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5/7/2018 BERNECK 2010 - slidepdf.com
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
CLEVERSON FERREIRA
LUAN INOCENCIO
OKSANA MITSUE MORI
TAMIRES DE ALMEIDA SFEIR
VINICIUS YURK DA ROCHA
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA ± SECAGEM
CURITIBA
2010
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CLEVERSON FERREIRA
LUAN INOCENCIO
OKSANA MITSUE MORI
TAMIRES DE ALMEIDA SFEIRVINICIUS YURK DA ROCHA
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA ± SECAGEM
Relatório Apresentado à disciplina de Secagem
de madeiras II do curso de Engenharia
Industrial Madeireira do Setor de Ciências
Agrárias da Universidade Federal do Paraná.
Requisitante: Professor Dr. Ricardo Jorge
Klitzke.
CURITIBA
2010
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SUMÁRIO
1. introdução .................................................................................................... 3
2. OBJETIVOS ................................ ................................ ................................ . 4
3. empresa ....................................................................................................... 5
3.1 RESUMO DAS ATIVIDADES DA EMPRESA. ................................ ....... 5
3.2 VISITA ................................ ................................ ................................ ... 5
3.3 setor de secagem ................................ ................................ .................. 6
3.3.1 Câmaras ................................ ................................ ......................... 6
3.3.2 Energia Térmica ................................ ................................ .............. 7
3.3.3 Empilhamento Da Madeira ................................ .............................. 7
3.3.4 Carregamento e Descarregamento ................................ ................. 7
3.3.5 Avaliação Após a Secagem ................................ ............................ 8
3.3.6 Gerenciamento................................................................ ................ 8
3.3.7 Controle de Qualidade ................................ ................................ .... 9
3.3.8 Manutenção ................................ ................................ .................... 9
4. ANÁLISES FINAIS .................................................................................... 10
4.1 EQUIPAMENTOS E DIMENSIONAMENTO ................................ ........ 10
4.2 OPERAÇÃO E GERENCIAMENTO ................................ .................... 10
4.3 RECOMENDAÇÕES FINAIS: ................................ .............................. 11
ANEXOS ................................ ................................ ................................ ........... 12
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1. INTRODUÇÃO
A secagem da madeira é uma técnica que visa a redução do seu teor de
umidade, objetivando levá-la até um determinado ponto, com o mínimo dedefeitos e no menor tempo possível. Para tanto deve -se valer e uma técnica
que seja economicamente viável, tendo -se em mente o fim para o qual a
madeira é destinada. Benefícios como: aumento da estabilidade dimensional,
redução de ataques de fungos apodrecedores e manchadores, redução de
custos de transporte, aumento da resistência mecânica, melhoria na
trabalhabilidade, melhoria na adesão de cola, entre outros, são obtidos ao
secar a madeira. Neste sentido, é que o entendimento desta prática faz -se
necessário, não apenas para que o desenvolvimento da indústria de produt osmadeireiros possa crescer de forma mais racional, mas também para que os
produtos possam atingir uma melhor qualidade, capaz de competir com outros
produtos no mercado internacional.
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2. OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho foi visitar o setor de secagem de uma empresa
madeireira e observar todos os fatores do processo, analisando parâmetroscomo equipamento, operação, controle, produção, qualidade entre outros . Além
disto, procuramos saber quais métodos são utilizados industrialmente para o
controle da qualidade ao final do processo de secagem e quais métodos são
utilizados para que este processo ocorra em larga escala.
A apresentação do maquinário utilizado e suas capacidades foi um
aspecto de grande relevância na visita técnica realizada, assim como o
aprendizado na área prática da secagem apresentada pelos operadores e
responsáveis do setor.
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3. EMPRESA
A empresa visitada pelo grupo foi a Berneck S/A Painéis e Serrados,
localizada na rua Dr. Valério Sobania, número 500, em Araucária, Paraná. Avisita, orientada pelo engenheiro florestal Luiz Trajano, encarregado do setor
de secagem, foi realizada nos dias 19 de novembro e 01 de dezembro de 2010
no período das 13h:30 às 16h:30.
3.1 RESUMO DAS ATIVIDADES DA EMPRESA.
Empresa especializada na produção e comercialização de painéis emMDP, MDF, HDF, painéis colados de madeira de Teka e madeira serrada de
Pinus.
