BD BBL UROTUBE 2s BBL UROTUBE BBL UROTUBE M BBL … · Os produtos BBL UROTUBE são dipslides utilizados para o isolamento e determinação da contagem de colónias de microrganismos

INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO – MEIOS EM DIPSLIDE PRONTOS A USAR

DA-212115.02 Rev.: Febr. 2004

BD BBL UROTUBE 2s • BBL UROTUBE • BBL UROTUBE M •

BBL UROTUBE E • BBL UROTUBE E. coli • BBL UROTUBE SXT UTILIZAÇÃO PRETENDIDA Os produtos BBL UROTUBE são dipslides utilizados para o isolamento e determinação da contagem de colónias de microrganismos isolados de amostras de urina. As superfícies dos dipslides estão revestidas com dois ou três meios de cultura diferentes. Todos os produtos BBL UROTUBE contêm ágar CLED para a determinação da contagem total de bactérias e/ou leveduras, e ágar de MacConkey para a detecção de bactérias gram-negativas, por exemplo, Enterobacteriaceae. O terceiro meio, se estiver disponível, depende do respectivo produto. PRINCÍPIOS E EXPLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO Método microbiológico. Os dipslides são actualmente muito utilizados como técnica de rastreio para a enumeração e isolamento de microrganismos de amostras de urina de rotina.1-5 Após imersão do dipslide numa amostra de urina fresca colhida de forma correcta e da subsequente incubação da lâmina, o número de colónias na superfície do ágar CLED é comparado a uma imagem de referência. O ágar CLED foi desenvolvido por Sandys em 1960 para evitar a proliferação de Proteus, limitando os electrólitos no meio de cultura que foi posteriormente modificado várias vezes para ser utilizado em culturas de urina.6 Este meio foi designado como meio de cistina lactose deficiente em electrólitos (CLED) e demonstrou ser ideal para técnicas de imersão do inóculo e para a bacteriologia urinária em geral.6,7

Os nutrientes no ágar CLED são fornecidos pelas peptonas de caseínas e gelatina e extracto de carne de vaca. A lactose foi incluída para fornecer uma fonte de energia para os organismos com capacidade para utilizá-la através de um mecanismo fermentativo. É utilizado o azul de bromotimol como um indicador de pH para diferenciar os fermentadores da lactose dos não fermentadores da lactose. Os organismos que fermentam a lactose irão reduzir o pH e alterar a cor do meio de verde para amarelo. A cistina permite o crescimento de bactérias coliformes "de colónias anãs".3 As fontes de electrólitos são reduzidas para minimizar a proliferação de espécies de Proteus. O número de colónias no ágar CLED é directamente proporcional ao número de bactérias por mL da amostra de urina. O ágar CLED está incluído em todos os produtos de dipslides BBL UROTUBE como meio 1. O segundo meio é o ágar de MacConkey. É apenas ligeiramente selectivo, uma vez que a concentração de sais biliares, que inibe microrganismos gram-positivos, é baixa em comparação com outros meios em placa entéricos. Este meio é recomendado para utilização com amostras clínicas com probabilidade de conter flora microbiana mista como, por exemplo, a urina, porque permite um agrupamento preliminar de bactérias entéricas e muitas outras bactérias gram-negativas em fermentadores da lactose e não fermentadores da lactose.8,9 No ágar de MacConkey, as peptonas fornecem os nutrientes. O cristal violeta inibe as bactérias gram-positivas, especialmente os enterococos e os estafilococos. A diferenciação de microrganismos entéricos faz-se através da combinação de lactose e do indicador de pH vermelho neutro. São produzidas colónias incolores ou cor-de-rosa a vermelho, dependendo da capacidade do isolado para fermentar o hidrato de carbono. O ágar de MacConkey está incluído em todos os produtos de dipslides UROTUBE como meio 2. O BBL UROTUBE 2S tem dois lados e contém apenas ágares CLED e de MacConkey. Um terceiro meio está incluído nas superfícies de todos os dipslides de três lados para detectar a presença de leveduras e grupos bacterianos característicos. O tipo de meio depende do produto que está a ser utilizado:

