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Bem-estar Emocional Bem-estar Emocional A HDYO tem mais informação sobre DH disponível para jovens, pais e profissionais no nosso site: www.hdyo.org www.hdyo.org

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A HDYO tem mais informação sobre DHdisponível para jovens, pais e

profissionais no nosso site:

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Bem-estar emocional é um termo que pode ter um significado diferente para cada pessoa, mas

nesta secção referimo-nos à forma como te sentes emocionalmente e à tua auto-estima. O

bem-estar emocional é realmente importante porque estares bem emocionalmente ajuda-te a

enfrentar as situações mas, se estiveres menos bem a nível emocional, pode ser duro lidares

com isso, especialmente quando os tempos são difíceis. Enquanto jovem, teres a DH na tua

vida pode, por vezes, afectar a forma como te sentes contigo próprio. Existem muitas formas da

DH provocar um impacto emocional numa pessoa jovem e esta secção irá focar-se naquelas

que são mais comuns.

É importante dizer que o bem-estar emocional é, muitas vezes, afectado pelo ambiente que

rodeia a pessoa - o que significa que se trata menos daquilo que tu fizeste e mais sobre que

tipo de apoios ou desafios existem na tua vida. Ter a DH a afectar a tua vida enquanto jovem

poderá, de certeza, trazer muitos desafios ao teu bem-estar emocional. Por isso, se sentes que

não és capaz de lidar com isto neste momento, não é culpa tuanão é culpa tua sentires-te desta forma.

Em baixo, tens uma lista com todos os tópicos abrangidos nesta secção. Podes clicar naquele

que aches ser mais relevante e aprender mais sobre estas experiências e sentimentos. O

acesso ao apoio é também destacado em todos os tópicos, para que possas procurar ter apoio

para as tuas preocupações específicas. Se em algum momento, enquanto lês esta secção, te

sentires angustiado, lembra-te que existe sempre um botão do lado esquerdo do teu monitor

para contactar a HDYO, estaremos cá para ouvir-te.

Tópicos sobre Bem-estar Emocional:Tópicos sobre Bem-estar Emocional:Depressão

Ansiedade & Stress

Auto-mutilação

Perturbações alimentares

Consumo de álcool e drogas

Pensamentos suicidas

“Bullying”

Abusos

DepressãoDepressãoPor vezes, a vida pode parecer realmente difícil. Por vezes, ser afectado pela DH pode fazer

com que tudo pareça ainda mais difícil. Isto pode fazer com que as pessoas fiquem tristes e

deixem de apreciar a vida como antes faziam. Frequentemente, a depressão é um sentimento

de desespero e de tristeza que a pessoa pode experienciar durante um longo período de

tempo, semanas ou meses. A depressão é algo que afecta a vida das pessoas e pode ser

diagnosticada por um médico.

O que causa a depressão?O que causa a depressão?Muitas vezes, a depressão é causada por algo que está a acontecer na tua vida e que altera a

forma como te sentes, tal como o luto, o stress ou, em relação à DH, o facto de um membro da

família ter sido recentemente diagnosticado com DH, ou de os seus sintomas estarem a

progredir e isto estar a ter um impacto negativo em ti. Estas alterações na vida podem conduzir

a alterações na forma como alguém se sente emocionalmente e causar depressão.

Como sabes se te sentes triste ou estás deprimido?Como sabes se te sentes triste ou estás deprimido?

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Os sintomas de depressão incluem:

Tristeza persistente, com duração de duas semanas ou mais

Perda de interesse pelas tuas coisas favoritas

Não sentir alegria ou prazer pela vida

Perda de auto-confiança

Sentires-te culpado, mau, desagradável ou não te sentires suficientemente bom

Sentires-te vazio por dentro

Sentires-te inútil ou incapaz de lidar com a vida

Mais sentimentos de ansiedade do que é habitual

Não conseguires ver um futuro para ti

Pensares que tudo é inútil

Pensares que a vida não vale a pena ser vivida

Hábitos alimentares alterados - perda de apetite e perda de peso ou comer demasiado para

te reconfortares

Teres notas mais baixas do que é habitual na escola, colégio ou universidade

Não ires à escola/universidade/trabalho ou teres comportamentos disruptivos

Apoio na depressãoApoio na depressãoA depressão é muito comum e, se sentes que estás deprimido, então é muito importante que

procures apoio. Com apoio, as pessoas que têm depressão podem ter uma recuperação

completa. Se te sentes deprimido, então a melhor coisa a fazer é contactares o teu médico. O

médico pode sugerir tomares antidepressivos ou fazeres psicoterapia - ambos podem ser úteis

para ultrapassar a depressão. Os antidepressivos, por si só, não são habitualmente a resposta

para a depressão. É aqui que a psicoterapia é vital, para que possas encontrar a causa da tua

depressão e fazer as alterações necessárias de forma a melhorar a tua disposição.

