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Ipomoea batatas A cultura da batata doce

Batata Doce

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batata doce

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Page 1: Batata Doce

Ipomoea batatas

A cultura da batata doce

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Origem Américas Central e do Sul

Desde a Península de Yucatam, no México, até a Colômbia

Mais de dez mil anos Batatas secas - cavernas no vale de Chilca Canyon, Peru

Escritos arqueológicos - Maias - América Central

Dicotiledônea – Convolvulaceae ± 50 gêneros e mais de 1000 espécies Ipomoea batatas - expressão econômica

Ipomoea aquatica - também é cultivada como alimento, principalmente na Malásia e na China, sendo as folhas e brotos consumidos como hortaliça.

I. aquatica

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Botânica Caule herbáceo; prostrado, com ramificações de

tamanho, cor e pilosidade variáveis

Folhas largas, com formato, cor e recortes variáveis; pecíolo longo

Flores hermafroditas

Fecundação cruzada

AUTOINCOMPATIBILIDADE

Frutos: cápsula deiscente; 2-4 sementes (6mm)

Da fertilização da flor à deiscência do fruto-6 semanas (Edmond & Ammerman, 1971)

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Anatomia As raízes tuberosas - 5 ou 6 feixes de vasos

(hexárquicas)

As raízes absorventes apresentam cinco feixes (pentárquicas).

Pele fina (poucas camadas de células; uma camada de aproximadamente 2 mm denominada de casca e a parte central denominada de polpa ou carne).

A pele se destaca facilmente da casca, mas a divisão entre a casca e a polpa nem sempre é nítida e facilmente separável, dependendo da variedade, do estádio vegetativo da planta e do tempo de armazenamento.

Formatos redondo, oblongo, fusiforme ou alongado. Podem conter veias e dobras e possuir pele lisa ou rugosa.

Vermelho= cels do xilema (transportam água) Azul = cels do câmbio Rosa= grãos de amido no parênquima (energia) Marrom= camada mais externa

Crédito: DR KEITH WHEELER

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Genética 13 espécies de Ipomoea

11 - 30 cromossomos (n=15);

01- 60 cromossomos

I. batatas - 90 cromossomos (King e Bamford 1937)

Hexaplóide e autoincompatível

As sementes botânicas Fonte para combinações genéticas

Utilizadas nos programas de melhoramento (Folquer, 1978).

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Diversidade genética + 8.000 acessos em BG (Zhang et

al., 2000)

5526 são mantidos in vitro no BG do CIP no Peru ) oriundos de 57 países (Huaman and Zhang, 1997; Huaman et al., 1999; Zhang et al., 2000).

2589 acessos oriundos da América Latina

Papua New Guinea estima-se 5000 cultivares (Takagi, 1988).

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Efficient embryogenic suspension culturing and rapid transformation of a range of elite genotypes of sweetpotato (Ipomoea batatas [L.] Lam.)

Yang et al., 2011

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Traits: YLD= Storage root yield, t ha-1; DM = dry matter content of storage roots, %; PRO= protein content of storage roots, % DM; STA= starch content of storage roots, % DM; SUC= sucrose content of storage roots, % DM; BC= β-carotene content of storage roots, ppm DM; Fe= iron content of storage roots, ppm DM; Zn = zinc content of storage roots, ppm DM; Ca = calcium content of storage roots, ppm DM; Mg = magnesium content of storage roots, ppm DM.

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Introdução

Cultivo em pequena escala

Cultura marginal – ganho extra

Pouco uso de tecnologia e sem orientação profissional

Cultivo empírico

Baixos índices de produtividade

Baixa qualidade dos produtos

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Composição e uso Alimento energético (Quadro 5)

Ao ser colhida, apresenta cerca de 30% de MS 85% de carboidratos Maior teor de matéria seca, carboidratos, lipídios, cálcio e fibras que a batata Mais carboidratos e lipídios que o Inhame Mais proteína que a mandioca.

Durante o armazenamento, parte do amido se converte em açucares solúveis, atingindo de 13,4 a 29,2% de amido e de 4,8 a 7,8 % de açucares totais redutores (Miranda et al, 1995).

