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IBGE DGC - DEPARTAMENTO DE CARTOGRAFIA bCIMd - Base Cartográfica Integrada do Brasil ao Milionésimo Digital bCIMd_3EXECUÃ+O 27/07/16 1 BASE CARTOGRÁFICA INTEGRADA DO BRASIL AO MILIONÉSIMO DIGITAL “bCIMd” METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO Documentação Versão 1.0 Rio de Janeiro 2003

BASE CARTOGRÁFICA DIGITAL INTEGRADA DO BRASIL AO … · IBGE DGC - DEPARTAMENTO DE CARTOGRAFIA bCIMd - Base Cartográfica Integrada do Brasil ao Milionésimo Digital bCIMd_3EXECUÃ+O

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bCIMd - Base Cartográfica Integrada do Brasil ao Milionésimo Digital

bCIMd_3EXECUÃ+O 27/07/16 1

BASE CARTOGRÁFICA INTEGRADA DO BRASIL AO

MILIONÉSIMO DIGITAL “bCIMd”

METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO E

EXECUÇÃO

Documentação Versão 1.0

Rio de Janeiro 2003

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APRESENTAÇÃO

No início deste novo milênio, indelevelmente marcado pelos avanços tecnológicos, que prenunciam importantes realizações para o País, a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE, dedica todo seu empenho em oferecer os subsídios da pesquisa e da documentação geográfica e cartográfica, necessários ao planejamento e execução dos

programas do desenvolvimento brasileiro. A Base Cartográfica Digital Integrada do Brasil ao Milionésimo - bCIMd - constitui elemento de fundamental importância para a caracterização do território nacional, a avaliação de suas riquezas naturais, o planejamento de seu desenvolvimento e o estudo de suas potencialidades. O conjunto de 46 folhas impressas da Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo - CIM - convertido para o meio digital e reunido em uma Base Cartográfica Digital Integrada, facilita uma visão de conjunto dos grandes programas passíveis de realização e uma apreciação mais segura dos elementos geográficos necessários ao planejamento e à gestão territorial. Representa, ainda, a participação do País na congregação do esforço de todas as Nações, para a implementação das diretrizes da Agenda 21 e a visualização dos aspectos gerais e globais através de feições básicas, padronizadas e uniformes do território brasileiro. A Carta do Brasil ao Milionésimo, teve sua primeira edição em 1922, a cargo do Clube de Engenharia e sob a direção de Paulo de Frontin, por ocasião do Centenário da nossa Independência. Desde a criação do então Conselho Nacional de Geografia, em 1937, a atualização da Carta do Brasil ao Milionésimo não foi descurada. A coletânea de 46 folhas, em papel, que retrata o País na escala de 1:1 000 000, atualizada e reeditada em 1998, encontra-se à disposição de técnicos e administradores. As alterações contínuas da paisagem do espaço brasileiro, que correspondem ao dinamismo do seu desenvolvimento social e econômico, fizeram com que várias dessas folhas tivessem que ser sucessivamente atualizadas e reeditadas. Em função dos avanços da Tecnologia da Informação, em particular na Cartografia, foi possível obter-se uma nova edição em formato digital com melhores resultados quanto à precisão e à apresentação. A Base Cartográfica Integrada do Brasil ao Milionésimo Digital - bCIMd, composta a partir da conversão do conjunto de 46 folhas CIM para o formato digital, constitui uma das incumbências do IBGE, dentro de sua programação institucional e um produto de ampla importância para disseminação de informações no mercado nacional e internacional. Esta não é apenas mais uma nova edição de um produto existente. Trata-se, certamente, de um fato mais significativo. O que está sendo oferecido aos usuários é a imagem geográfica, em meio digital, desta nação que, embarcando na evolução tecnológica, vem se empenhando na sua emancipação econômica e tecnológica, o que não deve ser encarado como um simples episódio histórico mas como uma permanente conquista, já que a independência implica em incansável esforço e contínuo trabalho em prol da sua manutenção e preservação.