Outra forma importante de ultrapassares a

depressão é falares sobre isso. Pode parecer a

coisa mais difícil de se fazer, mas falares com

alguém acerca de como te sentes, seja um

amigo, um familiar, um dos teus pais,

cuidadores ou uma pessoa de confiança,

significa que estás a começar a lidar com os

teus sentimentos. Se guardares os teus

sentimentos para ti próprio podes começar a

sentir-te solitário e como se tivesses de lidar

com tudo sozinho. A Sarah, uma pessoa jovem

afectada pela DH que passou por uma

depressão, acredita que falar a ajudou imenso:

‘Quando tinha 17 anos, descobri que omeu pai tinha DH… Na altura, pareceu-me uma informação tão pesada para aminha formação de vida que teve umenorme impacto no meu bem-estaremocional. Atravessei um períodomaníaco-depressivo, dos 18 aos 21anos. Pensava que não tinha ninguém com quem pudesse falar e não queria serum fardo para ninguém, especialmente para a minha família, quando eles já

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tinham muito com que se preocupar com a situação como estava. Mas aconteceque foi o melhor remédio, encontrei um grupo de muito bons amigos que medavam imenso apoio e que também, eles próprios, tinham passado por umadepressão. Penso que a maior ajuda que eles me deram foi ouvir-me e deixar quelhes ensinasse o que era a DH e como estava a afectar a minha família. Por isso, eapesar de eles pessoalmente não estarem ligados à DH, sempre pude contar comeles e dizer-lhes tudo o que se estivesse a passar, sem ter medo de ser julgada oumal interpretada.’ - Sarah

Se não tiveres ninguém com quem sintas que podes falar, podes contactar a HDYO sobre a

depressãoem qualquer altura. Estamos cá para ouvir.

O lado positivo da depressãoO lado positivo da depressãoApesar de a depressão ser vista, frequentemente, como tendo um impacto negativo na vida,

sugere-se que, quando é ultrapassada, as pessoas se sentem mais fortes e resilientes. O

filósofo grego Aristóteles também pensava na depressão como uma mais-valia, por causa dos

conhecimentos que poderia trazer. Ele acreditava que existia um aumento de empatia nas

pessoas que tinham ou haviam tido depressão, porque elas se tornavam mais compreensivas

com o sofrimento das outras pessoas. A Sarah também acha que existe um lado positivo na

depressão:

‘Se tivesse a oportunidade de voltar atrás e não passar pela depressão, não ofaria. Aprendi muito sobre mim mesma e isso teve um grande papel na pessoa quesou hoje.’ - Sarah

Mesmo que te sintas sem esperança agora, lembra-te que a depressão pode ser ultrapassada e

que os sentimentos negativos não ficarão contigo para sempre.

Ansiedade & StressAnsiedade & StressA ansiedade é um sentimento desagradável de medo e preocupação. Normalmente, a

ansiedade pode ser útil, ajudando-nos a evitar situações perigosas, tornando-nos alerta e

dando-nos motivação para lidar com os problemas. No entanto, se os sentimentos forem muito

fortes ou continuarem por muito tempo, podem impedir-nos de fazer as coisas que queremos,

tornando as nossas vidas infelizes. O stress é o sentimento de estar sob demasiada pressão

mental ou emocional. A pressão transforma-se em stress quando as pessoas se sentem

incapazes de lidar com as situações.

Muitos jovens podem sentir-se ansiosos ou stressados nas suas vidas, por causa de muitas

coisas, como a escola, a universidade, o trabalho ou coisas como o facto de a DH estar a

provocar pressão na família. Seja qual for a causa da ansiedade e stress, aqui estão alguns

sinais comuns para se ter em atenção:

Como sabes se estás ansioso ou stressado?Como sabes se estás ansioso ou stressado?Sintomas psicológicosSintomas psicológicos

Raiva

Medo da loucura

Medo de ter uma morte iminente

Sentimentos de estares como que fora de ti

Sentimento de estares desligado da realidade

Estares sempre preocupado

Cansaço

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Irritabilidade

Memória fraca

Dormir mal

Incapacidade de te concentrares

Sintomas físicosSintomas físicosDesconforto abdominal

Respiração pesada

Diarreia

Dificuldade em engolir

Tonturas

Desmaios

Urinar com frequência

Dor de cabeça

Indigestão

Tensão e dores musculares

Coração acelerado

Transpirar

Aperto ou dor no peito

Formigueiro na ponta dos dedos

É perfeitamente normal sentires-te ansioso quando enfrentas algo difícil e perigoso, mas não é

normal sentires-te ansioso o tempo todo ou sentires que a ansiedade comanda a tua vida.

