BIOFISICA VERSÃO

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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO CURSO DE ODONTOLOGIA

CORAO DOENAS QUE INTERFEREM NO TRATAMENTO ODONTOLGICO

Rio de Janeiro 2011

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Amanda Gomes Isabel Carolina Luiza de Castro Priscila de Ftima Raphael Gomes Schirlei L. Barros

CORAO DOENAS QUE INTERFEREM NO TRATAMENTO ODONTOLGICO

Trabalho Apresentado a Disciplina de Biofsica, Como Forma de Avaliao, Sob a Coordenao do Professor: Wallace Araujo. 2 Perodo.

Rio de Janeiro 2011

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SUMRIO 1 INTRODUO 2 DOENAS QUE AFETAM O SISTEMA CARDIOVASCULAR 3 O CORAO FISIOLOGIA 4 FUNES DO SISTEMA CIRCULATRIO 5 PRESSO ARTERIAL 6 RECURSOS UTILIZADOS PARA AFERIR OS BATIMENTOS CARDACOS 7 EMERGNCIAS MDICAS EM CONSULTRIOS ODONTOLGICOS 8 CONCLUSO 9 BIBLIOGRAFIA

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INTRODUO

As clulas de todos os seres vivos necessitam de alimento e tambm de oxignio. No caso do ser humano, seu corpo apresenta rgos especiais que possuem a funo de digerir os alimentos a fim de absorverem o oxignio do ar (digesto e respirao), contudo, necessrio que esse alimento seja levado para todas as clulas. Para isso, existe o sistema circulatrio, que leva o alimento e o oxignio para todas as partes do corpo. As doenas cardiovasculares representam a principal causa de morte no nosso pas e so tambm uma importante causa de incapacidade. A importncia da luta contra as doenas cardiovasculares ilustrada pelos fatos seguintes: Devem-se essencialmente acumulao de gorduras na parede dos vasos sanguneos aterosclerose um fenmeno que tem incio numa fase precoce da vida e progride silenciosamente durante anos, e que habitualmente j est avanado no momento em que aparecem as primeiras manifestaes clnicas. As suas conseqencias mais importantes o enfarte do miocrdio, o acidente vascular cerebral e a morte so frequentemente sbitas e inesperadas. A maior parte das doenas cardiovasculares resulta de um estilo de vida inapropriado e de fatores de risco modificveis. O controle dos fatores de risco uma arma potente para a reduo das complicaes fatais e no fatais das doenas cardiovasculares. O desenvolvimento das cincias da sade veio provar que a morte ocorrida em idades precoces, no mundo ocidental, no se deve a uma fatalidade do destino, mas antes a doenas causadas ou agravadas pela ignorncia das causas reais que a elas conduzem. Podemos incluir neste quadro as doenas cardiovasculares. Os hbitos de vida adotados por grande parte da populao, como o sedentarismo, a falta de atividade fsica diria, uma alimentao desequilibrada ou o tabagismo, constituem hoje fatores de risco a evitar. Onde quer que se produza, o estancamento do sangue leva dilatao vascular (especialmente nas veias) at as tornar permeveis, acumulao de cidos carbnicos e outros produtos do metabolismo at sua introduo nos tecidos, lesando-os ou provocando a sua degenerao ou, quando ainda se mantm

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intactas as funes defensivas, a uma inflamao como reao. Deste modo, o transtorno inicial circulatrio passa a dar origem s mais variadas enfermidades. As perturbaes circulatrias levam sempre a perturbaes do metabolismo e as doenas circulatrias trazem sempre consigo enfermidades metablicas.

Quais as doenas que afetam o SISTEMA CIRCULATRIO?Aterosclerose o acmulo de gordura na parede das artrias, que leva formao de placas que estreitam as artrias e impedem o fluxo sangneo, causando o infarto do miocrdio (ataque cardaco). Colesterol Substncia que se encontra nas gorduras ou lpides da corrente sangnea, necessria para reconstruir as clulas do corpo. Diabetes melitus Enfermidade crnica caracterizada pelo aumento da glicose ou acar sangneo , ocasionado porque o pncreas deixa de produzir insulina suficiente (diabetes tipo I) ou quando o corpo no pode utilizar a insulina produzida pelo pncreas, mesmo quando esta produzida em quantidades normais ou altas (diabetes tipo II). Dislipidemia o nvel anormal de gordura (lipdios) no sangue. Existe uma forte evidncia de que, ao se reduzir os nveis de LDL-colesterol (lipoprotenas de baixa densidade), diminui-se o risco de doena cardiovascular. Doenas cardiovasculares So doenas que afetam o corao e o sistema circulatrio, as quais podem resultar em ataques do corao, apoplexia ou amputao de extremidades inferiores. Doena coronariana Um termo geral, comumente empregado para descrever vrias condies cardiovasculares associadas doena arterosclertica das artrias coronrias. Doena vascular perifrica. Transtornos dos vasos sangneos fora do corao e do crebro. Em geral, afeta os vasos sangneos que transportam o sangue aos msculos e s pernas. Hipertenso.

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Presso arterial elevada que ocorre quando o sangue exerce fora excessiva sobre a parede das artrias. Insuficincia cardaca crnica (IC) Funcionamento deteriorado do corao que pode causar sintomas como falta de ar em repouso, diminuio da capacidade de realizar exerccio, inchao e edema (reteno de lquidos). O CORAO FISIOLOGIA 1. Conceito. O sistema biolgico circulao composto pelo corao, vasos sanguneos (capilares, artrias e veias). Esse sistema faz o transporte do sangue, ou seja, conduz, distribui e remoo das diversas substncias para os tecidos do corpo. Fig: 01- Sistema Circulatrio.

