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Banco do Brasil, SA – Sucursal em Portugal Certificação das Contas Exercício findo em 31 de Dezembro de 2006

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Banco do Brasil, SA – Sucursal em Portugal Certificação das Contas Exercício findo em 31 de Dezembro de 2006

Sumário

Balanço

Demonstração de Resultados

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Mapa de Alterações na Situação Líquida

Notas Anexas às Demonstrações Financeiras Individuais

Certificação das Contas

1

Ano: 2006Mês: DEZEMBRO €

Ano

NotasValor antes de

provisões, imparidade e

Provisões, imparidade e amortizações

Valor líquidoAno anterior

1 2 3 = 1 - 2

ActivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 14 3.872.657 - 3.872.657 4.545.992 Disponibilidades em outras instituições de crédito 15 133.343 - 133.343 109.844 Activos financeiros detidos para negociação 16 2.008.279 - 2.008.279 27.161 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - - - - Activos financeiros disponíveis para venda 17 1.549.683 33.529 1.516.154 1.526.911 Aplicações em instituições de crédito 18 236.966.676 16.500 236.950.176 246.994.316 Crédito a clientes 19 6.310.477 17.573 6.292.904 13.085.742 Investimentos detidos até à maturidade - - - - Activos com acordo de recompra - - - - Derivados de cobertura - - - - Activos não correntes detidos para venda - - - - Propriedades de investimento 20 782.095 171.679 610.416 623.133 Outros activos tangíveis 21 7.807.490 2.556.224 5.251.266 4.852.109 Activos intangíveis 22 162.641 132.895 29.746 42.491 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - - - - Activos por impostos correntes - - - - Activos por impostos diferidos 23 1.578.077 - 1.578.077 1.699.998 Outros activos 24 6.591.268 - 6.591.268 6.244.649

Total de Activo 267.762.686 2.928.400 264.834.286 279.752.346

Balanço em base individual (NCA)

2

Ano: 2006Mês: DEZEMBRO €

Notas Ano Ano anterior

PassivoRecursos de bancos centrais - - Passivos financeiros detidos para negociação 16 27.994 806.188 Recursos de outras instituições de crédito 24 153.920.639 169.930.129 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 50.911.587 47.671.555 Responsabilidades representadas por títulos - - Passivos financeiros associados a activos transferidos - - Derivados de cobertura - - Passivos não correntes detidos para venda - - Provisões 275.185 403.648 Passivos por impostos correntes 27 1.000 410.898 Passivos por impostos diferidos 23 620.873 62.208 Instrumentos representativos de capital - - Outros passivos subordinados - - Outros passivos 28 3.932.770 4.753.160

Total de Passivo 209.690.048 224.037.786

CapitalCapital 31 39.355.154 39.355.154 Prémios de emissão - - Outros instrumentos de capital - - Reservas de reavaliação 32 3.623.421 3.631.102 Outras reservas e resultados transitados 33 12.093.954 12.418.454 Acções próprias - - Resultado do exercício 71.709 309.850 Dividendos antecipados - -

Total de Capital 55.144.238 55.714.560

Total de Passivo + Capital 264.834.286 279.752.346

Lisboa, 18 de Janeiro de 2007

O Responsável pela Contabilidade

Manuel do Carmo Lopes Fanico

Balanço em base individual (NCA)

A Administração

Gladstone Medeiros de Siqueira

3

Ano: 2006Mês: DEZEMBRO €

Notas Ano Ano anterior

Juros e rendimentos similares 7 14.050.061 11.339.792 Juros e encargos similares 7 10.428.529 8.880.765

Margem financeira 7 3.621.532 2.459.027

Rendimentos de instrumentos de capital - 53.407 Rendimentos de serviços e comissões 8 764.473 1.347.558 Encargos com serviços e comissões 8 (7.293) (12.023)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados (líquido) - - Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (líquido) 9 58.143 (749)Resultados de reavaliação cambial (líquido) 10 150.508 1.274.042 Resultados de alienação de outros activos - - Outros resultados de exploração 11 451.986 490.477

Produto bancário 5.039.349 5.611.739

Custos com pessoal 12 2.402.282 2.232.527 Gastos gerais administrativos 12 2.583.837 3.114.431 Depreciações e amortizações 314.628 298.858 Provisões líquidas de reposições e anulações (144.924) 44.648 Correcções de valor associados ao crédito a clientes e valores

a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 7.944 (456.771)Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações (587) 8.185 Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 12.717 (1)

Resultado antes de impostos (136.548) 369.862 Impostos 13 (208.258) 60.012

Correntes 1.000 1.040.287 Diferidos (209.258) (980.275)

Resultado após impostos 71.710 309.850 Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas - -

Resultado líquido do exercício 71.710 309.850

Lisboa, 18 de Janeiro de 2007

O Responsável pela Contabilidade

Manuel do Carmo Lopes Fanico Gladstone Medeiros de Siqueira

Demonstração de resultados em base individual (NCA)

A Administração

4

Ano: 2006Mês: DEZEMBRO

Ano Ano anterior

Fluxos de caixa de actividades operacionaisRecebimento de juros e comissões 12.469.246 10.631.559 Pagamento de juros e comissões (8.489.064) (7.487.375)Recebimentos/(Pagamentos) resultantes de operações financeiras (2.608.804) 4.656.154 Recuperação de empréstimos 83.583 191.579 Pagamentos (caixa) a empregados e fornecedores (4.600.774) (6.253.436)

(3.145.813) 1.738.481

Diminuição/(Aumento) de activos operacionais Depósitos no Banco Central 781.155 (1.638.994) Crédito a clientes 6.713.786 (7.515.586) Aplicações em instituições de crédito 12.422.940 36.755.330 Aumento /(diminuição) nos passivos operacionais Débitos para com clientes 3.120.176 7.893.430 Débitos para com instituições de crédito (17.836.389) (36.588.299)Impostos sobre o rendimento recebidos/(pagos) (698.089) (1.021.105)

4.503.579 (2.115.224)

1.357.766 (376.743)

Fluxos de caixa de actividades de investimentoRendimento de títulos 58.143 53.407 Aquisições de imobilizado (693.401) (167.256)Vendas de imobilizado - 95.788 Compra de títulos de investimento - 750 Aumento /Diminuições noutras contas do Activo (2.832.439) (1.411.551)

(3.467.697) (1.428.862)

Fluxos de caixa de actividades de financiamentoAumento /(diminuição) noutras contas do Passivo 2.241.251 1.763.995

2.241.251 1.763.995

Variação líquida em caixa e equivalentes 131.320 (41.610)Caixa e equivalentes no início do período 636.226 677.836

Caixa e equivalentes no fim do período 767.546 636.226

Lisboa, 18 de Janeiro de 2007

O Responsável pela Contabilidade

Manuel do Carmo Lopes Fanico

Demonstração de Fluxos de Caixa em base individual (NCA)

A Administração

Gladstone Medeiros de Siqueira

5

Total da Reservas de Outras Resultado Situação Capital Reavaliação Reservas doLíquida e Resultados Exercício

Transitados

Saldos a 31 de Dezembro de 2004 56.044.349 39.355.154 3.624.392 8.333.593 4.731.210

Alterações das politicas contabilísticas (NCA) (642.981) - 3.368 (646.349) -

Saldos em 1 de Janeiro de 2005 55.401.368 39.355.154 3.627.760 7.687.244 4.731.210

Variações no justo valor dos titulos disponíveis para venda 3.342 - 3.342 - - Incorporação do Resultado do exercício em Resultados Transitados - - - 4.731.210 (4.731.210)Resultado do exercício 309.850 - - - 309.850

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 55.714.560 39.355.154 3.631.102 12.418.454 309.850

Variações no justo valor dos titulos disponíveis para venda (7.681) - (7.681) - - Amorização do Impacto do Fundo de Pensões (634.350) - - (634.350) - Incorporação do Resultado do exercício em Resultados Transitados - - - 309.850 (309.850)Resultado do exercício 71.709 - - - 71.709

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 55.144.238 39.355.154 3.623.421 12.093.954 71.709

Lisboa, 18 de Janeiro de 2007

O Responsável pela Contabilidade A Administração

Manuel do Carmo Lopes Fanico Gladstone Medeiros de Siqueira

Mapa de Alterações na Situação Líquidapara os anos findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005

6

Notas Anexas às Demonstrações Financeiras

7

1. ACTIVIDADE

O Banco do Brasil, S.A. – Sucursal em Portugal, (“Sucursal”) opera em Portugal desde 1972, mediante despacho do Ministério das Finanças de 7 de Março de 1972.

A Sucursal tem por objecto principal a realização de operações financeiras e a prestação de todos os serviços permitidos aos bancos de acordo com a legislação em vigor, centrando-se a sua actividade na captação de recursos de terceiros os quais aplica em operações de financiamento e comércio externo. A Sucursal dispõe actualmente de 4 balcões.

2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas e critérios valorimétricos aplicados na preparação destas demonstrações financeiras são indicados abaixo.

2.1.BASES DE APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E

COMPARABILIDADE As demonstrações financeiras agora apresentadas foram aprovadas pelo Comité de Administração da Sucursal em 18 de Janeiro de 2007 e reflectem os resultados das operações da Sucursal, para os períodos de doze meses findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005. As demonstrações financeiras são apresentadas em euros. As demonstrações financeiras da Sucursal foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos registos contabilísticos e respectivo suporte documental, mantidos de acordo as disposições emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro. No exercício de 2006, no âmbito do disposto no Regulamento (CE) nº1606/2002 do parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para a legislação Portuguesa através do Decreto-Lei nº35/2005, de 17 de Fevereiro e do Aviso do Banco de Portugal n.º 1/2005, as demonstrações financeiras da Sucursal passaram a ser preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como definidas pelo Banco de Portugal. As NCA traduzem-se na aplicação às demonstrações financeiras individuais das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas pela União Europeia, com excepção de algumas matérias reguladas pelo Banco de Portugal, como: a carteira de crédito e garantias está sujeita à constituição de provisões para riscos

específicos e riscos gerais de crédito, nos termos do Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro e a valorimetria desta componente deverá ser efectuada de acordo com o disposto no Aviso nº 1/2005;

o impacto ao nível das responsabilidades por pensões de reforma, resultante da

aplicação do IAS 19 com referência a 31 de Dezembro de 2005 poderá ser reconhecido em resultados transitados, por um prazo de 5 anos, com excepção da parte relativa a responsabilidades por cuidados médicos pós-emprego e alteração dos pressupostos relativos à tábua de mortalidade, para as quais o prazo se estende até aos 7 anos, conforme definido nos Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 e nº12/2005, de 21 de Fevereiro e 22 de Dezembro, respectivamente; e

8

os activos tangíveis serão mantidos ao custo de aquisição, salvo quando se verifiquem reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais valias daí resultantes serão incorporadas em sub-rubrica apropriada da conta "Reservas legais de reavaliação”.