Normalmente, a ansiedade extrema assume a forma de fobias, ataques de pânico ou

perturbação obsessivo-compulsiva. Se achas que tens alguns dos sintomas de ansiedade ou

stress, então existe apoio disponível para ti.

ApoioApoioAntes de mais, existem coisas que tu próprio podes fazer para aumentar as hipóteses de

vencer a ansiedade ou o stress.

Ajudares-te a ti próprio a vencer a ansiedade e o stressAjudares-te a ti próprio a vencer a ansiedade e o stressTenta ter uma perspectiva positiva da tua ansiedade, levando um dia de cada vez. Não sejas

demasiado duro contigo próprio. Aprenderes a lidar com a tua ansiedade pode ser

extremamente difícil e pode levar algum tempo. Se possível, tenta enfrentar as coisas ou

situações que te fazem ansioso e tem confiança no facto de seres capaz de lidar com a tua

ansiedade.

É importante arranjares formas de te motivares a ti próprio, por exemplo estabelecendo

objectivos pequenos e alcançáveis. Por vezes é útil fazeres uma lista dos problemas

específicos ou das situações difíceis que gostarias de ultrapassar, e tentar fazê-lo passo a

passo.

Aprende a relaxar, pensando em coisas que te façam sentir calmo, tal como ouvir música ou

ler. Poderás também usar técnicas de relaxamento específicas, tais como a meditação, o

yoga ou ouvir cassetes de relaxamento pré-gravadas. Isto pode ajudar-te se tiveres

dificuldades em dormir.

Faz algum tipo de exercício de forma regular. O exercício físico pode activar as substâncias

químicas do cérebro que irão melhorar a tua disposição. Sentires-te bem com o teu corpo

pode fazer com que te sintas mais positivo em relação a ti mesmo.

Come bem - muitos vegetais frescos e fruta aumentarão a tua energia corporal. Tenta,

igualmente, evitar beber muito chá ou café, porque a cafeína aumenta os níveis de

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ansiedade.

Mas também existe apoio exterior para te dar. O teu médico é um bom sítio para começares,

eles podem prescrever medicação que te poderá ajudar e também te poderão referenciar a um

psicólogo para que possas fazer terapia. Mais uma vez, como na depressão, os medicamentos

só por si provavelmente não serão suficientes. A terapia irá ajudar-te a encontrares a raiz

causadora de qualquer ansiedade e a trabalhares esse aspecto. É por isso que a combinação

de medicamentos e de terapia consegue ser mais eficaz. Falar é, de facto, importante para

ultrapassares qualquer problema que tenhas, como ansiedade ou stress. Fala com pessoas em

quem confias, como família, amigos, um adulto de confiança, um psicoterapeuta ou a HDYO -

estamos cá para ouvir-te. Existe apoio aí fora para ti, e a ansiedade e o stress podem ser

ultrapassados.

(A “Childline” é um serviço do RU)

Auto-mutilaçãoAuto-mutilaçãoAuto-mutilação é um termo que descreve a situação em que as pessoas propositadamente se

magoam a elas próprias, de determinada forma, sendo que a maneira mais comum é cortarem-

se a si próprias com um objecto cortante. Por vezes, quando a vida parece difícil e lidar com as

situações se torna complicado, as pessoas podem auto-mutilar-se para sentir que têm algum

controlo da situação ou para libertar emoções negativas.

Existem inúmeras razões pelas quais as pessoas jovens se podem auto-mutilar - a necessidade

de fazer mal a elas próprias está habitualmente relacionada com emoções com que é difícil

lidar. As pessoas jovens podem auto-mutilar-se porque é uma forma de libertar tensão ou raiva.

É uma dor física, com a qual elas conseguem lidar, em vez de ser um sentimento emocional que

é, para elas, difícil de lidar. Pode também ser uma forma de controlar alguma coisa,

especialmente se sentirem que outras partes das suas vidas estão fora do controlo ou se

sentem que estão presas numa situação difícil. A auto-mutilação pode também ser usada como

forma de auto-punição por algo com que o jovem se sente mal.

‘A dor física é real, é algo com que podes lidar. Tu tens a dor… passa e depoisacaba. Por isso, para mim, a auto-mutilação era uma forma de deixar sair todos osmales emocionais e físicos - era uma forma de libertação.’ - Marthe

Muitas formas das pessoas se auto-mutilaremMuitas formas das pessoas se auto-mutilaremA auto-mutilação pode assumir muitas formas diferentes. Cortar-se é a mais comum e

conhecida forma de auto-ferimento, mas existem outras: queimar-se; escaldar-se; apunhalar-se;

bater com a cabeça ou outras partes do corpo contra a parede; arrancar cabelos; morder-se;

partir ossos; saltar de sítios altos ou para a frente de veículos; e engolir ou inserir objectos.

