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Boletim Informativo da Biblioteca Boletim Informativo da Biblioteca Boletim Informativo da Biblioteca Boletim Informativo da Biblioteca Agrupamento Vertical de Escolas Álvaro Coutinho, “O Magriço” Escola E.B. 2,3 de Penedono – Serviços de Biblioteca Ano IX Ano IX Ano IX Ano IX– Nº 21 Nº 21 Nº 21 Nº 21 – Mensal Mensal Mensal Mensal – Novembro 2010 Novembro 2010 Novembro 2010 Novembro 2010 Distribuição Gratuita 1 Breve história da castanha Presume-se que a castanha seja oriunda da Ásia Menor, Balcãs e Cáucaso, acompanhando a história da civilização ocidental desde há mais de 100 mil anos. A par com o pistácio, a castanha constituiu um importante contributo calórico ao homem pré-histórico que também a utilizou na alimentação dos animais. Os gregos e os romanos colocavam castanhas em ânforas cheias de mel silvestre. Este conservava o alimento e impregnava-o com o seu sabor. Os romanos incluíam a castanha nos seus banquetes. Durante a Idade Média, nos mosteiros e abadias, monges e freiras utiliza- vam frequentemente as castanhas nas suas receitas. Por esta altura, a castanha, era moída, tendo-se tornado mesmo um dos principais farináceos da Europa. Nas regiões mais desfavorecidas, os casta- nheiros eram até conhecidos por "árvores-do-pão", devido ao papel importan- te que desempenhavam na alimentação. Em Portugal, em regiões como a Beira e Trás-os-Montes, quando as colhei- tas de cereais eram fracas, as pessoas recorriam às castanhas para se ali- mentarem durante grande parte do ano. Em vez de pão comiam castanhas e, como os Descobrimentos não tinham ainda trazido as batatas do continente americano, as castanhas desempenhavam um papel muito semelhante ao que hoje é ocupado pelas batatas (ou seja, serviam de acompanhamento à maioria dos pratos). Curiosidades Há exemplares de castanheiros com mais de 600 anos que, como diz o povo, “300 a cres- cer, 300 a ser, 300 a morrer...”. Guilhofonso é o nome do castanheiro que é considerado o maior exemplar da Europa. Está no distrito da Guarda. Mede19 metros de altura e a idade é estimada em 400 anos. O “Castanheiro Velho” é digno de referência, possui um tronco considerado o mais grosso de todos os casta- nheiros existentes no país, com um perímetro de 13 metros e 20 centímetros. A castanha é semeada em viveiros e só dois anos depois é que é feita a plantação definitiva. Pelo seu valor nutritivo e energético, era utiliza outrora em vários estados de mal-estar e doença. É também tónica, estimulante cerebral, anti-anémica (castanha crua), anticéptica e revitalizante. Para afinar as cordas vocais e debelar a faringite e a tosse nada melhor do que gargarejos com infusão de folhas de castanheiro ou de ouriços. Cerca de 100 g de castanhas fornecem aproximadamente um terço da dose diária recomendada de vitamina E e um quarto da de vitamina B6.

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Boletim Informativo da BE

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Boletim Informativo da Biblioteca Boletim Informativo da Biblioteca Boletim Informativo da Biblioteca Boletim Informativo da Biblioteca Agrupamento Vertical de Escolas Álvaro Coutinho, “O Magriço”

Escola E.B. 2,3 de Penedono – Serviços de Biblioteca Ano IXAno IXAno IXAno IX–––– Nº 21 Nº 21 Nº 21 Nº 21 –––– Mensal Mensal Mensal Mensal –––– Novembro 2010 Novembro 2010 Novembro 2010 Novembro 2010 Distribuição Gratuita

1

Breve história da castanha

Presume-se que a castanha seja oriunda da Ásia Menor, Balcãs e Cáucaso,

acompanhando a história da civilização ocidental desde há mais de 100 mil

anos. A par com o pistácio, a castanha constituiu um importante contributo

calórico ao homem pré-histórico que também a utilizou na alimentação dos

animais.

Os gregos e os romanos colocavam castanhas em ânforas cheias de mel

silvestre. Este conservava o alimento e impregnava-o com o seu sabor. Os

romanos incluíam a castanha nos seus banquetes.

