Biodiesel Completo

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    PROCEDIMENTOS PARA A PRESERVAODA QUALIDADE DO LEO DIESEL B

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    PALAVRA DO

    PRESIDENTEA preocupao com a qualidade do diesel vendido noBrasil e o nvel de emisso de poluentes da atividadetransportadora so dois temas fundamentais na pauta daConfederao Nacional do Transporte (CNT).

    O aumento do percentual do biodiesel no diesel comum de2%, em 2008, para 5%, em 2010, trouxe apreenso quantoaos impactos da mistura na operao e na manuteno da

    frota de veculos rodovirios, por tornar o combustvel maissuscetvel degradao.

    Partindo-se da premissa de que a melhor maneira deenfrentar o problema conhec-lo, reunimos nestapublicao um conjunto de informaes que ir orientaro transportador sobre a forma mais correta e eciente demanusear o leo diesel. As recomendaes contemplamtodas as etapas do processo: desde o transporte at oarmazenamento e uso do produto.

    A proposta deste trabalho servir como um manualde procedimentos e medidas de segurana para evitarprejuzos qualidade do combustvel usado na frota, custosadicionais com o maior consumo, desgaste prematuro depeas e maior impacto sobre o meio ambiente.

    As informaes aqui contidas serviro como um guia noapenas para os tcnicos responsveis pela coordenaoe a manuteno de frotas, como tambm para todos osprossionais ligados gesto das empresas. Esperamos,

    com ele, contribuir de forma decisiva para uma melhorcompreenso do quanto necessrio aprimorar prticaspara obter melhores resultados.

    Neste documento esto includos, tambm, o compromissoe a contribuio da CNT com a questo ambiental. Aesde capacitao e informao so os pilares do ProgramaAmbiental do Transporte, o Despoluir, que h mais dequatro anos direciona os transportadores brasileiros nosbons caminhos da sustentabilidade.

    Presidente da CNT

    Presidente do Conselho Nacional do SEST SENAT

    Clsio Andrade

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    Procedimentos para a preservao da qualidade do leo diesel B Braslia :CNT, 2011.

    56 p.: il. color. (Despoluir Programa Ambiental do Transporte)

    1. Biodiesel Brasil. 2. Transporte de carga - rodovirio.3. Meio ambiente. I. Ttulo. II. Confederao Nacional do Transporte.

    CDU 665.75:656.125

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    2. Biodiesel2.1 - O Biodiesel no Brasil e no mundo .......................13

    2.2 - Principais propriedades fsicas ..........................16

    2.3 - Principais propriedades qumicas .....................18

    4. Preservao da

    qualidade do leo diesel B4.1 - Transporte ............................................31

    4.1.1 - Procedimentos ....................34

    4.1.2 - Medidas de segurana ........35

    4.2 - Recebimento .....................................35

    4.2.1 - Procedimentos ...................35

    4.2.2 - Medidas de segurana ....36

    4.3 - Armazenamento ...............................37

    4.3.1 - Procedimentos ...................39

    4.3.2 - Medidas de segurana .....41

    4.4 - Drenagem ..........................................42

    4.4.1 - Procedimentos ...................43

    4.4.2 - Medidas de segurana ..44

    4.5 - Uso nos veculos ...............................45

    Lista de vericao norecebimento do leo diesel B .................55

    3. Mistura diesel e biodiesel3.1 - Problemas relacionados mistura ......................21

    3.1.1 - Contaminao microbiolgica ............22

    3.1.2 -Oxidao ..................................................25

    3.1.3 -Deteriorao e impurezas ....................26

    3.2 - Medidas de segurana para a preservaodo meio ambiente e da sade humana ..............26

    1. leo diesel

    1.1 - O que .........................................................................71.2 - Como produzido ....................................................7

    1.3 - Classicao .............................................................7

    1.4 - Caractersticas de qualidade ................................9

    6 - 11

    20 - 29

    30 - 46

    12 - 19

    .............................47Bibliografa

    ANEXO I

    ANEXO II

    Lista dos municpios que comercializamleo diesel B S50 ou S500 .....................49

    RI

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    APRESENTAO

    Por meio da criao do Programa Nacional de Produo e Uso de Biodiesel,em 2004, e a partir da aprovao da Lei no 11.097, de 13 de janeiro de2005, o governo brasileiro adotou o biodiesel na matriz energticanacional. Assim, atualmente, todo o leo diesel veicular comercializadoao consumidor nal possui biodiesel.

    Essa mistura denominada leo diesel B e apresenta uma srie debenefcios ambientais, estratgicos e qualitativos.

    Entretanto, para que tais benefcios sejam traduzidos em ganhos reais aopas, ao consumidor e ao meio ambiente, de fundamental importnciaque da renaria ao tanque do veculo procedimentos relacionados produo, ao transporte, ao recebimento, ao armazenamento e ao usodesse combustvel sejam rigorosamente adotados.

    Portanto, procedimentos corretos para que a qualidade do combustvel semantenha ao longo de toda a cadeia passam a assumir um papel cada vez

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    mais importante, e no podem ser ignorados sob pena de representaremprejuzos nanceiros e ambientais.

    Na medida em que esses procedimentos forem incorporados s rotinas

    dos transportadores, a reduo de custos ser percebida, resultandonuma melhor gesto do combustvel, do sistema de armazenamentoe dos veculos; produzindo menor desgaste dos motores e melhorecincia energtica.

    A CNT e o Sest Senat, por meio do Despoluir (Programa Ambiental doTransporte), acompanham e apoiam iniciativas voltadas evoluo daqualidade do diesel brasileiro, ao mesmo tempo em que buscam disseminarinformaes ambientais no setor.

    Assim, a presente publicao foi elaborada para auxiliar a rotina operacionaldos transportadores. Portanto, foram apresentados subsdios para aefetiva adoo de procedimentos que garantam a qualidade do leo dieselB, trazendo benefcios ao transportador e, sobretudo, ao meio ambiente.

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    O leo diesel recebeu esse nome em homenagem ao engenheiro mecnicoalemo Rudolf Christian Karl Diesel (1858-1913).

    A partir da explorao dos efeitos da combusto - provocada pela reao

    qumica do leo de amendoim injetado num recipiente com oxigniopresente no ar - Diesel inventou um motor de combusto de pistes capazde movimentar mquinas.

    Em 1897, registrou a patente de seu motor-reator, criado para trabalharcom leo de origem vegetal. Por ser simples e de fcil aplicao, omotor de pistes movido pela reao leo-oxignio ficou conhecidoem todo o mundo, substituindo os dispendiosos sistemas mecnicos avapor usados em locomotivas e transportes martimos.

    Posteriormente, por fatores econmicos e tcnicos, o uso direto de leos

    vegetais como combustvel para motores diesel foi rapidamente superadopelo uso de um leo derivado de petrleo. Esse leo combustvel, assimcomo o motor, tambm levou o nome de Diesel.

    LEO DIESEL

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    1.1 O que

    O leo diesel o produto oleoso mais abundante obtido a partir do renodo petrleo bruto.

    Sua composio apresenta, basicamente, hidrocarbonetos e, em baixasconcentraes, enxofre, nitrognio e oxignio.

    um produto inamvel, com nvel mdio de toxicidade, pouco voltil, semmaterial em suspenso, lmpido, com cheiro forte e caracterstico.

    Compostos orgnicosque contm tomos decarbono e hidrognio.

    1.3 Classifcao

    Conforme o artigo 2 da Resoluo no42, de 16 de dezembro de 2009, daAgncia Nacional de Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis (ANP), osleos diesel de uso rodovirio se classicam em:

    1.2 Como produzido

    Durante o reno do petrleo, por meio do processo de destilao fracionada,

    so obtidas fraes chamadas de leo diesel leve e pesado, essenciais paraa produo do leo diesel.

    A uma temperatura entre 250C e 350C podem ser associadas outrasfraes, como a nafta, o querosene e o gasleo leve. A proporo dessescomponentes permite enquadrar o produto nal em especicaespreviamente denidas a m de favorecer seu bom desempenho,minimizando o desgaste dos motores.

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    1.LEO

    DIESEL

    8

    OFF ROAD

    S 500

    S 10

    S 50

    AUTOMOTIVE

    NON

    AUTOMOTIVE

    20102009 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

    S 1800

    I - leo diesel A: combustvel produzido por processos de renode petrleo e processamento de gs natural destinado a veculosdotados de motores do ciclo Diesel, de uso rodovirio, sem adio debiodiesel.

    II - leo diesel B: combustvel produzido por processos de renode petrleo e processamento de gs natural destinado a veculos

    dotados de motores do ciclo Diesel, de uso rodovirio, com adio debiodiesel no teor estabelecido pela legislao vigente.

    O artigo 3 estabelece que os leos diesel A e B devero apresentar asseguintes nomenclaturas, conforme o teor mximo de enxofre (S):

    a) leo diesel A S50 e B S50:combustveis com teor de enxofre,mximo, de 50 mg/kg.

    b) leo diesel A S500 e B S500:combustveis com teor de enxofre,

    mximo, de 500 mg/kg.

    c) leo diesel A S1800 e B S1800:combustveis com teor de enxofre,mximo, de 1800 mg/kg.

    O teor de enxofre (S) um dos principais problemas do leo diesel. Em pasescomo o Japo, o teor mximo de 10 mg/kg . Em pases da Unio Europeia,desde 2005, todo o diesel comercializado tem concentrao mxima de50 mg/kg . Nos Estados Unidos, atualmente, o padro de 15 mg/kg.

    No Brasil, o diesel possua 13.000 mg/kg. Porm, a partir de 1994, passaram

    a existir dois tipos de leo diesel: o diesel interior e o metropolitano(comercializado num raio de at 40 Km dos grandes centros urbanos).

    Em 2009, o diesel comercializado no interior passou a ter 1.800 mg/kg(S1800) e o metropolitano, no mximo, 500 mg/kg (S500). Em algumasregies metropolitanas, existe a oferta do diesel com 50 mg/kg (S50),disponvel populao ou, em certos casos, apenas s frotas de nibusurbanos.

    A partir de 2014, para uso rodovirio, o Brasil usar apenas diesel S10 e

    S500, conforme cenrio 2009 -2020 de produo do diesel pela Petrobras.

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    1.

    LEO

    DIESEL

    9A Resoluo no 42/2009 especica os municpios brasileiros onde j e onde ser obrigatria (ou proibida) a comercializao dos leos dieselcitados no artigo 3 at o ano de 2014. A relao dos municpios se encontrano Anexo I desta publicao.

    1.4 Caractersticas de qualidade

    A ANP especica, tambm, as caractersticas que determinam a qualidadedo leo diesel.

    O quadro a seguir apresenta um resumo com a descrio das principaiscaractersticas a serem observadas no leo diesel e de que maneira afetamo funcionamento do motor.

