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Biologia (EJA)

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Text of Biologia (EJA)

  • Parmetros para aEducao Bsica do

    Estado de Pernambuco

  • Parmetros para aEducao Bsica do

    Estado de Pernambuco

    Parmetros Curriculares de Biologia Educao de

    Jovens e Adultos1

    1 importante pontuar que, para todos os fins, este documento considera a educao de idosos como parte integrante da EJA. Apenas no se agrega a palavra Idosos Educao de Jovens e Adultos porque a legislao vigente ainda no contempla essa demanda que, no entanto, conta com o apoio dos educadores e estudantes de EJA.

    2013

  • Eduardo CamposGovernador do Estado

    Joo Lyra NetoVice-Governador

    Ricardo DantasSecretrio de Educao

    Ana SelvaSecretria Executiva de Desenvolvimento da Educao

    Ceclia PatriotaSecretria Executiva de Gesto de Rede

    Paulo DutraSecretrio Executivo de Educao Profissional

    Undime | PE

    Horcio Reis Presidente Estadual

  • GERNCIAS DA SEDE

    Shirley MaltaGerente de Polticas Educacionais de Educao Infantil e Ensino Fundamental

    Raquel QueirozGerente de Polticas Educacionais do Ensino Mdio

    Cludia AbreuGerente de Educao de Jovens e Adultos

    Cludia GomesGerente de Correo de Fluxo Escolar

    Marta LimaGerente de Polticas Educacionais em Direitos Humanos

    Vicncia TorresGerente de Normatizao do Ensino

    Albanize CardosoGerente de Polticas Educacionais de Educao Especial

    Epifnia ValenaGerente de Avaliao e Monitoramento

    GERNCIAS REGIONAIS DE EDUCAO

    Antonio Fernando Santos SilvaGestor GRE Agreste Centro Norte Caruaru

    Paulo Manoel LinsGestor GRE Agreste Meridional Garanhuns

    Sinsio Monteiro de Melo FilhoGestor GRE Metropolitana Norte

    Maria Cleide Gualter Alencar ArraesGestora GRE Serto do Araripe Araripina

    Josefa Rita de Cssia Lima SerafimGestora da GRE Serto do Alto Paje Afogados da Ingazeira

    Anete Ferraz de Lima FreireGestora GRE Serto Mdio So Francisco Petrolina

    Ana Maria Xavier de Melo SantosGestora GRE Mata Centro Vitria de Santo Anto

    Luciana Anacleto SilvaGestora GRE Mata Norte Nazar da Mata

    Sandra Valria CavalcantiGestora GRE Mata Sul

    Gilvani PilGestora GRE Recife Norte

    Marta Maria LiraGestora GRE Recife Sul

    Patrcia Monteiro CmaraGestora GRE Metropolitana Sul

    Elma dos Santos RodriguesGestora GRE Serto do Moxot Ipanema Arcoverde

    Maria Dilma Marques Torres Novaes GoianaGestora GRE Serto do Submdio So Francisco Floresta

    Edjane Ribeiro dos SantosGestora GRE Vale do Capibaribe Limoeiro

    Waldemar Alves da Silva JniorGestor GRE Serto Central Salgueiro

    Jorge de Lima BeltroGestor GRE Litoral Sul Barreiros

    CONSULTORES EM BIOLOGIA

    Ana Maria dos Anjos Carneiro LeoMargareth MayerMaria de Ftima de Andrade BezerraRita Patrcia Almeida de Oliveira

    Roberta Fernanda Correia Albuquerque SantanaSueli Tavares de Souza e SilvaSusanna Analine Santos Cabral

  • Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaHenrique Duque de Miranda Chaves Filho

    Coordenao Geral do CAEdLina Ktia Mesquita Oliveira

    Coordenao Tcnica do ProjetoManuel Fernando Palcios da Cunha Melo

    Coordenao de Anlises e PublicaesWagner Silveira Rezende

    Coordenao de Design da ComunicaoJuliana Dias Souza Damasceno

    EQUIPE TCNICA

    Coordenao Pedaggica GeralMaria Jos Vieira Fres

    Coordenao de Planejamento e LogsticaGilson Bretas

    OrganizaoMaria Umbelina Caiafa Salgado

    Assessoria PedaggicaAna Lcia Amaral

    Assessoria PedaggicaMaria Adlia Nunes Figueiredo

    DiagramaoLuiza Sarrapio

    Responsvel pelo Projeto GrficoRmulo Oliveira de Farias

    Responsvel pelo Projeto das CapasEdna Rezende S. de Alcntara

    RevisoLcia Helena Furtado Moura

    Sandra Maria Andrade del-Gaudio

    Especialistas em BiologiaAdriana Lenira Fornari de Souza Maria de Ftima Lages Ferreira

