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Sector Terciário do Porto EFJ T4 Cabeleireiro de Senhora Acção de Formação n.º 68 Biologia e Cidadania Alimentação para a SaúdeFormador: José Fonseca

Biologia e Cidadania

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Biologia e Cidadania

“Alimentação para a Saúde”

Formador: José Fonseca

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ÍNDICE

1. ALIMENTAÇÃO PARA A SAÚDE ....................................................................... 3

2. ALIMENTOS ........................................................................................................... 4

3. RODA DOS ALIMENTOS: ................................................................................... 4

4. NUTRIENTES ......................................................................................................... 5

5. OS CABELOS E OS NUTRIENTES .................................................................. 11

6. OBJECTIVOS DE UMA ALIMENTAÇÃO SAÚDAVEL ................................. 13

7. DICAS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAÚDAVEL ......................................... 14

8. IMC- ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ........................................................... 15

9. DISTURBIOS ALIMENTARES .......................................................................... 16

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 23

ANEXOS ................................................................................................................... 24

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1. ALIMENTAÇÃO PARA A SAÚDE

A alimentação humana constitui a matéria-prima com a qual o organismo é

mantido em boas condições para realizar tarefas de forma eficiente. A estrutura

do nosso corpo, a nossa saúde e até a saúde dos cabelos, vão depender da

hereditariedade e da qualidade, quantidade e proporção do que comemos ao

longo do nosso desenvolvimento

“A Alimentação Saudável é uma forma racional de comer que assegura

variedade, equilíbrio e quantidade justa de alimentos escolhidos pela sua

qualidade nutricional e higiénica, submetidos a benéficas manipulações

culinárias”. Emílio Peres, in “Saber comer para melhor viver”

A dieta actual afastou-se imenso da ingestão e do equilíbrio ideais de

nutrientes, uma alimentação balanceada deixou de ser apenas um hábito

saudável, tornou-se essencial para a manutenção do bom funcionamento do

organismo, bem como passou a ser uma das mais importantes ferramentas de

prevenção de doenças. Diante disso, a nossa alimentação passou a ser o

reflexo da nossa saúde.

Com o aumento do consumo de fast-food e o advento de epidemias como a

obesidade, uma dieta regrada deixou de ser apenas um hábito saudável,

tornando-se em algo essencial para evitar doenças decorrentes da vida

moderna.

Comer desequilibradamente e acima do necessário é, provavelmente, a

principal causa das doenças metabólicas e degenerativas das sociedades de

consumo.

O correcto não é passar privações e comer sem graça, é antes tirar vantagens

de uma alimentação equilibrada, agradável, ajustada ás necessidades e

geradora de convivência.

Podemos considerar que alimentação saudável é a ingestão de nutrientes que:

• Promova o equilíbrio emocional e rendimento mental perfeitos

• Promova o rendimento físico perfeitos

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• Está associada a uma menor incidência de saúde deficiente

• Está associada uma maior duração de vida saudável

• Ajuda a melhorar a clareza e concentração mentais

• Aumenta o QI

2. ALIMENTOS

São substâncias usadas para alimentar os seres vivos ao longo da sua vida e

que fornecem todos os nutrientes necessários para:

produção de energia;

funcionamento correcto do organismo;

formação, crescimento e reparação do corpo

3. RODA DOS ALIMENTOS:

A Roda dos Alimentos é um instrumento de educação alimentar destinado à

população em geral. Esta representação gráfica foi concebida para orientar as

escolhas e combinações alimentares que devem fazer parte de um dia

alimentar saudável.

Utilizada desde 1977, como parte da Campanha de Educação Alimentar “Saber

comer é saber viver”, a Roda dos Alimentos sofreu recentemente uma

reestruturação, motivada pela evolução dos conhecimentos científicos e pelas

alterações nos hábitos alimentares portugueses.

Mantendo o formato circular original, associado ao prato vulgarmente utilizado

às refeições, a nova versão subdivide alguns dos anteriores grupos e

estabelece porções diárias equivalentes, para além de incluir a água no centro

desta nova representação gráfica.

