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Manual 1: Presidentes de Estaca e Bispos Manual 1, capítulo 5 Administração do Programa de Bem-Estar da Igreja O propósito do programa de bem-estar da Igreja é ajudar os membros a tornarem-se autossufcientes, cuidar dos pobres e necessitados e prestar serviço. Para informações sobre as doutrinas e os princípios de bem-estar, ver as seguintes publicações: Manual 2, capítulo 6 Prover à Maneira do Senhor: Resumo do Guia de Bem-Estar para Líderes (panfeto) Princípios Básicos de Bem-Estar e Autossufciência (DVD e livreto) Preparar Todas as Coisas Necessárias: Armazenamento Doméstico (panfeto) Preparar Todas as Coisas Necessárias: Finanças da Família (panfeto)

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Extrato de bem-estar de manuais de liderança mórmon. Inclusive partes de manual restrito a altos lideres eclesiásticos.

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Manual 1:

Presidentes de Estaca e Bispos

Manual 1, capítulo 5

Administração do Programa de Bem-Estar da Igreja

O propósito do programa de bem-estar da Igreja é ajudar os membros a tornarem-seautossufcientes, cuidar dos pobres e necessitados e prestar serviço. Para informações

sobre as doutrinas e os princípios de bem-estar, ver as seguintes publicações:

Manual 2, capítulo 6

Prover à Maneira do Senhor: Resumo do Guia de Bem-Estar para Líderes (panfeto)

Princípios Básicos de Bem-Estar e Autossufciência (DVD e livreto)

Preparar Todas as Coisas Necessárias: Armazenamento Doméstico (panfeto)

Preparar Todas as Coisas Necessárias: Finanças da Família (panfeto)

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5.2 Deveres do Bispado Referentes ao Programa de Bem-Estar 5.2.1 Liderança e Conselhos de Bem-Estar

Ensinar Doutrinas e Princípios de Bem-Estar

O bispo e seus conselheiros asseguram-se de que as doutrinas, os princípios e as bênçãos referentes ao bem-estar espiritual e material sejam ensinados regularmente aos membros da ala. Essas doutrinas e princípios são explicadosnas publicações relacionadas no início deste capítulo.

Ensinar aos Líderes Suas Responsabilidades Referentes ao Programa de Bem-Estar

O bispo e seus conselheiros ensinam aos líderes do sacerdócio e das auxiliares suas respectivas responsabilidades referentes ao programa de bem-estar que visam (1) incentivar a autossufciência, (2) cuidar dos pobres e necessitados, e (3) ajudar os membros a resolverem seus problemas de bem-estar. O bispado ensina essas responsabilidades em entrevistas pessoais, em reuniões do conselho da ala e em outras ocasiões semelhantes.

Incentivar os Membros a Viverem a Lei do Jejum

O bispado e os membros do conselho da ala incentivam os membros a viverem a lei do jejum. Normalmente isso inclui (1) jejuar todo domingo de jejum por duas refeições consecutivas e (2) fazer uma oferta de jejum que sejano mínimo equivalente ao valor das refeições que não foram feitas. Os membros são incentivados a ser generosos e a doar muito mais do que o valorde duas refeições, se puderem fazê-lo.

Se os membros viverem a lei do jejum e fzerem ofertas de jejum, tanto eles como os necessitados serão abençoados (ver Isaías 58:6–12). A importância do cumprimento da lei do jejum deve ser ensinada nas reuniões sacramentais,nas reuniões do sacerdócio, da Sociedade de Socorro e de outras auxiliares, nas visitas de ensino familiar, nas entrevistas para recomendações para o templo e nas entrevistas de acerto de dízimo.

Presidir o Trabalho de Bem-Estar do Conselho da Ala

O bispo dirige o trabalho de bem-estar do conselho da ala. Ele se assegura de que, nas reuniões do conselho da ala, os líderes ponderem as questões de bem-estar espiritual e material, conforme explicado no Manual 2, 6.2.2.

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Chamar Especialistas de Empregos e de Bem-Estar da Ala

Ver “Especialistas de Bem-Estar da Ala” no item 5.2.4.

5.2.2 Visão Geral da Ajuda de Bem-Estar

Por meio da Igreja, o Senhor estabeleceu um meio de cuidar dos pobres e necessitados e de ajudá-los a reconquistar a autossufciência. Se estiverem fazendo tudo o que puderem para se sustentar, mas ainda assim não conseguirem satisfazer suas necessidades básicas, os membros da Igreja devem em primeiro lugar recorrer à própria família. Quando isso não for sufciente ou praticável, a Igreja estará pronta para ajudar.

O objetivo da ajuda de bem-estar da Igreja é fortalecer os membros necessitados da seguinte maneira:

. 1. Ajudá-los a tornar-se autossufcientes e a permanecer independentes de assistência de bem-estar de qualquer fonte.

. 2. Ajudá-los a tornar-se espiritualmente mais fortes e a aprender a ajudar outras pessoas.

. 3. Ajudá-los a manter o autorrespeito e a dignidade.

5.2.3 Princípios e Diretrizes para Prestar Auxílio

O Senhor descreveu Sua maneira de cuidar dos pobres e necessitados. Ele instruiu os santos a “[darem] de [seus] bens aos pobres, (…) e eles serão entregues ao bispo (…) [e] [serão guardados] em meu armazém para dar aos pobres e necessitados” (D&C 42:31, 34).

O Senhor explicou também que as ofertas deveriam incluir os talentos dos membros. Esses talentos devem “[ser] lançados no armazém do Senhor, (…) todo homem procurando os interesses de seu próximo e fazendo todas as coisas com os olhos ftos na glória de Deus” (D&C 82:18–19).

Em alguns lugares, a Igreja estabeleceu edifícios chamados armazéns do bispo. Com a permissão do bispo, os membros podem ir ao armazém do bispo para receber alimentos e roupas, mas o armazém do Senhor não se restringe a um prédio usado para distribuir alimento aos pobres. Ele também inclui o tempo, os talentos, a compaixão, os materiais e os recursos fnanceiros doados pelos membros da Igreja que são colocados à disposição do bispo para ajudá-lo a cuidar dos pobres e necessitados. Portanto, toda ala tem um armazém do Senhor e o bispo é o agente desse armazém.