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Fonte: www.saude_circulacao_sanguinea.htm Existem duas rotas principais: a primeira entre o corao e os pulmes, para captar oxignio e a outra entre o corao e o resto do corpo, para fornecer oxignio e nutrientes. O sangue essencial para a vida das clulas, pois, alm levar alimento e oxignio para elas, ele tambm retira delas as sobras das substncias que j no lhe so teis. Seu percurso por todo o corpo ocorre atravs das veias e artrias, que se subdividem at formar vasos extremamente finos, atingindo, desta forma, todas as clulas. A funo do sangue importante, pois ele retira os nutrientes dos rgos de digesto e o oxignio do pulmo para levar estas substncias para as clulas, para tanto, ele impulsionado pelo corao e, assim, faz seu percurso pelas artrias (veias que saem do corao), em sua forma boa e limpa. Na trajetria pelo corpo, o sangue filtrado pelos rins, deixando neste rgo muitos dos detritos das clulas. Ao regressar, ele carrega gs carbnico que absorveu das clulas, uma vez que, em seu lugar, deixou o oxignio. Aps este processo, o sangue retorna ao corao, atravs das veias, que o transportam em sua forma ruim e sem oxignio. Para melhorar a qualidade sangunea, o corao envia o sangue aos pulmes, para que, desta forma, o gs carbnico seja trocado pelo oxignio, e, em seguida, o impulsiona de volta ao corpo.

2. Componentes do Sistema Circulatrio. 2.1. O Corao. O corao constitudo por 2 trios, 2 ventrculos. Lado direito circula sangue venoso e o esquerdo sangue arterial; sua musculatura chamada de miocrdio, pesa aproximadamente 250g e tem a forma de um punho fechado. Movimentos do corao: SSTOLE contrao do corao e DISTOLE relaxamento do corao. Fig: 02 - Ilustrao da circulao Sangunea Corpo/pulmo e pulmo/corpo.

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www.blog.educacional.com.br

Fig: 03 - Esquema Completo da Circulao Sangunea.

Fonte: www.terragiratg.blogspot.com/2009/04/o-coracao-humano

Fig: 10 - Vlvulas Cardiacas.

V. Bicspide MITRAL

V. Semilunar PULMONAR

V. Semilunar ORTA

V. Tricspide AVD

Fonte: www.blog.educacional.com.br

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O sistema composto pelas artrias e veias que levam o sangue aos pulmes e em seguida ao corao, chamado de pequena circulao. J no caso do sangue que parte do corao pelas artrias, seguindo em direo ao resto do corpo e retornando pelas veias, recebe o nome de grande circulao. Fig: 04- Diferena estrutural entre Veia, artria e capilar.

Fonte: www.afh.bio.br/cardio/Cardio3.asp

Contudo, o sangue, quando sai do corao circula em artrias, que se ramificam em arterolas e estas, por sua vez, dividem-se em capilares. Os capilares renem-se, formando as vnulas que, unindo-se umas s outras vo formar as grandes veias que vo conduzir o sangue para o corao. Os diferentes vasos sanguneos tm caractersticas diferentes. Podem apresentar vrios dimetros, desde 3 mm nos capilares at 3 cm nas artrias. A constituio da parede tambm diferente. As artrias possuem uma espessa camada de origem muscular e elstica. As veias apresentam uma parede flcida e menos espessa que as artrias. A parede dos capilares muito fina, constituda por uma s camada de clulas. As veias possuem ainda, no seu interior, vlvulas, que so responsveis pela movimentao do sangue.

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Fig: 05 Vasos sanguneos.

Fonte: www.prof2000.pt/users/cristianoc/vasos_sanguineos.

2.2. Regulao da Atividade Cardaca. Lei de Frank-Starling: estabelece que o corao, dentro de limites fisiolgicos, capaz de ejetar todo o volume de sangue que recebe proveniente do retorno venoso. Podemos ento concluir que o corao pode regular sua atividade a cada momento, seja aumentando o dbito cardaco, seja reduzindo-o, de acordo com a necessidade. # Controle da Atividade Cardaca: O controle da atividade cardaca se faz tanto de forma intrnseca como tambm de forma extrnseca. # Controle Intrnseco: Ao receber maior volume de sangue proveniente do retorno venoso, as fibras musculares cardacas se tornam mais distendidas devido ao maior enchimento de suas cmaras. Isso faz com que, ao se contrarem durante a sstole, o faam com uma maior fora. Uma maior fora de contrao, consequentemente, aumenta o volume de sangue ejetado a cada sstole (Volume Sistlico).

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Aumentando o volume sistlico aumenta tambm, como consequncia, o Dbito Cardaco (DC = VS x FC). Outra forma de controle intrnseco: ao receber maior volume de sangue proveniente do retorno venoso, as fibras musculares cardacas se tornam mais distendidas devido ao maior enchimento de suas cmaras, inclusive as fibras de Purkinje. As fibras de Purkinje, mais distendidas, tornam-se mais excitveis. A maior excitabilidade das mesmas acaba acarretando uma maior frequncia de descarga rtmica na despolarizao espontnea de tais fibras. Como consequncia, um aumento na Frequncia Cardaca faz com que ocorra tambm um aumento no Dbito Cardaco (DC = VS X FC). # Controle Extrnseco: alm do controle intrnseco o corao tambm pode aumentar ou reduzir sua atividade dependendo do grau de atividade do Sistema Nervoso Autnomo (SNA). O Sistema Nervoso Autnomo, de forma automtica e independendo de nossa vontade consciente, exerce influncia no funcionamento de diversos tecidos do nosso corpo atravs dos mediadores qumicos liberados pelas terminaes de seus 2 tipos de fibras: Simpticas e Parassimpticas. As fibras simpticas, na sua quase totalidade, liberam nor-adrenalina. Ao mesmo tempo, fazendo tambm parte do Sistema Nervoso Autnomo Simptico, a medula das glndulas Supra Renais liberam uma considervel quantidade de adrenalina na circulao.