Os IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC), e pelos respectivos órgãos antecessores. Até 31 de Dezembro de 2005, as demonstrações financeiras individuais da Sucursal, foram preparadas e apresentadas de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário (PCSB) estabelecido pelo Banco de Portugal através da Instrução 4/96, de 17 de Junho. Assim a Sucursal, apresenta em 2006, pela primeira vez, as demonstrações financeiras de acordo com os princípios de reconhecimento e mensuração definidos nas Normas de Contabilidade Ajustadas. Com o objectivo de assegurar a comparabilidade com o ano anterior, as demonstrações financeiras a Dezembro de 2005 foram convertidas para NCA, conforme definido pela IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro.

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, modificado pela aplicação do justo valor para os instrumentos financeiros derivados, activos e passivos financeiros detidos para negociação e activos financeiros disponíveis para venda, excepto aqueles para os quais o justo valor não esteja disponível. Os outros activos e passivos financeiros e activos e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico.

As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota foram aplicadas de forma consistente em todos os períodos apresentados nas demonstrações financeiras. Normas contabilísticas recentemente emitidas A Sucursal optou por não aplicar as normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória em 2006. Actualmente a Sucursal encontra-se a avaliar o impacto da adopção destas normas, não tendo ainda completado a sua análise: IFRS 7, Instrumentos financeiros: divulgações de informações IFRS 8, Segmentos operacionais Emenda ao IAS 1, Apresentação de demonstrações financeiras: divulgações de

informação sobre capital IFRIC 7, Aplicação da abordagem pela reexpressão segundo o IAS 29 – Relato

financeiro em economias hiper inflacionárias IFRIC 8, Âmbito de aplicação do IFRS 2 IFRIC 9, Reavaliação de derivados embutidos IFRIC 10, Relato financeiro intercalar e imparidade IFRIC 11, IFRS 2, Transações de acções próprias e do grupo IFRIC 12, Acordos de concessão de serviços

2.2.RELATO POR SEGMENTOS

Um segmento de negócio é um grupo de activos e operações criados para providenciar produtos ou serviços, sujeitos a riscos e a benefícios, diferentes dos verificados noutros segmentos. Um segmento geográfico está associado à oferta de produtos ou serviços num ambiente económico específico, caracterizado por ter riscos e benefícios distintos aos verificados em segmentos que operam em outros ambientes económicos.

9

2.3.OPERAÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA

Moeda funcional e moeda de apresentação Os itens incluídos nas demonstrações financeiras são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico primário em que a entidade opera. As demonstrações financeiras da Sucursal são apresentadas em euros, sendo esta a sua moeda funcional e de apresentação.

Transacções e Saldos As transacções em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional com base

nas taxas de câmbio indicativas à data das mesmas. Ganhos e perdas resultantes da conversão de transacções em moeda estrangeira, resultantes da sua liquidação e da conversão de activos e passivos monetários denominados em moedas estrangeiras à taxa de câmbio do final de cada exercício, são reconhecidos na demonstração de resultados.

2.4.ACTIVOS FINANCEIROS Os activos financeiros são reconhecidos pela Sucursal na data de negociação ou

contratação. Nos casos em que por imposição contratual ou legal/regulamentar os direitos e obrigações subjacentes se transferem em datas diferentes, será utilizada a última data relevante.

A Sucursal classifica os seus activos financeiros nas seguintes categorias: activos financeiros detidos para negociação, activos financeiros disponíveis para venda, aplicações em instituições de crédito e crédito a clientes.

Activos financeiros detidos para negociação Um activo financeiro é classificado nesta categoria se o principal objectivo associado à sua

aquisição for a venda no curto prazo ou se for designado na opção de justo valor pela gestão. Os instrumentos financeiros derivados também são classificados nesta categoria como activos financeiros detidos para negociação, excepto quando façam parte de uma relação de cobertura.

Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda são aqueles cuja intenção da Sucursal é a sua

detenção por um período indeterminado de tempo, e que poderão ser vendidos no caso de existir uma necessidade de liquidez ou mudanças nas taxas de juro, taxas de câmbio ou preço de acções. A compra e venda de activos financeiros disponíveis para venda, é reconhecida na data da transacção, data em que a Sucursal se compromete a adquirir ou a vender o activo. Os activos financeiros são inicialmente reconhecidos ao justo valor, adicionado dos custos de transacção. O desreconhecimento é efectuado quando expira o direito de recebimento de fluxos de caixa dos activos, ou quando a Sucursal tenha transferido substancialmente os riscos e benefícios do activo. Activos disponíveis para venda são subsequentemente mensurados ao justo valor. Ganhos e perdas que advenham de alterações no justo valor de activos disponíveis para venda são reconhecidos directamente em rubricas de reservas na situação líquida, até o activo ser desreconhecido ou estar em imparidade, situação em que os valores previamente acumulados são reconhecidos na demonstração de resultados. Contudo, para activos classificados como disponíveis para venda, o juro calculado é reconhecido na demonstração de resultados. Os dividendos recebidos de activos disponíveis para venda são reconhecidos na demonstração de resultados quando o direito de recebimento da entidade for estabelecido. O justo valor de investimentos cotados em mercados activos é baseado nos preços de fecho de mercado. Se um activo financeiro não tiver mercado activo (e para títulos não cotados), a Sucursal determina o justo valor utilizando para tal as últimas demonstrações financeiras da entidade, disponíveis à data.

10

Créditos a clientes e aplicações em instituições de crédito O crédito e outros valores a receber compreende todos os activos financeiros

correspondentes ao fornecimento de dinheiro, bens ou serviços a um devedor. Este conceito abrange a actividade típica da concessão de crédito a clientes.

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente pelo valor nominal e não pode ser reclassificado para as restantes categorias de activos financeiros.

Os juros, comissões e outros custos e proveitos que sejam considerados incrementais (associados à operação de crédito) são periodificados ao longo da vida das operações de acordo com o método linear, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

O crédito a clientes só é desreconhecido do balanço quando expiram os direitos contratuais da Sucursal à sua recuperação ou forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção.

A Sucursal classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros corridos que continuem a ser devidos após 90 dias do seu vencimento. Nos créditos em contencioso todas as prestações de capital são consideradas vencidas (vincendas ou vencidas).

A Sucursal procede ao abate de créditos ao activo (write-offs) de operações que considere irrecuperáveis e cujas provisões estejam constituídas pelo valor total da operação.

As garantias prestadas e compromissos irrevogáveis ou revogáveis são registados nas contas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de comissões, juros ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

2.5. PASSIVOS FINANCEIROS

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal. Os passivos financeiros detidos para negociação são registados ao justo valor e incluem os instrumentos financeiros derivados com valor negativo. Os outros passivos financeiros incluem recursos de instituições de crédito e de clientes. Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método linear.

2.6. COMPENSAÇÃO DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Activos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando (i) existe a possibilidade legal de compensar os montantes já reconhecidos e (ii) exista a intenção de os liquidar pelo seu valor líquido ou realizar o activo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

A Sucursal utiliza instrumentos financeiros derivados (forwards cambiais) para cobertura de risco cambial resultante de actividades de financiamento e investimento.

11

Todos os derivados da Sucursal não se classificam contabilisticamente como de cobertura, por não cumprirem as condições definidas no IAS 39, pelo que são registados como de negociação.

Os Instrumentos financeiros derivados de negociação são reconhecidos na data da sua

negociação pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de

mercado, quando disponível, ou é determinado tendo por base técnicas de valorização de acordo com modelos de desconto de fluxos de caixa e modelos de avaliação de opções, conforme se mostre apropriado.

2.8. RECONHECIMENTO DE JUROS

Os resultados decorrentes de juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado, de acordo com o método linear, são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e encargos similares.

2.9. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma:

• Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no período a que se referem.

• Os rendimentos de serviços e comissões de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método linear.

2.10.IMPARIDADE DE ACTIVOS FINANCEIROS

Crédito De acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º1/2005 a carteira de créditos e garantias está sujeita à constituição de provisões nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2005. Decorridos seis meses após o provisionamento a 100% dos créditos vencidos, estes são eliminados (write off) do balanço. Outros activos financeiros A Sucursal avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados. Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os títulos cotados, uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos não cotados, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade.

12

Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade, excepto no que se refere a acções ou outros instrumentos de capital, caso em que a reversão da imparidade é reconhecida em reservas. Perdas de imparidade em instrumentos de capital próprio, que tenham sido reconhecidas na demonstração de resultados, não são reversíveis. Se num período posterior, o justo valor de um instrumento de dívida classificado como disponível para venda, aumentar e esse acréscimo estiver objectivamente relacionado com um evento ocorrido depois da perda de imparidade ter sido reconhecida em resultados, a perda de imparidade é revertida através do seu registo na demonstração de resultados.

2.11. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Os custos incorridos na aquisição de licenças de software são capitalizados assim como as despesas adicionais suportadas pela Sucursal necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados de forma linear segundo a vida útil esperada.