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Presidente EDUARDO PEREIRA NUNES Diretor de Geociências GUIDO GELLI Chefe do CCAR MOEMA JOSÉ DE CARVALHO AUGUSTO Coordenação do Projeto ANNA LUCIA BARRETO DE FREITAS CLAUDIO JOÃO BARRETO DOS SANTOS PAULO TREZENA CHRISTINO Equipe Técnica AZARIAS DE AQUINO NETO CÉLIA REGINA FERNANDES VIANNA CLARICE FERNANDA RIBEIRO DA CAL DENISE TORRES BAPTISTA VON RANDOW JOSÉ ANGELO MARTINS GOMES LEILA SANDRA TERRA ESPERANDIO DE SÁ MARCIA REGINA GAGO DE OLIVEIRA MARILENA BATISTA DE ABREU NEOMERLIN DE SOUZA RAFAEL SILVA DE BARROS RENATA CURI DE MOURA ESTEVÃO RINALDO DA COSTA MENEZES ROSÂNGELA MARQUES FELIX SONIA DO NASCIMENTO SULAMITA BARRETO OLIVEIRA TERESA CRISTINA VEIGA

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SUMÁRIO A documentação referente ao processo de elaboração da Base Cartográfica Digital Integrada do Brasil ao Milionésimo – bCIMd, está estruturada da seguinte forma: 1 - APRESENTAÇÃO

Apresenta, em linhas gerais, o produto, sua composição e os objetivos de sua produção;

2 - HISTÓRICO Relata as diversas fases de produção das folhas CIM em meio analógico e a passagem dessa produção para o meio digital;

3 - METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO DO PROJETO Descrição geral dos insumos, das etapas de produção da bCIMd e dos produtos obtidos, juntamente com a relação de documentos e fontes de informação utilizados;

4 - ROTEIRO PARA UTILIZAÇÃO DA bCIMd

Descrição dos passos necessários para utilização do produto nos ambientes em que está sendo disponibilizado: Intergraph - Geomedia/Geomedia Viewer e ESRI - ArcGis Desktop/Arc-View/ArcExplorer;

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3. METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO DO PROJETO bCIMd Este módulo consiste na descrição dos insumos, metodologia de trabalho e processos ou etapas de produção utilizados nas diversas fases de desenvolvimento da base cartográfica integrada do Brasil, ao milionésimo, em formato digital, a partir do conjunto de folhas da Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo - CIM. A elaboração da Base Cartográfica Integrada do Brasil ao Milionésimo Digital - bCIMd seguiu as especificações gerais da MD v. 4 (IBGE, 1999), desenvolvida para ambiente digital Intergraph – MGE/MICROSTATION. Os procedimentos de estruturação da bCIMd se desenvolveram em três ambientes ou programas computacionais distintos, extraindo a melhor potencialidade de cada um. A descrição desses procedimentos, por ambiente, encontra-se resumida na Figura 3.1, exigindo para sua consecução, a padronização de determinadas rotinas.

Figura 3.1 – Desenvolvimento e execução do projeto bCIMd em três ambientes de produção digital distintos

As bases cartográficas, em formato vetorial, são constituídas por elementos gráficos (ponto, linha e área) definidos por suas coordenadas geográficas (Longitude e Latitude) expressas em unidades de grau. Os atributos gráficos e semânticos são armazenados em arquivo ACCESS, com extensão .mdb, nos ambientes Intergraph e em formato shape, no ambiente ArcGis. 3.1 PRODUÇÃO EM AMBIENTE INTERGRAPH – MGE/MICROSTATION Este tópico relata os procedimentos de produção dos arquivos vetoriais digitais, referentes às folhas CIM, em ambiente Intergraph-MGE, bem como as informações técnicas concernentes. Os diversos arquivos que compõem cada folha, são formados por classes de elementos (pontos, linhas, áreas ou “area boundary e centroid”) definidos na MTD por categoria de informação, conforme estruturação do ambiente Intergraph – MGE/MICROSTATION, aos quais estão associados diversos atributos gráficos e semânticos.

