Bioenergética e Voleibol

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  • BIOENERGTICAProf. Hugo SantAna

  • BIOENERGTICA

    estudo dos vrios processos qumicos que tornam possvel a vida celular do ponto de vista energtico.

  • FONTE DE ENERGIA CELULAR - ATP

    A energia liberada durante a desintegrao do alimento no utilizada diretamente para realizar trabalho;

    Esse energia empregada para produzir outro composto qumico, a chamada adenosina trifosfato ou simplesmente, ATP.

    A clula s consegue realizar trabalho especializado a partir da energia liberada pela desintegrao do ATP.

  • FONTE DE ENERGIA CELULAR - ATP

    Estrutura do ATP: Adenosina componente muito complexo e; Trs grupos fosfatos as ligaes entre os dois grupos

    de fosfatos terminais representam ligaes de alta energia.

    Quando eliminado um mol dessas ligaes de fosfato so liberados de 7 a 12 quilocalorias de energia e so formados ADP mais fosfato inorgnico (Pi).

    Essa energia liberada representa a fonte imediata de energia para ser utilizada pela clula muscular para realizar trabalho.

  • FONTE DE ENERGIA CELULAR - ATP

    ATP sofre hidrlise e forma ADP + energia + Pi+ H+.

    A reao pode ser invertida na presena de fosfocreatina (CP).

  • FONTES DE ATP

    J que a hidrlise libera energia para contrao muscular, COMO O ATP FORNECIDO A CLULA MUSCULAR?

  • FONTES DE ATP

    1. Em qualquer momento existe uma quantidade limitada de ATP em uma clula muscular;

    2. O ATP est sendo utilizado e regenerado constantemente.

    Existem trs processos produtores de energia para elaborao de ATP:- Sistema ATP-CP;- Gliclise Anaerbia;- Sistema aerbico.

  • FONTES ANAERBICAS de ATP Metabolismo anaerbio Dos trs sistemas citados anteriormente que

    participam da ressntese de ATP, os dois primeiros (ATP-CP e gliclise anaerbica) realizam suas reaes sem a presena de oxignio.

    Por isso so chamados de ANAERBICOS.

    Realizam a ressntese de ATP por meio de reaes qumicas que no exigem a presena de oxignio.

  • SISTEMA ATP - CP

    Tambm chamado de sistema Fosfagnio;

    Sistema no qual a energia para ressntese de ATP provm de um nico composto de CP;

    ATP e CP so denominados de fosfagnios de alta energia e se encontram dentro da clula muscular;

    Tem como produtos finais a C e o Pi;

    a energia imediata disponvel ao msculo;

  • SISTEMA ATP - CP

    Com a mesma rapidez com que o ATP desintegrado durante a contrao muscular, ser formado denovo o ATP atravs do ADP e Piatravs da energia gerada pela desintegrao da CP armazenada.

    ATP ----HIDRLISE ADP + Pi + ENERGIA

    CP Pi + C + energia

    energia + ADP + Pi ATP

  • SISTEMA ATP - CP

    Para que essas reaes ocorram de forma acelerada existe algumas enzimas catalisadoras das reaes:

    ADP + CP ---CREATINO CINASE ATP + C.

    ADP + ADP ---MIO CINASE ATP + AMP

    A CP s reabastecida aps o incio da recuperao. A quantidade de CP no msculo 3x maior que a de

    ATP.

  • SISTEMA ATP - CP

    Importncia do sistema fosfagnio: Rpidas largadas dos velocistas;

    Arrancadas dos jogadores de futebol;

    Dos saltadores em altura;

    Dos arremessadores.

    Etc.

  • SISTEMA ATP - CP

    Sem o sistema ATP-CP no era possvel a realizao de movimento rpidos e vigorosos, pois estes exigem um rpido fornecimento do que uma grande quantidade de ATP.

