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BIBLIOGRAFIA INDICADA Marina Vasques Duarte – Direito Previdenciário – Ed. Verbo Jurídico João Ernesto Aragonés Vianna – Curso de Direito Previdenciário – Ed. Atlas TRATAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL NA CF 88 DA SEGURIDADE SOCIAL Conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinados a assegurar direitos à saúde, assistência social e previdência social. Poder Público organiza com base nos princípios insculpidos no parágrafo único do art. 194: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Art. 195 - Financiada por toda sociedade, mediante recursos da U, EE, DF e MM e das contribuições sociais: I – dos empregadores e empresas incidentes sobre: - Folha de salários ou rendimentos pagos a pessoa física; - Receita ou faturamento - Lucro II – dos trabalhadores e demais segurados, exceto sobre aposentadorias e pensões do RGPS; III – Concursos de prognósticos; IV – de importador de bens ou serviços do exterior. §§1º e 2º - as receitas constarão dos orçamentos de cada ente federado, que serão elaborados de forma integrada com os órgãos responsáveis pela Saúde, Assist. Social e Prev. Social; §3º - Devedores da SS não podem contratar ou receber incentivos fiscais do poder público; §5º - prévia fonte de custeio total; §6º - anterioridade nonagesimal; §7º - isenção das entidades beneficentes de Assist. Social; §8º - definição e contribuição do segurado especial SAÚDE (ARTS. 196 A 200) 196 - Direito de todos e dever do Estado, com acesso universal e igualitário às ações e serviços. 197 – Ações e serviços de saúde são de relevância pública, sendo a regulamentação, fiscalização e controle a cargo do Poder Público, com execução direta por esse ou pela iniciativa privada. 198 – SUS Princípios: I- descentralização e direção única em cada ente federado; II- atendimento integral, priorizando atividades preventivas; III- participação da comunidade. Financiamento : orçamento da SS, União, EE, DF, MM e outras fontes (ver art. 198, §§ 2º e 3º) Lei complementar definirá a aplicação de recursos mínimos derivados de percentuais incidentes sobre:

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BIBLIOGRAFIA INDICADA Marina Vasques Duarte – Direito Previdenciário – Ed. Verbo Jurídico João Ernesto Aragonés Vianna – Curso de Direito Previdenciário – Ed. Atlas

TRATAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL NA CF 88

DA SEGURIDADE SOCIAL Conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinados a assegurar direitos à saúde, assistência social e previdência social. Poder Público organiza com base nos princípios insculpidos no parágrafo único do art. 194:

I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com

participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Art. 195 - Financiada por toda sociedade, mediante recursos da U, EE, DF e MM e das contribuições sociais: I – dos empregadores e empresas incidentes sobre: - Folha de salários ou rendimentos pagos a pessoa física; - Receita ou faturamento - Lucro II – dos trabalhadores e demais segurados, exceto sobre aposentadorias e pensões do RGPS; III – Concursos de prognósticos; IV – de importador de bens ou serviços do exterior. §§1º e 2º - as receitas constarão dos orçamentos de cada ente federado, que serão elaborados de forma integrada com os órgãos responsáveis pela Saúde, Assist. Social e Prev. Social; §3º - Devedores da SS não podem contratar ou receber incentivos fiscais do poder público; §5º - prévia fonte de custeio total; §6º - anterioridade nonagesimal; §7º - isenção das entidades beneficentes de Assist. Social; §8º - definição e contribuição do segurado especial

SAÚDE (ARTS. 196 A 200)

196 - Direito de todos e dever do Estado, com acesso universal e igualitário às ações e serviços. 197 – Ações e serviços de saúde são de relevância pública, sendo a regulamentação, fiscalização e controle a cargo do Poder Público, com execução direta por esse ou pela iniciativa privada. 198 – SUS Princípios: I- descentralização e direção única em cada ente federado; II- atendimento integral, priorizando atividades preventivas; III- participação da comunidade. Financiamento: orçamento da SS, União, EE, DF, MM e outras fontes (ver art. 198, §§ 2º e 3º) Lei complementar definirá a aplicação de recursos mínimos derivados de percentuais incidentes sobre:

União – na forma da Estados – produto da arrecadação dos impostos de sua competência (art. 155 da CF) e de

recursos oriundos da repartição de receitas prevista nos arts. 157 a 159 da CF; Municípios - produto da arrecadação dos impostos de sua competência (art. 156 da CF) e de recursos oriundos das receitas previstas nos arts. 158 e 159 da CF; Art. 199 - Livre à iniciativa privada. §1º- (preferência às filantrópicas e sem fins lucrativos), mediante contrato de direito público. §2º- vedada destinação de recursos públicos a entidades com fins lucrativos. §3º- vedada participação de empresas ou capitais estrangeiros, salvo os casos da lei.