Os custos associados ao desenvolvimento e/ou manutenção de aplicações informáticas

pela Sucursal, sobre os quais seja expectável que venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como activos intangíveis. Estes custos de desenvolvimento de software reconhecidos como activos são amortizados durante a sua vida útil, utilizando o método das quotas constantes.

Os custos com a manutenção de aplicações informáticas são reconhecidos como custos quando incorridos.

2.12. ACTIVOS TANGÍVEIS

Os activos tangíveis da Sucursal encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Conforme referido na Nota 2.1, na data da transição para os IFRS, a Sucursal elegeu considerar como custo o valor reavaliado dos seus activos tangíveis, conforme determinado de acordo com as anteriores políticas contabilísticas, o qual era semelhante ao custo depreciado mensurado de acordo com os IFRS ajustado por forma a reflectir variações nos respectivos índices de preços. O custo inclui despesas que são directamente atribuíveis à aquisição dos bens.

Os custos subsequentes com os activos tangíveis são reconhecidos apenas se: (i) for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Sucursal e (ii) se o custo puder ser mensurado com fiabilidade. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

13

As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que reflectem a vida útil esperada dos bens:

Número de anos

Imóveis 50 Obras em edifícios arrendados 10 (ou durante o período de arrendamento se inferior) Equipamento informático 3 a 4 Equipamento 4 a 12 Outras imobilizações 3

Os terrenos não são amortizados.

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, o seu valor recuperável é estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na demonstração dos resultados.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

2.13.CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Para efeitos da demonstração de fluxos de caixa, caixa e equivalentes de caixa,

compreendem saldos com uma maturidade inferior a 3 meses quando foram adquiridos, incluindo: caixa, depósitos à ordem em bancos centrais que não tenham restrições, disponibilidades à vista sobre instituições de crédito.

2.14.PROVISÕES Provisões para outros riscos e encargos As provisões para custos de reestruturação e processos legais, são reconhecidas sempre

que: a Sucursal tenha uma obrigação legal ou construtiva resultante de acontecimentos passados; sempre que for mais provável existir uma saída de recursos (do que não existir essa saída de recursos), para liquidar uma obrigação; e o montante possa ser estimado com fiabilidade.

Provisões para riscos específicos e gerais de crédito A Sucursal constitui provisões para crédito e juros vencidos, para riscos gerais de crédito e

para risco-país, de acordo com a actual versão do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

(i) Provisão para crédito e juros vencidos Esta provisão, apresentada no activo como dedução à rubrica Créditos sobre clientes, destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas, de capital ou juros. Conforme disposto na versão actual do Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, o montante a provisionar é função do período decorrido após o respectivo vencimento e da eventual existência de garantias, excluindo os créditos concedidos ao Sector Público Administrativo.

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(ii) Provisão para riscos gerais de crédito A provisão para riscos gerais de crédito, apresentada no passivo na rubrica Provisões, cujo valor satisfaz as orientações do Banco de Portugal fixadas nos avisos acima mencionados, é de natureza geral e destina-se a fazer face a riscos de crédito não identificados especificamente. (iii) Provisão para risco-país, A provisão para risco país, apresentada no passivo na rubrica Provisões, cujo valor satisfaz as orientações do Banco de Portugal fixadas na instrução do Banco de Portugal nº 94/96, destina-se a fazer face ao risco imputado aos activos financeiros e elementos extra patrimoniais sobre residentes de países considerados de risco.

2.15.BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Pensões de reforma A Sucursal subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical a vigorar em Portugal para o sector bancário. Assim, os empregados e as respectivas famílias têm direito a pensões de reforma e de sobrevivência calculadas de acordo com as disposições específicas do respectivo acordo.

O fundo de pensões é suportado através de contribuições efectuadas, com base nos montantes determinados por cálculos actuariais periódicos. O valor do fundo de pensões corresponde ao justo valor dos seus activos à data de balanço. A Sucursal determina anualmente o valor actual das responsabilidades passadas por pensões de reforma através de avaliações efectuadas por actuários qualificados e independentes utilizando o método de “Project Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) utilizados têm por base expectativas à data de balanço para o crescimento dos salários e tábua de mortalidade que se adequa à população da Sucursal. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas com baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Contabilisticamente, o passivo reconhecido em balanço nos Outros passivos, relativamente aos planos de pensões de benefícios definidos é o valor actual das responsabilidades de benefício definido à data do balanço, menos o justo valor dos activos do plano conjuntamente com ajustamentos de ganhos/perdas actuariais não reconhecidas e as responsabilidades com serviços passados. O valor dos ganhos e perdas actuariais resultantes de alterações nos pressupostos actuariais e financeiros e de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados são reconhecidos de acordo com o método do corredor e registados na rubrica Outros activos ou Outros passivos – Desvios actuariais. São enquadráveis no corredor, os ganhos ou perdas actuariais acumulados que não excedam 10% do valor das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor do Fundo de Pensões, dos dois o maior. Os valores que excedam o corredor são amortizados em resultados pelo período de tempo médio até à idade esperada de reforma dos Colaboradores abrangidos pelo plano. Nos termos do Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, os desvios actuariais acumulados (positivos) e o acréscimo de responsabilidades resultante da aplicação do IAS 19, em 31 de Dezembro de 2005 foi reconhecido na rubrica Custos diferidos e está a ser amortizado em resultados transitados de acordo com um plano de amortização de prestações uniformes em 5 anos ou 7 anos na parte relativa a responsabilidades com cuidados médicos pós-emprego e alteração dos pressupostos relativos à taxa de mortalidade (com início no exercício de 2006).

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O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina ainda a obrigatoriedade do financiamento integral pelo fundo das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo, excepto quanto às responsabilidades ainda não amortizadas nos termos previstos no parágrafo anterior. Os custos com pessoal da Sucursal incluem os seguintes custos, líquidos dos proveitos, relativos a responsabilidades por pensões de reforma: custo do serviço corrente (custo do ano); custo dos juros da totalidade das responsabilidades; rendimento esperado do Fundo de Pensões; e amortização de desvios actuariais ou de alterações de pressupostos fora do

corredor.

Plano complementar de assistência médica Os empregados da Sucursal beneficiam, durante o período de vida activa e reforma, de um

plano de assistência médica complementar ao regime geral do CAFEB. A Sucursal reconhece, por contrapartida de resultados, as responsabilidades assumidas por benefícios adquiridos pelos empregados no activo e reformados, relativos ao plano de assistência médica. O encargo do exercício, apresentado como um reforço da provisão constituída para o efeito, corresponde aos benefícios adquiridos pelos empregados no próprio ano, determinados com base em avaliação actuarial (ver Nota 28).

Prémio de antiguidade As responsabilidades por serviços passados por prémios de antiguidade são registadas

em balanço na rubrica de outros passivos e a sua variação anual é registada em resultados do exercício – custos com pessoal. O cálculo desta responsabilidade é efectuado por actuário qualificado, sendo utilizados os mesmos pressupostos do plano de pensões.

2.16.IMPOSTOS SOBRE LUCROS

A Sucursal está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada que, em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005, era de 25% acrescida da derrama de 10% dessa taxa, ou seja uma taxa nominal total de 27,5%. A Sucursal regista impostos diferidos decorrentes (i) das diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, para efeitos de tributação em sede de IRC e (ii) dos prejuízos fiscais apurados a utilizar em exercícios futuros. Os impostos diferidos passivos são geralmente reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis e os prejuízos fiscais a utilizar futuramente.

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A taxa utilizada no cálculo do imposto diferido é a taxa substantivamente decretada à data do balanço (26,5%).

Os prejuízos fiscais apurados num exercício são dedutíveis aos lucros fiscais dos seis anos seguintes. O cálculo dos impostos correntes e diferidos relativos a alguns dos impactos da transição para as NCA, foram baseadas em pressupostos, que carecem de confirmação no futuro por parte das autoridades fiscais.

3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

A actividade da Sucursal encontra-se exposta a uma variedade de riscos financeiros que

requerem a sua análise, avaliação, aceitação e gestão de um certo nível de risco ou combinações de risco. Assumir o risco é a essência da actividade financeira e o risco operacional é uma consequência inevitável desta. O objectivo da Sucursal consiste portanto em obter um equilíbrio apropriado entre o risco que assume e o proveito da sua actividade, minimizando potenciais efeitos adversos da sua performance financeira.

A actividade desenvolvida pela Sucursal compreende a captação de recursos, essencialmente através de depósitos de clientes e de operações de mercado monetário indexadas à taxa Euribor, aplicando os recursos captados em investimentos financeiros, nomeadamente, em operações de comércio externo com a sua Sede no Brasil.

Em 31 de Dezembro de 2006, a carteira de títulos da Sucursal era composta

essencialmente por obrigações de taxa fixa.

A Sucursal possui algum risco cambial no que se refere a posições em aberto em moeda estrangeira. Para fazer face a este risco, e ainda que não se trate de uma cobertura perfeita, a sociedade utiliza instrumentos financeiros derivados para mitigar esta exposição.

3.1. RISCO DE CRÉDITO

No âmbito do risco de crédito encontram-se paremetrizadas informaticamente limitações automáticas na aprovação de crédito, que apenas poderão ser derrogadas de acordo com normas claramente definidas. É efectuada uma análise detalhada das condições económico-financeiras dos clientes aquando da aprovação dos créditos. Todo o crédito concedido é acompanhado, de forma a serem apurados os níveis incumprimento de crédito, que poderão ter de vir a ser suportados pela Sucursal garantindo, numa óptica prudencial, a suficiência de fundos para cobertura destes riscos.

3.2. RISCO DE MERCADO

A Sucursal tem posições abertas em taxa de juro e moeda que estão expostos ao risco de mercado. O Comité ALCO da Sucursal analisa detalhadamente a exposição ao risco de mercado, estabelecendo limites que garantam o respeito pela estratégia de investimento definida, a qual, em termos genéricos, procura assegurar uma adequada diversificação da base de activos e a opção por investimentos que apresentem um nível de volatilidade limitado.