    CARACTERSTICA ESPECIFICAO INFLUNCIA NO MOTOR

    Contaminantes, quando presentes, podem reduzir a vida til dos ltros dos

    veculos e equipamentos e prejudicar o funcionamento do motor.Aspecto (1)Lmpido e isento de impurezas

    Alteraes de cor podem ser indicativos de problemas no processo produtivo,contaminao ou degradao (o que ocorre quando o diesel estocado porperodos longos, quando ca exposto a temperaturas acima da ambiente ou quandoest contaminado por material estranho ao produto, como ferrugem proveniente dacorroso dos tanques de armazenagem).

    Cor , mximo (2) 3,0

    Os motores so projetados para operar em uma determinada faixa de densidade,tendo em vista que a bomba injetora dosa o volume injetado. Variaes nadensidade levam a uma signicativa variao na massa de combustvel injetadoque diculta a obteno de uma mistura de ar/combustvel balanceada. Valores

    de densidade acima da faixa de regulagem podem levar produo de umamistura rica de ar/combustvel, o que aumenta a emisso de poluentes comohidrocarbonetos, monxido de carbono e material particulado. Valores baixos dedensidade podem favorecer a formao de uma mistura pobre, o que provoca perdade potncia do motor e aumento no consumo de combustvel.

    Densidade a 20C (1) Entre 820 e 880 Kg/m3

    Mede a qualidade de ignio de um combustvel para mquina Diesel e tem inunciadireta na partida do motor e no seu funcionamento sob carga. Fisicamente, onmero de cetano se relaciona diretamente com o retardo de ignio do combustvelno motor: quanto menor o nmero de cetano, maior ser o retardo de ignio.Consequentemente, maior ser a quantidade de combustvel que permanecer na

    cmara sem queimar no tempo certo. Isso leva a um mau funcionamento do motor,pois quando a queima acontecer, a quantidade de energia gerada ser superior quelanecessria. O excesso de energia fora o pisto a descer com velocidade superiorquela requerida pelo sistema, o que provocar esforos anormais sobre o pisto,podendo causar danos mecnicos e perda de potncia.

    Nmero de cetano, mnimo (2) 42

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    1.LEO

    DIESEL

    1010

    CARACTERSTICA ESPECIFICAO INFLUNCIA NO MOTOR

    Continuao

    uma avaliao do teor de gua, de contaminantes slidos ou de partculas dematerial orgnico, que se encontram em suspenso no produto e que sedimentamdurante o teste. A presena desses contaminantes em nveis superiores quelespr-xados so altamente danosos ao diesel, pois prejudicam sua combusto,

    aceleraram a saturao dos ltros e provocam danos ao sistema de combustvel.No sistema de armazenagem, esses contaminantes tendem a car depositados nofundo dos tanques e, se gua estiver presente, favorecer a deteriorizao do dieselpelo desenvolvimento de colnias de bactrias.

    Percentagem de gua e

    sedimentos, mximo (2) 500 ppm

    uma medida da resistncia oferecida pelo diesel ao escoamento. Seu controlevisa permitir uma boa atomizao do leo e preservar sua caractersticalubricante. Valores de viscosidade abaixo da faixa podem levar a desgasteexcessivo nas partes autolubricadas do sistema de injeo, vazamento nabomba de combustvel e danos ao pisto. Viscosidades superiores faixa podemlevar ao aumento do trabalho da bomba de combustvel, uma vez que trabalhar

    forada e com maior desgaste. M atomizao do combustvel, com consequentecombusto incompleta e aumento da emisso de fumaa, tambm pode serprovocada por uma alta viscosidade do diesel.

    Viscosidade a 40C, mximo (1) 2,0 a 5,0 mm2/s

    denido como a maior temperatura na qual o combustvel, quando resfriadosob condies controladas, no escoar ou necessitar de mais que 60 segundospara passagem de 20 ml do produto atravs de um ltro, ou ainda, no retornarcompletamente para o frasco de teste. Na prtica, o ponto de entupimentorepresenta a temperatura ambiente na qual o diesel comea a causarentupimento de ltros, diculdade de bombeio e de atomizao para queima.Esses problemas so causados pela cristalizao das paranas (compostospresentes no diesel) e pela gua, se estiver presente no combustvel, mesmoque em quantidades muito pequenas.

    Ponto de Entupimento a Frio (1) 5C

    a menor temperatura na qual o produto gera uma quantidade de vapores queinama quando se d a aplicao de uma chama, em condies controladas.Essa caracterstica do diesel est ligada sua inamabilidade e serve comoindicativo dos cuidados a serem tomados durante o manuseio, transporte,armazenamento e uso do produto. O ponto de fulgor varia em funo do teorde hidrocarbonetos leves existentes no diesel. Devido a isso, ele limita o pontoinicial de destilao do produto e, consequentemente, reduz o volume produzido.

    Ponto de Fulgor mnimo (1) 38,0C

    (1) Ensaio normatizado pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ( ABNT) .

    (2) Ensaio normatizado pela American Society for Testing and Materials (ASTM), rgonorte-americano responsvel pela normatizao tcnica, equivalente a ABNT no Brasil.

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    2.BIODIESEL

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    BIODIESEL

    o processo mais utilizado,

    atualmente, para a produode biodiesel. Juntando oleo vegetal com um lcool(metanol, etanol, propanolol,butanol) e catalisadores(cidos, bsicos ouenzimticos), obtm-se umster metlico de cido graxoe glicerina (subprodutoremovido por decantao).

    Quando Rudolf Christian Karl Diesel criou o motor-reator para trabalharcom leo de origem vegetal, talvez no tivesse ideia da importncia queseu invento teria para o desenvolvimento industrial.

    Aps mais de cem anos da descoberta de Diesel, a associao de leosvegetais com o lcool, em um processo qumico chamado transestericao,viabilizou um novo combustvel de origem renovvel: o ster de leo

    vegetal, tambm conhecido como biodiesel.

    O biodiesel pode ser obtido, tambm, por meio dos processos decraqueamento e de estericao.

    O craqueamento o processo de quebra de molculas derivadas doscidos graxos ou dos leos vegetais e animais brutos (steres de etila emetila) que acontece por aquecimento a temperaturas superiores a 450C.Na ausncia de ar ou oxignio, forma-se uma mistura de compostos qumicoscom propriedades muito semelhantes as do leo diesel, chamada bio-leo.

    A estericao uma reao qumica reversvel, na qual um cidocarboxlico reage com um lcool produzindo ster. Para a obteno dobiodiesel usada a estericao etlica ou metlica de leos vegetais ougorduras animais.

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    2.

    BIODIESEL

    2.1 O biodiesel no Brasil e no mundo

    Em 1982, com a colaborao da indstria automobilstica, o Brasil iniciouos primeiros testes para avaliar a viabilidade do uso de leos vegetaisin natura e de biodiesel (mistura do leo vegetal e lcool). Embora osresultados tenham sido positivos para o biodiesel, o alto custo do produto, poca, impediu seu uso comercial. Entretanto, com a alta dos preos doleo diesel e dos demais derivados do petrleo, o biodiesel passou a seruma alternativa, embora seus custos de produo sejam mais elevadosque os do diesel de origem fssil.

    Segundo dados da ANP, em 2010, a produo nacional de biodiesel foi de2,4 bilhes de litros de combustvel. Com esse volume, o Brasil alcanoua segunda posio no mercado mundial, sendo superado apenas pelaAlemanha, que fechou o ano com 2,6 bilhes de litros.

    Atualmente, os biocombustveis so utilizados em vrias partes do mundo.H alguns anos, em pases como a Argentina, os Estados Unidos, a Malsia,

    a Alemanha, a Frana, o Canad, a Austrlia e a Itlia, seu uso obrigatrio.

    O quadro a seguir apresenta um comparativo entre os principaisconsumidores mundiais de biodiesel.

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    2.BIODIESEL

    14 PAS ISENO DEIMPOSTO

    TIPO DE BIODIESELCOMERCIALIZADO

    MATRIA-PRIMA OBSERVAES

    Alemanha

    Itlia

    Total CanolaOs postos tm B100 e o leo

    diesel aditivado

    1.800 postos

    Maior produtor: 2,5 milhes deveculos rodam com biodiesel

    Biodiesel 12% mais barato que

    o diesel

    Parcial (at 200mil ton/ano)

    Canola e Girassol

    Canola e Girassol

    B5 e B25 17 produtores de biodiesel

    Frana

    Parcial (at 317 milton/ano)

    Mais da metadedo diesel leva 5%.

    B30 para frotas cativas

    4.000 veculos utilizam obiodiesel em mistura, dos

    quais mais da metade usa B30

    Estados Unidos

    Incentivosfederais e taxasespeccas para

    cada Estado

    B20 (mais comum), B2 emalguns Estados, B100 pouco

    usadoSoja e leo residual de fritura

    Atualmente usado em frotasde nibus urbano, serviospostais e rgo do governo

    Programa baseado empequenos produtores

    BrasilNo h incentivos B5 a partir de janeiro de 2010

    Soja

    Gordura animal

    Testes com B20 no Rio deJaneiro.

    Capacidade instalada equivaleao dobro da produo

    O clima favorvel, a disponibilidade de milhes de hectares com terraspara agricultura e a diversidade de oleaginosas, certamente, credenciam oBrasil para ser o maior fornecedor mundial de biodiesel. A soja correspondea 85% da produo brasileira de biodiesel.

    Principais fontes para a produo de biodiesel

    OLEAGINOSAS

    - Abacate (Persea americana)

    - Algodo (Gossypium hirsutum)

    - Amendoim (Arachis hypogaea)

    - Canola (Brassica campestris, Brassica napus)

    - Andiroba (Carapa guianensis)

    - Babau (Orbignya martiana e Orbignya oleifera)

    - Dend/Palma (Elaeis guineensis / Elaeis oleifera)

    - Coco (Cocos nucifera)

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    2.

    BIODIESEL

    - Girassol (Helianthus annus)

    - Gergelim/Ssamo (Sesamun indicum)

    - Pinho-Manso (Jatropha curcas)

    - Linhaa (Linun usitatissimum)

    - Macaba (Acrocomia sclerocarpa e Acrocomia intumescens)

    - Buriti (Mauritia exuosa e Mauritia vinifera)

    - Nabo Forrageiro (Raphanus sativus)

    - Pequi (Caryocar brasiliense, Caryocar nuciferum e Caryocar villosum)

    - Soja (Glycine max)

    LEOS RESIDUAIS

    - Esgoto

    - leo de fritura

    GORDURAS ANIMAIS

    - Sebo

    - leo de peixe

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    2.BIODIESEL

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    a temperatura em queo lquido deixa de escoarlivremente.

    FEV.JAN. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.

    LIMITE MXIMO (0C)UF

    SP, MG e MS

    GO, DF, MT, ES e RJ

    PR, SC e RS

    12 12 12 7 3 3 3 3 7 9 9 12

    10 10 7 7 0 0 0 0 0 7 7 10

    12 12 12 10 5 5 5 8 8 10 12 12

    a temperatura em que o

    lquido, por refrigerao,comea a fcar turvo.

