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Benefícios Fiscais - Finaccount - Consultoria, Formação ... · 8 Natureza do benefício fiscal Dedução à coleta do IRC, nos períodos de tributação que se iniciem, em ou após

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Prestação de Serviços de Consultoria Empresarial e Formação

www.finaccount.com

Benefícios Fiscais Guia Prático

2

Índice

1. Criação Líquida de Postos de Trabalho 3

2. Beneficio ao Reinvestimento de Lucros e Reservas - DLRR 6

3. Remuneração Convencional do Capital Social 13

4. SIFIDE II - Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e

Desenvolvimento empresarial II 15

5. RFAI – Regime de Apoio ao Investimento 21

1- CRIAÇÃO LÍQUIDA DE POSTOS DE TRABALHO

4

A criação de emprego é um benefício fiscal,

previsto nº art.º 19º no Estatuto dos Benefícios

Fiscais (EBF), aplicável aos sujeitos passivos

de IRC e IRS com contabilidade organizada, e,

que consiste na majoração de 50% dos gastos

do exercício contabilizados a título de encargos

correspondentes à criação líquida de postos de

trabalho para jovens e para desempregados de

longa duração, admitidos por contrato de

trabalho por tempo indeterminado.

Para este efeito consideram-se:

Criação líquida de postos de

trabalho: diferença positiva, num dado

exercício económico, entre o número de

contratações elegíveis e o número de

saídas de trabalhadores que, à data da

respetiva admissão, se encontravam nas

mesmas condições.

Jovens: trabalhadores com idade

superior a 16 e inferior a 35 anos,

inclusive, aferida na data da celebração

do contrato de trabalho. Exceção: jovens

com menos de 23 anos, que não tenham

concluído o ensino secundário, e que não

estejam a frequentar uma oferta de

educação-formação que permita

elevarem o nível de escolaridade ou

qualificação profissional para assegurar a

conclusão desse nível de ensino.

Desempregados de longa duração:

trabalhadores disponíveis para o

trabalho, nos termos do Decreto-Lei n.º

220/2006, de 3 de Novembro, que se

encontrem desempregados e inscritos

nos centros de emprego há mais de 9

meses, sem prejuízo de terem sido

celebrados, durante esse período,

contratos a termo por período inferior a 6

meses, cuja duração conjunta não

ultrapasse os 12 meses.

Encargos: montantes suportados pela

entidade empregadora com o

trabalhador, a título da remuneração fixa

e das contribuições para a segurança

social a cargo da mesma entidade.

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

5

Limite máximo da majoração

O montante máximo anual, por posto de

trabalho, é o correspondente a 14 vezes a

retribuição mínima mensal garantida.

Duração do benefício

A majoração durante um período de 5 anos a

contar do início da vigência do contrato de

trabalho, não sendo cumulável, quer com

outros benefícios fiscais da mesma natureza,

quer com outros incentivos de apoio ao

emprego previstos noutros diplomas, quando

aplicáveis ao mesmo trabalhador ou posto de

trabalho.

Exclusões:

Para efeitos da determinação da criação

líquida de postos de trabalho, não são

considerados os trabalhadores que integrem o

agregado familiar da respetiva entidade

patronal.

Este benefício só pode ser concedido uma

única vez por trabalhador admitido nessa

entidade ou noutra entidade com a qual

existam relações especiais nos termos do

artigo 63.º do Código do IRC.

Obrigações declarativas

Sujeitos passivos de IRC:

Dedução do benefício resultante da

majoração determinada (50%), no quadro

07 da declaração Modelo 22 de IRC;

Preenchimento do Anexo D –

Benefícios Fiscais da declaração Modelo

22.

Sujeitos passivos de IRS (Regime

Contabilidade Organizada):

Preenchimento do campo 455 (a

deduzir) do quadro 4 do Anexo C à

declaração Modelo 3 de IRS.