2.3. OS VASOS. Para alcanar todas as regies do nosso organismo, o sangue percorre canais apropriados que se chamam vasos. Os vasos que partem do corao e vo periferia se chamam artrias; aqueles que seguem o percurso inverso, isto , que da periferia se dirigem ao corao, se chamam veias. Portanto, nas artrias corre um sangue rico em oxignio e em substncias nutritivas, que ele leva aos vrios tecidos do organismo; nas veias, contrariamente, que trazem o sangue da periferia para o corao, corre um sangue rico em anidrido carbnico e substncias de rejeio. As substncias de rejeio sero depois eliminadas pelos rins, que tm justamente a tarefa de filtrar o sangue. As trocas gasosas, ao contrrio, ou seja, a eliminao de anidrido carbnico e a absoro de oxignio, tm lugar nos pulmes, por efeito da respirao. As artrias, chegando periferia do corpo humano, isto , nos msculos, na pele, em todos os rgos, se dividem em artrias sempre menores (arterolas) at que o seu calibre se torna microscpico: a este nvel que tm lugar as trocas entre sangue e clulas. Estes vasos microscpicos chamam-se capilares e formam nos rgos e nos

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tecidos uma vasta rede. Os capilares confluem para pequenas veias (vnulas) que aos poucos se vo unindo umas com outras, tornam-se veias verdadeiras e trazem de volta o sangue ao corao. Do corao partem duas grandes artrias: a artria pulmonar e a artria aorta. A artria pulmonar tem a tarefa de levar o sangue aos pulmes. Depois de ter cedido o anidrido carbnico e de se ter carregado de oxignio, o sangue volta ao corao pelas veias pulmonares. Todo esse conjunto constitui a pequena circulao. A artria aorta leva o sangue ao resto do organismo e os seus numerosos ramos acabam formando a rede capilar de todos os rgos. O sangue trazido de volta ao corao pelas veias, que se renem, enfim, em dois grossos troncos: as veias cavas, que chegam aurcula direita. Todo esse conjunto constitui a grande circulao.

Fig: 06 - Artrias e Veias.

Fonte: www.google.com.br/imagem

2.4. A Pequena Circulao. A artria pulmonar parte do ventrculo direito e se bifurca logo em artria pulmonar direita e artria pulmonar esquerda, que vo aos respectivos pulmes. Uma vez entradas nos pulmes, ambas se dividem em tantos ramos quantos so os lobos pulmonares; depois uma ulterior subdiviso ao nvel dos lbulos pulmonares, estes se resolvem na rede pulmonar. As paredes dos capilares so delgadssimas e os gases respiratrios podem atravess-las facilmente: o oxignio do ar pode assim passar dos cinos pulmonares para o sangue; ao contrrio, o anidrido carbnico abandona o sangue e entra nos cinos pulmonares, para ser depois lanado para fora. Aos capilares fazem seguimento as vnulas que se renem entre si at formarem as veias pulmonares. Estas seguem o

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percurso das artrias e se lanam na aurcula esquerda. A artria pulmonar contm sangue escuro, sobrecarregado de anidrido carbnico (sangue venoso). As veias pulmonares contm, contrariamente, sangue que abandonou o anidrido carbnico e se carregou de oxignio, tomando a cor vermelha (sangue arterial). 2.5. A Grande Circulao. A aorta, ponto de incio da grande circulao, parte do ventrculo esquerdo. Forma um grande arco, que se dirige para trs e para a esquerda (croa da aorta), segue verticalmente para baixo, seguindo a coluna vertebral, atravessa depois o diafragma e penetra na cavidade abdominal. Ao fim do seu trajeto, a aorta se divide nas duas artrias ilacas, que vo aos membros inferiores. Da aorta se destacam numerosos ramos que levam o sangue a vrias regies do organismo. Da croa da aorta partem as artrias subclvias que vo aos membros superiores e as artrias cartidas que levam o sangue cabea. Da aorta torcica partem as artrias bronquiais, que vo aos brnquios e aos pulmes, as artrias do esfago e as artrias intercostais. Da aorta abdominal se destacam os seguintes ramos: o tronco celaco, que se divide depois em artria heptica (que vai ao fgado), artria esplnica (que vai ao bao) e artria coronria do estmago, as artrias mesentricas, que vo ao intestino; as artrias renais, que se distribuem nos rins; as artrias genitais, destinadas aos rgos genitais. As artrias genitais so chamadas mais propriamente artrias espermticas no homem e artrias tero-ovricas na mulher. A aorta se divide, enfim, em dois ramos: as artrias ilacas, as quais saem do abdome e percorrem a perna at o p.

Esquema da circulao sangunea:

1-Corao 2-Circulao 3-Circulao 4-Circulao 5-Circulao 6-Bao 7-Circulao 8-Circulao 9-Circulao nos membros inferiores

cerebral pulmonar heptica gstrica renal intestinal

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Fig: 07 - Esquema da Circulao Sangunea.

Fonte: www.google.com.be/imagensContudo, circulao sangnea humana pode ser dividida em dois grandes circuitos: um leva sangue aos pulmes, para oxigen-lo, e outro leva sangue oxigenado a todas as clulas do corpo. Por isso se diz que nossa circulao dupla. O trajeto corao (ventrculo direito) pulmes corao (trio esquerdo) denominado circulao pulmonar ou pequena circulao. O trajeto corao (ventrculo esquerdo) sistemas corporais corao (trio direito) denominado circulao sistmica ou grande circulao. Circulao pulmonar: Ventrculo direito artria pulmonar pulmes veias pulmonares trio esquerdo. Circulao sistmica: Ventrculo esquerdo artria aorta sistemas corporais veias cavas trio direito.

4. Funes do Sistema Circulatrio. O sistema circulatrio permite que algumas atividades sejam executadas com grande eficincia.