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A partir das 46 folhas impressas da Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo – CIM, com seus respectivos encartes, foram geradas 52 Bases Cartográficas Digitais, correspondentes aos recortes cartográficos do SCN, na projeção Cônica Conforme de Lambert. Os procedimentos ou etapas do processo de migração das folhas impressas para o de arquivos digitais, assim como a composição de uma Base Cartográfica Integrada Digital, gerada a partir da junção das 52 “folhas”, representadas por esses arquivos, utilizando para tal o Sistema de Coordenadas Geográficas, não projetado, estão descritos nos tópicos a seguir. 3.1.1 AQUISIÇÃO/RASTERIZAÇÃO A conversão automatizada dos fotolitos originais para o ambiente digital foi efetuada através de digitalização via “scanner” (rasterização) criando uma base de arquivos digitais “raster”, para cada folha, composta de 4 arquivos correspondentes aos originais azul, vermelho, ciano e preto. 3.1.2 GEORREFERENCIAMENTO O georeferenciamento dos arquivos foi feito através do posicionamento dos cantos das folha de acordo com as coordenadas geográficas (latitude e longitude) que os representam. Ao longo do desenvolvimento do projeto foi necessário homogeneizar os referenciais geodésicos e cartográficos, utilizando os seguintes parâmetros:

Projeção original das folhas da Carta: Conforme Cônica de Lambert Recorte cartográfico: 6º x 4º Projeção de trabalho: Sistema de Coordenadas Geográficas (não projetado) Projeção de visualização da Base Integrada: Policônica Projeção para o cálculo de áreas: Equivalente de Albers (Albers Equal Area) Referencial Original: Córrego Alegre Referencial Geodésico utilizado: SAD 69

3.1.3 VETORIZAÇÃO O processo de vetorização semi-automática, foi aplicado utilizando as especificações técnicas do manual de vetorização (IBGE, 1999a e 199b).

A individualização dos diversos elementos constantes das folhas da Carta, utilizou como base a estrutura das informações da Mapoteca Digital – MD v.4 (em revisão), adaptada à escala de 1:1.000.000 (IBGE, sem data) cujas especificações subsidiam a elaboração dos produtos cartográficos nas escalas de 1:25 000 a 1:250 000. As categorias de informação que agregam os elementos representado nas folhas CIM, de acordo com a adaptação da MD v.4 foram: HD – Hidrografia HP – Hipsografia LC – Localidades LM – Limites OE – Obras e Edificações ST – Sistema de Transporte VG – Vegetação (considerando para essa escala, apenas os elementos Mangue e Brejo) 3.1.4 AVALIAÇÃO DA VETORIZAÇÃO

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A primeira verificação da vetorização semi-automática, com base na estrutura da MD v.4, avaliou apenas a consistência dos elementos vetorizados, em relação a sua existência nos arquivos raster, a continuidade desses elementos dentro dos arquivos representativos de cada folha, bem como seu relacionamento em termos de topologia. 3.1.5 LIGAÇÃO DAS FOLHAS O procedimento seguinte foi ligar os elementos lineares e poligonais que ultrapassavam os limites das folhas e verificar a consistência cartográfica das categorias de informação intra e inter folhas. Para tanto, todos os arquivos foram convertidos para o Sistema de Coordenadas Geográficas, não projetado. Cada folha foi justaposta às 4 vizinhas e os elementos que ultrapassavam as bordas foram editados, garantindo sua continuidade. A seguir, os arquivos foram reconvertidos à Projeção Conforme de Lambert, original, para viabilizar os procedimentos de avaliação e correção folha a folha. 3.1.6 VALIDAÇÃO CARTOGRÁFICA A seguir, foi feita a verificação da consistência cartográfica dos elementos das categorias de informação, seguindo os procedimentos do Manual Técnico de Validação (IBGE,2000), por nível, cor, estilo peso. Para avaliação da consistência cartográfica, os valores de tolerância utilizados, de 250,00 m ou 0,250 km, foram os recomendados pelo Padrão de Exatidão Cartográfica – PEC (IBGE,2003) admitindo para a escala de 1:1 000 000 um erro médio igual 500,00 m. A transferência de referencial de Córrego Alegre para SAD 69 foi feita utilizando o aplicativo MSPM, módulo do ambiente de trabalho Intergraph – MGE/MICROSTATION. 3.1.7 VALIDAÇÃO TOPOLÓGICA A validação da estrutura topológica da base visa garantir a sua utilização em SIG, eliminando linhas duplicadas e elementos gráficos excedentes. Foi verificada, também, a existência de nós abertos para garantir o fechamento de polígonos e a perfeita conectividade de elementos lineares. 3.1.8 PREPARO DO AMBIENTE GRÁFICO PARA CARGA DE ATRIBUTOS NO BANCO DE

