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De volta às origens? Redes de fast food derrubam seus preços e travam uma batalha para conquistar a nova classe média. O CEO da Brazil Fast Food Corporaon (BFFC), holding controladora do Bob´s, Ricardo Bomeny. nº 81 ano 14 | R$ 12,00 Jim Cunningham Ex vice-presidente da Disney revela segredos para encantar e fidelizar clientes. Entrevista:

Bares e Restaurante 81

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Revista Bares e Restaurantes, da Abrasel.

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De volta às origens? Redes de fast food derrubam seus preços e travam uma batalha para conquistar a nova classe média.

O CEO da Brazil Fast Food Corporation (BFFC), holding controladora do Bob´s, Ricardo Bomeny.

nº 8

1an

o 14

| R

$ 12

,00

Jim CunninghamEx vice-presidente da Disney revela segredos para encantar e fidelizar clientes.

Entrevista:

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De momentos de prazerEu quero é me envolverExtravasar minha alegriaOuvir uma bela melodiaCurtir o fútil, o banalQual será o melhor localO bar ou a academia? Acho que não vou pra academiaCorrer sem sair do lugarEsqueça, não vou montarEm bicicleta sem rodaRolar no chão, pular cordaMalhar, ter corpo saradoPagar pra ficar cansado?Eu quero é cerveja geladaComida bem temperadaPois só o excesso é pecado. Eu vou é pra mesa de um barLá não fico contundidoCom o joelho doídoOu até com tendiniteAcademia é pra elitePra quem quer aparecerParecer bonito sem serO bar é democraciaConvivência, harmoniaA razão do bem viver. Acredito ser o barCurativo, anti-estresseE o corpo é quem padeceSe a alma não for lavadaCom uma cerveja geladaOu uma boa cachaçaUm vinho numa bela taçaMas, me deixe perguntar...Se não existisse barA vida teria graça? Por Celso Cruz

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O novo perfil de distribuição das classes sociais no Bra-

sil tem provocado mudanças no comportamento das

grandes redes de fast food que operam hoje no país.

O aumento significativo da classe média que, segun-

do o IBGE, atualmente representa mais da metade dos

brasileiros, levou as redes a uma verdadeira batalha

em busca de conquistar esses novos clientes, conside-

rados por especialista em varejo e consumo como a

camada da população que mais consome no Brasil.

Por mais contraditório que possa parecer, baixar o preço

do lanche quando os alimentos estão ficando mais caros

será uma estratégia cada vez mais presente no planeja-

mento anual feito pelas grandes redes como forma de

atrair e fidelizar essa parcela de consumidores.

Em nossa matéria de capa é possível perceber que,

além de ter um enorme poder de negociação com for-

necedores – devido à quantidade que compram em in-

sumos como carnes, queijos e vegetais, as redes estão

entendendo que a realidade brasileira hoje é bem dife-

rente de 30 anos atrás, quando algumas dessas marcas

começaram a surgir no país. Este novo posicionamento

estratégico, com promoções frequentes, sugere uma

possível volta às origens, já que o fast food foi criado

justamente para oferecer uma refeição rápida a preços

mais acessíveis, como acontece em outros países.

Se este será mesmo o futuro do fast food no Brasil, so-

mente os movimentos e oscilações da economia pode-

rão confirmar esta tendência. O certo é que a busca do

consumidor por preços competitivos e produtos de qua-

lidade não é algo passageiro e as empresas que preten-

dem garantir sua fatia do mercado estão de olho nisso.

Outro destaque desta edição é a série que iniciamos

na editoria de arquitetura para falar sobre a importân-

cia de ter banheiros bem planejados em bares e res-

taurantes. Um estudo comportamental conduzido em

12 países, no período de janeiro a março deste ano,

pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres

(LSHTM) e pelo Global Hygiene Council apontou que

o Brasil é o país onde as pessoas mais lavam as mãos.

Os brasileiros foram apontados como os que lavam as

mãos mais vezes por dia (com sabonete ou não), com

um índice superior a 67% da população.

A pesquisa mostrou como fatores como educação, cul-

tura e traços de personalidade impactam na higiene

das pessoas e, como consequência, na saúde contra

infecções. Cerca de mil participantes responderam a

um questionário de 130 perguntas, relacionadas aos

hábitos de limpeza das mãos, de superfícies, prepara-

ção de alimentos, técnicas de manuseio e armazena-

mento, assim como questões demográficas e o histó-

rico de doenças.

Nesta série, vamos mostrar como a limpeza, beleza e

conceitos de arquitetura dos banheiros influenciam na

satisfação dos clientes. Um ótimo banheiro é sinal de

respeito aos clientes e indica a preocupação em relação

à higiene de todas as dependências do estabelecimen-

to. Além disso, são espaços ideais para abusar da criati-

vidade para chamar a atenção da clientela. Confira!

O futuro do fast food

editorialcartas e-mails do leitor Estou fazendo o meu TCC e preciso colo-car a definição de Alimentação Fora do Lar. Será que vocês têm uma para me apresentar. Se sim, qual a fonte? Abraços

[email protected]

Cara Adriana

Alimentação fora do lar pode ser en-tendida como uma atividade econô-mica, que se caracteriza pela oferta de alimentos para consumo em estabeleci-mentos comerciais, “fora do lar”. Existe os que se alimentam nessas condições por necessidade, como por exemplo, no caso das refeições feitas em intervalos de trabalho, em deslocamentos, etc e tem aqueles que o fazem por lazer, ge-ralmente à noite ou nos fins de sema-na. Evidente que em maior ou menor proporção, as pessoas procuram unir necessidade e prazer.

Estou abrindo um bar, funcionaremos apenas de quinta a domingo. Gostaria

de saber se tenho que contratar os gar-çons com carteira assinada ou se posso pagar apenas por dias ou horas tra-balhadas? Como funciona a legislação para esses casos?

Luis Flá[email protected]

Caro Luis

Todo funcionário que trabalha perma-nentemente, recebe regularmente, tem que obedecer hierarquia, é funcionário e tem que ser registrado. Não há paga-mento por dias ou horas trabalhadas, exceto de trabalhadores terceirizados, que só se admite em funções que não são típicas, como por exemplo, valet ou vigilante.

Prezados,

Estou montando um plano de negócios de um bar, porém estou com dúvidas referentes à direitos autorais de filmes.

Pretendo colocar cartazes, tocar trilhas sonoras e passar filmes em DVD no bar que pretendo montar. Os funcionários usarão trajes de alguns filmes. Poderiam me ajudar nesse assunto? Preciso saber sobre a legalização do mesmo!

Muito obrigado!Bernardo Motz

[email protected]

Caro Bernardo

Quem usa direitos autorais ou cria-ções intelectuais ou artísticas para obter lucro tem que pagar direitos autorais.O problema no caso é que muitas vezesnão há um preço padrão como existe, por exemplo, para o cin-ema ou TV. E depois, é precisa saber também quem detém os direitos au-torais e então negociá-lo. Por outro lado, filmes muito antigos podem ser usados, pois já “caducou” a cobrança de direitos autorais.

conselho editorialBobby Fong (Abrasel PE e Membro do Conselho Nacional da Abrasel); Célio Philippi Salles (Presidente do Conselho de Administração Nacional da Abrasel); Joaquim Saraiva (Abrasel SP e Presidente do Conselho Nacional da Abrasel); Luana Carvalho (Gerente de Comunicação e Relacionamento); Paulo Solmucci Júnior (Presidente Executivo da Abrasel Nacional).

Jornalista responsávelLetícia [email protected]

proJeto GráFico e arte FinalLF/ [email protected]

redaçãoComentários, sugestões e críticas a matéria.31 2512 [email protected]

comercialização de anúnciose proJetos especiaisPedro Melo - 31 2512 1622 | 31 8469 [email protected]

colaboradoresLuana Carvalho, Nathalia Lopes e Silvia Brina

assinatura e serviços ao assinanteLuana Carvalho - Tel.: 31 2512 [email protected]

pedido de inFormação sobre as reportaGensLuana Carvalho - Tel.: 31 2512 [email protected]

na internetwww.revistabareserestaurantes.com.br

Ano 14 | Número 81 | JUL|AGO|2011

impressão - lastro - eGltiraGem: 12 mil exemplaresauditada pela Soltz, Mattoso & Mendes

bares & restaurantes é uma publicação bimestral da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) destinada a empresários, gerentes, profissionais e formadores de opinião no setor de bares, restaurantes e similares, bem como a associação das principais entidades e sindicatos do país. Artigos assinados são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução de qualquer texto, no todo ou em parte, desde que citada a fonte.

expediente

Caro leitor, a revista Bares & Restaurantes irá responder às dúvidas e sugestões referentes a todo o seu conteúdo, além de questões relacionadas ao setor. Respostas por percival maricato (Diretor Jurídico da Abrasel SP) [email protected] • www.revistabareserestaurantes.com.br

A auditoria de impressão da Revista Bares & Restaurantes no 80 foi realizada pela Soltz, Mattoso & Mendes.

errata

54Bares & restaurantes julho/agosto | 2011 www.revistaBareserestaurantes.com.br Bares & restaurantes julho/agosto | 2011 www.revistaBareserestaurantes.com.br

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sumário

18CurtasBTS é adquirida por um dos maiores grupos do setor.

Missão brasileira na NRA.Ambev investe em segmento de franquia popular.

16Pulo do GatoHooters - servindo com muito charme.

8Legislação e TributosTef - coisa do passado?

Aprovada criação de empresas limitadas para empreendedores individuais.

Ponto Eletrônico começa a valer a partir de setembro.

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Editorial

Cartas 20CapaA guerra dos Fast Foods.

76Caminhos do SaborSão Paulo – a capital gastronômica do Brasil.

ArquiteturaCharme e requinte até no banheiro. 78

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72Padaria

Sanduíches saborosos, sofisticados e rápidos.

FranquiaCom menos investimentos e riscos mais baixos.

82Um café e a contaBar ou Academia?

38MercadoDoença celíaca – você sabe o que é isso?

Ecad sob suspeita.

28BaladaMaikai Show Bar e Choperia. A balada que

“ferve” nas noites de Maceió.Taverna Pub Medieval Bar.

34Olha sóCFN orienta regionais a não multar bares e restaurantes.

Governo oferecerá vaga de trabalho a quem pedir seguro desemprego.

Propaganda de cigarros pode ser vetada em padarias, bares e restaurantes de BH.

Outra pérola de BH - Projeto de lei quer proibir garrafas de vidro em bares.

32NotasOferta de Qualidade.

AmBev retoma produção da primeira cervejaria do Brasil.

Belo Horizonte quer proibir lanches com brindes infantis.

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EncarteCongresso Abrasel 2011

EntrevistaJim Cunningham

InstitucionalCopa na Mesa apresenta elevado

índice de satisfação.Restaurante Inteligente avança pelo país.

GestãoVocê sabe tirar proveito de feiras e eventos?

Agilizando o atendimento.

VitrineCachaça Vale Verde.

Luigi Bosca - De Sangre (2008).

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Thiago Vitor de Faria Silva, da Alfa Tecnologia

Desvendar a sopa de letrinhas e siglas dos sistemas de automação fiscal aplicados pela Receita Federal e pelos fiscos estaduais nem sempre é uma tarefa fácil. Basta meia hora de conversa com um especialista em solu-ções de automação comercial ou mesmo com um con-tador para verificar que o assunto é mais complexo do que se imagina. Todas essas siglas deixam empresários atordoados sem saber direito quais sistemas são obri-gados a utilizar em seu negócio. Dando continuidade à série sobre as tecnologias de controle fiscal exigidos pelos Fiscos estadual e federal, a RB&R inicia esta matéria com duas perguntas básicas: o que são PAF-ECF, TEF e POS? E qual a ligação entre eles? Até alguns anos atrás não existia nenhuma normaliza-ção para envio de dados fiscais ao Emissor de Cupom Fiscal (ECF). Cada região, ou melhor dizendo, cada esta-do do Brasil tinha suas próprias informações geradas e não existia uma padronização para o envio fiscal. Com o surgimento do Programa Aplicativo Fiscal (PAF), to-dos os estados tiveram que se adequar à normalização

contida no Ato Cotepe 06/08 e o Convênio ICMS 15/08.O PAF-ECF, em vigor em 15 estados brasileiros, é um software desenvolvido para possibilitar a interface com o ECF. Com esse programa, o Fisco prevê que todas as empresas fornecedoras de soluções de automação co-mercial estejam devidamente homologadas, garantin-do que as transações comerciais que passem por esses sistemas sejam devidamente apuradas. O objetivo é que as Secretarias de Fazenda dos estados possam ter o controle direto de todas as operações realizadas nos estabelecimentos. Qualquer empresa que tenha algum tipo de automa-ção é obrigada a se adequar ao PAF-ECF, independente-mente do faturamento. As regras do programa atingem todos os setores comerciais que utilizam ECF tais como lojas de conveniência, papelarias, supermercados, ma-terial de construção, lojas de confecção entre outros. O ECF é o equipamento de automação comercial e fiscal com capacidade para emitir, armazenar e disponibilizar documentos fiscais e não fiscais e realizar controles de

No âmbito nacional, dentre os contribuintes obrigados ao uso do ECF, a orientação do Conselho Nacional de Po-lítica Fazendária (Confaz) até 31/12/2009 era de que o comprovante do cartão de crédito só poderia ser emitido por meio do ECF, com a utilização da TEF. Ou seja, a emis-são do comprovante de pagamento efetuado por cartão de crédito ou débito, por contribuinte obrigado ao uso ECF, seria feita somente por meio da impressora fiscal e o comprovante de TEF deveria estar vinculado ao cupom fiscal relativo à operação. Logo, não seria possível emitir somente o comprovante TEF impresso em equipamentos POS sem o respectivo cupom fiscal, pois o equipamento utilizado para imprimir é o ECF, já que a leitora do cartão (Pin Pad) não imprime nada. Os antigos equipamentos POS, que eram de propriedade das administradoras, de-verão ser, ao que tudo indica, devolvidos às operadoras.

De olho nas legislações estaduais

Porém é preciso que o empresário verifique o que de-termina a legislação em cada estado, pois o Confaz e a Receita Federal têm tomado decisões que, aos pou-cos, podem levar a TEF à extinção. No início de 2010 os estados e o Distrito Federal foram autorizados pelo Conselho, por meio de convênio, a dispensar o uso de TEF, desde que no Cupom Fiscal contenha o número do CNPJ do estabelecimento onde se encontrava instalado o equipamento. No entanto para entrar em vigor é ne-cessário que cada estado adote a norma localmente e a publique em seus órgãos oficiais locais. A norma já foi adotada por estados como Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina. Em Pernam-buco, por exemplo, o setor de alimentação fora do lar

TEF – coisa do passado?

legislação e tributos legislação e tributos

Os mais utilizados são o TEF Discado e o Dedicado. O Discado é uma conexão mais indicada aos lojistas de pequeno e médio porte, que não possuam grande número de transações diárias feitas com o uso de cartões. Embora o acesso ao serviço seja mais lento, pois o link é realizado por meio de uma linha telefônica comum, o custo aqui é mais acessível. Já o acesso Dedicado ao serviço de TEF é apropriado aos lojistas que tenham mais de um check-out na loja que se utilizam de redes podem usufruir de um link dedicado e permanente (Renpac), tornando o acesso mais rápido e facilitando futuras expansões, o que justifica o investimento maior.

natureza fiscal referentes a operações de circulação de mercadorias ou a prestações de serviços. Implementado na forma de impressora com finalidade específica (ECF-IF) e dotado de Modulo Fiscal Blindado (MFB), ele rece-be os comandos do PAF-ECF externo. Já a TEF, é a Transferência Eletrônica de Fundos realizada por meio de cartão de crédito ou débito automático em conta corrente, utilizando equipamentos e programas (softwares) que irão comunicar-se com as operadoras por uma linha discada ou uma linha dedicada. Este conjunto de sistemas e equipamentos dispensa o uso do POS. “O software é armazenado em um computador. Após efeti-var a venda, ele se conecta ao sistema das operadoras de cartão de crédito realizando o registro da operação. Para tal ele se utiliza de um Pin Pad, máquina leitora onde o cartão é inserido e a senha coletada. O comprovante da operação é emitido pelo próprio ECF, não sendo possí-vel a emissão dissociada do Cupom Fiscal, o que é muito comum nas grandes redes de supermercado”, explica o

administrador, contador e diretor da Alfa Tecnologia, em-presa especializada em mídias digitais como o Sped Fis-cal/EFD e Sintegra, Thiago Vitor de Faria Silva.Por sua vez, o POS (Point Of Sale ou ponto de venda), segundo o contador, é o nome “chique” dos equipamen-tos disponibilizados pelas administradoras de cartões de crédito no qual se insere o cartão, digita-se a senha (em alguns casos) e obtêm-se o comprovante da operação. “Na prática, nesta modalidade, a emissão do cupom fiscal é dissociada do efetivo recebimento por meio do cartão de crédito”, diz Thiago.

Tipos de TEF

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legislação e tributos

comemorou no mês de abril a decisão da Secretaria da Fazenda em autorizar a utilização das máquinas de POS para pagamentos com cartão de crédito em todos os ba-res e restaurantes do Estado. A liberação da Sefaz-PE, no entanto, não isenta os estabelecimentos de se adequa-rem ao PAF, obrigatoriamente até o dia 01 de junho. “Se por um lado o PAF é irreversível, o TEF deve ser com-batido com todo vigor, pois a eventual proibição do POS será um caos para os bares e restaurantes”, completa o presidente do Conselho de Administração Nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Célio Salles.

Quem está obrigado a usar TEF ?

Se a sua empresa não realiza operações com cartões de crédito não está obrigada a usar a TEF. Se seu estabeleci-mento utiliza cartões de crédito e/ou débito e se você é usuário de ECF e seu faturamento bruto anual atingir R$ 60.001,00, você é obrigado a utilizar a TEF. “Vale ressaltar que o Convênio ECF 01/01 possibilitou que, caso não esteja apto a realizar a impressão do comprovante de pagamento pelo ECF, em substituição a esta exigência, o estabelecimento usuário pode op-tar por autorizar a empresa administradora do cartão a fornecer mensalmente ao fisco a relação das transa-ções realizadas”, informa o contador e administrador

de empresas Alexandre Rabello.Se seu estabelecimento possuir ECF e, no entanto não trabalhar com cartões de crédito, no episódio de uma diligência fiscal, deverá assinar uma declaração com-prometendo-se a adquirir a TEF caso passe a utilizar tal modalidade. Segundo o diretor da Alfa Tecnologia, apesar de ter bas-tante aceitação em alguns segmentos como grandes redes de supermercado e farmácias, no setor de ali-mentação fora do lar, a TEF não apresentou a aderência necessária. “Essa falta de adesão, no início, se deveu ao fato de que para ganhar agilidade na transmissão das informações era necessária a contratação de uma linha dedicada, cujo custo era bastante elevado para a reali-dade do segmento. Caso o estabelecimento optasse pela linha discada, o software precisava aguardar a conclusão de cada transação para poder voltar a ser operado, o que levava mais de um minuto por venda” afirma Thiago.Além disso, ele diz que a grande reclamação foi que, caso o hardware/computador apresentasse algum problema que impedisse a sua operação, o bar ou restaurante es-taria impossibilitado de aceitar cartões de crédito/débito como forma de pagamento.Segundo a diretora da Vallor Soluções, empresa que re-vende com exclusividade os Softwares da Esys em Minas Gerais, Raquel Vitoriano, em sua carteira de clientes não existe um só restaurante que tenha optado pela TEF.

