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INPE-16587-TAE/79
BIBLIOTECAS DIGITAIS EM ARQUITETURA E
URBANISMO: UM ESTUDO SOBRE A ARQUITETURA
DA INFORMACAO DIGITAL
Rosemary Gay Fantinel
Dissertacao apresentada ao Programa de Pos-Graduacao em Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para obtencao do
ttulo de Mestre em Arquitetura e Urbanismo, orientada pelo Dr. Marcelo Bezerra
de Melo Tinoco
Registro do documento original:
INPE
Sao Jose dos Campos
2009
http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m18@80/2009/10.06.17.04
PUBLICADO POR:
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
Gabinete do Diretor (GB)
Servico de Informacao e Documentacao (SID)
Caixa Postal 515 - CEP 12.245-970
Sao Jose dos Campos - SP - Brasil
Tel.:(012) 3945-6911/6923
Fax: (012) 3945-6919
E-mail: [email protected]
CONSELHO DE EDITORACAO:
Presidente:
Dr. Gerald Jean Francis Banon - Coordenacao Observacao da Terra (OBT)
Membros:
Dra Maria do Carmo de Andrade Nono - Conselho de Pos-Graduacao
Dr. Haroldo Fraga de Campos Velho - Centro de Tecnologias Especiais (CTE)
Dra Inez Staciarini Batista - Coordenacao Ciencias Espaciais e Atmosfericas (CEA)
Marciana Leite Ribeiro - Servico de Informacao e Documentacao (SID)
Dr. Ralf Gielow - Centro de Previsao de Tempo e Estudos Climaticos (CPT)
Dr. Wilson Yamaguti - Coordenacao Engenharia e Tecnologia Espacial (ETE)
BIBLIOTECA DIGITAL:
Dr. Gerald Jean Francis Banon - Coordenacao de Observacao da Terra (OBT)
Marciana Leite Ribeiro - Servico de Informacao e Documentacao (SID)
Jefferson Andrade Ancelmo - Servico de Informacao e Documentacao (SID)
Simone A. Del-Ducca Barbedo - Servico de Informacao e Documentacao (SID)
REVISAO E NORMALIZACAO DOCUMENTARIA:
Marciana Leite Ribeiro - Servico de Informacao e Documentacao (SID)
Marilucia Santos Melo Cid - Servico de Informacao e Documentacao (SID)
Yolanda Ribeiro da Silva Souza - Servico de Informacao e Documentacao (SID)
EDITORACAO ELETRONICA:
Viveca SantAna Lemos - Servico de Informacao e Documentacao (SID)
BIBLIOTECAS DIGITAIS EM ARQUITETURA E URBANISMO: UM ESTUDO
SOBRE A ARQUITETURA DA INFORMAO DIGITAL
ROSEMARY GAY FANTINEL
Natal
2009
Dissertao apresentada ao Programa de Ps-
Graduao em Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
para obteno do ttulo de Mestre em
Arquitetura e Urbanismo.
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Bezerra de Melo
Tinoco
P P G A U
' :' . II UNIVERS/DADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TEO{OLOGIA PROGRAMA DEPOS-GRADUAr;:AO EMARQUITETURA E URBAN/SMO U F R N
Ata da sessao publica de apresentacao e argUiyao de defesa de dissertacao de mestrado, do Programa de Pos-Graduacao em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da aluna ROSEMARY GAY FANTINEL. Aos vinte e cinco dias do rnes de setembro de dois mil e nove, as catorze horas e trinta minutos , na sala de aula do PPGAUlUFRN, realizou-se a Sessao Publica de Oefesa de Dlssertaeao para obtencao do grau de mestre, da aluna Rosemary Gay Fantinel, sob 0 titulo "Bibliotecas Digitais em Arquitetura e Urbanismo: Um Estudo sobre a Arquitetura da lnformacao Digital". A Banca Examinadora, aprovada pela Coordenacao do Programa de Pos-Graduacao em Arquitetura e Urbanismo, foi composta pelos professores doutores: Marcelo Bezerra de Melo Tinoco, presidente; Gleice Virginia Medeiros de Azambuja Elali ,examinadora interna e Marcos Galindo Lima, examinador externo da UFPE. 0 presidente declarou aberta a sessao e, a seguir, apresentou os membros da banca, solicitando a candidata que iniciasse a apresentacao da dissertacao, para a qual seria concedido um tempo maximo de trinta minutos. Concluida a exposlcao, 0 presidente passou a palavra ao Prof. Dr. Marcos Galindo Lima, examinador externo, e posteriormente ao Profll. OrB. Gleice Virginia Medeiros de Azambuja Elali, examinadora interna, para a argOic;ao do candidato, seguindo-se as consideracoes do presidente. En:' seguida, a Banca Examinadora reuniu-se em sessao secreta e atribuiu 0 conceito 9 a Dissertacao apresentada, a vista do que a candidata foi considerada j.,~~-Jr::-~~ ,tendo obtido 0 grau de mestre, de acordo com a legislac;ao vigente.
)
Gay Fantinel Mestranda
Programa de P6s-Graduac;Ao em Arquiteturae Urbanismo CampusUniversit6rio - Lagoa Nova - 59072-970- NataV RN Fonel Fax: (84) 3215 3776. Homepage: www.ppgau.ufm.br e-mail: [email protected]
FANTINEL, Rosemary Gay
Bibliotecas digitais em Arquitetura e urbanismo: um estudo
sobre a arquitetura da informao digital.--- Natal: Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, 2009.
268 f.
1. Biblioteca digital. 2. Arquitetura e Urbanismo. 3. Arquitetura da Informao.
Dedico
minha me, que recentemente resolveu seguir viagem, olhar o mundo l de cima...,
Meu marido Roberto, e a meus filhos Lucas e Maria Marta, razo do meu viver.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Aldomar Pedrini, por ter cruzado o meu caminho, e foi a que tudo comeou.
Ao meu orientador Dr. Marcelo Tinoco, por ter acreditado em mim.
Ao Manoel Jozeane de Carvalho, diretor do INPE Natal, alm de chefe, meu amigo.
Carla Varela de Arajo pela imensa ajuda na disciplina do Aldomar, e acima de tudo,
por ter se tornado uma amiga incrvel.
Silvia de Castro Marcelino, amiga e bibliotecria do INPE que me resgatou, quando o
meu barco estava para afundar.
Ao meu marido Roberto pr quem, claro, sempre sobrava os momentos de impacincia,
e mesmo assim segurou todas as pontas.
Aos filhos maravilhosos Lucas e Maria Marta por terem sido to pacientes e
colaboradores.
A Deus, por ter permitido isso tudo, por ter colocado todas essas pessoas na minha vida
e principalmente por estar vivo dentro de mim.
Muito obrigada!
FANTINEL, Rosemary Gay. Bibliotecas digitais em Arquitetura e Urbanismo: um
estudo sobre a arquitetura da informao digital. Natal, 268 f., 2009. Dissertao
(Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Natal, RN, 2009.
RESUMO
O objetivo deste estudo foi pesquisar o estado da arte das Bibliotecas digitais em
Arquitetura e Urbanismo, nas Instituies de Ensino Superior (IES) brasileiras, atravs
de conceituaes e mostrando a importncia das Bibliotecas digitais na divulgao e
agilizao na transferncia de informaes. Questes sobre arquitetura da informao
digital, usabilidade, preservao digital e acessibilidade foram abordadas. A pesquisa
foi feita nos sites das Universidades brasileiras, primeiramente para se identificar quais
as instituies oferecem o curso de Arquitetura e Urbanismo, focando-se nos Programas
de Ps-Graduao. Identificadas, a pesquisa foi feita analisando-se os contedos,
sistemas de armazenamento e de difuso e acesso s informaes, dessas bibliotecas.
Constatou-se que as Bibliotecas digitais esto, cada vez mais, fazendo parte das
organizaes e instituies de ensino com foco na disseminao do conhecimento que
disponibilizam digitalmente as informaes que possam ser necessrias para a
instituio ou indivduo. Foi acompanhada a reestruturao fsica e computacional da
Cmara de Estudos e Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (CEPAU), do Curso de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
mostrando a necessidade da implantao de uma biblioteca digital para a integrao dos
Bancos de dados dos Grupos de pesquisa do PPGAU, que hoje se mantm
independentes, sem haver uma interface entre eles. A rea escolhida para a pesquisa foi
a Arquitetura e Urbanismo, por haver uma lacuna e por ser escassa a documentao a
respeito de bibliotecas digitais nessa rea.
Palavras-chave: Bibliotecas Digitais, Arquitetura e Urbanismo, Sistemas de Informao.
Digital Libraries in Architecture and Urbanism: a study on the architecture of
digital information
ABSTRACT
The goal of this paper was to search the state of the art from the Digital Libraries in
Architecture and Urbanism in the Higher Education Institutions (IES) through
conceptualizations and showing the importance of Digital Libraries in the disclosure
and easing of information transferring. Questions about digital information architecture,
usability, digital preservation and accessibility were approached. The research was
made in the websites of Brazilian Universities, firstly to identify the institutions which
offered the Architecture and Urbanism course, focusing on postgraduate education.