    Zlia Granja Porto

  • SUMRIO

    11 ......................................................................................... APRESENTAO

    13 ............................................................................................ INTRODUO

    15 .......... 1 CINCIAS DA NATUREZA NA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS CONTEXTUALIZAO

    20 .............2 EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM DE BIOLOGIA NO ENSINO MDIO EJA

    23 ...................... 3 TEMAS ESTRUTURANTES E SUAS CONCEPES

    29 ............................................................................... 4 EIXOS TEMTICOS

    33 ...............................................5 EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

    45 .........................................................................................6. REFERNCIAS

    48....................................................................................COLABORADORES

  • Apresentao

    Os parmetros curriculares que agora chegam s mos dos

    professores tm como objetivo orientar o processo de ensino

    e aprendizagem e tambm as prticas pedaggicas nas salas

    de aula da rede estadual de ensino. Dessa forma, antes de tudo,

    este documento deve ser usado cotidianamente como parte do

    material pedaggico de que dispe o educador.

    Ao estabelecerem as expectativas de aprendizagem dos estudantes

    em cada disciplina e em todas as etapas da educao bsica,

    os parmetros curriculares funcionam como um instrumento

    decisivo de acompanhamento escolar. E toda ferramenta de

    acompanhamento, usada de maneira adequada, tambm

    um instrumento de diagnstico das necessidades e das prticas

    educativas que devem ser empreendidas para melhorar o

    rendimento escolar.

    A elaborao dos novos parmetros curriculares faz parte do

    esforo da Secretaria de Educao do Estado de Pernambuco (SEE)

    em estabelecer um currculo escolar que esteja em consonncia

    com as transformaes sociais que acontecem na sociedade.

    preciso que a escola seja capaz de atender s expectativas dos

    estudantes desse novo mundo.

    Este documento foi pensado e elaborado a partir de incansveis

    debates, propostas, e avaliaes da comunidade acadmica, de

    especialistas da SEE, das secretarias municipais de educao. E, claro,

    dos professores da rede pblica de ensino. Por isso, os parmetros

    curriculares foram feitos por professores para professores.

    Ricardo DantasSecretrio de Educao de Pernambuco

  • Introduo

    com muita satisfao que a Secretaria de Educao do Estado de

    Pernambuco publica os Parmetros Curriculares do Estado, com

    cadernos especficos para cada componente curricular e com um

    caderno sobre as concepes tericas que embasam o processo

    de ensino e aprendizagem da rede pblica.

    A elaborao dos Parmetros foi uma construo coletiva

    de professores da rede estadual, das redes municipais, de

    universidades pblicas do estado de Pernambuco e do Centro

    de Polticas Pblicas e Avaliao da Educao da Universidade

    Federal de Juiz Fora/Caed. Na formulao destes documentos,

    participaram professores de todas as regies do Estado, debatendo

    conceitos, propostas, metas e objetivos de ensino de cada um dos

    componentes curriculares. vlido evidenciar o papel articulador

    e o empenho substancial dos Educadores, Gerentes Regionais

    de Educao e da UNDIME no processo de construo desses

    Parmetros. Assim, ressaltamos a importncia da construo plural

    deste documento.

    Esta publicao representa um momento importante para a

    educao do estado em que diversos setores compartilharam

    saberes em prol de avanos nas diretrizes e princpios educacionais

    e tambm na organizao curricular das redes pblicas do estado

    de Pernambuco. Alm disto, de forma pioneira, foram elaborados

    parmetros para Educao de Jovens e Adultos, contemplando

    todos os componentes curriculares.

    O objetivo deste documento contribuir para a qualidade

    da Educao de Pernambuco, proporcionando a todos os

    pernambucanos uma formao de qualidade, pautada na

    Educao em Direitos Humanos, que garanta a sistematizao dos

  • conhecimentos desenvolvidos na sociedade e o desenvolvimento

    integral do ser humano. Neste documento, o professor ir

    encontrar uma discusso de aspectos importantes na construo

    do conhecimento, que no traz receitas prontas, mas que fomenta

    a reflexo e o desenvolvimento de caminhos para qualificao

    do processo de ensino e de aprendizagem. Ao mesmo tempo,

    o docente ter clareza de objetivos a alcanar no seu trabalho

    pedaggico.