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1. ECF tipo PDV Terminal Ponto de Venda é sofisticado, possui a capacidade de discriminar mercadoria e alíquota da respectiva

situação tributária, efetua calculo do imposto e indica, no Cupom Fiscal o Grande Total de Vendas - GT atualiza-do, pode funcionar conectado a sistema de processamento de dados, produzindo diversos relatórios gerenciais, amplamente utilizado pelas grandes redes, hipermercados, lojas de departamento etc. .

2. ECF tipo IF Tem a mesma capacidade do ECF - PDV e se constitui somente do módulo impressor (Impressora Fiscal) que é

conectado ao computador e outros periféricos, muito utilizado pelos lojistas de pequeno e médio porte, como de Shopping Center etc;

3. ECF tipo MR Semelhante as antigas máquinas registradoras, discrimina a mercadoria registrada, porém não realiza automa-

ticamente o calculo do imposto devido, sua capacidade é limitada em relação ao ECF, IF E PDV, muito utilizado em postos de gasolina, farmácias etc;

Que equipamentos e software utilizar? Pela legislação vigente, são três os tipos de ECF:

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legislação e tributos legislação e tributos

A presidente Dilma Rousseff sancionou no dia 11 de julho a lei que cria a Empresa Individual de Responsabilidade Li-mitada (Eireli), um novo tipo de personalidade jurídica para empresas que protege o patrimônio pessoal do empresário individual. A nova lei permite que a empresa seja constitu-ída por uma única pessoa, sem necessidade de sócio. Ele deve ser titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não pode ser menor do que 100 vezes o valor do salário mínimo vigente. Pela legislação o patrimô-nio social da empresa responde pelas dívidas do negócio, ficando de fora os bens dos sócios.

Esta lei possibilita ainda que, quem já possui um negócio em sociedade possa se tornar empresa individual, ao per-mitir a concentração das quotas de outra modalidade so-cietária numa única pessoa. O empresário só pode ter um único empreendimento nesta categoria.“A mudança significa avanço no Código Civil e segurança aos empresários”, afirma o gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick. Para ele a nova figura jurídica traz simplificação, estímulo e transparência ao processo de for-mação de empresas no país. “Vai estimular o empreende-dorismo”, acredita Quick.

Aprovada criação de empresas limitadas para empreendedores individuaisMedida evitará a exigência de um sócio

O prazo para as empresas se adaptarem a nova regula-mentação sobre a utilização do Ponto Eletrônico previs-ta na Portaria n º 1.510 começa a valer a partir de 1º de setembro deste ano. Depois de ter prorrogado por duas vezes o prazo, devido a inúmeras polêmicas geradas pela falta de capacidade dos fabricantes em produzir equipamentos suficientes e pelos altos custos de cada aparelho e de sua manutenção, o Ministério do Traba-lho e Emprego (MTE) publicou no dia 28/02 a portaria nº 373 dando a possibilidade de adoção de sistemas al-ternativos de controle de jornada de trabalho como o registro manual ou mecânico. Porém em seu artigo 1º, a Portaria determina que para a utilização destes siste-mas deve haver autorização por convenção ou acordo coletivo de trabalho.Segundo a Portaria 373, os sistemas alternativos não de-vem admitir restrições à marcação do ponto, marcação automática, exigência de autorização prévia para mar-cação de sobrejornada e a alteração ou eliminação dos dados registrados pelo empregado. Para fins de fiscali-zação, estes sistemas deverão estar disponíveis no local de trabalho, permitir a identificação de empregador e empregado e possibilitar, pela central de dados, a extra-ção eletrônica e impressa do registro fiel das marcações realizadas pelo empregado.Conforme o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, a nova portaria atende pedidos feitos pelas centrais sin-dicais, trabalhadores e empresas. “Atendemos ao pedido das centrais e das empresas possibilitando que fossem adotados os acordos ou convenções coletivas, que só são feitos com o consentimento de ambas as partes”, explica.“A resolução anterior do MTE era inadmissível, pois one-rava demais as empresas, em especial as médias e pe-quenas. A reação do setor empresarial, fez o MTE recuar e a liminar conseguida pela Abrasel-SP isentando seus

associados de usar o ponto eletrônico foi fundamental para a mudança na regulamentação”, afirma o diretor ju-rídico da Abrasel SP, Percival Maricato. Segundo ele, a nova resolução veio mais leve. “Reduzi-ram-se as exigências no equipamento, tornando-o mais barato e permitindo que os proprietários que desejarem, o dispense. Lembro que quem quiser pode ter o ponto mecânico ou até o livro de ponto”, alerta Percival.De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), cerca de 700 mil empresas em todo Brasil utili-zam sistema de ponto eletrônico. “Menos da metade das empresas que utilizam o ponto eletrônico compraram o novo equipamento. A nova portaria não irá prejudicar as empresas, só ampliará as possibilidades de negociação”, ressalta o ministro. A Portaria nº 1.510, que disciplina o uso do Ponto Ele-trônico e a utilização do Sistema de Registro Eletrônico de Ponto (SREP) continua em vigor. A obrigatoriedade é para as empresas que já usam relógios de ponto eletrô-nicos. Aquelas que têm controle manual ou empregam menos de 10 funcionários não precisam se adaptar. Pela nova regra o relógio também não poderá ser bloqueado, nem ter os dados editados. Os trabalhadores terão um comprovante impresso toda vez que houver registro de entrada e saída, possibilitando, desta forma, que contro-lem ao final do mês as horas trabalhadas.

Ponto Eletrônico começa a valer a partir de setembroEmpresas podem celebrar Acordos Coletivos de Trabalho para utilização de sistemas alternativos para controle de jornada.

“reduziram-se as exigências no equipamento, tornando-o mais barato e permitindo que os proprietários que desejarem, o dispense”.

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O Cartão BNDES tem a menor taxa de juros do mercado – 0,99% ao mês*–, pagamento em até 48 prestações fi xas, isenção de anuidade e crédito rotativo de até 1 milhão de reais para compras no portal de operações. São mais de 160 mil itens disponíveis para equipar, ampliar e modernizar sua empresa, incluindo computadores, móveis

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*Taxa de juros de 0,99%, vigente em julho de 2011. **Bancos emissores: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Itaú.A definição do limite, a concessão do crédito e a cobrança são da responsabilidade do banco emissor.

BNDES BaresRestaurante 40,4x27,4 (MG).indd 1 01/07/11 17:06

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Tem movimento durante todo o dia por se encontrar em um centro empresarial, e à noite e finais de semana por ser um local badalado”, comemora Gholmieh.O objetivo do Hooters é oferecer refeições de qualidade, em ambiente descontraído e irreverente. A principal carac-terística da rede são as belas garçonetes, conhecidas como Garotas Hooters vestidas de shorts laranja e regatas. Em geral, 65% do público são homens com idade entre 18 a 60 anos, 35% mulheres e, nos finais de semana, é frequenta-do por famílias com filhos. O ambiente é bastante informal, seguindo o padrão inter-nacional. As mesas e balcões em madeira também são ca-racterísticas marcantes.

Modelo de expansão vai fortalecer a marca no país

O Hooters vai adotar agora outra estratégia que vai mu-dar definitivamente sua história no Brasil. Com investi-mento de mais de R$ 1,5 milhão, o novo grupo estrutura plano de relançamento da marca com agressivo projeto de expansão. O objetivo é levar o Hooters para todo o país e, até a Copa do Mundo de 2014, chegar a 16 uni-dades, principalmente nas cidades sede do evento, com previsão de faturamento anual de R$ 100 milhões, após todas as unidades abertas.Para iniciar a expansão da marca, o grupo está em busca de parceiros para se tornarem sócios e ocupar o papel de general manager (operador diário) do restaurante. Para isso, o empresário deverá investir R$ 500 mil, o que lhe dará o direito a 10% de toda a loja. Os interessados passarão por uma análise, na qual será levada em con-sideração experiência em administração de restauran-te e, de preferência, que já tenha um ponto comercial

previamente estudado. O general manager receberá um pró-labore fixo mais 10% do resultado líquido total, o correspondente à sua parte na sociedade. Para abrir no-vos Hooters em São Paulo, o grupo prioriza as regiões da Paulista, Moema, Alphaville, Campinas e Ribeirão Preto. Pontos preferenciais são em shopping centers, princi-pais avenidas e prédios comerciais. “Nosso sistema de expansão é próprio, mas para algumas lojas estamos dando essa oportunidade de um sócio-pro-prietário na operação diária do restaurante, para que um dono esteja presente diariamente, garantindo qualidade e padronização da marca, exigida pelo Hooters of America”, explica Marcel.

Cardápio

Para atuar no Brasil, 30% do cardápio passou por uma “tro-picalização”. Além dos pratos e bebidas clássicos da casa, tem as tradicionais caipirinhas brasileiras. Outra diferença são os diversos tipos de cortes de carnes, além de massas e peixes. A marca registrada do Hooters são as chicken wings (asinhas de frango crocantes) acompanhadas do geladíssi-mo pitcher de chopp Devassa (jarra com 1,8 litro). Inclui ainda opções de sanduíches com carne e frango, costelas e aperitivos, que também ganham destaques, a exemplos das batatas fritas em formato espiral, cebolas empanadas, camarões fritos e tiras de peixe empanadas. De sobremesas, as clássicas Tortas Hooters de chocolate e a de limão e cheese cake de caramelo. A rede disponibiliza de um menu especial dedicado às crianças.O horário de funcionamento é de segunda à quarta-fei-ra e domingo, das 12h às 00h. Quinta, sexta e sábado, das 12 às 01h.

Famosa por suas belas garçonetes com roupas sensuais, a mundialmente conhecida Hooters chegou ao Brasil em 2002, abrindo duas unidades, uma em São Paulo, outra no Distrito Federal. Mas o sucesso dos 600 pontos de venda espalhados pelo mundo ainda não tinha “emplacado” por aqui. Segundo o máster franqueado que está no comando da Hooters no Brasil, Marcel Gholmieh, a primeira loja, em Santo Amaro (SP) passou por problemas administrativos devido a questões pessoais do antigo detentor da marca. “Quando assumi a direção da rede aqui, fizemos um novo plano estratégico para renovar a marca. Fechamos a uni-dade de Brasília para que todos os Hooters ficassem sob nossa responsabilidade e controle”, conta.

A virada do jogo para firmar a marca no Brasil veio com o também fechamento da unidade de Santo Amaro para uma nova loja conceito ser aberta em novembro de 2010, com localização melhor e em ponto que chamasse mais a atenção. A escolha foi a Rua Gomes de Carvalho, no bairro Vila Olímpia, em São Paulo, em frente ao shopping do bairro. O local foi estrategicamente definido por conta da elevada densidade demográfica e por estar repleto de escritórios e comércios em geral. Foi um verdadeiro “Pulo do Gato” da rede. Depois da mudança, a unidade de São Paulo viu seu faturamento mensal médio crescer 400% (faturamento de R$ 700 mil). “Melhor ponto que esse não tem! Estamos no meio de um oceano de executivos.

Rede de restaurantes inova seu plano de expansão no Brasile pretende faturar R$ 100 milhões ao ano

Hooters - servindo com muito charme

A principal característica da rede são as belas garçonetes, conhecidas como Garotas Hooters vestidas de shorts laranja e regatas

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pulo do gato pulo do gato

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Ambev investe em segmento de franquia popular

A Brazil Trade Shows (BTS) anunciou, no dia 06 de junho, a aquisição da BTS pela empresa britânica Informa Group, que organiza mais de 12 mil eventos por ano no mundo, dos quais, mais de 200 feiras de negócios e possui atuação em 43 países.Além disto, as empresas do grupo também editam mais de 2.500 publicações por assinatura, que incluem jornais científicos, serviços de informação em tempo real, e bancos de dados estruturados para inteligência empresarial.As editoras de livros do Informa Group reúnem mais de 40 mil títulos publicados em catálogo – para os setores acadêmico e empresarial. É a este grupo que a BTS passa a pertencer, o que, na visão de Barbosa, dá condições à

empresa de se posicionar de forma ainda mais agressiva no mercado. Ele garantiu ainda que a estrutura e equipe de colaboradores no Brasil permanece inalterada e ganhará ainda mais colaboradores com expertise internacional de feiras.Segundo o presidente da Informa Brasil, a empresa já atua no país há 15 anos, onde realiza cerca de 500 eventos, entre seminários, workshops, conferências e sete feiras de negócios. “Com a fusão, passamos a ter 20 feiras de negócios no Brasil e esperamos ter em breve o maior e melhor grupo de feiras e eventos da América Latina”, assegurou Basso.

Pelo sexto ano consecutivo, a Abrasel promoveu e apoiou a ida de brasileiros para a maior feira especializada em restaurantes do mundo, NRA Restaurante Show, no período de 21 a 24 de maio, em Chicago, EUA. Promovida pela National Restaurant Association, a tradicional feira confirmou-se um prato cheio para profissionais em busca de novidades. Novas soluções e tendências estiveram expostas nos stands dos fornecedores de produtos e serviços, e também nas palestras e fóruns de discussão.

“Além da feira, destaca-se oportunidade de testemunhar o que está acontecendo neste grande e dinâmico mercado, um verdadeiro laboratório vivo para nós”, disse o presidente do Conselho de Administração Nacional da Abrasel, Célio Salles.A delegação brasileira para a NRA Show este ano contou com a participação de 160 empresários e foi formada em parceria entre a Abrasel e o Serviço Comercial da Embaixada dos Estados Unidos. “Há muitos anos organizamos esta Missão Empresarial rumo à NRA que dá aos empresários muito retorno em termos de negócios, exportação de equipamentos e aumento da rede de relacionamento. Nas últimas edições, a Abrasel tem participado ativamente na divulgação do evento e tem tido papel fundamental na mobilização dos empresários para a formação desse grupo”, conta o especialista em Comércio Internacional, do Serviço comercial da Embaixada dos EUA, Rui Barcala Baptista.A delegação brasileira participou também no dia 21 de maio de um jantar de confraternização promovido pela Ecolab e de um cruzeiro a bordo do navio Spirit of Chicago como parte das comemorações dos 25 anos da Abrasel.

Nosso Bar Investimento inicial: a partir de R$ 28 milTaxa de franquia: R$ 15 mil Investimento Total: a partir de R$ 28 milFaturamento Médio Estimado: R$ 25 mil Taxa Royalties: de R$ 250 a R$ 500,00 fixos ao mês.Previsão de retorno do investimento: a partir de 12 meses

Para quem quer uma franquia com custo menor, mais uma opção chega ao mercado. Aproveitando que a ex-pansão da classe C e o aumento de renda da população aquecem a economia, a Ambev lançou o Nosso Bar, uma franquia popular, destinada aos micro e pequenos em-preendedores, e que requer um investimento inicial a partir de R$ 28 mil. O projeto é pioneiro no segmento e busca incentivar os negócios na classe média e desenvolver o bar popular, respeitando as características de cada bairro e fran-queado. A franquia inicia as operações em São Paulo e pode ser expandida para outras regiões a partir do ano que vem. O retorno previsto do investimento é de 12 a 20 meses. Ao contrário das franquias tradicionais, o Nosso Bar per-mitirá ao investidor escolher o nome do estabelecimen-to e desenvolver um cardápio de pratos e petiscos que atendam às necessidades de cada região e do público. Os interessados em investir na franquia terão à disposição toda estrutura da Ambev no segmento, que inclui padro-nização visual e dos materiais de divulgação; programas de capacitação para gerir um negócio e investimentos financeiros; assessoria de gestão, além do atendimento periódico dos consultores da rede Nosso Bar. A ideia é oferecer ao proprietário e aos clientes a melhor estrutu-ra com padrão visual, produtos de qualidade, entreteni-mento e ambiente familiar.

“A Ambev foi a primeira empresa de bebidas a investir no segmento de franquias no Brasil. Desde 2004, desen-volvemos projetos que atendem diferentes perfis de em-preendedores e havia muito interesse em criar um mo-delo voltado ao segmento popular, aos micro e pequenos empreendedores e àqueles que desejam investir em um negócio familiar. Após diversas pesquisas chegamos ao modelo Nosso Bar, que leva a excelência do nosso siste-ma de franquias ao público que tem menos capital para investir”, explica João Paulo Badaró, diretor de Novos Ne-gócios da Ambev. Além do projeto Nosso Bar, a companhia mantém cin-co modelos de franquia: Quiosque Chopp Brahma, Loja Chopp Brahma Express, Carrinho Chopp Brahma, Seu Boteco e Bar Brahma. Os interessados em obter mais informações sobre os projetos podem acessar o site: www.francap.com.br

BTS é adquirida por um dos maiores grupos do setor

Missão brasileira na NRA

Salvador Falcón, VP Corporate Accounts Latin America & Caribbean, Célio Salles, presidente do Conselho de Administração Nacional da Abrasel, Douglas M. Baker Jr., a chairman Mundial da Ecolab, Paulo Solmucci Júnior, presidente da Abrasel Nacional, e Nilton Rezende - Diretor da divisão Institucional da Ecolab Brasil

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Segundo o CEO da Brazil Fast Food Corporation (BFFC), holding controladora do Bob´s, Ricardo Bomeny, nos úl-timos anos, o setor de alimentação fora do lar no Brasil vem registrando um crescimento significativo. “Evidente-mente nos beneficiamos desse movimento. Novos con-sumidores são incorporados ao mercado, com necessida-des e potencial de compra específico. O que fazemos é buscar ofertas para todos os segmentos de clientes, com base no retorno que podem gerar para o nosso negócio”. O diretor executivo da rede Giraffas, Cláudio Miccieli, lembra que as condições de mercado hoje são muito di-ferentes de há trinta anos, quando o Giraffas foi criado. “Nascemos fazendo sanduíches, mas fomos a primeira rede a oferecer também refeições completas, ao gosto dos brasileiros. Hoje podemos atender a todas as clas-ses que nos procuram, com pratos mais sofisticados da linha gourmet e de grelhados, refeições tradicionais com arroz & feijão como o paladar brasileiro, além da linha de sanduíches e sobremesas, entre outras opções. O que buscamos neste novo cenário é ter a melhor rela-ção custo-benefício, oferecendo qualidade e preço para refeições balanceadas que atendem a nova classe mé-dia brasileira”.Embora tenham intensificado a divulgação de promo-ções e muitas vezes, nas ruas são encontradas propa-gandas do Subway ao lado das placas do McDonald’s, as empresas garantem que não se trata de uma “guerra” e sim de estratégias de marketing que já fazem parte do planejamento anual das redes, que buscam a cada ano se adaptar ao cenário econômico do país. A intensi-

dade das promoções foi tanta que chegou a influenciar os índices de inflação. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a categoria “lanche” teve retração de 1,76% entre o fim de março e o início de abril na cidade de São Paulo (maior mercado do país) quando as redes deram início às suas ofertas. Para o gerente sênior de Marketing da marca Burger King no Brasil, Paul K. Davis, cada vez mais, o consumi-dor brasileiro tem procurado produtos de qualidade a custos acessíveis. “Por isso a prática de preços promo-cionais já faz parte da cultura da empresa. Desde que a rede Burger King chegou ao Brasil, em 2004, oferecemos os Econo-Combos, uma promoção que já era sucesso na América Latina e foi implantada aqui desde o primeiro restaurante brasileiro”. Ele diz que tanto no Brasil quan-to nos Estados Unidos, o conceito Fast Food sempre foi

Os alimentos subiram de preços e nos últimos meses figuraram na lista como um dos principais vilões na alta da inflação. Enquanto a maioria dos estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar buscou formas de repassar os reajustes aos consumidores, as grandes redes de fast food que operam no Brasil percorrem o caminho inverso e lançam uma oferta atrás da outra. Desde o final do mês de março e início de abril, o mer-cado tem presenciado uma verdadeira “guerra” de pro-moções de sanduíches, batata frita, refrigerantes e so-bremesas, com estratégias agressivas de marketing em um “vale tudo” para atrair mais clientes. Mas será que essa “onda” de promoções faz parte ape-nas de um planejamento estratégico das empresas ou finalmente o fast food no Brasil está retomando suas ori-gens? “Nos Estados Unidos, o fast food foi criado para oferecer não só uma refeição rápida como também mais em conta. Lá os lanches oferecidos pelas redes são o que

se tem de mais barato em termos de refeição. Aqui o per-curso foi contrário, quando chegou, somente as classes mais altas tinham acesso, justamente pelo preço”, conta o presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci Júnior. Ele ressalta que a mudança no perfil da classe média brasileira certamente está influenciando esse mercado. Só em 2010, cerca de 19 milhões de pessoas deixaram as classes mais baixas da população e migraram para a chamada classe C. Segundo dados do Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade da população faz parte hoje da classe C, cuja renda domici-liar varia entre R$ 1.530 e R$ 5.100. Com o aquecimento da economia, o acesso dessa classe a bens de consumo e seu poder de compra vem aumentando gradativa-mente e atualmente, para os especialistas em varejo e consumo, é a camada da população que mais consome no Brasil, responsável por 42,9% do consumo no país.

