para

garantir a sustentabilidade de outros recursos intrinsecamente

associados;

É uma necessidade estratégica: o aumento das

disponibilidades e das reservas de água no País é

fundamental; Corresponde a um interesse econômico a

diversos níveis; Constitui uma obrigação do País, em termos

de normativo nacional e comunitário; É um imperativo ético: a

água é fundamental para a vida, precisa de ser gerida tendo

em conta as gerações seguintes.

Tendo em vista este desperdício desenfreado no pais

podemos utilizar a Pegada hídrica como uma ferramenta para

a gestão eficiente da água que é um conceito recentemente

desenvolvido pela rede WFN (2011) e já aplicada em várias

bacias e países do mundo, é um indicador da apropriação da

água pelo homem, em termos volumétricos.

Page 29: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

28

O novo conceito é útil na definição de políticas e

práticas de racionalização do uso da água e de gestão de

recursos hídricos. Este conceito é dividido em três

componentes; pegada hídrica azul, pegada hídrica verde e

pegada hídrica cinza.

A pegada hídrica azul diz respeito ao uso da água dos

corpos hídricos (rios, lagos, água subterrânea), por um

produto, por um setor (indústria, agricultura etc.), por um

consumidor ou grupo de consumidores, por uma bacia, por

um município, um país ou pelo mundo.

A pegada hídrica verde está relacionada à

evapotranspiração da superfície, seja de florestas, lavouras,

reservatórios etc. A pegada hídrica cinza, por sua vez, é

definida como o volume de água necessário para diluir os

poluentes (de fontes pontuais ou difusas), de forma a manter

os corpos d’água em padrões adequados / legais de

qualidade. A soma das três dá a pegada hídrica total do

produto, setor, bacia, consumidor etc.

De acordo com Rodrigues (2005) apud Bazzarella

(2005), o consumo de água nas residências pode constituir

mais da metade do consumo total de água nas áreas

urbanas, podendo alcançar 80% em grandes centros como

São Paulo.

No caso do uso racional da água, podemos citar

como medidas a utilização de metais sanitários (torneiras e

válvulas de descargas) eficientes que reduzem o uso de

água. Já existem no mercado, alguns produtos que controlam

o fluxo e o tempo de acordo com a utilização.

Deve-se também controlar o consumo por categorias

(sanitários, paisagismo, ar condicionado e etc); fazer o

gerenciamento das águas pluviais, quando econômico, por

meio de reuso, retenção ou infiltração; garantir um paisagismo

com baixas necessidades hídricas e irrigação controlada e,

quando viável tecnicamente, instalar medidores individuais de

água.

1.9- Mobilidade – Transporte e Conectividade

A grande mudança da urbanização que vem

ocorrendo no mundo, mostra não somente que maiores

números de pessoas vão morar e trabalhar em grandes

Page 30: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

29

cidades, mas também, que o cidadão vai precisar percorrer

longas distâncias para satisfazer suas necessidades

econômicas, sociais e culturais no espaço urbano. O

transporte exerce sobre a sociedade uma influência muito

maior do que aquela comumente percebida (AMOUZOU,

2000)

hoje, mais de 10% das viagens dos moradores das

grandes cidades brasileiras é feita a pé, sendo este número

bem superior nas cidades médias e pequenas. As razões

para este alto índice de deslocamentos a pé são a falta de

renda e a falta de redes de transporte público racionais e a

custos acessíveis.

Para ter uma mobilidade mais sustentável é

necessário buscar a apropriação equitativa do espaço e do

tempo na circulação urbana, priorizando os modos de

transporte coletivo, a pé e de bicicleta, em relação ao

automóvel particular, promover o reordenamento dos espaços

e das atividades urbanas, de forma a reduzir as necessitates

de grandes deslocamentos motorizado e seus custos.

Para que o bairro se torne mais sustentável e

eficiente aos seus habitantes, é necessário que os usuários

tenham um incentivo à caminhada, que integrem o bairro com

seu entorno, e privilegiem o transporte público para cobrir

longas distancias. Como por exemplo a implantação de

ciclovias mobilidade local, assim indo de encontro com as

necessidades de lazer e saúde.

A implantação de bicicletários deve ser pensado não

somente como um estacionamento de bicicleta e sim como

uma parte importante de integração com os bairros,

possibilitando segurança e integração dos mesmos. Utilizando

destes princípios poremos utilizar a bicicleta não somente

como um transporte local, mas possibilitando viagens mais

longas como ir ao trabalho ou a parques.

A preocupação quanto à segurança da mobilidade

deve ser atendida através do fornecimento de sinalização que

delineiam como os caminhos compartilhados devem ser

utilizados, além de soluções de conexões entre áreas

públicas e privada, como escadas e rampas para promover

acesso adequado.

Page 31: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

30

1.10 - Conscientizações sobre sustentabilidade

O uso de manuais de sustentabilidade na promoção

da informação, assim como as sinalizações dispostas pelo

empreendimento, são parte da estratégia de disseminação da

informação pertinente ao ambiente sustentável. Essas ações

tem sido implantadas no canteiro de obra, como forma de

atingir os objetivos quanto à redução do desperdício de

matérias e melhorar a eficiência da mão-de-obra.

Um dos maiores desafios do empreendimento será

educar seus habitantes à realidade diferenciada do habitat

desenvolvido e promover as práticas sustentáveis no dia-a-dia

do bairro.

CAPÍTULO 2 – PROJETOS EXISTENTES DE BAIRRO

SUSTENTÁVEL

2.1 BAIRRO QUARTIRES

O bairro está localizado em uma área de 30 hectares

no município de Pelotas, região sul do estado do Rio Grande

do Sul, Brasil. A localização inspira a sustentabilidade. Na

continuação da Avenida Dom Joaquim, o bairro Quartier fica

numa região residencial. Mas, especialmente, está perto do

centro da cidade, próximo às saídas rumo a Rio Grande e tem

fácil acesso a universidades e outros pontos importantes da

cidade. Fazendo com que ninguém precise percorrer longas

distâncias.

Page 32: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

31

Figura 10 – Localização do Bairro Quartier

O novo bairro é projeto da Joal Teitelbaum Escritório

de Engenharia e da Guapo Capital Group, empresas

responsáveis pelo planejamento, desenvolvimento e

urbanização. O desenvolvimento dos projetos imobiliários

será também extensivo à Construtoras e Incorporadoras que

se alinhem aos princípios e ao plano diretor do Bairro

Quartier.

As características mais marcantes é o uso

compartilhado da área entre prédios comerciais, residenciais

e de serviços, elemento que promove o senso de comunidade

do Quartier. Entre os destaques estão o Boulevard Quartier,

passeio verde central com mais de 30 metros de largura e

400 metros de extensão, e artéria central de convivência. Nos

extremos do Boulevard Quartier estarão dois exemplos de

urbanismo voltado à tomada das ruas pelos moradores: o

Palco Quartier, espaço para intervenções culturais ao ar livre,

junto a uma grande arquibancada verde, e a Praça do Fogo,

espaço de convivência e contemplação.

Page 33: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

32

Figura 11 – 3D Renderizado da área do Boulevard Quartier

A infraestrutura do bairro é outro grande diferencial,

com sinal wi-fi em diversas áreas públicas, mobiliário urbano

e equipamentos projetados na proporção humana, instalações

elétricas subterrâneas nas principais vias, calçamento em

bloquetes e vias compartilhadas sem desnível entre calçada,

ciclovia e a rua, além de um completo projeto de segurança

planejada.

O Projeto também prevê para a área de energia limpa

o uso de placas fotovoltaicas no teto dos prédios ou uma

estação de produção de energia eólica. A utilização de

lâmpadas LED, por serem mais econômicas e duráveis que

as comuns. Com isso, reduzindo o gasto com a luz em até

40%.

Para o uso da água cada prédio terá reservatório para

a água da chuva. Onde será usado para os locais que não

necessitam de água potável, como cozinhar e beber. Já os

mictórios e sanitários terá o consumo reduzido com a

utilização de duas opções de botões de descarga: um para a

utilização de três litros e outro para seis litros. Com isso,

gerando redução de 30% no valor da conta de água de cada

morador.

Para a temperatura do ambiente que é um dos vilões

para redução de energia. Será instalada uma malha de

garrafa pet entre as paredes internas dos apartamentos e a

fachada do prédio, mantendo a temperatura quente no

inverno e fria no verão. Também será instalado telhados e

paredes verdes, de grama. Evitando o uso excessivo do ar

condicionado, tendo uma economia de 25% a 30%.

Já na construção civil toda madeira utilizada nos

prédios deverá ser certificada e com garantia de

reflorestamento. Na compra dos materiais, será levado em

Page 34: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

33

conta o critério de regionalidade: quanto mais perto for

adquirido, menor será a emissão de gases por conta do

transporte. Além disso, os compostos utilizados na obra

deverão ter conteúdos recicláveis nas suas fórmulas.