3.2 VISITA
Visita conduzida pelo supervisor engenheiro florestal Luiz Trajano, que
começou ainda no pátio da empresa. Acompanhamos todo o processo debeneficiamento da madeira, desde o descascamento das toras até a
classificação e o empilhamento da madeira para a secagem. N o setor de
secagem, iniciamos pela apresentação das câmaras de secagem em geral. A
Berneck possui ao todo dez câmaras de secagem, sendo que sete destas
foram recém construídas e são da marca Mahild, as outras três câmaras são
da marca Omeco e vem sendo utilizadas pela empresa a mais de vinte anos.
Cada uma destas câmaras tem uma capacidade média de 200 m³ de madeira
por ciclo de secagem, sendo que comportam duas fileiras de vagonetes comtrês pilhas uma sobre a outra, de 1,2m de altura cada.
A Berneck produz cerca de 20000m³ de madeira serrada por mês,
55000m³ de madeira na produção de MDP e 28000m³ na produção de MDF.
As câmaras são construídas em uma liga de alumínio, têm paredes
duplas e preenchidas com um material isolante. Os sistemas de umidificação
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utilizados são a tina (MAHILD) e o spray direto (OMECO) e utilizam água
industrial.
É utilizada uma válvula ON/OFF para umidificação do ambiente. O
tanque tem capacidade de 220L.
A madeira entra nas câmaras por portas externas. Ao mesmo tempo em
que um novo lote de madeira esta entrando na câmara outro esta saindo pelo
lado oposto da câmara, esta saída dá acesso ao barracão de estocagem, onde
posteriormente é feita a avaliação e seleção das peças previamente secas.
A capacidade do pátio de estocagem é de, aproximadamente, 20000 m³
de madeira seca por mês.
Tivemos oportunidade de acompanhar a organização dos vagonetes na
área de entrada da câmara, vagonetes estes que ainda seriam carregados.
Pôde-se observar que os pontaletes utilizados nas câmaras mais recentes
(Mahild) eram de metal e não de madeira como é mais comum. Isto por que os
pontaletes de madeira têm vida útil restrita e estão sujeitos a empenamentos
que acarretam em defeitos de secagem, por isso nas sete novas câmaras são
utilizados pontaletes de metal.
As peças com maior espessura são secas nas câmaras Omeco, e nesse
processo são utilizados contra-pesos de concreto armado sobre cada pilha.
A visita prosseguiu por todo setor de secagem e os dados coletados
foram constatados durante a mesma.
3.3 SETOR DE SECAGEM
3.3.1 Câmaras
Número de câmaras: 10
Marca: 7 câmaras Mahild e 3 câmaras Omeco
Material de contrução: Liga em alumínio com isolamento térmico
Ventilação: 8 ventiladores de 1,80m de diâmetro cada por câmara, possui
sistema de reversão, inversor de freqüência e motor externo. Há um motor,
marca SIEMENS ± 30~40 HP, externo à câmara, para cada ventilador.
Trocadores de Calor: trocadores duplos somente em um lado.
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Sistema de umidificação: Spray (sistema de aspersão com água fria) e tina com
acionamento automatizado.
3.3.2 Energia Térmica
Geração: caldeira aquatubular com capacidade de geração de 90 ton/h
de vapor. Cerca de 89% da água utilizada no processo é reaproveitada e passa
por uma estação de tratamento.
Rede de distribuição: para uso e retorno do condensado: re tirada do
condensado através de purgadores para a linha de retorno, sendo que todas as
válvulas de entrada e saída são válvulas do tipo proporcionais.
Resíduo utilizado: Casca e cavacos rejeitados a produção de painéis
3.3.3 Empilhamento Da Madeira
Cuidados com sarrafos separadores e pontaletes: a empresa utiliza dois
tipos de pontaletes, nas câmaras antigas usam-se pontaletes de madeira de
dormentes, e nas novas são utilizados pontaletes de metal. Os pontalente são
feitos de pinus e têm dimensões de 60x60mmx3m de comprimento.Cuidados e forma de empilhamento: gradeamento automatizado e
colocação de blocos de concreto com uma tonelada cada sobre a carga.