Ao bispo foi confada a responsabilidade de usar os recursos do armazém do Senhor para cuidar dos membros pobres e necessitados da ala. Ele usa o dom do discernimento, o bom senso e a compaixão para determinar qual a melhor maneira de ajudar os necessitados. Cada situação é diferente das outras e

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todas exigem inspiração.

O bispo busca a orientação do Espírito e aplica os seguintes princípios de bem-estar para determinar quem deve receber auxílio, qual o tipo e a quantidade de auxílio a ser oferecido, e por quanto tempo ele deve ser oferecido.

Buscar os Pobres

O bispo tem o encargo divino de procurar e cuidar dos pobres (ver D&C 84:112). Não é sufciente ajudar apenas quando solicitado. Ele deve conhecer a situação material dos membros necessitados da ala e cuidar para que a devida ajuda seja prestada a quem precisar. Ele incentiva os líderes do sacerdócio e da Sociedade de Socorro, os mestres familiares e as professoras visitantes a ajudarem-no a identifcar os membros que necessitam de ajuda.

Estimular a Responsabilidade Pessoal

Antes de conceder a ajuda de bem-estar da Igreja, o bispo analisa com os membros quais os recursos de que eles mesmos e sua família dispõem e o que eles e sua família podem fazer para atender às próprias necessidades. Ao ensinar princípios do viver previdente e ao fazer com que os membros se comprometam a viver esses princípios, o bispo os estará ajudando a fazer muito para atender a suas necessidades por si mesmos.

Quando for adequado e praticável, os necessitados devem buscar a ajuda dos membros de sua própria família antes de buscar a ajuda da Igreja.

A assistência oferecida pela Igreja geralmente é dada para atender a necessidades temporárias enquanto os membros se esforçam para tornarem-se autossufcientes. O objetivo é ajudar os membros a desenvolver a independência, e não a dependência. O bispo deve incentivar até aqueles que talvez necessitem de ajuda de longo prazo, como os defcientes ou idosos, a fazer tudo o que puderem para ser independentes.

Manter a Vida, Não o Estilo de Vida.

O bispo providencia artigos de primeira necessidade. Ele não fornece ajuda para manter um padrão de vida caro.

Os membros que estiverem temporariamente incapacitados de prover seu próprio sustento talvez tenham de mudar seu padrão de vida até tornarem-se autossufcientes. Eles não devem esperar que o programa de bem-estar da Igreja lhes garanta uma vida livre de difculdades nem que lhes permita manter seu atual padrão de vida ininterruptamente.

Fornecer Mercadorias em Vez de Dinheiro.

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Sempre que possível, o bispo fornece mercadorias aos membros em vez de dar-lhes dinheiro ou pagar suas contas. Os membros podem então usar seu próprio dinheiro para pagar outras dívidas. Quando o armazém do bispo não estiver à disposição, as ofertas de jejum podem ser usadas para comprar artigos de primeira necessidade.

Oferecer Oportunidades de Trabalho

O bispo pede aos que são ajudados que trabalhem, de acordo com sua capacidade, em troca da assistência que recebem. Ele ensina a importância do trabalho e lhes dá designações signifcativas. Se os membros estiverem relutantes em trabalhar, o bispo os ajuda a compreender que as designações lhes são dadas para abençoá-los. Quando os membros trabalham pelo auxílio que recebem, eles se mantêm ativos e diligentes, preservam o autorrespeito e aumentam sua capacidade de ser autossufcientes.

O conselho da ala prepara e mantém uma lista de oportunidades de trabalho signifcativo. Se houver operações ou projetos de bem-estar da Igreja na área, essas operações podem proporcionar oportunidades de trabalho e treinamento para pessoas que precisem da ajuda da Igreja.

Outras Diretrizes

O preenchimento do formulário de Análise de Necessidades e Recursos pode ajudar o bispo a determinar que tipo de assistência deve ser prestada. Se a situação for complicada e houver necessidade de mais informações, os bispos dos Estados Unidos e do Canadá podem utilizar o formulário Needs and Resources Analysis Supplement [Avaliação Suplementar de Necessidades e Recursos].

O bispo deve ter em mente que a situação material e as necessidades dos membros variam de um país para o outro. Uma família considerada necessitada em certo lugar poderia não ser considerada como tal, se morasse em outro lugar. Além disso, os membros considerados pobres por algumas pessoas frequentemente não se veem como pobres.

Se o bispo não conhecer o membro, ele pode entrar em contato com o bispo anterior do membro antes de fornecer a ajuda de bem-estar.

Geralmente, o bispo ajuda apenas os membros que moram dentro dos limites de sua ala. Pessoas que não são membros da Igreja geralmente são encaminhadas aos recursos comunitários locais, caso precisem de assistência de bem-estar. No entanto, em raras ocasiões, o bispo, sob a inspiração do Espírito, pode ajudar pessoas que não são membros da Igreja, especialmente se forem pais de crianças que são membros da Igreja ou responsáveis por elas. Ele deve usar de discernimento sobre o tipo e o valor da ajuda a ser prestada.

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A assistência de bem-estar não deve ser prestada com base no grau de atividade ou de dignidade das pessoas que necessitam dela. Utilizando os princípios de bem-estar explicados neste manual, o bispo presta ajuda a todos os membros necessitados. Ele incentiva os membros menos ativos que recebem ajuda a melhorar seu bem-estar espiritual, frequentando a Igreja, orando, lendo as escrituras e aumentando sua atividade na Igreja.

Em algumas situações, a ajuda de bem-estar pode fcar condicionada ao cumprimento por parte do membro de algumas designações simples determinadas pelo bispo, como realizar determinado trabalho, procurar um emprego e eliminar despesas desnecessárias. No entanto, alguns membros que são viúvos, órfãos, idosos ou incapacitados talvez não sejam capazes de realizar designações. O bispo presta auxílio compassivo a esses membros de acordo com a situação e a capacidade deles.