DA-212115.02 - 1 -

O BBL UROTUBE, além dos meios 1 e 2 acima referidos, contém ágar cetrimida, um meio largamente utilizado para o isolamento selectivo de Pseudomonas aeruginosa.10,11 A peptona de gelatina e a caseína fornecem os nutrientes. Os sais de potássio e magnésio potenciam a formação do pigmento de P. aeruginosa. O glicerol é uma fonte de energia e de carbono. O brometo de cetiltrimetilamina (=cetrimida) é um detergente que inibe selectivamente a maioria dos bastonetes gram-negativos que não sejam a P. aeruginosa. O BBL UROTUBE M, além dos meios 1 e 2 acima referidos, contém ágar malte, um meio parcialmente selectivo para o isolamento de leveduras, por exemplo Candida albicans. O extracto de malte e o ácido láctico fornecem os nutrientes e mantêm o pH num nível baixo, o que proporciona selectividade para inibir muitas espécies bacterianas.11

O BBL UROTUBE E, além dos meios 1 e 2 acima referidos, contém ágar enterococos, um meio diferencial selectivo para as espécies de Enterococcus.11 No ágar enterococos, a caseína e o extracto de levedura fornecem os nutrientes. O cloreto de sódio mantém a estabilidade osmótica. A combinação de citrato, azida, kanamicina, polimixina B, ácido nalidíxico e neomicina inibe a maioria das bactérias que não sejam as espécies de Enterococcus. A esculina é um substrato de beta-glicosidase, que se encontra caracteristicamente nas espécies de Enterococcus. Um dos produtos da hidrólise enzimática, a esculetina, reage com os iões férricos para produzir um precipitado castanho a preto no meio que rodeia as colónias de Enterococcus. O BBL UROTUBE E. coli, além dos meios 1 e 2 acima referidos, contém ágar beta-glicuronidase (=BGLU), um meio diferencial para a detecção específica de espécies de E. coli e Proteus. O meio contém nitrofenil-ß-glicurónido, um substrato cromogénico para detectar a actividade de beta-glicuronidase que se encontra tipicamente na Escherichia coli, enquanto muitas outras bactérias, incluindo as espécies Proteus, Providencia e Morganella, são negativas.11,12 Na sequência da degradação do substrato, acumula-se nitrofenol amarelo no meio e nas colónias, enquanto as colónias negativas para a glicuronidase são incolores a acinzentadas num meio incolor. O crescimento amarelo a partir deste meio pode ser submetido a um teste de indol, o qual, se for positivo, confirma a identificação de E. coli. A formação de indol neste meio é potenciada pela adição do precursor do indol (triptofano). Além disso, este aminoácido é o substrato para a enzima triptofano deaminase (TDA) que se encontra caracteristicamente nas espécies de Proteus, Providencia e Morganella. Esta enzima pode ser facilmente detectada realizando um teste de TDA com cloreto de ferro. Para uma maior confirmação, é possível realizar um teste de indol a partir do crescimento incolor que também é positivo nas espécies de Proteus vulgaris, Providencia spp. e Morganella morganii. O BBL UROTUBE SXT, além dos meios 1 e 2 acima referidos, contém um meio de teste de sensibilidade sem antagonistas (meio PDM) com trimetoprim/sulfametoxazol (SXT), para a determinação da resistência ou sensibilidade ao SXT. O crescimento de quaisquer bactérias neste meio significa resistência ao SXT. Após a inoculação, ou após a inoculação e incubação, os dipslides também podem ser utilizados como meios de transporte do consultório médico para os laboratórios de análises. O crescimento a partir dos meios nos dipslides pode ser utilizado para testes de identificação e sensibilidade dos isolados. REAGENTES Fórmulas* por litro de água purificada Os meios 1 e 2 são comuns a todos os dipslides BBL UROTUBE.