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A nova Roda dos Alimentos é composta por sete grupos, com funções e

características nutricionais específicas:

Cereais e derivados, tubérculos – 28%

Hortícolas – 23%

Fruta – 20%

Lacticínios – 18%

Carne, pescado e ovos – 5%

Leguminosas – 4%

Gorduras e óleos – 2%

Dentro de cada divisão estão reunidos alimentos nutricionalmente semelhantes

entre si, para que possam ser regularmente substituídos, assegurando a

variedade nutricional e alimentar. (ver anexo I)

4. NUTRIENTES

• São os produtos que se obtêm depois da transformação dos alimentos

no organismo humano através da digestão;

• São substâncias que compõem os alimentos e que o nosso organismo

necessita para viver, para manter a sua saúde e executar as suas

actividades diárias;

• Fornecem energia para trabalhar, praticar desporto e para o

funcionamento dos órgãos;

• Promovem o crescimento, cicatrização de feridas, substituição de

células envelhecidas, etc;

• A absorção da maior parte dos nutrientes dá-se no intestino delgado,

onde passam para o sangue que depois os transporta para todas as

partes do organismo para serem utilizados;

De seguida são especificados os sete grupos de nutrientes:

HIDRATOS DE CARBONO OU GLÚCIDOS

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São substâncias que constituem a principal fonte de energia para o movimento,

trabalho e realização de todas as funções do organismo.

As principais fontes alimentares são: arroz, farinha, massa, pão, cereais,

batata, leguminosas (feijão, grão-de-bico, favas, ervilhas, lentilhas), fruta,

açúcar e mel.

Os hidratos de carbono são constituídos por carbono, oxigénio e hidrogénio.

Conforme a sua composição podem ser simples ou complexos. Os hidratos de

carbono simples são absorvidos rapidamente. Exemplos: glicose (uvas), frutose

(fruta e mel), lactose (leite), sacarose (açúcar comum). Os hidratos de carbono

complexos são absorvidos lentamente por serem constituídos por cadeias

longas que precisam ser desdobradas em açúcares simples (que possam ser

absorvidos). Exemplos: amidos (cereais, pão, massas, alguns frutos e

hortaliças).

GORDURAS OU LÍPIDOS

Os lípidos são os grandes fornecedores de energia. Os lípidos permitem o

transporte das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), protegem-nos do frio,

constituem reservas de energia e protegem os órgãos vitais das agressões

externas. Nos lípidos encontram-se os mesmos elementos que compõe os

hidratos de carbono (carbono, oxigénio e hidrogénio), só que em combinações

diferentes. Não são solúveis em água (como os hidratos de carbono) mas sim

em álcool, éter e clorofórmio.

Os lípidos existem em alimentos de origem animal e vegetal. São exemplos:

manteiga, natas, banhas, toucinho, azeite, óleos alimentares, margarinas, ovo

(gema), frutos secos e alguns frutos tropicais como o abacate e coco.

PROTEÍNAS

As proteínas são substâncias responsáveis pelo crescimento, manutenção e

reparação dos órgãos, tecidos e células do organismo. Também fornecem

energia, que só é utilizada se faltarem os restantes nutrientes energéticos.

As proteínas são substâncias complexas, formadas a partir de unidades mais

pequenas chamadas aminoácidos.

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As principais fontes de proteínas são os alimentos de origem animal, tais como

lacticínios (leite, queijo, iogurte, requeijão), carnes, peixes e ovos. Também

Existem quantidades apreciáveis de proteínas em alimentos de origem vegetal

como as leguminosas verdes e secas (feijão, grão-de-bico, favas, ervilhas,

lentilhas).

VITAMINAS

São substâncias orgânicas, encontram-se presentes nos alimentos em

quantidades muito pequenas e a sua maioria não é produzida pelo nosso

organismo. Têm um papel importante no crescimento e desenvolvimento, bem

como na prevenção de doenças e preservação de uma saúde equilibrada.

