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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Instrutor: Jecivaldo Oliveira Curso Básico de Cerâmica

Básico Cerâmica

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Page 1: Básico Cerâmica

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Instrutor: Jecivaldo Oliveira

Curso Básico de Cerâmica

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O revestimento cerâmico é um produto muito antigo. O primeiro exemplo de seu uso para colorir e decorar superfície data da civilização babilônica, isto é, do século 6 A.C.

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Através dos tempos a tecnologia de fabricação foi gradativamente ampliada e aperfeiçoada. Hoje o consumidor tem à sua disposição produtos nos mais diversos formatos e modelos, que permitem ousar nos projetos.

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A CERÂMICA CONVENCIONAL É UM PRODUTO OBTIDO A PARTIR DE MATÉRIAS-PRIMAS, SUBMETIDAS A UM TRATAMENTO TÉRMICO (1080ºC PARA REVESTIMENTOS DE PAREDE E 1160ºC PARA PISOS) E PRESSÕES DE COMPACTAÇÃO (PRENSAGEM) DE 250KGF/CM2, APROXIMADAMENTE.

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O Porcelanato é um tipo de cerâmica fabricada com tecnologia avançada. Trás a beleza da pedra em um produto industrializado, é obtido a partir de matérias-primas de grande pureza, submetidas a um tratamento térmico (1220ºC) e pressões de compactação (prensagem) bem acima dos usados na produção de materiais cerâmicos convencionais (470Kgf/cm2).

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1 formato com borda 90º

1 formato, 2 padrões (liso e decorado)

dando origem a um tapete central diagonal

3 formatos.

1quadrado ou retangular,

1 faixa decorada e 1 tozzeto

1 formato retangular2 formatos quadrados

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2 formatos. Um pode ser quadrado ou retangular e uma faixa retangular decorada. (pode-se adicionar filetes

2 formatos. Um resvestimento quadrado

ou retangular e um 10x10cm, por exemplo

que pode servir como faixa

2 formatos. Um sendo quadrado e uma faixa retangular decorada. (pode-se incluir inserts misturadas nas peças horizontais

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Faixas – são peças retangulares, decoradas, aplicadas em paredes ou pisos. Também são conhecidas como listellos ou listels. Para pisos, o nome mais comum é barra.

Faixas universais – em forma de seta e compatíveis com qualquer tamanho de placa.

Festone – faixa maior e totalmente decorada.

Inserts – placas cerâmicas decoradas no centro.

Mosaicos cerâmicos – composição de recortes de peças cerâmicas, formando um desenho. São usados em pisos ou paredes.

Tozetos – pequenas peças (de 5 x 5 cm, em média) usadas em pisos ou paredes.

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Trim – pode ser aplicado como rodaforro, no lugar do gesso.

Peças estruturadas – são peças de acabamento em relevo que podem acompanhar as faixas ou ser usadas individualmente, como, por exemplo, para compor molduras para espelhos ou como rodaforro.

Torello

Filete ou pencil

London

Trança

Elementos Decorativos

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Resistência mecânica apropriada:

Prumada ou nivelada;Plana (sem ondulações);Limpa (sem pó, tinta, mofo, óleo);Isenta de umidade/infiltrações;Fissuras estabilizadas;Curada.

OBS.: Conforme NBR 13753/4/5, o assentamento dos revestimentos cerâmicos só deve ocorrer após um mínimo de cura da base:

7 dias sobre contrapiso;7 dias sobre emboço interno;14 dias sobre emboço externo;28 dias sobre concreto.

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Mas o que é cura da argamassa de assentamento?

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Cura é o tempo necessário para que ocorram as ligações químicas e a argamassa obtenha resistência mínima.

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Tempo de descansoÉ o tempo necessário, após o preparo da argamassa colante (adição de água e mistura) para que os aditivos presentes tornem-se ativos (reajam formando as cadeias de polímeros). De modo geral, fabricantes/normas falam em um tempo da ordem de 10 a 15 minutos.

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Tempo de utilização

Tempo durante o qual, a argamassa pode ser utilizada, depois de preparada em temperatura ambiente.

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AderênciaCapacidade da argamassa para fixar uma peça a uma determinada base.

Pode ocorrer por dois princípios:

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Aderência mecânicaOriginada pela penetração e pelo endurecimento da argamassa no interior dos poros da base e da peça.

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Aderência químicaProduzida quando, entre dois materiais, desenvolvem-se uniões por contato na superfície.

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Tempo em abertoTempo disponível para colocar uma cerâmica entre o momento que a argamassa se estende sobre a base e o momento em que perde sua capacidade de colar adequadamente, impregnando integralmente placa.

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Transferência (Preenchimento da Peça)Para que haja a transferência de aderência da base para a peça e não existam pontos frágeis, e necessário que toda a área de contato da peça com contra piso seja argamassado.

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Tempo de ajustabilidadeTempo disponível para corrigir a posição da peça depois de seu assentamento, sem perda significativa das resistências finais.