3.3.4 Carregamento e Descarregamento
Controle dos pinos sensores:
Não há controle das variáveis da câmara por pinos sensores. Istoocorre, pois, segundo o encarregado, numa câmara para grande volume de
madeira, a amostragem de 16 pontos para colocação dos pinos sensores não
dá uma margem de resultados confiável e aumenta consideravelmente o tempo
de carregamento. Assim, o controle é realizado exclusivamente através do
tempo, medido pelo CLP, que apresenta resultados precisos e pouca variação
nos parâmetros de secagem durante o processo.
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3.3.5 Defletores:
As sete câmaras Mahild recém construídas possuem defletores
horizontais na parte superior e verticais na lateral da câmara. Já a OMECO
possui apenas defletores verticais.
3.3.6 Avaliação Após a Secagem
Controle do teor de umidade: o controle é feito at ravés de medições com
aparelho capacitivo do tipo espada, da marca WAGNER. Algumas vezes é feito
através do método gravimétrico, para verificar as tensões da secagem utiliza -se
o teste do garfo.
Principais defeitos ocorrentes: rachaduras de topo, encanoamento,
arqueamento, manchas.
3.3.7 Gerenciamento
Controle do processo de secagem: o processo é controlado pelo
software Mahild de secagem de madeiras. O programa coleta os dados
enviados pelos dos aparelhos de medição nas estufas. O sistema segue um
programa pré-determinado com base em uma curva de dessorção de água da
madeira.
Programação da secagem: a secagem é baseada em valores do
termômetro de bulbo seco e do termômetro de bulbo úmido, ou seja, o PT100,
sendo que o potencial de secagem não é levado em consideração.
Qualidade desejada: a qualidade desejada depende do produto final
desejado. Como a empresa tem clientes atuando em vários setores como:
móveis, embalagens, construção civil, entre outros, o produto para cada um
destes fins tem padrões diferentes de qualidade. Os lotes de madeira já saemda serraria com clientes certos para serem entregues. O setor de secagem já
sabe qual deve ser a qualidade final do lote, adaptado ao devido fim da
madeira.
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3.3.8 Controle de Qualidade
Medição de umidade pelo método capacitivo ou pelo método
gravimétrico. Utilização do teste de garfo em alguns lotes para verificação das
tensões na madeira.
3.3.9 Manutenção
Manutenção preventiva realizada a cada seis meses e manutenção
curativa realizada sempre que detectado um problema.
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4. ANÁLISES FINAIS
4.1 EQUIPAMENTOS E DIMENSIONAMENTO
No caso das sete câmaras da Mahild, recém construídas, o
dimensionamento está de acordo com a capacidade da câmara (200m³). O
primeiro erro evidenciado na secagem foi no caso das três câmaras Omeco,
houve uma alteração de capacidade, porém o equipamento não foi readaptado,
estas câmaras eram projetadas para secagem de 90m³ de madeira por ciclo, e
atualmente secam por volta de 130m³.
Também foi constatado que a malha de algodão que recobre otermômetro de bulbo úmido estava completamente fora de condições de uso,
apresentando grande volume de resíduos impregnados no mesmo, que por sua
vez acaba mascarando o verdadeiro valor da medição.
Nas câmaras Omeco as paredes exteriores apresentavam grandes focos
de ferrugem, sendo que em muitos pontos já tinham sido feitos sobreposição
de novas placas de alumínio, procedimento este que nem sempre garante um
isolamento térmico eficiente.
Muitos dutos da tubulação, tanto de alimentação quanto de retorno dascâmaras, apresentam elevado estado de oxidação.
4.2 OPERAÇÃO E GERENCIAMENTO
Colocação incorreta dos sarrafos separadores, incorrendo muitas vezes
em arqueamento, empenamentos, encanoamento e principalmente rachaduras
nos topos.O sistema de umidificação por aspersão com água fria não é o mais
indicado, pois pode vir a prejudicar a leitura do psicrômetro, ocorrendo assim
um retardamento da fase, pois a água fria fará a leitura do TBS cair, por sua
vez acionará a válvula de vapor para aquecer mais o sistema. Sendo
aconselhável o uso exclusivo da tina.
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Verificou-se que a malha de algodão que faz a medida no termômetro de
bulbo úmido no psicrômetro estava completamente saturada de impurezas
prejudicando assim sua medição.