Nas áreas comuns o descarte de lixo deverá ser

separado em orgânico, metal, papel, plástico e eletrônico. Os

resíduos das coletoras localizadas nas vias públicas do bairro

serão levados a uma central de reciclagem própria.

A área verde dos 30 hectares do bairro, dez serão de

mata, que se transformará em parque com deques, trilhas,

ciclovias, academia ao ar livre, quadras poliesportivas e

playgrounds. As plantas escolhidas serão uma mistura das

nativas com espécies que precisam de pouca água. O

sistema de irrigação terá sensores, instalados no chão, que

ligarão torneiras para distribuir somente o necessário para

desenvolvimento das espécies.

O transporte e ruas serão projetadas para dar

prioridade a pedestres e ciclistas. As vias internas serão de

concreto, em vez de asfalto, pois o material é permeável,

favorece a infiltração da água no solo, leva menos água da

chuva para a rede municipal de esgoto e, assim, evita

alagamentos. Além de o concreto ser de cor clara, o que

reduz a sensação de calor.

2.2 BAIRRO PEDRA BRANCA

O projeto Pedra Branca, na cidade de Palhoça

localizada no estado de Santa Catarina, teve início no ano

2000 e incorporou conceitos que transformaram o território

num novo centro para a região Grande Florianópolis e

forneceram todas as funções básicas para as necessidades

diárias de seus moradores, trazendo novas tecnologias para o

planejamento urbano e a construção sustentável local.

Figura 12 – Imagem Ilustrativa do bairro (Fonte:

pedrabranca.mus.br) acesso out 2015

Page 35: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

34

Os edifícios são dotados de tecnologias alternativas,

com certificação ambiental e materiais recicláveis, buscam

reduzir os gastos e impactos decorrentes do consumo de

energia, água e produtos em geral, priorizando, também, o

maior conforto. As ruas priorizam a bicicleta e o pedestre e a

acessibilidade local dispensa o carro no transporte diário. O

objetivo maior é se tornar uma região com emissão de

carbono zero.

Após a participação em eventos na área, os

empreendedores do projeto aprimoraram a visão de uma

cidade exemplo em sustentabilidade, se tornando um modelo

para o mercado brasileiro. Dessa forma, esse novo conceito

buscou integrar as diferentes funções das cidades num único

espaço: morar, trabalhar, estudar e se divertir.

Smart Residence

O empreendimento é pensado para a vida moderna,

que alia bem-estar e lazer com praticidade e tecnologia. Com

projeto assinado pelos arquitetos André Scmitt, Daniel Rubio

e Associados.

Sustentável em todo o projeto:

• Smart view: moderno sistema de janela panorâmica.

• Redução do custo condominial de até 30%.

• Sistema de aquecimento de água com placas solares e

apoio com aquecedores de gás natural.

Figura 13- Imagem ilustrativa do edifício Smart Residence

(Fonte: pedrabranca.mus.br) acesso out 2015

Page 36: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

35

Pátio das Flores

É um empreendimento pioneiro que integra apartamentos,

casas jardins duplex com frente para a rua e pátio central,

lojas comerciais e escritórios, todos na mesma quadra. Um

pátio central de uso exclusivo dos moradores com muito

verde, fonte e lamina d’água. Equipamentos de lazer,

gastronomia e ginástica encontram-se integrados ao interior

do pátio e à cobertura de um dos prédios da quadra, com

visuais para o pôr do sol da Pedra Branca. Diferentes

modelos preenchem as necessidades de privacidade e vida

familiar; integrando a vida urbana à vida junto à natureza.

O projeto faz de Pedra Branca um modelo de

sustentabilidade urbana do ponto de vista ambiental, social e

econômico, a partir de um lugar que facilita o encontro entre

as pessoas, supre as necessidades dos moradores sendo, ao

mesmo tempo, seguro, saudável e próspero. Um lugar onde

as amenidades urbanas convivem em harmonia com o meio

ambiente, respeitando os interesses das atuais e das futuras

gerações. A Pedra branca alcança esses objetivos

empregando os seguintes princípios:

Prioridade ao Pedestre

Uso Misto e Complementaridade

Diversidade de Moradores

Senso de Comunidade

Densidade Equilibrada

Sustentabilidade e Alta Performance do Ambiente

Construído

Espaços Públicos Atraentes e Seguros

Harmonia entre Natureza e Amenidades Urbanas

Conectividade e Integração regional

Figura 14 – Implantação do Edifício Pátio das Flores

(Fonte: pedrabranca.mus.br) acesso out 2015

Page 37: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

36

O bairro é totalmente sustentável e, atualmente, conta

com cerca de 5.000 habitantes, com previsão de crescimento

para 30.000 habitantes (capacidade máxima para seu

planejamento urbano) nos próximos 15 anos.

Objetivos:

Proporcionar qualidade de vida com baixo impacto

ambiental, inclusão social e uso de tecnologias

alternativas.

Criar um bairro compacto, com a integração das

diferentes funções da cidade e com a diversidade

social entre os moradores.

Resultados:

Bairro com planejamento ambiental urbano, com 5.000

moradores atualmente.

Incubadora de desenvolvimento de novas tecnologias e

economia criativa.

Existência de ciclovias em todo o bairro, com uso

intensivo e prioritário das bicicletas como meio de

transporte.

Rede coletora e sistema de tratamento de esgoto em

100% do bairro.

Integração do sistema de segurança entre os prédios e

o bairro.

Implantação de sistema de tecnologia sustentável.

Sistemas de uso eficiente de água e energia.

Integração social entre diferentes grupos e valorização

do espaço comum com vivência comunitária.

O que está adequado aos padrões sustentáveis:

35 quilômetros de ciclovia.

Acesso a comércio, lazer, moradia e setores de

serviços em no máximo 15 minutos de caminhada.

Edifícios certificados, com coleta de água.

Piso elevado nas travessias, para permitir o fácil

trânsito de pedestres.

Drenagem do solo para garantir ao local rápida

secagem e a recarga do lençol freático.

25 metros quadrados de área verde por habitante, o

dobro do recomendado pela ONU.

Calçadas são largas para priorizar o pedestre.

Page 38: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

37

Prédios não possuem cercas para estimular a

interação do morador com o entorno.

O que não está adequado aos padrões

sustentáveis:

O bairro está a 18 quilômetros do centro de

Florianópolis, o que dificulta o acesso.

Não houve participação da comunidade na construção

do bairro nem na elaboração do projeto.

2.3 BAIRRO NOROESTE

O bairro Noroeste foi alvo de críticas quanto a seu

nível de sustentabilidade, o bairro terá a primeira parte

inaugurada em outubro. A previsão de conclusão do projeto é

em 2030. O consultor em arquitetura Rogério Markiewicz

auxilia algumas empreendedoras do Setor Noroeste e diz que

hoje em dia não é possível pensar em obras sem levar em

consideração a questão da sustentabilidade. "O pensamento

deve estar atento desde a compra do material, como optar

pela madeira certificada, por exemplo, ao funcionamento do

prédio, que deve ser automatizado com elementos que

reduzem o consumo e reaproveitam os recursos renováveis".

As normas de gabarito do Setor Noroeste foram feitas

baseadas nesse novo conceito. E as edificações devem

respeitá-lo. Os prédios da Via Engenharia (veja quadro), por

exemplo, terão um reservatório de água da chuva que será

usado para irrigar o Parque Burle Marx e alimentar os lençóis

freáticos. O aquecimento da água será feito por energia solar.

Os elevadores terão motores de alto desempenho, que

reduzem o consumo de energia. A iluminação das áreas

Page 39: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

38

comuns (sala de entrada, pilotis) será feitas com lâmpadas

que economizam em até 80% o consumo normal.

O investimento em tecnologia verde, de acordo com

Rogério Markiewicz, é alto no início, mas compensador na

hora de pagar o condomínio mensal. "É possível reduzir de

20% a 25% os custos normais de um prédio se forem

instalados esses elementos de sustentabilidade.

Mas o que faz o setor noroeste ser classificado como

um bairro ecológico?

Aquecimento natural de águas na tentativa de eliminar

o uso de chuveiros elétricos nas residências;

As ruas serão largas, serguras e haverá transporte

público em todas as vias do novo setor; Haverá

ciclovias;

Haverá o máximo de aproveitamento de luz natural nos

edifícios;

Haverá pistas de cooper;

Haverá reaproveitamento da água da chuva -

reciclagem;

Haverá utilização de materiais recicláveis;

Haverá utilização de ventilação natural;

Figura 15 – Implantação do Bairro Noroeste

(Fonte: bairronoroeste.com.br) acesso out 2015

Page 40: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

39

Muito verde - jardins e proximidade com o parque Burle

Marx;

O lixo, após a coleta seletiva à vácuo, será tratado e

canalizado, impedindo o contato humano e evitando

agressão ao meio-ambiente;

O padrão de construção será o mais elevado;

O recolhimento do lixo será feito por meio de um

sistema à vácuo, já utilizado em cidades europeias

como Barcelona, dispensando o uso de contêiners nas

ruas, na frente dos prédios e restaurantes;

Os prédios serão erguidos de forma ambientalmente

correta - prédios ecológicos;

Utilização de gás natural;

Reaproveitamento e reciclagem das águas das chuvas

Sistema de aquecimento solar

Sistema de depósito de lixo

Tratamento do lixo (seco/orgânico)

Mas o que faz o setor noroeste não ser classificado

como um bairro ecológico?

