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DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE EM LABVIEW PARA BALANCEAMENTO DINÂMICO DE ROTORES André de Souza Mendes Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientador: Prof. Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto, Dr.-Ing. Rio de Janeiro Agosto de 2013

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  • DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE EM LABVIEW PARA BALANCEAMENTO

    DINMICO DE ROTORES

    Andr de Souza Mendes

    Projeto de Graduao apresentado ao Curso de

    Engenharia Mecnica da Escola Politcnica,

    Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

    parte dos requisitos necessrios obteno do

    ttulo de Engenheiro.

    Orientador: Prof. Fernando Augusto de Noronha

    Castro Pinto, Dr.-Ing.

    Rio de Janeiro

    Agosto de 2013

  • 3

    Captulo 2 - Bancada de Balanceamento

    2.1. Descrio

    A mquina de balanceamento consiste em uma bancada inercial robusta apoiada

    sobre uma base de concreto. A carcaa acomoda um motor eltrico trifsico com inversor de

    frequncia responsvel pelo seu acionamento, mancais ajustveis, acoplamento e

    transmisso.

    Para a aquisio dos sinais de vibrao so utilizados acelermetros de um nico eixo

    do fabricante PCB PIEZOTRONICS e um detector de volta eletromecnico. Esses sensores

    vo fornecer os dados necessrios para a determinao das variveis que sero usadas no

    algoritmo de balanceamento.

    Figura 2.1 - Descrio da bancada de balanceamento

  • 4

    2.2. Equipamentos

    2.2.1. Motor Eltrico

    O motor eltrico responsvel por acionar um conjunto de polias que ser ento

    conectado ao rotor a ser balanceado. O modelo do motor utilizado um motor VEB

    Elektromotorenwerk trifsico, 220 / 380 V, 2,4 / 1,4 A, 300 W, 60 Hz e 3420 RPM. Ele ser

    acionado por um inversor de frequncia com um display programvel fixado carcaa. Desta

    forma possvel controlar a velocidade de rotao, rampa de acelerao e desacelerao e

    outros parmetros referentes operao do motor.

    Figura 2.2 - Detalhe dos mancais, rotor e acelermetros

  • 5

    2.2.2. Mancais

    O conjunto de sustentao do rotor composto por dois mancais com apoios de

    deslizamento. A pea de desgaste do mancal substituvel e presa sobre duas lminas

    verticais que so responsveis por sustentar verticalmente o rotor e admitir um grau de

    liberdade na direo horizontal perpendicularmente ao eixo de rotao. Este grau de liberdade

    pode ser restringido atravs de um mecanismo de travamento por alavanca. Alm disso, o

    mancal tambm possui um parafuso de acionamento que permite o ajuste de altura dos apoios

    para o nivelamento correto do rotor.

    Os mancais se encontram sobre trilhos, sendo, portanto, possvel o deslocamento

    deles entre si e em relao ponta de eixo proveniente da transmisso. Desta forma pode-se

    apoiar o rotor entre os mancais ou at mesmo em balano alm dos limites da bancada. Essa

    flexibilidade permite a acomodao de diversos tipos de rotores com ampla margem de

    comprimentos e dimetros.

    2.2.3. Acoplamento

    O acoplamento feito por meio de duas peas. A primeira um cilindro vazado

    posicionado coaxialmente ao eixo de rotao e presa por meio de parafusos ao eixo do rotor.

    A segunda uma pea em forma de disco posicionada na ponta de eixo de acionamento. Um

    pino transversal garante o movimento solidrio das duas peas.

    2.2.4. Transmisso

    A transmisso permite o ajuste da relao de velocidade do rotor em relao ao motor

    eltrico de acionamento. Duas polias e uma correia fazem o papel de transmisso. Cada polia

    possui dois dimetros de operao sendo a primeira de 33 mm e 57 mm e a segunda de 53

    mm e 77 mm tendo as seguintes relaes de transmisso possveis: 1,075:1 e 0,429:1 .

