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Nº 283 Alfenas, sábado, 08 de março de 2008 - Caderno especial da edição Nº 2354 do Jornal dos Lagos - Não pode ser vendido separadamente Cheias de charme Cheias de charme Professora especialista em assuntos femininos ensina jogo da sensualidade para a mulher que quer ser mais feliz e realizada SERVIÇO: Curso Ginástica Sensual e Pompoarismo Dias 10, 12 e 13 de março Horário: sempre das 19 às 21 horas Público alvo: para mulheres de todas as idades, acima de 18 anos – Grupo limitado Contato com a professora Maria Helena: 3292-3742 (academia) – 9938-9661 (celular) Por Patricia de Oliveira E m comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a professora Maria Helena Carvalho Silva, personal trainer da mulher, realiza na próxima semana, em Alfenas, nos dias 10, 12 e 13, das 19 às 21 horas, o curso de Ginástica Especializada e Pompoarismo. Ela comenta que após o curso observa que suas alunas melhoram visivelmente a postura ao andar, ao sentar, e até ao falar, trazendo resultados benéficos para a vida pessoal e profissional. “A mulher já não sabe como tirar uma meia com elegância, está dura, robotizada, precisa ficar mais flexível, mais sensual, pois esse é o seu encanto natural”, comenta a expert, que é amiga da sexóloga Carmen Jansen. Aliás, Carmen aprendeu massagem sensual e pompoarismo com a amiga Maria Helena. Em Alfenas, na Gymcompany, Maria Helena vem realizando vários cursos para a mulher, porém este curso, especificamente, será em um local especial, com enfoque científico e fechado, para a privacidade e tranqüilidade das alunas. Nas aulas de ginástica, as mulheres vão aprender exercícios pélvicos ritmados e de coordenação para desenvolver a feminilidade e sensualidade. “Fortalecendo os músculos do assoalho pélvico, a praticante ficará segura de sua condição de mulher, sentirá mais prazer durante a relação sexual, sairá da rotina, da mesmice, e com isso sentirá que seu relacionamento também vai melhorar, assim como sua saúde e sua disposição. Quer coisa melhor?”, pergunta a professora. Os exercícios desta ginástica, se praticados regularmente, evitam e corrigem a desagradável incontinência urinária, muito comum entre as mulheres sedentárias. Na opinião de Maria Helena, a aparência da mulher é também peça fundamental no jogo da sensualidade, e ela tem que se sentir bonita até mesmo limpando a casa. “Em primeiro lugar, a mulher tem que se arrumar para ela e depois para os outros. As pernas estão depiladas? A sobrancelha está feita? E o cabelo, está limpo? A lingerie está em ordem? Nada pior do que lingerie estragada, com alças frouxas, calcinhas velhas, lasseadas, folgadas... Tudo isso compromete muito a segurança da mulher”, ensina Maria Helena. Ela comenta que a mulher, se valorizando, passará a se gostar mais e a ficar com a auto-estima elevada. Como hoje é o Dia Internacional da Mulher, ela dá o recado: “a mulher deve se lembrar de ser mulher em todos os sentidos, fazendo valer esse dia grandioso e o estendendo a todos os dias do ano.” Afinal, diz ela, não importa a idade que a mulher tenha, o que importa é que ela seja feliz, segura de sua sensualidade, educada, fina, elegante e atraente aos olhos de qualquer pessoa. Pompoarismo ~ O curso de ginástica sensual e pompoarismo é baseado em exercícios de ginástica médica para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico. Trata-se de um curso descontraído onde as alunas aprendem de forma interessante a obter mais prazer, saúde, auto-estima e sensualidade; aprendem a importância do “Pompoar” no relacionamento do casal; a anatomia feminina; as diferentes intensidades das contrações (prática); ginástica pélvica sexual: posições para treinamento e exercícios de fortalecimento; e indicação dos acessórios adequados para a prática. As participantes praticam os exercícios de contração e são orientadas sobre as diversas técnicas de fortalecimento. As mais tímidas podem ficar tranqüilas, pois Maria Helena adianta que elas não precisam tirar a roupa. As alunas receberão técnicas sofisticadas de strip- tease e dicas valiosas de como desenvolver a sensualidade no dia-a-dia, de maneira sutil. José Carlos Santana Maria Helena Carvalho Silva: há diferenças entre ser irresistivelmente atraente e descaradamente oferecida; enquanto a oferecida é vulgar, grosseira e atirada, causando embaraço nos homens, as mulheres atraentes tem um “quê” de mistério, são elegantes e refinadas