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. Transporte de gases: os pulmes, responsveis pela obteno de oxignio e pela eliminao de dixido de carbono, comunica-se com os demais tecidos do corpo por meio do sangue. . Transporte de nutrientes: no tubo digestivo, os nutrientes resultantes da digesto passam atravs de um fino epitlio e alcanam o sangue. Assim, os nutrientes so levados aos tecidos do corpo, nos quais se difundem para o lquido intersticial que banha as clulas. . Transporte de resduos metablicos: a atividade metablica das clulas do corpo origina resduos, mas apenas alguns rgos podem elimin-las para o meio externo. O transporte dessas substncias, de onde so formadas at os rgos de excreo, feito pelo sangue. . Transporte de hormnios: hormnios so substancias secretadas por certos rgos, distribudas pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros do corpo. Exemplo: a colecistocinina produzida pelo doudeno, durante a passagem do alimento, e lanada no sangue. Um de seus efeitos estimular a contrao da vescula biliar e a liberao da bile no duodeno. . Intercmbio de materiais: algumas substncias so produzidas ou armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas em outra parte. Exemplo: clulas do fgado armazenam molculas de glicognio, que ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras clulas do corpo. . Transporte de calor: o sangue utilizado na distribuio homognea de calor pelas diversas partes do organismo, colaborando na manuteno de uma temperatura adequada em todas as regies; permite ainda levar calor at a superfcie corporal, onde pode ser dissipado. Distribuio de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e clulas fagocitrias, componentes de defesa contra agentes infecciosos. . Coagulao sangunea: pelo sangue circulam as plaquetas, pedaos de um tipo celular de medula ssea (megacaricito), com funo na coagulao sangunea. O sangue contm ainda fatores de coagulao, capazes de bloquear eventuais vazamento em caso de rompimento de um vaso sanguneo. Fig: 11 - Transporte dos Componentes.

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Fonte: www.cesut.com.br/conteudo/downloads Fig: 12 - Circulao Pulmonar e Sistmica.

Fonte: www.cesut.com.br/conteudo/downloads

5. Presso Arterial.

A presso arterial mantm o sangue circulando no organismo. Tem incio com o batimento do corao. A cada vez que bate, o corao joga o sangue pelos vasos sangneos chamados artrias. As paredes dessas artrias so como bandas elsticas que se esticam e relaxam a fim de manter o sangue circulando por todas as partes do organismo. O resultado do batimento do corao a propulso de uma certa quantidade de sangue (volume) atravs da artria aorta. Quando este volume de sangue passa atravs das artrias, elas se contraem como que se estivessem espremendo o sangue para que ele v para frente. Esta presso necessria para que o sangue consiga chegar aos locais mais distantes, como a ponta dos ps, por exemplo.

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5.1. Nmeros de Uma Medida de Presso Arterial. Correspondem a uma medida de presso calibrada em milmetros de mercrio (mmHg). O primeiro nmero, ou o de maior valor, chamado de sistlico, e corresponde presso da artria no momento em que o sangue foi bombeado pelo corao. O segundo nmero, ou o de menor valor chamado de diastlico, e corresponde presso na mesma artria, no momento em que o corao est relaxado aps uma contrao. No existe uma combinao precisa de medidas para se dizer qual a presso normal, mas em termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg o valor considerado ideal. Contudo, medidas at 140 mmHg para a presso sistlica, e 90 mmHg para a diastlica, podem ser aceitas como normais. O local mais comum de verificao da presso arterial no brao, usando como ponto de ausculta a artria braquial. O equipamento usado o esfigmomanmetro ou tensimetro, vulgarmente chamado de manguito, e para auscultar os batimentos, usa-se o estetoscpio.

TABELA 02 - De Valores Mdios Normais de Presso Arterial.IDADE EM ANOS 4 6 10 12 16 Adulto Idoso PRESSO ARTERIAL EM MMHG 85/60 95/62 100/65 108/67 118/75 120/80 140-160/90-100

Fonte: www.wikipedia.org/wiki/Sistema_circulatrio

A frequncia cardaca. Fatores que aumentam a frequncia cardaca: diminuio da Presso Arterial, inspirao, expirao, raiva, DOR, hipxia, exerccios, adrenalina e febre. Fatores que diminui a frequncia cardaca: diminui a Presso Arterial, expirao e tristeza.

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Fig: 13 - Ilustrao Hipertenso Arterial.

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Fonte: www.wallstreetfitness.com.br

6. Recursos Utilizados Aferir os Batimentos Cardacos.

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6.1. Esfigmomanmetro. O esfigmomanmetro ou aparelho de presso um dispositivo utilizado por diversos profissionais da rea da sade, como mdicos, fisioterapeutas, enfermeiros, farmacuticos e nutricionistas. Consiste num sistema para compresso da artria braquial. composto por uma bolsa inflvel de borracha de formato laminar, a qual envolvida por uma capa de tecido inelstico (braadeira, cuff com manguito = bladder) e conectada por um tubo de borracha a um manmetro e por outro tubo, que contm uma vlvula controlada pelo operador, conectado a uma pra, que tem a finalidade de insuflar a bolsa pneumtica. Usado para medida indireta da presso arterial. Fig: 14 - Esfigmomanmetro.

Fonte: www.wikipdia.com.br Fig: 15 - Esfigmomanmetro Digital.

Fonte: www.wikipdia.com.br

# Tcnica da esfigmomanmetro.

medida

indireta

da

presso

arterial

usando

o

O tamanho do manguito ('borracha') deve circundar pelo menos 80% da circunferncia do brao (quando menor - ex.: obeso - a PA ser superestimada). O manguito deve ser inflado at 20mmHg acima da PA sistlica, estimada pelo desaparecimento do pulso radial, e ento, desinsuflado na velocidade de mais ou menos 3mmHg/seg, para auscultarmos os sons de Korotkoff, atravs do uso da campnula do estetoscpio.

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Tanto no adulto quanto na criana, a PA sistlica a fase I (aparecimento do som), enquanto que a PA diastlica a fase V (desaparecimento do som). A fase II o incio do gap auscultatrio; a fase III, o reaparecimento do som, e a fase IV o abafamento do som. Nos pacientes com insuficincia artica, a fase IV que determina a PA diastlica, j que a fase V pode ser o zero. O esfigmomanmetro utilizado pode ser o de coluna de mercrio (mais fidedigno), aneride ou o electrnico. Os dois ltimos devem ser calibrados de 3/3 meses com um manmetro de coluna de mercrio adequado.