    2.2 Principais propriedades fsicas

    - Viscosidade e densidade

    A viscosidade e a densidade so importantes propriedadesuidodinmicas de um combustvel para o funcionamento demotores do ciclo Diesel. Tais propriedades exercem grande

    inuncia na circulao e injeo do combustvel, que no caso dobiodiesel, independentemente de sua origem, assemelham-se as doleo diesel mineral, signicando que necessria a adaptao ou aregulagem no sistema de injeo dos motores.

    - Lubricidade

    O biodiesel, em funo dos steres presentes em sua composio,possui propriedades de lubricao, reduzindo o desgaste de bicose bombas injetoras. O motor exige que o lquido que escoa lubrique

    adequadamente as suas peas em movimento.

    - Ponto de nvoa e de uidez

    Quanto mais o biodiesel resfriado, maior a possibilidade de segelicar e, por m, se solidicar-se.

    Tanto o ponto de uidez quanto o ponto de nvoa do biodiesel variamsegundo a matria-prima que lhe deu origem, assim como o lcoolutilizado na reao de transestericao.

    Por exemplo: o biodiesel produzido a partir de sementes de canolacomea a gelicar a, aproximadamente, 10 C. J o biodiesel produzidoa partir do sebo tende gelicar cerca de 16 C.

    Essas propriedades so consideradas importantes especialmente numpas com dimenses continentais como o Brasil, onde h drsticasvariaes de temperatura de uma regio para outra.

    A tabela a seguir, determinada pela Resoluo no 31/2009, daANP, especica os limites de temperatura (em C) requeridos no

    momento do carregamento/bombeio do combustvel pelo produtore distribuidor a m de evitar problemas de entupimento e uidezdo biodiesel. Sendo esses limites compulsrios para o distribuidordesde 01/01/2010.

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    LEO

    DIESEL

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    2.BIODIESEL

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    Diz respeito temperaturaque um lquido pode inamar

    na presena de uma chamaou fasca.

    um hidrocarbonetoparafnico (alcano) usadocomo padro na avaliaodas propriedades ignitorasdo diesel.

    2.3 Principais propriedades qumicas

    - Teor de enxofre

    Como os leos vegetais e as gorduras de animais no possuem enxofre,o biodiesel possui baixa concentrao desse elemento. Os produtosderivados do enxofre so bastante danosos ao meio ambiente e sade humana.

    - Poder de solvncia

    O biodiesel, constitudo por uma mistura de steres de cidos

    carboxlicos, possui maior poder de solvncia, reduzindo o desgastedo sistema de combustvel por sua ao detergente.

    Indica a quantidade deenergia desenvolvida pelocombustvel, por unidadede massa, quando ele queimado. No caso de umcombustvel de motores,a queima signifca a

    combusto no funcionamentodo motor.

    - Ponto de fulgor

    O ponto de fulgor do biodiesel superior ao do diesel. Isso representaque, em condies normais de transporte, manuseio e armazenamento,o biodiesel menos suscetvel a exploses em relao ao dieselmineral.

    - Poder calorfco

    O poder calorco do biodiesel prximo do poder calorco do leodiesel mineral.

    Porm, com uma combusto mais completa, o biodiesel possui um consumoespecco equivalente do diesel mineral, em funo do ndice de cetano.

    O nmero de cetano mede a qualidade de ignio de um combustvelpara motores diesel. Assim, quanto menor o nmero de cetano maior

    ser o retardo da ignio e, por conseguinte, maior ser a quantidade decombustvel que permanecer na cmara sem queimar no tempo certo,levando a um mau funcionamento do motor.

    Assim como o nmero de cetano, o ndice de cetano est ligado qualidadede ignio. O ndice de cetano determinado pelas renarias a partir doclculo da densidade e da temperatura de destilao de 50% do produto.

    Baixos valores de ndice de cetano geram diculdades de partida a frio,depsito nos pistes e mau funcionamento do motor. Valores altos facilitama partida a frio do motor, permitem seu aquecimento mais rpido, reduzem

    a possibilidade de eroso dos pistes, possibilitam o funcionamento domotor com baixo nvel de rudo, minimizam a emisso de poluentes, entreoutros fatores.

    O ndice de cetano mdio do biodiesel 60, enquanto o do leo dieselmineral entre 48 a 52. Por isso, o biodiesel queima melhor num motordiesel do que o prprio leo diesel mineral.

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    19

    2.

    BIODIESEL

    Por outro lado, solubiliza um grupo muito grande de substncias orgnicas,como as resinas que compem as tintas, por exemplo. Por isso, cuidadosespeciais com o manuseio do biodiesel devem ser tomados, a m de evitardanos pintura dos veculos nas proximidades do ponto ou bocal deabastecimento.

    Alm disso, o biodiesel pode dissolver tambm os sedimentos de origem

    qumica dos tanques, causando contaminao microbiolgica.

    importante ressaltar que em veculos antigos, sem os avanos tecnolgicosatuais, onde se pode vericar, frequentemente, depsito de borra no tanquede combustvel, possvel ocorrer o descolamento da borra em funoda maior lubricidade do biodiesel, causando srios problemas ao motor.Assim, para frotas antigas, recomendada a limpeza nos tanques dosveculos para que o novo combustvel no traga inconvenientes empresa.

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    MISTURA

    DIESEL EBIODIESELDe acordo com a Resoluo n

    o

    42/2009, j mencionada anteriormente, osleos diesel de uso rodovirio so classicados em A e B.

    O leo diesel A um combustvel isento de biodiesel. O leo diesel B, dife-rentemente, um combustvel com adio de biodiesel.

    Assim, a mistura entre o biodiesel e o diesel mineral conhecida, mundial-mente, pela letra B, mais o nmero que corresponde quantidade de bio-diesel na mistura. Por exemplo: B2, B5, B20 e B100 so combustveis comuma concentrao de 2%, 5%, 20% e 100% de biodiesel, respectivamente.

    No Brasil, em 1 de janeiro de 2008, ocorreu a adio de 2% de biodieselao diesel (B2). Em 1 de julho de 2009, foi adicionado 4% de biodiesel(B4) ao diesel e, desde 1 de janeiro de 2010, a mistura B5 vendida emtodos os postos.

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    Assim, todo o leo diesel nacional disponvel ao consumidor nal acres-cido de biodiesel. Essa mistura denominada leo diesel B e, atualmente,contm 5% de biodiesel.

    3.1 Problemas relacionados mistura

    A adio de biodiesel ao diesel traz uma srie de benefcios, mas tambmpode potencializar problemas.

    Estudos demonstram que quanto maior o teor de biodiesel, maior abiodegradabilidade que, como consequncia, altera as propriedades fsicas

    e qumicas com a produo de slidos visveis.

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    3.MISTURA

    DIESELE

    BIODIESEL

    3.1.1 Contaminao microbiolgica

    Entre os combustveis derivados do petrleo, o diesel um dos maissuscetveis presena de sedimentos de origem biolgica e qumica, e aadio do biodiesel agrava ainda mais essa condio.

    A formao de sedimentos biolgicos est relacionada s seguintes

    condies: presena de gua; presena de nutrientes e de populaomicrobiana; tempo de estocagem; presena de oxignio, variao detemperatura e pH.

    a) Presena de gua

    A gua surge continuamente nos estoques de leo diesel B. O ar que entrano tanque pelo bocal de respirao, se condensa e forma gua livre. Elapode vir tambm dos tanques que transportam o leo diesel B da renariaat o consumidor nal. Em mdia o leo disel B pode passar por 4 a 8

    tanques e em todos esses tanques h possibilidade de conter algumagua, caso a transportadora no tenha tomado os devidos cuidados.

    A gura a seguir demonstra o modo pelo qual a gua pode penetrar nocombustvel.

    Posto de AbastecimentoCONDENSADA = LIVRE

    Condensao nas

    paredes do tanque

    Sistema de vedao

    com algum defeito

    A presena de gua desencadeia o desenvolvimento microbiano. A

    concentrao de apenas 1% em um sistema de armazenamento suciente para o crescimento de micro-organismos.

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    3.

    MISTURA

    DIESELE

    BIODIESEL

    Quantidade total dematria viva existente

    numa populaomicrobiana.

    A gua pode estar presente em um tanque de armazenamento sob trsformas, conforme mostra a gura abaixo:

    Combustvel

    gua

    Combustvel

    Biomassa

    gua

    A

    B

    C

    Os tanques de armazenamento que apresentam contaminao soidenticados pela presena de uma fase aquosa e uma fase oleosa, cujomonitoramento deve ser feito de forma especca e separadamente.

    Na gura a seguir, possvel notar a formao de biomassa microbianapor contaminao no B5 e no B2, sendo mais intensa no B5.

    A - Dispersa como microgotgula dispersa no combustvel - GOTCULAB - Emulso na interface leo-gua - EMULSIONADAC - gua de lastro - LIVRE

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    3.MISTURA

    DIESELE

    BIODIESEL

    b) Presena de nutrientes e populao microbiana

    Para que o processo de biodegradao se desenvolva necessrioque no sistema de armazenagem existam micro-organismos comcapacidade de utilizar o diesel e/ou biodiesel como fonte de carbono.

    A populao microbiana com competncia para degradar o leo

    diesel B pode entrar pelo sistema de ventilao ou de bombeamento,pois os micro-organismos esto presentes no ar, no solo e na gua eat mesmo no prprio diesel.

    c) Tempo de estocagem

    O tempo de estocagem tambm outra importante varivel queinuencia diretamente na qualidade do combustvel.

    Quanto maior o perodo de estocagem, maior ser a deterioraodo leo diesel B. recomendvel que a mistura permanea por, nomximo, 30 dias em estoque. A partir desse perodo, seu uso s recomendado somente aps anlise.

    Estudos demonstram que, estocado por muito tempo, mais oxidadoo leo diesel B se torna e mais gua absorve, aumentando suaviscosidade e seu ndice de acidez.

    Os grcos abaixo demonstram o crescimento da biomassa em funo dotempo de estocagem.

    Decomposio parcialou completa de um

    composto orgnico, pormicro-organismo.

    d) Presena de oxignio, variao de temperatura e pH

    A presena de oxignio em tanques comum e pode ocorrer durantea reposio do combustvel ou pelo sistema de ventilao. O oxigniotambm causa o crescimento microbiano.

    Uma populao microbiana, ao encontrar condies adequadas

    de gua e nutrientes, capaz de se desenvolver em um tanque dearmazenamento em uma ampla faixa de temperatura que pode variarentre 4C e 60C.