Formas de ultrapassar a auto-mutilaçãoFormas de ultrapassar a auto-mutilaçãoApesar da auto-mutilação ser vista pelo auto-mutilador como uma técnica para enfrentar

situações, não é a melhor maneira, já que traz os seus próprios problemas e pode,

potencialmente, causar sérios danos à tua saúde. Por isso, ultrapassar a auto-mutilação é

importante para a segurança e bem-estar do jovem, mas a auto-mutilação poderá tornar-se

viciante e como que um hábito. Distraíres-te da auto-mutilação é uma boa maneira de parares.

Ao encontrares coisas alternativas, podes ser capaz de reduzir a necessidade de auto-

mutilação. Ultrapassar qualquer tipo de vício não é fácil, mas estas pistas podem ajudar-te a

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encontrares algo que podes fazer em vez da auto-mutilação.

Lista de pistas e distracções para parar com a auto-mutilaçãoLista de pistas e distracções para parar com a auto-mutilaçãoEscreve o que sentes em vez te auto-

mutilares

Corta pedaços de papel para substituires a

auto-mutilação

Puxa um elástico com força para sentires

uma dor similar à auto-mutilação

Coloca gelo nos pulsos para sentires dor e

dormência sem te cortares

Pinta de vermelho o teu braço para teres o

efeito visual da auto-mutilação

A técnica da borboleta - desenha uma

borboleta ou outro animal na parte do corpo

onde habitualmente te auto-mutilas e tenta

não lhe fazer mal.

Grita

Chora

Faz jogos

Lê livros

Sai com amigos

Vê filmes

Usa a Internet

Ouve música

Faz exercício

Cozinha ou come (ou ambos)

Toma um banho

Dá um passeio

Liga a alguém

Dança

Começa um novo passatempo

Faz voluntariado numa organização perto de ti

Talvez esta lista te tenha dado algumas ideias de como podes tentar ultrapassar a auto-

mutilação, ou talvez tenhas pensado em mais coisas que podes fazer. De qualquer forma, as

distracções são formas muito úteis de tentares parar com a auto-mutilação. Mas se te auto-

mutilares - certifica-te de que cuidas dos teus cortes e feridas. Cortes e feridas não tratados

podem levar a uma infecção e causar ainda mais danos. E, se estiveres preocupado com um

corte ou uma ferida em particular, então procura imediatamente ajuda médica - é importante

que estejas seguro.

Apoio para a auto-mutilaçãoApoio para a auto-mutilação

(A “Childline” um serviço do RU)

Contar a alguém sobre a auto-mutilação é um enorme e corajoso passo, por isso desabafa com

alguém com quem te sintas confortável. Falar com um profissional de saúde treinado, tal como

um médico, um psicólogo ou uma organização de apoio é um passo seguro para dares, porque

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eles irão ouvir-te calmamente e oferecer-te aconselhamento e apoio. Provavelmente, será

também mais fácil abrires-te com alguém que não te é emocionalmente chegado, porque podes

relaxar e não te preocupares com o facto de o estares a perturbar. Não há qualquer razão para

que lides sozinho com as coisas; se estás realmente preocupado com o facto de falares com

alguém pessoalmente, podes telefonar, enviar email ou até escrever, anonimamente, a um

grupo de apoio profissional.

Quando se fala com alguém sobre a auto-mutilação é importante pensar sobre a

confidencialidade. Por vezes, quando uma pessoa jovem diz a um profissional de saúde que se

auto-mutila, este poderá ter de envolver outros profissionais ou contactar a família,

dependendo da sua politica de confidencialidade. A confidencialidade varia muito em termos

mundiais, por isso, antes de falares com qualquer profissional, pergunta-lhe qual é a sua política

de confidencialidade e certifica-te de que te sentes confortável antes de falares sobre a auto-

mutilação.

Fazer um esforço consciente para parar a auto-mutilação é um grande progresso e um passo

corajoso. Mas qualquer vício é difícil de ultrapassar se estás sozinho e apesar das distracções

poderem impedir que te auto-mutiles em certas ocasiões, é provável que não resolvam a razão

pela qual te auto-mutilas. Por isso, falar com aqueles em quem confias e que te podem ajudar é

um importante passo a ser dado. Um médico ou psicólogo são bons pontos de partida e a

HDYO está cá para ouvir.

Perturbações alimentaresPerturbações alimentaresUma perturbação alimentar é uma doença que decorre de uma combinação de stress

emocional e psicológico e que resulta numa relação obsessiva com a comida, em termos de

comer de mais ou de menos. Ter a capacidade de controlar a quantidade e tipo de comida

consumida, faz com que os doentes acreditem que estão a lidar com ou a controlar os seus

problemas e é uma forma de bloquear sentimentos dolorosos.

Diferentes tipos de perturbações alimentaresDiferentes tipos de perturbações alimentaresAnorexiaAnorexia: Uma perturbação psicológica em que o doente tem uma visão distorcida da forma e

peso do seu próprio corpo, levando-o, deliberadamente, a passar fome.