“nos estados unidos, o fast food foi criado para oferecer não só uma refeição rápida como também mais em conta. lá os lanches oferecidos pelas redes são o que se tem de mais barato em termos de refeição. aqui o percurso foi contrário, quando chegou, somente as classes mais altas tinham acesso, justamente pelo preço”

A guerra dos Fast Foods

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Segundo Ricardo Bomeny, o Bob´s busca realizar ofertas que possam atingir a todos os tipos de clientes

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oferecer conveniência com plataformas diferenciadas de produtos e com preços que correspondem a essas cate-gorias. “Nessa linha oferecemos alimentos saborosos e de qualidade a preços diferenciados. É importante res-saltar que a promessa de marca ‘A gente faz do seu jeito’, também é uma forma de oferecer ao nosso consumidor a liberdade de customizar sua refeição da maneira que mais lhe agrada e ampliar as opções de preços”.A maior rede de fast food do mundo em número de uni-dades, com mais de 34 mil restaurantes em 98 países, a Subway não vê esta ação como uma briga e ressalta que a estratégia de promoções faz parte da janela anual de preços estipulada pela empresa para conquistar novos clientes. “A grande quantidade em compras e algumas negociações com nossos fornecedores possibilitam à rede garantir melhores preços para nossos consumido-res. A empresa segue as tendências de mercado seja de promoções, novidades ou ações inovadoras que mante-

nham o grupo em constante expansão nos lugares em que atua”, explica a gerente nacional da Subway no Bra-sil, Roberta Damasceno. O Programa de Acessibilidade da rede Bob´s, no qual a estratégia de promoções está inserida, foi criado há mais de três anos. “Essa plataforma leva ao con-sumidor produtos de alto valor percebido, preço con-vidativo e acessível e atrai os mais diversos públicos para nossos pontos de vendas (PDVs)”, diz Bomeny. As ofertas são alteradas com frequência, o que, segundo ele, garante o sucesso da ação. “A empresa, por meio de pesquisas, faz um rodízio de produtos e com isso atrai novos públicos. Para o Bob´s, a campanha atual representa apenas a continuidade de uma estratégia que deu certo”.Já o McDonald’s informou por meio de sua assessoria de imprensa que também está atento às preferências dos consumidores. “Por isso, criou a Plataforma Grandes Prazeres Pequenos Preços, que apresenta um sanduí-che clássico mais seis produtos do cardápio a um preço promocional, além de oferecer um sanduíche novo e di-ferenciado, o Prazer do Momento. A ideia é possibilitar, de forma acessível, a mesma qualidade e variedade de ingredientes aos nossos consumidores”. Segundo divulgado por sua assessoria, a plataforma “Grandes Prazeres Pequenos Preços” do McDonald’s co-meçou a ser oferecida em 2009, mas os projetos de aces-sibilidade sempre fizeram parte das ações do McDonald’s, entre promoções e campanhas especiais. “Um exemplo foi a recente campanha Café Grátis, que também ofere-cemos no ano passado. Estamos sempre oferecendo no-vas opções e experiência que atendem os consumidores em diversos momentos do dia”, informou a empresa.

Promoções para atrair os clientes

Pioneira no fast food no Brasil, a rede Bob´s atual-mente trabalha com a promoção do Trio Picanha, que

oferece um sundae grátis para o cliente. Além disso, na Super Oferta Bob´s, cortou pela metade o preço do sanduíche Big Bob que está saindo a R$4,75, na plata-forma de acessibilidade. “Estamos preparando novas ações para os nossos consumidores, sempre com base em pesquisas que fazemos junto ao nosso target. Só podemos dizer que vamos surpreender nossos clientes com muitas novidades boas até o final deste ano” as-segura Ricardo Bomeny.

O Giraffas estava com duas promoções: Programa Sur-preenda Mastercard e a Campanha de Estrogonofe de Filé, ao preço de R$ 13,90 em todos os restaurantes do país, que ficou até o dia 15 de junho. “A proposta do Giraffas é oferecer uma promoção diferenciada, e para isso lançou a campanha do Estrogonofe como uma op-ção de refeição, e não apenas mais um sanduíche. Essa diferenciação atraiu os consumidores que buscam uma refeição completa, conseguimos um nicho de mercado que não é atendido pelas ações das outras redes”, ga-rante Cláudio Miccieli.A marca Burger King também está com um lançamento bastante competitivo, o BK Cheddar com carne grelha-da, queijo cheddar cremoso e cebola sabor ao shoyu, que chegou aos restaurantes na primeira semana de junho, ao preço sugerido de R$ 4,90. “Além disso, a loja oferece os já conhecidos Econo-Combos que são encontrados pelo preço sugerido até R$ 9,90, em qua-tro versões diferentes: quatro opções de sanduíches, batata frita e refrigerante no sistema ‘Faça do seu jei-to’, que permite ao consumidor se servir de bebida quantas vezes quiser, durante 30 minutos. Os sanduí-ches podem ser vendidos separadamente por R$ 3,90 cada”, conta Paul Davis.

O Subway também reduziu quase pela metade o pre-ço do sanduíche de frango, o baratíssimo, que custa R$ 4,95, em seu movimento mais ambicioso desde que chegou ao Brasil. Outra promoção da rede é o barato da semana que traz um sanduíche diferente por dia com um preço mais baixo, a R$ 6,95 na maioria do país. “Para o cardápio dessa promoção foram escolhidos os sandu-íches mais vendidos, com o objetivo de fidelizar nossos clientes. Sabemos que os amantes da Subway são fiéis à marca, principalmente, pela possibilidade de uma ali-mentação rápida, personalizada e que preza a saúde”, diz Roberta Damasceno.E pela primeira vez, O McDonald´s colocou seu líder de vendas, o Big Mac, em promoção. Desde março, o san-duíche sai por R$ 6, uma redução de 30% em relação ao preço original.

“A grande quantidade em compras e algumas negociações com nossos fornecedores possibilitam à rede garantir melhores preços para nossos consumidores(...)”

A gerente nacional do Subway diz que a rede pretende aumentar as vendas e lucros de seus franqueados utilizando como estratégia as ofertas.

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O diretor executivo da rede Giraffas, Cláudio Miccieli, diz que as condições de mercado hoje são muito diferentes de há trinta anos

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Poder de fogo na negociação com o fornecedor

Para as redes, a política de descontos neste período (logo após o carnaval) é comum. Mas este ano foi di-ferente. Embora não admitam, o mercado percebeu que não só a agressividade nas ações de marketing au-mentou, como as reduções aconteceram em plena alta generalizada nos preços de matéria prima, nos meses de março e abril, quando os alimentos foram grandes vilões da inflação. Segundo previsões da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os preços no grupo alimentação em 2011 devem atingir o dobro da taxa do IPC, em ritmo semelhante ao do ano passado, quando a inflação me-dida pela Fipe ficou em 6,40% e a taxa do grupo, em 12,20%. Só a carne bovina aumentou quase 25%. “Com esse comportamento dos alimentos, a queda dos pre-ços dos lanches só poderia ser justificada por práticas comerciais dessas redes para não perder ou até ganhar mercado”, disse ao Estadão o coordenador do IPC Fipe, Antonio Evaldo Comune.Para oferecer preços mais baixos, algumas redes pre-cisaram entrar em duros processos de renegociação com fornecedores. Segundo apurado pelo Estadão, o McDonald´s, por exemplo, ameaçou deixar de comprar parte de seu fornecimento de hambúrgueres do Marfrig no fim do ano passado como forma de pressionar por preços mais baixos. Apesar do ultimato, a cadeia de fast-food acabou não recorrendo aos concorrentes.O Minerva, frigorífico que atende redes de fast-food, se propôs a fazer um esforço. “Como temos uma parceria de longo prazo com esses clientes, não transferimos alguns aumentos da inflação”, disse Fernando Galletti de Queiroz, presidente do Minerva. “Sempre tem uma parte de investimento (nesse tipo de negociação). O vo-lume maior de vendas não compensou completamente o aumento que não repassamos”O diretor executivo do Giraffas diz que atualmente a rede conta com mais de 350 pontos de venda em todo país, e portanto é um grande comprador. “Uma empresa com es-tas dimensões consegue desenvolver parcerias com gran-des fornecedores para reduzir os preços finais, mas tam-bém fazemos a nossa parte, reduzindo as margens nestas ocasiões. Nós sempre transferimos toda a vantagem obti-da para os consumidores”, garante Cláudio Miccieli.Ele acrescenta que o Giraffas entende a importância das

promoções, “mas é complicado, virtualmente impossí-vel, crescer só com essa base. O ideal é manter uma rotatividade de ofertas, e buscar sempre novas parce-rias com fornecedores, pois apenas dessa forma po-demos continuar oferecendo promoções atrativas aos consumidores sem prejudicar o resultado comercial dos franqueados. Mas para crescer de forma consistente é preciso muito mais”.Segundo o Bob´s, o aumento do consumo e do fluxo de clientes também compensa os descontos dados. “Com este tipo de ação, atraímos novos clientes e aumenta-mos a frequência daqueles habituais. Além disso, boa parte dos consumidores acaba complementando seus pedidos com outros produtos, o que aumenta a rentabi-lidade da ação como um todo”, garante o CEO do Bob´s, Ricardo Bomeny.O Subway compartilha desse mesmo pensamento. “Sabemos que nossos clientes consomem mais que os sanduíches em oferta, contribuindo assim para a manutenção das nossas margens de lucro”, completa Roberta Damasceno.

“o preço é um elemento importante, mas não o único. o mais importante é proporcionar ao consumidor uma experiência de consumo diferenciada e de alta qualidade, com relação custo-beneficio correta. Vence o jogo quem garante a melhor experiência para o cliente”

Futuro das redes

Questionados por nossa reportagem sobre o futuro do fast food no Brasil, a tendência de queda nos preços e novas ofertas parece consenso entre os executivos das redes. “Entendemos que a busca do consumidor por preços competitivos e produtos de qualidade não é algo passageiro. Seguimos essa tendência desde que chega-mos ao país, oferecendo valor ao consumidor que busca opção de sabor autêntico grelhado, ingredientes frescos e a qualidade da marca Burger King”, diz Paul Davis.O McDonald’s se diz orientado pelas preferências dos consumidores e está sempre atento aos movimentos de mercado. Segundo a empresa as ações são voltadas para atender as necessidades dos consumidores, e alinhadas com o plano estratégico da companhia. “Sempre vamos mudar desde que as mudanças tragam relevância aos nossos clientes. Nosso foco são os consumidores. A ca-deia produtiva que atende o McDonald’s sofre as mes-mas pressões de custo sofridas pelo mercado. Continu-aremos a otimizar sempre os processos internos para oferecer boas relações de valor aos nossos clientes”.Para o diretor executivo do Giraffas, Cláudio Micielli, a tendência em promoções se confirma a cada ano entre

as redes de alimentação, já que estimuladas pela com-petitividade, precisam criar diferenciais para atrair o consumidor. “As promoções geram fidelização e atraem novos clientes para experimentar o nosso cardápio”.A Subway também pretende aumentar as vendas e lu-cros de seus franqueados utilizando como estratégia as ofertas. “Nosso objetivo é de aumentar nossas vendas em até US$1,000 semanais até 2015. Para isso, conti-nuaremos nossa campanha ‘Barato do Dia’ que é um verdadeiro sucesso e veio para ficar. Nossa meta é de oferecer uma alimentação saudável com preços acessí-veis aos nossos clientes”, assegura a gerente nacional da rede, Roberta Damasceno. Para Ricardo Bomeny, do Bob´s, a tendência futura é muito semelhante a atual: desenvolvimento de ofertas para diferentes públicos, com base em suas necessi-dades. “O preço é um elemento importante, mas não o único. O mais importante é proporcionar ao consu-midor uma experiência de consumo diferenciada e de alta qualidade, com relação custo-beneficio correta. Vence o jogo quem garante a melhor experiência para o cliente”, conclui.A rede Habibis também foi procurada por nossa reporta-gem, mas não atendeu à nossa solicitação de entrevista.

Conheça os planos de expansão das redes de fast food no Brasil

• Bob´s

A expectativa para 2011 é investir R$ 90 milhões e inaugurar 206 novas unidades. A empresa reservou R$ 17 milhões para atualizar 120 unidades, seguindo os padrões atuais de layout.

• Subway

Abertura de aproximadamente 240 franquias anuais no Brasil.

• Burger King

No ano passado a rede aumentou em 40% o número de restaurantes no Brasil e para este ano o plano de expansão segue o mesmo patamar.

• Giraffas

A meta para esse ano é chegar à marca de 60 novas unidades em funcionamento e encerrar 2011 com um faturamento de R$ 600 milhões.

• McDonald´s

Não forneceu a informação.

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Com mais de 10 anos de existência, o Maikai, em Maceió, passou por uma grande reforma, está de cara nova e ainda melhor, fazen-do com que as noites da capital alagoana sejam únicas. Ponto de referência da cidade para paquerar, conhecer gente bonita e se di-vertir, a casa sempre busca trazer as melhores atrações e conforto para o seu público.O Maikai pertence ao Guerreiros Grupo Empresarial, que tem à fren-te os jovens empresários e irmãos Guilherme Brandão e Brandão Júnior. Além do Maikai Show Bar e Maikai Choparia, o Grupo admi-nistra também o Rapa Nui Choparia e a Pizzaria Bendita Massa.

Maikai Show Bar e ChopariaA balada que “ferve” nas noites de Maceió

A experiência na atividade de bares e restaurantes começou após Guilherme Brandão voltar dos Estados Unidos e inaugurar na capital alagoana em 2000 o primeiro bar, o Maikai Petiscaria. Devido ao aumento da demanda de clientes, o espaço físico passou a não comportar tamanha procura. Com a entrada do novo sócio Brandão Júnior no empreendimento, foi inaugu-rado, em 2001, o Maikai Show Bar no Stella Maris, le-vando para Maceió um estilo inovador, sendo o 1º bar dançante da cidade. Em fevereiro de 2002, a Petiscaria acabou sendo fechada. O Maikai Show Bar tem capacidade para mil pessoas e funciona de quarta a domingo das 23h30 até as 5h, trazendo sempre as melhores atrações entre bandas de Axé, Forró, Pagode, Rock, Pop Rock, Reggae, Djs e Vjs. A casa busca, acima de tudo, proporcionar ao seu pú-blico atendimento de qualidade, organização em suas produções, conforto e atrações locais e nacionais que garantem a diversão de uma clientela que não pára de crescer. “No início da empresa atendíamos cerca de 60 pessoas por noite, hoje esse número chega a até duas mil pessoas. Investimos muito na proximidade com o cliente. Nosso atendimento é o grande diferencial que temos. O número de garçons atendendo é maior do que o normalmente usado nas boates pelo país, justamen-te para ninguém ficar esperando por atendimento”, diz Guilherme Brandão. Em outubro de 2002, ao lado do Maikai Show Bar, foi inaugurado o Maikai Choparia, fundando, em parceria com a Brahma o 1º Clube do Chopp Brahma do Nordeste com qualidade artesanal do chopp e vasto cardápio de petiscos. Com a choparia, que comporta 440 pessoas em mesas e 100 pessoas no balcão, a esquina da rua Alfre-do Gaspar de Mendonça passou a ser o metro quadra-do mais disputado da noite de Maceió. “O fato de serem

duas casas conjugadas traz muita comodidade ao cliente. A choparia é o começo da noite. Ali a pessoa toma um chopp enquanto conversa com os amigos. Depois a ma-drugada segue no Show Bar, não precisa sair e se deslocar para ir dançar, já está do lado”, brinca Guilherme.“Acreditamos que estamos no caminho certo, afinal, após 10 anos, a casa continua sendo uma das principais opções de entretenimento da noite de Maceió, fato inédito na capital alagoana, já que nenhum outro esta-belecimento nesse segmento conseguiu manter-se con-secutivamente no mercado por tanto tempo. Conseguir entrar para o seleto grupo dos 2% de empresas no Brasil que chegam aos 10 anos (de cada 100 abertas apenas duas sobrevivem ao mercado) pra nós é uma grande vi-tória”, comemora Brandão Júnior.

