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REIS, J.L., CARDOSO, S.P. e MARQUES, B.P. (2011) "Baixa de Lisboa e Vila de Oeiras: uma viagem do passado ao futuro através de um símbolo partilhado - uma proposta de projecto de turismo e competitividade urbana", in Actas do VIII Congresso da Geografia Portuguesa, Lisboa, 6 páginas, ISBN 978-972-99436-4-5.
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BAIXA DE LISBOA E VILA DE OEIRAS: UMA VIAGEM DO PASSADO AO FUTURO ATRAVÉS
DE UM SÍMBOLO PARTILHADO – UMA PROPOSTA DE PROJECTO DE TURISMO E
COMPETITIVIDADE URBANA
Judite Lourenço REIS1, Sónia Paulo CARDOSO2, Bruno Pereira MARQUES3
1 FCSH, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, UNL, Universidade Nova de Lisboa, Socióloga,
Estudante no Curso de Mestrado em Metropolização, Planeamento Estratégico e Sustentabilidade,
Email: [email protected], Email: [email protected]; Email:
PALAVRAS-CHAVE
Baixa de Lisboa, Vila de Oeiras; Símbolo, Turismo, Competitividade Urbana.
RESUMO
Cada época sempre teve os seus desafios e, de forma unânime, reconhecemos que tempos difíceis
e instáveis requerem, ainda mais, estratégias enérgicas, reflectidas e em sinergia. E apesar de
sabermos que não há “receitas” prontas a aplicar, também sabemos que há atitudes prospectivas,
há identidades que se podem construir, há símbolos que se podem fazer nascer, ou renascer, na
medida em que podem ser resgatados do passado. Pois é esta a proposta que sugerimos com a
aliança de dois territórios distintos: a Baixa de Lisboa e a Vila de Oeiras. Uma identidade mediada
por uma figura de outrora – Sebastião José de Carvalho e Melo – que faz uso de um legado
material e das representações simbólicas que aí ficaram gravadas. Estes lugares serão o guião de
um projecto de turismo “ganhador”; um símbolo que imprime uma dinâmica territorial competitiva.
KEYWORDS
Lisbon Downtown, Oeiras Town, Symbol, Tourism, Urban Competitiveness.
ABSTRACT
Each period has always had its challenges and, in an unanimous way, we recognize that hard and
unstable times require, even more, energetic and reflected strategies, as well as synergy. In spite
of knowing that there are no “revenues” ready to be applied, we also know that there are foresight
attitudes; That there are identities which can be built, symbols that can be given birth to or revive,
in a way that can be rescued from the past. So this is our suggestion, which allies two distinct
territories: Lisbon Downtown and Oeiras Village. An identity mediated by one of our biggest
personalities from the past – Sebastião José de Carvalho e Melo – that uses a material legacy and
symbolic representations which were recorded there. These places will be the guideline to a winner
tourism project; A symbol which prints a territorial and competitive dynamic.
1. AS CIDADES DEBAIXO DE MIRA
Se as cidades, ou se quisermos certos territórios que a compõem, sempre tiveram debaixo de mira.