DA-212115.02 - 2 -

Meio 1: ágar CLED Medium 2:Meio 2: MacConkey

Agarágar de MacConkey Hidrolisado péptico de caseína 4,0 g Hidrolisado péptico de caseína 17,0 g Peptonas seleccionadas 4,0 Peptona de carne 3,0 Extracto de carne 3,0 Lactose 10,0 Lactose 10,0 Cloreto de sódio 5,0 Cistina 0,128 Mistura de sais biliares 1,5 Azul de bromotimol 0,02 Vermelho neutro 0,03 Ágar 15,0 Cristal violeta 0,001 pH 7,3 ± 0,2 Ágar 13,5 pH 7,1 ± 0,2

Meio 3: O tipo de meio 3 (se estiver disponível) depende do produto que está a ser utilizado (consultar PRINCÍPIOS E EXPLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO). O BBL UROTUBE, além dos meios 1 e 2 acima referidos, contém ágar cetrimida:

Hidrolisado péptico de gelatina 16,0 g Glicerol 8,0 g Caseína hidrolisada 10,0 Brometo de cetiltrimetilamina 0,3 Sulfato de potássio 10,0 Ágar 13,0 Cloreto de magnésio 1,4 pH 7,1 ± 0,2

O BBL UROTUBE M, além dos meios 1 e 2 acima referidos, contém ágar malte:

Extracto de malte 30,0 g Ágar 18,0 g Ácido láctico 6,3 pH 4,0 ± 0,4

O BBL UROTUBE E, além dos meios 1 e 2 acima referidos, contém ágar enterococos:

Hidrolisado péptico de caseína 20,0 g Kanamicina 0,02 g Extracto de leveduras 5,0 Polimixina B 0,002 Cloreto de sódio 5,0 Ácido nalidíxico 0,0075 Citrato 1,5 Neomicina 0,002 Azida de sódio 0,15 Ágar 15,0 Esculina 1,0 pH 7,1 ± 0,2 Citrato de amónia férrico 0,5

O BBL UROTUBE E. coli, além dos meios 1 e 2 acima referidos, contém ágar beta-glicuronidase (=BGLU):

Peptona 10,0 g Cloreto de sódio 5,0 g Nitrofenil-ß-glicurónido 0,1 Ágar 15,0 Triptofano 0,3 pH 7,2 ± 0,2

O BBL UROTUBE SXT, além dos meios 1 e 2 acima referidos, contém um meio sem antagonistas (meio PDM) com trimetoprim/sulfametoxazol (SXT).

Meio PDM 32,3 g Trimetoprim 0,003 g Sulfametoxazol 0,04 pH7,3 ± 0,3

*As fórmulas podem ser ajustadas e/ou suplementadas, conforme necessário, para cumprir os critérios do desempenho. PRECAUÇÕES

. Apenas para uso profissional. Não utilizar dipslides que apresentem sinais de contaminação microbiana, descoloração, secura, fissuras ou outros sinais de deterioração.

DA-212115.02 - 3 -

Utilizar técnicas assépticas e medidas de protecção contra resíduos biológicos perigosos durante todo o procedimento. Usar luvas de protecção aquando da colheita e manuseamento de amostras e de lâminas positivas contendo agentes infecciosos. Consultar as INSTRUÇÕES GERAIS DE UTILIZAÇÃO para informação sobre os procedimentos de manuseamento asséptico, os riscos biológicos e os procedimentos de eliminação do produto usado. Quando utilizar estes produtos como meio de transporte de um consultório médico para um laboratório de diagnóstico, cumprir os regulamentos locais referentes ao envio de amostras infecciosas. ARMAZENAMENTO E PRAZO DE VALIDADE Após recepção, conservar os produtos BBL UROTUBE no escuro a uma temperatura entre 15 e 20°C, dentro da embalagem original, até ao momento da utilização. Evitar o congelamento, o aquecimento excessivo, a dessecação e as variações de temperatura. As lâminas podem ser inoculadas até ao prazo de validade (ver a etiqueta da embalagem) e incubadas durante o tempo de incubação recomendado. As lâminas não abertas provenientes de embalagens abertas podem ser utilizadas até ao prazo de validade quando armazenadas numa área limpa a uma temperatura entre 15 e 20°C. Uma vez abertas, as lâminas devem ser imediatamente utilizadas. CONTROLO DE QUALIDADE PELO UTILIZADOR Preparar as suspensões das estirpes de teste mencionadas abaixo em soro fisiológico, de acordo com o padrão 0,5 da escala de McFarland (aprox. 5 x 107 CFU/mL). Diluir as suspensões para uma CFU de 104 a 105 por mL. Mergulhar as amostras das lâminas nesta diluição; deixar escorrer o excesso de suspensão e voltar a colocar as lâminas nos respectivos tubos. Incubar a uma temperatura entre 35º e 37ºC, durante 18 a 24 h. Inspeccionar conforme descrito Os resultados esperados são referidos na Tabela: Produto e meio