BulimiaBulimia: Os bulímicos entram num ciclo abusivo de vomitar a comida até ficarem doentes e

livrarem-se de toda a comida que ingeriram. Muitos também usam laxantes para provocar

diarreia.

Perturbação de ingestão compulsivaPerturbação de ingestão compulsiva: Mais uma vez, envolve o consumo excessivo de comida,

mas, ao contrário da bulimia, estas pessoas são incapazes de vomitar.

PASOEPASOE: Sigla de ‘Perturbação Alimentar Sem Outra Especificação’, em que os doentes têm

alguns, mas não todos, dos sintomas para um diagnóstico de anorexia ou bulimia.

Qual o motivo para as pessoas desenvolverem perturbaçõesQual o motivo para as pessoas desenvolverem perturbações

alimentares?alimentares?As perturbações alimentares, tal como a auto-mutilação, quase sempre se devem ao facto de

não estares feliz, sentires-te deprimido ou sentires que a tua vida está fora do controlo. Talvez

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se esteja passar alguma coisa em tua casa, estás a sentir-te realmente stressado com os

exames, estás a fazer o luto de alguém que faleceu ou o impacto da DH na tua vida está a

aumentar. O que é importante lembrar sobre as perturbações alimentares é que todos elas têm

a ver com a tua cabeça, apesar de te focares no teu corpo.

No vídeo, a Marthe fala sobre como começou a sua perturbação alimentar, por ela querer ter o

controlo sobre a forma como a DH estava a afectar a sua vida.

Como sabes se tens uma perturbação alimentar?Como sabes se tens uma perturbação alimentar?Seguem algumas questões para colocares a ti próprio e analisares como te sentes em relação à

vida e à comida.

Como te sentes sendo quem és, neste momento? Estás perturbado? Sentes-te pressionado?

Os teus hábitos alimentares alteraram-se recentemente?

O teu pensamento sobre a comida alterou-se?

Começaste a ficar preocupado com a comida e com a contagem de calorias?

Evitas algumas situações que envolvam comida, tal como ires jantar fora com amigos?

Estás a saltar refeições, a consumir comida de forma compulsiva ou a vomitar depois de

comer?

Se respondeste ‘sim’ a muitas destas perguntas, isso não quer dizer que tenhas,

automaticamente, uma perturbação alimentar. Por isso, não entres em pânico. Mas poderá ser

um sinal de que precisas de saber o que se está a passar na tua cabeça.

As pessoas podem namoriscar com as perturbações alimentares. Muitas vezes, cansam-se

entretanto e elas não as levam para o abismo. Mas, quando a comida começa a interferir com a

tua vida e começa a ser o único foco do teu pensamento, então vale a pena procurar ajuda.

Ultrapassar as perturbações alimentaresUltrapassar as perturbações alimentaresÉ difícil ‘curar’ as perturbações alimentares sozinho, mas recomenda-se que, se eliminaste um

grupo de alimentos ou se costumas saltar refeições regularmente, comeces por tentar

estabelecer objectivos que sejam alcançáveis. Por exemplo, tenta ‘Eu vou comer hidratos de

carbono três vezes por semana’ ou ‘Vou certificar-me de que como três refeições por dia, cinco

dias por semana’. Se conseguires atingir estes objectivos, então poderás ser capaz de fazer

bons progressos na resolução da perturbação alimentar. No entanto, o mais provável é que

precises de apoio ao longo deste processo, por isso não tenhas receio de falar com alguém ou

ir ao teu médico.

Apoio para as perturbações alimentaresApoio para as perturbações alimentaresAs perturbações alimentares podem ser ultrapassadas. A recuperação é possível, mesmo

depois de anos de doença. Mas ninguém te pode forçar a pedir ajuda. Primeiro, tens de aceitar

que tens uma perturbação alimentar. Talvez ajude falares com alguém em quem confies - um

familiar, um amigo ou adulto de confiança. A HDYO também está aqui para te ouvir, caso

queiras falar sobre as perturbações alimentares. Falar é um passo corajoso, mas pode ajudar

imenso.

O teu médico poderá ajudar-te com as perturbações alimentares e pode encaminhar-te para um

nutricionista ou um psicólogo. Se ele não o fizer, tenta pedir para ser encaminhado para um

nutricionista ou para um psicólogo, porque os tratamentos, juntamente com a psicoterapia,

podem ser uma forma poderosa de ultrapassar as perturbações alimentares. O tratamento

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tende a ser uma combinação de dieta controlada e psicoterapia para ajudar a lidar com os

problemas subjacentes. É sempre importante encontrar a causa subjacente que está a provocar

as perturbações alimentares, por forma a pará-las completamente e a melhorar o teu bem-estar

emocional.