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

2 - BENEFÍCIO AO REINVESTIMENTO DE LUCROS E RESERVAS Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos - DLRR

7

Regime de incentivos fiscais previsto nos

artigos 66º C a 66º L do Estatuto dos

Benefícios Fiscais (EBF), que fomenta o

recurso ao autofinanciamento pelas empresas

em detrimento do financiamento alheio,

facultado pelo Estado português e que se

denomina por “Dedução por Lucros Retidos e

Reinvestidos” - DLRR.

Objeto

A dedução por lucros retidos e reinvestidos

(DLRR) constitui um regime de incentivos

fiscais ao investimento em favor de pequenas

e médias empresas nos termos do

Regulamento (CE) n.º 800/2008, da Comissão,

de 6 de agosto, publicado no Jornal Oficial da

União Europeia, n.º L 214, de 9 de agosto de

2008, que declara certas categorias de auxílios

compatíveis com o mercado comum, em

aplicação dos artigos 87.º e 88.º do Tratado

(Regulamento Geral de Isenção por

Categoria).

Âmbito

Podem beneficiar da DLRR os sujeitos

passivos de IRC residentes em território

português, e não residentes que cá tenham

estabelecimento estável e exerçam a título

principal uma atividade de natureza comercial,

industrial ou agrícola. Condições cumulativas

(artigo 66º-D do EBF):

Pequenas e médias empresas,

consideradas como tal de acordo com o

anexo ao DL nº 372/2007;

Disporem de contabilidade regularmente

organizada de acordo com a

normalização contabilística em vigor;

Lucro tributável não seja determinado

por métodos indiretos;

Situação fiscal e contributiva

regularizada.

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

8

Natureza do benefício fiscal

Dedução à coleta do IRC, nos períodos de

tributação que se iniciem, em ou após 1 de

Janeiro de 2014, até 10% dos lucros retidos

que sejam reinvestidos em ativos elegíveis no

prazo de dois anos contado a partir do final do

período de tributação a que correspondam os

lucros retidos (nº 1 do artigo 66º-E do EBF).

Para além do prazo estipulado anteriormente, é

também permitido reinvestir no ano de 2014 os

lucros retidos nesse ano: início da aplicação do

regime (artigo 66º-L do EBF).

Os beneficiários do regime devem proceder à

constituição no balanço, de uma reserva

especial, que não pode ser utilizada para

distribuição aos sócios antes do fim do quinto

exercício posterior ao da sua constituição,

correspondente ao montante dos lucros retidos

e reinvestidos (artigo 66º-H do EBF).

Lucros reinvestidos no exercício de 2014

Os lucros retidos ao primeiro exercício de

tributação que se inicie, em ou após, 01

Janeiro de 2014 podem ser reinvestidos em

ativos elegíveis nesse exercício ou no prazo de

2 anos contado do final desse exercício.

O benefício fiscal é utilizado no ano em que é

constituída a reversa. Ou seja, o DLRR já se

aplica aos resultados do exercício do ano

2013, caso a reserva tenha sido constituída em

2014, e, o investimento pode ser efetuado até

ao ano 2016.

A reserva a constituir em 2014, relativamente

ao resultado de 2014, só permite investimento

nos anos 2015 e 2016.

Ativos elegíveis

Consideram-se ativos elegíveis, os ativos

tangíveis, adquiridos em estado de novo,

exceto:

Terrenos, salvo se se destinarem à

exploração de concessões mineiras,

águas minerais naturais e de nascente,

pedreiras, barreiros e areeiros em

projetos de indústria extrativa;

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

9

Construção, aquisição, reparação e

ampliação de quaisquer edifícios, salvo

quando afetos a atividades produtivas ou

administrativas;

Viaturas ligeiras de passageiros ou

mistas, barcos de recreio e aeronaves de

turismo;

Artigo de conforto ou decoração, salvo

equipamento hoteleiro afeto à exploração

turística

Ativos afetos a atividades no âmbito de

concessão ou parceria público-privada

celebrados com entidades do sector

público.