Os prédios não são posicionados de acordo com a

orientação solar

O bairro está sendo construído sobre um lençol freático

O setor tem o dobro de vagas quando comparado às

demais regiões

Não houve participação da comunidade na construção

do bairro

Empreendimentos não contemplam todas as faixas de

renda

Page 41: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

40

2.4 BAIRRO JARDIM DAS PERDIZES.

Ainda em faze de construção o Bairro jardim das

perdizes é o maior empreendimento imobiliário atualmente e

em desenvolvimento na cidade de São Paulo. As

incorporadoras Tecnisa e PDG planejam erguer um bairro

inteiramente novo em um grande terreno baldio na Barra

Funda, na zona oeste da cidade. A intenção das empresas é

rebatizar a região com o nome de Jardim das Perdizes. Serão

construídos até 32 edifícios no local, sendo que mais de 80%

deles vão abrigar apartamentos residenciais. O valor total de

vendas é estimado em 4 bilhões de reais.

“O projeto ira abrigar 3.500 famílias que serão

distribuídas pelos 11 condomínios independentes. O

programa contempla 25 torres residenciais, 1 hotel, 1 torre

comercial corporativa, 1 torre com salas comerciais e strip mal

(mix de lojas com padaria, salão de beleza, pet shops, etc).”4

Cerca de 45% do terreno foi doado à Prefeitura de São

Paulo para a construção de vias, áreas verdes e outros

equipamentos públicos. Na meio do terreno, será construída

uma praça de 50.000 metros quadrados.

Figura 16 – Local onde será implantado o Bairro Jardim das

perdizes.

_________________________________________________________________________

4 Para mais detalhes sobre o empreendimento estão disponíveis

para visualização http://www.jardinsdasperdizes.com.br/

Page 42: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

41

Figura 17 – Projeto Bairro Jardim das perdizes.

Fonte: http://www.cte.com.br/projetos/2013-04-30-jardim-das-

perdizes-primeiro-bairro-ce/. Acesso em nov. 2015.

A Tecnisa junto com a prefeitura decidiu não erguer um

condomínio fechado no local e optar por um bairro mais

integrado à cidade. Toda a área está sendo loteada em

quarteirões de 3.000 a 10.000 metros quadrados. Serão

construídas 16 vias para dividir esses quarteirões e garantir o

acesso dos demais moradores da cidade.

O projeto urbanístico conta com um parque publico

central, com 44.000m2 de área que foi entregue á prefeitura

como parte da operação urbana Água branca. Toda a

infraestrutura externa de ruas, TV a cabo e telefonia foi doada

á prefeitura e às concessionarias locais.

Page 43: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

42

Certificados de sustentabilidade:

Figura 18 – Selos (LEED e AQUA) e Etiquetagem (Procel)

Fonte: Elaborada pelo autor

O empreendimento foi premiado com a certificação

ambiental AQUA na categoria de bairros, concedido pela

fundação Vanzolini. Todas as torres estão em processo de

certificação para o Procel edifica nível A, a obtenção desta

certificação atesta que o prédio possui nível máximo

de eficiência energética, o que significa que haverá uma

economia de até 40% do consumo energético, e LEED NC

nas torres comerciais. Pois ainda estão sendo construídas.

Medidas Sustentáveis:

O bairro conta com toda a rede de tubulação

subterrânea, incluindo energia elétrica, telefonia e tv a cabo.

Foi adotado um sistema de drenagem de aguas pluviais,

permitindo que a água da chuva seja absorvida pelo terreno e

infiltrada no lençol freático, evitando alagamentos das ruas.

As pistas do parque receberam pavimentos drenantes com

elevada porcentagem de permeabilidade. As torres terão

consumo racional de água que será aquecida por paines

solares. A iluminação externa e das fachas será com

tecnologia LED.

Page 44: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

43

Os condomínios terão instalações para recargas de

carros elétricos e híbridos, segregação de lixo e sistema de

compartilhamento de bicicletas (bike Sharing). Foram

utilizados materiais de procedência como madeira

certificadas. Foram desenvolvidos estudos acústicos para

definição dos elementos da fachada como janelas e caixilhos,

empregando vidros de 4 a 8mm e caixilhos com lã de rocha,

dependendo do resultado dos ensaios acústicos.

Para evitar quebras de materiais, as alvenarias são

modulares e no comercial as divisórias serão drywall. O stand

de vendas foi construído em estrutura metálica e será

desmontado e doado para a prefeitura para a instalação

futura de outro uso como museu e biblioteca, por exemplo.

O PROJETO URBANISTICO:

O parque será publico e atenderá todos os moradores

da região da Barra Funda, Perdizes e Pompéia, será entregue

para a prefeitura com toda a infraestrutura instalada (ciclovia,

pista de cooper, equipamentos esportivos para terceira idade)

e pronto para ser usado pela comunidade local.

Figura 19 – Projeto da Praça.

Fonte: http://www.blogtecnisa.com.br/institucional/tecnisa-

lanca-hoje-o-jardim-das-perdizes-bairro-planejado-mais-

moderno-de-sao-paulo/. Acesso em nov. 2015.

Área verde com 2,2 MIL Árvores de mais de 40

espécies;

Iluminação em LED nas áreas verdes e ruas do bairro;

Drenagem de água pluvial;

Fiação subterrânea;

Pista de cooper com piso intertravado drenante

Ciclovia com piso intertravado drenante

Page 45: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

44

Aparelhos de ginástica com plano de exercício para

nível iniciante e avançado;

Playground;

WI-FI para condôminos;

Pisos Podotáteis nas rampas de acesso para

orientação de deficientes visuais;

Bancos para descanso e leitura;

Área de lazer para a terceira idade, por exemplo,

mesas de jogo de xadrez;

Pavimentação com 100% de permeabilidade tem

como objetivo evitar a formação de poças e garantir a

drenagem natural, dentro do próprio terreno;

Bebedouros para cachorros.

CAPITULO 3 – CERTIFICÃO DE BAIRRO

3.1 INTRODUÇÃO

As exigências da sociedade em relação à

responsabilidade das empresas crescem a cada dia. As

regras e padrões de produção não são mais ditados apenas

pela “livre concorrência”, isto é, pelo mercado. Os

consumidores querem garantias de qualidade e transparência

em relação aos processos de produção da empresa, incluindo

aí o respeito à sustentabilidade em seus três pilares: o

econômico, o social e o ambiental.

Para que as empresas ofereceram uma garantias ao

consumidor e para facilitar os processos de gestão e

produção, foram criados, ao longo dos anos, padrões e

sistemas de verificação que atestam as boas práticas de uma

empresa. Este “atestado” é chamado de certificação.

Para recebê-lo, uma empresa precisa adotar e seguir as

normas de fabricação ou serviços de sua área, normalmente

elaboradas em fóruns colaborativos, que envolvem

especialistas do setor, autoridades acadêmicas e públicas.

Page 46: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

45

Depois de adequar-se a esses padrões, a empresa

solicita a visita dos auditores, profissionais que pertencem a

organizações certificadoras, acreditadas para conceder a

certificação. As certificadoras, por sua vez, são empresas

habilitadas para fazer esse trabalho pelas instituições de

acreditação, reguladas pelas que criaram a norma.

Os principais sistemas de certificação atuantes no

brasil sobre bairros presentes no Brasil são o LEED ND

(Leadership in Energy Environmental Design for

Neighborhood Development), realizado pelo Green Building

Council Brasil, como foi criado nos Estados Unidos o

programa se baseia em critérios americanos e o sistema de

certificação AQUA (Alta Qualidade Ambiental) para bairros,

desenvolvido pela Fundação Vanzolini, que buscou tomando

como base o sistema francês HQE (Haute Qualité

Environnementale), maior proximidade com a realidade local

brasileira.

3.2 Objetivos da certificação

A certificação tem como objetivo qualificar o edifício

ou o bairro como uma construção adequada ao meio

ambiente, onde utilizou materiais sustentáveis e tecnologias

que contribuem para a redução dos gastos diários dos

moradores.

Os selos de certificação ambiental são instrumentos

que se destinam a educar consumidores sobre os impactos

ambientais da produção, uso e descarte de produtos, levando

a uma mudança no padrão de consumo e assim reduzir seus

impactos negativos sobre o meio ambiente. (HARDING,

2002).