Vitaminas A e B

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Produção X Produtividade

Evolução no sistema de produção

6° lugar entre as hortaliças mais plantadas no Brasil

500.000 t/ano

48.000 hectares

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Panorama mundial Cultivada em 111 países Ásia - 90% da produção

China > produtor= 100 milhões de t

África - 5% 2% - países industrializados como

os EUA e Japão. (Woolfe, 1992; FAO, 2001)

A batata-doce é cultivada – desde latitude de 42 ºN até 35 ºS, desde o nível do mar até 3000 m de altitude. Climas diversos:

Cordilheiras dos Andes; em regiões de clima tropical, como o da Amazônia; temperado, como no do Rio Grande do Sul e até desértico, como o da costa do Pacífico.

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Uganda

Milhões de hectares de terras foram arrendadas em alguns dos países mais pobres da África para cultivar frutas e legumes para os países ricos.

Foto: Francois Xavier Marit / AFP / Getty Images

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Rusticidade Adapta-se melhor em áreas

tropicais = > proporção de populações pobres

Cultura rústica Grande resistência a pragas

Pouca resposta à aplicação de fertilizantes

Cresce em solos pobres e degradados.

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Comparada ao arroz, banana, milho e sorgo, é mais eficiente em quantidade de energia líquida produzida /área/tempo.

Produz grande volume de raízes/ciclo curto/custo baixo, durante o ano inteiro.

7° lugar - volume de produção mundial

15° lugar - valor da produção ( baixo custo de produção)

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Produtividade brasileira 14 t/ha

R$3400/ha ou US$1300 (tecnologia)= 22 t/ha (1.100 caixas/ha)

R$9,50/cx= retorno do triplo do capital investido / 4 a 5 meses

Tecnologia Qualidade do produto Aumenta aceitação Aumenta o poder de barganha no momento da comercialização

Brasil – cultiva-se em todas as regiões Sul e Nordeste Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco e Paraíba

Nordeste Importância social (alimento energético, vitaminas e proteína) População mais carente e melhor clima Produtividade é mais baixa

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Região Área plantada (ha) Produtividade (t/ha)

Norte 41.999 11,9

Nordeste 19.527 9,3

Sudeste 5.454 16,4

Sul 16.362 13,3

Centro-Oeste 163 16,9

Estados Área plantada (ha) Produtividade (t/ha)

AM 399 21,67

ES 175 21,09

SC 1658 17,87 IBGE,2010

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Cultura

Resistência à seca

Fácil cultivo – rudimentar

Sem fertilizantes, agrotóxicos ou irrigação.

Baixo custo de produção – demanda menos fertilizantes, irrigação e mão-de-obra.

Permite colheita prolongada – não há momento específico de colheita

Ciclo perene

Colheita pode ser parcelada, antecipada, ou retardada,

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Desvantagens

É de “difícil” preparo Descascada, picada e cozida

Tem aparência “ruim” Tortuosidade das raízes

Torrões, pedras e fendas do solo.

Orifícios e galerias

Larvas de insetos

Nematóides

Tiririca

Altos teores de produtos fenólicos Aumentam a resistência a pragas

Escurecimento da polpa quando exposta ao ar

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Desvantagens Forma manchas – produz látex que se fixa

facilmente na pele e em tecidos - de difícil remoção.

Formação de gases - possui um inibidor da digestão que reduz a ação de enzimas digestivas como a tripsina e quimiotripsina (Ryan, 1981). O prolongamento do tempo de digestão favorece a fermentação dos alimentos no trato intestinal.

É pouco valorizada –

Exportação rara

Consumida por famílias de baixa renda - meio rural.

Raramente é citada como ingrediente em livros de receitas.

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Vantagens Baixo IG – Índice glicêmico

Libera a glicose de forma gradual

Alimento dos atletas

Louisiana Agricultural Experiment Station, em 1981 - Variedade Beauregard

Embrapa – Programa Biofort

= padrão proteico de suplementos vendidos até pouco tempo no exterior para controle da glicose no sangue de portadores do distúrbio

Rica em Betacaroteno

25 a 50g suprem a necessidade diária de provitamina A

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Usos Cozida

Frita -rodelas /palitos

Substituta do trigo – pães e bolos

Amido ou farinha

Indústria de alimentos - fabricação de doce em pasta ou cristalizado polpa de batata-doce, açúcar e geleificante.

Alimentação animal

Produção de álcool

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Raízes

Reserva ou tuberosa - constitui a principal parte de interesse comercial. Formam-se desde o início do desenvolvimento da planta, sendo facilmente identificadas pela maior espessura, pela pouca presença de raízes secundárias e por se originarem dos nós.