  • 6

    Captulo 3 - Teoria de Balanceamento

    3.1. Introduo

    O desbalanceamento apresenta consequncias negativas ao equipamento podendo, de

    acordo com a intensidade, danificar os mancais, rolamentos e at mesmo o prprio rotor.

    Logo, para preservar a integridade e o funcionamento adequado da mquina utiliza-se

    tcnicas de balanceamento para contornar distribuies de massa no uniformes em torno do

    eixo de rotao. Essas no uniformidades podem ser ocasionadas por simples assimetria da

    pea ou por processos de fabricao de baixa preciso.

    O balanceamento de rotores faz uso da tcnica de coeficientes de influncia para a

    determinao dos efeitos de vibrao causados por uma massa excntrica ao eixo de giro do

    rotor. Para a realizao do algoritmo utiliza-se a informao da amplitude de oscilao e a

    posio angular do pico de deslocamento medido em relao a um ponto de referncia. Esses

    valores so ento usados para os clculos de quantidade e posio da massa corretora que

    deve ser inserida nos planos de insero de massa. A seguir ser descrita a teoria de

    implementao do mtodo de balanceamento.

    3.2. Definio de desbalanceamento

    RAO [4] define desbalanceamento como a presena de uma massa excntrica ou

    assimtrica em relao ao eixo de rotao do rotor, ou seja, um componente desbalanceado

    aquele que apresenta uma massa em excesso posicionada de maneira a deslocar o centro de

    gravidade ao longo de sua seo perpendicular.

    A ausncia de desbalanceamento uma condio terica e idealizada devido ao fato

    de que independentemente do tamanho da imperfeio haver um desvio do eixo de rotao

    em relao ao eixo principal de inrcia, o que resultar em esforos perceptveis de vibrao.

    Para caracterizar essa excentricidade podemos estipular uma massa numa seo

    transversal do rotor concentrada em um ponto, porm deslocada de uma distncia em

    relao ao eixo de rotao. A massa ao girar com uma velocidade angular gera uma

  • 7

    fora centrfuga que ser a causadora da fora de desbalanceamento. Esta fora centrfuga

    pode ser avaliada da seguinte forma:

    = 2 (1)

    3.3. Causas de Desbalanceamento

    O desbalanceamento pode ser ocasionado por diversos motivos, porm todos causam

    o efeito de deslocamento do eixo principal de inrcia em relao ao eixo de rotao do rotor

    como descrito no item acima. Segue abaixo uma listagem de eventos que podem gerar um

    desbalanceamento de massa em peas:

    Configuraes assimtricas

    Mancais e acoplamentos no concntricos

    Incrustaes, corroso ou desgaste

    Distores devido efeitos trmicos ou a esforos

    Cavitao em bombas

    Figura 3.1 Fora centrfuga gerada pela rotao da massa deslocada de (retirada de SOUSA [5])

  • 8

    3.4. Tipos de Desbalanceamento

    O desbalanceamento pode ser caracterizado de diversas formas de acordo com o tipo

    de deslocamento que o eixo principal de inrcia tem em relao ao eixo de rotao da pea.

    Para definir os tipos de desbalanceamento primeiramente estipulado um rotor terico

    perfeitamente balanceado, no qual so inseridas massas de desbalanceamento que

    dependendo da posio iro implicar num determinado tipo de balanceamento

    3.4.1. Desbalanceamento Esttico

    O desbalanceamento esttico definido como o deslocamento radial do eixo principal

    de inrcia mantendo a orientao paralelamente ao eixo de rotao. Este tipo de

    desbalanceamento comum em rotores curtos em que os sinais de oscilao dos mancais se

    apresentam em fase.

    A modelagem equivalente deste desbalanceamento consiste em uma massa

    desbalanceadora posicionada sobre o plano mdio do rotor ou duas massas posicionadas em

    planos transversais afastados simetricamente em relao ao plano mdio.

    Para corrigir este desbalanceamento, o excesso de massa deve ser compensado

    removendo ou adicionando massas de forma a anular a no uniformidade causada pela

    excesso de massa presente. Segue abaixo uma ilustrao deste tipo de desbalanceamento:

    Figura 3.2 - Modelo de desbalanceamento esttico com uma massa de desbalanceamento (retirada de SOUSA [5])

  • 9

    3.4.2. Binrio de Desbalanceamento

    O binrio de deslocamento definido como a inclinao do eixo de inrcia, porm

    preservando o centro de massa coincidente com o eixo de rotao.