Durante a Idade Média, nos mosteiros e abadias, monges e freiras utiliza-

vam frequentemente as castanhas nas suas receitas.

Por esta altura, a castanha, era moída, tendo-se tornado mesmo um dos

principais farináceos da Europa. Nas regiões mais desfavorecidas, os casta-

nheiros eram até conhecidos por "árvores-do-pão", devido ao papel importan-

te que desempenhavam na alimentação.

Em Portugal, em regiões como a Beira e Trás-os-Montes, quando as colhei-

tas de cereais eram fracas, as pessoas recorriam às castanhas para se ali-

mentarem durante grande parte do ano. Em vez de pão comiam castanhas e,

como os Descobrimentos não tinham ainda trazido as batatas do continente

americano, as castanhas desempenhavam um papel muito semelhante ao que hoje é ocupado pelas batatas (ou seja, serviam de

acompanhamento à maioria dos pratos).

Curiosidades

• Há exemplares de castanheiros com mais de 600 anos que, como diz o povo, “300 a cres-

cer, 300 a ser, 300 a morrer...”.

• Guilhofonso é o nome do castanheiro que é considerado o maior exemplar da Europa. Está

no distrito da Guarda. Mede19 metros de altura e a idade é estimada em 400 anos. O “Castanheiro

Velho” é digno de referência, possui um tronco considerado o mais grosso de todos os casta-

nheiros existentes no país, com um perímetro de 13 metros e 20 centímetros.

• A castanha é semeada em viveiros e só dois anos depois é que é feita a plantação definitiva.

• Pelo seu valor nutritivo e energético, era utiliza outrora em vários

estados de mal-estar e doença.

• É também tónica, estimulante cerebral, anti-anémica (castanha crua),

anticéptica e revitalizante. Para afinar as cordas vocais e debelar a

faringite e a tosse nada melhor do que gargarejos com infusão de

folhas de castanheiro ou de ouriços.

• Cerca de 100 g de castanhas fornecem aproximadamente um terço da

dose diária recomendada de vitamina E e um quarto da de vitamina B6.

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24 de Novembro Dia Nacional da Cultura CientíficaDia Nacional da Cultura CientíficaDia Nacional da Cultura CientíficaDia Nacional da Cultura Científica O Dia Nacional da Cultura Científica, 24 de Novembro, foi ins-tituído em 1997 em homenagem a Rómulo de Carvalho (1906Rómulo de Carvalho (1906Rómulo de Carvalho (1906Rómulo de Carvalho (1906----1997)1997)1997)1997) e ao seu trabalho na promoção da cultura científica e no ensino da ciência. Afirmando-se como um dos mais brilhantes e talentosos criadores lusófonos do século XX, Rómulo de Carvalho/António Gedeão, respectivamente, o professor, pedagogo e historiador da ciência, e o seu alter-ego literário, atravessou todas as con-vulsões e acontecimentos marcantes do nosso século, que se reflectiram no formar-se de um espírito extremamente marcado pelo cepticismo e pela ironia, sempre presentes nos seus poemas. Licenciado em Ciências Físico-Químicas pela Universidade do Porto em 1931, traduziu como ninguém, a ciência para os leigos, desvendando segredos científicos com a mesma simpli-cidade com que os exemplificava. Lisboeta toda uma vida, uniu de forma exemplar, através da sua obra, a ciência e a poesia, a vida e o sonho. Apesar de só aos 50 anos ter decidido publicar o seu primeiro livro de poesia, inaugu-rando assim uma carreira que se afirmou por si própria na cultura portuguesa, tornou-se uma figura de referência incontornável no imaginário colectivo do povo português, principalmente para toda a geração da "Pedra Filosofal". Poucos meses após ter celebrado o seu 90º aniversário, assinalado pela homenagem que lhe foi prestada pelo Ministério de Ciência e de Tecnologia, a sua morte em 19 de Fevereiro 1997 deixa-nos um legado para o futuro, numa sociedade cada vez mais global, onde a união entre Ciências e Humanidades se torna cada vez mais uma necessidade premente.