After identifying the offering, the research was done by analyzing the contents, storage
and dissemination and access to information, these libraries. It was found that the digital
libraries are increasingly and taking part of organizations and educational institutions
focusing on the knowledge dissemination releasing digitally information that may be
needed for institution or the individual. A monitoring was done over of the physical and
computational restructuring of the Board of Studies and Research in Architecture and
Urbanism (Cmara de Estudos e Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo CEPAU), from
the Architecture and Urbanism Course of the Federal University of Rio Grande do
Norte (UFRN), showing the need of installing a Digital Library to integrate the
databases of PPGAUs research groups, which today remain independent, with no
interface among themselves. The research chosen area was Architecture and Urbanism,
because there is a gap and little documentation about digital libraries in this area.
Keywords: Digital Libraries, Architecture and Urbanism; Information Systems.
LISTA DE FIGURAS
1. Integrao dos nveis de abrangncia da BDTD ....................................................... 36
2. Integrao dos metadados utilizados pela BDTD........................................................40
3. Sistemas de organizao .............................................................................................54
4. Pgina do Sistema de Bibliotecas da UFPA ...............................................................82
5. Esquema de organizao exato alfabtico ..................................................................83
6. Esquema de organizao ambguo tpico ..................................................................84
7. Esquema ambguo especfico a um pblico ...............................................................85
8. Frame esquerda e direita da pgina principal da UFPA .......................................87
9. Exemplo de navegao local ......................................................................................88
10. Sistema de rotulagem textual ....................................................................................88
11. Pgina do Sistema Pergamum da UFPA...................................................................89
12. Pgina da BDTD da UFPA........................................................................................91
13. Pgina da Biblioteca BFARQ....................................................................................93
14. Parte inferior da pgina da BFARQ..........................................................................94
15. Links oferecidos pela BFARQ...................................................................................95
16. Pgina do catlogo on-line SABi ..............................................................................95
17. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UFRGS..................................................98
18. Frame da pgina do Programa de Ps-graduao da UFRGS...................................98
19. Barra de navegao....................................................................................................99
20. Links institucionais....................................................................................................99
21. Pgina da Biblioteca Digital em Arquitetura e Urbanismo da UFRGS..................100
22. Pgina da Biblioteca da UFMT...............................................................................101
23. Acesso ao Portal de Peridicos Capes.....................................................................102
24. Pgina da BDTD da UFMT.....................................................................................102
25. Pgina da Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da USP (FAUUSP).................104
26. Relao de Teses e Dissertaes.............................................................................105
27. Esquema de organizao tpico..............................................................................105
28. Exemplo de navegao local...................................................................................106
29. Mapa do site.............................................................................................................107
30. Banco de Dados Dedalus.........................................................................................108
31. Pgina do SIBi Net da USP.....................................................................................108
32. Pgina do Programa de Ps-Graduao da FAUUSP.............................................112
33. Seo Consulta Teses e Dissertaes......................................................................113
34. Seo Eventos.........................................................................................................113
35. Pgina da Biblioteca Digital em Arquitetura e Urbanismo da FAUSP..................115
36. Pgina da Biblioteca Central da UFRN...................................................................119
37. Esquema de organizao alfabtico.........................................................................120
38. Esquema de organizao alfabtico na Seo Acervo.............................................121
39. Esquema de organizao alfabtico na Seco Documentos Digitais.....................121
40. Esquema de organizao exato cronolgico............................................................122
41. Links para outras instituies...................................................................................123
42. Pgina do Sistema de Bibliotecas da UFRN...........................................................123
43. cone Livros Falados...............................................................................................125
44. Pgina da BDTD da UFRN.....................................................................................126
45. Pgina do DARQ.....................................................................................................127
46. Relao do corpo docente do DARQ......................................................................128
47. Seo Eventos da pgina do DARQ........................................................................128
48. Parte inferior da pgina do DARQ..........................................................................129
49. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UFRN..................................................133
50. Pgina da Biblioteca Digital em Arquitetura e Urbanismo da UFRN.....................134
51. Pgina do Banco de Dados HCHURB....................................................................137
52. Pgina do Banco de Dados GPUC..........................................................................138
53. Pgina do Banco de Dados do MUsA.....................................................................139
54. Ferramenta SIG .......................................................................................................140
55. Pgina de Navegao do MUsA..............................................................................141
56. Pgina do Banco de Dados Projetar........................................................................142
57. Busca por Autor na Pgina do Projedata.................................................................143
58. Pgina do Banco de Dados do Labcon....................................................................145
59. Foto do interior da CEPAU antes da reestruturao................................................147
60. Foto da parte externa da CEPAU antes da reestruturao.......................................147
61. Foto da parte externa da CEPAU depois da reestruturao.....................................148
62. Foto da parte interna da CEPAU depois da reestruturao.....................................148
63. Pgina do Portal Habitare........................................................................................154
64. Pgina do Portal Infohab ........................................................................................161
65. Pgina do Portal Vitruvius.......................................................................................165
66. Pgina do Portal Arcoweb.......................................................................................167
67. Pgina do Portal Nomads........................................................................................168
68. Pgina do Portal Educatorium.................................................................................169
69. Pgina do Portal Arquitetura.com.br.......................................................................172
70. Pgina do Portal IAB...............................................................................................174
71. Ortofoto e desenho de fachada de edificao..........................................................183
72. Tela edificao N. 854 UEFS...............................................................................186
73. Pgina do Sistema de Bibliotecas da UNICAMP....................................................207
74. Pgina da BDTD da UNICAMP.............................................................................208
75. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UNICAMP..........................................211
76. Pgina da Biblioteca da rea de Engenharia e Arquitetura da UNICAMP............213
77. Pgina do Sistema de Bibliotecas e Informao da UFRJ......................................214
78. Pgina da BDTD da UFRJ......................................................................................215
79. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UFRJ...................................................216
80. Pgina da Biblioteca Digital em Arquitetura e Urbanismo da UFRJ......................218
81. Pgina do Sistema de Bibliotecas da UFMG..........................................................220
82. Pgina da BDTD da UFMG....................................................................................221
83. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UFMG.................................................222
84. Pgina da Biblioteca Digital em Arquitetura e Urbanismo da UFMG....................224
85. Pgina do Sistema de Bibliotecas da UFES............................................................225
86. Pgina da BDTD da UFES......................................................................................226
87. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UFES...................................................228
88. Portal da Informao da UFPR................................................................................229
89. Pgina da BDTD da UFPR......................................................................................229
90. Pgina da Biblioteca Universitria da UFSC..........................................................230
91. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UFSC...................................................231
92. Pgina da Biblioteca Digital em Arquitetura e Urbanismo da UFSC.....................232
93. Pgina da Biblioteca Central da UNB.....................................................................233
94. Pgina da BDTD da UNB.......................................................................................234
95. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UNB....................................................236
96. Pgina da Biblioteca Digital em Arquitetura e Urbanismo da UNB.......................236
97. Pgina da Coordenadoria de Biblioteca Central......................................................237
98. Pgina da BDTD da UFMS.....................................................................................238
99. Pgina da Biblioteca Universitria da UFRR..........................................................239
100. Pgina da BDTD da UFRR...................................................................................239
101. Pgina da Biblioteca da UNIFAP..........................................................................242
102. Pgina da Biblioteca da UFT.................................................................................244
103. Pgina do Sistema Acervo Bibliogrfico da UFPI................................................245
104. Pgina do Sistema de Bibliotecas da UFPE..........................................................247
105. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UFPE.................................................250
106. Pgina da Biblioteca Digital em Arquitetura e Urbanismo da UFPE....................251
107. Pgina do Sistema Integrado de Biblioteca da UFC..............................................252
108. Pgina da BDTD da UFC.....................................................................................253
109. Sistema de Bibliotecas da UFAL..........................................................................253
110. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UFAL................................................256
111. Pgina da Biblioteca Digital em Arquitetura e Urbanismo da UFAL..................256
112. Pgina do Sistema de Bibliotecas da UFPB.........................................................258
113. Pgina da BDTD da UFPB...................................................................................259
114. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UFPB................................................261
115. Pgina da Biblioteca central da UFS.....................................................................262
116. Pgina da BDTD da UFS......................................................................................262
117. Pgina da Biblioteca Central da UFBA.................................................................264
118. Pgina da BDTD da UFBA...................................................................................265
119. Pgina do Programa de Ps-Graduao da UFBA................................................268
120. Pgina da Biblioteca Digital em Arquitetura e Urbanismo da UFBA...................268
LISTA DE SIGLAS E/OU ABREVIATURAS
ABEA Associao Brasileira do Ensino de Arquitetura
ANTAC Associao Nacional de Tecnologia do Ambiente Construdo
API Aleph Application Services
APIs Application Program Interface
ASP Active Server Pages
