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01/03/2017 GÊNESE, MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DOS SOLO - UFPR - PROF. MARCELO RICARDO DE LIMA 1 PERFIL DO SOLO Aula ministrada pelo Prof. Marcelo Ricardo de Lima, do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná. BIBLIOGRAFIA IBGE. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. Manual técnico de pedologia. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. 425 p. (IBGE. Manuais Técnicos em Geociências, 04). IBGE. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. Manual técnico de pedologia: guia prático de campo. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. 134 p. SANTOS, R.D. dos; LEMOS, R.C. de; SANTOS, H.G. dos; KER, J.C.; ANJOS, L.H.C. dos; SHIMIZU, S.H. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 6. ed. rev. e ampl. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2013. 100 p. PERFIL DO SOLO Definição: É uma seção vertical do solo através de todos seus horizontes e camadas e estendendo-se para dentro do material de origem (CURI et al., 1993). FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA ESTUDAR O PERFIL DE SOLO EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA ESTUDAR O PERFIL DE SOLO

BIBLIOGRAFIA PERFIL DO SOLO - mrlima.agrarias.ufpr.br · formação, grupo, etc. ... diâmetro) sobre o solo ou na massa de solo. DESCRIÇÃO GERAL J. Pedregosidade ... Slide sem

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01/03/2017

GÊNESE, MORFOLOGIA E

CLASSIFICAÇÃO DOS SOLO - UFPR -

PROF. MARCELO RICARDO DE LIMA 1

PERFIL DO

SOLO

Aula ministrada pelo

Prof. Marcelo Ricardo de

Lima, do Departamento

de Solos e Engenharia

Agrícola da Universidade

Federal do Paraná.

BIBLIOGRAFIA

IBGE. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos

Ambientais. Manual técnico de pedologia. 3. ed.

Rio de Janeiro: IBGE, 2015. 425 p. (IBGE.

Manuais Técnicos em Geociências, 04).

IBGE. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos

Ambientais. Manual técnico de pedologia: guia

prático de campo. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.

134 p.

SANTOS, R.D. dos; LEMOS, R.C. de; SANTOS,

H.G. dos; KER, J.C.; ANJOS, L.H.C. dos;

SHIMIZU, S.H. Manual de descrição e coleta de

solo no campo. 6. ed. rev. e ampl. Viçosa:

Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2013.

100 p.

PERFIL DO

SOLO

Definição: É uma

seção vertical do solo

através de todos seus

horizontes e camadas

e estendendo-se para

dentro do material de

origem (CURI et al.,

1993).

FERRAMENTAS NECESSÁRIAS

PARA ESTUDAR O PERFIL DE

SOLO

EQUIPAMENTOS

NECESSÁRIOS PARA ESTUDAR

O PERFIL DE SOLO

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FORMAS DE SONDAGEM PARA

CARACTERIZAÇÃO DE SOLOS

A) UTILIZAÇÃO DE TRADOS

B) UTILIZAÇÃO DE BARRANCOS

C) ABERTURA DE TRINCHEIRAS

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SEQUÊNCIA PARA

PREPARAÇÃO DA SEÇÃO

PARA EXAME E COLETA

A) Escolher a seção mais adequada

B) Limpar e regularizar a superfície

C) Preparar para registro fotográfico

D) Separar os horizontes

E) Descrever e coletar de baixo para cima

DESCRIÇÃO GERAL

A) Data

B) Classificação

C) Localização (com coordenadas)

D) Situação, declive e cobertura vegetal

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Declividade é determinada a campo com o

auxílio do clinômetro

Declividade é determinada a campo com o

auxílio do clinômetro

Declividade é determinada a campo com o

auxílio do clinômetro

7%

4o

DESCRIÇÃO GERAL

E. Altitude (GPS ou altímetro)

F. Litologia: rocha (mapa geológico)

G. Unidade litoestratigráfica: suíte,

formação, grupo, etc. (mapa geológico)

H. Cronologia: período geológico (mapa

geológico)

I. Material de origem

DESCRIÇÃO GERAL

J. Pedregosidade

Refere-se à

proporção relativa de

calhaus e matacões

(até 100 cm de

diâmetro) sobre o solo

ou na massa de solo.