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Guilherme Brandão e Brandão Júnior, proprietários do Maikai

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Produzida no Vale Verde Alambique e Parque Ecológico, em Vianópolis, Betim (MG), desde 1985, a cachaça Vale Verde é envelhecida por três anos em tonéis de carvalho europeu, atendendo as mais rigorosas normas e padrões de qualidade internacional. Com graduação alcoólica de 40 % vol está disponível em garrafas de 1 litro, 700ml, 120ml e 50ml. A Vale Ver-de é a cachaça mais premiada do Brasil: Ouro no Cachaça Master 2010, da Revista Inglesa “The Spirit Business”, categoria Envelhecida e “Melhor Cachaça Extra Premium” no Ranking da Playboy 2007 e 2009. É uma be-bida fina, exclusiva, para ser degustada pura e com prazer a cada gole. A Cachaça Vale Verde e todos os outros produtos da linha Vale Verde podem ser encontrados com preço super exclusivo no melhor site de cachaças do Brasil – www.cachacaexpress.com.br

Este é um vinho Argentino de cor grená muito intensa e com gradua-ção alcoólica de 14,5° GL. É feito com uvas de vinhedos de altitude, se-lecionados, sendo 70% Cabernet Sauvignon, 15% Merlot e 15% Syrah. Exibe um olfato aristocrático, aroma frutado, com notas de cereja, cas-sis e ameixa fresca. Passou por 14 meses de envelhecimento em bar-ricas novas de carvalho (70% Francês e 30% Americano). É um vinho perfeito para harmonizar com carne de cordeiro. O produtor sugere até 15 anos de guarda para o produto. É um vinho elegante, que tem bom preço e boa qualidade, daqueles que sempre pedem uma taça a mais. É importado pela Decanter. Informações; www.decanter.com.br

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Cachaça Vale Verde

Luigi Bosca - De Sangre (2008)

O Taverna Pub Medieval Bar é o point dos natalenses, turistas e hóspedes do Lua Cheia Hostel. O bar mais charmoso de Natal (RN) tem estilo medieval e fica en-cravado no subterrâneo de um Castelo, construído pelo empresário paulista Renato de Lucca, que há 24 anos chegou à cidade e há 18 teve o sonho de construí-lo para abrigar seu Hostel, ou seja uma hospedaria, cuja principal diferença é ter quartos coletivos separados por sexo, e aluga-se uma cama e não um quarto. Mas a maioria deles também tem a disposição quartos indivi-duais, para casais ou famílias.O Taverna Pub foi aberto dois anos depois da inaugura-ção do Castelo, em 1997. É o pub mais antigo e tradicio-nal da cidade e um referencial para o turista. A decora-ção temática, com brasões, taças de prata, armaduras e espadas de cavaleiros nas paredes levam o cliente a uma viagem pela época medieval. As garçonetes, os barmen e recepcionistas completam o clima com trajes de época que dão um charme especial ao lugar.Além do estilo medieval, o Taverna atrai o público tam-bém por sua variada programação, com ótimas bandas musicais ao vivo, todas as noites, de segunda a sábado, após 22 horas, variando entre o blues, MPB, pop, disco anos 70, latino, jazz, samba de raiz, chorinho, reggae e rock and roll. Além de festas e dias temáticos como

Dia dos Namorados Romântico, Baile de Máscaras, Fes-ta dos Deuses, o famoso Halloween, A Discoteca 70’s Years Disco Night, Segundas Intenções – Noite dos Solteiros (quando lindos anjinhos entregam torpedos ajudando a juntar casais). Tem ainda o Festival New Orleans de Blues e Jazz, Oi Blues by Night, Terça dos Bambas (chorinho e samba de raiz), Quinta do Blues, Noite Latina e muitas outras atrações.“Sou apaixonado pela época medieval. Tinha muita vontade de construir um Castelo assim, com a proposta de ser um lugar onde as pessoas pudessem se conhe-cer, interagir em um ambiente com música, produtos e atendimento de qualidade, sem ser um bar formal. Acredito que estamos conseguindo isso, tanto que o júri da revista Veja indicou a Taverna como melhor bar para dançar, paquerar e com a melhor música ao vivo da cidade”, conta Renato.Uma das características marcantes do Taverna é não ter um público com perfil definido. “Recebemos casais apaixonados, ex-hippies, gatinhas, políticos, socialites, grandes empresários, pós-adolescentes, turistas, artis-tas, intelectuais, modelos, grupos de amigos, playboys, músicos, boêmios. Enfim, uma diversidade cultural, so-cial e etária que torna o bar ainda mais interessante. Vale à pena conhecer!”, garante Renato.

O empresário Renato de Lucca

Uma viagem pela era medieval nas noites quentes de Natal

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A AmBev retomou a produção de sua unidade fabril Cervejaria Bohemia, em Petrópolis (RJ), a primeira cer-vejaria do Brasil. O chope produzido no local começou a ser fornecido ao público no dia 22 de junho, durante o tradicional festival alemão Bauernfest. Nesta mesma data, foi inaugurada também a fachada da fábrica que, posteriormente, será aberta à visitação do público.

Nas instalações da cervejaria serão produzidas as va-riantes da Família Bohemia e edições especiais da mar-ca. Além da produção fabril, a Cervejaria Bohemia vai abrigar em seu espaço um Centro de Experiência Cer-vejeiro único no Brasil, que será inaugurado no segundo semestre. A empresa não divulgou a quantidade de cer-veja que será produzida na unidade.

Vereadores de Belo Horizonte (MG) propuseram a proi-bição de distribuição de brinquedos com lanches das redes de fast food. De acordo com o texto, o projeto que restringe a prática foi aprovado pela Câmara e es-pera a sanção do prefeito Márcio Lacerda (PSB), que ainda não se manifestou. O prefeito deve receber o texto ainda nesta semana. As redes de fast food McDonald’s e o Burger King dis-seram que os brinquedos oferecidos com lanches tam-bém são vendidos de forma avulsa. As empresas não informaram, entretanto, que medidas adotarão caso Belo Horizonte aprove a lei.

A Abrasel está lançando no mês de agosto, inicialmente em São Pau-lo, e até o fim do mês em todo o mercado nacional, o “Selo Oferta de Qualidade”, um diferencial para seus associados. O Selo da Abra-sel oferece aos seus associados, como benefício, uma metodologia

específica para a construção de ofertas viáveis de execução, e taxa diferenciada para a veiculação das promo-ções no site do ClickOn. Além disso, quem tiver o selo terá direito ainda a suporte técnico e capacitação. Os interessados devem procurar a seccional ou regional da Abrasel para mais informações.

Oferta de Qualidade

Belo Horizonte quer proibir lanches com brindes infantis

AmBev retoma produção da primeira cervejaria do Brasil

QualidadeOfertaSelo de

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CFN orienta regionais a não multar bares e restaurantes

As regras do seguro-desemprego devem mudar até o fim de julho em todo o país, foi o que informou o supe-rintendente regional do Trabalho e Emprego de Santa Catarina, Carlos Artur Barboza, em entrevista ao Bom Dia SC. O pedido do benefício será negado caso haja uma vaga de emprego compatível nos bancos de da-dos do Governo. Com a mudança, um único sistema vai cruzar dados do trabalhador com oportunidades de emprego disponíveis no mercado de trabalho, operando três políticas públi-cas: seguro-desemprego, programas de qualificação pro-fissional e iniciativas de intermediação de mão de obra.Na prática, quando o trabalhador fizer o pedido do be-nefício, o sistema vai analisar se existem vagas dispo-níveis e compatíveis com o salário e a função exercidos

anteriormente. Se houver, a liberação do seguro-de-semprego será bloqueada.“A ideia é que o sistema seja alimentado por empre-sas privadas com as vagas que elas têm disponíveis. Ao mesmo tempo, o trabalhador poderá inserir o seu currí-culo, que vai ser analisado pelas empresas. Além disso, será possível consultar o andamento do seguro-desem-prego” afirmou Barboza em entrevista à TV Globo.Segundo o superintendente, se o trabalhador não gos-tar da vaga ou se a empresa não quiser contratar o em-pregado, ele deverá receber o seguro-desemprego. Na segunda etapa do programa, haverá integração tam-bém com cursos técnicos de qualificação profissional, que serão oferecidos ao trabalhador. Fonte: Com informações do Bom Dia Santa Catarina

Outra proposta polêmica tramita na Câmara Municipal de Belo Horizonte: o Projeto de Lei 839/2009 (PL), que pro-põe a proibição de garrafas de vidro em casas noturnas da capital. O PL passará por votação em segundo turno, mas já preocupa representantes dos proprietários de ba-res e casas noturnas, que a classificam como “absurda”.Se entrar em vigor, as mudanças afetarão até mesmo a produção industrial das bebidas. “Para mim é uma lei que já nasce morta. É absurda. E as garrafas de bebidas mais finas como vinho e uísque, para as quais não temos opção de embalagens? Os comerciantes não têm poder para mudar isso nas fábricas”, diz o presidente da Asso-ciação Brasileira de Bares e Restaurantes – seccional Mi-nas Gerais (Abrasel- MG), Paulo Nonaka.Além disso, ele lembra que a latinha de cerveja, mes-

mo com menor volume, é mais cara do que uma gar-rafa, que tem volume maior, custo que será repassado para o consumidor.O autor do PL, vereador Paulinho Motorista (PSL), diz que a proposta foi feita para combater a violência nos bares, muitas vezes agravada pelo uso do vidro como arma. “Meu projeto não é para restaurantes, mas para casas noturnas, boates e bares”, especifica. O vereador diz que está fazendo uma emenda substitutiva para especificar que tipo de estabelecimento deverá ou não ser incluído no PL. Pela legislação, se aprovado pelos vereadores, ele seguirá para a sanção do prefeito Marcio Lacerda e os co-merciantes terão que se adaptar às novas regras. E os copos? Os clientes terão também que beber cerveja em copo de plástico? Essa é a pergunta que fica.

olha só olha só

Governo oferecerá vaga de trabalho a quem pedir seguro desemprego Outra pérola de BH - Projeto de lei

quer proibir garrafas de vidro em bares

Propaganda de cigarros pode ser vetada em padarias, bares e restaurantes de BH

A presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Rosane Maria Nascimento da Silva, encaminhou no dia 30 de maio um ofício aos Conselhos Regionais da pro-fissão recomendando que nas fiscalizações eles não multem e nem façam exigências aos bares e restauran-tes de contratação de nutricionista para os estabeleci-mentos. O documento foi motivado devido à atuação da Abrasel e de outras entidades do setor que entra-ram com inúmeras ações judiciais questionando a le-galidade da atuação e das exigências feitas pelos CRNs.Como o diretor jurídico da Abrasel São Paulo, Percival Maricato, já vem há anos alertando, no documento, o próprio CFN admitiu que cabe aos Conselhos a fis-calização do exercício profissional e que pela lei eles não têm poder legal de formular exigências e impor penalidades aos estabelecimentos. Assim o CFN reco-

mendou aos Regionais que, “a equipe de fiscalização do CRN deve abster-se de lavrar autos de infração, notificações ou interpelações que possam caracte-rizar as exigências de registro e de contratação de responsável técnico (...) e deverá, apenas, orientar os restaurantes comerciais a contratarem nutricionistas para o desempenho das atividades técnicas, ressal-tando a importância dessa providência para a saúde da clientela, abstendo-se de outras recomendações e de fazer exigências”. “Foi uma grande vitória para o nosso setor. Há anos, os conselhos de nutricionistas vêm tentando obrigar ba-res e restaurantes a ter em seus quadros de funcioná-rios um nutricionista. Isto nada mais é do que reserva de mercado”, comemora o presidente do Conselho de Administração Nacional da Abrasel, Célio Salles.

Onze anos depois de ser proibida na televisão, a propagan-da do cigarro também pode ser vetada nos estabelecimen-tos comerciais de Belo Horizonte (MG), como padarias, bares e restaurantes. Projeto de lei aprovado em segundo turno pela Câmara Municipal prevê a substituição de car-tazes e pôsteres da indústria do tabaco por advertências sobre os malefícios do fumo. A redação final do texto ficou pronta em 9 de maio e aguarda avaliação do prefeito Mar-cio Lacerda. Se a lei for sancionada, os comerciantes terão 90 dias para se adequar às regras e retirar das gôndolas de venda e balcões das lojas toda campanha de divulgação de cigarros, cigarrilhas, charutos e cachimbos. O descumprimento da determinação poderá acarretar mul-ta que varia de R$ 500 a R$ 5 mil, além da apreensão dos produtos. “Não consigo entender que um produto legal te-nha restrição à divulgação de que ele existe. É como não po-der mais colocar no cardápio torresmo, porque faz mal para o colesterol. Espero que este tipo de projeto não se espalhe pelo país”, critica o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci.

Oportunidades serão oferecidas no momento do pedido do auxílio

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dificultando a absorção dos nutrientes. Em crianças o quadro clássico é de diarréia crônica, distensão abdomi-nal e desnutrição. Entretanto, outros sintomas também podem estar presentes, como a dor abdominal, vômi-tos, prisão de ventre, inchaço, flatulência, irritabilidade, anorexia, baixa estatura e exames anormais de fígado. “A pessoa celíaca poderá apresentar apenas um sinto-ma, ou um conjunto de vários, que desaparecerão com o cumprimento de uma dieta isenta do glúten. Mas a doença também pode não apresentar nenhum indício”, alerta a nutricionista e consultora da Santo Dom Massas sem Glúten, de São Paulo.Os celíacos não podem ingerir produtos como: pães, bo-los, bolachas, macarrão, coxinhas, quibes, pizzas, cerve-jas, whisky, vodka, etc, quando estes possuírem o glúten em sua composição ou processo de fabricação. A primeira batalha de Marilis Maldonado foi com o pão. “Depois de anos comendo esse maravilhoso alimento, como iria substituí-lo?” Após vários cursos, pesquisas e inúmeras experiências, ela desenvolveu sua própria receita. “Mas eu não queria parar no pão, não achava justo não ser convidada a encontros em bares e restau-rantes com amigos, almoços em família e festas de ani-versários por não posso consumir glúten. Imaginei uma criança celíaca sendo obrigada a ficar em casa enquanto seus amiguinhos cantavam ‘parabéns a você’ e comiam salgadinhos e bolo de aniversário”.Nessa época, com apenas uma colaboradora, Marilis inventou 30 receitas sem glúten. Hoje, a empresária já distribui seus produtos com a marca “Produtos sem Glú-ten Marilis” em diversas cidades do país. “Tento confec-cionar um produto o mais próximo possível do original”.

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Doença celíaca – você sabe o que é isso?

Hoje ela está com 49 anos e bem de saúde. Mas até os 35 anos sofria com gastrite, intestino preso, às vezes crises de diarréia e convivia com uma anemia crônica. Chegou a pesar 32 quilos. Até que em 1997 veio o diag-nóstico: a empresária paulista, Marilis Maldonado Mo-raes, descobriu que tinha a Doença Celíaca ou intolerân-cia permanente ao glúten, uma proteína encontrada no

trigo, centeio, cevada, aveia e malte. “Aí fiquei sabendo que, para o resto de minha vida, eu não poderia mais comer pão, macarrão, pizza, bolo, biscoito, bolacha, sal-gadinho, tomar cerveja ou whisky”. Esta é a realidade para quase dois milhões de pessoas no Brasil, segundo estudo publicado na Revista Science Translation, que aponta que cerca de 1% da população ocidental tem intolerância ao glúten. O último estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Uni-fesp) indica a existência de um celíaco para cada 214 habitantes de São Paulo, ou seja, só na capital paulista existem mais de 50 mil pessoas com a doença, conside-rando os dados populacionais do IBGE.Embora esse número cresça a cada dia, a Doença Celí-aca ainda é pouco conhecida. Geralmente se manifesta na infância, até o terceiro ano de vida, podendo, entre-tanto, surgir em qualquer idade, inclusive na adulta, causando a atrofia da mucosa do intestino delgado e

Quase dois milhões de pessoas no Brasil sofrem com a intolerância ao glúten. Esse público tem dificuldades em comer fora de casa

O carro chefe da marca são os pães (de forma, hambúr-guer, cachorro quente), os biscoitos e as bolachas, mas sua empresa oferece também bolos, salgadinhos para festas, macarrão, massas pré-cozidas (espaguete, lasa-nhas, talharim, fusili, nhoque) e até panquecas.Segundo ela, hoje ainda não se encontra produtos sem glúten em todo lugar. “O giro é pequeno e as grandes re-des de supermercados não se interessam. Uma padaria que utiliza farinha de trigo é um perigo para nós por causa da contaminação, por isso, nem o pão de queijo de pada-ria posso comer porque acaba contaminado com glúten”.

Dificuldade em comer fora de casa

Marilis diz que adora comer fora de casa, mas como todo celíaco, sente dificuldades em encontrar pratos nos bares e restaurantes que possa consumir. “Você vai a um restaurante e não tem muita opção, assim acabo optando pelas churrascarias, já que carne eu posso co-mer sem problemas”.A empresária conta que costuma fazer um verdadeiro interrogatório. “Depois que descobri a doença e me re-cuperei tomo muito cuidado. Pergunto tudo, pois nos restaurantes a farinha de trigo, por exemplo, é muito utilizada. Sempre chamo o gerente, exponho meu pro-blema, digo que passo mal. Lembro que as farinhas de rosca e de pão também não são permitidas. Em caso de frituras peço para não fazerem meu alimento em óleo contaminado por empanados com farinha de trigo e tor-ço para que tudo dê certo. Geralmente sou mais bem atendida que os meus acompanhantes não celíacos e depois faço questão de divulgar o local para os demais celíacos”, diz a empresária.Marilis Maldonado antes e depois de descobrir a doença Nhoque sem glúten do Bendito Suco

Polpetas do Bendito Suco

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Ela conta ainda que em outros países, a visão sobre o celíaco é bem diferente. “Já fui a restaurantes no exte-rior em que ao ser informado sobre minha condição, o Chef saiu da cozinha e veio conversar comigo para que pudesse elaborar algo que me atendesse e não causas-se nenhum tipo de problema a minha saúde. Na Itália, fui a diversos restaurantes que compram massas sem glúten. Lá comi macarrão, pizza. E o garçom trouxe uma cestinha de pães e logo me avisou: ‘este você não pode, vou trazer o seu’. Achei fantástico, pois não encontra-mos isso aqui com tanta facilidade”.Em Brasília (DF), o restaurante Bendito Suco Bistrot de Saúde há cinco anos atende não só ao público celía-co como também a quem tem restrição à lactose ou aqueles que preferem consumir produtos mais saudá-veis. Com o auxílio de consultores especializados em nutrição e culinária, a empresa criou um conceito úni-co de alta gastronomia sem glúten. A partir do uso in-gredientes cuidadosamente selecionados e de origem

orgânica são preparados artesanalmente sucos, sala-das, sanduíches e pratos especiais.“Já trabalhávamos para atender pessoas preocupadas com a saúde, que consumem orgânicos. E começamos a receber clientes que solicitavam produtos sem glú-ten. Percebemos que ali havia um nicho de mercado que não era atendido. Inclusive, na maior parte dos restaurantes, os garçons nem sabem o que é um celía-co e nem o que é glúten”, diz o proprietário do Bendito Suco, Pedro Parreiras.

O empresário Pedro Parreiras dono do Bendito Suco garante que o público celíaco ou com alguma restrição alimentar está crescendo muito e que é um nicho de mercado importante de ser explorado.

O que é o GLÚTEN ?

Caso pretenda desenvolver em seu restaurante produtos para esse público, fique atento às dicas:

É a principal proteína presente no Trigo, Aveia, Centeio, Cevada, e no Malte (subproduto da cevada), cereais amplamente utilizados na composição de alimentos, medicamentos, bebidas industrializadas, assim como cosméticos e outros produtos não alimentícios.

• O glúten não desaparece quando os alimentos são assados ou cozidos. É preciso utilizar nas receitas somente produtos que não contenham glúten;

• É importante que a comida não seja feita onde se manuseia a farinha. O pó já é o suficiente para gerar crise em um celíaco

• Cuidado com o óleo: nunca use o mesmo onde se fritou alimentos empanados com farinha de rosca, de trigo ou outra farinha que contenha glúten, para preparar alimentos sem glúten para o celíaco;

• Não asse no mesmo forno, ao mesmo tempo, alimentos com e sem glúten (lasanha e frango, por exemplo).

• Não esquente o pão de um celíaco no mesmo local em que costumar torrar os pães comuns. As miga-lhas destes, mesmo torradas, podem contaminar o pão sem glúten.

• Lave bem potes ou vasilhames onde guardar produtos sem glúten, caso anteriormente os tenha utiliza-do para acondicionar produtos com glúten. Passar apenas um pano não descontamina.

• Procure se informar sobre o pó de Café que está comprando, pois dependo da marca, pode estar mis-turado com Cevada, para aumentar a quantidade na embalagem.