BAE Biblioteca da rea de Engenharia e Arquitetura (UNICAMP)
BCZM Biblioteca Central Zila Mamede (UFRN)
BDB Biblioteca Digital Brasileira
BDTD Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes
BFARQ Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFRGS
BICEN Biblioteca Central (UFS)
CAPES Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior
CCN Catlogo Coletivo Nacional
CEDIARTE Centro de Documentao Edgar Graeff (UNB)
CEPAU Cmara de Estudos e Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (UFRN)
CETHS Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentveis
CNPQ Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico
COMUT Programa de Comutao Bibliogrfica
CONDEPHAAT Conselho de Defesa do Patrimnio Histrico, Arqueolgico, Artstico
e Turstico
DAMP Diviso de Arquivos Municipais de Processos (So Paulo)
DARQ Departamento de Arquitetura da UFRN
DCMI Dublin Core Matadata Initiative
DEHA Dinmicas do Espao Habitado (UFAL)
DOCOMOMO Ncleo de Documentao e Conservao de Edificaes e Conjuntos
do Movimento Moderno
EESC Escola de Engenharia de So Carlos
ETD-MS Electronic Thesis and Dissertation Metadata Standard
FAET Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia (UFMT)
FAPESP Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo
FTEN Faculdade de Tecnologia e Engenharia (UFMT)
FAUUSP Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP
FAUFBa Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA
FCD Final Committee Draft
FINEP Financiadora de Estudos e Projetos
GEAU Grupo de Estudos Habitao, Arquitetura e Urbanismo (UFRN)
GEHIS Gesto de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social
GMUTIRO Mutiro Habitacional para Populao de Baixa Renda
GEPE Grupo de Estudos sobre o Patrimnio Edificado (UFRN)
GEPUC Grupo de Estudos Sobre Processos Urbanos Contemporneos
(UFRN)
GERAH Grupo de Estudos Reforma Agrria e Habitat (UFRN)
HABITARE Programa de Tecnologia de Habitao
HCURB Grupo de Estudos Histria da Cidade e do Urbanismo (UFRN)
HTML Hypertext Markup Language
HTTP Hypertext Transfer Protocol
IAB Instituto de arquitetos do Brasil
IBICT Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia
IEC International Electrotechnical Commission
IES Instituies de Ensino Superior
IHC Interao humano-computador
INFOHAB Centro de Referncia e Informao em Habitao
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
IPAC Instituto do Patrimnio Artstico e Cultural da Bahia
IPHAN Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional
ISO International Organization for Standardization
LCAD Laboratrio de Computao Grfica Aplicada Arquitetura e ao
Desenho (UFBA)
MARC Machine Readable Cataloging
MCT Ministrio da Cincia e Tecnologia
MEC Ministrio da Educao
MIT Massachussetts Institute of Technology
MTD-BR Metadados para Teses e Dissertaes no Padro Brasileiro
MUsA Morfologia e Usos da Arquitetura (UFRN)
NAPs Ncleos de Apoio Pesquisa (USP)
NDLTD Networked Digital Library of Thesis and Dissertation
NOMADS Ncleo de Estudos de Habitares Interativos (USP/So Carlos)
NPC Ncleo de Pesquisa em Construo (UFSC)
OAI-PMH Open Archives Initiative Protocol for Metadata Harvesting
ONU Organizao das Naes Unidas
PDF Portable Document Format
PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica
PosARQ Programa em Arquitetura e Urbanismo da UFSC
PPG-AU Programa de Ps-Graduao em Arquitetura e Urbanismo (UFBA)
PPG-FAU/UnB Programa de Ps-Graduao da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da UNB
PPGAU Programa de Ps-Graduao em Arquitetura e Urbanismo (UFRN)
PROARQ Programa de Ps-Graduao em Arquitetura (UFRJ)
PROEGEI Pr-Reitoria de Ensino de Graduao, Extenso e Interiorizao
PROJETAR Projeto de Arquitetura e Percepo do Ambiente (UFRN)
PROPESQ Pr-Reitoria de Pesquisa da UFRN
PROPUR Programa de Ps-Graduao em Urbanismo (UFRGS)
SABi Sistema de Automao de Bibliotecas (UFRGS)
SBI Servio de Biblioteca e Informao (FAUUSP)
SBU Sistema de Biblioteca Universitria (UFMG)
SBU Sistema de Bibliotecas da Unicamp
SIB Sistema de Bibliotecas (UFPE)
SIB/UFES Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade Federal do Esprito
Santo
SIBi Sistema Integrado de Bibliotecas (USP)
SIBI Sistema de Bibliotecas (UFPR)
SIBI Sistemas de Bibliotecas e Informao (UFRJ)
S.I.E Sistema de Informaes para o Ensino
SIG Sistema de Informaes Geogrficas
SISBI Sistema de Bibliotecas (UFRN)
SQL Structured Query Language
T&D Teses e Dissertaes
TEDE Sistema de Teses e Dissertaes
TFGs Trabalhos Finais de Graduao
TIFF Tagged Image File Format
UFAL Universidade Federal de Alagoas
UFBA Universidade Federal da Bahia
UFC Universidade Federal do Cear
UFES Universidade federal do Esprito Santo
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
UFMS Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
UFMT Universidade Federal do Mato Grosso
UFPA Universidade Federal do Par
UFPB Universidade Federal da Paraba
UFPE Universidade Federal de Pernambuco
UFPI Universidade Federal do Piau
UFPR Universidade Federal do Paran
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UFRR Universidade Federal de Roraima
UFS Universidade Federal de Sergipe
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
UFT Universidade Federal de Tocantins
UIA Unio Internacional de Arquitetos
UNB Universidade de Braslia
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas
UNIFAP Universidade Federal do Amap
UNIR Universidade Federal de Rondnia
UPA Usability Professionals Association
URI Uniform Resource Identifier
URLib Uniform Repositories for a Library
USP Universidade de So Paulo
W3C World Wide Web Consortium
WWW World Wide Web
XML eXtensible Markut Language
SUMRIO
1 INTRODUO...............20
1.1 Objetivo Geral ..........................22
1.1.1 Objetivos especficos .............................................................................................22
1.2 Mtodos ....................................................................................................................22
2 BIBLIOTECAS DIGITAIS ..................................................................................26
2.1 Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes BDTD ................................................26
2.2 Metadados na BDTD ................................................................................................32
2.3 Dublin Core ..............................................................................................................37
2.4 ETD-MS ...................................................................................................................39
2.5 MTD-BR ...................................................................................................................39
2.6 Painel Web 2.0 ..........................................................................................................41
2.7 Interoperabilidade entre documentos digitais ...........................................................43
2.8 Interoperabilidade semntica ...................................................................................44
2.9 Interoperabilidade linkagem .................................................................................45
3 ARQUITETURA DA INFORMAO ..................................................................46
3.1 Arquitetura da informao digital.............................................................................52
3.2 Usabilidade ...............................................................................................................58
3.3 Preservao Digital ...................................................................................................63
3.3.1 Preservao na era digital ......................................................................................65
3.3.2 Preservao: questes a considerar.........................................................................66
3.3.3 Importncia da preservao do contedo intelectual .............................................68
3.3.4 Migrao de dados .................................................................................................71
3.3.5 Seleo de documentos para preservao ..............................................................72
3.4 Acessibilidade ...........................................................................................................77
3.4.1 Acessibilidade na web ...........................................................................................78
3.4.2 Tecnologia Assistiva...............................................................................................79
4 AS BIBLIOTECAS DIGITAIS NAS INSTITUIES DE ENSINO DE
ARQUITETURA E URBANISMO .....................................................................................81
4.1 Universidade Federal do Par (UFPA) .....................................................................81
4.1.1 Biblioteca digital de Teses e Dissertaes da UFPA .............................................91
4.1.2 Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPA ........................................................92
4.2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ...........................................92
4.2.1 Programa de Ps-Graduao em Arquitetura e Urbanismo da UFGRS ................97
4.3. Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) ...................................................100
4.3.1 Curso de graduao em Arquitetura e Urbanismo da UFMT ..............................103
4.4. Universidade de So Paulo (USP) .........................................................................103
4.4.1 Programa de Ps-Graduao da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de So Paulo FAUUSP................................................................109
4.4.2 Biblioteca Digital em Arquitetura e Urbanismo da FAUSP.................................114
4.5 Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ........................................119
4.5.1 Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes da UFRN .........................................125
4.5.2 Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN .....................................................126
4.5.3 Programa de Ps-Graduao em Arquitetura e Urbanismo da UFRN ...............130
4.5.4 Reestruturao da Cmara de Estudos e Pesquisas em Arquitetura e Urbanismo
CEPAU ................................................................................................................146
5 PORTAIS DE ARQUITETURA E URBANISMO ..............................................152
5.1 Habitare ..................................................................................................................154
5.2 InfoHab ..................................................................................................................161
5.3 Vitruvius .................................................................................................................165
5.4 Arcoweb ..................................................................................................................167
5.5 Nomads ...................................................................................................................168
5.6 Educatorium ............................................................................................................169
5.7 Arquitetura.com.br ..................................................................................................172
5.8 Instituto de Arquitetos do Brasil IAB..................................................................174
6 EXEMPLOS DE DIGITALIZAO ....................................................................177
6.1 Universidade Presbiteriana Mackenzie ..................................................................177
6.2 Patrimnio Arquitetnico de Lenis BA ...........................................................182
7 CONSIDERAES FINAIS .................................................................................188
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ....................................................................195
GLOSSRIO ..............................................................................................................202
ANEXOS .....................................................................................................................206
ANEXO A Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) ................................206
ANEXO B Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ....................................213
ANEXO C Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ....................................218
ANEXO D Universidade Federal do Esprito Santo (UFES) ...................................224
ANEXO E Universidade Federal do Paran (UFPR) ...............................................229
ANEXO F Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ...................................230
ANEXO G Universidade de Braslia (UNB) ............................................................232
ANEXO H Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) ........................236
ANEXO I Universidade Federal de Roraima (UFRR) ..............................................238
ANEXO J Universidade Federal do Amap (UNIFAP) ............................................242
ANEXO K Universidade Federal do Tocantins (UFT) .............................................243
ANEXO L Universidade Federal do Piau (UFPI) ...................................................244
ANEXO M Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ......................................246
ANEXO N Universidade Federal do Cear (UFC) ...................................................251
ANEXO O Universidade Federal de Alagoas (UFAL) .............................................253
ANEXO P Universidade Federal da Paraba (UFPB) ...............................................257
ANEXO Q Universidade Federal de Sergipe (UFS) .................................................261
ANEXO R Universidade Federal da Bahia (UFBA) ................................................263
20
1 INTRODUO
Neste estudo pretende-se pesquisar bibliotecas digitais, analisando-se os contedos,
sistemas de armazenamento, sistemas de difuso e acesso s informaes das bibliotecas
digitais das principais Instituies de Ensino Superior (IES) brasileiras na rea de
Arquitetura e Urbanismo, com nfase na Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
sob o ponto de vista da Arquitetura da Informao.