Conforme a sua solubilidade classificam-se em lipossolúveis (solúveis nas

gorduras) e hidrossolúveis (solúveis na água). As vitaminas lipossolúveis

englobam as vitaminas A, D, E e K). As hidrossolúveis compreendem a

vitamina C e as vitaminas do complexo B: B1, B2, B3, B5, B6, B8, B9 e B12.

Vitamina A (retinol)

A vitamina A encontra-se na manteiga, gema de ovo, no óleo de fígado de

bacalhau, no agrião, no pêssego, e no melão, na salsa e na cenoura. É

essencial para o crescimento normal, intervém na formação de ossos, do

esmalte dos dentes e é essencial para a visão quando a luz é de fraca

intensidade. Em concentrações elevadas pode ser irritante.

Vitamina D (Calciferol)

É sintetizada pela pele aquando da exposição à luz solar. Encontra-se nos

cereais integrais, nos ovos, no leite, na manteiga, nos óleos de bacalhau. É

essencial para o crescimento e desenvolvimento normais, favorece a fixação

de cálcio nos ossos, regulariza o metabolismo de certos sais minerais, como o

cálcio e o fósforo e estimula a cicatrização.

Vitamina E (Tocoferol)

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É um potente oxidante. Previne irritações solares. Está presente em todos os

cereais integrais, nos óleos vegetais, vegetais de folhas verdes, gema de ovo e

nozes.

Vitamina K

Aumenta a elasticidade da pele. Está presente nas plantas verdes, como a

couve, o repolho, os espinafres, a couve branca e roxa, no arroz integral e nos

óleos vegetais não refinados. É igualmente sintetizada por bactérias do

intestino. Constitui um factor essencial no processo de coagulação sanguínea.

Vitamina C (Ácido Ascórbico)

Esta vitamina encontra-se nas frutas e nos legumes frescos, nomeadamente

nos citrinos, no tomate, na salsa, nos agriões, pimentos verdes, repolho cru,

morangos e kiwi. Intervém na formação dos dentes e dos ossos, promove a

cicatrização dos ferimentos e fracturas e reduz a tendência às infecções.

Aumenta a absorção de ferro. Previne o escorbuto (hemorragias nas gengivas

e mucosas, perda de dentes).

Vitamina B

Não é uma única vitamina, mas sim um complexo de 12 vitaminas diferentes.

Algumas são descritas a seguir.

Tiamina (vitamina B1)

Está presente no porco, fígado, vísceras, cereais, grãos integrais, e

batatas. É essencial para o crescimento, apetite normal e digestão.

Riboflavina (vitamina B2)

Está presente no leite e nos seus derivados, vísceras, vegetais de folhas

verdes, cereais, pães e ovos. É essencial para o crescimento e para a

saúde dos olhos. Evita as inflamações cutâneas e a cegueira diurna.

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Niacina (vitamina B3 ou PP)

É essencial para uma pele saudável, protege o fígado, os tecidos

nervosos e o aparelho digestivo. Ajuda a regular a taxa de colesterol no

sangue. Está presente no fígado, peixe, carne, aves, ovos, amendoins,

leite e legumes verdes.

Ácido Pantoténico (vitamina B5)

Ajuda no metabolismo das proteínas, gorduras e açúcares, actua na

produção das hormonas supra-renais e na formação de anticorpos. Está

presente em todos os alimentos animais e vegetais. Os ovos, o fígado e o

salmão são as melhores fontes.

Pirixodina (vitamina B6)

Esta vitamina ajuda no metabolismo dos aminoácidos, sendo importante

para um crescimento normal. Ajuda a regular a secreção seborreica.

Encontra-se no porco, carne, leite, gema de ovo, farinha de aveia e

legumes.

Biotina (vitamina B8)

Intervém no metabolismo das proteínas e dos hidratos de carbono e,

também, na formação da pele. Está presente no fígado, cogumelos,

amendoins, leite, carne, gema de ovo, maioria dos vegetais, banana,

laranja, tomate, melão e morangos.