• Não misture os talheres para servir alimentos com e sem glúten.

“Já fui a restaurantes no exterior em que ao ser informado sobre minha condição, o chef saiu da cozinha e veio conversar comigo para que pudesse elaborar algo que me atendesse e não causasse nenhum tipo de problema a minha saúde.”

O empresário conta que, na época em que sua família tinha o restaurante Leopoldina Bristrot foi desenvolvido pela chef Shirley Soares um cardápio próprio para celí-acos e para quem tem restrição à lactose. “Esse menu ficou tão saboroso que atraiu também o público não celíaco”. Com a necessidade de expansão do Bendito Suco, o Leopoldina foi fechado, mas alguns pratos foram incorporados ao cardápio do Bendito Suco”. Por motivos de segurança, a casa tem uma área separada para a preparação dos pratos destinados aos celíacos. No Bendito Suco, esse público pode se deliciar com opções como nhoque de mandioca com molho de tomate ou à bolonhesa, espaguete de arroz com escalope e molho de limão e as polpetas de mandioca recheadas com shitaque e shimeji ao molho de tomate com manjericão fresco. O restaurante faz pães de linhaça e quinoa, tudo sem leite e glúten. Além disso, tem tortas de chocolate e pizza com massa sem glúten, feitas por encomenda.

“Poder atender a esse público é muito importante. Ver a felicidade que ficam por ter pratos que podem consu-mir fora de casa é muito gratificante. Eles tiram até foto dos pratos. Existe também muita gente que não come glúten por opção, por considerar mais saudável. Então querendo ou não, é uma área muito forte hoje e impor-tante para nós. Ter essa opção no cardápio somou muito para a marca”, garante o empresário.

“(...) começamos a receber clientes que nos solicitavam produtos sem glúten. assim percebemos que ali havia um nicho de mercado que não era atendido. inclusive, na maior parte dos restaurantes, os garçons nem sabem o que é um celíaco e nem o que é glúten”

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Para o chef Rodrigo Oliveira, a rotina de um restaurante pode melhorar muito com os produtos Knorr. Com os Caldos Knorr e Extrato Elefante Knorr, não é mais preciso perder tempo selecionando e picando legumes, tirando sementes e cozinhando por horas.

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Ecad sob suspeitaEscritório de arrecadação de direitos autorais é investigadopor CPI no Senado, na Alerj e pela SDE por prática de cartel e pode ser multado em até R$ 6 milhões

O destino do Escritório de Arrecadação e Distribuição de Direitos (Ecad) está nas mãos do Conselho Admi-nistrativo de Defesa Econômica (Cade), que acatou denúncia de 101 páginas da Secretaria de Direito Econômico (SDE). Pelo inquérito, o Ecad é acusado de exacerbar competência legal e de cartelização na fi-xação de preços. A investigação da SDE partiu de uma representação da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA).O conselheiro-relator do caso no Cade, Elvino Carva-lho Mendonça, deverá levar a denúncia da SDE a jul-gamento. Caso seja condenado, o Ecad poderá ter de mudar seu estatuto e as associações que o compõem não poderão mais fixar valores de cobrança de direi-

tos autorais em assembleias. O inquérito aberto pela SDE pode resultar também em penas para o Ecad por prática de cartel e implicar em multa de até R$ 6 mi-lhões ao escritório, segundo divulgado pelo próprio Ministério da Cultura (Minc).Além disso, um anteprojeto que prevê alterações na Lei de Direitos Autorais que está em andamento no Minc. A proposta para dar maior transparência na ar-recadação e distribuição dos direitos autorais, bem como na fiscalização no setor, prevê que os conflitos entre usuários e titulares das músicas possam ser tra-tados pelos órgãos do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Isto fará com que o Ecad tenha de se submeter ao Cade.

A investigação da SDE, iniciada em julho do ano pas-sado, reúne indícios de que o Escritório Central fixa de maneira arbitrária os percentuais de direitos au-torais cobrados e que estes valores além de indis-criminados, são abusivos. A interpretação da SDE é que a fixação de preços de direitos autorais é “po-tencialmente competitiva”, e a concorrência entre as diversas associações de detentores de direitos de au-tor deve ser estimulada. No entendimento da SDE as associações responsáveis pela administração do Ecad impedem - ou, no mínimo, dificultam - a constituição de novas associações de gestão coletiva de direitos autorais.

Formação de cartel

Segundo a advogada da ABTA, Leonor Cordovil, o que acontece é que as nove associações que compõe o Ecad se reúnem e fixam o preço que vão cobrar de usuários como emissoras de TV, rádio, bares e restau-rantes e festas. No caso das TVs, o Ecad cobra 2,55% de suas receitas brutas, equivalente a aproximada-mente R$ 250 milhões de reais por ano.“Os valores estipulados são absurdos e não têm ne-

nhum fundamento real. Tudo é feito por meio de um cartel”, afirma. No modelo relatado pela ABTA, as as-sociadas do Ecad combinam uma espécie de pedágio para que as emissoras usem as músicas que quiserem. Apesar de se tratar claramente de um monopólio nes-sas atividades de coleta e distribuição, que já foi jul-gado e autorizado, não há nada do ponto de vista le-gal que subsidie as ações do Ecad, como por exemplo, a fixação de valores de cobrança para a execução de músicas em programas de televisão, rádio ou mesmo em eventos públicos.O especialista em direitos autorais da Fundação Ge-túlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-Rio), Sergio Bran-co, esclarece que o Ecad é monopólio legal que tem a outorga para recolher, gerir e distribuir os recursos relativos a direitos autorais de músicas, mas não tem competência para fixar valores. “O problema é que como não há fiscalização pelo governo, o Ecad cria e executa suas próprias regras. O primeiro passo para corrigir essas distorções seria fazer com que ele passe a ser fiscalizado pelo poder público, assim como ocor-re com todo monopólio conferido por lei. Sem fiscali-zação quem é que diz se os valores cobrados são con-dizentes, se as multas aplicadas não são abusivas e se a distribuição está incorreta? É uma situação inad-missível, o Ecad precisa de uma grande reforma”, diz.

Investigação também no Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ecad instalada pelo Senado no dia 28 de junho para inves-tigar denúncias de irregularidades, definiu um crono-grama de atividades que prevê o início das audiências na primeira semana de agosto e a entrega do relató-rio final para a semana de 24 a 28 de outubro, segun-do Agência Senado. Além de audiências no Senado, o plano de trabalho prevê a realização de reuniões, diligências e audiências nas cidades de Macapá, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.Autor do pedido de criação da CPI, o senador Ran-dolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que a Comissão foi motivada por um conjunto de denúncias sobre a atu-ação do Escritório, que vão desde a má utilização dos recursos até destinação de recursos do órgão para entidade que não mais representam o direito autoral brasileiro. “Temos a denúncia, por exemplo, de uma entidade (Atida - Associação de Titulares de Direitos

“Os valores estipulados são absurdos e não têm nenhum fundamento real. tudo é feito por meio de um cartel”

“o problema é que como não há fiscalização pelo governo, o Ecad cria e executa suas próprias regras. o primeiro passo para corrigir essas distorções seria fazer com que ele passe a ser fiscalizado pelo poder público, assim como ocorre com todo monopólio conferido por lei”.

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Autorais) que foi expulsa do Ecad desde 2006 e conti-nuou a receber recursos do Escritório Central de 2007 a 2009”.Para o senador, o modelo de gestão utilizado pelo Ecad chega a ser “esdrúxulo”. Ele diz que hoje a políti-ca de direito autoral é um bem que pertence a todos, inclusive protegido pela Constituição, mas a entidade que cuida da aplicação dessa política é de direito pri-vado e não se submete a nenhum tipo de fiscalização. “Não defendo a extinção do Ecad. Apenas acho indis-pensável que haja um órgão do poder público para fiscalizar sua atuação. Dos 136 países do mundo que têm política de direitos autorais, em 116 existe um órgão responsável pela fiscalização. O Brasil ficou no grupo restrito em que não há o menor controle dessa atividade” alegou o senador.O senador diz ainda que além de não ter uma políti-ca transparente, o Ecad não tem critérios claros de como são definidas as taxações de cobranças para as entidades. “Porque se cobra 2,5% do faturamento de uma festa junina, 5% de um bar e 10% de um show? Não se tem um parâmetro que nos diga onde estão estes critérios. Isto é um tipo de questão que a CPI

deve e terá que responder”.

Randolfe conta que por duas vezes foi procurado pela presidente do Ecad, Glória Braga, que tentou conven-cê-lo a desistir da CPI por considerá-la uma “teoria conspiratória”. “Nestes dois encontros, pela ausência de respostas aos meus questionamentos, fiquei mais convencido que tínhamos que realizar a CPI”, afirmou o senador.

CPI na Alerj

A Assembleia Legislativa do Rio também instalou no dia 07 de junho uma CPI para investigar o funciona-mento do Ecad. A proposta partiu do deputado es-tadual André Lazaroni (PMDB-RJ) que alegou que a CPI é uma resposta à sucessão de denúncias que vem recaindo sobre o Ecad.Em maio, o Escritório foi acusado de pagar R$ 127,8 mil a Milton Coitinho dos Santos, que assinava a au-toria de composições. Coitinho, que mora em Bagé (RS), é motorista de ônibus e afirma não tocar “nem gaita” e nunca ter recebido a soma da entidade. Ele está entre as 40 pessoas que o Senado pretende ou-vir em sua investigação. Há, ainda, outras denúncias de fraude, como a de 2004, em que R$ 1.140.198 de crédito retido (dinheiro que deveria ser distribuído igualmente entre todos os compositores) foi trans-formado em receita do escritório. “Esta CPI não é contra o Ecad, e sim a favor dos ar-tistas que têm o direito de receber. Como pode esta entidade arrecadar mais de R$ 400 milhões por ano e não repassar quase nada para os artistas?”, ques-tiona Lazaroni.

Regulação do setor

Em audiência pública na Comissão de Educação e Cul-tura da Câmara dos Deputados, no dia 02 de junho, o representante da diretoria de direitos intelectuais do Ministério da Cultura, Cristiano Borges Lopes, disse que a regulação dos direitos autorais será feita levan-do em conta interesses de ambos os lados, “sem es-quecer do usuário”.Ele confirmou a criação de uma “instituição especifi-camente voltada à promoção e regulação de direitos autorais e para arrecadação e distribuição”, baseado no Plano Nacional de Cultura (Lei nº 12.343) - mas não explicou quais serão os parâmetros utilizados.A superintendente do Ecad, Glória Braga, afirmou durante a audiência concordar com uma supervisão pelo Poder Público, desde que não tenha “cunho po-lítico” e seja “livre de subjetividade”.

Bares são alvo constante de fiscalização pelo Ecad

Segundo o advogado e diretor jurídico da Associa-ção Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP), Percival Maricato, empresários do setor

de alimentação fora do lar são vítimas constantes das cobranças abusivas por direitos autorais impostas pelo Ecad. “O órgão, que hoje é totalmente privado, não nenhuma coerência sobre a forma de preços que bares, restaurantes e similares devem pagar por di-reitos autorais. Essa falta de clareza muitas vezes faz com que estabelecimentos com faturamento bem menor paguem taxas bem mais altas por terem um espaço maior com sonorização. O preço estipulado por metro quadrado é definido conforme a cara do cliente”, ressaltou Maricato.Segundo ele, há bares que já diminuíram a área sono-rizada e outros que deixaram de contratar música ao vivo, para lutar contra a voracidade de arrecadação do Ecad.Embora discorde da atuação do Escritório que, para ele extrapola todos os limites da legalidade, Maricato aconselha os empresários a não deixar de pagar as ta-xas. Ele ressalta que os artistas têm seus direitos au-torais garantidos por lei e quem deixa de pagar, gera um passivo que quando for cobrado, pode criar uma situação difícil de administrar com relação à saúde fi-nanceira, pois o órgão faz a cobrança retroativa aos anos que o estabelecimento explorou a música sem pagar as taxas. “Meu conselho é que cada empresá-rio negocie individualmente os valores cobrados com o Ecad”. Para evitar pagar muito Percival Maricato ainda alerta: “é melhor sonorizar o mínimo de espa-ço possível. Caso a música não seja um instrumen-to importante para manter a clientela, é ideal é não colocá-la”.O advogado não acredita que submeter o Ecad a um órgão regulador do poder público seja a solução para o problema. Ele diz que caso isso aconteça, a dificuldade em se estabelecer regras claras sobre as cobranças continuará acontecendo. “Quem paga vai continuar achando que paga muito e quem recebe, vai achar que recebe pouco. A minha sugestão seria a criação de uma espécie de bolsa de negócios ge-rida pelas próprias associações representativas dos artistas. Cada um optaria em que bolsa colocaria suas composições e haveria uma tabela fixa por música. A venda do produto autoral seria feita diretamente com os artistas, sem intermediações, o que facilita-ria a fiscalização. Com a intervenção, o Estado será somente mais um Ecad, passível de corrupção”, con-clui Maricato.

“porque se cobra 2,5% do faturamento de uma festa junina, 5% de um bar e 10% de um show? não se tem um parâmetro que nos diga esclarecidamente onde estão estes critérios. Isto é um tipo de questão que a cpi deve e terá que responder”

Para Percival Maricato a solução seria a criação de uma espécie de bolsa de negócios onde os autores negociariam os direitos sob suas músicas

O senador Randolfe Rodrigues diz que não defende a extinção do Ecad, apenas acha indispensável que haja um órgão do poder público para fiscalizar sua atuação

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de Marketing e Estratégia da Brazil Trade Shows (empresa responsável pela organização da Fispal), Araceli Bernardi, o principal é observar a relevância do evento para o mercado, que se caracteriza pelas empresas que estão presentes. “Um parâmetro interessante é saber se os principais players estão lá. Isso por si só já é um bom sinal, pois as grandes companhias não investem seu budget de marketing em ‘aventuras’. Elas, naturalmente, buscam as feiras mais consolidadas e com know how para fazer do evento uma verdadeira oportunidade de negócios. O objetivo é um só: investir em feiras com real potencial de retorno”, diz Araceli.É preciso ainda verificar quais feiras vão ao encontro das metas da empresa. Se o objetivo é ampliar vendas, melhor escolher aquelas com um número grande de clientes em potencial. Se a intenção é conferir tendências, selecione feiras em que, geralmente, as empresas divulguem lançamentos.

O importante é que toda participação esteja prevista dentro do orçamento anual da empresa, levando-se em consideração custos como inscrição, transporte, hospedagem, alimentação e de eventuais palestras e cursos pagos à parte. No caso dos expositores, existem também custos com estandes, material de divulgação e com a equipe que trabalhará durante o evento. Para definir todos os investimentos, é preciso avaliar os resultados que obterá a curto e médio prazos.“Numa feira, há a possibilidade de negociar com o fornecedor e aproveitar condições que nem sempre são disponibilizadas fora daquele ambiente. Na ponta do lápis, o empresário que for a esses eventos terá uma performance melhor do que aquele que ficou em casa ou na comodidade do seu estabelecimento”, diz o diretor Comercial da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Pedro Mello, responsável pela organização do

Vai participar de uma feira de negócios? Então é bom se preparar. Grandes eventos são uma ótima oportunidade para descobrir as novidades do setor, prospectar clientes, selecionar fornecedores, obter treinamento, atualizar-se, divulgar o nome e os produtos da sua empresa e, claro, fazer bons negócios. Mas para que tudo isso aconteça de forma proveitosa, tanto o visitante quanto o expositor deve se planejar, para não perder tempo, dinheiro e garantir que sua participação no evento trará retorno para sua empresa. “Muito mais que locais para fechar negócios, as feiras converteram-se em grandes oportunidades para a abertura de novos relacionamentos comerciais. Em um mesmo

lugar, indústria, varejo e atacado podem negociar e criar parcerias. É por meio dessa interação que produtores e fabricantes identificam as novas e diferentes demandas de atuais e potenciais clientes de todo o país e do exterior”, afirma o presidente executivo da União Brasileira de Promotores de Feiras (Ubrafe), Armando Campos Mello. Como todos os anos existem diversas opções de eventos voltados ao setor de alimentação fora do lar, o ideal é que se faça uma pesquisa para definir quais são os mais importantes para você ou sua empresa. Segundo o presidente da Ubrafe, o empresário deve se perguntar: Qual o evento reúne as empresas do segmento e oferece as melhores oportunidades para conhecer novos produtos, tendências e reciclar meus conhecimentos? No caso de expositores, os principais questionamentos devem ser: Em qual feira minha empresa vai receber a visitação de potenciais e atuais clientes e consumidores, vai poder se apresentar e fechar negócios com um público interessado em seus produtos e serviços? Para ter certeza de que determinada feira será ideal para fazer negócios, o primeiro passo deve ser uma boa conversa com o promotor do evento para conhecer tudo o que ele pode oferecer de bom. É preciso buscar o máximo de informações sobre a programação técnica, quem serão os palestrantes e temas abordados.Já para quem pretende investir em um estante, a triagem passa pela verificação junto aos organizadores sobre quem serão os expositores, qual o volume de negócios fechados nas últimas edições, número de visitantes, perfil do público que o evento atrai e o local onde acontecerá. Para a diretora

Você sabe tirar proveito de feiras e eventos?

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“Ficar de fora significa perder uma oportunidade única para conhecer e comparar, em poucos dias, a ampla oferta de soluções que o mercado oferece”,

Para o presidente da Ubrafe, mais que locais para fechar negócios, as feiras converteram-se em grandes oportunidades para a abertura de novos relacionamentos comerciais.

Feira Fispal Food Service

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23º Congresso Nacional da Abrasel e da Feira Restaurante Show, que acontecem de 16 a 18/08, em Brasília. “Ficar de fora significa perder uma oportunidade única para conhecer e comparar, em poucos dias, a ampla oferta de soluções que o mercado oferece”, ressalta o presidente da Ubrafe.

Relacionamento

O diretor comercial da Abrasel lembra que conhecer uma determinada marca de produto não significa conhecer as pessoas que trabalham ou negociam com ela. “Uma feira propicia – especialmente para as empresas de pequeno, micro e médio portes, que muitas vezes estão longe das indústrias e dos fornecedores – a oportunidade de conhecer quem fabrica os produtos que compram e de negociar diretamente com eles, estabelecendo um canal mais adequado e uma aproximação que é sempre vantajosa para os dois lados”. O empresário de Porto Alegre (RS) Pedro Hoffman, proprietário dos restaurantes Peppo Cucina e Beco, normalmente participa de quatro feiras por ano. “Acho muito importante estar nesses eventos, pois são uma oportunidade de ver as tendências do mercado, conhecer outros restaurantes, saber como estão operando, trocar informações sobre o comportamento do consumidor. É um ambiente ideal também para conhecer e negociar diretamente com o fornecedor”. Ele conta que em muitos eventos que participou conseguiu estreitar esse relacionamento. “É diferente de você falar por telefone. Ali se cria uma cumplicidade e tem como conseguir vantagens,

prazos, melhores preços e se necessário até adaptações especiais em equipamentos para que fiquem adequados à sua empresa”, garante.A diretora da Brazil Trade Show destaca que uma feira traz algo que nenhuma outra mídia pode fazer: o contato olho no olho. “Em tempos de virtualização das relações, inclusive as comerciais, nada supera a experiência concreta. Essa proximidade é o grande diferencial de uma feira de negócios e a razão pela qual ela tem de ser prioridade no planejamento anual das empresas”.O gerente comercial para MG, ES e Norte, da Moët Hennessy Louis Vuitton, Lúcio Rossi Ferreira, também reforça que o foco da empresa ao participar de feiras está mais ligado em trabalhar a visibilidade da marca e o relacionamento com os parceiros e clientes. “Não nos preocupamos muito com os resultados comerciais, que acabam sendo consequência nesta estratégia. Nossa intenção ao escolher determinado evento é apoiar os parceiros”.

