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Título: Um Acordo Amigável. Autora: Barbara Allister. Dados da Edição: Temas da Actualidade, Lisboa, 1!. "olecção: #ovela $om%&tica, &' (. Título )rigi&al: A& Amiable Arra&geme&t. *+&ero: $oma&ce. Digitaliação: Dores "u&-a. "orreção: A&a aula $uas. Estado da )bra: "orrigida. #umeração de /ági&a: "abeçal-o. Esta obra 0oi digitaliada sem 0i&s comerciais e desti&ase u&icame&te 2 leitura de /essoas /ortadoras de de0ici3&cia visual. or 0orça da lei de direitos de autor, este 0ic-eiro &ão /ode ser distribuído /ara outros 0i&s, &o todo ou em /arte, ai&da 4ue gratuitame&te. Um Acordo Amigável Temas da Actualidade #ovela $om%&tica 5 ( Ediç6es Temas da Actualidade, 7. A. $. A&t8&io edro, 111, (' 9re&te 11; Lisboa #e&-uma /arte deste livro /ode ser re/roduida, /or 4ual4uer meio e em 4ual4uer 0orma, sem autoriação /r+via e escrita do editor. Todos os direitos reservados. rimeira edição &os Estados U&idos sob o título A& Amiable Arra&geme&t, b< Barbara Allister Barbara AlisTer, 1=. ublicado /or acordo com Du&o& 7ig&et, a Divisio& o0 e&gui& Boo>s U7A, ?&c. Tradução: ?sabel Albi&o da 7ilva Ediç6es Temas da Actualidade, 7. A. "a/a: Amadeu de 7ousa agi&ação e 0otolito: L. @. Artes *rá0icas, Lda. ?m/ressão e acabame&to: Tilgrá0ica 7ociedade *rá0ica, 7. A. De/8sito legal: C5! ?7B#: (=C;=( ara a mi&-a sobri&-a $<a& Eliabet- Teer

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Título: Um Acordo Amigável.

Autora: Barbara Allister.

Dados da Edição: Temas da Actualidade, Lisboa, 1!.

"olecção: #ovela $om%&tica, &' (.

Título )rigi&al: A& Amiable Arra&geme&t.

*+&ero: $oma&ce.

Digitaliação: Dores "u&-a.

"orreção: A&a aula $uas.Estado da )bra: "orrigida.

#umeração de /ági&a: "abeçal-o.

Esta obra 0oi digitaliada sem 0i&s comerciais e desti&ase u&icame&te 2

leitura de /essoas /ortadoras de de0ici3&cia visual. or 0orça da lei de

direitos de autor, este 0ic-eiro &ão /ode ser distribuído /ara outros

0i&s, &o todo ou em /arte, ai&da 4ue gratuitame&te.

Um Acordo Amigável

Temas da Actualidade

#ovela $om%&tica 5 (

Ediç6es Temas da Actualidade, 7. A.

$. A&t8&io edro, 111, (' 9re&te 11; Lisboa

#e&-uma /arte deste livro /ode ser re/roduida, /or 4ual4uer meio e em

4ual4uer 0orma, sem autoriação /r+via e escrita do editor.Todos os direitos reservados.

rimeira edição &os Estados U&idos sob o título A& Amiable Arra&geme&t,

b< Barbara Allister

Barbara AlisTer, 1=.

ublicado /or acordo com

Du&o& 7ig&et, a Divisio& o0 e&gui& Boo>s U7A, ?&c.

Tradução: ?sabel Albi&o da 7ilva

Ediç6es Temas da Actualidade, 7. A.

"a/a: Amadeu de 7ousa

agi&ação e 0otolito: L. @. Artes *rá0icas, Lda.

?m/ressão e acabame&to: Tilgrá0ica 7ociedade *rá0ica, 7. A. De/8sito

legal: C5!

?7B#: (=C;=(

ara a mi&-a sobri&-a $<a& Eliabet- Teer

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Capítulo 1

Ainda podes mudar de ideias — lembrou Edward MeA redith, à sua irmã. Ele estavano vestíbulo da igreja da par!uia a !ue perten"iam, a olhar para ela. Embora o diaestivesse !uente, a igreja estava #res"a, e ele sentiu$a tremer apesar de vestir um "asa"o de

lã a%ul es"uro por "ima do vestido de musselina "or de mar#im "om raminhos. &evantou$lhea "ara para poder ver melhor o seu rosto por bai'o do tou"ado a%ul !ue tinha. — ( pai nem se!uer #ar) !uais!uer perguntas. — Mas *i"hard poder) #a%er. +ensei !ue #osse teu amigo — disse silen"iosamente

&u", sabendo !ue, por ve%es, o mais leve sussurro e"oaria por toda a estrutura de pedra. Eela sabia !ue não !ueria !ue o pai es"utasse esta "onversa.

 — E se se des"obrisse !ue eu tinha mais uma ve% desistido de outro "asamento,seria o tema de "onversa de &ondres inteira. — (lhou #uriosamente para ele, in"linouligeiramente a "abe-a e levantou uma das sobran"elhas, desejando não ter insistido emmanter a #ormalidade da o"asião. e estivessem "om os outros na parte da #rente da igreja,Edward não teria tido de novo oportunidade para !uestionar a sua de"isão.

 — /ois noivados em oito anos não 0 demais e *i"hard i nsistiu para !ue o vossonão #osse anun"iado. +ortanto ele não se poderia !uei'ar de !ue o tivesses e'posto aoridí"ulo. Ele pode ser meu amigo, mas tu 0s minha irmã. A nossa ami%ade não deve ser umelemento importante

nesta "onversa. A irmã aba#ou o riso provo"ado pelo #a"to dele se pare"er tanto "omo pai. ( irmão olhou #uriosamente para ela e "ontinuou

 — e *i"hard estiver num estado de espírito mais sensível at0 poder) ver. — 2asta. 3) #al)mos sobre isto antes. /ei a minha palavra a *i"hard. (s outros

estão à espera. — &u" olhou para o irmão "om os seus olhos a%uis s0rios e o seu rostoen"antador.

 — 4ão vou mudar de ideias — disse ela "om #irme%a. /epois "alou$se prudentemente e pu'ou apenas pela manga dele. uspirando, o irmão levou$a para dentroda igreja. Como tinha a sua aten-ão "on"entrada no homem !ue estava ao seu lado e nãonas pedras gastas em !ue "aminhava, &u" trope-ou e teria "aído se não #osse o bra-o doirmão.

 — Est)s bem5 — perguntou ele ansiosamente. 6m dos homens !ue esperava na#rontaria da igreja levantou$se "omo se #osse para "orrer em au'ílio deles e depois parou!uando retomaram o passo.

 — Estou bem7 — disse &u" silen"iosamente, aliviando "uidadosamente a dor doseu rosto, es"ondendo$a dele "omo aprendera a #a%er durante os 8ltimos oito anos. 4oiní"io "ada pa-o "onstituía um es#or-o. /epois "omo era h)bito o "aminhar tornou$se mais#)"il.

Edward Meredith abrandou os passos, per"ebendo sem ser ne"ess)rio !ue se lhedissesse !ue a irmã pre"isava de "aminhar mais lentamente. (lhou novamente para ela,desejando poder alterar o !ue lhe a"onte"era h) oito anos atr)s. empre adorada pela#amília, #ora a 9n"ompar)vel do seu tempo, soli"itada por todos os homens solteiros daso"iedade e tamb0m por muitos dos "asados. A"eitara os seus elogios "om naturalidade.:eli%mente, o seu sentido de humor impedira$a de se tornar demasiado vaidosa mesmo!uando os seus sorridentes olhos a%uis e os abundantes "ara"is "astanhos serviram deinspira-ão a muitos dos jovens das suas rela-;es para "riarem poemas elogiando$lhe os

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olhos, os l)bios, e at0 as pontas dos dedos.+erto do #im da!uela aison, tivera propostas de v)rios homens solteiros. <uando

a"eitou a proposta do Conde de =aversham, todas as pessoas da #amília "on"ordaram !ueeles #ormavam um "asal ideal.

Assim !ue a aison terminou, a #amília e os seus "onvidados regressaram a "asa

 para #a%er os preparativos do "asamento. Então, no espa-o de uma manhã, tudo mudara.Ama%ona intr0pida na "a-a à raposa, &u" saltara uma "er"a e "onhe"era a dor do outrolado desta. Algu0m amontoara pedras por detr)s do muro para reparar a "er"a. A 0guaaterrara em "ima destas e "aíra. Com a perna #irmemente segura na sela, &u" não"onseguira libertar$se antes da 0gua lhe "air em "ima.

:eli%mente, algu0m a vira "air e #ora ter "om ela !uase de imediato. Mas era j)demasiado tarde para salvar a 0gua, e os #erimentos de &u" eram tão graves !ue duranteum "erto tempo temeram pela sua vida.

 4o iní"io, ignorara a gravidade dos #erimentos. 4o entanto, !uando re"uperara osu#i"iente para "ome-ar a #a%er perguntas ao m0di"o, perguntas !ue re"usara permitir !ueele as evitasse, as respostas #oram tão devastadoras !uanto ela re"eara. Embora re"usassedei'ar o m0di"o per"eber o !uanto as suas respostas a a#e"taram, irrompera em l)grimas!uando o m0di"o saíra e #e"hara a porta, dei'ando$a so%inha "om a "riada. Aps o "ho!ueini"ial ter desapare"ido e ter tido tempo para pensar, ela per"ebera o !ue tinha de #a%er.

&u" "hamara o seu noivo para ao p0 de si. Edward #ora uma testemunhainobservada desse en"ontro. Ao ver a porta do !uarto da irmã aberta, esgueirara$se paradentro dele, sem per"eber !ue o "onde j) l) estava. +ara seu horror, ele estava presente!uando a irmã disse ao seu noivo !ue o m0di"o a"reditava !ue ela nun"a mais poderia ter #ilhos e !ue o libertava do "ompromisso. A prontidão "om a !ual o jovem "onde a"eitou asua de"isão deu vontade a Edward de o esmurrar, mas &u" "onservou a sua e'pressãoagrad)vel e serena e despediu$se dele sem lhe dar a "onhe"er o !uanto a sua deser-ão amagoava. <uando a porta se #e"hara e ela

 julgara estar so%inha, "obriu o rosto e solu-ou. Edward "orreu para ao p0 dela, masassim !ue o viu, es"ondeu a dor, di%endo apenas

 — ( >eorge e eu "heg)mos à "on"lusão de !ue não #omos #eitos um para o outro.A atitude do "onde modi#i"ara a sua vida. *etirara$se da so"iedade, re"usando

regressar a &ondres mesmo !uando os #erimentos sararam. ( pai en#ure"era$se e re"lamara,mas ela não mudara de opinião. 4em se!uer a"eitara nenhuma das propostas !ue lhe eramapresentadas. E ela tivera na mesma oportunidades para se "asar apesar de e'pli"ar semprea sua situa-ão. =avia sempre homens !ue pre"isavam de uma esposa, mas não de mais#ilhos. +ara desespero do pai, ela re"usara$os a todos, a todos e'"epto a *i"hard 2lount.

&u" olhou para o altar onde o pastor, um homem !ue ela "onhe"era durante toda asua vida, esperava, "om a "ara s0ria emoldurada pelo "abelo bran"o. orriu$lhe, e ele permitiu !ue o mais leve dos sorrisos se espelhasse no seu rosto. Apesar das suas d8vidas,"on"ordara em reali%ar a "erimnia, embora esta #osse pou"o ortodo'a. (lhou para o ban"oda #rente onde estava sentado o pai de &u", "ujas pernas estavam tão aleijadas !ue j) não podia "aminhar sem ajuda. 6m s olhar para o rosto de Mr. Meredith revelou ao pastor !ueo velho senhor não estava mais #eli% do !ue no dia em !ue os esponsais #oram anun"iados pela primeira ve%. ( pastor olhou outra ve% para lu", para o seu rosto en"antador e "almo e para o seu brilhante "abelo "astanho, e suspirou. +erguntou$se a si mesmo se estaria a

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 pro"eder bem. Estivera presente !uando &u" dissera ao pai e ao irmão o !ue ten"ionava#a%er. 4ada !ue !ual!uer pessoa pudesse di%er a "onven"eria a mudar de opinião. Ela e*i"hard tomaram esta de"isão, um a"ordo !ue ambos "onsideraram amig)vel, e ela estava a"umprí$lo.

Embora a igreja #i"asse normalmente "heia de simpati%antes, apenas algumas

 pessoas !ue #oram pessoalmente "onvidadas por &u" estavam presentes. A maioria das pessoas da pe!uena "omunidade não sabia o !ue pensar sobre este "asamento pou"o

ortodo'o. 4un"a ningu0m da região se "asara por pro"ura-ão. ( prprio pastor tivera deen"ontrar uma "erimnia ade!uada, pois nun"a antes reali%ara tal "ulto.

&u" en"ontrava$se à sua #rente, aparentemente serena embora interiormenteestivesse in!uieta. +or!ue a"eitara ela a proposta de *i"hard5 A ra%ão da!uilo !ue estava a#a%er es"apava$lhe. (lhou para o pastor, tentando en"ontrar respostas na pa% !ue sempre pare"eu #a%er parte do homem. ?oltou ligeiramente a "abe-a e viu o pai no seu lugar, "omum ar "arran"udo. perto dali estava Arabella. ( vislumbre da amiga mais íntima deu#irme%a a &u". *espirou #undo e desejou !ue o pastor "ome-asse.

A "erimnia terminou muito antes do !ue !ual!uer pessoa desejara, e estavam aassinar o livro de registos, o irmão assinando por pro"ura-ão pelo marido da irmã. — Edward @homas Meredith, assina a pro"ura-ão por *i"hard /avid 2lount — as palavrasdesta"avam$se ousadamente na p)gina. embora os esponsais tivessem sido lidos, *i"hardnão !uis "orrer ris"os. @amb0m "onseguira uma li"en-a, !ue assinara. E agora tamb0m&u" a assinava. /epois, sorriu tremulamente para o pai e para o irmão.

 — ?amos embora deste edi#í"io #rio e h8mido. (s meus ossos estão a "ome-ar adoer — disse o pai rou"amente, es"ondendo a emo-ão e a preo"upa-ão sobre o #uturo dasua #ilha.

Embora todas as pessoas presentes tentassem #a%er do "opo$de$)gua !ue se seguiuuma o"asião #eli%, ningu0m #oi bem su"edido.

 — ?ais voltar para o nosso "asamento, meu e do Edward5 — perguntou Arabella,"om uma e'pressão ansiosa.

 — Eu não me atreveria a #altar. Mesmo !ue *i"hard não possa vir "omigo, virei eu — prometeu &u" mesmo per"ebendo !ue o marido poderia ter uma opinião di#erente dasua. 2em, ele teria simplesmente !ue mudar de opinião, pensou ela.

 — 3) de"idiram !ual ser) a data do "asamento5 — +ens)mos numa data logo a seguir ao 4atal — disse Arabella "om um sorriso,

olhando por todo o !uarto at0 en"ontrar os olhos de Edward. — +re#eria não esperar tanto tempo, mas a minha #amília insiste. — &u" viu$os

tro"arem olhares e sorriu para si. ( irmão esperara tanto tempo pela #eli"idade.Edward #oi ter "om elas, pondo o bra-o à volta de Arabella e pu'ando$a para si. Ela

suspirou e dei'ou a "abe-a poisar em "ima do ombro dele apesar de ter a "erte%a de !ue amãe lhe ralharia por permitir tal "arí"ia em p8bli"o.

 — Conven"este$a a #i"ar para o "asamento5 — perguntou ele. — +rometi voltar para ir ao vosso "asamento7 — e'pli"ou a irmã. — Mas a Arabella pre"isa da tua ajuda, não 0, !uerida5 — Arabella tem a mãe, e eu j) lhe mostrei a "asa "omo se ela pre"isasse de ajuda $.

Ela "onhe"e melhor a "asa do !ue eu prpria. E a nossa governanta sabe !ue tem de a"atar as ordens dela. Ela vai sair$se bem, Edward

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 — re"lamou$lhe &u" — tenho de dirigir a minha prpria "asa. — @ens mesmo !ue ir embora amanhã5 — perguntou$lhe a amiga. — +rometi a *i"hard !ue sim. — &u" olhou para o irmão, o !ual notando a

#irme%a da de"isão na sua bo"a e no !uei'o se "alou prudentemente.

 — ?ais estar tão longe — disse melan"oli"amente Arabella, tal "omo o repetira j)tantas ve%es antes.

 — <ue disparate. *i"hard tem uma propriedade a apenas duas horas da!ui. — Mas ele neste momento não est) a habitar l) — lamentou$se a amiga.Embora j) tivesse utili%ado os mesmos argumentos !ue a sua noiva a"abara de

e'pressar, Edward per"ebeu !ue a dis"ussão "hegara ao #im. A sua irmã era "asada. ?endoas rugas bran"as em volta da bo"a de &u", per"ebeu !ue a

irmã suportara tantas !uei'as !uantas as !ue podia e mudou de assunto. — @u e *i"hard estarão na "idade para a pe!uena aison5 — perguntou. ( rosto de

Arabella alegrou$se. — Esse 0 um assunto !ue ainda não tínhamos dis"utido — admirou &u", respirando #undo e sorrindo para o irmão mais velho. — Estou admirado. +elo tamanho das "artas !ue te envia, supunha !ue vo"Bs

tinham #alado sobre tudo — tro-ou o irmão. — Espero !ue as tuas "artas tenham sido tão longas e "aras "omo as dele.&u" apenas riu. Então, avistou o pai na "adeira de rodas e #oi ter "om ele. — Ele

estudou o rosto dela e depois estendeu$lhe a mão. — Agora j) 0 tarde para voltares atr)s — disse ele silen"iosamente. — Espero !ue

saibas o !ue est)s a #a%er. Apertou$&he #irmemente a mão "omo se não a !uisesse largar. — *i"hard 0 um homem bom, +ap). empre #alaste muito bem a seu respeito. erei

#eli% "om ele — assegurou$lhe, es"ondendo as suas prprias d8vidas sob uma m)s"ara de"alma.

 — Espero !ue tenhas ra%ão. — :e% uma pausa e olhou para ela "om uma e'pressãos0ria no rosto.

 — abes !ue esta ser) sempre a tua "asa se pre"isares, &u". — Eu sei +ap). — 2eijou$lhe a #a"e, "om o "ora-ão emo"ionado e os olhos ardendo

em l)grimas. Mudando depois a "onversa para outros assuntos. <uerido e teimoso +ap), pensou ela. e ele lhe tivesse "on"edido alguma independBn"ia, ela não seria agora umasenhora "asada.

@udo o !ue !uisera #ora a sua prpria "asa. A primeira ve% !ue e'pressou o seudesejo ele rira. +arou de rir assim !ue "ompreendeu !ue ela estava a #alar a s0rio.

 — :ilha minha não levar) uma vida es"andalosa — de"larara ele. 4enhum do seusargumentos ou "ontínuas

Ds8pli"as o "onseguiram persuadir. empre !ue a dis"ussão surgia de novo ele

tomava$se mais in#le'ível at0 !ue por #im alterara o seu testamento, proibindo !ue !ual!uer dinheiro !ue &u" herdasse dele #osse utili%ado para possuir uma "asa sua.

@endo #nalmente re"onhe"ido a #utilidade do seu plano, &u" es!ue"era$o,resignando$se a administrar a "asa. Mas !uando Edward pedira ao pai de Arabella se a podia "ortejar, &u" "ompreendeu !ue devia tomar uma atitude. Arabella mere"ia ser a

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senhora da sua "asa, não tendo de se submeter à irmã do seu noivo. eria j) su#i"ientementedi#í"il para o seu irmão e para a sua esposa ter de partilhar a "asa "om o pai, !ue "ome-araa esperar ansiosamente pela vinda dos netos, para !ue Arabella ainda tivesse de partilhar asua "asa "om outra mulher.

&u" sabia o !uanto o irmão esperara por Arabella. Apai'onara$se por ela antes dasua primeira aison mas re"usara propr$se$lhe at0 ela ter tempo para per"eber o !ue sentia.Então, antes da aison ter realmente "ome-ado, a mãe de &u" e de Edward apanhou umres#riado e morreu. 4a altura em !ue Edward podia regressar à "idade, j) não para ir a#estas e a bailes, Arabella #ora atraída por um bonito jovem de glorioso uni#orme "om umtítulo e!uivalente ao do pai dela. Edward re"uperara$se às pressas, dando apenas a "onhe"er a &u" o seu desespero. 4o #inal da aison, o pai de Arabella anun"iara o noivado da #ilha"om o bonito soldado. Mas antes de se "asarem, ele #oi enviado para a +enínsula 9b0ri"a.

Arabella esperara pa"ientemente por ele, preo"upando$se por não re"eber notí"iassuas "om #re!uBn"ia. +or #im re"ebeu a notí"ia de !ue ele estava a terminar a sua "omissãoe !ue regressaria em breve. 4un"a "hegou a regressar. ( seu noivo morrera nos bra-os deuma senorita espanhola aps "ontrair uma das #ebres !ue in#estavam os "ampos de batalha.Arabella #i"ara destro-ada, pro"urando "on#orto junto da sua amiga &u", estabele"endonovamente um "onta"to pr'imo "om Edward.

 4o iní"io, Edward tivera medo de ter e'pe"tativas. Então, !uando o tempo de lutoterminara e Arabella "ontinuava a não !uerer regressar à sua vida na "idade, ele "ome-ou asonhar. Com o apoio da irmã, Edward de"idiu "ortejar Arabella, dei'ando per"eber destave% o !uanto ela representava para ele. :inalmente, a sua proposta #ora a"eite, mas os paisdela e'igiram !ue ela passasse mais uma temporada na "idade e !ue o "asamento #osseanun"iado no #inal da mesma. +or muito !ue gostassem de Edward, os pais !ueriam"erti#i"ar$se de !ue a de"isão dela não se baseava apenas na a#ei-ão. &u" #i"ara #uriosa"om o insulto implí"ito ao irmão, mas Edward apenas se rira e "on"ordara.

 — 4ão gostei — disse ele em privado à irmã. — Mas per"ebo o ponto de vista dos pais dela. ei !ue tinham esperan-as de !ue ela "onseguisse um título.

As imposi-;es dos pais apenas re#or-aram mais o elo entre Arabella e Edward.Assistindo ao "res"imento do amor deles, &u" estava determinada a não ser um peso parao pr'imo "asamento. Mas at0 "hegar a "arta de *i"hard para Edward, ela não soubera"omo atingir esse obje"tivo.

 4un"a teria tido "onhe"imento da e'istBn"ia da "arta se na!uela manhã não tivesseentrado de repente no es"ritrio de Edward, pensando na #esta !ue estava a planear. Eletinha uma e'pressão estranha no rosto.

 — ( !ue se passa5 — perguntou ela silen"iosamente.Ele estendeu$lhe a "arta. — &B isto./eu uma vista de olhos no do"umento e em seguida sentou$se na "adeira em #rente

à se"ret)ria de Edward para o ler "om mais "uidado. <uando a"abou de ler, olhou para"ima, "om uma e'pressão divertida.

 — Ele !uer !ue tu o ajudes a arranjar uma esposa5 er) !ue ele não sabe o tempo!ue tu esperaste para arranjares uma para ti5

 — &este a "arta. <uando lhe es"revi a "ontar do meu noivado, ele de"idiu #a%er demim uma autoridade sobre as jovens da alta$roda da so"iedade — disse o irmão "omarrependimento.

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 — 4ão leste a "arta dele "om muita aten-ão, meu irmão. Ele não !uer uma jovem.Ele !uer uma pessoa mais velha !ue não tenha sido soli"itada durante a aison e !ue #i"ar)#eli% por se "asar e se tornar a mãe dos #ilhos dele — lembrou$lhe ela.

 — /e !ual!uer #orma não o poderei ajudar. 4ão prestei !ual!uer aten-ão ao

Mer"ado dos Casamentos !uando estive na "idade. Estava demasiado o"upado "omArabella. +assou a mão pelo "abelo #arto e suspirou. — <uando o vi na "idade, pou"o tempo depois da tr)gi"a morte da sua esposa,

disse$&he para #alar "omigo se houvesse alguma "oisa !ue eu pudesse #a%er por ele. 4ão#a%ia ideia de !ue ele me pediria isto. ( rosto de Edward mostrava "on#usão. *i"hard eraum amigo íntimo, e ele sabia !ue o seu velho amigo tinha de estar desesperado paraes"rever tal "arta.

 — uponho !ue podia perguntar a Arabella se "onhe"e algu0m — disse ele "omhesita-ão.

&u" relera e'"ertos da "arta. 6ma ideia "ome-ou a tomar #orma na sua mente.orriu para o irmão.

 — /ei'a$me #alar "om Arabella — disse ela. — @alve% entre ns as duas possamos sugerir algu0m, talve% algu0m !ue tenha sido

apresentado à so"iedade logo a seguir a mim. e lhe prometeste !ue o ajudarias, devemos pelo menos tentar. *i"hard pare"e !uase desesperado, não se pare"e nada "om o jovemdespreo"upado !ue te "ostumava visitar no ?erão. — A sua vo% era normal. Contudo, se oirmão a tivesse observado atentamente, teria "ompreendido !ue ela estava a preparar !ual!uer "oisa.

Edward en"olheu apenas os ombros. — 9sso #oi h) algum tempo atr)s. 4enhum dens 0 a mesma pessoa. E *i"hard teve de suportar muitos mais problemas do !ue muitos densF tudo o !ue "onsigo supor 0 !ue os problemas dele in#luen"iaram esta sua de"isão. @ensa "erte%a de !ue te !ueres envolver neste plano lou"o5 enão es"revo$lhe a di%er !ue não o posso ajudar.

 — *i"hard sempre #oi gentil "omigo. e o puder ajudar... — e'pli"ou ela. — Então, vou es"rever$lhe a di%er !ue tu "on"ordaste em ajud)$lo — disse ele "om

indulgBn"ia. em rela-ão ao assunto dela !uerer ter a sua prpria "asa 0 !ue Edward e o pai

sempre se opuseram. Ela sabia o !ue ele estava a pensar se isto lhe der algo para se o"upar,apesar de ser #8til, Edward estava disposto a "on"ordar.

( re"ome-o dos solavan"os da "arruagem a"ordara &u" dos seus sonhos. (lhou para as "artas !ue tinha no "olo "omo se #ossem um talismã.

 — +e-o$lhe para abrandar, Miss &u"5 — perguntou a "riada, não gostando datensão !ue o rosto da sua senhora revelava.

 — <ue disparate. e #i%eres isso nun"a mais "hegamos, 2ett. 2ett "alou$se, mas!uando pararam para mudar de "avalos a uns !uilmetros mais à #rente, ela insistiu !ue&u" entrasse para dentro da estalagem e des"ansasse no salão privado !ue #ora preparado para ela. Ela estava "ontente em ver as bo"he"has da sua senhora ganharem "or aps unsmomentos longe do traje"to a"identado. Mas o m)'imo !ue ela "onseguiu #oi #a%B$lades"ansar um pou"o. @endo "ons"iBn"ia de !ue #i%era o !ue podia, 2ett subiu para a"arruagem juntamente "om a sua senhora, desejando !ue na!uele dia o "o"heiro não"ontinuasse por muito mais tempo a viagem. &u" sorriu para a "riada, desejando poder 

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e'pli"ar$lhe !ue não era a viagem, mas sim o !ue ela poderia en"ontrar no #im da mesma!ue lhe estava a provo"ar a tensão.

As "artas !ue mais uma ve% segurava no seu "olo eram o seu 8ni"o "onta"to "om*i"hard 2lount em, prati"amente, oito anos. Ele dan-ara "om ela durante a sua primeira

aison, uma pausa bem$vinda para des"ansar dos homens !ue a tentaram deslumbrar "omos seus en"antos. endo um homem "asado e um amigo íntimo do irmão, ele não "onstituíaum perigo. E #a%ia &u" rir. <uando ele regressou à sua "asa para estar "om a sua esposa!uando nas"eu o primeiro #ilho deles, ela teve saudades suas. Ela, em "onjunto "om oirmão, e'aminou in8meras

1G prendas para o beb0 at0 en"ontrarem a prenda per#eita para o primeiro #ilho de

*i"hard. /urante os seguintes dois ou trBs anos em !ue nas"eram os seus outros #ilhos, umsegundo #ilho e uma #ilha, #ora Edward !uem tratara dos "art;es e das prendas.

Embora *i"hard e Edward se "orrespondessem durante anos, *i"hard #i%era partedo mundo ao !ual &u" voltara as "ostas. Ela ouvira Edward, !uando este lhe "ontara os boatos sobre a!uilo !ue *i"hard estava a #a%er, gostando de ouvir as des"ri-;es da >r0"ia,de Mos"ovo, ou de !ual!uer outro lugar onde ele estivesse. abia, atrav0s de pistas !ue oirmão lhe #orne"ia, !ue *i"hard #ora um "orreio não o#i"ial do governo mesmo apesar denem ele nem Edward se terem re#erido abertamente a esse respeito. As ve%es &u"interrogava$se sobre se Edward gostaria tanto das "artas de *i"hard por desejar tamb0m eleser livre para se envolver em tal o"upa-ão. Mas Edward #ora #or-ado a tomar as r0deas daadministra-ão da propriedade !uando o pai #i"ou in"apa"itado. &u" olhou novamente paraas "artas !ue estavam no seu "olo, a"ari"iando as #itas !ue as atavam. Com e#eito, tal "omo*i"hard as tentara #a%er, havia nelas uma ligeira ponta de apreensão. Ela interrogara$sesobre se teria tomado a atitude "erta. /epois suspirou. Caso "ontr)rio teria de tirar o melhor  proveito possível disso. 4estes 8ltimos anos aprendera essa li-ão muito bem. E seria mãe. !uando leu as des"ri-;es dos #ilhos de *i"hard 0 !ue se aper"ebeu do !uanto desejara ter a sua prpria #amília. A esperan-a invadiu$a uma ve% mais, en"ostando$se para tr)s, apertouas "artas nas suas mãos.

/o mesmo modo !ue &u", tamb0m *i"hard 2lount estava a "onsiderar a atitude!ue tomara. 4a manhã do "asamento tinha

dei'ado os #ilhos "om a governanta e o tutor e "avalgado em dire-ão a um dos penhas"os !ue dava para o mar. A manhã estava "lara e brilhante, e ele ali sentado em "imado seu "avalo preto, "om o "abelo "astanho "laro sendo banhado pelo sol at0 ser maisdourado do !ue "astanho, produ%ia uma visão impressionante.

1H 4a altura em !ue &u" lhe dissera !ue tratara do "asamento, ele #e"hara os olhos

tentando visuali%)$la. Mesmo apesar de ela lhe ter #eito uma des"ri-ão sua, a 8ni"a "oisa de!ue se "onseguia lembrar na!uela manhã era do #eli% duende !ue rira e "orrera atr)s deEdward e dele pela propriedade, !uerendo partilhar todos os momentos "om os rapa%esmais velhos.

Edward #rustrara$se muitas ve%es "om a persistBn"ia dela em segui$los, mas *i"hardapenas se rira e a en"orajara. 4essa altura, ele desejava tamb0m ter uma irmã !ue o amasseassim tanto, em ve% de ser o #ilho 8ni"o enviado "om #re!uBn"ia para "asa do av galBs.

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Apesar das suas re"orda-;es, *i"hard sabia !ue ela tinha mudado. &u" #ora muito#ran"a "om ele nas suas "artas. Mas ele não "onseguia apagar a!uela primeira imagem esubstituí$la por uma mais sombria. Certamente !ue a sua personalidade original nãodesapare"era.

*epetiu solenemente os seus votos "omo se estivesse ao lado de &u" no altar 

da!uela igreja. Apesar da rela-ão desagrad)vel !ue tivera "om 3ulia, a sua primeira esposa,ten"ionava #a%er "om !ue a nova rela-ão resultasse. /esta ve% ele tinha uma perspe"tivamais realista do "asamento, re"ordou$se a si prprio. As suas ra%;es eram simples os seus#ilhos pre"isavam de uma mãe, e ele de uma esposa.

Al0m disso, neste 8ltimo ano #ora muito di#í"il lidar "om o horror da morte tr)gi"ada sua esposa. @alve% tivesse #eito mal em ter #ugido, desenrai%ando a sua #amília elevando$a para esta propriedade isolada, para #ora de perigo. Mas eles não podiam #i"ar )li,onde as ruínas !ueimadas da "asa seriam uma "onstante lembran-a do horror. E a "asa de"a-a pr'imo da "asa de Edward pare"era "ompletamente inade!uada e sobretudo nadasegura para os seus #ilhos. Ele adorava esta região de 9nglaterra, as suas "olinas verdes, asenseadas es"ondidas, e at0 a "harne"a sem trilhos.

( mar era uma das vantagens do sítio, pelo menos no !ue di%ia respeito às "rian-as. 4o ano anterior, tinham$se tornado nuns marinheiros bastante bons, aprendendo a

1Ire"eber ordens e a dirigir o pe!ueno bar"o "om o !ual ele adorava velejar.

+regui-osamente, interrogou$se sobre se &u" gostaria do mar. E'istia um "aminho #)"il para a do"aF isso não "ausaria problemas. En"olheu os ombros. Mesmo !ue ela detestasse omar, eles haveriam de en"ontra" uma solu-ão.

A ideia dos #erimentos dela in"omodava *i"hard. Es"revera a Edward, o#ere"endo asua solidariedade !uando as notí"ias do seu a"idente se tornaram tema de "onversa. Comoseria ela5 &u" dissera$&he !ue de ve% em !uando "o'eava e !ue, mais importante ainda, om0di"o dissera !ue ela nun"a mais poderia ter #ilhos.

Embora tivesse ouvido o me'eri"o sobre o motivo do #im do seu noivado, ele nãosoubera !ual a dimensão dos seus #erimentos. Esse #a"to, #B$lo avaliar "uidadosamente a proposta dela. E se ela se tornara amarga e se"a5 *i"hard pensou nos seus trBs irre!uietosrebentos e interrogou$se se o #a"to de &u" nun"a mais poder ter #ilhos seus, a#e"taria a suarela-ão "om eles.

As "artas dela, apesar de mais sbrias do !ue ele alguma ve% esperara, não"ontinham nenhum vestígio de raiva, apenas uma determina-ão silen"iosa. 4a!uela manhã,!uando estava na en"osta, re"ordou$se a si prprio !ue a de"isão j) #ora tomada. Mesmo!ue houvesse problemas, teriam de trabalhar em "onjunto para os resolverem. E ele sabiaatrav0s do seu 8ltimo "asamento !ue !ual!uer "asal tinha problemas. A#astou "om #irme%aas re"orda-;es dos temíveis 8ltimos meses do seu anterior "asamento do pensamento.

*i"hard perdeu a no-ão do tempo, ao #ita" o hori%onte "om os seus olhos "in%entosre#le"tindo o a%ul da )gua, neste dia e'traordinariamente "laro.

 — +ai5 — o grito trou'e$o de volta à!uele instante, tra%endo$lhe re"orda-;esvívidas e #eli%es do tempo !ue passara em >ales !uando era pe!ueno.

 — +ai5 ?amos velejar hoje5 — perguntou o #ilho mais velho, dando "om as esporasno$seu pnei.

( pai olhou em volta "erti#i"ando$se de !ue o #ilho não tinha #ugido do mo-o de

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estrebaria, !ue era suposto1Ja"ompanhar !ual!uer uma das "rian-as sempre !ue estas #ossem passear a "avalo.

/ei'ou sair um suspiro de alívio !uando viu o homem, !ue segurou deliberadamente o"avalo de #orma a !ue /avid pudesse al"an-ar o seu pai em primeiro lugar. A!ui nada os

amea-ava, mas ele ten"ionava manter uma vigilKn"ia "uidadosa. — ( !ue #a%es a!ui5 — perguntou *i"hard de #orma severa. 4o ano a seguir àtrag0dia, ele vigiara "uidadosamente as "rian-as, aprendendo verdadeiramente pela primeira ve% a des#rutar da sua "ompanhia não por serem seus #ilhos, mas por serem pessoas interessantes. A partir do momento !ue &hes "ontara sobre o seu pr'imo"asamento, /avid ne"essitava de mais aten-ão suaF todos eles ne"essitavam. Aps ter garantido aos seus #ilhos mais novos !ue não ten"ionava dei')$los durante meses "omo o#i%era no passado, eles a"eitaram a ideia. Apenas /avid pare"ia ter problemas "om a ideiado seu novo "asamento.

 — A"abei as minhas li-;es — disse /avid muito antes !ue o seu pai lhe #i%esse uma pergunta. *i"hard olhou interrogativamente. /avid bai'ou timidamente a "abe-a.

 — @erminei a li-ão de matem)ti"a — disse rapidamente. — Mr. Aver disse !ue iríamos estudar geogra#ia e &atim depois do almo-o. — E deu$te autori%a-ão para s)íres at0 l)5 — perguntou o pai de #orma severa.

Conhe"endo o tutor, *i"hard duvidava da histria do #ilho. — 4ão #oi e'a"tamente isso. — /avid olhou para o pai "om olhos supli"antes. — ( !ue #oi !ue ele disse5 — apesar de saber !ue devia mandar regressar 

imediatamente o rapa%inho, não #oi "apa% de o "astigar. E se ele #osse honesto "onsigo prprio, sabia !ue não !ueria #i"ar so%inho.

 — /isse$me para ler histria. Mas eu j) tinha lido. &emos juntos. 4ão #oi, pai — e'pli"ou o #ilho.

 — E autori%ou$te a sair5( rapa%inho bai'ou mais uma ve% a "abe-a. — Ele estava a dar aulas ao *obert

!uando saí.1 — E ele não sabe onde tu est)s5 — perguntou o pai "om severidade. (s

a"onte"imentos da altura anterior ao in"Bndio, #i%eram "om !ue ele insistisse para !uehouvesse sempre algu0m !ue soubesse onde 0 !ue as "rian-as estavam. 9sso e somente issolhe permitira salv)$los do in"Bndio !ue destruiu a "asa deles.

 — Mandei um mo-o de estrebaria di%er$&he !ue #ui passear a "avalo — e'pli"ourapidamente /avid. <uando o pai #i"ava "om a!uela ruga à volta da bo"a, ele não !ueriaser a pessoa "om !uem o pai estava des"ontente.

 — Est) bem. — *i"hard sorriu para o #ilho.

 — Mas a"ho !ue não seria justo ir andar de bar"o sem o teus irmãos, não a"has5(lhou mais uma ve% para o rapa%inho robusto !ue estava ao seu lado e sentiu o "ora-ãoapertado.

e alguma "oisa a"onte"esse a ele, ao irmão, ou à irmã, *i"hard não sabia "omo oiria suportar. A morte da esposa, ainda !ue estivessem separados nessa altura, #oradevastadora.

A medida !ue a re"orda-ão dessa noite ardente de h) um ano atr)s se "ome-ou a

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espalhar pela sua mente "omo se #osse uma tela pintada, ele a#astou$a do pensamento "om#irme%a.

 — @alve% "onsigamos "onven"er Mr. Aver e Mrs. tanhope a libertarem *obert eCaroline — sugeriu. — Assim poderemos ir velejar.

@anto os pensamentos do seu "asamento "omo os da trag0dia eram a#astados da sua

mente à medida !ue velejavam pelo rio #ora em dire"-ão ao Canal, a brisa suave !ue eraapenas #res"a em terra, tornou$se rapidamente #ria no rio. — +ai dei'a$nos navegar at0 :ran-a — sugeriu Caroline "om o rosto rosado por 

 bai'o do len-o atado à "abe-a. — Estamos em guerra "om a :ran-a. 4ão 0 verdade pai5 — disse o irmão mais velho "om despre%o. — +or!ue haveríamos de ir l)5 — Mrs. tanhope di% !ue todas as pessoas instruídas tiveram de #alar #ran"Bs pelo

menos uma ve%. ( pai #ala #ran"Bs51L( seu #ilho mais novo, mais #alador do !ue os outros dois, perguntou — +or!ue havia ele de !uerer #alar "om o inimigo5 voltaram$se ambos para ele — Então5 — Eu #alo #ran"Bs — e'pli"ou *i"hard, lembrando$se da sua 8ltima viagem se"reta

"omo "orreio em !ue apenas o seu "onhe"imento da língua lhe tinha salvo a vida. — ( meu pro#essor insistiu. 4ão vamos estar em guerra para sempre

 — "ontinuou ele, notando a desaprova-ão dos outros. Então, iremos todos a :ran-a.@amb0m poderão pre"isar de aprender #ran"Bs.

 — E ver 4apoleão5 — perguntou *obert de olhos arregalados. — 4essa altura 4apoleão j) l) não est) — disse o irmão "om #irme%a. — 4ão 0

verdade pai5 — <uero ir a >ales — disse /avid "om o rosto muito s0rio. — ?er o sítio onde

nas"eu o pai. — A senhora !ue vai ser nossa nova mamã tamb0m vai "onnos"o5 — perguntou

Caroline. *i"hard notou pela primeira ve% !ue os seus dentes estavam a tiritar. — Espero !ue sim. Agora vamos ver se vo"Bs se lembram "omo se leva o bar"o

 para a "osta — disse ele rapidamente, envolvendo a #ilha "om o seu "asa"o. /epois, mudoude rumo. A mudan-a de dire"-ão alterou a "onversa, #a%endo$os es!ue"er por momentos oassunto.

Ao "ontr)rio dos seus #ilhos, a lembran-a da sua nova esposa nun"a estava longedos pensamentos de *i"hard. 4essa noite, en!uanto estava deitado na "ama, ele perguntava$se a si prprio se &u" teria alguma ideia das e'igBn"ias !ue a sua #amília lhe poderia #a%er. Ele #ora o mais honesto possível nas suas "artas. Apesar de lhe ter dito !ueesperava !ue ela #osse sua esposa em todos os sentidos da palavra, tentara e'pressar as suase'pe"tativas de #orma a !ue estas não a o#endessem.

+ensando no ano passado, ali no litoral do /evon, *i"hard re"onhe"eu !ue o seuisolamento #i%era da sua

1D

de"isão em voltar a "asar uma ne"essidade. *e"usava$se a dei'ar #i"ar os #ilhosso%inhos por mais algumas horas. +ensou !ue poderia ter tra%ido uma amante, mas ele nãosujeitaria os seus #ilhos a esse tipo de ambiente. E as pou"as mulheres da região não o

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atraíam, apesar de algumas delas lhe terem lan-ado en"antamentos. e ele se tivesse sentidomenos respons)vel pela seguran-a das "rian-as, se tivesse "onseguido sair por um dia oumais... *iu "om pesar. 9sso era tão impossível "omo ele tra%er a amante para dentro de "asa.

Então sorriu. *esolvera o seu problema. /entro de alguns dias &u" estaria ali paradesempenhar os pap0is de esposa e mãe. (lhou à volta do !uarto e pensou se ela !uereria

mudar alguns dos mveis.Capítulo Ga viagem dera a &u" bastante tempo para pensar. E se *i"hard a"hasse !ue ela

tinha pou"o para o#ere"er "omo a"hara >eorge, o seu anterior noivo5 E se não #ormostalhados um para o outro5 — desviou novamente a "ortina da janela para poder ver a paisagem.

@iveram sorte "om o tempo para viajar. Embora as brisas #ossem #rias, não "hoveu.+ela #orma "omo a poeira vermelha se levantava na estrada !ue seguiam, &u" tinha !uasea "erte%a !ue o "o"heiro do irmão teria pre#erido "huva ou uma ligeira bruma. A "riadatossiu e tapou a "ara "om o len-o, #e"hando os olhos.

&u" dei'ou "air a "ortina "om relutKn"ia e en"ostou$se para tr)s. 4a!uela manhã, o"o"heiro garantira$lhe !ue "hegariam ao seu destino antes da noite

 — 2oas instru-;es, Miss &u". =ouve um pou"o de "on#usão em todos os sítios por onde pass)mos. E a viagem #oi #a"ilitada pelos "avalos — dissera ele "ordialmente, antesdela entrar para a "arruagem para #a%er o resto da viagem.

<uando &u" de"idira "asar "om *i"hard, ele e Edward responsabili%aram$se pelos pormenores da viagem. 4o iní"io, *i"hard insistira em enviar uma "arruagem para a ir  bus"ar, mas Edward #i%era o amigo mudar de ideias, insistindo !ue a "arruagem do pai #oraalterada para propor"ionar maior "on#orto durante as viagens. +lanearam "uidadosamente amudan-a de "avalos e as paragens para des"ansar de #orma a !ue &u" tivesse uma viagemmais #)"il, Edward #orne"endo os "avalos para o "ome-o da viagem e *i"hard

G para o resto da mesma. 4a altura em !ue o "o"heiro #i%esse a viagem de regresso j)

os "avalos !ue #i"ariam para tr)s teriam des"ansado. Então, um mo-o de estrebaria poderia#a"ilmente

 lev)$los de volta aos seus est)bulos. *e"ordando$se das in8meras dis"uss;es !ue#ora #or-ada a ouvir e das instru-;es pormenori%adas !ue *i"hard enviara, &u" suspirou e pensou se teria de se sujeitar à!uele tipo de organi%a-ão para o resto da sua vida. Este pensamento provo"ou$lhe mais do !ue uma d8vida. Apenas o #a"to de saber !ue osesponsais j) #oram lidos a "onteve.

A lembran-a das "olinas verdes e da terra vermelha do lado de #ora da sua janela,#e% &u" !uerer parar a "arruagem, sair e "aminhar por uns momentos. Estava tão #arta daviagem. Cada noite !ue passava, mais dores ela tinha !ue na noite anterior. *e"onhe"endo!ue não havia nada !ue ela pudesse #a%er para alterar a situa-ão, não se !uei'ava. Contudo,a "riada, ao notar a palide% da sua senhora, tivera uma "onversa "om o "o"heiro na ultima paragem, e a pr'ima seria mais demorada.

<uando surgiu uma ligeira neblina !ue assentou a poeira e depois desapare"eu,&u" desviou as "ortinas, #itando os arredores !ue estariam pr'imo da sua nova "asa. ("hamamento rou"o das gaivotas disse$lhe !ue estavam perto do mar. *i"hard tamb0m lhedissera isso, "ontando "omo os #ilhos gostavam de ir passear de bar"o e "omo ele a

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ensinaria a velejar. Ela #ora evasiva !uanto à sua proposta, mas a ideia magou$a.( ar #res"o e a ideia de !ue a sua viagem terminaria em breve reavivou$a, dando$lhe

"or às p)lidas bo"he"has. 2ett anuiu satis#eita. — <uer !ue eu a ajude a mudar de vestido na pr'ima ve% !ue pararmos5 — 

 perguntou.

 — Estar) tão amarrotado "omo este — disse a sua senhora, olhando para o vestido"in%ento !ue tra%ia vestido. Aps v)rios dias de viagem nada da!uilo !ue usava pare"ialimpo.

 — Esta manhã, engomei o a%ul de !ue tanto gosta e arrumei$o "uidadosamente por "ima. e tiver algumas rugas,

G1 posso rapidamente pass)$las a #erro. Em todas as estalagens em !ue par)mos, as

esposas dos estalajadeiros tinham sempre os seus #erros perto do #ogo. Certamente !uenesta não ser) di#erente. — @endo servido a sua senhora desde !ue &u" tivera idadesu#i"iente para ter a sua prpria "riada, 2ett estava determinada em garantir !ue a suasenhora estivesse o mais bonita possível !uando se apresentasse na sua nova "asa. <uando&u" "on"ordou, 2ett suspirou de #eli"idade.

e &u" tivesse per"ebido as vis;es !ue estavam a passar pela "abe-a da sua "riada,depressa as teria "ontestado. 2ett, tal "omo os outros "riados do seu pai, tinha$se intrigado"om o noivado da sua senhora "om um homem !ue ela não vira durante !uase oito anos. As"riadas mais jovens espe"ularam sobre se *i"hard 2lount #ora a ra%ão do rompimento doseu noivado anterior.

Mesmo !uando 2ett e a governanta e'pli"aram !uais as "ir"unstKn"ias dorompimento do noivado "om o "onde, as ideias romKnti"as delas persistiram. Apesar da!uilo !ue sabia, 2ett desejara se"retamente !ue os boatos tivessem algo de verdadeiro.

@erminada a 8ltima paragem, &u", vestida "om um vestido a"abado de engomar,sentiu as mãos "ome-arem a tremer. *i"hard dissera$lhe !ue a partir da!ui teriam de viajar apenas mais uns !uilmetros. @entou manter a "alma, lembrando$se das des"ri-;es da "asade *i"hard. @endo vivido a sua nova vida perto dos vi%inhos e dos amigos, ela não sabia"omo iria reagir ao isolamento. E a!ui não e'istiam prados planos pelos !uais ela poderiaandar "omo desejasse. Apesar das "olinas serem tão bonitas, &u" sabia !ue elas iriamlimitar$lhe os movimentos.

+ou"o tempo depois, &u" avistava uma grande "asa ouma en"osta, "er"ada por  jardins e )rvores. A longa viagem terminava ali. *eteve a respira-ão.

*i"hard, alertado da apro'ima-ão da "arruagem pelo mo-o de estrebaria, !uemandara esperar na estalagem para esse propsito, mandou os "riados dar os 8ltimos to!uesna

GG"asa, "omo se eles não tivessem passado as 8ltimas semanas nas limpe%as.

 — =) #lores para os aposentos da minha esposa, Mrs. /awes5 — perguntou àgovernanta.

 — *osas primaveris, sir. Creio !ue "omentou !ue Mrs. 2lount pre#ere as bran"as a!uais!uer outras.

 — <uando era rapariga pre#eria. — *i"hard parou por um momento e um sorriso#uga% surgiu no seu rosto ao pensar na #orma "omo &u" insistia para pararem onde !uer 

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!ue #ossem para poder "olher #lores. 4o #im do dia, os raminhos de #lores teriam mur"hado,mas &u" agarrar$se$ia aos seus a"hados "omo se eles #ossem ouro. ( som do bater na porta a"ordou$o dos seus sonhos. A"enou à governanta e "orreu para a sala de estudo.

 — Ela j) "hegou, +ai5 — perguntou$lhe a #ilha "om a "ara brilhando de e'"ita-ão,es!ue"endo os livros !ue tinha na sua #rente.

 — Ainda não, Caroline. Mas o mo-o de estrebaria trou'e$nos notí"ia de !ue ela est)na estalagem. — *i"hard olhou em volta do !uarto. — &embram$se todos do !ue tBm de #a%er5 — perguntou. As trBs "rian-as a"enaram

a#irmativamente. — Agora despa"hem$se e mudem de roupa. ?o"Bs !uerem "ausar uma boa

impressão — disse o pai "om #irme%a. — E devemos trat)$la por Mamã5 — perguntou Caroline, #ran%indo a testa

 pensativamente. — e !uiseres — disse o pai gentilmente. — &embrem$se !ue eu vos disse !ue podiam es"olher. — olhou para os rapa%es e levantou a sobran"elha. — e não se despa"harem, não

estarão prontos para a "umprimentarem, !uando ela "hegar./avid murmurou algo bai'inho. <uando o pai olhou #i'amente para ele, pensou

numa manobra de diversão. — ( +ai tamb0m se vai mudar5 — perguntou /avid, olhando para o "abelo

despenteado do pai. Embora *i"hard o es"ovasse todas as manhãs, o mais pe!ueno soprode vento

GH#a%ia$o en"ara"olar. A "orreria em !ue andara, tornara o seu "abelo ainda mais

indis"iplinado.*i"hard, avistou$se a si prprio no espelho da parede da sala de estudo. — 3) vou.

En"ontro$me "om vo"Bs no vestíbulo assim !ue estiverem despa"hados. — Ao #e"har a porta da sala de estudo, suspirou, desejando !ue /avid estivesse mais "ontente "om asitua-ão.

+ou"o tempo depois, !uando des"eu a es"adaria prin"ipal, ningu0m se teriaaper"ebido de !ue o seu "ora-ão batia "omo um tambor. ( "abelo estava bem penteado, e aanterior roupa amarrotada #ora substituída por umas "al-as "astanhas "laras, por umelegante "olete, e por um bonito "asa"o "astanho !ue lhe #i"ava justo nos ombros. A 8ni"a jia !ue usava era um anel "om sinete e uma esmeralda pesada, na mão direita.

 — ( guarda do portão avisou !ue a "arruagem re"ome-ou a viagem, sir — disse$lheo mordomo.

 — (brigado, /awes. — *i"hard respirou #undo. — Assim !ue Mrs. 2lount terminar de "umprimentar as "rian-as, o pro#essor e a

 pre"eptora delas, apresento$a a si e à sua esposa e dei'o !ue lhe apresente os "riados.

( mordomo apenas a"enou a#irmativamente e não lhe lembrou !ue tinham dis"utidoo lo"al e'a"to em !ue "ada pessoa deveria estar e a ordem pela !ual "ada uma deveria ser apresentada. (uviram um barulho nas es"adas e olharam para "ima para verem as trBs"rian-as e o seu s0!uito des"endo "almamente as es"adas. +elo menos Caroline, a sua pre"eptora, o pro#essor dos rapa%es, e a ama des"iam "almamente. (s seus dois #ilhos"orriam "omo se #ossem a "aminho dos est)bulos.

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 — 3) "hegou5 — perguntou *obert, parando pre"ipitadamente à #rente do pai.9nspe""ionou *i"hard e a"enou a#irmativamente. — Muito melhor, +ap). — ( pai #e% umaligeira v0nia.

/avid, !ue se en"ontrava a alguns passos atr)s, desli%ou para a janela. — Consigo ver a "arruagem — a sua vo% era muito mais "ontrolada do !ue a do

irmão. GIA alguns degraus do #im das es"adas, Caroline deu um pe!ueno salto e des"eu a

"orrer os restantes, es!ue"endo "ompletamente o "horo. — N bonita5( pai juntou os trBs, apro'imando$os. — Em pe!uena era. E vo"Bs viram a

miniatura !ue ela me enviou — disse bai'inho. — Miniaturas7 — e'"lamou indignado o #ilho mais velho. — A!uela !ue tem

minha, eu pare-o um beb0. — :oi pintada !uando tinhas menos de um ano — lembrou$lhe o pai, estendendo o

 bra-o para lhe alisar um "ara"ol teimoso muito pare"ido "om o seu. — E dei'ava$me andar "om esses "ara"is "ompridos5 — perguntou /avid, "om os olhos magoados.Antes de o pai poder e'pli"ar !ue a mãe de /avid insistira em lhe "onservar os

"ara"is at0 ele ter !uase idade para usar "al-;es, um barulho vindo do e'terior avisou$osde !ue a "arruagem tinha "hegado.

Como se tivessem a"abado de "ompreender as grandes mudan-as !ue iriam o"orrer nas suas vidas, as "rian-as en"ostaram$se ao pai, Caroline segurando a sua mão "omo setivesse medo !ue ele desapare"esse. *i"hard sorriu$lhe e tentou abrandar o bater do seu"ora-ão. A"enou a /awes, !ue lhes abriu a porta. aíram todos juntos, para os degraus.

 — Esperem a!ui — disse *i"hard suavemente aos trBs, e "aminhou em dire"-ão à porta aberta da "arruagem.

<uando *i"hard des"eu os degraus #i"ando ao al"an"e da sua vista, &u" mal"onseguira re"uperar o #lego. <uase tão bonito "omo !uando rapa%inho e jovem, as suase'periBn"ias modi#i"aram$no, a"res"entando$lhe rugas !ue o tornavam num homematraente e distinto. +or um momento &u" teve medo de se me'er. Ele não a vira desde oa"idente. ( !ue iria ele pensar5 Embora muitas pessoas #ossem demasiado bondosas para oadmitir, &u" sabia !ue era apenas uma sombra da!uilo !ue #ora. E se ele #i"asse desiludido"om ela5 Mostr)$lo$ia5 +ermitindo !ue a "riada saísse primeiro, &u" ganhou "oragem eentão desli%ou para a #rente.

GJ

*i"hard estendeu$lhe automati"amente a mão para a ajudar a des"er. entindo$senervosa, parou no primeiro degrau. ( a%ul do "hap0u e do vestido re#le"tia o a%ul do "0u!ue apenas espreitava atrav0s das nuvens "in%entas !ue tinham "oberto o "0u na!uele dia.orrindo tremulamente, agarrou a mão do esposo e des"eu "om prudBn"ia para o "hão,en"ontrando$se 2ett ansiosamente ao seu lado, para a ajudar "aso ela pre"isasse.

6ma ve% mais em seguran-a no "hão, &u" sorriu para *i"hard, desejando !ue eledissesse algo. empre "onhe"ido nos "ír"ulos diplom)ti"os pela sua habilidade em lidar "om situa-;es so"iais di#í"eis, *i"hard estava "alado o !ue não era uma "ara"terísti"a sua.A 8ltima ve% !ue vira &u", re"onhe"era !ue ela era detentora de uma e'traordin)ria bele%a,

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"hegara at0 a brin"ar "om o #a"to de ela se ter tornado tão bonita, mas não se impressionara"om a sua bele%a. +reparado atrav0s das "artas, para uma tremenda mudan-a nela, estavaaturdido pela sua bele%a. Ela mudaraF j) não era a bele%a roli-a de por"elana, estava maismagra, mais re#inada, uma elegante senhora !ue seria bonita at0 !uando #osse muito velha.

( silBn"io aumentou, !uando *i"hard lhe pegou na mão e sorriu para os seus olhos.

As bo"he"has de &u" "oraram. Antes !ue o silBn"io se abatesse sobre 0la, a vo% de umrapa%inho perguntou — N esta a nossa nova mamã, +ap)5 — *obert pu'ou pela perna do pai para

"hamar a sua aten-ão.*i"hard olhou para o seu #ilho mais novo e resistiu ao desejo de &he despentear o

"abelo. — N sim, *obert — depois, sorriu uma ve% mais para &u". — ?ais ter de des"ulpar os meus modos, minha !uerida. A tua "hegada dei'ou$nos

"on#usos. — :eli%mente, ela não teve de responder. Colo"ou a mão dela no seu bra-o evirou$se para os seus #ilhos.

/avid, o mais velho, en"ontrava$se no degrau de "ima, "om uma e'pressão #irme nasua bo"a. As duas "rian-as

G 2)rbara Allister mais novas en"ontravam$se no degrau de bai'o mesmo à sua #rente. — +osso apresentar$te os meus #ilhos5 — &u" sorriu$&he, es"ondendo por agora o

seu nervosismo sob a "alma aparente !ue tanto trabalhara para aper#ei-oar. — Esta menina 0 a minha #ilha, Caroline — disse ele "om um sorriso, orgulhoso do

 bonito retrato !ue a sua #ilha propor"ionava, "om o seu "abelo loiro en"ara"olado at0 aosombros e o seu vestido de musselina bran"a "om la-os "or$de$rosa ainda aprumados elimpos. A rapariguinha #e% uma reverBn"ia in"rível.

 — Estou #eli% por "onhe"er$te, Caroline — disse &u" bai'inho, reprimindo osmedos e a e'"ita-ão "om a ideia de !ue agora era mãe desta menina.

 — E este 0 *obert. — *i"hard, estendeu a mão para o #ilho, !ue pulava dee'"ita-ão.

 — *obert — &u" viu$o #a%er uma v0nia e sorrir$lhe. (lhou para o rapa%inho maisvelho !ue se en"ontrava no degrau de "ima, os seus olhos hostis !uase ao mesmo nível dosdela.

 — E este deve ser /avid — disse ela bai'inho. Embora dissesse para si prpria !ueera natural !ue o rapa%inho estivesse ressentido "om o #a"to dela ir tomar o lugar da suamãe, &u" não "onseguia dei'ar de se sentir magoada. Es"ondendo os seus sentimentos,virou$se para *i"hard.

 — Ele tinha apenas algumas semanas de vida !uando "onhe"emos a... — A vo% delainterrompeu$se.

 — A 8ltima ve% em &ondres5 im. /avid, "hega a!ui. Apesar do tom "arinhoso, oseu #ilho re"onhe"ia uma ordem !uando a ouvia. /es"eu os degraus e #e% uma v0nia.

 — &u" e o seu irmão Edward, enviaram$te a!uele esplBndido "avalo de pau, em!ue "ostumavas andar !uando eras pe!uenino — disse$lhe, "olo"ando o bra-o por "ima dosombros do seu #ilho, dando$lhe palmadinhas. /os seus trBs #ilhos, /avid #ora o !ue maisso#rera "om a morte da mãe. E *i"hard sabia !ue o rapa%inho pre"isaria de tempo paraa"eitar a ideia do seu novo "asamento.

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GL — Muito obrigada. @odos ns gost)mos muito dele. @anto &u" "omo *i"hard

estreme"eram interiormente "om o tom "uidadosamente "orre"to de /avid.*obert deu outro pe!ueno salto para o degrau seguinte. — Eu tamb0m "ostumava andar nele — disse, sorrindo para &u". — E Caroline

tamb0m. — <ue maravilha. Eu "ostumava andar no do meu irmão !uando ele me dei'ava — disse &u" em tom "on#iden"ial.

 — @u montavas !ual!uer "oisa — disse *i"hard brin"ando.( rosto de &u" perdeu alguma da sua alegre "or. Então re"uperou de novo o

"ontrolo de si prpria. — 9sso #oi h) muito tempo atr)s. — 4os 8ltimos oito anos, a sua #amília evitara

#alar sobre a sua antiga pai'ão pela e!uita-ão, mas *i"hard não podia saber isso.*i"hard notara a sua mudan-a e amaldi-ou$se por ter to"ado no assunto. — A!ui

estamos ns a perder tempo, !uando tenho a "erte%a de !ue desejas uma "h)vena de "h)./ei'a$me apresentar$te a "riadagem.

+assados alguns minutos, as apresenta-;es embara-osas terminaram, e &u" estavainstalada numa "on#ort)vel "adeira em #rente da lareira a"esa para a#astar o #rio !ue persistia apesar do "alor do dia. As "rian-as sentaram$se silen"iosas perto dela, olhando para ela e para o pai. At0 &u" "ome-ara a sentir$se in"omodada pelo silBn"io !uando a porta se abriu e /awes e um "riado trou'eram o "h) e "olo"aram$no numa mesa à sua#rente.

 — Continuas a tomar o "h) "om leite e muito a-8"ar, *i"hard5 — perguntou,"ontente por ter algo para #a%er.

 — Continuo a tom)$lo "om leite, mas ponho muito pou"o a-8"ar — disse "om umagargalhada. — 3) passou muito tempo desde !ue eu deitava "in"o torr;es.

 — Cin"o torr;es, +ap)5 A ns s nos dei'a pr um — disse Caroline, #a%endo bei"inho.

 — 6m 0 su#i"iente. e bem me re"ordo, &u" não p;e a-8"ar. — (lhou para aesposa, apre"iando a sua bonita imagem. Apesar do silBn"io "onstrangedor !ue se #i%era, a

GDapresenta-ão de &u" na sua ")sa progredira melhor do !ue ele pensara.

<uando as "h)venas de "h) #oram servidas e &u" servira a sua, as "rian-as"ome-aram a tagarelar umas "om as outras. *i"hard !ue estava sentado perto dela no so#).Apro veitou a distra"-ão deles.

 — Como #oi a tua viagem5 — reparou !ue a "or das bo"he"has dela apare"ia edesapare"ia. — Esta 0 a primeira ve% !ue #i%este uma viagem tão longa...

 — /esde o meu a"idente5 — &u" tentou sorrir, mas os seus es#or-os não #oramtotalmente bem su"edidos. — 4ão deves ter re"eio em #alar sobre isso, *i"hard. ?ivo "omisto desde h) oito anos.