DADOS Os arquivos gráficos foram preparados, através da diferenciação dos elementos de um mesmo nível, pela atribuição de cor, estilo e peso diferenciados, possibilitando, assim, sua codificação e o cadastramento desses elementos no banco de dados. Foram revisados e utilizados, em alguns casos, os topônimos existentes (nomes, siglas) para facilitar esse preparo. Em seguida a esse preparo e à codificação dos elementos foi feito o preparo dos elementos para carga dos atributos individuais. 3.1.9 CARGA DE ATRIBUTOS NO BANCO DE DADOS O banco de dados foi estruturado, de acordo com as especificações da Mapoteca Digital v.4 (IBGE, 1999) para ambinete Intergraph – MGE/MICROSTATION com banco de dados ACCESS.

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A padronização das categorias e elementos, com a complementação da informação e a ligação com um banco de dados, por folha requer a qualificação desses elementos pelos seus atributos comuns e individuais. É feita primeiro a pré-codificação dos elementos por categoria. Paralelamente, são elaborados arquivos de rotinas (.bat), para codificar esses elementos, facilitando, depois, a carga dos atributos, primeiro os comuns a todos os elementos da categoria, e depois os individuais, utilizando também arquivos .bat. 3.1.10 CONTROLE DE QUALIDADE–CQ Todos os arquivos foram submetidos a um controle de qualidade, onde se checou a consistência das informações também entre arquivos adequando, por exemplo, as linhas dos limites político-administrativos aos eixos dos Rios que fazem divisa entre UFs. As inconsistências foram assinaladas nos arquivos gráficos, anotadas em tabelas e posteriormente verificadas e corrigidas. 3.1.11 VERIFICAÇÃO/REVISÃO CARTOGRÁFICA E DO BANCO DE DADOS O objetivo desta etapa foi verificar a consistência das categorias de informação, por folha, para possibilitar a criação da base integrada. Nesta etapa se verificou a impossibilidade de integrar alguns elementos em uma base única no ambiente Intergraph – MGE devido ao volume que teriam os arquivos resultantes dessa integração e às limitações do software. Foi necessário reprogramar os procedimentos para a conversão do projeto para o ambiente Intergraph - Geomedia. Os elementos lineares e pontuais foram convertidos diretamente, sem necessidade de alteração do arquivo gráfico. Os elementos poligonais, no entanto, compostos de “área boundary” e “centróid” tiveram que ser “complexados”, após preparo prévio, por folha, antes de serem exportados para o ambiente Geomedia. 3.1.12 MONTAGEM DA BASE INTEGRADA Depois de convertidos para o ambiente Geomedia, os arquivos referentes às folhas foram integrados por categoria e, em alguns casos, por limitação de tamanho de arquivos do banco de dados ACCESS, por classe de elemento. Os elementos de cada categoria foram conferidos utilizando, quando necessário, documentação existente, atualizada de outros órgãos como, por exemplo: – Rodovias Federais (Ministério dos Transportes – BIT, 1999 e 2003); – Aeroportos (Ministério da Aeronáutica – ROTAER); – Cidades e Vilas (IBGE, Censo 2000); – Ilhas Oceânicas (Diretoria de Hidrografia e Navegação). 3.1.13 CORREÇÕES/EDIÇÕES FINAIS A bCIMd passou a ser o núcleo central do Projeto, de onde serão derivados os demais produtos. As correções e edições finais, necessárias para a conclusão do produto, serão sempre efetuadas na base integrada, mantendo assim, na elaboração dos produtos derivados, atualização e homogeneidade. Serão executados na próxima etapa, os recortes das folhas, reconvertidas, posteriormente, para o formato .dgn (Intergraph-MGE) e projeção Cônica Conforme de Lamber, para editoração.