Actualmente assiste-se ao redobrar desse interesse, que pode ser fragmentado em inúmeros
enfoques, mas o mote é uno: a Cidade. Muitas são as designações, e nestes últimos anos parecem
ter-se multiplicado, que nos merecem atenção. Dentre, cidades globais; cidades criativas; cidades
solidárias; cidades educadoras; cidades do conhecimento; cidades ecológicas; cidades
multiculturais; cidades românticas, e um sem número de tantos outros epítetos que ficam por
enumerar, há algo que é transversal a todas estas “cidades” e que se justifica na pretensão de
ocupar um lugar no ranking, obviamente, quanto mais perto do pódio melhor. Pois de acordo com
Salvador (2006), as cidades são a “riqueza das nações”, pelo que se deve potenciar a sua
competitividade. Mas certamente, e de forma unânime, reconhecemos que tempos difíceis e
instáveis requerem, ainda mais, estratégias enérgicas, reflectidas e em sinergia. E apesar de
sabermos que não há “receitas” prontas a aplicar, também sabemos que há atitudes prospectivas,
há identidades que se podem construir, há símbolos que se podem fazer nascer, ou renascer, na
medida em que podem ser resgatados do passado. Pois é esta a proposta que sugerimos com a
aliança de dois territórios distintos: a Baixa de Lisboa e a Vila de Oeiras. Uma identidade mediada
por uma figura de outrora – Sebastião José de Carvalho e Melo – que faz uso de um legado
material e das representações simbólicas que aí ficaram gravadas. Estes lugares serão o guião de
um projecto de turismo “ganhador”; um símbolo que imprimirá uma dinâmica territorial
competitiva.
2. A CIDADE, O LUGAR … PATRIMÓNIO MATERIAL E IMATERIAL
Com a aprovação da Agenda 21 da Cultura, em Barcelona a 2004, os governos locais adoptaram
um documento que norteia o desenvolvimento, mediado pelo vector cultural. O compromisso passa
por fazer com que a Cultura seja uma dimensão-chave da política urbana. Pelo que o documento
“Agenda 21 da Cultura” visa ser mais que do um contributo, assume-se como um protagonista na
resposta aos desafios tangentes ao desenvolvimento cultural que o mundo enfrenta neste século
XXI, à semelhança do que nos deixou o seu “irmão mais velho”, no século XX em relação ao meio
ambiente. Heródoto (geógrafo…e “pai da História”), apud Funari (2005), aponta que esta «(…) faz-
se com testemunhos, com objectos, com paisagens (…)». Pois é também nisso que acreditamos,
na riqueza de entrecruzar o património material, reconhecido desde a carta de Atenas, com o
imaterial, fixado recentemente (2003) na “Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural
Imaterial” em Paris, e ratificado pelo regime jurídico nacional através do Decreto-Lei n.º 139/2009,
de 15 de Junho. O projecto que aqui se traz ancora-se, em grande parte, no conceito de Pierre
Nora (1993) “lugares de memória”. São estes “restos”, tal como nos diz o historiador francês, que
queremos recuperar. É o legado tangível, a Baixa de Lisboa, assente numa malha ortogonal
hierarquizada, com traço de Eugénio dos Santos e Carlos Mardel (ainda que com outras
contribuições) e sob a coordenação do engenheiro-mor do Reino - Manuel da Maia, a que nos
habituámos a designar por Baixa Pombalina (classificada como “Imóvel de Interesse Público” por
Decreto-Lei n.º 95/78, de 12 de Setembro e que contempla desde a Travessa de São Domingos, a
norte, à Praça do Município e Arsenal, a sul, passando pela Rua da Madalena e Borratém (Este) e
fechando com a Rua do Carmo, Rua Nova do Almada e 1º de Dezembro, ao Rossio) e a Vila de
Oeiras. O centro histórico de Oeiras constitui um núcleo urbano, agregando um conjunto de
elementos arquitectónicos com um valor histórico que materializam memórias de outrora, dotando
assim esta área de um extraordinário potencial turístico, associado a uma mítica figura da história
de Portugal. Onde uma das principais heranças é a Quinta do Marquês de Pombal, que chegou até
aos nossos dias praticamente na sua forma original, com os jardins, o imponente palácio,
classificado como monumento nacional, as dependências agrícolas como a adega e o celeiro, e