Ácido fólico (vitamina B9)

Esta vitamina é essencial para a síntese de ácidos nucleicos. Encontra-se

nos vegetais de folhas verdes, carnes, trigo, ovos, peixes, feijões.

Cobalamina (vitamina B12)

Esta vitamina é essencial para a formação normal de células sanguíneas.

Intervém no crescimento. Está presente no fígado, rim, leite e derivados,

carne e ovos.

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MINERAIS

Os minerais contribuem para a conservação e renovação dos tecidos e para o

bom funcionamento das células nervosas. Encontram-se numa grande

variedade de alimentos de origem animal e vegetal.

Em seguida apresentam-se alguns minerais e funções alimentares que

desempenham no organismo, bem como as suas fontes alimentares.

Cálcio

É essencial para a constituição dos ossos e dentes. Encontra-se nos

lacticínios (queijo, iogurte e outros leites), frutos secos, produtos

hortícolas de folha verde-escura (couve-galega).

Magnésio

Intervém nos processos que permitam a actividade muscular e do

sistema nervoso. Está presente nos cereais, leguminosas (feijão, grão –

de - bico), soja, frutos secos.

Ferro

Intervém no transporte de oxigénio, pois faz parte dos componentes do

sangue. Tem acção no sistema imunitário, ao nível das enzimas e

hormonas. Encontra-se na gema de ovo, carnes, leguminosas, peixes e

nozes.

Zinco

É importante na produção de insulina e formação de ADN. É essencial

ao sistema imunitário e tem um papel importante no controlo da

produção de testosterona. Está presente no fígado, marisco e

leguminosas.

ÁGUA

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A água é o nutriente necessário em maior quantidade. Essencial para a vida, é

a substância que existe em maior quantidade no corpo humano, representando

cerca de 60 a 65% do nosso peso corporal. Entre as múltiplas funções da

água, salientam-se as seguintes: transporta os nutrientes e outras substâncias

no organismo e ajuda a manter a temperatura corporal. A água aparece em

todos os alimentos com diferentes percentagens.

5. OS CABELOS E OS NUTRIENTES

Uma boa higiene alimentar ajuda a ter cabelos bonitos. Uma alimentação rica

em proteínas, cálcio, ferro, ácidos aminados (cistina) e minerais,

nomeadamente o zinco e o magnésio, são indispensáveis ao crescimento e

brilho dos cabelos.

As vitaminas também têm um papel importante no crescimento do cabelo.

Um excesso de vitamina A pode ser prejudicial. As vitaminas B2, B3 e B5

favorecem o crescimento do cabelo. E a vitamina B6 favorece o metabolismo

dos aminoácidos (constituinte da queratina).

Aminoácidos e Proteínas

Estimulam o crescimento e o fortalecimento dos cabelos. Encontrados em

carnes, ovos, leite, derivados do leite, grãos.

Cobre

Estimula o crescimento dos cabelos. Presente em nozes, castanhas e ostras.

Ferro

Combate anemias e problemas dos cabelos relacionados a deficiências de

ferro. Encontrado em fígado, gérmen de trigo, amêndoas, passas, feijão /

lentilha e folhas escuras.

Zinco

Melhora a aparência e o brilho dos cabelos. Encontrado no abacaxi, morangos,

laranja, ameixa, etc.

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Vitaminas

Complexo B, Vit C, Vit E e CoQ10 - Diminuem a calvície e tratam alguns tipos

de anemia:

Complexo B (soja, lentilha, gema de ovo, abacate, cenoura, semente de

girassol, peixes)

Vitamina C (laranja, couve, brócolos, pimentão verde, espinafre, morango,

goiaba)

Vitamina E (óleo de girassol, óleo de gérmen de trigo, nozes, amendoim)

Vitamina A - fortalece o cabelo (fígado, gema de ovo, vegetais amarelos ou

verde-escuros, melão e pêssego) Um excesso de vitamina A pode ser

prejudicial.