Consumo de Drogas & ÁlcoolConsumo de Drogas & ÁlcoolMuitas pessoas bebem álcool e consomem drogas (lembra-te que os medicamentos também

são drogas) e, normalmente, em doses razoáveis não há problema, mas em doses excessivas

estas substâncias podem ser perigosas. Por vezes, as pessoas consomem álcool e drogas para

se sentirem melhor ou para esquecer as coisas, quando a vida parece dura e lidar com ela se

torna difícil. No entanto, beber em demasia ou consumir drogas em excesso, pode causar

muitos problemas e danos permanentes no teu corpo, e pode também ser muito viciante e

difícil de ultrapassar sem apoio.

Qual a razão para as pessoas começarem a abusar de drogasQual a razão para as pessoas começarem a abusar de drogas

e álcool?e álcool?Existem muitas razões para o facto das pessoas consumirem álcool e drogas. Algumas das

razões que as pessoas dão, incluem:

Para parecer adulto ou porreiro em frente de outras pessoas

Gostam da ideia de fazer algo perigoso

Os seus amigos fazem-no

Querem escapar a sentimentos de tristeza ou de desespero

Para fugir aos problemas em casa e na escola

Gostam da sensação que têm ao consumir drogas e álcool

Quando é que beber álcool e consumir drogas se torna umQuando é que beber álcool e consumir drogas se torna um

problema?problema?Se alguém bebe muito ou consome muitas drogas e não consegue parar, pode ter um

problema. Substâncias como a heroína, as benzodiazepinas (BZDs) e o álcool podem fazer com

que o teu corpo desenvolva uma dependência física. Se tiveres dores, tremores e suores

quando o teu corpo não obtém estas drogas, poderás estar a ter o síndrome de abstinência.

Deves entrar em contacto com a tua unidade local de tratamento de álcool e drogas, para

obteres ajuda, apoio e aconselhamento.

Apesar de outras drogas, tais como a cannabis ou a cocaína, não provocarem uma

dependência física, podem levar a uma ‘dependência psicológica’ - quando te sentes incapaz

de funcionar sem usá-las ou quando tens sintomas de abstinência quando páras.

Para além dos efeitos físicos e psicológicos, também é importante considerar os potenciais

problemas financeiros e legais associados ao uso de drogas. Manter um hábito de álcool ou

droga, quer seja legal ou ilegal, pode ser caro e levar a problemas com dívidas. Ser apanhado

na posse de substâncias ilícitas ou testar positivo pelo seu consumo pode ter implicações

legais. O consumo de drogas também pode ter impacto nas tuas relações e actividades sociais,

escolares e laborais.

Que danos te podem causar o abuso de drogas e álcool?Que danos te podem causar o abuso de drogas e álcool?

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Beber álcool e consumir drogas afecta a forma

como pensas e te sentes. Estas são algumas

das formas como te afectam:

Reduzem os reflexos do teu corpo e faz com

que os acidentes sejam mais prováveis

Poderás tornar-te violento quando estás

bêbedo

Beber ou consumir drogas em grandes

quantidades de uma só vez pode ser muito

perigoso

As pessoas podem desmaiar, asfixiar no seu

próprio vómito, ter uma overdose e até morrer

Nos hospitais, todos os fins-de-semana, fazem-

se lavagens ao estômago a jovens que

beberam demais

Estar bêbedo ou drogado faz com que estejas mais vulnerável e alguém pode abusar de ti

mais facilmente

O consumo regular e intensivo pode levar ao alcoolismo e toxicodependência. As pessoas

sentem que têm de beber e consumir drogas a toda a hora para evitar que se sintam

doentes.

O consumo regular e intensivo pode danificar o teu fígado, coração, estômago e cérebro

Danos na saúde física e mental

Acidentes, quando não tens controlo do que estás a fazer

Não sabes o que a droga te poderá fazer

ApoioApoioSe estiveres preocupado com o teu consumo de álcool e drogas, então o teu ponto de partida

tem de ser o teu médico. Os médicos têm o melhor acesso a serviços e tratamentos de que

precisas para ficares melhor. Poderás ficar preocupado com o facto de não saberes se podes

ou não confiar que o teu médico irá manter o teu problema confidencial, mas a maior parte dos

clínicos gerais seguem uma política de confidencialidade. Analisa essa política, para que possas

decidir se te sentes ou não confortável em lhes pedires conselhos. Se estiveres realmente

nervoso, podes pedir ao teu médico que te encaminhe para outro médico.

Por mais duro que seja dizer a um médico ‘Penso que tenho um problema’, falar com alguém é

a coisa mais importante que podes fazer. Este não é um problema que vai desaparecer. Os

médicos não te vão julgar, estão lá para te ajudar.