DESCRIÇÃO GERAL

J. Pedregosidade

Não pedregoso

Ligeiramente pedregoso

Moderadamente pedregoso

Pedregoso

Muito pedregoso

Extremamente pedregoso

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DESCRIÇÃO GERAL

J. Pedregosidade

Fase pedregosa

Fase epipedregosa

Fase endopedregosa

DESCRIÇÃO GERAL

K. Rochosidade

Refere-se à proporção relativa de

matacões (com mais de 100 cm de diâmetro)

e afloramentos rochosos.

DESCRIÇÃO GERAL

K. Rochosidade

Não rochoso

Ligeiramente rochoso

Moderadamente rochoso

Rochoso

Muito rochoso

Extremamente rochoso

DESCRIÇÃO GERAL

L. Relevo local e regional

Plano

Suave ondulado

Ondulado

Forte ondulado

Montanhoso

Escarpado

Relevo plano (até 3% de declividade)

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Relevo suave ondulado (3 a 8%) Relevo ondulado (8 a 20%)

Relevo forte ondulado (20 a 45%) Relevo montanhoso (45 a 75%)

Relevo escarpado (mais de 75%)

DESCRIÇÃO GERAL

M. Erosão (tipo e intensidade)

Não aparente

Ligeira

Moderada

Forte

Muito forte

Extremamente forte

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Erosão laminar Erosão em sulcos

Erosão em

voçoroca

DESCRIÇÃO GERAL

M. Drenagem

Refere-se à remoção do excesso de água

A cor do solo é um dos melhores

indicadores da drenagem

DESCRIÇÃO GERAL

M. Drenagem

Excessivamente drenado

Fortemente drenado

Acentuadamente drenado

Bem drenado

Moderadamente drenado

Imperfeitamente drenado

Mal drenado

Muito mal drenado

Solo

excessivamente

drenado

A

C

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Solo

fortementente

drenado

A

Bw

Solo

acentuamente

drenado

Solo bem

drenado

A

Bt Solo

moderadamente

drenado

A

Bt

Solo

moderadamente

drenado

Solo

imperfeitamente

drenado

A

Bc

2Cg

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Solo mal

drenado

Solo muito

mal drenado H

DESCRIÇÃO GERAL

M. Vegetação primária

Indica a vegetação que originalmente

existia na área, antes da intervenção

humana.

O IBGE e a EMBRAPA SOLOS adotam

sistemas de classificação da vegetação

distintos, com equivalência aproximada.

DESCRIÇÃO GERAL

M. Vegetação primária

DESCRIÇÃO GERAL

M. Vegetação primária

N. Uso atual

O. Descrito e coletado por

P. Observações

Os horizontes e

camadas principais do

perfil do solo são

designados por letras

maiúsculas: O, H, A, E, B,

F, C, R.

HORIZONTES PRINCIPAIS

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O - Horizonte ou

camada superficial de

cobertura, de

constituição orgânica,

podendo estar

ocasionalmente

saturado com água.

O

O

O

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H

H - Horizonte ou camada de constituição

orgânica (C≥80 g/kg), composto de

resíduos acumulados em condições de

prolongada estagnação de água.

H

A - Horizonte

mineral superficial

(ou abaixo de O

ou H) com

concentração de

matéria orgânica

decomposta.

A

E - Horizonte mineral,

cuja característica

principal é a perda de

argila, ferro, alumínio,

ou matéria orgânica,

com concentração

residual de areia e

silte.

E

A B - Horizonte mineral

subsuperficial, de

acumulação de argila,

Fe, Al, Si, húmus,

CaCO3, CaSO4, ou de

perda de CaCO3; ou com

bom desenvolvimento

estrutural.

A

B

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SOLUM

Parte superior e

pressupostamente

mais intemperizada

do perfil do solo,

compreendendo

somente os

horizontes A e B

(excluído o BC).