Absorvente, responsável pela absorção de água e extração de nutrientes do solo. As raízes absorventes se formam a partir do meristema cambial, tanto nos nós, quanto nos entrenós. São abundantes e altamente ramificadas, o que favorece a absorção de nutrientes

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Pele/Casca/Polpa - roxo, salmão, amarelo, creme ou branco

Roxo - antocianina

Laranja - betacaroteno

QUEBRA DA DOMINÂNCIA APICAL As raízes tuberosas – desenvolvem

gemas vegetativas que se formam a partir do tecido meristemático localizado na região vascular, quando a raiz é destacada da planta ou quando a parte aérea é removida ou dessecada.

As primeiras gemas e o maior número delas surgem nas extremidades .

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Caule O caule (rama), pode ser

segmentado e utilizado como rama-semente

As ramas-semente emitem raízes em tempo curto – 3 a 5 dias

Dependem da temperatura e da idade do tecido . Mais rápido

Temp. elevada Ramas novas

Paredes menos lignificadas Maior n° de células meristemáticas Menor tempo para ocorrer o processo de

totipotência

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Propagação a) Batatas - em promover a brotação de

batatas selecionadas, utilizando-se posteriormente estas brotações inteiras, denominadas de mudas, ou segmentadas, denominadas de ramas-semente Inverno muito rigoroso (túnel) Batatas de boa qualidade 80 cm em leiras 10 cm em canteiros Cobertas por 3 cm de solo Baixa umidade (não apodrecimento

das batatas) 20 ramas de 30cm/raiz 1 ha = 300 kg de batatas com massa

média de 200 g.

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Cont. Propagação b) Ramas-semente ou estacas de uma

cultura em desenvolvimento Plantas matrizes – devem ficar em

viveiros protegidos Ideal = 60 cm do ponteiro

6-8 entrenós (cerca de 30 cm) Matrizes devem ter 2 a 3 meses

Ramas - selecionadas e tratadas com defensivos

Partes mais novas (menos patógenos e mais vigor)

Termoterapia Cultura de tecido meristemático

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Cont. Propagação c) cultivando-se uma área como viveiro de mudas

Para obter um ha com 30.000 plantas são necessárias 6.000 plantas em viveiro de 2° ciclo

2.000 m2 (2° ciclo); 400 m2 (1° ciclo);

Recontaminação – 3 ciclos

Isolados dos campos de produção

Pesquisas

Enraizamento de folhas (Martin, 1982);

Micropropagação in vitro (Love et al , 1987; Peters et al, 1989);

Cultura de protoplasma seguida do encapsulamento dos embriões para se obter sementes sintéticas (Torres et al, 1999).

Remoção das folhas das ramas-semente

Se destacam da rama em alguns dias após o plantio e, como o enraizamento ocorre em três a cinco dias, não se justifica a execução de tal trabalho, embora as folhas se constituam superfície transpirante que favorece a desidratação das ramas.

Embrapa (2003)

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The triple S system

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The triple S system Storage in Sand and

Sprouting

Fornece mudas para plantio em áreas com períodos longos de seca

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Clima e solo Temperatura média > a 24 ºc

< 10 ºC, o crescimento da planta é severamente retardado

Não suporta geada

Pluviosidade anual média de 750 a 1000 mm (500 mm durante a fase de crescimento)

1ª semana após o plantio = a fase crítica de disponibilidade de umidade no solo

preferencialmente arenoso, bem drenado, sem presença de alumínio tóxico, com pH ligeiramente ácido e com alta fertilidade natural.

pH entre 4,5 e 5,5 = menor ocorrência de sarna (Streptomyces spp.).

Atenção!!! Solos muito ácidos, geralmente têm níveis elevados de alumínio solúvel = calcário dolomítico.

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Cont. solo Boa drenagem

Evitar lençol freático pouco profundo ou sujeitos a longos períodos de encharcamento

Formam raízes longas, denominadas de “chicote”.

Topografia Pouco declive= mecanizadas

Relativamente acidentadas = leiras em nível

Preparo do solo Leiras ou camalhões com 30 cm de altura, distanciadas de 80 cm

Sulcador com dois bicos

Arar e gradear antes

Fertilizantes devem ser distribuídos nas linhas correspondente às leiras, antes da sua construção, de forma que os fertilizantes fiquem localizados na base das mesmas (Embrapa, 2003).