Hoje em dia, o mundo globalizado nos oferece milhares de informaes divulgadas e
acessveis atravs de diversos meios. Ter controle, facilidade de acesso e manter um
gerenciamento integrado sobre essas informaes passou a ser um diferencial para que
se possa atingir os objetivos desejados.
As bibliotecas digitais esto, cada vez mais, fazendo parte de organizaes e de
instituies de ensino com foco na disseminao do conhecimento, disponibilizando
digitalmente as informaes necessrias para a instituio ou indivduo. O crescimento
exponencial do volume dos documentos disponveis na Web refletido nas bibliotecas
digitais que, pelo acesso facilitado, tm sido cada vez mais procuradas como fontes de
informao.
Os dados gerados por bibliotecas digitais constituem informaes significativas que,
quando direcionadas e tratadas podem oferecer indicadores para tomada de decises e
planejamentos especficos das instituies, auxiliando na avaliao e contribuindo para
o aumento da visibilidade na sua excelncia, bem como expandindo o acesso aos
resultados de seus trabalhos para as comunidades nacionais e internacionais.
O papel dessas bibliotecas muito significativo. De acordo com Chen (2004), para
pesquisadores em biblioteca digital, h uma necessidade de transformar o acesso da
informao na criao do conhecimento. Em lugar de servios, como provedores da
informao, segundo o autor, essas bibliotecas poderiam se tornar repositrias de
conhecimento pela caracterizao efetiva, anlise e organizao de ndices de
bibliotecas digitais.
21
Como atestam Camargo e Vidotti (2007), a comunidade cientfica tem utilizado as
formas de comunicao eletrnica para a aquisio de informao e construo de
trabalhos cientficos, os quais esto sendo inseridos cada vez mais na rede mundial de
comunicao a Internet. Ambientes de informao e servios especficos como
repositrios institucionais digitais esto surgindo para auxiliar no tratamento dessas
informaes, bem como aumentar a visibilidade da instituio, garantir a preservao
das informaes e a interoperabilidade entre os dados, ou seja, uma ligao, um enlace
entre sistemas. Esses ambientes utilizam softwares de apoio ao seu desenvolvimento, os
quais possibilitam funes bsicas como autoarquivamento, cadastro de usurios e
criao de comunidades e colees.
Ao disponibilizar sua produo tcnica, cientfica e cultural por meio de uma biblioteca
digital bem estruturada, a instituio compartilha com a sociedade o que, como e,
principalmente, para que produz. Desta forma, h uma relao de interao com a
sociedade, disponibilizando o conhecimento derivado da informao adquirida para
gerao de novos conhecimentos.
Como justificativa para a realizao desta pesquisa, a questo bsica : como se
estruturam, atualmente, os sistemas de informao digital em Arquitetura e Urbanismo?
Sendo assim, esta pesquisa pretende mostrar a importncia das bibliotecas digitais,
como elas tm se destacado por sua facilidade na disseminao, no acesso informao,
na divulgao da produo institucional e na agilizao da transferncia da informao e
como elas esto estruturadas sob o ponto de vista da Arquitetura da Informao.
Muitas iniciativas j foram desenvolvidas para a disseminao de teses e dissertaes e
para publicaes cientficas. Uma destas iniciativas a do Instituto Brasileiro de
Informao em Cincia e Tecnologia (IBICT), que coordena o projeto da Biblioteca
Digital de Teses e Dissertaes (BDTD), buscando integrar os sistemas de informaes
de teses e dissertaes existentes nas IES e os institutos de pesquisa brasileiros, bem
como estimular a publicao e o registro de teses e dissertaes em meio eletrnico.
22
1.1 Objetivo Geral
Investigar como se estruturam os sistemas de informaes digitais (bibliotecas digitais)
nas instituies de Arquitetura e Urbanismo, brasileiras.
1.1.1 Objetivos especficos
Pesquisar o estado da arte das bibliotecas digitais nas Instituies de Ensino
Superior (IES) de Arquitetura e Urbanismo, brasileiras;
descrever e analisar os elementos da Arquitetura da Informao presentes nos
sites de cinco bibliotecas digitais em Arquitetura e Urbanismo, sendo uma em
cada regio do pas;
acompanhar o processo de reestruturao da Cmara de Estudos e Pesquisa em
Arquitetura e Urbanismo (CEPAU) com vistas implantao de uma biblioteca
digital em Arquitetura e Urbanismo.
1.2 Mtodos
Dentre as caractersticas do trabalho acadmico encontra-se a definio dos
procedimentos metodolgicos utilizados no decorrer da pesquisa.
Quanto sua natureza e de acordo com os objetivos propostos, a pesquisa ser
qualitativa e explicativa. O mtodo de abordagem a ser utilizado ser o hipottico-
dedutivo e o mtodo operacional ser do tipo monogrfico, explicativo. O universo da
pesquisa so as bibliotecas digitais em Arquitetura e Urbanismo, brasileiras.
Para o desenvolvimento deste trabalho, num primeiro momento, foram feitos
levantamentos bibliogrficos em livros, relatrios, teses, artigos cientficos nacionais e
internacionais quanto s definies de biblioteca digital e Arquitetura da Informao.
Esta etapa possibilitou o esclarecimento dos conceitos envolvidos com o estudo dos
temas.
Como o foco deste trabalho so as bibliotecas digitais em Arquitetura e Urbanismo,
foram pesquisadas as universidades pblicas brasileiras, atravs dos seus sites para
23
saber quais ofereciam cursos de graduao e ps-graduao em Arquitetura e
Urbanismo. Dentre as vinte e trs que oferecem o curso de Arquitetura e Urbanismo,
foram pesquisados os seus sistemas de bibliotecas para verificar se possuem bibliotecas
digitais na rea pesquisada e o que essas bibliotecas oferecem em termos de
informaes e ainda como estas bibliotecas digitais estavam estruturadas, observando-se
critrios como usabilidade, acessibilidade e preservao.
Por se tratar de um nmero muito grande de universidades pesquisadas, para a anlise
desses critrios, cinco foram selecionadas, uma para cada regio do pas. Na regio
Norte, a biblioteca pesquisada foi a da Universidade Federal do Par (UFPA), na regio
Sul, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na regio Sudeste, a
Universidade de So Paulo (USP), na regio Centro-Oeste, a Universidade Federal do
Mato Grosso (UFMT) e por ltimo na regio Nordeste, a Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN).
As universidades restantes pesquisadas so apresentadas nos anexos, porm sem a
anlise dos critrios citados anteriormente. Foram considerados os conceitos de
Rosenfeld e Morville (1998) para a Arquitetura da Informao como referencial terico
bsico de anlise dos elementos norteadores do processo de construo dos sites.
Para cada universidade apresentado um pequeno histrico sobre a sua biblioteca, um
histrico sobre a BDTD, mas a nfase dada biblioteca digital.
A rea escolhida para a pesquisa foi a Arquitetura e Urbanismo, por haver uma lacuna,
por ser escassa a documentao a respeito de bibliotecas digitais nessa rea.
Quanto reestruturao da CEPAU foi feito um acompanhamento desde a reforma
fsica do prdio, com ampliao do espao at instalao do Sistema de Bibliotecas,
Aleph, usado pela UFRN. Com a implantao de uma biblioteca digital na CEPAU,
cria-se em todo o Departamento de Arquitetura um servio que rene informaes
dispersas na rede sobre Arquitetura e Urbanismo e reas afins, possibilitando ao aluno
da graduao e da ps-graduao conhecer a estrutura do curso atravs do projeto
poltico-pedaggico, das ementas das disciplinas, do corpo docente, dos laboratrios e
dos grupos e linhas de pesquisa existentes no Departamento.