 — &embrar$me$ei disso. — Então, e'aminou$a "uidadosamente. — 4ãorespondeste à minha pergunta. — Ela me'eu$se nervosamente tal "omo "ostumava #a%er !uando tentava sair de uma situa-ão.

 — E não tentes mentir$me.&u" suspirou. (lhou para os enteados !ue pare"iam transbordar energia e sa8de e

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desejou ser mais "omo eles. E a vida !ue *i"hard transmitia, #B$la pensar "omo se atreveraela a a"eitar a sua proposta. uspirou suavemente mais uma ve%, ressentida "om a per"ep-ão !ue ele tinha dela. Então, "omo se re"onhe"esse a legitimidade da sua pergunta,disse suavemente

 — A "arruagem era muito "on#ort)vel.

 — Mas5 — 4em mesmo a melhor das "arruagens "onsegue eliminar os solavan"os e assa"udidelas !ue #a%em parte de !ual!uer viagem. E eu não estou habituada a viajar para tãolonge — a"res"entou.

 — /evia ter permitido !ue #osses imediatamente para o !uarto — disse ele "om pesar. A "ulpa !ue sentia por a ter sujeito a uma a"tividade superior à!uela !ue ela podiasuportar, era evidente na sua e'pressão. ( !ue ele es"ondeu bem #oi a desilusão !ue sentia por "ausa do !ue a para planear essa tarde.

GO — <ue disparate. As "rian-as e eu pre"isamos de tempo para nos "onhe"ermos — 

disse "om um sorriso !ue o #e% es!ue"er o !uanto ela estava "ansada. — +ensei #a%er isso mais tarde — insistiu ele. — Embora eles tomem o almo-o na

sala de estudo, tenho permitido !ue jantem "omigo uma ve% !ue raramente tenho"onvidados. A!ui tomamos as re#ei-;es às horas do "ampo, mas podes alter)$las se!uiseres.

 — 4ão. >anhar uma madrasta 0 por si s uma grande mudan-a, não sendone"ess)rio mudar tamb0m o hor)rio das re#ei-;es — disse, pensando no !ue a"onte"eria!uando ela tomasse a dire"-ão da "asa. +ossuíra o "ontrole da "asa do pai desde a morte damãe, mas l) os "riados "onhe"iam$na !uase durante toda ) sua vida.

*eparando !ue os rapa%inhos "ome-avam a movimentar$se de #orma irre!uieta"omo "a"horrinhos, o pai "hamou$os. — Est) na altura de regressarem à sala de estudo — disse #irmemente, ignorando os seus "horos e !uei'as.

 — /a!ui a pou"o tempo subo para os ver. Agora mostrem a &u" !ue eu não vosdei'o "omportar mal, mas !ue os ensinei boas maneiras.

 — Eles tBm umas maneiras e'"elentes — disse a nova madrasta "om um sorriso. As"rian-as mais novas retribuiram$lhe o sorriso. /avid apenas #e% uma v0nia. A portadepressa se #e"hou, e o silBn"io invadiu o !uarto. &u", !ue estivera mais tensa do !ue ela prpria se aper"ebera, suspirou e a#undou$se ainda mais no so#), "aindo pesadamente, deuma #orma !ue a sua pre"eptora teria imediatamente desaprovado se ela ainda #osse"rian-a.

 — E tamb0m 0 altura de tu subires — disse$lhe o esposo. &evantou$se e estendeu$lhe a mão. Agrade"ida, &u" dei'ou !ue ele a ajudasse a levantar$se, e depois ele re"uou.Ela deu um passo, estreme"endo involuntariamente, pois en!uanto estivera sentada o seu"orpo #i"ara rígido. *i"hard deu dois passos, o su#i"iente para a segurar, e pegou$lhe ao"olo, levando$a em dire"-ão à porta.

 — (h, não deves — disse &u", "orando de vergonha.H — Estou a magoar$te5 — 4ão.

 — Então, não deves di%er— me o !ue devo #a%er, enhora Esposa. /entro de muito

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 pou"o tempo vou pr$te no teu !uarto. — ou muito pesada — protestou, !uando a transportava pelas es"adas a"ima.

(lhou em volta, para ver se algu0m estava a olhar. /uas "riadas en"ontravam$se imveis,de olhos e bo"a totalmente abertos. :e"hou os olhos, sabendo !ue dentro de minutos a"riadagem estaria a #alar sobre os dois.

 — <ue disparate. Ns pou"o mais pesada do !ue Caroline — disse ele, "om #irme%a. *e"onhe"endo a #utilidade de argumentar "om ele, &u"des"ontraiu$se e "olo"ou a "abe-a no seu ombro.

 — Mrs. /awes !uer mostrar$te a "asa amanhã ou depois de amanhã, !uando tiveresdes"ansado. 4ão 0 tão grande "omo a do teu pai, "omo ver)s em breve.

Abriu a porta e transportou$a para dentro, tentando imaginar o !ue ela a"hava do!uarto. — 4ão sabia !uais eram as "ores de !ue gostavas — e'pli"ou. — +odes mudar tudoa!uilo !ue não te agradar.

Ela olhou avidamente em volta, reparando nas pesadas "ortinas de seda "or$de$rosa, penduradas no dossel da "ama e nas janelas.

 — Estas são bonitas. :oi a tua esposa !ue as es"olheu5 ( rosto de *i"hard gelou.(brigou$se a si prprio a responder.

 — 4ão, #oi a minha mãe. A minha primeira esposa nun"a veio ao /evon. 4ão erasu#i"ientemente elegante para ela. — A sua vo% era #ria. Colo"ou &u" "uidadosamente no"hão. Ela re"uou um ou dois passos, desejando !ue ele nun"a &he #alasse na!uele tom.

 — +araj) não desejo #a%er nenhumas altera-;es — disse ela bai'inho, desejando poder retirar a pergunta !ue #i%era. Atr)s deles #e"hou$se uma porta. altaram ambos evoltaram$se rapidamente.

H1 — ?olto mais tarde5 — perguntou 2ett, "om os bra-os "heios de roupa !ue ela

a"abara de desemalar. — +repare um banho para a senhora — ordenou *i"hard. 2ett, es"ondendo o seu

ressentimento pelo seu tom, a"enou$lhe a#irmativamente sem lhe di%er !ue j) o tinha preparado. Então, *i"hard virou$se para a sua esposa. A raiva !ue o invadira por ummomento desapare"era. +assou um dedo pela #a"e ma"ia dela, at0 ao !uei'o e levantou$lho.

 — 4ão 0 pre"iso vestires$te para o jantar desta noite. +edi para !ue #osse servido noteu !uarto. — &u" suspirou de alívio. Contudo, as palavras seguintes dele, provo"aram$lheum arrepio na espinha.

 — Apre"ia o teu banho e a sesta. ?enho ter "ontigo mais tarde. — 9gnorando 2ett,ele bai'ou a "abe-a e beijou$a suavemente nos l)bios.

 — empre desejei #a%er isto — disse "om um sorriso travesso.&u" ainda se en"ontrava no meio do !uarto, "om a mão nos l)bios, !uando 2ett

abriu a porta, às outras "riadas !ue tinham ido en"her a banheira. — Colo!uem a banheira em #rente à lareira. /epois movam o biombo — disse

2ett às "riadas !ue aguardavam. — A )gua est) !uente5

A "onversa "ir"ulava em torno de &u", "omo a )gua à volta de um sei'o numria"ho. /urante oito anos, ela negara !uais!uer sentimentos por !ual!uer pessoa menos pela sua #amília, pusera$os determinadamente de lado. Agora, "om um suave beijo as suasde#esas invulner)veis "ome-avam a desmoronar$se. /eleitando$se "om sensa-;es

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es!ue"idas, ela permane"ia simplesmente no meio do !uarto, a e'austão e a dor es!ue"idas.*i"hard, o amigo do irmão, o homem a !uem ela "omparara "ada um dos seus pretendentes,tinha$a beijado. (s beijos !ue permitira a alguns dos "avalheiros pr"#eridos e at0 a!ueles!ue >eorge lhe dera, desapare"eram da sua memria "om o suave "alor dos l)bios de*i"hard.

HG — +osso ajud)$la a despir$se5 — perguntou 2ett, elevando a vo% "omo se estivessea #alar "om algu0m !ue ouvisse mal. Ela tinha uma e'pressão perple'a.

(bediente, tal "omo uma "rian-a "om a ama, &u" voltou$se. *i"hard tinha$a beijado. :a%endo o !ue a "riada lhe di%ia, depressa #i"ou "om )gua at0 ao !uei'o. ( "alor #B$la suspirar de satis#a-ão.

 — 4ão me dei'es adorme"er a!ui, 2ett — disse "om um sorriso — Como se eu dei'asse. — A "riada observava "uidadosamente a sua senhora,

a"res"entando a )gua !uente "om "uidado e dando a &u" o seu sabonete #avorito"heirando a rosas. <uando as p)lpebras de &u" "ome-aram a #e"har$se, deu$lhe umatoalha e ajudou$a a sair da banheira.

 — ?ista a "ombina-ão — sugeriu. — +reparei$lhe a "ama. /es"anse um bo"ado. — 4ão me dei'es dormir durante muito tempo. ( meu esposo vem ter "omigo mais

tarde para jantarmos — disse &u" meia a dormir. — E para algo mais, não duvido — resmungou bai'inho a "riada. — +ensa !ue ele

tem o bom senso de a dei'ar repousar. =omens<uase ao mesmo tempo !ue &u" a"ordou, os "riados apare"eram para preparar 

uma mesa "om #lores e pratos, em #rente à lareira e ao pe!ueno so#). &u" olhou para aelaborada disposi-ão da mesa e "ome-ou a preo"upar$se "om a!uilo !ue deveria vestir.

 — @ira o de seda a%ul. (u devo vestir o rosa5 — perguntou. — 3) tivesteoportunidade para o passar5

 — Mr. 2lount pediu$me para lhe di%er !ue não se vestisse. Com e#eito, sugeriu !uevestisse um roupão — disse 2ett bai'inho. — @irei$&he o de veludo "or$de$rosa, por!ue anoite vai estar #res"a.

 — 6m roupão. Eu não estou doente — protestou &u".

 — Mas #e% uma viagem "ansativa — lembrou$&he a "riada, "om a vo% #or-ada.Apesar da ingenuidade da sua senhora,

HH 2ett tinha a "erte%a de !ue sabia !uais eram as inten-;es do seu novo patrão.&u" olhou estranhamente para ela, notando o "ansa-o no rosto da "riada. A "ulpa

invadiu$a !uando per"ebeu !ue 2ett estava a p0 h) pelo menos mais uma hora do !ue ela eem ve% de tomar "h) e dormir uma sesta, tinha desman"hado as malas da sua senhora. Emve% de lhe dar mais trabalho, a!uies"eu rapidamente.

 — 6m roupão por "ima da "amisa de dornir, #i"a ptimo. E #a%$me uma tran-a. — entou$se em #rente do espelho.

<uando 2ett poisou a es"ova e re"uou para veri#i"ar se o "abelo da abundante"abeleira de &u" estava bem penteado, &u" viu$se ao espelho. *eparou !ue as rugas dedor no seu rosto se aterluaram, mas ainda estava p)lida. 4o entanto, !uando a "riada lheo#ere"eu a "ai'inha do rouge, disse !ue não "om a "abe-a e suspirou. Mais valia dei'ar oseu marido ver bem "om o !ue "on"ordara em "asar.

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 — @iveste um dia longo, 2ett. Assim !ue jantares, vai para a "ama. 3) tivesteoportunidade de "onhe"er o teu !uarto e de desman"har a tua mala5

 — im, Miss &u". ?ou ter um !uarto s para mim, uma ve% !ue sou a sua "riada — disse orgulhosamente 2ett. Membro de uma numerosa #amília de "amponeses davi%inhan-a da antiga "asa de &u", estava habituada a partilhar não s o seu !uarto "omo

tamb0m a "ama. Mesmo apesar de &u" ser a patroa na "asa do pai, a sua "riada ainda tinhade partilhar a "ama "om outra mulher. — /i%$me se pre"isares de alguma "oisa — disse &u" suavemente, pensando "omo

teria sido partilhar uma "asa "om de% irmãos e irmãs. Com o irmão #ora de "asa, na es"olaou em &ondres, sentira$se muitas ve%es s. — Agora podes ir$te embora. Eu deito$meso%inha na "ama. — omo sentar$se perto do pe!ueno lume.

 — o%inha ou "om mais algu0m, — pensou 2ett "om "inismo, en!uanto juntavaas pe-as de roupa dispersas de &u". — <uer !ue lhe dei'e uma me%inha para as #lores5

HI — perguntou, mesmo sabendo !ual seria a resposta da sua senhora. &u" disse !ue

não "om a "abe-a tal "omo 2ett previra !ue ela o #i%esse. Mal a"abou o seu trabalho, a"riada saiu do !uarto.

Ao mesmo tempo !ue se #e"hou a porta e'terior, abriu$se outra !ue &u" ainda nãotinha reparado. *i"hard espreitou atrav0s da abertura e perguntou

 — +osso entrar5( tremor !ue &u" sentira antes, apossou$se mais uma ve% dela. @udo o !ue podia

#a%er era a"enar a#irmativamente. *esistindo ao impulso de en"ontrar o seu manto mais pesado e tapar$se "om ele, "aminhou para o so#). (lhou$o de relan"e, sentindo$se muitoin"omodada por ele estar no seu !uarto de dormir.

<uando estivera doente, o irmão #i"ara muitas ve%es no seu !uarto para lhe #a%er "ompanhia, mas *i"hard não era o seu irmão. 4ão, ele era o seu marido, lembrou$se &u" asi prpria, sentindo as #a"es a "orar. (s maridos tinham o direito de entrar nos aposentosdas esposas.

 *e"ordando$se da "onversa !ue tivera "om a mãe de Arabella, !uando a senhorasoube !ue ela estava de"idida a ir para a #rente "om o "asamento, &u" "orou ainda mais, pensando se ele iria re"lamar os seus direitos na!uele e'a"to momento. (lhou para ele, por  bai'o das suas longas e abundantes pestanas. Ele tinha despido o "asa"o, o "olete e agravata, mas ainda tinha vestido a "amisa e as "al-as.

*i"hard, e'periente "om as mulheres, viu$a mudar de"or  — /ormiste bem5 — perguntou "asualmente, lembrando$se de !ue teria de agir 

lentamente. Ao "ru%ar$se "om a "ampainha, deu um to!ue. /epois en"heu dois "opos "om ovinho !ue tinha tra%ido e deu$lhe um.

 — Muito bem — sussurrou ela, aps duas tentativas #rustradas. Apesar dae'"ita-ão, tamb0m sentia um ligeiro pKni"o. E se ela não lhe agradasse5 2ebeu um gole devinho e engasgou$se.

Como se ela #osse uma "rian-a e ele a ama, ele bateu$lheHJnas "ostas, !uase desi!uilibrando$a, #a%endo "om !ue ela tomasse o resto do vinho.

Como ela "ontinuou a tossir, ele levantou$lhe os bra-os por "ima da "abe-a. Assim !ue ela

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 parou de tossir, ele tornou$lhe a en"her o "opo e deu$lho. — 2ebe apenas pe!uenos goles. — &u" olhou$o #uriosamente, limpando o vinho

das saias e perguntando$se se ia #i"ar "om man"has. — Ainda gostas de tarte de pBssego5 — perguntou *i"hard, vendo a veia no

 pes"o-o dela pulsar. &u" apenas olhava #i'amente para ele, o seu "ora-ão batia

violentamente, interrogando$se sobre o !ue estaria ele a #alar. — e não gostares, por #avor não digas à "o%inheira. 9nsisti para !ue ela #i%essealgumas para esta noite. Ela pediu$me para te di%er !ue utili%ou os 8ltimos pBssegos se"os, por isso estes são os 8ltimos at0 !ue os novos #rutos estejam prontos.

entou$se ao lado dela, observando os seus grandes olhos a%uis e a e'pressão tensaem torno da bo"a. Ela apro'imou$se mais para a ponta do so#), !uase abra-ando$o.

 — &u", não sei o !ue te "ontaram, mas não ten"iono #a%er de vo"B o prato prin"ipal desta re#ei-ão — disse, mantendo a sua vo% suave e brin"alhona. +elo menos nãoesta noite, a"res"entou para si prprio. orriu$lhe, desejando !ue ela lhe retribuisse osorriso. Ansiava desemaranhar$lhe o "abelo tão "uidadosamente entran-ado, mas sabia !ueela não o dei'aria #a%er isso. :inalmente, !uando &u" per"ebeu !ue ele estava a #alar as0rio, !ue ele apenas ten"ionava sentar$se ao seu lado, des"ontraiu$se ligeiramente. Então,sobressaltou$se e

 sentou$se direita !uando ouviu bater na porta. — Entre — disse o marido. +ara surpresa e pra%er de lu", /awes e dois "riados

trou'eram o jantar e #i"aram para os servir. Ela "onstatou "om agrado !ue a sopa bran"aainda estava !uente, e !ue as "arnes e os legumes tinham bom aspe"to, e ten"ionava dar os parab0ns à "o%inheira e a Mrs. /awes, no dia seguinte. *i"hard persuadiu$a gentilmente a"omer mais do !ue ela ten"ionava, e manteve o "opo de vinho dela sempre "heio. Emboraele s lhe #i%esse

H

 perguntas sobre a #amília, espe"ialmente sobre Edward, &u" es#or-ou$se por suportar a "onversa at0 ao #im. <uando o !ue restava das tartes de pBssego #oi retirado, amesa levantada, e os "riados dispensados, ela estava e'austa. (s seus olhos "ome-aramuma ve% mais a #e"har$se.

 — Est) na hora de te deitares. — *i"hard deu$lhe a mão para a ajudar a levantar$se./esejando ainda ser tão gra"iosa "omo o #ora, &u" dei'ou !ue ele a ajudasse. Mas !uandotentou dar um passo, !uase "aiu pela segunda ve% na!uele dia. *i"hard pegou$lhe uma ve%mais ao "olo, transportando$a desta ve% para a "ama. Apesar dos es#or-os para o impedir,ele ajudou$a a despir o roupão, dei'ando$o "air sem "erimnias para o "hão ao lado da"ama. <uando ela estava a"omodada entre as almo#adas, o rosto a !ueimar de vergonha, as"obertas pu'adas at0 ao !uei'o, ele disse bai'inho, mas "om #irme%a. — ?olta$te. — (solhos dela arregalaram$se em pKni"o. Mas o seu tom de vo%, igual ao !ue ele usara h)muito tempo atr)s !uando de"idira !ue ela não deveria parti"ipar numa das e'pedi-;es delee do irmão dela, revelou a &u" !ue ela não tinha outra es"olha. *i"hard era uma das pou"as pessoas !ue ela não "onseguira vergar à sua vontade. ?irou$se, suspirando ao #a%B$lo. :e"hou os olhos, tentando ser "orajosa.

 — Aonde te di mais5 — perguntou o marido. &u" tentou virar$se para &heresponder, mas ele ps as mãos nos ombros dela e manteve$a !uieta. (s seus dedosa"ari"iaram a longa tran-a !ue &he "aía pelo ombro.

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 — ( !uB5 — Aonde te di mais5 — perguntou ele. — A!ui5 Come-ou a massajar$lhe as

"ostas e as pernas. /estapou o len-ol, e &u" !uis enterrar$se no "ol"hão de penas e es"onder a "ara para sempre, por um lado por!ue estava a sentir sensa-;es !ue a assustavam e por outro por!ue tinha medo !ue ele visse as "i"atri%es nas suas pernas, "i"atri%es !ue ela

tentara es"onder tanto !uanto podia. =) muito tempo atr)s ela "ompreendera a ne"essidadede o m0di"o e das "riadas verem. Mas a ideia de !ue *i"hard tamb0m tivesse esse direitoera de mais.

HL — ( !ue est)s a #a%er5 — perguntou &u", numa vo% engasgada. — Estou a tentar garantir !ue tu tenhas uma noite de sono des"ansada — disse de

#orma "alma, dei'ando os dedos enterrarem$se no ndulo !ue en"ontrara nas "ostas dela.&u" o#egou.

 — Estou a magoar$te5 — perguntou *i"hard, aliviando a pressão. — 4ão — sussurrou ela, interrogando$se por!ue pare"ia o seu "orpo vibrar sempre

!ue ele lhe to"ava. :i"ou tensa, depois des"ontraiu$se !uando ele en"ontrou outro ponto detensão duro.

 — ( !ue est)s a #a%er5 — Estou a #a%er uma "oisa !ue aprendi !uando estive na u0"ia. o#ri uma !u0da

!uando estava a es"alar o gelo de um dos #iordes, e um dos guias #e%$me isto. Mais tarde pedi$lhe !ue me ensinasse a #a%B$lo.

 — Como te sentes agora das "ostas5&u" murmurou !ual!uer "oisa, não !uerendo !ue as sensa-;es !uentes parassem.

( "alor das mãos dele nas suas "ostas e nas pernas ajudou$a a adorme"er. <uando a"ordouna manhã seguinte, aps uma das pou"as noites de sono pro#undo !ue dormira em meses,ainda estava !uente e

 a"on"hegada, deitada de lado "om a "abe-a aninhada no peito dele.

Capítulo Hespirando pro#undamente, &u" mantenhse imvel "om medo de se me'er e a"ordar 

o homem !ue dormia.(uviu o suave "repitar das brasas de "arvão na lareira. Ela "ome-ou a me'er$se

"autelosamente. ( bra-o de *i"hard estreitou$se em volta dos seus ombros. Ela gelou,tentando$se lembrar do !ue a"onte"era na noite anterior. Alguma "oisa de !ue se re"ordavaera das mãos dele nas suas "ostas e nas pernas, massajiando os seus m8s"ulos tensos.Certamente se ele tivesse, a#astou estes pensamentos da "abe-a e mandou o seu "orporela'ar, re"ompondo$se mentalmente. Ele era seu marido, re"ordou$se a si prpria. entiuos m8s"ulos das "ostas "ontrairem$se novamente. abendo !ue tinha de se me'er, tentoudesli%ar por bai'o do bra-o de *i"hard.

 — 3) est)s a tentar es"apar5 — perguntou a vo% rou"a e meia adorme"ida dele.&u" assustada, a#astou$se e pu'ou o "obert at0 ao pes"o-o. Abanou a "abe-a e sentou$se.

 — Estou "om dores — e'pli"ou "om os seus olhos )%uis es"ondidos por longas"ortinas de pestanas. <uando se atreveu a olhar para ele outra ve%, ele estava voltado,olhando$a "om os olhos "in%entos s0rios. Ela "orou. Então, os seus olhos arregalaram$se.Ele ainda estava

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"ompletamente vestido, tendo apenas tirado as botas. Ele me'eu$se e empurrou o"obertor, e ela "ompreendeu !ue ele tinha dormido por "ima dos len-is. 6m suave sorrisoes"apou$lhe dos l)bios. @apou a bo"a "om a mão e "orou novamente.

I — uponho !ue esta manhã, somos o tpi"o de "onversa no vestíbulo dos "riados

 — disse ele "om pesar. <uando de"idira deitar$se ao lado de &u", não se lembrara do"obertor. 9nterrogou$se vagamente sobre !uem teria tido a "oragem de entrar no !uartodeles sem ser anun"iado. Esperou !ue a "riada dela, a "andidata mais prov)vel, guardasseas observa-;es para si prpria.

(s seus olhos, j) bastante abertos, abriram$se ainda mais. — omos — disse &u"em tom prosai"o, apenas "om uma ponta de desaprova-ão, e'tremando as suas palavras. — e não !uerias !ue as pessoas #alassem sobre ns, devias ter estado presente no teu prprio"asamento. — Ela surpreendeu$se "om a !uantidade de ressentimento !ue tinha.

 — Eu e'pli!uei !ue não podia dei'ar as "rian-as — disse "om #irme%a e os seusl)bios tinham uma e'pressão severa.

 — +odias tB$los levado "ontigo. — &u", pensei ter sido bastante "laro nas minhas "artas. — (lhou #uriosamente para ela, sentando$se, des"on"ertado "om a renova-ão de

dis"uss;es antigas.Ela devolveu$lhe o olhar #urioso. — @udo o !ue as tuas "artas di%iam, era !ue tu não podias ir. 4ão "onsidero isso

uma e'pli"a-ão.

 — Con"ordaste em "asar "omigo por pro"ura-ão. +ensei !ue isso signi#i"asse !uetinhas "ompreendido. — saiu da "ama e #i"ou ao lado da mesma, #ran%indo as sobran"elhas.A sua ideia para a primeira manhã de "asados não in"luíra uma dis"ussão "om a sua novaesposa.

 — Eu "ompreendi !ue te re"usavas redondamente a ir a minha "asa — disse ela bai'inho. <uando re"ebeu a "arta !ue di%ia isto, ela pensou em mudar de ideias. Então,apare"eu Arabella para dis"utir os preparativos do seu prprio "asamento. &embrando$senovamente do !uanto o seu irmão tivera de renun"iar, &u" es"revera "om relutKn"ia a*i"hard a dar o seu a"ordo. Mas ela nun"a "ompreendeu a posi-ão dele.

I1 — +odíamos ter "asado a!ui. /isse$te para "onvidares a tua #amília. — E dei'ar o meu pai em "asa5 — perguntou ela "om raiva. — 3) não o vBs h)

anos. ?iajar mesmo !ue seja por apenas alguns !uilmetros "ausa$lhe dores horríveis.A"eitar a tua op-ão de "asamento por pro"ura-ão pare"eu$me ser a 8ni"a #orma dele poder estar presente no meu "asamento.

 — +odias ter re"usado "asar "omigo — lembrou$lhe ele, os seus olhos "in%entosestavam #uriosos e a sua vo% era #ria. Estaria ele "ondenado a so#rer mais outro "asamentoin#eli%, perguntou$se a si prprio. /e "erta #orma, ele tinha esperado mais da rapariga !ue"onhe"era em tempos.

*e"onhe"endo !ual!uer "oisa na vo% dele, !ual!uer "oisa !ue ela ouvira na sua prpria vo% !uando estava determinada a es"onder a dor, &u" apro'imou$se da borda da"ama para ao p0 dele.

 — Mas eu não !uis #a%er isso. — Ela estendeu o bra-o e agarrou$lhe a mão, da

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mesma #orma !ue o #i%era !uando era "rian-a e ele se tentava ver livre dela. Ele a#astou$se.A mão dela "aiu. 4a!uele momento, &u" sentiu a mesma desola-ão !ue sentira !uando o"onde, o seu anterior noivo, a"eitara o rompimento do noivado.

 — ( !ue #oi !ue te levou a de"idir "asar "omigo5 +ensaste !ue eu seria um maridomais "ondes"endente do !ue os teus outros pretendentes5 — a vo% dele a"usava$a de

trai-ão. Ele olhou$a da "abe-a aos p0s, o despre%o era evidente no seu rosto. — Condes"endente em rela-ão a !uB5 — perguntou "on#usa. — *i"hard, não estoua "ompreender — saiu da "ama e "olo"ou$se à #rente dele, os seus olhos a%uis estavammuito abertos e magoados. 4ada nas suas "artas a tinha preparado para a amargura e a raivadele.

 — ( !ue #oi !ue eu #i% de errado5Ele abriu a bo"a para lhe responder, depois #e"hou$a repentinamente. A imagem

dela ali em p0, a sua longa tran-a "aída sobre a "amisa amarrotada !ue usara para dormir,IG #e%$lhe lembrar a &u", a jovem rapariga !ue estava demasiado o"upada em viver 

 para ter tempo para se preo"upar "om o estado das suas roupasF lembrou$se dos tempos#eli%es !ue outrora partilharam. A ruga estreita em torno da sua bo"a "ome-ou a suavi%ar$se, ao re"ordar$se da pessoa "om !uem estava a #alar. *espirou #undo, re"uperando de novo"ontrolo das suas emo-;es.

 — +odemos dis"utir isto mais tarde. A"ho !ue Mrs. /awes est) à tua espera — disse silen"iosamenteF depois a#astou$se.

&u" olhou$o #i'amente. <uando ele abriu a porta do seu !uarto, ela "orreu atr)sdele.

 — *i"hard, pre"isamos de #alar agora — protestou.

 — Mais tarde — disse ele "om #irme%a, #e"hando$lhe a porta na "ara. &u" olhou#i'amente para a porta por momentos e depois me'eu$se #uriosamente, desejando ter !ual!uer "oisa para atirar. Então, !uase tão depressa "omo apare"era, a sua raiva desapare"eu para dar lugar à d8vida.

 — ( !ue #oi !ue eu #i% agora5 — interrogou$se en!uanto "aminhava pelo !uarto.:inalmente, !uando olhou de relan"e para o relgio !ue estava em "ima da lareira,

#i"ou horrori%ada. &u" atravessou rapidamente o !uarto at0 "hegar à "ampainha, perguntando$se por !ue ra%ão 2ett ainda não a #ora ver.

<uando ) sua "riada apare"eu, minutos mais tarde, perguntou — +or!ue me dei'aste dormir at0 tão tarde5 Estou a #a%er esperar Mrs. /awes. — ( patrão deu$me ordens para não a a"ordar — e'pli"ou a "riada en!uanto

mostrava as roupas !ue a sua senhora ia vestir nesse dia. 2ett olhou de relan"e para a outra"riada !ue entrara depois dela para dentro do !uarto e !ue estava a rea"ender o lume dalareira, e depois olhou para a sua senhora. Estendeu$&he uma "ombina-ão #res"a.

 — (h — o rosto de &u" "orou ao olhar de relan"e para ajovem rapariga,"ompreendendo #inalmente o !ue a "riadagem estaria a pensar.

IH — +e-o para &he servirem o pe!ueno$almo-o a!ui ou vai des"er5 — perguntou

2ett, tra%endo &u" de volta ao presente.A sua senhora ajustou a liga ao seu gosto e levantou$se, dei'ando "air o saiote. — ?ou tomar o pe!ueno$almo-o l) em bai'o — sentou$se em #rente ao espelho e

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dei'ou 2ett prender$lhe o "abelo "om gan"hos. @alve% *i"hard estivesse desapontado "omo seu aspe"to e es"ondesse a sua "onsterna-ão por detr)s do seu "omportamento %angado.

 — er) !ue eu #i"aria melhor "om alguns "ara"is em volta da "ara5 — perguntou,in"linando a "abe-a para um lado e para o outro, tornando o trabalho da "riada muito maisdi#í"il.

2ett, mantendo a "ara "uidadosamente ine'pressiva para !ue &u" não per"ebesseo seu vivo interesse, "ontinuava "om o seu trabalho, e !uando prendeu o 8ltimo gan"ho,respondeu

 — A"ho !ue a iria #avore"er muito. @enho as tesouras "omigo, e a!ue-o as tena%esnum instante. <uer !ue o #a-a agora5 — nos 8ltimos meses ela tentara #a%er "om !ue &u"se interessasse pelos penteados da moda.

 — Agora5 — &u" tentou lembrar$se do seu aspe"to "om "ara"is "urtos. 4o seutempo ela usara o "abelo "urto, mas o seu "abelo #i"ara "omprido durante os anos !ue seseguiram ao a"idente.

 — =oje não. — @alve% não #osse o seu "abeloF talve% *i"hard apenas não gostasseda pessoa em !ue ela se tornou. 4a 8ltima ve% !ue a viu ela era uma joven%inha #rívola. +or outro lado, ele poder) #i"ar desapontado "om a sua #alta de

8lo. — @alve% possas e'aminar as bro"huras da moda e sele""ionar alguns penteados

!ue julgues !ue me #i!uem bem — sugeriu, reparando na "ara desapontada de 2ett.Ao ajudar &u" a vestir o vestido redondo de "ambraia amarela, 2ett sugeriu — e

vai "onhe"er a "asa esta manhã, devia levar a sua bengala. — <uando o 8ltimo

II"ol"hete de "obre #ora apertado, deu a &u" uma bengala "om a e'tremidade em

 prata. &u" olhou #uriosamente para a bengala "omo se ela #osse uma "obra, mas pegounela na mesma hora. Mais valia transportar o seu símbolo de derrota "om orgulhoF ela sabia!ue a sua "riada tinha ra%ão.

<uando entrou na sala para tomar o pe!ueno$almo-o, uns momentos mais tarde,*i"hard olhou surpreendido.

 — +ensei !ue tomasses o pe!ueno$almo-o no teu !uarto — disse ele !uando a ajudou a sentar e pediu "h) #res"o. — !uando estou mesmo doente. 4ormalmente pre#iro levantar$me muito mais

"edo do !ue hoje — disse ela "om #irme%a, #a%endo sinal ao "riado, !ue se en"ontrava pertodeles. ( "riado depressa desapare"eu "om o seu pedido. 9n"linou$se para a #rente, #itando ohomem !ue estava do outro lado.

 — ?amos ter tempo para #alar mais hoje5 — perguntou "orajosamente não tendo a"erte%a de !uerer ouvir a resposta.

(lhou em volta do !uarto "omo se esperasse !ue algu0m o estivesse a espiar. — (s"riados — protestou o marido, sussurrando.

 — 4ão sou nenhuma "rian-a, *i"hard. ei !ue agora não 0 a altura prpria. Mas!uero !ue arranjes algum tempo para mim hoje. — urpreendeu$se a si prpria "om a#irme%a do tom da sua vo%.

 — As "rian-as vão almo-ar "onnos"o — lembrou$lhe ele — e Mrs. /awes est) à tuaespera agora.

 — Então podemos #alar logo à noite5 — um "riado entrou na sala, e ela "alou$se.

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En"ostou$se na "adeira e a"enou a#irmativamente !uando o "riado lhe "olo"ou o prato nasua #rente. *i"hard não lhe respondeu, mas terminou o "h) !ue tinha na "h)vena elevantou$a para pedir mais. &u" suspirou e tornou a en"hB$la. /emasiado insegura sobre asua prpria posi-ão na "asa, ela tinha medo de insistir no assunto.

Aps a manhã tumultuosa, o resto do dia passou bastante depressa. &u" apoiava$se

na bengala, !uando regressou ao !uarto aps ter "onhe"ido a "asa. /eu um suspiro de alívioIJ!uando a porta se #e"hou por tr)s dela, a dor !ue es"ondera — tão bem era agora evidente. — ente$se bem5 — perguntou ansiosamente a "riada. — +osso preparar uma

tisana. — 4ão, des"anso um pou"o antes do jantar e #"o bem — disse &u" "om um sorriso #ra"o, desejando tal "omodesejara tantas ve%es antes !ue o seu "orpo #osse mais #orte. — Assim !ue vi estas es"adas em "ara"ol, soube !ue ia#i"ar e'austa. <uer !ue a ajude a despir o vestido para se poder deitar5 — 2ett movimentou$se atare#ada, "om asa saias #res"as e engomadas #ar#alhando à sua volta. (lhou de relan"e para a "ara da sua senhora e não gostou do !ue viu. — Apesar da sensa-ão de estar a "eder à sua #ra!ue%a, &u"a"enou a#irmativamente. Alguns minutos mais tarde, elaestava novamente deitada. uspirou. — A"ho !ue vou vestir o vestido de musselina a%ul — estampado para ir almo-ar — disse numa vo% sonolenta.2ett observou satis#eita !uando a sua senhora #e"hou osolhos e des"ansou. /esde o momento em !ue passara a ser a

 "riada de &u", !ue tomou "onta da sua senhora "omo se ela#osse sua #ilha. Antes do desastroso a"idente, o seu trabalho #ora prin"ipalmente

repreender &u" e #a%er dela um e'emplo para outros seguirem. /esde então, "uidara dela!uando

o o m0di"o re"eara pela sua vida, dando$lhe #or-a !uando adetermina-ão de &u" em #i"ar outra ve% boa e "ome-ara a desmoronar$se. <uando a sua senhora se re"usara a"eitar o pare"er do m0di"o em "omo #i"aria inv)lida para o resto davida e "ome-ara a tentar "aminhar, #oi no ombro de 2ett — !ue ela se apoiara nas primeiras ve%es. Agora, a sua "riadaestava igualmente determinada a dar$lhe apoio en!uanto&u" e'plorava o novo "aminho !ue tomara, "aminho esse!ue seria bastante a"identado a a"reditar nos "riados do seu novo patrão. A prpria 2ett desejava não #a%er um juí%o pre"ipitado sobre o seu novo patrão. <uando entrara demanhã "edo no !uarto da sua senhora, surpreendera deitadoe ainda ali, o seu de"oro #ora evidente para os olhos "uriosos dela.I

Aps a sua pe!uena sesta, &u" a"ordou repousada, se bem !ue um tanto rígida.

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Come-ou a "aminhar "uidadosamente para a #rente e para tr)s no !uarto. 4o dia anterior,estivera demasiado e'"itada para reparar bem no !ue a rodeava. 4este momento "aminhavaem dire"-ão à lareira para e'aminar o relgio !ue se en"ontrava ali, um relgio italiano ao!ue lhe pare"ia. Em jovem #ora #as"inada por relgios e possuíra uma "ole"-ão deles. Come#eito, o irmão brin"ara muitas ve%es "om ela por "ausa deste seu interesse. +ensou

 pregui-osamente no !ue lhes teria a"onte"ido. ( to!ue para se vestir interrompeu as suasmedita-;es. <uando terminou de se vestir e des"eu, j) as "rian-as estavam ao p0 do pai.&u" parou à entrada da porta, reparando na preo"upa-ão !ue demonstravam uns pelosoutros, e pensou se alguma ve% iria #a%er parte do grupo. =esitou apenas por um momentona soleira da porta, !uando *i"hard olhou para ela. Ele levantou$se, pegou$lhe na mão e beijou$lha. Ela "orou, e as "rian-as deram risadas. /epois "ondu%iu$a para ela se sentar. Ashoras !ue se seguiram #i%eram "om !ue ele lamentasse as palavras !ue dissera na!uelamanhã.

 — As "rian-as estavam agora mesmo a "ontar o !ue #i%eram esta manhã — e'pli"ou. E'aminou$a "uidadosamente, satis#eito por observar !ue a tensão tinhadesapare"ido do seu rosto.

 — ?em, junta$te a ns. — /eu umas palmadinhas no lugar ao seu lado no so#), olugar !ue /avid a"abara de vagar.

Aliviada por a tensão entre eles ter desapare"ido, sentou $se no lugar !ue ele lheindi"ou. /avid olhou$a #urioso, !uando julgou !ue o pai não estava a olhar e re"usou di%er algo mais do !ue murmurar um ol). Caroline e *obert #oram mais a"olhedores.

 — 3) sei soletrar o meu nome todo — disse orgulhosamente a rapariguinha. — C$A$*$($&— 9$4$E, Caroline. E$&9$P$A$2$E$@$=, 0 o meu segundo nome — a"res"entou"om um sorriso tímido.

 — +ap), vais dei')$la repetir tudo outra ve%5 — !uei'ou$se *obert. — Eu !ueria"ontar à mamã — /avid olhou

IL#urioso para ele, e *obert mudou rapidamente o !ue ia di%er 

 — a ela — apontou para &u" — o !ue aprendi sobre a *8ssia, esta manhã. — En"ostou$se ao pai, "om uma e'pressão melan"li"a. @eria tido mais B'ito se não tivesseolhado de relan"e para "ima para ver se as suas t)"ti"as estavam a #un"ionar. &u" teve deaba#ar uma gargalhada, re"ordando$se de "omo tentara uma t0"ni"a muito pare"ida "oma!uela !uando tinha a sua idade.

 — /ei'a Caroline a"abar. /epois 0 a tua ve% — disse o pai "almamente,es"ondendo o seu prprio divertimento.

 — Mas depois são horas do almo-o. abe !ue /awes o anun"ia sempre !uandosoam as duas horas, e Caroline demora muito tempo — !uei'ou$se o rapa%inho. ( pailevantou apenas a sobran"elha. +er"ebendo !ue tinha atingido os limites da pa"iBn"ia do pai, *obert "alou$se.

 — Continua, Caroline — en"orajou o pai. *obert resmungou !ual!uer "oisa bai'inho, mas "alou$se assim !ue viu o pai olhar para ele "om um ar severo.

 — 2$&$($6$4$@ — disse a rapariguinha triun#ante.

 — ( meu nome todo 0 Caroline Eli%abeth 2lount, o mesmo da minha av. Elamorreu antes de eu ter nas"ido, mas h) um retrato dela na galeria l) de "asa. /e repente are"orda-ão do !ue a"onte"era à "asa deles regressou "om grande intensidade. A vo% de

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Caroline engasgou$se, e então uma e'pressão desolada surgiu no rosto da rapariguinha. Ela"orreu para o pai, "om as l)grimas a es"orrerem$lhe pela "ara.

 — Es!ue"i$me, +ap). Es!ue"i$me. @amb0m me !ueimei, "omo a Mamã, não #oi5( pai abra-ou$a e limpou$lhe as l)grimas, desejando, "omoj) desejara de outras

ve%es, poder apagar as dolorosas re"orda-;es da mente dos seus #ilhos. /avid e *obert,

"om as "aras igualmente tristes, apro'imaram$se dele, dando palmadinhas nas "ostas dairmã. &u" ao observar a "ena, sentiu$se mais uma estranha do !ue se sentira antes.*espirou #undo, di%endo para si prpria !ue era natural !ue Caroline !uisesse !ue #osse o pai a "on#ort)$la. Mas, ainda !ue não

IDtivesse muita vontade em admiti$lo, ela tamb0m !uis #a%er parte do grupo, desejou

ter algu0m a !uem abra-ar. Antes de de"idir "asar "om *i"hard, ela tinha "onseguidoes"onder estes sentimentos, negar a sua e'istBn"ia. 4o entanto, !uando "ome-ou a estudar a proposta dele, !uando leu tre"hos das "artas em !ue ele #alava dos seus #ilhos, um desejomuito #orte libertou$se.

:oi então !ue /awes entrou e anun"iou — ( almo-o est) servido.&u" e *obert olharam ao mesmo tempo para o relgio. — E o +ap) pensou !ue eu estava a e'agerar — disse *obert indignado. — Eu sabia

!ue não ia ter tempo para &he #alar sobre a *8ssia. — a sua !uei'a aliviou a tensão domomento. @odos riram nervosamente, *i"hard levantou$se. /avid e Caroline #i'aram oolhar no tapete "omo se estivessem envergonhados por terem revelado as suas emo-;es auma per#eita estranha.

 — @alve% possas #a%B$lo durante o almo-o — sugeriu &u", dando o bra-o aomarido e permitindo !ue ele a "ondu%isse para a sala de jantar. /avid o#ere"eu o seu bra-oà sua irmã%inha, dei'ando *obert so%inho, a segui$los.

Como estava sentado na outra ponta da mesa e tinha sido avisado para se "omportar da melhor #orma, *obert não podia partilhar a sua in#orma-ão "om &u". Assim !ue are#ei-ão a"abou, *i"hard "ondu%iu o grupo para o jardim para darem um passeio.

 — +ap), posso "ontar agora5 — perguntou *obert. — N, poderia, !ue se di% não, posso, *obert — disse a sua irmã%inha, o seu tom de

vo% era tão pare"ido "om o da sua pre"eptora !ue todos se riram. Ela olhou #uriosa eindignada para eles.

 — Mas 0 assim !ue se di% — @ens ra%ão, minha !uerida — disse o pai, es"ondendo o riso por tr)s de um len-o

de assoar. — E tu tamb0m tens, *obert. :ala$nos sobre a *8ssia.Ad!uirindo uma postura importante, *obert abriu a bo"a e depois #e"hou$a

 brus"amente.IO — :i%eram$me esperar tanto tempo !ue me es!ue"i — !uei'ou$se. (lhou

#uriosamente para eles !uando o irmão e a irmã desataram a rir. /avid apro'imou$se dele esussurrou$lhe algo ao ouvido. *obert #i"ou vermelho e deu um murro no irmão. — *etira o!ue disseste7 — e'igiu ele.

Antes de !ual!uer um dos adultos ter tempo de reagir, os rapa%es estavam a rolar 

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 pelo "hão, batendo um no outro. ( pai agarrou$os por tr)s dos "olarinhos e levantou$os àaltura do bra-o.

 — ?ão parar imediatamente "om isto — disse numa vo% severa. :or-ou um edepois o outro a

 olh)$lo nos olhos. <uando teve a "erte%a de !ue estavam ambos devidamente

dominados, libertou$os. (s rapa%es re"uaram v)rios passos, olhando ainda #uriosos um para ooutro.

 — Então, por!ue #oi isto5Caroline, agarrando a mão de &u" "omo se #osse uma "orda salva$vidas, disse

numa vo% suave — +rovavelmente /avid "hamou parvo a *obert. N o !ue ele "hamasempre.

 — ( irmão mais velho deu um passo na sua dire"-ão, "om o rosto #urioso. Carolineapro'imou$se mais para ao p0 de &u" e es"ondeu o rosto na saia dela.

Antes de o rapa% se apro'imar mais, *i"hard "olo"ou$se no meio de ambos. — /avid, vai para o meu es"ritrio e espera l) por mim — disse ele bai'inho. A e'pressão severa do seu rosto indi"ou ao #ilho !ue protesto

não lhe serviria de muito. (lhando novamente #urioso para o irmão e para a irmã, voltou$see dirigiu$se para a "asa. *obert dei'ou es"apar dos l)bios um pe!ueno sorriso de triun#o.

 — E o senhor, pode esperar no vestíbulo at0 eu poder #alar "onsigo — disse$lhe o pai. ( rapa%inho des"aiu os ombros. A"enou !ue sim "om a "abe-a e voltou$se para se ir embora. *i"hard observou$o a ir$se embora e depois suspirou.

 — +ap), ultimamente /avid tem sido muito mau "om *obert — disse Caroline, asua vo% não era mais do !ue um

sussurro.J — @em, !uerida5 — perguntou *i"hard, ajoelhando$se para poder olh)$la nos olhos. — +or!ue esperaste at0 agora para me "ontares5

 — 4ão !ueria !ue /avid tivesse problemas — disse, "om os olhos "heios del)grimas. 6ma l)grima es"orreu$lhe pela "ara. Ela es#regou o nari% "om as "ostas da mão.

 — Ele vai #i"ar #urioso "omigo. — "ome-ou a solu-ar. *i"hard pegou$lhe ao "olo eabra-ou$a, #a%endo$lhe #estas nas "ostas. (lhou por "ima da "abe-a dela para &u", !ue seen"ontrava ali sem saber "omo ajudar.

 — ?amos voltar para "asa — sugeriu *i"hard. uspirou, re"eando as entrevistas !uese iam seguir. 4ada do !ue disse a /avid pare"eu resultar. abia !ue o rapa%inho #ora maisagarrado à mãe do !ue os outros dois e !ue a tr)gi"a morte desta o a#e"tara de uma #ormamais pro#unda. Como resultado, des"ulpou sempre /avid, esperando !ue à medida !ue orapa%inho se "on#ormasse "om a sua perda, o seu "omportamento melhorasse. Agora j) nãotinha a "erte%a disso.

Este 8ltimo ano #ora uma e'periBn"ia de aprendi%agem para *i"hard. 4o passado#ora a sua esposa !ue "uidara das "rian-as. Ele via$as sempre !ue estava em "asa,apre"iando a "ompanhia delas. 4o entanto, ele não se envolvera na dis"iplina di)ria deles.Estando muitas ve%es longe de "asa, ou em &ondres ou nas suas viagens para o governo, elenun"a se aper"ebera da aten-ão de !ue eles ne"essitavam. Com e#eito, "omo na!uela alturanão pensou nisso, sups !ue a pre"eptora e o pro#essor #ossem su#i"ientes para "uidar deles.

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Mas eles pre"isavam de muito mais, "omo ele veio a des"obrir este 8ltimo ano. E da!uilo!ue ele "onseguira saber sem #a%er demasiadas perguntas dire"tas, a sua anterior esposainteressara$se tão pou"o por *obert e Caroline "omo ele, pelo menos nos 8ltimos anos antesda sua morte.

Assim !ue entraram em "asa, *i"hard "olo"ou Caroline no "hão.

 — :i"as "om ela5 — perguntou a &u". — 4ão ten"ionava impor$te os nossos problemas assim tão "edo — dissedes"ulpando$se. Aps terem dis"utido

J1na!uela manhã, ele de"idira dar mais tempo à sua esposa para se a"ostumar "om

eles, antes de lhe #a%er mais !uais!uer e'igBn"ias. — <ue disparate. Como hei$de #a%er algum dia parte da tua #amília se não me

dei'ares ajudar5 — disse "almamente, apro'imando$se dele de #orma a !ue a rapariguinhanão ouvisse o !ue ela estava a di%er. As suas seguintes palavras #oram pronun"iadas maisalto.

 — Espero !u0 a Caroline tome "h) no meu !uarto e me diga !uais são as roupasindi"adas para ir velejar. 4un"a andei em nada maior do !ue uma "halana.

 — 4ão5 — Caroline apro'imou$se e deu$lhe a mão — ( +ap) leva$me a mim, a /avid e a *obert sempre !ue est) bom tempo. 6m dia

destes vamos navegar at0 :ran-a e se "alhar at0 >ales. :oi l) !ue o +ap) nas"eu — disseela importante. &u" sorriu para ela e depois para *i"hard.

En!uanto as duas subiam as es"adas, *i"hard en"ontrava$se ao #undo das mesmas,observando$as at0 elas desapare"erem de vista. /epois endireitou os ombros, e a sua "aratornou$se novamente severa. Caminhou pelo "orredor at0 ao seu es"ritrio. *obert, !ue seen"ontrava sentado numa "adeira demasiado grande para ele, "om a "abe-a bai'a, e osolhos #itando as suas mãos #e"hadas, olhou para "ima !uando ouviu os passos. <uando viu!ue era o pai, levantou$se, a sua "ara tinha uma e'pressão de esperan-a.

 — *obert, venho ter "ontigo dentro de minutos — disse o pai "almamente. (rapa%inho tornou a sentar$se, des"aindo uma ve% mais os ombros. *i"hard abriu a porta does"ritrio e entrou.

Capítulo I !uando a tarde prati"amente terminou 0 !ue &u" perdeu as esperan-as de !ue

*i"hard viesse ao seu !uarto e &he e'pli"asse o !ue se tinha passado. Ela manteve Caroline"onsigo en!uanto a rapariguinha esteve #eli% a ver as roupas da madrasta e a "onversar "omela. +or #im, a "rian-a "ome-ou a #i"ar impa"iente e a pro"urar pelo pai e pela pre"eptora.&u" levou$a "om relutKn"ia de volta à sala de estudo.

<uando entraram, os dois rapa%inhos j) l) estavam. *obert dei'ou de olhar para oseu prato "om pão e manteiga e olhou para elas "om um sorriso, mas /avid #e% uma "ara%angada. (lhou para &u" e para a irmã e saiu a "orrer da sala.

 — ( +ap) estava muito %angado "ontigo5 — perguntou Caroline ao "orrer para ao p0 de *obert. — Castigou /avid5

 — 4ão #oi nada — disse *obert, #an#arrão, tentando pare"er mais "orajoso do !uerealmente era. — Eu disse ao +ap)... — então, reparou no olhar de desaprova-ão de &u"F ea sua bravata desapare"eu. — Ele, ah, ele.

 — Caroline, penso !ue est) na hora de te ires lavar antes dejantares — disse amadrasta severamente.

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 — Mas eu !uero saber o !ue se passou — protestou a rapariguinha. — ?ai lavar$te, Caroline — disse &u" "om #irme%a. A rapariguinha olhou

novamente para ela "omo se !uisesse argumentar. Então, a "rian-a olhou para *obert "omose

JI#osse #a%er$lhe uma perguntaF ele abanou a "abe-a. Caroline voltou$se para a porta,atravessou a sala de estudo, dando alguns passos e parando para olhar para &u" "omo seesperasse !ue a madrasta "edesse. +arou ao p0 da porta !ue dava para o seu !uarto, "om amão no pu'ador.

 — ?ai$te arranjar para o jantar, Caroline — disse &u", num tom de vo% severo.<uando a porta se #e"hou #irmemente por tr)s das "ostas da rapariguinha, a aten-ão

de &u" "on"entrou$se em *obert. — A"ho !ue o teu pai ia #i"ar muito desapontado "ontigo se tu "ontasses a Caroline

o !ue ele te disse a ti em privado — disse ela bai'inho. — im, mas... — Ele "ontou$te o !ue disse a /avid5 — o rapa%inho abanou a "abe-a. — E /avid

"ontou$te o !ue ele lhe disse5 — *obert "orou e disse mais uma ve% !ue não "om a "abe-a. — Então, o !ue ias di%er à tua irmã5 — *obert olhou para todos os lados menos

 para a "ara dela. — Ah, bem, ah...*e"ordando$se de !ue o rapa%inho #i"ara à espera no vestíbulo at0 *i"hard #alar 

"om /avid, &u" bai'ou$se e levantou o !uei'o do rapa%inho para !ue ele olhasse para ela. — *obert, estiveste a es"utar à porta5 — perguntou ela "om severidade. Ele "orou e

a#astou$se dela. — Estiveste5 — perguntou ela novamente.

 — 2em, ah, eu !uis saber o !ue se estava a passar — disse, o seu !uei'o "ome-ou atremer um pou"o. &u" lem brou$se !ue ele ainda era muito novinho, ainda não tinhase!uer sete anos.

entou$se numa das "adeiras e pu'ou$o novamente para ao p0 dela. Abra-ou$o edepois

 perguntou$&he — abias !ue não se deve es"utar às portas5 Ele bai'ou a "abe-a, "om a "ara perto

do ombro dela. — im — sussurrou ele. — ?ai "ontar ao +ap)5 — /epende. @u vais voltar a #a%er isso5 — &u" esperava estar a lidar "orre"tamente "om a situa-ão. Era bvio,

JJ!ue ser pai tinha muito mais !ue se dissesse do !ue ela tinha pensado. — 4ão. — Ele tinha uma e'pressão magoada. Ela ps novamente um dedo por 

 bai'o do !uei'o dele e levantou$lho para poder estudar a "ara dele. ( arrependimento !ueela viu era a resposta de !ue ne"essitava.

 — A"ho !ue este assunto não pre"isa de passar da!ui. Mas, *obert isto não volta aa"onte"er. Est) "laro5

 — im. Aliviado por não ter de en#rentar novamente o des"ontentamento do pai,*obert abra-ou$a, es"ondendo o rosto no ombro dela. 9nstintivamente, &u" devolveu oabra-o, sentindo$se estranhamente "ontente.

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<uando ouviram a porta abrir$se, *obert saltou para tr)s "omo !ue envergonhado"om os sentimentos !ue estivera a mostrar. Ele #oi o primeiro a ver o pai. :i"ousimplesmente ali parado a olhar para o pai "omo se estivesse "om medo !ue o pai tivessees"utado o !ue eles tQnham "onversado.

&u" voltou$se na sua "adeira. ( seu "ora-ão "ome-ou a bater mais depressa. ( seumarido limitou$se a #i"ar ali a olhar para a imagem dos dois. Então, sorriu para ambos. — (nde estão /avid e Caroline5 — perguntou sentando$se no seu lugar habitual,

numa grande "adeira !ue estava uni"amente reservada para ele. — Caroline est) a mudar$se, e /avid est) no !uarto apressou$se *obert a di%er,

 pronun"iando as palavras tão rapidamente !ue *i"hard teve !ue prestar muita aten-ão parao "ompreender.

 — 3) a"abaste de "omer5 — <uase. A Mamã e eu estivemos a "onversar. — 6ma ve% !ue o irmão não estava

ali, *obert não hesitou em tratar a nova esposa do pai por a!uele nome. 4estas 8ltimashoras, desde a sua "hegada, &u" tinha$lhe dado mais aten-ão do !ue a sua mãe &he deradurante os 8ltimos anos !ue viveramjuntos. Ao ouvi$lo, &u" sentiu as #a"es a!ue"erem deorgulho. Ela era a mãe dele. Ao olhar para *i"hard, sorriu e jurou !ue nenhuma das"rian-as haveria de so#rer por "ausa dela.

J:oi então !ue Caroline abriu a porta e entrou rapidamente para a sala. Avistou o pai

e "orreu para ele, subindo para o seu "olo. — ?ai jantar "onnos"o5 — perguntou, in"linando a "abe-a para o lado e sorrindo

 para ele. — Eu não tenho muita #ome. @omei "h) "om... — tal "omo os irmãos, Carolinenão tinha a "erte%a de !ual era o papel de &u" na sua vida. Apesar do pai, da pre"eptora eda ama tamb0m &he terem e'pli"ado !ue &u" era sua madrasta, a palavra era "ompli"ada para ela.

 — @rata$a por Mamã — disse o pai "om um sorriso.

 4ingu0m ouvira /avid entrar na sala. Mas ouviram as suas palavras. — Mas ela não 0 a nossa mãe. A nossa mãe morreu no in"Bndio. @u dei'aste$a

morrer. — @oda a raiva e dor !ue o rapa% sentira "om a morte da mãe e !ue reprimiradurante o 8ltimo ano apoderaram$se dele. @otalmente à mer"B dos seus sentimentos, /avid"orreu para o pai e "ome-ou a bater$lhe, "om os punhos. — @u dei'aste$a morrer.

Caroline, assustada "om as palavras e a violBn"ia do irmão, des"eu do "olo do pai e"orreu para &u". 3) não tendo !ue se preo"upar "om ela, *i"hard levantou$se e en#rentou/avid. Em ve% de tentar re#rear a raiva !ue emanava do #ilho mais velho, *i"hard aparou osseus golpes. <uando por #im os golpes de /avid "ome-aram a #i"ar mais #ra"os, eleagarrou$o, levantando$o do "hão e segurando$o "omo se ele #osse uma "rian-a pe!uena. +or #im, o rapa% irrompeu em l)grimas. +)lido "om o impa"to da dor do #ilho, *i"hard dei'ou!ue &u" tomasse "onta dos outros dois e levou /avid para o seu !uarto.

 — ( !ue se passa "om /avid5 +or!ue est) ele a bater no +ap)5 — perguntouCaroline, "om os olhos "heios de l)grimas. Então a sua "ara #i"ou ainda mais p)lida. — (+ap) vai "astig)$lo outra ve%5 — *obert, tremendo ligeiramente, en"ostou$se mais àmadrasta.

 — 4ão, !uerida. Ele s vai tentar #a%er "om !ue ele se sinta melhor — garantiu$lhe&u". Ela pu'ou Caroline e

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JL*obert para a sua #rente para poder ver seus rostos. <uando viu a dor estampada nos

seus rostos, suspirou.

 — ( +ap) dei'ou mesmo !ue a mamã morresse5

 — perguntou *obert, numa vo% bai'a e murmurando as palavras. — 4ão, tenho a "erte%a de !ue ele nun"a tal #aria. — Mas tu não estavas l) — lembrou$lhe *obert. — 4ão, mas eu "onhe-o o vosso pai h) muitos anos, h) mais anos do !ue a!ueles

!ue vo"Bs tBm de vida. Ele era in"apa% de #a%er algo !ue magoasse algu0m — disse ela "om#irme%a. As duas "rian-as olharam para ela "omo se "onseguissem ler a verdade no seurosto. Caroline suspirou e subiu para o seu "olo. *obert j) não tinha tanta vontade de dei'ar de #a%er perguntas.

 — Então, por!ue disse /avid a!uilo5 — perguntou, "om a "ara mostrando umae'pressão de preo"upa-ão demasiado adulta para a sua idade.

/esesperadamente à pro"ura de alguma "oisa !ue o tran!uili%asse, &u" demorouuns instantes para responder. :inalmente, disse

 — &embraste da tua luta "om /avid, esta tarde5 — 9sso pare"ia j) tão distante no passado !ue *obert teve de pensar por momentos. Então, a"enou a#irmativamente.

 — /isseste !ue o odiavas. (deias mesmo5 — 4ão. — A palavra #oi pronun"iada tão bai'inho !ue &u" !uase não a ouviu. — Então por!ue #oi !ue o disseste5 — perguntou a madrasta. Caroline olhava para

um e para outro sem di%er uma palavra, "om os olhos muito abertos. — Ele #e%$me %angar. Eu não sou parvo7 — as emo-;es !ue o rapa% sentira durante

a luta amea-aram apoderar$se dele outra ve%. :i"ou "om o rosto "arregado.

 — Eu disse ao +ap) !ue #oi isso !ue /avid dissea"res"entou Caroline nesta altura,"ontente por o seu "oment)rio ser "on#irmado.

 — +ois disseste, !uerida — disse$lhe &u", desviando os seus longos "ara"is da"ara. /esejou novamente ter tido

JDmais e'periBn"ia "om as "rian-as antes de ter !ue lidar "omesta situa-ão. orriu para *obert. — Estavas a #alar a s0rio5 — 4ão. — *obert levantou os olhos do "hão. Estava aolhar #i'amente para a ponta da sua bota en!uanto #a%ia um"ír"ulo no "hão. Agora os seus olhos #i'avam o rosto de &u""omo se tentassem "ompreender o !ue ela estava a di%er. — 4ão "ompreendo — disse ele "om os l)bios a tremer.Apesar de ter o "olo o"upado, &u" estendeu os bra-os esentou$o nele, ignorando a dor !ue sentia na sua perna mais#ra"a. <uando Caroline o abra-ou, ele não tentou a#astar$se.&u" abra-ou ambos. — /avid estava %angado — disse ela bai'inho. — +or!uB5 — perguntou Caroline. — Ele amava muito a vossa mãe, e sente saudades dela — disse &u" bai'inho, esperando estar "erta.

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 — (h — durante algum tempo o 8ni"o som !ue se ouviaera o som deles a respirar.Então, *obert perguntou — Mas por!ue estava ele tão %angado "om o +ap)5Antes !ue &u" tivesse tempo para pensar numa resposta, *i"hard regressara à sala.

 — +ap) — sussurraram as "rian-as e "orreram para ele, pondo os bra-os em volta das suas pernas, prati"amenteimpossibilitando$o de andar. Ajoelhou$se "uidadosamente eabra-ou$os, tentando dar$lhes alguma da sua #or-a. Apsalguns instantes, *obert a#astou$se. — /avid est) bem5 — perguntou, o rosto do rapa%inhomostrava a sua preo"upa-ão. — :i"ar) bem. 4o entanto gostava !ue nos pr'imosdias vo"Bs os dois #ossem espe"ialmente bons "om ele. — <uando viu a e'pressão teimosa dos l)bios de *obert,disse depressa — ei !ue não vai ser #)"ilF ele maguou$os. Mas a"ham!ue podiam tentar5 — Est) bem, +ap) — prometeu Caroline. +s os bra-osem volta do pes"o-o do pai e deu$&he um abra-o muito apertado. JO /epois bo"ejou muito. &u" su#o"ou uma gargalhada "om a mão. (lharam os trBs

 para *obert.:inalmente, ele suspirou. — ?ou tentar — prometeu. Abra-ou o pes"o-o de

*i"hard, da mesma #orma !ue a irmã. — Rptimo. Estou orgulhoso de vo"Bs. Agora a"ho !ue vo"Bs devem desejar uma

 boa noite a &u", a"abarem de jantar, e depois irem dormir. :oi um dia muito agitado.*i"hard abra-ou mais uma ve% "ada um deles e levantou$se. Condu%iuSos at0 ao lugar onde&u" estava sentada e observou satis#eito en!uanto eles davam as boas noites. Aps os ter visto sentados à mesa "om a ama novamente por perto, endeu a mão à sua esposa e"ondu%iu$a para #ora do !uarto.

<uando a porta se #e"hou por tr)s das "ostas deles, ele suspirou pro#undamente./epois deu o bra-o a &u" e dirigiu$se para as es"adas.