Gorduras insaturadas (azeite)

Ajuda o bom funcionamento das glândulas sebáceas, que garantem a

lubrificação

Lítio

A falta de lítio provoca queda de cabelo encontra-se no gengibre, alguns

cogumelos, nozes, alface, agrião. A água alta de lítio provoca queda de cabelo)

Magnésio

É essencial na formação de proteínas como a queratina, que constitui os fios.

Presentes nos frutos do mar, abacate, melão, abacaxi, carambola e nozes.

Cálcio

A deficiência desse mineral torna os cabelos finos e quebradiços. Fontes: leite

e derivados, tofu, salmão e sardinha.

Sódio

Ajuda a controlar o teor de água dentro dos fios e dá brilho. Fontes: frutos do

mar, tomate, aipo e tofu.

Potássio

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É muito importante para manter a flexibilidade e a hidratação. Fontes: carnes

magras, banana, pepino, uva, amêndoa e semente de girassol.

Zinco

É ele que dá a força aos cabelos. Fontes: carne, cogumelo, ovo, ostra e germe

de trigo

6. OBJECTIVOS DE UMA ALIMENTAÇÃO SAÚDAVEL

• Dar prazer e satisfazer o apetite

• Despertar interesse por toda a comida, de forma a evitar a recusa de

alimentos

• Formar e conservar as nossas células, tecidos e órgãos

• Manter o peso dentro dos limites desejáveis

• Crescer e desenvolvermo-nos até adultos

• Evitar doenças como:

• Obesidade

• Hipertensão

• Aterosclerose

• Hipercolesterolémia

• Diabetes

• Osteoporose

• Cancro

• etc.

• Promover a cicatrização favorável das feridas

• Estimular a imunidade contra as doenças

• Diminuir a importância das doenças por abuso de álcool, gorduras, sal e

açúcar

• Preferir alimentos naturais ou manipulados com qualidade

• Envelhecer com qualidade de vida

• Educar para uma alimentação saudável ao longo da vida

• Permitir um correcto funcionamento físico e intelectual do organismo

• Criar reservas de energia para emergências e para intervalos entre

refeições

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7. DICAS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAÚDAVEL

o Tomar sempre o pequeno-almoço

o Comer a intervalos máximos de 3,5 horas: o nosso organismo

precisa de um fornecimento regular de energia para as

actividades diárias

o Comer sem se empanturrar

o À noite não comer muito tarde

o Mastigar e ensalivar bem tudo o que se come

o Utilizar o leite e seus derivados nas quantidades ajustadas ás

necessidades

o Consumir com abundância hortaliças, legumes e fruta

o Afastar as bebidas alcoólicas das crianças, grávidas e aleitantes

o Restringir a utilização de óleos, gorduras e alimentos gordos.

o Preferir carnes brancas e azeite

o Não abusar do sal

o Preferir os cereais mais grosseiros

o Variar no consumo de alimentos:

equilíbrio

variedade

completa

o Comer a quantidade necessária de comida (varia com sexo,

idade, exercício, etc), evitar ficar empanturrado “Pesado”, porque:

Dificulta a digestão, causando sonolência e aumento dos

acidentes de trabalho

Provoca obesidade e doenças associadas

o Beber água em abundância, principalmente fora das refeições

o Evitar os refrigerantes, são prejudiciais á saúde

o Reduzir o consumo de açúcar: bebidas embaladas, produtos de

pastelaria e confeitaria, refrigerantes

o Distinguir os dias festivos dos dias comuns

o Variar na forma de cozinha

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8. IMC- ÍNDICE DE MASSA CORPORAL

O índice de Massa Corporal (IMC) é uma fórmula que indica se um adulto está

acima do peso, obeso ou abaixo do peso ideal considerado saudável.

A fórmula para calcular o Índice de Massa Corporal é:

IMC = peso / (altura)2

(o peso apresenta-se em quilos e a altura em metros)

Tabela de Resultados do IMC

Como chegar ao peso desejado segundo os valores do IMC?