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3.2 AMBIENTE INTERGRAPH – GEOMEDIA A composição da base integrada do Brasil, ao Milionésimo na escala de 1:1 000 000, foi executada no ambiente Intergraph - Geomedia, pois o ambiente Intergraph - MGE/Microstation apresentou limitação quanto ao tamanho final dos arquivos. A base integrada foi composta utilizando banco de dados ACCESS, no formato de “Warehouses” (.mdb), contendo tanto os atributos gráficos quanto os semânticos. 3.2.1 MIGRAÇÃO PARA BASE INTEGRADA Os arquivos .dgn, correspondentes as folhas da Carta, associados ao banco de dados, foram trabalhados no Sistema de Coordenadas Geográficas, não projetado e convertidos para o formato de “Warehouse” (.mdb), por categoria. As especificações da Mapoteca Digital v.4, para ambiente Intergraph – MGE, previam um único banco de dados abrigando todas as informações semânticas. Como foi impossível integrar as folhas para compor a base integrada nesse ambiente, migrou-se para o Geomedia. Inicialmente pensou-se em compor um banco de dados para cada categoria, mas em casos específicos como o das categorias Hidrografia e Hipsografia, não foi possível manter um banco único, devido às limitações do software ACCESS quanto ao tamanho final dos arquivos, resultando em bancos de dados por categoria e por classe de elemento. A diferença de densidade observada nos elementos que compõem a base integrada é resultante da junção de arquivos correspondentes a folhas que foram elaboradas separadamente, em épocas diversas e a partir do material existente em escalas maiores, distribuído heterogeneamente pelo território nacional. A partir da próxima versão, estão previstos procedimentos cartográficos e atualização por imagens de satélite que deverão resultar em uma maior homogeneização da base. 3.2.2 ESTRUTURAÇÃO/ORGANIZAÇÃO DO PROJETO A montagem e definição do ambiente de trabalho (Geoworkspace – GWS), requerida pelo Geomedia, foi feita no Sistema de Coordenadas Geográficas, não projetado, para o estabelecimento das conexões com os diversos recortes de folhas, porém, para o cálculo das áreas e extensões dos elementos, foi utilizada para o ambiente de trabalho, a projeção Equivalente de Albers, utilizando os parâmetros abaixo: Longitude origem -54° Latitude origem -12° Paralelo padrão 1: -2° Paralelo padrão 2: -22° 3.2.3 VALIDAÇÃO Foi necessário utilizar para a validação de algumas categorias da base integrada, como Hidrografia e Limites, computadores de melhor configuração e maior porte, além de uma versão mais aprimorada do software, Geomedia Professional, versão 5.1, que possibilita uma melhor execução das tarefas. Para cada warehouse foram feitos dois tipos de validação: de geometria e de conectividade. A validação de geometria é feita para detectar condições inválidas de geometria que possam causar problemas quando se fizer análises e consultas. Cada anomalia descoberta é identificada, no mapa (localização) e numa tabela (natureza) e corrigida individualmente. Os tipos de anomalia encontrados podem ser: pontos duplicados, “kickbacks” e “loops”, áreas abertas, buracos não contidos ou superpostos, tipos inválidos de geometria, conjuntos vazios

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de geometrias, muito poucos vértices e tipos desconhecidos de geometrias. O comando “Validate Geometry” só valida uma geometria de cada vez, e não em relação a outras feições ou elementos. Por essa razão não detecta intercessões inválidas em consultas espaciais. A validação da conectividade, por sua vez, detecta as condições causadas por digitalização inacurada. Essas condições não são necessariamente erros, mas devem ser examinadas para ver se elas necessitam ser corrigidas assegurando assim que o dado esteja limpo. Pode ser feita com uma ou duas classes de elementos ou feições, criando uma nova consulta contendo as anomalias resultantes, com base nas condições de validação selecionadas previamente.