24
Para a escrita deste trabalho, optou-se por utilizar alguns termos na lngua inglesa em
estilo itlico, por estes estarem consagrados na realidade brasileira, como: site, on-line,
website e homepage. Estes termos so conceituados ao longo do texto, e constam do
glossrio.
Para efeito de apresentao, considerando-se os objetivos definidos na introduo, o
trabalho est estruturado em sete captulos. Este captulo abordou o tema do trabalho e
sua organizao; a definio e a natureza do problema em estudo; os objetivos da
pesquisa e a relevncia do estudo para o segmento pesquisado; mtodos e tcnicas
utilizados na elaborao do trabalho bem como a delimitao do estudo.
No segundo captulo, realizada uma fundamentao terica, na qual, auxiliada pela
reviso de literatura, so trabalhados conceitos de Bibliotecas Digitais, metadados e
padres de interoperabilidade.
No terceiro captulo so apresentados conceitos da Arquitetura da Informao,
destacando-se os sistemas fundamentais a serem enfocados na estruturao de
homepages, como sistemas de organizao, sistemas de navegao, sistemas de
rotulagem e sistemas de busca, alm de outras questes como usabilidade,
acessibilidade e preservao digital.
No quarto captulo ser abordado o estado da arte de cinco bibliotecas digitais em
Arquitetura e Urbanismo, brasileiras, considerando-se os elementos tratados no captulo
anterior, como sistema de organizao, sistema de navegao, sistema de rotulagem e
sistema de busca, usabilidade, acessibilidade, enfim, elementos que fazem parte da
Arquitetura da Informao.
No quinto captulo so apresentados alguns Portais de Arquitetura, por se tratarem de
ferramentas importantes de trabalho, para os profissionais de Arquitetura, em termos de
produtos e servios, enfim, informaes pertinentes rea.
No sexto captulo so apresentados dois exemplos de instituies que se preocuparam
com a questo da preservao e da divulgao do seu acervo, atravs do processo de
digitalizao e disponibilizao, como exemplos a serem seguidos.
25
Por fim, no stimo captulo apresentam-se as consideraes finais e a seguir as
referncias bibliogrficas, um pequeno glossrio e os anexos apresentando as
universidades pesquisadas com suas respectivas bibliotecas digitais.
26
2 BIBLIOTECAS DIGITAIS
Historicamente, as bibliotecas foram criadas para armazenar e disponibilizar o resultado
de pesquisas e documentos de interesse de uma comunidade ou de uma nao.
Frequentemente, elas so descritas como o corao das universidades e centros de
pesquisas. Um bom acervo bibliogrfico, em geral, reflete o nvel da pesquisa da
comunidade onde ele est inserido, e a eficincia com a qual esse acervo acessado e
utilizado pelos leitores de grande importncia para o crescimento cientfico e
tecnolgico. Hoje, conforme Gubiani (2005), com as tecnologias de informao que
propiciam o desenvolvimento de bibliotecas digitais, o acesso ao conhecimento deixou
de ter limitaes quanto ao local do acervo bibliogrfico, outrora geograficamente
localizado e focado no documento impresso, agora disponvel em meio digital na
Internet para ser consultado simultaneamente, sem restries em relao ao tempo ou
local.
A histria e a evoluo das bibliotecas pode ser dividida em trs momentos bem
caractersticos, sendo cada etapa da evoluo acentuada por caractersticas prprias
determinadas pelas tecnologias vigentes na poca (OHIRA; PRADO, 2002, p. 61).
No primeiro momento, tem-se uma biblioteca tradicional com seu espao fsico bem
delimitado, oferecendo seus servios e produtos de forma mecnica. Antes do advento
da imprensa com Gutenberg, o seu acervo era formado por outros tipos de materiais
(tabletes, argila, papiro e pergaminho), passando para o suporte de registro da
informao em papel. A revoluo na biblioteca aconteceu com a introduo dos
catlogos em fichas e o abandono do catlogo sob a forma do livro. Esta etapa
compreende de Aristteles at o incio da automao em bibliotecas.
No segundo momento, a biblioteca utiliza a tecnologia dos computadores nos seus
servios meios e fins, considerados os primeiros passos rumo biblioteca eletrnica.
Compreende a biblioteca moderna ou automatizada, em que os computadores foram
usados para servios bsicos como catalogao, indexao e organizao do acervo.
Com o acesso on-line aos bancos de dados por meio de redes de telecomunicaes,
permitiu a dinamizao dos processos de recuperao e disseminao da informao.
Em um terceiro momento, a biblioteca contempornea passa a utilizar a informao no
suporte digital com o advento do suporte em CD-ROM. A biblioteca eletrnica, a
27
biblioteca do futuro, pensada como uma nova estratgia para o resgate de informaes
onde o texto completo de documentos est disponvel on-line. Com o surgimento da
Internet, a biblioteca ganha nova dimenso: deixa de ter somente um espao fsico e
ganha um novo espao o ciberespao.
A biblioteca digital um fenmeno tcnico-social do final dos anos mil novecentos e
noventa. uma evoluo do processo de automao das bibliotecas iniciadas nos anos
mil novecentos e sessenta que com o advento da Internet, passou a ter um papel
preponderante, principalmente, na comunicao cientfica entre os pesquisadores e
estudantes de todos os nveis.
As bibliotecas digitais so consideradas sistemas de informao extremamente
complexos suportando a criao, gesto, distribuio e preservao de fontes de
informao, permitindo uma interao eficaz e eficiente entre as diversas sociedades
que se beneficiam do conhecimento armazenado nesses ambientes. O nvel de
complexidade atribudo na construo de uma biblioteca digital acontece medida que
ela deve ter uma estrutura que possa receber e fornecer informaes para outras
bibliotecas como se fossem construdas sobre a mesma base de dados, provendo total
interoperabilidade entre elas.
Segundo Cunha (1999), a biblioteca digital tambm conhecida como biblioteca
eletrnica (termo preferido dos britnicos), biblioteca virtual (quando utiliza os recursos
da realidade virtual), biblioteca sem paredes e biblioteca conectada a uma rede. De
acordo com Saunders (1992 apud Cunha, 1999), essa biblioteca implica novo conceito
para a armazenagem da informao (forma eletrnica) e para sua disseminao
(independentemente de sua localizao fsica ou do horrio de funcionamento). Assim,
nesse contexto conceitual esto embutidas a criao, aquisio, distribuio e
armazenamento de documento sob a forma digital. De um documento digital pode-se
conseguir uma cpia em papel. Nessa biblioteca, o documento (aqui entendido na sua
acepo mais ampla) uma fonte digitalizada, sendo o papel, portanto, um estado
transitrio.
A tecnologia tem avanado com velocidade e, conseqentemente, a quantidade de
informaes disponveis vem aumentando a tal ponto que se faz necessrio repensar o
28
acesso aos acervos das bibliotecas. possvel at considerar a abundncia de
informaes e a diversidade crescente de opes de mdia como uma das questes mais
importantes do tempo em que vivemos.
Na era digital, grandes volumes de documentos esto disponveis para usurios de
computadores, alm de novas bases digitais continuarem a ser criadas e constantemente
atualizadas. Nesse meio, inevitvel assumir suportes digitais que adotem programas e
ferramentas eletrnicas cujo objetivo seja a melhoria do tratamento e recuperao da
informao. nesse contexto que surge a chamada biblioteca digital.
Na rea de Cincia da Informao, no entanto, o conceito de biblioteca digital ainda
impreciso. A no consolidao terminolgica pode advir do contexto multidisciplinar
em que a biblioteca digital se insere, desde a concepo at efetiva implantao.
Portanto, pretende-se aqui apresentar os conceitos encontrados na literatura pesquisada.
Bax (1997), citado a seguir define bibliotecas digitais como:
O surgimento das bibliotecas digitais viabiliza o aparecimento de uma nova sociedade,
na qual, de forma rpida e fcil se possa alcanar um universo cultural com poucas
fronteiras. Nesse sentido, Marcondes et al (2005, p.16) reforam o conceito e explicam
que biblioteca digital a biblioteca que tem como base informacional contedos em
texto completo em formatos digitais, livros, peridicos, teses, imagens, vdeos e outros
que esto armazenados e disponveis para acesso, segundo processos padronizados, em
servidores prprios ou distribudos e acessados via rede de computadores em outras
bibliotecas ou redes de bibliotecas da mesma natureza.
entidades capazes de vencer as limitaes naturais, espao-temporais,
impostas a objetos fsicos (livros, estantes, salas, prdios), permitindo
novas prticas de trabalho e oportunidades. [...] uma reunio de um
ferramental de computao, estoque e comunicao digitais
juntamente com o contedo e software necessrio para se reproduzir,
emular, estender os servios oferecidos por bibliotecas convencionais
baseadas em papel e outros meios de coleta, catalogao, e
disseminao da informao. Uma biblioteca digital completa deve
ser capaz de oferecer todos os servios essenciais de uma biblioteca
tradicional, assim como explorar as bem conhecidas vantagens do
estoque, pesquisa e comunicao digital (BAX, 1997, p. 2).