Grandes Invenções TecnológicasGrandes Invenções TecnológicasGrandes Invenções TecnológicasGrandes Invenções Tecnológicas Conhece algumas das grandes invenções e seus inventores nas diversas áreas da tecnologia

• Em 1623 Wilhelm Schickard construiu a primeira calcula-dora mecânica e assim tornou-se o pai da era da computação • James Watt desenvolveu a máquina a vapor (1765) • Alexander Graham Bell inventou o telefone (1876) • Thomas Alva Edison e Joseph Swan inventaram a lâmpada eléctrica (1879) • O alemão Karl Bens desenvolveu o primeiro veículo com motor a gasolina (1885) • Os irmãos Lumière criaram o cinematógrafo, antecedente do cinema (1895) • Invenção do rádio pelo italiano Guglielmo Marconi (1901) • Desenvolvimento da Fortran, primeira linguagem de programação de computadores (1956) • Lançamento do Telstar I, primeiro satélite de comunicação (1962) • Criação do Pong, primeiro jogo vídeo (1972) • Philips e Sony lançaram o CD-Rom (1984) • Entrou em operação o sistema de fibras ópticas, transmitindo dados em imagens em velocidade jamais vista antes (1985)

• Tim Berners-Lee criou a Internet (1990) • Criação dos primeiros livros digitais (1998)

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ESCRITOR DO MÊS ESCRITOR DO MÊS ESCRITOR DO MÊS ESCRITOR DO MÊS

Sophia de Mello Breyner Andresen Sophia de Mello Breyner Andresen Sophia de Mello Breyner Andresen Sophia de Mello Breyner Andresen Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto a 6 de Novembro de 1919 no seio de uma família aristocrática. A sua infância e adolescên-cia decorrem entre o Porto e Lisboa, onde cursou Filologia Clássica. Sophia é considerada uma das poetisas e escritoras de livros para crianças mais importantes da Literatura Portuguesa. Possui uma obra vastíssima, que inclui contos e obras poéticas. Os seus livros relatam as vivências da autora durante a infância. Por exemplo, para escrever A Floresta a autora inspirou-se na quinta da avó onde costumava passar férias enquanto criança. Em 1999 Sophia de Mello Breyner Andresen recebeu o Prémio Camões. Faleceu no dia 2 de Julho de 2004.

ObraObraObraObra Poesia (1944); Dia do Mar (1947); Oral (1950); No Tempo Dividido (1954); A Fada Oriana (1958); Mar Novo (1958); A Menina do Mar (1958); Livro Sexto (1962); O Rapaz de Bronze (1965); O Cavaleiro da Dinamarca (1964); Geografia (1967); A Floresta (1968); Dual (1972); Nome das Coisas (1977); Musa (1994), entre outras.

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Em Novembro… • Morreu Cecília MeirelesMorreu Cecília MeirelesMorreu Cecília MeirelesMorreu Cecília Meireles Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1901 e faleceu a 9 de Novembro de 1964. Aos 9 anos escreveu a sua primeira poesia e estreou-se em 1919 com o livro de poemas Espectros, escrito aos 16 anos. A sua poesia está traduzida em espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu. • Nasceu Eça de Queirós Nasceu Eça de Queirós Nasceu Eça de Queirós Nasceu Eça de Queirós

José Maria de Eça de Queirós nasceu a 25 de Novembro de 1945. Os seus livros mostram um leque diverso de temas e abordagens. Temas polémicos como os vistos em “O crime do padre Amaro” e “Tragédia da Rua das Flores”, mas com a profundidade da sua escrita, consagraram Eça e fazem-no, até hoje, ter um amplo reconhecimento na literatura mundial. Em 1873 ingressou na carreira diplomática. Foi nomeado cônsul de Portu-gal em Havana. Os anos mais produtivos da sua carreira literária foram passados em Inglaterra, entre 1874 e 1878, durante os quais exerceu o cargo em Newcastle e Bristol.

• As mulheres votaram pela primeira vez em FrançaAs mulheres votaram pela primeira vez em FrançaAs mulheres votaram pela primeira vez em FrançaAs mulheres votaram pela primeira vez em França A 30 de Novembro de 1919 as mulheres francesas votaram pela primeira vez numa eleição legislativa.

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