§4º- lei disporá sobre transplantes e transfusões, vedada a comercialização. COMPETÊNCIA SUS – ART. 200 CF

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;

III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

ASSISTÊNCIA SOCIAL – ARTS. 203/204

Prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição. Objetivos: - Proteção à família, maternidade, infância, adolescência e velhice; - Amparo a crianças e adolescentes carentes; - Promoção da integração ao mercado de trabalho; - Habilitação e reabilitação de portadores de deficiência; - LOAS Art. 204 – diretrizes: I- descentralização, com coordenação e normas gerais pela União. Estados e Municípios e entidades beneficentes coordenam e executam os próprios programas; II- participação da população na formulação de políticas e controle das ações. § único – 0,5% da receita tributária líquida dos EE e DF podem vincular-se a programas assistenciais, não podendo esses recursos ser usados para pagamento de:

I- pessoal e encargos sociais; II- serviço da dívida; III- qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente às ações apoiadas;

PREVIDÊNCIA SOCIAL (ARTS. 201/202)

Será organizada sob a forma de Regime Geral, de caráter contributivo e filiação obrigatória, devendo ser preservado o equilíbrio financeiro e atuarial e atenderá: - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; - proteção à maternidade, especialmente à gestante; - proteção do trabalhador em situação de desemprego involuntário; - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; - pensão por morte ao cônjuge ou companheiro e demais dependentes. § 1º - igualdade de tratamento entre os segurados, ressalvadas as aposentadorias especiais e portadores de deficiência (nos termos de lei complementar) § 2º - garantia de valor mínimo – um salário-mínimo – para os benefícios que substituam o rendimento do trabalho ou SC. § 3º - atualização dos SC; § 4º - preservação do valor real dos benefícios; § 5º - vedação de filiação ao RGPS de participante de Regime próprio. § 6º - 13º de aposentados e pensionistas =remuneração de dezembro; § 7º - aposentadorias: ATC – 35 anos (H) e 30 anos (M), reduzidos em 5 anos para professores com efetivo exercício nas funções de magistério na educação infantil, e no ensino fundamental e médio; Após. Idade – 65 anos (H) e 60 (M), reduzidos em 5 anos para trabalhadores rurais, segurado especial, garimpeiro e pescador artesanal § 9º Contagem recíproca – compensação de regimes; § 12 – inclusão previdenciária de trabalhadores de baixa ou nenhuma renda, com alíquotas diferenciadas (§ 13). Previdência Privada – caráter complementar e facultativo, e deverá ser regulado por lei complementar.

PRINCÍPIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

1. FILIAÇÃO OBRIGATÓRIA (ARTS. 12 DA LEI 8.212/91 E 11 DA LEI 8.213/91) – desnecessidade de inscrição, salvo para o facultativo 2. CARÁTER CONTRIBUTIVO (ART. 201) 3. EQUILÍBRIO FINANCEIRO E ATUARIAL (ART. 201) – relação entre custeio e pagamento de benefícios

4. GARANTIA DO BENEFÍCIO MÍNIMO (ART. 201, § 2º) – salvo auxílio-acidente - indenizatório

5. CORREÇÃO MONETÁRIA DOS SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO (ART. 201, § 3º)

6. PRESERVAÇÃO DO VALOR REAL DOS BENEFÍCIOS (ART. 201, § 4º)

7. INDISPONIBILIDADE DOS DIREITOS DOS BENEFICIÁRIOS (ART. 114)

8. COMUTATIVIDADE – CONTAGEM RECÍPROCA (201, § 9º) – possibilidade de computar tempo rural e urbano com tempo de serviço público, hipótese em que os regimes se compensarão, nos termos da lei 9796/1999)

SEGURADOS E DEPENDENTES

1. EMPREGADO (ART. 12, I LEI 8.212/91) – CLT (a) , cargo em comissão (g), mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não pertencente a regime próprio de previdência (h);

2. EMPREGADO DOMÉSTICO (ART. 12, II LEI 8.212/91) – trabalha para pessoa ou família, no âmbito residencial desta, sem fins lucrativos;

3. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL (ART. 12, V LEI 8.212/91)– empresário, autônomo e equiparado a autônomo

4. TRABALHADOR AVULSO (ART. 12, VI LEI 8.212/91) – sem vínculo empregatício, devendo haver intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor de mão-de-obra (estivadores, conferentes, práticos guindasteiros, etc.).

5. SEGURADO ESPECIAL (ART. 12, VII LEI 8.212/91) – pessoa física que explora atividade rural ou pesqueira individualmente ou em regime de economia familiar, sem auxílio de empregados. A partir dos 12 anos de idade - TUN súmula 5 6. FACULTATIVO (ART. 14, LEI 8.212/91) – dona de casa, síndico não remunerado, estagiários, bolsistas, etc. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO I – enquanto estiver em gozo de benefício ou por 12 meses após a cessação de benefício por incapacidade ou; II – por 12 meses após a cessação das contribuições; III - até 12 meses após a segregação; IV – até 12 meses após o livramento; V – até 3 meses após o licenciamento, relativamente ao que presta serviço militar; VI – até seis meses após a cessação das contribuições em relação ao segurado facultativo; OBS.: prazo do II prorrogado para 24 meses quando tiver mais de 120 contribuições sem perda da qualidade de segurado Mais doze meses para o desempregado.