Cor (não inoculado)

Escherichia coli ATCC 25922

Proteus mirabilisATCC 12453

Enterococcus faecalis

ATCC 29212

Pseudomonas aeruginosa

ATCC 27853

Candida albicans

ATCC 10231 BBL UROTUBE • Meio 1

amarelado a verde

amarelado

+; colónias amarelas; meio amarelo

+; colónias incolores; meio verde amarelado a verde


+; colónias verde pálido a azulado; meio verde azulado

+; colónias pequenas esbranquiçadas; meio amarelado a verde azulado

• Meio 2 rosa +; colónias cor-de-rosa; meio vermelho a cor-de-rosa

+; colónias incolores a beges; meio castanho alaranjado

- +; colónias verde pálido a azulado com ou sem fluorescência

-

• Meio 3 incolor a âmbar claro

- - - +; colónias amarelado a verde azulado

-

BBL UROTUBE M • Meio 1 amarelado

a verde amarelado









-


- - - - +; colónias esbranquiçadas

DA-212115.02 - 4 -

Produto e meio

Cor (não inoculado)

Escherichia coli ATCC 25922

Proteus mirabilisATCC 12453

Enterococcus faecalis

ATCC 29212

Pseudomonas aeruginosa

ATCC 27853

Candida albicans

ATCC 10231 BBL UROTUBE E • Meio 1 amarelado

a verde amarelado









-

• Meio 3 âmbar claro

- - +; colónias castanhas a pretas, meio castanho a preto

-

(+)/-

BBL UROTUBE E. coli • Meio 1 amarelado

a verde amarelado









-


+; meio e colónias amarelos

+; colónias incolores

+; meio e colónias amarelos

- (+)

Teste de mancha de indola

TDAb

+ -

-

+

- -

- -

- -

BBL UROTUBE 2S • Meio 1 amarelado

a verde amarelado









-

BBL UROTUBE SXT • Meio 1 amarelado

a verde amarelado









-


- - - + +

- = ausência de crescimento a crescimento ligeiro; (+) = crescimento fraco; + = crescimento bom a excelente a, b Realizar estes testes suplementares com crescimento do meio 3. Para a disponibilidade de reagentes, consultar Materiais não fornecidos

DA-212115.02 - 5 -

PROCEDIMENTO Materiais fornecidos BBL UROTUBE 2s, BBL UROTUBE, BBL UROTUBE M, BBL UROTUBE E, BBL UROTUBE E. coli ou BBL UROTUBE SXT Microbiologicamente controlados. Materiais não fornecidos Meios de cultura auxiliares, reagentes e equipamento de laboratório conforme descrito. Para testes de indol e TDA no meio 3 do BBL UROTUBE E. coli: Indole Dropper Reagent (n.º de cat. 261185) ou Indole DMACA Dropper Reagent (n.º de cat. 261187). Ferric Chloride Dropper Reagent (n.º de cat. 261190). Para testes de oxidase no meio 3 do BBL UROTUBE: Oxidase Dropper Reagent (n.º de cat. 261181). Tipos de amostra Estes produtos são indicados para o isolamento e enumeração de bactérias e fungos da urina (urina do jacto intermédio ou de cateterização, ou urina colhida por punção supra-púbica na bexiga). Consultar CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO E LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO. Colheita e preparação das amostras Utilizar técnicas assépticas para a colheita de amostras. Utilizar procedimentos de colheita normalizados.1,13