Beleza feminia

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Beleza feminina

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  • N 283Alfenas, sbado, 08 de maro de 2008 - Caderno especial da edio N 2354 do Jornal dos Lagos - No pode ser vendido separadamente

    Cheias de

    charmeCheias d

    e

    charme

    Professora especialistaem assuntos femininosensina jogo dasensualidade paraa mulher quequer ser mais feliz e realizada

    SERVIO:Curso Ginstica Sensual ePompoarismoDias 10, 12 e 13 de maroHorrio: sempre das 19 s21 horasPblico alvo: para mulheresde todas as idades, acimade 18 anos Grupo limitadoContato com a professoraMaria Helena: 3292-3742(academia) 9938-9661(celular)

    Por Patricia de Oliveira

    Em comemorao ao Dia Internacional da Mulher, a professora Maria Helena Carvalho Silva, personal trainer da mulher, realiza na prxima semana, emAlfenas, nos dias 10, 12 e 13, das 19 s 21 horas, o curso de Ginstica Especializada ePompoarismo. Ela comenta que aps o curso observa que suas alunas melhoramvisivelmente a postura ao andar, ao sentar, e at ao falar, trazendo resultados benficospara a vida pessoal e profissional.

    A mulher j no sabe como tirar uma meia com elegncia, est dura, robotizada,precisa ficar mais flexvel, mais sensual, pois esse o seu encanto natural, comenta aexpert, que amiga da sexloga Carmen Jansen. Alis, Carmen aprendeu massagemsensual e pompoarismo com a amiga Maria Helena. Em Alfenas, na Gymcompany,

    Maria Helena vem realizando vrios cursos para a mulher, porm este curso,especificamente, ser em um local especial, com enfoque cientfico e fechado, paraa privacidade e tranqilidade das alunas.Nas aulas de ginstica, as mulheres vo aprender exerccios plvicos ritmados e decoordenao para desenvolver a feminilidade e sensualidade.

    Fortalecendo os msculos do assoalho plvico, a praticanteficar segura de sua condio de mulher, sentir mais prazer

    durante a relao sexual, sair da rotina, da mesmice, e com issosentir que seu relacionamento tambm vai melhorar, assim como suasade e sua disposio. Quer coisa melhor?, pergunta a professora.Os exerccios desta ginstica, se praticados regularmente, evitame corrigem a desagradvel incontinncia urinria, muitocomum entre as mulheres sedentrias.Na opinio de Maria Helena, a aparncia da

    mulher t a m b m

    pea fundamental no jogo da sensualidade, eela tem que se sentir bonita at mesmo limpando

    a casa. Em primeiro lugar, a mulhertem que se arrumar para ela edepois para os outros. As pernas

    esto depiladas? A sobrancelha est feita? Eo cabelo, est limpo? A lingerie est em ordem? Nada

    pior do que lingerie estragada, com alas frouxas,calcinhas velhas, lasseadas, folgadas... Tudo isso

    compromete muito a segurana da mulher,ensina Maria Helena. Ela comenta que amulher, se valorizando, passar a se gostarmais e a ficar com a auto-estima elevada.Como hoje o Dia Internacional da Mulher, ela

    d o recado: a mulher deve se lembrar de sermulher em todos os sentidos, fazendo valer esse dia

    grandioso e o estendendo a todos os dias do ano.Afinal, diz ela, no importa a idade que a mulher tenha, o

    que importa que ela seja feliz, segura de sua sensualidade,educada, fina, elegante e atraente aos olhos de qualquer pessoa.