6.2. Estetoscpio. Estetoscpio tambm chamado de fonendoscpio um instrumento utilizado por diversos profissionais, como mdico, cirurgio dentista, medico veterinario e enfermeiros, etc., para amplificar sons corporais, entre eles:

Bulhas cardacas; Rudos adventcios; Rudos Hidroareos.

Fig: 16 - Estetoscpio.

Fonte: www.wikipdia.com.br Foi desenvolvido pelo mdico francs Ren Laennec (17 de Fevereiro de 1781 13 de Agosto de 1826), quando trabalhava no Hospital Necker, em Paris, em 1816.

# Componentes.

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Olivas auriculares: peas em formato anatmico, que se encaixam ao canal auditivo do examinador. Tubo(s) de conduo: haste(s) em forma de Y que permitem a transmisso do som com pouca distoro da campnula ou diafragma aos ouvidos do examinador. Campnula: Pea de contato com o corpo do examinado, com formato de campnula, mais apropriado para percepo de sons graves. Diafragma: Pea de contato com o corpo do examinado, com formato de campnula, mas limitada por uma membrana, mais apropriado para percepo de sons agudos.

6.3. Eletrocardiograma. O eletrocardiograma um exame de sade na rea de cardiologia no qual feito o registro da variao dos potenciais eltricos gerados pela atividade eltrica do corao. O exame habitualmente efectuado por tcnicos de cardiopneumologia e interpretado por mdicos. O corao apresenta atividade elctrica por variao na quantidade relativa de ions de sdio presentes dentro e fora das clulas do miocrdio. Esta variao cclica gera diferena de concentrao dos referidos ons na periferia do corpo. Eletrodos sensveis colocados em pontos especficos do corpo registam esta diferena elctrica. O exame electrocardiogrfico pode ser utilizado em situaes de urgncia e emergncia cardiovascular. . Equipamento: O aparelho que registra o eletrocardiograma o eletrocardigrafo. . Indicao: O exame indicado como parte da anlise de doenas cardacas, em especial as arritmias cardacas .Tambm muito til no diagnstico de infarto agudo do miocrdio sendo exame de escolha nas emergncias juntamente com a dosagem das enzimas cardacas. . Princpios fisiolgicos: O aparelho registra as alteraes de potencial eltrico entre dois pontos do corpo. Estes potenciais so gerados a partir da despolarizao e repolarizao das clulas cardacas. Normalmente, a atividade eltrica cardaca se inicia no nodo sinusal (clulas auto-rtmicas) que induz a despolarizao dos trios e dos ventrculos.

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Esse registro mostra a variao do potencial eltrico no tempo, que gera uma imagem linear, em ondas. Estas ondas seguem um padro rtmico, tendo denominao particular. Fig: 17 - Eventos do eletrocardiograma.

Fonte: www.google/imagem.com.br

Fig: 18 - Ilustrao ludica das ondas PQRST.

Fonte: www.thedesignblog.org/page/4/

Algumas ondas e alguns perodos no ECG. . Onda P: Corresponde despolarizao das aurculas, sendo a sua primeira componente relativa aurcula direita e a segunda relativa aurcula esquerda, a sobreposio das suas componentes gera a morfologia tipicamente arredondada (excepo de V1), e sua amplitude mxima de 0,25 mV. Tamanho normal: Altura: 2,5 mm, comprimento: 3,0 mm, sendo avaliada em DII.

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A Hipertrofia auricular causa um aumento na altura e/ou durao da Onda P. . Complexo QRS: Corresponde a despolarizao ventricular. maior que a onda P pois a massa muscular dos ventrculos maior que a dos trios. Anormalidades no sistema de conduo geram complexos QRS alargados. . Onda T: Corresponde a repolarizao ventricular. Normalmente perpendicular e arredondada. A inverso da onda T indica processo isqumico. Onda T de configurao anormal indica hipercalemia. Arritmia no sinusal = ausncia da onda P . Onda T auricular: A repolarizao atrial no costuma ser registrada, pois encoberta pela despolarizao ventricular, evento eltrico concomitante e mais potente. Quando registrada, corresponde a Onda T atrial.A onda Ta oposta onda P. . Intervalo PR: o intervalo entre o incio da onda P e incio do complexo QRS. um indicativo da velocidade de conduo entre os trios e os ventrculos e corresponde ao tempo de conduo do impulso elctrico desde o ndo atrio-ventricular at aos ventrculos. O espao entre a onda P e o complexo QRS provocado pelo retardo do impulso eltrico no tecido fibroso que est localizado entre trios e ventrculos, a passagem por esse tecido impede que o impulso seja captado devidamente, pois o tecido fibroso no um bom condutor de eletricidade. . Perodo PP: Ou Intervalo PP, ou Ciclo PP. o intervalo entre o incio de duas ondas P. Corresponde a freqncia de despolarizao atrial, ou simplesmente freqncia atria . Perodo RR: Ou Intervalo RR, ou Ciclo RR. o intervalo entre duas ondas R. Corresponde a freqncia de despolarizao ventricular, ou simplesmente freqncia ventricular. . Riscos:

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O exame no apresenta riscos. Eventualmente podem ocorrer reaes dermatolgicas em funo do gel necessrio para melhorar a qualidade do exame. . Tcnica: Para se realizar o exame eletrocardiograma (ECG), o cardiopneumologista (CPL) (Tambm designado por tcnico de cardiopneumologia) deve inicialmente explicar ao paciente cada etapa do processo. O ambiente da sala deve estar com temperatura agradvel (nem muito quente nem muito frio). O paciente deve estar descansado h pelo menos 10 minutos, sem ter fumado h pelo menos 40 minutos, estar calmo. Deve ser investigado quanto ao uso de remdios que esteja usando, ou que costume usar esporadicamente. Com o paciente em decbito dorsal, palmas viradas para cima, o tcnico determina a posio das derivaes precordiais (V1 a V6) correctas; em seguida colocado o gel de conduo nos locais pr-determinados, como sendo a zona precordial, e membros, so conectados aos electrodos do electrocardiografo. s vezes necessrio uma tricotomia (corte dos pelos) em parte do precrdio, principalmente em homens. ento registrado o electrocardiograma de repouso. Os sinais eltricos podem ser vistos com um osciloscpio, mas geralmente so registrados em papel quadriculado. Fig: 19 Eletrocardiograma.