29
Para Rosetto (2002), biblioteca digital aquela que contempla documentos gerados ou
transpostos para o ambiente digital (eletrnico), um servio de informao (em todo tipo
de formato), no qual todos os recursos so disponveis na forma de processamento
eletrnico (aquisio, armazenagem, preservao, recuperao e acesso atravs de
tecnologias digitais).
Lesk (1997 apud Pinheiro 2002, p. 397), afirma que bibliotecas digitais so colees
organizadas de informao digital. Combinam estrutura e conjunto de informao de
bibliotecas e arquivos, com a representao digital que computadores tornaram
possvel.
Alvarenga (2001) cita o conceito atribudo biblioteca digital por diversos autores e a
define como:
Percebe-se, segundo Silva (2009) que o enfoque conceitual refere-se quase sempre s
ferramentas e aos processos, sem meno aos atores envolvidos, como os produtores de
conhecimento, os gerenciadores profissionais de informao e analistas de sistemas
e os usurios. O caminho para encontrar a informao pertinente ainda nebuloso,
porquanto organizar os produtos advindos da expanso ilimitada do conhecimento
envolve um trabalho minucioso, considerando-se as dificuldades do instrumental
tecnolgico, do contexto em que as bibliotecas atuam e, principalmente, do tratamento
da informao (representao, armazenamento e recuperao).
De acordo com este enfoque, Alvarenga (2001) entende que o meio digital se constitui,
portanto, no espao sem precedentes para o registro e recuperao de documentos
textuais e imagticos e que, ao ensejar uma enorme gama de possibilidades de
armazenagem, memrias e formatos passou tambm a requerer novos elementos
facilitadores de sua recuperao.
um conjunto de objetos digitais construdos a partir do uso de
instrumentos eletrnicos, concebidos com o objetivo de registrar e
comunicar pensamentos, idias, imagens e sons disponveis a um
contingente ilimitado de pessoas, dispersas onde quer que a
plataforma www alcance [...] (ALVARENGA, 2001).
30
Pacheco (2001) e Dias (2001) alertam que a diversificao de interesses informacionais,
devido, principalmente, heterogeneidade dos usurios que buscam a informao para
fins especficos, precisa ser considerada tanto na concepo do sistema de informao,
quanto na determinao de procedimentos para o tratamento da informao.
Dias (2001) acrescenta, ainda, que os processos realizados nas bibliotecas tradicionais
so a base para o tratamento da informao em bibliotecas digitais, observando-se suas
peculiaridades e os desafios que se apresentam, especialmente quanto questo
lingustica.
J Alvarenga (2003) faz uma reflexo sobre o processo de representao da informao
no contexto das bibliotecas tradicional e digital, recorrendo a uma abordagem terico-
conceitual acerca das relaes da representao com a ontologia e a epistemologia. A
autora discorre sobre os processos cognitivos luz da Cincia da Informao,
considerando que os processos de representao do conhecimento envolvem a cognio,
pois,
Para ela, a questo do conceito tambm objeto do estudo, pois se constitui no
componente invarivel do processo de organizao de bibliotecas tradicionais e digitais.
Ela enfatiza que o que mudou com a biblioteca digital foi a forma e o meio atravs dos
quais os documentos passaram a ser produzidos e registrados, um meio mais leve, gil e
dinmico em suas possibilidades de processamento e comunicao.
Segundo a Digital Library Federation (2009), as bibliotecas digitais so organizaes
que fornecem os recursos, incluindo o pessoal especializado para selecionar, estruturar,
oferecer acesso intelectual, distribuir, preservar a integridade e garantir a permanncia
das colees digitais, de tal forma que elas estejam disponveis para uma ou vrias
comunidades.
alm da conexo direta com os acervos e saberes armazenados em
meio fsico externo (bibliotecas tradicionais ou digitais, bases de
dados referenciais), a cognio est presente nos acervos internos
mentais, formados por conhecimentos acumulados, presentes nos
produtores dos registros primrios, nos usurios finais e nos
profissionais intermedirios responsveis pelo tratamento da
informao (ALVARENGA, 2003, p. 11).
31
Sob esse enfoque, esto as Instituies de Ensino Superior (IES) preocupadas em
disponibilizar, facilitar e disseminar suas produes cientficas para toda a comunidade,
principalmente a comunidade acadmica via Internet, por meio das bibliotecas digitais.
A disponibilizao da produo cientfica em meio digital j se faz presente mesmo em
iniciativas individuais. Notoriamente, a cada ano que passa, muitos acadmicos
contribuem para a divulgao do conhecimento por meio de seus trabalhos de concluso
de curso, monografias, dissertaes e teses, de forma impressa e digital, chegando a
simular uma espcie de biblioteca digital modular nas instituies.
Mas, expostas as definies para biblioteca digital, fica a questo: e o que vem a ser
biblioteca virtual? Para alguns autores a biblioteca virtual quando utiliza os recursos
da realidade virtual.
Para Macedo e Modesto (1999 apud Ohira, 2002), a biblioteca virtual mais uma
ambincia de realidade no-presencial, depende de recursos mais complexos, prprios
da tecnologia de realidade virtual.
Para Marchiori (1997), a biblioteca virtual conceituada como um tipo de biblioteca
que, para existir, depende da tecnologia da realidade virtual, que criaria o ambiente de
uma biblioteca com salas, estante etc. Neste mesmo artigo, a autora menciona que este
tipo de biblioteca seria uma biblioteca de realidade virtual e que esta no seria o mesmo
que uma biblioteca virtual. O conceito de biblioteca virtual estaria relacionado com o
conceito de acesso, por meio de redes, a recursos de informao disponveis em
sistemas de base computadorizada, normalmente remotos.
Segundo Fleet e Wallace (1993 apud Marchiori, 1997), a noo de biblioteca virtual
ainda vaga e amorfa, geralmente descrita como um sistema pelo qual um usurio pode
se conectar com bibliotecas e bases de dados remotos, usando, como 'caminho de
passagem', o catlogo on-line local ou uma rede de computadores.
Percebe-se que no existe ainda um consenso sobre a diferena entre biblioteca digital e
biblioteca virtual. O que certo que hoje, a maior parte das bibliotecas passa por uma
fase de transio, que a chamada biblioteca hbrida, na qual convive a informao
32
tanto em suporte fsico quanto digital, situao vivida por boa parte das bibliotecas
atuais.
A biblioteca hbrida a integrao da biblioteca tradicional com a digital.
(OPPENHEIM; SMITHSON, 1999 apud MARCELINO, 2008, p. 33).
A biblioteca hbrida, segundo Garcez e Rados (2002 apud Marcelino, 2008, p. 33)
designada para agregar diferentes tecnologias, diferentes fontes, refletindo o estado que
hoje no completamente digital, nem completamente impresso, utilizando tecnologias
disponveis para unir, em uma s biblioteca, o melhor dos dois mundos (o impresso e o
digital).
Nesse cenrio tecnolgico as bibliotecas passam por um processo gradual e caminham
para a implantao de uma biblioteca que pode tornar-se totalmente digital. Essa
possibilita o acesso a contedos (livros, peridicos, teses, imagens, vdeos etc.) em
textos completos, utilizando-se formatos variados de arquivos digitais: PDF, XML,
HTML, TIFF ou outros. O acesso feito remotamente pelo usurio, via computador
conectado Internet em tempo real; a utilizao pode ser feita simultaneamente por
mais de um usurio.
2.1 Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes - BDTD
O Instituto Brasileiro de Informaes em Cincia e Tecnologia (IBICT), vinculado ao
Ministrio da Cincia e Tecnologia (MCT), coordena o projeto da Biblioteca Digital de
Teses e Dissertaes (BDTD), cujo objetivo integrar os sistemas de informao de
teses e dissertaes existentes nas Instituies de Ensino Superior (IES) brasileiras,
alm de estimular o registro e a publicao de teses e dissertaes em meio eletrnico.
A BDTD uma das aes do programa da Biblioteca Digital Brasileira (BDB), com o
apoio financeiro da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
A BDTD teve incio em 2001 com um grupo de trabalho que contava com
representantes da comunidade e das universidades, as quais possuam experincia no
desenvolvimento de bibliotecas digitais de teses e dissertaes. A BDTD adota um
modelo distribudo que utiliza a tecnologia de arquivos abertos (open archives). Ela
trabalha com entidades cooperantes denominadas provedoras de dados, que produzem
33
as publicaes eletrnicas e disponibilizam as informaes em forma de metadados
integrados e distribudos pelo sistema do IBICT.
O papel do IBICT na rede de agregador, participando tanto como provedor de dados
quanto provedor de servios. Como provedor de servios, o IBICT mantm a BDTD
nacional, a qual composta pela integrao das iniciativas nacionais de registro
bibliogrfico e publicao de teses e dissertaes.
Atualmente, o principal servio disponvel na BDTD o de busca e recuperao de
documentos de teses e dissertaes produzidos no Brasil ou por brasileiros no exterior.
