Balanço de Energia - Sem Reação Química (1)

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  • Princpios de Processos Qumicos

    Balano de Energia Sem Reao Qumica

    Este material destinado como APOIO aos livros-textos utilizados pela disciplina de Princpios de Processos Qumicos/UFSJ e destinados aos alunos que cursam a disciplina durante o 2 Semestre de 2012.

    Conforme explicado durante as aulas, essa verso contm erros que sero corrigidos futuramente, portanto, importante reforar que o

    contedo da disciplina dever ser feito pelos livros-textos.

    proibida a divulgao e distribuio do material a terceiros.

  • Princpios de Processos Qumicos

    Balano de Energia

    3 Prova Balano de Energia Sem Reao Qumica

    Felder Captulos 7 e 8

    Himmelblau Captulo 21 a 24

    4 Prova Balano de Energia Com Reao Qumica

    Felder Captulos 9

    Himmelblau Captulo 25 a 27

  • Balano de Energia

    Como Engenheiros uma de nossas principais tarefas contabilizar a quantidade de energia que flui para dentro e para fora de cada unidade e determinar a necessidade energtica global do processo.

    Os clculos dos balanos de energia so feitos da mesma maneira que os balanos de massas.

  • Formas de Energia

    a) Energia Cintica (Ek)

    a energia do movimento de um objeto de massa m

    uma velocidade u (m/s): Se um fluido entra no sistema com vazo mssica

    (Kg/s) e velocidade u (m/s), ento:

    J= kg. m2/s2

    J/s = kg. m2/s3

  • Formas de Energia

    a) Energia Cintica (Ek)

    a taxa na qual a energia cintica transportada para o sistema pela corrente do fluido

  • Formas de Energia b) Energia Potencial Gravitacional (Ep)

    a energia devido posio de um objeto de massa m acima de um plano referncia, com uma altura (z) e acelerao da gravidade g.

    Se um fluido entra no sistema com vazo mssica (Kg/s) e uma altura z, ento:

    J= kg. m2/s2

    J/s = kg. m2/s3

  • Formas de Energia

    a) Energia Potencial Gravitacional (Ep)

    a taxa na qual a energia potencial gravitacional transportada para o sistema pela corrente do fluido

  • Formas de Energia c) Energia Interna (U)

    Toda energia possuda por um sistema alm da Ek e EP, tal como a energia devido ao movimento das molculas e dos tomos (rotacional, vibracional, eletromagntica).

    Suponha um processo fechado (onde no h transferncia de massa) a energia pode ser transferida entre o sistema de duas formas:

    a) Como CALOR: que a energia que flui como o resultado da diferena de temperatura entre o sistema e a vizinhana.

    b) Como TRABALHO: que a energia que flui como resposta a qualquer outra fora motriz que no a diferena de temperatura, tais como uma fora , um torque, uma voltagem.

  • Formas de Energia

    c) Energia Interna (U)

    O calor e o trabalho se refere energia que

    est sendo transferida, eles so adicionados

    ou liberados pelo sistema, no se pode dizer

    que eles esto contidos no sistema.

  • 1 Lei da Termodinmica

    O princpio que fundamenta todos os

    balanos de energia a 1 Lei da

    Termodinmica, que estabelece que a

    energia no pode ser criada nem destruda.

    Para um sistema fechado (onde no

    h entrada e nem sada de massa) a energia

    pode atravessar os limites do sistema na

    forma de Calor (Q) ou trabalho (W).

  • 1 Lei da Termodinmica

    Para energia:

    Efinal Einicial = Etransferida ao sistema

    Tipos de energia ( Ek, Ep, U)

    (Ek final + EP final + Ufinal ) - (Ek inicial + EP inicial + U inicial) = Q - W

    Ek + EP + U = Q - W

    Forma bsica da 1 Lei da Termodinmica para sistema fechado

    Q (+) = Calor transferido da vizinhana para o sistema. W (+) = trabalho transferido do sistema para a vizinhana.