Fonte : www.diagnose.com.br/espaco-saude/exames/eletrocardiograma

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Correntemente existem electrocardigrafos digitais, com relatrio automtico. No entanto deve ter-se sempre em conta que esses resultados devem ser analisados pelo cardiopneumologista, pois muitas vezes esses aparelhos tm erros no algoritmo de diagnstico. importante lembrar que o ECG no 100% preciso. Pacientes com doena cardaca podem apresentar um traado normal e coraes perfeitamente normais podem mostrar um ECG "anormal".

7. Emergencia Medicas em Consultrios Odontologicos.

Ao longo da sua carreira o cirurgio dentista e sua equipe, devem estar aptos para atender as emergncias mdicas durante seu trabalho, os procedimentos no invasivos tambm entram nessas emergncias. Atualmente alguns estudos apontam que o cirurgio dentista de modo geral no est preparado para enfrentar as situaes de emergncia, pela falta de preparo e treinamento nas faculdades. No Brasil no existem nos currculos regulares, treinamento para estudantes de odontologia e muitos desconhecem as vias de acesso subcutnea, endovenosa e intramuscular. Com o aumento da expectativa de vida dos pacientes, o uso de drogas potentes sugere maiores possibilidades do dentista enfrentar uma emergncia mdica. Para o autor, a administrao de anestsicos locais so as causas mais comuns de emergncias mdicas, alm alterao de conscincia (sncope) .Para os profissionais que administram medicao intravenosa e atendem pacientes com complicaes sistmicas, recomenda-se o curso avanado de suporte de vida com treinamento a cada 2 anos. A equipe odontolgica deve ser treinada semestralmente para enfrentar situaes emergenciais e cada membro deve ter uma funo pr-determinada alm de telefones, endereos de clnicas ou hospitais mais prximos do consultrio devem ser atualizados. O primeiro procedimento de emergncia realizado na cadeira odontolgica deve permitir que o paciente, seja colocado em posio horizontal. 7.1. ETAPAS PARA RESSUCITAO: Na primeira etapa fundamental definir e tratar problemas que coloquem em risco a vida. Nesta fase no h tempo disponvel para estabelecer diagnstico. Os problemas basicamente so estabelecidos atravs de histria pregressa e exame fsico, principalmente quando o paciente estiver inconsciente. # (A) airways: leberar as vias areas

27 Observar queda posterior de lngua e ou mandbula, tecidos moles, corpo. Estranho nas vias areo superiores (VAS), edemas e sangramentos. O exame se inicia com a determinao do nvel de conscincia atravs de perguntas e chamados. Os pacientes que respondem possuem permeabilidade de VAS e perfuso cerebral adequada. A maior parte dos pacientes odontolgicos no responsivos enquadram-se na sncope vasovagal. Se o quadro de sncope associa-se a alteraes respiratrias ou ausncia de pulso, um servio de emergncia deve ser acionado imediatamente. # (B) brething: Respirao necessrio estabelecer atravs de AMBU ou outro mtodo prontamente a ventilao. A respirao normal caracteriza-se por ausncia de visualizao dos movimentos dos msculos intercostais. Pacientes com dificuldade respiratria devem receber oxignio suplementar. # (C) Circulation Circulao: massagem cardaca Observar a presena de sangramentos externos, presena de pulsos. Palpveis (cartida, femural e radial) As caractersticas do pulso normal (cheio). (E lento) denotam perfuso adequada. A perfuso circulatria cerebral prontamente sensvel a variaes e uma Hipoperfuso pode manifestar-se por sinais de confuso, agitao e letargia. O dbito cardaco tambm pode indiretamente ser avaliado atravs da Temperatura da pele, textura, colorao de mucosas. A ausncia total do pulso indicativa do estabelecimento de compresses Torcica. Se presente, mesmo que fraco no indica as compresses torcicas, J que so mais eficientes em manter a perfuso tecidual, lembrar que nunca. Deve ser feita em pacientes conscientes. Quando a hipoperfuso associa-se a presena de pulso deve-se observar a Presso arterial, se baixa, colocar o paciente em posio horizontal (pernas mais elevadas que a cabea). # (D) disability: Incapacidade (alerta, voz, dor, no responsivo, desorientao drogas, desfribilao) est relacionada com alteraes neurolgicas com acidente vascular cerebral. # (E) Exposure reavaliao: Remoo da roupa e reavaliao AMPLE (alergias, medicamentos, histria mdica pregressa, ltima refeio, eventos associados emergncia). Numa segunda etapa a ateno voltada para as regies a procura de alteraes especfica em cabea e pescoo, trax, abdome, membros e SNC. Procurar edema, principalmente em boca e pescoo; fazer a ausculta de estridor ou sibilos so sinais de expirao forada; reavaliar a ventilao, e se h necessidade do auxlio da musculatura abdominal para

28 realizar os movimentos respiratrios. At a chegada do auxlio emergencial o clnico deve assistir ao paciente reavaliando suas condies na tentativa de estabelecer a progresso, estabilizao ou piora do quadro inicial. Segundo o artigo, o guia para o manuseio de emergncia mdica, revisado por um comit nos Estados Unidos apontam como as emergncias mais comuns a sncope vasovagal, angina pectoralis, enfarto do miocrdio, hipertenso, hipotenso e choque, choque insulnico, coma por diabete, alergia, asma, anafilaxia, hiperventilao acidente cerebrovascular e hemorragia. Segundo MALAMED as emergncias mdicas mais comuns so hiperventilao, crises convulsivas, hipoglicemia, sncope vasovagal, angina pectoris, hipotenso ortosttica, reaes de hipersensibilidade. PETERESON e SONIS afirmam que as situaes de stress emocional so fatores importantes, principalmente nos pacientes pr-dispostos. E relaciona com a angina pectoris, enfarto do miocrdio, bronco espasmo asmtico, insuficincia adrenal aguda, crise tireoideana, choque insulnico, hiperventilao, epilepsia. Segundo EMERGY (1999) as situaes mais freqentes so sncopes, hiperventilao, crise asmtica, hiperventilao, hipersensibilidade, angina, hipoglicemia, obstruo de vias areas e crise cardaca.