    Por fim, a publicao dos Parmetros Curriculares, integrando

    as redes municipais e a estadual, tambm deve ser entendida

    como aspecto fundamental no processo de democratizao do

    conhecimento, garantindo sintonia com as diretrizes nacionais,

    articulao entre as etapas e nveis de ensino, e, por conseguinte,

    possibilitando melhores condies de integrao entre os espaos

    escolares.

    Esperamos que os Parmetros sejam teis aos professores no

    planejamento e desenvolvimento do trabalho pedaggico.

    Ana SelvaSecretria Executiva de

    Desenvolvimento da Educao

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    15

    1 CINCIAS DA NATUREZA NA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    CONTEXTUALIZAO

    O processo contnuo de mudanas da sociedade influenciadas

    pelo desenvolvimento da Cincia e da Tecnologia aponta para a

    necessidade de repensar os paradigmas do sistema educativo e

    adotar uma nova dinmica, de modo a capacit-la a superar os

    desafios que hoje se apresentam para a educao.

    Acrescenta-se o fato de que, nos anos 1980 e 1990, cresceu a

    conscincia da necessidade de promover uma formao geral

    dos cidados no domnio das Cincias e das Tecnologias, como

    condio imprescindvel para a compreenso dos problemas do

    mundo, possibilitando a construo de propostas que permitam

    minimiz-los ou solucion-los.

    Nessa trajetria de reflexo, o conhecimento escolar avana para

    saberes alm dos especficos de contedo. Surgem propostas

    de adequao e adaptao da educao bsica, como as

    Orientaes Curriculares (2006), os PCN (1998) e PCN+ (2002),

    que introduziram no ambiente escolar uma nova perspectiva para

    o processo de ensino e aprendizagem, incluindo, entre outros, os

    conceitos, diretrizes, interdisciplinaridade e contextualizao.

    Tudo isso repercute tambm nas mudanas e reflexes acerca do

    processo de ensino e aprendizagem, incorporado pelas disciplinas

    que constituem a rea de Cincias da Natureza. Essas mudanas

    e reflexes se caracterizam como tendncias, uma vez que no

    so neutras, mas fundamentam-se em uma determinada viso

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    16 de sociedade, de educao, de educando, de aprendizagem e

    mesmo de cincia.

    O momento atual de ampliao das pesquisas em busca de

    avanos quanto s possibilidades de atender aos valores humanos

    na construo do conhecimento cientfico, envolvendo a viso

    de Cincia e suas relaes com a Tecnologia e a Sociedade,

    alm do papel dos mtodos das diferentes cincias.

    Os estudantes jovens, adultos e idosos, para terem acesso ao

    conhecimento cientfico e poderem compreender os conceitos

    e as relaes que existem entre o ambiente, os seres vivos e o

    universo, precisam ter uma educao problematizadora e reflexiva,

    como preconiza Paulo Freire.

    [...] Neste sentido, a educao libertadora, problematizadora, j no pode

    ser o ato de depositar, ou de narrar, ou de transferir, ou de transmitir

    conhecimentos e valores, aos educandos, meros pacientes, maneira da

    educao bancria, mas um ato cognoscente. Como situao gnosiolgica,

    em que o objeto cognoscvel, em lugar de ser o trmino do ato cognoscente

    de um sujeito, o mediatizador de sujeitos cognoscentes, educador, de um

    lado, educandos, de outro, a educao problematizadora coloca, desde

    logo, a exigncia da superao da contradio educador-educandos. Sem

    esta, no possvel a relao dialgica indispensvel cognoscibilidade dos

    sujeitos cognoscentes, em torno do mesmo objeto cognoscvel (FREIRE,

    2001, p. 68).

    Considerando que o mundo atual exige pessoas capacitadas

    para assumirem novas funes e que reconheam as diferentes

    prticas de trabalho, torna-se importante a alfabetizao cientfica

    e tecnolgica e no apenas a alfabetizao propriamente dita.

    Sabe- se que importante oportunizar aos estudantes da EJA o

    acesso a esse processo de alfabetizao. Para encontrar seu lugar

    no mercado de trabalho atual, os jovens, adultos e idosos devem

    ser capazes de lidar com a cincia e a tecnologia e aplic-las na

    vida cotidiana, procurando atualizao constante.