Caso um presidente de estaca, ou membros de sua família imediata, precise de auxílio de bem-estar, ele entra em contato com o bispo de sua ala. O bisposegue os mesmos princípios e diretrizes de ajuda de bem-estar que seguiria para qualquer outro membro da Igreja.

5.2.4 Recursos da Igreja para Ajudar os Pobres

O bispo determina, em espírito de oração, como usar os seguintes recursos daIgreja para ajudar os necessitados.

Conselho da Ala

Os membros do conselho da ala ajudam o bispo a atender às necessidades de bem-estar dos membros. Para informações sobre o trabalho de bem-estar do conselho da ala, ver Manual 2, 6.2.2.

Quóruns do Sacerdócio e Sociedade de Socorro

O bem-estar é uma parte primordial do trabalho do grupo de sumos sacerdotes, do quórum de élderes e da Sociedade de Socorro. Os líderes do sacerdócio e da Sociedade de Socorro devem analisar regularmente as questões de bem-estar em suas reuniões de liderança.

Sob a direção do bispo e dos líderes do quórum ou da Sociedade de Socorro, os mestres familiares, as professoras visitantes e outras pessoas ajudam os membros necessitados a encontrar soluções para suas necessidades de bem-estar e a tornar-se autossufcientes. O tempo, os talentos e as habilidades dosmembros da ala são uma importante fonte de recursos que o bispo pode usar para cuidar dos necessitados.

O trabalho de bem-estar dos quóruns do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro é explicado mais plenamente no Manual 2, item 6.2.4.

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Presidente da Sociedade de Socorro

O bispo normalmente encarrega a presidente da Sociedade de Socorro de visitar os membros que necessitam de ajuda de bem-estar. Ela ajuda a avaliar as necessidades deles e sugere ao bispo qual ajuda deve ser prestada. Isso pode incluir a preparação do formulário de pedido de mercadorias, Bishop’s Order for Commodities [Pedido de Mercadorias Solicitadas pelo Bispo], para que o bispo aprove e assine.

O papel da Sociedade de Socorro nessas visitas é explicado mais plenamente no Manual 2, item 9.6.1.

Especialistas de Bem-Estar da Ala

O bispado pode chamar um especialista de empregos para ajudar os membrosa prepararem-se para um emprego adequado e para ajudá-los a encontrar esse emprego. O bispado também pode chamar outros especialistas de bem-estar para ajudar os membros com outras coisas necessárias, como, por exemplo, estudos, instrução técnica, nutrição, higiene, armazenamento doméstico, atendimento médico, fnanças familiares e Fundo Perpétuo de Educação.

Ofertas de Jejum

Toda semana a Igreja reúne as contribuições de oferta de jejum em um fundo geral mundial de ofertas de jejum. Os bispos então retiram recursos desse fundo, conforme o necessário, para proporcionar abrigo, assistência médica e outros auxílios essenciais à sobrevivência por um curto período de tempo.

As diretrizes para que o bispo utilize as ofertas de jejum para oferecer ajuda estão relacionadas abaixo:

. 1. Aprove pessoalmente todas as despesas de ofertas de jejum.

. 2. Se não houver um armazém do bispo, use as ofertas de jejum para comprar mercadorias essenciais (ver “Fornecer Mercadorias em Vez de Dinheiro” no item 5.2.3).

. 3. Quando possível, pague diretamente os provedores de bens e serviços emvez de entregar o dinheiro à pessoa que está sendo ajudada ou a outras pessoas.

. 4. Não faça empréstimos com recursos do fundo de jejum para os membros.Os membros não precisam devolver a ajuda de bem-estar que recebem da Igreja. Incentive os membros a contribuir para o fundo de ofertas de jejum quando voltarem a ter condições de contribuir.

. 5. Não use as ofertas de jejum para saldar dívidas de consumo dos membros, suas dívidas decorrentes de transações ou negócios malsucedidos, nem de empreendimentos especulativos.

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. 6. Assegure-se de que toda ajuda de oferta de jejum para o bispo ou para a família imediata dele seja primeiramente aprovada por escrito pelo presidente da estaca (ver o item 5.1.2) e esteja de acordo com as seguintes instruções para a emissão de cheques.

. 7. Ao preencher um cheque para ajuda de oferta de jejum (ou um formuláriode aprovação de pagamento, onde esse formulário for usado), assegure-se de que:

Recursos da Estaca e Outros Recursos da Igreja

Se a presidência da estaca tiver chamado especialistas de bem-estar da estaca, o bispo pode pedir a eles que ofereçam ajuda especializada ou outro tipo de assistência.

Em algumas partes do mundo, a Igreja estabeleceu operações ou projetos de bem-estar, como armazém do bispo, fábricas de enlatados, centros de recursos de empregos, centros de distribuição de roupas usadas (CDRUs) ou lojas da Deseret Industries (onde houver) e agências de Serviços Familiares SUD. Onde existem, essas operações são uma fonte de recursos que os bispospodem usar para ajudar os pobres e necessitados. Se o bispo precisar de informações a respeito desses recursos em sua área, ele deve entrar em contato com o encarregado do conselho de bem-estar dos bispos da estaca ou com o presidente de sua estaca.

5.2.5 Recursos Existentes Fora da Igreja para Ajudar os Pobres

Os membros podem usar serviços da comunidade, inclusive serviços do governo, para atender as suas necessidades básicas. O bispo e os membros do conselho da ala devem familiarizar-se com esses recursos de fora da Igreja, que podem incluir:

. 1. Hospitais, médicos ou outros provedores de atendimento médico.

. 2. Serviços de formação e colocação profssional.

. 3. Auxílios para pessoas incapacitadas.

. 4. Serviços de consultoria profssional ou assistência social.

. 5. Serviços de tratamento de alcoolismo e dependência de drogas.