    Pompoarismo ~ O curso de ginstica sensual e pompoarismo baseado em exerccios de ginstica mdica para o fortalecimentodos msculos do assoalho plvico. Trata-se de um cursodescontrado onde as alunas aprendem de forma interessante aobter mais prazer, sade, auto-estima e sensualidade; aprendema importncia do Pompoar no relacionamento do casal; aanatomia feminina; as diferentes intensidades das contraes(prtica); ginstica plvica sexual: posies para treinamentoe exerccios de fortalecimento; e indicao dos acessriosadequados para a prtica. As participantes praticam osexerccios de contrao e so orientadas sobre as diversastcnicas de fortalecimento.As mais tmidas podem ficar tranqilas, pois MariaHelena adianta que elas no precisam tirar a roupa.As alunas recebero tcnicas sofisticadas de strip-tease e dicas valiosas de como desenvolver asensualidade no dia-a-dia, de maneira sutil.

    Jos Carlos Santana

    Maria Helena Carvalho Silva: hdiferenas entre ser irresistivelmenteatraente e descaradamente oferecida;

    enquanto a oferecida vulgar,grosseira e atirada, causando

    embarao nos homens, as mulheresatraentes tem um qu de mistrio,

    so elegantes e refinadas

  • Impresso em offset, na Arte Grfica Atenas Ltda

    Suplemento especial do Jornal dos Lagos.Publicao da UNIVERSIDADE JOS DO ROSRIO VELLANO

    DIRETOR: Antnio Camilo da Silva Sobrinho. EDITOR RESPONSVEL: Valdir Cezrio - Reg.6.321 - DRT-MG. EDITORA DO SUPLEMENTO: Patricia de Oliveira - MG 05559 JP.

    EDITORAO GRFICA: Paulo Henrique Corsini.TEL: 35 3299-3892 - FAX: 35 3299-3878

    Home page: www.jornaldoslagos.com.br - e-mail: [email protected]

    Caderno L

    *** As idias e os conceitos emitidos em artigos assinados no representam necessariamente a opiniodeste jornal, sendo de exclusiva responsabilidade dos autores ***

    2sbado, 08 de maro de 2008

    ILMA MANSO VIEIRA - Bacharel em Filosofia e professora da [email protected]

    O DESAFIO NOS PERTENCE

    A QUARESMA DOS BONS TEMPOS

    Marco Antnio Soares de Oliveira -Escritor e jornalista

    WALDIR DE LUNA CARNEIROTeatrlogo DRAMATURGIA

    DEDOS DE PROSA

    quando a tristeza e a desesperana nos

    invadem que procuramos remdio para mu-

    dar. Sem estmulo, queremos parar tudo, e

    pensamos que tanto desafio, tanto esforo

    no valem a preocupao e a tristeza que nos

    invadem. Cansamos de ser fortes diante das

    adversidades. Isto porque no somos como

    as aves, que no desistem de seus instintos e

    persistem nos seus afazeres. Quando a natu-

    reza invade e destri seus ninhos, elas come-

    am tudo de novo, renovam e cumprem o

    seu destino. No abandonam as tarefas. Con-

    tinuam a cantar e a recolher as migalhas de

    novo, at que um novo ninho esteja prepara-

    do para receber os ovos e dar continuidade

    sua espcie.

    Quando a sabedoria e a criatividade se for-

    tificam em ns, colocamos a esperana na

    frente e a confiana de que somos capazes de

    prosseguir, sem desnimo. Juntamos os pe-

    daos da esperana e vamos construindo o

    nosso caminho. O desafio nos pertence, e a

    vida no pode ser diferente. Nossa intelign-

    cia e vontade procuram equilibrar as emo-

    es, e o querer e o saber exercem certa pri-

    mazia sobre o sentir (eu quero, eu sei). Na

    confiana somos impulsionados para a vida

    e desafiamos a tristeza, a angstia e a solido,

    que no nos impedem de prosseguirmos de

    forma aberta para a vida. Corremos risco,

    incerteza e desamparo.