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As argamassas colantes, também chamadas de argamassas adesivas ou cimento colante, são produtos industrializados vendidos em embalagens apropriadas, na forma de pó, formados por uma mistura de aglomerante hidráulico, agregados minerais e aditivos à qual deve ser acrescentada apenas água, formando uma pasta viscosa, plástica e aderente.

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Tipo de argamassa

Utilização Materiais Não deve ser utilizado

Tipo I (AC I – interior)

Revestimento Interno.CERÂMICA (área

interna)

Em saunas,

churrasqueiras,

estufas,

revestimentos

especiais e

revestimentos

externos.Tipo II (AC II –

exterior)Revestimento Interno;

Revestimento Externo.

CERÂMICA (área externa),

PORCELANATO (interno)

Em saunas, churrasqueiras, estufas, revestimentos especiais.

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Tipo de argamassa

Utilização Materiais Não deve ser utilizado

Tipo II (AC II – especial)

Revestimento Externo;

Revestimento Interno;Grandes áreas

(Shoppins e Estações);Revestimento Novo

sobre Velho;Secagem rápida.

CERAMICA (interno e externo),

PORCELANATO (interno e externo),

PASTILHAS DE PORCELANA.

Em saunas, churrasqueiras, estufas.

Tipo III (AC III – alta resistência)

Revestimento Externo;

Revestimento Interno;Sauna;Piscina;

Estufa e ambientes similares.

Aderência superior a ACI e ACII.

CERÂMICA(interno e externo) ,

PORCELANATO(interno e

externo) , PASTILHAS DE PORCELANA.

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Tipo de argamassa

Utilização Materiais Não deve ser utilizado

Tipo III E (AC III E – especial)

Revestimento Externo;

Revestimento Interno;Sauna;Piscina;

Estufa e ambientes similares.

Aderência superior a ACI e ACII.

Tempo em aberto estendido, maior

tempo para assentamento das

peças, principalmente as de maior tamanho.

CERÂMICA(interno e externo) ,

PORCELANATO(interno e

externo) , PASTILHAS DE PORCELANA.

Especial Para situações específicas.

Materiais específicos

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Tipo de argamassa

Utilização Materiais Não deve ser utilizado

Tipo I (AC I – interior)

Revestimento Interno.CERÂMICA (área

interna)

Em saunas,

churrasqueiras,

estufas,

revestimentos

especiais e

revestimentos

externos.Tipo II (AC II –

exterior)Revestimento Interno;

Revestimento Externo.

CERÂMICA (área externa),

PORCELANATO (interno)

Em saunas, churrasqueiras, estufas, revestimentos especiais.

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1 - Marca do produto e razão social do fabricante;2 - Massa líquida do produto expressa em quilogramas;3 - Identificação da NBR 14081/98;4 -Instruções e cuidados na utilização do produto;5 - Quantidade de água a ser adicionada (em litros de água por quilograma do produto ou litros de água por saco);6 - Tempo de descanso;7- Composição (qualitativa);8- Data de fabricação e prazo de validade (6 meses após fabricação);9 - Condições de armazenamento do produto;10 - Designação normalizada.

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A área da peça que está sendo assentada define o formato dos dentes da desempenadeira a ser utilizada e a forma de aplicação do revestimento, a saber:

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Matérias-primasAs matérias-primas para a produção dos revestimentos cerâmicos são naturais, de dois tipos: argilosas e não argilosas. Para os esmaltes e corantes, utilizam-se também matérias-primas não naturais.

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A cor do biscoito não tem nenhuma influência no quesito qualidade da placa de revestimento, a cor só nos traz a informação sobre a cor da argila utilizada para a confecção do material cerâmico, a qualidade na verdade esta diretamente ligada tecnologia aplicada ao processo de fabricação do revestimento cerâmico.

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Produção Cerâmica

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Produção Porcelanato

MoagemA matéria-prima, feita de material argiloso, é retirada do estoque para ser pesada. Depois, a carga segue para o processo de moagem e mistura com água. O produto desta etapa recebe o nome de barbotina.

Armazenamento e atomização A barbotina é estocada e bombeada até um atomizador, que retira a água em excesso. O pó fica com umidade e granulometria ideal para a prensagem.

Prensagem Na prensa, o pó é submetido a uma pressão específica, e recebe sua forma definitiva, denominada de bolacha cerâmica.

Secagem

Nesta etapa, se elimina praticamente toda a água restante nas peças após a prensagem.

AcabamentoAs peças podem ser polidas ou esmaltadas. O polimento é feito depois da queima, e a esmaltação, antes.

Queima No forno, em temperatura de cerca de 1.215°C, o produto adquire suas características finais.

Seleção As peças escolhidas são classificadas, embaladas, identificadas e paletizadas, seguindo para o estoque.

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Um revestimento cerâmico deve ter as seguintes características:

Impermeabilidade;Facilidade de limpeza;Incombustibilidade;Resistência;Antialérgico;Efeito decorativo.

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ABSORÇÃO DE ÁGUA

A absorção de água corresponde a uma estrutura porosa, materiais compactos e sintetizados apresentam uma estrutura com baixa absorção de água. Muitas das características físicas e químicas dos revestimentos cerâmicos dependem da sua porosidade, razão pela qual foi escolhida a absorção de água, expressa em porcentagem, como parâmetro de classificação.