 — 4ão planeei mostrar$te um drama tão grande, no teu primeiro dia a!ui — disseele, tentando ter um tom "laro. /esde o momento em !ue os rapa%es tinham "ome-ado a brigar, ele re"eara en"ar)$la novamente. Ela j) estava a ter d8vidas sobre se o "asamentodeles #ora uma de"isão "ertaF esta 8ltima e'plosão pode ter sido a gota de )gua para a tar.

 — *i"hard, posso não ter #eito parte da alta so"iedade ante anos, mas não estiveisolada do mundo. A minha nelhor amiga, Arabella, a!uela "om !uem Edward se vai "asar,tem v)rios irmãos e irmãs mais novos e in8meros primos. (s !ue a "ostumam visitar regularmente. Estou a"ostumada "om as brigas de "rian-as !ue se desen"adeiam nummomento e desapare"em no outro — disse ela, desejando poder aliviar as rugas da suatesta.

 — Mas imagino !ue não seja todos os dias !ue ouves o marido ser a"usado dedei'ar deliberadamente morrer a esposa — disse ele "om uma gargalhada amargurada.

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Então antes !ue ela tivesse tempo para responder, ele "ontinuou. — +osso e'pli"ar. — 4ão0 ne"ess)rio — disse ela rapidamente

 — Mas !uero. — *i"hard suspirou novamente. Ao abrir a porta, #B$la entrar para os seus aposentos. Ao avistar a "riada, &u" #e%$lhe sinal

 para sair. Como se não soubesse !ueestava mais algu0m presente no !uarto, "ondu%iu &u" parao so#) e sentou$se ao lado dela. Ele en"ostou$se para tr)s,des"ansando a "abe-a, #e"hou os olhos. — Meu /eus7 Como desejava ter sido mais r)pidona!uela noite.

 — @enho a "erte%a de !ue #i%este tudo o !ue podias disse ela a"almando$o, "omuma e'pressão "alma e "om a

vo% pou"o mais elevada do !ue um sussurro. A dor na suavo% #e% "om !ue ela desejasse poder #a%er algo mais por ele.Ele riu amargamente. — @udo o !ue pude5 <uem me dera ter a tua "erte%a — sentou$se direito, endireitando os ombros. Então, demasiado impa"iente para

#i"ar sentado !uieto por mais tempo,levantou$se e "ome-ou a "aminhar pelo !uarto.&u", olhava p)lida para ele, silen"iosamente desejando!ue ele e'pli"asse. Ela re"ordava$se demasiadamente bemda agonia !ue sentia ao reprimir as suas emo-;es e o alívio!ue sentira !uando Edward a #or-ara a dis"utir algumas dassuas emo-;es. e ao menos ele partilhasse a!ueles sentimentos "om ela, talve% ele

se "ome-asse a sentir melhor. /ealgum modo ela sabia !ue a "ulpa !ue ele sentia pela morteda sua esposa na!uela noite tinha algo a ver "om a dis"ussão!ue tiveram na!uela manhã. e ele ao menos "on#iasse nela,talve% ela o pudesse ajudar a es!ue"er. 4o entanto, sabendo!ue era melhor não di%er nada, limitou$se apenas a sorrir animadoramente. — Eu !ueria lev)$la a ela e às "rian-as para #ora dali,mas ela não me deu ouvidos — disse ele bai'inho, #a%endouma pausa para apoiar o bra-o sobre a "onsola da lareira e para en"ostar a "ara no mesmo. — +ara #ora5 ( !ue !ueres di%er "om isso5 +ara &ondres5*i"hard voltou para ao p0 dela e sentou$se ao seu ladoEle pegou$lhe na mão e apertou$a na sua, olhou #i'amente

1 para as mãos "omo !ue #as"inado "om o seu "ontraste. &u", "om toda a pa"iBn"ia

!ue aprendera durante os 8ltimos anos, manteve$se silen"iosamente sentada, esperando por uma resposta. :inalmente, ele olhou para "ima.

 — /avid tem ra%ão. Ela morreu por "ulpa minha. — 4ão a"redito.

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 — Mas devias. — :oste tu !ue deitaste o #ogo5 — 4ão — Então, "omo podes a#irmar !ue #oi por "ulpa tua5 perguntou &u", estendendo a

mão para pentear um "ara"ol indis"iplinado !ue lhe "aíra para a testa. Ele agarrou

novamente na mão dela e levou$a aos l)bios para a beijar. &u" o#egou à medida !uesensa-;es des"onhe"idas lhe per"orre o bra-o, !ueimando$a at0 às pro#unde%as do seu ser. — (brigada por a"reditares em mim — disse ele bai'inho, olhando pro#undamente

 para os seus olhos. Ela era mais bonita neste momento do !ue em jovem. 4essa altura, elautili%ara a sua bele%a "omo um es"udo, a#astando os pormenoes desagrad)veis da vida. Masagora havia nela uma pro#undidade !ue *i"hard ansiava e'plorar.

 — <uem me dera ser mere"edor dessa #0. — Ele #e"hou os olhos, vendo uma ve%mais as "hamas dessa noite, as "hamas !ue assombravam os seus sonhos. Apertou "om#or-a a mão dela "omo se #osse um talismã !ue pudesse a#astar pe!uenos maus.

 — (h, *i"hard — disse suavemente &u", estendendo a outra mão para a"ari"iar a#a"e dele. As emo-;es estranhas !ue ela sentira antes tornaram$se mais intensas, #a%endo$adesejar atirar$se para os bra-os deleF pedir$lhe mais beijos. As suas #a"es !ueimavam dee'"ita-ão. /e alguma maneira, a "onseguiu resistir, sentando$se tran!uilamente ao ladodele, to"ando$o apenas "om as mãos.

( silBn"io dela #oi o estímulo de !ue ele pre"isava. "omo se ela #osse um padre aouvir a sua "on#issão, ele "ontou a histria. &u" teve de morder o l)bio mais de uma ve% para não di%er algo !ue o pudesse interromper.

G*i"hard e'pli"ou, !ue ele e a sua esposa tiveram uma das suas dis"uss;es antes do

in"Bndio, dis"uss;es essas !ue se tornaram mais #re!uentes desde o nas"imento deCaroline. @endo dei'ado a sua esposa, ele #ora para o es"ritrio e "ome-ara a beber. Ao"ontr)rio das outras noites em !ue tinham dis"utido, ele s bebera alguns "opos. Então, umin"ontrol)vel desejo de ver os seus #ilhos levara$o para os !uartos deles. Em primeiro lugar,estivera na "abe"eira da "ama de Caroline, vendo o suave subir e des"er da sua "ol"ha pu'ada at0 ao seu pes"o-o. /epois #oi ao !uarto !ue os rapa%es partilhavam. :i"ou alialgum tempo, apenas a olh)$los. <uando se sentiu um pou"o melhor saiu. ao des"er aes"adaria prin"ipal para o seu !uarto, viu

uma nuvem de #umo e depois uma "ortina de #ogo a lastrar pelo patamar !ue estavaà sua #rente. ?oltou$se e "orreu para os !uartos das "rian-as. /epois disso ele não sere"ordava do !ue a"onte"era. (s "riados disseram$&he !ue ele dera o alerta para a"ordaraas "rian-as, e "erti#i"ara$se de !ue as "rian-as e os "riados !ue dormiam no andar de "ima"onseguiam #ugir pela es"ada de "ara"ol das traseiras apenas uns minutos antes destatamb0m ser tragada pelas "hamas. <uando tinha "rian-as j) a salvo #ora da "asa, ele pediraao mordomo !ue veri#i"asse se todas as pessoas tinham saído da "asa. Ele pro"urara#reneti"amente por entre os pe!uenos grupos de pessoas aterrori%adas, esperando en"ontrar a esposa. <uando deu por #alta dela, tentou "orrer para as paredes em "hamas mas os"riados agarraram$no e impediram$no.

>ra-as à ante"ipa-ão do seu alerta, s duas pessoas 0 !ue não es"aparam — a suaesposa e a sua "riada. 4a manhã seguinte ao in"Bndio a "riada da "o%inha lembrou$se de ter  preparado uma tisana para a sua esposa dormir, uma tisana normalmente a #a%ia dormir 

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 pro#undamente durante oito a de% horas. — e eu estivesse no !uarto ao lado podia tB$la transportado para #ora — disse

*i"hard "om amargura. Ele levantara$se durante a e'pli"a-ão e en"ontrava$se ao p0 dalareira olhando "om despre%o para as "hamas.

H

 — im, podias. Mas o !ue teria a"onte"ido às "rian-as e aos "riados5 — perguntou&u", numa vo% o#egante de horror pela dor e "ulpa !ue ele teve de suportar.Ele olhou surpreendido para ela "omo se nun"a tivesse pensado nessa hiptese. — er) !ue eles teriam es"apado se não estivesses l)5 "on"luiu ela. — 4ão sei. — /issestes !ue a es"adaria prin"ipal estava em "hamas. er) !ue eles se teriam

lembrado de utili%ar as es"adas das traseiras5 — perguntou ela, tentando a"alm)$lo. — (s "riados talve% se lembrassem, mas... — Então, deves lembrar$te das vidas !ue salvaste, e não das !ue se perderam.

:i%este o melhor !ue podias, *i"hard

 — disse ela, "olo"ando$se à sua #rente. — Como me disseste uma ve%, isso 0 tudo o !ue uma pessoa pode esperar.Apro'imou$se e abra-ou$a, sentindo o "orpo !uente dela "ontra o seu. — Como #oi !ue te tornaste tão sensata5 — perguntou ele dando uma gargalhada.

/epois o seu "orpo #i"ou rígido e a sua vo% tornou$se l8gubre. — /avid não vai "ompreender isso. — Agora não. Mas talve% "ompreenda !uando #or mais "res"ido — disse ela,

estendendo a mão para lhe a"ari"iar uma ruga da testa. — 4s, mais em espe"ial tu, poderemos passar tempos di#í"eis en!uanto ele não

entender. Ele não "on"orda "om o nosso "asamento — disse ele pesaroso. Apertou$a mais"ontra si, o "alor e a pro'imidade do "orpo dela despertou as suas emo-;es. *espirou#undo, "heirando a suave #ragrKn"ia !ue estava impregnada na pele dela.

 — N #)"il ser "ompreensivo se se "ompreender o problema. N "laro !ue ele est)resseado "omigo. Eu estou vivaF a mãe dele est) morta. Ele vai mudar de opinião. ?ais ver.9n"linou$se para tr)s "ontra os bra-os dele para olhar para a sua "ara. ( !ue aí viu #B$lao#egar.

I 2arbara Alliste*i"hard bai'ou a "abe-a lentamente "omo !ue dando$lhe tempo para se a#astar. Ela

apro'imou$se mais. Então os

seus l)bios to"aram os dela. 4o iní"io, ele tentou manter o beijo suave e leveF depois "omo os l)bios dela "orresponderam aos seus, a "arí"ia

tornou$se mais apai'onada. 9n"itouos l)bios dela a abrirem$se, provo"ando$os "om a língua. (ssuaves beijos !ue ela tro"ara "om o seu anterior noivo não atinham preparado para a e'plosão de pai'ão !ue lhe #ervilhava por todo o "orpo.

Mas em ve% de se a#astar, ela abra-ou o pes"o-o dele e abriu os l)bios, dei'ando !ue ele aa beijasse. *i"hard depressa tomou o "ontrolo.(s seus bra-os pu'aram$na ainda mais para ele, a tensão do "orpo dele era evidente atrav0s das #inas "amadas deF roupa !ue os separavam um do outro. 2eijou$a novamente,

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as suas mãos eram uma #onte de #ogo nas "ostas dela. Então,ele a#astou$a um bo"adinho. Ela reprimiu um grito de protesto. Ele bai'ou ainda

mais a "abe-a e beijou$a no pes"o-o por detr)s da orelha. (s l)bios dele na sua pele eram !uentese in"endiavam$na. ( "ora-ão de &u" batia tão rapidamente

!ue ela pensou !ue ele lhe iria saltar do peito.*i"hard mordis"ava$lhe o lbulo da orelha. Ela gemiasuavemente. /epois ele bai'ou$se ainda mais, banhando$lhe os ombros "om beijos.

Ela tentou apro'imar$se dele.*i"hard sorriuF então sentiu a língua dele per"orrer$lhe a"laví"ula. Ela gemeu novamente.( som !ue ela emitiu, libertou algo em *i"hard. Asmãos dele desapertaram$lhe a partte de tr)s do "orpete da"amisa dela e des"obriu$lhe os ombros, libertando os seiosdela do vestido. /emasiadamente arrebatada pelas sensa-;es !ue estava a sentir 

 para protestar, &u" dei'ou o vestido "air no "hão. Ele o#egou ao ver os seios "remososdela,

elevados pelo espartilho. Estendeu uma mão e passou osdedos por "ima deles, en#iando$os por bai'o do espartilho eda "inta para to"ar nos mamilos. Então, o #ogo !ue a

 per"orria, assustou$a. @entou a#astar$se, mas *i"hard "om os olhosaturdidos pela pai'ão, re"usou dei')$la a#astar$se. Ela"ontor"eu$se nos bra-os dele.J( movimento despertou$o da "egueira da pai'ão. Ele sorriu para ela, dei'ando$a

a#astar$se embora não a largando. — Estou a ir depressa de mais para ti, pe!uenina — perguntou, bai'ando a "abe-a

 para a beijar novamente.<uando "onseguiu #alar de novo, &u" disse numa vo% tomada de emo-ão — 4ão

sou nenhuma "rian-a.*i"hard olhou para os seus grandes seios e depois para ela. — 9sso 0 bastante evidente — disse "om um sorriso. Ela "orou. — Ns muito bela.@endo$se "omparado durante anos des#avoravelmente "om a pessoa mais jovem !ue

#ora, &u" abanou a "abe-a. — ou muito magra — sussurrou. — 4ão onde 0 importante — ele bai'ou a "abe-a e beijou$lhe os seios. Ela o#egou

novamente. — Estou a assustar$te5 — perguntou, apesar de não ter a "erte%a de parar se ela

respondesse !ue sim. — 4ão — suspirou ela, in"apa% de impedir !ue o seu "orpo tremesse. Ela tinha

medo, medo das suas emo-;es, mas não !ueria !ue ele parasse.

 — Ainda bem. — *i"hard pu'ou$a para ele, esmagando os seios dela de en"ontroao seu peito. Ele beijou$a de novo, #a%endo "om !ue o #ogo per"orresse as veias dela. Ela pondo$se em bi"os dos p0s, apertou os bra-os em volta do pes"o-o dele e beijou$o tamb0m.<uando ele novamente per"orreu "om a bo"a o pes"o-o dela at0 "hegar aos seios, &u"

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o#egava, os seus l)bios estavam abertos e os olhos estavam vidrados pelo desejo !ue lhe erades"onhe"ido. As suas mãos per"orreram os ombros dele e depois o peito, tentando #i"ar mais perto dele. eguindo o seu e'emplo, ela tirou$lhe a "amisa para lhe poder to"ar, passando as mãos pelos ombros dele.

Embora nenhum deles se lembrasse "omo tinha a"onte"ido, depressa #i"aram ali, ele

s "om as "al-as e os sapatos e ela s "om a "inta. ?oltando a si o su#i"iente para"ompreender !ue o so#) não era o lugar indi"ado para sedu%ir sua  esposa, não !uando uma "ama ptima se en"ontrava a apenas alguns metros,

*i"hard pegou$a ao "olo e levou$a para a"ama. Ela observava de olhos muito abertos, mas "orando àmedida !ue ele despia as "al-as e des"al-ava os sapatos.<uando ele "hegou às "ue"as, ela #e"hou os olhos. &onge do"alor dos seus bra-os, ela tremia. Então, aper"ebeu$se de !ue apesar do !uarto estar apenas iluminado por algumasvelas e pela lareira, ele "onseguia vB$la muito bem. Em pKni"o, ela tentou en#iar$se

 por bai'o das "obertas. Ele subiu tamb0m para a "ama e tirou as "obertas.NF — 4ão pre"isas delas — sussurrou ele. — Eu posso manter$te !uente. — Ela

abanou a "abe-a e re"usou larg)$las.+ensando !ue ela #osse tímida, *i"hard in"linou$se e beijou$a. Ela não resistiu,

embora tamb0m não "orrespondesse.:inalmente, ele per"ebeu !ue ela estava a "horar. — ( !ue se passa5 — perguntou ele, limpando "om umamão as l)grimas dos seus olhos e do rosto. — <ueres !ue eu

 pare5 — A#astou$se um pou"o, esperando !ue o seu "ontrolo se mantivesse. Elaabanou a "abe-a.

 — Então, o !ue #oi5Ela tentou v)rias ve%es, antes de "onseguir pronun"iar as palavras. — As minhas pernas — sussurrou. — Estou a magoar$te5 +or!ue não #alaste antes5 — perguntou, a#astando$se mais.

&u" #e% um es#or-o para "onter as l)grimas. /esde !ue re"uperara do a"idente, ela reservaraas l)grimas para os momentos em !ue estava so%inha. — 4ão te v)s embora — pediu, apro'imando$se umave% mais dele. ?oltou$se e olhou para ela. Apesar dos l)bios dela aindatremerem, ela j) não estava a "horar. — 4ão te !uero magoar — disse ansiosamente. — 4ão #oste tu. — 4ão "ompreendo. — 4ão !uero !ue as vejas. Aps pronun"iar a 8ltima palavra, os seus l)bios "ome-aram a tremer. Ela #e"hou osolhos, esperando "onseguir "onter as l)grimas.L

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 — ?er o !uB5 — perguntou "on#uso.Ela respirou #undo e tentou "ontrolar$se. — As minhas pernas — sussurrou. — ( !ue tBm5

 — ão #eias — disse amargamente. /esde o momento em !ue #ora "apa% de se pr 

em #rente a um grande espelho e e'aminar o seu "orpo, #i"ara horrori%ada "om as "i"atri%es pro#undas !ue tinha. As pedras !ue provo"aram a !ueda do seu "avalo #i"aram entre ela e o"hão. As suas e'tremidades )speras e pontiagudas abriram "ortes pro#undos nas suas "o'ase nas barrigas das pernas. Embora os seus #erimentos #ossem em grande parte internos ounos ossos, as "i"atri%es #i"aram para lhe re"ordar a!uele dia.

 — /ei'a$me ver — e'igiu *i"hard. Ela tentou uma ve% mais es"onder$se por bai'odas "obertas, mas ele não o permitiu. @irou$lhas. Ele saiu da "ama, #oi bus"ar um "asti-al e"olo"ou$o perto da "ama. :i"ou ali, observando$a "uidadosamente. Envergonhada, &u"voltou$se es"ondendo o rosto nas almo#adas. A sua "inta desli%ou, revelando o seu rabo perante o olh)r interessado dele. Ele subiu novamente para a "ama para ao p0 dela.

Ela "ontinuava deitada sem se me'er, esperando !ue ele dissesse !ual!uer "oisa.Como ele não disse nada, ela voltou$se.

 — ão #eias, não são5 — esperando ver repugnKn"ia ou pena nos seus olhos. — ( !uB5 — As minhas "i"atri%es. — Estas5 — perguntou, movimentando$se de #orma a poder beijar as mar"as

 bran"as !ue destruíam a per#ei-ão da pele dela. Ela o#egou e gelou à medida !ue os seus beijos subiam mais. (s l)bios dele en"ontraram uma das "i"atri%es situadas na parte dedentro da sua "o'a. Ela o#egou, !uerendo pedir$lhe para parar mas des#rutando tanto dassensa-;es !ue lhe #oi impossível pronun"iar as palavras. Ele levantou a "abe-a e sorriu paraela.

 — Estas são as mar"as da vida. ( seu dedo per"orreu aD

mar"a !ue a sua bo"a tinha beijado. &u" sentiu$se uma ve% mais "omo se se tivessein"endiado. Contor"eu$se nervosamente.

 — 4ingu0m !ue verdadeiramente viva est) livre delas. @alve% mais tarde te dei'ee'plorar algumas das minhas. ?oltou outra ve% para ao p0 dela, os seus olhos "in%entosestavam tempestuosos de pai'ão. Ela olhava$o #i'amente nos olhos. En!uanto a beijavanovamente, ele lutou por manter o "ontrolo. A!uele beijo libertou$a. ( medo !ue adominara, desapare"eu. (s l)bios dela abriram$se sob os dele, a sua língua a"ari"iou$lhe osl)bios. (s seus bra-os pu'aram$no mais para ela, e ele estava perdido.

Capítulo J<uando a"ordou na manhã seguinte, &u" !uase se "onven"eu de !ue os

a"onte"imentos da noite anterior haviam sido um sonho. Então, per"ebeu !ue não estavaso%inha. @al "omo tinha #eito na noite anterior, tentou sair da "ama sem a"ordar *i"hard.Mas o seu primeiro movimento

 trou'e$lhe um gemido aos l)bios.2o"ejando bastante, "ompletamente des"ontraído pela primeira ve% em meses,

*i"hard sentou$se. — ?ou ter !ue te domar para não tentares abandonar$me de manhã — disse "om um

sorriso. Apro'imou$se dela, planeando beij)$la. Então, a#astou$se ao ver a palide% do seu

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rosto.

 — ( !ue se passa5 — perguntou ansiosamente. — 4ada. /a!ui a alguns minutos j) estou bem — disse ela, tentando sorrir. Embora

#i"asse "om #re!uBn"ia rígida durante as manhãs, sobretudo !uando o tempo #i"ava mais

#rio, a rigide% depressa desapare"ia. — :oi demasiado para ti, ontem à noite5 — perguntou ele, mentalmente ralhando asi prprio por não se ter lembrado de !ue teria de a tomar "om muito "uidado.

 — 4ão — re"ordando$se de "omo ela se enla-ara nele, o estimulara, "orou, as suaslongas pestanas ro-avam$&he no rosto. Então, olhou para ele e sorriu. *i"hard susteve o#lego, !uerendo apenas pu')$la para de bai'o de si uma ve% mais. A ruga bran"a em tornodos l)bios dela #B$lo parar de pensar irra"ionalmente. aiu da "ama e "orreu para ao p0 dela.

L/eita$te de barriga — ordenou ele. Ela olhou$o apenas. — +ara poder des"ontrair esses m8s"ulos — e'pli"ou. *e"ordando$se da #orma

"omo ele lhe aliviara a dor na noite em !ue ela "hegara, #e% o !ue ele lhe mandou,des"ansando a "abe-a nos seus bra-os "ru%ados.

<uando ele terminou, a dor das suas "ostas e pernas #ora es!ue"ida. &u" voltou$senovamente e olhou para ele, desejando !ue #osse noite outra ve%. A pai'ão !ue brilhava nosolhos dele,

  #B$la suster o #lego. Ela agarrou$o. ( "onvite #oi o !ue ele estava à espera.?oltando para a "ama, abra-ou$a e transportou$a novamente para as "hamas do desejo.

/a pr'ima ve% !ue a"ordaram j) o sol ia alto no "0u. +ara sua surpresa, &u" nãoteve nenhum problema em se me'er. (lhou para *i"hard, !ue es"olhera o seu seio em ve%da sua almo#ada para dormir. Ela "onseguia sentir a respira-ão !uente dele na sua pele nua.Ela tremeu. (s olhos dele abriram$se, e ela sentia a língua !uente dele na sua pele. Então, para horror dela, a sua barriga ron"ou.

*i"hard sentou$se dando uma gargalhada. &u" !uis di%er$lhe !ue #i"asse, masestava demasiado envergonhada.

 — @o"o para pedir o pe!ueno$almo-o5 — perguntou ele, "omo se #osse normala"ordarem juntos. Ela a"enou e a"on"hegou$se no "alor das "obertas. *i"hard, ainda nu, #oito"ar na "ampainha !uando &u" se sentou direita na "ama.

 — As roupas !ue despimos7 — disse ela espantada, re"ordando$se da #orma "omoas dispersaram na noite anterior.

 — 3) a!ui não estão — disse ele, olhando em volta. — 4ão estão5 — perguntou horrori%ada. ( !ue iriam pensar os "riados, interrogou$

se ela. :i"ou vermelha !uando teve a no-ão e'a"ta da!uilo !ue eles estariam a #alar. — uspeito !ue #oi a tua "riada — disse *i"hard "om "alma. &u" deu um suspiro

de alívio. — @alve% devesses #alar "om ela hoje. — obre !uB5 — +erguntou &u" "om ino"Bn"ia. — obre esperar at0 !ue a "hamem antes de entrar nosL1teus aposentos, enhora Esposa. Agora !ue 0s uma senhora "asada pre"isas de ter 

mais priva"idade — espregui-ou$se e depois voltou para a "ama e beijou$a suavemente.

 — ?olto dentro de pou"o tempo — prometeu. Ela viu$o "aminhar at0 à sua porta,

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"ompletamente despreo"upado "om a sua nude%. Apesar da sua "ara !ueimar de emo-ão,ela não "onseguia desviar o olhar, apre"iando os !uadris magros e as n)degas esbeltas !ueeram tão bonitas sem mupa "omo tapadas pelas suas "al-as de malha.

<uando a porta se #e"hou por tr)s dele, ela es"orregou por bai'o das "obertas da"ama, primeiro pu'ou$as at0 ao !uei'o e depois tapou a "abe-a. Ela ainda "onseguia "heirar 

o per#ume dele nos len-is. — (h, Meu /eus — sussurrou. — (h, Meu /eus. 4os dias !ue se seguiram, &u" "ome-ou a sentir$se em "asa, na "asa de *i"hard.

As tardes perten"iam às "rian-as, mas as suas noites e as manhãs eram partilhadas apenas"om *i"hard. Aps o ano de "elibato e da di#í"il rela-ão !ue tivera "om a sua esposa antesdisso, *i"hard deleitava$se em apresentar novas sensa-;es a &u". +or seu lado, &u" erauma aluna insa"i)vel.

+ara sua surpresa, ela lembrava$se de "omo namorar. <uando estavam a almo-ar "om as "rian-as, ela olhava para *i"hard atrav0s das suas longas pestanas e sorriado"emente. /epois, passava a língua em torno dos l)bios "omo se estivesse à pro"ura deuma migalha. Ele me'ia$se "omo se estivesse des"on#ort)vel, mas ela "onseguia ver um brilho nos seus olhos !ue prometia

 "ompens)$la !uando estivessem so%inhos, uma re"ompensa !ue ela esperava !uenão demorasse muito tempo a vir.

/esde o momento em !ue "on"ordara "asar$se "om ele, !ue &u" soubera !ue*i"hard esperava !ue ela #osse sua esposa em todos os sentidos da palavra. ( !ue elades"onhe"ia era o pra%er !ue teria "om a rela-ão #ísi"a. +or muitas ve%es !ue eles #i%essemamor, ele to"ava$lhe, e ela arderia aovamente de pai'ão.

Ela tomou gradualmente o lugar da dona da "asa.LGApenas /avid resistia às suas tentativas de ami%ade. Caroline e *obert eram seus

#i0is seguidores, indo ter tantasve%es "om ela para &he "ontar histrias sobre o dia deles"omo iam ter "om o pai. /avid apenas olhava #urioso paraela e respondia$&he por monoss#labos !uando ela lhe #a%ia

 perguntas. A 8ni"a altura em !ue ele pare"ia es!ue"er a sua raivaera !uando iam velejar. *i"hard #ora velejar so%inho "omela na primeira semana em !ue ela "hegou, di%endo às "rian-as !ue ele pre"isava de

se "erti#i"ar de !ue ela não #i"ariaenjoada antes de a "on#iar no bar"o "om eles. +ara seu pra%er, ela era uma

marinheira nata, seguindo "uidadosamente as instru-;es dele. <uando ele an"orou #ora dado"a, #ora do

al"an"e da "asa e dos seus habitantes, ela perguntou "uriosa — +or!ue paramos a!ui5 — =) uma "oisa !ue te !uero mostrar — disse ele, "omum olhar mali"ioso. Apro'imou$se "uidadosamente dela,"om um olhar no rosto !ue ela depressa re"onhe"eu. — *i"hard7 4ão podemos. A!ui não — disse ela "om osolhos bem abertos. Ela re"uou um bo"adinho. — e não !ueres ir nadar, não te a#astes mais — disse$lhe ele, prendendo$lhe a mão

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e pu'ando$a para ele. Elanão tentou resistir e avan-ou para os bra-os dele. 2eijaram$se. — Eu não "onseguia resistir$te nem mais um minuto sussurrou$lhe ele ao ouvido.

Ela ps os l)bios na veia !ue latejava no pes"o-o dele e

sentiu$o o#egar. :i"ando mais ousada, beijou$lhe o peito edepois a bo"a, dei'ando a sua língua desli%ar por entre osl)bios dele. *i"hard pu'ou$a para o seu "olo, #a%endo o bar"o balan-ar. Ela a#astou$se assustada. — 4ão teremos de nadar para voltarmos para "asa prometeu ele. — E mesmo !ue algu0m passe de bar"o por a!ui, não per"eber) o !ue estamos a

#a%er. /ei'a$me mostrar$te5 — demasiado o#egante para di%er !ual!uer "oisa, ela a"enou, pondo os bra-os em volta do pes"o-o dele, as suas saiasLH"astanho$doiradas "aindo à volta deles. +ou"o tempo depois, &u" es!ue"era$se de

!ue estavam ali. @udo o !ue lhe importava era *i"hard e a!uilo !ue ele lhe estava a #a%er sentir.

<uando teve a "erte%a de !ue ela estava pronta, *i"hard dobrou as pernas, "omps aroupa, e então levantou$a suavemente. A#astando a saia e a "ombina-ão dela, tornou asent)$la no seu "olo. <uando ela o sentiu duro e !uente por bai'o de si, os olhos de &u"abriram$se mais. /epois sorriu e en"ai'ou$se nele "om mais #irme%a. As ondas marulhandode en"ontro ao bar"o #orne"eram o 8ni"o movimento de !ue eles pre"isaram por um tempo./esatando os la-os do de"ote dela, *i"hard abriu o "orpete para lhe poder beijar os seios.Ela alean-ou o de"ote da "amisa !ue ele tinha vestida para lhe per"orrer o peito "om osdedos. Ele pu'ou$a para si. A a"-ão #ora o gatilho !ue os in"endiara a ambos. *egressarama "asa muito mais tarde, vermelhos do sol, mas rindo e des"ontraídos.

 — Então, ela pode ir velejar "onnos"o, +ap)5 — !uis saber, *obert, assim !ue viu o pai. /avid #e% um ar "arran"udo.

 — +ode — *i"hard despenteou o "abelo de *obert e ps um bra-o por "ima de/avid. /avid #i"ou rígido.

 — +odemos ir hoje5 — perguntou Caroline, "om os olhos brilhantes. — Eu vistoum dos meus vestidos mais velhos. Mrs. tanhope di% !ue uma senhora deve ter "uidado"om as suas roupas.

&u" olhou para o seu prprio vestido amarrotado e riu$se.

 — <uem me dera !ue ela me tivesse dado a!uele "onselho antes de irmos velejar hoje. — Ela sorriu mali"iosamente para *i"hard.

 — 4ão #a%ia ideia !ue ir velejar estragava as roupas.Ele retribuiu o olhar, entonte"endo$a. Apenas a sua determina-ão em ouvir o !ue

Caroline estava a di%er a impediu de se derreter na!uele instante. — N o sal — e'pli"ou Caroline, "om um ar s0rio. Mrs. tanhope di% !ue o sal

estraga a roupa.LI — @enho a "erte%a de !ue ela tem ra%ão — disse$lhe &u". — Mas a"ho !ue hoje

não estou preparada para voltar a ir velejar. +or!ue não vamos dar um passeio no meu"abriol05 — *i"hard insistira !ue ela não tentasse "aminhar pelas "olinas !ue "ir"undavama "asa. Apesar de na altura em !ue ele lhe deu a ideia do "abriol0 ela ter protestado, ela

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agora apre"iava a liberdade !ue o "abriol0 lhe dava. E aps as e'periBn"ias !ue tivera no bar"o, ela não sabia se "onseguiria subir a p0 a "olina, mesmo "om a ajuda de *i"hard.

 — (s rapa%es podem vir "omigo aos est)bulos — disse$lhes *i"hard, pondo umamão em "ada um dos ombros deles.

 — Estou tão velho !ue pre"iso da vossa ajuda. — *obert riu$se. At0 /avid dei'ouum sorriso es"apar$lhe dos l)bios ao ver o pai "urvar$se e "ambalear um ou dois passos. — ?ou "hegar em primeiro lugar — gritou *i"hard, "orrendo o mais depressa

 possível./avid "orreu atr)s dele, as suas pernas mais "ompridas depressa en"urtaram a

distKn"ia !ue os separava. *i"hard limitou$se a vB$los "orrer e depois voltou$se para &u" eCaroline.

 — Apre"iem o passeio — disse, "orrendo atr)s dos #ilhos. &u" esperoudeliberadamente !ue *i"hard e os rapa%es se perdessem de vista ao "ontornarem a "asa,antes de dar "om as r0deas no pnei para !ue ele seguisse "aminho.

 — (s rapa%es julgam !ue são muito espertos — disse Caroline, levantando o!uei'o. — se interessam por "orridas e por "hegarem em primeiro lugar.

 — 4ão estão a "ompetir "onnos"o, s estão a "ompetir entre eles — re"ordou$lhe&u".

 — Mas se !uiseres eu posso levar$te aos est)bulos. +odes en"ontrar$te "om eles l).+ode ser !ue eles #a-am uma "orrida "ontigo tamb0m.

 — Eles s !uerem saber !uem "hegou em primeiro lugar. E eu sei !ue um delesganha sempre. As minhas pernas são muito "urtas. Eles vão passar$me sempre à #rente

LJdisse a rapariguinha "om um suspiro. /epois o seu rosto alegrou$se. — N "laro, não os "onvidaste para virem "ontigo — disse ela "om orgulho. — 

A"has !ue o +ap) tamb0m me dei'a ter um "abriol05 — perguntou. — @alve% seja melhor perguntares ao pai — respondeu rapidamente &u",

re"onhe"endo o brilho no olhar de Caroline. Ela não ten"ionava ser manipulada da mesma#orma !ue ela e o irmão manipularam a sua "r0dula mãe.

 4os dias !ue se seguiram à!uela tarde, a #amília #oi passear de bar"o sempre !ue odia estava "laro e soprava um vento suave. 4em &u" nem Caroline gostavam de ir velejar !uando o vento era #orte, embora *i"hard levasse "om #re!uBn"ia os rapa%es a velejar "omele nesses dias.

  *egressavam !ueimados pelo vento, "om o "abelo despenteado, e muitoentusiasmados. 4esses dias, /avid pare"ia ser um rapa%inho igual a tantos outros, "heio de#or-a de vida.

Mesmo apesar dos teimosos silBn"ios de /avid, &u" gostava da sua nova vida.@odos os dias eram uma nova aventura. 4o iní"io era estranho ter outra pessoa sempre aoseu lado, de manhã à noite. Mas &u" não iria !uerer outra "oisa di#erente. ( to!ue de*i"hard lembrava$lhe !ue ela estava viva, !ue algu0m a a"hava atraente. Aps oito anos a"onsiderar$se in8til por não poder ter #ilhos, estava en"antada "om os seus novos pap0is deesposa e mãe.

/esde h) muito tempo !ue *i"hard tamb0m não se sentia tão #eli%. A "arta !ueenviou a Edward e !ue levara &u" a a"eitar a sua proposta, #ora a solu-ão per#eita para os

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seus problemas. Apesar da re"usa de /avid em a"eitar &u" "omo sua madrasta, ela erae'a"tamente a!uilo !ue as "rian-as pre"isavam. Ela era tudo o !ue ele pre"isava. Arapariguinha !ue #ora uma "ompanheira tão amiga era agora igualmente bem su"edida no papel de sua esposa.

A satis#a-ão !ue sentia "om o seu "asamento durou !uase um mBs. Então, uma

manhã pou"o tempo depois do "orreio ter "hegado, #ora pedido a &u" para ir ao es"ritriodele. @otalmente à espera de ser arrebatada e ardentementeL beijada, abriu a porta, "om um grande sorriso, o seu vestido ma"io de musselina

a%ul #ora obviamente es"olhido para "hamar a aten-ão dele. Ela olhou uma ve% para ele e parou.

 — ( !ue se passa5 — perguntou ansiosa. — +assa$se alguma "oisa "om uma das"rian-as5 Com o meu pai5

*i"hard riu$se "om severidade. — +ode di%er$se !ue sim. — Ele olhou paraumjornal !ue estava ama"hu"ado em "ima da se"ret)ria.

 — abias o !ue ele ia #a%er5 — <uem5 /e !ue est)s a #alar5 — ela "ontornou a se"ret)ria dele, "om as mãos

levantadas "omo para abra-ar o pes"o-o dele. Ele a#astou$se, o seu rosto estava %angado"omo um dia de tempestade.

 — *i"hard5 — o rosto dela revelava a dor e a "on#usão !ue sentia. — @ens sido tão am)vel, devia ter suspeitado !ue algo se passava. +ensaste !ue eu

não ia reparar5 — perguntou ele, de dentes "errados. 4o momento em !ue leu o artigo no jornal,

 vieram$lhe à "abe-a pensamentos sobre "omo &u" o enganara. Ela era tão indignade "on#ian-a "omo a sua primeira esposa.

 — /e !ue est)s a #alar5 — perguntou &u". (s olhos dela estavam toldados por ummedo des"onhe"ido, e a sua vo% tremia.

 — Est)s nervosa5 +ensaste !ue eu não me importava, Creio !ue a minha opinião #oi bastante "lara. @u "on"ordaste e depois #i%este e'a"tamente a!uilo !ue !uiseste — ele pegou no jornal de &ondres e agitou$o na sua #rente.

Ela tirou$lho e sentou$se, alisando as dobras das suas p)ginas. <uando o a"abou deler, olhou para "ima.

 — N por "ausa disto <ue est)s %angado5 A parti"ipa-ão do nosso "asamento5 —  perguntou, mais "on#usa do !ue

nun"a.

 — <ue tipo de rea"-ão esperavas5 Eu disse$te !ue não !ueria nenhum tipo de parti"ipa-ão. — Ele sentou$se por tr)s da se"ret)ria e in"linou$se para a #rente, olhando#urioso para ela.

LL( seu tom de vo% #oi demais para ela. &evantou$se, #i"ando totalmente direita.

Então, apoiou$se na se"ret)ria, olhando para bai'o para ele. Mesmo estando %angado,*i"hard admirou a #orma "omo o de"ote "avado dela lhe emoldurava os seios. (s seusolhos #ais"avam, &u" perguntou

 — E esperavas manter o nosso "asamento se"reto para sempre5 Eu sei !ue não soua mulher !ue tu terias es"olhido se tivesses ido a &ondres, mas es"olheste "asar "omigo.+arou por um momento, o seu rosto estava pensativo. Então, disse, %angada.

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 — +resumo !ue tenhas medo !ue a tua amante leia sobre o nosso "asamento e tedei'e. (u pensas !ue 0s bom demais para mim5

urpreendido "om a linha de pensamento das !uest;es dela, *i"hard re"uou.

 — 4ão. N "laro !ue não — desobstruiu a garganta "omo se pudesse a#astar as

suspeitas "om a mesma #a"ilidade, pensando na #orma "omo ela tinha invertido a situa-ão aseu #avor. — E eu não tenho nenhuma amante. +)ra de tentarmudar de assunto. 5 — Mudar de assunto5 Ainda nem "onsegui des"obrir !ual 0 o verdadeiro assunto — disse ela #uriosa, batendo nase"ret)ria "om ojornal e "om as palmas das mãos. 5Ele levantou$se e in"linou$se para a #rente tamb0m, osseus olhos "in%entos #itando os olhos a%uis dela. — ( assunto 0 esta parti"ipa-ão !ue #oi publi"ada h)v)rios dias atr)s. /este a tua aprova-ão antes de ser enviadaou #oi tanto uma surpresa para ti "omo #oi para mim5 — (seu tom de vo% sar")sti"o trespassou$a. 9nteriormente ele erauma am)lgama de medo. E se a situa-ão a !ue #ugira re"ome-asse de novo5Como se o vento tivesse repentinamente #i"ado !uieto,&u" sentiu a raiva desapare"er subitamente, dei'ando$ae'austa. entou$se apressadamente. — 9sto 0 mesmo por "ausa da parti"ipa-ão — disse elaLD"om espanto. Como se mal pudesse a"reditar nas suas prprias palavras, repetiu$as

outra ve% — 9sto 0 por "ausa da parti"ipa-ão. — N "laro, !ue 0 por "ausa disto, desta trai-ão — disse *i"hard #urioso, em nada

in#luen"iado pela sua s8bita perda de raiva. — @inha outra opinião a seu respeito, minha senhora. A#inalF prometeu obede"er$

me. — *i"hard, eu não tive nada a ver "om o #a"to desta in#orma-ão apare"er agora. — Agora5 ( !ue tem isso a ver5 Eu #alei$te numatal limite !uando te pedi para não

#a%eres !ual!uer parti"ipa-ão5 — perguntou ele. (s seus olhos brilhavam "om talintensidade !ue &u" sentiu um arrepio subir$lhe pela espinha a"ima.

Ela #e"hou os olhos e respirou #undo, tentando re"uperar o "ontrolo da r)pidamudan-a de emo-;es. 4un"a se obt0m nada atrav0s da raiva, repetia silen"iosamente parasi prpria. ( velho ditado !ue a sua pre"eptora lhe ensinara, a"al mou$a. (lhou para "ima, oseu rosto estava "almo.

 — A 8ni"a parti"ipa-ão !ue me re"ordo de ter dis"utido nas nossas "artas #oi a parti"ipa-ão do nosso "asamento, +osso ir bus"ar as tuas "artas, e podemos revB$las paraver se eu dei'ei es"apar algum pormenor — disse ela bai'inho, a sua vo% era tão suave"omo !uando !ueria a"almar o pai ou alguma das "rian-as.

+rimeiro, *i"hard abriu a bo"a para "ontradi%er as re"orda-;es dela. /epois, o !ueela lhe disse atingiu$o.

 — >uardaste todas as minhas "artas5 — perguntou ele, o seu rosto enterne"eu$se.

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Ele sentou$se na borda da se"ret)ria perto dela e "ome-ou a pegar$lhe na mão.Então, "omo se se re"ordasse do motivo da sua !uei'a, endireitou$se e o seu "ora-ão #i"ouduro.

 — 4ão pre"iso de as reler para me lembrar do !uees"revi — disse ele, "omo se #osse o imperador e ela uma miser)vel "amponesa.

LO&u" limitou$se a olh)$lo #i'amente por um momento. Então, os olhos dela"ome-aram a #ais"ar.

 — Creio !ue não pre"iso de "ontinuar "om esta "onversa. — Antes !ue *i"hardtivesse oportunidade de a impedir, ela levantou$se e "aminhou para a porta, apenas umligeiro "o'ear revelava !ue ela estava sob tensão.

 — <uando de"idires voltar a ser ra"ional, avisa$me por #avor. At0 l) tenho "oisas para #a%er.

A pesada porta #e"hou$se por tr)s das "ostas dela, o suave bater do trin"o #ora maissurpreendente do !ue o bater da porta "om o !ual *i"hard "ontara. /ei'ou$se #i"ar alisentado por momentos, a olhar #i'amente para o sítio onde ela esteve. /epois olhou derelan"e para o jornal !ue estava em "ima da sua se"ret)ria. +or instantes o pKni"o !ue sentiu!uando leu a parti"ipa-ão !ue "ontinha a sua a"tual morada, amea-ou apoderar$se dele.:e"hou os olhos, respirando #undo, re"ordando$se a si prprio !ue durante um ano estiveralivre dos ine'pli")veis a"identes !ue amea-aram a sua vida. por!ue um jornal divulgoua sua morada não era ra%ão para a"reditar !ue os a"identes iriam re"ome-ar.

Capitulo Embora &u" tentasse dar a impressão de !ue nada a"onte"era, o almo-o na!uele

dia #oi um a"onte"imento muito tenso. <uando /avid apare"eu sujo e despenteado, "om orosto a brilhar de entusiasmo, *i"hard olhou #urioso para ele e depois mandou$o sair damesa.

 — :ilho meu não se apresenta para um almo-o de #amília, "om esse aspe"to — disse$lhe #urioso. ( rapa%inho levantou$se, o seu entusiasmo desapare"eu e deu lugar a umaruga bran"a em torno da bo"a, e saiu da sala. As outras duas "rian-as apenas olharam para o pai, de olhos arregalados. &u" manteve o olhar no seu prato, desejando poder #a%er oudi%er !ual!uer "oisa !ue a"almasse tanto *i"hard "omo /avid, mas teve medo de o #a%er.

Assim !ue /avid saiu da sala, *i"hard !uis di%er$lhe para voltar, para lhe pedir des"ulpa. Mas "ontinuou sentado, o seu rosto era uma m)s"ara por tr)s da !ual as suasemo-;es estavam num turbilhão.

Em ve% de pedirem para irem velejar ou ir passear pelo "ampo, Caroline e *obertdepressa des"obriram outra "oisa para #a%er na!uela tarde. &u" tamb0m se es"apou, pedindo para lhe tra%erem o seu "abriol0 e indo passear so%inha. Ainda não se tinhaa#astado da "asa !uando viu /avid sentado numa ro"ha à beira do "aminho !ue ela estava aseguir. +arou. Ele olhou para "ima e depois desviou o olhar "omo se não !uisesse !ue elavisse !ue ele estivera a "horar.

 — /avid, gostavas de ir dar um passeio "omigo5 — perguntou, pensando !ue elenun"a se pare"era tanto "om o

DGrapa%inho !ue ele verdadeiramente era, "omo na!uele momento. (lhou para ela

surpreendido, os seus olhos eram tão pare"idos "om os do pai !ue ela sentiu o "ora-ão na

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garganta. — +or #avor. 4o iní"io ele !uis di%er$lhe !ue não. Então, olhou para tr)s em dire"-ão à "asa. (

 pai en"ontrava$se ") #ora nos degraus, olhando para bai'o para onde eles estavam. — im — disse ele desa#iadoramente, meneando a "abe-a. (s seus "ara"is

estavam despenteados por "ausa da suave brisa !ue soprava./urante um tempo &u" e /avid não disseram nada en!uanto passavam lentamente

 pelas "olinas. <uando "hegaram a um lo"al onde podiam olhar para o outro lado do Canal,&u" parou. :itaram o hori%onte. Então, ela perguntou

 — ( !ue #oi !ue #i%este hoje5 — 4ada.( rapa% olhou desa#iadoramente para ela, desa#iando$a a #a%er$lhe mais perguntas.

Ela sorriu apenas e depois desviou o olhar para as ondas. ( silBn"io entre ambos aumentou.&u" estava determinada a !uebr)$lo, /avid iria !uebr)$lo. /avid "ontor"eu$sedes"on#ort)vel.

 — =) "a"horrinhos novos nos est)bulos — disse ele malmente. — <ue emo"ionante. <uantos são5 — perguntou &u", voltando para poder olhar 

 para ele. <ueria desviar$lhe os "ara"is do rosto, mas sabia !ue ele não ia dei'ar. — eis. 2rian, um dos mo-os dos est)bulos mandou di%er$me. Eu "onsegui assistir 

ao nas"imento de !uatro — disse ele, tentando pare"er menos entusiasmado do !ue estavana realidade.

 — ( +ap) disse !ue eu podia #i"ar "om um para mim. A men-ão inadvertida do pai,#e% desapare"er a alegria do seu rosto.

 — 9sso #oi antes de tu "hegares — disse ele amargamente.DH — @enho a "erte%a de !ue ele não vai mudar de id0ias — disse &u", esperando ter 

ra%ão. — +or!ue não5 @udo o resto mudou. 4s agora não vemos o +ap) durante as

manhãs — disse /avid, des"endo do "abriol0 e indo para a beira do penhas"o.&u" !uis des"er, para ir atr)s dele, para pr os seus bra-os em volta dele e garantir$

lhe !ue tudo ia #i"ar bem. (lhando para o solo a"identado e para a postura %angada dele,de"idiu #i"ar onde estava. Calou$se sensatamente. +or #im, ele voltou$se e regressou para o"abriol0, de ombros des"aídos.

 — ?amos voltar para "asa agora5 — perguntou ele, "om a vo% irregular por "ausadas emo-;es !ue estava a reprimir.

 — +odemos — garantiu$lhe ela. — N isso !ue !ueres5 — 4ão me importo — disse ele en"olhendo os ombros. — Mostras$me os "a"horrinhos !uando regressarmos5 — >ostas de "a"horrinhos5 — olhou para ela "omo se #osse a primeira ve% !ue a

via.

 — ( meu irmão sempre teve "ães de "a-a. @enho sentido a#alta deles a!ui — disse"om um sorriso.

 — /e !ue ra-a são5(s pormenores sobre os "a"horrinhos preen"heram a "onversa no regresso a "asa.

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<uando pararam nos est)bulos, /avid saltou ansiosamente do "abriol0. — /ei'a$me ir pro"ur)$los — gritou ele, "orrendo para dentro do edi#í"io. &u"

entregou o pnei e o "abriol0 a um mo-o de estrebaria e dei'ou !ue ele a ajudasse a des"er.:i"ou

la por momentos para ter a "erte%a de !ue estava bem presente no "hão e depois

"ontinuou a andar mais lentamente.( "ontraste entre a "laridade radiosa da tarde e a es"uridão do edi#í"io "egou$a por instantes. 4a sua "on#usão, ela "aminhou de en"ontro a algu0m. +edindo des"ulpas, olhou para

"ima. *i"hard estava à sua #rente, "om /avid a seu lado. — @rou'e Caroline e *obert para verem os "a"horrinhos

 — disse "almamente, "om as mãos sobre os ombros dela.DIEla ansiava !ue ele a pu'asse para si, para lhe di%er !uelamentava a dis"ussão !ue tiveram de manhã. Ele re"uou,dei'ando "air as suas mãos. — /avid di% !ue tamb0m os !ueres ver — ela a"enou,esperando !ue a sua desilusão não #osse visível. — Eles estão a!ui. 4ão podemos #a%er barulho, senão a mãe deles #i"a %angada./avid e &u" tro"aram olhares "8mpli"es. Eles tinham"on"ordado "om esse plano en!uanto regressavam a "asa.Aps a visita bem su"edida aos "a"horrinhos, voltaram todos para "asa. +er"ebendo !ue ningu0m tinha "omidomuito ao almo-o, &u" pediu para servirem o "h). Agrade"idos por voltar a haver 

um "omportamento !ue eles "onsideravam normal, as "rian-as "onversaram sobre os"a"horrinhos at0 o "h) ser servido. /epois devoraram es#omeados o pão "om

manteiga, as sanduí"hes #inamente "ortadas, e os bolos. &u" reparou !ue *i"hard "omeu!uase

tanto "omo os seus #ilhos. <uando o tabuleiro do "h) #i"ouva%io, pelo menos as "rian-as pare"iam ter es!ue"ido a raivaanterior. 4o entanto, para &u" e *i"hard, a manhã não #oi es!ue"ida assim tão #a"ilmente.

Mas s algu0m !ue os "onhe"esse bem podia per"eber a tensão !ue havia entre ambos. <uandoas "rian-as #oram para os seus !uartos, &u" tamb0m sees"apou, dando ordens para !ue o seujantar #osse servido no!uarto. *i"hardjantou so%inho no esplendor da solidão, sentindo$se mais s do !ue

alguma ve% se sentira antes.entrou no !uarto dela mais tarde na!uela noite edesli%ou para dentro da sua "ama, &u" gelou. Ele não tentou #alar "om ela nem

to"ar$lhe, apenas #i"ou ali deitado aolhar para o dossel por "ima da "ama. Ele !ueria e'pli"ar$lhe, mas não !ueria

sobre"arreg)$la "om os medos dele. (silBn"io entre ambos tornou$se maior.A prin"ípio, &u" estava tão tensa !ue não "onseguia

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des"ontrair$se. Ela !ueria #alar sobre o !ue a"onte"era nessamanhã, en"ontrar uma e'pli"a-ão. Mas não ten"ionava ser a primeira a abordar novamente o assunto. Manteve$se rígidamente DJ

 deitada. Então, ao ouvi$lo respirar regularmente, per"ebeu !ue ele estava a dormir.Ela levantou$se, apoiando$se ao "otovelo e olhou #i'amente para ele, !uerendo atirar$lhe"om !ual!uer "oisa, empurr)$lo para #ora da "ama. Em ve% disso, deitou$se e #e"hou osolhos. +ou"o tempo depois, tamb0m ela estava a dormir.

/urante a noite, ela a"ordou e des"obriu$se nos bra-os de *i"hard. Como erahabitual, o to!ue dele #B$la arder de pai'ão. Ainda pu'ou$o mais para si. em di%er uma palavra, ele "ome-ou a #a%er amor "om ela, #reneti"amente, avidamente, "omo se tivessemedo de a perder. ilen"iosamente, ela "orrespondeu.

 4os dias seguintes, eles "aíram numa rotina. /urante o tempo !ue passavam "om as"rian-as, &u" e *i"hard tentavam #ingir !ue nada a"onte"era. <uando #i"avam os doisso%inhos, uma situa-ão !ue eles tentavam evitar, "omportavam$se "om edu"a-ão, mas#riamente. à noite 0 !ue a pai'ão !ue eles tanto se es#or-avam por impedir, e'plodia,!ueimando$os nas suas "hamas, e dei'ando$os sentirem$se 4eios !uando passava.

Apesar da animosidade !ue "riou entre &u" e *i"hard, a parti"ipa-ão teve umresultado positivo. +ou"o tempo depois de ter apare"ido no jornal, *i"hard "ome-ou are"eber "artas de amigos ansiosos por renovar as suas rela-;es. Mas as mensagens !ue eletemera re"eber não apare"eram. 4ada #ora do vulgar a"onte"eu. >radualmente, ele #oi$sedes"ontraindo.

6ma manhã en!uanto ele e'aminava os livros, &u" pro"urou$o. — *i"hard, re"ebeste uma "arta de Edward esta manhã5 — perguntou ela, olhando para a "arta !ue ela tinha na mão. — Arabella, di% !ue ele te estava a es"rever. 4un"a seguro da!uilo !ue o "orreio podia tra%er, *i"hard evitava normalnente a sua

"orrespondBn"ia, esperando para a ler depois de ter #eito outras tare#as. — /eve estar algures por a!ui. +or!uB5 — Ela es"reveu a di%er !ue o +ai deseja dar uma #esta de noivado em &ondres para

eles os dois e pergunta seD podemos ir. Ela deve$se ter enganado no lo"al. ( +ai j) não vai a &ondres h) anosF

ele di% !ue não pode viajar para tão longe. — Ela enterrou$se numa "adeira em #rente à se"ret)ria e olhou para esta. (s livros$

ra%ão "obriam "ada "entímetro da sua super#í"ie.*i"hard #e"hou o livro no !ual estivera a "on#erir "i#ras, reuniu os outros livros$

ra%ão, e empilhou$os ao seu lado no "hão. — Este 0 o teu pai !ue re"usou viajar e !ue por isso não nos pudemos "asar a!ui5

 — perguntou ele amargamente. &u" "ome-ou a #i"ar tensa. +er"ebendo o seu erro, eledesviou rapidamente a aten-ão dela para outra "oisa.

 — A "orrespondBn"ia deve estar algures por a!ui. /awes "olo"ou$a a!ui h) j)algum tempo.

&u" olhou para a se"ret)ria, mas não viu nada !ue se pare"esse "om "artas. — Ele "olo"ou$as em "ima da se"ret)ria5 Estarão dentro de um livro$ra%ão5 — 

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 perguntou ela. ( 8ni"o papel !ue se en"ontrava em "ima da se"ret)ria pare"ia ser uma #olhaem !ue *i"hard estivera a trabalhar.

 — 4ão. — Ele #ran%iu a testa, tentando lembrar$se do !ue dissera !uando omordomo trou'era o "orreio.

 — Eu disse$&he !ue o dei'asse a!ui. +ro"ura$o. /eve estar por aí. — Ele pegou nolivro$ra%ão em !ue estivera a trabalhar e abriu$o novamente.+er"ebendo !ue era in8til tentar "hamar a aten-ão dele, &u" levantou$se e "ome-ou

a pro"urar pela sala. +assado pou"o tempo, en"ontrou a salva de prata "om o "orreio damanhã em "ima da lareira.

 — Est) a!ui — disse ela, levando as "arttas at0 ele. — Abre$as tu — disse *i"hard, mais interessado e #a%er o balan-o dos seus livros

do !ue em ouvir algu0m#ora, !uer deliberadamente !uer não, "8mpli"e na divulga-ão da sua a"tual morada. — 4ão posso. ão tuas. (h, a!ui est) uma de Edward disse ela, tirando$a da resma.

 — +ensei !ue tu tivesses dito !ue não a podias abrir DLdisse ele provo"atoriamente, poisando a "aneta e espregui-ando$se. — N a "aligra#ia dele. Conhe"i$a imediatamente — disse ela impa"ientemente. — Abre$a.Ele tirou$lhe a "arta e en"ostou$se para tr)s. (lhou para a "arta e depois en"olheu os

ombros. — +ode esperar. — *i"hard — !uase gritou a sua esposa. — (h, tu !ueres saber o !ue ele di%5 — brin"ou o marido, en"antado "om a rea"-ão

de &u". /esde o dia em !ue ele des"obriu a parti"ipa-ão no jornal, as 8ni"as emo-;es !ue partilharam #oi um #rio desd0m e a pai'ão tarde na noite. Ele #B$la esperar deliberadamente para ver !ual seria a sua rea"-ão.

Ela in"linou$se para a #rente "omo !ue para &he arrebatar a "arta, propor"ionando$lhe uma e'igente vista dos seus seios. Ele sorriu e re"uou.

 — +ensei !ue não abrisses a minha "orrespondBn"ia — riu$se ele. — +or #avor, *i"hard. &B o !ue ele di% — supli"ou ela. — E !ue de multa me pagas se eu o #i%er5 Ela olhou$o "autelosamente, insegura das

emo-;es dele. /esde a "on#ronta-ão por "ausa da parti"ipa-ão, !ue ela nun"a mais soube"omo iria ele reagir, e suas antigas d8vidas sobre se era ou não atraente reapare"eram.

 — ( !uB5 — perguntou ela, "ompondo$se na sua "adeira.Ele pensou por um momento. /epois sorriu. — Chega a!ui, e eu e'pli"o$te — persuadiu$a meigamente, agitando a "arta na

#rente dela.Ela levantou$se lentamente e deu a volta por tr)s da se"ret)ria. Assim !ue ela #i"ou

su#i"ientemente perto, *i"hard agarrou$a e pu'ou$a para o seu "olo. &u" #i"ou rígidaFdepois des"ontraiu$se, pondo um bra-o por tr)s do pes"o-o dele.

 — E 0 esta a minha multa5 — sussurrou ela.DD — 4ão — ele a"omodou$a para #i"ar mais "on#ortt)vel no seu "olo. — +re"iso de

um beijo.

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 — 6m beijo5 — ela a#astou$se para olhar para o rosto dele. /esde !ue a #rie%a entreambos "ome-ou, !ue ela não sabia se ele estava a brin"ar ou se estava a #alar a s0rio.

 — @u sabes "omo. En"ostas os teus l)bios abertos aos meus — disse ele "om umsorriso, pondo os bra-os em volta dela e pu'ando$a mais para ele. *espirou #undo,

apre"iandoo per#ume #res"o !ue #a%ia parte dela. — *e"eio não te "onhe"er su#i"ientemente bem para isso — protestou ela. As suas

 palavras, embora divididas, tinham uma ponta de verdade. — Então por!ue me dei'aste... — ele passou "om o nari% pelo pes"o-o dela e sussurrou$lhe ao ouvido. Ela "orou e tentou a#astar$se, mas ele

não dei'ou. — um beijo — sussurrou ele sedutoramente. &entamente, "omo se não tivesse a

"erte%a do !ue estava a #a%er, ela bai'ou a "abe-a e en"ostou os seus l)bios nos dele.

Algum tempo mais tarde, aps terem "omposto as roupas, *i"hard apanhou a "artado "hão onde a dei'ara "air. <uebrou o la"re da "arta e abriu$a.

 — Arabella tinha ra%ão. ( teu pai insistiu para !ue a #esta de noivado #osse #eita em&ondres. ?ai abrir a vossa "asa da "idade. Edward pergunta se podemos ir o mais depressa possível para ajudar. @em medo !ue o teu pai se esgote. — A#astou "om es#or-o da vo% araiva !ue sentia pelo pai dela. Como se atreveu a re"usar viajar para ir assistir ao "asamentoda #ilha e agora viajar at0 à "idade para ir simplesmente a uma #esta. Então, o"orreu$lheoutra ideia. (lhou para a sua esposa. Ela re"usara$se a ir a &ondres durante oito anos.

&u" surpreendeu$o. — <uando o +ai mete uma "oisa na "abe-a, ningu0m o #a%mudar de ideias. +odes dispensar$me5

 — /ispensar$te5 — perguntou "on#uso. — 4ão !ueres ir "omigo, pois não5 — perguntou ela, re"ordando$se da re"usa

in#le'ível dele em dei'ar a sua "asa durante o tempo su#i"iente para se "asar "om ela.DO*i"hard levantou$se e #oi at0 àjanela, olhando para #ora,mas não vendo a paisagem do /evonshire. — 4ão !uero !ue v)s so%inha — disse. Ela "onteve o 7#lego, esperando !ue ele lhe desse permissão para ir. Então,ele surpreendeu$a. — ?amos todos. — @odos5 — perguntou, não "ompreendendototalmente o !ue ele !ueria di%er "om a!uilo. Ela olhou em volta"omo se houvesse alguma "oisa na sala !ue lhe pudesse #orne"er uma pista sobre o

!ue ele dissera. — As "rian-as vão gostar de passear — voltou$se paraolhar para ela. 7 — er) !ue o teu pai vai ter espa-o para ns todos5 Aninha "asa na "idade est) #e"hada desde h) um ano, e dispensei os "riados. Mas se

 pre#erires #i"ar l), posso #alar "omo meu homem de neg"ios e pedir$&he para "ontratar novos"riados e abri$la. — As "rian-as tamb0m5 — perguntou, ainda espantada

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"om a #a"ilidade "om !ue ele "on"ordou. — (h, vamos levar Mrs. tanhope, Mr. Aver e a ama — assegurou$&he ele. — Mas vai haver alturas em !ue iremos dar passeios em

#amília. — +or!uB agora5 — perguntou ela, re"ordando$se !ue

de !ue se re"usara a sair do /evonshire h) )lguns meses atr)s.Ele tinha a elegKn"ia de pare"er des"on#ort)vel. ?oltou$se e olhou outra ve%

 pelajanela, as suas "ostas estavam rígidas e direitas. A "ulpa !ue ele sentia em &he ter re"usado o

"asamento !ue ela !uisera, destro-ava$o. — As "oisas mudaram — disse ele bai'inho, esperando!ue ela não "ontinuasse a #a%er$lhe perguntas. — <ue "oisas5 — perguntou, determinada a obter umaresposta dele.Ele voltou$se e olhou #uriosamente para ela. Ela re"uou um passo. Ele re"uperou novamente o "ontrolo de si prprio. 4ada !ue te diga respeito

 — disse ele bai'inho, esperando ter ra%ão. Ele viu$a va"ilar "omo se tivesse sido atingida O 2)rbara Allister 

e amaldi-oou$se silen"iosamente. abendo !ue tinha destruído a disposi-ão brin"alhona !ue tanto ajudara a suavi%ar os ressentimentos dela, "aminhou na sua dire"-ão,#alando dos sítios !ue podiam mostrar às "rian-as. @udo o !ue ele di%ia simplesmente aen#ure"ia mais.