Foto: João Bosco Carvalho da Silva

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Nutrição Sistema radicular muito ramificado = eficiente

na absorção de nutrientes (P) raros os resultados positivos de adubação fosfatada (Breda Filho et al,

1966; Camargo et al., 1962; Camargo, 1951).

Rotação com outras hortaliças NÃO aduba.

Para uma produção de 30t/ha de raízes, extrai cerca de 129Kg/ha de N; 50kg/ha de P2O5 e 257Kg/ha de K2O (Miranda et al., 1987).

Alta disponibilidade de N= intenso crescimento da parte aérea, em detrimento da formação de raízes de reserva.

Deficiência de N= redução da fotossíntese, amarelecimento e queda das folhas basais.

Adubação nitrogenada até os 45 dias (entrelaçamento das ramas).

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K, Ca e Mg Metade da dose no plantio e o restante

aos 45 dias.

Os nutrientes cálcio e magnésio são geralmente supridos através da calagem com calcário dolomítico.

Solos com baixa fertilidade (cerrado) aplicar 10 a 20kg/ha de bórax.

Matéria orgânica Promove o arejamento facilitando o crescimento lateral das

raízes

Ciclo relativamente longo, ocorre a liberação mais lenta dos minerais durante a decomposição da matéria orgânica mantendo um equilíbrio entre a formação de partes vegetativas e a acumulação de reservas.

20 a 30t/ha de esterco de gado

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Cultivares Variam - a cor da casca e polpa e formato

Preferência popular variável/região

Variedades locais - permuta entre produtores.

Porteirinha – MG, a cultivar local, denominada de Paulistinha, atingiu 54,50 t/ha, para a colheita realizada aos 200 dias (Resende, 2000).

Distrito Federal e contorno, a variedade Brazlândia roxa é a mais cultivada , produtividade média de 25t/ha (Miranda, 1989)

Adaptabilidade da cultivar às condições climáticas da região

Resistência a pragas e doenças

‘Beauregard’

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Características de desenvolvimento da planta

Tamanho das folhas - estreitas e recortadas

Comprimento das ramas – longas > competição e dificultando os tratos culturais

Posição das batatas – Próximas ou distantes da planta.

Espessura da rama – Finas – menos suscetíveis ao ataque da broca-da-rama (Megastes pusialis) - o Ø da rama é insuficiente para a lagarta formar os casulos.

Cor da casca= da pele (não nota-se esfolamento). Lavadores mecanizados comumente utilizados para cenoura e batata.

Ausência de defeitos – > valor comercial são as raízes lisas, retas, de formato alongado, ± 20 cm de comprimento e peso de ± 300g.

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Plantio

Estaquia

Manual

Bengala

Distribuição das ramas ao longo da leira

Enterrar no mínimo 1/3 da rama

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Preparo das leiras

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Cont. plantio

Falta de água – plantar lateralmente e na base das leiras

Plantio mecanizado

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Tratos culturais

Capina Manualmente, uma vez que não existem

herbicidas registrados para essa cultura.

Alta infestação de plantas daninhas Preparo do solo duas ou três semanas antes

do plantio Emergência das plantas Eliminação com herbicidas não residuais de

ação de contato ou sistêmico, que deve ser aplicado na véspera do plantio.

Competição até 45 dias após plantio Clima Cultivar

Preservar a leira na capina

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Tratos culturais Amontoa

Reforma das leiras Escarifica o solo, tornando-o mais solto Veda as rachaduras do solo (raízes)

Insetos-praga fazem a postura diretamente nas raízes, favorecendo a sua danificação.

Uma única vez, alguns dias após a última capina

Manual ou mecânica (sulcador) Antes do entrelaçamento das ramas

Replantio Recomendada quando mais de 10% das

ramas não vingarem.

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Consórcio

Em pomares ou lavouras com plantas de porte alto, principalmente durante a fase de formação dessas plantas (Leal et al, 1996).

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Irrigação Irrigação 500 mm de lâmina de água/ciclo produtivo

Primeira semana após o plantio

Em termos práticos Duas vezes por semana, até os 20 dias Uma vez por semana, dos 20 aos 40 dias; e A cada duas semanas, após os 40 dias até a

colheita (Miranda et al., 1995).