A urina deve ser fresca ou não deve ter mais de 2 h. Em alternativa, as amostras de urina podem ser mantidas refrigeradas (no máximo durante 24 h) para evitar o crescimento excessivo dos agentes infecciosos ou contaminantes antes da inoculação.13 Procedimento do teste 1. Inspeccionar as superfícies do ágar com o tubo fechado. Os dipslides que apresentem

sinais de dessecação, contaminação ou outra deterioração não devem ser utilizados. 2. Identificar o tubo com o nome do doente, o número da amostra e a data de inoculação. 3. Desapertar a tampa e retirar a lâmina do tubo de plástico, sem tocar nas superfícies do ágar

(Fig. 1). Não colher amostras de urina no tubo do recipiente do BBL UROTUBE! 4. Mergulhar brevemente a lâmina três vezes na urina de forma a que as superfícies do ágar

fiquem completamente imersas (Fig. 2). Não deixar a lâmina no líquido durante mais de 10 sec pois tal pode fazer desaparecer os ingredientes dos meios e/ou soltar o gel do suporte de plástico. Se a quantidade de urina for insuficiente para imersão, a urina pode ser vertida com cuidado sobre as superfícies do ágar.

5. Deixar gotejar o excesso de urina segurando na ponta da lâmina contra o bordo interior do tubo (Fig.3). As últimas gotas podem ser eliminadas da ponta da lâmina com um lenço de papel (Fig. 4).

6. Voltar a colocar a lâmina com cuidado no respectivo tubo de plástico e fechar bem. 7. Incubar o tubo durante 18 a 24 h a uma temperatura entre 35 e 37°C (Fig. 5) ou enviá-lo

para um laboratório de bacteriologia para um processamento mais pormenorizado. Ter em atenção que os tubos inoculados devem ser transportados para o laboratório no prazo de 24 h. Evitar temperaturas elevadas e o congelamento das lâminas durante o transporte.

DA-212115.02 - 6 -

Resultados e interpretação Após a incubação, retirar a lâmina do tubo para interpretação. Para uma estimativa quantitativa das contagens viáveis, comparar o crescimento no ágar CLED com as imagens de referência apresentadas a seguir; utilizar uma boa iluminação para a interpretação (Fig. 6). O crescimento confluente, causado por contagens viáveis ≥ 106/mL, pode ser difícil de reconhecer porque pode cobrir uniformemente a totalidade da superfície do ágar. Neste caso, pode ser útil tocar na superfície com uma ansa ou uma zaragatoa. O crescimento no ágar de MacConkey (meio 2) indica a presença de bastonetes gram-negativos. A presença de crescimento no meio 3 (se estiver disponível) indica a presença dos respectivos grupos de microrganismos, dependendo do meio e do tipo de lâmina utilizados. Mais adiante é apresentada uma descrição pormenorizada do crescimento nos meios. Não tentar determinar a contagem viável dos organismos que crescem no lado 2 e 3 uma vez que os agentes selectivos contidos nestes meios podem influenciar o crescimento! Após a subcultura sobre os meios em placa apropriados, pode utilizar-se o crescimento de qualquer dos meios contidos nas lâminas para mais testes bioquímicos ou de sensibilidade. Ágar CLED (meio 1 em todos os produtos BBL UROTUBE):

No ágar CLED verificar-se-á o crescimento de leveduras e bactérias gram-positivas e gram-negativas. Uma descoloração amarela do meio indica fermentação da lactose, enquanto um meio verde amarelado ou verde indica não fermentadores da lactose. As linhas de orientação seguintes e o guia de interpretação (imagens) no fim deste documento podem ser utilizados na interpretação das contagens viáveis obtidas no ágar CLED:

DA-212115.02 - 7 -

Contagem viável

Clinical InterpretationInterpretação clínica

Menos de 10 000 bactérias por mL

Urina do jacto intermédio: Contaminação. As contagens baixas podem ser significativas nos doentes previamente tratados ou nos doentes com infecções crónicas. Urina obtida através de cateterização ou punção na bexiga: Nestes casos, menos de 10.000 bactérias por mL já podem indicar uma infecção.

10 000 a 100 000 bactérias por mL

Urina do jacto intermédio: Duvidoso. Recomenda-se a repetição do teste, uma vez que estas contagens bacterianas ocorrem em infecções crónicas do tracto urinário, mas também podem estar presentes na urina do jacto intermédio como contaminantes. Estas contagens podem ser significativas nos doentes previamente tratados ou nos doentes com infecções crónicas. Urina obtida através de cateterização ou punção na bexiga: Nestes casos, menos de 10.000 bactérias por mL já podem indicar uma infecção.