ainda a parte da exploração agrícola. Mas também o legado intangível e simbólico que ficou
gravado nestes lugares por Sebastião José de Carvalho e Melo. Depois de ter dobrado meio século
de vida, encetou funções no reinado de D. José I corria o ano de 1750, e foi ainda na qualidade de
Secretário dos Negócios Estrangeiros que começou a revelar as suas ideias reformadoras para o
País, muito inspiradas pelas viagens e pelo “ideário das Luzes”. Dotado de forte iniciativa e espírito
audaz, era um reformador na mais larga acepção da palavra. Mas foi mais tarde (1769), e para
sublinhar o reconhecimento do seu “pulso forte” na altura da reconstrução da Lisboa pós terramoto
de 1755, que recebeu o título de Marquês de Pombal, pois que em 1759 já tinha sido agraciado
com o anterior título de Conde de Oeiras. O cataclismo veio dar ensejo a Sebastião de Carvalho
para mostrar o seu génio organizador, acabando por ser o pretexto para a reedificação de Lisboa,
com um plano muito mais vasto e mais regular do que o da antiga cidade, que acabou por se
traduzir num conjunto formado por quinze ruas e três praças, compreendido, sensivelmente, entre
a Praça dos Restauradores, a norte, e o rio Tejo, a sul. Nessa malha urbana agrupou os diversos
mesteres, corrieiros, douradores, ourives, retroseiros, sapateiros, entre outros, de acordo com as
Corporações de Ofícios. Assim, ainda hoje ao pisar este lugar sentimo-nos num palco de outros
tempos, graças à forma como baptizou as ruas com os nomes desses ofícios, acabando por os
imortalizar. «Na Baixa devem ser conservadas todas as actividades e ofícios que sempre fizeram
dela a sua alma». (Mateus, 2005) Tal como Pierre Nora, acredita-se nesta função tripla dos
lugares. Estes assumem-se como “materiais”, onde a memória social habita e pode ser apreendida,
“funcionais”, capazes de cimentar memórias colectivas, e “simbólicos”, na medida em que
expressam uma identidade colectiva. Pois é esta identidade colectiva que pretendemos verter num
símbolo global. A dar voz, e a reiterar, este nosso projecto surgem as palavras que Saskia Sassen
emprestou ao jornal Público a 24 de Abril de 2011, aquando da sua estada em Lisboa para a
inauguração do projecto “Global City 2.0” e para o lançamento do seu livro “Sociologia da
Globalização”. A socióloga acredita que «Neste momento, [são] as especificidades das cidades
[que] têm muito mais importância. É por isso que não se trata de olhar para o lugar que Lisboa [ou
Oeiras] ocupa na lista, nem para o seu tamanho. O que temos de fazer é procurar a sua
particularidade, as diferenças que a tornam atraente para os investidores e as pessoas».
Prosseguiu afirmando que se vivesse em Lisboa e estivesse a conceber estratégias para a cidade
«começaria por ler muito sobre o seu passado».
3. A “ALMA” DOS «LUGARES»
David Harvey (1973) foi um dos autores que versou sob o processo de formação do lugar,
explicando que este assume um duplo significado: o de localização (posição) e o de entidade ou
permanência construída dentro de um processo social. Segundo o autor, o lugar pode também ser
compreendido como um local de imaginários - “um “locus” da memória colectiva”. Assim, torna-se
perceptível de compreender que os lugares se revestem de inegável poder simbólico, carregando
um “ADN” único. Edward Soja (1989) engrossa este caudal, ao recorrer à noção de “espacialidade”
para apresentar o lugar como um produto social. E nesta perspectiva os espaços, acabam por estar
em contínua (re)criação, num processo em que a memória desempenha um papel importante na
construção da sua identidade. E falar de “espaço” remete-nos para Lefebvre (1999), que aponta a
diferença entre cidade e espaço, à primeira atribui a “forma”, onde decorrem e se materializam as
relações sociais, já no que concerne ao espaço considera-o o “conteúdo”. Daí ter acusado os
planeadores urbanos de menosprezarem ou ignorarem, por completo, os elementos sociais e
simbólicos em detrimento dos espaciais. O autor defende a cidade como “espaço vivido”.