    Tempo (dias)

    Biomassa(mg)

    80

    60

    40

    20

    20 40 60 800

    0 100

    Controle B5B2

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    MISTURA

    DIESELE

    BIODIESEL

    3.1.2 Oxidao

    Em funo de sua degradabilidade, o leo diesel B tende a se oxidar napresena de luz, calor, umidade, ar atmosfrico e metais.

    Uma das consequncias da oxidao o aumento de viscosidade, resultandoem reaes que levam a formao de gomas (ou compostos polimricos) ede sedimentos, acarretando o entupimento de ltros e sistemas de injeo.

    Quanto maior o tempo de contato com oxignio, gua e impurezas, maiorser a oxidao do leo diesel B.

    uma caracterstica detodas as substncias,

    determinado pelaconcentrao de ons

    de Hidrognio (H+). Osvalores variam de 0 a 14,

    sendo que valores de 0 a 7so considerados cidos;

    valores em torno de 7 soneutros; e valores acima de7 so denominados bsicosou alcalinos. Quanto menor

    o pH de uma substncia,maior a concentraode ons H+ e menor a

    concentrao de ons OH.

    O pH do leo diesel B pode variar de acordo com sua composio,concentrao de sais, metais, cidos, bases e substncias orgnicase da temperatura.

    A faixa de pH ideal para o leo diesel B aquela prxima neutralidade.A medio do pH indispensvel no controle da qualidade do leodiesel B, pois um teste que indica se o combustvel se encontra em

    fase de deteriorao.

    O leo diesel B com pH acima de 8 indica a presena de soda,resultante de uma limpeza malfeita no sistema de armazenagem,impactando na ecincia da queima do combustvel no motor. J o pHinferior a 6, indica que h presena de cidos que causam a corrosode elementos metlicos e a formao de gomas e depsitos.

    Por sua estrutura molecular, o biodiesel mais suscetvel absorode oxignio. Assim, pequenas variaes de temperatura e de pHalteram com maior facilidade a especicao do biodiesel do que a

    do diesel mineral.

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    DIESELE

    BIODIESEL

    A imagem a seguir demonstra que quanto maior o tempo de estocagem,mais turvo o leo diesel B tende a se tornar em funo de reaes oxidativas.

    3.1.3 Deteriorao e impurezas

    A instabilidade e o baixo teor de enxofre no biodiesel (que o torna maissuscetvel degradao) provocam reaes qumicas com a liberao decompostos que causam sua deteriorao deixando, o combustvel turvo eformando material insolvel.

    Os monoglicerdeos presentes no biodiesel podem formar gomas insolveis

    que causam o bloqueio dos ltros, bombas e outros equipamentos. O teorde monoglicerdeos est diretamente relacionado ao tipo de matria-prima utilizada na fabricao da mistura. O sebo bovino, por exemplo, rico em monoglicerdeos saturados. Portanto, possui maior facilidade paraproduzir gomas insolveis e, consequentemente, entupir bombas e ltros.

    3.2 Medidas de segurana para proteger o meioambiente e a sade humana

    Conforme a Portaria no014/2000 da ANP, a ocorrncia de derramamentos,

    exploses ou incndios que resultem em danos ambientais ou suspensodas atividades das empresas envolvidas com o sinistro por mais de 24 horas,deve ser comunicada a ANP, ao Departamento Nacional de Combustveis edemais autoridades, num prazo mximo de 12 horas.

    90 dias60 dias

    30 dias

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    Se os procedimentos e as medidas de segurana referentes ao transporte,recebimento e armazenamento do leo diesel B que sero detalhadosmais adiante no forem observados, podem ocorrer imprevistos comoincndios, derramamentos ou vazamentos do combustvel, provocandodanos ao meio ambiente.

    No ar, por exemplo, o leo diesel B provoca cheiro caracterstico e

    desagradvel. Em contato com a gua, forma uma pelcula, moderadamentetxica para a vida aqutica. O derramamento do leo diesel B pode causarmortandade dos organismos aquticos e prejudicar a vida selvagem,particularmente das aves. Tambm pode transmitir caractersticasindesejveis gua, impossibilitando o seu uso.

    Alm disso, ocorrncias anormais podem afetar o solo e, por percolamento,degradar e contaminar o lenol fretico.

    Por isso, importante conhecer algumas aes a serem tomadas durante o

    manuseio do combustvel e em casos de emergncia explicitadas a seguir.a) Manuseio

    O leo diesel B um produto moderadamente txico, inamvel e apresentaum limite de tolerncia no ambiente de trabalho de 5 mg/m3.

    Para evitar danos sade humana durante o manuseio do combustvel,algumas precaues, listadas a seguir, devem ser tomadas.

    Manipular o leo diesel B somente em locais abertos e ventilados.

    Atividades que geram nvoas do produto tambm devem serefetuadas em locais ventilados ou com ventilao exaustora quemantenha a concentrao abaixo do limite de tolerncia citado.

    Evitar a inalao de nvoas, fumos, vapores e gases da combustodo leo diesel B. Caso seja necessrio permanecer em local com altaconcentrao de vapores do combustvel, usar mscara respiratriaadequada, como a mscara com ltro para vapores orgnicos.

    Evitar contato do produto com os olhos. Em atividades com risco de

    respingos, usar culos ou protetor facial.

    Evitar contato com a pele (no usar leo diesel B para lavar qualquerparte do corpo). Em atividades que demandam contato do leo comas mos, usar luvas de PVC.

    No engolir o leo ou permitir contato com a boca. Utilizar equipamentoapropriado toda vez que necessitar succionar o produto de tanques,tambores etc.

    No guardar leo diesel B em residncias ou deixar ao alcance decrianas e de animais domsticos.

    A exposio dos seres humanos ao leo ou a seus vapores pode provocarefeitos indesejveis, tais como: irritao das vias areas superiores e

    Capacidade do lquido deatravessar um meio slido.

    Nesse caso, o solo.

    Para cada 1m3 tolervel5 mg de leo diesel B em

    suspenso. Esse valor o limite de tolernciapara exposio durante

    8 horas dirias ou

    40 horas semanais

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    dos olhos; leses irritativas na pele (o contato prolongado pode provocardermatite); dor de cabea; nuseas e tonturas; pneumonia qumica (seaspirado at os pulmes).

    Na ocorrncia de acidentes envolvendo pessoas, as providncias abaixodevem ser adotadas.

    Em caso de inalao, remover a vtima para ambiente fresco eventilado, mantendo-a quieta e agasalhada. Se houver paradarespiratria, ministrar respirao articial. Encaminhar a vtima aomdico.

    Se o leo diesel B entrar em contato com a pele, as roupascontaminadas devem ser tiradas; os locais atingidos no podem serfriccionados, mas lavados com gua e sabo.

    Se houver contato do leo diesel B com os olhos, no friccion-los.

    Lavar os olhos em gua corrente por 15 minutos e encaminhar avtima ao oftalmologista.

    No caso de ingesto, vmitos no podem ser provocados para evitarque o leo seja aspirado at os pulmes. Se a vtima estiver consciente,deve ingerir gua e ser encaminhada ao mdico.

    b) Emergncias

    Derramamento ou vazamento

    Eliminar todas as fontes de ignio, evitar fagulhas, chamas e nopermitir que fumem na rea afetada.

    No direcionar o derramamento para quaisquer sistemas de drenagempblica.

    Evitar contaminao de cursos-dgua e mananciais.

    Sendo o vazamento pequeno, absorver o leo diesel B com terra ououtro material absorvente no combustvel. O material absorvente

    contaminado deve ser colocado em tambores e encaminhado paraaterramento ou incinerao, com o conhecimento e permisso dorgo ambiental local.

    No caso de grande derramamento, tomar todas as providncias paraconnar o produto e evitar que ele se espalhe por reas mais amplas,o que aumenta os riscos e o impacto ambiental. Depois, o leo dieselB deve ser recolhido para posterior tratamento e disposio nal,o que deve ser feito com a orientao e o consentimento do rgoambiental.

    No caso de contaminao ou iminncia de contaminao, de guassuperciais, mananciais, solos e o meio ambiente em geral, contataro rgo ambiental local.

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    3.

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    DIESELE

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    Incndio

    O leo diesel B um produto inamvel, e todas as providncias necessriaspara impedir a ocorrncia de incndios devem ser adotadas.

    Evitar derramamentos ou vazamentos do produto.

    Evitar a exposio do produto ao calor e chamas expostas.

    Adotar todos os cuidados que visem maximizar as condies desegurana durante o transporte, armazenamento, manuseio e uso.

    Para debelar incndio com leo diesel B, usar os seguintes extintores:CO

    2, p qumico ou espuma para hidrocarboneto. No caso de pequeno

    incndio, pode-se usar terra.

    No usar gua. Asperso de gua somente deve ser usada pararesfriamento de tanques de armazenagem, veculos, equipamentose instalaes prximas ao local da ocorrncia. Todo cuidado deveser tomado para que a gua no caia diretamente sobre o leo queestiver envolvido com o acidente, pois isso traz risco de o fogo serespalhado para regies vizinhas, aumentando a rea de incndio.

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    LEO DIESELPRESERVAO DA

    QUALIDADE DOLEO DIESEL B

    FSICO QUMICONo Tanque No Combustvel

    No Combustvel

    Limpeza Antioxidantes

    Filtragem

    Drenagem peridica Biocidas

    Conservantes que impedem o

    ataque de fungos e bactriasa todo o tipo de materialorgnico.

    Existem basicamente dois mtodos para prevenir a degradao do leo

    diesel B: o fsico e o qumico.

    O fsico consiste na limpeza, drenagem dos tanques e ltragem docombustvel. O qumico, na utilizao de antioxidantes e biocidas, usadosnos EUA e na Europa, ainda no homologados no Brasil.

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    A partir deste ponto, sero apresentados procedimentos e medidas desegurana relacionados, especialmente, ao mtodo fsico e que devem seradotados para prevenir a deteriorao do leo diesel B no que diz respeitoao transporte, recebimento, armazenamento e uso no veculo.

    importante ressaltar que alguns procedimentos so regulamentados porreferncias normativas. Nesse sentido, importante que as normas emvigor no Brasil sejam, sempre, observadas e cumpridas.

    4.1 TransporteDe acordo com a Resoluo no07/2008, da ANP, o leo diesel B deve sairda usina com um mximo de 500 (ppm) partes por milho de volume degua dissolvida. Porm, se o combustvel entrar em contato com umidade,esse ndice pode rapidamente ultrapassar os 500 ppm.

    Mesmo quando sai das usinas, conforme especicao da ANP, emcondies imprprias, poder ser contaminado, como tambm ter seundice de umidade elevado.

    Por isso, a preservao da qualidade do leo diesel B comea no momentode seu transporte.

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    4.

    PRESERVAO

    DA

    QUALIDADEDO

    LEO

    DIESELB

    32

    1 .000.000 L de leo diesel B 5 L de gua

    =

    O tanque do caminho, trem, balsa ou navio requer atenoespecial e precisa estar totalmente limpo, tanto externa quantointernamente. Isso imprescindvel para que no haja riscos de

    contaminao, vazamento ou derramamento do produto.