Chega-se a este valor multiplicando o quadrado da sua altura pelo IMC

desejavel.

Peso ideal = (altura) 2 *IMC (desejado)

Exemplo:

Mulher com 1,61 m de altura e com 68Kg deseja saber seu IMC.

IMC = 68 / 1.61*1.61= 26.2

Esta mulher tem um IMC de 26.2

Ela quer chegar a um IMC de 23. A que peso tem que chegar?

Inferior ao peso ideal - Inferior a 18

Peso normal Entre 18,5 e 25

Superior ao peso ideal Entre 25 e 30

Obeso Entre 30 e 40

Obesidade mórbida Superior a 40

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(1.61*1.61) * 23 = 59.62

Esta mulher tem que chegar aos 59.62kg para ter um IMC de 23

Tem que perder quantos kg para chegar ao IMC de 23?

68-59.62=8.38

9. DISTURBIOS ALIMENTARES

São doenças psiquiátricas, na sua origem estão a interacção de factores

psicológicos, biológicos, familiares e socioculturais.

Caracterizam-se, fundamentalmente por alterações significativas do

comportamento alimentar.

Ocorrem predominantemente nos países industrializados, tendo uma incidência

menor nos países pouco desenvolvidos e fora do mundo ocidental.

Afectam sobretudo as mulheres jovens.

Os três principais distúrbios alimentares são:

• Anorexia

• Bulimia

• Obesidade

• A anorexia

ANOREXIA

• É uma perturbação psicológica e com implicações físicas emocionais

graves

• Trata-se de um transtorno alimentar no qual a procura por uma magreza

extrema leva a pessoa a recorrer a estratégias para perda de peso

• Manifesta-se especialmente em mulheres jovens, embora a sua incidência

esteja a aumentar nos homens

• Caracteriza-se essencialmente por um medo intenso de engordar mesmo

quando muito magra.

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• A pessoa que sofre de anorexia por mais magra que seja, sempre que se

olha ao espelho, vê -se como uma pessoa extremamente gorda algo que

não corresponde ao seu aspecto físico real, bem pelo contrário.

• Trata-se de um transtorno da alimentação ao qual se dá actualmente muito

mais importância do que no passado.

SINTOMAS:

• Desenvolvimento de comportamentos ritualizados à refeição (ex. cortar a

comida aos bocadinhos);

• Não assumir a fome;

• Atitude extremamente critica em relação à imagem e forma corporal;

• Grandes oscilações de peso;

• Diminuição ou ausência da libido;

• Nos rapazes poderá ocorrer disfunção eréctil e dificuldade em atingir a

maturação sexual completa;

• Praticar exercício físico em excesso;

• Crescimento retardado;

• Obstipação grave;

• Descalcificação;

• Desenvolvimento de comportamentos ritualizados à refeição (ex. cortar a

comida aos bocadinhos);

• Não assumir a fome;

• Atitude extremamente critica em relação à imagem e forma corporal;

• Grandes oscilações de peso; Comportamentos compensatórios do ganho

de peso (ex. vómito);

• Utilização de laxantes ou diuréticos;

• Mudança de temperamento (maior agressividade, irritabilidade);

• Depressão profunda;

• Tendências suicidas;

• Isolamento social;

• Instabilidade emocional (alteração de humor).

CAUSAS:

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• Uma alimentação pouco saudável;

• Uma auto-estima muito baixa;

• A influência dos meios de comunicação;

• Comentários de amigos ou de familiares;

CONSEQUÊNCIAS:

• A pessoa sente-se gorda, apesar de estar extremamente magra, acabando

por se tornar escrava das calorias e de rituais em relação à comida.

• A pessoa anoréxica fica cada vez mais triste, irritada e ansiosa.

Dificilmente, a pessoa admite ter problemas e não aceita ajuda de forma

alguma.