Mesmo quando os membros da Igreja recebem ajuda de fontes que não são daIgreja, o bispo deve ajudá-los a evitar a dependência dessas fontes. Ele também os aconselha a cumprir todas as leis que regem o recebimento de assistência de fora da Igreja, em especial quando estiverem recebendo assistência de bem-estar da Igreja. O bispo deve tomar cuidado para não fornecer as mesmas coisas já cobertas pelos serviços de fora da Igreja.

5.2.6 Membros Que Precisam de Atendimento Médico

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Antes de pagar despesas médicas de membros necessitados, inclusive para tratamento de saúde mental, o bispo certifca-se de que a necessidade de atendimento se baseie em indicações médicas confáveis. O bispo também averigua se a família do membro é capaz de ajudar e se o membro está usando integralmente os benefícios oferecidos por seu seguro, pelo governo epor outras fontes.

Se o bispo sentir que a Igreja deve pagar as despesas médicas de um membro necessitado, ele utiliza o fundo de ofertas de jejum. Ele certifca-se de que os registros dos provedores de atendimento médico registrem o membro ou a família dele, e não a Igreja, como a parte responsável pelo pagamento.

Sem a aprovação prévia do Bispado Presidente, as ofertas de jejum não podemser usadas para ajudar a pagar o atendimento médico que (1) exceda as práticas costumeiras e usuais na área, ou (2) seja provido por hospitais ou médicos que fquem fora da área administrativa da Igreja em que a ala do membro se localiza. Se o bispo sentir que pode haver justifcativa para uma exceção, ele deve consultar o presidente da estaca. Se o presidente da estaca concordar, ele pode enviar uma recomendação para o Bispado Presidente para que uma exceção seja considerada. Ele envia sua recomendação por meio dos Serviços de Bem-Estar (1-801-240-3001 ou, somente nos Estados Unidos e no Canadá, 1-800-453-3860, ramal 2-3001).

Se o valor total estimado das despesas médicas de um membro necessitado exceder o limite de 5.000 dólares, o bispo consulta o presidente da estaca, conforme explicado no item 5.1.2.

As ofertas de jejum não podem ser usadas para pagar atendimento médico que seja moral, ética ou legalmente questionável.

5.2.7 Membros em Trânsito ou Desabrigados

O bispo pode ajudar membros e outras pessoas em trânsito, mas deve usar dediscernimento quanto ao tipo e ao valor (ou à quantia) da ajuda oferecida. Se possível, ele deve entrar em contato com o bispo da ala em que a pessoa resida antes de prover a assistência.

Para instruções para quando houver duas ou mais alas na vizinhança, ver “Ajuda para Membros em Trânsito e Desabrigados” no item 5.1.2.

5.2.8 Sigilo

O bispo mantém sigilo sobre a ajuda de bem-estar que o membro recebe. Ele protege cuidadosamente a privacidade e a dignidade dos membros que recebem ajuda. Quando sentir que outros líderes da ala podem ajudar o membro necessitado, ele pode informá-los do caso, de acordo com as diretrizes encontradas no Manual 2, item 6.4.

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5.2.9 Abuso e Fraudes Contra o Programa de Bem-Estar

O bispo deve proteger o programa de bem-estar de abusos e fraudes. Nos Estados Unidos e no Canadá, os bispos que estiverem preocupados com possíveis fraudes ou abusos podem ligar para o telefone de ajuda aos bispos (1-801-240-7887 ou 1-800-453-3860, ramal 2-7887). Os bispos também podem usar esses telefones de ajuda para verifcar se uma pessoa é membro da Igreja antes de fornecer assistência de bem-estar.

Fora dos Estados Unidos e do Canadá, os bispos devem entrar em contato com o escritório administrativo designado.

5.2.10 Membros com Problemas Sociais e Emocionais

Alguns membros podem vir a enfrentar graves problemas sociais e emocionais, como doença mental, gravidez pré-marital, problemas conjugais e familiares, dependência de drogas, bebidas alcoólicas ou pornografa e atração por pessoas do mesmo sexo.

Os membros que enfrentam esses e outros problemas semelhantes requerem mais tato, compreensão, compaixão e sigilo. O bispo pode ajudar esses membros a se curarem e se recuperarem. Em muitos casos, os membros com problemas com pornografa e outras dependências podem ter outras necessidades morais e espirituais que o bispo pode ajudar a resolver. O bispo deve oferecer soluções espirituais, ajudando as pessoas a compreenderem as doutrinas básicas da esperança e redenção por intermédio da Expiação de Jesus Cristo.

O comportamento das pessoas com problemas sociais e emocionais frequentemente afeta negativamente o cônjuge e os familiares. O bispo e outras pessoas que ele pedir que auxiliem no caso devem reunir-se com as pessoas prejudicadas e oferecer apoio e compreensão.

O bispo pode consultar as agências de Serviços Familiares SUD, onde houver, para obter ajuda na avaliação das necessidades, descobrir se é preciso procurar tratamento profssional e para identifcar os recursos existentes para ajudar os membros com problemas sociais e emocionais. O bispo também pode usar o Catálogo de Materiais da Igreja para identifcar publicações da Igreja que foram preparadas para ajudar esses membros.

5.2.11 Emergências

O bispado dirige o conselho da ala na preparação por escrito de um plano de ação simples para a ala em casos de emergência. Esse plano deve ser coordenado com planos semelhantes da estaca e da comunidade.

O conselho da ala atribui designações para a execução do plano de emergência da ala. O comitê analisa e atualiza essas designações periodicamente.

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Deve-se tomar cuidado para que o planejamento de emergência não promova temores. Não se devem realizar exercícios de simulação de emergências.

Quando surgir uma emergência, os líderes do quórum devem informar ao bispo as condições e necessidades dos membros. Os líderes do quórum recebem essas informações dos mestres familiares. O bispo então informa à presidência da estaca as condições dos membros, dos bens e das propriedades da Igreja. Esse sistema também pode ser usado para transmitir mensagens da presidência da estaca ou do bispado.