  • Simplificaes:

    - Ek = 0 se o sistema no est acelerando;

    - Ep = 0 se o sistema no est subindo ou descendo;

    - U = 0 se no h variao de temperatura, mudana de fases ou reao qumica e se a variao de presso

    pequena

    - Q = 0 se o sistema e a vizinhana esto na mesma temperatura (sistema adiabtico);

    - W = 0 se no h deslocamento das fronteiras, partes mveis, corrente eltrica ou radiao atravs das fronteira.

    Ek + EP + U = Q - W

  • Propriedades Especficas e Entalpia As propriedades da matria podem ser:

    EXTENSIVAS Proporcional a quantidade de material:

    Exemplo: m, n, v, Ek, EP, U, , , , ,

    INTENSIVAS Independe da quantidade de material:

    Exemplo: T, P,

    Propriedade Especfica uma quantidade intensiva obtida pela razo de propriedade extensiva pela quantidade total de material do processo.

  • Propriedades Especficas e Entalpia

    Exemplo 1:

    O volume de um fluido 200 cm3 e massa 200 g,

    qual seu volume especfico?

    Propriedade Intensiva Propriedade Especfica =

    Quantidade total de material

    Volume Especfico = Volume

    Massa

    1 cm3 /g

    200 g = =

    200 cm3

    * O Smbolo (^) usado para representar uma propriedade especfica

  • Propriedades Especficas e Entalpia

    Propriedade Intensiva Propriedade Especfica =

    Quantidade total de material

    Volume Especfico = Vazo volumtrica

    Vazo Mssica

    1,5 L /kg

    100 kg/min = =

    150 L/ min

    Exemplo 2:

    A vazo mssica de uma corrente de 100

    kg/min e a vazo volumtrica 150 L/min?

  • Propriedades Especficas e Entalpia

    Propriedade Intensiva Propriedade Especfica =

    Quantidade total de material

    Energia Cintica Especfica =

    Ek

    Vazo Mssica

    3 J /kg

    100 kg/min = =

    300 J/ min

    Exemplo 3:

    A taxa na qual a energia cintica transportada por

    uma corrente 300 J/min e a vazo mssica de 100

    kg/min, qual a energia cintica especfica?

  • Propriedades Especficas e Entalpia

    U (J) (J/kg)=

    m (kg) U = m .

    Exemplo 4:

    U = n . ou

    (J/s) (J/kg)=

    (kg/s) = . ou = .

    Exemplo 5:

  • Propriedades Especficas e Entalpia

    H (J) (J/kg)=

    m (kg) H = m .

    Exemplo 6:

    H = n . ou

    Uma propriedade que aparece com frequncia nos Balanos de Energia:

    Exemplo 7:

    (J/s) (J/kg)= = . = . ou

    (kg/s)

  • Propriedades Especficas e Entalpia

    Exemplo: Clculo da Entalpia do Hlio (He)

    He = 3800 J/mol

    He = 24,63 L/mol

    (300 K e 1 atm)

    a) Calcule a Entalpia Especfica do Hlio

    b) Calcule a taxa na qual a entalpia transportada por

    uma corrente de He com vazo molar 250 kmol/h.

  • Propriedades Especficas e Entalpia

    a) Calcule a Entalpia Especfica do Hlio

    = 3800 J/mol + 1 atm. 24,63 L/mol

    = 3800 J/mol + 24,63 (atm.L)/mol . 101,3 J/(atm.L)

    = 3800 J/mol + 2495,019 J/mol

    = 6295 J/mol

  • Propriedades Especficas e Entalpia

    b) Calcule a taxa na qual a entalpia transportada por

    uma corrente de He com vazo molar 250 kmol/h.

    = .

