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Biografia da Autora Sylvia Orthof Vida: Carioca, Sylvia Orthof nasceu em 1932, filha única de um casal de imigrantes pobres. Seus pais eram judeus austríacos e fugiram para o Brasil entre as duas guerras mundiais. Sylvia teve formação artística. Estudou mímica, teatro, pintura, desenho e arte dramática. Tinha apenas 15 anos quando começou a atuar na Escola de Arte Dramática do Teatro do Estudante. Aos 18, foi estudar teatro, desenho e mímica em Paris. Lá, aprendeu mímica com Marcel Marceau. Retornou ao Brasil dois anos depois e foi trabalhar em São Paulo como atriz no Teatro Brasileiro de Comédias (TBC) e na TV Record. No Rio de Janeiro, atuou ao lado de grandes nomes do teatro e da TV. Na TV Brasília, trabalhou em um programa infantil de fantoches, o Teatro Candanguinho. Foi contadora de histórias na rádio MEC, júri do concurso de Miss Brasília. Como desenhista de fantasias de carnaval, ganhou todos os prêmios da categoria “originalidade”. Mesmo sem ter feito curso universitário, passou a lecionar teatro na Universidade de Brasília e a coordenar as atividades de teatro do SESI. O trabalho ali desenvolvido com operários

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Biografia da Autora Sylvia Orthof

Vida:

Carioca, Sylvia Orthof nasceu em 1932, filha única de um casal de imigrantes pobres. Seus pais eram judeus austríacos e fugiram para o Brasil entre as duas guerras mundiais. Sylvia teve formação artística. Estudou mímica, teatro, pintura, desenho e arte dramática. Tinha apenas 15 anos quando começou a atuar na Escola de Arte Dramática do Teatro do Estudante. Aos 18, foi estudar teatro, desenho e mímica em Paris. Lá, aprendeu mímica com Marcel Marceau. Retornou ao Brasil dois anos depois e foi trabalhar em São Paulo como atriz no Teatro Brasileiro de Comédias (TBC) e na TV Record. No Rio de Janeiro, atuou ao lado de grandes nomes do teatro e da TV.

Na TV Brasília, trabalhou em um programa infantil de fantoches, o Teatro Candanguinho. Foi contadora de histórias na rádio MEC, júri do concurso de Miss Brasília. Como desenhista de fantasias de carnaval, ganhou todos os prêmios da categoria “originalidade”. Mesmo sem ter feito curso universitário, passou a lecionar teatro na Universidade de Brasília e a coordenar as atividades de teatro do SESI. O trabalho ali desenvolvido com operários acabou lhe trazendo problemas com o governo militar. Por conta disso, ela se refugiou em Paris durante quatro meses, no ano de 1966.

De volta a Brasília, Sylvia teve que enfrentar mais tarde a notícia da doença de seu marido. Assustado com o câncer, ele devolveu a mulher e os filhos para o sogro. Voltaram, então, em 1972, a morar em Petrópolis, onde retomaram contato com velhos amigos, como o casal Póla e Tato Gostkorzewicz e Zilahe Luís Tranin. Aos 40 anos, Sylvia ficou viúva.

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Da afirmação como escritora:

Nessa nova fase, escreveu e dirigiu “A Viagem do Barquinho”, peça infantil encenada no MAM em que toda a família trabalhava. Fundou, em 1975, a Casa de Ensaios Sylvia Orthof, dedicada exclusivamente a espetáculos infantis. Nesse mesmo ano, ganhou o primeiro lugar no Concurso Nacional de Dramaturgia Infantil Guaíra, do Paraná. Quatro anos depois, seu conto “O Pé Chato e a Mão Furada” foi premiado no 1º Concurso Nacional de Contos Infantis do Banco Auxiliar de São Paulo.É nesse momento que sua vida de escritora se inicia oficialmente. Um convite de Ruth Rocha para escrever histórias infantis para a revista Recreio abriu definitivamente as portas da literatura infantil para Sylvia Orthof. Já em 1981, publicou a primeira das mais de 120 histórias infantis e infanto-juvenis que escreveu. Versátil, a autora explorou diversos gêneros literários: prosa, poesia e teatro. Embora iniciada tardiamente, aos 40 anos, a carreira de Sylvia Orthof consagrou-a como uma das maiores escritoras infantis do país.:

Principais obras de Sylvia Orthof:

Publicado na década de 1980, “Os Bichos que Tive” vendeu mais de 200 mil exemplares, um best-seller do gênero. No volume, a autora se recorda de seus animais de estimação.

Com muitas ideias na cabeça e um lápis na mão, “A Rainha Rabiscada” vai para Brasília apagar um ministro corrupto e alguns deputados de caráter questionável.

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Uma sereia bem diferente ganha asas e atravessam o universo com seu peixinho de estimação em “Avoada: A Sereia Voadora”.

No título “Se as coisas fossem Mães”, Sylvia imagina a maternidade em objetos inanimados do cotidiano.

Em versos, “Sonhando Santos Dumont”, narra a história do inventor que sonhava em voar e se tornou o pai da aviação no Brasil. A obra foi publicada no ano de sua morte.

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Das mais de 500 histórias escritas por Sylvia, muitas se perderam ou não se tornaram públicas. O conjunto de sua obra compreende mais de 120 livros publicados.