    O sistema representa a fonte mais rpida a disponibilizar o ATP, pois: Tanto o ATP quanto o a CP so armazenados

    diretamente dentro do mecanismo contrtil dos msculos;

    No depende de uma srie longa de reaes qumicas; No depende do transporte do oxignio que

    respiramos para os msculos ativos.

  • SISTEMA DOS FOSFAGNIOS

    Durante os primeiros segundos de uma atividade muscular intensa (ex: sprint), verifica-se que o ATP se mantm a um nvel relativamente constante, enquanto as concentraes de CP declinam de forma sustentada medida que este ltimo composto se degrada rapidamente para ressintetizar o ATP gasto.

    Quando finalmente a exausto ocorre, os nveis de ambos os substratos so bastante baixos, sendo ento incapazes de fornecer energia que permitam assegurar posteriores contraes e relaxamentos das fibras esquelticas ativas.

  • SISTEMA DOS FOSFAGNIOS

    em situaes de forte depleo energtica, o ATP muscular pode ainda ser ressintetizado, exclusivamente a partir de molculas de ADP, atravs de uma reao catalisada pela enzima mioquinase (MK).

    ADP + ADP ATP + AMPMK

  • GLICLISE ANAERBICA

    Sistema que gera cido ltico mas que proporciona ATP a partir da degradao parcial da glicose ou do glicognio na ausncia do oxignio.

  • GLICLISE ANAERBICA

    Tambm chamado de sistema anaerbico ltico. Esforos de intensidade elevada com uma durao

    entre 30s e 1min; Caracterizado por uma grande produo e

    acumulao de cido lctico;

    Glicognio C6H12O6 cido ltico C3H603

    GLICOGNIO 2 c. Ltico + energia Energia + 3 ADP + 3Pi 3 ATP

  • GLICLISE ANAERBICA

    a quebra da glicose atravs de hidratos de carbono e requer um conjunto de 12 reaes enzimticas para degradar o glicognio a cido lctico.

    a converso rpida de uma molcula de glicose em 2 de cido ltico, formando paralelamente 2 ATP, sem necessidade de utilizar O2.

    A gliclise , por definio, a degradao anaerbia (decorre no citosol) da molcula de glicose at cido pirvico ou cido lctico e um processo muito ativo no msculo esqueltico.

  • SISTEMA AERBICO

    Envolve o uso de oxignio que subdivide-se em duas partes:

    A consiste no trmino da oxidao dos carboidratos;

    B envolve a oxidao dos cidos graxos e de alguns aminocidos.

  • SISTEMA OXIDATIVO

    Sistema aerbico: utiliza o oxignio como forma de energia.

    Esforos de durao superior a 2min, a produo de ATP j maioritariamente assegurada pela mitocndria, pelo que esses esforos so apelidados de oxidativos ou, simplesmente, aerbios.

    C6H12O6 + 6O2 6CO2 + 6H2O +Energia Energia + 39 ADP + 39 Pi 39 ATP

  • SISTEMA OXIDATIVO

    A produo de energia aerbia na clula muscular assegurada pela oxidao mitocondrial dos HC (glicose) e dos lpidios(AG), sendo pouco significativo o contributo energtico proveniente da oxidao das protenas (aminocidos).

  • Funcionamento integrado dos sistemas

    energticos Efetivamente, a ao destes sistemas ocorre

    sempre simultaneamente, embora exista a preponderncia de um determinado sistema relativamente aos outros, dependendo de fatores como: a intensidade e a durao do esforo; a quantidade das reservas disponveis em cada

    sistema; as propores entre os vrios tipos de fibras e a presena de enzimas especficas.

  • BIOENERGTICA

    O dispndio energtico depende de vrios fatores, entre os quais podemos referir:

    a tipologia do exerccio;

    a frequncia, a durao e intensidade;

    os aspectos de carter diettico;

    as condies de exercitao (altitude, temperatura e humidade);

    a condio fsica do atleta e a sua composio muscular em termos de fibras (tipo I e II).