    O modelo que descreve esse fenmeno consiste em posicionar duas massas opostas

    posicionadas em planos transversais afastados simetricamente em relao ao plano mdio.

    As massas geram foras centrfugas que se anulam, no entanto criam um momento

    que resulta num desbalanceamento que pode ser quantificado como:

    = (2)

    Onde o debalanceamento e a distncia dos planos de colocao das massas. Segue

    abaixo uma ilustrao do binrio de deslocamento com duas massas desbalanceadoras

    posicionadas na extremidade dos eixos e opostamente em relao ao plano mdio.

    Figura 3.3 - Modelo de desbalanceamento esttico com duas massas de desbalanceamento (retirada de SOUSA [5])

  • 10

    Para a soluo dos efeitos de vibrao so necessrias duas massas corretoras em dois

    planos de balanceamento diferentes para que o efeito do momento possa ser anulado. Logo,

    com um binrio posicionado de forma contrria ao eixo possvel equilibrar o momento

    gerado pelo binrio de desbalanceamento.

    3.4.3. Desbalanceamento Quase-Esttico

    O desbalanceamento quase esttico definido como a inclinao do eixo principal de

    inrcia, sem que o centro de massa se mantenha coincidente com o eixo de rotao, porm

    com estes dois eixos ainda se interceptando. Logo, alm da inclinao, h um deslocamento

    da distribuio de massa na direo radial.

    O modelo que define este desbalanceamento a combinao do desbalanceamento

    esttico com o binrio de desbalanceamento, onde o centro de massa deslocado radialmente

    e o eixo principal de inrcia inclinado. Para a reduo dos efeitos de desbalanceamento

    possvel corrigir esse tipo de balanceamento com duas massas que tero a funo de reverter

    o binrio e deslocar o centro de massa em direo ao eixo de rotao. Segue abaixo uma

    Figura 3.4 - Modelo de binrio de desbalanceamento (retirada de SOUSA [5])

  • 11

    ilustrao do rotor com as massas de desbalanceamento que caracterizam o modelo de

    desbalanceamento quase-esttico.

    Figura 3.5 - Modelo de desbalanceamento quase-esttico com uma massa de desbalanceamento (retirada de

    SOUSA [5])

    Figura 3.6 - Modelo de desbalanceamento quase-esttico com trs massas de desbalanceamento (retirada de

    SOUSA [5])

  • 12

    3.4.4. Desbalanceamento Dinmico

    O desbalanceamento dinmico definido como a inclinao do eixo principal de

    inrcia e a no interseo com o eixo de rotao em nenhum ponto, ou seja, o modelo que

    define este caso apresenta massas de desbalanceamento posicionadas com uma certa

    angulao entre si quando avaliadas numa vista transversal ao eixo de rotao.

    Essa configurao a mais comum nos casos de equipamentos industriais e exige que

    o balanceamento seja realizado atravs da colocao de duas massas corretoras em pelo

    menos dois planos.

    3.5. Rotores Rgidos e Flexveis

    Rotores podem ser caracterizados como rgidos ou flexveis de acordo com as

    deformaes ao longo do eixo apresentadas quando submetidos a rotaes. Se um rotor

    apresentar um nvel desprezvel de deformaes durante a operao ele considerado um

    rotor rgido, podendo ser facilmente balanceado atravs de dois planos de insero de massas.

    Quando o rotor opera com a rotao de aproximadamente 70% da frequncia de

    ressonncia ele tende a se deformar de acordo com o modo de vibrao correspondente.