3.2.3.1 OCORRÊNCIAS Durante o processo de edição da base integrada, foram observadas ocorrências específicas em cada tipo de elemento analisado, apresentadas, por categoria. 3.2.3.1.2 Categoria HD Foi necessário separar os elementos MASSA_DAGUA, RIO_PERMANENTE e RIO_INTERMITENTE, dos demais elementos da categoria HD, em arquivos diferentes, pois o tamanho do banco de dados, para toda a categoria, excedia a possibilidade de operação do software (ACCESS). As classes de elementos Rio Permanente e Intermitente são as mais afetadas pela diferença de densidade de representação de elementos entre folhas. Deverá ser feito um estudo de generalização para a homogeneização desses elementos de aocrdo com a resolução da escala, para a próxima edição. Com a inclusão da classe de elemento Hidrovia, em Sistema de Transporte, foi possível atualizar o campo “navegabilidade” para cursos e massas d’água, devendo, entretanto, na próxima versão, ser objeto de estudo mais aprofundado junto aos órgãos parceiros. 3.2.3.1.3 Categoria HP Considerando que as folhas analógicas apresentavam descontinuidade em algumas curvas de nível, optou-se, na formação da base integrada, por uma homogeneização das mesmas, eliminando as que não estarem completas ou presentes em todas as folhas, como por exemplo as de cota igual a 700m e 900m. A separação dos elementos da categoria HP em diferentes arquivos, por valor de cota das curvas e por classes de elementos, foi necessária para diminuir o tamanho do banco de dados da categoria e tornar o sistema mais operacional. As Serras, representadas nas folhas CIM por seu nome geográfico, configuradas na base integrada como “múltiplos pontos”, originados dos pontos de inserção desses nomes, deverão ser revistas na próxima edição. 3.2.3.1.1. Categoria LC O banco de dados da categoria Localidade foi separado em classes de elementos pontuais distintos, para atender à demanda dos usuários, utilizando a subdivisão do IBGE e acrescentando os geocódigos, quando pertinente, permitindo assim, a associação desses elementos a atributos estatísticos.

CAPITAL_FEDERAL CAPITAL_ESTADUAL CIDADE VILA POVOADO

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NÚCLEO ALDEIA_INDIGENA OUTRAS_LOCALIDADES

Embora existentes em todo o território, estão representados nessa primeira versão, apenas os NÚCLEOS que constavam nas folhas impressas. A atualização dos mesmos será feita juntamente com a compatibilização da Malha Municipal, para próxima versão. 3.2.3.1.1. Categoria LM Foi necessário compatibilizar os polígonos e linhas representativos dos limites de UFs, com as feições da hidrografia., o que demandou uma carga grande de edição de elementos. As áreas foram recalculadas na Projeção Equivalente de Albers. As Áreas Especiais (IBAMA) e Terras Indígenas (FUNAI) foram adaptadas à bCIMd a partir de documentação digital existente, obtida por digitalização manual em escalas maiores, podendo apresentar alguma inconsistência e devendo ser objeto de verificação junto ao órgão parceiro. As Áreas Especiais foram desmembradas em diferentes classes do objeto (Áreas Especiais, de Parque e de Reserva), para facilitar sua manipulação e carga do banco de dados.