SEGURADOS DE BAIXA RENDA Art. 201 , §§ 12 e 13 da CF Lei 8.212/91 art. 21, § 2º - 11% que optarem pela exclusão da Aposentadoria por tempo de contribuição Lei 8.213/91 art. 18, § 3º - não vale como tempo de contribuição facultativos e contribuintes individuais: Lei 12.470 de 31/08/2011 - DÁ NOVA REDAÇÃO AO ART. 21 DA LEI 8.212/91

– 11% como na regra anterior - 5% - MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL art. 18-A Lei Complementar 123/2006. - 5% - facultativo com trabalho doméstico no âmbito de sua residência pertencente à família de baixa renda (novo § 4º, família inscrita no Cadastro único para Programas Sociais com renda mensal de até 2 salários-mínimos)

DEPENDENTES (ART. 16 LEI 8.213/91)

Dependentes do segurado – altera art. 16, I e III acrescentando: - filho ou irmão portador de deficiência mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz assim declarado judicialmente

Nessa hipótese a pensão, em caso de exercício de trabalho remunerado, será reduzida em 30% a cota do dependente enquanto durar o trabalho, sendo integralmente restabelecido ao término da atividade remunerada. CLASSE 1 – CÔNJUGE OU COMPANHEIRO (HOMOSSEXUAIS INCLUSIVE), FILHO NÃO EMANCIPADO, MENOR DE 21 ANOS OU INVÁLIDO dependência econômica presumida - § 4º obs.: menor sob tutela e o enteado equiparam-se a filho. Entretanto, deverão comprovar dependência econômica (§ 2º) obs. 2: divórcio, separação judicial e separação de fato – súmula 336 do STJ – comprovada a necessidade econômica superveniente, ainda que tenha renunciado aos alimentos. “a mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.

Obs. 3 – filho maior inválido aposentado por invalidez – presunção de dependência desconstituída. AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.241.558 - PR (2011/0045890-4) CLASSE 2 – PAIS – devem comprovar dependência econômica CLASSE 3 – IRMÃO NÃO EMANCIPADO, MENOR DE 21 ANOS OU INVÁLIDO - devem comprovar dependência econômica

OBS.: A EXISTÊNCIA DE DEPENDENTES DE UMA CLASSE EXCLUI OS DEPENDENTES DE CLASSE SEGUINTE.

CARÊNCIA (atenção para a tabela contida no art. 142 da Lei 8.213/91,

destinada aos segurados que ingressaram no RGPS antes da Lei) É o número mínimo de contribuições exigidas para a concessão de determinado benefício 1. Aux.-doença e apos. invalidez – 12 contribuições mensais, sendo dispensada quando incapacidade decorre de acidente de qualquer natureza ou por moléstia profissional ou doenças especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e di Trabalho e Previdência Social; 2. aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial – 180 contribuições mensais (regra de transição art. 142); 3. salário-maternidade – para as contribuintes individuais e seguradas especiais – 10 contribuições mensais, respeitado o parto antecipado. Independe de carência: Pensão por morte, aux.-reclusão, salário-família e aux.-acidente; Serviço social; reabilitação profissional; salário-maternidade para as seguradas empregada, doméstica e avulsa. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (art. 28 da Lei 8.213) – é a parcela da remuneração do trabalhador sobre a qual

incide a alíquota correspondente à contribuição social

SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO (PBC E FATOR PREVIDENCIÁRIO – LEI 9876/99) Art. 29 da Lei 8.213/91

RENDA MENSAL INICIAL – valor inicial do benefício a ser pago

Apos. Invalidez – 100% SB (hipótese do acréscimo de 25%) Aux.-doença – 91% SB Apos. Tempo – 100% SB Apos. Especial – 100% SB Apos. Idade – 70% SB + 1% para cada grupo de 12 contribuições Aux.-acidente – 50% SB Salário-maternidade:

1 – segurada empregada e avulsa: valor da última remuneração, sem limitação ao teto 2 – empregada doméstica: valor do último salário-de-contribuição (limitado ao teto) 3 – segurada especial: 1 salário-mínimo 4 – contribuinte individual e facultativa: 1/12 da soma dos últimos 12 SC (espécie de SB).

Pensão por morte – 100% do valor da aposentadoria do falecido ou, se não fosse aposentado, 100% da aposentadoria por invalidez a que teria direito. Aux.-reclusão: igual à pensão por morte.

ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS (art. 124 da Lei 8.213/91) I - aposentadoria e auxílio-doença; II - mais de uma aposentadoria; (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; IV - salário-maternidade e auxílio-doença; (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995) V - mais de um auxílio-acidente; (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995) VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente

REAJUSTAMENTO DOS BENEFÍCIOS (ART. 41-A) INPC