@al "omo #i%era tantas ve%es desde !ue "ome-ara o "omportamento irra"ional dele,ela #i"ou "alada. Embora a ideia do regresso a &ondres a assustasse, ela sabia !ue não tinhaoutra es"olha. Tla #aria tudo para ajudar o irmão a en"ontrar a #eli"idade !ue mere"ia.

:inalmente, ele #i"ou silen"ioso. Ela olhou$o #i'amente, desejando tal "omo o #i%eratantas ve%es nas 8ltimas semanas em !ue o passou a "ompreender melhor. :i"andoimpa"iente ao #im de um "erto tempo de silBn"io entre ambos, ela sugeriu

 — Es"reve a Edward. /i%$lhe !ue vamos #i"ar "om o +ai e "om ele. e de"idirmos!ue não h) espa-o su#i"iente, podemos tomar outras providBn"ias em &ondres. <uando!ueres !ue estejamos prontos5 — a vo% dela era "alma e bai'a, não revelando nem a dor nem a "on#usão !ue sentia. +or!ue iria ele at0 &ondres por "ausa do seu irmão e não #oi at0à "asa dela para o "asamento deles5 ( antigo sentimento de menospre%o "ome-ou aapoderar$se dela.

*i"hard #e"hou os olhos por um momento, agrade"ido por ela pare"er ter a"eitado asitua-ão sem #a%er uma "ena. *espirou #undo.

 — Edward di% !ue Arabella j) se en"ontra na "idade. — Ela #oi passar l) a aison — disse &u" bai'inho.*i"hard "ontinuou — ( teu pai ten"iona "hegar a &ondres no #im da pr'ima

semana. <ueres "hegar ao mesmo tempo ou antes deles5 — Antes, se pudermos. — olhou para "ima, "om o rosto s0rio, determinada a não o

dei'ar per"eber o !uanto a de"isão dele a destro-ara. — 4ão pre"isas de me a"ompanhar se #or um in"modo para ti, *i"hard — disse ela

 bai'inho. — Eu "ompreendo. — depois da tensão das 8ltimas semanas, ela iria gostar de

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O1#i"ar um tempo longe dele, admitiu para si prpria. Mas ao mesmo tempo a ideia de

#i"ar separada dele, #B$la sentir$se subitamente va%ia. Ela não iria admitir por nada destemundo !ue desejava !ue ele a apoiasse durante o seu regresso a &ondres.

 — <uanto tempo pensas !ue devemos #i"ar5 — perguntou, ignorando o 8ltimo

"oment)rio dela. — 4ão muito tempo. Em !ue data disse Edward !ue a #esta se ia reali%ar5 — 

*i"hard olhou novamente para a "arta e depois en"olheu os ombros. /eu$lhe a "arta. &u"leu$a pidamente e olhou para "ima aborre"ida.

 — =omens. A"ho !ue ele ainda não #i'ou uma data. +odes dispensar um mo-o deestrebaria5 — perguntou ela, #ran%indo a testa.

 — 6m mo-o de estreebaria5 +ara !uB5

 — Algu0m tem de levar uma mensagem ao meu pai. @emos !ue #i'ar imediatamente uma data, antes !ue as pessoas "ome"em a ir$se embora de &ondres. E ele pre"isa de enviar #ruta e legumes #res"os e outros produtos para a "idade. +or !ue ra%ãohavemos de "omprar produtos mur"hos ou estragados !uando a !uinta do meu pai pode#orne"er as "oisas de !ue pre"isamos5 — ela #e% uma pausa por momentos.

 — @alve% os "riados devessem ir à #rente para arranjar a mesa. 6m mensageiro a"avalo

 levar$lhe$ia as minhas sugest;es muito mais depressa do !ue o "orreio — olhounovamente para a "arta de Edwad. /epois poisou$a na se"ret)ria

 — uponho !ue ele pensa !ue uma #esta se prepara so%inha, ou ser) !ue pensou !ueArabella iria #a%er os preparativos5 =omens7 — não esperando pela resposta dele e aindaresmungando bai'inho, &u" saiu apressadamente da sala.

*i"hard viu$a sair, esperando !ue a de"isão !ue tomara de a"ompanh)$la a &ondres#osse a mais a"ertada. Certamente !ue se os in"identes "omo os !ue a"onte"eram antes aoin"Bndio tivessem de a"onte"er outra ve%, j) teriam a"onte"ido. +reo"upado, saiu does"ritrio "omo &u" e

 dirigiu$se para a sala de estudo para se assegurar de !ue os seus #ilhos estavam emseguran-a.

OG 2arbara Allisrer En!uanto #a%iam os preparativos para a viagem para&ondres, *i"hard e &u" tinham !ue se es#or-ar bastante para manterem o entusiasmo das "rian-as sobre "ontrolo.@anto *obert "omo /avid #i%eram listas "om as atra"-;es !ue desejavam ver. Caroline limitou$se a ouvir de olhosarregalados as alegrias !ue eles lhe prometiam. Mesmo !ue passassem meses em &ondres, *i"hard e &u" sabiam !uenun"a teriam tempo para levar as "rian-as a todos os sítios !ue elas !ueriam. — +odemos ir passear at0 Astle — prometeu *i"hardna tarde anterior à ida — e talve% possamos ir ao 3ardimPoolgi"o. ?o"Bs tBm !ue guardar !ual!uer "oisa para #a%er noutros passeios.Embora as "rian-as #i%essem uma "ara aborre"ida, hesitaram, talve% "ompreendendo

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!ue, se protestassem demasiadamente, poderiam perder todos os privil0gios. A pre"eptorae o pro#essor deles lembravam$&hes "onstantemente !ue eleseram umas "rian-as "om sorte. Muitos pais não os teriamlevado.+ara espanto de &u", partiram !uase à hora "ombinada

( sol estava a espreitar por tr)s das "olinas !uando saiu a"omitiva de *i"hard e &u". 2ett e o "riado pessoal de*i"hard tinham partido duas horas mais "edo "om grande parte da bagagem deles. (s rapa%es, a pre"eptora de Caroline e o pro#essor deles

iam numa "arruagem a apenasalguns minutos à #rente. +ara aborre"imento do seu "o"heiro, *i"hard de"idira ir 

logo atr)s da "arruagem das "rian-as,ignorando a poeira !ue inevitavelmente se levantaria.*e"ordando$se das amea-as !ue re"ebera antes do in"Bndio,

ele estava determinado a proteger a sua prole. e eles#osem à sua #rente, ele poderia mantB$los sobre uma m)vigilKn"ia.Caroline, a "ompanheira de *i"hard e de &u" no iní"ioda viagem, estava tão e'"itada !ue saltitava no seu lugar a altura de partir. &u" tamb0m sentia o seu "ora-ãotão depressa !ue mal "onseguia re"uperar o #lego. Elariu para a enteada e para o marido, es"ondendo o medoOH

<ue amea-ava apoderar$se dela, um medo !ue ela não sentira na 8ltima viagem !ue#e% para &ondres. *e"ordando$se dos sorrisos "ru0is e mali"iosos das pessoas, sempre !uealgu0m não "orrespondia às e'pe"tativas da alta so"iedade, ela perguntava$se por!ue tinha"on"ordado em regressar. entiu arrepio per"orrer$lhe a espinha.

Embora *i"hard tivesse "uidadosamente organi%ado a viagem, #a%endo mais paragens do !ue a!uelas !ue teria #eito se #osse so%inho, ainda assim a viagem #oi di#í"il para &u". Apesar da "arruagem de *i"hard ser muito bem "onstruída não #oraespe"ialmente "onstruída para !uem "ada solavan"o provo"ava des"on#orto. Ela des"ia penosamente da "arruagem sempre !ue paravam e "aminhava lentamente pelo p)tio daestalagem. /urante o primeiro dia, *i"hard prati"amente teve !ue a #or-ar a entrar naestalagem e no !uarto para des"ansar por!ue ela tinha medo de estar a atrasar o ritmo daviagem.

Ao ver a palide% surgir no rosto dela en!uanto mantinha Caroline o"upada, *i"hardtomou uma de"isão. 4ão me importava o !ue tivessem dito às "rian-as, &u" não pre"isavada "ompanhia delas. <uando ele lhes deu a "onhe"er a sua de"isão na pr'ima paragem,todos #i"aram des"ontentes.

 — N a minha ve%, +ap). @u prometeste — dis"utiu *obert, endireitando os ombros.Aps ter brin"ado e lutado "om o seu irmão durante v)rias horas, estava pronto para mudar de ambiente. E o #a"to de tamb0m ter o pro#essor e a pre"eptora na sua "arruagem tinha$lheseriamente di#i"ultado as suas a"tividades.

 — /ei'a$o ir "onnos"o — de#endeu &u". *i"hard ignorou a ambos. +erguntando$se a si prpria se ele tinha de"idido !ue ela não era uma mãe "ompetente para os seus

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#ilhos, &u" teve vontade de "horar. (lhou para ele, !uerendo protestar. /epois per"ebendo pela e'pressão do seu rosto !uenão iria mudar de ideias, &u" voltou a subir para a"arruagem, a sua alma doía$lhe tanto "omo as suas "ostas e as pernas. Ela esperara manter os seus medos a#astados jogando jogos "om *obert tal "omo #i%era "om Caroline. <uando

OI

a porta se #e"hou por tr)s de *i"hard, sentou$se ao lado dela, pondo$&he o bra-o à sua volta para lhe amorte"er os solavan"os en!uanto"ontinuavam a viagem. Contudo, o seu bra-o

não era su#i"iente para a#astar as d8vidas dela.<uanto mais se apro'imavam de &ondres, mais as d8vidas de &u" sobre a sua

"apa"idade de #un"ionar em so"iedade aumentavam. +ara al0m de lhe #orne"er umahiptese

de es"apar à sua #amília, o "asamento "om *i"hard prometera$lhe tamb0m umaresidBn"ia permanente na provín"ia.

 — Como #oi !ue eu "on"ordei "om isto5 — sussurrou &u" !uando a "arruagem deles entrava ruidosamente em &ondres.

 — ( !uB5 — disse *i"hard, !ue tinha vindo a dormitar,sentando$se direito.L — Cheg)mos — disse ele, sorrindo abertamente. Espregui-ou$se. /epois olhou

 para a esposa, vendo a sua palide%. — @ens de ir imediatamente para o teu !uartto. +ede a2ett !ue te ajude a deitar — disse "om #irme%a. Abra-ando$a rapidamente. — Esta viagem #atigou$te mais do !ue a!uilo !ue eu

 pensei. <uando regressarmos a "asa #aremos menos !uilmetros por dia. — 4ão. — &u" respirou #undo e depois tentou suavi%ar o seu tom de vo%. — e passarmos mais noites no "aminho,mais e'austa eu #i"arei. <uanto mais r)pida #or a viagem,melhor ser). — /epois se vB — disse ele "almamente. Ele observouen!uanto ela punha o seu tou"ado e "omps um "ara"ol paratr)s da orelha. Ele a"ari"iou$lhe a #a"e. Ela manteve os olhosnas suas mãos, interrogando$se "omo #oi possível ter a"hado!ue estava preparada para esta prova-ão. — @enta não te esgotares — a"res"entou ele, preo"upando$se "om a resistBn"ia dela. ( pou"o tempo !ue tinhade "asados, ensinara$o !ue ela se re"usava a ser papari"adamesmo !uando estava a so#rer.As palavras dele atravessaram$na "omo agulhas de#ogo. Ela perguntou$se se *i"hard teria tantas d8vidas "omoOJela tinha sobre o seu regresso a &ondres. Ela a#astou "om de"isão a!ueles

 pensamentos da sua mente. *e"ordando$se a si prpria de !ue garantir a #eli"idade do seuirmão devia ser a sua primeira preo"upa-ão, &u" sorriu e a"enou.

 — ( +ai vai adorar as "rian-as — disse ela alegremente. Então, a m)s"ara "aiu$lhe

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um pou"o. — Ele nun"a pensou !ue eu lhe desse netos.&embrando$se da dor !ue sentia em saber !ue nun"a poderia ter #ilhos, &u" não

"onseguiu manter o sorriso. 6ma l)grima desli%ou$lhe pela #a"e. — 2em, espero !ue esteja preparado para os me... os nossos — o desli%e de *i"hard

#oi "omo um punhal !ue se espetou no "ora-ão de &u". — Aps, v)rios dias #e"hados "om

a "arruagem a dis"utirem uns "om os outros, eles pre"isam de novas vistas para e'plorarem — disse *i"hard "om a vo% mais alegre !ue "onseguiu ter. @entou limpar as l)grimas dela"om o seu len-o, mas &u" virou a "abe-a. Ele voltouse a sentar, o seu rosto estavadesolado. Ele esperara !ue o isolamento #or-ado da viagem lhes tivesse dado umaoportunidade para retomanem a ami%ade espontKnea !ue tinham partilhado durante as primeiras semanas do seu "asamento. Em ve% disso, eles pare"iam estar mais a#astados umdo outro.

<uando "hegaram por #im à "asa do pai dela em >rovesnor !uare, &u" sorriado"em0nte. /ei'ou !ue o marido a ajudasse a des"er da "arruagem e depois sorriusurpreendida. Correu para o pai "omo se nada a tivesse perturbado. (s l)bios de *i"hardad!uiriram uma e'pressão dura, ao ver !ue o "o'ear dela era mais pronun"iado.

*i"hard obrigou$se a ser edu"ado, "umprimentando o pai de &u" "om um sorriso!ue nun"a "hegou aos seus olhos. :oi Edward !ue o #e% mani#estar uma sauda-ão maisa"olhedora.

 — /epressa me vais imitar subindo ao altar S disse *i"hard, dando palmadas nas"ostas do amigo.

Edward re"uou. — +ara mim não 0 su#i"ientemente depressa — disse "om um sorriso. E'aminou o

"avalheiro !ue se en"ontrava àOsua #rente. Embora o houvesse visto h) menos de dois anos, *i"hard pare"ia ter 

envelhe"ido "in"o anos.

 — Est)s a #i"ar impa"iente, Edward5 — disse &u" sorrindo en!uanto atravessava o!uarto para lhe dar um abra-o. @al "omo tinha e'aminado *i"hard, tamb0m estava agora aobservar "uidadosamente a sua irmã, não estando totalmente #eli% "om a!uilo !ue estava aver.

 — Como #oi a viagem5 — perguntou o pai en!uanto se apro'imava dela para lhe poder dar a mão.

 — :oi longa — disse ela bai'inho. /epois mudou rapidamente de assunto. — 4ãoesperava

 en"ontr)$lo tão "edo. — orriu alegremente para o pai, determinada a !ue nem o pai nem o irmão

 per"ebessem os seus medos. — ( +ai de"idiu !ue devia estar a!ui para te re"eber. E a!ui estamos ns — disse o

irmão "om um sorriso. — (nde estão essas "rian-as sobre !uem nos tens es"rito5 — 6m pe!ueno "ontratempo "om um ria"ho e dois rapa%es, #i%eram "om !ue se

atrasassem $ disse$lhes *i"hard. Ele e Edward tro"aram um sorriso ao lembrarem$se de alguns

dos sarilhos em !ue se tinham metido. :eli%mente !uando se deu o "ontratempo, elesestavam su#i"ientemente perto de &ondres para !ue ele não se preo"upasse "om a

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 possibilidade de perigo. — ?amos esperar no salão — sugeriu Mr. Meredith.:ran%iu a testa para o #ilho e para o genro "omo se esperasse !ue eles protestassem.

 4enhum deles o #e%, embora *i"hard !uisesse di%er para &u" ir imediatamente para o seu!uarto. A #orma "omo ela sorria para o pai, seguindo a sua "adeira de rodas para dentro da

grande sala onde "repitavam as "hamas de uma lareira, mesmo estando o tempo !uente,disse a *i"hard !ue ela não iria des"ansar sem protestar.<uando se sentaram e lhes #oi servido um tabuleiro "om "h), ouviram os sons

habituais da "hegada de mais pessoas, eram as "rian-as !ue tinham entrado no vestíbulo. — 4ão !uero subir agora. <uero #alar "om o meu pai — disse /avid %angado.*i"hard "orreu para a porta. <uando a abriu e entrouOL para o vestíbulo, viu o seu #ilho ser seguro por um "riado alto, o seu pro#essor vinha

atr)s. — /ei'e as "rian-as virem "onhe"er o tio e o avdisse ele "laramente, obrigando$se

a manter pelo menos uma "alma aparente. <uando #i"ou su#i"ientemente perto para ser ouvido sem ser ne"ess)rio gritar, disse entre dentes — &argue o meu #ilho. — o "riadolargou$o e re"uou, "om o "ora-ão a bater rapidamente.

<uando o homem desapare"eu de vista, *i"hard voltou$se para o pro#essor. — ( !ue #oi !ue se passou5 — os seus olhos "ravaram$se no jovem.

 — 4ada. Apenas um mal entendido — disse Mr. Aver "om um gaguejar !ue ele julgava ter perdido para sempre. A "erte%a de !ue poderi) perder o seu emprego por "ausadeste in"idente era evidente no seu rosto.

 — +ap) — disse /avid, direito "om as "ostas rígidas. 4ão !uero #i"ar a!ui. — alonga viagem #i%era desapare"er toda a bondade !ue sentira por &u" e dera$lhe tempo paramatutar sobre o passado.

 — E onde ten"ionas #i"ar5 — perguntou o pai, interrogando$se sobre !ual teria sidoa ideia !ue se tinha metido desta ve% na "abe-a do seu #ilho mais velho.

 — Em "asa dos pais da Manã, dos meus verdadeiros avs — disse o rapa%inho, "omo !uei'o espetado de #orma teimosa "omo se desa#iasse o pai a "ontrari)$lo.

@anto *obert "omo Caroline #oram espe"tadores interessados na "ena. EntãoCaroline "ome-ou a saltitar e a pu'ar pela perna do pai. Ele manteve o olhar no #ilho mas bai'ou$se para ouvir o !ue ela &he !ueria di%er. <uando se levantou outra ve%, o seu rostotinha uma e'pressão "ontrita.

 — Mrs. tanhope toma "onta do problema — disse, e'pli"ando bai'inho asne"essidades urgentes !ue a #ilha tinha de #a%er. <uando a pre"eptora e a ama a levaram,ele voltou$se para os rapa%es.

 — ?o"Bs sabem !ue eles estão no UorVshire. ( vosso av tem estado muito doente. — ( rapa% abanou a "abe-a.

OD*obert perguntou — Então, não nos podem levar a passear, pois não5/avid disse !ue eles nos iam levar a ver o +u##ing 2ill disse apressadamente. — (

+ap) disse !ue ia estar demasiado o"upado para nos levar a todos os sítios. — Ah, então #oi por "ausa disso5 — disse *i"hard, "ontente por des"obrir !ue o

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"omportamento deles se devia auma ra%ão tão vulgar. — Mesmo !ue o Av esteja doente, eu !uero ir visit)$lo,não !uero #i"ar a!ui — disse /avid, olhando #urioso para oirmão.

( +ai olhou #i'amente para ambos "om os olhos "in%entos #rios. — ?o"Bs #i"amonde eu #i"ar — disse ele numavo% bai'a mas #irme. (lhou para "ima e viu !ue o pro#essor ainda se en"ontrava ali perto. orriu para o homem, per"ebendo o !ue se devia ter 

 passado. — @enho a "erte%a de !ue gostaria de ter um tempo parasi, Mr. Aver. @alve% a!uelejovem alto o possa "ondu%ir aosseus aposentos e depois servir$lhe o "h). (s rapa%es podem#i"ar "omigo por um tempo — os "riados !ue tinham andadoa rondar por ali "ondu%iram rapidamente o pro#essor. — <uando a minha #ilha voltar, "ondu%am$na ao salão — gritou$lhes.&u", !ue #i"ara preo"upada por *i"hard não ter regressado "om as "rian-as e o

seguira at0 ao vestíbulo, não dissenada. <uando ele "ompreendeu !ue ela devia ter ouvidotudo, o rosto p)lido e os olhos magoados dela #i%eram "om!ue *i"hard "omprimisse os l)bios. At0 /avid bai'ou a"abe-a. &u" endireitou os ombros e ps um sorriso norosto, interrogando$se sobre o !ue #oi !ue a levara a pensar !ue seria bem su"edida "omo esposa e mãe. Ela não se deviater "asado.

 — Espero !ue se "omportem muito bem — disse *i"hard aos rapa%es en!uantoabria a porta para &u" tornar a

entrar no salão. Eles a"enaram silen"iosamente. Ainda #ran%indo a testa, ele tornou aentrar outra ve% para dentro do

salão. A e'pressão dos olhos de &u" magoou$o. Ele viu$aOO

#a%er um sorriso #eli% para a sua #amília e desejou poder apert)$la nos seus bra-os,di%er$lhe para não #a%er "aso dos "oment)rios de /avid.

Aps a e'plosão ini"ial no vestíb8lo, /avid e os outros #i"aram sob "ontrolo.A"abaram o seu "h) e intrigados "om a "adeira de rodas, dei'aram os limites seguros do paie de &u" para se apro'imarem de Mr. Meredith, !ue estava h)j) gum tempo a tentar despertar a aten-ão deles. Caroline #e% a pergunta sobre a !ual todos eles se tnham estado ainterrogar.

 — +or!ue tem rodas a sua "adeira5*i"hard sentou$se direito. — Caroline, não deves #a%er perguntas indis"retas — 

disse ele "om uma e'pressão aborre"ida. — <ue disparate, meu rapa%. Como vai ela aprender se não perguntar — diss0 Mr.

Meredith. Ele sorriu para a rapariguinha e depois olhou de relan"e para o sítio onde a sua#ilha estava sentada ao lado do homem "om !uem se "asara. :ran%iu a testa !uando &u" se

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a#astou um pou"o mais do marido. — +or!ue tem rodas5 — sussurrou Caroline, apro'imando$se mais dele e dando

 palmadas na "adeira. (lhou para o pai para ver se ele a ia repreender novamente. *i"hardapenas disse !ue não "om a "abe-a.

 — 4ão posso andar.

 — 4un"a5 — !uis saber *obert, de olhos muito abertos. ps$se ao lado da irmã. — +ou"o. A minha "adeira permite$me deslo"ar$me por s!ui. N "laro, !ue pre"isode um jovem #orte para me ajudar empurr)$la — disse Mr. Meredith sorrindo para eles.(lhou para /avid e pis"ou$&he o olho. ( rapa% deu um passo na sua dire"-ão, intrigado, edepois re"ordou$se da sua raiva. @ornou$se a sentar. A sua bo"a #i"ou "om a mesmae'pressão !ue a bo"a do seu pai tivera ainda h) pou"o tempo atr)s.

 — +odemos empurr)$la5 — perguntou *obert. Caroline a"enou. — A"ho !ue são pre"isos vo"Bs os trBs — disse o pai de &u". — /avid !ueres

ajudar51 — Anda l), /avid — supli"ou *obert. — +or #avor, vem ajudar — disse a irmã, "orrendo para ao p0 dele e pu'ando$lhe

 pelo "asa"o. /avid "ontor"eu$se, a#astando$se dela, mas levantou$se. *elutantemente, "omose estivesse a ser pu'ado por um #io invisível, "aminhou em

dire"-ão à parte de tr)s da "adeira. — @em "uidado — supli"ou *i"hard, tendo vis;es dos seus #ilhos a atirar o pai de

&u" da "adeira para o "hão.3) mais des"ontraída do !ue estivera durante todo o dia, &u" disse — A"ho !ue o vestíbulo pode ser um bom sítio para esta e'periBn"ia. Edward, se

não te importas5 — ela a#astou$se, esperando !ue o irmão empurrasse o pai para ovestíbulo.

6ns minutos mais tarde, eles observavam as "rian-as en!uanto elas empurravamMr. Meredith de um lado para o outro do vesttíbulo, primeiro "uidadosamente e depoismais vigorosamente.

 — Eles estão mesmo a divertir$se — disse Edward. 9sto pode mantB$los o"upados aeles e ao pai durante horas.

 — A menos !ue o atirem para o "hão — disse *i"hard, observando as trBs "rian-as"om olhos preo"upados.

 — /uvido !ue isso a"onte-a. (s primos de Arabella, os mais velhos, h) anos !ueandam a tentar #a%er isso. /e algum modo ele "onsegue aguentar$se — disse &u", sorrindoindulgentemente. +ara al0m do sorriso de boas$vindas !ue deu ao pai e ao irmão, este #oi o8ni"o verdadeiro sorriso !ue *i"hard viu no seu rosto na!uele dia.

 — A propsito, Edward, pensei !ue estivesses "om Arabella. +or!ue est)s em "asa5 4ão te aborre"este j) "om ela5 — Ela não olhou para o marido, re"eando !ue ele"on"ordasse !ue o "asamento poderia ser aborre"ido. — 4un"a7 Algumas das tias e dos primos dela "ombinaram ir visit)$la esta tarde.

 — :oste esperto em não teres ido — disse *i"hardF dando uma palmada nas "ostasdo "unhado.

 — Covarde. — A irmã #e%$lhe uma "areta.11

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 — ?ou ter "om ela mais tarde para a levar a um baile. @emos "onvites para vo"Bs — disse Edward.

 — 6m baile5 — &u" #i"ou novamente p)lida. @entou di%er mais !ual!uer "oisa,mas não saiu nenhum som.

Casualmente, "omo se não tivesse per"ebido a sua rea"-ão, Edward a"res"entou

 — N "laro, !ue aps a viagem !ue #i%eram vo"Bs podem não !uerer sair esta noite.Arabella di% !ue nesse "aso, os vB amanhã de manhã. A"ho !ue ela ten"iona ir "ontigo às"ompras. *i"hard, esta saída pode #i"ar$te "ara.

@alve% eu deva ir para #is"ali%ar. @enho ideias "on"retas sobre o !ue gosto !ue aminha esposa vista — disse *i"hard "om um sorriso mali"ioso.

A esposa "orou. Ele elogiara$lhe mais do !ue uma ve% as roupas !ue ela vestia Masa"res"entara sempre !ue ela #i"ava melhor sem nada vestido. Ela olhou de relan"e para"ima atrav0s das suas longas pestanas e depois bai'ou$as rapidamente. A re"orda-ão da pai'ão !ue ela viu no rosto dele, #B$la sentir uma sensa-ão de "alor por todo o "orpo, pondoas suas d8vidas de lado.

 — 2em, vo"Bs vão "omigo ao baile esta noite5 — perguntou o irmão, olhando paraum e para outro. Apesar de não ter #i"ado "ontente "om a #orma "omo eles se tinhamtratado antes, a re"ente tro"a de olhares deles sossegara$o.

 — 4ão. — A palavra saiu da bo"a de ambos. (lharam um para o outro e depoisdesviaram rapidamente o olhar.

 — A viagem #oi des"on#ort)vel para &u" — disse *i"hard, !uerendo apenas vB$laem seguran-a na "ama, "ama essa !ue ele ten"ionava partilhar.

 — E eu não tenho nada para vestir — a"res"entou &u", a sua inseguran-a #e% "om!ue ela se interrogasse sobre se o marido estava a pensar no "on#orto dela ou se estava "omvergonha de mostrar publi"amente a esposa !ue es"olhera. +rovavelmente, a segundahiptese, pensou ela amargamente. @al "omo /avid, ele provavelmente estaria a lamentar não poder ir para longe, para longe de algu0m !ue o traíra.

*i"hard observou as emo-;es mani#estarem$se no rosto dela e suspirou.

Capítulo L

Apesar de ter dormido numa "ama estranha, &u" en"ontrava$se deitada, !uandoArabella "hegou na manhã seguinte. ?estindo um vestido de musselina amarela !ueArabella insistiu para !ue ela "omprasse antes do "asamento, olhou$se #i'amente noespelho, esperando !ue o seu vestido não estivesse muito #ora de moda. <uando Arabellaentrou uns momentos mais tarde, &u" sentiu as esperan-as desanim)$la

 — +ara al0m de saloia, uma aberra-ão — resmungou para si prpria. — ( !uB5 — perguntou a aniga, dando$lhe um beijo na #a"e. — 4ada importante. — &u" retribuiu o beijo. — ?ejo !ue deve ser muito bom dar 

a "onhe"er ao mundo !ue tens um noivo. — Ela re"uou e e'aminou a amiga. — Estes adornos são todos para sedu%ir Edward5 — perguntou, levantando uma

sobran"elha. — <ue disparate. Eu visto$me para agradar a mim prpria — disse Arabella

arrogantemente e depois estragou tudo desatando$se a rir. &u" riu$se tamb0m. <uando#i"aram novamente "almas, Arabella #e% uma "areta.

 — uponho !ue me visto "om ele no pensamento — admitiu. — N "laro !ue aMamã tamb0m #a% "ertas e'igBn"ias. E *i"hard5

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( rosto de &u" #i"ou g0lido. — ( !ue tem ele5 — @amb0m #a% "oment)rios sobre as tuas roupas, di%$te o !ue gosta ou o !ue não

gosta51I

*e"ordando$se dos "oment)rios sobre gostar de a ver o menos vestida possível,&u" "orou. Arabella riu$se. — Estou a ver !ue #a%. Como 0 ser "asada5 Eu mal posso esperar.&u" #i"ou uma ve% mais g0lida. :eli%mente, a porta abriu$se na!uela altura, e

*i"hard entrou. — *i"hard, lembraste da minha amiga Arabella — disse &u" rapidamente. — ?eio bus"ar$me para irmos às "ompras.*i"hard "umprimentou a "onvidada dela e ao mesmo tempo tentou "al"ular !ual

seria a disposi-ão da sua esposa na!uela manhã. Embora tivessem partilhado a mesma"ama, pela primeira ve% desde !ue #i%eram amor !ue ela não "orrespondeu às suas "arí"ias,nem se!uer o dei'ou massajiar as pernas e as "ostas para &he aliviar a dor.

 — Compra o !ue !uiseres — disse ele agradavelmente. — +ede para me enviarem as "ontas.&embrando$se da "on#ort)vel mesada !ue ele "on"ordara em dar$lhe, &u" abanou a

"abe-a. — 4ão 0 pre"iso. Eu pago$as "om o dinheiro da minha mesada.(s olhos dele #i"aram es"uros, revelando o seu des"ontentamento. Ela esperou !ue

ele e'plodisse, mas isso nun"a "hegou a a"onte"er. — Manda$me as "ontas — disse novamente, desta ve% entredentes. &u" não disse

nada.Como se pressentisse !ue a situa-ão era mais vol)til do !ue "on#ort)vel, Arabella

 bateu palmas e sorriu. — <ue generoso. Espero !ue Edward seja tão generoso "omo tu. &u", j)

 per"ebeste a sorte !ue tens5 — A amiga olhou ine'pressivamente para Arabella. — +odes"omprar tudo o !ue !uiseres.

 — @udo o !ue seja ra%o)vel — disse *i"hard "om um sorriso #also.

 — En!uanto estiveres nas "ompras, eu vou levar as "rian-as ao jardim %oolgi"o se0 !ue não #e"hou desde !ue eu estive #ora. 3) l) #oste5 — perguntou a Arabella.

1J — :ui uma ve%. @ive pena dos animais na!uelas jaulas pe!uenas — disse Arabella.

(s seus olhos #i"aram tristes ao re"ordar "omo os animais se en"ontravam ali deitados,apertados.

 — Mas eu !ueria ir "om... — "ome-ou &u" a di%er antes da sua vo% se silen"iar. 4em Arabella nem *i"hard estavam a ouvir o !ue ela estava a di%er. entindo$se "omo se#osse uma sombra na parede, &u" teve vontade de gritar, para !ue lhe prestassem aten-ão.<uando os outros dois a"abaram de #alar, &u" sorriu "orajosamente.

 — /i% às "rian-as !ue as vejo mais tarde. <ue tomo "h) "om elas. — (h7 — Arabella tapou a bo"a "om a mão, os seus olhos estavam muito abertos

"omo !ue surpreendidos. — Es!ue"i$me de te di%er !ue a minha mãe insistiu para !ue #osses tomar "h)

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"onnos"o hoje. uponho !ue posso di%er$lhe !ue tu j) tens outros programas. — ( seu tomnão dei'ou d8vidas a ningu0m sobre o !ue Arabella pensava da!uele programa.

 — ?ai tomar "h) "om os teus amigos — disse *i"hard "om #irme%a. — <uando nos vestirmos para a pe-a de logo à noite, subimos para vermos as

"rian-as.

 — <ue pe-a5 — perguntou &u". — ( teu irmão organi%ou uma saída em #amíliaF Arabella e os pais vão partilhar um"amarote "onnos"o esta noite. Eu garanti$lhe !ue tu irias #i"ar en"antada por parti"ipares — disse *i"hard, omitindo o #a"to dele ter protestado em sair en!uanto &u" não tivesse tidooportunidade para se re"ompor da viagem. :inalmente, Edward "onven"era$o de !ue eraimportante !ue as duas #amílias #ossem vistas juntas, unidas, apoiando o "asamento.Embora o noivado o#i"ial não tivesse sido anun"iado, as pessoasj) tinham "ome-ado aespe"ular sobre a segunda es"olha de Arabella. *e"onhe"endo as inseguran-as de Edward por serem tão pare"idas "om as suas, *i"hard "on"ordou. Esperou !ue a sua de"isão não provo"asse mais uma dis"ussão entre ambos.

 4o momento em !ue soube do programa, &u" !uis re"usar$se a ir. /epois suspirou,#orjando um sorriso — um sorriso !ue não enganou ningu0m, e disse

 — N "laro, !ue iremos. Espero en"ontrar !ual!uer "oisa para vestir. As minhasroupas não são, em absoluto, o 8ltimo grito da moda.

 — ?em "omigo à minha "ostureira. Ela deve ter !ual!uer "oisa. (u talve% te possa#a%er algo — disse Arabella. Ela olhou$se ao espelho, para veri#i"ar se o la-o da sua tou"aainda estava aprumado e #ar#alhudo.

 — 4um s dia5 — disse &u". — Arabella, eu posso ter vivido grande parte daminha vida na provín"ia, mas at0 eu sei !ue #a%er um vestido leva tempo.

*i"hard levou$as at0 à "arruagem.

 — Compra o !ue te agradar — disse ele à esposa. Ele #i"ou a vB$las partir. /epois bai'ou os ombros. ?oltou$se e entrou para dentro de "asa, sentindo$se "omo se tivesse a"a bado de ser abandonado.

=oras mais tarde, en!uanto "aminhavam por entre a multidão, nos "orredores doteatro durante o intervalo, a!uele sentimento de abandono ainda persistia. e ele o pudesse#a%er, teria pegado na esposa e levado para "asa onde podiam #i"ar a ss. Em ve% disso,"umprimentou um "onhe"ido atr)s de outro, sorrindo agradavelmente e perguntando pelassuas #amílias.

&u" tamb0m parava "om #re!uBn"ia para tro"ar "umprimentos "om antigos"onhe"idos. @al "omo Arabella prometera, ela en"ontrou um vestido !ue lhe deu "oragem para sorrir e #alar "om naturalidade. <uando a modista lhe mostrou um bonito vestido "or de pBssego "om renda dourada, #oi apenas ne"ess)rio #a%er a bainha e algumas altera-;es para lhe servir na per#ei-ão. A "or !uente era per#eita para #a%er "ontraste tanto "om ovestido de musselina bran"a bordada de Arabella "omo "om o "asa"o "astanho$"ho"olate!ue *i"hard vestia.

Ela tinha a"abado de se vestir pou"o tempo antes de ir à sala de estudo para ver as"rian-as !uando *i"hard entrou no

1L!uarto, tra%endo "onsigo uma "ai'a preta "omprida. ilen"iosamente, ele deu$lhe a

"ai'a. Ela levantou a tampa !uase

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"omo se tivesse medo de !ue "ontivesse algo terrível. 4o interior, poisado sobre oveludo bran"o do estojo estava um "olar 

"om uma p0rola e um diamante e um par de brin"os a "ondi%er.Ela olhou #isi"amente para eles "omo se estivesse hipnoti%ada. — e não gostares, o joalheiro disse !ue as tornava a

a"eitar — disse *i"hard tentando sem su"esso per"eber asas rea"-;es. — Esta #oi a primeira oportunidade !ue tive para te"omprar jias. — 4as "artas !ue ele lhe es"revera antes de se"asarem, *i"hard e'pli"ara !ue as jias da sua esposa nun"a#oram re"uperadas depois do in"Bndio. 7&u" per"orreu as pedras #rias "om os dedos. /epoisolhou para "ima, "om os olhos bem abertos. — +ara mim5 — perguntou ela o#egantemente. Ela tinhare"ebido jias dos seus pais noutro tempo, mas nada se "omparava "om isto. Ele

a"enou "om a "abe-a. Ela tirou depressa o"olar de p0rolas !ue usava. Ele abriu o #e"ho e "olo"ou a nova jia em volta do seu pes"o-o. /epois voltou$a para a poder ver. — <uis en"ontrar uma "oisa !ue #i"asse bem "om a tua pele — sussurrou ele, pu'ando$a lentamente para ele. Amão dela envolvia a l)grima "om a p0rola e o diamante !ue prendia no "entro do

"olar, e ela #oi para os seus bra-os. ( beijo !ue partilharam tornou$se pro#undo.Ele estava pronto para lhe pegar ao "olo e lev)$la para a"ama !uando a porta se abriu. — A!ui est) a sua "apa... oh — gaguejou 2ett, voltando$se e tapando "om as mãos

as bo"he"has !ue !ueimavamde tão vermelhas !ue estavam. /esli%ou para o "orredor. — +ensei !ue te tinha dito para #alares "om ela para nãoentrar no teu !uarto sem autori%a-ão — disse asperamente*i"hard en!uanto re"uava.

 — Eu #alei. Mas tu não estavas a!ui !uando lhe pedi

 para ir passar a "apa a #erro. Es!ue"i$me simplesmente de!ue ela ia voltar — disse a esposa en!uanto tentava abrandar o bater do seu "ora-ão. Ela suspirou de arrependimento.1D — Es!ue"este$te, — sorriu ele. — e não nos despa"hamos, não poderemos ir ver 

as "rian-as.Agora !ue estavam no meio da multidão, *i"hard desejou !ue tivessem "onseguido

es!ue"er a pe-a teatral. 4em os a"tores nem o enredo eram e'traordin)rios. E tinham sidoassediados por pessoas "onhe"idas. (lhou para "ima, tentando en"ontrar &u", !ue dera o bra-o a Edward. <uando a tornou a en"ontrar, os seus olhos estreitaram$se. 6m homem altode "abelo preto, mais ou menos da idade de &u" olhava para ela #i'amente "omo se tivessea"abado de ver um #antasma. &u", !ue estava a #alar "om uma senhora mais velha, pare"ianão ter notado.

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Abrindo "aminho para ir ter "om Edward, *i"hard apro'imou$se e perguntou%angado

 — <uem 0 a!uele homem5 — a sua vo% era tão bai'a !ue nem Arabella nem &u"o "onseguiam ouvir.

Edward olhou em volta. Então o seu rosto gelou.

 — ?amos voltar para o "amarote — anun"iou ele. ( tom da sua vo% #oi su#i"iente para di%er à sua noiva e à sua irmã para não dis"utirem "om ele.<uando estavam a salvo da multidão, *i"hard perguntou novamente — <uem era a!uele homem5 — <ue homem5 — perguntou Arabella. @entou parar e olhar em volta, mas Edward

"ontinuou a "aminhar. — Então7 — disse ela indignada, passando de raspão por um homem !ue, apesar de

 bem vestido, pare"ia estar deslo"ado. 4ingu0m notou !uando o homem parou e os olhou#i'amente en!uanto eles desapare"iam de vista.

 — &u" est) a #i"ar "ansada — e'pli"ou Edward. 6m olhar para o rosto da amiga#oi su#i"iente para Arabella per"eber !ue o !ue Edward disse era verdade.

 — ou uma "riatura sem "ora-ãoF durante o diaarrastei$te por toda a "idade e depois esperei !ue nos a"ompanhasses à noite — 

disse ela. — /es"ulpas$me5Apenas #eli% por en"ontrar o "on#orto relativo do1O"amarote, &u" a"enou simplesmente. (s homens sentaram assenhoras e depois retiraram$se para o #undo do "amarote. — Conta$me — pediu *i"hard, "om a vo% muito bai'a para !ue as senhoras não ouvissem. 7 4ão tendo a "erte%a de !ual seria a rea"-ão de *i"hard,Edward disse simplesmente — A!uele era >eorge. 7 — >eorge5 — ( Conde de =aversham, o primeiro noivo de &u". 4ão #a%ia ideia !ue ele estaria a!ui esta noite. Constou$me!ue ele tinha levado a esposa para a "asa na provín"ia. Ela est) outra ve% gr)vida. F — 4ão permito !ue ningu0m olhe para ela da #orma !ue Fele olhou — de"larou *i"hard. ( tom de amea-a na sua vo%era evidente. Ele est)va espantado "om as suas prprias

a"-;es. Mesmo !uando 3ulia, a sua primeira esposa, en"orajara os seus admiradoresa estarem "onstantemente a seus

 p0s, ele apenas "omentara !ue #i"ava #eli% por saber !ue asposa tinha algu0m !ue a a"ompanhasse !uando ele morresse. Agora ele !ueria

es"onder a sua esposa dos olharesindis"retos. — 9magina !ue ele #i"ou tão "ho"ado por a ver "omo eu 7#i!uei por o ver a ele — disse Edward bai'inho. — /a pr'ima ve% !ue o vires ele

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 j) não reagir) assim. Mesmo assim,estou "ontente por &u" não o ter visto. — N bom !ue esteja. 4ão !uero !ue ningu0m perturbe amnha esposa. — *i"hard respirou #undo. ( "i8me !ue sentia era novo para ele. — Ela 0 minha — sussurrou tão suavemente !ue mesmo

Edward não o ouviu. — Minha.entou$se novamente ao lado de &u" e tomou a mãodela na sua, apertando$a possessivamente "om os dedos. Ela( lhou para ele, assustada. Ele sorriu e obrigou$se a si prprio Fa des"ontrair.<uando a pe-a a"abou, Edward e *i"hard —a"ompanharam o grupo às "arruagens !ue os esperavam. 4enhum deles F11reparou no homem, por !uem Arabella passara de raspão antes, e !ue se en"ontrava

à espera do lado de #ora do "amarote deles no "orredor. eguindo$os, o mais perto !ue seatrevia, o homem observou as "arruagens a#astarem$se e seguiu$as a p0, uma tare#a #)"iluma ve% !ue a rua estava apinhada e era estreita e as "arruagens não se podiam deslo"ar muito depressa.

<uando as "arruagens viraram para uma rua mais larga, menos movimentada, ele"hamou um #ia"re. <uando as duas "arruagens viraram para dire"-;es di#erentes, praguejou brevemente e depois deu ordens para seguir a 8ltima.

<uando viu Edward a"ompanhar Arabella e a mãe at0 à "asa delas, amaldi-oou$senovamente. /ispensando o #ia"re, ele "ome-ou a "aminhar. /epois re"ordando$se de !ue osdois homens tinham estado no mesmo grupo, sorriu mali"iosamente. Abrindo o portão do par!ue no "entro da pra-a, es"olheu um sítio para observar a porta da #rente. +assado pou"otempo, a sua vigia #oi re"ompensada.

Edward en"ontrava$se nos degraus, sorrindo abertamente. 6ma ve% !ue o seunoivado seria em breve tornado p8bli"o, os pais de Arabella "ome-aram a "on"eder$lhesmais priva"idade para darem as boas$noites. Ele espregui-ou$se e depois #oi$se emboraassobiando, re"ordando$se dos beijos !ue ele e Arabella tro"aram. ( vigilante seguiu$o,dei'ando !ue ele se a#astasse o su#i"iente para !ue Edward não suspeitasse.

<uando Edward subiu os degraus da "asa do pai, o homem "hegou a tempo de ouvir Edward perguntar ao "riado !ue abriu a porta

 — Mr. 2lountj) se #oi deitar5(s olhos do vigilante #ais"aram. @omando "uidadosamente nota do endere-o da

"asa, a#astou$se apressadamente para uma das partes menos elegantes da "idade.En!uanto o vigilante #oi para a sua "asa, *i"hard e Edward "onversavam sobre o

reapare"imento do Conde =aversham. — <ueres ser tu a di%er a &u" !ue ele se en"ontrana "idade, ou !ueres !ue seja eu a di%er$lhe5 — perguntou$lhe

 Edward, En"hendo dois "opos "om o seu melhor "onha!ue edeu um ao amigo. — +or!ue temos de lhe "ontar5 — perguntou *i"hard.:a%endo girar o "onha!ue dentro do "opo e olhando$o intensamente. — <ue diabo, homem7 <ueres "ausar$lhe um "ho!ue

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da!ueles. 3) para não #alar do !ue ela ir) #a%er. — :a%er5 Est)s a #alar de !uB5 — +ensa bem, *i"hard. >eorge permite !ue ela rompa onoivado. Como resultado, ela re"usa$se a voltar à "idade.Esta 0 a primeira visita !ue ela #a% em oito anos. Como julgas !ue ela vai reagir5

 — Ela 0 minha esposa. ?ai reagir "om de"oro — disse*i"hard. — +ara al0m de !ue isso #oi h) oito anos atr)s. ele desejava ter tanta"erte%a disso "omo !ueria #a%er pare"er.

 — Ela vai estar mais preparada se um de ns lhe "ontar !ue ela pode dar de "aras "om ele — disse Edward prudentemente. Ele sempre

tivera menos vontade de "orrer ris"os do !ue o seu amigo. — A primeira ve% !ue o vi depois de ele se ter ido embora, tive di#i"uldade em não

lhe passar por "ima. — Esva%iouo "opo e levantou$se para o en"her novamente. +egou nagarra#a ornamental. — <ueres outro5 — perguntou.*i"hard disse !ue não "om a "abe-a. — Certamente !ue ele agora não signi#i"a nada para ela disse "almamente. &u"

não lhe poderia "orresponder da#orma "omo o #a%ia e ainda ansiar por =aversham. Apesar da!uele pensamento os m8s"ulos da parte de tr)s do seu pes"o-o estavam tão tensos

"omo "ordas esti"adas. +or!ue tinhaele "on"ordado em ir à "idade, perguntava$se ele a si prprio. — +rovavelmente não. Espero !ue não. Como poderiaela gostar de algu0m !ue a abandonou !uando ela mais pre"isava dele5 — perguntou Edward indignado. — Continuo aa"har !ue devia "ontar$lhe. — @u5 @u, por!uB511G — +or!ue o "onhe-o. @u "onhe"e$lo5 +ensa "omo se vai ela sentir se souber !ue

estivemos a #alar sobre ela desta #orma.*i"hard parou "om a!uilo !ue tinha "ome-ado a di%er e a"enou a#irmativamente,

to"ado pelo argumento de Edward. — +rometo !ue #alo "om ela amanhã de manhã — disse Edward, bo"ejando

 bastante. — <ue "hati"e, esta "orreria toda pela "idade est) a "ansar$me. — Assim !ue a #esta de noivado terminar, podes voltar para "asa — lembrou$lhe

*i"hard. — 4ão, esse 0 o teu plano. Mas eu prometi aos pais de Arabella !ue os iria

a"ompanhar em v)rias visitas à #amília. Meu /eus, nun"a "onhe"i ningu0m "om tantos#amiliares. :eli%mente, &u" e eu apenas temos alguns primos e uma tia muito velhota !uere"usa re"eber visitas.

 — @u tens realmente sorte. Eu ainda tenho de lidar "om a #amília de 3ulia — disse*i"hard, #a%endo uma "areta. (s pedidos de /avid para !ue &he #osse permitido #i"ar em"asa dos pais da sua mãe introdu%iram um novo problema na sua vida.

 — Eles "riaram alguma di#i"uldade5 — perguntou Edward.

 — 4ão. :i"aram tão abalados "omo eu "om o in"Bndio e "om a morte de 3ulia. Mas

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#oram muito "ompreensivos !uando lhes es"revi a anun"iar o meu pr'imo "asamento.uponho !ue tenho de planear a visita das "rian-as aos avs.

 — Então por!ue est)s tão ta"iturno5 ?ai te dar algum tempo para #i"ares so%inho"om &u". e eu #osse "asado de #res"o "omo tu, iria gostar — lembrou$lhe Edward.

*i"hard sorriu ao pensar na ideia. /epois, as amea-as e os medos !ue ele tão

deliberadamente a#astara do seu pensamento voltaram a surgir. — +re#iro ser eu a tomar "onta das "rian-as — disse ele "om #irme%a. — Meu /eus, livrai$me de tal responsabilidade. — /epois de estares "asado, dou$te nove meses para mudares de ideias — disse o

amigo. +egou no "opo e #e% um brinde — W responsabilidade.11HEdward riu, "om os olhos brilhando — W responsabilidade — repetiu.A responsabilidade a !ue brindara tão alegremente nanoite anterior abatia$se pesadamente no "ora-ão de Edwardna manhã seguinte en!uanto tentava arranjar tempo para#i"ar a ss "om a sua irmã. Embora a sua irmã se tivesselevantado "edo, Edward não se levantara. <uando eledes"eu, ela estava #e"hada no !uarto "om a governanta, a dis"utir menus e as

de"ora-;es para a #esta de noivado dele.<uando ela terminou, estava na hora de ir "om as "rian-as e"om *i"hard ao An#iteatro Astle.A viagem #oi uma pausa tanto para &u" "omo para*i"hard. Mesmo apesar de terem visto as "rian-as em alturas separadas, esta #oi a

 primeira ve% !ue saíram para passear em #amília por &ondres. Caroline e *obert "ompetiam pela aten-ão deles. E at0 /avid sorria de ve% em !uando.&u" tamb0m não "onseguia dei'ar de sorrir. /epois datensão dos 8ltimos dias, ela sentia !ue #a%ia novamente parteda #amília. (lhou de relan"e por "ima da "abe-a de Caroline para *i"hard e sorriu, in"luindo$o na sua #eli"idade. Ele sentiu o seu "ora-ão bater 

mais depressa. A esperan-a despertou dentro dele. <uando "hegaram ao espe"t)"ulo,estavam

todos de bom humor.Ao verem os "avalos treinados e os seus treinadores, as"rian-as #i"aram de olhos arregalados. — A"has !ue eles se es!ue"eram de "omo se #ala5 perguntou *i"hard bai'inho,

"om a bo"a perto do ouvido de&u". Ela tremeu. — e bem me re"ordo, da primeira ve% !ue a!ui vim,tamb0m #i!uei "alada. N "laro !ue estava a tentar "ompreender "omo poderia #a%er 

os tru!ues em "asa. — Ela viraraligeiramente a "abe-a para ele, e a sua respira-ão era suavena #a"e dele. — Eles não se atreveriam7 — ela levantou uma sobran"elha "omo se %ombasse dele.

Ele enterrou$se no seu lugar e#e"hou os olhos.

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 — E isto #oi ideia minha5 — perguntou ele #ra"amente.11IA sua pose #oi arruinada por um mali"ioso "intilar dos seus olhos.

 — *i"hard, tu provavelmente #i%este o mesmo — disse a esposa, dei'ando o seuolhar vaguear das "rian-as para ele, apre"iando a imagem dele "om o seu "asa"o a%ules"uro e "al-as "astanho$"laras.

 — @alve% eles j) se tenham es!ue"ido !uando "hegarmos a "asa — sugeriu eleesperan-osamente.

 — @u es!ue"este5 — perguntou ela. Ela in"linou$se para a #rente para impedir !ueCaroline se in"linasse demasiada mente sobre o bordo do "amarote.

( tru!ue !ue estavam a ver terminou. En!uanto esperavam pela pr'ima s0rie dea"tua-;es, /avid voltou$se.

 — Est) ali um homem !ue est) a tentar "hamar a tua aten-ão — disse ele. Então,arregalou os seus olhos !uando avistou uma mulher em "ollants montando um "avalo.

 — <ual homem5 — perguntou *i"hard. /avid, "om os olhos #i'os na pista,apontou para a sua es!uerda. *i"hard virou a "abe-aF os seus olhos abriram$se mais. Antes!ue o pudesse impedir, &u" tamb0m se tinha voltado para olhar. ( rosto dela #i"ou p)lido"omo a neve num dia #rio de 9nverno.

 — &u"5 — sussurrou *i"hard. Ela não respondeu, nem desviou o olhar do homem!ue estava sentado tão perto deles.

 — &u"7 — /esta ve% o tom de *i"hard #oi mais insis tente.Ela #e"hou os olhos, mentalmente e #isi"amente tra%endo$se de volta ao presente. — Eu... eu — prin"ipiou ela. /epois teve de parar por!ue a sua vo% estava muito

#ra"a e tr0mula.$<ueres ir embora5 — perguntou o marido, tentando ignorar o homem !ue estava a

olhar #i'amente para a suaesposa. Ele !ueria esmurrar o homem por ter destruído a #eli"idade da!uela tarde. — 9r embora5 Mas +ap), ainda #altam v)rios n8meros protestou *obert. ( irmão

mais velho per"ebendo !ue algo11Jmais se estava a passar, tentou #a%er "om !ue ele se "alasse, mas *obert re"usou

#i"ar "alado. Caroline depressa enrugou os l)bios e "ome-ou a "horar.&u" "alou$os a todos. *e"uperando outra ve% o "ontrolo da sua vo%, perguntou — 9rmos embora antes do espe"t)"ulo terminar5 *i"hard, est)s a pensar em !uB5 — 

sorriu para as "rian-as, um sorriso um tanto tr0mulo, mas mesmo assim um sorriso. Eles bateram palmas e voltaram$se para ver o espe"t)"ulo. /eterminada a tirar a "on#usão !uesentia, tamb0m ela se "onsentrou nos artistas. Apenas *i"hard per"ebeu a !uantidade deve%es !ue ela olhou para o homem !ue a olhava #i'amente.

( "ho!ue ini"ial !uando viu o seu anterior noivo "ome-ou a desapare"er, sendosubstituído pela raiva e pelo orgulho. Como se atrevia >eorge a #a%er dela tema deme'eri"os olhando$a #i'amente, tentando despertar a sua aten-ão7 Ela tentou olhar em volta para ver !uem se en"ontrava ali sem ser demasiado bvia, mas os seus es#or-os não #oram bem su"edidos. :inalmente, ela espetou o !uei'o no ar e ps a mão no bra-o de *i"hard.Ele "obriu$a "om a sua mão, "ontente por ela o ter pro"urado.

<uando o espe"t)"ulo terminou, j) &u" estava "ontrolada. <uando o seu anterior 

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noivo lhe apare"eu na #rente, "om um rapa%inho de "abelo es"uro a seu lado, ela "onseguiu"umpriment)$lo de #orma "asual e apresent)$lo ao marido e às "rian-as.

 — Como est), =aversham — disse *i"hard edu"adamente, desejando !ue eleestivesse em 3eri".

(s pou"os minutos de "onversa "asual #oram um es#or-o para &u". As "rian-as,entusiasmadas "om o !ue viram, #orne"eram$lhe a des"ulpa !ue ela estava à pro"ura para poder es"apar. Ela sorriu para o rapa%inho !ue estava ao lado do seu anterior noivo.

 — @amb0m est)s ansioso por "hegares a "asa e e'perimentares a!ueles tru!ues"omo estão os meus5 — perguntou. Ele a"enou !ue sim "om a "abe-a mas não "hegou a ter oportunidade para responder.

 11Então não te podemos demorar — disse ela #irmemente. /espedindo$se do "onde e

do seu #ilho, ela esperou!ue *i"hard lhe desse o bra-o, transmitindo$lhe #or-a "om asua presen-a. — @alve% te voltemos a ver en!uanto estivermos na "idade, >eorge — disse ela edu"adamente. Ela olhou para o!uei'o #ra"o deleF depois olhou para *i"hard. Como #oi !ueeu pude es"olher um homem "omo a!uele, perguntou$se ela.En!uanto a"ompanhava o seu pe!ueno grupo at0 à "arruagem, *i"hard tamb0m se

 perguntou sobre o !ue teria elavisto na!uele homem. ( "i8me !ue o "onsumira na noiteanterior "ome-ou a "onsumi$lo novamente. (lhou para aesposa tentando per"eber !uais os sentimentos !ue o seurosto e'pressava. Mas ela aprendera a es"ondB$los. A 8ni"aaltura em !ue ele sabia o !ue ela estava a sentir era !uando atinha nos seus bra-os.En!uanto esperavam !ue lhes #ossem servidos os gelados no >unter, Caroline

 pu'ou pela manga de &u" para"hamar a sua aten-ão. <uando &u" se voltou para ela, arapariguinha "om uma e'pressão preo"upada, sussurrou — @emos de voltar a #alar "om a!uele homem5 — <ual homem5 — perguntou &u", a sua vo% era tãosuave "omo a de Caroline. — A!uele !ue estava a olhar para ti. e eu tivesse #eitoisso, Mrs. tanhope teria dito !ue eu estava a ser mal$edu"ada — disse a

rapariguinha. *e"entemente, ela "ome-ara a"itar a sua pre"eptora "omo se ela #osse o jui% supremo daeti!ueta. 4ormalmente a #amília a"eitava estas sementes desabedoria "om um simples sorriso.Mas &u" não teve vontade de sorrir na!uele momento.*espirou #undo e olhou para o marido. Este pare"ia estar "on"entrado na!uilo !ue /avid e *obert estavam a di%er. — +rovavelmente não. +or!uB5 — +or!ue não gosto dele — disse Caroline #irmemente,dei'ando !ue a sua vo% se elevasse.

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 — 4ão gostas de !uem5 — perguntou o pai, virando$se para ela. Ele sorriu para a imagem dela. ( seu vestido bran"o11Le aprumado e a sua tou"a bran"a #a%iam "om !ue ela pare"esse uma bro"hura de

moda.

 — A!uele homem. 4ão devia ter estado a olhar para a Mamã. 4ão 0 bonito #a%er isso — a sua vo%inha era muito #irme.( pai !ueria agarr)$la e dar$lhe um abra-o, mas re#reou o impulso. — Con"ordo — disse ele bai'inho. orriu para ela.

 — <uem 0 ele5 — !uis saber /avid. Agora !ue estavam mstalados na "asa, eleestava #eli% por estar em &ondres. @al "omo o seu pai e a sua madrasta, ele não gostava demudan-as.

 — Algu0m !ue "onhe"i h) muito tempo atr)s — disse &u" tran!uilamente,desejando poder "ome-ar a #alar de um outro assunto. :eli%mente para sua serenidade, osgelados #oram servidos, e a aten-ão das "rian-as #oi desviada. A e'pressão de *i"hardrevelou$lhe !ue ele não se dei'ava in#luen"iar tão #a"ilmente "omo as "rian-as.

Assim !ue "hegaram a >rosvenor !uare e as "rian-as #oram entregues aos pro#essores, &u" arranjou uma des"ulpa para se retirar para o seu !uarto. /epois pediu a2ett !ue des"obrisse onde estava o seu irmão.

 — Mr. Edward est) no es"ritrio — disse 2ett. &u" saiu do !uarto, antes delaterminar a #rase. — Com Mr. *i"hard — a"res"entou 2ett, olhando para a entrada da portava%ia.

*i"hard tamb0m interpelou o "unhado. Ao des"obrir !ue Edward estava em "asa,en"ontrou$o "om #a"ilidade. A raiva !ue ele tinha vindo a reprimir por "ausa da #orma "omo=aversham olhara para &u" veio à super#í"ie !uando viu Edward, de olhos #e"hados, een"ostado para tr)s na "adeira. Ele atirou deliberadamente "om a porta. Edward abriu osolhos sonolento.

 — Como #oi Astle5 — perguntou, "obrindo o bo"ejar "om a sua mão. — +ensei !ue lhe #osses "ontar sobre o =avershamdisse *i"hard %angado. (lhava

#urioso para o "unhado, mas Edward não estava a olhar para ele.11D — ( !uB5 — Edward abanou a "abe-a "omo se isso lhere#res"asse as ideias. — =aversham. /isseste !ue ias #alar "om &u" sobre eleesta manhã. — E ia. Mas não "onsegui estar "om ela. +rimeiro esteve#e"hada a #alar "om a governanta e depois j) ") não estava.+ensei #a%B$lo depois do jantar. — 2o"ejou novamente. — +odes mudar de ideias. ?imo$lo esta tarde — disse*i"hard entredentes. As suas palavras #i%eram "om !ue o "unhado se levantasse da "adeira. — <ue diabo est)s a di%er5 — *i"hard a"enou a#irmativamente. — Como #oi !ue ela reagiu5 — Como julgas !ue ela reagiu5 E'a"tamente "omo tudisseste !ue iria reagir.

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 4enhum dos homens ouviu a porta abrir$se por tr)sdeles. — @al "omo reagiria !uem5 — perguntou &u" "almamente. 4ão per"as a "alma,

disse a si prpria. Mas a suaadmoesta-ão não estava a dar resultado.

( irmão e o marido voltaram$se para ela, "om a "ulpaestampada nos rostos. — Ah, eh — gaguejou Edward, tentando en"ontrar palavras. (lhou para *i"hard

mas não obteve ajuda. — 4ão tentes despa"har$me "om uma mentira, Edward.Eu "onhe-o$te melhor do !ue julgas. — "omo ele não respondeu, ela en"arou o

marido, des#e"hando$lhe a pergunta — @u — disse ele bai'inho, desejando ter uma e'pli"a-ãomelhor do !ue a verdade. — Eu5 obre o !uB5 — ela olhou para um e para outroEntão, o"orreu$lhe uma ideia. @ornou a olhar para o irmão.

 — Edward, sabias !ue ele estava a!ui — disse ela in"redulamente. Ele nãorespondeu. — E não me disseste. (lhou para o marido, re"onhe"endo "om pre"isão a "ulpa

nos olhos dele. — E tu tamb0m sabias, *i"hard — disse ela %angada.11O — ?o"Bs pensavam di%er$me !uando5 — re"lamou ela. — Eu tentei di%er$te hoje de manhã — disse o irmão na de#ensiva. — Mas tu nun"a

estavas disponível. — @u sabias. — (lhou #uriosa para *i"hard. — Estivemos toda a tarde juntos.

+odias ter$me "ontado. — +ensei !ue soubesses. Edward obrigou$me a prometer !ue seria ele a "ontar$te — 

disse *i"hard na de#ensiva. — abes h) !uanto tempo5 <uando #oi !ue soubeste5 ?oltou$se para en"arar o

irmão, as suas "ostas estavam rígidas. — (ntem à noite — disse Edward. ( seu tom estava "heio de des"ulpas. — 4o @eatro. — olhou #uriosamente para ambos. — E não me disseste nem nessa

altura nem depois !uando "heg)mos a "asa5 (u tinhas medo !ue eu #ra!uejasse5 —  perguntou.

Ela pegou numa estatueta !ue se en"ontrava numa mesa perto dela. *i"hard !ue nãoestava #amíliari%ado "om o g0nio dela, olhou apenas para ela. Edward !ue, antes doa"idente assistira a mais do !ue uma das suas e'plos;es, re"uou um ou dois passos.

*e"uperando novamente o "ontrolo das suas emo-;es, &u" "olo"ou a estatuetaoutra ve% no sítio. orriu, mas o sorriso não "hegou aos seus olhos.

 — 2em, sinto muito tB$los desapontado "avalheiros. o seu tom de vo% #e% "om !ue a8ltima palavra #erisse. — Eu não #ra!uejei. Mas se voltarem a #a%er isso... — #e% uma pausa. Então, saiu do es"ritrio, dei'ando as suas palavras a pairar no ar.

