TERMOTERAPIA BANHO DE PARAFINA por Mahyra Mota

TERMOTERAPIA Banho de PARAFINA: O banho de Parafina uma forma de terapia que usa o calor superficial. O banho contm uma mistura de cera e leo mineral, na proporo de sete partes de cera para uma parte de leo (7:1). A parafina derretida mantida a uma temperatura constante, usada principalmente para o tratamento de extremidades superiores (de 47,7oC a 52,2oC) e para extremidades inferiores (45 a 49,4oC) usase mais baixas porque a circulao menos eficiente. A parafina pode fornecer aproximadamente 6x mais calor que a gua, e ela melhor tolerada que a gua na mesma temperatura. um excelente isolante trmico, pois conserva por um longo perodo de tempo a temperatura (retm o calor por 20 a 30). O calor se transmite por conduo de reas mais superficiais para mais profundas, chegando ao mximo de 3mm de profundidade. Ela utilizada para oferecer calor para reas pequenas e de formas irregulares, como mos, dedos, punhos e ps. Aparelho de Parafina: 1) gabinete metlico externo 2) tanque metlico interno 3) leo mineral e parafina (cera) Obs:

Entre os dois tanques necessrio haver gua, para aquecimento em banho-maria do leo que ir derreter a Parafina. Para durar mais tempo a Parafina deve ser sempre derretida em banho-maria (a partir dos 30C). Efeitos: Amacia e hidrata a pele, Analgesia, Hiperemia, Aumento do Metabolismo tecidual, Aumento do O2 tecidual, Relaxamento muscular Reduo do edema (aumento do fluxo linftico, aumento do retorno venoso) Aumenta a hidratao da pele, facilitando a massagem e cinesioterapia, Aumenta a extensibilidade cpsulo-ligamentar, facilitando o alongamento. Efeito isolante de calor (durante os banhos de imerso, a quantidade de isolamento aumenta com o nmero de camadas adicionadas). Obs: Deve-se retirar a parafina endurecida e ferver em leo periodicamente ou descartla. Tcnicas de Aplicao: Antes de iniciar qualquer aplicao com Parafina, limpar e secar cuidadosamente o local a ser tratado. 1. Banho de Imerso: (Este o melhor mtodo para elevar a temperatura do tecido, entretanto maior o risco de queimadura) Mergulhar e retirar o membro, de 6 a 12 mergulhos, deixando secar entre um e outro mergulho = pelcula de + ou - 3mm. Aps isso pede ao paciente manter o membro no interior da parafina at o fim do tempo estabelecido de tratamento. Aps o tratamento, retirar a parafina endurecida e devolve-la para a unidade de aquecimento, ou descart-la. Obs: Est tcnica exige um cuidado maior do terapeuta, pois h um perigo maior de queimadura. O paciente deve ser acompanhado cuidadosamente. 2. Mtodo da Pincelada: Pode ser usado em qualquer rea do corpo Com um pincel passar a parafina Aps atingir a camada desejada, cobrir a rea com um plstico e uma toalha, respectivamente. Aps o tratamento, retirar a parafina endurecida e devolve-la para a unidade de aquecimento, ou descart-la. Obs: Fator limitante = sujeira no local de trabalho. 3. Mtodo da Luva: Mergulhar e retirar o membro, de 6 a 12 mergulhos, deixando secar entre um e outro mergulho = pelcula de + ou - 3mm. Aps a ltima retirada de parafina, cobrir a extremidade com um saco plstico, folha de alumnio ou papel de parafina. Em seguida, enrole e segure uma toalha de algodo ao redor da rea tratada. Se indicado, a parte do corpo pode ser elevada.

Aps o tratamento, retirar a parafina endurecida e devolve-la para a unidade de aquecimento, ou descart-la. Durao do Tratamento: O tratamento com parafina deve durar de 15 a 20min, podendo ser repetido vrias vezes ao dia. Cuidados: Antes de iniciar, dar segurana ao paciente, Orientar o paciente que no deve movimentar a rea ou segmento corporal onde est a Parafina, pois ela quebrvel, e por causa do vapor que se forma entre a pele e a Parafina, o paciente ter a sensao desagradvel de queimao. Fazer a Tricotomia: depilao antes da aplicao nas reas onde houver muitos pelos, ou passar leo mineral antes do tratamento. Regular o termostato e usar termmetro para se assegurar da temperatura ideal (entre 40o a 54o). Retirar objetos de qualquer tipo (anel, relgio, pulseira e tambm esmalte) Verificar a integridade da pele (micoses, ferimentos, retirada de cutcula) e grau de hidratao da regio (pele desidratada ou com hipotrofismo). Obs: Teste de Sensibilidade quente e frio. Usar dois tubos de ensaio iguais, um com gua gelada e outro com gua quente = a sensibilidade subjetiva. Indicaes: Quadros inflamatrios crnicos e sub-agudos. Contraturas e espasmos musculares, Distrbios articulares (artrites), Ndulos de Bouchard (falange mdia ou proximal) e Nodulos de Heberden (falange distal) comum nas osteoartrites, artrose, osteoartrose (OA). Limitao de movimento aps imobilizao. Pr-massoterapia de mo e perna Contra-indicaes: Em ferimentos ou fissuras na pele, Sequela de doenas vasculares (flebite, trombose) Em face, Distrbios de sensibilidade, Processos hemorrgicos ativos ou processos cicatriciais incompletos, Processos infecciosos cutneos, independente de controle por antibitico, Processos Neoplsicos: tumores de pele, Micoses, Queimaduras em qualquer fase = devido a formao de quelide. Doena Vasculare Perifrica - caracterizada por uma diminuio no fluxo de sangue nos membros superiores e inferiores, devido a obstrues existentes nas artrias. (Ex: hipertenso arterial, sedentarismo, fatores genticos, aumento do colesterol sanguneo e, principalmente, diabetes e tabagismo.) Vantagens: Dentre os tipos de calor superficial o mais isolante, pois o calor demora muito mais tempo pra se dissipar, retendo o calor por mais tempo, devido ao calor especfico e capacidade trmica da Parafina. meio de produo de calor reciclvel e durvel, Baixo custo = apenas o gabinete caro,

Fcil aplicabilidade em MMSS e MMII, Calor teraputico mais duradouro que a compressa quente e o forno de Bier.

Desvantagens: Inviabilidade da parafina ser trocada a cada paciente, Proliferao de fungos, pois um meio de cultura. (40 e 45 C no suficiente para eliminar fungos e bactrias) Acmulo de fneros (pelos, unhas, restos de pele). A parafina no tem aplicao imediata, leva de 2 3h para alcanar a temperatura ideal de aplicao.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS: KOTTKE, Frederic J. et al. Krusen: Tratado de Medicina Fsica e Reabilitao. 4ed. So Paulo: Manole, 1994. LIANZA, Srgio. Medicina de Reabilitao. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. THOMSON, Ann. Fisioterapia de Tidy. 12 ed. So Paulo: Santos, 1994.