O contedo das teses disponibilizadas em meio digital pode ser acessado diretamente
nos repositrios locais das IES que so as provedoras de dados.
Por conta da diversidade dos objetos digitais e do caos documentrio desses recursos
disponveis na rede, procurou-se desenvolver mtodos e modelos para sua organizao
que garantam uma padronizao no fluxo da informao. Isso tem reforo nas palavras
de Rosetto (2002), esclarecendo que a criao de repositrios informacionais como as
BDs demandam o estabelecimento de especificaes tcnicas para padronizao dos
dados que permitam o fluxo de informao e garantam a sua recuperao, com eficcia,
para os usurios.
Dessa forma, para subsidiar a organizao de contedos em meio digital, foram criados
formatos de metadados.
2.2 Metadados na BDTD
Cada vez mais uma grande quantidade de informao disponibilizada na Internet e nas
bases das bibliotecas digitais, inflando-as e tornando as buscas menos eficientes.
medida que aumenta o nmero de documentos digitais disponveis preciso que sejam
utilizadas novas tecnologias, formatos ou mtodos para organiz-los. Isso se tornou
evidente com o uso das tecnologias de informao e comunicao, que possibilitaram
no apenas novos tipos de documentao, mas tambm novas formas de tratamento e
recuperao da informao.
34
Pode-se conceituar metadado como dado que descreve a essncia, atributos e contexto
de emergncia de um recurso (documento, fonte, etc.) e caracteriza suas relaes,
visando ao acesso e ao uso potencial (ALVARENGA, 2001).
A representao de um recurso informacional tem por objetivo simplificar e facilitar sua
busca e recuperao, intermediando a comunicao entre usurios e o conhecimento
registrado por documentos digitais em determinado ambiente informacional. Diante
desse contexto, os metadados so mtodos indicados na literatura como um mecanismo
que capaz de descrever o contedo de um recurso, proporcionar a representao dos
recursos informacionais digitais e, conseqentemente, intermediar a relao entre o
ambiente digital e o usurio. Os elementos que compem os metadados descrevem
informaes como nome, descrio, localizao, formato, entre outras, que podem ser
adaptadas conforme as caractersticas da biblioteca em questo. Esta variedade
tipolgica favorece o aprimoramento da recuperao da informao.
A palavra metadados tambm tem sido definida, como sendo dados sobre dados,
conforme aponta Takahashi (2000) que diz que metadados so dados a respeito de
outros dados, ou seja, qualquer dado usado para auxiliar na identificao, descrio e
localizao de informao. (TAKAHASHI, 2000, p.172). Tratam-se em outras
palavras, de dados estruturados que descrevem as caractersticas de um recurso de
informao.
Barreto (1999 apud Molossi, 2008, p. 14) breve e sucinto quando conceitua
metadados como uma documentao que descreve o dado armazenado.
Para Gill (1998 apud Molossi, 2008, p. 15), os metadados so dados que servem para
descrever grupos de dados que poderamos chamar de objetos informatizados ou
descries estruturadas de um objeto informatizado.
A utilizao de metadados em documentos digitais certamente contribui para uma
melhor preciso, descrio de recursos e refinamento de pesquisa, possibilitando a
excluso de grande quantidade de documentos indesejveis. Uma vez estabelecidos os
padres de metadados, a troca de informaes entre as instituies que utilizam os
mesmos padres est garantida.
35
Rosetto (2002) facilita o entendimento sobre metadados, ao relacionar os seus objetivos,
as suas caractersticas e o seu conceito, alm de apresentar a tipologia de formatos de
metadados e os critrios para sua avaliao. Exemplifica com planilhas dos formatos
MARC padro internacional criado para registros catalogrficos - e Dublin Core,
desenvolvido a partir do padro MARC e j considerado uma norma internacional. A
aplicabilidade desses estudos foi realizada quando da implantao da Biblioteca Digital
de Teses e Dissertaes (BDTD), na Universidade de So Paulo (USP).
Ento, para finalizar a conceituao, metadado pode ser considerado sinnimo de ponto
de acesso, termo da rea da catalogao, e parece ter sido cunhado em contextos
externos cincia da informao.
Para atender s necessidades do projeto da BDTD, o IBICT desenvolveu o Padro
Brasileiro de Metadados para Teses e Dissertaes, o MTD-BR, que possibilita a
integrao dos registros de teses e dissertaes com registros de outros repositrios
brasileiros, como por exemplo, o Banco de Currculos da Plataforma Lattes. O MTD-
BR compatvel com o padro Dublin Core e o padro ETD-MS (Electronic Thesis and
Dissertation Metadata Standard) da NDLTD (Networked Digital Library of Thesis and
Dissertation). O ETD-MS um Padro de Interoperabilidade de Metadados para Teses
e Dissertaes, adotado pela NDLTD e tambm implantou a camada de protocolo OAI-
PMH (Open Archives Initiative Protocol for Metadata Harvesting) para coletar
automaticamente os metadados das teses e dissertaes publicadas pelas IES. O
protocolo OAI-PMH um mecanismo para transferncia de dados entre repositrios
digitais.
A coleta dos metadados automtica, realizada pela tecnologia de harvesting, que
uma ferramenta adequada para a partilha de metadados. O mecanismo de coleta faz a
conexo com cada IES provedora dos dados e resgata as informaes cadastradas. Aps
a coleta, os metadados so armazenados no IBICT e automaticamente expostos para
coleta por outros provedores de servios de informao. Dessa forma, a BDTD, alm de
expor os metadados para serem consultados e coletados nacionalmente, os disponibiliza
internacionalmente para a NDLTD (IBICT, 2007).
36
Assim, conforme apresentado na figura 1, a BDTD pode esquematicamente ser
representada em trs nveis de abrangncia: local, nacional e internacional.
Figura 1- Integrao dos nveis de abrangncia da BDTD
Fonte: SOUTHWICK (2003 apud MOLOSSI, 2008, p.13).
A figura 1 apresenta, alm dos trs nveis de abrangncia, a integrao dos metadados
que ocorre entre as IES (provedores de dados), o IBICT (provedor de dados e de
servio) e a NDLTD (provedor de servios). Na BDTD, a integrao em nvel nacional
utiliza o padro MTD-BR e em nvel internacional, o padro ETD-MS.
Para aquelas IES que no possuem sistema de Biblioteca Digital de Teses e
Dissertaes, o IBICT disponibiliza o Sistema de Teses e Dissertaes (TEDE). Este
sistema oferecido em duas verses:
O TEDE simplificado, que possibilita a publicao eletrnica da tese ou
dissertao pela IES diretamente pela biblioteca, com a simples autorizao do
autor da dissertao ou tese.
37
O TEDE modular, que requer uma infra-estrutura de integrao entre o curso de
ps-graduao, o autor da dissertao (ou tese) e a biblioteca da instituio no
processo de publicao eletrnica. Esta verso possui funes especficas para
cada etapa do processo de publicao das teses e dissertaes.
Para as instituies que j possuem seu sistema de Biblioteca Digital de Teses e
Dissertaes, o IBICT oferece apoio tcnico na implementao do protocolo OAI-PMH,
para que operem sobre os repositrios locais e gerem registros de metadados em
XML/MDT-BR, permitindo a interoperabilidade com os provedores de servios
compatveis com o protocolo OAI-PMH.
Considerando a importncia dos metadados para o tratamento e recuperao da
informao na BDTD, sero descritos a seguir, de forma detalhada, os trs padres
utilizados por esta biblioteca digital.
Especificamente, na BDTD do IBICT, so adotados os padres Dublin Core, Mtd-br e
Etd-ms, descritos a seguir:
2.3 Dublin Core
Dublin Core (DC) um conjunto de termos usados para definir metadados e
vocabulrios.
Trata-se de um padro internacional estabelecido pelo consrcio W3C (World Wide
Web Consortium) e desenvolvido pela Dublin Core Metadata Initiative (DMCI), um
frum cujo objetivo desenvolver padres de metadados que suportem uma grande
variedade de aplicaes, comunidades e modelos de negcio. O objetivo principal da
DCMI proporcionar integrao de metadados, permitindo que recursos de diversas
reas do conhecimento possam ser descritos e amplamente reutilizados.
As principais caractersticas do padro Dublin Core (DC) so a simplicidade na
descrio dos recursos, interoperabilidade semntica, consenso de escopo internacional,
extensibilidade e flexibilidade.
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O padro DC um conjunto composto de 15 elementos de metadados planejados para
facilitar a identificao dos recursos existentes na rede. Dentre os 15 elementos de
metadados, a BDTD utiliza:
Ttulo - nome dado ao recurso de informao que est sendo descrito;
Criador - responsvel pela produo do contedo do recurso;
Assunto - assunto do contedo do recurso;
Descrio - descrio do contedo do recurso;
Publicador - a entidade responsvel por disponibilizar o recurso na rede
(biblioteca digital responsvel pela publicao da tese ou dissertao);
Contribuidor - entidade que contribuiu para o contedo do recurso;
Data - data associada criao ou disponibilizao do recurso;
Tipo de objeto digital - inclui termos descrevendo as categorias gerais, funes,
ou nveis de agregao do contedo. Recomenda-se o uso da tabela de tipos
desenvolvida no mbito da Iniciativa Dublin Core.