A

B

C

C – Horizonte ou

camada mineral de

material inconsolidado

sob o solum

A

B

C

C – Horizonte ou

camada mineral de

material inconsolidado

sob o solum,

relativamente pouco

afetado por processos

pedogenéticos C

A

B

C

F

F – Horizonte ou

camada de

material mineral

consolidado sob

A, E ou B, rico

em Fe e/ou Al e

pobre em

matéria orgânica.

Real Forte do Príncipe da Beira

(Costa Marques – RO)

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R – Camada

mineral de

material

consolidado,

constituindo a

rocha

A

R

A

C

2C 3C

4C

5C

6C

7C

8C 9C

10C

DESCONTINUIDADE

LITOLÓGICA

DESCONTINUIDADE

LITOLÓGICA

Utiliza-se prefixos numéricos

antes dos horizontes principais.

Exemplo: A-C-2C-3C-4C-5C

Por convenção o “1” não é

mostrado.

SUBDIVISÃO DOS HORIZONTES

B2

B3

B1

A

SUBDIVISÃO DOS

HORIZONTES

Sufixos numéricos que indicam

subhorizontes dos horizontes

principais.

Exemplos:

A1, A2, B1, B2, B3, C1, C2

A1, A2, Bt1, Bt2, Bw1, Bw2

HORIZONTES TRANSICIONAIS

A

AC

C

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HORIZONTES TRANSICIONAIS

A

B

C

AB

HORIZONTES TRANSICIONAIS

Os horizontes transicionais são horizontes

nos quais as propriedades de dois

horizontes principais se associam

conjuntamente.

Exemplos: AO, AH, AB, BA, AC, EB, BC, etc.

HORIZONTES INTERMEDIÁRIOS

A

E/B

E

B/E

HORIZONTES INTERMEDIÁRIOS

A

E/Bt

Bt

E

HORIZONTES INTERMEDIÁRIOS

Os horizontes intermediários (mesclados)

são horizontes nos quais dois horizontes

principais ocupam a mesma profundidade no

perfil.

Exemplos: A/E, A/C, E/A, E/B, B/C, C/B etc.

HORIZONTES E CAMADAS

SUBORDINADAS (SUFIXOS)

São letras minúsculas

colocadas ao lado do

horizonte principal, para

indicar alguma característica

especial.

Exemplos: Bt, Ap, Bn, Bw, Cv, etc.

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a – Propriedades

ândicas

b - Horizonte enterrado

A

B

Ab

Bb

c - Concreções

ou nódulos

endurecidos

Bc

d – Acentuada decomposição do

material orgânico

Hd

e – Escurecimento da parte externa

dos agregados por matéria orgânica

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Cf

f – Plintita Plintita

g – Glei

A

Cg

E

A

Bh

Matéria

orgânica

h - Acumulação

iluvial de matéria

orgânica

i - Incipiente

desenvolvimento

do horizonte B

A

Bi

C

j - Tiomorfismo

Cgj

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GÊNESE, MORFOLOGIA E

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k – Presença

de carbonatos

A

B

Ck1

Ck2

C3

m - Extremamente cimentado

n - Acumulação de Na+ trocável

A

Btn

o - Material orgânico mal ou não

decomposto

Oo

p – Aração e outras pedoturbações

Ap

q – Acumulação

de sílica

Cqm

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CLASSIFICAÇÃO DOS SOLO - UFPR -

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r – Rocha branda ou

saprolito A

E

Bh

Bs

s - Acumulação

de sesquióxidos

de Fe e/ou Al

t - Acumulação

de argila

A

E

Bt

u - Modificações e acumulações

antropogênicas

Au

v - Características

vérticas

(fendilhamento,

expansão,

superfícies de

fricção, etc.)

01/03/2017

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v - Características

vérticas

(fendilhamento,

expansão,

superfícies de

fricção, etc.)

w - Intensa

intemperização com

inexpressiva

acumulação de argila

A

Bw

y - Acumulação de

sulfato de cálcio

z - Acumulação de sais solúveis

mais solúveis que sulfato de cálcio

Az

sais