Mais de 100 000 bactérias por mL

Estas contagens altamente viáveis indicam a presença de uma infecção em todos os tipos de urina (incluindo a urina do jacto intermédio). Nestes casos, o diagnóstico pode ser confirmado pela presença de elevadas contagens de leucócitos no sedimento urinário. Nas mulheres, pode verificar-se uma contagem elevada de colónias bacterianas em resultado de contaminação externa (leucorreia, vaginite); este diagnóstico é confirmado pela presença de um número aumentado de células epiteliais escamosas sem qualquer aumento da contagem de leucócitos no sedimento urinário.

• Ágar de MacConkey (meio 2 em todos os produtos BBL UROTUBE):

Neste meio, verificar-se-á o crescimento de todas as Enterobacteriaceae e de certos não fermentadores (por exemplo, Pseudomonas aeruginosa). Uma descoloração cor-de-rosa a vermelha é indicativa de fermentação da lactose, por exemplo com E. coli, enquanto as colónias incolores, beges ou âmbar num meio laranja acastanhado indicam não fermentadores da lactose.

• Ter em atenção que o BBL UROTUBE 2s tem dois lados e contém apenas ágares CLED e de MacConkey.

• Interpretação do crescimento no respectivo terceiro meio (meio 3)

Tal como já foi referido, o terceiro meio depende do tipo de lâmina utilizada: BBL UROTUBE: O crescimento em ágar cetrimida deve ser interpretado da seguinte forma: colónias verdes a amarelas com fluorescência indicam a presença de Pseudomonas aeruginosa. O diagnóstico pode ser confirmado por um teste positivo para a oxidase (consultar Materiais não fornecidos). O crescimento sem fluorescência neste meio deve ser submetido a outros testes para se obter uma identificação completa. BBL UROTUBE M: O crescimento em ágar malte indica a presença de leveduras, por exemplo, Candida albicans ou outros fungos. Ter em atenção que certas estirpes de leveduras necessitam de 42 a 48 h para o desenvolvimento completo do crescimento nos meios. Embora seja raro, certas bactérias podem crescer neste meio, como por exemplo os lactobacilos. Por este motivo, poderá ser útil uma coloração Gram do crescimento neste meio. São necessários mais testes para obter uma identificação completa. BBL UROTUBE E: Colónias castanhas a pretas em ágar enterococos indicam a presença de espécies de Enterococcus, por exemplo, Enterococcus faecalis. O crescimento de colónias incolores a cinzentas pode indicar a presença de estreptococos, mas é necessária a confirmação. BBL UROTUBE E. coli: Se o meio BGLU ficar amarelo, estão presentes Escherichia coli ou outras bactérias positivas para a beta-glicuronidase. Realizar um teste de indol a partir do crescimento amarelo neste meio. Uma reacção positiva ao indol indica a presença de E. coli. Se houver um crescimento incolor a bege neste meio, realizar um teste de TDA. Um teste positivo à TDA indica a presença de organismos do grupo Proteus-Morganella-Providencia.

DA-212115.02 - 8 -

Relativamente à disponibilidade de indol e reagentes de TDA, consultar Materiais não fornecidos. Para realizar estes testes suplementares, seguir as instruções fornecidas com os reagentes. BBL UROTUBE SXT: Este meio é utilizado para determinar a sensibilidade (ou resistência) das bactérias isoladas ao trimetoprim/sulfametoxazol (SXT). A ausência de crescimento neste meio indica sensibilidade, o crescimento forte indica resistência ao SXT. Um crescimento reduzido neste meio, quando comparado com o ágar CLED (meio 1) pode indicar a presença de uma cultura mista contendo pelo menos um organismo resistente ao SXT.