“em tempos de virtualização das relações, inclusive as comerciais, nada supera a experiência concreta. essa proximidade é o grande diferencial de uma feira de negócios e a razão pela qual ela tem de ser prioridade no planejamento anual das empresas”.

Planejando a visita

Normalmente, as feiras de negócios duram cerca de quatro dias. Para conseguir atingir seus objetivos, é importante se planejar com antecedência. “Se possível, o visitante deve chegar à feira logo na sua abertura. Para não perder tempo, com o mapa do evento em mãos, deve-se começar pelos expositores que mais lhe interessam”, orienta o presidente da Ubrafe.Segundo Araceli Bernardi, montar um roteiro para a visita é essencial na otimização do tempo. “Definido os estandes de interesse, a próxima etapa é escolher o fluxo da visita, ou seja, qual é o melhor caminho para se chegar ao maior número dos estandes escolhidos em menos tempo. É como usar um GPS para identificar a maneira mais prática para se chegar a um destino pretendido. Como a feira é um momento especial para os negócios, o visitante deve se programar para o período do evento e ter claro que o tempo dispensado para a visita é um investimento, que deve ser aproveitado ao máximo, se possível com a participação em todos os dias”.

Oportunidade para bons negócios

Como esses eventos reúnem diversos players do mercado acabam sendo uma ótima ocasião para comparar preços — no caso de quem busca fornecedores —, ou oferecer produtos e serviços em condições especiais — para os expositores - o que certamente atrairá os clientes antigos e possibilitará a quem não tenha comprado o seu produto poder adquiri-lo com mais facilidade. O presidente da Ubrafe aconselha que o expositor guarde seus lançamentos para a feira. “Assim ele terá uma novidade para mostrar diante de todo o mercado reunido e se diferenciará dos seus concorrentes. Algo novo também funciona como chamariz para apresentar outros serviços, produtos e marcas da empresa”.

Com relação à montagem de um estande, a diretora da BTS lembra que, como a feira é um local de muitos estímulos visuais para os visitantes, é importante investir numa bela apresentação do estande, com áreas de fácil circulação e que permitam que os potenciais compradores possam tocar, sentir, experimentar os produtos. “Brindes e materiais de divulgação bem elaborados também contribuem para que o visitante lembre-se da empresa depois do evento. Outra estratégia é destacar a marca por meio de ações de merchandising na feira. Adesivos de solo, banners aéreos e aplicação do logo na sinalização interna, são alguns exemplos de como uma marca pode ganhar mais visibilidade e aumentar sua visitação. Quem mais aparece ocupa espaço privilegiado na mente do potencial comprador”.Para quem quiser concretizar negócios com fornecedores e clientes com quem nunca trabalhou, o aconselhável é que se faça um pré-acordo de venda prevendo as condições ofertadas durante o evento por um prazo determinado. Não é necessário fechar o negócio na hora. Depois da feira, converse com clientes daquela empresa, para saber se ela cumpre acordos corretamente.E uma última dica: encerrado o evento, procure manter o contato. Se você apenas guardar na gaveta os cartões que trocou durante a feira e não cultivar a troca, a experiência terá sido em vão.

Palestras e cursos

Eventos paralelos à feira, como congressos, minicursos e palestras podem trazer conhecimento técnico e contatos valiosos. É preciso avaliar o conteúdo, os palestrantes e seus currículos para não passar o dia todo em um auditório e acabar perdendo outras oportunidades de fazer contatos e negócios. Esses eventos são propícios também para fazer networking com pessoas de interesses semelhantes aos seus, que podem virar clientes ou parceiros no futuro.

Araceli Bernardi diz que é preciso observar a relevância do evento para o mercado, que se caracteriza pelas empresas que estão presentes

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Agilizando o atendimentoChega ao mercado a primeira solução de autoatendimento para o food service da América Latina

No mundo globalizado, onde as pessoas estão sempre com muita pressa, fila é algo que não combina com o dia a dia, especialmente no momento de fazer as refeições. Pensando em agilizar o atendimento e evitar que os clientes desistam de consumir algum tipo de refeição por não querer esperar, a Rede Ponto Certo, empresa especializada em meios de pagamentos, traz ao mercado o Fast, a primeira solução de autoatendimento para o setor de food service do Brasil. “Começamos a perceber que os fast foods nas praças de alimentação em aeroportos, onde todo mundo

está querendo comprar rapidamente alguma refeição, sempre têm muita fila. E com a Copa do Mundo no Brasil essa situação só tende a piorar. Assim tivemos a ideia de pegar um ATM que fabricamos, com tecnologia 100% nacional e desenvolvê-lo voltado ao setor de fast food para justamente tirar da fila aquela pessoa que já sabe o que quer e vai pagar com cartão ou vouchers refeição”,

conta o presidente da Ponto Certo, Alexandre Martins. Com o Fast, esses clientes podem realizar seus pedidos de forma ágil e fácil. Por uma tela touch screen do terminal é possível escolher o idioma (português/inglês), selecionar os produtos desejados e o meio de pagamento. A impressão do pedido é automática e vai direto para a cozinha do estabelecimento. Com o ticket em mãos, o cliente apenas se dirige ao balcão de atendimento para pegar o seu pedido. “Isso faz com que ele ganhe tempo e a casa produtividade”, garante Martins. Segundo o presidente da Ponto Certo, já existe uma tendência mundial para este tipo de serviço. “Daqui para frente a automação será cada vez mais uma realidade para o setor de alimentação fora do lar. Por exemplo, nas praças de alimentação onde existem vários fast foods e quase sempre com filas, se houver na entrada, como já existe nos cinemas, um equipamento onde você tem a possibilidade de escolher o produto e já pagar por ele, e quando chegar à loja, possivelmente seu pedido estará pronto. Você não perde tempo”.Alexandre Martins explica que o equipamento não

tem a intenção de substituir o trabalho dos caixas, que continuam para atender quem quer pagar com dinheiro. “A solução é um apoio para diminuir filas e agilizar o atendimento a quem vai pagar com cartão ou voucher, evitando a venda perdida, ou seja, que o cliente desista de fazer a compra pela demora. Isto melhora a produtividade”.A instalação do Fast é simples e rápida. A solução integra-se aos principais softwares de gestão para o setor de refeições e toda a manutenção fica a cargo da Rede Ponto Certo. O conceito é do Fast é de Plug and Play, ou seja, ligar e usar.O terminal de autoatendimento pode estar presente em qualquer estabelecimento que comercialize refeições: lanchonetes, fast food, restaurantes de refeições rápidas, restaurantes de shopping, cafeterias de aeroportos, lojas de conveniência, entre outros. “Por enquanto um equipamento atende a apenas a uma loja, mas futuramente um mesmo terminal poderá oferecer o cardápio de vários estabelecimentos e em uma praça de alimentação o cliente poderá escolher entre cardápios de mais de um fast food”, explica Martins.

Atualmente a empresa está com um equipamento piloto instalado no Le Grand Café, no aeroporto Viracopos. “Com 30 dias de uso, o interesse e aceitação do público foram tão grandes que o estabelecimento nos solicitou outra máquina, pois já estava formando fila no primeiro terminal”, diz Alexandre. O gerente do Le Grand Café, André Nóbrega, diz que depois que o equipamento foi instalado, o faturamento da empresa aumentou em 6% em apenas um mês. “Não temos um horário de pico definido, isto depende muito

“daqui para frente a automação será cada vez mais uma realidade para o setor de alimentação fora do lar.

“a solução é um apoio para diminuir filas e agilizar o atendimento a quem vai pagar com cartão ou voucher, evitando a venda perdida, ou seja, que o cliente desista de fazer a compra pela demora. isto melhora a produtividade”

Segundo Alexandre Martins, o Fast foi criado para tirar da fila aquela pessoa que já sabe o que quer e vai pagar com cartão ou vouchers refeição Fast diminui filas no Le Grand Café do aeroporto Viracopos, em São Paulo

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Sobre a Rede Ponto Certo

A Rede Ponto Certo nasceu com a oportunidade da implantação do Bilhete Único em São Paulo e tornou-se a maior rede de carga e recarga dos usuários do transporte público paulistano, com 12 mil pontos na Grande São Paulo. Agregou créditos de telefonia celular em seus pontos - em 2010 foram mais de 25 milhões de transação - e partiu para a bancarização com a solução de autoatendimento TAS e com pontos de correspondente bancário.

do funcionamento do aeroporto. Então chegam ao mesmo tempo 100 pessoas em seu estabelecimento. Percebemos que nosso cliente está mais satisfeito e ele não só compra como também se sente seguro em fazer a recompra. Pelo pouco espaço, temos apenas dois caixas e antes muitas pessoas desistiam de consumir por causa da fila”.André diz ainda que outra vantagem é que, quando cai o sistema de suas máquinas de cartões, ele não perde a venda, pois o cliente pode passar o cartão pelo Fast. “O terminal é muito seguro, não deu nenhum problema, além disso, o suporte deles é muito bom. Em termos de sistema, também é muito completo. Ele me dá a opção de colocar todo o meu cardápio e eu mesmo posso modificá-lo quando necessário, pois recebemos treinamento para operá-lo. Estamos muito satisfeitos”, completa entusiasmado o gerente do Le Grand Café.

Expansão

A Ponto Certo apresentou o Fast na ABF Expo Franchising, que aconteceu em junho, e teve vários pedidos de instalação de pilotos do produto. A intenção é que no período de três meses, mais 10 máquinas estejam em operação no estado de São Paulo “Pretendemos implementar esses 10 equipamentos em empresas com características diferentes para podermos fazer todos os testes de como o terminal se comporta em operações diferentes, ou seja, como ele atende a um fast food de massas, a outro de sanduíches. Depois de completado esse piloto, vamos iniciar a expansão para outros estados”.Segundo Martins, como a tecnologia do Fast, o primeiro ATM em food service da América Latina, está na fase piloto de implantação, ainda não se tem um custo

fechado para os restaurantes. “Estamos estudando como será precificada esta operação. Acredito que tudo dependerá muito do número de terminais que uma rede vai utilizar, da quantidade de operações feitas, da formatação do cardápio. Então cada contrato será fechado conforme a demanda da empresa e o que ela solicitar em termos de serviços”.

André Nóbrega, gerente do Le Grand Café - "Nosso faturamento aumentou em 6% com o Fast"

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Entrevista Jim Cunningham

Formar equipes de alto desempenho e trabalhar para que sua empresa seja reconhecida pela excelência nos serviços prestados não é uma tarefa nada fácil. Para au-xiliar os empresários a alcançar estes objetivos, o norte-americano, Jim Cunningham, conhecido como o principal líder no desenvolvimento da cultura voltada para servi-ços da Eurodisney estará no Brasil, em agosto deste ano, para proferir a palestra “A Magia e Inovação da Disney na Excelência em Serviços” durante o Congresso Nacional da Abrasel, em Brasília. Jim foi o responsável pela preparação e formação dos profissionais para os grandes parques da Disney e facili-tador dos cursos de liderança para executivos da Disney University, em Orlando USA. Ele, que também coorde-nou e gerenciou por mais de 15 anos os programas de desenvolvimento profissional do Disney Institute, revela nesta entrevista alguns segredos para encantar e fidelizar clientes; os caminhos para implantar valores e padrões de qualidade nas empresas e estratégias para formar “ti-mes” de sucesso. 1 - Quais são os segredos para a excelência no mercado de serviços, em especial no setor de bares e restaurantes?Na verdade, não há segredo algum. O que existe, no entan-to, são alguns fatores como: trabalho focado, dedicação e muita determinação. Além disso, saber responder algumas perguntas como: Quais são suas principais competências? Quem são seus clientes? Qual é o seu principal produto?2 - Quais pontos definem um serviço de qualidade?Simplificar as coisas é sempre o melhor conselho. Se esti-ver atento aos pequenos detalhes você terá uma excelente oportunidade de surpreender seus clientes.3 - Qual o papel da equipe no sucesso da empresa?Em todo serviço de qualidade há sempre uma constante. A primeira impressão é a que fica. O sucesso é medido a cada atendimento personalizado.4 - Os treinamentos têm sido considerados cada vez mais uma estratégia fundamental pelas empresas brasileiras.

Qual a importância de manter sempre os profissionais qualificados?O treinamento de funcionários em empresas de grande destaque tem como prioridade, a promoção do sucesso individual. Quando um funcionário se desenvolve e ob-tém sucesso em sua profissão não há como a empresa o perder. O treinamento oferecido de forma ordinária, como aquele que não prioriza o progresso e bem estar social do indivíduo, terá grandes chances de terminar em frustração e prejuízo para a empresa. Ao contrário, o treinamento que tem como alvo principal o crescimento pessoal, profissional e bem estar do funcionário é uma estratégia eficiente que as empresas de sucesso do setor adotam hoje em dia.5 - O Brasil vive um momento de escassez de mão de obra, qualificada ou não. Sobram vagas no setor de ba-res e restaurantes e não aparecem candidatos. Como atrair mão de obra e quais os critérios devem ser priori-zados na seleção de profissionais?As pessoas são atraídas pela política da empresa. O pri-meiro e mais importante de todos os critérios a serem usados é descrever com clareza a forma como a empresa atua no mercado e quais são suas expectativas com re-lação aos funcionários contratados. Durante o processo seletivo, as empresas devem avaliar a personalidade de seus candidatos em primeiro lugar. Habilidade em segun-do. Dado o fato de que é mais fácil aprimorar a habilidade do que a personalidade do candidato.6 - Como aplicar os conhecimentos e técnicas desenvol-vidos pelo senhor na Disney na retenção e seleção de pessoas para trabalhar em bares e restaurantes?Consistência tem sido a palavra chave para atrair os mais qualificados. Um método interessante durante o processo seletivo é a participação de um funcionário experiente da empresa, devido à sua prática em discernir as qualidades necessárias que o candidato deve possuir para a função.7 - É comum as empresas investirem em treinamento para determinados profissionais e estes ao receberem outra proposta de trabalho, não hesitam em abandonar seu trabalho atual. Como identificar perfis de profissio-nais que merecem ser desenvolvidos, aqueles que cer-tamente “vestirão a camisa”? Quais os segredos para reter esses talentos?Lembre-se: não há maior sinal de respeito do que alguém que reconhece a qualidade do treinamento oferecido pela empresa que trabalha. O reconhecimento é fundamental para o crescimento pessoal e para a formação dos melho-res profissionais.8 - Quais os passos para formar equipes de alta perfor-mance?

O exemplo sempre vem de cima. Ou seja, o líder é quem conduz o grupo. Existem dois tipos de líderes: aquele a quem todo o grupo confia, e o grande líder, que encoraja a autoconfiança em cada um. O grande líder, no entanto, dependendo das circunstâncias, incentiva o grupo a se comportar de ambas as formas.9 - Quais são os requisitos para um profissional integrar uma equipe de alto desempenho em serviços?Ter disposição suficiente para crescer, aprender e conhe-cer a diferença entre uma e outra coisa.10 - Como deve ser o papel do líder no processo de for-mação e de manutenção de sua equipe?Ser um observador atento dos seus aprendizes. Ter uma compreensão que vai além daquilo que está sendo comu-nicado tem, sem dúvida, valor inestimável para o líder na formação de sua equipe.11 - O que faz um profissional se tornar um empresário de sucesso?Basicamente, o mesmo segredo que mencionei na primei-ra pergunta. Ele deve ter trabalho focado, dedicação, de-terminação e visão. Porém, não adianta ter boa visão do mercado se não agir, isto poderá ser frustrante.12 - O que o Brasil precisa fazer para atendermos os tu-ristas com qualidade, da mesma forma que são recebi-dos na Disney?Estar atento a todos os detalhes para superar as expectati-vas dos clientes. A reação será sempre resultado da ação.13 - Algum exemplo de excelência em serviços chamou sua atenção no Brasil? E em especial no setor de bares e restaurantes?Uma simples palavra pode descrever o que eu pude ver até o momento. PROFISSIONALISMO.14 - O senhor vai proferir uma palestra no Congresso da Abrasel, em agosto deste ano. A que público sua apresentação é dirigida e o que os participantes po-dem esperar?Será uma apresentação que abordará como tema prin-cipal o planejamento estratégico na excelência de servi-ços, tendo como empresa referência a Disney World, nos U.S.A. Uma das pautas da palestra alerta as empresas, independente do ramo de atuação, a conhecer a fundo as necessidades de seus clientes para alcançar o sucesso de-sejado. E, dessa forma, compreender que no atual cená-rio econômico, a excelência na prestação de serviços vem antes do produto. Ou seja, é preciso ter o entendimento de que se trata de prestação de serviços de qualidade, 10% é o produto e 90% é o atendimento.

A palestra de Jim Cunningham no Congresso Abrasel 2011 tem o patrocínio:

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Copa na Mesa apresenta elevado índice de satisfação

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As equipes dos restaurantes que participaram até agora dos cursos oferecidos pelo projeto Copa na Mesa, desen-volvido pela Abrasel, em parceira com o Ministério do Tu-rismo (MTur), têm avaliado de forma muito positiva a rea-lização deste projeto, que é um “braço” do Bem Receber Copa do MTur.Ao final dos treinamentos os alunos respondem a uma avaliação que mensura o aproveitamento do conteúdo do curso, e também a sua satisfação com o treinamento. Os re-sultados parciais apresentados pelo projeto têm sido muito positivos. “Os elevados índices de satisfação apresentados nas avaliações do Copa na Mesa são expressos em dois in-dicadores: no aprendizado dos alunos e no contentamento que demonstram com o processo de ensino. “Como ava-liador, poucas vezes me deparei com uma performance tão elevada. Acredito que o motivo é a qualidade da me-todologia do projeto e a estrutura dos cursos presenciais, que aliam a teoria com a prática”, declara Henrique Morais,

sócio da Psychomec, empresa responsável pela elaboração das avaliações e análise dos resultados.“O conteúdo dos cursos foi muito interessante e bem estru-turado, será um grande apoio para desenvolver o segmen-to”, acredita Marta Rodrigues, gerente do Café Girondino, de São Paulo.

Alunos são avaliados em simulações de situações reais

A avaliação da aprendizagem nos treinamentos do Copa na Mesa é feita por meio de questões que simulam situa-ções que se aproximem a realidade dos estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar. A prova é aplicada in-dividualmente ao final de cada treinamento. O aluno res-ponde a um questionário (múltipla escolha) composto por questões enfocando os conteúdos e habilidades aborda-dos durante o treinamento.

O desempenho dos profissionais nas avaliações também tem sido bastante positivo. O rendimento global nas 12 cidades-sedes é superior a 76%, com destaque para o curso de Atendimento, cujos participantes tem conquistado no-tas superiores a 84%.