    O navegante foge do perigo da tempes-

    tade. O crente usa a Bblia para fugir do pe-

    rigo da perdio. E ns, no uso do mundo,

    fugimos do perigo, do desamparo de nosso

    ser. Se fossemos to frgeis e instveis, no

    abriramos os braos para abraar as tarefas

    que a vida nos oferece. O mundo a nossa

    fuga, a travessia e a busca da liberdade. di-

    ante desse universo que desafogamos a nos-

    sa angstia e aliviamos o peso que carrega-

    mos, desde que os objetivos criados ocupem

    o nosso tempo disponvel. E se j alcana-

    mos uma fase da vida com tempo disponvel,

    podemos nos entregar aos devaneios poti-

    cos; ao pr-do-sol colorido j prximo do ho-

    rizonte, que nos abraa. Podemos parar sob

    o manto estrelado e contemplar a lua. Correr

    at o mar revolto e nos deliciar com a brisa

    matinal. A recebemos o abrao universal que

    nos acalenta, e a angstia se transforma no

    sentimento da beleza que nos cerca. Somos

    seres no mundo e nele estamos em paz e con-

    quistamos a felicidade. Desafios so sempre

    positivos, so a criao em forma embrion-

    ria, e sem eles nada se faz, nada se cria, por-

    que estaramos satisfeitos diante do nosso

    medocre cotidiano. Desafios so mpetos que

    nos movem na busca de algo maior, e nele

    que esquecemos os nossos medos, ousamos

    ultrapassar limites para criar, inventar e cum-

    prir os nossos desgnios. Aqueles que no

    enfrentam o desafio, diz Emmanuel Kant, fi-

    lsofo alemo - 1724/1804, por preguia ou

    covardia, abandonam as autonomias e pre-

    ferem ser guiados; optam pelos caminhos

    mais fceis e menos trabalhosos, so os que

    permanecem na mediocridade, sob a prote-

    o de tutores. Preferem viver na segurana

    de seu rebanho do que lutar por novos hori-

    zontes. Abdicam da sua razo livre e do desa-

    fio de ousar pensar, entregam suas vidas nas

    mos de outros. E os tutores aceitam de bom

    grado a administrao de vidas alheias e a

    manipulao das mesmas. Quem faz esta op-

    o no precisa mais decidir, no existe an-

    gstia das escolhas. Mas bom lembrar que

    nada tem para comemorar, no haver tris-

    teza nem alegria. O esclarecimento de tudo

    que nos cerca dado na educao ao longo

    tempo e, segundo Kant, equivale liberdade.

    No esquecemos de que os obstculos exis-

    tem para se antepor s realizaes dos so-

    nhos. E a superao dos obstculos exige que

    utilizemos o que temos de melhor. E quanto

    mais descobrimos e exploramos nossas ca-

    pacidades, mais perto ficamos dos nossos

    sonhos. , portanto, possvel desistir no meio

    do caminho. O que no se pode culpar os

    outros. E como diz Scrates: O homem es-

    clarecido s poder praticar o bem e a virtu-

    de.

    Nos bons tempos em que se amarrava

    cachorro na lingia, a Quaresma era bem

    respeitada. Em noites de lua sentvamos no

    porto de Dona Sofia e ela desfilava histri-

    as fantsticas em que ns crianas, empol-

    gados, de ouvidos atentos, no deixvamos

    escapar, com a ateno toda presa nos mni-

    mos detalhes. Recolhamos ao leito e nos-

    sos ouvidos no desgrudavam do que ocor-

    ria na rua em frente nossa casa. Na nossa

    imaginao infantil mulas sem cabeas tro-

    tavam e relinchavam em nossas caladas .