Se realmente sentes que não consegues enfrentar o teu médico, podem existir algumas

instituições de solidariedade que poderão ajudar-te na tua região. Poderão existir também, na

tua área, centros de aconselhamento e reuniões de grupo que podem fornecer apoio. Mas,

para teres ajuda médica para a tua dependência, precisas de ver um profissional de saúde e

teres um encaminhamento.

Se o teu corpo está fisicamente dependente de uma substância, então precisas de desintoxicar

o teu organismo. Isto será realizado com assistência médica, para que te libertes da substância

de uma forma gradual e segura. Segue-se terapia de grupo, assim como diálogos individuais,

para analisar as razões por detrás da tua dependência.

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Se tomares uma substância em doses arriscadas, mas o teu corpo não está dependente dela

fisicamente, serás provavelmente encaminhado para um psicólogo, um enfermeiro de saúde

comunitária ou um terapeuta cognitivo-comportamental. Eles podem ajudar-te a encontrares

formas de alterar o teu padrão de consumos. Normalmente, existem razões psicológicas

subjacentes para o teu hábito, que podem ser resolvidas.

Para alguém que esteja preocupado com o consumo de drogas ou álcool, individual ou de

outras pessoas, então o apoio existe. Falar com aqueles que podem ajudar, tal como o médico,

é o primeiro passo de uma longa caminhada para a recuperação. Mas as pessoas com

dependência de álcool e drogas podem recuperar o controlo das suas vidas, enfrentando as

suas dificuldades e ultrapassando as suas dependências, com a determinação e o apoio certos.

Se quiseres falar sobre o abuso de drogas e álcool podes sempre contactar a HDYO para mais

apoio - estamos cá para ouvir.

Pensamentos suicidasPensamentos suicidasPassar por sentimentos de depressão, ansiedade e stress pode, eventualmente, levar a

pensamentos suicidas. Os pensamentos suicidas podem ser aterradores e causar grande

isolamento. Mas sentires vontade de fazer mal a ti próprio é mais comum do que a maior parte

das pessoas pensa. O aspecto importante a ter em conta é que não estás sozinho e que está

disponível ajuda imediata.

Se estiveres com tendências suicidas é importante que arranjes apoio imediatamenteimediatamente. Deves

contactar o teu médico, que será capaz de diagnosticar o problema temporário e tratável que

está a causar o teu stress emocional. Por exemplo, sentimentos de desespero, tristeza, baixa

auto-estima ou pânico são indicadores de doenças como a ansiedade e a depressão. Estes

sintomas podem ser aliviados por medicação ou psicoterapia.

Se realmente achas que os teus pensamentos chegaram a um nível crítico, então dirigires-te à

Urgência do teu hospital local poderá ser a opção mais segura. Aí poderás ser visto por alguém

que será capaz de avaliar as tuas necessidades e de te ajudar a encontrar o apoio necessário.

Se, neste momento, não estás em crise, então talvez seja benéfico para ti contactares a HDYO,

onde estaremos disponíveis para te ouvir e te encaminhar para mais apoio. Poderão também

existir organizações na tua região que poderão funcionar como um lugar onde possas falar

sobre os teus sentimentos suicidas tendo o devido apoio. O mais importante é receberes apoio.

“Bullying”“Bullying”O “bullying” geralmente envolve uma pessoa ou um grupo que tira partido do facto de se sentir

mais poderoso do que os outros. Este poder é encenado provocando danos físicos ou

emocionais - ou ambos. O “bullying” pode assumir muitas formas, tais como: excluir as pessoas

de um círculo social; insultos racistas e homofóbicos; excluir alguém por ser ‘diferente’;

discriminação e abuso sexual; ser forçado a dar dinheiro ou bens pessoais; ataques físicos e

violentos; seres ridicularizado por causa da situação em que a tua família se encontra.

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O “bullying” e a DHO “bullying” e a DHPor vezes, as pessoas jovens afectadas pela

DH são vítimas de “bullying” porque alguém na

sua família ou alguém que conhecem tem DH é

visto como sendo ‘diferente’.

‘Eu fui vítima de “bullying” na escolaporque o meu pai tinha DH. O “bullying”fez com que a escola e a minha vidafossem muito difíceis e causou ainda umstress acrescido para além daquele quejá existia em casa com a minha família.Tornou-se cada vez pior e nunca dissea ninguém o que estava a acontecerporque estava assustado, por issocontinuou a acontecer durante anos.Olhando para trás, gostaria de ter dito aalguém e tentado acabar com aquilo.’ -David

Onde quer que o “bullying” aconteça ou seja

qual for a razão para que aconteça, o “bullying” é errado“bullying” é errado e existe apoio disponível.

Combater o “bullying”Combater o “bullying”Formas de ajudar a ultrapassar o “bullying”.