Diferenças à parte, é esta lógica que anima o projecto de aliar a Baixa de Lisboa e a Vila de Oeiras
através de uma mesma figura – Sebastião José Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e comummente
conhecido como Marquês de Pombal – e transformá-la num símbolo “ganhador”. (Benko e Lipietz,
1994)
4. A “MEMÓRIA” COMO FORÇA MOTORA DO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
Falar de memória implica recordarmos o trabalho de Halbwachs (1990), aluno de Durkheim, que
em 1925 trouxe à ribalta uma nova concepção de memória: “a memória colectiva” desprendendo-
a, assim, do carácter individual a que estava submetida e sublinhado que a memória deve ser
entendida também, ou sobretudo, como um fenómeno social, ou seja, como construção colectiva
que está à mercê de (re)ajustes constantes. Albino (1997) também aposta na preservação e no
reforço da identidade territorial como uma das variáveis mais explicativas do desenvolvimento
territorial e da competitividade, visto que «as estratégias de desenvolvimento deveriam basear-se
no aproveitamento da tipicidade ancestral para encorajar uma evolução diferenciadora que possa
conduzir ao reforço da inovação local.»
5. UM SÍMBOLO: DEVOLUÇÃO DO SENTIMENTO DE PERTENÇA E UM TRUNFO NA
COMPETITIVIDADE URBANA
Bourdieu (1989) referiu que «Os símbolos são instrumentos por excelência da “integração social”:
enquanto instrumentos do conhecimento e de comunicação, eles tornam possível o “consensus”
acerca do sentido do mundo social (…)». Daí revestirem-se [símbolos] de vital importância (ontem,
hoje e sempre), mas o autor foi mais incisivo quando falou da força do poder simbólico, «(…) é
capaz de fazer ver e fazer crer, de confirmar ou de transformar a visão do mundo e, deste modo, a
acção sobre o mundo, (…) [é] quase mágico (…)». A promoção de uma cidade ou território passa
por identificar as suas características, os seus traços peculiares, e por construir uma marca forte,
atraente e competitiva, capaz de atrair fluxos, dinamizar o turismo e até mesmo a própria
sociedade. Segundo Kotler e Armstrong (2006), uma cidade (ou lugar) é uma marca e deverá ser
gerida como tal e integrada numa estratégia de marketing. A marca de um destino é um nome, um
símbolo, um logótipo ou outra forma de identificar o local e de o promover a nível nacional e
internacional, resume a sua identidade e a forma como este se pretende projectar. É uma
promessa, uma antecipação, uma expectativa. A crescente concorrência entre os territórios
encaminha para o aperfeiçoamento das estratégias de marketing territorial que, segundo Kotler e
Armstrong (2006), aliadas ao planeamento estratégico, deve revestir a forma de um processo,
visto como um instrumento de apoio às estratégias de desenvolvimento das cidades, indispensável
para uma visão mais objectiva e focalizada, utilizado ao serviço da concepção, gestão e promoção
dos lugares com o objectivo de aumentar a atractividade e o desenvolvimento interno e a
afirmação externa. A atractividade e a competitividade devem assentar em factores de inovação e
de diferenciação, bem como numa capacidade de governação e de liderança capazes de mobilizar
os actores em torno de uma Visão e de um Programa Estratégico. A competitividade urbana
depende do que as cidades têm para oferecer.