Assim !ue a porta se #e"hou nas suas "ostas, Edward des#ale"eu sentando$se na"adeira.

 — =umm — disse ele. — "onsegues di%er isso5 — perguntou o amigo.

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 — 5 3) não via &u" "om um g0nio destes h) anos — disse Edward. — +elomenos h) oito anos.

 — <uanto tempo vai demorar5 — perguntou *i"hard, "aminhando para a mesaonde tinha sido "olo"ada a garra#a

1G

 de vinho e os "opos. En"heu um "opo e bebeu$o de imediato. — /epende. — /o !uB5 — /o tempo !ue ela se lembrar por!ue est) %angada "onnos"o. — /esta ve% #oi

*i"hard !ue se sentou "omo senão tivesse #or-a nas pernas.Capítulo DEmbora &u" #osse "om *i"hard e Edward a um baile nessa noite, era bvio !ue ela

ainda não es!ue"era o !ue se tinha passado. &u" estava deslumbrante, "om um vestido deseda a%ul "elestial "om tule da mesma "or !ue "hegara durante a tarde, na ausBn"ia deles.Ela usava uma ve% mais o "olar de p0rola e diamante !ue *i"hard &he o#ere"era na noiteanterior, mas não havia "alor na #orma "omo "umprimentou o marido e o irmão.

+arando no salão, onde se en"ontrava o pai sentado em #rente a uma lareira a"esa,ela

 beijou$lhe a #a"e. — @em a "erte%a !ue não nos !uer a"ompanhar5 — perguntou ela. — E ter de ser transportado para subir as es"adas do salão de baile. 4em pensar,

:ilha. Al0m disso, nun"a gostei desse g0nero de "oisas. ia por "ausa da tua mãe. Agora j) não pre"iso de ir — garantiu$lhe ele. — ?ai tu e diverte$te. (lhou para o irmão dela.

 — E vB se o teu irmão não 0 um brin!uedo nas mãos de Arabella. 4ão e'ijas !ue eladan"e todas as m8si"as "ontigo, e desapare-am para outra sala "ontígua "omo vo"Bs#i%eram ontem à noite a!ui.

+ara espanto de &u" e de *i"hard, Edward #i"ou vermelho. — +ai — protestou ele. — /ei'a$te de "oisas. Eu sei o !ue 0 ser jovem e noivo. — /epois olhou para o

genro. — E ainda sei melhor o !ue 0 ser "asado. +ortanto não pre"isam de di%er as boas$noites.

1GG*i"hard não sabia o !ue havia de di%er. +or isso #i"ou"alado. Mas olhou para &u" e "hamou a sua aten-ão, #a%endo$lhe um sorriso !ue a

#e% re"ordar as noites muito maisagrad)veis !ue passaram so%inhos. @al "omo o irmão, ela"orou. /epois re"ordando$se de !ue estava %angada "omele, endireitou as "ostas e tornou o seu olhar mais #rio.*i"hard suspirou, desejando !ue tivessem uma "onversa eresolvessem as suas di#eren-as.En!uanto subiam a es"adaria do salão de baile, &u"sentiu$se mal. Embora na noite anterior as pessoas no teatro tivessem sido simp)ti"as, ela sabia !ue as m)s$línguas daalta so"iedade estariam à espreita para des"obrirem a mais pe!uena #enda na sua de#esa. E se >eorge apare"esse

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a!ui. ( pensamento #B$la apertar mais o bra-o de *i"hard. — entes$te bem5 — perguntou ele, "olo"ando a suamão por "ima da dela. A "or do seu rosto desapare"eu toda. — Estou bem — disse ela bai'inho. Então, tremeu. 4ão, não estou bem — 

sussurrou tão bai'inho !ue ele mal a

ouviu. — ( !ue se passa5 <ueres$te ir embora5 — perguntouele ansiosamente.Ele olhou desen#readamente em volta, pensando numa#orma de sair dali sem "hamar a aten-ão. — 4ão. Estou s a ser tonta. — @onta5 — Estou nervosa — disse ela %angada, desejando nun"a ter "ome-ado a!uela

"onversa. — @u5 — perguntou. — Est)s nervosa por "ausa do !uB5 — ele e'aminou$a

novamente, reparando no brilho da sua pele e na #orma "omo o vestido tornava os seusolhos ainda mais a%uis.

 — ?ais atrair muitos #ãs. — :ãs5 *i"hard, vão estar pessoas a!ui esta noite !e não me vBem h) oito anos.

?ão estar a observar$me para ver se vBem o mais pe!ueno sinal de #ra!ue%a. — :alas deles "omo se #ossem os "a-adores e tu a"a-a. Certamente !ue não 0 isso !ue !ueres di%er51GH — 4ão5 +ara algumas destas pessoas a "a-a aos me'eri"os 0 a vida delas, a sua

8ni"a vida — disse ela amargamente.

 — Como podem #a%er me'eri"os5 Continuas tão bonita "omo nun"a — disse elegalanteadoramente. Ele olhou para ver !uantas pessoas ainda estavam à sua #rente paraserem anun"iadas. Edward, !ue a"abara de ver Arabella juntar$se à multidão nas es"adas,tentou "ham)$la, mas ela não &he respondeu.

&u" sorriu para *i"hard, a sua raiva e medo anteriores j) estavam es!ue"idos.A!uele sorriso transportou$a pela pista da re"ep-ão e para o salão de baile. <uando olhou para o "hão en"erado e para os lustres no te"to, ela re"ordou$se do 8ltimo baile a !ue #oraantes de regressar a "asa e ter o a"idente. Ela dan-ara at0 ser manhã.

(s m8si"os "ome-aram a to"ar as pautas de abertura para a primeira dan-a, as pessoas "ome-aram a #ormar grupos. &u" estava ali parada ansiando por #a%er parte damultidão.

 — Con"ede$me esta dan-a5 — perguntou *i"hard. — /an-ar5 Eu j) não dan-o — disse ela bai'inho, desejando #a%B$lo mas "om medo de #alhar um passo na pista de dan-a.

( irmão !ue estava agora de bra-o dado "om a sua noiva, dis"ordou. — ?enham juntar$se ao nosso grupo — Arabella "om os olhos a brilhar, adi"ionou o

seu estímulo.&u" #a%ia em breve parte do "olorido "onjunto !ue rodava pela pista, "om as

 bo"he"has "oradas e os olhos muito alegres. <uando a m8si"a terminou e se "ome-ou a#ormar um novo grupo, ela permitiu !ue o marido a "ondu%isse a um lugar perto de uma janela. A#undando$se na "adeira, abanou$se "om o le!ue. Antes do entusiasmo da dan-a seter "ompletamente desvane"ido, ela en"ontrou$se ser"ada por amigos seus e de *i"hard.

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<uando algum tempo mais tarde o Conde de =aversham a"abou por apare"er, nem&u" nem *i"hard repararam

1GInele. Embora tivesse pre#erido não dan-ar uma segunda ve%, &u" estava a apre"iar 

 por "ompleto a #esta, sabendo os 8ltimos me'eri"os e dis"utindo as modas mais re"entes.

!uem a "onhe"esse bem per"eberia o !uanto ela estava nervosa. Apenas os #re!uentesolhares !ue dava a *i"hard a atrai-oavam.*i"hard tamb0m a"hou o baile menos di#í"il do !ue a!uilo !ue esperara. /ei'ando a

esposa entregue ao "uidado dos amigos, terminou as suas dan-as obrigatrias e apressou$sea voltar para o lado dela, optando por #i"ar por perto em ve% de ir para a sala de jogos "omoteria #eito "om a sua primeira esposa. <uando #oram para a sala de jantar, #a%iam parte damultidão risonha.

Ainda "ontinuavam a rir !uando des"eram da "arruagem à porta da "asa do pai. (s"andeeiros da "arruagem e os ar"hotes !ue ardiam na rua tornavam "lara a noite es"ura. (svigilantes !ue esperavam no outro lado da rua nas sombras mais es"uras en"olheram$semais. 4em &u" nem *i"hard repararam neles. Com as memrias de todas as m)goases!ue"idas, pararam por um momento para darem um breve beijo e depois voltaram a rir,"orrendo para dentro de "asa. Apoiando$se no bra-o de *i"hard, &u" nem se!uer "o'eava.

( riso #oi "omo uma #a"ada no "ora-ão da mulher es"ondida !ue os observava. — N ele — disse ela in"redulamente. (s seus olhos estreitaram$se perigosamente. — Ele tem de ser punido — disse ela #uriosa. ( seu "ompanheiro não tentou

dissuadi$la.

 — Como5 — #oi tudo o !ue ele perguntou. En!uanto "aminhavam em dire"-ão auma rua mais movimentada para poderem alugar um #ia"re, ela e'pli"ou. Ele sorriuabertamente.

@endo passado "om B'ito no !ue ambos "onsideravam ser o primeiro teste deles naso"iedade, &u" e *i"hard estavam e'uberantes. *e"usando dei')$la so%inha "om a "riada para se despir, *i"hard observava en!uanto 2ett lhe es"ovava o "abelo, tirava as jias, e"ome-ou a desapertar o vestido de &u".

1GJ — +odes retirar$te, 2ett — disse ele bai'inho. A "riada olhou para ele e depois

 para a sua senhora. &u", não tirando os olhos do marido, anuiu.Assim !ue a porta se #e"hou por tr)s das "ostas da "riada, *i"hard bai'ou$se e ps

&u" em p0, pu'ando$lhe o vestido para bai'o dos ombros. Caindo$lhe aos p0s. Ele bai'oua "abe-a e passou os l)bios pelos ombros e pelos seios dela. Ela o#egou. (s seus bra-osestreitaram$se em volta dele. 2eijaram$se.

:a%endo$a girar, *i"hard desatou os la-os do seu espartilho e desprendeu o seusaiote, dei'ando &u" apenas vestida "om a "ombina-ão, as meias e as ligas. Ela voltou$se,apre"iando a #orma "omo os olhos dele se abriram ao vB$la. Ela levantou os bra-os eesti"ou$os serpenteando. Ele agarrou$a. Ela re"uou.

 — Ainda não — sussurrou ela. E agarrou a gravata dele. 2astante tempo mais tarde!uando repousavam nos bra-os um do outro, a respira-ão deles "ome-ou novamente avoltar ao normal, *i"hard disse bai'inho

 — /es"ulpa não ter sido #ran"o "ontigo hoje. &u" #i"ou "alada por um momento./epois voltou$se para ver o rosto dele, per"orrendo$lhe o "ontormo dos l)bios "om a mão.

 — 4ão devia ter reagido da!uela #orma — admitiu ela.

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 — Ainda o amas5 — perguntou ele. /epois #e%$se silBn"io total. *i"hardamaldi-oou$se por não se ter "onseguido "onter.

:inalmente, ela perguntou — <uem5 — =aversham.

Ela voltou$se de barriga para "ima e olhou para o dossel, tentando des"obrir a!uilo!ue realmente sentia. ( silBn"io pare"ia uma parede entre ambos. 3ustamente !uando*i"hard se preparava para a sa"udir e obter dela uma resposta, &u" disse

 — +enso !ue nun"a. — 4un"a o !uB5 — re"lamou *i"hard, "om o seu1G"ora-ão batendo depressa. Ele !ueria tom)$la nos seus bra-os e apert)$la "ontra ele,

mas sabia !ue este não era o momento indi"ado. Conteve a respira-ão, esperando !ue ela prosseguisse.

 — ( amei — e'pli"ou &u", "om a vo% revelando a sua prpria surpresa. — (h, eu gostava muito dele. Ele era o mais bem pare"ido e o mais bem nas"ido de

todos os meus pretendentes. E provavelmente teríamos tido um "asamento #eli%. — As palavras dela es#a!uearam *i"hard. — Eu pensei !ue estava apai'onada por ele, mas nãoestava.

 — Então por!ue #i"aste em "asa todos estes anos5 — +or orgulho e medo — as palavras #oram pronun"iadas tão bai'o !ue *i"hard

não estava de #orma alguma "erto de as ter per"ebido. — 4ão "ompreendo — !uei'ou$se ele.

 — 4ão 0 ne"ess)rio !ue "ompreendas — disse ela, voltando$se de #orma a poder  beij)$lo de novo. Ele era o seu maridoF ela devia$lhe uma e'pli"a-ão pela #orma "omoreagira ao ver o homem de !uem #ora noiva, mas não ten"ionava "on#essar todos os seusmedos. Como !ue "ompreendendo !ue ela não ten"ionava di%er mais nada, *i"hard beijou$a outra ve% e pu'ou$a mais para ele.

Apesar de todos os pormenores !ue ela pre"isava "on#irmar para a #esta de noivadoe das provas de roupa !ue mar"ara, nem *i"hard nem &u" se levantaram "edo nesse dia.<uando eles apare"eram de mãos dadas, Edward olhou para eles e engoliu os seus"oment)rios.

 — =oje ten"ionas #a%er o !uB5 — perguntou &u", estendendo a mão para alisar umvin"o da lapela de *i"hard.

 — +ensei passar pelo /epartamento dos 4eg"ios Estrangeiros — e'pli"ou. Elere"uou !uando a mão dela #i"ou !uieta.

 — ?ais trabalhar outra ve% para eles5 — perguntou a esposa, o seu rosto e a sua vo%#oram "uidadosamente indi#erentes embora o "ora-ão dela batesse tão alto !ue ela re"eou!ue ele o ouvisse.

1GL — 4ão. 3) #i% a minha parte — disse *i"hard #irmemente. &u" sorriu abertamente

e respirou #undo. — Al0m disso, agora tenho outras "oisas para o"upar o meu tempo — lembrou$lhe

ele, pis"ando o olho. Ela "orou e voltou$se para !ue o irmão, !ue os observava interessadonão pudesse ver as suas bo"he"has "oradas.

 — *i"hard7

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 — (h, não o mandes "alar, &u" — disse o irmão. — Estou a aprender tanto "om ele. — Ela rodopiou e olhou$o #uriosa, mas ele

apenas se riu.Então, o relgio bateu as horas. (s olhos dela abriram$se mais. — @enho de me ir embora — de"larou ela. — Arabella est) à minha espera.

 — Eu vou "ontigo — disse o irmão, seguindo$a para #orado !uarto. — 4ão. vamos provar a roupa. @u s irias estorvar.e !ueres #a%er alguma "oisa, #ala "om o +ai sobre osvinhos. 4ão tenho a "erte%a de termos !ue "hegue para a #esta. — +s a tou"a e

re"uou. *i"hard estava mesmo atr)sdela. Ela sorriu para ele, e ele beijou$a rapidamente./epois ele pegou no seu "hap0u. — +osso lev)$la, Mrs.2lount5 — perguntou &u" #i"ou emo"ionada ao ouvir o seunome. A"enou a#irmativamente e deu$lhe o bra-o. A porta #e"hou$se por tr)s deles,

dei'ando Edward a olh)$los #i'amente.?oltou$se para ir para o vestíbulo !uando per"ebeu !ue a porta do es"ritrio do pai estava aberta. Entrou para dentro. — (uviu5 — perguntou. — im. — ( seu pai olhou para "ima, desviando o olhar dos livros !ue tinha na se"ret)ria. +oisou a "aneta een"ostou$se para tr)s na "adeira. — ( !ue a"has5 — /o !uB5 — /eles os dois. Ela tomou a de"isão "erta5 $ perguntou o pai impa"ientemente.Edward passou os dedos pelo "abelo, destruindo o "uidadoso penteado !ue dera

tanto trabalho ao seu "riado.

1GD — +enso !ue sim. 4o iní"io, !uando "hegaram tive d8vidas — admitiu ele. — @amb0m eu. Eles tiveram uma desaven-a. <ual!uer pessoa per"ebia isso. Mas

deves ter sempre presente !ue por muito !ue gostes da tua esposa haver) alturas em !ueirão dis"utir. 4ão te es!ue-as disso, Edward — suspirou. /epois sorriu. — As %angas ou pelo menos o #a%er as pa%es depois delas, podem ter algumas "onse!uBn"ias interessantes.

 — Conse!uBn"ias5 — perguntou o #ilho. — Es!ue"e. @enho a "erte%a !ue vais a"abar por des"obrir so%inho. — ( pai sorriu

novamente. — Agora "onta$me "omo #oi !ue &u" se "omportou no baile de ontem à noite. 4un"a pensei !ue ela "on"ordasse em ir.

 — +ois não, apenas "riou uma situa-ão em !ue ela não teve es"olha — lembrou$lheo #ilho. (lhou de perto para o homem mais velho. Apesar das dores !ue a viagem lhe"ausou, o seu pai h) muito tempo !ue não estava tão bem disposto. entou$se em #rente dase"ret)ria.

 — /an-ou — disse ele sem rodeios.<uando &u" regressou na!uela tarde, a sua boa disposi-ão #ora verdadeiramente

testada. @er #i"ado horas em p0 en!uanto a modista #a%ia in8meras pe!uenas modi#i"a-;esnos vestidos !ue ela en"omendara tinha$a levado à e'austão. @udo o !ue ela !ueria #a%er era ir para o seu !uarto e des"ansar. Esse des"anso #oi$lhe negado.

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<uando ela entregou a tou"a à "riada, seguiu o riso at0 ao salão onde o seu paigostava de se sentar. En"ontrou$o a ele, às "rian-as, e ao marido.

 — Rptimo. 3) "hegaste. Agora j) podemos tomar "h) — disse o pai !uando elaentrou no salão.

 — Estiveram à minha espera5 — perguntou ela, suspirando. /eu um abra-o a

Caroline e sorriu para os dois rapa%es. *i"hard arranjou$lhe um lugar ao lado dele no so#).Ela sentou$se #e"hando os olhos por apenas um momento. — Est)s "ansada5 — perguntou o marido, #ran%indo a testa de preo"upa-ão. — 6m pou"o — sorriu para ele, esperando a"almar 1GOos medos dele. uspirou novamente de satis#a-ão ao senti$lo des"ontrair ao seu

lado. — ( Av disse !ue eu podia "omer bolo — disse Caroline, !uando #oi sussurrar ao

ouvido de &u". — /everas5 — &u" olhou para o pai, !ue bai'ou a "abe-a para ver uma "oisa num

livro !ue os dois rapa%es lhe estavam a mostrar. — Ele disse !ue tipo de bolo era5 @alve% não gostes — disse ela numa vo%

divertida. — 4ão gostar de bolo5 — perguntou a rapariguinha, "om os olhos muito abertos. — <uem não gosta de bolo5 — perguntou o pai, sentando$a no seu joelho. — 4ão sou eu — de"larou *obert, levantando a "abe-a. — 4em eu — a"res"entou /avid. (lhou para o pai !ue segurava na sua irmã%inha e

estava sentado ao lado de &u". E #oi possuído por um ata!ue de "i8mes. Comprimiu osl)bios e olhou para o mapa !ue o pai de &u" segurava.

 — Mostra$me outra ve% onde #oste — disse ele, virando as "ostas ao pai.*i"hard olhou para o seu #ilho mais velho e suspirou. (lhou para Edward,

re"ordando$se do !ue o "unhado sugerira. @alve% #osse uma boa ideia mandar as "rian-as para "asa dos pais de 3ulia, no UorVshire. /epois lembrou$se de "omo os pais da sua primeira esposa estiveram doentes.

 4a!uela noite &u" e *i"hard re"usaram todos os "onvites !ue re"eberam, pre#erindo passar o seu tempo "om as "rian-as. Aps o jantar, !ue #ora servido mais "edodo !ue era "ostume na "idade, reuniram$se no salão para um jogo de "artas !ue Mr.Meredith ensinara aos rapa%es <uando "hegou a hora das "rian-as irem para a "ama, at0/avid se estava a divertir.

*eparando na e'pressão "ansada do pai, &u" e *i"hard deram as boas— noites pou"o tempo depois das "rian-as terem saído. ubindo as es"adas juntos, &u" permitiu!ue *i"hard a ajudasse mais do !ue era "ostume. Assim !ue "hegaram à porta dela, ela bo"ejou bastante.

1H — +osso dar$te agora as boas$noites5 — perguntou o marido, perguntando$se se

a!uele bo"ejo era o sinal para ele se ir deitar noutra "ama, noutra "ama so%inho. — +or!uB5 — perguntou &u", surpreendida. A#astou$se dele. — ?ais sair.*i"hard per"ebeu !ue a pergunta a"arretava um signi#i"ado maior do !ue o das

 palavras. — Esta noite não — disse ele "om #irme%a, abrindo$lhe a porta e seguindo$a para

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dentro do !uarto. &u" deu um suspiro de alívio. Apesar da #orma "omo ele a pro"uravaardendo de pai'ão, ela ainda "ombatia as suas d8vidas sobre se o marido gostaria dela ounão.

Ele atravessou o !uarto e #oi para o seu !uarto de dormir, onde o seu "riado pessoalo aguardava. Assim !ue a"abou de tro"ar de roupa, regressou ao !uarto dela e meteu$se na

"ama 4o iní"io, ele não reparou na sua e'pressão estranha.:inalmente 2ett saiu. &u" voltou$se para ele, "om um peda-o de papelama"hu"ado na mão.

 — *i"hard. — A sua vo% era tensa.Ele abriu os olhos e sentou$se. — ( !ue se passa5 — perguntou ele ansiosamente, saindo da "ama e atravessando

rapidamente o !uarto. — &B isto e estendeu$lhe o papel.Ele pegou no papel, e #e"hou os olhos de raiva. — (nde arranjaste isto5 — perguntou. — A!ui. 4a minha gaveta. 4ão estava l) !uando me vesti para ir jantar. @B$lo$ia

visto — disse ela, as suas palavras !uase !ue se atropelavam umas às outras.*i"hard leu a mensagem novamente, os seus l)bios #ormavam uma linha #ina — +ergunte ao seu marido por!ue #oi !ue ele não enterrou a sua primeira esposa — 

"ada uma das letras estava per#eitamente desenhada "omo se tivesse sido tra-ada no papel barato. ( seu rosto tornou$se mais severo. Estava "om raiva

outra ve%. — <uem enviaria tal "oisa5 — perguntou &u", sentando$se na "adeira em #rente ao

tou"ador.1H1 — Chama a tua "riada.

 — Mas ela j) deve estar na "ama. — Chama$a — e'igiu ele. Ela olhou para o rosto dele, re"onhe"endo a

determina-ão aí e'istente. /epois #oi at0 à "ampainha.<uando 2ett "hegou, *i"hard en"ontrava$se diante da lareira, apertando "om as

mãos o papel. A "riada olhou para ele e depois para a sua senhora. — <uando #oi !ue isto apare"eu — perguntou, "om a vo% mais )spera !ue a "riada

alguma ve% ouvira. — Estava ali !uando voltei do jantar — disse 2ett bai'inho. Ela pensou !ue se

tratava de uma mensagem !ue uma das "rian-as enviara e dei'ou$a estar. — <uando #oi isso5 — /epois do senhor ter jantado — e'pli"ou 2ett. :i% alguma "oisa errada, sir5 — 4ão. — *i"hard #oi at0 ao tou"ador, o seu rosto estava pensativo. — <uem mais

tem a"esso a este !uarto5 — <ual!uer uma das "riadas de !uarto e a governanta — sussurrou a "riada. — E

*awls, o seu "riado pessoal. — Mais algu0m5 — 6m ou dois "riados !ue tra%em o "arvão !uando "ome-a a #i"ar mais #rio — 

2ett olhava para a sua senhora, tentando des"obrir e'a"tamente o !ue se estava a passar.&u" não reparou mas "ontinuou a olhar para a noite. As palavras !ue lera, embora por si prprias ino"entes, gravaram$se na sua mente. ( !ue estava a sugerir a pessoa !ue es"reveu

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o papel5 Ela não tinha a "erte%a de !uerer saber a resposta. — +oderia algum deles ter entrado neste !uarto esta noite5 — perguntou ele. 2ett

voltou$se para olhar de novo para a sua senhora. — /i%$lhe a verdade, 2ett — disse &u" bai'inho. A "riada bai'ou a "abe-a.

/epois respirou #undo e endireitou os ombros. — Esta noite não.

 — +or!ue #oi esta noite di#erente5 — perguntou ele, interpretando "orre"tamente ahesita-ão dela. — ( !ue #oi !ue a"onte"eu51HG — =oje #oi o anivers)rio da governanta. A "o%inheira#e%$lhe um bolo espe"ial. @odos !uiseram estar presentes para #estejarem "om ela.

:oi apenas por alguns minutos.&u" per"ebeu !ue a sua "riada estava prestes a "horar. Etran!uili%ou$a rapidamente. — :oi muito "orre"to. N "laro !ue tinhas de ir #estejar "om ela. — A "riada des"ontraiu$se ligeiramente. — Certamente !ue não estiveram

todos ali durante muito tempo. Algu0m deve ter visto alguma "oisa. @alve% pudesses perguntar. @enta saber se algu0m se lembra de lhe ter sido entregue este bilhete para mim.

*i"hard levantou as sobran"elhas "omo !ue em protesto, mas &u" ignorou$o. 2etta"enou !ue sim "om a "abe-a e apressou$se a sair do !uarto, dando um suspiro de alívio.

*i"hard e'aminou uma ve% mais o bilhete !ue tinha nasmãos, enrugando a testa. — /avid esteve "onnos"o toda a noite — disse ele bai'inho, mais para ele prprio

do !ue para ela. — 4ão podia ter sido ele — garantiu$lhe &u", esperando estar "erta.

 — (lha para as letras. ão demasiado per#eitas. A "aligra#ia de /avid 0 muito maisin#antil. Ela #oi ter "om ele e pegou no bilhete. Alisando$o, poisou$o em "ima do seuaparador. — ?Bs.

 — @ens a "erte%a5 — perguntou ele, numa vo% um pou"o tr0mula. Ele não !ueria a"reditar !ue o seu #ilho #osse "apa% de um a"to tão

"ruel.Ela sorriu para ele. 4enhum deles reparou no !uanto osl)bios dela tremiam. — @enho — disse ela bai'inho. /epois #e"hou os olhose respirou #undo. — +or !ue ra%ão haveria algu0m de ma enviar um bilhete "omo

este, *i"hard5 — perguntou ela desejando !ue ele #osse honesto "om ela.Ele des"aiu os ombros. entou$se e ps as mãos na "abe-a. — <uem me dera saber 

 — sussurrou ele. Então, o rosto #i"ou severo. — ?ou des"obrir — prometeu$lhe ele.1HH — Como5 — perguntou ela, !uerendo a"reditar !ue eleiria "onseguir des"obrir, mas não estando "ompletamentesegura disso. Ele "onseguia ser tão imprevisível. — @enho amigos !ue me podem ajudar — garantiu$lheele. — Amigos5 :oi ter ao seu en"ontro, "olo"ando as mãosnos ombros dele, voltando$o para !ue ele olhasse para ela. — Eles vão saber o !ue #a%er — garantiu$lhe ele. — /a

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8ltima ve%, eles a"haram !ue estavam perto de des"obrir. — /a 8ltima ve%5 — &u" olhou$o "omo se ele #osse umdes"onhe"ido. — /a 8ltima ve%5 3) tinhas visto bilhetes"omo este antes5 — perguntou ela in"redulamente. A sua vo% elevou$se !uando

 pronun"iou a 8ltima palavra.

Ele levantou$se e "ome-ou a abra-)$la, mas ela a#astou$se. (s bra-os dele "aíram.Ele re"uou um ou dois passos e#oi at0 à janela, desviando as "ortinas "omo ela #i%era antes para poder olhar na noite. &amentando o impulso !ue a levara a a#astar$se dele, ela

#oi ter "om ele e deu$lhe o bra-o.Mais do !ue alguma ve% ele !uisera algo, *i"hard ansiavavoltar$se para ela, "ontar$lhe a histria, sentir a sua "ompai'ão. Em ve% disso, #i"ou

"alado.&u" re"uou relutantemente, "om uma e'pressão angustiada. — +or #avor e'pli"a$me — implorou ela. Ele não respondeu. :inalmente, ela

desistiu. Movendo$se "omo se #osse uma velha, &u" atravessou o !uarto e meteu$se na"ama. *i"hard #i"ou ali simplesmente a olhar na noite.Capítulo O 4a manhã seguinte, *i"hard a"ordou "edo, e saiu da"ama onde dormira so%inho. Mesmo apesar de ter dormido pou"o, ele estava

demasiado impa"iente para "ontinuar na "ama por mais tempo. @o"ou a "ampainha para"hamar o seu "riado pessoal, vestiu$se e saiu muito antes de"ome-ar a a%)#ama na "asa. — /i% a 2ett para não a"ordar a minha esposa — dissea *awls. — e Mrs. 2lount pro"urar por mim, di%$lhe !ue eu svolto h) tardinha. +re"iso de "oisas para a noite. — aiu,dei'ando o seu "riado pessoal a olhar na sua dire"-ão.A "riadagem da "asa !ue ele dei'ou não estava #eli%.<uando 2ett "ome-ou a #a%er perguntas aos "riados, "ome-ou a haver um

 burburinho. — /eitam sempre as "ulpas a um de ns — !uei'ava $seum dos "riados en!uanto ajudava 3arvis, o mordomo, a

transportar as pratas para a despensa para serem limpas.( mordomo rapidamente o #e% "alar. — 4ão te "ompete "omentar as atitudes dos teus superiores — disse 3arvis, olhando

 por "ima do seu nari% para ohomem. ( "riado sabia su#i"ientemente bem o !ue lhe "ompetia para não lhe

responder. 4os andares in#eriores da "asa, outras pessoas e'pressavam as suas opini;es. — 4ão #ui eu. (ra esta. e não #osse o meu ordenado amanter a minha mãe viva, eu di%ia$lhe o !ue ele podia #a%er "om o meu emprego — disse a lavadeira, engelhando o1Hl)bio em desd0m, ignorando os olhares de desaprova-ão da governanta.A todas as pessoas a !uem 2ett perguntou, nenhuma admitiu ter "olo"ado o bilhete

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 para o !uarto de &u". <uando "ome-ou a pensar nas pessoas !ue estiveram presentes naaltura em !ue a governanta re"ebeu o bolo, ela "ompreendeu !ue nenhum dos "riados da"asa o poderia ter #eito.

 — 3arvis at0 #e"hou a porta da #rente depois do tabuleiro do "h) ter sido retirado para !ue o "riado pudesse estar presente — disse ela à sua senhora en!uanto penteava o

"abelo de &u". — Então, "omo #oi !ue o bilhete a!ui apare"eu5 — interrogou$se &u". 4o /eparttamento dos 4eg"ios Estrangeiros, os amigos de *i"hard tamb0m

#a%iam a mesma pergunta. — 4ão re"ebeste nada disto !uando estiveste no /evon shire5 — perguntou o seu

anterior patrão. — 4ada. E isso #oi uma surpresa. Assim !ue a parti"ipa-ão do nosso "asamento #oi

 publi"ada nos jornais, esperei !ue apare"esse alguma "oisa. 4ão apare"eu nada. — 4ão #oste sensato em teres permitido essa parti"ipa-ão, *i"hard — disse$lhe o

seu mentor, #ran%indo a "ara. ?estido de "in%ento es"uro, ele pare"ia "on#undir$se "om a "or "in%enta das paredes do !uarto.

 — @er permitido5 :i% um es"Kndalo por "ausa disso, mas #oi publi"ado sem meu"onhe"imento — disse *i"hard, pensando na rela-ão tensa !ue e'istiu entre ele e &u"desde o apare"imento da parti"ipa-ão no jornal. — Mas a parti"ipa-ão não pode ser a!uestão. 4ão a"onte"eu nada at0 virmos para &ondres.

 — Estranho. — ( seu mentor #ran%iu as sobran"elhas. /urante a hora seguinte, eleindi"ou a *i"hard as opera-;es !ue e#e"tuou nos 8ltimos dias.

 — +odem estar em !ual!uer parte — disse ele por #im, pensativamente( rosto de *i"hard #i"ou triste. — 4ão h) nada !ue possamos #a%er5 — perguntou,

interrogando$se se o isolamento1HLseria a sua 8ni"a hiptese. 4o entanto, duvidou se o regressoao /evonshire lhe traria a pa% !ue ele ansiava. — Eu não disse isso. /ei'a$me "hamar o "avalheiro !ueinvestigou anteriormente o teu "aso. — :e% uma pausa eolhou para o homem mais novo !ue sempre estivera disposto a transportar os seus

do"umentos para lugares perigosos. — (s seus honor)rios são "aros, e uma ve% !ue isto não0 um assunto do governo... — En"olheu os ombros.

A!uies"endo, *i"hard disse bai'inho — A minha situa-ão #inan"eira 0 boa. 4ãoimporta !ue seja muito "aro, eu

tenho de saber. — Rptimo. ?amos #a%er o seguinte. — <uando *i"hard"hegou a "asa para se arranjar para os eventos da noite, tevea satis#a-ão de saber !ue havia mais algu0m a tentar en"ontrar solu-;es para o seu

 problema.&u", !ue passara grande parte do dia a pensar no !ue seestaria a passar, arranjou$se "edo. Assim !ue ouviu a vo% domarido no !uarto ao lado, bateu na porta !ue separava osseus !uartos e depois entrou apressadamente não esperando pela resposta.

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 — *i"hard, 2ett não... — os seus olhos arregalaram$se. — (h — e'"lamou ela,vendo o marido apenas vestido

"om a roupa interior e a lavar a "ara. ( seu "riado olhou horrori%ado e apressou$se adar uma toalha ao seu patrão.

*i"hard atravessou o !uarto, limpando o rosto e atirando

depois a toalha para o lado. — ( !ue #oi !ue ela soube5 — perguntou a &u", pegando$lhe na mão e"ondu%indo$a para umas "adeiras !ue se

en"ontravam ao p0 da lareira. ( seu "omportamento era tão#ormal "omo se ele j) tivesse vestido a roupa para a noite. — 4ada. +are"e !ue ningu0m sabe nada. — Ela abanoua "abe-a !uando *i"hard lhe indi"ou um lugar. — 4ada5 A!uele papel não apare"eu por magia no teu!uarto7(uviram um pe!ueno ruído no outro lado do !uarto.?oltaram$se ambos silen"iosamente para olhar para o "riado.1HD — abes alguma "oisa, *awls5 — perguntou *i"hard severamente. — @enho apenas uma ideia. e me dei'ar #a%er umas perguntas esta noite durante a

sua ausBn"ia5 — disse ele hesitando. Embora #osse um e'"elente empregado, tentou sempremanter$se distante para evitar envolver$se demasiadamente na vida do seu patrão, situa-ão!ue *i"hard tinha pre#erido. 4este momento, *awls não estava "erto da sensate% dos seusa"tos.

 — :a% as perguntas !ue !uiseres — disse$lhe o patrão. — Mas tenta não os aborre"eres mais do !ue eles j) estão. — ( !ue !ueres di%er "om isso5 — perguntou &u", !uase adivinhando a resposta. — ( prprio 3arvis en"ontrou$se "omigo na porta, !uei'ando$se das !uest;es

impertinentes !ue a tua "riada &he "olo"ara — e'pli"ou *i"hard. — Ele #oi #alar "ontigo5 — perguntou ela %angada. — ( teu pai re"usou ouvi$lo, e o teu irmão esteve toda a tarde #ora. — *i"hard

atravessou o !uarto e pegou na "amisa !ue *awls lhe dei'ou e vestiu$a. Então, sentou$se e"ome-ou a en#iar as meias.

 — Edward est) "om Arabella, pare"e !ue um dos parentes dela "hegava hoje. — &u" #oi para o seu !uarto.

 — A"has !ue eu #ale "om 3arvis5 — perguntou ela. 4ão posso a"reditar !ue ele nãome tenha transmitido as suas preo"upa-;es. Esta nem se!uer 0 a tua "asa.

 — Ele disse !ue não !ueria in"omodar$te — e'pli"ou o marido. — /is"utimos oassunto, e eu tratei de tudo. 4ão 0 pre"iso preo"upares$te "om nada.

entindo$se uma estranha na!uela !ue #ora a sua "asa, &u" !uis protestar, mas assuas emo-;es estavam demasiadamente à #lor da pele para !ue ela se sentisse à vontade para as e'pressar. Com os me'eri"os !ue evidentemente houve na!uele dia, ela sabia !uemesmo uma s palavra %angada seria imediatamente "omentada nos !uartos dos "riados.

 — ?ou dei'ar tudo ao teu "uidado — disse ela, a sua maneira "alma es"ondia atempestade de emo-;es !ue

1HOa inundavam. +ara al0m de não poder "on"eber, tamb0m não

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era "ompetente para dirigir a "asa.*i"hard olhou para "ima e sorriu. ( seu sorriso depressadesapare"eu !uando per"ebeu !ue ela não estava a olhar  para ele, mas a "aminhar em dire"-ão ao seu !uarto. Antesde ela abrir a porta !ue ligava os dois !uartos, ele perguntou

 — Como estão as "rian-as5 — As "rian-as5 — ela virou$se lentamente para ele, re"ordando$se do problema !uetivera nessa tarde.

 — im, as "rian-as. <uando lhes e'pli!uei !ue tu nãoas podias levar a passear pelo par!ue "omo lhes tinhas prometido, disse$lhes !ue as iríamos ver antes de sairmos para o baile — disse ela bai'inho, apesar da de"isão do seu!uei'o. — ( par!ue. — Ele abanou a "abe-a e pegou o seu"asa"o de "erimnia, dei'ando !ue *awls o ajeitasse nos ombrosat0 !ue o "asa"o &he assentasse "omo uma luva. — Espero !ue eles não tenham dado muito trabalho5 — @rabalho5 — &u" perdeu o "ontrolo das suas emo-;es, gritando as palavras. — 

*i"hard, eles #i"aram magoados e %angados. @u #i%este "om !ue eles se sentissem "omose #ossem simples in"onveniBn"ias !ue tu podes ignorar !uando tens outra "oisa !ual!uer !ue !ueres #a%er. Consegueiludir Caroline e *obert prometendo$lhes "oisas para amanhã, mas /avid #oi

simplesmente para o seu !uarto e bateu a porta. *e"usou sair do !uarto para lan"har ou para tomar "h). — Amanhã j) ter) es!ue"ido — disse ele insensivelmente, "aindo

in"ons"ientemente de novo na atitude !ue eletivera antes do in"Bndio. +egou no al#inete !ue o seu "riadolhe dera e espetou$o na gravata. — *i"hard, estamos a #alar do teu #ilho. /a!uele !uene"essita de uma maior aten-ão. — Cho"ada "om as palavras dele, olhou$o #uriosa, a "or regressou ao seu rosto. /ispensando *awls,

*i"hard atravessou o !uarto e tomou asmãos dela nas suas. Ela a#astou$se, entrando no seu !uarto.Ele seguiu$a. Ela re"usou voltar$se e olhar para ele, as1Iman"has de #8ria do seu rosto tinham uma "or tão viva "omo o seu vestido de seda

amarelo. — &u", des"ulpa ter$te dei'ado so%inha a tomar "onta das "rian-as. ei !ue #i%

mal. Mas não tive tempo para #alar disso "ontigo antes de me ir embora. E /avid vaies!ue"er$se. ?ais ver. — Ele agarrou$a pelos ombros e voltou$a para ele. Ela lambeu osl)bios nervosamente. Então, ele bai'ou a "abe-a e beijou— a, derramando nela todo o seudesejo reprimido.

Ela tentou a#astar$se. Então, !uerendo ter #or-a para não o desejar, ela suspirou e

 apro'imou$se mais, enla-ando os seus bra-os em volta do pes"o-o dele. ( beijoa"abou "edo demais. Abanando a "abe-a "omo !ue para arejar as ideias, ela dei'ou "air os

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 bra-os e re"uou, determinada a não dei'ar !ue ele "ontinuasse a enlou!ue"er as suasemo-;es. Ela ansiava "onseguir neg)$las.

 — ?amos ver as "rian-as5( ambiente da sala de estudo estava tão #rio "omo um dia de inverno. Embora as

duas "rian-as mais novas tivessem relutantemente "umprimentado o pai, /avid re"usou

re"onhe"er por "ompleto a sua presen-a. *i"hard tentou "hegar a ele. — ?amos dar amanhã a!uele passeio5 — perguntou ele. — A"ha !ue vai ter tempo5 — perguntou *obert, não estando de todo "erto se podia

a"reditar na promessa do pai. A "urta estada em &ondres re"ordara$lhe o tempo antes doin"Bndio.

 — @irando hoje, alguma ve% #i% uma promessa !ue não "umprisse5 — perguntou o pai. Apesar da!uilo !ue anteriormente disse à esposa, *i"hard sabia o !ue era ser desapontado por algu0m. Ele não !ueria !ue os seus #ilhos so#ressem "omo ele so#reu.

 — 4ão, desde o in"Bndio — disse *obert lentamente, "omo se as palavras lhe#ossem arran"adas. Ele mantinha os olhos #i'os no "hão e não no pai.

Caroline, !ue #i"ara perto de &u" e a"ari"iava a te'tura sedosa do seu prpriovestido, olhou para "ima, os seus olhos tristes.

1I1 — ( +ap) disse !ue não voltava a #a%er, *obert — disseela ao irmão. ( seu rosto e a sua vo% eram mais s0rios do !uedeveriam ser numa "rian-a de seis anos. — Ele tamb0m disse isso antes de ir para a *8ssia disse o irmão mais velho

amargamente.*i"hard sentiu$se "omo se lhe tivessem "ravado um punhal. (lhou para &u", os seus olhos estavam tristes dedor. Ele não #a%ia ideia !ue os seus #ilhos guardassem tantaamargura por "ausa das suas viagens. 4o tempo !ue de"orreu depois do in"Bndio,

ele passou todos os momentos "omeles negando os seus prprios pra%eres para não os dei'ar so%inhos. Então, lembrou$se do !ue dissera a &u" minutosantes, e a "ulpa en#ure"eu$o. — +ensei !ue "ompreendesses — disse ele bai'inho. — 4s "ompreendemos !ue tu não gostas de ns — disse /avid. — e a Mamã não

tivesse morrido no in"Bndio,terias ido para outro lugar !ual!uer, e ns não te veríamosdurante meses.&u" #oi ter "om o rapa%inho robusto, mas ele a#astou$se. — 4ão, /avid — disse ela, "om os olhos transbordando de l)grimas. Ela ps as

mãos na bo"a.Caroline en"ostou$se mais a &u", "om os olhos muito abertos. — /avid est) errado. Eu sei !ue ele est) errado — sussurrou ela. — ( +ap) ama$nos — disse ela outra ve% mais alto. Engolindo em se"o, o pai olhou

 para ela e sorriu. — (brigado, !uerida — pis"ou os olhos v)rias ve%es para se libertar das l)grimas.

Ele voltou$se para olhar para o #ilho mais novo. — A"has !ue eu gosto tão pou"o de ti "omo a"ha o teu irmão, *obert5 — perguntou

ele.

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 4esta altura ele es!ue"era$se de !ue estava vestido "om o #ato de "erimnia eajoelhara$se num s joelho para poder olhar nos olhos das "rian-as.

 — Ele salvou$nos, /avid — disse bai'inho o rapa%inho1IG

mais novo, #inalmente olhando para o pai. — E ensinou$nos a velejar. — ( sorrisodele era hesitante, mas revelava ao pai !ue não tinha destruído por "ompleto o amor do seu#ilho mais novo.

( #lego !ue *i"hard tinha estado a suster es"apou$lhe rapidamente. entou$se no"hão, demasiado #ra"o "om o alívio !ue sentia para pensar na #igura !ue estava a #a%er.Estendeu os bra-os para os #ilhos mais novos. +rimeiro "aminharam lentamente e depois"orreram para os bra-os dele. /avid olhou$os #i'amente e depois virou$&hes as "ostas.

&u" sentou$se na "adeira de baloi-o !ue se en"ontrava num dos "antos, não pensando !ue estava a amarrotar o seu vestido de noite. Apesar de saber o !uanto as"rian-as tinham #i"ado aborre"idas na!uela tarde, ela não #a%ia ideia !ue as m)goas deles#ossem tão pro#undas. Ela olhou outra ve% para /avid, desejando saber "omo "omuni"ar "om eleF desejando poder di%er$lhe algo !ue o #i%esse sentir melhor.

 — ?ou tomar o meu banho agora — disse ela, pensando se iria ter tempo su#i"iente para dormir uma sesta. En!uanto esperava reviu mentalmente os pormenores. 4o momentoe'a"to em !ue perdera as esperan-as de ele estar pronto !uando "hegassem os "onvidados,*i"hard entrou no seu !uarto, vestia um #ato preto e bran"o !ue 2rummell torna tão popular. Ele sorriu !uando viu o vestido dela, de linho verde mar e de seda da mesma "or./ebruado por um bordado dourado no de"ote, nas mangas e na bainha, "riava a moldura per#eita para a sua pele "remosa. Ela tinha "olo"ado novamente o "olar de p0rolas.

 — A"ho !ue estes "ombinam melhor "om o teu vestido — disse ele en!uanto lhe entregava uma pulseira, um "olar, um par de brin"os e um

gan"ho de ouro e diamantes. Então, voltou$a para lhe poder desapertar o "olar de p0rolas.&u" olhava #i'amente para as jias !ue tinha nas mãos. /epois tentou olhar para

ele. — :i"a !uieta — ordenou ele, des"obrindo !ue o #e"ho do "olar era mais di#í"il de

desapertar do !ue ele se1IHlembrava. Conseguindo por #im desapert)$lo, deu o "olar a2ett, !ue rondava ali por perto. — /)$me o "olar — disse ele, dei'ando os dedos desli%arem pela pele ma"ia do seu

 pes"o-o.Ela o#egou. /epois voltou suavemente a "abe-a, ro-ando os l)bios pela mão dele. — *i"hard, não pre"isavas de #a%er isto — sussurrou ela.Ele "olo"ou$lhe o "olar e voltou$a — Mas eu !uis — disse ele suavemente, olhando para osolhos dela tão a%uis "omo o mar num dia radioso. 2ettmovimentava$se nervosamente. Ele re"uou. — /ei'a a tua"riada "olo"ar$te o gan"ho no "abelo — sugeriu.&u" sentou$se uma ve% mais diante do espelho sem protestar. Embora, ela

geralmente visse o !ue 2ett estava a#a%er, desta ve% ela não tirou os olhos da imagem de *i"hardno espelho. Ele sorriu$lhe, provo"ando$lhe arrepios pela

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espinha. Ela observava$o da mesma #orma !ue um mangustoobserva uma "obra. e eles estivessem so%inhos ela estarianos bra-os dele, o pensamento da #esta estava "ompletamente es!ue"ido.<uando 2ett terminou, ela levantou$se novamente,vendo$se pela 8ltima ve% ao espelho. /epois voltou$se para

ele. Ele deu um passo para ela. (s l)bios dela abriram$se.Ela lambeu$os nervosamente. *e"ordando$se dos "onvidados !ue estariam para

"hegar, ele estendeu$lhe o bra-o, e elasuspirou, mas #oi para o lado dele.Algum tempo mais tarde !uando se en"ontrava ao ladoda "adeira do pai, &u" "umprimentou os "onvidados "omum sorriso, um sorriso !ue #a%ia os seus olhos brilharem. 4o pou"o tempo !ue estava em &ondres, ela re"uperara o seu àvontade na so"iedade em grande parte por!ue os me'eri"os!ue ela temera não a"onte"eram. (lhou para o marido, !uenão saíra do seu lado desde !ue os "avalheiros #oram ter "om ela depois de tomarem o seu vinho do +orto. Ele sorriu para ela. — /an-as "omigo esta noite5 — perguntou ele bai'inho, "om a bo"a perto do seu

ouvido. Ela abanou a "abe-a e1IIvoltou$se para "umprimentar o pr'imo "onvidado. A m8si"a #i"ou mais alta, e as

 pessoas "ome-aram a tomar os seus lugares para a primeira dan-a. — 4ão posso dan-ar antes dos "onvidados "hegarem — disse$lhe ela, aproveitando

uma pausa nas apresenta-;es. — Eu espero — garantiu$lhe ele, "om os olhos "intilando. <uase "ontra sua

vontade, ela sorriu para ele.( pai voltou$se para lhe di%er algo mas não lhe disse, olhando "om uma e'pressão

satis#eita. Embora a #esta tivesse sido destinada para o seu #ilho e a noiva deste, ele atingiraoutro obje"tivo, ver a sua #ilha re"uperar o seu legítimo lugar na so"iedade. Ainda !ueini"ialmente tivesse desaprovado o "asamento deles, Mr. Meredith aprovava atrans#orma-ão !ue provo"ara na sua #ilha.

<uando o 8ltimo "onvidado deu as boas$noites, &ondres inteira estava a #alar, nãoapenas de Edward e de Arabella mas tamb0m de &u" e do seu marido. @al "omo o #i%eraanteriormente, *i"hard levara$a rapidamente para a pista de dan-a. E em ve% de permitir !ue ela se retirasse aps ter dan-ado uma m8si"a, ele "ausou olhares de surpresa aoreivindi"ar dan-ar trBs m8si"as seguidas "om ela, dei'ando$a apenas des"ansar !uando elase !uei'ou !ue estava e'austa. <uando ela es"apou do salão de baile, subindo para se"erti#i"ar de !ue as "rian-as re"eberam o seu brinde, ele seguira$a, não !uerendo dei')$laes"apar da sua vista por mais de alguns segundos. <uando os viram sair, as pessoas"ome-aram a #a%er "oment)rios. Embora os seus deveres de an#itriã e as dan-asobrigatrias dele os separassem às ve%es, ningu0m !ue ali estava tinha d8vidas sobre aa#ei-ão e'istente entre ambos.

 4uma "asa pe!uena !ue se en"ontrava numa %ona nada elegante de &ondres, umamulher 

 en"oleri%ava$se !uando ouviu o relatrio dessa noite.

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 — :oi um es"Kndalo — e'pli"ou o seu amigo. Ele in"linou$se mais. — (uvi di%er !ue o "onjunto de ouro e diamantes !ue ela usava, #oi um presente re"ente !ue ele lhe deu.6m dos diamantes era tão grande "omo a "abe-a do meu polegar.

1IJA ouvinte #i"ou !uieta. /epois sorriu. <ual!uer pessoa

!ue visse este sorriso teria d8vidas do dio !ue havia nele. — (uro e diamantes5 — a"res"enta$os na nossa lista.Ela aguardou um momento. — E a "arta5 ( !ue #oi !ue lhe a"onte"eu5 — perguntou

ela. — @al "omo plane)mos — ele riu$se e tirou a gravata. X — eles nem se!uer repararam em mim. Esperei at0 !ue am8si"a "ome-asse e esgueirei$me para dentro da "asa juntamente "om outras

 pessoas !ue tinham a"abado de "hegar. 4ingu0m me perguntou nada. — E eles alguma ve%5 — perguntou ela, in"linando a"abe-a para tr)s para ele lhe poder beijar a garganta. — Eu disse$te "omo seria. — o rosto dela #i"ou sombrio. — Mas eu não gosto de #i"ar em "asa so%inha. Eu tamb0mdevia ter ido. — N muito perigoso, !uerida. :oste tu !uem #e% asregras. <ueres "orrer o ris"o e mud)$las agora5 Estamos tão perto, tão perto — sussurrou. Ele ps os bra-os em volta delae pu'ou$a "ontra ele. Ele en#iou a mão no bolso e tirou um pe!ueno bro"he, um "ama#eu in"rustado em ouro. E deu$lho.orriu ao pegar no presente. /epois des"ontraiu$se. @ens ra%ão. tenho !ue

esperar mais um pou"o. — Elaolhou em volta para o !uarto pobre. — Meu /eus, estou#arta deste lugar. — /evíamos ter ido imediatamente para a Am0ri"a. — +ara a Am0ri"a5 Ainda "ontinuas a to"ar nesse velhoassunto5 @u sabias !ue eu não estava em "ondi-;es para viajar. — Ela olhou$o

#uriosamente "omo se o "ulpasse da #altade sa8de dela. — :oi "ulpa minha. Eu esperei demasiado tempo para teen"ontrar — admitiu ele, sabendo por e'periBn"ia !ue admitira sua "ulpa era a 8ni"a #orma de a"abar "om a dis"ussãoantes !ue se tornasse violenta. — +ois #oi. — ela deu$lhe uma "hapada brin"alhona na"ara. — Mas não tornas a mudar os meus planos, pois não,meu !uerido51I — 4un"a. — ( homem re"uou, "om os olhos relu%indo. Ele esperou pela pr'ima

e'plosão, mas não se deu.A mulher sorriu para ele. /epois voltou$se e "aminhou em dire"-ão à porta. +arou,

olhando para ele por "ima do ombro. — ?ens5 — perguntou ela.

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Capítulo 1A segunda "artta s #oi des"obertta na tarde do dia a seguir à #esta. As pessoas

levantaram$se tarde, a maior parttedelas pre#eriu tomar o "ho"olate ou o "a#0 nos seus !uarttos. &u" per"ebendo !ue

não s eles "omo tamb0m o pessoal estaria "ansado, pediu para !ue lhes servissem um

lan"he no iní"io da tarde.( sol !ue a"abara de se pr !uando eles se #oram deitar estava tão brilhante "omo"ada um deles !uando se sentaram à mesa.

 — >ostaste da #esta5 — perguntou Mr. Meredith a Caroline, !uem ele es"olhera"omo "ompanheira para o lan"he.

 — As senhoras estavam lindas — disse ela, "om os olhos muito grandes. — Masnão tão bonitas "omo a Mamã ou Arabella — os seus irmãos olharam um para o outro e#i%eram "aretas. Ela olhou para "ada um deles, "om um ar s0rio.

 — 2em, 0 a verdade. — Eu tamb0m a"hei, minha !uerida — disse Mr. Meredith, sorrindo para ela. Ela

sorriu para os irmãos, satis#eita "onsigo prpria. — @amb0m gostaram do !ue viram5 — perguntou aos rapa%es.

/avid a"enou !ue sim "om a "abe-a e "ome-ou a di%er algo !uando *obert ointerrompeu.

 — :oi aborre"ido estar sentado nas es"adas, mas a "omida era ptima. >ostei dasempadas de lagosta e dos bolinhos. /avid olhou para o prato, desejando !ue o irmão se"alasse.

 — Algu0m !uer ir dar um passeio5 — perguntou o pai. /avid olhou para "ima.1ID — Eu !uero — disse ele bai'inho. ( pai sorriu para ele ea"enou. — E eu — a"res"entou &u". — <ue "hato. N assim !ue vo"Bs passam as vossas tardesno /evonshire, &u"5 — perguntou o irmão. /esde !ue o seunoivado #ora o#i"iali%ado e j) não pre"isava de se preo"upar !ue lhe roubassem Arabella, !ue ele andava mais des"ontraído. — 4ão. ?amos velejar. — ?elejar5 — perguntou o pai dela, levantando as sobran"elhas. — 9sso 0 seguro5 — ( +ap) leva$nos a todos, Av Meredith — disse$lhe/avid. — 4s somos bons marinheiros. — At0 Caroline5 — perguntou Edward sorrindo para arapariguinha.Ela mostrou$lhe uma "ara aborre"ida. — /esde os "in"o anos !ue ando de bar"o — disse ela pomposamente. (s adultos tro"aram novamente olharesdivertidos. (s rapa%es deram risadinhas. — /i%$lhes, +ap).Ele a"enou, tendo "uidado em es"onder o seu divertimento. — e j) a"abaram,

 podem$se arranjar para o passeio.Eu espero por vo"Bs. — <uase antes de pronun"iar as palavras, as "rian-as pediram

li"en-a e desapare"eram. Esperou

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at0 eles saírem para perguntar ao sogro — <uando 0 !uevai regressar à provín"ia, sir5houve um tom na sua vo% !ue #e% o "avalheiro maisvelho, olh)$lo "uidadosamente. — Ainda não de"idi. @enho de admitir !ue gostei das

visitas dos amigos. E gosto de ler os jornais sem as notí"iasterem um atraso de uma semana. ou at0 "apa% de #i"ar mesmo depois da aison terminar. +or!uB5 — olhou para a#ilha para ver !ual seria a sua rea"-ão à mudan-a de planosdele, mas &u" tinha o olhar #i'o no prato. — urgiu um pe!ueno problema. e estiver de a"ordo,ns #i"aremos mais um tempo para !ue eu o possa resolver  — &u" olhou para *i"hard e depois bai'ou novamente osolhos.1IO — ?o"Bs são bem$vindos em !ual!uer altura. &amento !ue haja problemas, mas

#i"o #eli% por poder estar mais tempo "om a minha #ilha. Eu j) "ome-ava a re"ear a nossasepara-ão. Ainda #alta muito tempo at0 ao 4atal — disse Mr. Meredith "om um sorriso !uelhe iluminava o rosto.

 — ( 4atal5 — perguntou *i"hard, tentando re"ordar$se sej) tinha prometido visit)$lo nas #0rias.

 — ( meu "asamento, 2lount — disse Edward "om uma gargalhada. — e eu"onseguir sobreviver at0 l). @entei persuadir a mãe de Arabella a adiantar a data, mas a mãere"usou$se a #a%B$lo.

 — Ela ainda não a"abou de en"omendar o en'oval, Edward. E o linho demoramuito tempo a ser bordado. E tu prometeste esperar.

 — 4ão per"ebo para !ue ne"essitamos de todos esses linhos "om as minhas ini"iais bordadas neles. @u não pre"isaste deles — disse o irmão provo"ando$a. <uando viu !ue osrostos deles gelaram, ele desejou poder retirar o !ue disse.

 — A nossa situa-ão #oi di#erente — disse &u" bai'inho. Então, tamb0m ela pediuli"en-a para se retirar.

Edward olhou para o "unhado e para o pai. Compreendendo !ue di%er mais alguma"oisa seria in8tilF en"olheu os ombros. — @enho de me ir embora. +rometi a Arabella !ue passava a tarde "om ela para re"eber visitas.

&igeiramente in"omodado e sem ter a "erte%a do !ue &u" dissera ao pai, *i"harddisse

 — Agrade-o a sua preo"upa-ão. 4o entanto, isto 0 uma "oisa !ue eu tenho deresolver so%inho — ao ouvir um ruído no vestíbulo, ele levantou$se.

 — /esejo$lhe uma boa tarde. Creio !ue o meu grupo est) pronto para sair. — Mr.Meredith #i"ou a olhar a#litamente para ele, "om a testa #ran%ida.

<uando regressaram do passeio, as "rian-as estavam "oradas e agitadas, #alandotodas ao mesmo tempo.

 — ( pro#essor e a pre"eptora deles vão #i"ar aborre"idos "ontigo por os teresdei'ado "orrer tanto, *i"hard — disse &u" severamente en!uanto as ouvia "ontarem ao"riado o

1J

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!ue eles viram. Ela suavi%ou as suas palavras "om um sorriso. /epois dei'ou !ue3arvis lhe guardasse a sa!uinha de mão e a tou"a.

 — +ede para servirem o "h) na sala de visitas. E pergunta ao meu pai se nos !uer ir #a%er "ompanhia — disse ela ao mordomo. — ?ais #i"ar "onnos"o ou tens de voltar a sair5

 — ?ou tomar "h) "om vo"Bs — disse o marido, gostando de ver a "or !ue o sol dera

à sua #a"e. — <uais são os teus planos para esta noite5 — *e"usei todos os "onvites — suspirou ela.

 — +odes sempre di%er !ue mudaste de planos — lembrou$lhe o marido,interpretando in"orre"tamente o suspiro. — 4ão ten"iono #a%er isso — e'"lamou ela. — +re"iso de uma noite sossegada.

 — @odos ns pre"isamos de mais sossego do !ue a!uele !ue temos agora — disseele, #a%endo$se ouvir no meio das vo%es das "rian-as. Ele disse, elevando ligeiramente avo%.

 — Meninos, vamos tomar "h) na sala de desenho. &avem as mãos e a "ara, e depoisvenham ter "onnos"o.

 — ?iu$os pre"ipitarem$se para as es"adas. — Como umasenhora e uns "avalheiros, por #avor — gritou$lhes.Eles abrandaram obedientemente e subiram as es"adas at0 desapare"erem de vista.

/epois ele ouviu$os "ome-arema "orrer novamente e #ran%iu as sobran"elhas. — ( !ue esperava, sir5 ão "rian-as — disse a sua esposa, a"on"hegando o bra-o

no dele. ( passeio "om as "rian-as #ora re#res"ante, re"ordando$lhe algumas das ra%;es por!ue se "asara.

 — <uer !ue lhe traga a sua "orrespondBn"ia, sir5 — perguntou 3arvis !uando abriaa porta da sala de visitas. *i"hard a!uies"eu.

<uando !uebrou o la"re da "arta !ue estava no "imo da resma e leu as palavras !ueaí estavam es"ritas, então desejou poder apagar os 8ltimos minutos. A "arta di%ia

 — +ergunte à sua esposa se en"ontrou o bro"he !ue desapare"eu. /a pr'ima ve% oartigo tirado não poder) ser substituído "om tanta #a"ilidade.

1J1/esobstruiu a garganta e tentou di%er o nome dela. 4ão saiu nada. @entou outra ve%. — &u"5Algo no seu tom de vo% a #e% olhar para "ima. — im5Ainda sentado no "hão, *i"hard olhou para &u". Ela sorriu para ele. A sua imagem

de vestido de noite #B$lo gelar por momentos. (s seus bra-os estreitaram$se em volta deCaroline e de *obert. Eles olharam "uriosamente para ele. Então, perguntou

 — Edward pode a"ompanhar$te esta noite ao baile5 — +or!uB5 — perguntou ela "om a garganta terrivelmente apertada. Ela susteve a

respira-ão. — <uero #i"ar "om as "rian-as. — :i"amos os dois — 4ão, tu tens de ir — disse ele bai'inho.As suas palavras atingiram &u" "omo um golpe. 6ma ve% mais ela #oi posta de

 parte. Ela "ontrolou "uidadosamente a sua vo%.

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 — +osso perguntar$lhe.Aper"ebendo$se subitamente dos sentimentos opostos entre eles, ele olhou para ela. — @u j) est)s arranjada, e se um de ns "ompare"er, não o#enderemos !uem !uer 

!ue sejam os parentes de Arabella "om !uem estamos "omprometidos para hoje — e'pli"ou ele.

&u" levantou$se, embora "ada um dos seus instintos a in"itasse a #i"ar, para lutar  pelo seu direito de #a%er parte da #amília dele. — ?ou ver se ele ainda est) em "asa — disse ela bai'inho. Ela #oi$se embora antes

dele poder di%er mais alguma "oisa. :ran%iu a testa, pensando no estranho tom de vo% dela.Caroline "ome-ou a "horar. — 4ão !uero !ue ela se v) embora. +ede$lhe para voltar, +ap) — disse ela pu'ando

 pela sua manga. — Ela não se #oi embora para sempre. Ela vai voltar, mas hoje eu estou a!ui — 

disse ele tentando a"alm)$la.1JG(lhou para a porta e depois para as "rian-as !ue tinha nos bra-os. — Amanhã j) a vBem. — N mesmo uma menina. empre a "horar — disse *obert tro"ista. — 4ão estou nada — disse Caroline #ungando, limpando os olhos e o nari% à manga

do seu vestido. — Est)s sim — disse o irmão "ontrariando$a. — +arem os dois "om isso — disse *i"hard, tirando o len-o e limpando os olhos de

Caroline. — 4ão gosto de &ondres — disse *obert "arran"udo. <uero voltar para "asa. — Eu tamb0m. <uando voltamos5 — perguntou Caroline #ungando. At0 /avid se

virou para o olhar #i'amente, "om uma e'pressão de e'pe"tativa.