Após a utilização e antes da eliminação, todos os tubos usados e outro material contaminado devem ser autoclavados ou incinerados. Para mais detalhes, consultar INSTRUÇÕES GERAIS DE UTILIZAÇÃO. CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO E LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO BBL UROTUBE 2s, BBL UROTUBE, BBL UROTUBE M, BBL UROTUBE E, BBL UROTUBE E. coli e BBL UROTUBE SXT são indicados para o diagnóstico de infecções comuns do tracto urinário a partir de amostras de urina. Foi demonstrado que o método de dipslides com ágares CLED e de MacConkey constitui um meio simples e eficaz de contagem de bactérias comuns (por exemplo, Enterobacteriaceae, outros bastonetes gram-negativos (como os Pseudomonas), enterococos, estafilococos e outros presentes na urina.1-8 A utilização de um terceiro meio (se estiver disponível), para além destes meios normalizados, é útil em caso de suspeita da presença de grupos especiais de organismos como agentes infecciosos.9-12

É obrigatório que as amostras de urina utilizadas com estes ou outros sistemas e meios tenham sido colhidas assepticamente e estejam frescas (não devem ter mais de 2 h) ou tenham sido conservadas refrigeradas (durante um período não superior a 24 h).1,13 A colheita incorrecta da urina, a conservação das amostras durante um período superior aos períodos acima indicados, longos períodos de transporte antes do processamento das lâminas inoculadas e a exposição das lâminas inoculadas a temperaturas extremas podem ter como resultado um diagnóstico errado ou impossibilitar mesmo o diagnóstico.1,13

Obtém-se o diagnóstico mais preciso das infecções do tracto urinário se for utilizada urina obtida por punção na bexiga, uma vez que os microrganismos presentes na flora uretral normal podem contaminar a urina obtida por outras técnicas de colheita. Bactérias exigentes como as micoplasmas, clamídias, Neissseria gonorrhoeae, micobactérias ou Gardnerella vaginalis não crescerão nos meios destes produtos em dipslide. Se houver suspeita de envolvimento destes organismos numa infecção do tracto urinário, deverão ser aplicadas as técnicas apropriadas para a sua detecção.1,13 Certas estirpes de estreptococos, especialmente de Streptococcus agalactiae (grupo B), não crescerão suficientemente no meio 1 (ágar CLED). Se houver suspeita do seu envolvimento numa infecção do tracto urinário, recomenda-se o cultivo da urina numa placa de ágar sangue (por exemplo, BD Columbia Agar with 5% Sheep Blood). Os meios nos dipslides não devem ser utilizados para realizar testes de sensibilidade pelo método de difusão em disco. Embora possam ser realizados alguns testes de diagnóstico directamente nos meios, é necessária a realização de testes bioquímicos para uma completa identificação e, se indicado, recomenda-se a realização de testes imunológicos usando culturas puras. As excepções são a E. coli e os grupos de Proteus-Morganella-Providencia, que podem ser identificados no meio 3 (ágar BGLU) do BBL UROTUBE E. coli se tiverem sido realizados os testes suplementares recomendados (indol, TDA). Além disso, a Pseudomonas aeruginosa pode ser directamente identificada no meio 3 (ágar cetrimida) do BBL UROTUBE se forem encontradas colónias esverdeadas fluorescentes que produzem uma reacção positiva para a oxidase.

DA-212115.02 - 9 -

Para uma terapêutica adequada, poderão ser necessários testes de sensibilidade dos organismos isolados. O crescimento de quaisquer bactérias no meio 3 (meio PDM com trimetoprim/sulfametoxazol) do BBL UROTUBE SXT deve ser interpretado como resistência dos organismos a este agente antimicrobiano (SXT). BIBLIOGRAFIA 1. Gallien, R.1988. Mikrobiologische Diagnostik in der ärztlichen Praxis, G. Fischer Verlag , Stuttgart. 2. Ellner, P.D., and M.S. Papachristos. 1975. Detection of bacteriuria by dip-slide. Am. J. Clin. Pathol.