Para efeitos de “investimento realizado em

ativos elegíveis” consideram-se as adições, as

adições de ativos fixos tangíveis, incluindo as

adições aos investimentos em curso,

verificadas em cada período de tributação,

excluindo adiantamentos (nº 2 do artigo 66º-F

do EBF);

Não são consideradas adições de ativos, a

transferência da rubrica de investimentos em

curso para a correspondente rubrica de ativo

fixo tangível (nº 3 do artigo 66º-F do EBF).

Ativos adquiridos em regime de locação

financeira: a dedução está condicionada ao

exercício da opção de compra pelo locatário no

prazo de cinco anos a contar da data da

aquisição.

Prazo para detenção dos ativos elegíveis

Os ativos elegíveis devem ser detidos e

contabilizados por um período mínimo de 5

anos, sendo que, se ocorrer a sua transmissão

onerosa antes de decorrido este prazo, o

sujeito passivo deve reinvestir no mesmo

período ou no período de tributação seguinte, o

respetivo valor de realização em ativos

elegíveis, os quais devem ser detidos, pelo

menos, pelo período necessário para

completar aquele prazo (nºs 5 e 6 do artigo

66º-F).

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

10

Limites

Montante máximo da DLRR: o montante

máximo dos lucros retidos e reinvestidos em

cada período de tributação não pode

ultrapassar os € 5.000.000 por sujeito passivo

(nº 2 do artigo 66º-E do EBF);

Limite da Dedução: o valor deduzido não

pode ultrapassar 25% da coleta do IRC (nº 3

do artigo 66º-E do EBF).

Regime Especial de Tributação de Grupos de

Sociedades (RETGS):

•A dedução efetua-se com base na

matéria coletável do grupo;

•Aplica-se o limite de 25% da coleta que

seria apurada pela sociedade que

realizou as despesas elegíveis no caso

de não se aplicar o RETGS;

•A dedução à matéria coletável do grupo

efetua-se apenas até 25% da sua

concorrência (nº 4 do artigo 66º-E).

Sanções pelo incumprimento

A não concretização da totalidade do

investimento nos termos previstos no artigo

66º-F até ao termo do prazo de dois anos

previsto no n.º 1 do artigo 66º-E, implica a

devolução do montante de imposto que deixou

de ser liquidado na parte correspondente ao

montante dos lucros não reinvestidos, ao qual

é adicionado ao montante de imposto a pagar

relativo ao segundo período de tributação

seguinte, acrescido dos correspondentes juros

compensatórios majorados em 15 pontos

percentuais.

Acrescem as sanções previstas pelo Regime

Geral Infrações Tributárias (RGIT).

Não cumulação com outros benefícios

O regime não é cumulável, no que concerne às

mesmas despesas elegíveis, com quaisquer

outros benefícios fiscais ao investimento da

mesma natureza (artigo 66º-G)

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

11

Obrigações declarativas

Preenchimento do campo 355 do quadro 10

da declaração Modelo 22 de IRC, e

eventualmente, o campo 720 do quadro 07 -

075 do Anexo D da mesma declaração;

Dossier Fiscal: Justificação da dedução

efetuada, através de um documento, que

identifique discriminadamente o montante dos

lucros retidos e reinvestidos, as despesas de

investimento em ativos elegíveis e o respetivo

montante;

A contabilidade deve evidenciar o imposto

que deixe de ser pago em resultado da

dedução, mediante menção do valor

correspondente no Anexo ao balanço e à

demonstração dos resultados relativo ao

exercício em que se efetua a dedução (artigo

66º-I).

Constituição da reserva, preferencialmente,

evidenciando a sua indisponibilidade.

Desvantagem

Caso o montante do benefício do DLRR não

possa ser utilizado na totalidade, este regime

não possibilita o reporte do valor excedente

para os anos seguintes ao contrário que

acontece noutro tipo de benefícios fiscais.