Durante as emergências, os líderes da Igreja colocam os serviços da Igreja à disposição das autoridades civis. Os líderes da Igreja também agem independentemente dessas autoridades para ajudar os membros da Igreja, conforme o necessário. Para informações sobre a utilização dos edifícios da Igreja nas emergências, ver o item 5.1.3.

Artigos suplementares como, por exemplo, equipamentos, alimentos, roupas e serviços estão disponíveis por meio dos armazéns do bispo, centros de distribuição de roupas usadas (CDRUs) ou das lojas da Deseret Industries (onde houver) e das agências dos Serviços Familiares SUD, onde existirem. Nasemergências, o bispo deve solicitar esses artigos ou serviços, conforme a necessidade.

Nas emergências, os missionários de tempo integral podem ajudar nas comunicações, garantindo que todos os membros recebam as informações necessárias e sejam localizados.

Manual 2: Administração da Igreja

Manual 2, capítulo 6

Princípios e Liderança de Bem-Estar

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6.1 Propósitos do Bem-Estar da Igreja

Os propósitos do bem-estar da Igreja são ajudar os membros a tornarem-seautossufcientes, cuidar dos pobres e necessitados, e prestar serviço.

Em 1936, a Primeira Presidência estabeleceu um plano de bem-estar para a Igreja, e disse: “Nosso principal propósito foi estabelecer (…) um sistema sob o qual a praga da ociosidade fosse banida, os males da dependência assistencialista abolidos e a independência, industriosidade, frugalidade e o autorrespeito fossem mais uma vez estabelecidos entre nosso povo. O objetivo da Igreja é ajudar as pessoas a se ajudarem. O trabalho deve ser reentronizado como o princípio governante da vida dos membros de nossa Igreja” (Conference Report, outubro de 1936, p. 3 – tradução atualizada).

6.1.1 Autossuficiência

Autossufciência é a capacidade, o compromisso e o esforço de satisfazer as necessidades espirituais e materiais da vida para si próprio e a família. À medida que se tornam autossufcientes, os membros também estão mais capacitados a servir e cuidar dos outros.

Os membros da Igreja são responsáveis por seu próprio bem-estar espirituale material. Tendo sido abençoados com o dom do arbítrio, eles têm o privilégio e o dever de determinar o próprio rumo, resolver seus próprios problemas e esforçar-se para tornarem-se autossufcientes. Os membros fazem isso sob a inspiração do Senhor e por meio do próprio trabalho.

Quando os membros da Igreja estão fazendo tudo o que podem para sustentar-se, mas ainda assim não conseguem satisfazer suas necessidades básicas, em geral, devem primeiramente recorrer à própria família em busca de ajuda. Quando isso não for sufciente ou viável, a Igreja estará pronta para ajudar.

Algumas das áreas nas quais os membros devem tornar-se autossufcientes são explicadas nos parágrafos a seguir:

Saúde

O Senhor ordenou que os membros mantivessem saudáveis o corpo e a mente. Eles devem obedecer à Palavra de Sabedoria, comer alimentos nutritivos, exercitar-se regularmente, controlar o peso e ter um sono adequado. Devem banir substâncias ou práticas que prejudiquem o corpo oua mente e que causem dependência. Devem adotar bons hábitos de higiene e limpeza e providenciar cuidados médicos e odontológicos adequados. Devem também esforçar-se para desenvolver um bom relacionamento com

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os familiares e com o próximo.

Educação

A educação proporciona conhecimento e habilidades que podem ajudar as pessoas a desenvolver a autossufciência. Os membros da Igreja devem estudar as escrituras e outros bons livros. Devem melhorar sua capacidade de ler, escrever e de fazer cálculos matemáticos básicos. Devem obter toda ainstrução possível, por meio inclusive da formação acadêmica ou de cursos técnicos, se possível. Isso vai ajudá-los a desenvolver os talentos, encontrar empregos adequados e a contribuir signifcativamente na família, na Igreja ena comunidade.

Emprego

O trabalho é a base sobre a qual repousam a autossufciência e o bem-estar material. Os membros devem preparar-se e escolher cuidadosamente uma ocupação conveniente, seja um emprego ou um trabalho por conta própria, que lhes permita sustentar a si mesmos e a família. Eles devem tornar-se qualifcados em seu trabalho, ser diligentes e dignos de confança, e trabalhar honestamente pelo pagamento e pelos benefícios que recebem.

Armazenamento Doméstico

Para ajudar a cuidar de si mesmos e da própria família, os membros devem armazenar alimentos que façam parte de sua dieta normal em quantidade sufciente para três meses. Nos lugares em que as leis e circunstâncias locaispermitirem, eles devem gradualmente fazer armazenamento de alimentos básicos para sustento da vida em quantidades que supram suas necessidades por períodos prolongados. Também devem armazenar água potável para o caso de interrupção do fornecimento de água ou contaminação da água fornecida (ver Preparar Todas as Coisas Necessárias: Armazenamento Doméstico, p. 3).

Finanças

Para tornarem-se fnanceiramente autossufcientes, os membros da Igreja devem pagar o dízimo e as ofertas, evitar dívidas desnecessárias, elaborar um orçamento e viver de maneira planejada. Devem gradualmente fazer umapoupança economizando regularmente uma parte de sua renda (ver PrepararTodas as Coisas Necessárias: Finanças da Família, p. 3).

Vigor Espiritual

O vigor espiritual é essencial para o bem-estar material e eterno das pessoas. O vigor espiritual dos membros aumenta à medida que desenvolvem o testemunho, exercem fé no Pai Celestial e em Jesus Cristo, obedecem aos mandamentos de Deus, oram diariamente, estudam as escrituras e os ensinamentos dos profetas modernos, assistem às reuniões e

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servem em chamados e cargos na Igreja.