Linguagem corporalLinguagem corporal: Os agressores escolhem alvos fáceis, por isso ter uma má postura e

evitares fazer contacto visual irão atrair uma atenção indesejada. Mantém-te direito, com os

ombros para trás e a cabeça levantada, e olha as pessoas nos olhos - em breve passarás a

mensagem de que não tens medo.

Segurança em númerosSegurança em números: Esta é particularmente importante quando o “bullying” acontece

fora de uma instituição. Escolhe o caminho mais seguro e movimentado para casa e tentar

andar em grupo.

Afastares-teAfastares-te: Se te encontrares numa situação que seja desconfortável, afasta-te calma, mas

rapidamente. Se estiveres perto de outras pessoas ou de um local público, dirige-te nessa

direcção.

DenunciaDenuncia: Isto é mesmo o tipo de coisa que os agressores não esperam que faças, por isso

já estás a recuperar algum controlo ao denunciar. Se o “bullying” está a ser praticado num

estabelecimento como um local de trabalho ou uma universidade, aborda um colega ou tutor

com quem te sintas confortável - ou tenta um conselheiro estudantil. É difícil sabermos para

onde nos havemos de virar quando o “bullying” acontece fora dos limites das instituições

normais. Contar aos amigos e familiares poderá ajudar-te a sentires-te mais protegido, mas se

eles não se sentirem capazes de resolver o problema, contacta a polícia.

Explora os teus sentimentosExplora os teus sentimentos: Se não há ninguém a quem possas contar ou não te sentes

pronto para te abrires pessoalmente com alguém, considera falar com a HDYO sobre as tuas

experiências de “bullying” - estamos cá para te ouvir e apoiar.

ApoioApoioContar a alguém sobre o “bullying” é um passo corajoso e realmente importante, apesar de

também ser muito difícil. Fala com alguém em quem confies, tal como um amigo, um familiar, ou

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um adulto de confiança, como o teu professor preferido ou o director da escola. Como foi

realçado acima, se não te sentires preparado para falar pessoalmente, considera falar com a

HDYO sobre as tuas experiências de “bullying” - estamos cá para te ouvir e apoiar.

Actualmente, muitas escolas têm políticas “anti-bullying” por isso, se o “bullying” do qual estás a

ser vítima está a acontecer na escola, a escola tem de agir de acordo com essas políticas. Pode

ser muito útil perguntar a um professor ou a um adulto de confiança da escola, se esta tem uma

política “anti-bullying” e o que podem fazer para parar o “bullying”, caso este aconteça.

Algumas escolas também têm um conselheiro estudantil disponível, com o qual podes falar

sobre “bullying”. Eles irão ouvir-te e depois serão capazes de te ajudar para que o “bullying”

não aconteça.

O “bullying” é errado e não é culpa tua. Existe imenso apoio para parar o “bullying”, se

conseguires dar aquele primeiro e corajoso passo e falar com alguém sobre isso - lembra-te a

HDYO está cá para ouvir.

AbusosAbusosPor vezes, nas famílias com DH, a pessoa que tem a doença pode tornar-se violenta ou abusiva

devido aos sintomas comportamentais da DH. Isto pode fazer com que alguém com DH seja

abusivo física e emocionalmente com as outras pessoas, incluindo pessoas jovens. Esta pode

ser uma situação muito difícil, mas nestas situações deverás procurar apoio na Associação de

Doentes de Huntington do teu país ou nas autoridades locais, como os serviços sociais. É

sempre importante lembrar que é a doença de Huntington que faz com que a pessoa aja desta

forma e não a pessoa em si. Mas isto não quer dizer, de forma alguma, que devas suportar os

abusos, quer a pessoa tenha ou não a doença de Huntington. Procura apoio; a HDYO pode

colocar-te em contacto com quem pode ajudar.

Quando se fala com alguém sobre os abusos é importante pensar na confidencialidade. Por

vezes, quando uma pessoa jovem diz a um profissional de saúde que está a sofrer abusos,

então este pode ter a necessidade de envolver outros profissionais, dependendo da sua

política de confidencialidade. A confidencialidade varia muito em termos mundiais, por isso,

antes de falares com qualquer profissional, pergunta-lhe qual é a sua política de

confidencialidade e certifica-te de que te sentes confortável antes de falares sobre os abusos.

A HDYO gostaria de agradecer ao www.thesite.org e ao www.childline.org.uk, pela informação

prestada acerca de todos os tópicos acima descritos, e especialmente à “Childline” (Linha da

Criança) por nos ter permitido utilizar alguns dos seus vídeos.

Este documento foi descarregado do site da HDYO em https://pt.hdyo.org/tee/articles/208

Todo o aconselhamento recebido através do site da HDYO não deve ser invocado para a tomada dedecisões pessoais, médicas, legais ou financeiras e deverás consultar um profissional adequado para

aconselhamento específico na tua situação particular.

A HDYO está licenciada sob a Creative Commons license.

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