Nota: Não esquecer a limitação à utilização dos benefícios fiscais prevista no art.º 92º do Código do IRC.

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

3 - Remuneração convencional do capital social (artigo 9º - Lei nº 2/2014, de 16 de Janeiro)

13

Este regime consiste na dedução ao

rendimento dos sujeitos passivos de IRC de

uma importância correspondente à

remuneração convencional do capital social,

calculada mediante a aplicação da taxa de 5 %

ao montante das entradas realizadas, por

entregas em dinheiro, pelos sócios, no âmbito

da constituição de sociedade ou de aumento

do capital social.

Condições - cumulativas

A sociedade beneficiária seja qualificada

como micro, pequena ou média empresa, de

acordo com os critérios previstos no anexo ao

Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro;

Os sócios que participem na constituição da

sociedade ou no aumento do capital social

sejam exclusivamente pessoas singulares,

sociedades de capital de risco ou investidores

de capital de risco;

O seu lucro tributável não seja determinado

por métodos indiretos.

Aplicação

Aplica-se exclusivamente às entradas, no

âmbito da constituição de sociedades ou do

aumento do capital social da sociedade

beneficiária;

A dedução é efetuada no apuramento do lucro

tributável do período de tributação relativo ao

período de tributação em que ocorram as

mencionadas entradas e nos três períodos

seguintes.

Obrigações declarativas

Dedução no campo 774 do quadro 07 da

declaração modelo 22 do IRC, e

consequentemente, preencher o campo 409 do

quadro 04 do Anexo D da referida declaração

fiscal.

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

4 - Regime fiscal do Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento empresarial II - SIFIDE II

15

A Lei nº 83-C/2013 de 30 de Dezembro que

aprovou o Orçamento do Estado para 2014,

alterou e revogou várias disposições, tendo

prorrogado o SIFIDE II até ao exercício fiscal

de 2020.

O SIFIDE II vigora dos períodos de tributação

de 2013 a 2020 e está vertido no Código Fiscal

ao Investimento nos artigos 33º a 40º.

Âmbito da dedução

Os sujeitos passivos de IRC residentes em

território português que exerçam, a título

principal, uma atividade de natureza agrícola,

industrial, comercial e de serviços e os não

residentes com estabelecimento estável nesse

território podem deduzir à coleta, e até à sua

concorrência, o valor correspondente às

despesas com investigação e

desenvolvimento, na parte que não tenha sido

objeto de comparticipação financeira do Estado

a fundo perdido, realizadas nos períodos de

tributação com início entre 1 de janeiro de

2013 e 31 de dezembro de 2020, numa dupla

percentagem:

Taxa de base: 32,5% das despesas

realizadas naquele período;

Taxa incremental: 50% do acréscimo

das despesas realizadas naquele período

em relação à média aritmética simples

dos dois exercícios anteriores, até ao

limite de € 1.500.000.

Para os sujeitos passivos de IRC que sejam

consideradas Pequenas e Médias Empresas,

de acordo com a definição constante do artigo

2.º do Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de

novembro, que ainda não completaram dois

exercícios e que não beneficiaram da taxa

incremental, aplica-se uma majoração de 15%

à taxa base.

A dedução é efetuada, nos termos do artigo

90.º do Código do IRC, na liquidação

respeitante ao período de tributação

mencionado no número anterior.

As despesas que, por insuficiência de coleta,

não possam ser deduzidas no exercício em

que foram realizadas podem ser deduzidas até

ao oitavo exercício imediato

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho 5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

16

Condições

Apenas podem beneficiar da dedução a que se

refere o artigo anterior os sujeitos passivos de

IRC que preencham cumulativamente as

seguintes condições:

•O seu lucro tributável não seja

determinado por métodos indiretos;

•Não sejam devedores ao Estado e à

segurança social de quaisquer impostos

ou contribuições, ou tenham o seu

pagamento devidamente assegurado.