6.1.2 O Papel dos Membros no Trabalho de Cuidar dos Pobres e Necessitados e Prestar Serviço

O Senhor providenciou um meio de cuidarmos dos pobres e necessitados por meio de Sua Igreja. Ele pediu aos membros da Igreja que fzessem doações generosas de acordo com o que receberam Dele. Outro pedido que Ele fez a Seu povo foi que “[visitassem] os pobres e os necessitados e [ministrassem-lhes] auxílio” (D&C 44:6). Os membros da Igreja são incentivados a prestar serviço com amor e compaixão aos necessitados. Elesdevem “ocupar-se zelosamente numa boa causa” e servir sem serem solicitados ou designados (ver D&C 58:26–27).

O Senhor estabeleceu a lei do jejum e das ofertas de jejum para abençoar Seu povo e proporcionar-lhe um meio de servir aos necessitados (ver Isaías 58:6–12; Malaquias 3:8–12). Quando os membros jejuam, pede-se que doem à Igreja uma oferta de jejum que seja pelo menos igual ao valor do alimento que deixaram de ingerir. Se possível, eles devem ser generosos e doar mais. As bênçãos associadas à lei do jejum incluem a proximidade ao Senhor, maior força espiritual, bem-estar material, maior compaixão e maiordesejo de servir.

Algumas oportunidades de cuidar dos necessitados vêm por meio dos chamados da Igreja. Existem outras oportunidades nas casas, no bairro e na comunidade dos membros. Os membros também podem ajudar os pobres e necessitados de todos os credos do mundo inteiro contribuindo para os serviços humanitários da Igreja.

Prover à maneira do Senhor torna o rico humilde, enobrece o pobre e santifca a ambos (ver D&C 104:15–18). O Presidente J. Reuben Clark Jr. ensinou:

“O objetivo de longo prazo do Plano de Bem-Estar é a formação do caráter dos membros da Igreja, tanto de quem dá como de quem recebe, resgatando o que há de melhor em cada um e fazendo forescer e frutifcar as riquezas latentes do espírito, que, afnal, são a missão, o propósito e a razão de ser desta Igreja” (reunião especial de presidentes de estaca, 2 de outubro de 1936).

6.1.3 O Armazém do Senhor

Em alguns lugares, a Igreja estabeleceu edifícios chamados de armazéns do bispo. Depois de receberem permissão do bispo, os membros podem ir ao armazém do bispo para conseguir roupas e alimentos; mas o armazém do Senhor não se limita a um edifício usado para distribuir alimentos e roupas para os pobres. Também inclui os recursos doados pelos membros da Igreja seja ofertando seu tempo, seus talentos e sua compaixão ou bens materiais

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e recursos fnanceiros que fcam à disposição do bispo para ajudar a cuidar dos pobres e necessitados. Portanto, o armazém do Senhor existe em toda ala. Essas ofertas devem ser lançadas “no armazém do Senhor, (…) todo homem procurando os interesses de seu próximo e fazendo todas as coisas com os olhos ftos na glória de Deus” (D&C 82:18–19). O bispo é o agente do armazém do Senhor.

6.2 Liderança de Bem-Estar da Ala 6.2.1 Bispo

O bispo dirige o trabalho de bem-estar na ala. Ele tem o encargo divino de procurar os pobres e cuidar deles (ver D&C 84:112). Sua meta é ajudar os membros a ajudarem a si mesmos e tornarem-se autossufcientes.

Os conselheiros do bispo, a presidente da Sociedade de Socorro, o líder de grupo de sumos sacerdotes, o presidente do quórum de élderes e os outros membros do conselho da ala auxiliam o bispo a cumprir essas responsabilidades.

O bispo mantém sigilo sobre o auxílio de bem-estar que os membros recebem. Ele protege cuidadosamente a privacidade e a autoestima dos membros que recebem auxílio. Quando sentir que outros líderes da ala podem ajudar os membros necessitados, ele pode informá-los do caso, de acordo com as diretrizes explicadas no item 6.4.

Mais informações sobre as responsabilidades do bispo referentes ao bem-estar, incluindo diretrizes para a administração de assistência usando o fundo de ofertas de jejum, encontram-se no Manual 1, item 5.2.

6.2.2 Conselho da Ala

Nas reuniões do conselho da ala, o bispo ensina princípios de bem-estar e instrui os membros do conselho quanto a suas responsabilidades referentesao bem-estar. Os membros do conselho ponderam os assuntos espirituais emateriais da seguinte maneira:

Deliberam entre si sobre meios de ajudar os membros da ala a compreendere seguir os princípios de bem-estar.

Relatam as necessidades espirituais e materiais da ala, com base nas informações conseguidas por meio de visitas pessoais, dos relatórios dos mestres familiares e das professoras visitantes. Quando as informações forem demasiadamente confdenciais para serem divulgadas diante de todo o conselho da ala, os líderes falam em particular com o bispo ou na reunião do comitê executivo do sacerdócio (ver 6.2.3).

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Planejam meios de ajudar membros específcos da ala a atender a suas necessidades espirituais e materiais, inclusive as de longo prazo. Determinam como ajudar os membros com defciências ou outras necessidades especiais. Mantêm esses assuntos em sigilo (ver 6.4).

Coordenam o trabalho de forma a assegurar que os membros que recebem auxílio da Igreja tenham oportunidade de trabalhar ou prestar serviço. Preparam e mantêm uma lista de oportunidades signifcativas de trabalho. Se houver operações de bem-estar da Igreja na área, essas operações podem oferecer oportunidades de trabalho e treinamento para as pessoas que precisarem de auxílio da Igreja.

Preparam e mantêm uma lista de membros da ala cujas habilidades podem ser úteis para atender a necessidades de curta duração, a necessidades duradouras ou provocadas por catástrofes.

Desenvolvem e mantêm um plano simples para ser utilizado pela ala em casos de emergência (ver Manual 1, item 5.2.11). Coordenam esse plano com planos semelhantes da estaca ou da comunidade.

6.2.3 Comitê Executivo do Sacerdócio da Ala

Quando necessário, o comitê executivo do sacerdócio da ala discute assuntos confdenciais de bem-estar. O bispo pode convidar a presidente da Sociedade de Socorro para participar dessas discussões.