Embora a sua primeira rea"-ão tivesse sido voltar para o /evonshire, *i"hard sabia!ue "olo"ara #or-as em movimento !ue não podia interromper se !ueria des"obrir de umave% por todas !uem estava a amea-ar a sua #amília. E para o des"obrir, tinha !ue #i"ar em&ondres — pelo menos por agora.

uspirou. — @emos de #i"ar a!ui por um tempo. — +or!uB5 — +or "ausa da #esta do @io Edward e de Arabella — disse Caroline importante. — =oje entrei no salão e vi$os a en"erarem o... o...Era bvio !ue ela estava à pro"ura da palavra. — Ele não 0 nosso tio — disse /avid, interrompendo$a. A sua vo% era #ria. — ( !uB5 — a sua irmã%inha voltou$se para olhar para ele. — Ele 0 teu tio por a#inidade — disse o pai severamente. — @al "omo &u" 0 tua mãe por se ter "asado "omigo. — Madrasta — sussurrou /avid apenas osu#i"ientemente alto para poder ser ouvido. (lhou #urioso para o pai interrogando$se

se o iria "astigar. Ele sabia !ue se o pro#essor o tivesse ouvido o "astigaria.1JH3) não era a primeira ve% !ue *i"hard pensava se o seu #ilho mais velho não seria

#ilho de outro homem. 4o entanto, por muito !ue ela não tivesse gostado dele, ele sabia !ue

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3ulia não lhe #ora in#ielF o rapa% era demasiadamente pare"ido "om ele para isso.Controlando a sua impa"iBn"ia, *i"hard respirou #undo.

 — im, ela 0 tua madrasta, /avid, eu e'pli!uei$te isso !uando te disse !ue me iavoltar a "asar.

( seu #ilho mais velho resmungou !ual!uer "oisa bai'inho. *i"hard "ontrolou$se,

re"ordando$se a si prprio !ue o rapa% era uma "rian-a, uma "rian-a !ue teve de suportar enormes mudan-as na sua vida. @eria ele sido demasiado brando "om eles neste 8ltimo ano,interrogou$se. Mas eles pro"uraram$no, aprisionando$lhe o "ora-ão. Ele não os !uis rejeitar !uando eles o pro"uraram, #inalmente podendo partilhar do !uotidiano das suas vidas.

6m jovem solit)rio "uja mãe gostava de #estas e da anima-ão da vida na "idade e"ujo pai era lou"o por desporto, ele ansiara por #a%er parte de uma grande #amília. Essa #oraa ra%ão do seu "asamento, apenas para des"obrir !ue a sua esposa gostava demasiadamentede ser o "entro da so"iedade rural para ter tempo para a sua prpria #amília. Ela re"ebera$ona sua "ama e depois dis"utia "om ele sempre !ue des"obria !ue estava gr)vida, mandando$o embora. Aps o nas"imento de Caroline, ela re"usou ter mais alguma "oisa "om ele. 4essa altura, ele "ome-ou a #a%er viagens a mando do /epartamento dos 4eg"iosEstrangeiros. Ao olhar para os seus #ilhos, lamentou a!ueles anos. Ele perdera tanto tempoda in#Kn"ia deles.

uspirou. /epois levantou$se e sentou$se na "adeira !ue &u" deso"upara tãore"entemente.

 — Contem$me o !ue #i%eram hoje — disse ele, tentando ignorar as emo-;es dos8ltimos minutos. +rimeiro lentamente e depois mais rapidamente, Caroline e *obertdes"reveram o seu dia. At0 /avid a"res"entou uma ou duas #rases !uando "ompreendeu !ueo seu pai não ten"ionava ir$se embora.

1JI<uando saiu da sala de estudo, *i"hard vagueou pela"asa, pro"urando algu0m para #alar. /es"obrindo !ue Mr.Meredith se retirara j) para o seu !uarto, tirou um livro da

 bibliote"a e tentou ler. :inalmente, desistiu e en"ostou$se para tr)s na "adeira, de olhos #e"hados. E adorme"eu.:oi a"ordado pelo som de uma porta a #e"har$se. Espregui-ou$se e olhou em volta.

(uviu um ligeiro movimento no !uarto ao lado. — &u"5 — "hamou. Abriu a porta dela.Ela sentou$se direita na "ama. — im5 — <ue bom, ainda est)s a"ordada. <ueria #alar "ontigo.( "ora-ão dela, !ue "ome-ou a bater rapidamente !uando ouviu a vo% dele,

abrandou subitamente. — obre !uB5 — perguntou ela, apertando tanto as mãos!ue os ns dos seus dedos estavam tão bran"os "omo o len-ol !ue a "obria.Ele olhou #i'amente para ela espantado. — obre as "rian-as, 0 "laro. @u estavas "erta. Eu nãodevia ter duvidado de ti.As palavras dele deviam tB$la "on#ortado. Mas ela s se"onseguiu lembrar dele a ter mandado para o baile en!uanto

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ele #i"ou "om as "rian-as. — Estava5 — perguntou ela numa vo% !ue pare"ia maisum grasnido do !ue uma pergunta. — /evias ter #eito "om !ue eu te desse ra%ão. — Como5 @u "onhe"es os teus #ilhos melhor do !ue eu.

 — +elos vistos não "onhe-o. @u ouviste$os esta noite.Eles odeiam$me. — *i"hard, eles não te odeiam. Eles amam$te. — At0 /avid5 — perguntou ele. Então, pensou no !ue a"abara de di%er e

interrogou$se sobre !uantos dos homens!ue ele "onhe"ia realmente gostavam dos #ilhos. ("asionalmente, um deles gabava$se do nas"imento de um #ilho, masera raro algu0m #alar dos #ilhos. +ensou nos seus pais e nos amigosdeles e "ompreendeu !ue as pessoas das suas rela-;eseram di#erentes deles. Mesmo !uando estivera no "ol0gio1JJinterno, Edward e um ou dois dos outros rapa%es eram os 8ni"os "ujos pais lhes

es"reviam "om #re!uBn"ia ou os visitavam. (s seus pais não estavam em "asa !uando tinha#0rias da es"ola. Ele ia para >ales, para "asa do av ou ia visitar amigos "omo Edward,depois da morte do av. er) !ue ele #oi esse tipo de pai para os seus #ilhos5 ( seu rosto"ontor"eu$se de dor ao re"ordar o pensamento !ue o atormentara toda a noite.

&u" observou as emo-;es surgirem$&he no rosto e !uis am)$lo. — Ele não estaria tão %angado "omigo se não gostasse — tentou garantir ela. — E

ele nun"a mais #alou em !uerer ir para "asa dos pais de 3ulia — ela estendeu os bra-os e pu'ou$o para ao p0 dela na "ama. A"ari"iando$&he a #a"e, ela tentou a"alm)$lo, tentandoretirar$&he a dor.

 — Antes !ueria !ue ele me odiasse. — ( !uB5 +or!uB5 — ela a#astou$se dele. <uando ela pensou !ue o "ompreendia

ele mudou. — 4ão. 4ão 0 isso !ue !uero di%er — disse ele. — (u se "alhar 0. 3) não sei.&u" olhou$o #i'amente por um momento. Então, apesar de seus sentimentos não

resolvidos, ela disse

 — ?em para a "ama, *i"hard. /e manhã tudo ser) mais #)"il — Ele olhou$a#i'amente, no prin"ípio não !uerendo

libertar as suas emo-;es. /epois suspirou e entrou na "ama. &u" apagou a vela edei'ou !ue ele a pu'asse mais para si.

 4a manhã seguinte en!uanto &u" terminava os 8ltimos preparativos para a #esta!ue se ia reali%ar nessa noite, *i"hard levou as "rian-as ao par!ue. Ele não viu o "asal !ueaguardava na "arruagem !ue estava na es!uina. (s olhos da mulher abriram$se mais.

 — Ali est) o mais velho — sussurrou ela. — Eu disse$te !ue estavam todos a!ui — disse asperamente o homem !ue estava ao

seu lado. — 4ão dei'es !ue te vejam. — 4ão sou tonta — disse ela %angada, desviando$se e #a%endo sinal ao "o"heiro

 para seguir a outra "arruagem.1J

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 — Então não te "omportes "omo tal.Ela olhou$o #uriosa mas não disse mais nada. <uando a"arruagem de *i"hard se deteve ao lado do par!ue para eles saírem, eles passaram

 por eles. — ?amos sair da!ui — disse ela.

 — N muito perigoso. — <ue disparate. — antes !ue ele a pudesse impedir, ela#i%era sinal ao "o"heiro para os dei'ar sair. — +re"isamos de saber mais "oisas. +aga ao "o"heiro. — ainda a resmungar o homem #e% o !ue ela ordenou. Atrav0s de um "uidadoso

")l"ulo, o "asal estava sempre alguns passos à #rente de *i"hard e das "rian-as,su#i"ientemente longe para serem notados e su#i"ientemente perto para ouvirem o !ueestava a ser dito. En!uanto ela observava "autelosamente /avid !ue ia mais à #rente dosoutros, a mulher sorriu.

 — N a!uele5 — perguntou o homem. — im — disse a mulher numa vo% rou"a de emo-ão. — @emos de ir embora. — (s vigilantes ouviram *i"hard di%er. — Mas ainda não bebemos leite — !uei'ou$se *obert. Caroline a"res"entou mais

uma ou duas palavras. /avid apenas olhou #urioso para o pai, a sua raiva era demasiado pro#unda para perdoar "om a mesma #a"ilidade !ue os seus irmãos perdoaram.

 — @enho de ir bus"ar um embrulho. — A sua vo%disse$lhes para não dis"utirem "om ele. /esta ve% *obert ouviu. — ( !ue tem dentro5 — perguntou Caroline, levantando a "ara para ele. — 6ma "oisa espe"ial para &u". — +ara a #esta desta noite5 — !uis saber ela. — Ela vai #i"ar linda. 4em se!uer Arabella vai estar tão bonita — deu a mão ao pai

e deu um pe!ueno salto. /avid voltou$se e olhou$a #urioso, mas ela ignorou$o.*i"hard riu$se simplesmente. — ?enham. @enho de os levar para "asa. — /avid

resmungou !ual!uer "oisa bai'inho outra ve%. ( pai deitou$lhe um olhar severo.1JL — A!ui est) a nossa "arruagem, +ap) — disse o rapa% rapidamente, "ompreendendo

!ue o pai estava a olhar paraeles intensamente. Apontou para ela. — Aposto em "omo te "onsigo ganhar, *obert. — @enta — o irmão desatou a "orrer, e /avid seguiu$orapidamente. — *apa%es tontos — disse Caroline, sorrindo para ele de

uma #orma !ue o #e% "ompreender por!ue ra%ão os paisdas jovens raparigas #i"avam "om #re!uBn"ia mais rapidamentegrisalhos do !ue os pais dos rapa%es. ( "asal !ue agora os  seguia tro"ou um olhar "8mpli"e. ( homem sorriu ironi"amenteF depois

observaram a #amília partir antes do homem"hamar um #ia"re.<uando *i"hard levou as "rian-as para "asa e as entregou aos "uidados atentos dos

seus pre"eptores, j) era mais tardedo !ue ele tinha planeado. *e"usando lan"har, ele saiu de"asa pou"o tempo depois. <uando regressou, era altura de se

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vestir para a #esta.&u" estivera o"upada a "on#irmar os pormenores de8ltima hora durante grande parte do dia. Mas arranjou tempo para ir visitar a sala de estudo, prometendo às trBs "rian-as !ue se podiam sentar no

"imo das es"adas e ver os "onvidados "hegarem.

 — E eu vou pedir à "o%inheira para mandar um tabuleiro"om o jantar espe"ialmente para vo"Bs — disse ela "om umsorriso, re"ordando$se de "omo #ora emo"ionante para ela!uando lhe era permitido ver e depois provar algumas das"omidas !ue na!uela altura &he pare"iam ser tão e'ti"as. — @u e o +ap) vão subir para nos verem antes dos "onvidados "hegarem5 — 

 perguntou Caroline melan"oli"amente.então *obert e /avid #i%eram "aretas !uando ela #e% a pergunta. Ela voltou$se e olhou #uriosa para eles. — 2em, eles vieram ontem à noite. E tamb0m tinham de ir a um baile. — ?amos tentar — disse &u" "om um sorriso !ue es"ondia a dor da!uela re"orda-ão. — /esde !ue os nossos"onvidados não "heguem muito "edo.1JD — ( Av Meredith pode re"ebB$los no vosso lugar — disse *obert. — Ele disse$me

esta tarde !ue tamb0m ia. Como vai ele subir as es"adas5( irmão olhava #i'amente para ele "omo se ele tivesse sugerido !ue eles vivessem

na "on#usão. — (uvi 3arvis di%er ao "riado mais alto para o transportar — disse /avid,

desa#iando *obert a "ontradi%B$lo. — e à "adeira de rodas tamb0m. — (h — olharam ambos #i'amente para &u" "omo se esperassem !ue ela

a"res"entasse alguma "oisa. Ela apenas sorriu para eles e despediu$se deles.<uando ela "hegou ao seu !uarto, o seu "o'ear era mais pronun"iado. 9gnorando$o,

ela "on#irmou uma ve% mais as suas listas. /epois espregui-ou$se e #e"hou os olhos por ummomento.

 — /este pela #alta de um bro"he5 — Como sabes5 — perguntou ela. ( seu rosto estava perple'o. — <uando #oi !ue desapare"eu5 — embora a sua vo% não estivesse mais elevada, a

#orma "omo *i"hard #i%era a pergunta indi"ou$lhe !ue não se tratava de uma simples pergunta "asual.

 — 4ão tenho a "erte%a. 4ão o "onsegui en"ontrar pela manhã. — Ele #ran%iu assobran"elhas. — Mas, *i"hard 0 apenas uma bijutaria, uma "oisa !ue Edward me o#ere"euh) tanto tempo.

Antes !ue eles pudessem "ontinuar a "onversa, a porta abriu$se, e Mr. Meredithentrou. *eparando no ambiente pesado, olhou "uriosamente para um e para outro. E sorriu para a #ilha.

 — Como #oi o passeio pelo par!ue5 E onde estão as"rian-as5 — Estamos a!ui, Av — disse Caroline, surgindo atr)s dele. Contornou a "adeira e

sentou$se no seu joelho e os olhos de &u" abriram$se surpreendidos, sabendo o !ue o paitinha nas pernas. Ela apressou$se a levantar Caroline do seu "olo.

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1JO — /ei'a$a estar — disse o pai. — Ela sabe !ue não deve baloi-ar$se, não 0 verdade,

!uerida5 — Ele sorriu para Caroline — os rapa%es podem empurrar$nos e levar$nos a dar 

uma volta. — A rapariguinha riu$se, e os rapa%es "orreram aproveitando a sua proposta.

Apesar dos tapetes impedirem o seu progresso, /avid e *obert empurraram durante v)riosminutos a "adeira de rodas pelo !uarto.<uando o tabuleiro do "h) "hegou e deitara o "h), &u" "hamou$os. Animados pela

a"tividade e pelo sol <ue absorveram na!uela tarde, as "rian-as "omeram uma #orti#i"antere#ei-ão. *i"hard não "omeu prati"amente nada. <uando ele re"usou as tartes de limão pre#eridas, &u" #i"ou preo"upada.

Assim !ue pde, *i"hard a"ompanhou as "rian-as at0 seus pre"eptores. Chamandoà parte o pro#essor dos rapa%es, ele disse

 — ?igie$os "uidadosamente. /iga a Mrs. tanhope para #a%er o mesmo. Eles nãodevem #i"ar #ora da vossa vista.

 — +assa$se alguma "oisa, Mr. 2lount5 — perguntou Mr. ver, perguntando$se o !ueteriam as "rian-as #eito. — Esteja apenas atento — ele aguardou at0 !ue o homema!uies"esse. Então, *i"hard beijou a #ilha e despenteou o "abelo dos #ilhos.

 — Eu venho vB$los !uando regressar — prometeu $, mas não #i!uem à minhaespera. +osso "hegar tarde.

&u" estava à sua espera !uando ele des"eu as es"adas. — ( !ue se passa5 — perguntou ela, entrando no seu !uarto onde *awls o ajudava

a vestir um "asa"o novo. — 4ada.Ela sentiu uma ve% mais a "onhe"ida parede a surgir entre ambos. /esta ve% ela

estava de"idida a não ser a#astada. — 4ão tentes enganar$me, *i"hard. ( !ue est) a a"onte"er5 — Agora não tenho tempo para dis"utir isso — disse ele "om #irme%a. — <uando

voltar vou ver$te. +ergunta à tua "riada à !uanto tempo est) desapare"ido o bro"he. @anto1&u" "omo o seu "riado #ran%iram as sobran"elhas. *awls, "omo "orreram os teus

in!u0ritos5 — Espero ter em breve uma resposta — disse o seu "riado. — /i%$me imediatamente — pegando no "hap0u e nas luvas, *i"hard #oi ter "om a

sua esposa, !ue tinha estado a tentar "ompreender o !ue ele estava a di%er. Ele beijou$lhe a#a"e. — ?ejo$te mais tarde. @em uma tarde tran!uila.

 — *i"hard, aonde vais5 — perguntou ela. — Ao "lube — ele desapare"era, antes !ue ela &he pudesse perguntar mais !ual!uer 

"oisa. Ela e *awls olharam um para o outro. /epois &u" voltou para o seu !uarto.

Aproveitando a ausBn"ia do seu patrão, *awls "ontinuou a #a%er perguntas. /uranteo baile na noite anterior, ele tivera oportunidade para "onhe"er melhor a "riada de !uarto,uma rapariga roli-a ainda h) pou"o tempo na "idade. Contente por ter despertado a aten-ãode um homem tão importante, ela #ora mais #aladora do !ue a!uilo !ue "ostumava ser. @al"omo ele suspeitara atrav0s das suas prprias re"orda-;es nem todas as pessoas tinhamestado presentes no almo-o de anivers)rio da governanta. 6ma "riada e um "riado de servir não estiveram presentes. A "riada de !uarto deu risadinhas !uando "ontou a *awls a #orma

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"omo eles se tinham esgueirado e depois #B$lo prometer segredo. — Ela perderia o seu lugar se se viesse a saber — disse$lhe a rapariga. — 4ingu0m deu pela #alta deles5 — perguntou ele. — As "oisas estiveram numa "on#usão nessa noite. e algu0m deu pela #alta deles

ningu0m disse nada — ela riu— e espetou os l)bios para ser beijada.

Com o seu patrão ausente por um tempo, *awls tinha algum tempo para pro"urar o"riado. *awls en"ontrou$o #a"ilmente. 6m jovem alto e mus"ulado !ue viajara pela primeira ve% para &ondres "om Mr. Meredith, o "riado estava "ontente por dei'ar a limpe%adas pratas para outros he ir ao stão bus"ar uma mala !ue *awls dissera !ue o patrão pre"isava imediatamente. .

11 — Colo"a$a a!ui — disse *awls. Apontou para o "anto mais a#astado do !uarto. (

"riado #e% o !ue lhe #oi pedido e depois voltou$se para se ir embora. *awls desobstruiu agarganta. ( "riado parou e aguardou mais ordens. *awls #oi ter "om ele.

 — (uvi di%er !ue des"obriste um lugar para se levar uma rapariga — disse elenuma vo% rou"a.

(s olhos do "riado abriram$se mais. — 4ão #ui eu, Mr. *awls — disse ele numa vo% nervosa. (lhou para a porta "omo

se estivesse a "al"ular o tempo !ue levaria a #ugir. — 4ão #oi isso !ue me disseram. — (uviu mal — o "riado deu um passo em dire"-ão a *awls, a sua "ara estava

%angada. — Essas palavras podem #a%er "om !ue eu seja despedido. e houver problemas,eu sei !uem teve a "ulpa.

*awls re"uou rapidamente. — Compreendeste mal o !ue eu disse — disse ele depressa, desejando não se ter 

o#ere"ido para ajudar o seu patrão a des"obrir o !ue se passou. — Eu tenho uma amiga, e pensei...

( "riado riu de alívio. /eu umas palmadas no ombro de *awls. — Estou a ver o !ue pensaste. ?ieste ter "om o homem "erto. =) um sítio no jardim

mesmo em #rente. Cer"ado de arbustos "om um ban"o. 4ingu0m "ostuma ir l). — Mas "omo sais de l) sem seres visto5( "riado in"linou a "abe-a para tr)s e riu$se. — <ueres saber os meus segredos todos5 — perguntou ele. *awls a"enou "om a

"abe-a. ( "riado olhou #i'amente para ele "omo se tentasse ler$&he os pensamentos.:inalmente, disse

 — /es"obre a porta !ue pare"e umajanela. 4a "ave. — ( !uB5 (nde5 — 4ão te digo mais nada. @enho de me ir embora. — ( homem desapare"era antes

de *awls ter tempo para di%er !ual!uer "oisa.En!uanto *awls esteve a #alar "om o "riado, o seu patrão levou a "arta ao homem

!ue "ontratara para investigar o problema.1G — ( !ue est) a #a%er5 — perguntou *i"hard. Atirando a "arta para "ima da mesa

!ue estava à sua #rente.

 — 2ai'e a vo%, sir — disse bai'inho o homem de estatura bai'a e de roupas pobres.(lhou em volta para ver se algu0m na taverna es"ura e #ria tinha reparado. <uando se

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assegurou de !ue o barulho e a agita-ão na taverna era tão grande !ue ningu0m ouviu a pergunta de *i"hard, pegou na "arta e leu$a.

 — E o bro"he desapare"eu5 — A minha esposa disse !ue sim. ( !ue vai #a%er5 — ( !uB5 — ( homem in"linou$se para "ima da mesa, "om uma "ane"a de "erveja

na mão. — Eu não o "ontratei para !ue isto "ontinuasse — disse *i"hard entredentes. — 9stotem de terminar.

 — Con"ordo. Mas tem de nos dar tempo. — /evolveu a "arta a *i"hard. — *e"onhe"e a "aligra#ia5 — +ode ser de !ual!uer pessoa. — 9sso 0 !ue não. — ( !uB5 — *i"hard olhou$o #i'amente surpreendido. — ?eja as letras. Estão todas per#eitamente desenhadas. @odas "orre"tamente

es"ritas. — ( homem de roupas pobres in"linou$se para a #rente at0 o seu rosto #i"ar a

apenas a alguns "entímetros do rosto de *i"hard. — <uem !uer !ue tenha es"rito isto tem instru-ão. urpreendido, *i"hard pegou

novamente na "arta e releu$a. — @em mais pistas5 — Agora não. @alve% tenha !uando o meu s"io voltar  — olhou outra ve% em volta da taverna, reparando !ue uma ou duas pessoas os

olhavam de #orma estranha. — Agora tem de se ir embora. E não volte "). *i"hard olhou em volta da sala e

reparou !ue pelo menos uma pessoa mostrou um interesse mrbido na "onversa deles. Elea!uies"eu.

 — <uero resultados — disse ele #irmemente. — abe para onde deve enviar uma mensagem5 — o homem a"enou

a#irmativamente. <uando *i"hard1Hsaiu o homem !ue ele "ontratara para investigar o problema, #i"ou a olhar #i'amente

na sua dire"-ão, o seu rosto estava "uidadosamente ine'pressivo.<uando *i"hard "hegou à "asa de Mr. Meredith, *awls aguardava$o. — 3) sei por onde #oi !ue eles entraram — disse o "riado pessoal, numa vo% !ue

repi"ava de satis#a-ão. A pedido do seu patrão, ele "ontou a histria do "riado e da "riada,tendo o "uidado de não revelar os seus nomes.

 — /es"obriste essa janela5 — perguntou *i"hard, tirando a gravata. — Ainda não. 4ão "onsegui en"ontrar um motivo para estar nos sítios a#astados da

"ave — admitiu o "riado "om pesar. — 9sso tamb0m pode ser um problema para mim. — *i"hard despiu a "amisa,

lan-ando$a para o lado. @ens a "erte%a !ue o "riado não te deu uma in#orma-ão #alsa5 — posso ter a "erte%a !uando en"ontrarmos a janela — disse *awls. ( seu tom de vo% e a posi-ão do seu !uei'o indi"aram a *i"hard

!ue o seu "riado pessoal não estava "ontente. — N "laro. Agora temos de pensar numa ra%ão para irmos à "ave — ele sorriu "om

 pesar. — (s "riados de Mr. Meredith irão #alar se eu #or l) abai'o.

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 — @alve%, Mrs. 2lount possa pens)r em algo — sugeriu o "riado. /esdobrou umadas gravatas de *i"hard para ver se pre"isava de ser passada a #erro.

 — E'"elente ideia, *awls. ?ou ter "om ela imediatamente — disse *i"hard,"orrendo para a porta !ue separava os dois !uartos.

A veri#i"a-ão ao !uarto de &u" apenas revelou a sua "riada.

 — (nde est) a minha esposa5 — perguntou ele, não tendo no-ão da e'pressão dedesapontamento !ue tinha. — Creio !ue est) na sala de visitas "om Mr. Meredith, — disse 2ett bai'inho. ela

olhou para ele e depois bai'ou a "abe-a para "ima da meia !ue estava a remendar. EMesmo apesar da sua senhora guardar para si os seus sentimentos,

1I2ett sabia !ue o "asal tinha problemas. <uanto a ela, era ele !ue "riava todos os

 problemas.*i"hard praguejou bai'inho. Ele teria de esperar. abia !ue nenhum deles !ueria

envolver o pai nos seus problemas. @alve% antes do jantar ele tivesse oportunidade para#alar "om ela à parte.

En!uanto *i"hard esperava para poder #alar "om a sua esposa, a autora da "artaestava o"upada.

 — Arranjaste os homens de !ue pre"isamos5 — perguntou ela, o seu rosto !ue j)#ora bonito tinha rugas de determina-ão.

 — Arranjei !uatro dos maiores e dos mais "ru0is !ue tu alguma ve% j) viste — disseo seu "8mpli"e, "om um sorriso mali"ioso no rosto.

 — Eles estarão prontos para !uando ns dermos o sinal — ele #e% uma pausa "omo se lhe tivesse a"abado de surgir um pensamento. — @ens a "erte%a !ue isto vai resultar5 — Est8pido. N "laro !ue vai resultar se tu representares o teu papel "on#orme est)

 planeado. 4ão #oi o meu plano !ue #alhou da 8ltima ve% — disse ela amargamente. — Eu disse$te !ue a janela estava #e"hada !ue tive !ue esperar at0 ser dado o alerta

 — disse ele, desejando, "omo de ve% em !uando desejava, tB$la dei'ado #i"ar no sítio ondeen"ontrara nessa noite.

Como se per"ebesse o !ue ele estava a sentir, ela sorria. — Eu sei. 4ão devia ter #alado nisso. — Ela apro'imou$se mais dele, passando "om

os dedos pelo seu peito e depois des"endo mais. Ele tremeu. Ela beijou$o en!uanto os seusdedos o a"ari"iavam. — Mas s o #a"to de pensar !ue ele es"apou me dei'a lou"a. Eledevia ter morrido.

/esta ve% #oi o seu "ompanheiro !ue lhe o#ere"eu "on#orto. — Ele vai pagar. Eu prometo$te. Cativado por ela a primeira ve% !ue se tornaram

íntimos, ele vivia para agradar. A mulher !ue estava nos seus bra-os en"ostou a #a"e noombro dele e sorriu.

Capítulo 11&u" olhou para *i"hard !uando ele entrou na sala devisitas, es"ondendo "uidadosamente as suas emo-;es. 4ão lhe iria servir de muito mostrar$lhe o !uanto estava %angada. Aps o "h), ela

 passara grande parte do tempo re"ordando$se a si prpria !ue ele nun"a &he prometera maisdo

!ue partilhar "om ela a sua "asa, os seus #ilhos e a sua "ama.+or!ue ela j) não "onsiderava satis#atrio o a"ordo amig)vel deles, isso não

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impli"ava !ue ele tivesse a mesma opinião !ue ela. — (nde est) Edward5 — perguntou *i"hard, olhando

 pelo !uarto "omo se esperasse !ue o amigo estivesse es"ondido algures num "anto. — Est) "om Arabella. Ele agora est) "onstantemente

"om ela — disse Mr. Meredith. — (u pelo menos at0 a#amília dela se #artar dele. — Ele sorriu. — *idí"ulo, mas eure"ordo$me "omo eu era !uando "ortejava a tua mãe, &u". 4un"a a !ueria perder de vista. — im, +ap). <uanto tempo estiveram noivos5@anto &u" "omo *i"hard #i"aram surpresos ao veremum leve rubor nas #a"es do velho senhor. — 6ma semana. — 6ma semana5 +ap), o !ue est)s a di%er5 — Eu tinha tanto medo !ue ela mudasse de ideias !ue a"onven"i e ela "onven"eu a #amília para !ue nos "on"edessem uma autori%a-ão

espe"ial para nos "asarmos. N "laro!ue todas as pessoas da alta$roda da so"iedade "ontaram osmeses antes de Edward nas"er.1 — +ap)7 — &u" estava "ho"ada. — 4ão sejas p8di"a. Eu não !uis di%er nada "om a!uilo.Ele nas"eu uns respeit)veis on%e meses mais tarde. *i"hard teve !ue es"onder uma

gargalhada ao ver o rosto "ho"ado da sua esposa. — 4ão #oi isso !ue eu !uis di%er — disse rapidamente &u", as suas #a"es "oraram

ligeiramente. — Como pudeste apoiar os pais de Arabella, dei'ando$os #a%er "om !ue Edward

esperasse5 Eles ter$te— iam ouvido. Como pudeste ser tão "ruel5 — 4ão houve nenhuma "rueldade. <uando eu me "asei "om a tua mãe, ela nun"a

estivera noiva de outro, e muito menos de luto por outro homem. 4o "aso do teu irmão, eunão poderia apoiar um "asamento às pressas. 3) assim vão haver "oment)rios. N pre#erível#a%er as "oisas lentamente

 — disse ele "om #irme%a. — E o teu irmão "ompreende mesmo !ue tu não "ompreendas. — A"ho !ue não 0 justo. — Antes dela poder terminar a sua #rase, 3arvis abriu a

 porta e anun"iou o jantar. Ela deu o bra-o ao marido. — 2em, a"has !ue 05 — perguntouela.

 — Eu não !ueria ter esperado tanto tempo por ti — disse ele bai'inho, "om a bo"a perto do seu ouvido. A respira-ão dele na sua pele #B$la vibrar. Ela olhou$o nos olhos esorriu. Mr. Meredith voltou$se para #a%er uma pergunta, mas tornou$se a voltar "om umsorriso no rosto.

!uando estavam a subir as es"adas 0 !ue *i"hard teve oportunidade para #alar "om &u" sobre o assunto da "ave.

 — A "ave5 +or!ue !ueres saber5 — perguntou ela, #ran%indo a testa. — +ode ser !ue e'pli!ue "omo #oi !ue a "arta apare"eu — disse ele bai'inho,

abrindo a porta do !uarto dela e seguin do$a para dentro. Ela olhou e viu 2ett à sua espera. — +ede$lhe para sair — disse *i"hard, "om as mãos em

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sua "intura.&u" #e% o !ue ele &he pediu, esperando !ue a porta#e"hasse por tr)s das "ostas da "riada antes de se voltar para ele.1L — ( !ue #oi !ue soubeste5 — perguntou ela, numa vo% rou"a e o#egante.

Ele olhou para os seus l)bios abertos. Como se não "onseguisse resistir, *i"hard bai'ou a "abe-a e beijou$a. Ele pu'ou$a mais "ontra si e ela sentiu$o tenso. Ele beijou$a denovo, e ela enla-ou os bra-os à sua volta.

 — Ns tão do"e, tão do"e — murmurou ele, es!ue"endo por momentos a ra%ão !ue olevara at0 ao seu !uarto. 3) passara tanto tempo desde a 8ltima ve% !ue ele a tomara nos bra-os.

Apesar do desejo de se perder nos seus bra-os, de permitir !ue ele a #i%essees!ue"er todas as suas preo"upa-;es, &u" a#astou$se do abra-o, aps alguns momentos.

 — *i"hard5 — ele bai'ou a "abe-a para a beijar outra ve%, mas ela soltou$se e deu dois passos

 para longe dele. — ( !ue se passa5 — @u !uerias #alar — lembrou$&he ela. — +odemos #alar mais tarde — disse ele, pegando$lhe na mão e pu'ando$a para ele.

Ele sorriu sedutoramente para ela, #a%endo$a vibrar de desejo. 4o entanto, ela re"usou "eder. — ( !ue tem a "ave5 — perguntou ela, pondo as mãos no peito e a#astando$o. — <ual "ave5 — 9sso pergunto eu — disse ela. Ele pegou$lhe numa mão e levou$a aos l)bios.

 4um 8ltimo es#or-o, ela a#astou$se novamente. — *i"hard7/esta ve%, para seu pesar, ele tamb0m se a#astou. Ele abanou a "abe-a "omo para

re#res"ar as ideias. *espirou #undo v)rias ve%es. /epois #ran%iu as sobran"elhas "omo se setentasse lembrar de algo.

 — A "ave. ?ou "ontar$te o !ue *awls des"obriu — disse, "ondu%indo$a para o so#)situado perto da lareira.

<uando ouviu a histria, #ran%iu as sobran"elhas. — 6ma janela !ue 0 uma porta5 ( !ue signi#i"a isso5 perguntou ela.1D — 9sso era o !ue ns esper)vamos !ue tu nos pudesses e'pli"ar — disse *i"hard. — Alguma ve% ouviste #alar nela5 — <ue eu saiba não. Mas o +ap) s "omprou esta "asa !uando #oi a altura da minha

aisonF antes desta ele tinha uma mais pe!uena. Eu s ") estive na!uela ve%, e depois nãotive tempo para a e'plorar. @alve% Edward ou o +ap) te possam ajudar — sugeriu, tentandoen"ontrar uma #orma de &he aliviar as preo"upa-;es.

Ele #ran%iu as sobran"elhas. — Eu não os !ueria envolver nisto — e'pli"ou. — E Edward est) o"upado "om a

sua vida. Eu não o !uero perturbar. — <ue disparate. Eles vão #i"ar "ontentes por poderem ajudar.Ele levantou$se e olhou #i'amente para o pe!ueno #ogo !ue ardia na lareira. Apesar 

de ser !uase ?erão, as noites eram #rias. +or #im, !uando o silBn"io se tornou grande demais

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 para ser suportado, ele voltou$se. — /es"ulpa ter$te envolvido nesta "on#usão — disse bai'inho.&u" #i"ou "om o "ora-ão na bo"a. Ele estava a pedir$lhe des"ulpa por lhe ter 

 pedido para ela ajudar. Ela bai'ou a "abe-a para es"onder as l)grimas.

Como se re"onhe"esse o !ue ela estava a sentir, *i"hard #oi para o so#) e sentou$seao seu lado. — /eves estar arrependida por ter a"eite a minha proposta — disse, pondo$lhe a

mão na sua. 6m dos seus dedos a"ari"iava$&he a palma da mão. Como ela não se a#astou, atriste%a !ue o invadira, desapare"eu um pou"o.

 — Arrependida5 *i"hard, eu não estou arrependida — assegurou$lhe ela, uma pontade esperan-a "ome-ava a nas"er dentro de si. Ele pare"era tão desesperado. As suasl)grimas desapare"eram. Ela desejava !ue ele olhasse para si, uma ve% sem estar nade#ensiva, e lhe dissesse a!uilo !ue sentia por ela. Ele olhou para "ima, mas ela não"onseguia ver nada.

6ma ve% mais ele usava a m)s"ara !ue se tornara demasiadamente #amiliar.1O — Então, sou um homem "heio de sorte — disse e um sorriso iluminou$lhe os olhos

e o rosto. Ele in"linou$se para a #rente. Ela susteve a respira-ão, os pensamentos dos problemas desapare"eram todos "om a promessa dos seus olhos.

 — *i"hard7 — perguntou, numa vo% tão bai'a "omo um sussurro. A resposta dele#oi devorada pelo beijo !ue se seguiu. /esta ve% nenhum deles se a#astou, ambos ardendodes"ontroladamente de pai'ão.

<uando se en"ontrava nos bra-os dele muito mais tarde nessa noite, &u" voltou$se para olhar para ele.

 — *i"hard5 — =mmm — disse ele "ontente. Ele estendeu a mão para enrolar um dos "ara"is

dela no seu dedo. — @emos de #alar.Ele suspirou e a!uies"eu. A#astando$se, abanou as almo#adas e en"ostou$as à

"abe"eira da "ama. /epois sentou$se. — obre a "ave — disse ele, "om uma ponta de pregui-a na vo%. — 4ão apenas sobre isso. 4os 8ltimos dias, &u" tinha tomado uma de"isão. Ela

tinha$a adiado at0 a #esta de Edward ter terminado, mas ela sabia !ue não podia evitar parasempre a situa-ão. A sua 8ni"a preo"upa-ão era o !ue ia a"onte"er à sua rela-ão "om*i"hard.

Ela sentou$se ao seu lado, "om a "abe-a no seu ombro. ( silBn"io aumentouen!uanto ela tentava des"obrir as palavras.

 — *i"hard5Ele bo"ejou e abriu os olhos. Ele tamb0m desejava poder adiar esta "onversa o mais

 possível. — ( !uB5 — &amentas ter$me envolvido no !uB5 ( !ue est) a a"onte"er5 +or!ue apare"eram

estas duas "artas5 — As suas perguntas uma ve% "ome-adas, jorraram dela "omo a )gua deum "Kntaro.

/a mesma #orma !ue o #i%era "om tanta #re!uBn"ia nos 8ltimos dias, *i"harddesejou poderem voltar aos primeiros

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1Ldias do seu "asamento antes da parti"ipa-ão apare"er. Eles tinham sido tão #eli%es

nessa altura. Então, disse — Come-ou trBs meses antes do in"Bndio. — /o in"Bndio5 — &u" sentou$se direita na "ama.

 — Estamos a #alar da mesma "oisa5 *i"hard, não "ompreendo. — +ara te di%er a verdade eu tamb0m não. — /ei'a de ser tão enigm)ti"o — pediu ela. — /i%$me apenas o !ue sabes.

 — ( bilhete !ue re"ebeste #a% parte de uma "oisa maior. @rBs meses antes doin"Bndio, "ome"ei a re"eber bilhetes !ue amea-avam #a%er mal a mim e à minha #amília. 4o prin"ípio, pensei !ue estivessem rela"ionados "om o trabalho !ue eu #a%ia para ogoverno — #e% uma pausa, as rugas do seu rosto est)vam mais pro#undas.

 — E não estavam5 — perguntou &u", in"itando$o a "ontinuar. — Aparentemente não. As pessoas !ue o meu patrão "ontratou na altura não

a"haram. @omei pre"au-;es. E "ontinuaram. — ( !ue di%iam5 — :a%iam basi"amente amea-as, amea-as !ue eu re"usei levar muito a s0rio — ele

#e"hou os olhos, a "ulpa !ue ele sentia desde o in"Bndio invadira$o. — e eu as tivesselevado a s0rio, talve% 3ulia estivesse viva.

 — E ns nun"a nos teríamos "asado. — &u" não #a%ia ideia de "omo o tom da suavo% mostrava a desola-ão !ue sentia. Ela estava "erta. Ele lamentava o "asamento deles.

*i"hard ps rapidamente os bra-os em volta dela e enla-ou$a. — 4un"a digas isso. 4ão sei "omo teria aguentado as 8ltimas semanas sem ti — 

disse ele. /epois in"linou bem o rosto para poder olh)$la nos olhos. — @u trou'este novamente o pra%er à minha vida.Como se esperasse !ue ela se a#astasse, beijou$a.( to!ue dos seus l)bios nos dela a#astou a maior partedos pensamentos de pesar da sua mente. Ela derreteu$se1L1nele, tentando pu')$lo mais para si. Certamente !ue ele não a poderia beijar da!uela

#orma e ainda desej)$la no purgatrio. Mesmo aps o beijo ter terminado e embora ele ativesse apenas nos bra-os, mantiveram$se assim num silBn"io "on#ort)vel, a "abe-a delaen"ostada no ombro dele. Então, ela perguntou

 — As "artas !ue tens re"ebido em &ondres são iguais à!uelas !ue re"ebeste antes5 — Como sabias !ue re"ebi mais de uma5 — perguntou ele. Ele pensou por instantes

se ela saberia mais do !ue a!uilo !ue &he dissera. /epois rejeitou rapidamente a ideia. — *i"hard, esta tarde eu reparei na tua "ara !uando abriste a!uela "arta. A 8ni"a

ve% !ue te vi "om a!uela e'pressão #oi !uando eu te dei a "arta !ue estava no meu tou"ador.E !uando viste a parti"ipa-ão do "asamento no jornal — a"res"entou.

Ele estreme"eu. — A parti"ipa-ão — #e% uma pausa por um momento, esperando !ue ela a"eitasse a

sua e'pli"a-ão. — +e-o des"ulpa por isso. E'agerei. — E'ageraste5 *i"hard, tu entraste em erup-ão "omo um vul"ão. +or!uB5 — @ive medo. <uando levei as "rian-as para o /evonshire, não disse prati"amente

a ningu0m onde estava. ( meu advogado a!ui em &ondres enviava as minhas "artas paraamigos e enviava$me as deles. E en!uanto ningu0m soube onde eu estava, as amea-as

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 pararam. — (h. — &u" "ontor"eu$se para poder olhar para ele. — ( !ue #oi !ue os homens !ue o teu patrão "ontratou disseram disso5 — o marido

 pare"ia bastante envergonhado. — *i"hard5

Ele desobstruiu a garganta. /epois disse — Eles não sabiam. 4ão lhes "ontei. — ( !uB5 *i"hard, "omo pudeste ser tão burro5 — Eu sei. ( meu mentor j) ralhou "omigo. Mas eu s pensei em proteger os meus

#ilhos.

A ideia das "rian-as "orrerem perigo #B$la hesitar. +or #im perguntou — E a parti"ipa-ão5 — @ive medo !ue revelasse a minha morada — disse bai'inho. <ueria pu')$la novamente para si, mas tinhamedo !ue ela resistisse. — E revelou5 — perguntou &u", o seu tom de vo% #oimais hesitante do !ue era habitual. e a sua #amília tivesse posto os seus #ilhos em perigo, perdoar$lhe$ia ele alguma ve%5 — 4ão. A primeira "arta apare"eu$te depois de termos"hegado a &ondres.Aliviada, en"ostou$se para tr)s pensativamente. +oisando novamente a "abe-a no

seu ombro. Ele enla-ou$a "om o bra-o, mantendo$a en"ostada a ele de tal #orma !ue elaouvia o bater do seu "ora-ão por bai'o da "abe-a. — +or!ue terão esperado at0 agora5 — perguntou ela, asua vo% #oi tão suave !ue pare"eu estar mais a pensar para"om os seus bot;es do !ue a #a%er$&he uma pergunta. — 4ão sei — admitiu ele "om relutKn"ia. 6ma ve% mais pensou se deveria reunir a sua #amília, "arregar as "arruagens, e voltar 

imediatamente para o /evonshire. — 4este momento, est) algu0m a tratar do problema5 perguntou, pou"o tempo mais

tarde. Ela estivera a analisar mentalmente a in#orma-ão. — ?oltei a "ontratar os homens !ue investigaram asamea-as !ue re"ebi anteriormente — disse$lhe ele. Elees#regou$lhe os ombros e beijou$lhe o pes"o-o.9gnorando as emo-;es !ue ele lhe despertou novamente, perguntou — :oi "om eles !ue estiveste esta tarde5 — im. — &evaste$lhes a "arta !ue re"ebeste hoje5 — im.ubitamente as emo-;es !ue ela reprimira durante tantotempo destruíram o seu retraimento. *eagindo da mesma#orma "omo !uando era rapariga, ela voltou$se e bateu$&heno estmago.

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 — Ai7 +or!ue me bateste5 — perguntou ele indignado,massajando o lo"al onde ela lhe bateu.1LH — +or não me teres dito nada. Agora, o !ue #oi !ue a "arta !ue re"ebeste hoje di%ia5

 — ela olhou$o #uriosa "omo se tivesse sido ele o autor da "arta.

 — :alava no bro"he !ue perdeste e amea-ava$me di%endo !ue eu poderia perder outro artigo. — ( meu bro"he5 +or!ue haveria algu0m de o !uerer5 4em se!uer 0 muito valioso. — (s homens !ue eu "ontratei sugeriram !ue se tratava de um aviso. e o autor da

"arta, seja ele !uem #or, "onseguiu tirar. — ele não terminou a #rase, temendo !ue aotranspor o pensamento para palavras este se tornasse mais real.

 — A jia5 *i"hard, temos de "olo"ar as jias !ue me deste ontem no "o#re do +ap). — Ela a#astou$se dele e #oi para a borda da "ama.

Ele agarrou$a e tornou a pu')$la. — A"ho !ue eles não se estavam a re#erir a isso — e'pli"ou ele.

Ela tornou a #i"ar na mesma posi-ão "om a "abe-a no ombro dele. — Então, não "ompreendo.=esitantemente, "omo se tivesse medo de !ue ao transpor os seus pensamentos para

 palavras &hes desse poder, *i"hard disse — &u", temos de tomar "uidado. e esta "asa #osse in"endiada, o teu pai. — ( +ap)5 então, os seus olhos abriram$se mais. Ela voltou$se de lado para poder 

olhar para ele. — *i"hard, não est)s a di%er. — tal "omo ele, ela tamb0m tinha medo de terminar o

seu pensamento. — Estou a di%er !ue o in"Bndio não #oi um a"idente. As suas palavras suaves "aíram

entre ambos "omo brasas !uentes !ueimando$&hes o "0rebro. Embora estivesse horrori%ado"om a!uilo !ue a"abara de di%er, o rosto de *i"hard estava "uidadosamente ine'pressivo,mas &u" tinha uma e'pressão de horror.

 — E tu a"has !ue a 8ltima "arta se re#eria a isso5 — perguntou ela, numa vo% rou"ade emo-ão.

1LI — 4ão sei. sei !ue da 8ltima ve% dei'ei$me persuadir por 3ulia de !ue não havia

 perigo. upli!uei$lhe para irmos para outro lugar. /esta ve%, ten"iono estar mais bem preparado. ( tom #rio na sua vo% era tão austero "omo o vento no inverno.

 — 3ulia sabia das amea-as !ue tu re"ebeste5 — im. Ela tamb0m pensou !ue as amea-as estavam de algum modo rela"ionadas

"om o meu trabalho "omo "orreio. Est)vamos os dois errados, e isso "ustou a vida de 3ulia. 4ão ten"iono dei'ar !ue !ual!uer outra pessoa "orra perigo de vida — disse *i"hard#urioso.

( rosto de &u" estava pensativo. Ela bo"ejou, mas os seus olhos estavam perspi"a%es "omo se estivessem a meditar. +or #im disse

 — /esta ve% estaremos mais bem preparados. Mas esta noite j) não podemos #a%er mais nada. Mas amanhã de manhã.

 — /e manhã vamos inspe""ionar a "ave — disse ele "om #irme%a en!uanto"olo"ava o bra-o em volta dela e a deitava na "ama. Mesmo !uando o ritmo da respira-ãode &u" lhe revelou !ue ela estava a dormir, *i"hard manteve$se a"ordado, de guarda.

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 4a manhã seguinte, aps o pe!ueno$almo-o, &u" deu o primeiro passo do plano para e'plorar a "ave. En"ontrou$se "om a governanta, e'pli"ando$lhe !ue o pai estava a pensar em #a%er umas mudan-as na "asa e lhe pedira para inspe""ionar os sítios onde asrenova-;es seriam #eitas.

 — 4ão ten"iono interromper o trabalho de ningu0m. +ode in#ormar a Co%inheira e

os restantes dos "riados !ue ns iremos l), e vamos tentar ser o mais dis"retos possível. — 4s5 — perguntou a governanta. — ( meu marido e eu — disse &u" #irmemente, pensando em "omo iria e'pli"ar a

 presen-a de *i"hard se ela &he perguntasse. :eli%mente, a governanta a!uies"eu e saiu do!uarto.

<uando #oram à "ave pou"o tempo mais tarde, a governanta esperava$os ao #undodas es"adas.

 — @erei muito gosto em responder a todas as perguntas.1LJ

 — disse ela #irmemente, seguindo$os. &u" e *i"hard tro"aram olhares. Eles não"ontavam "om a sua presen-a. 9nspe""ionaram o mais depressa possível os !uartos nos!uais trabalhavam pessoas, pro"urando pela janela de !ue *awls #alara. 4o iní"io nãoen"ontraram nada. <uando j) se preparavam para desistir, entraram uma ve% mais na"o%inha. :oi então !ue repararam numa janela na adega !ue abria para uma passagem !ueia dar ao jardim.

 — =) !uanto tempo se en"ontra a janela assim5 — perguntou &u", apontando paraas t)buas !ue "obriam par"ialmente a janela.

 — /esde !ue eu para ") vim — disse a governanta, interrogando$se sobre ointeresse deles.

 — /ei'a$me ir ver — disse *i"hard sussurrando. /istrai$a para eu a poder ir ver. — &u" a!uies"eu.

 — Est) satis#eita "om estas "ondi-;es5 — perguntou &u" à governanta. — <uealtera-;es !uereria #a%er5

 — @enho a "erte%a de !ue vou #i"ar satis#eita "om as altera-;es !ue o patrão #i%er.:oi ele !ue insistiu !ue a "o%inha #osse e!uipada "om um dos novos #og;es #e"hados. (!ue #oi muito bom para a "o%inha — disse a governanta.

 — 4ão a"ha !ue 0 es"ura5 — Em rela-ão a muitas outras "asas ns temos bastante lu%. E as "larabias na

"o%inha ajudam a ilumin)$la. 4ão seria seguro ter mais. <ual!uer pessoa poderia entrar — ela #e% uma pausa e olhou em volta. ?endo *i"hard ao lado da janela, #oi ter "om ele.

 — Esta janela 0 desne"ess)ria. (nde 0 !ue j) se ouviu #alar de uma adega ter uma janela. 4ão tem !ual!uer utilidade. — *i"hard limitou$se a a!uies"er. — 9sto 0 uma "oisa!ue devia ser modi#i"ada. @apem$na "om tijolos.

 — Con"ordo — disse *i"hard, "aminhando para ao p0 de &u". — ?amos di%er a Mr. Meredith o seu "onselho — deu o bra-o à esposa. — 

(brigado pela sua ajuda. e pre"isarmos de mais alguma in#orma-ão, tornamos a voltar.+edimos des"ulpa por lhe termos tomado tanto do seu tempo.

1L&u" olhou para ele mas não "onseguiu per"eber se era a!uela a janela !ue

 pro"uravam. Ela despediu$se e dei'ou !ue *i"hard a "ondu%isse rapidamente pelas es"adasat0 à sala de visitas.

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/epois da porta se ter #e"hado por tr)s das suas "ostas, ela virou$se para ele. — 2em, o !ue a"has5 *awls tinha ra%ão5 — im. As t)buas não estão pregadas. <ual!uer pessoa as pode tirar sem #a%er 

muito es#or-o. — A e'pressão do seu rosto era pensativa. — ( !ue vamos #a%er agora5 — perguntou ela, apertando as mãos uma na outra

 para !ue não tremessem. — @apamo$la "om tijolos — deu dois passos em dire"-ão à porta e depois parou. — Es!ue"i$me. ( !ue vai o teu pai pensar5

 — obre o !uB5 — obre eu #a%er altera-;es na sua propriedade. 4ão o podemos enganar "omo

#i%emos "om a governanta. — (h. — &u" #i"ou "alada durante alguns momentos. Então, o seu rosto alegrou$

se. — +odes e'pli"ar$lhe o !ue tem estado a a"onte"er — ela viu a "areta !ue ele #e%.

 — Ele vai "ompreender. — Compreender !ue eu "olo!uei a sua #ilha em perigo. e tu #osses Caroline e eu o

 pai, não tenho a "erte%a se seria muito "ompreensivo.

 — ( +ap) não se vai opor, vais ver — prometeu. +ara sua surpresa, o seu pai #i"outão aborre"ido "omo *i"hard tinha previsto.

 — Amea-as5 4a minha "asa5 /e !uem se trata5 — disse Mr. Meredith numa vo%!ue estava bastante perto de ser um grasnido.

<uando *i"hard e'pli"ou !ue eles ainda não sabiam de !uem se tratava, o pai de&u" #i"ou "alado.

 — ( !ue posso #a%er para ajudar5 — perguntou ele, olhando para um e para outro. — /es"obrimos uma janela, por onde se pode entrar para dentro da "asa, pensamos

!ue #oi por aí !ue entrou a1LL pessoa !ue dei'a os bilhetes — disse &u". Empoleirando$se no bra-o da sua

"adeira, "om o bra-o em volta dos seus ombros. — E5 — tentou Mr. Meredith di%er numa vo% brus"a. Mas estragou o e#eito ao

dei'ar desli%ar o seu bra-o em volta da "intura da #ilha. — >ost)vamos !ue #osse tapada — e'pli"ou *i"hard. — a sua governanta a"ha !ue 0 uma boa ideia. Ela mandou tap)$la "om t)buas para

impedir !ue a "laridade entrasse na adega. (s tijolos apenas vão atrapalhar as pessoas !ue atBm usado para entrar e sair #urtivamente.

 — Muito provavelmente as "riadas tamb0m se esgueiram por aí para se en"ontrarem"om algu0m — disse Mr. Meredith. (lhou para &u" e depois para *i"hard e depois outrave% para ela. Então desobstruiu a garganta. &u" dei'ou o bra-o da "adeira e #oi para aolado do marido. *i"hard "olo"ou possessivamente o bra-o em volta da sua "intura.

 — :a-am$no — disse bai'inho Mr. Meredith $, e digam$me se apare"er maisalguma dessas "artas.

Antes do dia terminar, a janela #oi tapada "om tijolos pelo lado de #ora por oper)rios. En"ontrando$se no jardim a supervisionar o trabalho, *i"hard suspirou desatis#a-ão e depois voltou$se para a sua esposa e para os #ilhos, !ue tinham estado tãointeressados "omo ele no trabalho !ue estava a ser #eito. (s dois rapa%es teriam ajudado oshomens se *i"hard os tivesse dei'ado.

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 — +odíamos transportar alguns tijolos, +ap) — *obert protestou !uando *i"harddes"obriu !ue ele "ontinuava novamente a seguir os dois grandes oper)rios.

 — (u podíamos entregar$lhes as #erramentas — sugeriu /avid. Ambos tinhama!uela e'pressão supli"ante à !ual *i"hard di#i"ilmente "onseguia resistir.

 — E depois #i"avam demasiado sujos para darem um passeio pelo par!ue — disse

&u". orrindo para o marido. — ?amos ao par!ue hoje5 — perguntou *obert. — A!uele !ue tem va"as5 — os olhos de Caroline #i"aram grandes de emo-ão.1LD — ( +ap) disse !ue da pr'ima ve% podíamos beber leite. 4ão 0 verdade, +ap)5 — Eu disse isso5 — perguntou *i"hard, ainda a olhar para os trabalhadores. /epois

olhou para Caroline e sorriu. — /isseste. Ele prometeu. /i%$lhe, /avid — disse Caroline, saltitando de

entusiasmo. — +re#erem beber leite a "omer gelados5 — perguntou o pai. ?iu os oper)rios

"olo"arem o 8ltimo tijolo e depois voltou$se para a #amília. — +ensei !ue gostassem de ir dar outro passeio5

 — Aonde vamos5 — !uis saber /avid.*i"hard olhou para &u" e sorriu. — ?amos ao jardim %oolgi"o. — <ue animais h) l)5 — perguntou *obert. — ?amos ter de ver. 3) não vou l) h) anos — disse$lhe o pai. — Agora "orram para

dentro de "asa e arranjem$se. Ele viu$os entrarem. Então, olhou para a esposa. — <ueres ir "onnos"o5

Ela sorriu para ele. — Com muito gosto — disse. 9n"apa% de resistir à tenta-ão embora estivessem ao

al"an"e da vista dos oper)rios e de algu0m !ue #osse ao jardim, ele beijou$a.Então, ela re"uou, a sua "ara estava rubori%ada. — @enho de vestir algo mais apropriado — disse, olhando para o seu vestido

amarelo. — /i% às "rian-as !ue eu não me demoro — ela "orreu para "asa.*i"hard inspe""ionou uma ve% mais ajanela tapada "om tijolos e pagou aos

oper)rios. /epois entrou tamb0m para dentro de "asa, satis#eito por ter #rustrado os planos a!uem !uer !ue o estivesse a amea-ar.

Capítulo 1G /o outro lado da "idade o homem !ue *i"hard "ontratara para des"obrir !uem o

estava a amea-ar, #ran%iu as sobran"elhas !uando ouviu o relatrio do seu "olega. — Então, "ontinuamos a saber o mesmo !ue sabíamos antes5 — perguntou

asperamente. — N muito estranho. @em de ser algu0m !ue o "onhe-a muito bem — disse$lhe o

seu par"eiro bebendo um grande golo de "erveja. &impou a bo"a "om as "ostas da mão. — :alaste "om os empregados5 — 4ão !uiseram nada "omigo. +are"e !ue j) houve algu0m !ue os dei'ou

des"on#iados — in"linou$se sobre a mesa para !ue ningu0m os pudesse ouvir. — Contrateidois homens para #i"arem de atalaia. 4ingu0m entra ou sai sem eles saberem.

 — Rptima ideia. A"ho !ue tamb0m vou mandar algu0m segui$los !uando elessaírem de "asa.

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 — ?ai "ustar um bom dinheiro — !uei'ou$se o "olega. — er) !ue ele paga5 — Ele j) pagou — o homem "om !uem *i"hard se en"ontrara estendeu uma bolsa

!ue tilintava. — /isse para não me preo"upar "om os "ustos. — Ele sorriu. — @amb0m prometeu mais dinheiro !uando os des"obríssemos.

 — 4ão vai ser #)"il. 4ão 0 uma "oisa habitual. 4ão h) um motivo real. A"has !ueele nos "ontou tudo5 — o homem !ue "hegou depois, "o-ou a "abe-a en!uanto esperava pela resposta.

1D — +ode estar a es"onder alguma "oisa. Envia$lhe uma mensagem. /i%$lhe para se

en"ontrar "onnos"o, mas não a!ui. 6m segundo en"ontro a!ui poder) levantar suspeitas — os dois homens a!uies"eram.

<uando *i"hard voltou do passeio "om as "rian-as, a mensagem esperava$o. &u"viu$o abrir a "arta. Ela tremia. Ele #ran%iu as sobran"elhas.

 — Então5 — perguntou ela. — (s homens !ue eu "ontratei pre"isam de se en"ontrar "omigo — disse$lhe ele,

#ran%indo as sobran"elhas. — +osso ir "ontigo.

 — 4ão. 6ma senhora não deve ir à!uela parte da "idade onde eu vou. :i"a ades"ansar — a ternura na sua vo% suavi%ou a re"usa. — E não me digas !ue não pre"isas dedes"ansar — disse severamente. orriu para ela.

 — Est)s a "o'ear, sinal evidente de !ue est)s "ansada. 4ão devias ter ido "onnos"oesta tarde.

 — *i"hard, não deves pr$me numa redoma de vidro s por!ue eu "o'eio. Eudetestaria ser posta de lado — disse bai'inho. ( seu rosto estava s0rio. *i"hard olhou$a #i'amente, sedu%ido pela sensualidade da sua vo%.

 — <uero #a%er parte da vida das "rian-as, #a%er parte da tua vida. 4ão posso #a%B$lose tu insistes para !ue eu #i!ue em "asa.

Aper"ebendo$se de !ue se en"ontravam no "orredor "om um "riado e uma "riada arondarem por perto, *i"hard disse apenas

 — /es"ansa at0 ao jantar. +odemos "ontinuar a nossa "onversa !uando estivermosss — depois &u" reparou nos "riados e a!uies"eu.

 — ?oltamos a "onversar !uando eu regressar — prometeu$lhe. Ele #i"ou a vB$laen!uanto ela subia as es"adas Então, pegou no "hap0u e saiu.

<uando entrou na taverna !ue lhe indi"aram, olhou em volta. +ara sua surpresa, asala era es"ura mas limpa. A!ui e ali, haviam "ompartimentos "om mesas para se ter  priva"idade. Em algumas destas mesas en"ontravam$se homens bem vestidos "omo ele. Eleinspe""ionou a sala, tentando

1D1identi#i"ar "aras, mas depressa "ompreendeu !ue seria impossível. En!uanto estava

ali parado, um homem robusto #oi ter "om ele. — Esperam$no5 — perguntou.*i"hard olhou$o #i'amente por um momento. /epois a"enou "om a "abe-a. — <ual 0 o seu nome5 — Ele disse$lhe *i"hard. — +or a!ui. erpenteando atrav0s da sala, o homem robusto "ondu%iu$o a um

"ompartimento situado na parede do #undo e "oberto por uma "ortina. ( seu a"ompanhante

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desviou a "ortina e dei'ou *i"hard entrar para dentro. — Ainda bem !ue #oi tão r)pido, Mr. 2lount — disse o homem !ue ele interrogara

somente ontem. — ente$se. Este 0 o meu s"ioF Mr. 3ones. — mith e 3ones. 4omes interessantes — disse *i"hard "om um sorriso irni"o. — 

<ue lugar 0 este5

 — N um lugar onde se pode ter priva"idade entre outras "oisas — disse o homem!ue se "hamava 3ones. — +or um pre-o — disse mith, o seu s"io. *i"hard a"enou "om a "abe-a. — ( !ue #oi !ue des"obriram5 — perguntou *i"hard, olhando para um e para outro.

Ele sabia !ue nun"a os "onseguiria re"onhe"er, se tivesse estado no meio de uma multidão"om !ual!uer um deles. Mesmo ali eles pare"iam "ombinar$se "om o #undo da sala.

(lharam um para o outro. Então, mith disse. — 4ada. :oi por isso !ue lhe pedimos para vir.

 — 4ada — *i"hard levantou$se. — Então vão me di%er !ue vão desistir do "aso5 — a sua vo% era #ria e bai'a. (lhou$os #i'amente, os seus olhos "in%entos estavam severose brilhavam perigosamente.

Como se #ossem um s, os dois homens levantaram$se, ombro "ontra ombro, prontos para en#rentar a situa-ão.

 — ente$se, sir — disse mith, numa vo% "alma $, ningu0m disse !ue íamos desistir. — *i"hard olhou para ambos e depois voltou a sentar$se. — pre"isamos de maisin#ormaY;es

*i"hard des"ontraiu$se.1DG — :a-am as vossas perguntas.mith olhou para 3ones, !ue lhe #e% sinal para "ome-ar. — /iga$nos aonde tem ido e o !ue tem #eito desde !ue "hegou à "idade. — Eu j) lhes disse isso — protestou *i"hard. — /iga$nos outra ve%. +ode ter$se es!ue"ido de alguma "oisa — disse 3ones

 bai'inho. (lhando para ambos, *i"hard obede"eu.<uando #alou no teatro, mith interrompeu$o. — =ouve algu0m !ue mostrasse um interesse espe"ial nessa noite5 — *i"hard não

teve de parar para pensar. :omos o "entro de todas as aten-;es — admitiu. — +or!uB5 — perguntou 3ones des"on#iado. — A minha esposa #oi 9m"ompar)vel no seu tempo. Mas re"usou voltar à "idade at0

agora. <ual!uer pessoa !ue #osse sua "onhe"ida tentava "hamar a sua aten-ão. — 4ingu0m em espe"ial5 — perguntou mith, "om a testa #ran%ida. — 4ão — *i"hard parou. — =ouve uma pessoa. ( anterior noivo dela. — Ele pode guardar$lhe ran"or5 — perguntou 3ones. — /uvido. :oi ele !ue permitiu !ue o noivado #osse rompido. +ara al0m de !ue

isso #oi h) oito anos atr)s. — =) ran"ores !ue #oram guardados durante mais tempo do !ue isso — lembrou$

lhe mith. — <ual 0 o nome dele5*i"hard disse$lhe. /epois, #ran%iu as sobran"elhas. — 9sso pode signi#i"ar !ue as "artas !ue eu re"ebi antes do in"Bndio não estão

rela"ionadas "om estas — disse pensativo. — E não posso a"reditar !ue isso seja verdade.

