Upload
prcesarpaul
View
348
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
1
www.educbauru.wordpress.com
CAPÍTULO 03
INERRÂNCIA, INFALIBILIDADE, AUTORIDADE E SACRALIDADE DA BÍBLIA.
TÓPICO 1
A INERRÂNCIA DAS ESCRITURAS
1 INTRODUÇÃO
A inspiração divina, garante a credibilidade e autoridade dos textos bíblicos.
2 INERRÂNCIA
A inspiração pressupõe a inerrância, isto é, sabemos que a Bíblia é a Palavra de Deus revelada
à nós, e que ela não contém erros, a isto chamamos de inerrância.
3 OS CONCEITOS DE INERRÂNCIA
3.1 INERRÂNCIA ABSOLUTA
A bíblia é totalmente verdadeira, incluindo fatos e análises da ciência e da história.
3.2 A INERRÂNCIA PLENA
A bíblia e completamente verdadeira, suas declarações sobre assuntos (ciência e história) são
completamente verdadeiras.
3.3 A INERRÂNCIA LIMITADA
A bíblia é inerrante e infalível, nas suas referências a salvação. Conhecimento de escritores
quanto a ciência e a história, não têm muita importância. Utilizada por escritores modernos
frente a psicologia da religião moderna.
4 A IMPORTÂNCIA DA INERRÂNCIA
A bíblia é inerrante, ou seja, plenamente verdadeira no aspecto teológico, histórico e
epistemológico (conhecimento definido entre crença e a verdade).
5 A INERRÂNCIA E OS FENÔMENOS
Existem fenômenos que contradizem a inerrância. A doutrina da inerrância garante
que se pode confiar na Bíblia. Os que não defendem a inerrância da Bíblia muitas vezes
desconsideram uma dificuldade. Muitos ensinos bíblicos estão vinculados a doutrinas que não
suportam provas empíricas. Se a Bíblia labora em erro nas áreas em que se pode confirmar
seu conteúdo, com base em que se pode afirmar ser ela correta em assuntos não passíveis de
confirmação independente? A fé se torna, nesse caso, mera questão de credulidade. A
inerrância garante que podemos confiar em tudo que a Bíblia afirma.
2
www.educbauru.wordpress.com
6 O CONSERVADORISMO E O MODERNISMO
Por 18 séculos se manteve a opinião conservadora ortodoxa sobre a inspiração, a Bíblia é a
Palavra de Deus.
Com a modernidade surge novos argumentos frente a inerrância limitada (inspiração
parcial), os escritores não entrariam em detalhes em outras matérias como a ciência e a
história.
Esses teólogos não consideram que a bíblia apenas pretende fornecer alguns dados históricos e
científicos. O pensamento moderno procura colocar a ciência acima de Deus, quando sabemos
que Deus é o criador da ciência.
7 DEFINIÇÃO DE INERRÂNCIA
“A bíblia quando corretamente interpretada, de acordo com o nível a que a cultura e os meios
de comunicação haviam chegado na época em que foi escrita e de acordo com os propósitos a
que foi destinada, é plenamente fidedigna em tudo que afirma” Erickson. É a posição
definida de inerrância plena.
TÓPICO 2
INFALIBILIDADE DAS ESCRITURAS
1 INTRODUÇÃO
A revelação = >inspiração => inerrância=> infalibilidade.
2 DEFINIÇÃO DE INFALIBILIDADE
Característica de ser incapaz de falhar na realização de um propósito. Nos idiomas
originais em que foi escrita, a Bíblia é absolutamente infalível e sem erro de qualquer tipo.
Esta tem sido a posição de todas as confissões das grandes igrejas evangélicas através dos
anos.
Jesus referiu-se a inúmeros personagens e acontecimentos do Antigo Testamento, dando assim
testemunho da sua autenticidade e autoridade. É interessante notar, pela lista seguinte, que Jesus colocou
seu selo de aprovação sobre alguns dos eventos e milagres do Antigo Testamento que sempre foram muito
questionados pelos críticos. Ele aprovou a narração do seguinte:
Criação e casamento - Mateus 19:5 O dilúvio e a arca de Noé - Lucas 17:26,27 A destruição de Sodoma e Gomorra - Lucas 17:28,29 . A destruição de Tiro e Sidom - Mateus
11:21,22 . A circuncisão - João 7:22 . A páscoa - Mateus 26:2 . A lei - João 7:19 Os mandamentos - Mateus 19:7-9 A lei judia do divórcio - Mateus 19:7-9 . O fato da sarça ardente - Marcos 12:26
3
www.educbauru.wordpress.com
O símbolo de Jonas e o grande peixe - Mt 12:40 O arrependimento de Nínive - Mateus 12:41 . A glória de Salomão - Mateus 6:29 A sabedoria de Salomão - Mateus 12:42 A festa dos tabernáculos - João 7 Davi come os pães da proposição - Mateus 12:3 . Os sacerdotes profanam o sábado - Mateus 12:5 .