• As pessoas com anorexia nervosa normalmente só recebem tratamento

médico, quando se tornam perigosamente magras e desnutridas

TRATAMENTO:

• O tratamento deve ser realizado por um psiquiatra, um psicólogo e um

nutricionista, em função da complexa interacção de problemas emocionais

e fisiológicos nos transtornos alimentares;

• O médico deve avaliar o estado da doença e tentar impedir que esta

avance;

• O objectivo principal do tratamento é a recuperação do peso corporal

através de uma reeducação alimentar com apoio psicológico;

• O tratamento da anorexia nervosa costuma ser demorado e difícil. O

paciente deve permanecer em acompanhamento após melhora dos

sintomas, para prevenir recaídas.

BULIMIA

• É uma disfunção alimentar;

• Pode ser considerada uma consequência da anorexia. Uma pessoa com

bulimia (bulímica) ingere grandes quantidades de alimentos para, em

seguida, livrar-se deles, vomitando-os;

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SINTOMAS:

• Ingestão, num período limitado de tempo, de uma quantidade de alimentos

muito maior do que a maioria das pessoas consumiria durante um período

similar e em circunstâncias similares

• Sentimento de incapacidade de parar de comer ou de controlar o que, ou

quanto está a comer;

• Uso regular de clisteres, provocação de vómitos e dietas rigorosas ou

abstinência para compensar os efeitos da ingestão demasiada de

alimentos;

• Preocupação exagerada com a forma e o peso do corpo

• Jejuns ou exercícios excessivos

CAUSAS:

• As bulímicas têm vergonha do corpo que têm;

• Instabilidade emocional;

• Uma auto-estima muito baixa;

• A influência dos meios de comunicação;

• Comentários de amigos ou de familiares;

• A principal causa para uma pessoa começar a desenvolver a bulimia é o

achar-se gorda;

CONSEQUENCIAS:

• O vómito recorrente pode levar a uma perda significativa e permanente do

esmalte dentário, especialmente das superfícies dos dentes da frente

• Problemas no esófago e estômago;

• Pode provocar cáries e doenças nas gengivas;

• Pode provocar a queda do cabelo;

• Amenorreia (ausência de menstruação) nas raparigas e perda de erecção

nos rapazes

• Depressão;

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• Fadiga;

• Os corpos desnutridos procuram manter a temperatura desenvolvendo uma

camada de pêlos finos no rosto, ombros e costas;

• Os vómitos induzidos pela estimulação manual da glote podem provocar

calos e cicatrizes na superfície dorsal da mão;

• Os indivíduos que abusam cronicamente de laxantes podem tornar-se

dependentes deles para estimularem os movimentos intestinais;

• Complicações raras, porém gravíssimas, incluem rupturas do esófago,

ruptura gástrica e arritmias cardíacas.

TRATAMENTO:

• Psicoterapia, aconselhamento nutricional e tratamento medicamentoso são

as principais vertentes

• É necessária muitas vezes hospitalização (tal como na anorexia).

OBESIDADE

• A obesidade pode definir-se como um aumento da quantidade de energia

armazenada como gordura;

• Desbalanço entre as calorias ingeridas sob a forma de alimentos e as

gastas pelo indivíduo para o organismo funcionar;

• O aumento de energia acumulada depende de factores como a idade, o

sexo, o estado de saúde, a herança genética e o ambiente ;

• Apesar de se tratar de uma condição clínica individual, é vista, cada vez

mais, como um sério e crescente problema de saúde pública;

• A obesidade é classificada pela Organização Mundial de Saúde como uma

epidemia global;

• Actualmente existe crescimento alarmante no número de obesos;

• O número de pessoas com excesso de peso ultrapassou o de desnutridos

– 1 bilhão e 200 milhões em todo o mundo;

SINTOMAS:

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• Aumento do índice de massa corporal;

• Aumento da percentagem de gordura subcutânea a partir da prega

subcutânea;

• Não conseguir permanecer em pé muito tempo;

• Cansaço;

CAUSAS:

• Consumo excessivo de alimentos empacotados (gomas, bolo, etc.);

• Consumo de alimentos hiper-calóricos (fast-food);

• Ingestão rápida de alimentos;

• Beber grande quantidade de refrigerantes (Coca-Cola / sumos);

• Ter alimentação desmedida e sem regras;

• Sedentarismo;

• Predisposição genética;

• Algumas doenças e medicação podem predispor à obesidade.