Despesas Elegíveis

Consideram-se dedutíveis as seguintes

categorias de despesas, desde que se refiram

a atividades de investigação e

desenvolvimento:

a) Aquisições de ativos fixos tangíveis, à

exceção de edifícios e terrenos, desde

que criados ou adquiridos em estado

novo e na proporção da sua afetação à

realização de atividades de I&D;

b) Despesas com pessoal com

habilitações literárias mínimas do nível 4

do Quadro Nacional de Qualificações,

diretamente envolvido em tarefas de I&D;

c) Despesas com a participação de

dirigentes e quadros na gestão de

instituições de I&D;

d) Despesas de funcionamento, até ao

máximo de 55% das despesas com o

pessoal com habilitações literárias

mínimas do nível 4 do Quadro Nacional

de Qualificações diretamente envolvido

em tarefas de I&D contabilizadas a título

de remunerações, ordenados ou salários,

respeitantes ao exercício

e) Despesas relativas à contratação de

atividades de I&D junto de entidades

públicas ou beneficiárias do estatuto de

utilidade pública ou de entidades cuja

idoneidade em matéria de investigação e

desenvolvimento seja reconhecida por

despacho dos membros do Governo

responsáveis pelas áreas da economia,

da inovação, da ciência, da tecnologia e

do ensino superior;

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho 5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

17

f) Participação no capital de instituições

de I&D e contributos para fundos de

investimentos, públicos ou privados,

destinados a financiar empresas

dedicadas sobretudo a I&D, incluindo o

financiamento da valorização dos seus

resultados, cuja idoneidade em matéria

de investigação e desenvolvimento seja

reconhecida por despacho membros do

Governo responsáveis pelas áreas da

economia, do emprego, da educação e

da ciência;

g) Custos com registo e manutenção de

patentes;

h) Despesas com a aquisição de

patentes que sejam predominantemente

destinadas à realização de atividades de

I&D. Nota: só é aplicável às micro,

pequenas e médias empresas.

i) Despesas com auditorias à I&D;

j) Despesas com ações de demonstração

que decorram de projetos de I&D

apoiado

Sem prejuízo do previsto na alínea e) acima

referida, não são consideradas quaisquer

despesas incorridas no âmbito de projetos

realizados exclusivamente por conta de

terceiros, nomeadamente através de contratos

e prestação de serviços de I&D.

Majorações

As despesas com pessoal diretamente

envolvido em tarefas de I&D, que possuam

habilitações literárias mínimas do nível 8 do

Quadro Nacional de Qualificações, são

consideradas em 120% do seu quantitativo.

Candidatura

As candidaturas deverão ser submetidas até

ao final do mês de Julho do ano seguinte ao do

exercício, não sendo aceites candidaturas

referentes a anos anteriores a esse período de

tributação.

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho 5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

18

As empresas com período de tributação

diferente do ano civil deverão submeter a

candidatura ao SIFIDE II até ao último dia do

sétimo mês seguinte à data do termo do

período de tributação a que respeitam as

despesas de I&D.

Só as empresas que submetam candidaturas

dentro do prazo da entrega da declaração

anual de rendimentos poderão inscrever na

mesma o cálculo do Crédito Fiscal de que

pretende beneficiar.

Para as candidaturas submetidas após esta

data (Junho e Julho), a empresa terá que

aguardar, para efeitos de usufruição do

benefício, a declaração de certificação das

despesas, podendo utilizar a possibilidade de

entrega de uma declaração de substituição, no

prazo de um ano contado do termo do prazo de

entrega da declaração de rendimentos do

período em questão ou, se este já tiver

expirado à data da notificação daquela

certificação, no prazo de um ano contado desta

notificação.

O formulário devidamente preenchido deverá

ser enviado por via eletrónica através do portal.