6.2.4 Grupo de Sumos Sacerdotes, Quórum de Élderes e Sociedadede Socorro

O bem-estar é um ponto central do trabalho do grupo de sumos sacerdotes,do quórum de élderes e da Sociedade de Socorro. Nas reuniões de liderança do grupo de sumos sacerdotes, da presidência do quórum de élderes e da presidência da Sociedade de Socorro, os líderes planejam meios de ensinar princípios de autossufciência e serviço ao próximo e de atender às necessidades de bem-estar. Sob a direção do bispo, esses líderes ajudam osmembros a se tornarem autossufcientes e a encontrarem soluções para problemas de bem-estar de curto e de longo prazo.

Necessidades de Bem-Estar de Curto Prazo

Ao prestar auxílio de curto prazo, o bispo pode dar designações aos líderes do Sacerdócio de Melquisedeque ou da Sociedade de Socorro.

O bispo normalmente designa a presidente da Sociedade de Socorro a visitar os membros que precisam de auxílio de curto prazo. Ela ajuda a avaliar as necessidades desses membros e sugere ao bispo que tipo de assistência pode ser prestada. O bispo pode pedir que ela prepare um formulário de Requisição do Bispo para o Centro de Distribuição de Roupas

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Usadas ou o “Formulário do Bispo – Pedido de Mercadoria” para ele aprovar e assinar.

O papel da presidente da Sociedade de Socorro nessas visitas de avaliação das necessidades das famílias é explicado em mais detalhes no item 9.6.1. Para informações sobre outras responsabilidades quanto a questões de bem-estar de curto prazo que se aplicam especifcamente à presidente da Sociedade de Socorro e a suas conselheiras, ver 9.6.2 e 9.6.3.

Necessidades de Bem-Estar de Longo Prazo

Muitos problemas de curto prazo são causados por difculdades de longo prazo como saúde debilitada, falta de qualifcação, instrução ou emprego inadequados, hábitos de consumo e problemas emocionais. Os líderes do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro são especialmente responsáveis por ajudar os membros a lidar com esses problemas. Sua metaé lidar com difculdades de longo prazo de modo a promover mudanças duradouras.

Quando os líderes do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro fcam cientes de necessidades de longo prazo, eles agem caridosamente para ajudar as pessoas e famílias. Usam os recursos disponíveis em suas organizações e na ala. Oram por orientação para saber como oferecer auxílio.

Para ter um melhor entendimento de como ajudar, os líderes do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro normalmente visitam os membros que têm necessidades de bem-estar. Eles podem usar o formulário de Análise de Necessidades e Recursos ou seguir seus princípios de outra forma para ajudar os membros a planejar maneiras de agir em relação a suas necessidades de bem-estar.

No processo de ajudar os membros a atenderem às próprias necessidades de longo prazo, os líderes deliberam com o bispo. Em alguns casos, os líderes do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro trabalham juntos.

Prestar Contas ao Bispo e Buscar Sua Orientação Contínua

O líder de grupo de sumos sacerdotes, o presidente do quórum de élderes ea presidente da Sociedade de Socorro prestam contas ao bispo regularmentesobre as medidas que eles e suas organizações estão tomando para atenderàs necessidades de bem-estar de curto e de longo prazo dos membros da ala. Eles buscam a orientação contínua do bispo no trabalho de bem-estar.

Se as pessoas e famílias tiverem problemas de curto prazo que não consigam resolver sozinhas e que os líderes do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro não possam solucionar, os líderes

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informam o bispo imediatamente.

Se os líderes do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro souberem de possíveis problemas de dignidade ou assuntos familiares delicados, eles encaminham os membros ao bispo.

Mestres Familiares e Professoras Visitantes

O auxílio espiritual e material de bem-estar muitas vezes começa com os mestres familiares e as professoras visitantes. Com bondade e amizade que vão além das visitas mensais, os mestres familiares e as professoras visitantes ajudam as pessoas e famílias necessitadas. Eles relatam aos líderes do sacerdócio e da Sociedade de Socorro as necessidades das pessoas a quem servem.

Buscar a Prestação de Serviço de Membros do Quórum e da Sociedade de Socorro e de Outras Pessoas

Os líderes do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro podem buscar a prestação de serviço por membros cujas habilidades ou experiência possam ajudar os necessitados. Os membros podem prestar serviços de curto prazo como oferecer refeições, cuidar de crianças ou dar informações sobre os empregos disponíveis. Os membros também podem dar orientações úteis quanto às necessidades de bem-estar de longo prazo, como as questões de saúde, higiene, nutrição, preparação para uma carreira, oportunidades educacionais, abertura de pequena empresa ou administração das fnanças familiares.

Depois de pedirem a outras pessoas que ofereçam auxílio, os líderes permanecem em contato com a pessoa ou família necessitada para dar incentivo e ajudar de outras maneiras, se necessário.

Os líderes podem ajudar o bispo quando ele encaminhar membros para as operações de bem-estar da Igreja, como o armazém do bispo, os centros derecursos de empregos da Igreja, o Centro de Distribuição de Roupas Usadas (CDRU) ou as Deseret Industries (onde houver) e os Serviços Familiares SUD. Os líderes também podem ajudar os membros a receber auxílio por meio deórgãos comunitários e governamentais.

6.2.5 Especialistas de Bem-Estar da Ala

Os especialistas de bem-estar servem como fonte de recursos para ajudar obispado e os líderes do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro a cumprirem seus deveres referentes ao bem-estar.

O bispado pode chamar um especialista de empregos para ajudar os membros a prepararem-se para conseguir um emprego adequado. O bispado também pode chamar outros especialistas de bem-estar para

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ajudar os membros com necessidades educacionais, vocacionais, de nutrição, higiene, armazenamento doméstico, atendimento médico, fnançasfamiliares e Fundo Perpétuo de Educação.

6.4 SigiloQuando o bispo e outros líderes da ala fcarem sabendo de necessidades de bem-estar e auxílio que tenham sido providenciados aos membros, devem manter sigilo sobre essa informação. Devem proteger cuidadosamente a privacidade e a autoestima dos membros que recebem auxílio. Devem tomar cuidado para não causar constrangimento aos membros que precisam de auxílio.