6. UM “PROJECTO” DE TURISMO CRIATIVO
A relevância histórica das cidades consubstancia um dos principais pontos de atracção dos turistas
que viajam motivados pela cultura. Oeiras poderá beneficiar do elevado awareness da história que
caracteriza o período de maior desenvolvimento da cidade de Lisboa enquanto capital e num
momento de renovação arquitectónica pós terramoto de 1755, protagonizada por Sebastião José
de Carvalho e Melo, com residência em Oeiras. Retiradas e reiteradas algumas ideias provenientes
de documentos estratégicos, salientamos o potencial “turismo cultural”, elencado pelo património
histórico, associado ao período de maior desenvolvimento – o período Pombalino. A integração do
património histórico de Oeiras, designadamente o Palácio Marquês de Pombal e Quinta de Recreio
do Marquês de Pombal, património classificado, na oferta cultural de Lisboa, beneficiando da
elevada influência dessa figura simbólica, permitiria celebrar uma identidade e fomentar o
desenvolvimento de programas cooperativos de promoção e incentivo ao turismo cultural. Nesta
medida, o que defendemos é um projecto de turismo criativo, inovador e cooperativo, onde os
aspectos históricos e culturais fossem explanados em quiosques informativos, localizados
respectivamente no centro histórico de Oeiras e na Baixa de Lisboa, nas suas artérias mais
“visitadas”, fundindo as oportunidades que o símbolo medeia. Pretendendo-se assim divulgar para
além da sobejamente conhecida história, alguns aspectos peculiares, como a gastronomia.
Exemplo houve de um doce confeccionado em Oeiras, alusivo ao ilustre e denominado por “Palitos
do Marquês” que deve ser resgatado e inserido numa rota gastronómica que deve ir mais além do
que o pequeno território do centro histórico e do consequente número de visitantes. Outra ideia a
explorar e agarrando o que já tem vindo a ser desenvolvido, é difundir a visibilidade do Vinho de
Carcavelos e promover a sua nova imagem junto de visitor attractions, no sentido de criar
condições para que a marca emergente da Região Demarcada seja divulgada nacional e
internacionalmente. O vinho de Carcavelos iniciou uma nova fase de expansão com a criação de
uma confraria, a Confraria do Vinho de Carcavelos, para comercializá-lo com a marca Conde de
Oeiras, com o objectivo de o tornar no ex-líbris dos produtos regionais deste lugar. Se por um lado
Oeiras tem um passado “sem turismo”, por outro tem a “matéria”. Ora as redes constroem-se
sobre interesses duais, mas certamente distintos. Em Oeiras temos o Palácio, que de acordo com o
Plano Estratégico do Turismo será modificado numa unidade hoteleira, a Quinta com as suas vinhas
demarcadas (e históricas) e o vinho e ainda a possibilidade de resgatar um doce cuja origem não é
certamente da época de vida do Conde de Oeiras, mas que tão bem se enquadra nesta “rota”. Já
Lisboa, a capital do País, dispensa qualquer enquadramento quanto ao turismo próprio. Mas,
seriam ainda concentrados eventos em torno dos marcos cronológicos associados a esta figura.
Assim e atendendo ao dia do seu nascimento, 13 de Maio, em Lisboa, aí se iniciava o período
festivo, aproveitando todo o fluxo de turismo religioso que se verifica em Portugal pelo motivo da
visita ao Santuário de Fátima. Este período, decorreria até ao dia 6 de Junho, que no ano de 1759,
lhe foi atribuído o título de Conde de Oeiras. Eventos esses que se confinam às festas existentes
em ambos os municípios, no mês de Junho, quer pelo motivo da elevação de Oeiras à categoria de
vila, a 7 de Junho, quer em Lisboa por se festejar o Santo António, a 13 de Junho.
7. NOTAS FINAIS
Não se quer terminar sem tecer uma breve reflexão final, apesar de estarmos cientes de que este
trabalho não constitui mais do que um modesto contributo, a carecer de maior aprofundamento,
ainda assim crê-se que pode ser parte da resposta ao desafio colocado pela United Nations
Conference on Trade and Development, «Each country is different, each market is special and each
creative product has its specific touch and splendour. Nonetheless, every country [or cities, or
places] might be able to identify key creative industries that have not yet been exploited to their
full potential so as to reap developmental benefits. There is no one-sizefits-all prescription; each
country should formulate a feasible strategy to foster its creative economy, based on its own
strengths, weakness and realities. The time for action is now”. (UNCTAD, 2010).
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