    Figura 3.7 - Modelo de desbalanceamento dinmico com duas massas (retirada de SOUSA [5])

  • 13

    Logo, mais planos de balanceamentos sero necessrios para uma reduo da amplitude de

    vibrao. A figura a seguir mostra os efeitos de deformao de acordo como modo da

    vibrao de ressonncia do rotor:

    3.6. Balanceamento pelo mtodo de Coeficientes de Influncia

    Balanceamento nada mais do que o procedimento realizado para reduzir os efeitos

    causados pela distribuio de massa no uniforme em torno do rotor, o que proporciona a

    reduo de vibraes e rudos indesejados no sistema em questo.

    O mtodo de coeficientes de influncia um procedimento que leva em considerao

    o atraso da excitao referente passagem da massa desbalanceadora, ou seja, a diferena

    em termos de fase da posio da massa e do sinal por ela gerado. Como geralmente no se

    sabe onde esta massa se encontra, nem qual a diferena de fase, necessrio o uso de massas

    de teste conhecidas que sero inseridas nos planos de balanceamento do rotor em posies

    tambm conhecidas para que haja uma avaliao dos efeitos causados. Atravs dessas

    informaes e de um algoritmo envolvendo vetores complexos possvel determinar com

    Figura 3.8 Deformao de rotores flexveis (retirada de SOUSA [5])

  • 14

    preciso o valor da massa corretora e a posio angular em que ela dever ser inserida e,

    assim, reduzir os efeitos de vibrao a nveis aceitveis.

    Este mtodo pode ser implementado para a resoluo de desbalanceamento esttico e

    dinmico, sendo o primeiro um caso particular do segundo. A seguir segue a teoria do mtodo

    de coeficientes de influncia para ambos os casos.

    3.6.1. Balanceamento Esttico

    O balanceamento esttico comum em rotores curtos e pode ser implementado

    atravs do mtodo de coeficientes de influncia. As amplitudes de vibrao so

    primeiramente adquiridas em termos de deslocamento dos mancais no plano horizontal

    perpendicularmente ao eixo de rotao do rotor. Neste caso ambos os mancais oscilam em

    fase e com a mesma amplitude no havendo diferena entre os sinais. Uma referncia ento

    escolhida e serve como base para a avaliao da fase dos sinais de oscilao. Esta referncia

    dada por um pico de tenso a cada volta do rotor e ser o ponto zero. Os pontos de amplitude

    mxima do sinal gerados pela massa desbalanceadora so ento caracterizados pelo seu valor

    e posio em relao referncia do rotor.

    A Figura 3.9 ilustra os sinais de oscilao e o sinal de referncia no caso de vibrao

    em fase dos mancais:

    Figura 3.9 - Sinal de desbalanceamento esttico e marcao de volta do rotor

  • 15

    Supondo um comportamento linear entre a amplitude de vibrao e o

    desbalanceamento que causa [5], tem-se a equao (3) em termos de nmeros complexos:

    = (3)

    Onde denominado coeficiente de influncia, representa a amplitude de vibrao e a

    massa desbalanceadora.

    O procedimento de balanceamento [5] consiste nos seguintes passos:

    Girar o rotor na rotao de trabalho.

    Medir a amplitude e fase da vibrao inicial sem nenhuma massa no plano de

    balanceamento. (0 0)

    Parar o rotor.

    Colocar a massa de teste numa posio angular conhecida.

    Girar o rotor na rotao de trabalho.

    Medir a amplitude e fase da vibrao resultante. (1 1).

    Parar o rotor.

    Remover a massa de teste.

    Executar o procedimento de clculo.

    Adicionar a massa corretora no local indicado.

    Para a obteno do coeficiente de influncia basta apenas subtrair a amplitude de

    vibrao original da amplitude de vibrao resultante e dividir o resultado pelo valor

    complexo da massa de teste:

    =

    1 0

    (4)

  • 16

    Com o coeficiente de influncia determinado pode-se reescrever a equao (4) da

    seguinte forma:

    = ()1 0 (5)

    A equao (5) pode ser alterada para caracterizar a massa corretora final que dever

    ser inserida para a resoluo do desbalanceamento:

    = ()1 (0) (6)

    Onde o valor complexo da massa corretora. O valor inverso do coeficiente de influncia

    dado por:

    1 =

    1 0

    (7)

    Resultando numa massa corretora igual :

    =

    1 0 (0)

    (8)

    Ou ainda:

    =

    0

    0 1

    (9)

  • 17

    A Figura 3.10 ilustra o procedimento de balanceamento descrito acima:

    Onde o vetor ( 1 0) consiste no desbalanceamento gerado apenas pela massa de

    teste , 0 o ngulo de fase da vibrao original, 1 o ngulo de fase da vibrao com a

    massa de teste e o ngulo de atraso formado entre ( 1 0) e a posio da massa de

    teste. O ngulo de atraso determina qual deve ser o avano da massa corretora em relao

    posio oposta da vibrao original.