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Resistência ao impacto

Característica importante em locais onde circulam cargas pesadas, tais como empilhadeiras, carrinhos industriais, etc. Nessas áreas, as rodas devem ser de borracha com pneu de ar.

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Dureza Mohs

Utilizado para porcelanatos e pedras naturais.A Escala de Mohs quantifica a dureza dos minerais, isto é, a resistência que um determinado mineral oferece ao risco, ou seja, a retirada de partículas da sua superfície. O diamante risca o vidro, portanto, este é mais duro que o vidro. Esta escala foi criada m 1812 pelo mineralogista alemão Friedrich Mohs com 10 minerais de diferentes durezas existentes na crosta terrestre. Atribuiu valores de 1 a 10. O valor de dureza 1 foi dado ao material menos duro que é o talco, e o valor 10 dado ao diamante que é a substância mais dura existente na natureza.

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Propriedade de resistir esforços no eixo da peça, causando deslocamento e deformação.

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Resistência à mudança brusca de temperatura – Choque Térmico

Característica que indica se o revestimento é capaz de resistir às variações bruscas de temperatura sem apresentar danos – por exemplo, em saunas, onde as variações chegam a 70º C.A futura norma nacional e internacional prevê que as peças devem resistir a uma variação brusca de 80º C.

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Resistência à gretagem

O termo “gretagem” refere-se a fissuras, como fio de cabelo, sobre a superfície esmaltada. O formato dessas fissuras é geralmente de forma circular, espiral ou como uma teia de aranha.

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Resistência ao ataque químico e resistência à manchas

É a capacidade que a superfície cerâmica tem de não alterar sua aparência quando em contato com determinados produtos químicos que mancham, padronizados em norma específica.

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DILATAÇÃO

As dilatações podem ser de dois tipos: reversíveis, por variação de temperatura; irreversíveis, por expansão por umidade. Ambas precisam ser absorvidas pelas juntas largas e com rejuntamentos flexíveis.

Dilatação térmicaÉ o aumento de volume (comprimento x largura x altura) da peça cerâmica devido a variação de temperatura.

Dilatação por expansão de umidade (EPU)Este fator é crítico em ambientes úmidos, tais como piscinas, fachadas, saunas etc. Produtos cerâmicos porosos apresentam maior expansão de umidade e este fenômeno pode ser uma das causas do estufamento e da gretagem. Esta característica é medida e expressa em mm/m e pode ser muito baixa.

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Classes de Qualidade

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ESPECIFICAÇÕES DOS REV. CERÂMICOS E INDICAÇÕES DE USO DAS ARGAMASSAS COLANTES

Em cada tipo de aplicação, haverá a descrição das Principais Características que devem ser levadas em consideração; tais características estão evidenciadas nas fichas técnicas que seguem, tendo como objetivo assisti-lo nas orientações aos clientes.

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PAGINAÇÕES

No caso de piso, pode-se iniciar a paginação com placas inteiras a partir do ponto de maior visibilidade e recortar a peça onde o piso não está evidente. Quando o ambiente é mais amplo, a solução é partir do centro e trabalhar as bordas, que podem ser executadas com recortes da própria peça ou quando a modulação permitir com um barrado ou mosaico.

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Juntas no revestimento cerâmico:

Antes do assentamento da cerâmica, é necessário que estejam bem definidos a dimensão e o posicionamento das juntas.

As juntas são indispensáveis na medida em que se constituem em um elemento determinante da estabilidade dos revestimentos.

Juntas de Assentamento

Juntas Estruturais

Juntas de Movimentação e de Dessolidarização

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POSICIONAMENTO DAS JUNTAS

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ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO

Uma preocupação com o material de enchimento das juntas é justificado por este ser o ponto mais fraco do revestimento cerâmico como um todo, na medida em que as peças possuem a face exposta vitrificada e, portanto, com absorção de água extremamente baixa (há quem diga praticamente nula). Desta forma, os transtornos geralmente ocorrem em função de água que penetra pelas juntas das peças.

Rejuntes convencionais

Rejuntes flexíveis

Rejuntes a base de resinas sintéticas

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Pastilhas

Atualmente o mercado oferece vários tipos de pastilhas, as mais comuns são as cerâmicas e as de vidro. A colocação das pastilhas exige mão-de-obra especializada. Basta notar edifícios revestidos com elas há muitos anos, muitos em cidades litorâneas, que continuam em excelente estado.

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Pedras Naturais

Mármores

Comercialmente são classificados como mármores, todas as rochas carbonáticas capazes de receber polimento. A composição mineralógica depende da composição química do sedimento e do grau metamórfico, possibilitando uma grande uma variedade de cores e texturas.

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Granitos

Definição

As rochas ígneas (onde podemos enquadras os granitos), de maneira geral, caracterizam-se pela altíssima resistência mecânica e, portanto, são apropriadas para suportar grandes esforços mecânicos e tráfego.