Obrigações acessórias

A obtenção da dedução deve ser justificada por

declaração comprovativa, a requerer pelas

entidades interessadas, ou prova da

apresentação do pedido de emissão dessa

declaração, de que as atividades exercidas ou

a exercer correspondem efetivamente a ações

de investigação ou desenvolvimento, dos

respetivos montantes envolvidos, do cálculo do

acréscimo das despesas em relação à média

dos dois exercícios anteriores e de outros

elementos considerados pertinentes, emitida

por entidade nomeada por despacho do

membro do Governo responsável pelas áreas

da economia e do emprego, a integrar no

processo de documentação fiscal do sujeito

passivo a que se refere o artigo 130.º do

Código do IRC.

As entidades interessadas em recorrer ao

sistema de incentivos fiscais previsto no

presente capítulo devem disponibilizar

atempadamente as informações solicitadas e

aceitar submeter-se às auditorias tecnológicas

que vierem a ser determinadas

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho 5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

19

As entidades interessadas em recorrer ao

sistema de incentivos fiscais previsto no

presente capítulo são obrigatoriamente

submetidas a uma auditoria tecnológica.

Obrigações declarativas

a) Preenchimento do campo 355 do

quadro 10 da declaração Modelo 22 de

IRC, e quadro 07 do Anexo D da mesma

declaração;

b) Dossier Fiscal: constar documento que

evidencie o cálculo do benefício fiscal,

bem como documento comprovativo de

que se encontra regularizada a situação

com o Estado e Segurança Social, com

referência ao mês anterior ao da entrega

da declaração periódica de rendimentos.

c) A contabilidade, deve evidenciar o

imposto que deixe de ser pago em

resultado da dedução, mediante menção

do valor correspondente no Anexo ao

balanço e à demonstração dos

resultados relativo ao exercício em que

se efetua a dedução.

Exclusividade do benefício

A dedução à coleta de IRC prevista neste

benefício não é cumulável, relativamente ao

mesmo investimento, com benefícios fiscais da

mesma natureza, previstos neste ou noutros

diplomas legais.

Este benefício encontra-se fora do limite

previsto no art.º 92º do Código de IRC

(“Resultado da Liquidação”).

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho 5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

5 - REGIME DE APOIO AO INVESTIMENTO - RFAI

21

O Regime Fiscal de Apoio ao Investimento -

RFAI é um incentivo de natureza regional, que

prevê um sistema específico de incentivos

fiscais ao investimento em determinados

setores de atividade. Está regulado no Código

Fiscal ai Investimento (CFI) nos artigos 26º a

32º.

Âmbito

O RFAI é aplicável aos sujeitos passivos de

IRC que exerçam, a título principal, uma

atividade nos setores agrícola, florestal,

agroindustrial e turístico e ainda da indústria

extrativa ou transformadora, com exceção dos

setores siderúrgico, da construção naval e das

fibras sintéticas, tal como definidos no artigo

2.º do Regulamento (CE) n.º 800/2008, da

Comissão, de 6 de agosto.

Podem beneficiar dos incentivos fiscais

previstos no presente regime os sujeitos

passivos de IRC que preencham

cumulativamente as seguintes condições:

a) Disponham de contabilidade

regularmente organizada, de acordo com a

normalização contabilística e outras

disposições legais em vigor para o

respetivo setor de atividade;

b) O seu lucro tributável não seja

determinado por métodos indiretos;

c) Mantenham na empresa e na região

durante um período mínimo de cinco anos

os bens objeto do investimento;

d) Não sejam devedores ao Estado e à

segurança social de quaisquer

contribuições, impostos ou quotizações ou

tenham o pagamento dos seus débitos

devidamente assegurado;

e) Não sejam consideradas empresas em

dificuldade nos termos da comunicação da

Comissão - orientações comunitárias

relativas aos auxílios estatais de

emergência e à reestruturação a empresas

em dificuldade, publicada no Jornal Oficial

da União Europeia, n.º C 244, de 1 de

outubro de 2004;

f) Efetuem investimento relevante que

proporcione a criação líquida de postos de

trabalho e a sua manutenção até ao final

do período de dedução previsto neste

regime.