    3.6.2. Balanceamento Dinmico

    Balanceamento dinmico de rotores o tipo de balanceamento mais empregado em

    rotores de maior comprimento fazendo uso de dois mancais e dois planos de balanceamento.

    Os sinais de vibrao se apresentam com uma diferena de fase e amplitude, e precisam ser

    adquiridos simultaneamente nos dois mancais. O mtodo de coeficientes de influncia se

    Figura 3.10 - Procedimento de balanceamento esttico (retirada de SOUSA [5])

  • 18

    aplica tambm a esse caso, diferindo do balanceamento esttico no nmero de medies e na

    introduo de um algoritmo matricial complexo para o clculo da massa corretora.

    A Figura 3.11 ilustra as oscilaes e o sinal de referncia no caso de

    desbalanceamento dinmico.

    Neste caso, a suposio do comportamento linear da amplitude em relao ao

    desbalanceamento se mantm conforme o estipulado no caso do balanceamento esttico. A

    primeira medio tambm realizada nos mesmos moldes diferindo apenas o fato de se

    adquirir e levar em conta os sinais de ambos os mancais.

    O procedimento de balanceamento com dois planos e dois mancais [5] dado por:

    Girar o rotor na rotao de trabalho.

    Medir a amplitude e fase da vibrao inicial nos dois mancais sem nenhuma

    massa no plano de teste. (10 10; 20 20)

    Parar o rotor.

    Colocar a massa de teste numa posio angular conhecida no primeiro plano

    de insero de massa de teste.

    Girar o rotor na rotao de trabalho.

    Medir a amplitude e fase da vibrao resultante nos dois mancais.

    (11 11; 21 21)

    Parar o rotor.

    Remover a massa de teste do primeiro plano.

    Figura 3.11 - Sinais de desbalanceamento dinmico e marcao de volta do rotor

  • 19

    Colocar a massa de teste numa posio angular conhecida no segundo plano

    de insero de massa de teste.

    Girar o rotor na rotao de trabalho.

    Medir a amplitude e fase da vibrao resultante nos dois mancais.

    (12 12; 22 22)

    Parar o rotor.

    Executar o procedimento de clculo.

    Adicionar as massas corretoras nos locais indicados nos planos de

    balanceamento.

    Anlogamente ao procedimento de balanceamento esttico [5] a equao (10)

    especifica a massa corretora, porm em forma matricial:

    {} = ||1 {0} (10)

    A matriz A refere-se :

    || = |11 1221 22

    | (11)

    Onde os coeficientes de influncia so determinados de forma anloga:

    11 =

    11 101

    (12)

    12 =

    12 102

    (13)

    21 =

    21 201

    (14)

  • 20

    22 =

    22 202

    (15)

    O vetor das amplitudes iniciais de vibrao e o vetor das massas corretoras:

    {0} = {

    1020

    } (16)

    {} = {

    12

    } (17)

    A matriz inversa de A dada por:

    ||1 = ||

    221221 1122

    121221 1122

    211221 1122

    111221 1122

    ||

    (18)

    Logo:

    {12

    } = ||

    221221 1122

    121221 1122

    211221 1122

    111221 1122

    || {1020

    }

    (19)

    Desta forma os valores complexos das massas corretoras so dadas por:

    1 =

    2210 12201221 1122

    (20)

    2 =

    1120 21101221 1122

    (21)

  • 21

    A Figura 3.12 ilustra o procedimento descrito acima:

    Onde (11 10) e (21 20) so os vetores de desbalanceamento devido massa

    de teste 1 nos mancais um e dois, respectivamente. Os vetores (V12-V10) e (V22-V20)

    representam o desbalanceamento devidos massa de teste 2 nos mancais um e dois,

    respectivamente. Os ngulos 11 e 21 so os ngulos de fase aps a insero da massa de

    Figura 3.12 - Procedimento de balanceamento dinmico (retirada de SOUSA [5])

  • 22

    teste 1 (posicionada no mancal um) nos mancais um e dois, respectivamente. E por fim, os

    ngulos 12 e 22 so os ngulos de fase aps a insero da massa de teste M2 (posicionada

    no mancal dois) nos mancais um e dois, respectivamente.

    3.7. Estimativa da massa de teste

    A massa de teste para um rotor desbalanceado pode ser estimada atravs da equao

    emprica apresentada por SOUSA [5]:

    =

    90

    (1000)

    2

    (22)

    Onde representa massa de teste, a massa do rotor, o raio em que ser fixada a massa

    de teste e a rotao do eixo.

    3.8. Transposio de planos e dimetros

    O mtodo de balanceamento descrito at aqui impe a adio da massa corretora

    necessariamente nos planos e dimetros usados para a insero das massas de teste. Na

    prtica isso pode no ser possvel, existindo um posicionamento diferenciado para a massa

    corretora efetiva. Para atender esta circunstncia preciso desenvolver o clculo de

    transposio que permita substituir a massa corretora do plano da massa de teste por uma

    massa equivalente posicionada no plano de correo.

    As Figuras 3.13 e 3.14 ilustram os planos e distncias que sero utilizados para a

    realizao do clculo. possvel visualizar os planos dos mancais, M1 e M2, os planos de

    adio da massa de teste, PT1 e PT2, e os planos de insero da massa corretora, PC1 e PC2.

    A distncia entre os mancais dada por M, as distncias T1 e T2 so as distncias dos planos

    de colocao da massa de teste e C1 e C2 so as distncias dos planos de colocao da massa

    de correo. Todas em relao ao mancal um.

  • 23

    Atravs das equaes de equilbrio do rotor podemos concluir que uma massa

    corretora num dos planos de teste pode ser substituda por massas equivalentes posicionadas

    nos planos dos mancais. Logo, as massas equivalentes devido s massas de teste 1 e 2

    podem ser definidas como:

    11 =

    ( 1)

    1

    (23)

    21 =

    1

    1

    (24)

    Figura 3.13 - Planos de insero de massa do rotor

    Figura 3.14 Distncias em duas configuraes de montagem

  • 24

    12 =

    ( 2)

    2

    (25)

    22 =

    2

    2

    (26)

    Onde 11, 21 so as massas equivalentes nos mancais 1 e 2,

    respectivamente, devido massa corretora 1 no plano de teste 1. E as massas

    12, 22 so as massas equivalentes nos mancais 1 e 2, respectivamente,

    devido massa corretora 2 no plano de teste 2.

    Com os valores das massas equivalentes nos planos dos mancais conhecidos,

    possvel escrever o valor da massa corretora que ser inserida no plano de correo:

    11 =21 (11 + 21)

    2

    (1 2)

    (27)

    12 =22 (12 + 22)

    2

    (1 2)

    (28)

    1 = 11 + 12 (29)

    2 = (1 + 2) 1 (30)

    As equaes (27) e (28) representam os valores das massas 11 e 12 nos

    planos de correo devido s massas equivalentes nos mancais geradas por 1 e 2

    respectivamente. O valor da massa equivalente no mancal um dado pela equao (29) e a

    resultante no mancal dois dado pela equao (30).

    A correo do dimetro ocorre avaliando a colocao de uma massa equivalente num

    raio diferente do ponto de insero da massa de teste, porm preservando o mesmo plano.

  • 25

    Como a fora centrfuga gerada por uma massa em excesso no rotor varia com o quadrado

    do raio, temos a seguinte relao para a massa no dimetro efetivo de correo:

    = (

    )2

    (31)

    Figura 3.15 - Dimetros de insero da massa de teste e massa corretora