As empresas que irão certificar o bairro devem

acompanhar o processo de desenvolvimento desde sua

concepção. Deve-se avaliar no projeto o seu real potencial

sustentável, buscando definir as diretrizes de sustentabilidade

do projeto, e o nível de certificação que será atingido. Durante

o ciclo de vida do projeto é onde ocorre a certificação que por

sua vez certifica o quanto o produto é sustentável e que grau

de sustentabilidade ele irá possuir.

Page 47: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

46

3.3 Vantagens da certificação

As certificações trazem inúmeras vantagens tanto

para o cliente quanto para as empresas sem contar que

estará ajudando para a melhoria do meio ambiente. A seguir

será apresentada algumas vantagens para seus beneficiários:

Empresa: Aumento de credibilidade frente ao

mercado; Redução de acidentes ambientais;

Redução com os custos devido aos acidentes

ambientais; Redução na utilização dos

recursos naturais; Redução nos custos com

utilização de mão de obra qualificada.

Clientes: Conservação de recursos naturais;

Redução da poluição; Incentivo a reciclagem;

Produtos e processos mais limpos.

Meio Ambiente: Conservação de recursos

naturais; Redução da poluição; Incentivo a

reciclagem.

A responsabilidade ambiental nas ultimas décadas

tem ganhando grande destaque sobre as empreiteiras e a

mídia, porem para a maioria das empresas acaba se tornando

mais marketing do que responsabilidade pelo futuro do nosso

planeta.

As empresas adotam a estratégia ambiental por

motivos como: sentido de responsabilidade ecológica,

requisitos legais, salvaguarda da empresa, imagem, proteção

de pessoal, pressão de mercado, qualidade de vida e lucro.

(ENEGEP, 2006 apud DONAIRE, 1995).

Um bairro sustentável tem suas vantagens percebidas

em longo prazo tanto para as empresas de incorporação

imobiliária quanto para seus usuários, tendo como um grande

problema inicial o custo de seus materiais e tecnologias

implantadas. Mas seus retornos são recompensados em

diminuição dos custos residências e valorização do imóvel.

As técnicas utilizadas para a certificação podem ser

dividida em três, análise estatística, baseados em créditos,

baseado no desempenho. Cada uma apresenta formas

diferentes de metodologia, conforme apresentada abaixo.

Análise Estatística: Os valores estatísticos de

edifícios de uma população são usados como referencia para

a criação de uma nova marca com redução do uso de

Page 48: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

47

energia. Necessita de muitos dados para a produção de uma

amostra. EX: Cal-arch (California building energy reference

tool) e Energy Star (U.S. Department of Energy) – EUA.

Baseado em Pontos: È um sistema baseado em

créditos que geram um índice. È feita ma ponderação por

categorias. O empreendimento pode ser classificado em

níveis de ambientalmente correto. Este sistema fornece

padrões e diretrizes de projetos para poder medir a eficiência

e se está em sintonia com o meio ambiente. Ex: LEED (EUA)

e BREEAM (BRE Environmental Assessment Method –

Inglaterra).

Baseado em Desempenho: È um sistema baseado

mais na gestão e no processo. Todas as Categorias devem

apresentar um desempenho pelo menis igual ao normalizado.

O empreendimento é ou não é ambientalmente correto, não

há escalas de atribuição do certificado. Ex: HQE (França) e

Nabers ( National Australian Built Environment Tating System

– Austrália).

3.4 Certificação LEED ND

O LEED ND é uma ferramenta de reconhecimento

internacional, desenvolvida para orientar e certificar

áreas urbanas sustentáveis, criada em 2009 nos

Estados Unidos pela USGBC. Possui a característica

de ser um sistema voluntário, que pode ser aplicado

tanto em algumas unidades autônomas dentro de

áreas urbanas já consolidadas, como em áreas de

expansão urbana, loteamentos, vilas e até cidades

inteiras. (XAVIER, 2009).

Sua técnica de classificação se baseia na soma de

pontos dos créditos avaliados, que dentro das faixas

especificadas, determinam o selo conquistado.

O LEED ND está estruturado em cinco capítulos, três

capítulos principais, são eles: Smart Location and Linkage

(Localização Inteligente e Conexões Urbanas), Neighborhood

Pattern and Desing (Tecido Urbano e Desenho do Bairro),

Green Infraestructure and Buildings (Infraestrutura e Edifícios

Verdes) e outros dois capítulos de menor peso na avaliação,

são eles: Innovation and design process (Inovações em

Page 49: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

48

Projeto) e Regional priority credit (Créditos Regionais). Os

capítulos se subdividem em créditos, que tratam de assuntos

mais específicos, conforme afirma a CTE Consultoria na

descrição abaixo.

Localização Inteligente e Conexões

Urbanas: Foco no desenvolvimento urbano

sustentável, tendo em vista as aptidões da

área a ser urbanizada, eficiência em

infraestrutura viária, acessa a equipamentos

públicos, preservação de áreas de interesse

paisagístico e ambiental, urbanização de áreas

contaminadas visando sua reabilitação,

preservação de áreas agricultáveis.

Tecido Urbano e Desenho do Bairro: Foco

principal no desenvolvimento de infraestrutura

urbana, assegurando conectividade com a

urbanização já existente, densidade de

urbanização, incentivo ao uso misto,

quantidades mínimas de unidades

habitacionais, priorização do pedestre,

facilidade de acesso a transporte público

eficiente com interação em sua gestão.

Infraestrutura e Edifícios Verdes: Assegurar

performance mínima de infraestrutura de

energia e água em seus pré-requisitos e

reduzir os impactos ambientais no canteiro de

obras. Premia o uso racional dos recursos

hídricos, eficiência energética em infraestrutura

de uso coletivo reusa de edificações

existentes, preservação de monumentos e

edifícios históricos, plano de contingência para

enchentes, redução de ilhas de calor, utilização

de sistemas distritais para geração de energia

e para condicionamento de ar, conforto do

ambiente urbanizado, gestão de resíduos, uso

de materiais reciclados e redução da poluição

luminosa do empreendimento.

Inovações em Projeto: Bonifica

empreendimentos com performances

exemplares.

Créditos Regionais: Bonifica

empreendimentos que atendam a créditos

Page 50: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

49

locais, no caso brasileiro, a serem

regulamentados pelo GBC Brasil.

Cada capítulo apresenta seus itens específicos

relativos ao assunto tratado. A pontuação dos itens depende

de sua relevância conforme os conceitos do LEED ND, e a

soma dos pontos conquistados definirá a certificação do grau

de sustentabilidade alcançado pelo empreendimento. Os

pontos por capítulo de avaliação e as faixas de pontos para

os diferentes selos de certificação são apresentados pela

Figura 17.

Figura 20 – Faixas de pontuação LEED ND (Fonte: LEED

ND, 2009).

Para cada um dos cinco capítulos existem pré-

requisitos a serem atendidos, independente do atendimento a

outros créditos. Essa exigência é necessária como base para

o desenvolvimento de bairros sustentáveis, caso não sejam

atendidas, o projeto não poderá ser certificado. O Quadro 1

apresenta os requisitos exigidos para cada um dos capítulos

de avaliação.

Figura 21 – Pré-requisitos LEED ND. (Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015).

Page 51: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

50

As definições dos pré-requisitos são feitas pelo

manual LEED 2009 for Neighborhood Development Rating

System, pois tem como função esclarecer as medidas a

serem implantadas no bairro, para que possa ser considerado

sustentável quanto à função especifica avaliada.

A definição de cada crédito ou pré-requisito se

estrutura da seguinte forma: objetivo, os requisitos

considerados sustentáveis para o crédito específico ou pré-

requisito, que podem se apresentar com mais de uma opção

de atendimento. Cada opção possui uma faixa de pontuação

possível, conforme sua relevância, e podem ser somadas,

caso todas sejam atendidas.

Para fornecer aos desenvolvedores de projetos

certificáveis uma aprovação condicional em estágio inicial, o

LEED ND é dividido em estágios conforme mostrado abaixo.

Primeiro é desenvolvido um estudo preliminar, onde

se verifica a viabilidade da concepção de um bairro

sustentável, considerando todas as etapas de

desenvolvimento envolvidas e os capítulos que serão

avaliados pelo LEED. Nesta fase inicial, é montado um grupo

de trabalho, com profissionais de competências diversas

como, engenheiros de tráfego, paisagistas, arquitetos,

consultores de sustentabilidade e responsáveis pela

incorporação imobiliária. O grupo deve avaliar e articular os

objetivos do projeto e o nível de certificação solicitada.

Após o início dos trabalhos de desenvolvimento do

bairro, e concluídas as definições de início do projeto, o

próximo passo é registrá-lo junto ao GBCI (Green Bulding

Certification Institute), que serve como uma declaração da

intenção de certificar o bairro pelo sistema LEED ND. Após o

pagamento da taxa de inscrição, o projeto fica disponibilizado

online, e a equipe de projeto começa a preencher a

documentação necessária.