A batata-doce possui um sistema radicular profundo (75 a 90cm) e ramificado Explora maior volume de solo e absorver

água em camadas mais profundas do que a maioria das hortaliças.

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Colheita

Definido por tamanho e peso da batata (300g).

Antecipada Menor produtividade

Retardada Maior dano por insetos, por

permitir maior número de ciclos das pragas, além de se formarem raízes grandes e frequentemente mais defeituosas.

Manual e mecanizada

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Lavagem Brasil

SP = 90% da batata-doce é lavada

Depende do solo

Argiloso

Arenoso

Deve ser evitada, pois prejudica a conservação e aumenta as perdas devido ao ataque de patógenos.

Correto

Escovar as batatas para retirar a terra.

Se lavar deve-se secá-las bem

Se houver necessidade de armazenamento, as batatas não devem ser lavadas (Miranda et al., 1995).

Manual ou mecanizada

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Pós-colheita Cura

Venda por atacado

80 – 86 °C

UR (85-95%)/ 4 – 7 dias

Formando uma epiderme corticosa

Perda de água

Aumento no teor de açúcares

http://www.worldcrops.org/crops/Sweet-potato.cfm

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Classificação e Embalagem

Normas NÃO oficiais de padronização de tamanho:

Extra A - 301 a 400g Lisas Sem defeitos Alongadas e uniformes Diâmetro entre 5 e 8cm Comprimento entre 12 e

Extra B - 201 a 300g

Especial – 151 a 200g

Diversos – 80 a 150g ou maiores que 400g.

A embalagem mais utilizada é a caixa tipo K, com capacidade para 24 a 26kg.

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Comercialização Volume de venda nos supermercados e nos

atacadistas é pequeno.

Falta produção programada ou organizada - cooperativas ou associações.

O maior volume de vendas ocorre em mercados de periferia, como as feiras e quitandas

Ciclo vicioso de baixa qualidade do produto, baixo valor pago ao produtor, pouco investimento, baixo nível tecnológico.

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Resistência a pragas e doenças Uma das hortaliças mais cultivadas em períodos

quando não se utilizavam agrotóxicos;

Presença de fitoalexinas, extraída pela primeira vez nesta planta, funcionavam como antibióticos naturais. Müller e Börger – 1940, citado por Woolfe (1992)

Quando as raízes são danificadas por fungos patogênicos, tais como Ceratocystis fimbriata (Clark & Moyer, 1988) ou Fusarium solani (Wilson, 1973) ou então invadidas por brocas como Euscepes postfasciatus (Uritani et al. 1975), a planta reage ao ataque, produzindo uma variedade de sesquiterpenos que tornam o tecido vegetal amargo e com odor forte (Schneider et al., 1984).

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Controle da soqueira

Ramas Pequenas batatas Pedaços de raiz podem

originar novas plantas, constituindo a soqueira

hospedam pragas e patógenos

Controle manual difícil Herbicida

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Rotação de culturas

Plantios sucessivos Aumentam a ocorrência de

pragas e doenças Redução da produtividade.

Intercalar com milho

Deve ser evitado o plantio da batata-doce em seguida a uma leguminosa excesso de N provoca grande

desenvolvimento vegetativo e pouca produção de batatas.

Page 53: Batata Doce

Distúrbios Produção intensiva, ocorre maior oportunidade

de ataque de pragas e doenças

Reconhecimento precoce

Maioria das pragas e doenças importantes causa danos às raízes, depreciando o produto

Controle difícil

Produto químico no solo tem implicações sérias, dos pontos de vista toxicológico, ambiental e econômico

Page 54: Batata Doce

Cont. distúrbios O sistema de propagação vegetativo favorece a disseminação

de pragas e doenças

Crescem em contato com o solo ou próximo dele

Os cortes e ferimentos facilitam a penetração de microorganismos;

O teor de umidade dos tecidos é alto

Formados durante o crescimento vegetativo da planta-mãe

Não são protegidos por estruturas das flores e dos frutos

Não possuem mecanismos de "filtragem" de vírus (sementes verdadeiras).

Produz compostos fenólicos, fenoloxidase, látex e fitoalexinas que evitam a proliferação ou colonização dos patógenos

Danos maiores na fases de formação de mudas (viveiro) e de pós-colheita, quando são baixas as concentrações dessas substâncias de ação imunológica

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Mal-do-pé (Plenodomus destruens)

Manchas, podridões e morte

Necrose úmida, que anela o caule e interrompe a absorção de água e nutrientes. 5 a 10 cm acima do colo (não sistêmica).