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 — 9n"Bndio5 <ue in"Bndio5 — perguntou 3ones. (lhou #urioso para *i"hard "omose nun"a o tivesse visto antes.

 — Eu #alei$lhes disso — disse *i"hard de#endendo$se. — uper#i"ialmente — disse mith. — :ale$nos mais sobre isso.

*i"hard olhou para ambos. /epois "ome-ou a "ontar a histria. Eles ouviam$noatentamente, interrompendo$o1DHapenas !uando ele saltava um pormenor !ue eles "onsideravam ser importante ou

!uando !ueriam mais in#orma-;es. — /epois levei as "rian-as para o /evonshire — disse ele, "hegando ao #im da

histria. — E !uanto tempo esteve l)5 — perguntou mith. — Mais de um ano. ?oltei a &ondres por!ue a minha esposa !uis estar presente na

#esta de noivado do irmão. — A sua esposa. Conhe"ia$a bem antes de se "asarem5 — perguntou 3ones.*i"hard en"oleri%ou$se. — 4ão admito !ue #a-am a"usa-;es à minha esposa. Ela 0 ino"ente. — 4ão #i%emos a"usa-;es, sir — disse mith depressa, tentando a"alm)$lo. (lhou

#urioso para o s"io. — Apenas pensei !ue algu0m do passado dela estivesse a #a%er as amea-as — 

a"res"entou 3ones.

 — Eu disse$lhe !ue ela não era o problema — disse *i"hard "om #irme%a. — Elanão #a%ia parte da minha vida !uando apare"eram as primeiras "artas.

mith e 3ones olharam um para o outro. Então, mith disse — 3ulga !ue !uem !uer !ue tenha es"rito as "artas o persegue a si.*i"hard a"enou "om a "abe-a. — @alve% 3ones v) visitar a sua anterior "asa e #a-a algumas perguntas. — ( !ue espera des"obrir l)5 — perguntou *i"hard. — @alve% nada. ( !ue a"onte"eu aos seus "riados5 perguntou 3ones. Ele in"linou$se

 para a #rente, olhando #i'amente para o homem !ue o "ontratou. — A maior parte deles ainda vive l). @omam "onta do !ue sobrou da propriedade. — 4ão os levou "onsigo para o /evonshire5 — 4ão, a maioria deles tinha #amília nas vi%inhan-as. *i"hard #e% uma pausa,

olhando para as suas mãos #e"hadas. — E eu !ueria "riados em !uem pudesse "on#iar.1DI — A"ha !ue alguns deles #a%iam parte do problema5 perguntou mith, "om o rosto

s0rio. — 4ão sei. 4a altura eu s pensava em proteger a minha #amília. — =mmm — mith olhou para o seu s"io. — ?ais #alar "om eles5 — 3ones anuiu. — +;e$te a "aminho. Antes !ue *i"hard o

impedisse, 3ones esgueirou$se do "ompartimento e desapare"eu. — Mas agora5 ( !ue vai #a%er para proteger a minha #amília5 — @udo o !ue pudermos — nos minutos seguintes, mith #alou$lhe dos homens !ue

"ontrataram. — Mas não os dei'e sair so%inhos. +osso sugerir um ou dois "riados, !ue

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sejam "onhe"idos pela sua #or-a e pela sua inteligBn"ia. e pre"isar de mais. — 9sso não vai ser ne"ess)rio — assegurou$lhe *i"hard. &evantou$se. — Espero ter 

notí"ias suas regularmente — disse ele "om #irme%a, agarrando a "ortina. mith anuiu.En!uanto regressava para "asa do sogro, *i"hard tentou "onven"er$se de !ue

ningu0m poderia #a%er mal à sua #amília, de !ue ele #i%era tudo para !ue não "orressem

 perigo. A!uela seguran-a não durou depois de entrar na porta prin"ipal.Como se tivesse re"onhe"ido os seus passos, &u" saiu a "orrer da sala de visitas. — ?em depressa — disse ela agarrando na sua mão e pu'ando$o em dire"-ão à

 porta. — ( !ue se passa5 — /avid — ele parou, mas ela não. — ?em. Ele pre"isa de ti — disse ela

#reneti"amente.Ele seguiu$a para a sala de visitas. Mr. Meredith tinha o #ilho mais velho nos seus

 bra-os. ( rapa% tremia e "horava. — ( !ue a"onte"eu5 — ?inha neste estado !uando voltou de brin"ar no par!ue no "entro da pra-a — 

e'pli"ou &u". — egundo Mr. Aver e Mrs. tanhope não a"onte"eu nada dee'traordin)rio.

*i"hard #oi at0 à "adeira de rodas.1DJ

 — Eu agora #i"o "om ele, sir — disse bai'inho, pegando /avid ao "olo. ( #ilho#i"ou violento, por alguns momentos, debatendo$se e tentando libertar$se. /epois #i"ouimvel. *i"hard sentou$se no so#), segurando$o bem. Então, reparou em *obert e Caroline,"om os olhos muito abertos e assustados, olhando$os #i'amente.

 — &u" — disse ele suavemente. Ela "orreu para ao p0 de si. — +or #avor, leva as"rian-as para "ima. — ela anuiu e #e% sinal às duas "rian-as.

<uando a porta se #e"hou por tr)s delas, Mr. Meredith desobstruiu a garganta.(bservou a #orma "omo *i"hard segurava o #ilho para !ue o rapa% não se magoasseen!uanto lutava para se soltar.

 — Mando "hamar o m0di"o5 — perguntou ele bai'inho. *i"hard olhou para ele,"om uma e'pressão dura.

 — Ainda não. /ei'e$me ver se o "onsigo a"almar — a#rou'ou os bra-os em voltade /avid. ( rapa% "ome-ou de novo a tentar libertar$se. — ossega, /avid. :i"a "almo.

 — @enho de ir. Ela !uer$me — disse o rapa% #reneti"amente. — @em estado a repetir isso "onstantemente desde !ue o trou'eram ( !ue !uer ele

di%er "om isso5 — perguntou Mr. Meredith.*i"hard não lhe respondeu. A sua aten-ão estava "on"entrada no #ilho. :inalmente,

o rapa% parou de lutar. Mas a sua ladainha "ontinuou. — Ela !uer$me. @enho de ir ter "om ela.<uando a porta se abriu novamente, /avid #i"ou rígido "omo se re"easse a!uilo !ue

iria ver. Apenas entrou &u". Ele dei'ou$se "air nos bra-os do pai. *i"hard estreitou os bra-os à sua volta. >radualmente, o seu solu-ar violento desvane"eu$se, as suas palavrastornaram$se num murm8rio sem lgi"a. (s trBs adultos esperaram at0 !ue ele se a"almasseFdepois o ritmo da sua respira-ão abrandou "omo se ele estivesse a dormir.

 — Est) e'austo o pobre%inho — disse Mr. Meredith suspirando $, algu0m te disse o!ue #oi !ue o #e% #i"ar assim5

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1D — Mr. Aver e Mrs. tanhope disseram !ue não a"onte"eu nada de e'traordin)rio.

Ele parou para #a%er #estas a um "ão !ue uma senhora estava a passear. Aparentemente elegostou muito do "ão e "ome-ou a segui$lo pelo par!ue. Mr. Aver #oi bus")$lo. Então,segundo Caroline e *obert, /avid teve uma #8ria. Mr. Aver teve de lhe pegar ao "olo e

 tra%B$lo para "asa — disse &u". — Eles estão bastante perturbados, *i"hard.+rometi$lhes !ue os iríamos ver antes deles se deitarem. — @eve uma #8ria5 9sso não 0 nada normal em /avid. ( !ue lhe ter) a"onte"ido5 — 

 perguntou *i"hard. — E !uem era a senhora5 /eve morar por a!ui para estar na pra-a — lembrou$lhes

Mr. Meredith. &impou o rosto "om o len-o, a mão tremia$lhe ligeiramente. /epois dastentativas para a"almar /avid, todo o seu "orpo lhe doía e ansiava por se ir deitar. Mas elenão ten"ionava ser enganado por uma !ual!uer histria !ue &u" lhe "ontasse para não o preo"upar.

 — A senhora5 Algum deles #alou nela5 — *i"hard olhou para a esposa. — Eles estavam mais interessados no seu "ão — disse$lhe &u". — +odemos

 perguntar a Mr. Aver e a Mrs tanhope talve% eles tenham reparado em alguma "oisa.&u" sentou$se ao lado do marido, desviando o "abelo da testa do rapa%.

 — Ele 0 tão novinho para ter tantos problemas — tal "omo o #i%era anteriormente,ela desejou poder absorver toda a dor !ue o rapa% sentia, dei'ando$o jovem, #eli% edespreo"upado.

 — N melhor ir deit)$lo — disse *i"hard bai'inho. &evantou$se e pegou$&he ao"olo.

 — /Bem$lhe uma tisana para ele dormir !uando o deitarem. +ara ele não a"ordar antes de ser manhã. — Embora a vo% de Mr. Meredith #osse "alma, *i"hard re"onhe"eu !uese tratava de uma ordem. Anuindo, dirigiu$se para a porta. &u" estava à sua #rente e abriu$lha.

Estavam os dois e'austos, !uando a"abaram de deitar 1DL/avid e de lhe darem a tisana para dormir. (lharam um para o outro e suspiraram. — ( !ue eu não daria por um dia normal. "almo e agrad)vel — disse *i"hard,

espregui-ando$se para libertar a tensão dos m8s"ulos do pes"o-o e das "ostas. &u" anuiu.Ela bo"ejou, não tapando a bo"a por estar demasiado "ansada.

 — (s outros dois ainda estão a"ordados5Ela olhou para ajanela por onde ainda entrava "laridade. — /evem estar. Ainda 0 bastante "edo. Mas sinto$me "omo se j) #osse meia$noite. — ?amos #alar "om eles. /epois podemos jantar "almamente nos nossos aposentos.

 — Ele ps o bra-o em volta dela e "ondu%iu$a para a porta. Estendeu a mão para ama-aneta e depois parou. — <uem me dera não ter de #a%er isto

 — disse ele, a "on#usão e o desespero eram evidentes na sua vo%. &u" a"enou"on"ordando.

( ambiente na sala de estudo assegurou$os. Caroline e *obert, estavam a jantar, osseus rostos ainda estavam demasiado solenes e os seus olhos assustados. Assim !ue viram o pai e a madrasta, gelaram. /epois olharam rapidamente para os pre"eptores, e "ontinuarama "omer. Ao ver Caroline es#or-ar$se para engolir um peda-o de pão "om manteiga, &u""ompreendeu !ue as "rian-as iriam #i"ar mais à vontade se #i"assem so%inhas "om eles os

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dois. — +or!ue não aproveitam este tempo para vo"Bs5 — sugeriu ela aos pre"eptores — 

 4s #i"amos "om as "rian-as at0 irem para a "ama.Assim !ue a porta se #e"hou por tr)s deles, ela mandou a ama ir jantar. — Mar, !uando pre"isarmos de si to"amos na "ampainha — disse ela.

<uando #i"aram so%inhos "om as "rian-as, *i"hard sentou$se à mesa "om eles,tentando #a%er "onversa en!uanto &u" se sentava perto dele. :inalmente, Caroline e*obert a"abaram a re#ei-ão. abendo !ue não podia adiar por muito mais tempo as perguntas, *i"hard olhou para &u". Ela a"enou "om a "abe-a.

1DD — :i!uei surpreendido !uando soube !ue vo"Bs #oram à pra-a depois do passeio

 pelo par!ue — disse ele. — ?o"Bs "ostumam ir l) muitas ve%es5Caroline subiu para o "olo de &u". *obert estava perto do pai. — Mr. Aver esteve a #alar$nos de #olhas. 4s tínhamos de des"obrir trBs tipos

di#erentes de #olhas. A!ui estão as minhas — ele en#iou a mão no bolso e tirou umaam)lgama verde.

 — Eu perdi as minhas !uando /avid. — disse Caroline, #ran%indo a "ara "omo se#osse "horar. &u" estreitou os bra-os à sua volta.

( rosto de *obert perdeu a alegria. — /avid estraga tudo — disse ele %angado. — Eu ia ganhar um pr0mio pelas

minhas #olhas. Agora Mr. Aver j) não as !uer ver. — Colo"a$as na tua gaveta esta noite. Amanhã ele j) ter) mudado de ideias — disse

o pai. — Al0m disso, /avid não ten"ionava estragar o vosso passeio. — Mas estragou. +or!ue #oi !ue ele agiu da!uela #orma5 Ele est) sempre a di%er 

!ue eu sou um beb0, mas ele 0 !ue #oi beb07*i"hard abra-ou o #ilho, desejando ter algumas respostas. — @alve% me possas ajudar para !ue eu possa impedir !ue isto volte a a"onte"er — 

sugeriu o pai.Como5Caroline, !ue estivera "alada at0 a!uela altura, sentou$se direita no "olo de &u",

 provo"ando$lhe um gemido de dor involunt)rio !uando os m8s"ulos da sua perna protestaram. Mas !uando a rapariguinha ia a sair do seu "olo, ela estreitou mais os bra-os.

 — A"ho !ue #oi a!uela senhora — disse Caroline em vo% bai'inha. — <ual senhora5 — perguntou &u", o seu rosto era uma m)s"ara !ue es"ondia a

esperan-a !ue sentia. — A !ue estava perto. Com o "ão. — Caroline tornou a en"ostar$se para tr)s,

en"ostando a "abe-a no seio de &u"1DO — @amb0m a viste5 — perguntou *i"hard a *obert. ( rapa%inho a"enou

a#irmativamente. — Ela tentou #alar "om vo"Bs5 — 4ão. Eu estava o"upado a pro"urar as minhas #olhas. Mas ela disse !ual!uer 

"oisa a /avid. — ( !ue #oi !ue ela disse5 — perguntou o pai. ( "ora-ão de *i"hard batia tão

depressa !ue ele mal "onseguiu ouvir a resposta do rapa%inho.

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 — 4ão sei. — Ele estava assustado — disse Caroline. — Eu #i!uei perto de Mrs. tanhope

 por!ue me disse para eu não #alar "om estranhos. — Ela olhou para a madrasta para ver se&u" "on"ordava. &u" sorriu$lhe.

 — Como era ela5 — perguntou &u", desviando$lhe os "ara"is !ue "aíam para o

rosto de Caroline. — Era pare"ida "om as bru'as das histrias !ue /avid lB. — E "omo 0 !ue podias saber5 — disse o irmão %ombando. — Ela tinha um v0u a

tapar$lhe o rosto. — @inha5 — perguntou *i"hard à #ilha. — Caroline a"enou a#irmativamente. — 

&embras$te de mais alguma "oisa5 — Ela tinha um "ão — disse *obert rapidamente, "ortando a resposta da irmã. — E estava so%inha. — Caroline olhou para &u". Ela não deve ser uma pessoa

#ina. — &u" e *i"hard olharam #i'amente para ela. — +or!uB5 — perguntou &u". — Mrs. tanhope di% !ue uma senhora não sai so%inha. &u" e *i"hard sorriram por 

a rapariguinha se pare"er tanto "om a sua pre"eptora a #alar. &u" deu um abra-o aCaroline.

Antes !ue o pai pudesse #a%er mais alguma pergunta, *obert en"ostou$se no seuombro, o seu rosto estava s0rio mas um tanto envergonhado.

 — +ap), posso dormir "om uma vela a"esa esta noite5

 — 6ma vela5 — Eu tamb0m — disse Caroline. — :i"a tão es"uro. — @ens a "erte%a !ue 0 isso !ue !ueres5 — perguntou ele, lembrando$se "omo a

visão de uma "hama os perturbara1Onas semanas a seguir ao in"Bndio. — abem !ue Mar vai #i"ar perto de vo"Bs

durante toda a noite. — esta noite, +ap) — supli"ou *obert. *i"hard olhou para &u" para pedir o seu

"onselho. &entamente, ela a"enou a#irmativamente. — por esta noite — disse ele, dando um abra-o ao pai. — e vo"Bs se

lembrarem de mais alguma "oisa sobre esta tarde, podem di%er$me amanhã. — Como o "ão dela era #eio5 — perguntou Caroline. — Era, !uerida5 — &u" sorriu para ela. — Como era ele5 — Era pare"ido "om um dos "ães maus !ue a Mamã tinha. — N verdade, *obert5 — !uis saber o pai. ( seu rosto não demonstrava a tensão

!ue estava a sentir. — im. 9sto signi#i"a !ue não podemos voltar a ir à pra-a — disse ele %angado. — 

/avid estraga tudo.ensatamente, o pai não disse nada. :i"aram os !uatro ali sentados sem di%erem

nada durante alguns minutos. Então, Caroline bo"ejou. — Est) na hora de irem para a "ama — sussurrou &u". A rapariguinha tentou

 protestar, mas tornou a bo"ejar. Ela saiu do "olo de &u" "om relutKn"ia. :oi ter "om o pai,e deu$lhe um beijo na #a"e, mas ignorou o irmão. &u" levantou$se, a sua perna tremia por "ausa do peso adi"ional !ue tinha suportado.

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 — Eu ajudo$te a arranjares$te — disse ela, estendendo$lhe a mão. Caroline deu$lhea mão e "ondu%iu$a para o seu !uarto.

 — @enho de ir para a "ama agora, +ap)5 — perguntou *obert. — ( !ue "ostumas #a%er5 — /avid e eu jogamos um jogo en!uanto Mar ajuda Caroline.

 — 2em, /avid não est) disponível. er) !ue eu sirvo — perguntou o pai. <uando &u" voltou aps ter a"on"hegado a rapariguinha na"ama, estavam os dois pro#undamente envolvidos no jogo. Ela beijou a #a"e de *obert edisse ao

1O1marido !ue ia para o !uarto e !ue ia mandar Mar subir imediatamente. Ele anuiu.<uando ele #oi ter "om ela mais tarde, ela perguntou — Ele "ontou$te mais alguma "oisa5

 — 4ão. A"ho !ue ele estava verdadeiramente mais interessado nas #olhas do !ueem !ual!uer outra "oisa. Caroline viu mais do !ue ele — ele suspirou. — ?ou ter de esperar !ue /avid a"orde para saber algo mais.

 — A"has !ue ele te "onta5 — perguntou ela, es"ovando os "ara"is !ue lhe "aíam para o rosto. Ela voltou$se para olhar para ele, a bonita "or de pBssego do veludo do seuroupão dava$lhe um ar alegre ao rosto.

Ele #i"ou atr)s dela, "om as mãos sobre os seus ombros. — 4ão sei — a triste%a na sua vo% era maior do !ue a!uilo !ue ela podia suportar. — *i"hard não dei'es !ue isto te arrase — disse ela, levantando$se para o poder 

en"arar. — Como o posso evitar5 — Então, est)s a dar poder sobre a tua vida à pessoa !ue enviou estas "artas — 

disse ela %angada.

 — ( !ue !ueres di%er "om isso5 — perguntou ele. /eu um ou dois passos paralonge dela, não tendo a "erte%a a !uem ela dirigia a!uela raiva.

 — +ensa no !ue est) a a"onte"er à tua vida. — 4ão tenho #eito outra "oisa desde !ue "heg)mos à "idade — o seu temperamento

estava a "ome-ar a vir à super#í"ie. — 4ão ten"iono ignorar as amea-as "omo #i% da 8ltima ve%. — /a 8ltima ve% estavas so%inho "om os teus medos. Agora estou a!ui eu — ela #e%

uma pausa. Então, uma e'pressão de terror surgiu$lhe no rosto — A"has !ue o !ue a"onte"eu hoje a /avid #e% parte das amea-as — disse ela numa

vo% horrori%ada.Ele olhou #urioso para ela, desejando !ue ela não tivesse dito em vo% alta os seus

medos. Ele a"enou "om a "abe-a. ( seu rosto #i"ou bran"o. — Amanhã vou "ontar a mith. — mith51OG — 6m dos homens !ue eu "ontratei para investigar o problema. En"ontrei$me "om

ele e "om o s"io hoje. — ( !ue #oi !ue disseram5 — antes dele responder, um ruído na porta assustou$os.

&u" sorriu.

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 — +rovavelmente 0 o nosso jantar — ela atravessou o !uarto e abriu a porta.Embora nenhum deles estivesse realmente "om #ome, ambos jantaram bem, "ada

um deles "omendo para en"orajar o outro. <uando o "riado levou o 8ltimo prato e #i"aramuma ve% mais a ss, &u" tornou a perguntar

 — ( !ue #oi !ue disseram os homens !ue tu "ontrataste5 *i"hard estendeu a mão

 para lhe desviar os "ara"is !ue lhe "aíam para o rosto. Mesmo tendo pou"a vontade em dis"utir a situa-ão, ele re"onhe"ia !ue ela tinha o direito de saber. Ele tamb0m a tinha postoem perigo. Antes de ter tempo para mudar de ideias, ele "ontou$lhe por alto a!uilo !ue oshomens lhe disseram.

 — ( !ue esperam eles des"obrir na tua propriedade5 interrogou$se ela, #ran%indo orosto.

 — 4em mesmo eles sabem — en!uanto estava ali sentado olhando #i'amente parao pe!ueno #ogo da lareira !ue a!ue"ia o !uarto, tentava mentalmente en"ontrar respostas!ue e'pli"assem o !ue estava a a"onte"er. ubitamente, sentou$se direito.

 — (s vigilantes — (s !uB5

 — mith disse !ue tinha "ontratado algu0m para vigiar a "asa e para nos vigiar ans !uando saímos de "asa.

&u" estabele"eu imediatamente a rela-ão. — A"has !ue ele viu o !ue se passou esta tarde5 *i"hard tornou a en"ostar$se no

so#), "om os olhos enevoados. — 4ão sei. uponho !ue tudo depende da altura em !ue eles "ome-aram a vigiar$

nos.&u" lembrou$se de outra "oisa. — Eles estão$nos a vigiar a todos5 — 4ão sei. +or!uB51OH — Como vão eles saber !uem perten"e à "asa e !uem não perten"e5 — perguntou

ela.

 — 3ones disse !ue j) #e% in!u0ritos. Ele #e% as perguntas mais ou menos na mesmaaltura !ue a tua "riada e o meu "riado pessoal as #i%eram, no entanto estes in!u0ritos não#oram bem su"edidos — disse ele "om pesar.

 — ( !ue !ueres di%er "om isso5 — perguntou &u" indignada. — 4ingu0m !uer responder a mais perguntas. /epois de termos tapado ajanela,

*awls #i"ou mal visto. — +or!uB ele e não 2ett5 — uponho !ue #oi por ele ter "onhe"imento dajanela !ue dava para o jardim.

Agora vai ser muito mais di#í"il sair da "asa — ele #oi ter "om ela e pu'ou$a para si. Elaen"ostou a "abe-a no seu ombro. :e%$se silBn"io durante alguns minutos.

+or #im, ela disse — *i"hard, a"ho !ue devemos "ontar a Edward o !ue a"onte"eu. — +or!uB5 o iria preo"upar. Ele mere"e ter uma vida despreo"upada durante

algum tempo. — Con"ordo, mas tamb0m "onhe-o o meu irmão. e não lhe "ontamos, ele %anga$

se. obretudo se des"obrir !ue o +ap) sabe.

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 — Como vai ele des"obrir5Ela voltou$se para olhar para ele, o espanto estava estampado no seu rosto. — *i"hard, est)s a brin"ar, não est)s5 — ( !uB5 — /eves saber !ue os "riados andam a #alar — talve% não #alem "om as pessoas

!ue "ontrataste mas #alam entre eles. /e "erte%a !ue Edward vai des"obrir. @ens de #alar "om ele esta noite. — Agora5 — ele per"ebeu a sensate% do !ue ela dissera, mas não a !ueria dei'ar. — Assim !ue ele "hegar. Ele disse ao +ap) !ue Arabella !ueria deitar$se "edo para

se preparar para o almo-o #estivo de amanhã. Ele não vai "hegar tarde.OI 2arbara Alister  — A não ser !ue v) ao "lube — lembrou$lhe *i"hard. Apesar da!uilo !ue disse, ele

levantou$se e utili%ou a es"ova dela para se pentear, tentando pentear o "abelo no estilo !ue"ostumava usar. (lhou para a "ama.

 — @amb0m temos de ir a esse almo-o5 — perguntou ele. — Eu tenho de ir — disse$lhe ela $, mas tu podes #i"ar em "asa — ela "ome-ou a

arranjar uma des"ulpa !ue Arabella a"eitasse. — ( "onvite !ue a"eitaste #oi para ns os dois, não #oi5 — A"enou ela a#irmativamente. — Então vamos os dois. N suposto estarmos l) a

!ue horas5

 — Eu prometi estar l) por volta das on%e horas, mas a maioria das pessoas vai"hegar mais tarde. 4ão sei por!ue est) Arabella nervosa — disse &u" "om um sorriso.&evantou$se e tirou$lhe a es"ova da mão. Es"ovando uma ou duas ve%es, ela penteou$&he o8ltimo "ara"ol indis"iplinado. Comps$&he o "olarinho e depois re"uou

 — +ronto. Agora j) est)s novamente apresent)vel. — abes !ue eu antes pre#eria #i"ar a!ui "ontigo — disse$lhe *i"hard,

aprisionando$a "om os bra-os. — Eu vou estar a!ui — prometeu$lhe ela, en"antada "om a rea"-ão possessiva !ue

ele mani#estou. Em momentos "omo este ela permitia$se ter esperan-as de !ue algo poderoso os ligava um ao outro. Ele bai'ou a "abe-a e sussurrou$lhe ao ouvido. Ela #i"oumuito vermelha.

 — *i"hard7

 — 4ão te es!ue-as — disse ele bai'inho. Ele bai'ou a "abe-a e beijou$a. ( desejo!ue os in"endiou a ambos #e% desapare"er da mente dele todos os pensamentos dasamea-as. (s seus bra-os estreitaram$se em volta dela, apertando a "ontra ele !ue ela"onseguia sentir o "alor do seu "orpo atrav0s do roupão.

&u" ansiou permitir !ue a sua pai'ão a envolvesse, mas ela sabia !ue não devia.&ibertando$se dos seus bra-osF re"uou, a"ari"iando "om uma mão a #a"e dele.

 — *i"hard — disse ela suavemente. Ele in"linou a "abe-a e beijou$lhe a mão.1OJ — *i"hard. — =mmm. — @ens de ir #alar "om Edward — lembrou$lhe ela. Ele beijou novamente a sua

mão. Ela !ueria es!ue"er os problemas e entregar$se a ele. Mas o #a"to de no passado ter ignorado os problemas não a tnha ajudado. Eles pre"isavam da ajuda do irmão. E para a

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"onseguirem, *i"hard tinha de #alar "om Edward. Ela re"uou ainda mais. Ele anuiurelutantemente.

 — 4ão te demores — disse ela, en!uanto o a"ompanhava at0 à porta.En!uanto *i"hard esperava por Edward no es"ritrio, pensou nas mudan-as !ue o

seu "asamento "om &u" lhe trou'era. 4enhum deles esperara mergulhar novamente na

alta so"iedade. Mas *i"hard tinha de admitir !ue, e'"eptuando as amea-as !ue lhe #oram#eitas e as rea"-;es de /avid, a vinda para a "idade #ora a de"isão a"ertada. Ele não seaper"ebera de "omo tinha sentido tanto a #alta da "ompanhia de outros homens. E &u",&u" trou'era de novo a #eli"idade à sua vida. Antes dele poder analisar ainda mais asitua-ão, a porta do es"ritrio abriu$se.

 — <ueres #alar "omigo, *i"hard — disse Edward. Ele "aminhou at0 à mesa ondeestava a garra#a ornamental, do vinho.

 — <ueres beber algo5 — perguntou. — 2ebi or"hata toda a tarde. N uma bebidahorrível.

 — +or!uB5 — *idí"ulo, não sei. 6m "apri"ho da an#itriã. Algu0m me disse !ue ela era

metodista. — E ningu0m se !uei'ou5 — Est)s lou"o5 N "laro !ue nos !uei')mos. /evias ter estado no jardim a tro"ar 

opini;es "omo eu estive. @odos os "avalheiros !ue estavam l) amea-aram re"usar mais"onvites se a situa-ão não mudasse.

 — E mudou5 — 4ão publi"amente. oube !ue o marido dela providen"iou para !ue um "riado

servisse vinho a !uem !uisesse1Ona bibliote"a. — Edward espregui-ou$se. — 4o entanto, eunão ia dei'ar !ue Arabella #i"asse so%inha, rodeada por lobos. — &obos5 (ra essa, Edward. At0 o mais travesso delestodos sabe !ue ela est) "omprometida — lembrou$lhe *i"hard. — 4ão serve de nada. Eu "ontinuo a não gostar de os ver em volta dela, a elogiarem$lhe o "abelo, os olhos. :a%$me#i"ar #urioso. — Edward bo"ejou e espregui-ou$se. — Mastu não #i"aste à minha espera para #alarmos dos meus problemas. — @ens ra%ão, não #i!uei. Eu pre"iso de te #alar sobre osmeus problemas.

 — /os teus5 @u e &u" estão a ter problemas5 — perguntou Edward, #i"ando "om orosto tão sombrio "omo uma

nuvem "in%enta. — 4ão. 4ão 0 isso !ue est)s a pensar. &u" #oi a melhor "oisa !ue me a"onte"eu nos 8ltimos tempos — disse *i"hard rapidamente. — Então, e'pli"a$te. — Edward sentou$se e pu'ou por um tamborete para "olo"ar os p0s. 4un"a dei'ando de olhar  para *i"hard.<uando *i"hard a"abou de "ontar a histria, Edward j)não estava re"ostado na "adeira. Ele estava in"linado para a

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#rente, aperttando as mãos sobre os joelhos. <uando o "unhado a"abou de "ontar ahistria, ele levantou$se e "ome-ou a

andar pelo !uarto. <uando a tensão entre ambos aumentou!uase atingindo o limite, *i"hard perguntou — Ajudas5

 — Como podes ter d8vidas5 +or!ue não me "ontouantes5 — Edward, eu não te !ueria preo"upar "om os meus problemas — disse *i"hard bai'inho. — Com os teus problemas5 *i"hard todos os problemas!ue a#e"tam a minha irmã a#e"tam$me a mim. Al0m dise eu tiver mais "oisas em !ue pensar, não #i"arei lou"o de"i8mes !uando vir Arabella a esvoa-ar por a!ui e por ali. — Ciumento5 @u51OL — 4ão me go%es, *i"hard. @u não imaginas o !uanto euso#ri. Agora di%$me o !ue eu posso #a%er para ajudar.<uando os dois homens subiram as es"adas para se irem deitar a !uantidade de

"onha!ue diminuíra "onsideravelmente e estavam ambos satis#eitos por terem a situa-ãosob "ontrolo.

 4o entanto, numa outra parte da "idade, um homem observava uma mulher andar #uriosamente pelo !uarto.

 — <uase !ue o apanhei — disse ela entredentes. — e tu tivesses sido mais r)pido. — Mais r)pido5 Com todas a!uelas pessoas por ali5 4s teríamos sido apanhados

antes de termos tempo para #ugir  — disse ele, agarrando$a pelo bra-o. — /esiste disto. ?amos para as "olnias. — 9r embora e dei')$lo impune5 — os seus olhos #ais"aram. — E o dinheiro5 — 4s temos o su#i"iente.

Ela riu. — u#i"iente para !uB5 +ara uma miser)vel !uinta5 4ão ten"iono ter a vida da

esposa de um agri"ultor. @enho de ter lu'os. — ensatamente, ele não lhe lembrou !ue eles teriam mais do !ue o

su#i"iente se ela não tivesse perdido tanto no jogo. — /ei'aste a outra "arta5 — perguntou ela. (s seus olhos #i'aram$no da mesma

#orma !ue um animal selvagem#i'a a sua presa. — 4ão — ao ver o seu rosto #i"ar vermelho, real-ando$&he as "i"atri%es, ele

e'pli"ou — Eles taparam ajanela "om tijolos. — — sorriu ela mali"iosamente. — @alve% tenhamos de des"obrir outra entrada. (s

homens estão pronttos5 — N s dares o sinal.

 — Rptimo. ?igia$os. Eu não posso ser vista outra ve%. Ela pegou no pe!ueno "ão!ue &he passava as patas no vestido e sorriu malvadamente.

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Capítulo 1H 4a manhã seguinte, tanto &u" "omo *i"hard estavam determinados a des"obrir 

!uem estava a #a%er as amea-as e o !ue provo"ara em /avid a!uela rea"-ão. En!uanto sevestia para o almo-o #estivo, *i"hard #alava "om /avid. <uando o marido entrou no seu!uarto algum tempo mais tarde, &u" sabia !ue a novidade não era boa.

 — ( !ue #oi !ue ele disse5 — perguntou ela. Ele olhou para a "riada e não dissenada. &u" "ompreendeu. :i"ou pa"ientemente sentada en!uanto 2ett lhe "olo"ava o8ltimo gan"ho e depois pediu$lhe para se retirar. Assim !ue a porta se #e"hou, *i"harddisse

 — Ele não disse nada. — 4ada5 — Ele não #ala nem "omigo nem "om ningu0m. Apenas est) ali "omo se tivesse

visto algo horrível — *i"hard apoiou$se na "onsola da lareira, olhando #i'amente para alareira va%ia.

 — 4ão sei o !ue hei$de #a%er — a #rustra-ão e a m)goa na sua vo% magoaram &u".Ela atravessou o !uarto e ps a mão em "ima da sua. — @alve% devBssemos "hamar o m0di"o — disse ela bai'inho. Ele apro'imou$se e tomou$a nos bra-os, segurando$a "omo se ele se estivesse a a#ogar 

e ela #osse a "orda salvavidas. — @enho a "erte%a !ue o +ap) pode re"omendar um. — Ele 0 tão pe!uenino. ( !ue hei$de #a%er se ele "ontinuar assim5 — perguntou

*i"hard, numa vo% tr0mula. Este 8ltimo ano, gostei de "onhe"er melhor os meus #ilhos,Gapesar desta situa-ão ter resultado da!uele horrível in"Bndio. /avid seguia$me,

#a%ia$me perguntas — #e"hou os olhos "omo se tivesse uma dor terrível. — er) !ue ele vaivoltar a reagir5

 — /avid #oi sempre a!uele !ue mais te preo"upou. &embras$te de "omo ele metratou !uando eu "heguei. Mas ele "ome-ou a mudar de atitude antes de virmos para&ondres — disse ela numa vo% tran!uili%adora.

 — E vB "omo ele agora est). @em de haver alguma "oisa !ue eu possa #a%er — estreitou os bra-os à volta dela, amarrotando$lhe o vestido de musselina a"abado de passar a #erro. Ela não disse nada, mas abra-ou$o ainda mais. +ou"o depois ele dei'ou "air os bra-os e a#astou$se.

 — @em de haver alguma "oisa — disse ele novamente. (s olhos de &u" alegraram$se.

 — 4ão disseste !ue mith e. e. — #i"ou irritada por!ue não se "onseguiu lembrar do nome. :e% uma pausa.

 — 3ones5 — perguntou ele. — im. @u disseste !ue eles "ontrataram algu0m para vigiar a "asa. @alve% essa

 pessoa tenha visto o !ue a"onte"eu a /avid. A pra-a #i"a a apenas alguns metros da!ui.( rosto de *i"hard perdeu a e'pressão sombria. — ?ou entrar imediatamente em "onta"to "om ele. Apro'imou$se dela e tomou$a de

novo nos bra-os. — Ns uma esposa maravilhosa e uma pessoa s)bia7 — disse ele en!uantoa beijava. &u" sorriu para ele, emo"ionada "om as suas rea"-;es. ( bater na portainterrompeu$os.

 — Entre — disse *i"hard. 4enhum deles esperava !ue #osse 3arvis. (lharam un para o outro espantados.

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 — 6m mensageiro entregou isto. /isse !ue era urgente — e'pli"ou o mordomo,entregando a *i"hard uma "arta la"rada

*i"hard pegou "uidadosamente na "arta "omo se ela #osse uma "obra e abriu$a.<uando leu a assinatura, des"ontraiu$se.

 — (brigado, 3arvis. Eu "hamo$o !uando tiver uma resposta.G1 — N de !uem5 — perguntou &u". A sua e'pressão indi"ou$lhe de !ue não se

tratava de outra amea-a. — mith e 3ones5 — 4ão, do meu homem de neg"ios. — *i"hard abriu a "arta. <uando a leu,

#ran%iu o rosto. — ( !ue se passa5 — perguntou &u". — Algu0m rouou a minha "asa — disse ele, ainda #ran%indo o rosto. — 4o /evonshire5 — 4ão. A minha "asa a!ui em &ondres. Eu disse$te !ue estava a pensar em arranj)$

la para podermos :i"ar nela da pr'ima ve% !ue viermos à "idade. ugeri a Mr. &edsworth para ele "ontratar algu0m para a arranjar #e% uma pausa, olhando novamente para a "arta.

 — E5 — perguntou ela impa"iente. — <uando as levou à "asa, aper"eberam$se !uase imediatamente de !ue algo não

estava bem. Ele !uer$se en"ontrar l) "omigo o mais rapidamente possível para ver se #altaalguma "oisa.

 — Agora5 — Mais tarde. +rimeiro tenho de enviar uma mensagem a mith. /epois 0 !ue vou

 — !uando se voltou para ir, lembrou$se do almo-o. orriu "om um ar pesaroso. — A"has !ue Arabella me perdoa se eu não #or à sua #esta5 — Ela vai "ompreender — garantiu$lhe &u". Este problema para al0m dos outros

#i%eram$na "ompreender o !uanto as suas obriga-;es so"iais eram pou"o importantes. — /igo ao +ap) e a Edward5 — Ainda não. Eu posso pre"isar da ajuda deles mais tarde — ele beijou$a,

amarrotando ainda mais o seu vestido.$/ei'o$te sem "ompanhia — disse ele pesaroso. — <ue disparate. Edward vai estar l). Al0m disso Arabella pediu$me para eu "hegar 

antes dos outros "onvidados. 4ingu0m vai reparar — arregalou os olhos de horror !uandolhe o"orreu um pensamento.

 — A"has !ue era a isto !ue as amea-as se re#eriam5 perguntou ela.GG — @alve% — assim !ue leu a "arta, ele interrogara$se. — <uando des"obrir, "onto$te — prometeu, "om a mão na ma-aneta. — 

Comprometemo$nos a ir a algum sítio esta noite5 — A um baile dado por uma prima de Arabella. Envio asnossas des"ulpas. — 4ão. /i% apenas a *awls. Eu volto antes disso antes de ela ter tempo de

 perguntar o !ue deveria di%er ao"riado, ele desapare"eu. Ela olhou para o espelho, #e% uma"areta ao ver "omo o vestido estava amarrotado e depois"hamou a "riada. Ela tinha de tro"ar de roupa antes de sair.

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<uando *i"hard "hegou à sua "asa, tanto Mr. &edsworth"omo mith estavam à espera, o primeiro olhando des"on#iadamente para o

segundo. — /iga$lhe !ue me "ontratou — pediu mith. — Eleest) a olhar para mim "omo se eu #osse o ladrão.

*i"hard apresentou$os rapidamente. Apenas nessa altura, Mr. &edsworth #i"oudes"ansado.

 — 9nteressante. /ei'e !ue lhe mostre a "asa — !uandoentraram num dos dois !uartos prin"ipais do r0s$do$"hão,era evidente !ue algu0m estivera l) dentro. As "oberturasH para o p estavam desorgani%adamente espalhadas por !uase todo o !uarto. — :oram )s pessoas !ue "ontratou !ue #i%eram isto5 perguntou *i"hard. — 3) estava assim !uando eu "heguei — garantiu$lhe&edswoith. — <uando a inspe""ionei !uando o senhor se#oi embora da 8ltima ve% !ue ") esteve, per"ebi !ue algoestava errado. — @em ra%ão. ?amos ver o !ue #alta — ao entraram nosdois !uartos da!uele andar, *i"hard reparou !ue #altavamv)rias pe-as, in"luindo v)rias estatuetas pe!uenas !ue a sua primeira esposa insistira !ue "omprassem. 6m !uadro desapare"era da parede do

lado es!uerdo da lareira. E !uandoentraram na bibliote"a, #altavam livros nas prateleirasembora as "oberturas para proteger os mveis do p estivessem nos mesmos sítios.GH — /iabos — resmungou en!uanto tentava lembrar$se dos livros !ue #altavam. — Eram valiosos5 — perguntou mith, tomando notas. — e são a!ueles !ue eu estou a pensar, são muito valiosos — disse *i"hard

%angado. :oi ver se uma edi-ão do primeiro livro de haVespeare estava l). @inhadesapare"ido.

 — /iabos, !ue raiva7 — disse ele, mais aborre"ido "om o desapare"imento doslivros do !ue "om o desapare"imento do !uadro e das estatuetas de por"elana.

 — Consegue arranjar uma lista dos livros !ue #altam5 perguntou mith,inspe""ionando "uidadosamente o !uarto. *i"hard a"enou a#irmativamente. &edsworthlevantou as sobran"elhas "omo para #a%er uma pergunta.

 — @alve% possa des"obrir !uem os "omprou — e'pli"ou mith. — Me'eram emmais alguma "oisa5

 — 4ão pro"ur)mos mais — admitiu &edsworth.

 — E o !uarto das pratas5 — perguntou de repente *i"hard. (s outros dois #i"aram aolhar para ele. — (nde estão guardadas as pratas — e'pli"ou ele.

 — /ei'a$as sempre a!ui5 — perguntou mith, obviamente desaprovando. — 4ormalmente não ou pelo menos nun"a at0 agora. Mas 3ulia a"hou !ue não valia

a pena lev)$las para a provín"ia uma ve% !ue ten"ion)vamos regressar em breve. &ev)mosapenas algumas pe-as para "ompletar as !ue j) l) tínhamos. /epois do in"Bndio, es!ue"i$me delas.

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 — (nde #i"a esse !uarto5*i"hard "ondu%iu$os à "ave, passando pela "o%inha e pela "opa, at0 a uma porta

 pe!uena. A porta estava #e"hada, mas !uando ele lhe to"ou ela abriu$se. Com a lu% #ra"a davela, eles "onseguiam ver por"elana e lou-a partida espalhada pelo "hão.

 — Algu0m esteve a!ui — disse &edsworth in#eli%.

 — &evaram$lhe tudo. 4un"a devia ter dei'ado a!ui "oisas tão valiosas — a"res"entou mith.*i"hard apenas olhava para a "on#usão. /epois pragueou.GI — /evia ter "ontratado um %elador — disse ele %angado.

 — +rudentemente, Mr. &edsworth não lhe lembrou !ue eletinha sugerido uma situa-ão pare"ida.<uando "on#eriram o invent)rio do re"heio da "asa "oma!uilo !ue restava, h) muito !ue a tarde a"abara. mith inspe""ionou primeiro "ada

!uarto antes de os dei'ar entrar mas não lhes disse o !ue estava a pro"urar. :inalmente,*i"hard despa"hou &edsworth aps lhe ter pedido para "ontratar "riados para

#a%erem uma limpe%a a toda a "asa./epois voltou$se para mith. — Então, o !ue pensa disto5 9sto est) rela"ionado "om asamea-as5mith #ran%iu a "ara. /epois abanou a "abe-a. — =) demasiado p — disse ele pensativamente. — +5 — 4ão h) vestígios, 0 uma desordem re"ente. 4ão h)vestígios das pegadas terem sido "obertas. /eve ter a"onte"ido h) algum tempo

atr)s. +rovavelmente logo a seguir aosenhor ter ido embora. — @em a "erte%a5 — @enho a "erte%a absoluta — garantiu$lhe mith. — Então, #oi s um roubo — perguntou *i"hard, relutante em abandonar a ideia de

!ue o roubo estava rela"ionado "om as amea-as. — Eu não disse isso — respondeu rapidamente mith, — <uem !uer !ue o tenha #eito sabia o !ue estava a pro"urar. Ele tamb0m sabia !ue

não devia tirar nada !ue pudesse ser visto atrav0s das janelas. — mith "aminhou pelo !uarto e apontou para a!uilo a !ue se estava a re#erir.Embora *i"hard não tivesse reparado nisso antes, o e'emplo era bvio. 6m valioso

!uadro "ontinuava penduradona sala de visitas en!uanto #altava outro na parede do ladooposto. — 4ão h) janelas partidas nem porta arrombada. Eleteve tempo. +rovavelmente veio ") por v)rias ve%es, entrando pela porta dos

"riados, transportando um ou dois embruhlhos. 4ingu0m iria reparar se ele saía "omalguma

 6m A"ordo Amig)vel GJ

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Coisa dentro deles. (s vi%inhos, se tivessem reparado, teriam pensado !ue estaria arede"orar a "asa.

 — Então tenho de dar tudo "omo perdido5 — perguntou *i"hard, olhandonovamente para a sala de visitas. +or muito !ue não gostasse de ser roubado, as 8ni"as

"oisas de !ue verdadeiramente ia sentir a #alta eram os livros. (lhou novamente, dominado por uma nova ideia. &u" pode gostar de substituir o resto, renovando toda a "asa. — Eu não disse isso. 4s vamos investigar, ver se algu0m vendeu alguma das

 pe-as. — mith olhou uma 8ltima ve%.<uando "aminhavam para a porta, *i"hard lembrou$se de outro assunto. — 3) teve oportunidade de #alar "om os homens !ue estão a vigiar a minha "asa. — Ainda não. ?im dire"tamente para a!ui. ?ou agora tratar disso. Amanhã de

manhã envio$lhe as notí"ias. <uer !ue envie algu0m para #i"ar a!ui at0 &edsworthen"ontrar algu0m5

*i"hard "on"ordou, dando a mith uma das "haves do porta$"haves !ue trou'era"onsigo.

Correndo para "asa, ele dirigiu$se primeiro à sala de estudo. — Ele melhorou5 — perguntou ansiosamente a Mr. Aver.

 — ( pobre%inho não disse uma 8ni"a palavra durante todo o dia — disse o pro#essor, numa vo% !ue indi"ava o seu desagrado.

 — Mas ele levantou$se. — 9sso sim. Assim !ue o senhor saiu. At0 tomou "h) "om Mr. Meredith, "om o

irmão e a irmã.*i"hard sentiu um n de medo desapare"er. — Mas não disse nada5 — 4em uma s palavra. — *i"hard notou novamente o tom de desagrado na vo% do

 pro#essor. Ele !ueria gritar "om o homem, di%er$lhe !ue /avid não tinha "ulpa, mas"ontrolou$se. &entamente, #oi ter "om as "rian-as !ue estavam a jogar. :i"ou a vB$los por uns momentos.

G — <uerjogar, +ap)5 — perguntou *obett. ( pai abanou a "abe-a. — /avid est) a

ganhar.Assim !ue o pai se sentou ao seu lado, /avid bai'ou as "artas e "olo"ou$as em "ima da mesa. &evantou$se e #oi$se embora. *i"hard #oi atr)s dele,

ignorando as !uei'as de *obert e Caroline. — /avid "onta$me o !ue a"onte"eu ontem na pra-adisse *i"hard bai'inho, olhando

#i'amente para os olhos do #ilho mais velho.Ele viu as emo-;es povoarem o rosto do #ilho. +or #im, /avid abanou a "abe-a. — :alo "ontigo amanhã de manhã — disse *i"hard bai'inho, bai'ando$se para dar 

um beijo ao #ilho. /avid a#astou$se "omo se tivesse medo de ser mordido por uma "obra.Com o "ora-ão a doer, *i"hard despediu$se das outras duas "rian-as e saiu do !uarto.

Ainda a pensar nos a"onte"imentos do dia, ele vestiu$se, jantou e a"ompanhou aesposa ao baile, dos !uais ele não !uis #alar. Ele nem se!uer reparou !ue &u" e ele eram o"entro das aten-;es, ele "om o seu #ato preto e bran"o e &u" "om um esplBndido vestidode seda lustrosa a%ul, en#eitado "om la-os e renda "or de mar#im. <uando o irmão a #oi

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 bus"ar rodopiando "om ela para longe dele, ele #i"ou a observ)$los at0 a dan-a terminar.+ela sua e'pressão, &u" nem se!uer tinha a "erte%a de !ue ele dera pela sua #alta.

<uando Arabella #oi ter "om eles, os seus sonhos #oram des#eitos. — Eu devia estar %angada "ontigo, *i"hard — disse ela, #a%endo bei"inho. Ela

olhou para o vestido de &u" e desejou tamb0m serj) "asada e poder ter a 8ltima palavra

sobre a roupa !ue vestia. — +or!uB5 — perguntou ele, depois de &u" lhe ter dado uma "otovelada nas"ostelas.

 — +or me teres abandonado hoje. N "laro, !ue "ompreendo !ue não tinhas outraalternativa. :oi emo"ionante5 Apanhaste os ladr;es5

Antes de *i"hard abrir a bo"a para lhe responder rudemente e destruir a noite atodas as pessoas, Edward olhou #urioso para ele.

 — <ual roubo5 +ensei !ue tu me ias "ontar tudo — disse ele num bramido aba#ado. — agora 0 !ue te vi. E um baile não 0 lugar para dis"utir isso. +odemos #alar 

mais tarde.

Como !ue re"onhe"endo !ue o amigo tinha ra%ão, Edward a"enou "on"ordando,mas &u" reparou !ue mesmo en!uanto dan-ava "om Arabella ele "ontinuou a olhar paraeles durante um "erto tempo.

+or #im, *i"hard #artou$se. — +odemos ir embora mais "edo5 — perguntou ele en!uanto dan-ava "om &u". — <uando esta dan-a terminar — sussurrou ela, sorrindo$lhe "alorosamente. Ele

estreitou mais o bra-o em volta dela, e a tensão !ue estava a sentir diminuiu.En<uanto esperavam pela "arruagem, um "avalheiro !ue a"abara de "hegar, parou

 para lhes #alar. — @enho muito gosto em os ver novamente na "idade — "umprimentou$os a ambos. /epois passou ao seu verdadeiro obje"tivo. — A"hei !ue devias saber, 2lount. En"ontrei o par da est)tua da nin#a !ue tens no

teu jardim. A!uela !ue tem o ar"o — disse ele. — +ensei !ue #osse uma imita-ão, masgarantiram$me !ue era verdadeira.

 — (nde #oi !ue a en"ontraste5 — perguntou *i"hard, não revelando o seuentusiasmo. A est)tua era um dos obje"tos !ue #altavam.

 — Com um "onhe"ido meu. Ele est) de olho nas pe-as !ue me possam interessar. — Eu "onhe-o$o5 — /uvido. Mas tamb0m não te vou di%er o seu nome. 4ão !uero !ue a tua "ole"-ão

supere a minha — disse o homem. — <uando #oi !ue a viste5 — Mais ou menos h) um ano. 6ma "oisa realmenteGDsurpreendente. 4ão #oi pre"iso viajar muito pela Europa. uponho !ue #oi algu0m

muito ri"o !ue a vendeu.<uando a "arruagem "hegou, &u" e *i"hard despediram$se. Assim !ue #i"aram na

seguran-a da "arruagem, &u" voltou$se para o marido. — ( !ue ele disse 0 importante5 — perguntou ela. — Como #oi !ue per"ebeste5

 — +ela tua "ara. (h, não te preo"upes. Ele não reparou. Estava demasiado o"upado

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a provar$te "omo te tinha passado a perna. *oubaram$te a!uela est)tua5 — perguntou ela. 4o "aminho para o baile, o marido "ontara$&he por alto o !ue

a"onte"era. — im — *i"hard pegou$lhe na mão e levou$a aos l)bios $, a senhora 0 muito

inteligente.

Ela bai'ou as pestanas e sorriu sedutoramente. — @u tamb0m 0s. Conseguiste #a%er "om !ue ele respondesse a todas as tuas perguntas.

 — /e #orma alguma. Mas talve% mith tenha mais sorte, — ele sorriu$lhe. Então, pela primeira ve% na!uela noite ele olhou realmente para

ela. &evantou as sobran"elhas. — Este 0 o mesmo vestido !ue tu tinhas vestido antes5 — perguntou, e olhou "om desaprova-ão para o seu de"ote. — *i"hard, a !ue te est)s a re#erir5 — perguntou &u", voltando$se para ele. — Ao teu vestido. — ( !ue tem o meu vestido5 :i%este$lhe um elogio antes. — :i%5 @inhas um 'aile por "ima5 — 4ão. *i"hard, não "ompreendo — os olhos de &u" estavam muito abertos e

es"uros de "on#usão.Ele riu$se arrependido.

 — Minha !uerida, o marido tem o direito de não gostar das roupas da esposa. — Mas tu disseste !ue gostavas. — E gosto — ele in"linou$se mais para ela $, mas revela en"antos !ue eu pre#eria

!ue ningu0m visse — disse ele, passando "om um dedo pelo de"ote !ue e'punha a parte de"ima do seu peito.

GO&u" "orou. — (h — disse ela suavemente, vibrando "om o seu to!ue, "omo era habitual. Ela

estendeu a mão para lhe a"ari"iar o "abelo. Ele agarrou$lhe a mão e levou$a de novo aosl)bios.

<uando a "arruagem "hegou à "asa de Mr. Meredith, ambos estavam "orados.ubiram a "orrer as es"adas.

 — 2ett est) à tua espera5 — perguntou. &u" abanou a "abe-a. — Rptimo — ela "orou novamente.Mais tarde en!uanto repousavam nos bra-os um do outro, não !uerendo ainda

dormir, "onversavam sussurrando. Mesmo antes de adorme"er, ele lembrou$se do !ue lhe!ueria perguntar.

 — >ostavas de rede"orar a "asa5 — A do /evonshire5 — ela tor"eu a "ara, tentando de"idir o !ue iria modi#i"ar. — A da!ui. N mais pe!uena do !ue esta. 4ão deve levar muito tempo — a sua vo%

era vagarosa e sonolenta. — Ela disse ao +ap) !ue não o !ueria l) em "asa. +elos vistos ele enviou$o para a!ui.&u" olhou novamente para o !uadro, pensando por !ue motivo 3ulia não gostava

da paisagem "ampestre. /avid a"ari"iou o "etim sobre o !ual estava sentado. (lhou emredor do !uarto.

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 — 4ão gosto deste !uarto. N muito es"uro — ele voltou$se para olhar para ela. — (s nossos !uartos são iguais a este5

 — 4ão sabes5

 — Esta 0 a primeira ve% !ue a!ui venho. A Mamã insistia sempre !ue ns

#i")ssemos na provín"ia por!ue não ten"ionava demorar$se por muito tempo. — E demorou$se5 — embora ela não gostasse da!uilo !ue estava a #a%er, &u"sentia um desejo enorme de saber mais "oisas sobre a sua prede"essora.

Ele suspirou, o seu rosto tinha uma e'pressão mais prpria de um velho do !ue deum rapa%inho.

 — 4ão. Ela não gostava de estar longe do solar — disseele. 4em de ti — a"res"entou &u", tentando tra%er mais re"orda-;es alegres ao seu

 pensamento. Ela "ondoeu$se !uando o viu em tão grande so#rimento. e ela não tivesseinsistido para virem para &ondres, ele teria "ontinuado a ser uma "rian-a, de "erta #orma#eli%.

 — (h, ns não a víamos muitas ve%es, a não ser !uando o +ap) estava em "asa. Elaestava muito o"upada — disse /avid "asualmente. — 4s vemos$te mais a ti — ambostinham as mãos sobre o so#). &u" ps a sua mão por "ima da mão dele, e ele não a retirou.

 — 2em, assim !ue a "asa estiver pronta, prometo$te !ue ver)s mais ve%es o teu paie a mim do !ue a!uilo !ue vBs agora — ela sorriu para ele. <uando ele sorriu vagamente,ela sentiu$se "omo se tivesse ganho uma grande vitria.

*e"ordando$se da!uilo !ue ele dissera sobre a mãe não ter tempo para eles, !uandoos pintores terminaram, &u" passou a lev)$los "onsigo !uando ia inspe""ionar os progressos !ue eram #eitos todos os dias. Embora a "asa #osse muito mais pe!uena do !ue ado seu pai, o jardim era grande e o#ere"ia$lhes espa-o para "orrer e brin"ar depois de seterem "ansado de verem as modi#i"a-;es da "asa. eguindo as ordens do marido e doirmão, um "riado #i"ava sempre l) #ora "om eles. ("upada e #eli%, ela "onseguiu es!ue"er os pensamentos das amea-as, apre"iando apenas a vida !ue "onstruira para si.

Capítulo 1IEn!uanto &u" e as "rian-as estavam o"upadas "om a "asa, E *i"hard e Edward

investigavam todas as pistas possíveis !ue mith #orne"ia. Mr. Meredith, re"usando #i"ar delado, #a%ia "uidadosos in!u0ritos aos amigos. 4ingu0m #orne"ia as respostas de !ue elesne"essitavam.

+assaram v)rios dias sem !ue surgissem amea-as ou surgisse a resolu-ão do problema. <uando 3ones regressou à "idade, *i"hard teve esperan-as de !ue ele tivessedes"oberto respostas. @udo o !ue ele des"obrira #ora mais perguntas. 4o seguinte en"ontrodeles, mith perguntou a *i"hard

 — Conhe"ia um Mr. Ashton5 — im. +or!uB5 — Ele vendeu a sua propriedade e #oi$se embora pou"o tempo depois do in"Bndio

 — disse 3ones sinistramente. — Ele estava sempre a #alar em ir para a Am0ri"adisse$lhe *i"hard. — 4ão tinha

#amília !ue o prendesse. E herdou a propriedade de um tio distante 4ão tinha verdadeirosla-os !ue o ligassem à propriedade.

3ones tor"eu a "ara, não tendo vontade de desistir da sua pista por muito

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insigni#i"ante !ue pudesse ser. — ( !ue #oi !ue des"obriu mais5 — os dois homens tro"aram olhares. — Contem$

me. — egundo os seus "riados, a sua esposa tinha um amante.

*i"hard riu$se. — Eu podia ter$lhes dito isso — os ho mens olhavam$no #i'amente,o "ho!ue estava estampado oos seus rostos.G1G — Ela "ontou$me, rego%ijou$se disso. Era por "ausa dele !ue ela estava tão relutante

em vir para a "idade. — E vo"B não se importava5 — perguntou mith, "ho"ado "om a sua mentalidade

"lasse$m0dia. — N "laro !ue me importava. mas não havia nada !ue eu pudesse #a%er — mith e

3ones olharam um para o outro e depois para ele. — (h não, eu não peguei #ogo à "asa para me ver livre da minha esposa. Ela !ueria

ir$se embora. @udo o !ue eu tinha de #a%er era dar$lhe uma !uantia !ue ela aprovasse, e elanun"a mais me in"omodaria a mim ou às "rian-as. Eu pensei muito na sua proposta. @eriasido mais agrad)vel do !ue viver "om ela — disse *i"hard amargamente.

 4ão en"ontrando mais nada para di%er, mith e 3ones #oram$se embora, prometendoavis)$lo se a sua investiga-ão "ondu%isse a algumas respostas.

em !uais!uer amea-as à vista nem outras "on#ronta-;es, &u" pensou !ue j) nãotinham nada "om !ue se preo"uparem. Então, deu$se a "at)stro#e. Como era h)bito, &u"levara as "rian-as "om ela para a "asa. /epois de terem andado por toda a "asa a verem asmodi#i"a-;es, as "rian-as #oram para o jardim. <uando estav) na hora de se irem embora,&u" "hamou$os. Ela esperou alguns momentos e depois "hamou$os novamente. Caroline e*obert "orreram para ao p0 dela.

 — 4ão "onseguimos en"ontrar /avid — disse *obert. &u" gelou de medo. — (nde est) o "riado5 — ela mal "onseguia pronun"iar as palavras. — Est) à pro"ura dele. Est)vamos a brin"ar às es"ondidas — disse Caroline. — Eu

en"ontrei *obert por duas ve%es, mas /avid es"onde$se muito bem. — @alve% pense !ue ainda estão ajogar — sugeriu &u", "ome-ando a respirar de

novo.Então, apare"eu o "riado, o seu rosto estava p)lido. — Então, en"ontrou$o5 — perguntou ela.( homem abanou a "abe-a, demasiado o#egante paraG1Hresponder. &u" #e"hou os olhos e sussurrou uma breve ora-ão. — /avid perdeu$se5 — perguntou *obert, a vo% tremeu$lhe um bo"adinho.

Caroline agarrou a mão de &u" "omo se re"easse !ue a madrasta tamb0m desapare"esse. — 4ão sei — ela ps os bra-os por "ima deles e levou$os para dentro de "asa.

<uando viu 2ett à espera, &u" #e%$lhe sinal. — &eva as "rian-as para "asa. /epois di% ao meu marido e ao meu irmão !ue eu

 pre"iso !ue eles venham imediatamente.Assustada "om o tom severo da vo% da sua senhora, a "riada anuiu. — ?o"Bs vão "om 2ett — disse &u" às "rian-as. Ela toma "onta de vo"Bs. — Mas eu não me !uero ir embora sem /avid — protestou *obert, teimosamente.

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&u" não tinha tempo para lhe sossegar os seus medos.

 — ?o"Bs vão "om 2ett — disse ela severamente. /avid ir) ter "om vo"Bs dentroem breve.

&u" disse novamente uma ora-ão para pedir para estar "erta. /eu$&he um beijo e

abra-ou Caroline, despedindo$se deles. 9gnorando as suas s8pli"as, ela voltou$se para os"riados !ue estavam agrupados nas es"adas da "o%inha. — +re"iso de si, de si e de si — disse ela, es"olhendo os mais #ortes, os mais

lgi"os do grupo. — +ro"urem nos jardins, nos be"os e nas ruas. Ele tem de estar por a!ui.<uando o marido e o irmão "hegaram, ela j) sabia !ue /avid não estava em

nenhum da!ueles sítios. Ao olhar para o marido, ela irrompeu em l)grimas. &impando$as#uriosa, re"uperou o "ontrolo e disse

 — +erdi /avid — depois esperou !ue ele a "ensurasse. — <ue disparate. Ele pregou$te uma partida. Ele est) a tomar "h) "om o teu pai

neste momento — disse ele bai'inho, tomando$a nos bra-os. ( "on#orto da sua vo% não"hegou aos seus olhos. Edward, !ue #ora instruído para #i"ar de olho nos "riados, reparou!ue um se sobressaltou.

G1I — ?iemos bus"ar$te para te levarmos at0 ele. @en"iono ralhar$lhe severamente por 

te ter assustado — o irmão anuiu e saiu.Aliviada mas ainda in"r0dula, &u" dei'ou !ue *i"hard a "ondu%isse at0 à

"arruagem !ue os esperava. Assim !ue a porta se #e"hou por tr)s de si, *i"hard tirou am)s"ara.

 — Como #oi !ue ele "hegou a "asa5 — perguntou &u". 4enhum dos homens lherespondeu.

 — *eparaste na "ara da!uela "riada !uando disseste !ue /avid estava em "asa5 —  perguntou Edward ao amigo. Ela denun"iou$se.