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3.3. RISCO CAMBIAL

A Sucursal opera quase exclusivamente com activos e passivos denominados em EUR, USD e BRL. As posições noutras divisas são pontuais e sem peso significativo no balanço e nos resultados da instituição. Tendo em vista neutralizar o risco cambial das exposições em USD, procede-se diariamente à monitorização não só da posição cambial à vista como também da exposição a prazo resultante das expectativas do impacto que os activos e passivos em USD poderão gerar no futuro.

Mensalmente estas análises são detalhadamente apresentadas e discutidas no Comité ALCO, tendo em vista a definição ou correcção das medidas a adoptar de forma a atingir o objectivo de minimização dos riscos cambiais incorridos. Balanço desagregado por moeda:

BRL EUR GBP USDActivos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.802 3.810.836 10.439 47.581 Disponibilidades em outras instituições de crédito 81.410 35.680 3.082 13.171 Activos financeiros detidos para negociação 2.008.279 Activos financeiros disponíveis para venda 1.516.154 Aplicações em instituições de crédito 24.007.290 212.959.386

(Provisão/ Imparidade) (16.500)Crédito a clientes 5.946.032 364.445

(Provisão/ Imparidade) (17.573)Propriedades de investimento 610.416 Outros activos tangíveis 7.807.490

(Amortizações) (2.556.224)Activos intangíveis 162.641

(Amortizações) (132.895)Activos por impostos diferidos 1.578.077 Outros activos 106.692 71.423.759 4.619

191.904 116.183.462 13.521 213.389.202

PassivosPassivos financeiros detidos para negociação 27.994 Recursos de outras instituições de crédito 16.244.792 137.675.847 Recursos de clientes e outros empréstimos 8.134 40.306.835 91 10.596.527 Provisões 275.185 Passivos por impostos correntes 1.000 Passivos por impostos diferidos 620.873 Outros passivos 2.122.732 65.002.299 Capital 39.355.154 Reservas de reavaliação 3.623.421 Outras reservas e resultados transitados 12.093.954 Resultado do exercício 71.710

8.134 114.743.650 91 213.274.673

Posições de balanço líquidas 183.770 1.439.812 13.430 114.529

Esta posição encontra-se essencialmente coberta por operações cambiais a prazo expressas na sua quase totalidade em dólares americanos.

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3.4. RISCO TAXA DE JURO

A exposição às variações das taxas de juro é objecto de cuidadosa e permanente análise e acompanhamento. O Comité ALCO procede á monitorização permanente e sistemática da distribuição de activos e passivos de acordo com os seus prazos de refixação de taxa, procedendo-se regularmente à cobertura dos riscos que excedam os limites definidos, mediante a utilização de instrumentos derivados adequados.

€ USD £% % %

Activo 3,22 5,16 4,60

Passivo 2,15 4,73 0,00

3.6. RISCO DE LIQUIDEZ

A Sucursal assume deliberadamente uma posição prudente e conservadora em matéria de gestão da liquidez, procurando manter em níveis confortáveis os principais indicadores, em particular a cobertura dos recursos de curto prazo por activos líquidos, por forma a garantir a satisfação das necessidades de tesouraria mesmo em condições adversas de mercado.

No que diz respeito à análise ao risco de liquidez, para além das obrigações de

solvabilidade a que se encontra sujeito por força da regulamentação prudencial do Banco de Portugal, a Sucursal recorre ainda ao conceito de Gap de liquidez, que lhe permite o planeamento das responsabilidades de tesouraria, rentabilizando a utilização dos fundos sem provocar oscilações significativas na sua solvabilidade. Compondo o Balanço pelos prazos de vencimento das operações activas e passivas, obtém-se uma posição desagregada (positiva ou negativa) segundo os prazos residuais de vencimento das operações.

Os Quadros seguintes apresentam o balanço individual, no final do mês de Dezembro de

2006 e 2005, com as principais classes agrupadas por prazos de vencimento.

Até 1 mês De 1 a 3 Meses De 3 a 12 Meses De 1 a 5 Anos Mais de 5 Anos Indetermi-nado Total

Caixa e saldos em bancos centrais 3.872.657 - 3.872.657 Disponibilidades em outras I.C.'s 133.343 - 133.343 Activos financeiros detidos p/negociação 2.008.279 - 2.008.279 Outros activos financeiros ao justo valor - Activos financeiros disponíveis para venda 1.311.383 204.771 - 1.516.154 Aplicações em I.C.'s 27.417.583 163.126.996 18.931.097 27.490.999 - 236.966.675 Crédito a clientes 1.949.870 449.534 973.141 2.832.841 105.092 - 6.310.478 Outros activos 4.914.010 1.472.934 204.323 - 6.591.267

Total do Activo 41.607.125 165.049.464 20.108.561 30.323.840 309.863 - 257.398.853

Recursos de outras I.C.'s 939.180 152.335.086 646.372 153.920.638 Recursos de clientes 33.100.637 4.969.299 12.841.651 50.911.587 Outros passivos 2.256.679 1.472.579 203.511 3.932.769 Reservas de reavaliação 3.623.421 3.623.421

Total do Passivo 39.919.917 158.776.964 13.691.534 - - - 212.388.415

GAP 1.687.208 6.272.500 6.417.027 30.323.840 309.863 - 45.010.438 GAP Acumulado 1.687.208 7.959.708 14.376.735 44.700.575 45.010.438 45.010.438

3.7. RISCO OPERACIONAL

As responsabilidades no domínio dos riscos operacionais são atribuídas aos responsáveis de cada departamento da Sucursal, cujos manuais operativos incluem obrigatoriamente normas e procedimentos tendentes à redução deste tipo de risco.

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No âmbito da eminente aplicação do Novo Acordo do Basileia, a área de gestão do risco operacional assume uma grande importância em qualquer instituição financeira, dado o peso que este tipo de risco passará a ter no consumo de capital. Neste enquadramento, têm vindo a ser envidados esforços continuados na melhoria dos mecanismos de controlo interno destinados a prevenir e ou minorar os efeitos de eventos com origem interna ou externa susceptíveis de causar prejuízos à Sucursal. É de referir, neste contexto, a preocupação da sede brasileira na implementação de rotinas de avaliação de compliance, destinadas à verificação e validação dos procedimentos internos, tendo por base as normas internas que regem o funcionamento da actividade da Sucursal.

4. ESTIMATIVAS E ASSUMPÇÕES NA APLICAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

Na elaboração das demonstrações financeiras a Sucursal efectuou estimativas e utilizou pressupostos que afectam as quantias relatadas dos activos e passivos. Estas estimativas e julgamentos são apreciados regularmente e baseiam-se em diversos factores incluindo expectativas acerca de eventos futuros que se consideram razoáveis nas circunstâncias. Utilizaram-se estimativas e pressupostos nomeadamente nas seguintes áreas significativas:

• Provisões para crédito concedido A Sucursal apreciou a sua carteira de crédito no sentido de apurar sobre a necessidade de provisões para crédito adicionais aos limites mínimos definidos pelo Banco de Portugal, utilizando para o efeito estimativas sobre os fluxos de caixa recuperáveis incluindo os originados pelas eventuais recuperações e realizações de colaterais.

• Justo valor de derivados O justo valor de instrumentos financeiros não cotados em mercados activos, é determinado através de técnicas de avaliação. Nos casos em que estas técnicas são utilizadas para determinar justos valores (por exemplo, modelos), a sua fiabilidade é revista e validada periodicamente por pessoal qualificado e independente. Todos os modelos se encontram certificados antes da sua utilização para garantia de resultados actuais e comparativos. Apesar destes modelos utilizarem dados observáveis de mercado, áreas como o risco de crédito (próprio e de terceiros), a volatilidade dos mercados e correlações inerentes, exigem a concepção de estimativas. Quaisquer alterações nas assumpções realizadas acerca destes factores podem afectar o justo valor reportado de instrumentos financeiros.

• Imparidade de activos financeiros disponíveis para venda A Sucursal determina que existe imparidade em activos financeiros disponíveis para venda, quando se tenha verificado um decréscimo significativo ou prolongado do justo valor, abaixo do seu custo. A quantificação necessária das expressões, significativa e prolongado, exigem juízo profissional. Na realização deste juízo, a Sucursal avalia entre outros factores, a volatilidade normal no preço da acção. Complementarmente, deve ser considerada imparidade quando se verificarem eventos que evidenciem a deterioração da viabilidade do investimento, a performance da indústria e do sector, alterações tecnológicas e cash flows operacionais e financeiros. • Impostos sobre lucros

A Sucursal é tributada individualmente e está sujeito ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). Os impostos correntes são calculados de acordo com a legislação aplicável. Nas situações em que existam diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os resultados fiscais, procede-se ao registo dos respectivos impostos diferidos.

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A Sucursal reconheceu impostos diferidos activos no pressuposto da existência de matéria colectável futura e tendo por base legislação fiscal em vigor ou já publicada para aplicação futura. Eventuais alterações futuras na legislação fiscal podem influenciar as quantias expressas nas demonstrações financeiras relativas a impostos diferidos.

5. JUSTO VALOR

Em 31 de Dezembro de 2006 os valores contabilísticos dos activos e passivos financeiros comparam com o respectivo justo valor conforme segue:

Valor contabilístico Justo valor

ActivoDisponibilidades em outras instituições de crédito 133.343 133.343 Activos financeiros detidos para negociação 2.008.279 2.008.279 Activos financeiros disponíveis para venda 1.516.154 1.516.154 Aplicações em instituições de crédito 236.950.176 236.950.176 Crédito a clientes 6.292.904 6.292.904

PassivoPassivos financeiros detidos para negociação 27.994 27.994 Recursos de outras instituições de crédito 153.920.639 153.920.639 Recursos de clientes e outros empréstimos 50.911.587 50.911.587

As disponibilidades em outras instituições de crédito e as aplicações em instituições de crédito são constituídas maioritariamente por depósitos à ordem e de curto prazo que vencem juros a taxas de mercado, pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo justo valor. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação estão contabilizados ao justo valor. O valor de mercado destes contratos sobre taxas de câmbio é proveniente da reavaliação às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo com base nos diferenciais de taxas de juro aplicáveis ao prazo residual de cada operação. Os activos financeiros disponíveis para venda estão contabilizados ao justo valor. O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. No caso de acções não cotadas, estas encontram-se reconhecidas ao custo histórico sempre que não exista disponível um valor de mercado e não seja possível determinar com fiabilidade o seu justo valor. No entanto, são alvo de testes de imparidade. O crédito a clientes é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, os quais vencem juros a taxas de mercado, pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo justo valor. Considerando que para os recursos de outras instituições de crédito e de clientes as taxas de juro aplicáveis são de natureza variável e o período de maturidade dos depósitos é substancialmente inferior a um ano, não existem diferenças significativas no seu justo valor.