Depois do registro do projeto, começam os

preparativos para sua candidatura. São apresentados

inicialmente os pré-requisitos quanto ao SLL (Smart Location

and Linkage), relativos à localização do terreno. Isso se faz

necessário, pois tais premissas não podem ser alteradas em

projeto, diferente dos outros créditos avaliados. Caso sejam

atendidos todos os pré-requisitos relativos à localização do

Page 52: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

51

bairro, o projeto poderá avançar para as próximas etapas, do

contrário o processo é interrompido.

No estágio um, são apresentados os documentos

com as informações iniciais do projeto, atendendo aos pré-

requisitos e aos créditos mínimos necessários à certificação.

Se a aprovação condicional do projeto é alcançada, uma carta

é emitida afirmando que se o projeto for executado conforme

proposto, será elegível para alcançar a certificação LEED de

desenvolvimento de bairros.

O estágio dois estará disponível assim que todos os

documentos necessários emitidos pelas autoridades públicas

competentes estiverem conquistados. Isso é necessário, pois

quaisquer alterações no plano aprovado condicionalmente

poderiam afetar o pré-requisito ou a realização de créditos,

caso ocorram alterações elas deverão ser comunicadas. Se a

autorização prévia do plano é alcançada, um certificado é

emitido informando que o projeto está pré-certificado e ele

será listado como tal no site do USGBC.

A etapa final ocorre quando o projeto pode apresentar

documentação para todos os pré-requisitos e tentativas de

créditos, e quando os certificados de ocupação de edifícios e

aceitação de infraestrutura foram emitidos pelas autoridades

públicas competentes sobre o projeto. Se a certificação do

desenvolvimento do bairro concluído é alcançada, uma placa

ou 31 prêmios similar para exibição pública serão emitidos e

ele será listado como certificado no site do USGBC.

O LEED ND é apenas mais uma certificação dentro

do sistema LEED que por sua vez é dividido em categorias,

conforme o tipo de empreendimento a ser implantado.

Apresentando pré-requisitos e créditos próprios para cada

categoria.

Page 53: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

52

Figura 22 – Certificações LEED (Fonte: USGBC, 2009).

3.5 Certificação AQUA BAIRROS

No ano de 2002 foi criado o processo de certificação

francês HQE (Haute Qualité Environnementale), ele toma

como base os referencias de desempenho desenvolvidos pelo

Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB), criado

em 1947.

Em 2004, um estudo visando à elaboração de uma

metodologia específica para assentamentos urbanos

sustentáveis, foi encomendado e realizado na França pelo

Gabinete SETUR e outros colaboradores.

Atendendo a uma demanda por projetos em nível

nacional, em janeiro de 2007, foi iniciado um experimento

piloto com dez empreendimentos, que objetivava, em um

período de três anos, testar em campo o “Processo de

Qualidade Ambiental em Assentamentos Urbanos”.

(FUNDAÇÃO VANZOLINI, 2011).

Em 2009, os resultados da experiência realizada

embasaram a criação de uma nova metodologia de

certificação ambiental. A reescrita de um guia voltado ao

conceito de sustentabilidade urbana levou à formulação do

processo de certificação AQUA voltada para bairros e

loteamentos.

A técnica de avaliação aplicada no processo de

certificação é baseada no desempenho, a adesão ao

processo se dá de forma voluntária. O processo baseia-se

nas normas de qualidade ISO 9001, ISO 14001 e no

Page 54: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

53

documento Abordagem Ambiental do Urbanismo

desenvolvido pela agência francesa ADEME (Agência do

Meio Ambiente e de Controle da Energia). Onde foi adaptada

para o Brasil, pela Fundação Vanzolini os seguintes critérios:

legislação, condições climáticas, normatização, aspectos

sociais e culturais, na qual está fundação sem fins lucrativos é

responsável pela certificação do AQUA BAIRROS.

O processo de certificação AQUA BAIRROS visa à

integração do empreendimento com o seu entorno, com o

maior controle possível dos impactos ambientais,

considerando o conjunto das fases do projeto. Nesse sentido,

busca por conjugar os pilares econômicos, sociais e

ambientais do desenvolvimento sustentável, desenvolvendo

um melhor ambiente econômico e social, na busca pela

promoção de uma melhor qualidade de vida.

Qualquer empreendimento considerado um bairro ou

loteamento pode realizar o processo, não importando o

contexto territorial no qual está inserido, seu tamanho e sua

destinação, por possuir características genéricas, sua

aplicação se torna flexível. Ele é dirigido a todos os atores

ligados ao empreendimento, tanto os do setor privado quanto

os do setor público.

O referencial para o processo de certificação é o

documento que descreve o processo AQUA BAIRROS. Este

sistema é composto de dois elementos essenciais, O SGB

(Sistema de Gestão do Bairro) e a QAB (Qualidade Ambiental

do Bairro).

O objetivo do SGB constitui a coluna vertebral do

processo que permite a condução eficaz de um projeto, seu

objetivo é direcionar e organizar as etapas do

empreendimento, através do controle dos processos

pertinentes à concepção do bairro, com a finalidade de

aumentar a sinergia entre os stakeholders, visando à criação

de um bairro sustentável. O SGB é composto por seis etapas-

chave que balizam o desenvolvimento do projeto e uma etapa

pós-operacional de acompanhamento, conforme mostra a

Figura 23..

Page 55: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

54

Figura 23– Etapas SGB (Sistema de Gestão do

Bairro) (Fonte: FUNDAÇÃO VANZOLINI, 2014).

O QAB deve servir como subsídio à equipe de

elaboração do projeto em uma análise global de seu

desenvolvimento, desde o início dos trabalhos até a definição

do programa de ações desenvolvido para tornar o bairro

sustentável.

Com o objetivo de auxiliar a concepção de um

empreendimento, de forma a abordar globalmente os

conceitos de um bairro sustentável, são propostas dezessete

temas ligados à sustentabilidade de áreas urbanas, como

mostra na figura 20.Esses temas encontram-se agrupados em

três grandes objetivos do desenvolvimento sustentável:

assegurar a integração e a coerência com o tecido urbano e

as outras características do território, preservar os recursos

naturais e melhorar a qualidade ambiental e sanitária do

bairro, promover a integração na vida social e fortalecer as

dinâmicas econômicas. (FUNDAÇÃO VANZOLINI, 2011).

Figura 24 – Etapas QAB (Qualidade Ambiental do

Bairro) (Fonte: FUNDAÇÃO VANZOLINI, 2014).

Page 56: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

55

Além do estabelecimento de um sistema de gestão

específico para o empreendimento, o empreendedor deve

realizar a avaliação da qualidade ambiental do edifício em

pelo menos três fases (construção nova e renovações): Pré-

projeto, Projeto e Execução; e na fase pré-projeto da

Operação e Uso e fases Operação e Uso periódicas (edifício

em operação e uso).

A avaliação da Qualidade Ambiental do Edifício é feita

para cada uma das 14 categorias de preocupação ambiental

e as classifica nos níveis BASE, BOAS PRATICAS ou

MELHORES PRATICAS, conforme perfil ambiental definido

pelo empreendedor na fase pré-projeto.

Para um empreendimento ser certificado AQUA, o

empreendedor deve alcançar no mínimo um perfil de

desempenho com 3 categorias no nível MELHORES

PRATICAS, 4 categorias no nível BOAS PRATICAS e 7

categorias no nível BASE.

As evidências de gestão e desempenho são

submetidas à auditoria da Fundação Vanzolini ao final de

cada uma destas fases.

As auditorias da Fundação Vanzolini são presenciais

e independentes. Elas asseguram e atestam a conformidade

do empreendimento às exigências de gestão e desempenho

definidas nos referenciais técnicos.

Para obter a certificação da construção nova o

empreendedor deve planejar e garantir o controle total do

desenvolvimento do empreendimento nas fases Pré-projeto,

projeto e Execução.

Para obter a certificação do empreendimento em uso

e operação, as rotinas de gestão predial devem ser

planejadas e monitoradas periodicamente.

O empreendimento será certificado, com emissões

dos certificados após as auditorias, uma vez constatado

atendimento aos critérios dos Referenciais Técnicos de

Certificação e comprovado o alcance do perfil mínimo.

Page 57: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

56

Figura 26– Caminho para certificação dentro do projeto(Fonte: Fundação Vanzolini, 2015)

Figura 25– Processo de Certificação (Fonte: Fundação Vanzolini, 2015)

Page 58: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

57

A sustentabilidade na construção civil pode ser vista

como consequência do desenvolvimento de

empreendimentos mais sustentáveis, uma vez que estimulam

o planejamento do desenvolvimento dos projetos e obras, a

formalização e o aperfeiçoamento técnico de materiais e

sistemas construtivos, a inovação tecnológica, a

racionalização do processo produtivo, a preservação de

recursos naturais, a responsabilidade social e, especialmente,

a consolidação de um ambiente construído mais saudável e

confortável.

Devido à relevância da construção civil no

desenvolvimento sustentável e na sobrevivência humana no

planeta, o processo AQUA tem significativo potencial de

promover soluções para estas questões no qual seu

certificado traz benefícios tanto para o empreendedor quanto

para usuário e o meio ambiente.