As áreas (em km2) relativas aos polígonos representativos dos Limites Político Administrativos

das UFs, não são as áreas calculadas pelo software, mas sim as áreas definidas oficialmente pelo IBGE para as áreas territoriais dos Estados Brasileiros (UFs), constantes da resolução nº 05 de 10/10/2002 (publicada no Diário Oficial da União Nº 198 - Seção 1, de 11/10/2002, p. 48 à 65, Art. 1º) segundo o quadro territorial vigente em 01/01/2001. As áreas das ilhas de Trindade e Martins Vaz, segundo a R.PR-5/02, estão incorporadas ao município de Vitória (ES) conforme lei municipal. O arquipélago de Fernando de Noronha pertence Pernambuco. O conjunto de ilhas do Atol das Rocas e de São Pedro e São Paulo, pertencem à União. No arquivo de Limites Político Administrativos (UFs) foram consideradas as áreas conforme resolução acima citada. Nessa base, porém, não constam as áreas entre os estados do Maranhão e Ceará, ainda consideradas de litígio, que foram embutidas nos mapas municipais, para permitir a realização dos levantamentos populacionais pertinentes ao Censo de 2000. Os valores das áreas de litígio informadas foram calculados com base na Malha Municipal de1997, conforme consta do Diário Oficial da União nº 163 de 26/08/1997, resolução nº 24 de 25/07/1997, que dispõe sobre as áreas dos estados e Municípios. Foi incluída na classe de elementos LINHAS DE LIMITE, a linha de limite considerada como de litígio entre os estados do Acre e do Amazonas, cujas coordenadas dos marcos, constam do Acordão exarado pelo STF (Ação nr. 415-2 de 04/12/96). A nova linha de limite se materializará pela interligação desses marcos, no entanto as novas áreas deverão ainda ser objeto de cálculo, por isso manteve-se para as UFs a mesma área considerada para o Censo 2000. As áreas relativas aos países limítrofes foram extraídas do documento eletrônico “The World Factbook” acessível via Internet pelo endereço http://www.odci.gov/cia/publication/FACTBOOK Por estarem fora dos limites nacionais, foram eliminadas as Áreas Especiais sem Representação, constituídas por fortins militares, informação esta que deverá ser checada e atualizada para a próxima versão. 3.2.3.1.1. Categoria OE Elementos pontuais, não significativos de representação na escla de 1: 1 000 000, encontrados apenas em uma folha, como MALOCA, MISSÃO INDÍGENA, PLATAFORMA DE PETRÓLEO e PONTO DE PROSPECÇÃO, foram eliminados nesta versão e serão objeto de atualização na próxima versão, com a colaboração dos órgãos parceiros.

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3.2.3.1.1. Categoria ST As classes de elementos do Sistema de Transporte da bCIMd, foram complementadas com Ponte, que não estava representada nas folhas como um elemento em separado, e Hidrovia. As hidrovias foram adaptadas da base da Serie Brasil, na escala 1:5 000 000, podendo por isso apresentar alguma inconsistência que deverá ser sanada, com a colaboração do Ministério dos Transportes, na próxima edição. Foram acrescentadas somente as pontes mais significativas, e de vão contínuo, como a Ponte Rio-Niterói, devendo ser objeto de estudo mais aprofundado, a inclusão de mais elementos na próxima versão. 3.2.3.1.1. Categoria VG A vegetação está representada apenas pelas classes Brejo e Vegetação de Mangue, conforme situação retratada nas folhas CIM originais. 3.3 AMBIENTE ESRI – ARCGIS DESKTOP Após as edições e correções finais, os arquivos foram exportados para o formato “shape” para viabilizar seu uso no ambiente ArcGIs/ArcView. O conjunto de arquivos shape exportados do Geomedia, estão referenciados ao Sistema de Coordenadas Geográfica (Datum SAD69). Neste formato os atributos gráficos e semânticos constam das tabelas encontradas no grupo de arquivos que compõe o formato shape (.shp, .dbx, .shx). Os arquivos foram convertidos para o formato shape, a partir do Geomedia, confiurado para Sistema de Coordenadas Geográficas, não projetado, Datum SAD69. Entretanto, os arquivos shape, quando utilizados no ArcGis Desktop v.8.2, assumem como default do Sistema de Coordenadas Geográficas o datum NAD27. É necessário setar os arquivos para SAD 69 através do ArcTools. Pra ArcView e ArcExplorer, não há essa necessidade, pois assumem que o arquivo não é projetado. O formato “shape” trabalha com banco de dados “db2” que tem limitação de 10 caracteres por campo, acarretando o corte do nome de alguns campos, como no exemplo abaixo, não interferindo porém na utilização do produto.