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

22

Investimentos Relevantes

1. Investimento em ativos fixos tangíveis,

adquiridos em estado de novo, com exceção

de:

a) Terrenos, salvo no caso de se

destinarem à exploração de concessões

mineiras, águas minerais naturais e de

nascente, pedreiras, barreiros e areeiros

em projetos de indústria extrativa;

b) Construção, aquisição, reparação e

ampliação de quaisquer edifícios, salvo se

forem instalações fabris ou afetos a

atividades administrativas;

c) Viaturas ligeiras de passageiros ou

mistas;

d) Mobiliário e artigos de conforto ou

decoração, salvo equipamento hoteleiro

afeto a exploração turística;

e) Equipamentos sociais, com exceção

daqueles que a empresa seja obrigada a

ter por determinação legal;

f) Outros bens de investimento que não

estejam direta e imprescindivelmente

associados à atividade produtiva exercida

pela empresa;

2. Investimento em ativo intangível, de acordo

com a NCRF 8, constituído por despesas com

transferência de tecnologia, nomeadamente

através da aquisição de direitos de patentes,

licenças, 'saber-fazer' ou conhecimentos

técnicos não protegidos por patente.

Para as empresas que não sejam

consideradas como Micro, Pequenas e Médias

empresas, definição do anexo I do

Regulamento (CE) nº 800/2008, da Comissão,

de 6 de Agosto, as despesas de investimento

em ativo intangível não podem exceder 50%

dos investimentos relevantes.

Investimento realizado

Correspondente às adições, verificadas em

cada período de tributação, de ativos fixos

tangíveis e intangíveis e bem assim o que,

tendo a natureza de ativo fixo tangível e não

dizendo respeito a adiantamentos, se traduza

em adições aos investimentos em curso.

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

23

Não são consideradas adições de ativos fixos,

as que resultem de transferências de

investimentos em curso transitado de períodos

anteriores, exceto se forem adiantamentos.

Incentivos Fiscais

Aos sujeitos passivos de IRC residentes em

território português ou que aí possuam

estabelecimento estável, que exerçam a título

principal uma atividade de natureza comercial,

industrial ou agrícola abrangida no âmbito

deste regime que efetuem, nos exercícios de

2013 a 2017, investimentos considerados

relevantes, são concedidos os seguintes

benefícios fiscais:

1. Dedução à coleta de IRC, e até à

concorrência de 50% da mesma, das seguintes

importâncias, para investimentos realizados

em regiões elegíveis para apoio no âmbito dos

incentivos com finalidade regional:

a) 20% do investimento relevante,

relativamente ao investimento até ao

montante de € 5.000.000,00;

b) 10% do investimento relevante,

relativamente ao investimento de valor

superior a € 5.000.000,00.

A dedução à coleta é efetuada na liquidação

respeitante ao período de tributação em que se

efetuar o investimento, desde que seja

efetuado nos períodos de tributação de 2013 a

2017.

Quando a dedução referida no número anterior

não possa ser efetuada integralmente por

insuficiência de coleta, a importância ainda não

deduzida pode sê-lo, nas mesmas condições,

nas liquidações dos 5 exercícios seguintes.

2. Isenção de imposto municipal sobre

imóveis (IMI), por um período até 5 anos,

relativamente aos prédios da sua propriedade

que constituam investimento relevante;

3. Isenção de imposto municipal sobre as

transmissões onerosas de imóveis (IMT)

relativamente às aquisições de prédios que

constituam investimento relevante;

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

24

4. Isenção de imposto do selo relativamente às

aquisições de prédios que constituam

investimento relevante.

As isenções relaxativas ao IMI e IMT são

condicionadas ao reconhecimento, pela

competente assembleia municipal, do interesse

do investimento para a região.