    Lobisomens vociferavam fogo e vampiros

    transitavam sobre nossas cabeas. Hoje

    penso nesse mundo pueril, que nos fazia so-

    nhar e procurar o prazer no arrepio do medo

    frente ao inimaginvel. Dona Sofia era a res-

    ponsvel pelo delrio de nossa fantasia. No

    final da Quaresma, a Semana Santa nos trans-

    formava em msticos. Logo, no Domingo de

    Ramos, uma atmosfera religiosa envolvia

    toda a cidade, fazendo com que as tardes fi-

    cassem ainda mais longas e mais tristes. No

    se ouvia nem um pio de passarinho, tudo era

    mgico e encantado. O cinema fechava suas

    portas, suspendendo os filmes de Tarzan e

    de Batman. Nas igrejas, os altares eram co-

    bertos com panos roxos ou pretos e as flo-

    res eram retiradas dos jarros de prata. Na

    quinta-feira, era celebrada a Missa de Ps-

    coa e tardinha tinha lugar a cerimnia do

    lava-ps. As mes faziam sempre questo

    para que os filhos participassem da cerim-

    nia. Os meninos tinham que tomar um ba-

    nho bem tomado, botar perfume nos ps

    para que no houvesse nem um cheirinho

    de chul. Na sexta-feira a imagem do Senhor

    Morto ficava exposta venerao dos fiis.

    As matracas levadas pelos garotos invadi-

    am as ruas anunciando que o fim do Salva-

    dor estava prximo. s quinze horas, a Via

    Sacra. Logo em seguida, era realizada a Pro-

    cisso do Senhor Morto, cujo esquife era

    conduzido pelas autoridades locais. Ns,

    crianas, aproveitvamos as ceras das ve-

    las, amarrvamos num barbante e durante

    toda a procisso dvamos coques nas pes-

    soas da frente. Era uma travessura inocen-

    te. Depois de percorrer todas as ruas da ci-

    dade, o Cristo Morto ficava em exposio

    na Igreja, para ser beijado por homens, mu-

    lheres e crianas, quando depositavam a seus

    ps plantas aromticas.

    A festa para ns comeava mesmo na

    madrugada de sexta para o sbado com a

    queimao do Judas, boneco feito com rou-

    pas velhas, contendo bombas que explodi-

    am queimando. Era hbito o roubo do Judas

    por pessoas de outra rua, e para proteg-lo

    era bem vigiado at a hora de ser queimado.

    No sbado, s oito horas, era rezada a missa

    da Aleluia. Respirvamos aliviados daquela

    tenso contida para festejarmos e procurar

    o ovo da Pscoa escondido no quintal.

    Antigamente, no se comia carne durante

    toda a SEMANA santa. Depois, com a evo-

    luo dos costumes, a Igreja liberou os dias

    de abstinncia e jejum. As crendices nesse

    tempo avultavam e uma srie de coisas eram

    consideradas pecaminosas. Exemplos:

    olhar-se ao espelho, usar rouge, batom e

    qualquer perfume, por serem sinais de vai-

    dade; tomar banho vendo o prprio corpo

    nu, pecado por pensamentos; manter rela-

    es sexuais durante a Semana Santa era o

    maior de todos os pecados. O homem que

    assim procedesse, ficaria impotente para o

    resto da vida e a mulher incapacitada de ge-

    rar filhos.

    Os fiis cumpriam, naquela poca, religi-

    osamente, todas essas regras. Hoje o mun-

    do mudou para pior, ou melhor, e essas tra-

    dies no so to respeitadas pela maioria

    dos cristos. o que aconteceu com uma

    galeria de arte em Nova York, no ano passa-

    do, que iria apresentar uma escultura em

    tamanho original de Jesus Cristo, nu, feita

    de chocolate. A escultura Meu Doce Se-

    nhor, de Cosimo Cavallaro, deveria ser exi-

    bida diariamente durante duas horas, na

    Semana Santa, em uma janela de vidro da

    galeria que poderia ser vista a partir da rua.