Pode haver ocasiões em que seria útil que todo o conselho da ala, e talvez outros membros da ala, soubessem das necessidades de bem-estar de uma pessoa ou família. Por exemplo: quando um membro está desempregado ou à procura de um emprego melhor, outras pessoas podem ser capazes de ajudar o membro a encontrar um emprego mais rapidamente. Nesses casos, o bispo e outros líderes geralmente pedem a permissão do membro para divulgar informações sobre a situação.

Quando os líderes pedirem a outras pessoas que ajudem, devem informá-las apenasdaquilo que precisam saber para cumprir a designação. Os líderes também as instruem a manter sigilo.

Manual 2, capítulo 9

Sociedade de Socorro

9.6 Serviço de Bem-Estar e de SolidariedadeO serviço de bem-estar e o de solidariedade são pontos centrais do trabalho da

Sociedade de Socorro.

Sob a direção do bispo, a presidência da Sociedade de Socorro da ala, a presidênciado quórum de élderes e a liderança do grupo de sumos sacerdotes compartilham as

seguintes responsabilidades referentes ao bem-estar:

Ensinar princípios de autossufciência material e espiritual.

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Cuidar dos pobres e necessitados e incentivar os membros a prestar serviço.

Ajudar as pessoas e famílias a tornarem-se autossufcientes e a encontrar soluçõespara problemas de curto e de longo prazo referentes ao bem-estar.

Para mais informações sobre essas responsabilidades referentes ao bem-estar, ver ocapítulo 6.

As seções a seguir explicam as responsabilidades que se aplicam especifcamente àpresidente da Sociedade de Socorro e a suas conselheiras.

9.6.1 Visitas para Avaliar as Necessidades das Famílias

O bispo normalmente designa a presidente da Sociedade de Socorro para visitar membros que precisam de auxílio de bem-estar para que ela avalie suas necessidades e sugira maneiras de abordá-las. Se não houver uma mulher na casa que ela for visitar, ela deve ir acompanhada de uma de suas conselheiras, da secretária da Sociedade de Socorro ou da coordenadora de serviço de solidariedade.

Ao preparar-se para visitar uma família e avaliar suas necessidades, a presidente da Sociedade de Socorro pondera as informações que o bispo lhe fornecer e busca a orientação do Senhor.

A presidente da Sociedade de Socorro avalia os recursos da família e prepara uma lista específca de itens, alimentos e roupas básicos, de que a família precisa. Ela entrega essa lista ao bispo. Também pode preencher um formulário de Requisição do Bispo para o Centro de Distribuição de Roupas Usadas ou o “Formulário do Bispo - Pedido de Mercadoria”, para que o bispo analise e aprove. Ela faz esse serviço com tato e compreensão, de forma a ajudar as pessoas que recebem auxílio a manter o autorrespeito e a autoestima.

A presidente da Sociedade de Socorro informa ao bispo as condições gerais dafamília. Informa tudo o que a família precisa na área de alimentação (para o uso no dia a dia, não para armazenamento), vestuário, administração do lar, saúde e bem-estar social e emocional. Também pode informá-lo de sua avaliação da capacidade de trabalho dos membros da família e das oportunidades que eles têm de trabalhar.

O bispo ajuda a família a elaborar um plano de autossufciência. Ele também se aconselha com a presidente da Sociedade de Socorro em relação a outras oportunidades de ajudar a família. Em alguns casos, o auxílio mais valioso pode incluir (1) ajudar uma irmã a administrar a renda e os recursos da famíliae (2) ensinar aptidões de economia doméstica como limpar, costurar, organizar, planejar refeições, conservar alimentos e promover a boa saúde.

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A presidente da Sociedade de Socorro e todos os que a auxiliam mantêm estrito sigilo sobre todas as informações obtidas durante a visita ou recebidas do bispo.

9.6.2 Serviço de Solidariedade

Todas as irmãs da Sociedade de Socorro têm a responsabilidade de estar atentas às necessidades das pessoas. Elas usam seu tempo, suas aptidões, seus talentos, oferecem apoio espiritual e emocional e orações de fé para ajudar as pessoas.

Por meio da ajuda das professoras visitantes e de outras pessoas da ala, a presidência da Sociedade de Socorro identifca as pessoas que têm necessidades especiais devido a idade avançada, enfermidades físicas ou emocionais, emergências, nascimentos, falecimentos, defciências, solidão e outros problemas. A presidente da Sociedade de Socorro transmite essas informações ao bispo. Sob a direção dele, ela coordena o auxílio a ser prestado. Ela avalia as aptidões e a situação de todas as irmãs para determinarquem teria condições de ajudar.

Ela pode pedir a uma conselheira, à coordenadora de serviço de solidariedade ou a uma professora visitante que ajude a coordenar esses serviços. Também pode formar um comitê para ajudar. As irmãs podem ajudar fornecendo alimentação, cuidando dos flhos ou da casa, ajudando individualmente as irmãs a melhorar sua escolaridade, fornecendo transporte até o local de atendimento médico, e atendendo a outras necessidades.

9.6.3 Alfabetização

A capacidade de ler e escrever ajuda os membros a encontrar emprego e a desenvolver autossufciência material. Também os ajuda a aumentar seu conhecimento do evangelho e sua autossufciência espiritual. Cada ala implementa o trabalho de alfabetização de acordo com suas necessidades e seus recursos. Se os membros tiverem necessidade de ser alfabetizados, a presidência da Sociedade de Socorro trabalha com o bispo e o conselho da ala para identifcar maneiras práticas de ajudar os membros a desenvolver essas aptidões. Os líderes e professores designados podem usar o curso de alfabetização da Igreja, que inclui o manual do aluno e o manual do professor intitulados Tereis Minhas Palavras e um DVD para treinamento dos professores. Além disso, as líderes da Sociedade de Socorro podem dedicar algumas reuniões para o trabalho de alfabetização.