    Uma inspeo visual no combustvel importanteno momento do recebimento. Conforme orientao

    da Resoluo n42/1999 da ANP, assim que ocaminho-tanque chegar, deve ser retirada umaamostra de 0,9 litros do leo diesel B, coletada

    diretamente do tanque em uma proveta de vidrotransparente de 1 litro, a fim de verificar se h

    impurezas como gua e material estranho.

    Os cuidados dispensados no ato do recebimento,antes da descarga do combustvel nos tanques

    de armazenagem, so fundamentais para amanuteno da qualidade do leo diesel B.

    O caminho precisa ficar parado, pelo menos, por cinco

    minutos antes de iniciar a operao de descarga. Esse

    Se possvel, o caminho deve

    ser estacionado em uma

    rampa com inclinao para o

    lado dos bocais dedescarregamento.

    Posto de combustvel

    5 min

    A Resoluo n 07/2008, da ANP, oleo diesel B deve sair da usina comum mximo de 500 (ppm) partes pormilho de volume de gua dissolvida.

    PROCEDIMENTOS QUE DEVEM SER ADOTADOSPARA PREVENIR A DETERIORAO DO LEO DIESEL B

    1

    3

    4

    2

    tempo de repouso necessrio para

    que a gua ou outras impurezas

    existentes sejam depositadas no

    fundo do tanque e removidas por uma

    etapa de drenagem.

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    3333

    4.

    PRESERVAO

    DA

    QUALIDADEDO

    LEO

    DIESELB

    5

    7

    No local onde a carga ou a descarga so realizadas, extintores (ououtros equipamentos de extino apropriados) devem estar disponveis

    em nmero suficiente, no caso de um combate a incndio.

    O trnsito de pessoas

    ou de veculos no

    local onde as

    operaes estosendo realizadas no

    deve ser permitido.

    Recomenda-se que sejam

    usados tanques de dupla

    camada de ao carbono, ao

    inox ou alumnio, em funo da

    incompatibilidade com outros

    materiais.

    A instalao dos tanques, areos ou subterrneos, deveser feita com inclinao apropriada que permita a

    verificao peridica e a drenagem de toda e qualquerquantidade de gua.

    MXIMO

    MNIMO

    E F

    Os tanques devem ser mantidos

    cheios o mximo possvel para

    reduzir a presena de oxignio

    e vapor-dgua.

    Recomenda-se que o leo seja estocadopor no, mximo, um ms, evitando a

    presena do combustvel velho.

    6

    8Durante a drenagem, o tanque no podeestar em operao, ou seja, em processo

    de recebimento ou transferncia decombustvel para consumo.

    Efetuar a limpeza ou troca do

    tanque em veculos muito antigos,

    pois o leo diesel B pode trazerimpurezas ao motor.

    A drenagem deve ser realizada antes dorecebimento de um novo combustvel,algumas horas depois do recebimento,imediatamente antes do incio dobombeamento e durante o armazenamento.

    9

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    4.

    PRESERVAO

    DA

    QUALIDADEDO

    LEO

    DIESELB

    34

    O leo diesel B S50 ouS10, so ligeiramente maissolventes que o S500. Ostanques que receberoesses combustveisdevero efetuar umalimpeza criteriosa.

    4.1.1 Procedimentos

    Para evitar qualquer tipo de incidente e preservar a qualidade do produtoentregue ao consumidor nal, os procedimentos indicados a seguir devemser observados durante o transporte do leo diesel B.

    O tanque do caminho, trem, balsa ou navio requer ateno especial

    e precisa estar totalmente limpo, tanto externa quanto internamente.Isso imprescindvel para que no haja riscos de contaminao.

    Se o tanque foi utilizado para o transporte de gasolina ou lcoolanteriormente, a limpeza deve ser feita com cuidado. Caso o tanque jtenha sido usado para transportar leo vegetal, solvente, lubricante,surfactante ou produto custico, o leo diesel B no poder sertransportado.

    A rinsagem, ou a vaporizao do leo diesel B so processos que

    garantem a total eliminao de gua. Ambos podem ser feitosacoplando-se uma bomba de alta presso a um cabeote rotativo deejeo que garanta a asperso do combustvel em toda a superfcieinterna do tanque. Aps passarem por um desses processos, o leodiesel B deve ser descartado.

    Os bocais e as mangueiras devem estar limpos e protegidos antes eaps o enchimento do tanque.

    Conexes, vlvulas, telas, ltros ou tubulao de cobre, bronze ou

    lato no devem ser utilizados em qualquer etapa: do transporte aoabastecimento.

    O tanque deve ser mantido o mais cheio possvel visando eliminarbolses de ar.

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    4.

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    DA

    QUALIDADEDO

    LEO

    DIESELB

    4.2 Recebimento

    Os cuidados dispensados no ato do recebimento, antes da descarga docombustvel nos tanques de armazenagem, so fundamentais para amanuteno da qualidade do leo diesel B.

    4.2.1 Procedimentos

    Em primeiro lugar, fundamental conferir o lacre do caminho, o certicadode anlise emitido pela distribuidora e a nota scal. Caso qualquer umdesses itens apresente problemas, a distribuidora deve ser comunicadaimediatamente. Isso evitar o recebimento de produto adulterado.

    Durante a descarga, os procedimentos listados a seguir devem ser adotados.Assim, ser possvel evitar a contaminao do leo diesel B e garantir aqualidade esperada.

    Se possvel, o caminho deve ser estacionado em uma rampa cominclinao para o lado dos bocais de descarregamento. Ele precisacar parado, pelo menos, por cinco minutos antes de iniciar aoperao de descarga. Esse tempo de repouso necessrio para quea gua ou outras impurezas existentes sejam depositadas no fundodo tanque e removidas por uma etapa de drenagem.

    Uma inspeo visual no combustvel importante no momento dorecebimento. Conforme orientao da Resoluo no42/1999 da ANP,assim que o caminho-tanque chegar, deve ser retirada uma amostrade 0,9 litros do leo diesel B, coletada diretamente do tanque em

    uma proveta de vidro transparente de 1 litro, a m de vericar se himpurezas, como gua e material estranho, em repouso no fundo ouem suspenso (ferrugem, borra, material arenoso etc.), como tambmse a cor do produto est alterada em relao sua cor caracterstica.

    4.1.2 Medidas de segurana

    Os veculos utilizados devem oferecer perfeitas condies de segurana.O Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial(Inmetro) o rgo responsvel pela avaliao dos equipamentos, quedeve ser feita em intervalos de, no mximo, um ano.

    Outras medidas so fundamentais para assegurar o transporte do leodiesel B, tais como:

    A carroceria e demais dispositivos do veculo devem estar emcondies de garantir a segurana da carga do combustvel, para queno haja riscos de vazamento ou derramamento do produto.

    O tanque para o transporte rodovirio do leo diesel B deve ser testadoe inspecionado conforme regulamentao do Inmetro em vigor.

    O leo diesel B, por se tratar de um produto perigoso, deve seguir aregulamentao especca de transporte para esse tipo de produto.

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    4.

    PRESERVAO

    DA

    QUALIDADEDO

    LEO

    DIESELB

    36No caso de impurezas visveis, o leo diesel B deve ser ltrado. Napresena de gua, deve repousar para ser drenado.

    A densidade do combustvel tambm deve ser vericada. O teste dedensidade pode ser feito com a mesma amostra utilizada na inspeovisual. O teste de densidade, conforme NBR 7148 e NBR 14065 daABNT, e as tabelas de converso para 20oC encontram-se disponveis

    em: www.cntdespoluir.org.br

    Caso a densidade se encontre fora dos padres especicados, adistribuidora dever ser comunicada.

    Ainda com a mesma amostra, vericar o pH do combustvel recebidopor meio de teste especco. Ressalta-se que a faixa de pH ideal parao leo diesel B aquela prxima neutralidade, ou seja, de 6,5 a 7,5.Caso o pH se encontre fora da faixa ideal, o combustvel pode estarem fase de deteriorao e a distribuidora dever ser comunicada.

    Os tanques devem ser checados (principalmente no fundo) antes dadescarga do combustvel para vericar se esto isentos de gua.

    O motorista deve ser avisado sobre os tanques que recebero oproduto.

    Os bocais podem estar impregnados de poeira que, se arrastadapara dentro do tanque de armazenamento, contaminar o produto,impossibilitando seu uso sem prvia ltrao. Por isso, antes deiniciar a descarga, deve ser providenciada a limpeza de cada bocal por

    onde passar o leo diesel B (da mangueira, do caminho e do tanquerecebedor), usando anela ou trapo de tecido. O uso de estopa no aconselhvel, pois solta apos que podem contaminar o produto.

    As mangueiras no devem car no cho alm do tempo necessriopara evitar o contato com gua ou lama.

    Em poca de chuva, necessrio todo o cuidado para evitar acontaminao do produto com gua. Uma alternativa cobrir comlona apropriada a boca de descarga do tanque de armazenagem.

    Uma lista de vericao no recebimento do leo diesel B foi elaboradapara facilitar a aplicao dos procedimentos recomendados. A lista estdisponvel no Anexo II e, tambm, no site www.cntdespoluir.org.br.

    4.2.2 Medidas de segurana

    As operaes de carga e descarga do leo diesel B devem ser feitas semprecom o veculo desligado e com o freio de mo acionado.

    Alm disso, outros cuidados bsicos so necessrios.

    preciso providenciar o aterramento adequado do veculo antesdas operaes de carga e descarga. O o terra deve ser ligado,

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    4.3 Armazenamento

    A manuteno da qualidade do leo diesel B durante o armazenamento

    comea pela escolha do tanque.

    O leo diesel B incompatvel com cobre, chumbo, cdmio, estanho,titnio, zinco, aos revestidos, bronze, lates, ligas metlicas que contmesses metais e aos galvanizados. Assim, recomenda-se que sejam usadostanques de dupla camada de ao carbono, ao inox ou alumnio.

    Quanto sua disposio fsica, os tanques podem ser areos ousubterrneos.

    Os tanques areos, em relao aos subterrneos, possibilitam um maiorcontrole de estoque e estanqueidade (vedao), assim como maiorfacilidade na realizao da drenagem, limpeza e manuteno.

    Por outro lado, so suscetveis ao de intempries como sol, temperatura,poeira e umidade. Alm disso, os tanques areosnecessitam de espao fsico para sua instalao,fato que, muitas vezes, representa um entravepara sua utilizao.

    No caso de tanques areos, horizontais ouverticais, recomendvel adotar procedimentosimportantes para a segurana e a manutenoda qualidade do leo diesel B, tais como:

    primeiro, ao ponto de aterramento disponvel na instalao, onde oproduto ser carregado ou descarregado e, por ltimo, no caminho.