7.2. As principais situaes de emergncia, os sinais e sintomas e tratamento que podem ocorrer no consultrio odontolgico. 7.2.1. SNCOPE VASOVAGAL. Normalmente induzida pelo stress que leva a liberao aumentada de catecolaminas. O paciente pode queixar-se de uma sensao subjetiva de mal estar, calor, nuseas e palpitao. A queda do fluxo sangneo cerebral decorrente da queda na presso arterial que corresponde manifestao de tontura e fraqueza. Se os nveis pressoriais se mantiverem baixo o quadro pode evoluir par a perda da conscincia e at a instalao de um quadro convulsivo decorrente de isquemia. A melhor preveno da sncope a preparao do paciente. O paciente deve ser colocado com a cabea mais baixa que os membros e oxignio devem ser administrados. A amnia poder ser utilizada como estimulante fazendo com que o paciente recobre a conscincia, caso no ocorra procurar outras causas. 7.2.2. HIPOGLICEMIA/ HPERGLICEMIA. Aproximadamente 3% a 7% de todos os pacientes possuem diabetes mellitus que predispe s variaes no nvel sanguneo de glicose. O diagnstico para Diabete mellitus (DM) estabelecido com nveis de glicemia superiores a 140mg/dl. O DM subdividido em tipo I (insulino dependente) e tipo II (no insulino dependente) normalmente controlado com dieta e hipoglicemiante orais. Normalmente as situaes de emergncia com estes pacientes so decorrentes de erros na dosagem da medicao usada. Outras situaes, principalmente hipoglecemia nos DM tipo I, podem alterar os nveis de glicose no soro como uma diminuio da ingesta calrica (ausncia das refeies ou aumento do consumo de energia (exerccios fsicos, stress emocional e infeces)). A hiperglicemia leva normalmente a desidratao pela

29 perda osmtica de grande quantidade de urina, manisfestando-se com poliria e polidipsia. Apesar dos altos nveis de glicose, as clulas no tm como utilizar esse substrato energtico. O organismo usa ento como fonte de energia tri glicerdeos que resultam na formao de corpos cetnicos e acidose pela queda do PH sanguneo. Se o quadro de cetoacidose no revertido, o coma diabtico pode se instalar numa fase mais avanada. O quadro clnico se manifesta por uma expirao forada na tentativa de exalar dixido de carbono e reverter a acidose metablica, hlito cetnico, queixa de distrbio visual e taquicardia.. Segundo SONIS a hipoglicemia somos definidas com taxas de glicose inferiores a 50mg/dl. Esta situao se instala muito mais rapidamente do que a hiperglicemia. Geralmente ocorre aps 2 horas da administrao de insulina e se manifesta por taquicardia, sudorese, nervosismo, irritabilidade e como o SNC sensvel a hipoglicemia, ocorrem confuso mental, dificuldade para falar, letargia, precedendo perda de conscincia. Se o paciente referir estes sintomas deve-se suspender o procedimento e oferecer carboidratos de rpida absoro (sucos, refrigerante e acar). Se no obtiver melhora administrar glicose endovenosa ou glucagon intramuscular. 7.2.3. REAES DE HIPERSENSIBILIDADE. A preveno comea com um bom diagnstico e tcnica correta de tratamento. Pois erro na identificao do problema, dose mal calculada e administrao por vias erradas pode agravar a situao ou trazer seqelas graves. Na administrao de anestsicos locais importante o conhecimento do mecanismo de ao destas drogas, sua dosagem correta, avaliar o risco na administrao e o uso de vaosconstrictores. Reaes alrgicas que envolvam vias areas superiores so graves e necessitam interveno imediata, dificuldade respiratria, dificuldade de falar, respirao ruidosa so manifestaes de edema e obstruo parcial de vias areas. Num estgio mais avanado de anafilaxia generalizada, cianose das extremidades e de mucosas, taquicardia, queda da presso arterial e inconscincia podem se instalar. Se o quadro alrgico foi limitado pele um antihistamnico deve ser recomendado. Se envolver o trato respiratrio o paciente deve ser colocado em posio semi reclinado, com administrao de oxignio, adrenalina EV ou aerosol aplicada o anti-histmnico, se houver sinais de obstruo de laringe como perda de conscincia e incapacidade de ventilao, a cricotomia deve ser realizada. H pacientes sensveis, principalmente os asmticos que tem maior possibilidade de sofrer anafilaxia quando comparado com outros alrgicos. Pode-se utilizar dos testes in vivo ou in vitro para diminuir os riscos destes pacientes desenvolverem reaes alrgicas graves. As reaes alrgicas se dividem em 3 categorias: A sncope vasovagal: a mais comum e a menos perigosa das reaes alrgicas pode ser rapidamente diagnosticada e diferenciada de uma reao anafiltica potente e fatal. Ela esta associada ao medo e ansiedade do paciente pode o levar ao desmaio. So as reaes alrgicas que normalmente o pacientes relatam, quando vo receber a anestesia. Fazendo uma

30 comparao com a anafilaxia observamos que os sinais e sintomas so bem distintos, como observamos no quadro abaixo. Sinais e sintomas Pulso Presso sanguneo-normal Baixa Edema Cor da face/temperatura Distrbios Resp.-ausentes Sudorese sncope vasovagal lento normal normal ausente plido/frio ausentes presente anafilaxia rpido normal normal presente vermelho-quente presentes ausente