3.4. PRODUTOS A Base Cartográfica Integrada do Brasil ao Milionésimo Digital – bCIMd, contém informação que pode ser desdobrada para compor diversos outros produtos. O projeto de conversão das folhas CIM para o meio digital resulta em um conjunto de produtos, a ser disponibilizado em várias etapas ou versões. 3.4.1 PRODUTO – PRIMEIRA VERSÃO

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O produto apresentado nessa primeira versão será melhor aproveitado se utilizado com Sistemas de Informação Geográfica – SIG (Geomedia Professional v. 5.1 e ArcGis Dsektop v. 8.2). Os aplicativos disponibilizados com os dados, permitem apenas sua visualização; a utilizção em consultas e análises vai depender da configuração do equipamento e das possibilidades de cada software. Os procedimentos básicos de recuperação dos dados estão descritos no ROTEIRO PARA UTILIZAÇÃO DA bCIMd. BI1 - Base Cartográfica Integrada do Brasil ao Milionésimo Digital, para ambiente Intergraph –

Geomedia/Geomedia Viewer, no formato de “Warehouse” (.mdb), no Sistema de Coordenadas Geográficas, não projetado, datum SAD69.

BI2 - Base Cartográfica Integrada do Brasil ao Milionésimo Digital, para ambiente Arc-Gis

Desktop/Arc-View/ArcExplorer, no formato “Shape”, no Sistema de Coordenadas Geográficas, não projetado, datum SAD69.

Produtos em outro formato, poderão ser obtidos sob consulta a [email protected]. 3.4.2 PRODUTO – SEGUNDA VERSÃO CF1 - Conjunto de folhas CIM em formato digital para ambiente Intergraph –

Geomedia/Geomedia Viewer, no formato de “Warehouse” (.mdb), na Projeção Cônica Conforme de Lambert, datum SAD69.

CF2 - Conjunto de folhas CIM em formato digital, para ambiente Arc-Gis Desktop/Arc-

View/ArcExplorer, no formato “Shape”, na Projeção Cônica Conforme de Lambert, datum SAD69.

3.4.3 PRODUTOS DERIVADOS Produtos a serem derivados da Base Cartográfica Integrada do Barsil ao Milionésimo Digital - bCIMd - Mapas da Série Brasil, Escala 1:2.500.000; - Mapeamentos Regionais, Estaduais e Municipais, em várias escalas; - Mapeamento Global. 3.4.4 ATUALIZAÇÃO Os procedimentos de atualização serão mantidos em caráter permanente e efetuados na base integrada, devendo ser lançada uma nova versão anual, ou quando essas modificações exigirem a substituição da versão anterior. O primeiro passo será a incorporação da Malha Municipal (Censo 2000) à base integrada, para propiciar análises espaciais com dados estatísticos a nível de municípios. Além da homogeneização dos elementos da base será verificada a seguir a posssibilidade de generalização para edição em escalas menores. 3.5 REFERÊNCIAS IBGE. Vetorizando com I/GEOVEC 5.1 (Mapeamento Topográfico Sistemático) Versão 4 da

MTD (agosto/99) Parte 1 (Planejamento). IBGE/DGC/DECAR, 1999a

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IBGE. Vetorizando com I/GEOVEC 5.1 (Mapeamento Topográfico Sistemático) Versão 4 da MTD (Agosto/99) Parte 2 (Execução). IBGE/DGC/DECAR, 1999b

IBGE. Mapoteca Digital Versão 04. Rio de Janeiro: IBGE/DGC/DECAR, 1999c IBGE. Mapoteca Digital - MD: Estrutura das Informações (em revisão) Versão 04 (adaptada à

bCIMd), sem data. IBGE. Validação de Base Cartográfica – MD 03. Manual Técnico.

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