Metodologia do Copa na MesaA vivência do aluno é o ponto de partida na aprendizagem

Os treinamentos presenciais são a base dos cursos ofereci-dos pelo Copa na Mesa. As aulas são dinâmicas e interativas e o foco da aprendizagem está na participação do aluno, de forma que ele se sinta mais responsável e comprometido. Orientado por um profissional especialmente capacitado, que no projeto é chamado de facilitador, o aluno debate ideias e compartilha vivências, e assim aprimora o seu co-nhecimento sobre sua atividade e sua cidade.As qualificações têm como base um método no qual o facili-tador procura criar situações para o aluno desenvolver uma visão mais empreendedora, fazendo com que o participan-te deste treinamento não apenas tenha acesso ao conte-údo, como também possa desenvolver habilidades para resolver problemas e enfrentar os desafios da profissão.As atividades em sala de aula tendem a ser sempre intera-tivas, servindo como um meio para desenvolver competên-cias e para isso, as experiências e conhecimentos prévios de cada um são o ponto de partida da aprendizagem. “As

atividades em sala de aula favorecem o debate para esti-mular a superação dos desafios, respeitando a experiência de cada participante”, diz o presidente executivo da Abra-sel, Paulo Solmucci Júnior.

“Trata-se de um projeto de suma importância para o mercado de bares e restaurantes. O curso instrui toda a brigada do estabelecimento a ter uma atitude encanta-dora com seus clientes”, relatou Gustavo Ramos, sócio dos restaurantes participantes Moema, Zen e Twist, em Salvador, na Bahia.

Facilitadores têm papel fundamental na aprendizagem

Para o sucesso deste modelo, o papel do professor é fun-damental. Por isso a seleção dos facilitadores para atuar no projeto Copa na Mesa segue critérios pré-estabelecidos. “Todos os profissionais têm formação superior, de prefe-rência nas áreas de hotelaria, turismo e nutrição, além de experiência prática na área de Alimentos e Bebidas e como docente (professor ou facilitador)”, conta Solmucci.Ele informa ainda que, os profissionais passam por testes e participam de uma capacitação sobre como aplicar o méto-do de aprendizagem do projeto. “Após esse processo, eles estão aptos a ministrar as turmas de treinamento, atuando como mediadores do conhecimento, estimulando os alu-nos a aprender a conhecer, a fazer, a ser e a conviver”.

Curso 01 - Multiplicadores

Construção da Imagem do País, Relações entre Turismo e o Setor de Alimentação, Hospitalidade, Gestão e Planejamento, Comunicação, Excelência no Atendimento, Sustentabilidade e Responsabilidade Social.

Curso 02 - Atendimento

Excelência no Atendimento, Comunicação, Ética, Hospitalidade, Atendimento às Necessidades Especiais, Satisfação, Sustentabilidade e Responsabilidade Social e Ambiental, Cliente, Funções, Competências e pró-atividade, Atrativos turísticos, Copa do Mundo 2014, o Turismo no Brasil e Cuidando do Ambiente.

Curso 03 - Segurança dos Alimentos

Conceitos Básicos de Segurança, Padronização, Contaminações e Doenças Transmitidas por Alimentos, Higiente Pessoal, Higiene do Ambiente, Manipulação Higiênica dos Alimentos, Preparo e distribuição.

Confira os conteúdos trabalhados nos treinamentos do Copa na Mesa

Multiplicadores de informações Turísticas

Atendimento Higiente e Segurança de Alimentos

Avaliação global de conteúdos e habilidades (Notas referentes ao desempenho médio por obtido por curso)

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Restaurante Inteligente avança pelo país

Empresários de Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Manaus (AM), João Pessoa (PB) e Campo Grande (MS) já concluíram todas as etapas dos treinamentos do projeto Restaurante Inteligente, desenvolvido pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Se-

brae). O projeto, que visa proporcionar conhecimen-to em gestão e tecnologia para desenvolver as micro e pequenas empresas do setor de alimentação fora do lar, está capacitando os gestores para melhorar a administração de suas empresas a partir do conheci-mento de indicadores que impactam nos resultados dos negócios.

iNstitucioNal

Em Fortaleza, cerca de 30 empresários participaram do curso para utilização do Giro (um moderno software desenvolvido pela Abrasel especialmente para a gestão de bares e restaurantes), que foi dividido em aulas pre-senciais, vídeos explicativos e acesso ao software para auxiliar gestores a conhecer, classificar e administrar seu plano de contas. “Uma vez organizado esse plano, o em-preendedor tem condições de acompanhar a performan-ce financeira do seu estabelecimento, o que permite uma apuração de lucro mais exata graças ao registro coerente e contínuo dos valores de receitas e consumos da opera-ção”, explica o consultor do curso Djalma Guerra.O proprietário da lanchonete Dor’s Burguer, Dorivan Rocha, resolveu participar para descobrir os benefí-cios d nova ferramenta. “Queria conhecer melhor os parâmetros gerenciais do software para saber como ele pode auxiliar no desempenho da minha empresa”, diz o empresário. A sistematização da prática de classificação das con-tas e apuração dos resultados é uma poderosa fer-

ramenta de gerenciamento do negócio, que permite ao empresário direcionar esforços e recursos para maximizar seus ganhos. Para o presidente da Abrasel-CE, Augusto Mesquita, o RI ajuda a nortear os gesto-res na administração do estabelecimento. “Além de o empresário descobrir novas formas de otimizar o negócio, o software possibilita a identificação de indi-cadores que permitirão mensurar a evolução do setor em diversos aspectos”, avalia.Na capital mineira os cursos chamaram a atenção dos empresários. “A realização da 1ª turma foi um grande sucesso e já estamos viabilizando uma se-gunda turma, com pré-inscrições já sendo feitas”, diz o diretor executivo da Abrasel MG, Lucas Pêgo. Para o proprietário do Restaurante Saboreando, Saulo Maciel, o projeto é fundamental para quem quer se destacar ou mesmo se manter no mercado. “Hoje o setor de alimentação fora do lar está cres-cendo muito, a concorrência cada vez mais acirrada, se você não souber com o que está gastando e não

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Treinamento do RI em Santa Catarina

129 empresas já participaram dos treinamentos

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tiver um parâmetro de mercado para definir ações que possam melhorar seu desempenho, não conse-gue sobreviver. O RI permite se ter a empresa na palma da mão, com todos os dados que retratam a sua realidade para compará-los com o que está acontecendo do mercado. Somente com essa visão é possível tomar as melhores decisões”. A primeira turma do Restaurante Inteligente em Flo-rianópolis contou com a participação de 22 gestores. Os participantes que concluíram o treinamento ga-nharam da Abrasel o notebook para auxiliar e estimu-lar a utilização do software. Ângelo Rocha, da Cafete-ria São Paulo, ressalta a importância do treinamento, especialmente para aqueles que vão abrir um estabe-lecimento. “Não tem como você começar um negócio

no escuro, e o programa passa várias informações importantes, que ajudam no dia a dia profissional.” Rocha já cadastrou os dados da Cafeteria no sistema, aplicando o treinamento à rotina do estabelecimen-to. “As expectativas são as melhores. Antes, tudo era feito em planilhas. Com o sistema, o projeto é que a gestão seja mais eficiente”.Para a consultora do Sebrae SC, Bianca Antonini, os objetivos foram alcançados. “Os empresários conse-guiram identificar a possibilidade de geração padro-nizada e análise de indicadores de desempenho ge-rencial e financeiro”. O RI oferece mil vagas e está sendo realizado também em Curitiba (PR), Palmas (TO), Recife (PE), Cariri (CE), Boa Vista (RR) e Porto Alegre (RS).

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Momento 1: gestor participa de treinamento com carga horária de 15hAlguns dos principais conteúdos abordados nessa etapa:• O que é a gestão por indicadores, qual a sua importância, e como obtê-los?• Fluxo de Caixa• A visão do Lucro• Controle de Estoque• Custo por Mercadoria Vendida (CMV)• Plano de Contas• Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE)• O software Giro: apresentação e introdução a utilização

Momento 2: gestor implanta o sistema no seu estabelecimentoA empresa começa a utilizar o sistema e lança os seus dados. Para auxiliá-lo neste processo, ele conta com o suporte de:• Videoaulas (o participante recebe o kit didático no Momento 1)• Central de Suporte: 4004-0435, ramal 4.000

Momento 3: segunda parte do treinamento com carga horária de 9 horasOs gestores voltam a se encontrar para trocar experiências sobre o Giro:• Como usar os indicadores• Como obter relatórios relevantes do dia a dia• Debater principais ações que podem ser tomadas a partir das informações obtidas

Acessa www.abrasel.com.br/ri e faça sua pré-inscrição. É preciso um número mínimo de 18 inscritos para que seja formada uma turma na cidade.

Valores para inscrições:• Para empresas associadas à Abrasel: R$ 1.140,00 (à vista ou 3 parcelas de R$ 380,00 no cartão)• Para empresas não associadas à Abrasel: R$ 1.440,00 (à vista ou 3 parcelas de R$ 480,00 no cartão)

Confira como é dividido o treinamento do RI:

Como se inscrever

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Gestores e empresários durante curso do RI em SC Turma do RI em Fortaleza

Treinamentos motivaram os empresários em Fortaleza

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Vencendo com inovação

Aperfeiçoar é imprescindível para evoluir. Quem não caminha não avança. O movimento é essencial para o progresso profissional e pessoal. Não existe crescimento mantendo-se estático. Este é o conceito desenvolvido pelo matemático e astrônomo alemão August Ferdinand Moebius que sugere o movimento contínuo e suas propriedades invariáveis. Aprimorar constantemente o conhecimento é fundamental para a sobrevivência das organizações. A Abrasel convida os participantes de seu Congresso para a reflexão do tema “Vencendo com inovação” e consequente discussão de ideias e ações que possam efetivamente contribuir para um melhor aperfeiçoamento dos profissionais de todo o setor.

16 a 18 de agosto de 2011

Centro de Convenções Ulysses Guimarães

Brasília • Distrito Federal

EspECiAlCongresso Abrasel

2011www.congressoabrasel.com.br

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Em 2011, o Congresso Nacional da

Abrasel chega à sua 23ª edição. Mais

uma vez, profissionais e empresários

do setor de alimentação fora do lar po-

derão conferir as oportunidades de no-

vos negócios, conhecer as tendências

do mercado, fortalecer e criar redes de

relacionamento. É o cenário ideal para

reciclar conhecimentos, aprimorar as

atividades empresariais e ampliar a vi-

são estratégica sobre seus negócios.

Venha ouvir os experts em qualidade no atendimento ao cliente.

Extensa programação que contempla ciclos de palestras, workshops, fóruns, cursos e debates.

A palestra de Jim Cunningham tem o patrocínio:

Vencendo com inovação

programação Técnica

palestras internacionais

16 a 18 de agosto de 2011

Centro de Convenções Ulysses Guimarães

Brasília • Distrito Federal

www.congressoabrasel.com.br

Jim Cunningham

O executivo responsável pela excelência em serviços no maior parque temático do mundo,

o Walt Disney World.

Jim Cunningham coordenou e gerenciou por mais de 15 anos os programas de desenvolvimento profissio-nal do Disney Institute. É conhecido por construir e colocar “mágica” em novos modelos de serviços de Qualidade para o Cliente. Jim também foi o responsá-vel por formar equipes de alto desempenho em servi-ços para os grandes parques da Disney e foi facilitador dos cursos de liderança para executivos da Disney University em Orlando – EUA.

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Tema: Como negociar contratos com shopping.palestrante: Mario Cerveira FilhoData: 17 de agosto • Horário: 14h30

Tema: A magia e inovação da Disney na excelência em serviços.palestrante: Jim CunninghamData: 18 de agosto • Horário: 19h

Tema: Vagas abertas, candidatos em falta! Como lidar com a escassez de mão de obra.palestrante: Célio Salles Data: 18 de agosto • Horário: 17h30

Tema: Como atender as exigências do Big Brother Fiscal.palestrante: Luis GarbeliniData: 18 de agosto • Horário: 16h

Fórum: Aprenda a reduzir seu custo tributário. Debatedores: Fabiano Vieira Barboza Data: 18 de agosto • Horário: 14h30

Tema: Fórum Gorjeta.Debatedores: Jorge Berg, Célio Salles e Paulo SolmucciData: 17 de agosto • Horário: 19h

Tema: Negociando com operadoras de cartões e tickets.Debatedores: Antonio Castilho Data: 17 de agosto • Horário: 17h30

Tema: Estratégia de marketing digital.palestrante: Marcelo MacedoData: 17 de agosto • Horário: 16h

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Vencendo com inovação

Cozinha show Feira Restaurante show

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Os participantes do Congresso Abrasel 2011têm uma condição de preço especial no hotel oficial do evento em Brasília. para mais informações e reservas, envie uma mensagem via e-mail para: [email protected]

Maior feira do setor fora de são paulo, a Restaurante show traz as novidades do mercado e tecnologias inovadoras para otimizar o dia a dia de bares e restaurantes.

Chefs renomados ensinam técnicas e receitas de dar água na boca.

Confira as atrações especialmente preparadas para a edição de 2011: padaria show, Vinícola show, Café show, Espaço Bar em Bar, Arena Gastronômica e o Espaço Abrasel.

16 a 18 de agosto de 2011

Centro de Convenções Ulysses Guimarães

Brasília • Distrito Federal

www.congressoabrasel.com.br

Hospedagem

Tema: Ingredientes do Amazonas.Chef: Maria do Céu AthaydeData: 17 de agosto • Horário: 14h30

Chef: Marc Le DantecData: 18 de agosto • Horário: 16h

Tema: Empratados em miniporções sofisticados com peixes e frutos do mar. Chef: Alex FloydData: 18 de agosto • Horário: 14h30

Chef: Luiz FariasData: 17 de agosto • Horário: 19h

Tema: O boom da cozinha peruana. Chef: Cecilia AragakiData: 18 de agosto • Horário: 17h30

Tema: Cozinha evolutiva. Chef: Adelaide EnglerData: 17 de agosto • Horário: 17h30

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fraNquia fraNquia

Com menos investimentos e riscos mais baixosHá cerca de 10 anos, era raro ver quiosques em shoppings. Até seus administradores perceberem que qualquer espa-ço, até mesmo os corredores, são propícios para compras. O negócio se mostrou lucrativo e hoje há fila de espera de empresários que querem investir em quiosques. Nessa disputa acirrada, eles ocupam espaços antes não explora-dos, como universidades, hipermercados, academias, cen-tros empresariais, estações de metrô e até em hospitais. Para quem está pensando em investir no setor de alimen-tação fora do lar ou diversificar abrindo mais um negócio com menos recursos e pouco risco, as franquias em forma-to de quiosques são uma saída econômica quando não há

em caixa o dinheiro necessário para abrir uma loja. Mais fácil de administrar, por ter menos funcionários e es-toques menores, os quiosques têm muitas vantagens, mas é bom ficar atento a alguns fatores e não entrar no ramo achando que por ser franquia o sucesso está garantido. “Em primeiro lugar, é preciso tomar cuidado com a avaliação de riscos envolvidos em qualquer negócio. Para saber o grau de risco é necessário uma análise cuidadosa caso a caso e com-parar com outros negócios”, alerta o sócio-diretor da Praxis Education, Consultoria Especializada em Educação Corpora-tiva, Planejamento & Estratégia para o Franchising e Outros Canais de Vendas, Luis Gustavo Imperatore. Segundo ele, negócios de menor investimento somente envolvem menos dinheiro para a montagem e operação, mas isso não quer dizer que tenham menos chances de dar errado. “O mercado de alimentação é amplo, tanto com relação ao tipo de produto como aos formatos de lojas. Nas opções de menor investimento pode-se pensar desde um carrinho ambulante que venda sanduíches, su-cos ou sorvetes, por exemplo, até um quiosque que ofe-reça salgados, lanches quentes, pratos mais elaborados, bebidas, doces e sobremesas”, diz Imperatore. No caso dos shoppings, ele acredita que as vantagens são o fluxo de pessoas e a maior segurança contra roubos.

O diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Ricardo Camargo, também ressalta que, antes de in-vestir, deve-se fazer um plano de negócios para verificar a rentabilidade e garantir o ponto. “Antigamente não se co-brava luvas de quiosques, mas agora alguns shoppings já adotam essa prática. É preciso fazer uma análise completa, avaliar quanto o aluguel, taxa de franquia, gastos com fun-cionários implicarão na operação do negócio”.

Custos mais baixos na montagem de um negócio

Para abrir um quiosque na área de alimentação segundo a ABF, o empresário vai desembolsar de R$50mil a R$200mil dependendo da franquia e da negociação do ponto. O tempo de retorno do investimento pode ser estimado en-tre 18 e 24 meses.“Os quiosques têm um investimento e despesas de manu-tenção menores, por não contar, por exemplo, com siste-mas de exaustão e de ar condicionado. Também por terem estoques de alimentos menores, acabam tendo menos despesas com refrigeração” aponta o sócio-diretor da Pra-xis. Segundo Ricardo Camargo da ABF, só em mão de obra a redução é de até 40% nos custos. Outra vantagem do formato é proporcionar compras mais rápidas, sem filas, além de, estimular as vendas por impul-so. Nas ruas, eles têm visibilidade maior do que as lojas. Nos shoppings atraem clientes em função da acessibilida-de e visibilidade em 360 graus. Isso tende a promover um desempenho melhor que uma loja convencional. As por-tas, normalmente, criam barreiras e só entra quem real-mente está à procura de algum produto específico.Embora tenham inúmeras vantagens “é preciso tomar cui-dado com a localização dentro do shopping e as condições estabelecidas no contrato”, adverte Imperatore. Pela visi-bilidade que proporcionam ao negócio, com fachada vista por quatro ângulos, os quiosques pagam mais caro pelo metro quadrado ocupado e o custo do aluguel só sai mais baixo devido ao seu tamanho. Em geralmente têm uma área de 3m a 16m .“O ideal é que o franqueador ajude na negociação com o shopping, pois eles têm mais força como marca do que o franqueado. Além disso, os shoppings têm a tendência de querer fazer contratos de curto prazo, de um a dois anos. Isso para franquias não é bom. Neste prazo não é possí-vel ter retorno do capital investido”, orienta o diretor da ABF. Ele diz que o empresário precisa conferir se período

acordado para o aluguel do ponto está em sintonia com o plano de negócios da franquia. para que ele não corra o risco de não ter tempo de recuperar o valor investido. “É fundamental que se tente fazer contratos com mais de quatro anos”.Na escolha do ponto, as próprias franquias já têm um es-tudo completo dos locais ideais, com contagem de público e perfil do público na região. A Yoguland, especializada em Frozen Yogurt, que hoje está com 32 lojas em operação no país, sendo quatro delas em formato de quiosques, pro-cura dar todo o apoio ao franqueado na implantação do negócio. “Fazemos a análise do ambiente para verificar se tem o fluxo necessário e se o público é potencial consumi-dor do nosso produto. Ajudamos também na negociação dos valores de aluguéis, pois como temos mais experiên-cia, sabemos se o estipulado é viável ou não. Além disso, a marca tem mais força do que o franqueado sozinho nessa negociação”, conta Rafael Luis Alonso Soares, sócio-pro-prietário da Yoguland.Os irmãos paulistas Danilo e Diego de Oliveira investiram R$150 mil para abrir um quiosque da Yoguland e estão entusiasmados com o novo negócio. Danilo, que era ge-rente da franquia em Florianópolis, voltou para São Paulo para abrir um quiosque de shopping em Itu. “Venderam uma casa que era do pai e nós ajudamos na negociação de empréstimo no banco para que, de nosso funcionário se tornasse um franqueado”, conta Rafael. O quiosque foi inaugurado em março deste ano e os em-presários já avaliam que foi um bom negócio. “O nosso faturamento não fica muito aquém das lojas, se levar em consideração que temos apenas dois sabores, enquanto nas lojas são 12 e o nosso espaço é bem menor. Até agora o resultado tem sido muito bom e acreditamos que em 12 meses teremos retorno do investimento”, assegura Diego de Oliveira.