Os sarrafos separadores são os mesmos para qualquer espessura de
peças de modo que isto prejudica no ciclo de secagem.
4.3 RECOMENDAÇÕES FINAIS:
Ajustar o sistema de colocação dos sarrafos separadores para que os
mesmos fiquem o mais próximo possível dos topos das peças. Esse ajuste
também deve levar em conta o alinhamento correto destes separadores para
que não ocorram empenamentos, rachaduras de topo e outros defeitos
decorrentes.
Sempre que possível evitar o uso do sistema de umidificação de
aspersão, pois este utiliza água fria, o que pode acarretar em problemas de
medição no psicrômetro. Assim a tina deve ser o sistema principal de
umidificação das câmaras.
Também é indicada a troca da malha de algodão do termômetro de
bulbo úmido, já que impurezas podem prejudicar sua leitura levando o software
a conduzir o processo de maneira incorreta.
Quanto aos sarrafos de separação é aconselhável seguir uma tabela de
referência em função da espessura da peça, pois peças maiores necessitam
separadores maiores para a melhor vazão do ar entre as camadas.
Recomenda-se a implementação de um sistema de controle de
qualidade após o processo de secagem a fim de avaliar de forma precisa o
percentual de defeitos dentro do processo.
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ANEXOS
FIGURA 1 - Vista frontal das câmaras Mahild FIGURA 2 - Vista superior das câmaras Mahild
FIGURA 3 - Vista da plataforma onde ficam os motores FIGURA 4 - Dumper na parte superior da câmara
FIGURA 5 - Umidificação por spray direto FIGURA 11 - Sistema de umidificação por tina
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FIGURA 7 - Software de secagem da Mahild FIGURA 8 - Software de secagem da Mahild (vista 2)
FIGURA 9 - Blocos de concreto FIGURA 10 ± Vista dos ventiladores
FIGURA 12 - Parede das câmaras Omeco.................FIGURA 13 ± Vagonete carregado.
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FIGURA 13 - Medidor de umidade tipo espada FIGURA 14 - Câmaras Mahild em construção
(método capacitivo)
FIGURA 15 - Tabela de relação FIGURA 16 - Tina
(bitola ± faixa de umidade)
FIGURA 17 - Pilha de madeira após FIGURA 18 - Defletores em câmaras da
sair da câmaras das câmaras Omeco
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FIGURA 19 ± Gráfico de operação. FIGURA 20 ± Câmara OMECO.
FIGURA 21 ± Linha de vapor e câmaras Mahild.
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FORNECEDOR MAHILD
DADOS BÁSICO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Tipo MH 2000 ct Capacidade de Secagem 2,196 (m³/mês) Câmara de Secagem 182 m³; Lf 90%; Temperatura de trabalho 90°C
Tensão 440V; 60Hz; trifásico AC
Dimensões (metros)
Largura 6,0
Comprimento 21,0
Altura 5,85/7,90
Paredes e telhado Painéis de Alumínio, com vedação de silicone, de parede dupla com
camada interna de lã de rocha de 100mm
Estrutura Estrutura de alumínio, aparafusado, e em aço inoxidável
Portas 2 portas de alumínio, Carregamento frontal e parede traseira, 5,4m x
5,85m Piso Concreto
Carregamento Vagonetes
Ventiladores
8 ventiladores reversí veis, de aço inoxidável e alumínio
Potencia 144 kW, 18kW, IP55, ClasseH,
Fluxo de Ar 278 m³/s
Velocidade do Ar 6,9 m/s
Dumpers
Defletores Alumínio Verticais e Horizontais
Sistema de Aquecimento
Bi-metal, aço inoxidante e aletas de alumínio, Válvulas de Controle
Poder de Aquecimento
Meio de Aquecimento 5,74 MW
Capacidade de Aquecimento Vapor Saturado Seco a 4,5 bar
Fluxo de Vapor 60 - 90°C
4,3 ton/h
Sistema de Umidificação
Pulverização por Spray
Banho de Vapor Água fria a 3 bar 20 kg/m³
Medições
Sistema de controle
computadorizado, central e
para circuitos específicos
02 termômetros de bulbo seco
02 termômetros de bulbo úmido