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6. ELEMENTOS DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS E DO BALANÇO VENTILADOS POR LINHAS DE NEGÓCIO E POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

Todos os elementos da demonstração de resultados e do balanço, numa perspectiva de segmentação da actividade da Sucursal por linhas de negócio, deverão ser considerados como banca de retalho. Adicionalmente refira-se que, todos os proveitos e custos gerados pela Sucursal, resultaram de operações realizadas essencialmente no mercado nacional, no mercado europeu e no mercado brasileiro.

Rubrica Portugal Europa - EU Europa - n/EU USAAmérica do

Sul Angola Ilhas Caimão Outros

Activos 109.341.592 38.000.045 - 4.601.224 112.869.887 21.538 - -

Passivo e Capital Próprio (96.313.906) (55.980.167) (20.615) (703.957) (18.611.068) (9.409.775) (83.619.554) (175.245)

Extrapatrimoniais 3.906.620 (53.025.387) - 7.076 (1.369.461) (7.593.000) (88.078.800) (44.841)

Custos 5.507.232 3.402.263 279 115.709 250.910 275.445 6.058.165 2.716

Proveitos (6.012.876) (2.200.142) - (309.179) (7.013.014) (299) (148.919) -

7. MARGEM FINANCEIRA

Esta rubrica decompõe-se como segue: Juros e rendimentos similares de: 2006 2005

Disponibilidades 99.490 79.932 Aplicações em I.C.'s 13.498.727 10.865.799 Crédito a clientes 450.779 394.061 Outros activos fin. ao justo valor 1.065 -

Juros e encargos similares de: 2006 2005Recursos de I.C.'s 9.273.595 8.204.192 Recursos de clientes 1.146.903 667.568 Responsabilidade títulos - - Outros 8.031 9.005

Margem Financeira 3.621.532 2.459.027

8. RENDIMENTOS E ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Estas rubricas decompõem-se como segue:

Rendimentos de serviços e comissões 2006 2005Comissões de garantias e avales 2.475 2.246 Comissões de processamento 761.998 1.345.312

764.473 1.347.558

Encargos com servços e comissões 2006 2005Comissões de meios de cobrança e pagmento 7.293 12.023

7.293 12.023

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9. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica é analisada como segue:

Proveitos Custos Resultado Proveitos Custos Resultado

Activos financeiros disponíveis p/venda 58.892 749 58.143 - 749 (749)

31-12-2006 31-12-2005

10. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica é analisada como segue:

Proveitos Custos Resultado Proveitos Custos Resultado

Posição à vista 26.482.106 31.171.736 (4.689.630) 19.683.466 14.040.978 5.642.488 Posição à prazo 31.439.527 26.599.390 4.840.138 17.144.193 21.512.639 (4.368.446)

150.508 1.274.042

31-12-2006 31-12-2005

Os rendimentos líquidos de negociação em moeda estrangeira incluem ganhos e perdas com contratos forward e spot.

11. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO 2006 2005

Quotizações e donativos 29.022 21.794 Contribuições fundo garantia depósitos 17.500 17.500 Perdas activos não financeiros - 3.370 Outros encargos operacionais 26.046 124.323 Outros impostos 42.118 31.207

114.686 198.194

Ganhos activos não financeiros 41.198 45.050 Outros ganhos operacionais 525.474 643.621

566.672 688.671 451.986 490.477

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12. CUSTOS COM PESSOAL E GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica é analisada como segue: CUSTOS COM PESSOAL E GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS 2006 2005

CUSTOS COM PESSOAL Remunerações 1.836.477 1.745.058 Encargos sociais obrigatórios:

Encargos relativos a remunerações 235.148 243.886 Fundo de pensões 287.811 193.544 Outros encargos sociais obrigatórios 12.401 6.817

Outros custos 30.445 43.222 2.402.282 2.232.527

GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Com fornecimentos

Água, energia e combustíveis 54.470 45.967 Material de consumo corrente 24.365 13.287 Outros fornecimentos 16.126 13.388

94.961 72.642 Com serviços

Rendas e alugueres 211.638 358.630 Comunicações 509.558 639.494 Deslocações, estadas e representação 78.172 74.112 Publicidade e edição de publicações 71.485 220.192 Conservação e reparação 98.434 95.174 Transportes 12.479 11.620 Formação de pessoal 14.029 19.729 Seguros 13.795 22.309 Serviços especializados 1.006.634 956.419 Outros serviços 472.652 644.110

2.488.876 3.041.789

13. IMPOSTOS

A Sucursal está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e correspondente Derrama. O cálculo do IRC do exercício de 2006, tal como em 2005, foi apurado com base numa taxa nominal de imposto de 25% a que acresce a taxa da derrama de 10%.

As declarações de autoliquidação da Sucursal em Portugal ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos. No entanto, é convicção da Administração da Sucursal em Portugal que não ocorrerá qualquer liquidação adicional de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras.

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O saldo desta rubrica tem a seguinte composição: IMPOSTOS 2006 2005

Impostos correntes 1.000 1.040.287 Impostos diferidos (209.258) (980.275)

2006 2005

Resultado antes de impostos (136.548) 369.862 Acréscimos 16.240 3.787.000 Deduções (3.660.741) (380.564)Lucro tributável (3.781.049) 3.776.298 Prejuízos dedutíveis - - Matéria colectável (3.781.049) 3.776.298 IRC – 25% (2005: 25%) - 944.075 Derrama (10% sobre o IRC apurado) - 94.407 Tributação autónoma 1.000 1.805 IRC do exercício 1.000 1.040.287 Pagamentos por conta 574.454 621.534 Retenções na fonte 7.928 7.855 Imposto a recuperar/(pagar) 581.382 (410.898)

14. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

O saldo desta rubrica analisa-se como segue: CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS 2006 2005

Caixa 634.202 526.382 Depósitos à ordem no Banco de Portugal 3.238.455 4.019.610

3.872.657 4.545.992

Os depósitos à ordem no Banco de Portugal, de carácter obrigatório, têm por objectivo satisfazer os requisitos legais de constituição de disponibilidades mínimas de caixa.

25

15. DISPONIBILIDADES À VISTA SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

O saldo desta rubrica é composto como segue: DISPONIBILIDADES À VISTA SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO 2006 2005

Dispon. sobre instit. de crédito no paísDepósitos à ordem 23.219 22.950 Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - -

23.219 22.950 Dispon. sobre instit. de crédito no estrang.

Depósitos à ordem 104.029 86.894 Cheques a cobrar 6.095 - Outras disponibilidades - - Juros a receber - -

110.124 86.894 133.343 109.844

Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no País e no estrangeiro foram enviados para cobrança nos primeiros dias úteis subsequentes às datas em referência.

16. ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

O Sucursal utiliza, essencialmente, como instrumento derivado o Forward cambial ou câmbio a prazo que representa um contrato realizado entre duas partes para a compra ou venda de uma moeda contra outra, a uma determinada taxa de câmbio estabelecida no momento de realização do contrato (preço forward) para uma data futura determinada. A sua finalidade é a de cobertura/gestão do risco cambial, através da eliminação da incerteza quanto ao valor futuro de determinada taxa de câmbio, que através do forward é imediatamente fixada.

O justo valor de instrumentos derivados detidos são descriminados no seguinte quadro: ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO 2006 2005

Activos Derivados de negociação

Forwards cambiais 2.008.279 27.161 2.008.279 27.161

Passivos Derivados de negociação

Forwards cambiais 27.994 806.188 27.994 806.188

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17. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

ACTIVOS FINANCEIROS DISPNÍVEIS PARA VENDA 2006 2005

Títulos emitidos por residentes (ao justo valor)Títulos de dívida pública 204.236 215.580 Títulos de dívida de outras entidades 4.771 4.771 Títulos de capital 1.307.147 1.306.560 Outros títulos - -

1.516.154 1.526.911

18. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Quanto à sua natureza, os créditos sobre instituições de crédito analisam-se como segue: APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO 2006 2005

Aplicações em instit. de crédito no paísMercado monetario 21.000.000 9.000.000 Depósitos - - Empréstimos - - Operações acordo de revenda - - Aplicações subsidiárias - - Outras aplicações 60.925.199 72.209.211

81.925.199 81.209.211

Aplicações em instit. de crédito no estrangeiroMuito curto prazo - - Depósitos 149.762.223 162.877.213 Empréstimos - - Outras aplicações 5.262.754 2.907.892

155.024.977 165.785.105

236.950.176 246.994.316

O escalonamento destes créditos por prazos de vencimento é o seguinte: APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO 2006 2005

Até 3 meses 27.258.361 36.777.579 De 3 meses a 1 ano 158.617.060 99.416.132 De 1 a 5 anos 18.547.490 79.492.811 Mais de 5 anos 27.066.812 28.218.141 Juros a receber 5.460.453 3.089.653

236.950.176 246.994.316

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19. CRÉDITO A CLIENTES

O crédito é concedido mediante contratos de empréstimo, incluindo descobertos em depósitos à ordem, e através do desconto de efeitos. O total em balanço é composto, quanto à sua natureza, como segue: CRÉDITO A CLIENTES 2006 2005