Figura 27 – Beneficio da certificação AQUA para o empreendedor (Fonte: Fundação Vanzolini, 2015).

Figura 28 – Benefício da certificação AQUA para o usuário (Fonte: Fundação Vanzolini, 2015).

Page 59: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

58

3.6 ETIQUETA PROCEL EDIFICA

Com a crise energética de 2001 foi promulgada a Lei

10.295/2001 que dispões sobre a Politica Nacional de

Conservação e Uso Racional de Energia, seguida pelo o

decreto 4059 de 19 de dezembro de 2001 que a

regulamentou, estabelecendo “níveis máximos de consumo

de energia, ou mínimos de eficiência energética, de máquinas

e aparelhos consumidores de energia fabricados ou

comercializados no País, bem como as edificações

construídas”¹, iniciando-se assim o processo de criação de

uma legislação nacional para a avaliação dos edifícios sob o

ponto de vista de sua eficiência energética.

A etiquetagem para aparelhos elétricos e eletrônicos já é

bastante utilizada pelas industrias, mas a regulamentação

para a etiquetagem de edifícios doi publicada somente em

2010, tendo seu desenvolvimento e divulgação coordenados

pelo LabEEE² e Inmetro. No endereço eletrônico do Programa

Procel Edifica e encotram-se os documentos que foram

utilizados neste trabalho e que estão listados na bibliografia,

Figura 29 – Benefício da certificação AQUA para a sociedade e meio ambiente (Fonte: Fundação Vanzolini, 2015).

Page 60: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

59

contendo as instruções para proceder a etiquetagem de

edifícios.

Diferente de outros selos de sustentabilidade como

LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e

AQUA (Processo AQUA é a adaptação para o brasil da “

Demarche HQE”, da França), o selo Procel avalia apenas os

fatores que influenciam diretamente o consumo de energia da

edificação. A avaliação é feita separadamente para três

aspectos da edificação: a envoltória, o sistema de iluminação

e o ar condicionado, recebendo cada um desses sistemas

etiquetas de eficiência energética independentes que

combinadas conferem ao edifício uma classificação única.

______________________________

¹ Procel Edifica Introdução – Disponivel em

<http://www.labeee.ufsc.br/eletrobras/etiquetagem/downloads.php>.

Acesso em : 10 novembro 2015

² LabEEE: Laboratório de Eficiência Energética da UFSC

Figura 30 – Etiqueta Nacional de Eficiência Energética (ENCE)

(Fonte: BRASIL,2010a, P.9).

Page 61: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

60

Os quatro volumes que formam o programa de

etiquetagem para edificações são 3:

Volume 1: Etiquetagem de Eficiência Energética de

Edificações.

Volume 2: Regulamento Técnico de Qualidade do Nível de

Eficiência Energética de Edifícios comerciais, de Serviço

e Publico(RTQ-C).

Volume 3: Regulamento de Avaliação da Conformidade do

Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de

Serviços e Públicos (RAC-C).

Volume 4: Manual para aplicação dos regulamentos RTQ-C e

RAC-C.

Para Analisar a envoltória, que consiste das paredes e

cobertura, leva-se em consideração a localização geográfica

do edifício, os materiais construtivos das paredes externas e

cobertura e a proporção entre as áreas envidraçadas e as

áreas opacas das envoltórias. O processo de etiquetagem foi

concebido para serem aplicadas paralelamente ao projeto e

construção, etapas.

Estas que permitem fazer alterações a fim de conseguir

alcançar graus maiores de eficiência energética, mas também

poderá ser utilizado em edifícios existentes em estudos de

retrofit.

No presente trabalho pretende-se avaliar a criação de um

edifício. O edifício comercial e residencial, segundo as

exigências do programa Procel Edifica. Para isso serão

consultados os dados pertinentes de edifícios já construídos

de eficiência energética como os do bairro Jardim das

Perdizes.

______________________________

3 Estes volumes estão disponíveis para download através do

endereço eletrônico

<http://www.labeee.ufsc.br/eletrobras/etiquetagem/downloads.php>.

Page 62: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

61

Figura 31 – (Procel Edifica) Etiqueta Nacional de Eficiência Energética (ENCE)

(Fonte: BRASIL,2010a, P.9).

CAPÍTULO 4 - BAIRRO SUSTENTAVEL - JD. SÃO JUDAS

TADEU

4.1 Estudo de caso

A área do terreno fica situada na região do

Varginha, Sul de São Paulo no bairro Jardim São Judas

Tadeu. Suas Principais vias é a Av. Sem. Teotônio Viléla e a

Av. Paulo Guilguer Reimberg onde dão acesso ao terreno.

Hoje a região da Varginha não tem um padrão urbano

estabelecido, pois muito das residências no local foram

construídas sem uma fiscalização da prefeitura. Com isso o

bairro Jardim São Judas Tadeu irá influenciar diretamente no

desenvolvimento da qualidade de vida do seu entrono.

Page 63: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

62

4.1.1 Local do Projeto

Figura 32– Localização do terreno (Fonte: GOOGLE Mapas, 2015).

Page 64: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

63

4.1.2 Infraestruturas do bairro

Estação de Ônibus Terminal Varginha

Estação de Trem – CPTM – Estação Varginha

Poupa Tempo

Atacadão

Escolas:

O local está bem servido de escolas de ensino médio

e infantis porem algumas creches não tem infraestrutura para

receber muitas crianças. Então pretendo fazer uma creche

para o bairro.

Page 65: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

64

Figura 33– Escolas no entorno (Fonte: GOOGLE

Mapas, 2015).

Page 66: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

65

Padarias:

Tem somente uma padaria próxima ao bairro Jardim

São Judas Tadeu, porem esta padaria não suportaria a

demanda do bairro.Pretendo inserir um empório no bairro,

para que o morador não tenha que percorrer uma grande

distancia para comprar alguns alimentos básicos.

Figura 34– Formato da Padaria Empório (Fonte: GOOGLE Mapas, 2015)

Page 67: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

66

Figura 35– Padarias no seu entorno (Fonte: GOOGLE Mapas, 2015).

Page 68: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

67

Pontos de Ônibus:

Os pontos de ônibus da região estão em calçadas

pequenas e por conta disso a única sinalização do ponto é um

poste de madeira. Vendo este descuido com a localização

dos pontos pretendo realoca-los para um local com calçadas

mais amplas, assim criando um ponto de ônibus onde tenha

conforto tanto fisicamente quando visualmente par ao usuário.

.

Figura 36– Ponto de Ônibus com Jardim suspensos

(Fonte: http://www.designboom.com/project/bird-bus-stop/,

05 jun 2015, Hrs 16

Page 69: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

68

Figura 37– Pontos de Ônibus (Fonte: GOOGLE

Mapas, 2015).

Page 70: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

69

Supermercados:

Com a construção de um empório no bairro os

usuários iriam ao supermercado somente para fazer compras

grandes fazendo que não tenham que se deslocar grandes

distancia para comprar poucos alimentos. O Atacadão mais

próximo fica na Av. Sen. Teotônio Viléla.

Page 71: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

70

Figura 38– Supermercados (Fonte: GOOGLE Mapas,

2015).

Page 72: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

71

4.1.3 Objetivos e Desenvolvimento Preliminar

Proporcionar qualidade de vida com baixo impacto

ambiental, inclusão social tanto para a classe de baixa

renda como a de media e uso de tecnologias

alternativas.

Casas Sustentáveis: Aquecimento solar ou a gás,

Proteção térmica de terraços e coberturas, ventilação e

iluminação naturais, Tubulações subterrâneas (Luz,

Agua, Esgoto).

Prioridade ao Pedestre.

Uso Misto e Complementaridade.

Diversidade de Moradores.

Senso de Comunidade.

Densidade Equilibrada.

Espaços Públicos Atraentes e Seguros.

Harmonia entre Natureza e Amenidades Urbanas.

Conectividade e Integração Regional.

Parque comunitário.

Rede coletora e sistema de tratamento de esgoto em

100% do bairro.

Reaproveitamento da água da chuva – reciclagem

Utilização de materiais recicláveis;

Page 73: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

72

Figura 39– Desenvolvimento

Preliminar (Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015).

Page 74: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

73

4.2 Projeto

O bairro já contava uma área residencial e comercial

existente. Tendo isto como base foi implantada no mesmo

alinhamento das residências existentes, três quadras onde

será destinado a casas. Além disso, o bairro conta com

condomínio com cinco torres onde o térreo terá uma área

comercial. Ao pensar no entorno e no fluxo de pessoas, será

criada próxima a Avenida Paulo Guilguer Reimberg, um

centro empresarial com três torres. Também haverá um

parque público de 79 mil metros quadrados, com projeto de

paisagismo e área para esportes.

Na parte cinza da implantação será destinada ao poder

publico, para construção de escolas, posto de saúde, creche,

etc...