Reao alrgica tardia: so reaes que ocorrem aps 6h at 2 dias, para o tratamento recomenda-se o uso de antihistamnico. So raras e normalmente no necessitam um tratamento de emergncia. Reao alrgica imediata: apresentam-se sob 4 formas: Local, Local severa, sistmica e anafiltica. Mas somente esta existe risco de vida. As reaes locais so freqentes e normalmente ocorrem aps a injeo formando eritema e edema. Estes podem ser evitados realizando a injeo com uma boa tcnica ou usando antihistamnico antes da injeo. Anafilaxia: a verdadeira anafilaxia comea com uma reao generalizada, envolvendo rapidamente o sistema respiratrio e circulatrio. H exacerbao dos sintomas alrgicos, especialmente nasal, farngeo, alm da taquicardia. Nos pacientes que usam beta bloqueador, este ltimo sintoma, pode estar ausente dificultando o diagnstico. Outros sintomas comuns so broncoespasmo, urticria, angioedema, os sintomas abdominais so menos comuns e incluem diarria vmitos e clicas. Em dificuldades respiratrias, hipotenso e arritmia podem preceder o colapso. Finalmente muitos casos podem progredir para hipotenso, colapso cardiovascular e a morte podero ocorrer em minutos. 7.2.4. ANGINA PECTORIS: A dor deve ser vem definida pelo paciente, pois o desconforto pode ser postural, resultado de refluxo esofagiano, artrite, problemas respiratrios e principalmente a ansiedade. Nestas situaes deve-se identificar a origem suspender o tratamento, posicionar o paciente semi-reclinado, administrar nitroglicerina em spray ou cpsula, administrar oxignio, tomar o pulso e a PA. Se o quadro for revertido, manter o oxignio por mais 5 minutos e remarcar o procedimento dental.

31 Quando h evoluo para enfarto do miocrdio, depois de tomadas s medidas anteriores, administrar a Segunda dose de nitroglicerina e monitorar os sinais vitais, permanecendo o desconforto, aguardar 3 e administrar mais uma dose de nitroglicerina em se mantendo o quadro, trata-se de enfarto do miocrdio em evoluo. Deve-se solicitar socorro imediatamente, puncionar veia com soro. Se a dor for severa administrar sulfato de morfina 2mg, preparar para o transporte imediatamente.

7.3. Medicamentos para os primeiros socorros no consultrio odontolgico. Via parenteral: Analgsico (sulfato de morfina) Anticonvulsivante (diazepam) Antihistamnico (benadryl, fenergan). Antihipoglicmico (dextrose 50%) Corticosteride (dexametasona) Vaso ltico (atropina) Via oral: Antihistamnico (fenergan, benadryl) Antihipoglicmico (suco, acar). Vasodilatador (nitroglicerina) Inalatrio: Bronco dilatador (metaproterenol) Oxignio Estimulante (amnia) Equipamentos: Material para acessar via endovenosa: Tornique jelco ou agulha, esparadrapo, soluo de soro fisiolgico 0,9%. Aspiradores de alta potncia, com ponta de aspirador de amgdalas. Seringas descartveis de 5 a 10ml, agulhas nmero 18 e 21. Para administrar oxignio, mscara ou AMBU, cilindro de oxignio.

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Em casos mais graves encaminhar para realizar a Laringoscopia, entubao endotraqueal, essas so manobras para especialistas da medicina.

8. Procedimentos a Ser Realizados Em Situao de Emergncias Odontolgicas. O conceito de intervenes iniciais e imediatas, aplicadas fora do ambiente hospitalar, a fim de garantir a vida do paciente e evitar o agravamento das leses existentes A airways = liberar as vias reas: Para liberar as vias areas; 1. Estender a cabea para trs e levantar o pescoo 2. Puxar a mandbula para frente atravs dos ngulos mandibulares ou na regio anterior. 3. Puxar a lngua para frente usando sutura ou instrumental que a mantenha anteriormente. B breathing = respirao: 1. Ventilao boca-boca ou mscara-boca 2. Usar AMBU. C circulation = massagem cardaca: 1. Compresso no tero inferior do externo (3 a 5 cm). Realizar 80 a 100 compresses por minuto. 2. Com um s reanimar, a cada 15 compresses faz-se 2 ventilaes. 3. Com 2 reanimadores; a cada 5 compresses faz-se 1 ventilao.

As manobras de emergncias mdicas em odontologia esto no anexo desse trabalho, uma vez que fazem parte de um manual de emergencias.

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CONCLUSOEmbora no sejam comuns, as situaes de emergncia podem ocorrer na clnica odontolgica de modo imprevisvel, sem obedecer a regras ou padres definidos. O aumento do nmero de idosos que procuram tratamento odontolgico e a tendncia a se prolongar a durao das sesses de atendimento contribuiu sensivelmente para elevar o nmero de casos de urgncias mdicas atendidas, em primeira instncia, pelos cirurgies-dentistas em seus consultrios. Portanto, estes como profissionais da rea da sade devem estar preparados para reconhecer e instituir medidas de pronto atendimento na ocorrncia das situaes emergenciais. importante que sejam treinados para executar as manobras de suporte bsico vida, bem como manusear certos medicamentos, acessrios, e equipamentos empregados nas emergencias mdicas.

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REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS

GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Mdica. 11 ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.www.joaocarlini.com.br/imagens www.wikipedia.org/wiki/Sistema_circulatrio www.viniciosoliari.zip.net/arch2010-05-30_2010-06-05.html www.biofis.hd1.com.br/SistCirculatorio.html www.flaviocbarreto.bio.br/ens_medio/teste700.htm www.adrianobiologia.wordpress.com/2011/03/31/circulacao-sanguinea/ www.saude_circulacao_sanguinea.htm www.blog.educacional.com.br www.blog.educacional.com.br http://www.afh.bio.br/cardio/Cardio3.asp www.google.com.br/imagem www.diagnose.com.br/espaco-saude/exames/eletrocardiograma www.thedesignblog.org/page/4/ www.wallstreetfitness.com.br www.cesut.com.br/conteudo/downloads www.skydrive.live.com

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ANEXO