    = (250 kmol/h . 1000 mol/kmol . 1h/3600 s ) . 6295 J/mol

    = 4,37.105 J/s

  • Balano de Energia para Sistema Aberto no Estado Estacionrio

    Sistema Aberto: H entrada e sada de massas no sistema.

    ou

    ou

  • Exemplo: Balano de Energia em uma turbina

    500 kg/h de vapor 44 atm 450 C 60 m/s

    500 kg/h de vapor 1 atm 450 C 360 m/s Calcule a variao da entalpia especfica do processo.

    g = 9,81 N/kg

    = 70 kW (gera ou fornece ao sistema)

    = 10.000 kCal/h (perde)

    5 m

  • Clculo de Variao de Entalpia

    As transies de fases de uma substncia ocorrem

    da seguinte forma:

    SLIDO

    LQUIDO

    GS

    Fuso

    Vaporizao Liquefao

    Solidificao

  • Clculo de Variao de Entalpia

    Essas transies ocorrem, geralmente, com grandes

    variaes no valor da entalpia (energia interna) da

    substncia, que chamado de CALOR LATENTE.

    J as variaes da entalpia que ocorrem com a

    variao da temperatura so chamadas de CALOR

    SENSVEL.

  • Clculo de Variao de Entalpia

    CALOR SENSVEL.

    Validade

    Para gs ideal ou para gs no-ideal a presso constante.

    Para slidos e lquidos sem grande variao de presso.

    Validade

    Para gs ideal, slido e lquido

    Para gs no-ideal se no h variao de volume.

  • Clculo de Variao de Entalpia

    Existem correlaes simples entre o Cp e o Cv:

    a) Para lquido e slido Cp = Cv

    b) Para gases ideais Cp = Cv + R

  • Clculo de Variao de Entalpia

    A variao de energia interna especfica pode ser

    calculada por uma expresso anloga, bastando

    substituir Cp pelo Cv.

    Os dados das entalpias podem ser tabelados ou

    estimados.

  • Clculo de Variao de Entalpia

    O Cp e o Cv so propriedades fsicas dos materiais e esto

    tabeladas nos livros:

    - Himmelblau Apndice E e F

    - Felder B2

    - Tabelas completas esto no Perrys.

    CALOR SENSVEL

    O Cp e o Cv so expressos na forma de polinmios:

  • Clculo de Variao de Entalpia

    Tfuso Tvaporizao

    fuso

    vaporizao

    Calor sensvel de aquecimento

    do slido

    Calor sensvel de aquecimento

    do lquido

    Calor sensvel de aquecimento

    do gs

    T

  • Clculo de Variao de Entalpia

    A variao total da entalpia especfica da substncia

    pura dada pela expresso:

    Cp a capacidade calorfica a presso constante.

  • Exemplo: Clculo de Variao de Entalpia para gua slida a -10 aquecida at vapor a 220 C

    0 -10

    fuso

    vaporizao

    Calor sensvel de aquecimento

    do slido

    Calor sensvel de aquecimento

    do lquido

    Calor sensvel de aquecimento

    do gs

    T (C) 100 220

  • Exemplo: Clculo de Variao de Entalpia para gua slida a -10 aquecida at vapor a 220 C

  • Exemplo: Calcule o calor que dever ser transferido:

    a) Uma corrente de N2 flui com uma vazo de 100 mol/min e aquecida de 20 C at 100 C.

    b) O N2 contido em um recipiente de 5 L a uma presso de 3 bar resfriada de 90 C at 30 C.

    * Considere presso constante e igual a 1 atm e despreze a variao da energia cintica.

    Cp[kJ/mol C] = 0,029 + 0,2199.10-5 T + 0,5723.10-8 T2 2,871.10-12 T3

  • Clculo de Variao de Entalpia usando tabelas

    Quando as entalpias precisam ser frequentemente utilizadas para as espcies, conveniente preparar uma tabela de evitar a integrao repetidamente de Cp(T).