Quiosques - opção vantajosa para investir em uma franquia

Segundo Luis Gustavo, é preciso tomar cuidado com a avaliação de riscos envolvidos em qualquer tipo de negócio.

Os irmãos paulistas Danilo e Diego de Oliveira investiram R$150 mil para abrir um quiosque e acreditam que em 12 meses terão retorno do investimento.

Rafael Soares, sócio da Yoguland

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padaria padaria

Os sanduíches se destacam não mais apenas pela praticidade e conveniência, e conquistam os clientes também pelo sabor e sofisticação. Tanto para quem confecciona quanto para quem o consome, ele tem lugar garantido à boa mesa. Desde que bem elabora-do, é bem-vindo a qualquer hora.

A iguaria ganha, cada vez mais, o mercado e tem se tornado um dos segmentos com mais lucros no ramo da alimentação. Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Franchising - ABF em 2010, em parceria com a ECD, consultoria especializada em food servi-ce, afirma que, em participação no faturamento, o

História – Atribui-se a invenção do sanduíche a Fourth Earl of Sandwich (Conde de Sandwich), ou apenas John Montagu (1718 – 1792), um lorde inglês fissurado em jogos de cartas que certa noite, enquanto participava de mais uma de suas rodadas de carteado, pediu para um de seus criados algo para comer que fosse “simples e rápido”, pois não queria abandonar o jogo.

Assim, o empregado pegou dois pedaços de pão e colocou pedaços de presunto no meio. O lorde ado-tou a novidade, e a partir de então, suas refeições noturnas passaram a ser o tal lanche. O sucesso foi grande, tanto que seus parceiros de cartas começaram a pedir “um igual ao do Sandwich”, daí surgiu o nome do lanche que já tem mais de dois séculos de história.

segmento de sanduíches lidera as franquias de ali-mentação com 69,8%, por isso, é considerado o setor mais expressivo.Outra informação relevante foi o fato de, em março deste ano, a rede americana Subway ter ultrapassa-do o McDonald’s em número de lojas, sendo a maior rede de fast food do mundo.Somado aos números expressivos do mercado, os sanduíches são uma alimentação saudável, de valor agregado e, pela praticidade na produção, suprem a carência por mão de obra qualificada. Com apenas quatro tipos de pães, os restaurantes podem dispor de maior variedade, mais combina-ções e a possibilidade de incrementar ainda mais as receitas, sem perder a elegância e o toque gourmet. E, o mais importante, oferecer ao cliente mais op-ções no cardápio.A tendência são os sanduíches ligths e funcionais que se destacam por suas propriedades nutritivas e contém elementos que cujo consumo diário, em uma dieta balanceada, contribui para melhorar a saúde e bem-estar. Além disso, segundo pesquisas, podem prevenir problemas doenças. É possível elaborar re-ceitas leves com linhaça e soja, por exemplo. O mercado de alimentos funcionais industrializados tem crescido muito nos últimos anos. Em 2000, já apresentava um potencial de vendas de cerca de US$ 70 bilhões/ano, em todo mundo todo. Só no Japão já existem cerca de 200 tipos diferentes de alimen-tos funcionais. Além disso, países europeus e norte-americanos apresentam, a cada dia, novidades nesse segmento. No Brasil, o mercado é novo, mas está em constante crescimento.Os sanduíches ganharam um toque sofisticado feito com variados tipos de pães artesanais que podem ser oferecidos pelas padarias e que atendem ao consu-

midor diferenciado, ávido por novidade em sabores. Podem, ainda, ser uma excelente opção de couvert. Mais uma vez, é o momento da criatividade do chef sobressair na hora de criar combinações e apresenta-ções de ‘dar água na boca’. As diversas receitas existentes combinam delícias que podem ser consumidas quentes ou frias, incluindo os lanches tradicionais como hambúrguer, filé de fran-go ou filé mignon, passando pelos vegetarianos até os mais elaborados, como os servidos com pão folha, ciabatta, baguete ou integral. Os recheios podem ter mussarela de búfala, tomate seco, rúcula, presunto cru, queijo cottage, salmão, alcaparras, espinafre, carne seca, shiitake e shimeji, presunto de Parma, salmão defumado, carpaccio, atum, peito de peru, dentre outros. Lembrando que quanto mais original melhor. E para acompanhar os sanduíches, que tal milk-shake?Os vinhos também são ótimos acompanhantes dos sanduíches. O “Estudo de Harmonização entre o Pão e o Vinho” produzido pelo Instituto Tecnológico ITPC em um convênio de ações com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria – ABIP e o Sebrae, citado em outro artigo da revista, traz várias combinações do tipo.A verdade é que com ingredientes de excelentes qua-lidade e dignos de pratos principais, os sanduíches fi-nos conquistam espaço no cardápio dos restaurantes brasileiros.

Texto produzido por Priscila OliveirJornalista do Instituto Tecnológico ITPC

(MTE 0011275/MG) Fontes de pesquisa:

Memes Gestão, G1, Vida Light e Todo Saúde.

Sanduíches saborosos, sofisticados e rápidos

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Considerada um dos principais pólos de gastronomia do país, São Paulo tem de tudo para todos os gostos, desde o mais simples “prato feito”, o famoso PF, até as mais requintadas tendências da cozinha internacional. Em São Paulo se preparam as melhores pizzas do mundo; são feitos sushis e sashimis dignos de fazer inveja aos melhores restaurantes de Tóquio e as churrascarias são tão boas quanto as da Argentina. A capital paulista aprendeu rápido a cozinhar, criou personalidade própria e, sem dúvida alguma, é o lugar aonde se tem a maior

diversidade gastronômica no Brasil.Uma cidade que pulsa 24 horas por dia, São Paulo tem grande vocação para o turismo de negócios. Conforme levantado pelo projeto Caminhos do Sabor – a união faz o destino, desenvolvido pela Abrasel, em parceria com o Ministério do Turismo e Sebrae, 68% dos visitantes vão para lá a trabalho. O composto turístico deste destino traz além dos negócios, inúmeras atrações culturais e históricas e a gastronomia local, sendo que, esta última, segundo os entrevistados pelo projeto, tem forte

São Paulo – a capital gastronômica do Brasil

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potencial de atratividade para a cidade. São comuns as referências aos bares, restaurantes e à vida noturna como excelentes alternativas de lazer que despertam a atenção dos visitantes. O setor de alimentação fora do lar é considerado também um segmento muito importante para a economia local, principalmente por ser uma forte fonte de renda e emprego.Embora tenha esse papel fundamental de atratividade para São Paulo, a gastronomia não apresenta indícios de uma identidade culinária vinculada à cidade. O virado a paulista e as pizzas foram os pratos mais lembrados pelos visitantes e moradores locais. A informação sobre as tradições alimentares de São Paulo, de maneira incomum, se propaga por meio de um pacote complexo de canais de comunicação. Dos turistas entrevistados, 55% disseram que se informam sobre a comida do lugar especialmente a partir de conversa com familiares ou amigos, o que deixa claro que as empresas do setor devem empenhar esforços visando estruturar sua comunicação por meio de guias, publicações e internet. Os dados levantados pelo Caminhos do Sabor sugerem ainda que, a marca gastronômica da cidade demanda melhor gerenciamento e precisa ser destacada na estratégia oficial de promoção deste destino. “Dentro do que pudemos avaliar com a realização deste projeto, que foi pioneiro para a cidade, percebemos a necessidade de estimular o desenvolvimento de pólos e roteiros gastronômicos. Como São Paulo é uma cidade muito grande, isto seria positivo não só como forma de divulgar melhor a gastronomia e facilitar o acesso ao público, como também de organizar o setor e o convívio dos estabelecimentos com a vizinhança”, diz o vice-presidente da Abrasel-SP, Ricardo Bartoli, que na época do desenvolvimento do projeto presidia a entidade.Como o turismo é uma atividade percebida como de alta importância dentro da matriz econômica deste destino por toda a comunidade local, dentro do Plano de Ações definido pelo Caminhos do Sabor, levantou-se também a necessidade de reforçar a representação do setor de alimentação fora do lar no Conselho Municipal de Turismo de São Paulo (Comtur). Outro ponto de destaque será a formulação de propostas para a SPTuris visando o desenvolvimento e a inclusão de políticas públicas

voltadas para este setor no Plano Municipal de Turismo.A questão da qualificação e profissionalização do atendimento nas empresas do setor de alimentação fora do lar também foi definida como ação prioritária pelos participantes do projeto. Foi apontado como primordial o treinamento constante das equipes de trabalho nas empresas do setor com a realização de cursos para qualificação em técnicas de atendimento, multiplicação do conhecimento e normas de segurança dos alimentos (RDC 216) para empresários, gestores e funcionários do segmento. “Quando se fala em treinamento, geralmente os gestores têm certa resistência em quebrar paradigmas. E foi muito gratificante perceber que eles se surpreenderam com o que foi apresentado pelo Caminhos do Sabor, especialmente com relação à gestão administrativa das empresas. O material didático oferecido pelo projeto é muito bem feito e traz todas as informações necessárias para trabalhar a competitividade dos estabelecimentos, além de orientá-los para que possam atuar dentro das normas exigidas pelos órgãos de fiscalização, incluindo aqui a Anvisa”, garante a nutricionista e consultora do projeto, Luciana Di Fiori Busin.Segundo o gerente do Mortadela Brasil, Arthur Júnior, que participou de todos os treinamentos, os cursos são de uma motivação enorme, os consultores muito capacitados e o conteúdo trabalhado foi importante para melhorar o atendimento oferecido pela empresa na qual trabalha. “Somos 24 colaboradores no Mortadela e hoje atuo como multiplicador dos conhecimentos adquiridos no Caminhos do Sabor para os outros profissionais que não puderam participar. Já conseguimos colocar em prática muitos conceitos que foram trabalhados pelo projeto e fez uma diferença enorme na produtividade e no atendimento ao nosso cliente. Ficamos muito satisfeitos”.São Paulo foi uma das últimas cidades a concluir o projeto Caminhos do Sabor que aconteceu no período de 15/04/2010 a 15/04/2011. Por sua enorme dimensão, cinco consultores do projeto atuaram neste destino, e os treinamentos ocorreram em três regiões distintas, para poder atender um maior número de empresas. “O projeto foi um sucesso e contou a participação de 154 empresas”, conta Ricardo Bartoli.

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arquiteturaarquitetura

Charme e requinte até no banheiro

Durante muitos anos, os banheiros em estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes eram vistos pelos empresários com certo preconceito e projetados somen-te para atender às necessidades fisiológicas dos clientes. Para estes locais somente se pensava em questões relati-

vas à limpeza e praticidade. Raramente havia um cuidado especial com os banheiros no momento de fazer o proje-to arquitetônico e de decoração do restaurante.Acontece que hoje as coisas mudaram e as casas desco-briram que não basta ter uma cozinha especial, com pra-

tos saborosos, o ambiente e os serviços também contam muito e neste contexto, o banheiro pode ser uma atração à parte. Os investimentos para fazer deste um espaço agra-dável e com estilo próprio têm sido cada vez mais frequen-tes e nessa nova tendência, a criatividade dos proprietários e arquitetos é um ingrediente que faz a diferença.Sofisticados, cheios de charme, engraçados ou criativos, o certo é que o banheiro passou a ser um diferencial, tanto que este espaço é hoje critério de avaliação até em festivais de gastronomia, que promovem concursos como, por exem-plo, o “Arte no Banheiro” projeto que convida e seleciona artistas para criarem instalações nos banheiros dos bares participantes do “Comida di Buteco”, em Minas Gerais.Independente de materiais e estilos, o novo status do banheiro em bares e restaurantes pede mais do que fun-cionalidade e praticidade. Beleza e conforto são conside-rados requisitos fundamentais. Se causar impacto, des-pertar sensações ou provocar os sentidos, melhor ainda. Tanto que os fabricantes de materiais para este ambiente não medem esforços para, a cada ano, lançar novidades em torneiras, pias, bacias e acabamentos, o que dá aos arquitetos grande diversidade em seus projetos.

Para mostrar como os bares e restaurantes em todo o país têm trabalhado a arquitetura de seus banheiros, ini-ciamos nesta edição, em parceria com a Melhoramentos Papéis, uma série de reportagens nas quais mostraremos não só a beleza e estética desses espaços em diversos es-tabelecimentos, como trataremos também de conceitos e normas sanitárias que devem ser observadas pelo pro-jeto arquitetônico destes ambientes. O fotógrafo Attílio Leone foi convidado pela Melhora-mentos, empresa que trabalha com a venda de pro-dutos higiênicos, para captar as imagens de banheiros peculiares e contar um pouco da história de quem está por trás do sucesso das casas e da concepção dos espa-ços. Leone coletou imagens de 106 bares, restaurantes e botecos badalados, agrupando-as no livro “Banheiros e Personalidades”. A Revista Bares & Restaurantes irá mostrar alguns deles em suas edições. Durante quatro meses na estrada com sua equipe, passando por 18 ci-dades, Leone conseguiu reunir fotos e histórias de 56 profissionais de gastronomia, entre proprietários, gar-çons, chefs e sommeliers, para a terceira publicação com esta temática.

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arquitetura

“Essa é a terceira edição do livro que retrata banheiros, mas cada um deles tem um espírito diferente. Nesse caso, o objetivo era retratar belos banheiros, mas, além disso, falar do espaço e descobrir histórias interessantes sobre a vida dos profissionais do lugar. A ideia de huma-nizar o livro surgiu durante um almoço da equipe”, disse o fotógrafo ao G1.

De acordo com o diretor comercial da Melhoramentos, Eucário Cantanhede, o livro surgiu para conferir o mere-cido glamour ao tema. Para a empresa, já ultrapassamos a fase de criar banheiros higiênicos. “O que manda agora é a estética aliada à funcionalidade. Estes lugares expres-sam a cultura de um restaurante e a ideia que o dono quer vender”.Conheça a seguir alguns dos banheiros que fizeram parte dessa publicação.

Villa Miranda – Campinas (SP)

Um ambiente cheio de palmeiras e praias retrata o clima agradável de lugares famosos como a praia de Copaca-bana no Rio de Janeiro. O banheiro desse bar tem um ar moderno e acompanha a temática reproduzindo o piso do calçadão na parede onde se localizam as pias. “Não tenho um banheiro preferido, mas esse me chamou bas-tante a atenção porque a parede repete o piso externo do local. Dá um impacto muito bacana porque traz a área externa para um ambiente íntimo do bar”, disse Leone em entrevista ao G1

Porcão Rio’s – Rio de Janeiro (RJ)

No Rio de Janeiro, o Porcão Rio´s, uma tradicional chur-rascaria da região, conta com um banheiro descontraído e colorido. O ambiente retrata o perfil e a elegante deco-

ração do restaurante, que tem uma charmosa vista para a Baía de Guanabara e para o Pão de Açúcar tornando mais agradável ainda o banquete de carnes, pescados, saladas e frutos do mar que é oferecido pela casa.

Totopos – Curitiba (PR)

O restaurante Totopos é climatizado, aconchegante, tem estilo colonial mexicano e decoração pré-colombiana. O banheiro do restaurante segue a mesma linha colorida e colonial da decoração da casa. O estilo lembra os aste-cas, “povo pré-colombiano que adorava comer bem”. Daí também o nome do restaurante, totopos, um prato típico do México.

Crepê Royale – Brasília (DF)

Com um estilo mais tradicional do que os encontrados em outros restaurantes pelo país, o banheiro do Crêpe Royale, em Brasília, reflete a delicadeza do lugar. A arqui-tetura tem estilo provençal, com muita madeira e jane-las amplas O ambiente é rústico, iluminado por velas e busca reproduzir o clima das casas campestres da França, usando na decoração muitos objetos antigos e gravuras trazidas deste país.

Schneider - São Leopoldo (RS)

O banheiro da churrascaria Schneider, em São Leopoldo (RS), segue o tom sofisticado do restaurante que, além da tradicional picanha e de carnes exóticas como ovelha, javali e avestruz, serve frutos do mar, peixes e camarões às sextas e sábados.

Na próxima edição vamos falar um pouco sobre normas técnicas e sanitárias que devem ser observadas na cons-trução de banheiros em bares e restaurantes e mostrar outros exemplos desses ambientes que fazem parte da publicação produzida pela Melhoramentos.

8180Bares & restaurantes julho/agosto | 2011 www.revistaBareserestaurantes.com.br Bares & restaurantes julho/agosto | 2011 www.revistaBareserestaurantes.com.br

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BAR OU ACADEMIA?

Uma dúvida danadaInvade meu dia-a-diaProcuro uma academiaOu será melhor um bar?Os dois eu vou procurarMas só um vou escolherEu não posso é padecerÉ muita tribulaçãoEstresse, angustia, afliçãoAssim não posso viver. Bar ou AcademiaUm dos dois vou freqüentarO mais fácil de encontrarNão quero dificuldadeQuem der mais facilidadeE fizer menor exigênciaVai ter minha preferênciaJá tomei uma decisãoVou cuidar do coraçãoE melhorar a convivência. Eu quero um lugar legalEu quero um bom ambienteCom gente alegre e contenteSem cara feia ou suandoPegando peso ou bufandoComo se quisesse brigarEu quero sorrir, brincarFestejar meu dia a diaEscolho uma academiaOu será melhor um bar? Amizades simples, sincerasEu vou querer conquistarE aí sim vou desfrutarentos de prazer

De momentos de prazerEu quero é me envolverExtravasar minha alegriaOuvir uma bela melodiaCurtir o fútil, o banalQual será o melhor localO bar ou a academia? Acho que não vou pra academiaCorrer sem sair do lugarEsqueça, não vou montarEm bicicleta sem rodaRolar no chão, pular cordaMalhar, ter corpo saradoPagar pra ficar cansado?Eu quero é cerveja geladaComida bem temperadaPois só o excesso é pecado. Eu vou é pra mesa de um barLá não fico contundidoCom o joelho doídoOu até com tendiniteAcademia é pra elitePra quem quer aparecerParecer bonito sem serO bar é democraciaConvivência, harmoniaA razão do bem viver. Acredito ser o barCurativo, anti-estresseE o corpo é quem padeceSe a alma não for lavadaCom uma cerveja geladaOu uma boa cachaçaUm vinho numa bela taçaMas, me deixe perguntar...Se não existisse barA vida teria graça? Por Celso Cruz

82BAREs & REstAURAntEs JUlhO/AgOStO | 2011 www.REvIstABAREsEREstAURAntEs.COM.BR

Café e a Conta

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Entre todosos valores que existem, um é inegociável:

A Souza Cruz acredita na liberdade de expressão,

como fundamento essencial da livre-concorrência

entre as empresas que trabalham com produtos legais,

e na liberdade de seus consumidores adultos para fazer

suas escolhas livremente. Uma grande empresa não

é só medida por seus números, mas também por seus ideais.

Valorizar e praticar princípios como livre-iniciativa,

livre-concorrência, livre-arbítrio, livre-expressão é o que

faz uma empresa ser grande. Não importa o tamanho que tenha.

É nisso que acreditamos. É isso que fazemos há 108 anos.

berdadeLi