Limites

O montante global dos incentivos fiscais

concedidos no RFAI não pode exceder o valor

que resultar da aplicação dos limites máximos

aplicáveis ao investimento com finalidade

regional, em vigor na região na qual o

investimento seja efetuado, constantes do

artigo 32.º do RFAI.

Em conformidade com o mapa nacional dos

auxílios estatais com finalidade regional para o

período até 31 de dezembro de 2013,

aprovado pela Comissão Europeia em 7 de

julho de 2007, os limites máximos aplicáveis

aos benefícios fiscais concedidos no âmbito do

RFAI são os seguintes:

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

25

No caso de grandes projetos de investimento

cujas despesas elegíveis excedam 50 milhões

de euros, os limites previstos no n.º 1 estão

sujeitos ao ajustamento estabelecido no n.º 67

das orientações relativas aos auxílios estatais

com finalidade regional para o período de

2007-2013, publicadas no Jornal Oficial da

União Europeia, n.º C 54, de dedução à coleta

de IRC.

Os limites máximos aplicáveis aos

investimentos realizados após 31 de dezembro

de 2013 são fixados por portaria do membro do

Governo responsável pela área das finanças,

em conformidade com o mapa nacional dos

auxílios estatais com finalidade regional.

Majorações

Os limites previstos na tabela acima são

majorados em 10 pontos percentuais para as

médias empresas e em 20 pontos percentuais

para as pequenas empresas tal como definidas

na recomendação da Comissão, de 6 de maio

de 2003, relativa à definição de micro,

pequenas e médias empresas, publicada no

Jornal Oficial da União Europeia, n.º L 124, de

20 de maio de 2003.

Obrigações acessórias

Dossier Fiscal

A dedução à coleta deve ser justificada por

documento a integrar o processo de

documentação fiscal a que se refere o artigo

130.º do Código do IRC, que identifique

discriminadamente os investimentos

relevantes, o respetivo montante e outros

elementos considerados relevantes;

Relativamente ao exercício da dedução deve

ainda constar documento que evidencie o

cálculo do benefício fiscal;

Certidões de situação regularizada perante o

Estado e a Segurança Social, com referência

ao mês anterior ao da entrega da declaração

periódica de rendimentos.

4 - SIFIDE II - Sistema de

Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento

5 - RFAI – Regime de

Apoio ao Investimento

3 - Remuneração

Convencional do Capital

Social

2- Beneficio ao

Reinvestimento de Lucros

e Reservas - DLRR

1 - Criação Líquida de

Postos de Trabalho

26

Anexo ao Balanço e Demonstração dos

Resultados

A contabilidade evidenciar o imposto que deixe

de ser pago em resultado da dedução a que se

refere este regime, mediante menção do valor

correspondente no anexo ao balanço e à

demonstração de resultados relativa ao

exercício em que se efetua a dedução.

Obrigações declarativas

Preenchimento do campo 355 do quadro 10 da

declaração Modelo 22 de IRC, e quadro 07 do

Anexo D da mesma declaração

Acrescem as obrigações já referidas no ponto

obrigações acessórias.

Incumprimento

No caso de incumprimento relativamente à

manutenção da empresa e na região, durante o

período mínimo de 5 anos, é adicionado ao

IRC relativo ao período de tributação em que o

sujeito passivo alienou os bens objeto do

investimento o imposto que deixou de ser

liquidado em virtude do presente regime,

acrescido dos correspondentes juros

compensatórios majorados em 10 pontos

percentuais.

Não cumulação dos incentivos fiscais

Os incentivos fiscais previstos no presente

capítulo não são cumuláveis, relativamente ao

mesmo investimento, com quaisquer outros

benefícios fiscais da mesma natureza,

automáticos ou contratuais, previstos neste ou

noutros diplomas legais.

De referir que este regime agrega vários

benefícios fiscais e é cumulável com outros

benefícios como a criação líquida de postos de

trabalho

Este benefício encontra-se fora do limite

previsto no art.º 92º do Código de IRC

(“Resultado da Liquidação”).

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