  • Clculo de Variao de Entalpia usando tabelas - Felder

  • Clculo de Variao de Entalpia usando tabelas - Felder

  • Clculo de Variao de Entalpia usando tabelas - Himmelblau

  • Clculo de Variao de Entalpia usando tabelas - Himmelblau

  • Clculo de Variao de Entalpia usando tabelas - Himmelblau

  • Clculo de Variao de Entalpia usando tabelas - Himmelblau

  • Clculo de Variao de Entalpia usando tabelas - Himmelblau

  • Clculo de Variao de Entalpia usando tabelas - Himmelblau

  • Clculo de Variao de Entalpia usando tabelas

    Exemplo: 15 kmol/min de ar so resfriados de 430

    C at 100 C. Calcule a taxa de remoo de calor.

  • Estimao de Capacidades Calorficas

    A REGRA DE KOPP um mtodo emprico simples

    de estimar a capacidade calorfica (Cp) de um slido

    ou lquido a 20 C ou prximo a essa temperatura.

    Atravs da distribuio atmica.

    Exemplo:

    Cp do Ca(OH)2

    CpCa(OH)2 = CpCa + 2. CpO + 2. CpH

  • Estimao de Capacidades Calorficas - Felder -

    * Frmulas mais precisas so dadas no Reid

  • Estimao de Capacidades Calorficas

    Exemplo:

    Cp do Ca(OH)2

    CpCa(OH)2 = CpCa + 2. CpO + 2. CpH

    CpCa(OH)2 = 26 + 2. 17 + 2. 9,6

    CpCa(OH)2 = 79 J/(molC)

  • Estimao de Variao de Entalpias para misturas

    Para mistura de gases e lquidos

    Para solues diludas de slidos ou gases em

    lquidos, despreze a mudana da entalpia do soluto.

  • Estimao de Variao de Entalpias para misturas

    Exemplo: Calcule o calor necessrio para levar uma

    corrente de 150 mol/h (60 % C2H6 e 40 % C3H8) de 0 at

    400 C

  • Estimao de Variao de Entalpias para misturas

    Exemplo: Calcule o calor necessrio para levar uma

    corrente de 150 mol/h (60 % C2H6 e 40 % C3H8) de 0 at

    400 C

  • Procedimento para clculos de Balano de Energia

    Balano de Energia em sistema monofsico que no envolve mudana de fase

    1. Avalie se o sistema aberto ou fechado;

    2. Com a equao geral do Balano de Energia, elimine os

    termos que so zero. 3. Calcule

    Para Sistema Fechado

    Para Sistema Aberto

    4. Calcule Q ou

  • Exemplo: Balano de Energia em um pr-aquecedor de gs

    Uma corrente com vazo molar de 89,3 mol/min, composta de 10 % em volume de CH4 e 90% de ar deve ser aquecida de 20 C at 300 C

    Resposta: 12,9 kW

    89,3 mol/min 20C 0,1 CH4 0,9 ar

    89,3 mol/min 300C 0,1 CH4 0,9 ar

  • Calor Latente

    O calor latente a mudana da Entalpia Especfica associada a transio de fase de uma substncia

    Exemplo :

    = 40,6 KJ/mol a energia necessria para a gua lquida transformar em vapor a 100 C e 1 atm, tambm chamada de calor latente de vaporizao ou calor de vaporizao.

    E qual o calor de condensao da gua a 100 C e 1 atm?

  • Calor Latente

    Qual a taxa de calor que deve ser transferida uma

    corrente de metanol lquida do seu ponto normal

    de ebulio para gerar 1500 g/min de vapor

    saturado de metanol?

  • Calor Latente Exemplo:

    Uma mistura equimolar de benzeno e tolueno a 10 C

    alimenta um evaporador que aquece a mistura at 50 C.

    O produto lquido possui 40 % molar de benzeno e o

    produto vapor 68,4 % de benzeno. Qual o calor que

    dever ser transferido mistura por mol de alimentao?

  • Evaporador

    Q=?

    100 mol 10C 0,5 mol B/mol 0,5 mol T/mol

    Vapor 50C n1 (mol) 0,684 mol B/mol 0,316 mol T/mol

    Lquido 50C n2 (mol) 0,4 mol B/mol 0,6 mol T/mol