Na fase inicial, as plantas murcham e amarelecem. Plantas sobrevivem através das raízes adventícias

Nas necroses mais velhas ou sob a pele das raízes atacadas - pontuações negras brilhantes que são frutificações do fungo.

Fontes de inóculo Ramas contaminadas - infecções no coleto da planta - grande quantidade

de esporos – respingos

Incorporação dos restos da cultura

Page 56: Batata Doce

Controle

MIP

Desinfecção de ramas com fungicida à base de Thiabendazole (Tecto ou similar) com imersão durante 5 min em uma solução contendo 0,5% do princípio ativo, (Lopes & Silva, 1991)

Ramas-sementes retiradas das partes mais novas das plantas resultam em menor incidência de doença (Lopes & Silva, 1993).

Dentre as cultivares mais conhecidas, a cultivar Princesa é a que possui maior nível de resistência ao ataque do fungo (Lopes & Miranda, 1989).

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Nanismo - SPFMV É causada por uma das várias raças do vírus

“Sweet potato feathery mottle virus" que é mundialmente disseminado.

Brasil - raça causadora do Nanismo (Di feo, 1989).

Redução de toda a parte aérea da planta; folhas cloróticas e pequenas, ramas finas e entre-nós curtos.

Cultura livre de vírus a produtividade pode dobrar

MIP

Isolamento de áreas superior a 90 m

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Nematóides Meloidogyne e Rotylenchulus são

relatados como causadores de danos econômicos (Costilla, s.d).

Brasil - M. incognita e M. javanica

Ferimentos e rachaduras na batata Ferimentos minúsculos crescem de acordo

com o crescimento da raíz tuberosa.

Praticamente não reduz o crescimento – raízes adventícias

As mini galhas são recobertas por tecidos da raiz e formado câmaras - racham dificultando a identificação

Page 59: Batata Doce

Controle

Conhecer o histórico das áreas, evitando aquelas que tenham sido cultivadas com plantas suscetíveis como quiabo, feijão, tomate, alface e batata;

Utilizar cultivares resistentes;

Material sadio;

Nematicidas nas áreas de viveiros;

Fazer rotação de cultura com arroz, milho, cana ou outras gramíneas;

Fazer cultivo de crotalária ou outras plantas antagônicas;

Eliminar soqueiras.

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Desordens não infecciosas Fermentação – solo encharcado – formam

etanol e acúmulo de CO2

Alta umidade Entumecimento de lenticelas – diminui o

crescimento e forma-se tecidos entumecidos (bolhas)

Raiz-chicote

Rachaduras Nematóides Bactéria Streptomyces sp. Variações de temperatura Flutuações de umidade no solo Excesso de adubação nitrogenada

Escaldadura – exposição à radiação solar por mais de 30 min.

Coração duro - a raiz permanece dura após o cozimento. Ocorre quando as raízes são armazenadas à temperaturas baixas (1,5 ºC por um dia ou 10 ºC por 3 dias).

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Cont. desordens Decomposição interna - o tecido da raiz se

torna esponjoso ou ocado. Solo (5 a 10 ºC) ou armazenamento por longo tempo em condições de baixa UR

Mutações somáticas - são deformações, variegações e fasciação (ramas geminadas)

Brotação prematura da raiz Excesso de N e/ou MO Excesso de irrigação Dano severo na rama principal

Mal-do-pé Broca-da-rama

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Pragas

Broca-da-raiz (Euscepes postfasciatus, Coleoptera, Curculionidae) - não voa!!!

Broca-das-hastes (Megastes pusialis, Lepidoptera, Pyralidae) - danos severos

Page 63: Batata Doce

Resistência da planta

Antibiose

Práticas culturais que favorecem o manejo de pragas

Utilização de material de propagação isento de pragas

Tratamento de ramas

Escolha da área

Isolamento da cultura

Preparo do solo

Adubação, correção da acidez, irrigação e capinas

Métodos biológicos

Plantas sadias

Cultivo de meristemas e indexadas para viroses

A manutenção de sistemas individuais de produção de ramas sadias

Restabelecimento das leiras

Antecipação da colheita

Destruição de soqueira

Rotação de culturas

Utilização de agrotóxicos