    Derramamentos ou vazamentos do leo diesel B devem ser evitados,mesmo que em pequenas quantidades.

    Fumar, usar chama exposta ou fazer servios de solda, prximo ao

    local de carga e descarga do leo diesel B devem ser terminantementeproibidos para evitar a ocorrncia de incndios.

    O trnsito de pessoas ou de veculos no local onde as operaes estosendo realizadas no pode ser permitido.

    No local onde a carga ou a descarga so realizadas, extintores(ou outros equipamentos de extino apropriados) devem estardisponveis em nmero suciente, no caso de um combate a incndio.

    Prossionais devidamente treinados e capacitados devem estarpresentes no momento da carga ou descarga para combater incndios econter vazamentos.

    O nmero do telefone do Corpo de Bombeiros mais prximo precisaestar em local visvel a m de que seja acionado logo aps o incio dequalquer incndio ou vazamento.

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    38no usar teto utuante, uma vez que permite a entrada de guaem pocas de chuva, viabilizando a ao dos micro-organismos e,consequentemente, a deteriorao do combustvel;

    dotar os tanques de vlvulas que facilitem a operao de drenagemtotal da gua;

    instalar diques nos locais onde esto os tanques para que formemuma bacia de conteno do produto ou canais de fuga que conduzampara uma bacia de conteno a distncia.

    A adoo de tanques subterrneos, por outro lado, otimiza espao econfere proteo a intempries, sobretudo no que diz respeito variaode temperatura, nociva ao leo diesel B.

    Entretanto, sua manuteno, limpeza, drenagem, controle de corroso evazamentos so mais difceis e onerosos, o que faz com que a sua utilizao

    requeira cuidados especiais para que no que em ms condies.Ao usar tanques subterrneos, destaca-se a observao das seguintesrecomendaes:

    executar teste de estanqueidade antes de instalar o tanque. Somenteinstalar se nenhum vestgio de vazamento for detectado;

    dotar os tanques de ao carbono de um sistema de proteo adicionalcontra o ataque corrosivo do solo;

    providenciar para que a tampa de acesso boca dedescarga apresente um desnvel na altura de cerca de10 centmetros a mais em relao ao piso para evitarque a gua de chuva, de lavagem de veculos ou delavagem do piso entre nos tanques e contamine oproduto;

    adotar um eciente controle de estoque para evitarvazamentos, por meio de furos dos tanques etubulaes, ou entrada de gua. Neste caso, o tanque e

    as tubulaes devem ser devidamente inspecionadose, se for o caso, substitudos;

    estabelecer uma rotina de execuo peridica de testes de estanqueidadenos tanques enterrados. Isso garantir a deteco de pequenosvazamentos, normalmente no detectveis pelo controle de estoque.

    A instalao dos tanques, areos ou subterrneos, deve ser feita cominclinao apropriada que permita a vericao peridica e a drenagemde toda e qualquer quantidade de gua. Tal inclinao importante parafacilitar a limpeza peridica dos tanques e deve ser programada de modoque seu ponto mais baixo esteja localizado na regio da boca de descargade produto (para os areos), ou onde for instalada a bomba de suco(para os subterrneos).

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    4.3.1 Procedimentos

    Para que o leo diesel B seja armazenado adequadamente, devem

    ser adotados procedimentos que preservem sua qualidade durante aestocagem, como os detalhados a seguir.

    a) Limpeza

    Antes de receber o combustvel, tanques, tubulaes, bombas e ltrosdevem ser lavados, e o leo diesel B deve circular por todo o sistema,em volume adequado para carrear resduos remanescentes. Emseguida, deve-se drenar todo o volume circulado de forma a prepararo tanque para o recebimento do produto.

    O volume de leo diesel B utilizado na limpeza pode ser reaproveitadopara lavar peas e equipamentos usados na manuteno.

    b) Inspeo

    Os procedimentos de inspeo devem ser realizados periodicamentee consistem na checagem da perfeita vedao da tampa da boca dedescarga, averiguao da desobstruo dos suspiros, vericao dapresena de gua e avaliao do estado de conservao do interiordos tanques.

    c) Monitoramento

    Uma rotina de anlise e monitoramento dos elementos ltrantes deveser realizada.

    O aparecimento de carepas (placas de ferrugem) um indicativo deque h corroso interna do tanque. Trocas dos elementos ltrantesrealizadas com frequncia inferior ao especicado pelo fabricantedemonstram problemas com a qualidade do leo diesel B ou no

    circuito que contempla o sistema de armazenagem.

    Deve ser feito controle do registro da constncia dessas trocas a mde assegurar a rastreabilidade de eventuais problemas provenientesde armazenagem ou qualidade do leo diesel B decitria.

    necessrio, ainda, adotar um efetivo controle de variveis, como:cor, densidade, temperatura e pH. Os procedimentos de anlise dessasvariveis devem ser feitos como descritos no item 4.2 Recebimento.

    Esses controles so simples e de fundamental importncia para apreservao da qualidade do leo diesel B ao longo do perodo deestocagem. Alteraes percebidas em qualquer um destes indicadorespodem sinalizar combustvel com qualidade comprometida.

    A boca de descarga, de medio ou de visita do tanque, seja ele subterrneoou areo, deve estar sempre bem fechada e vedada quando no estiversendo utilizada.

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    Faixas Programveis

    SobreenchimentoNvel Alto

    Altura do Produto

    Carga Necessria (Novo pedido)

    Nvel Baixo

    Alarme de nvel alto de gua

    Advertncia de nvel alto de gua

    Recomenda-se que todo cuidado seja adotado no momento doenchimento do tanque. Isso evitar derramamentos ou, em caso detransferncia do combustvel armazenado, que ele murche.

    Alm dos procedimentos descritos, recomendado que o leo diesel

    B seja estocado por, no mximo, um ms, evitando a presena decombustvel velho. Os tanques devem ser mantidos cheios o mximopossvel para reduzir a presena de oxignio e vapor-dgua, e nodevem ser expostos a temperaturas elevadas.

    O volume e a altura do combustvel e da gua, assim como a quantidadede leo diesel B necessria para encher o tanque, tambm devem sermonitorados.

    As variveis citadas inuenciam diretamente no uxo de abastecimentoe na qualidade do combustvel estocado.

    Um controle eciente pode ser feito por rguas de medio, sondase sensores.

    A rgua um instrumento de medio direta para nvel, tendo comoreferncia a posio do plano superior da substncia medida. Utilizadapara medio de volume e altura do combustvel, tambm pode serusada para checar a presena de gua no fundo dos tanques, comoser explicado mais adiante.

    Os sensores so instrumentos que servem para medir temperatura,

    volume e altura do combustvel e da gua, assim como a quantidade deleo diesel B necessria para encher o tanque. Podem emitir alarmessonoros para detectar nveis de combustvel, sendo importantes,tambm, durante o processo de carga e descarga, uma vez quepermitem assegurar com preciso o volume necessrio para completaro tanque ou seu completo esvaziamento.

    As sondas, como mostra a gura a seguir, so instrumentos demonitorao eletrnica que controlam os nveis de volume evazamento de leo diesel B e tambm podem realizar teste deestanqueidade do tanque, permitindo uma viso gerencial de todas

    as variveis que impactam no abastecimento.

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    Estabelece as disposiesregulamentares sobre o

    armazenamento, manuseioe transporte de lquidos

    combustveis e inamveis,

    objetivando a proteo dasade e a integridade fsica

    dos trabalhadores em seusambientes de trabalho. Afundamentao legal qued embasamento jurdico

    existncia dessa NR, oinciso II, do artigo no 200,

    da Consolidao das Leis doTrabalho (CLT).

    4.3.2 Medidas de segurana

    Conforme a Norma Regulamentadora (NR) 20, do Ministrio do Trabalho eEmprego, para efeito de armazenamento, o leo diesel classicado comolquido inamvel de classe I (exceto o diesel martimo, que se enquadracomo lquido inamvel de classe II).

    Portanto, o armazenamento do leo diesel B requer providncias nosentido de garantir um bom nvel de segurana para as instalaes de umaempresa, para as pessoas que nela trabalham e para o meio ambiente.

    Nesse sentido, o local onde esto instalados os tanques areos, horizontaisou verticais, deve ter diques que formem uma bacia de conteno do leodiesel B, ou canais de fuga que conduzam para uma bacia de conteno adistncia.

    Para tanto:

    o tamanho da bacia de conteno deve ter capacidade para suportar,no mnimo, o volume do leo diesel B contido nos tanques dearmazenamento;

    o dique deve possuir escadas que permitam acesso bacia de contenoe ser construdo conforme previsto nas normas legais vigentes;

    as distncias mnimas de segurana previstas nas normasregulamentadoras devem ser plenamente atendidas;

    os tanques de leo diesel B no devem estar localizados na mesmabacia de conteno onde se armazenam produtos aquecidos, comoasfaltos e leos combustveis residuais.

    Quanto aos tanques subterrneos, ressalta-se a importncia que tenhamproteo adicional contra o ataque corrosivo do solo. As opes para essaproteo so:

    proteo galvanizada, ligando os tanques a anodos de sacrifcio(anodos de zinco, por exemplo);

    sistema de proteo por corrente impressa, que energiza os tanquespor meio de uma corrente de baixa intensidade, transformando-osem catodo e impedindo que sejam corrodos.

    Assim protegidos, os tanques tero sua corroso minimizada. O processocorrosivo indesejvel, pois reduz a vida til dos tanques, provocando oaparecimento de furos que levam perda do produto e contaminao dolenol fretico. H empresas especializadas para a instalao desse tipo deproteo que devem ser consultadas.

    Tanto nos tanques areos quanto nos subterrneos, cuidados bsicospodem minimizar a possibilidade de ocorrncia de incndios durante oarmazenamento do leo diesel B, tais como:

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    4.4. Drenagem

    A gua um dos principais contaminantes do leo diesel B. Sua presenadesencadeia o desenvolvimento microbiano, gerando graves consequncias,

    como j mencionado anteriormente.

    Por isso, a adoo de uma rotina rigorosa de drenagem traz grandesbenefcios, pois elimina grande parte dos problemas mais frequentes, almde permitir a avaliao do estado de conservao do interior do tanque eda qualidade do combustvel. Alm do mais, no resulta em maiores custospara a empresa.

    O processo de drenagem consiste em retirar o excesso de gua acumulada edeve ser realizado em vrios momentos: antes do recebimento de um novocombustvel, algumas horas depois do recebimento, imediatamente antesdo incio do bombeamento do combustvel e durante o armazenamento.

    evitar a exposio do produto a chamas expostas, colocando placasque alertem para que no se fume no local de armazenagem;

    adotar equipamento eltrico somente nas instalaes dearmazenagens que sejam prova de exploso. O aterramento eltricodos tanques de armazenamento deve ser providenciado, e inspeesperidicas devem ser realizadas de modo a garantir que a resistncia

    eltrica entre o tanque e a terra seja inferior a 10 OHMS (maioresinformaes podem ser encontradas na NR 10);

    ter disponvel sistema de proteo e combate a incndios e pessoasdevidamente treinadas e capacitadas para atuar em casos de emergncias.