Page 75: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

74

4.2.1 Implantação

Figura 40 – Implantação do bairro Jd. São Judas Tadeu. (Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015).

Page 76: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

75

O bairro contará com toda de tubulação subterrânea,

incluindo energia elétrica, telefônica e tv a cabo. Foi adotado

um sistema de drenagem de águas pluviais, permitindo que a

água da chuva seja absorvida pelo terreno e infiltrada no

lençol freático, evitando alagamentos das ruas. As pistas do

parque receberam pavimentos drenastes com elevada

porcentagem de permeabilidade. Todas as calçadas

receberam uma rampa de acesso para cadeirantes. As torres

terão consumo racional de água que será aquecida por

painéis solares. A iluminação externa dos postes será com

tecnologia LED e contarão com um painel solar para serem

autossustentáveis.

Pensando na sustentabilidade social toda a energia que

estiver sobrando do bairro será distribuída para o entorno do

mesmo.

Figura 41 – Poste publico com placa

solar. (Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015).

Figura 42 – Piso da calçada acessível para cadeirantes

(Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015)..

Page 77: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

76

4.2.2 Prédio Residencial e Comercial

Figura 43 – prédios residenciais com térreo comercial. (Fonte:

Rodrigo Ribeiro, 2015).

Figura 44 – jardim vertical e terraço com horta comunitária e placas

solares (Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015).

Page 78: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

77

O projeto de um edifício multifuncional com a parcela

residencial. É incentivar a criação de mais comércios para a

região. Ao mesmo tempo em que são criadas habitações, o

terreno também abrigará uma parcela de comércio e serviços

que será de locação do condomínio e com esta verba será

destinada a manutenção dos equipamentos, como uma das

premissas da Sustentabilidade, irá gerar emprego e renda

que podem vir a ser aproveitados pelos próprios moradores

da região. O edifício aqui proposto pretende melhorar não só

a qualidade de vida do bairro como a de seu entorno, pois

este, no local do projeto, é servido por completa

infraestrutura.

Os edifícios contem quarto apartamentos de 97m2 por

andar, em suas fachadas uma vegetação vertical que se

estende ate o terraço que leva ate o deck para descanso, esta

vegetação na facha junto com as janelas com aberturas

maiores que o padrão ajuda a amenizar o clima do ambiente,

fazendo com que morador utilize menos o aquecedor ou o ar-

condicionado. Na parte do terraço para aproveitar o máximo

de espaço do local será dividido em duas partes, uma é

destinada aos painéis solares onde a entra será restrita, e a

Figura 46 – Hall entrada para os edifícios residenciais

(Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015).

Figura 45 – Área comercial (Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015).

Page 79: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

78

outra destinada ao deck de descanso e a uma horta

comunitária.

Principais ações da Sustentabilidade implantadas no

local: Eco construção:

Não haverá grandes deslocamentos de materiais;

A terra que for retirada do local vai ser usada no

mesmo;

Não haverá subsolos para evitar o deslocamento de

caminhos de areia e um menor custo construtivo;

Canteiro de obras com baixo impacto ambiental;

Relação do edifício com o seu entorno;

Escolha integrada de produtos, sistemas e processos

construtivos;

Tintas ecológicas;

Água:

Individualização de água;

Aquecimento natural de águas na tentativa de eliminar

o uso de chuveiros elétricos nas residências;

Reuso de água da chuva;

Utilização de vaso sanitário que possibilite menos

vasão de água;

Sistema de aquecimento de água com placas solares e

apoio com aquecedores de gás natural.

Energia:

Equipamentos com eletrodomésticos com selo Procel;

Instalação de sensores de presença nas áreas

comuns, halls e subsolos;

Instalação de captadores de energia solar (Placas

fotovoltaicas);

Lampas de todos os ambientes em LED;

Fachada com vegetação vertical para a melhora do

clima evitando o uso de aquecedor;

Janelas com abertura maiores que o padrão, para

aproveitar o máximo de entrada de luz;

Haverá utilização de ventilação natural;

Redução do custo condominial de até 30%;

Resíduos:

O recolhimento do lixo será feito por meio de um

sistema à vácuo, que será levado para um local

especifico para recolhimento. Já utilizado em cidades

europeias como Barcelona, dispensando o uso de

Page 80: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

79

contêiner nas ruas, na frente dos prédios e

restaurantes;

Haverá utilização de materiais recicláveis;

Jardim vertical:

O jardim vertical a ser utilizado na fachada dos edifícios

será a técnica chamada “Mamute”. O jardim será feito com

diferentes plantas polinizadoras, para atrair mais insetos e

animais, como abelhas, borboletas e pássaros para o

ambiente urbano, tentando minimizar os problemas

ambientais locais. o sistema “Mamute” permite:

Menos material e vegetação por m2;

Menor custo por m2 sendo mais barato que o sistema

canguru;

Instalação rápida e fácil;

Isolamento acústico e térmico;

Baixa carga;

Irrigação automatizada;

Maior reserva de água e menor frequência da rega;

Não exige impermeabilização da fachada;

Permite desmontagem e remontagem.

As floreiras do Jardim Vertical Mamute foram projetadas

para reservar água e repassar o excedente ao vaso de baixo,

por gravidade, até o último recipiente. As jardineiras possuem

aberturas na parte inferior por onde passa o excedente da

água para irrigação de todas as floreiras com isso tendo um

menor consumo de água para irrigação.

Figura 47- Jardim vertical com sistema “Mamute” (Fonte:

https://ecotelhado.com/jardim-vertical-com-350m%C2%B2-e-

inaugurado-em-londres/).

Page 81: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

80

Eco telhado:

Porque escolher este sistema? Pois o Eco telhado difere

dos sistemas convencionais de terra ou substrato ele foca

no armazenamento da água da chuva e reciclagem de águas

cinza e ou negras do próprio prédio.

O Eco telhado pode ser classificado como um sistema

semi-hidropônico. Ele evita o acumulo desnecessário de

sobrepeso gerado através do uso de substrato ou terra ao

armazenar água na própria laje, embaixo da vegetação.

Vantagens deste sistema:

Baixa carga: 100 kg/m2;

Permite o pisoteio;

Possui proteção anti-raizes;

Retém 50 litros/m2 de água pluvial;

Conforto térmico e acústico;

Sistema semi-hidropônico;

Permite o plantio de forrações e pequenos arbustos;

Não necessita de substrato quando utilizado com

grama;

Sem compactação do substrato.

Figura 48 – Eco telhado com sistema Tec Garden

(Fonte:http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/172/artigo285878-

2. aspx).

Page 82: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

81

4.2.3 Centro Empresarial

Figura 49 - Centro empresarial (Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015). Figura 50 – Praça central dos edifícios (Fonte: Rodrigo Ribeiro,

2015).

Page 83: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

82

O centro empresarial foi feito pensando nas pessoas

que vão morar neste local, pois muitos se locomovem até o

centro da cidade para irem trabalhar. Com este prédio irá

surgir muitas oportunidades de emprego, e visando

contratações para pessoas da região para diminuir o transito

entre os bairros. Este local ajudara tanto os moradores do

bairro quando do seu entorno, pois no mesmo endereço terá

várias opções de compras, área cultural, serviços e lazer.

Pois grande parte dos mercados, bancos, opções de lazer e

etc... Estão longe, e as pessoas têm que ir de carro ou de

ônibus. Então além de facilitar para os moradores irá valorizar

economicamente a região.

Por ser um centro empresarial o edifício irá consumir

muita energia e agua. Pensando nisto serão instalados vário

painéis fotovoltaicos para converter a energia da luz do sol

em energia elétrica. Porém tudo vai ser ajustado com a

companhia AES Eletropaulo para ter uma troca, ou seja, o

que sobrar de energia solar será distribuído para os postes

públicos no entorno do bairro, e assim se precisarmos usar a

energia da AES Eletropaulo o custo da energia vai diminuir

ajudando o entorno do bairro. Figura 51 – Placas solares do edifício empresarial (Fonte: Rodrigo

Ribeiro, 2015).

Page 84: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

83

4.2.4 Casas

Figura 52 – Área destinada a casas (Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015). Figura 53 - Fachada das casas

Page 85: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

84

O projeto desta casa sustentável que possuem

etiquetagem PROCEL e certificação AQUA Bairros. Consiste

em uma residência unifamiliar, com um programa de

necessidades típico de uma habitação para uma família

media, incluindo três dormitórios, sala e cozinha, banheiro,

área de serviço, quintal e área de entrada, em um terreno

200m2.

Para a concepção da casa foram definidas diretrizes

para o projeto de habitação, que representam fatores

determinantes do desempenho energético dele, entre elas a

otimização das condições da edificação e a escolha criteriosa

dos materiais e sistemas construtivos a serem usados.