O céu se fecha na época de Elias - Lucas 4:25 . A história de Naamã, o leproso - Lucas 4:27 O registro da serpente levantada - João 3:14-15 O assassinato de Abel e Zacarias - Mateus 23:35 . A missão do Messias - Lucas 4:16-21 A missão de João Batista - Mateus 17:10-13 . A missão de Elias - Mateus 17:10-13 Daniel e sua grande profecia - Mateus 24:15
3 O DEPOIMENTO DA INFALIBILIDADE
3.1 QUAL O FUNDAMENTO DA DOUTRINA DA INFALIBILIDADE?
( 2TM 3:16; 2PE 1:21; DEUT 4:2,12:32; PV 30:6; AP 22:18-19)
3.2 A BÍBLIA É UMA REVELAÇÀO ORIGINAL DA VERDADE
Ela revela o início e o final do homem pelo plano da redenção.
3.3 A BÍBLIA É IMUTÁVEL
Muito da incerteza e incredulidade a respeito da Bíblia partiu dos chamados cientistas. A ciência
assumiu uma aura de autoridade e quase infalibilidade. Muitos fizeram dela praticamente um deus.
O termo "ciência" significa apenas "conhecimento", e ela não deve ser adorada nem temida. O
ponto significativo sobre a ciência é que ela tem tido necessidade de mudar as suas conclusões à
medida que novos fatos surgem. Os textos científicos ficam rapidamente obsoletos, enquanto a
Bíblia não teve de ser alterada em nada, no decorrer de milhares de anos desde que foi escrita. Por
que duvidar de um livro que resistiu aos séculos e a todos os ataques feitos contra ele, aceitando
ciências que necessitam ser revistas a cada passo? A Bíblia não é um manual científico, mas jamais
foi provado que contenha qualquer fato científico falso. O relato da criação em Gênesis continua de
pé.
3.4 A BÍBLIA É EXATA MORAL E ESPIRITUALMENTE
A bíblia tem produzido resultados práticos, têm influenciado civilizações, transformando
vidas, trazido luz, inspiração e conforto a milhões e sua obra ainda continua. Leia (1 Ts 2:13).
TÓPICO 3
A AUTORIDADE DA BÍBLIA
1INTRODUÇÃO Os pós-modernistas não aceitam esta definição. O fato é que autoridade da bíblia está em si mesma. 2A AUTORIDADE BÍBLICA
Hb 4:12.
A doutrina da inerrância garante que se pode confiar na Bíblia. Os que não defendem a inerrância
da Bíblia muitas vezes desconsideram uma dificuldade. Muitos ensinos bíblicos estão vinculados a
doutrinas que não suportam provas empíricas. Contra as teorias deviantes é necessário afirmar:
1-a inspiração é divina e não humana;
4
www.educbauru.wordpress.com
2-a inspiração é única e não comum;
3-a inspiração é viva e não mecânica;
4-é completa e não somente parcial;
5-é verbal e não apenas de conceitos.
3 CARCTERÍSTICAS DA AUTORIDADE DA BÍBLIA
3.1 AUTORIDADE RELIGIOSA
A bíblia é autoridade religiosa, por que Deus é seu autor.
3.1.1 O PADRÃO DA AUTORIDADE
DEUS -> revelação -> autor ^ ^ <-cristão <-iluminação <-Espírito Santo I I IINSPIRAÇÃOI
3.1.2 A BÍBLIA E A RAZÃO
A fé não é irracional ou ilógica, pois mais subjetiva ou transcendente. Crer também é pensar.
Existem métodos de interpretação bíblica para determinar significados que são necessários e
importantes. Uso da razão com o auxílio do Espírito Santo.
3.2 AUTORIDADE HISTÓRICA
Diz respeito a cultura bíblica.
3.3 AUTORIDADE NORMATIVA
Comunica a vontade de Deus a nós. Vontade de Deus comunicando suas verdades ao homens,
sendo elas : universal, temporal e pessoal.
4 SOLA ESCRIPTURA
Princípio protestante “a única fonte e norma de todo conhecimento cristão é a sagrada
escritura”.