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    4.4.1 Procedimentos

    A frequncia da drenagem varia conforme a capacidade de armazenamentodo tanque. Em tanques com at 100.000 litros de combustvel, a drenagemdeve ser feita todos os dias, de preferncia pela manh. Conforme asdimenses e a capacidade do tanque, o combustvel precisa car emrepouso de 30 a 60 minutos para que a gua seja separada do combustvel.

    Os tanques com mais de 100.000 litros devem ser drenados entre duase trs vezes por semana, respeitando-se, tambm, o repouso de 30 a 60minutos para decantao. Entretanto, independentemente da capacidade, nomomento da drenagem, o tanque no pode estar em operao, ou seja, emprocesso de recebimento ou de transferncia de combustvel para consumo.

    Nos lugares em que a umidade relativa do ar for muito alta ou ondeexistam grandes variaes de temperatura ser indispensvel controlardiariamente os tanques.

    O procedimento de drenagem em tanques areos e em tanquessubterrneos distinto.

    Em tanques areos pode-se detectar a presena de gua por meio doselementos instalados nos prprios tanques (visores, sensores e tubulaode drenagem).

    Para a drenagem em tanques areos, recomenda-se:

    colocar um balde embaixo do ponto de drenagem e ligar o caboantiesttica do balde conexo da vlvula do tanque, que s deveser desconectado ao nal do procedimento;

    abrir lentamente a vlvula da linha de drenagem com uma ou duasvoltas, de modo que a gua saia sem que a tubulao de drenagemtransborde;

    fechar a vlvula imediatamente caso constatar sada de combustvel;

    repetir o procedimento diversas vezes, em intervalos de 5 a 10

    minutos, at que a gua seja eliminada completamente do tanque.

    imprescindvel que um operador responsvel esteja presente durantetodo o procedimento para evitar a perda de leo diesel B. Caso precisese ausentar, o operador deve interromper a drenagem at que possadispensar ateno integral atividade.

    Diferentemente dos tanques areos, nos tanques subterrneos no existea possibilidade de a drenagem ser realizada em um determinado ponto.Por isso, a vericao da presena de gua pode ser feita por sensores,

    sondas ou rguas de vericao.

    A rgua de vericao permite constatar a presena de gua no combustvelpor meio da pasta-dgua que, em contato com a gua, muda de cor.

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    44Para esse mtodo, recomenda-se o uso da rgua de vericao de volumeda seguinte maneira:

    colocar a pasta-dgua em uma das extremidades da rgua(aproximadamente 100 mm);

    introduzir a rgua no tanque por meio da abertura de inspeo at que

    alcance o fundo (se houver gua no combustvel, estar depositadano fundo em funo da diferena de densidade);

    retirar a rgua com cuidado para observar a pasta.

    Se houver alterao na cor da pasta, sinal de que h presena de gua.Nesse caso, para drenar a gua constatada por meio da rgua, deve-se utilizar uma bomba de drenagem manual, tambm conhecida combomba de suco em T.

    Para tanto, indica-se:introduzir o tubo ou mangueira de suco at ofundo do tanque e descarregar em um balde;

    operar a bomba de modo que garanta avisualizao da sada da gua no balde.

    Se comear a sair combustvel, a suco deve serinterrompida imediatamente.

    Durante a drenagem, a presena de quantidadesignicativa de ferrugem um indicativo de que otanque est excessivamente corrodo. Nesse caso,para vericar se h (ou no furos), necessrioprovidenciar a limpeza do tanque seguida deteste de estanqueidade.

    Aps a drenagem, testes de qualidade docombustvel do tanque devem ser realizados paravericar se a especicao do combustvel ainda

    se mantm. Em caso de identicao de algumproblema, o revendedor deve ser contatado.

    4.4.2 Medidas de segurana

    Os prossionais encarregados de realizar a drenagem devem conhecertodos os procedimentos citados, os equipamentos que podem serutilizados durante o processo, assim como as instalaes onde executaroa atividade.

    Alm disso, precisam dispor de Equipamentos de Proteo Individual(EPIs) para sua segurana, tais como: roupas com tira de ajuste, caladoscom sola de borracha (sem qualquer objeto ou parte de metal), luvas dePVC e culos do tipo viso ampla.

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    As sinalizaes tambm so medidas de segurana a serem observadas noprocesso de drenagem. Existem dois tipos de sinalizao: de segurana eoperacionais.

    Nas sinalizaes de segurana, que so obrigatrias, devem constar asexigncias mnimas para executar a operao de drenagem, atendendotanto as condies de segurana pessoal quanto ambiental.

    As sinalizaes operacionais no so obrigatrias, mas so muitoimportantes e devem ser utilizadas. Elas servem para transmitirrecomendaes e procedimentos a ser executados em uma operao dedrenagem a m de que as instalaes sejam utilizadas da melhor formapossvel.

    As sinalizaes, tanto de segurana quanto operacionais, podem ser feitascom adesivos ou pinturas e devem estar bem distribudas, em locais quechamem a ateno visual.

    4.5 Uso nos veculos

    Para se obter um bom desempenho energtico do leo diesel B, dos motores eseus sistemas de queima, minimizando custos e emisses de poluentes emitidaspelos veculos, alguns procedimentos, relatados abaixo, devem ser seguidos.

    Manter os motores dos veculos devidamente regulados, realizando asmanutenes preventivas especicadas pelo fabricante.

    Eliminar todo e qualquer vazamento que aparea no sistema de

    combustvel. Essa providncia evita desperdcio e minimiza os riscosde incndios.

    Trocar os ltros de combustvel periodicamente e adotar um controlepreciso das substituies efetuadas. Essa providncia evita paradasinesperadas de veculos e equipamentos por obstruo dos ltros.

    O ltro de ar tambm deve ser observado. Elemento do ltro vencidoou obstrudo prejudica o uxo de ar para o motor, que pode acarretaruma combusto inadequada.

    Adotar como rotina a drenagem peridica da gua que se acumulano tanque do veculo, abrindo semanalmente o dreno localizadoem sua parte inferior. A gua pode ser proveniente do tanquede armazenagem, que pode no estar recebendo os cuidadosnecessrios, ou pela condensao da umidade do ar. Especialmenteem regies onde a temperatura do ambiente sofre grandes oscilaese onde a umidade do ar muito elevada, esse acmulo de gua podeser intensicado.

    Encher o tanque de combustvel dos veculos (e do comboiode abastecimento) ao m de cada turno de trabalho, quando oequipamento normalmente ca algumas horas parado. Isso evita quea umidade do ar condense, contaminando o produto.

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    46Manter o tanque de combustvel dos veculos isento de sujeira.Impurezas acumuladas no tanque so revolvidas a cada novoabastecimento. Ficando em suspenso no produto, essas impurezasprovocam a saturao prematura do ltro de combustvel do veculo.A saturao provoca engasgos e perda de potncia, reduzindo o uxode combustvel para queima.

    Assegurar que a tampa de vedao do tanque do veculo est embom estado e devidamente apertada. Isso evita a entrada de guae at mesmo de poeira que contaminar o produto. Esse cuidadotambm evita o derramamento de produto nas estradas o que, almdo prejuzo com o desperdcio do leo, torna a pista escorregadia,podendo provocar acidentes.

    No usar leo diesel B envelhecido. O combustvel deve ser usado em,no mximo, 30 dias. Caso o veculo tenha que car parado por muitosdias, ao voltar a operar o veculo, troque os ltros de combustvel e

    reabastea com leo diesel B novo.

    No usar leo diesel B contaminado com lcool, gua ou com qualqueroutro produto. O lcool prejudica a qualidade, reduzindo o seu ndicede cetano. A gua, assim como o lcool, provoca corroso no tanquede combustvel, na bomba e nos bicos injetores dos veculos.

    No violar o lacre da bomba injetora ou alterar sua regulagem. Ela jvem calibrada de fbrica para obter o melhor desempenho do motorcom o menor consumo de combustvel possvel. A potncia adicionalobtida com a alterao da regulagem da bomba no compensa os

    aumentos que ocorrero no consumo e na emisso de poluentes.

    No caso do abastecimento ser feito em postos de servio, preferiraqueles que inspecionam e fazem a limpeza peridica dos tanquesde armazenamento, com objetivo de garantir a qualidade necessria(iseno de gua, material slido, cidos e outras substnciasprejudiciais) ao bom funcionamento do motor.

    Deixar o tanque o mais cheio possvel.

    Efetuar limpeza (ou troca) do tanque em veculos muito antigos, poiso leo diesel B pode trazer impurezas para o motor.

    A adoo desses procedimentos, certamente, trar benefcios ao veculo e,sobretudo, ao meio ambiente.

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    BIBLIOGRAFIA

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    ANEXOS

    ANEXO IMUNICPIOS QUE COMERCIALIZAM O LEODIESEL B S50 OU S500

    Municpios que comercializam o leo diesel B - S50

    Municpios que comercializam exclusivamente S50 UFUF UF

    Abreu e LimaAraoiabaCabo de Santo AagostinhoCamaragibeIgarassuIpojucaItamaracItapissumaJaboato dos GuararapesMorenoOlindaPaulistaRecifeSo Loureno da MataAnanindeuaBelmBenevidesMaritubaSanta Brbara do ParAquirazCaucaiaChorozinhoEuzbio

    FortalezaGuaibaHorizonteItaitingaMaracanaMaranguapePacajusPacatuba

    PEPEPEPEPEPEPEPEPEPEPEPEPEPEPAPAPAPAPACECECECE

    CECECECECECECECE

    Municpios em que a frota cativa de nibususa exclusivamente S50

    Municpios em que a frota cativa de nibususa exclusivamente S50

    AmericanaArtur NogueiraArujBarueriBertiogaBiritibamirimCaapavaCaieirasCajamarCampinasCarapicubaCosmpolisCotiaCubatoDiademaEmbuEmbuguacuEngenheiro CoelhoFerraz de VasconcelosFrancisco MoratoFranco da RochaGuararema

    GuarujGuarulhosHolambraHortolndiaIgaratIndaiatubaItanhamItapecerica da SerraItapeviItaquaquecetubaItatibaJacare

    JaguarinaJandiraJuquitibaMairiporMauMogi das CruzesMongaguMonte MorNova OdessaOsascoPaulniaPedreira

    PerubePindamonhangabaPirapora do Bom JesusPo

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSP

    Praia GrandeRibeiro PiresRio Grande da SerraSalespolisSanta Brbara dOesteSanta BrancaSanta IsabelSantana de ParnabaSanto AndrSanto Antonio de PosseSantosSo Bernardo do CampoSo Caetano do SulSo Jos dos CamposSo Loureno da SerraSo PauloSo VicenteSumarSuzanoTaboo da SerraTaubatTrememb