Condições otimizadas resultam em um projeto, que utiliza a

forma da implantação e a composição das aberturas, bem

como a escolha dos materiais em favor do conforto do futuro

usuário da edificação. Desse modo, minimizam-se quaisquer

problemas energéticos, tais como iluminação e ventilação

artificial. A escolha dos materiais de construção, por outro

lado, levou em consideração o consumo energético

relacionado à extração das matérias-primas, ao

processamento destas, à montagem em obra, ao uso da

edificação e ao transporte necessário entre as diversas

etapas de produção da edificação.

Os itens inseridos nas residências fazem com que elas

tenham as certificações AQUA bairros e PROCEL:

Eco construção:

Não terá grandes deslocamentos de materiais;

A terra que for retirada do local vai ser usada no

mesmo;

Canteiro de obras com baixo impacto ambiental;

Relação da residência com o seu entorno;

Escolha integrada de produtos, sistemas e processos

construtivos;

Utilização de madeira certificada;

Tintas ecológicas;

Energia:

Foram instaladas 40 m2 de placas fotovoltaicas

(fornece energia para ate 4 pessoas)

Janelas com abertura maiores que o padrão, para

aproveitar o máximo de entrada de luz;

Iluminação dos postes em LED;

Page 86: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

85

Aquecimento natural de águas na tentativa de eliminar

o uso de chuveiros elétricos nas residências;

Eco telhado para isolamento térmico e acústico

“mencionados acima”

Água:

Para o reuso da agua será instalado em cada residência

o sistema SUDS – Sistema Urbano de Drenagem Sustentável

da Remaster, que permite:

Filtrar, reter e tratar a água pluvial na origem;

Reduzir os investimentos em transporte das águas;

Aumentar os investimentos em retenção com

qualidade;

Manter os níveis de escoamentos em retenção com

qualidade;

Evitar a contaminação da água da chuva por

escoamento urbano, reduzindo os processos de

arraste e erosão;

Fazer uso mais eficiente, respeitando o recurso natural;

Melhorar a integração paisagística e ambiental da

urbanização;

O sistema abrange uma serie de medidas que se

destinam a minimizar os impactos ambientais de urbanização

em termos de demanda de agua e a ameaça de poluição

potencial de corpos d’agua naturais.

Figura 54 – Sistema SUDS (sistema urbano de drenagem sustentável).

(Fonte: Remaster.com.br acesso nov 2015

Page 87: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

86

4.2.5 Parque, Praças e pontos de onibus

A intenção de implantar uma praça linear no bairro, é

criar uma barreira sonora entre a linha do trem da CPTM com

o bairro. O parque também terá como finalidade criar uma

área de lazer para seu entorno, pois o espaço conta com:

pista de skate, quadra poliesportiva, pista para

caminhada/corrida e faixa para ciclistas, incentivando o

convívio dos bairros vizinhos.

A arquitetura da área foi pensada sob o conceito de

sustentabilidade: a iluminação com LEDS (mais duráveis do

que lâmpadas comuns), sistema com calhas para

reaproveitamento da água da chuva. A área onde será

implantado as quadras e pista de skate usará o sistema de

tec garden, construído a 60 centímetros do solo. A água da

chuva, armazenada entre uma manta de borracha e a

ardósia, é transportada por absorção pela fibra de coco para

irrigar as plantas.

O plantio será de árvores frutíferas nativas e plantas

ornamentais, características dessa região. Sendo que trinta

por cento das mudas deverão ser de árvores frutíferas,

escolhidas entre as espécies locais mais resistentes.

Figura 55 – Implantação do parque linear (Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015).

Page 88: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

87

Figura 56 – Quiosque e pista de cooper . (Fonte: Rodrigo

Ribeiro, 2015).

Figura 57 – Vermelha (pista de ciclismo) e preta (pista de cooper)

(Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015).

Figura 58 – área de skate e quadras poliesportiva (Fonte:

Rodrigo Ribeiro, 2015).

Figura 59 – Ponto de ônibus com jardim e bicicletário

(Fonte: Rodrigo Ribeiro, 2015).

Page 89: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

88

4.2.6 Construções existentes

Para as construções já existentes no local, será feita uma

melhora sustentável, sem que o morador tenha que reformar.

Cada residência recebera um ”kit” inicial doado pelo bairro

para começar a ser utilizado. Nele contem:

Painéis fotovoltaicos: a residência terá uma economia

de 90 % na conta de luz;

Lâmpadas Led: O Led tem baixo consumo de energia e

tem alta durabilidade;

Redutor de vazão: Uma torneira de pia ou tanque

consome em média 15,6 litros por minuto. Com o

restrito de vazão mínimo (6 litros/minuto), o consumo

cai para 6 litros por minuto, segundo a Sabesp.Em

cinco minutos de lavagem de louça, por exemplo, são

economizados 48 litros.

Arejador: Este tem a função de misturar ar à água,

diminuindo o fluxo, mas mantendo a sensação de

volume e direcionando o jato. Por isso, quanto maior a

pressão, maior a economia, que varia entre 50% e

80%,

Válvula de descarga com duplo acionamento: As

válvulas sem esse recurso gastam, em média, 12 litros

por descarga em vasos sanitários com caixas

acopladas e 10 litros nos casos em que há válvulas

nas paredes.

Reuso de água;

Na área cultural do centro empresarial terá palestras e áreas

expositivas incentivando e orientando a sustentabilidade para

o entorno. Com o incentivo das áreas já sustentáveis do

bairro, com moradores mostrando as vantagens de ter uma

residência sustentável.

Page 90: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

89

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decurso desta apresentação, foi enfatizada a

relevância do desenvolvimento sustentável de áreas urbanas

e do bem-estar de seus habitantes, destacando seus

benefícios ambientais, sociais e econômicos.

Os conceitos de um bairro sustentável foram

apresentados e a importância do planejamento urbano foi

evidenciada de forma a evitar problemas comuns à vida em

comunidade nos centros urbanos e suas periferias.

Foi observada nos temas envolvidos uma grande

complexidade no desenvolvimento de bairros sustentáveis,

buscando por tornar ambientes urbanos melhores a vida

humana gerando inúmeros estudos e análises.

Como instrumentos que auxiliam na qualificação

desses ambientes, foram apresentados os dois principais

processos de certificação de bairros encontrados no Brasil, o

LEED ND e o AQUA BAIRROS. Sendo apresentadas as

características dos métodos, e suas etapas de certificação.

Apesar dos assuntos abordados serem semelhantes, foi

possível identificar diferenças entre os dois processos, como

a adaptabilidade às características da legislação local, cultura

e clima. Quanto a isso AQUA BAIRROS mostra vantagens

por ter sido adaptado às características locais brasileiras.

Outra observação relevante a ser destacado quanto

às duas ferramentas, são as auditorias presenciais, que ao

contrário das certificações AQUA, não são realizadas pelo

LEED.

Foi realizado um estudo de caso na busca de

demonstrar as possibilidades a serem implantadas na

localidade do projeto. Na localização escolhida, foi observado

que há possibilidade de inserir um bairro sustentável na

região, porém seu entorno, não sendo sustentável será

necessário intervir em alguns pontos viabilizando a estrutura a

ser implantada.

Visto que o desenvolvimento de bairros sustentáveis

é um grande passo na consolidação de ambientes urbanos de

melhor qualidade de vida, que dependem da colaboração de

diversos atores como, o poder público e privado, e seus

próprios habitantes.

Page 91: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

90

Mesmo existindo descontentamento com o espaço

urbano na maioria das cidades, o alcance desse

conhecimento é pequeno, existindo pontos isolados de

mudança nesse sentido, que na maioria das vezes é da

iniciativa privada. Apesar disso, essas empresas têm sido

importantes no processo de um pensamento urbano voltado à

vida sustentável. Ao apresentar no mercado propostas

diferenciadas de maior qualidade de vida, acabam por

promover a competitividade, guiando à formação de um novo

padrão de exigência pelo cliente.

Fala-se muito a respeito de sustentabilidade para

edifícios e suas certificações, mas pouco se fala do conceito

de sustentabilidade no âmbito urbano, dos benefícios trazidos

por sua aplicação e de como as ferramentas de certificação

específicas encontradas no mercado podem ser usados como

guia na concepção dessas áreas. Assim sendo, acredita-se

que este trabalho possa dar ênfase ao assunto trabalhado,

considerado necessário à vida urbana de maior qualidade,

além de provar através do estudo de caso apresentado, a

viabilidade de suas aplicações.

O assunto deste trabalho pode ser estendido muito

além dao ponto de vista pontual de um projeto. O

conhecimento mais aprofundado de sustentabilidade urbana,

integrado aos planos diretores de desenvolvimento da malha

urbana, tem o poder de impactar de forma global e positiva a

vida nas cidades.

Para trabalhos futuros, sugere-se um estudo de caso

que acompanhe o uso dos conceitos apresentados neste

trabalho, em empreendimento de iniciativa do poder público,

realizando análises dos projetos e legislação urbanística

sobre a perspectiva sustentável de desenvolvimento urbano.

Page 92: Bairro sustentável implementando em um entorno não sustentável

91

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