63: 516-521. 3. Guttmann, D. 1967. Dip-slide: an aid to quantitative urine culture in general practice. Br. Med. J. 3:

343-345. 4. McAllister, T.A., et al. 1973. Assessment of plane dipslide quantitation of bacteriuria. Nephron 11:

111-122. 5. Van Dorsten, J.P., and E.R. Bannister. 1986. Office diagnosis of asymptomatic bacteriuria in pregnant

women. Am. J. Obstet. Gynecol. 155: 777-780. 6. Sandys, G.H. 1960. A new method of preventing swarming of Proteus sp. with a description of a new

medium suitable for use in routine laboratory practice. J. Med. Lab. Technol. 17:224-233. 7. Mackey, J.P., and G.H. Sandys. 1965. Laboratory diagnosis of infection of the urinary tract in general

practice by means of a dip-inoculum transport medium. Br. Med. J. 2:1286-1288. 8. Farmer III, J.J. 2003. Enterobacteriaceae: introduction and identification. In: Murray, P.R., E.J.

Baron, J.H. Jorgensen, M.A. Pfaller, and R.H. Yolken (ed.). Manual of clinical microbiology, 8th ed. American Society for Microbiology, Washington, D.C.

9. Murray, P. R., E. J. Baron, J.H. Jorgensen, M. A. Pfaller, and R.H. Yolken (ed.). 2003. Manual of clinical microbiology, 8th ed. American Society for Microbiology, Washington, D.C.

10. King, E.O., M.K. Ward, and E.E. Raney. 1954. Two simple media for the demonstration of pyocyanin and fluorescein. J. Lab. Clin. Med. 44: 301.

11. MacFaddin, J.F. 1985. Media for the isolation – cultivation – maintenance of medical bacteria. Volume 1. Williams and Wilkins, Baltimore, London.

12. Chapin, K.C., and T.-L. Lauderdale. 2003. Reagents, stains, an media: bacteriology. In: Murray, P. R., E. J. Baron, J.H. Jorgensen, M. A. Pfaller, and R. H. Yolken (ed.). Manual of clinical microbiology, 8th ed. American Society for Microbiology, Washington, D.C.

13. Thomson, R.B. jr., and J.M. Miller. 2003. Specimen collection, transport, and processing: bacteriology. In: Murray, P. R., E. J. Baron, J.H. Jorgensen, M. A. Pfaller, and R. H. Yolken (ed.). Manual of clinical microbiology, 8th ed. American Society for Microbiology, Washington, D.C.

APRESENTAÇÃO No. de cat.

Nome do produto Tamanho da embalagem

212115 BBL UROTUBE E. coli 10 lâminas 272805 BBL UROTUBE E 10 lâminas 273007 BBL UROTUBE 10 lâminas 273357 BBL UROTUBE 50 lâminas 273008 BBL UROTUBE SXT 10 lâminas 273171 BBL UROTUBE M 10 lâminas 273249 BBL UROTUBE 2s 10 lâminas INFORMAÇÕES ADICIONAIS Para obter informações adicionais, contacte o representante local da BD.

BD Diagnostic Systems Tullastrasse 8 – 12 D-69126 Heidelberg/Germany Phone: +49-62 21-30 50, Fax: +49-62 21-30 52 16 [email protected]

BD Diagnostic Systems Europe Becton Dickinson France SA 11 rue Aristide Bergès

DA-212115.02 - 10 -

38800 Le Pont de Claix/France Tel: +33-476 68 3636 Fax: +33-476 68 3292 http://www.bd.com BD, BD logo and BBL are trademarks of Becton, Dickinson and Company. Urotube is a trademark of Becton Dickinson GmbH. ATCC is a trademark of the American Type Culture Collection 2003 Becton, Dickinson and Company

DA-212115.02 - 11 -

GUIA DE INTERPRETAÇÃO (ágar CLED, apenas Meio 1!)

1 000 (=103)/mL

10 000 (=104)/mL

100 000 (=105)/mL

1 000 000 (=106)/mL

Contaminação: 1 000 - 10 000

(=103 -104) CFU/mL

Duvidoso: >10 000 - <100 000 (=104-105) CFU/mL

Infecção: 100 000 - 1 000 000 (=105-106) CFU/mL

DA-212115.02 - 12 -

Documents

BD BBL UROTUBE 2s BBL UROTUBE BBL UROTUBE M BBL … · Os produtos BBL UROTUBE são dipslides utilizados para o isolamento e determinação da contagem de colónias de microrganismos