    ValinhosVargem Grande PaulistaVinhedoPorto AlegreBelford RoxoDuque de CaxiasGuapimirimItaboraItaguaJaperiMagMangaratiba

    MaricMesquitaNilpolisNiteriNova IguauParacambiQueimadosRio de JaneiroSo GonaloSo Joo de MeritiSeropdicaTangu

    CuritibaBelo HorizonteSalvador

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPRSRJRJRJRJRJRJRJRJ

    RJRJRJRJRJRJRJRJRJRJRJRJ

    PRMGBA

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    5050

    ANEXOS

    Municpios que comercializam o leo diesel B - S500

    Todos os MuncipiosTodos os MuncipiosTodos os MuncipiosTodos os MuncipiosAguaguas da Prata

    guas de Lindiaguas de Santa Barbaraguas de So PedroAgudosAlambariAlto AlegreAluminiolvaro de CarvalhoAlvinlndiaAmericanaAmparoAngatuba

    AnhembiAparecidaApiaAracariguamaAraatubaAraoiaba da SerraAranduArapeiArarasArcorisArealvaAreias

    AreipolisArtur NogueiraArujAtibaiaAvaAvanhandavaAvarBalbinosBananalBaro de AntoninaBarbosaBariri

    Barra BonitaBarra do ChapuBarra do TurvoBarueriBastosBauruBento de AbreuBertiogaBilacBiriguiBiritibamirimBocainaBofeteBoituvaBom Jesus dos PerdesBom Sucesso de ItararBoracia

    BorboremaBorebiBotucatuBragana PaulistaBranaBrejo Alegre

    BrotasBuriBuritamaCabrlia PaulistaCabrevaCaapavaCachoeira PaulistaCacondeCafelndiaCaieirasCajamarCajati

    Campina do Monte AlegreCampinasCampo Limpo PaulistaCampos do JordoCananiaCanasCapo BonitoCapela do AltoCapivariCaraguatatubaCarapicubaCasa Branca

    Cerqueira CsarCerquilhoCesrio LangeCharqueadaClementinaConchalConchasCordeirpolisCoroadosCoronel MacedoCorumbataCosmpolis

    CotiaCruzeiroCubatoCunhaDiademaDivinolndiaDois CrregosDuartinaEchaporaEldoradoElias FaustoEmbuEmbu-GuauEngenheiro CoelhoEsprito Santo do PinhalEstiva GerbiFartura

    ALPBPESESPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    FernoFerraz de VasconcelosFrancisco MoratoFranco da RochaGabriel MonteiroGlia

    GaraGetulinaGlicrioGuaiaraGuaimbGuapiaraGuarantGuararapesGuararemaGuaratinguetaGuareiGuaruj

    GuarulhosHerculndiaHolambraHortolndiaIacangaIacriIarasIbinaIgarau do TietIgaratIguapeIlha Comprida

    IlhabelaIndaiatubaIperIpenaIporangaIracempolisItaberaItaiItajuItanhamItaocaItapecerica da Serra

    ItapetiningaItapevaItapeviItapiraItapirapua PaulistaItaporangaItapuItaquaquecetubaItararItaririItatibaItatingaItirapinaItobiItuItupevaJacare

    SPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

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    ANEXOS

    Municpios que comercializam o leo diesel B - S500

    Santa Maria da SerraSantana de ParnabaSanto AndrSanto Antonio de PosseSanto Antnio do AracanguSanto Antnio do Jardim

    Santo Antnio do PinhalSantpolis do AguapeiSantosSo Bento do SapucaiSo Bernardo do CampoSo Caetano do SulSo Joo da Boa VistaSo Jos do BarreiroSo Jos do Rio PardoSo Jos dos CamposSo Loureno da SerraSo Luiz do Paraitinga

    So ManuelSo Miguel ArcanjoSo PauloSo PedroSo RoqueSo SebastioSo Sebastio da GramaSo VicenteSarapuiSarutaiaSerra NegraSete Barras

    SilveirasSocorroSorocabaSumarSuzanoTaboo da SerraTaguaTambaTapiraTapiratibaTaquaritubaTaquariva

    TatuTaubatTejupTietTorre de PedraTorrinhaTremembTuiutiTupaTuribaUbatubaUbirajaraUruVargemValinhosValparaisoVargem Grande do Sul

    SPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    JacupirangaJaguarinaJambeiroJandiraJarinuJa

    JoanpolisJlio MesquitaJumirimJundiaJuquiJuquitibaLagoinhaLaranjal PaulistaLavniaLavrinhasLemeLenis Paulista

    LimeiraLindiaLinsLorenaLourdesLouveiraLucianoplisLuiziniaLuprcioMacatubaMairinqueMairipor

    MarliaMauMineiros do TietMiracatuMococaMogi das CruzesMogi GuauMogi MirimMombucaMongaguMonte Alegre do SulMonte Mor

    Monteiro LobatoMorungabaNatividade da SerraNazar PaulistaNova CampinaNova OdessaOcauuOrienteOsascoOscar BressaneParaibunaParanapanemaPardinhoPariquera-AuPaulniaPaulistaniaPederneiras

    SPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    Pedra BelaPedreiraPedro de ToledoPenaplisPereirasPerube

    PiacatuPiedadePilar do SulPindamonhangabaPinhalzinhoPiquetePiracaiaPiracicabaPirajuPirajuiPirapora do Bom JesusPirassununga

    PiratiningaPoPompiaPongaiPorangabaPorto FelizPotimPraia GrandePrataniaPresidente AlvesPromissoQuadra

    QueirozQueluzQuintanaRafardRedeno da SerraReginpolisRegistroRibeiraRibeiro BrancoRibeiro GrandeRibeiro PiresRio Claro

    Rio das PedrasRio Grande da SerraRiversulRoseiraRubiceaSabinoSalespolisSaltinhoSaltoSalto de PiraporaSanta Brbara dOesteSanta BrancaSanta Cruz da ConceioSanta Cruz das PalmeirasSanta GertrudesSanta Isabel

    SPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

    SPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSPSP

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    ANEXOS

    Municpios que comercializam o leo diesel B - S500

    MaricMesquitaNilpolisNiteriNova FriburgoNova Iguau

    ParacambiParatiPetrpolisQueimadosRio BonitoRio das OstrasRio de JaneiroSo GonaloSo Joo de MeritiSo Jos do Vale do Rio PretoSo Pedro da AldeiaSaquarema

    SeropdicaSilva JardimSumidouroTanguTerespolisAdrianpolisAgudos do SulAlmirante TamandarAntoninaAraucriaBalsa NovaBocaiva do Sul

    Campina Grande do SulCampo LargoCampo MagroCerro AzulColomboContendaCuritibaDoutor UlyssesFazenda Rio GrandeGuaraqueabaGuaratubaItaperuuLapaMandiritubaMatinhosMorretesPalmeiraParanaguPinhaisPiraquaraPonta GrossaPontal do ParanPorto AmazonasQuatro BarrasQuitandinhaRio Branco do SulSo Jos dos PinhaisTijucas do SulTunas do Paran

    AiuruocaAlagoaAlbertinaAlfenasAlpinpolisAlterosa

    AndradasAndrelndiaAraaArantinaArceburgoAreadoBaependiBaldimBandeira Do SulBelo HorizonteBetimBocaina De Minas

    Bom Jardim De MinasBom Jesus Da PenhaBom RepousoBorda Da MataBotelhosBraspolisBrumadinhoBueno BrandoCabo VerdeCachoeira Da PrataCachoeira De MinasCaetanpolis

    CaetCaldasCamanducaiaCambuCambuquiraCampanhaCampestreCampo Do MeioCampos GeraisCapetingaCapim BrancoCapitlio

    CareauCarmo Da CachoeiraCarmo De MinasCarmo Do Rio ClaroCarvalhpolisCarvalhosCssiaCaxambuClaravalConceio Da AparecidaConceio Das PedrasConceio Do Rio VerdeConceio Dos OurosConnsCongonhalConsolaoContagem

    RJRJRJRJRJRJ

    RJRJRJRJRJRJRJRJRJRJRJRJ

    RJRJRJRJRJPRPRPRPRPRPRPR

    PRPRPRPRPRPRPRPRPRPRPRPR

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    MGMGMGMGMGMG

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    MGMGMGMGMGMGMGMGMGMGMGMG

    MGMGMGMGMGMGMGMGMGMGMGMGMGMGMGMGMG

    Vargem Grande PaulistaVrzea PaulistaVera CruzVinhedoVotorantimAracaj

    Barra Dos CoqueirosNossa Senhora Do SocorroSo CristovoAlvoradaAraricArroio Dos RatosCachoeirinhaCampo BomCanoasCapela De SantanaCharqueadasDois Irmos

    Eldorado Do SulEstncia VelhaEsteioGlorinhaGravataGuabaIvotiMontenegroNova HartzNova Santa RitaNovo HamburgoParob

    PortoPorto AlegreSanto Antnio Da PatrulhaSo JernimoSo LeopoldoSapirangaSapucaia Do SulTaquaraTriunfoViamoAngra Dos ReisAraruama

    Armao Dos BziosArraial Do CaboBelford RoxoBom JardimCabo FrioCachoeiras De MacacuCasimiro De AbreuDuas BarrasDuque De CaxiasGuapimirimIguaba GrandeItaboraItaguaJaperiMacaMagMangaratiba

    SPSPSPSPSPSE

    SESESERSRSRSRSRSRSRSRSRS

    RSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRS

    RSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRJRJ

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    ANEXOS

    Municpios que comercializam o leo diesel B - S500

    MinduriMonte BeloMonte Santo de MinasMonte SioMosenhor PauloMunhoz

    MuzambinhoNatrciaNova LimaNova ResendeNova UnioOlmpio NoronhaOuro FinoPapagaiosParaguauParaispolisParaopebaPassa Quatro

    Passa VintePassosPedralvaPedro LeopoldoPequiPiranguuPiranguinhoPoo FundoPoos de CaldasPouso AlegrePouso AltoPratpolis

    Prudente de MoraisRapososRibeiro das NevesRio AcimaRio MansoSabarSanta LuziaSanta Rita de CaldasSanta Rita do SapucaSantana da VargemSantana do ParasoSo Bento Abade

    So Gonalo do SapucaSo Joo Batista do GlriaSo Joo da MataSo Joaquim de BicasSo Jos da BarraSo Jos da LapaSo Jos do AlegreSo LourenoSo Pedro da UnioSo Sebastio da Bela VistaSo Sebastio do ParasoSo Sebastio do Rio VerdeSo Thom das LetrasSo Toms de AquinoSo Vicente de MinasSapuca-MirimSarzedo

    MGMGMGMGMGMG

    MGMGMGMG