    Porm, a Liga Catlica para Direitos Religi-

    osos e Civis pediu o boicote do hotel Roger

    Smith, que gerencia tambm a galeria de arte

    e a exibio foi cancelada. Assim gira o mun-

    do e os costumes so outros. Mas o respeito

    necessrio para todas as religies e as boas

    tradies devem ser conservadas. Na cida-

    de de Gois, por exemplo, existe uma tradi-

    o h 260 anos: a Procisso do Fogaru,

    nica nesse estilo realizada no Brasil. Sim-

    boliza a busca e priso de Cristo. Dela parti-

    cipam personagens encapuzados, denomi-

    nados Farricocas, que seriam penitentes e

    mantenedores da ordem. A procisso da

    Sexta-feira Santa realizada anualmente

    com a iluminao pblica apagada e ao som

    de tambores. A escurido, as tochas, a rapi-

    dez e os encapuzados criam um clima medi-

    eval assustador e excitante, de beleza impar.

    Guardemos ento as tradies puras em que

    o consumismo capitalista ainda no interfe-

    riu.

    RONALDO SANTOS - Divertida leitu-ra nos d "Quero Falar, Quero dizer Que-ro Contar". Graa e espontaneidade noseu livro lanado dia 0l de maro na "Es-tao Alfenas". Uma coletnea de fatoscuriosos e interessantes que nosrememora uma Alfenas dos tempos idoscom suas curiosas e notveis personali-dades. Cada pgina um fato pitoresco, umepisdios bem humorado, uma narrati-va plena de humor e s vezes poesia. So199 pginas e em cada qual um sabor di-ferente. O autor vai desfiando aconteci-mentos desde seu tempo de menino ataos tempos atuais vertendo amor pelaesposa, filhos, netos, amigos, compadrese no se esquecendo da sua bela Axar e

    da sua amada Alfenas, deixando entre-ver naquelas pginas o cristo de boacepa. "Aquele que escreve para si mesmo- dizia Ralph Waldo Emerson - escrevepara todos". Ronaldo escreveu o quemuita gente gostaria tambm de ter es-crito e para bem escrever no basta des-pertar a ateno preciso satisfaz-la,antes mesmo de manusear o seu bonitolivro j adivinhvamos o seu rico e di-vertido contedo No foi surpresa foi umredobrado prazer.

    SERIEDADE - "Um homem srio tempoucas idias. Um homem de idias nun-ca srio." (Paul Valery)

    DE GOETHE - "A originalidade dos

    escritores da atualidade no se deve aofato de produzir algo novo,mas to-so-mente sua capacidade de dizer coisascomo se nunca tivessem ditas antes."

    DO HISTORIADOR GOTTFRIEDBENN - "Hegel, Darwin, Nietzsche fo-ram as causas efetivas das mortes demuitos milhes de homens. Os pensa-mentos matam, as palavras so mais cri-minosas do que qualquer assassinato, ospensamentos se vingam sobre a cabeados heris e dos povos."

    DE NELSON RODRIGUES - "Dinhei-ro: H homens que, por dinheiro, so ca-pazes at de uma boa ao.

    TEMPO - "Quando esperamos, os segun-dos so anos, quando recordamos os anosso segundos." (?)

    AOS JOVENS - "No esqueais nuncaque toda a vossa vida ser o eco de vossamocidade. A rvore tomba ao lado paraque se inclina. Tereis de prestar contas doemprego de vosso talento e de vossas ap-tides. No vos exponhais maledicn-cia da figueira estril. Elevai bem alto asvossas aspiraes. Um jovem cristo devecompreender melhor do que qualquer ou-tro, a obrigao de bem empregar a suajuventude." (J. Riboulet - "Conselhos so-bre o trabalho intelectual")