Formato - formato fsico do recurso;
Identificador - referncia no-ambgua do recurso num dado contexto;
Fonte - referncia a uma fonte da qual o recurso originrio;
Idioma - idioma do contedo intelectual do recurso;
Relao - referncia a recursos de informao relacionados;
Cobertura - extenso ou escopo do contedo;
Direitos direitos de uso do recurso.
Apesar de nenhum de seus elementos serem de uso obrigatrio, natural que se utilize
um conjunto mnimo de elementos capazes de descrever de maneira adequada um
recurso.
A razo da opcionalidade de utilizao dos elementos possibilita a flexibilidade para
quem utiliza o DC, determinando apenas os elementos considerados necessrios para a
aplicao.
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2.4 ETD-MS
O padro Etd-Ms (Electronic Thesis and Dissertation Metadata Standard) o padro de
metadados adotado pela NDLTD. Esse padro de metadados inclui todos os elementos
do padro Dublin Core alm de outros elementos especficos para teses e dissertaes
(SOUTHWICK, 2003 apud MOLOSSI, 2008, p. 16).
Dentre os elementos adicionais que caracterizam o conjunto de metadados Etd-Ms,
esto:
Titulao - nome do grau associado com a tese ou dissertao como aparece no
documento. Por exemplo, Mestre em Pesquisa Operacional;
Grau - nvel de educao associado com o documento. Por exemplo, mestre,
doutor;
Disciplina - rea de estudo do contedo intelectual do documento; usualmente
indica-se o nome do programa de ps-graduao ou departamento;
Instituio - que abriga o programa de ps-graduao.
2.5 MTD-BR
O padro de metadados Mtd-br (Padro Brasileiro de Metadados para Teses e
Dissertaes) o padro brasileiro para teses e dissertaes desenvolvido durante o
projeto da BDTD a fim de compor e qualificar os recursos de recuperao da
informao da Biblioteca Digital. O padro Mtd-br compatvel com os padres Dublin
Core e Etd-Ms cujo conjunto integra a tecnologia da BDTD.
A principal finalidade desse padro de metadados tornar disponveis os meios para
que a comunidade brasileira de Cincia e Tecnologia possa publicar seus trabalhos
diretamente na rede, aumentando a visibilidade do seu trabalho em mbito nacional e
internacional, otimizando o fluxo da comunicao cientfica e reduzindo a frustrao de
resultados ineficientes nas buscas de documentos digitais.
O padro Mtd-br possui, alm dos elementos do Etd-Ms, alguns metadados que
possibilitam a integrao dos registros de teses e dissertaes com registros de outros
repositrios brasileiros, como por exemplo, o banco de currculos da Plataforma Lattes.
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A relao entre os trs padres de metadados utilizados pela BDTD est representada na
figura abaixo:
Figura 2 - Integrao dos metadados utilizados pela BDTD
Fonte: MOLOSSI (2008, p.17)
As arquiteturas de metadados estabelecem mecanismos que permitem a codificao e o
transporte de uma grande variedade de metadados desenvolvidos de forma
independente, buscando assim garantir a interoperabilidade pelo uso de convenes
comuns a respeito da semntica, sintaxe e estrutura do metadado.
De acordo com Milstead e Feldmam (1999 apud Molossi, 2008, p. 17), qualquer
ferramenta que torne mais fcil o processo de busca e recuperao dos recursos
informacionais na Web importante.
A busca por ambientes com solues de marcao padronizadas e integrao de bases
definidas faz parte da perspectiva desse ambiente de bibliotecas digitais proposto pelo
IBICT. Nesse sentido, foram desenvolvidos e implementados os trs padres de
metadados atualmente utilizados e descritos anteriormente.
No contexto das bibliotecas digitais, o que era um problema para os profissionais da
informao em contextos especficos como a recuperao da informao com recursos
escassos e metadados por vezes no to eficientes, foi resolvido com o surgimento da
Web.
41
Naturalmente, o processo de representao e recuperao da informao de forma
inteligente e eficiente est em constante pesquisa e com novos recursos de tecnologia
disponibilizados. Como exemplo, apresenta-se a Web Semntica, uma nova proposta de
representao e recuperao da informao na Web.
Das idias aqui expostas, verifica-se que o tratamento da informao no contexto digital
requer uma equipe multidisciplinar intermediadora do processo, as ferramentas
tecnolgicas e o estabelecimento de padres, para tornar os dados compreensveis e
compartilhveis. O conhecimento gerado pela comunidade cientfica alcana volumes
inimaginveis, causando grande impacto nos sistemas de informao.
2.6 Painel Web 2.0
Segundo Cunha (2008), com a expanso das redes digitais e o aumento na velocidade de
transmisso de dados, comeam a surgir novos produtos e servios na Internet que,
anteriormente, no podiam ser ofertados tendo em vista as antigas limitaes na
velocidade. Esse novo cenrio, denominado de Web 2.0, ser um novo patamar para a
rea, notadamente no aprimoramento de produtos e servios tradicionais e o surgimento
de novos, onde a interatividade com o usurio poder ser a tnica.
Essa nova web, denominada em 2005 de Web 2.0, parece ser a evoluo da World Wide
Web (www), onde as ferramentas digitais permitem aos usurios, criar, trocar, editar e
publicar contedos dinmicos das mais variadas formas e assuntos.
Gracioso (2007) aponta que esse processo propicia um alargamento do papel do sujeito
pesquisador com a emergncia do contexto on-line da informao. E desse modo as
investigaes da Biblioteconomia e Cincia da informao devem se voltar ao sujeito
como ponto de partida. Mas no o sujeito isolado, psicolgico e sim o sujeito
[...] o rompimento de barreiras tecnolgicas importantes, experimentadas na
ltima dcada, permitiram o surgimento de um novo patamar para esses sistemas:
antes orientados basicamente para a recuperao de referncias bibliogrficas em
bases de dados isoladas e textos em papel, voltam-se hoje para a recuperao
distribuda de objetos digitais textos completos, imagens em movimento, som,
etc estabelecendo como palavras de ordem a publicao na internet e a
interoperabiblidade entre fontes de informao heterogneas e globalmente
distribudas. (SAYO; MARCONDES, 2002 apud SILVA, 2009, p. 4).
42
comunicativo. A Web 2.0 sinaliza isso. Na Cincia da informao (e em reas
relacionadas), estudos centrados no usurio tm sido cada vez mais desenvolvidos e so
denominados como Information Seeking, isto , estudos voltados compreenso dos
processos de busca por informaes pelos sujeitos. Vrios autores tm analisado essas
questes. No entanto tais pesquisas tm sido feitas de modo operacional e relativamente
sistmicas j que, de modo geral, elas se voltam a analisar contextos temticos
especficos ou comunidades usurias delimitadas da informao, mesmo no ambiente
Web.
Mas diante do dinamismo e da imprevisibilidade dos contedos disponibilizados na
Web, como as Bibliotecas poderiam se posicionar? Existe a preocupao com isso na
medida em que se entende que todo conhecimento produzido merecedor da ateno
dos profissionais da informao e no s o conhecimento cientfico. Inclusive, isso
leva a pensar que antes do conhecimento cientfico, h o conhecimento comum. Desse
modo cr-se que preciso tentar entender as implicaes que esto envolvidas na
produo desse conhecimento a priori para depois se ater s suas hierarquizaes e
especificaes cientficas. Mais uma vez a Web 2.0 viria evidenciar isso na medida em
expe o processo, a ao de produo e organizao de contedos constitudos
interativamente atravs da participao de seus usurios.
Alguns produtos e at mesmo conceitos diferenciam a Web tradicional ou clssica
da Web 2.0. Temos na Web tradicional a produo de websites pessoais, na Web 2.0,
temos os Blogs, dentre outros. Na tradicional temos, por exemplo, a Enciclopdia
Britnica on-line, na 2.0, temos a Wikipedia. Temos na Web tradicional, os diretrios
(taxonomias) e na Web 2.0, a Folksonomia (tags). Enfim, antes tnhamos recursos na
Web exclusivamente voltados publicao de contedos e agora temos recursos para
participao na construo dos mesmos.
Segundo Tim OReilly um dos precursores das pesquisas sobre o assunto, a principal
mudana que se pode verificar entre a Web 1.0 para a Web 2.0 que a Web 1.0 levou as
pessoas informao e a Web 2.0 leva a informao s pessoas.
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2.7 Interoperabilidade entre Documentos Digitais
A interoperabilidade entre documentos digitais pode ser alcanada, segundo Gubiani
(2005) atravs de trs formas de consulta, ou seja, trs tecnologias de publicao na
Web. A primeira forma atravs de um esquema chamado de federao, onde a consulta
distribuda entre as instituies cooperantes; outro esquema chamado de colheita ou
harvesting, que monta um repositrio nico colhendo metadados das instituies
cooperantes e o terceiro esquema chamado de reunio ou gathering, que acontece
atravs do uso de motores de busca na Web.
Na federao, uma consulta submetida a um com