Quem deu ensejo a este princípio foi Martinho Lutero em 1521. Iniciou em seus pensamentos
desde 1517, quando afixou as 95 teses.
5 A INERRÂNCIA E OS MANUSCRITOS ORIGINAIS E AS CÓPIAS
A inerrância faz eferência apenas aos livros originais da bíblia, não é asseverada a respeito de
qualquer cópia específica daqueles livros que sobrevierem até nosso tempo.
TÓPICO 4
A SACRALIDADE DA ESCRITURA- O CANÔN
1INTRODUÇÃO
Confiabilidade das escrituras inspiradas.
2 AS ESCRITURAS E DEFINIÇÃO DE CANONICIDADE
A palavra vêm “cânon”grego Kanon, que significa, “cana”ou “vara de medir”, ou “régua”.
Também significa um modelo para medir ou julgar uma regra. Assim, canôn configura os
livros considerados com mérito para serem incluídos nas sagradas escrituras.
5
www.educbauru.wordpress.com
2.1 DEFINIÇÃO
Os livros das sagradas escrituras aceitos pela Igreja cristã que contêm a regra autoritária da
fé e da prática.
2.2 CANONICIDADE
É o direito que um livro têm de estar no can6on sagrado. Possuem autoridade divina.
3 O CANÔN DO A.T.
Temos registros do início da escrita da Lei, mas não do término, há opiniões diferentes a esse
respeito.
(ÊX 17:14; 24:3; Deut 31:9-11)
3.1 O PRINCÍPIO DO CANÔN DECLARADO
Dt 31: 24-26
Os livros da lei foram reconhecidos como canôn nos dias de Esdras (444 a.c).
Os profetas reconhecidos algum tempo depois (200 a.c).
Os escritos receberam canonicidade por volta de (100 a.c).
3.2 O CANÔN DO AT AFIRMADO E AUTORIZADO POR CRISTO
Nos dias de Cristo, o canôn do AT já estava encerrado e definido.
João 5:39; Lucas 24:27.
3.3 A BÍBLIA HEBRÁICA
3.4 CRONOLOGIA AT E PRODUÇÀO ESCRITURÍSTICA- PANORÂMA BÍBLICO DO
AT.
Vide livro.
4 O CANÔN DO NT
A Igreja primitiva tinha a sua disposição e utilizava o antigo testamento, as palavras de Jesus,
os ensinos dos apóstolos, e os relatos das viajens e as epístolas. Os livros do NT foram escritos
na segunda metade do século 1 d.c.
(1Jo 1:3; 2Ped 1:16; At2:42; 1Ts 5:27; Tg 1:11; Ap 1:1)
4.1 A NECESSIDADE DE SELEÇÃO PELA IGREJA
4.1.1 O CANÔN DE MARCION
4.1.2 O MESTRE TACIANO E O EVANGELHO ÚNICO
4.1.3 O TEÓLOGO MONTANO E A BÍBLIA SEM FIM
4.1.4 ESCRITOS DE INSPIRAÇÃO DUVIDOSA
4.1.5 O EDITO DE DIOCLESIANO (302-305)
4.2 O PADRÃO CANÔNICO
4.2.1 APOSTALICIDADE (QUANTO A AUTORIA)
4.2.2 EXATIDÃO DOUTRINÁRIA (AUTORIA A DOUTRINA)
6
www.educbauru.wordpress.com
4.2.3 CONTEÚDO ESPIRITUAL (QUANTO AO CONTEÚDO)
4.2.4 UNIVRSALIDADE (QUANTO AO USO)
4.2.5 INSPIRAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO (QUANTO A INSPIRAÇÃO)
4.3 CRONOLOGIA NT-PANORÂMA BÍBLICO
Fica muito mais fácil traçar a canonização dos vinte e sete livros do Novo Testamento do
que a dos do Antigo Testamento. A evidência disponível é muito maior. Os livros do Novo
Testamento foram escritos durante a última metade do século I a.D.
A recém-formada igreja cristã usava as Escrituras do Antigo Testamento como base
para a sua fé, mas, além disso, era dada grande importância às palavras de Jesus e aos ensinos
dos apóstolos. Dessa forma, não decorreu muito tempo antes que os evangelhos passassem a
ser usados juntamente com o Antigo Testamento.
A autoridade dos apóstolos é plenamente confirmada. João declara: "o que temos visto
e ouvido anunciamos também a vós outros" (I Jo 1:3); Pedro diz que foram "testemunhas
oculares de sua majestade" (II Pe 1:16); e lemos a respeito dos primeiros crentes: "E
perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão" (At 2:42).