 — /isseste a mith5 — Edward a"enou a#irmativamente. — mith5 Ele estava l)5 +or!uB5 ( !ue se passa5 perguntou &u", olhando

#i'amente para um e depois para o outro. Eles me'eram$se in!uietos.( marido desobstruiu a garganta. — /avid não est) em "asa — disse ele "omo se "ada uma das palavras lhe tivessem

sido arran"adas. — ( !uB5 — o pKni"o !ue ela estava a "ontrolar h) tanto tempo amea-ou apoderar$

se de &u". o seu rosto #i"ou p)lido — +or!ue mentiste5 — os seus olhos e'pressaram horror. — Eles apanharam$no — sussurrou. — Eles5 <uem5 ?iste !uem o levou5 — perguntou *i"hard, apertando$&he tanto os

 bra-os !ue ela sabia !ue iria #i"ar "om ndoas negras. — A!ueles !ue tBm estado a #a%er as amea-as. Era, /avid !ue eles !ueriam e não as

minhas jias. /avid — a 8ltima palavra #oi pronun"iada numa vo% entre"ortada. — Algu0m viu alguma "oisa5 — perguntou o irmão. (nde estava o "riado5 — 9sso 0 o !ue ten"iono saber assim !ue a "arruagem parar — disse *i"hard. &u"

estava "ontente por ele não ter utili%ado a!uele tom ríspido "om ela. — ( !ue lhe irão #a%er5 — os dois homens tro"aram olhares. 4enhum deles

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ten"ionava e'pli"ar as in8meras sibilidades. — Ele 0 apenas um rapa%inho — disse &u",seus solu-os entre"ortavam as suas palavras.

6m A"ordo Amig)vel G1J

 — Controla$te, &u" — disse o irmão, olhando pela janela. — 4s não !ueremos

!ue se saiba na "idade !ue ele desapare"eu. e os "onspiradores tiverem d8vidas, tantomelhor — a"enou a#irmativamente !uando ela aba#ou os solu-os e pegou no len-o !ue omarido &he estendeu. orri.

Embora tentasse "ontrolar as l)grimas, &u" obede"eu ao irmão, dei'ando !ue*i"hard a levasse rapidamente da "arruagem de "asa. <uando a porta se #e"hou por tr)sdeles, ela #oi$se abai'o.

 — /avid — solu-ou ela. *i"hard segurou$a por momentos e depois entregou$a aoirmão.

 — &eva$a ao teu pai — disse ele. — @en"iono #alar "om o "riado. voltou$se para o mordomo !ue estava ali perto à espera. — Mande$o vir ter "onnos"o. 4s estaremos no es"ritrio. Ele agora j) deve estar 

na "o%inha. — 3arvis #e% uma v0nia, pro#undamente "ho"ado "om o horror !ue atingira a#amília. <uamdo "ondu%iu o jovem "riado para dentro do es"ritrio, tanto *i"hard "omoEdward en"ontravam$se l) à espera, os seus rostos eram graves. (lharam para o homemFele "ome-ou a balbu"iar.

 — Eu não tive nada a ver "om isto. Eu, ns est)vamos juntos no alpendre dojardim. — 4s — !uem5 — perguntou Edward. — /ais, a "riada da "asa ao lado. Mas eu "erti#i!uei$me de !ue não estava

ningu0m por perto. Como sempre — o homem tremia tanto !ue mal se mantinha nas pernas.

 — empre5 — a vo% de *i"hard estava perigosamente bai'a. — 9sto j) tinhaa"onte"ido antes5

 — Com o menino /avid não, mas "omigo e "om a rapariga. 4s en"ontramo$nos às es"ondidas sempre !ue ela pode — admitiu o homem. Ele sabia

!ue perdera o emprego. Mas tinha medo !ue o mandassem para 4ewgate. — @odos os dias à mesma hora5 — perguntou Edward, levantando uma

sobran"elha.G1 — empre !ue ela podia sair — o homem bai'ou a "abe-a. — 4un"a pensei !ue

 pudesse a"onte"er alguma "oisa às "rian-as. Elas estavam s a brin"ar. — A pron8n"ia !ueele aper#ei-oara desde !ue viera para &ondres desapare"eu, #i"ando o sota!ue "errado da provín"ia

 — E "omo #oi !ue "onhe"este essa "riada5 — perguntou *i"hard. — Ela apare"eu inesperadamente para #alar "om uma das suas amigas, e eu estava

l) — limpou o rosto "om um len-o. Come-aram$lhe a apare"er man"has de suor nas a'ilas!uando ele "ome-ou a "ompreender a gravidade da situa-ão.

 — Eu nun"a dei'aria !ue a"onte"esse nada de propsito ao menino /avid — disseele, olhando #i'amente para os olhos de *i"hard. — Eu não dei'aria, eu não poderia.

*i"hard voltou$se, tentando "ontrolar o seu desejo de espan"ar o homem. — /evia ter #eito o seu trabalho — disse ele entredentes. — +or!ue pensa !ue o envi)mos5 — em ve% disso bateu na se"ret)ria. ( "riado

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engoliu em se"o e olhou para Edward. Ele re"uou um ou dois passos.

 — /i%$nos o nome da "riada !ue te apresentou à rapariga "om !uem te tensen"ontrado. /epois vai para o teu !uarto e #i"a l) at0 seres "hamado — o "riado anuiu.

 — 4ão #ales sobre isto a ningu0mF per"ebeste5 — perguntou Edward. ( "riado

a"enou novamente !ue sim "om a "abe-a. ussurrou a in#orma-ão e saiu. — Ele saiu da!ui a "orrer "omo um "a"horrimho assustado — disse *i"hardre"uperando de novo o "ontrolo.

 — @ens de admitir !ue o assustaste deliberadamente, At0 me assustaste a mim — disse o amigo. — ( !ue !ueres !ue eu #a-a "om os nomes5

 — mith disse !ue nos "onta"taria nas pr'imas horas. E então, "ontamos$lhe. — @ens a "erte%a de !ue devemos esperar5 — @emos outra alternativa5 Consegues imaginar$me interrogar as "riadas sem

revelar tudo5 — 4ão, mas &u" pode #a%B$lo.G1L — &u"7 — *i"hard pare"ia destro-ado. Correu pelo"orredor at0 à sala de visitas. — &u"Ela "orreu para os seus bra-os "omo uma borboleta vinda pela lu%. — /es"ulpa. into muito — solu-ou ela. Ele estreitou os bra-os à sua volta "omo se tivesse medo de tamb0m a perder. — A "ulpa não #oi tua — sussurrou ele, per"ebendo !ueela se sentia "ulpada. A "ulpa !ue ele sentia amea-ava apoderar$se de si. Ele

segurou$a por alguns momentos en!uantoela "horava. <uando os seus solu-os diminuíram, ele "ondu%iu$a para o so#) e

sentou$se ao seu lado.

 — ( !ue #oi !ue des"obriste5 — perguntou Mr. Meredith, o seu rosto estava p)lido,mas a sua vo% #oi #irme.

 — +ou"a "oisa. 6ma "riada, #oi "apa% de ter ajudado a pessoa !ue o raptou. mith vai interrog)$la dentro de minutos — disse ele. A sua

vo% não era "ompletamente #irme.&u" respirou #undo, tentando "ontrolar$se. — +or!ue estava ele a!ui5 Ele des"obriu alguma "oisa5 — :eli%mente, ele estava a!ui !uando 2ett #oi ter  — "omigo. Ele veio di%er$me !ue #i%eram tudo o !ue podiamFeles pensavam !ue o perigo não era imediato — a amargurana vo% de *i"hard era grande. — — ( !uB5 — tanto &u" "omo o pai #i"aram atnitos.a — @emos de #a%er alguma "oisa. Agora7 — disse ela %angada. — temos de l)

voltar e #alar "om a "riada. 4ão "on#io — nesses homens. e des"obrirem a mesma "oisa !ue des"obriram da 8ltima ve%,

 podemos nun"a mais voltar a ver /avid. — Embora tivesse "ome-ado a #alar %angada !uando a"abou de di%er a 8ltima palavra, &u" estava a "horar novamente. — Ele 0 apenas um rapa%inho — *i"hard tomou$a novamente nos bra-os,

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desejando tamb0m ele "onseguir "horar.3arvis entrou, o seu rosto estava p)lido e sombrio. — Est) a!ui Mr. mith para o ver, Mr. 2lount. Ele est) no es"ritrio "om o senhor Edward. — Eu vou "ontigo — disse &u", re"uperando novamente o "ontrolo de si prpria.

G1D — E eu tamb0m — disse Mr. Meredith #irmemente. — +ede$lhes para virem ter a!ui "onnos"o — disse *i"hard. As suas mãos tremiam.

mith tinha de ter alguma notí"ia.

 4em Edward nem mith pare"iam #eli%es !uando entraram na sala de visitas. — Então5 — perguntou *i"hard. mith #e% uma v0nia a &u". Endireitou o "asa"o e

 pu'ou as mangas para bai'o. /iga. — Mr. Edward Meredith tinha ra%ão. A "riada sabia mais do !ue a!uilo !ue estava a

di%er. Apresentei$me "omo sendo o seu representante. Espero !ue não se importe por eu ter agido desta #orma, Mr. 2lount. *i"hard abanou a "abe-a

 — +reguei$lhes um valente susto. /epois #alei a ss "om a "riada. Ela deu$me onome de um homem e da taberna onde ele gosta de ir. egundo ela, #oi ele !ue raptou orapa%. Ele tinha uma "arruagem à espera no "ru%amento.

 — /avid est) bem5 — +ara onde #oi !ue o levaram5 — ( !ue podemos #a%er agora5 — A"ha !ue ela est) a di%er a verdade5 — ele #oi bombardeado "om perguntas. +or 

#im, tapou os ouvidos "om as mãos, o barulho era enorme. (s seus indagadores "alaram$seum a um.

 — Eu mandei 3ones pro"urar o homem !ue a "riada pensa !ue esteve envolvido — disse mith !uebrando o silBn"io.

 — Eu vou "om ele — disse *i"hard, "om os olhos vibrando de "oragem. — Eu tamb0m — disse Edward em "oro. — 4ão, não vão, sirs. 9riam a#ugentar o homem. e vo"Bs apare"erem l) para eles

 per"eberem !ue vo"Bs des"obriram o plano. Eles desapare"eriam antes de vo"Bsen"ontrarem.

 — Eles5 — perguntou Mr. Meredith. — /e !u estamos a #alar5 — 4ão tenho a "erte%a de !uantos são. Algu0m tinha !ue estar na "arruagem. E se a

"riada estiver a di%er a verdade,G1O

o homem !ue levou /avid não #oi o !ue ar!uite"tou o plano. Ela "ontinua a pensar !ue o rapa% es"apou. A amea-a dela ser deportada deu resultado.

 — ( !ue podemos #a%er5 4ão podemos #i"ar a!ui sem #a%er nada — disse *i"hard,olhando #urioso para o homem !ue supostamente os deveria ter salvo deste problema.

 — *e"eio !ue seja e'a"tamente isso !ue vo"Bs devem #a%er. Eles podem entrar em"onta"to "onsigo — disse mith. Ele olhou #i'amente para o seu "liente e evitou os olhosde &u".

 — +or!uB5 — perguntou ela. Ele re"usou$se a olhar para ela ou responder à sua pergunta. — +or!uB5 — perguntou ela novamente, desta ve% mais desa#iadoramente e maisalto.

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 — ilBn"io — disse$lhe o pai. Ele desli%ou "om a "adeira de rodas at0 ela e pegou$lhe na mão. Ela olhou #uriosa para todos eles.

 — ( !ue vão eles #a%er$lhe5 — gritou ela. — /i%$lhe, *i"hard — disse o irmão bai'inho. Condu%indo$a de novo para o so#), o

marido sentou$a e sentou$se ao seu lado. Ele entrela-ou os seus dedos nos dela.

 — 'nith a"ha !ue eles o raptaram para pedirem um resgate. — 6m resgate5 Em dinheiro5 — perguntou ela. (s seus olhos estavam arregalados. — Em dinheiro5 — repetiu ela. Ele a"enou !ue sim "om a "abe-a.

 — Então, eles vão libert)$lo5 4enhum dos homens !uis olh)$la nos olhos. — Elesvão solt)$lo, não vão5 — perguntou ela.

:inalmente, #oi o pai !ue lhe respondeu. — @emos esperan-as disso — disse ele bai'inho. A sua vo% di%ia outra "oisa.

 — Esperan-as5 Apenas esperan-as5 @emos de o en"ontrar7 — ela estava e'altada. — ( !ue podemos #a%er5

 — Esperar — a!uela palavra silen"iou$a subitamente. Ela olhou para mith,in"itando$o a !ue ele lhe desse mais indi"a-;es. Ele #i"ou "alado por um momento. Então,voltou$se para *i"hard.

 — >ostava de #alar "om o "riado.GG — Ele est) no !uarto — disse Edward. — <uer !ue o mande "hamar5 — A"ho !ue vou #alar "om ele no !uarto. @emos mais priva"idade. +ode pedir para

me indi"arem o "aminho5( silBn"io !ue se #e% !uando mith saiu do !uarto não era nada #)"il de suportar.

@odos !ueriam #alar, mas ningu0m sabia o !ue di%er. &u" segurava na mão de *i"hard"omo se ele #osse a 8ni"a sanidade na sua vida. <uando a porta se abriu algum tempo maistarde, todos eles se sobressaltaram.

 — Então5 — perguntou *i"hard !uando mith entrou no !uarto. Mr. Meredithrodou a "adeira para poder ver o rosto do homem. &u" apertou a mão do marido.

 — Ele não sabe nada — disse mith bai'inho. — Ele #oi um peão nas mãos dealgu0m. As esperan-as !ue eles tinham desapare"eram "omo nevoeiro num dia !uente deverão — disse ele a *i"hard. — e pre"isar de mim, sabe para onde deve enviar amensagem — relutantemente, eles viram$no 8 embora, "ada passo !ue ele dava lhes repetiauma e outra ve% !ue não havia nada !ue eles pudessem #a%er. &u" #e"hou os olhos een"ostou$se para tr)s, uma l)grima es"orreu$lhe pela #a"e.

<uando o silBn"io se tornou em dor, Edward levantou$se.

 — ?ou enviar uma mensagem a Arabella a avis)$la de !ue esta noite não a possoa"ompanhar — suspirou ele.

 — 4ão mudes os teus planos — disse *i"hard, numa vo% e'traordinariamente"ansada.

 — N "laro !ue muda — disse Mr. Meredith #ortemente, — e a!uele homem bai'inho des"obrir alguma "oisa, ns vamos pre"isar da ajuda

dele. — Edward anuiu. 6m leve sorriso surgiu nos l)bios de &u", !uando ela viu o irmãosair do !uarto.

urgindo$lhe subitamente um pensamento, *i"hard seguiu$o. — Edward, não lhe "ontes nada sobre o desapare"imento de /avid.

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 — +or!uB5 /a!ui a pou"o tempo, ela vai ser sua tia6m A"ordo Amig)vel GG1 — 6ma ve% !ue não sabemos !uem est) envolvido, algu0m da minha "asa poder)

des"obrir !ue ele est) realmente desapare"ido e tentar avisar os "onspiradores de !ue nsestamos des"on#iados.

Edward anuiu. — <uando ela des"obrir !ue eu lhe o"ultei isto, tu 0 !ue tens de lhe prestar "ontas.( humor irni"o da vo% do amigo #e% *i"hard sorrir ligeiramente.

 — 3) est)s dominado pela tua noiva, meu amigo5 Edward apenas en"olheu osombros e entrou na bibliote"a.

Antes de ele voltar a entrar na sala de desenho, 3arvis deteve$o.

 — +ergunto a Mrs. 2lount se devo servir agora o "h)5 *i"hard sobressaltou$se.Embora pare"esse !ue tinham passado v)rias horas desde o momento em !ue des"obriram!ue /avid desapare"era, a tarde ainda ia a meio. *i"hard anuiu.

( apare"imento de 3arvis e a sua pergunta tiraram &u" do desespero em !ueestava. entou$se direita.

 — *obert e Caroline — e'"lamou ela. — @enho de ir ter "om eles.Embora, normalmente ele tivesse "on"ordado "om ela, *i"hard "onhe"ia os seus

#ilhos. — +ede para algu0m te tra%er notí"ias. 4ão os preo"upes desne"essariamente. — /esne"essariamente5 Algu0m tem /avid. Eles podem ser os pr'imos — 

argumentou ela. — 4ão são se estiverem na sala de estudo. +ede para 2ett os ir ver de ve% em

!uando. @u e eu vamos vB$los mais tarde. — E se eles "ome-arem a perguntar por /avid5 — +ede a 2ett para lhes di%er !ue ele est) de "astigo por se ter es"ondido de ti. — 

Mr. Meredith !ue estivera a ouvir, "alou o "oment)rio !ue ia #a%er e a"enou !ue sim "om a"abe-a. Com o marido e o pai aliados "ontra si, ela a"edeu.

<uando "hegou o tabuleiro do "h), ela serviu uma "h)vena a "ada um e pediu para o"riado servirZ a travessa dos sanduí"hes. *i"hard abanou a "abe-a, o seu estmago estavademasiado in"erto para re"eber os alimentos. Edward "omeu algumas

GGGdas sanduí"hes suas #avoritas e #i"ou a olhar para elas. Mr. Meredith bebeu o seu

"h) e pediu uma segunda "h)vena, !ue &u" serviu, "ontente por ter alguma "oisa para#a%er.

As horas arrastaram$se. empre !ue ouviam passos a apro'imarem$se, elessentavam$se direitos. <uando os passos não levavam a nada, eles des"aíam os ombros.Embora *i"hard tentasse em mais de uma o"asião persuadir a esposa a subir para ir des"ansar, &u" re"usou$se a #a%B$lo.

:inalmente, ouviram passos apro'imarem$se da porta e algu0m entrou. @odos sein"linaram para a #rente.

 — A"abou de "hegar isto para si, Mr. 2lount — disse 3arvis, entregando$lhe a mensagem.(#egantes, os outros viram$no a abri$la. (s seus olhos #i"aram severos. (lhou para

"ima.

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 — mith tinha ra%ão. — ( !ue di%5 — perguntou &u", agarrando uma ve% mais o seu bra-o. Ela tremia. — N um pedido de resgate. — <uanto5 — !uis saber Mr. Meredith. — Eu tenho algum dinheiro no "o#re. — /uvido !ue disponha desta !uantia — disse o genro, ainda olhando para o

 bilhete. — Eles !uerem de% mil libras at0 amanhã à noite. — ( !uB5 — o velho senhor estava "ho"ado.Edward agarrou "om tanta #or-a as "ostas da "adeira do pai !ue os ns dos seus

dedos #i"aram bran"os. — Consegues reunir essa importKn"ia5 — perguntou ele. — e não "onseguires, eu ajudo. — E eu — a"res"entou Mr. Meredith. — Eu tenho mais do !ue isto em títulos. ?ai ser uma !uestão de os vender — 

garantiu$lhe *i"hard — se o "onseguir #a%er a tempo.

 — E /avid5 ( !ue di% sobre /avid5 — perguntou &u" #reneti"amente, não seimportando "om o dinheiro em !uestão.

*i"hard olhou outra ve% para o bilhete. — e eu dei'ar o dinheiro no sítio !ue eles !uerem, ele ser) libertado.GGH — Então, temos de #a%er o !ue eles di%em — disse ela #irmemente. Mas ela não

 pde dei'ar de reparar nos olhares !ue os trBs homens tro"aram. — ( !uB5 ( !ue se passa5 Embora eles tentassem a"alm)$la, ela re"usou #i"ar 

"alada. — +or!ue estão assim5 perguntou ao pai.Ele tomou$lhe as mãos nas suas, a dor mar"ava$lhe o rosto ainda mais do !ue j)

estava. — &u" tens de ser "orajosa. @emos de a"reditar !ue eles vão "umprir a!uilo !ue

di%em.Ela olhou$o nos olhos. — Mas tu não a"reditas !ue eles vão #a%er o !ue prometeram — disse ela

sombriamente. (s trBs homens abanaram a "abe-a. @irando as mãos, ela en"ostou$se na"adeira, as l)grimas "ome-aram a es"orrer$lhe pelo rosto.

 — Ele 0 apenas um rapa%inho — sussurrou ela. +ou"o tempo depois, tanto Mr.Meredith "omo *i"hard tinham "artas redigidas para serem entregues.

 — /i% a Mr. &edsworth !ue isto 0 urgente. @enho de #alar imediatamente "om ele — disse *i"hard !uando entregou a "arta ao "riado. ( pai disse prati"amente as mesmas palavras !uando mandou "hamar o seu homem de neg"ios.

<uando es"ure"eu, eles tinham tudo planeado. — Eu trato disto de manhã assim !ue puder — prometeu Mr. &edsworth, trem0ndo

tanto pelo horror !ue o seu "liente estava a en#rentar "omo pela soma !ue ia perder. Ele e ohomem de neg"ios de Mr. Meredith tinham uma lista de "ompradores !ue dividiram entreambos.

 — e não "onseguir vender, avise$me antes do meio$dia — disse *i"hard $, para euter tempo de #alar "om um prestamista.

 — A"ho !ue isso não ser) pre"iso, Mr. 2lount — disse Mr. &edsworth. ( seu horror era evidente.

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 — Eu #a-o a!uilo !ue #or ne"ess)rio para ter o meu #ilho de volta — disse *i"hard,esperando !ue os vil;es #i"assem apenas "om o dinheiro. Edward anuiu.

<uando eles se #oram embora, os trBs homens #oram$se deitar. &u" subira umahora antes, o seu "o'ear estava mais

GGI

 pronun"iado por "ausa do seu "ansa-o. En!uanto repousava na "ama, passavam$&heimagens de /avid pelo pensamento. E o sentimento de "ulpa perseguia$a. +or!ue não #oimais "edo ao jardim5 +or!ue #oi tão des"uidada5

A porta abriu$se. *i"hard #oi para a "ama e deitou$se ao seu lado. +er"ebendo !ueela ainda estava a"ordada, disse

 — 4ão !uis #i"ar so%inho — depois "omo se tivesse absorvido toda a dor !ue"onseguia suportar, ele pro"urou$a.

 — Abra-a$me. Abra-a$me, por #avor — supli"ou ele. Ela abra-ou$o e sentiu a sua#a"e molhada. Ela nun"a soube se as l)grimas eram dele ou se eram suas. /urante um "urtotempo, apenas #i"aram abra-ados um ao outro. Então, "omo se pre"isasse de se lembrar !ueestava vivo, ele "ome-ou a #a%er amor "om ela apai'onadamente, desesperadamente"omose não tivesse a esperan-a do dia seguinte.

<uando #inalmente #e"haram os olhos, o seu sono #oi irre!uieto. <uando os primeiros raios de sol entraram pelas janelas, ambos se levantaram e #i"aram a olhar para amanhã.

 — (nde estar) ele5 — interrogou$se ela, tapando os l)bios "om a mão para nãosolu-ar.

Algum tempo mais tarde, !uando bateram à porta, eles j) estavam vestidos. — Entre — disse &u", apertando as mãos de medo. — 6ma mensagem para Mr. 2lount — disse o "riado sonolento, o seu uni#orme #ora

vestido à pressa e estava mal abotoado. Ele abriu mais os olhos !uando reparou !ue eles j)estavam prontos.

&u" #e"hou os olhos, re%ando, !uando *i"hard abriu a "arta. (s seus olhos #i"aramseveros.

 — Então5 — disse ela ansiosamente en!uanto esperava !ue ele #alasse. — mith pede para não sairmos de "asa at0 ele "hegar. — *i"hard olhou novamente para o bilhete para ver se lhe tinha es"apado alguma

"oisa. &u" suspirou. — @alve% tenha alguma notí"ia — E se não tiver5GGJ — +agamos o resgate. E esperamos !ue eles "umpram "om a palavra, pensou para

si prprio. — e ns pud0ssemos #a%er alguma "oisa — disse &u", tor"endo o len-o. A

#rustra-ão !ue ela sentia tamb0m era bvia no irmão e no pai !uando se en"ontraram maistarde para tomarem o pe!ueno$almo-o. @odos "omeram pou"o. (s homens beberamin8meras "h)venas de "a#0, e &u" esmigalhou um pão%inho e bebeu "a"au.

<uando mith "hegou, eles estavam uma ve% mais na sala de visitas. &igeiramentesurpreendido por en"ontr)$los todos juntos tão "edo, ele parou na soleira.

 — Então, "onte$nos o !ue des"obriu — pediu Mr. Meredith, numa vo% rou"a e "om

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olheiras por não ter dormido.mith olhou para *i"hard, !ue anuiu. — +ensamos !ue des"obrimos o sítio para onde o levaram — disse ele bai'inho. — (nde5 — a palavra poderia ter sido pronun"iada por !ual!uer um deles. — +ara um "eleiro não muito longe da "idade.

 — 4a dire"-ão de @unbridge [ells5 — perguntou *i"hard, re"ordando$se dasinstru-;es do bilhete !ue re"ebeu na noite anterior.mith tor"eu a "ara. — 4a dire"-ão de Maidstone — 6ma tentativa para nos despistarem5 — interrogou$se Edward em vo% alta. — 

6m homem montado num bom "avalo poder) atravessar rapidamente a provín"ia, semgrandes di#i"uldades.

 — (u os seus "ompanheiros poderão "ombinar en"ontrar$se "om ele noutro sítiomais tarde — a"res"entou mith.

 — 3ones est) a vigi)$los para o "aso deles de"idirem levar o seu #ilho para outrosítio.

&u" o#egou. — A"ho !ue eles não vão tentar #a%er isso, não de dia.

 — E eu devo supostamente pagar o resgate e re"eber as instru-;es para en"ontrar omeu #ilho pou"o depois do pr do sol — disse *i"hard, os seus l)bios estavam"omprimidos. — +odemos apanh)$los5 — perguntou ele.

GGmith pare"ia não ter a "erte%a. — Ainda não temos a "erte%a de !uantas pessoas estão l) dentro. — Entre em "onta"to "om o seu s"io. Eu tenho de #i"ar a!ui at0 saber se

&edsworth "onseguiu vender os títulos. — @en"iona pagar o resgate5 — perguntou mith. — se o não puder evitar. Mas em todo o "aso tenho de estar preparado — a

amea-a na vo% de *i"hard provo"ou arrepios nas "ostas de &u". — Compreende !ue ns não sabemos o !ue eles irão #a%er5 — perguntou mith,

tentando "erti#i"ar$se de !ue o homem !ue o "ontratara "onhe"ia todos os ris"os. — Compreendo. — Edward e Mr. Meredith tamb0m a"enaram !ue sim "om a

"abe-a. &u", de olhos muito abertos, tapava a bo"a "om as mãos para não "horar. — Ainda tem homens !ue possamos "ontratar5 — =omens em demasia pode ser um erro. A estrada ao lado do "eleiro 0 muito

movimentada. @en"iono alugar uma "arro-a "arregada de produtos agrí"olas a umagri"ultor — disse mith "om um sorriso !ue não lhe "hegou aos olhos. *i"hard e Edwardtro"aram olhares. /epois *i"hard anuiu.

 — +e-a aos "riados algumas das roupas deles — sugeriu *i"hard. — Eu trato dasarmas — "ontente "om a a"tividade !ue ini"iou, mith #oi$se embora, prometendo regressar dentro de uma hora.

Assim !ue ele se #oi embora, &u" voltou$se para o marido. — Eu vou "ontigo — disse ela #irmemente. — E não metentes "onven"er do "ontr)rio.6ma hora mais tarde !uando estavam para sair, ele "ontinuava a tentar #a%er "om

!ue ela #i"asse. ?estidos "om as roupas dos "riados, eles saíram pela porta dos #undos e "orreram para a "arruagem

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!ue os esperava. Mr. Meredith e Mr.&edsworth, !ue #i"aram en"arregados de entregar o dinheiro

do resgate "aso eles não regressassem a tempo, #i"aram a vB$los partir. — <ue /eus os a"ompanhe — sussurrou Mr. Meredith.

Capítulo 1JA primeira parte da viagem #oi silen"iosa. &u" !ueria agarrar a mão do marido,mas ele tinha uma e'pressão

demasiado severa. Ela apertou as mãos no "olo e re%ou para si prpria.Assim !ue s0 apro'imaram da estalagem !ue mith es"olhera, eles des"eram,

mandaram a "arruagem regressar a "asa, e #i%eram o resto do "aminho a p0. +ara surpresade &u", ningu0m reparou neles.

 — :i!uem "alados. Eu 0 !ue #alo — disse mith. Ele olhou para os dois homens. — +onham um ar mais "ansado. ?o"Bs trabalharam durante v)rias horas — *i"hard

des"aiu os ombros e #e% um ar est8pido. Edward #e% a mesma "oisa.

+assado pou"o tempo estavam na "arro-a. &u" ia sentada ao lado do maridoen!uanto mith e Edward iam atr)s ao p0 do sujo e do li'o dei'ado pelas "ouves e pelosoutros vegetais !ue a "arro-a transportara. Edward sugerira !ue #igissem estar embriagados,mas mith não "on"ordara, re"ordando$lhe !ue os agri"ultores !ue ansiavam melhorar devida não podiam gastar dinheiro "om vinho !ue não produ%iam. Em ve% disso elesenrolaram$se e #ingiram !ue iam a dormir.

A estrada era a"identada, e passado pou"o tempo &u" estava dorida, tal "omo*i"hard dissera !ue ela iria #i"ar. Mas os seus l)bios não se !uei'aram. Ela "omprimiu$osat0 eles #ormarem uma linha bran"a. *i"hard olhava para ela de ve% em !uando mas nãodi%ia nada. Ela sabia "omo seria a viagem.

GGDEles tinham a"abado de passar pela @averna >eorge em >reenwi"h e depois por um

grupo de homens !ue iam para a "idade !uando mith disse a *i"hard para parar. *e"eandoterem sido des"obertos, *i"hard saiu da estrada e en"ostou a "arro-a por bai'o de umagrande )rvore, esperando !ue esta lhes #orne"esse prote"-ão.

 — 3ulguei !ue nun"a mais viessem — disse um homem, subindo pela parte de tr)sda "arro-a. — Então, tive de "orrer atr)s de vo"Bs — o#egava tanto !ue mal "onseguia #alar.

9gnorando as apresenta-;es, mith "ome-ou a #a%er$lhe perguntas. — Eles ainda estão l)5 — o homem a"enou "om a "abe-a. — <uantos são5 — o

homem #i"ou simplesmente ali, tentando re"uperar o #lego. — 3ones, !uantos são5 — ele levantou trBs dedos. (s outros olharam para ele.3ones respirou #undo. <uando "ome-ou a respirar mais normalmente, disse — /ois homens e uma mulher. Eram mais, mas saíram. *i"hard in"linou$se para a

#rente, "om um sorriso selvagem. — A !ue distKn"ia #i"a5 — perguntou ele. — :i"a a "er"a de trBs !uilmetros por esta estrada. 3ones pegou na garra#a de )gua

!ue mith lhe estendeu e bebeu bastante )gua. — +or!ue trou'eram uma mulher "om vo"Bs5 — perguntou ele, observando &u"

da "abe-a aos p0s.

 — Ela insistiu — disse mith bai'inho, dando uma "otovelada nas "ostelas do

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amigo. — N a madrasta do rapa%. — ?iu$o5 Ele est) bem5 — perguntou &u". ( seu "ora-ão batia tão #ortemente !ue

ela mal "onseguia ouvir a sua prpria vo%. *i"hard in"linou$se mais para ouvir melhor o!ue ele di%ia.

 — :ui espreitar hoje de manhã%inha "edo antes deles se levantarem. Eles tinham$no

embrulhado numa "apa ao p0 da #ogueira. 4ão pare"ia estar muito des"on#ort)vel $disss$lhe 3ones. — Esta manhã5 ?iu$o hoje5GGOEle abanou a "abe-a. — /Bem$me mais )gua. Estar de vigia #a% sede. — :ale$nos do "eleiro — disse Edward. 3ones re"uou surpreso "om o seu dis"urso

re#inado. /epois saltando para o "hão, #e% um desenho no p da terra. — Apenas uma porta5 — perguntou *i"hard. ( homem a"enou !ue sim "om a

"abe-a. — Então, não h) hiptese de os apanharmos de surpresa. — +or ali não — mith tor"eu a "ara. — Mas e se eles julgarem !ue ns somos outras pessoas5 — perguntou &u". Ela olhou para a estrada ao longe "omo se pudesse ver a

estrutura pre")ria !ue aprisionava /avid.

 — ( !ue !uer di%er5 — perguntou mith.*i"hard voltou$se e beijou$a. Ela "orou. — E se a"onte"esse alguma "oisa à "arro-a !uando pass)ssemos pelo lo"al5 — 

 perguntou ele, olhando para a esposa. Ela anuiu. — /isse !ue a estrada passa por l). 4s podíamos di%er !ue est)vamos à pro"ura de alguma "oisa !ue nos ajudasse a reparar a"arro-a.

 — se vo"Bs #i"arem "alados — disse 3ones. — 6ma s palavra pronun"iada por vo"Bs e eles des"obriam logo o dis#ar"e.

mith anuiu. — E a sua senhora pode #a%er$se passar por minha #ilha — sugeriu ele. — e Mrs. 2lount pudesse #a%er de "onta !ue estava doente ou !ual!uer "oisa do

g0nero. — ( teu "o'ear. +odias #ingir !ue tinhas magoado a perna !uando a "arro-a perdeu

a roda — disse Edward. — :inalmente serve para alguma "oisa — disse ela, tentando sorrir mas ainda "om

medo. Ela olhou para *i"hard, !ue estava a #ran%ir o rosto. — er) !ue /avid nos denun"ia5 — @emos de "orrer esse ris"o. Mas ele nun"a nos viu assim vestidos. e pu'ares a

tua tou"a para a "ara e ns tirarmos os "hap0us e bai'armos a "abe-a olhando para o "hão,talve% o "onsigamos enganar — disse *i"hard.

GH — E a"ho !ue temos de #i"ar sujos. — Eu j) me sinto "omo se tivesse mais poeira do !ue roupa — !uei'ou$se &u".

Mas ela dei'ou !ue ele a ajudasse a des"er, agarrando$se a ele at0 en"ontrar o e!uilíbrio./epois bai'ou$se e agarrou uma mão "heia de p e polvi&hou o rosto e o vestido "om ele.

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( marido e o irmão #i%eram o mesmo. — Estou bem dis#ar-ada, Mr. mith5 — estando o"upada, o seu medo, mesmo !ue

não tivesse desapare"ido, pelo menos dei'ara de estar em primeiro lugar no seu pensamento.

<uando eles obtiveram a aprova-ão de mith, voltaram a subir para a "arro-a. /estave% *i"hard #i"ou atr)s juntamente "om Edward e 3ones, en!uanto mith ia à #rente adirigir os bois.

En!uanto iam aos solavan"os pela estrada, eles organi%avam os 8ltimos planos. ("eleiro #i"ava do outro lado de uma pe!uena "olina, es"ondido no vale. Mesmo antes de"hegarem ao "imo da "olina, eles iriam perder uma roda. Com os sul"os !ue a estrada tinha,era evidente !ue a roda iria soltar$se antes de "hegarem ao sop0. *i"hard e Edward não#i%eram nenhuma obje"-ão, embora ambos se interrogassem sobre o !ue iriam #a%er sea!uelas pessoas tivessem "olo"ado um vigia no "imo da "olina.

:eli%mente, tiveram sorte. @iraram a "avilha !ue prendia a roda, dei'aram os boisirem em mar"ha lenta. 4ingu0m ten"ionava ser proje"tado da "arro-a !uando a roda sesoltasse. 6ns metros mais à #rente, um grande sul"o #e% a #a-anha. /esde !ue teve oa"idente !ue ela nun"a so#rera um solavan"o tão grande "omo este, &u" #oi proje"tada para a parte de tr)s da "arro-a, en!uanto Mr. mith tentou parar a parelha. <uando pararam,tanto Edward "omo *i"hard se "olo"aram à sua volta, en!uanto mith e 3onesdesamarraram a parelha.

 — Est)s bem5 — sussurrou o irmão, pegando$lhe ao "olo. Ela a"enou "om a "abe-ae gemeu. ( rosto de *i"har #i"ou p)lido.

GH1 — /i%$lhe !ue eu #i"o bem — sussurrou ela ao ouvido do irmão. Ele olhou #urioso

 para *i"hard e #e%$lhe sinal parao seguir. — Agora p;e$me no "hão — pediu &u" !uando j) estava pr'imo do "eleiro. Ele

#e% o !ue ela lhe pediu. Ela deu um ou dois passos, o seu "o'ear estava muito pronun"iado,e "aiu. (s homens tentaram agarr)$la, mas ela "aiu antes disso. Edward tornou a levant)$la.

 — 2onito trabalho, irmã%inha — sussurrou ele, então, tentava limpar$lhe em vão o p do rosto.

Ela sorriu ligeiramente e depois #e"hou os olhos. mith agindo "omo um pai #ora desi, dava instru-;es "ontraditrias e "oma "omo um "a"horrinho !ue a"abou de des"obrir asua "auda

 — @ragam$na para a!ui — mandou ele, "om sota!ue da provín"ia. — /epoismandamos algu0m pedir ajuda. Antes de abrirem a porta, um homem grande saiu.

 — Este "eleiro 0 seu5 — perguntou mith. — +ode mandar algu0m bus"ar uma"arro-a5 A minha #ilha est) #erida

 — o homem olhou para tr)s "omo se a pedir instru-;es. =esitou por um momento,olhou para a "arro-a partida na "olina, e a"enou !ue sim "om a "abe-a. Como se estivessemuito preo"upado para reparar na tentativa !ue o homem #e% para os impedir, n8th abriu"aminho entrando para den tro do "eleiro.

Com mith rondando à sua volta, Edward transportou &u" para "ima de um montede #eno des#eito !ue se situava do outro lado do "eleiro. 6m dos outros homens "ome-ou a protestar, mas a senhora ao seu lado abanou a "abe-a. Edward poisou$a "uidadosamente e

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depois levantou$se e espregui-ou$se. — Est)s bem, minha !uerida5 — perguntou mith ainda "om sota!ue da provín"ia.

<uando "aninhara ao lado de Edward, ele reparara onde se en"ontravam as outras duas pessoas, mas não "onseguira ver o rapa%.

&u" sentiu um movimento no #eno !ue estava por tr)s dela. Abriu os olhos

"autelosamente e voltou$se de lado.GHG

/avid olhava #i'amente para ela. @inha as mãos e os p0s atados, e estavaamorda-ado. Ele re"onhe"eu$a e "ome-ou a tentar desamarrar$se. :a%endo de "onta !ueestava #erida, &u" abanou a "abe-a. ( movimento parou.

 — 4s vamos pr$te boa — disse mith, #a%endo #estas na #a"e de &u". — 3onesvai bus"ar a garra#a de )gua à "arro-a. E tu meu imbe"il — apontou para *i"hard $, vaitratar dos bois. e tivesses visto "om "uidado a "arro-a antes de sairmos de &ondres, istonun"a teria a"onte"ido — ele viu *i"hard ir atr)s de 3ones para #ora do "eleiro. Como sereparasse pela primeira ve% nas outras duas pessoas !ue estavam no "eleiro, ele #e% umav0nia.

 — Estou muito agrade"ido por nos dei'arem des"ansar a!ui at0 a minha #ilha sere"ompor, minha senhora. 4ão esperava en"ontrar uma pessoa "omo a senhora num lugar abandonado "omo este.

A senhora sorriu.

 — Estou a!ui para de"idir o !ue vou #a%er disto. ( admimistrador da minha propriedade — ela #e% sinal para o homem !ue estava ao seu lado, ignorando a suae'pressão mal$humorada — sugeriu !ue eu o mandasse deitar abai'o. Ela pu'ou o v0u do pe!ueno "hap0u de montar para o rosto tapando tudo menos os olhos. *i"hard, !ue estavado lado de #ora da porta à espera do sinal de mith, preo"upava$se "om o #ilho.

 — +ai — *i"hard ouviu &u" "hamar, dis#ar-ando a vo% "om o gaguejar. Ele"onseguia ouvir, mas não podia ver mith "orrer para ao p0 dela.

 — ?ais #i"ar bem, minha !uerida — disse mith "on#ortando$a. — N a minha mais nova — e'pli"ou ele, depois de ter pedido des"ulpa por ter saído

de ao p0 da senhora — !uis vir "omigo à "idade. Agora vejam o !ue a"onte"eu. — Ele olhou para a porta, #a%endo dis"retamente sinal ao s"io de !ue a "rian-a #ora

en"ontrada. — @enho a "erte%a de !ue ela vai #i"ar bem. Agora, desejo$lhes um bom dia. — A

senhora pegou na saia de montGHHem veludo e voltou$se para sair. /era apenas alguns passos !uando *i"hard,

nervosíssimo, "aminhou para a entrada. — *i"hard — sussurrou ela, pu'ando "om a mão o len-o do pes"o-o "omo se

estivesse a as#i'iar. — 4un"a esperaste !ue eu te des"obrisse, pois não, 3ulia5 — embora o rosto de

*i"hard estivesse p)lido, a sua vo% era #irme. (s seus olhos e'primiam raiva. — (nde est) ele5 (nde est) o meu #ilho5 — Ele est) "omigo — gritou &u". Ela sentia o rapa%inho solu-ar em ve% de o

ouvir. +ro"urando atrav0s do #eno,ela en"ontrou /avid e pu'ou$o para os seus bra-os.

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 — Ele tamb0m 0 meu #ilho — re"ordou 3ulia ao homem !ue ela j) não "onsideravaseu marido. Ela avan-ou, sorrindo "omo se estivesse satis#eita em o ver novamente. (homem !ue estava ao seu lado #i"ou p)lido. En#iou a mão no bolso.

 — Est)s #eli% por me veres5 — perguntou ela sedutoramente. — Mas !ue #eli% trions #ormaremos.

@u, a!uela rapariga "om !uem te "asaste e eu. A"ho !ue as pessoas vão #alar, mas"ertamente !ue ns vamos superar 

isso. /e !ual!uer modo eu pre#iro a provín"ia. e ao menos #osses um du!ue, podíamos resolver esta situa-ão. Ela deu mais uns passos na dire"-ão de *i"hard. ( homem!ue estivera ao seu lado esgueirou$se para as sombras. &u", !ue não ouvira bem o !ue*i"hard dissera, o#egou. Edward, assustado "om a ideia do !ue signi#i"aria para a sua irmão apare"imento de 3ulia, não se me'eu, olhando para o rosto da irmã. ( seu rosto #i"ou "adave% mais p)lido, mas ela não perdeu a "alma.

 — +or!uB5 +or!uB esta "harada5 — perguntou *i"hard, ignorando todas as outras pessoas !ue ali estavam.

 — +or!ue não5 4ão podes di%er !ue não #i"aste "ontente por te veres livre de mim.E de uma #orma tão e"onmi"atro-ou 3ulia. Ela estava a apenas alguns "entímetros dele, ov0u "ontinuava a "obrir$lhe o rosto.

<uando 3ulia "ome-ou a "riti")$lo, &u" abra-ou /avid, apertando$o "ontra ela etapando$lhe o outro ouvido "om a

GHImão. Ela estava mais preo"upada "om ele do !ue "onsigo prpria. — *i"hard, lembra$te do teu #ilho — disse ela !uando ouviu as palavras %angadas

!ue eles tro"aram. Ela desatava nervosamente os ns da sua morda-a, "om a outra mão.

*i"hard #e% uma pausa, desapare"endo$lhe do rosto alguma raiva. 3ulia voltou$se, osseus olhos #ais"avam.

 — Mrs. 2lount, suponho — disse ela "om uma gargalhada amarga. — +ossoimaginar o !ue se vai di%er !uando se des"obrir !ue *i"hard tem duas esposas vivas. ?aiser o tema de "onversa dos sal;es. E !uando os me'eri"os a"abarem, vo"B ser) uma p)riamesmo !ue algumas pessoas sintam pena de si. +ense nissoF tem partilhado a "ama "om umhomem !ue não 0 seu marido — ela olhou para o marido.

 — @ens dormido "om ela, não tens, *i"hard5 — ( seu riso selvagem e"oou pelo"eleiro.

@entando não mostrar o !uanto estava horrori%ada "om o "en)rio !ue 3uliades"revera, &u" levantou$se e pu'ou /avid para ao p0 de si.

 — Edward, podes lev)$lo l) para #ora e libert)$lo, por #avor5 — perguntou ela, nãoduvidando !ue o irmão #i%esse o !ue ela lhe pedira, mesmo sabendo !ue ele pre#eria #i"ar.Ela olhava #i'amente para os olhos da primeira esposa do seu marido. /avid tentou agarrar$se a ela. Ela apenas bai'ou a "abe-a e beijou$o.

 — ?ai "om Edward, meu !uerido. Eu vou ter "ontigo dentro em breve. — 4ão #a-as o !ue ela di%, /avid. ?em ter "om a tua mãe — a"enou$lhe 3ulia,

es!ue"endo$se das "ordas ainda atadas à volta dos seus torno%elos, "ordas !ue ela mandaraum dos seus "8mpli"es atar. Ele molhou os l)bios"omo se #osse di%er alguma "oisa, masapenas abano8 a "abe-a. Edward pegou$lhe ao "olo e "ome-ou a "aminhar em dire"-ão à porta, mantendo$se o mais possível a#astado de 3ulia e do seu "ompanheiro.

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<uando ela "ompreendeu !ue o #ilho não lhe !ueria obede"er ou não lhe podiaobede"er, 3ulia tor"eu a "ara.

GHJ — 4ão leve o meu #ilho para #ora deste edi#í"io — ordenou ela. Edward "ontinuou

a "aminhar.

 — +are — gritou ela. /avid enterrou a "ara no "asa"o )spero de Edward.mith, !ue estivera a ouvir, re"uou para os re"antos da velha estrutura, meioes"ondido por detr)s de$uma das tra ves. Ele tentou observar tanto a porta "omo o homem!ue

estava nas sombras. *i"hard saiu do meio da porta e "aminhou mais para dentro do"eleiro. mith sorriu. Ele agora "onseguia ver !ue o homem !ue os tentara impedir deentrar ja%ia estendido no "hão do lado de #ora do "eleiro. 3ones esgueirou$se para dentro do"eleiro, movendo$se tão silen"iosamente !ue somente Edward e mith !ue estiveram aobservar a porta, o viram entrar.

 — Eu não o entrego assim tão #a"ilmente — gritou 3ulia. — imon — im, minha !uerida5 — disse o homem saindo das sombras "om um revlver 

apontado para *i"hard. — (briga$os a entregarem$no.3ones tentou a"ertar no alvo, mas Edward e /avid estavam entre ele e o amante de

3ulia. ilen"iosamente, ele moveu$se mais para dentro do "eleiro. mith praguejousilen"iosamente !uando per"ebeu !ue tamb0m ele tinha o

seu "ampo de visão blo!ueado.

 — +onham o rapa% no sítio onde ele estava. — disse imon. — (u serei obrigado amat)$lo — edward parou, o seu rosto estava p)lido. (lhou para o rapa% !ue segurava edepois para a sua irmã. Ele tinha uma pistola na algibeira, mas não a podia al"an-ar. /avid"horava. — E depois disso, a"ho !ue pre#eria vB$los a todos — disse$lhes imon, #a%en dosinal a &u" e a Edward para se juntarem a *i"hard. @anto ele "omo 3ulia pare"iam ter$sees!ue"ido de mith. Ele re"uou v)rios passos at0 "onseguir ver os outros trBs.

3ulia riu$se. — 3ulgavas !ue eu ia permitir !ue o nosso plano #osse todo por )gua abai'o5 — 

 perguntou ela, meneando a "abe-a. Ela sorriu para o seu "8mpli"e e #oi para ao p0 dele.Com

GHo "ora-ão batendo violentamente, &u" apertou "om #or-a as mãos uma na outra

 para impedir !ue remessem. Ela observou Edward "olo"ar /avid "uidadosamente no "hão.Ela não revelou nem atrav0s de um gesto nem atrav0s de uma mudan-a de e'pressão !ue orapa% estava livre das "ordas. Envolvida no "on#ronto "om o marido, 3ulia ignorou$os.

 — 4ão !ueres saber !ual era o meu plano, !uerido marido5 — perguntou ela,ansiando por ter oportunidade de mostrar "omo era inteligente.

*i"hard en"olheu os ombros. (s olhos dela #ais"avam. Ela deu um ou dois passosna sua dire"-ão, mas depois parou.

 — =omem mau. Eu não "aio nisso. 4ão, 0 melhor eu manter a distKn"ia. Aindatemos tanto para "onversar5 imon, "onta o nosso plano a *i"hard.

( seu "ompanheiro #ran%iu a "ara.

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 — Conta$lhe — mandou ela. — Como ele "ontinuasse "alado, ela olhou #uriosa para ele e depois riu$se.

 — @ens medo deles5 — perguntou ela. — /esde !ue /avid esteja em nosso poder,não h) problema.

Mais astuto do !ue a sua amante, !ue estava vermelha de raiva, imon "ontinuava a

olhar para *i"hard, &u" e Edward, re"onhe"endo a amea-a deles, e não lhe respondeu.Embora &u" tivesse os olhos postos em 3ulia, ela es"utou um restolhar !ue lhe

indi"ou !ue /avid se movimentava no #eno. usteve o #lego, desejando !ue ele #ugisse.*i"hard, !ue estava de #rente para esse lado do "eleiro, viu um movimento atrav0s do "antodo olho mas não dei'ou !ue a esperan-a se estampasse no seu rosto. Edward en#iou asmãos nos bolsos "omo se tivesse nojo, enros"ando os dedos na pistola.

 — 3untem$se mais — mandou imon. (s trBs obede"eram relutantemente. Eleolhou para o pe!ueno grupo "omo se per"ebesse pela primeira ve% !ue #altava algu0m.

 — (nde est) o teu pai5 — perguntou ele. — ( pai dela5 — 3ulia riu$se, mas o som não possuía alegria. — (nde est)s tu,

homen%inho5 — "hamou ela, ins pe""ionando todos os sítios do lo"al.GHL

mith passara "autelosamente de trave em trave, aproveitando a dis"ussão de 3ulia para aba#ar o som !ue ele #a%ia. 3ones, ao ver o !ue o seu s"io estava a #a%er, "olo"ara$seem posi-ão do outro lado. <uando 3ulia "ome-ou a pro"urar, ele es"ondeu$se por detr)s deuma parede, o seu "ora-ão batia violentamente. /avid, ainda es"ondido no meio do #eno,levantou "autelosamente a "abe-a. Compreendendo !ue nem 3ulia nem imon tinhamreparado nele, olhou para o pai e para &u". ( pai, sendo observado por imon, nãodemonstrou !ue tinha visto /avid. 6sando a saia para "obrir o gesto, &u" apontou para a porta. /avid rastejou lentamente em dire"-ão à liberdade.

Compreendendo !ue o rapa% pre"isava de uma manobra de diversão para proteger asua #uga, mith despertou a aten-ão deles para si prprio. Avan-ou para o meio do "eleiro,mostrando as mãos. /avid pre"ipitou$se para #ora do "eleiro, a lu% do dia revelou"laramente as ndoas negras num dos lados do seu rosto. &u" sentiu *i"hard #i"ar rígido.Ela ps$lhe a mão no bra-o.

 — Eles obrigaram$me a #a%er passar por pai dela — !uei'ou$se ele. — Eu não!ueria perder o meu emprego. ( !ue h)$de #a%er um homem "om um patrão "omo ele5 — ele apontou para *i"hard e parou, #i"ando deliberadamente longe deles, "omo se tivessemedo.

 — ai do meu "aminho, homen%inho — disse 3ulia %angada$, e #i"a "alado. — Como se o #a"to de ter des"oberto mith lhe tivesse tra%ido outra

lembran-a, ela voltou$se. — /avid5 (nde est)s, !uerido5 — olhou em volta "omo se setivesse es!ue"ido do sítio onde o rapa% #i"ara *i"hard deu um passo para a #rente,despertando novamente a aten-ão dela sobre si. Es!ue"endo o #ilho por um momento, 3uliae'aminou os restantes.

 — ( !ue #a%emos "om eles5 — perguntou ela. — @alve% um #ogo. Este velho"eleiro arde #a"ilmente, e imon p;e #ogos maravilhosos. 4ão 0, meu amor. — Ele sorriu eanuiu.

 — +or!ue est)s a #a%er isto5 — perguntou *i"hard. — Como se tu não soubesses — ela riu$se de novo, !uase histeri"amente.

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GHD — E "omo #oi !ue es"apou do 8ltimo5 — perguntou &u", olhando nos olhos de

3ulia. — ( 8ltimo. Esse #oi um... desastre. Mas nessa altura eu estava a "ontar "om

imon. e tudo tivesse a"onte"ido "omo eu planeara, então não teria sido ne"ess)rio raptar 

o meu #ilho para poder #inan"iar a minha vida. — Ela tor"eu a "ara ao lembrar$se. — /a!uela ve%, imon dei'ou as "oisas para muito tarde. ( seu len-o "ome-ou a desli%ar, eela apressou$se a "omp$lo novamente.

 — Eu disse$te !ue tinha de esperar at0 !ue o alerta #osse dado — disse imon.mith, esperando !ue ele não estivesse a prestar aten-ão, "ome-ou a en#iar a mão no bolso,mas imon amea-ou$o "om o revlver.

 — @udo o !ue "onsegui levar "omigo #oram as minhas jias. Eu tinha de esperar por uma vida mais lu'uosa — ela sorriu para o marido. — @rou'este o dinheiro5 — perguntouela asperamente.

 — Como se ele pensasse em tal "oisa — disse &u" tro-ando. — e os #ilhos #orem amea-ados, ele #ar) tudo o !ue eu lhe pedir. — 3ulia bateu no

ombro de &u". &u" estreme"eu, "ontente por as outras duas "rian-as estarem a salvo dasgarras dela. Ela esperou !ue /avid tamb0m #i"asse a salvo. *i"hard olhava, sem poder #a%er nada. Ele "al"ulou a distKn"ia entre ele e 3ulia, mas sabia !ue não "onseguiriaal"an-ar a sua mulher antes dela magoar novamente &u".

En!uanto os grupos mudavam de posi-;es, 3ones manteve$se es"ondido.:inalmente, tendo imon na mira. Ele disparou. imon "ambaleou. Ao "air, o dedo deimon apertou o gatilho do revlver. /isparou. 3ulia, !ue "orrera para ao p0 de imon,gesti"ulou, "ambaleou. /epois dobrou os joelhos, e "aiu.

 — 3ulia — sussurrou imon e morreu.@irando o revlver do bolso, mith apro'imou$se do "asal !ue ja%ia no "hão.

Edward abanou a "abe-a "omo se pudesse apagar da mente a memria dos 8ltimos minutos. — Ela !uer #alar "onsigo — disse mith a *i"hardGHO*elutantemente, ele largou &u" e ajoelhou$se ao lado da mulher !ue ele julgara ter 

morrido h) muito tempo atr)s.3ulia sentiu$o ao seu lado. Abriu os olhos. *i"hard in"linou$se para a #rente,

 preparado para ouvir os seus pedidos de perdão. — /evia ter sido tudo meu — disse ela. — Meu — tossiu e uma espuma

ensanguentada es"orreu$lhe pelo "anto da bo"a. — e tu não tivesses arruinado os meus planos, eu teria #i"ado "om tudo. — @udo5 @u pediste apenas de% mil libras — disse ele "ho"ado. — Antes. /o #ogo. — A sua vo% #i"ou mais #ra"a. ?o"Bs deviam ter morrido todos.

 — @ossiu e "ontor"eu$se "om dores. — imon5 — sussurrou ela. mith olhou para o outro"orpo e abanou a "abe-a. 3ulia esbugalhou os olhos por um momento, e depois os seusolhos #i"aram ine'pressivos.

Assim !ue *i"hard #ora para ao p0 de 3ulia, &u" "orrera para #ora do "eleiro para pro"urar /avid. =orrori%ada "om a "ena !ue a"abara de o"orrer, ela !ueria apagar da mentedele a re"orda-ão deste 8ltimo dia. Ela en"ontrou$o es"ondido por detr)s de uma )rvore.Ele #i"ou ali a olhar para ela, os seus olhos j) não eram ino"entes nem #eli%es.

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 — Ela não me amava — disse ele bai'inho. — Ela !ueria !ue tu #i"asses "om ela — re"ordou$lhe &u", tomando$o nos bra-os e

segurando$o perto de si. — +or!ue o +ap) &he daria dinheiro para me ter de volta. Ela estava viva e não me

disse. Ela s me !ueria para "onseguir o dinheiro. — Ele enterrou o rosto no ombro de

&u", "ome-ando a "horar.*i"hard saiu do "eleiro, à pro"ura deles. ( seu "ora-ão bateu rapidamente ao ver oseu #ilho mais velho nos bra-os da sua esposa. /avid olhou para "ima, voltou$se e "orreu para ele.

 — +or!ue #oi !ue ela o #e%, +ap)5A pergunta persistia nas suas mentes. /ei'ando mith e 3ones en"arregados de

entregarem os "orpos de 3ulia e de

GIimon Ashton aos magistrados, os outros subiram para a "arro-a e dirigiram$se para

&ondres. /avid aninhou$se no "olo de &u" e dormiu a maior parte do "aminho. (s outrosviajavam em silBn"io.

Assim !ue "hegaram, &u" e *i"hard levaram /avid para a sala de estudo,dei'ando Edward a e'pli"ar o !ue se passara a Mr. Meredith. Com a barriga "heia de pão eleite, ele deitou$se na "ama.

 — Eu #i"o a!ui "ontigo at0 tu adorme"eres — prometeu$lhe o pai. — E dei'o umavela a"esa para o "aso de a"ordares. Mar est) a!ui perto se pre"isares dela. — &u" deu as boas$noites e dei'ou os dois a "onversarem bai'inho.

 — Como #oi !ue Caroline e *obert se "omportaram hoje, Mar5 — perguntou ela.

 — Estiverem um bo"adinho ansiosos, mas "omportaram$se bem, minha senhora — disse a rapariga.

&u" anuiu. — /iga$lhes !ue os venho ver de manhãdisse ela, ansiando ter novamente os seus pe!uenos bra-os abra-ados a si. Ela des"eu as es"adas para o seu !uarto,o seu "o'ear era mais pronun"iado do !ue o habitual.

/ei'ou !ue 2ett a despisse e lhe preparasse um banho. A )gua !uente, des"ontraiu$lhe os m8s"ulos e o "horo. <uando a "riada lhe perguntou o !ue se passava, ela apenasabanou a "abe-a. *e"usando "omer !ual!uer "oisa, ela deitou$se na "ama, desejandoapenas "onseguir apagar a!uele dia da mente de todos. Mas as "ríti"as de 3ulia persistiam.Ela olhou para a alian-a de "asamento e tirou$a. (s seus dedos #e"haram$se sobre ela "omose protestassem. Ela "olo"ou$a "uidadosamente em "ima da mesa. Esta noite não, provavelmente amanhã, disse ela a si prpria. eria então !ue iriam #alar dos problemasdeles.

=oras mais tarde, dormia ela !uando a porta do seu !uarto se abriu. :a%endo pou"o barulho, *i"hard atravessou o !uarto e en#iou$se na sua "ama. Meia a dormir, ela suspirou eapro'imou$se mais dele "omo "ostumava #a%er. Então, os seus olhos abriram$serepentinamente.

GI1 — ( !ue est)s a #a%er a!ui5 — perguntou ela, pu'ando o len-ol at0 ao !uei'o e

a#astando$se dele. — Esperavas !ue eu dormisse so%inho depois deste dia5 — perguntou ele, estendendo a mão para a"ender uma vela. Ele estava a voltar$se

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 para ela !uando a "hama da vela #e% lu%ir o ouro. Ele #i"ou rígidoF depois pegou no anel.:e"hando$o na mão.

 — ( !ue est) isto a #a%er a!ui5 — perguntou ele, mantendo a vo% #irme apenas "omes#or-o. e ela o dei'asse... Ele não "onseguiu terminar o pensamento. +rovo"ou$lhearrepios na espinha.

 — 4ão posso "ontinuar a us)$la — e'pli"ou ela, numa vo% entre"ortada. — +or!ue não5 — *i"hard, o nosso "asamento não #oi legal. @u ouviste$a hoje gabar$se de !ue tu

tinhas duas esposas vivas. ( meu irmão ouviu$a. — Agora tenho apenas uma. — *i"hardEle ps o bra-o em volta dela. Ela #i"ou rígida. Ele tirou$o. — &u", es"uta$me — supli"ou ele. Ela "omps as almo#adas e deitou$se, "om

"uidado para não to"ar nele. Ele suspirou e #e% o mesmo. — +ara mim, 3ulia morreu h)muito tempo atr)s. A!uela pobre mulher, "heia de "i"atri%es !ue morreu hoje não era a mãedos meus #ilhos. Eu não a "onhe"i.

 — Com "i"atri%es5 — perguntou ela. — +rovo"adas pelo #ogo, suponho. 4un"a o saberemos. Ela esbo#eteou /avid

!uando ele lhe perguntou. /eve ter sido muito di#í"il para ela dei'ar de ser bonita e #i"ar des#igurada. Mas antes do in"Bndio, algo lhe a#e"tou a mente, e eu nun"a me aper"ebidisso. <uer #osse a sua rela-ão "om imon Ashton !uer #osse outra "oisa !ual!uer, suponho!ue isso agora j) não interessa.

 — Mas interessa o #a"to dela ter estado viva. igni#i"a !ue não estamos legalmente"asados.

 — 4ingu0m sabe. — 4ingu0m e'"epto o teu #ilho, o meu irmão, o meu pai !ue por esta altura tamb0m

 j) deve saber, e a!ueles dois homens. 4ão podes esperar !ue eles #i!uem "alados parasempre.

 — 4ão espero isso. — 9mpa"iente, ele virou$se de lado e ps um bra-o por "imadela. Ela #i"ou rígida. Ele in"linou$se sobre ela e beijou$a, abra-ando$a.

 — (btemos a li"en-a. ?ou ter de pensar numa ra%ão !ual!uer, mas depois de hojeisso não vai ser di#í"il. /epois es"apamo$nos e "asamo$nos legalmente.

Ela gelou, o seu "ora-ão "ome-ou a bater #ortemente. — <ueres voltar a "asar "omigo5 — perguntou ela. (s seus olhos brilhavam !uando

ela olhou para ele. — N "laro, !ue !uero. Ele rolou, #i"ando ela por "ima dele, o seu rosto estava a

apenas alguns "entímetros do dele. — ( !ue #oi !ue pensaste !ue eu ia #a%er, !ue te iaabandonar5 — ela #e"hou os olhos, mas não "onseguia es"onder o seu rubor. — +ensasteisso. +ensaste !ue eu te ia dei'ar.

( seu rosto mostrava o seu espanto.Ela pis"ou rapidanente os olhos para impedir !ue as l)grimas de alegria

transbordassem. — @u nun"a me disseste o !ue sentias. — Mas tu sabias. @u tinhas de saber !ue 0s a lu% da minha vida, a minha alegria, a

minha #eli"idade — disse ele apai'onadamente. — Eu amo$te. ( meu "asamento "om 3ulianão era nada. Ela não signi#i"ava nada. Mas se te perdesse, eu não poderia "ontinuar aviver.

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Ela beijou$o, interrompendo o rio de palavras !ue era m8si"a para o seu "ora-ão e para os seus ouvidos. As palavras de amor !ue ela sussurrou !uando lhe "obriu a #a"e de beijos #i%eram o "ora-ão dele bater rapidamente. Ele ardeu de pai'ão, e pu'ou$a mais parasi.

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