Crédito interno Empresas

Desconto e outros créditos titulados por títulos 747.471 466.257 Empréstimos - - Créditos em conta corrente 199.355 - Descobertos em depósito à ordem 1.567.281 5.330.335 Outros créditos 3.000.000 6.000.000

5.514.107 11.796.592 Particulares

Habitação 215.443 194.067 Consumo - - Outras finalidades - Desconto e outros créditos titulados por títulos - Empréstimos - - Créditos em conta corrente - 144.102 Descobertos em depósito à ordem 40.843 162.914 Outros créditos 275.423 412.287

531.709 913.370 Crédito ao exterior Empresas

Desconto e outros créditos titulados por títulos 167.696 223.449 Empréstimos - - Créditos em conta corrente - - Descobertos em depósito à ordem - - Outros créditos - -

167.696 223.449 Particulares

Habitação - - Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por títulos - - Empréstimos - - Créditos em conta corrente - - Descobertos em depósito à ordem - - Outros créditos - -

- - Juros e comissões a receber 79.407 105.941 Crédito e juros vencidos - -

Até 90 dias 17.558 10.046 Mais de 90 dias - 154.584

17.558 164.630

6.310.477 13.203.982

Menos: Provisão para créditos de cob. Duvidosa - - Provisão para crédito e juros vencidos (17.573) (118.240) Provisão para risco país - - Imparidade sobre crédito a clientes - -

6.292.904 13.085.742

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CRÉDITO A CLIENTES 2006 2005

Até 3 meses 1.929.297 5.616.932 De 3 meses a 1 ano 404.012 216.362 De 1 a 5 anos 965.454 960.189 Mais de 5 anos 2.822.010 5.344.522 Duração indeterminada (vencidos) 104.901 854.268 Juros e comissões a receber 67.230 93.470

6.292.904 13.085.742

20. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

O saldo desta rubrica, €610.416, diz respeito, na sua totalidade, ao valor líquido de um imóvel entregue em dação de crédito à Sucursal.

21. ACTIVOS TANGÍVEIS

Esta rubrica é analisada como segue:

Imóveis Equipamento Património Artístico

Imobilizado em curso Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2006Custo de aquisição 6.694.305 1.184.376 12.337 - 7.891.018 Amortizações acumuladas 2.218.415 820.494 - - 3.038.909

Aquisições 37.014 640.427 - - 677.441 Transferências e outros

Custo de aquisição - 6 - - 6 Amortizações acumuladas (6.682) - - (6.682)Regularizações 18.103

Alienações / AbatesCusto de aquisição 582.098 196.980 - - 779.078 Amortizações acumuladas 577.206 182.742 - - 759.948

Amortizações do exercício 91.333 192.612 - - 283.945

Saldo em 31 de Dezembro de 2006Custo de aquisição 6.149.221 1.645.932 12.337 - 7.807.490 Amortizações acumuladas 1.732.542 823.682 - - 2.556.224

Valor líquido 4.416.679 822.250 12.337 - 5.251.266

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22. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Esta rubrica é analisada como segue:

Software Diversos Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2006Custo de aquisição 178.102 35.706 213.808 Amortizações acumuladas 135.571 33.768 169.339

Aquisições 2.157 13.803 15.960 Transferências e outros

Custo de aquisição - - - Amortizações acumuladas - - -

Alienações / AbatesCusto de aquisição 61.829 5.298 67.127 Amortizações acumuladas 61.829 5.298 67.127

Amortizações do exercício 22.023 8.660 30.683

Saldo em 31 de Dezembro de 2006Custo de aquisição 118.430 44.211 162.641 Amortizações acumuladas 95.765 37.130 132.895

Valor líquido 22.665 7.081 29.746

23. IMPOSTOS DIFERIDOS

Os impostos diferidos são calculados sobre todas as diferenças temporais usando uma taxa efectiva de 26,5% (2005: 27,5%). Os saldos destas rubricas decompõem-se como segue:

Impostos diferidos 2004 2005 VariaçãoActivo Passivo Resultados

Saldo em 1 de Janeiro 1.699.998 (62.208) - Diferimento comissões do crédito - 11.791 11.791 - - - Diferimento outras comissões 9.721 4.438 (5.283) - - - Títulos disponíveis para venda - - - - 4.130 - Reversão Títulos disponíveis para venda - - - - - - Imobilizado incorpóreo 18.995 23.007 4.012 - - - Imobilizado corpóreo 5.307 4.978 (329) - - - Custos diferidos 6.145 8.598 2.453 - - - Responsabilidades pensões reforma 153.678 145.578 (8.100) - - - Prémios de antiguidade 26.809 30.696 3.887 - - - Imóvel Paracélsia - 3.497 3.497 - - - Terreno - diferença entre custo fiscal e contabilístico 174.031 198.892 24.861 16.726 - 16.726 Reservas de reavaliação - 40% não aceites fiscalmente (58.167) (52.193) 5.974 - 7.655 7.655 Custos diferifos pensões reforma 619.217 894.025 274.808 - - - Reversão corredor exercício anterior - - - (894.025) - - Provisões para outras aplicações e outros riscos não aceite fiscalmente 145.570 152.796 7.226 - - - Reavaliação posição cambial prazo positiva (718.600) (7.469) 708.585 - (570.450) (570.450)Reavaliação posição cambial prazo negativa - 221.702 221.702 - - - Reversão da posição cambial a prazo negativa - - - (214.672) - (214.672)Prejuizo fiscal - - - 970.000 - 970.000

Activos por impostos diferidos 1.159.473 1.699.998 540.525 1.578.027 - (121.971)(Dos quais por proveitos diferidos) 619.217 894.025 274.808 - - (894.025)

Passivos por impostos diferidos (776.767) (62.208) 714.559 - (620.873) (558.665)

Custo com impostos diferidos (236.511) 743.765 980.276 - - 209.258

Impostos diferidos em reservas de reavaliação 4.130

2006

30

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de activos e passivos que não afectem quer o lucro contabilístico quer o fiscal. As principais variações ocorridas no exercício de 2006 são relacionadas com os seguintes factos: i) Reconhecimento de imposto relativo à reavaliação da posição cambial a prazo positiva no

montante de €570.450.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis. As principais variações ocorridas no exercício de 2006 são relacionadas com os seguintes factos: i) Reversão de imposto relacionada com os custos diferidos sobre o fundo de pensões

relativos ao exercício anterior, no montante de €894.025 (sem impacto em resultado do exercício);

ii) Reversão de imposto relativo à reavaliação da posição cambial a prazo negativa no montante de €214.672;

iii) Reconhecimento do prejuízo fiscal do exercício no montante de €970.000. 24. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição: OUTROS ACTIVOS 2006 2005

Operações diversas 7.699 4.092 Impostos a recuperar 957.641 757.708 Outros devedores 23.852 169.706 Responsabilidades com pensões 2.768.583 3.890.699 Outras despesas a pagar 422.704 370.915 Operações cambiais a prazo 1.907.565 - Posiçao cambial à vista - - Posiçao cambial a prazo - 1.051.529 Outras operações a regularizar 503.224 -

6.591.268 6.244.649

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

O saldo desta rubrica, à vista e a prazo, é composto quanto à natureza, como segue: RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO 2006 2005

Instituições de crédito no país - depósitos (7.605.234) (16.962.995)Instituições de crédito no país - juros a pagar (137.637) (184.324)Instituições de crédito no estrangeiro - depósitos (77.271.476) (82.065.307)Instituições de crédito no estrangeiro - outros recuros (65.344.641) (69.029.437)Instituições de crédito no estrangeiro - juros a pagar (3.561.651) (1.688.066)

(153.920.639) (169.930.129)

31

Quanto à sua duração residual estes recursos decompõem-se como segue: RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO 2006 2005

Até 1 mês (939.180) (15.953.501)De 1 a 3 meses (152.335.086) (97.160.617)De 3 a 12 meses (646.373) (56.816.011)

(153.920.639) (169.930.129)

26. RECURSOS DE CLIENTES

O saldo desta rubrica é composto, quanto à sua natureza, como segue: RECURSOS DE CLIENTES 2006 2005

Clientes no país - depósitos à ordem (11.905.302) (11.526.570)Clientes no país - depósitos a prazo (13.019.607) (11.061.401)Clientes no país - juros a pagar (96.812) (74.070)Clientes n/residentes - depósitos à ordem (13.300.181) (15.667.082)Clientes n/residentes - depósitos a prazo (12.232.468) (7.796.690)Clientes n/residentes - juros a pagar (146.104) (48.990)Cheques e ordens a pagar (211.113) (1.496.752)

(50.911.587) (47.671.555)

Quanto à sua duração residual, estes recursos decompõem-se como segue: RECURSOS DE CLIENTES 2006 2005

Até 1 mês (33.100.637) (33.653.282)De 1 a 3 meses (4.969.299) (2.674.787)De 3 a 12 meses (12.841.651) (11.343.486)

(50.911.587) (47.671.555)

27. PROVISÕES E IMPARIDADE

Os saldos e movimentos das contas de provisões, decompõem-se como segue:

2006 2005

Crédito vencido 17.573 118.240 Aplicações em IC's - - Crédito 17.573 118.240 Outras - -

Risco país 16.500 24.500 Aplicações em IC's - - Crédito - - Outras 16.500 24.500

Activos financeiros disponíveis para venda 33.529 34.116 Riscos gerais de crédito 60.200 117.000 Outros riscos e encargos 214.985 286.648

TOTAL 342.787 580.504

32

2006 2005

Crédito vencidoSaldo em 1 de Janeiro 118.240 191.463 Dotações 15.852 21.953 Reposição 9.408 12.824 Transferências 47.500 (47.500)Diferênças cambiais (1.427) 2.203 Utilizações 153.184 37.055 Saldo em 31 de Dezembro 17.573 118.240

Risco paísSaldo em 1 de Janeiro 24.500 480.900 Dotações 9.500 28.600 Reposição 8.000 494.500 Transferências (9.500) 9.500 Diferênças cambiais - - Utilizações - - Saldo em 31 de Dezembro 16.500 24.500