CONSEQUÊNCIAS:

• Aumento de peso;

• Maior gordura acumulada;

• Maior risco de desenvolver doenças como a hipertensão, diabetes, cancro,

AVC, apneia do sono, aterosclerose, cancro, insuficiência renal, lesões no

esqueleto, etc;

• Depressão e perda de auto-estima;

• Isolamento social.

TRATAMENTO:

• O tratamento da obesidade baseia-se num plano dietético e de exercício

para reduzir o peso e obter um crescimento correcto. É também necessário

um forte apoio afectivo;

• Terapia medicamentosa;

• Cirurgia;

• Entre 80% e 90% dos indivíduos voltam ao peso anterior;

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OUTROS DISTÚRBIOS ALIMENTARES:

ORTOREXIA:

• Caracteriza-se por uma obsessão por alimentação saudável;

• Mais comum entre mulheres dos 18 a 40 anos;

• Se caírem em alguma “tentação menos saudável”, castigam-se com dietas

ainda mais rigorosas ou jejuns;

• Estas restrições obsessivas podem levar a carências nutricionais;

COMPULSÃO ALIMENTAR:

• É conhecida pela ingestão de grande quantidade de alimentos, em geral

muito calóricos, num curto período;

• A pessoa fica horas sem comer, na esperança de estar a fazer dieta, e

depois vem uma nova crise de sofreguidão;

• É semelhante à bulimia, mas sem vómitos, laxantes ou diuréticos;

• Afecta homens e mulheres, que sofrem de constantes oscilações no peso,

embora tendam a ter quilos em excesso ;

“EQUÍLIBRIO NUTRICIONAL É EVITAR CARÊNCIAS E EXCESSOS, É

PROCURAR A SAÚDE É SER CONSCIENTE DE SI MESMO”

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERG, SUSAN G. “ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, ESTRATÉGIAS

SABOROSAS PARA PREVENIR AS DOENÇAS” EDITORA PLÁTANO 2002

CLAUDINO, ANGÉLICA DE MEDEIROS “TRANSTORNOS ALIMENTARES E

OBESIDADE, GUIA DE MEDICINA AMBULATORIAL E HOSPITALAR”

EDITORA: MANOLE

CLAYMAN, CHARLES B. “DIETA E NUTRIÇÃO” EDITORA CIVILIZAÇÃO 1992

DIRECÇÃO GERAL DE SAÚDE “A SAÚDE DOS PORTUGUESES"

NOVIDADE-1999

HOLFORD, PATRIC “ A BÍBLIA DA ALIMENTAÇÃO” EDITORIAL PRESENÇA

2000

LLEWELLYN, CLAIRE “ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL” EDIÇÕES GAILIVRO

2008

MAHN, C. KATHLEEN ET AL “ALIMENTAÇÃO, NUTRIÇÃO E

DIETOTERAPIA” STUMP PLOCA 2005

RÉMÉS, CHRISTIAN “ALIMENTAÇÃO E SAÚDE” INSTITUTO PIAGET 1994

SITES CONSULTADOS:

HTTP://WWW.ALIMENTACAOSAUDAVEL.ORG/HTTP://RODA-DOS-

ALIMENTOS.BLOGSPOT.COM/

HTTP://WWW.INDICEMASACORPORAL.ORG/PT/INDICE-MASSA-

CORPORAL.PHP

HTTP://WWW.PORTALDASAUDE.PT/PORTAL/CONTEUDOS/ENCICLOPEDI

A+DA+SAUDE/ALIMENTACAO/DGS+ANA.HTM

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ANEXOS

ANEXO I - RODA DOS ALIMENTOS