  • BIOENERGTICA

    De forma bsica podemos classificar as atividades em 3 grupos distintos (qualidades fsica envolvidas):

    Potncia;

    Velocidade e

    Resistncia (endurance).

  • BIOENERGTICA

    Cada tipo de atividade est associada a um sistema energtico especfico:

    os fosfatos de alta energia POTNCIA;

    a gliclise anaerbia VELOCIDADE;

    e o sistema oxidativo RESISTNCIA (endurance).

  • Funcionamento integrado dos sistemas

    energticos

  • Funcionamento integrado dos sistemas

    energticos

  • Exigncia fsica no voleibol

    necessrio compreender as exigncias metablicas de cada desporto para desenvolver programas de condicionamento apropriados s necessidades atlticas de cada um (Brislin, 1997). S dessa forma possvel preparar os jogadores para as exigncias da situao competitiva.

    Nesse contexto, fundamental identificar as principais qualidades que os jogadores com melhor performance apresentam.

  • Caracterizao do jogo quanto ao tempo

    Os jogos de voleibol no tm tempo de durao pr-estabelecido.

    Idade/referncia

    Durao do jogo

    Durao do set

    Infanto-juvenil

    Juvenil

    Adulto

    Master

    Super-master

  • Relao entre o tempo de ao e de descanso

    Entendendo descanso como o tempo entre o final de uma jogada perda de ponto por uma das equipes e o incio da seguinte reposio da bola em jogo, atravs do servio.

    Nota-se que os jogadores passam mais tempo em descanso, do que em jogo efetivo.

  • Infanto Juvenil Adulto

    Durao mdia de jogo efetivo

    Durao mdia de descanso

    Relao de jogo e descanso

    Durao mdia de um set

    Durao total de uma partida

  • Anlise temporal

    Analisando o perodo de 20s posteriores a uma ao de alta intensidade de um jogador, verificaram que em 45% dos casos no se seguiu nenhuma ao e em 40% dos casos seguiu-se uma ao vigorosa.

  • Com base nas duraes dos jogos e na durao e frequncia das aes de alta intensidade, estima que apenas 45,2% da durao total de um jogo de fato tempo til de jogo e 22,6% do tempo total passado em atividades de alta intensidade.

    Estima que, do tempo passado em atividades de alta intensidade, de 39,5 a 78,9% passado na realizao de saltos de bloco ou para remate pelos atacantes, enquanto os distribuidores gastam apenas em 18,4 a 44,7%.

    Deste modo, a acividade intensa dos voleibolistas, representada sobretudo pelos saltos.

  • Anlise Bioenergtica

    O voleibol um desporto que requer elevadas capacidades tcnico-tcticas, mas tambm reconhecida a importncia de o jogador ser capaz de produzir movimentos intensos e explosivos.

    Questiona-se:

    o voleibol um desporto aerbio ou anaerbio?

  • Anlise Bioenergtica

    Os primeiros estudos evidenciaram que o voleibol um desporto puramente anaerbio.

    Estudos posteriores concluram tratar-se de um desporto moderadamente aerbio, no qual existem solicitaes de potncia anaerbia altica, com perodos de recuperao razoavelmente longos.

  • Anlise Bioenergtica

    Contribuies dos sistemas energticos para o voleibol:

    ATP-PC 80%;

    gliclise anaerbia 5%;

    sistema aerbio 15%.

  • Anlise Bioenergtica

    A contribuio da via anaerbia lctica parece ser modesta.

    Tal fato indicado pelos valores de lactato obtidos aps jogos de voleibol.

  • Anlise Bioenergtica

    Tendo em conta o intervalo existente entre a realizao de aes de elevada intensidade e o perodo necessrio para a ressntese de fosfocreatina, a recuperao realizada aerobicamente entre as aes de elevada intensidade.

    O voleibol no exige uma elevada capacidade anaerbia lctica.