Activos financeiros disponíveis para vendaSaldo em 1 de Janeiro 34.116 25.931 Dotações 3.678 8.185 Reposição 4.265 - Transferências - - Diferênças cambiais - - Utilizações - - Saldo em 31 de Dezembro 33.529 34.116

Riscos gerais de créditoSaldo em 1 de Janeiro 117.000 40.997 Dotações 21.539 53.000 Reposição 94.800 15.000 Transferências 16.461 38.000 Diferênças cambiais - 3 Utilizações - - Saldo em 31 de Dezembro 60.200 117.000

Outros riscos e encargosSaldo em 1 de Janeiro 286.648 280.000 Dotações - 6.648 Reposição 71.663 - Transferências - - Diferênças cambiais - - Utilizações - - Saldo em 31 de Dezembro 214.985 286.648

28. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição: OUTROS PASSIVOS 2006 2005

Op.cambiais a regularizar 1.926.687 1.051.713 Retenção impostos na fonte 73.959 58.848 Out.contas a regularizar - 68.071 Out.encargos a pagar 454.719 308.033 Receitas rendimento diferido 9.096 678.232 Credores diversos 1.459.901 2.578.663 Recursos diversos 8.408 9.600

3.932.770 4.753.160

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29. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Pensões de reforma Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho vigente para o sector bancário, o Sucursal assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por velhice ou invalidez e pensões de sobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente em função do número de anos de serviço do empregado, aplicada à tabela salarial (ACTV) negociada anualmente para o pessoal no activo.

Em 29 de Dezembro de 1995, a Sucursal, de acordo com o Decreto-Lei nº 396/86, de 25 de Novembro, criou um fundo de pensões para cobrir as prestações pecuniárias acima referidas. O fundo de pensões analisa-se como segue:

Plano de benefícios e número de participantes, reformados e pensionistas: Administração: Não se encontram estabelecidos benefícios. Trabalhadores: Benefícios estabelecidos pelo ACTV vigente para o sector bancário. Foram considerados 47 participantes no activo, 16 reformados e 2 sobreviventes.

Entidade Gestora: BPI Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

Valor actual das responsabilidades assumidas por pensões de reforma e de sobrevivência: Responsabilidades por serviços passados 2006 2005

Activos 4.936.915 4.387.531 Inactivos 5.429.622 5.714.835

Total 10.366.537 10.102.366 Valor do fundo de pensões: €10.361 milhares (2005: €9.911 milhares)

Activos do fundo de pensões relacionados com a Sucursal:

Depósito a prazo na Sucursal no montante de €1.826.630.

34

A evolução das responsabilidades com pensões de reforma e benefícios de saúde pode ser analisada como segue (valores em milhares de euros):

2006 2005

Responsabilidades no início do exercício 10.102 8.590

Custo do serviço corrente 206 161 Custo dos juros 470 440 (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades (31) 1.338 Contribuições dos colaboradores 12 14 Pensões pagas pelos fundos de pensões (393) (441)Outros - - Responsabilidades no fim do exercício 10.366 10.102

A evolução do valor dos fundos de pensões nos exercícios de 2005 e 2004 pode ser analisada como segue (valores em milhares de euros):

2005 2004

Valor do fundo no início do exercício 9.911 8.466

Contribuições para o fundo 450 1.400 Contribuições dos colaboradores 12 14 Rendimento esperado 461 433 Desvio actuarial (80) 39 Pensões pagas (393) (441)Valor do funo no fim do exercício 10.361 9.911

Desdobramento do montante reconhecido como custos do exercício (valores em milhares de euros):

2006 2005

Custo Serviços Correntes 206 161 Custo dos juros 470 440 Retorno estimado (461) (433)Amortização Ganhos/Perdas - 56 Ganhos/Perdas - -

215 224 Em 31 de Dezembro de 2006, os desvios actuariais, incluídos no corredor e reconhecidos na rubrica de outros activos, ascendiam a €100 milhares. Contribuições entregues ao fundo de pensões durante o exercício:

Entidade patronal: €450 milhares Trabalhadores: €12 milhares

Montante de pensões paga pelo fundo de pensões durante o exercício:

€393 milhares

Principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados: Taxa de desconto: 4,75% Taxa de rendimento esperado dos activos do fundo: 4,75% Taxa esperada de crescimento dos salários e de outros benefícios: 0% Taxa esperada de crescimento das pensões: 0% Tábua de mortalidade: Homens: TV 73/77 (agravamento de 1 ano); Mulheres: TV 88/90

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Tábua de invalidez: 25% EVK 80 Tábua de turnover: não aplicável

Principais valores efectivamente verificados no exercício: Taxa de rentabilidade dos activos do fundo: 4,08% Taxa de crescimento dos salários e de outros benefícios: 0% Taxa de crescimento das pensões: 2,5% Mortalidade: 1 Invalidez e invalidez presumível: 0 Turnover: 0%

Outros benefícios pós-emprego: O montante das responsabilidades relativas ao plano médico e ao prémio de antiguidade da Sucursal a 31 de Dezembro de 2006 ascendem, respectivamente, €669 milhares (2005: €585 milhares) e €109 milhares (2005: €111 milhares). Estas responsabilidades encontram-se registadas na rubrica Credores diversos em Outros passivos (ver Nota 28). Para o apuramento do compromisso do Banco do Brasil com os ex-colaboradores com direitos adquiridos, foi considerado que estes terão direito a uma pensão calculada com base na tabela salarial do ACTV (e não a tabela interna do Banco) pelo tempo de serviço prestado na instituição com base no nível que tinham na data da saída. O montante de responsabilidades em 31 de Dezembro de 2006 com ex-colaboradores ascende a €670 milhares (2005: €585 milhares). Estas responsabilidades encontram-se registadas na rubrica Credores diversos em Outros passivos (ver Nota 28).

30. PASSIVOS E COMPROMISSOS CONTINGENTES

O quadro seguinte indica o montante contratual dos instrumentos financeiros extra patrimoniais da Sucursal. PASSIVOS E COMPROMISSOS CONTIGENTES 2006 2005

Garantias e avales prestados 1.300 1.300 Créditos documentários 585.630 214.704 Créditos revogáveis 4.867.496 519.310

5.454.426 735.314

No decurso da sua actividade, a Sucursal realiza operações com instrumentos financeiros com o objectivo de satisfazer as necessidades dos seus clientes e de reduzir a exposição às flutuações das taxas de juro e de câmbio

31. CAPITAL ALOCADO

Considerando a forma jurídica adoptada, a Sucursal dispõe de uma alocação de capital no montante de €39.355.154.

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32. RESERVAS DE REAVALIAÇÃO

Os movimentos ocorridos na rubrica de reservas de reavaliação foram os seguintes: Reservas de reavaliação 2006 2005

Investimentos disponíveis para vendaSaldo em 1 de Janeiro 6.710 3.368 Resultado líquido da reavaliação (9.515) 4.610 Impostos diferidos 1.834 (1.268)Saldo em 31 de Dezembro (971) 6.710

Reservas de reavaliação (Diplomas legais) 3.624.392 3.624.392

Saldo em 31 de Dezembro 3.623.421 3.631.102

A reserva de reavaliação relativa aos títulos disponíveis para venda resulta da adequação ao justo valor dos títulos em carteira. Estes saldos serão movimentados por contrapartida de resultados no momento da alienação dos títulos que lhes deram origem.

A reserva de reavaliação do imobilizado corpóreo apurada de acordo com o Decreto-Lei nº 31/98, apenas poderá ser movimentada quando se considerar realizada, total ou parcialmente, e de acordo com a seguinte ordem de prioridades:

(i) Para corrigir qualquer excedente que se verifique, à data da reavaliação, entre o valor

líquido contabilístico dos elementos reavaliados e o seu valor real actual; (ii) Para cobrir prejuízos acumulados até à data a que se reporta a reavaliação, inclusive; (iii) Para incorporação no capital, na parte remanescente.

33. OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS

Os saldos das contas de reservas e resultados transitados, decompõem-se como segue: Outras reservas e resultados transitados 2006 2005

Resultados transitados 12.093.954 12.418.454

34. PESSOAL

Em 31 de Dezembro de 2006, o número de colaboradores ao serviço do Sucursal, distribuído por grandes categorias profissionais, analisa-se como segue:

2006 2005

Gerentes 2 2Chefes de sector 10 8Outras funções 37 35

49 45

37

Em 31 de Dezembro de 2006, as remunerações e outros encargos atribuídos aos Gerentes ascenderam a €423.651 (2005: €498.175).

35. RELAÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o montante dos créditos e débitos e dos resultados do Sucursal relativos a entidades relacionadas é o seguinte:

NOME LOCALIDADE ACCRUAL OUTRAS CONTAS

REGULARIZAR

CUSTOS PROVEITOS

BANCO DO BRASIL - DIRECCAO GERAL RIO DE JAN - (1.273,50) 1.145,25 (6.963.995,60)BANCO DO BRASIL S.A. RIO DE JAN - - - - BANCO DO BRASIL - PARIS BRANCH FRANCE - - - (216.396,61)BANCO DO BRASIL - FRANKFURT BRANCH FRANKFURT - - 4,62 (45.444,67)BANCO DO BRASIL - LONDON BRANCH LONDON (33,98) 322.852,14 756.027,65 (10.931,91)BANCO DO BRASIL S.A. LONDON - (0,00) - - BANCO DO BRASIL - NEW YORK BRANCH NEW YORK - (17.500,00) 28.111,88 (309.154,92)BANCO DO BRASIL - VIENA AUSTRIA (391.311,37) - 783.041,25 (1.909.873,00)BANCO DO BRASIL, S.A LUANDA - - - - BANCO DO BRASIL S.A. BRASILIA - - 3.924,20 - BANCO DO BRASIL S.A. BELO HORIZ - - - (17,50)BANCO DO BRASIL S.A. OSASCO - - - (4.024,94)BANCO DO BRASIL S.A. RECIFE - - - (4.497,34)BANCO DO BRASIL S.A. RIO DE JAN - - - (82,25)BANCO DO BRASIL S.A. RIBEIRAO P - - - (1.743,43)BANCO DO BRASIL S.A. SAO PAULO - - - (2.478,06)BANCO DO BRASIL S.A. GEORGETOWN (174.485,51) - 3.256.766,64 (148.918,78)BANCO DO BRASIL S.A. CIUDAD DEL (967,36) - 48.418,78 - BB-BB-NURIN CAMPINAS BRASIL - - - (9.466,46)BB CORPORATE RIO JANEIRO (RJ) RIO JANEIR - - 23,63 - NURIN CURITIBA CURITIBA - - - (4.603,83)BB SECURITIES - UK LONDON - - - (17.495,76)

NOME LOCALIDADE DISPONIBILIDADES APLICAÇÕES ACCRUAL DISP. TOMADAS

BANCO DO BRASIL - DIRECCAO GERAL RIO DE JAN 37.613,33 107.389.317,60 4.257.748,83 (806.141,12)BANCO DO BRASIL S.A. RIO DE JAN - - - - BANCO DO BRASIL - PARIS BRANCH FRANCE - - - - BANCO DO BRASIL - FRANKFURT BRANCH FRANKFURT 12.461,36 3.000.000,00 902,50 - BANCO DO BRASIL - LONDON BRANCH LONDON 8.700,64 - - - BANCO DO BRASIL S.A. LONDON - - - - BANCO DO BRASIL - NEW YORK BRANCH NEW YORK 7.076,26 4.555.800,00 38.347,82 - BANCO DO BRASIL - VIENA AUSTRIA - 34.008.336,87 975.262,73 - BANCO DO BRASIL, S.A LUANDA 4.619,35 - - - BANCO DO BRASIL S.A. BRASILIA 43.796,53 - - - BANCO DO BRASIL S.A. BELO HORIZ - - - - BANCO DO BRASIL S.A. OSASCO - - - - BANCO DO BRASIL S.A. RECIFE - 380.713,03 4.432,46 - BANCO DO BRASIL S.A. RIO DE JAN - - - - BANCO DO BRASIL S.A. RIBEIRAO P - - - - BANCO DO BRASIL S.A. SAO PAULO - 275.246,25 2.392,55 - BANCO DO BRASIL S.A. GEORGETOWN - - - - BANCO DO BRASIL S.A. CIUDAD DEL - - - - BB-BB-NURIN CAMPINAS BRASIL - 152.809,13 167,03 - BB CORPORATE RIO JANEIRO (RJ) RIO JANEIR - - - - NURIN CURITIBA CURITIBA - - - - BB SECURITIES - UK LONDON - - - -

Não existem operações com administradores para além do referido na Nota 33. As operações com entidades relacionadas são efectuadas a condições normais de mercado. As responsabilidades assumidas pela Sucursal perante os seus empregados, relativas a benefícios pós-emprego encontram-se descriminadas no Nota 29.

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36. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS E DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE

A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras individuais teve um impacto global negativo nos capitais próprios da Sucursal em 31 de Dezembro de 2005 no valor de €873.024 em relação ao valor apresentado nas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB. Mapa de reconciliação dos Capitais Próprios

(valores em euros)

Capitais próprios Nota 2004 2005

Capitais próprios estatutários 56.044.349 56.587.584 543.235 3.624.392 Diferimento Comissões do crédito 1 - (42.878) (42.878) - Diferimento Outras Comissões 2 (35.349) (16.137) 19.212 - Títulos disponíveis para venda 3 4.645 9.255 - 4.610 Imobilizado incorpóreo 4 (69.073) (83.663) (14.590) - Imobilizado corpóreo 5 (19.299) (18.103) 1.196 - Custos diferidos 6 (22.346) (31.266) (8.920) - Responsabilidades pensões reforma 7 (558.829) (529.373) 29.456 - Reversão de provisões para pensões de reforma e de sobrevivência 8 250.000 150.000 (100.000) - Prémios de antiguidade 9 (97.488) (111.620) (14.132) - Imóvel Paracélsia 10 - (12.717) (12.717) - Reversão de provisões para riscos bancários gerais 11 140.000 - (140.000) - Impostos correntes 12 - (930.287) (930.287)Impostos diferidos 13 (235.242) 743.765 979.007 - Variações de reservas em 2004 - - - 3.368 Capitais próprios NCA 55.401.368 55.714.560 308.582 3.632.370 Impacto dos ajustamentos (642.981) (873.024) (234.653) 7.978

Variações 2005

Resultado Reserva de reavaliação

Nota 1 – Comissões de Crédito

No exercício de 2005, foi efectuado o ajustamento do diferimento linear das comissões incrementais relativas a créditos vivos a 31 de Dezembro de 2005.

Nota 2 – Outras Comissões

Os ajustamentos relativos a esta rubrica estão associados ao diferimento linear das comissões relativas à anuidade de cartões de débito.

Nota 3 – Títulos Disponíveis para Venda

Esta rubrica inclui as Obrigações do Tesouro detidas pela Sucursal para caução do crédito intra diário junto do Banco de Portugal, e as participações financeiras em entidades onde o Banco não exerce controlo ou influência significativa, nomeadamente a SIBS e a UNICRE. Os títulos classificados nesta categoria são mensurados ao justo valor; no entanto dada a insuficiência de dados e modelos internos de avaliação optou-se pelo registo ao custo de aquisição deduzido de eventuais imparidades. Os juros e as amortizações de prémios/descontos associados são reconhecidos segundo o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados.

Nota 4 – Imobilizado incorpóreo

No âmbito do IFRS, o imobilizado incorpóreo registado deve cumprir com os requisitos definidos na IAS 38. No exercício de 2004 e 2005, os ajustamentos efectuados estão relacionados com o abate de activos não enquadráveis na norma acima referida, nomeadamente custos com licenças e desenvolvimentos de software e custos com publicidade.

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Nota 5 – Imobilizado Corpóreo

No âmbito do IFRS, o imobilizado corpóreo registado deve cumprir com os requisitos definidos na IAS 16. No exercício de 2004, os ajustamentos efectuados são relativos essencialmente ao abate dos quiosques das unidades externas. Em 2005 procedeu-se à anulação das amortizações associadas aos abates de 2004 e ao abate de activos sem significado operacional.

Nota 6 – Custos Diferidos

De acordo com as IFRS os custos com publicidade não podem ser capitalizados, tendo por isso sido integralmente reconhecidos.

Nota 7 – Responsabilidade com Pensões de Reforma

Na transição para as NCA, todos os desvios actuariais e custos diferidos por reconhecer foram registados por contrapartida de custos diferidos (com excepção das responsabilidades com ex-colaboradores que foram registados em resultados transitados). No exercício de 2004, foram também reconhecidos os montantes relativos às responsabilidades com cuidados médicos pós-emprego (SAMS). Os montantes registados em custos diferidos serão amortizados em 5 anos (com início no exercício de 2006), com excepção das responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego e alteração de pressupostos relativos à tábua de mortalidade, os quais tem um diferimento de 7 anos. Após a transição a Sucursal optou por continuar com o método do corredor para o reconhecimento de eventuais desvios actuariais.

Nota 8 – Reversão de Provisões para Pensões de Reforma e Sobrevivência

No âmbito do registo dos cuidados médicos pós-emprego (ver Nota 7), foi revertida a provisão que a Sucursal tinha nas contas para salvaguardar o risco potencial associado.

Nota 9 – Prémios de Antiguidade

No âmbito das IFRS, a Sucursal procedeu ao reconhecimento do valor actual das responsabilidades com serviços passados referentes aos prémios de antiguidade previstos na cláusula nº150 do Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector Bancário em Portugal. O cálculo das responsabilidades foi efectuado pela Mercer (actuário da Sucursal), sendo utilizados os mesmos pressupostos do fundo de pensões.

Nota 10 – Imóvel em Dação

Na classificação do imóvel recebido em dação, o Banco utilizou a opção de deemed cost (valor actual do activo é próximo do seu valor líquido contabilístico). A mensuração subsequente do mesmo será efectuada ao custo amortizado (IAS 16), o qual implica uma amortização por 50 anos.

Nota 11 – Reversão de Provisões para Riscos Bancários Gerais

Dada a existência no exercício de 2004 de provisões sem alocação específica, procedeu-se à regularização do montante registado na rubrica de provisões para riscos bancários gerais (IAS 37).

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Nota 12 – Impostos Correntes

No âmbito das NCA a correcção efectuada aos impostos correntes advêm dos ganhos com a reavaliação da posição cambial a prazo do exercício de 2004 (realizados em 2005 no montante de €716.054,00) e das perdas com a reavaliação da posição cambial a prazo do exercício de 2005 (forwards ainda não maturados no montante de €214.233,00).

Nota 13 – Impostos Diferidos

As NCA vêm introduzir no plano contábil local o conceito de impostos diferidos activos. Assim os custos com impostos sobre os lucros são apurados tendo em conta a base tributável e considerando os impostos diferidos, os quais são apurados com base no método de balanço, baseado nas diferenças temporais entre o valor contabilístico dos activos e passivos e a sua base de tributação. A aliquota dos impostos diferidos é de 27,50%. Ajustes não considerados no apuramento dos impostos diferidos • Reversão de provisões para pensões de reforma (nota 8); • Reversão de provisões para riscos bancários gerais (nota 11); • Ajuste relativo a impostos correntes (nota 13).

Ajustes considerados no apuramento dos impostos diferidos • O ajuste relativo ao justo valor dos títulos (nota 3); • Ajuste relativo aos custos diferidos com pensões (nota 7); • Reavaliação da posição cambial a prazo; • A provisão genérica para riscos de crédito, a provisão para cobrança

duvidosa e a provisão para risco país não aceites fiscalmente; • Sobre 40% da reserva de reavaliação legal do imóvel; • Sobre a diferença entre o valor reavaliado do terreno e o seu custo

fiscal.