Em vista de as epístolas de Paulo terem sido escritas para satisfazer a uma necessidade
específica de uma igreja local ou de um indivíduo, eram preservadas pelo seu valor espiritual
e lidas nas igrejas. Em várias ocasiões, Paulo deu instruções definidas para que suas cartas
fossem lidas e circuladas. Ele escreveu à igreja em Tessalônica: "Conjuro-vos, pelo Senhor,
que esta epístola seja lida a todos os irmãos" (I Ts 5:27).
À igreja de Colossos ele advertiu: "E, uma vez lida esta epístola perante vós,
providenciai para que seja também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodicéia, lede-a
igualmente perante vós" (Cl 4:16). A fim de que isso pudesse acontecer, é provável que uma
cópia das cartas para Colossos e Laodicéia tivesse de ser feita. A medida que esta prática se
ampliou, é fácil ver que, dentro de poucos anos, coleções das cartas de Paulo poderiam ser
obtidas.
O Novo Testamento sugere uma distribuição bastante ampla desses escritos. João
recebeu instruções: "O que vês, escreve em livro e manda às sete igrejas" (Ap 1:11). A
Epístola de Tiago foi dirigida "às doze tribos que se encontram na dispersão" (Tg 1:11). A
primeira epístola de Pedro foi escrita" aos eleitos que são forasteiros da dispersão, no Ponto,
Galácia, Capadócia, Asia e Bitínia" (I Pe 1:1).
Existe uma forte possibilidade de uma compilação primitiva de um cânon do Novo
Testamento a ser reconhecido num mesmo plano que as escrituras do Antigo Testamento.
"E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado
irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes
7
www.educbauru.wordpress.com
assuntos, como de fato costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas
difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as
demais Escrituras, para a própria destruição deles" (II Pe 3:15,16).
Durante os primeiros anos do século II, começou a fazer-se sentir a influência dos Pais
da Igreja. Tratava-se de estudantes talentosos, professores e líderes da igreja. Em suas cartas
às primeiras igrejas, eles faziam inúmeras citações dos livros que viriam a tornar-se o cânon
do Novo Testamento. Essas cartas dão um testemunho definido do valor do livro que citavam,
colocando-o em posição superior às suas próprias palavras.
Por estranho que pareça, um conhecido herege, o gnóstico Márcion (140 A.D.), foi
utilizado para inspirar o reconhecimento de alguns dos livros do Novo Testamento,
especialmente as epístolas de Paulo. Márcion compilou seu próprio cânon, incluindo o
Evangelho de Lucas e dez das epístolas paulinas. Ele rejeitou as epístolas pastorais, Hebreus,
Marcos, João, Atos, as epístolas gerais e Apocalipse.
Sua atitude deu lugar a muitas críticas e a um estudo mais profundo dos livros que
rejeitara. No final do século II, todos menos sete dos 27 livros do Novo Testamento foram
reconhecidos como canônicos. Os sete livros que não receberam completo reconhecimento na
época são os seguintes: Hebreus, II e III João, II Pedro, Judas, Tiago e Apocalipse.
Um impulso adicional no sentido de formar um cânon definitivo do Novo Testamento
surgiu em vista das perseguições ordenadas pelo imperador Diocleciano (302-305), que
ordenou que as Escrituras fossem queimadas. Tornou-se assim necessário determinar quais
livros eram considerados como Escritura. Os cristãos precisavam decidir por quais livros
valia a pena sofrer e morrer.
A questão do cânon teve um significado sério e prático. Vinte e cinco anos depois das
perseguições de Diocleciano, Constantino, o novo imperador, abraçara o cristianismo e
ordenara a Eusébio, bispo de Cesaréia e historiador da igreja, que preparasse e distribuísse
50 cópias do Novo Testamento. Foi assim necessário decidir quais livros deveriam ser
incluídos.
Não é difícil compreender que, na ocasião em que o cânon estava sendo considerado,
havia muitos livros que reclamariam exame. Estes escritos eram geralmente divididos nos
assim chamados pseudopígrafos e apócrifos. No primeiro está incluído um grupo de livros
adulterados e heréticos, considerados como escritos falsos. Eles praticamente não foram
reconhecidos por qualquer concílio nem citados pelos Pais da Igreja. Muitas doutrinas
heréticas, tais como as defendidas pelos gnósticos, que negavam a encarnação de Cristo; pelos
céticos, que negavam a realidade da humanidade de Cristo; e pelos monofisistas, que
rejeitavam a dualidade da natureza de Cristo, são encontradas nestes livros.
Mais de 280 deles foram citados, reunidos sob os títulos: Evangelhos, Atos, Epístolas,
Apocalipses e outros. Geisler e Nix declaram: "Quaisquer fragmentos de verdades neles
8
www.educbauru.wordpress.com
preservados são obscurecidos tanto pela sua fantasia religiosa como por suas tendências
heréticas. Os livros não só deixam de ser canônicos, como também é pequeno seu valor com
fins religiosos ou devocionais. Seu principal mérito é histórico, revelando as crenças de seus
criadores."
Os seguintes princípios foram usados para determinar a posição de um livro no cânon:
Apostolicidade: O livro foi escrito por um apóstolo, ou por alguém associado de perto
com os apóstolos? Esta questão tinha especial importância com respeito a Marcos, Lucas,
Atos e Hebreus, já que Marcos e Lucas não se encontravam entre os doze e a autoria de
Hebreus era desconhecida.
Conteúdo espiritual: O livro estava sendo lido nas igrejas e seu conteúdo era um meio
de edificação espiritual? Este era um teste muito prático.
Exatidão doutrinária: O conteúdo do livro era doutrinariamente correto? Qualquer
livro contendo heresia, ou contrário aos livros canônicos já aceitos, era rejeitado.
O uso: O livro fora universalmente reconhecido nas igrejas, sendo amplamente citado
pelos Pais da Igreja?
Inspiração divina: Ele dava verdadeira evidência de inspiração divina? "Este era o
teste básico, e tudo teria que convergir para este ponto."
TÓPICO 5
LIVROS APÓCRIFOS
EM RELAÇÃO AO AT: A palavra "apócrifos", em seu significado comum, quer dizer
"Livros Apócrifos" e se refere a quatorze livros acrescentados ao Antigo Testamento,
considerados como parte do cânon sagrado, especialmente pela Igreja Católica Romana. Os
protestantes geralmente não os incluem em sua Bíblia. O termo veio a ter o sentido de
"oculto" ou "escondido".
A Septuaginta (LXX), tradução do Antigo Testamento em grego, feita entre 280 A.C. e
180 A.C., contém os livros apócrifos. Jerônimo os incluiu em sua tradução latina do Antigo
Testamento, chamada de Vulgata. Esses livros não fazem parte da Bíblia hebraica.
Os reformadores são em grande parte responsáveis por eliminar os Apócrifos da
Bíblia, por haver neles elementos inconsistentes com a doutrina protestante (por exemplo,
doutrinas de oração pelos mortos e intercessão dos santos).
Os quatorze livros apócrifos são os seguintes, às vezes dispersos através de todo o
Antigo Testamento e outras vezes impressos no seu final: I e II Esdras, Tobias, Judite, adições
ao livro de Ester, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, Epístola de Jeremias, a
9
www.educbauru.wordpress.com
Canção das Três Crianças Santas, a História de Suzana, Bel e o Dragão, A Oração de
Manassés, I e II Macabeus.
Embora partes de quase todos os livros do cânon do Antigo Testamento sejam citadas
ou referidas diretamente no Novo Testamento, não existe qualquer citação ou referência a
nenhum dos livros apócrifos.
EM RELAÇÃO AO NT: Os livros citados como os apócrifos do Novo Testamento
eram aqueles tidos em alta estima pelo menos por um dos Pais da Igreja. Embora contenham
muita informação útil relativa à história da Primeira Igreja, jamais foram aceitos no cânon do
Novo Testamento.
Alguns dos mais populares entre eles são:
Epístola de Barnabé (70-79), Terceira Epístola aos Coríntios (96), O Pastor de Hermas
(115-140), Ensino Didakê dos Doze (100-120), Epístola aos Laodicenses (sec. IV?), Epístola de
Policarpo aos Filipenses (108) e as Sete Epístolas de Inácio (110).
Atanásio (nascido cerca de 298 A. D.), em uma de suas epístolas pastorais, menciona os
27 livros do Novo Testamento como Escritura. No terceiro concílio de Cartago (397), as
igrejas cristãs ocidentais estabeleceram a forma final do cânon do Novo Testamento. Desse
modo, no final do século IV, os 27 livros foram aceitos. Geisler e Nix concluem, portanto:
"Uma vez que as discussões resultaram no reconhecimento dos 27 livros canônicos do
cânon do Novo Testamento, não houve movimentos no cristianismo nem para acrescentar,
nem para anular qualquer coisa nele."