    A LDB (1996), no inciso VII do art. 4, determina a oferta de

    educao escolar regular para jovens e adultos, atribuindo, ao

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    17poder pblico, a responsabilidade de estimular e viabilizar o

    acesso e a permanncia do trabalhador na escola. Assim, os

    sistemas de ensino, nos mbitos Municipal, Estadual e Federal, tm

    por obrigao ofertar cursos para os jovens e adultos, inclusive

    os idosos, que no puderam concluir a Educao Bsica na

    idade regular, proporcionando-lhes oportunidades educacionais

    apropriadas, considerando suas caractersticas e seus interesses.

    A Resoluo n. 2, de 30 de janeiro de 2012, que define as Diretrizes

    Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio, reafirma a Resoluo

    CNE/CEB n. 3/2010, que institui as Diretrizes Operacionais para

    a Educao de Jovens e Adultos (EJA), mantendo os princpios,

    objetivos e diretrizes, formulados no Parecer CNE/CEB n. 11/2000.

    Este subsidiou a discusso acerca da educao em cincias para

    jovens e adultos, que aparece na Proposta Curricular para a

    EJA, publicada pela Secretaria de Ensino Fundamental do MEC

    (BRASIL, 2002). Essa discusso teve o propsito de fundamentar

    o desenvolvimento de currculos de Cincias para a EJA, em

    mbito nacional.

    Nesses documentos, recomenda-se que uma proposta curricular

    de Cincias para a EJA deve considerar a situao e as

    circunstncias de vida dos estudantes trabalhadores. Assim, cabe

    indicar e possibilitar formas de oferta e organizao de currculo,

    que sejam adequadas s condies dos estudantes, de modo a

    permitir seu efetivo acesso, permanncia e sucesso nos estudos,

    no Ensino Mdio, que o caso da presente proposta.

    Sendo trabalhadores os jovens e adultos que estudam na EJA, a

    organizao curricular e metodolgica deve garantir o mnimo

    de 1.200 horas e aproximar-se do currculo do Ensino Mdio,

    conforme institui o Programa Nacional de Integrao da Educao

    Profissional com a Educao Bsica, na Modalidade de Educao de

    Jovens e Adultos (PROEJA), institudo pelo Decreto n. 5.840/2006.

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    18 Para trabalhar na formao de jovens e adultos, os professores

    precisam no apenas conhecer os contedos que fazem parte do

    interesse desses alunos, como tambm entender o seu processo

    de construo de conhecimento. Nessa concepo de educao

    de jovens e adultos, deve ser assegurado aos estudantes que

    aprendam os contedos mnimos preestabelecidos em um

    currculo, considerando tambm suas vivncias pessoais, familiares

    e comunitrias, para a construo de novos conhecimentos. Assim,

    importante utilizar abordagens que coloquem os estudantes da

    EJA como centro do processo de aprendizagem.

    A escolha dos conhecimentos a serem ensinados deve, portanto,

    levar em considerao as experincias dos estudantes, de forma

    que cada um perceba as relaes existentes entre aquilo que

    estuda na sala de aula, a natureza e sua prpria vida. Alm disso,

    diferentes metodologias devem ser empregadas nas aulas, de

    modo a garantir o interesse e a aprendizagem do maior nmero

    possvel de estudantes.

    Ao considerar as particularidades da Educao de Jovens e

    Adultos, a aprendizagem de conceitos cientficos deve permitir aos

    indivduos interpretar suas realidades, fortalecendo sua atuao no

    mundo do trabalho e na sociedade. natural e consequente que as

    estratgias metodolgicas devem ser adaptadas, problematizando

    e contextualizando situaes vividas no cotidiano de jovens e

    adultos, de modo a garantir compreenso e aplicabilidade dos

    conceitos cientficos. Desse modo, espera-se propiciar autonomia

    e crtica para intervir na realidade, exercendo sua cidadania.

    Podemos dizer que a Cincia um conjunto de conhecimentos

    sistematizados, produzidos socialmente, ao longo da histria da

    humanidade. O conhecimento sobre a realidade concreta ou

    sobre os modelos da Cincia se constitui nos campos que so as

    disciplinas cientficas. O ensino dessas disciplinas deve possibilitar

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    19a aprendizagem dos conceitos cientficos que permitem aos

    indivduos interpretar suas realidades, fortalecendo sua atuao no

    mundo do trabalho e na sociedade. Para o ensino de Cincias

    na EJA, os professores devem privilegiar situaes vividas no

    cotidiano dos jovens, adultos e idosos, a fim de garantir uma

    melhor compreenso dos conceitos cientficos.

    Vale ressaltar que a educao de jovens, adultos e idosos merece

    uma ateno especial em relao s questes que tangem o

    mercado de trabalho, a insero e a atuao desses estudantes,

    uma vez que eles precisam estar cognitivamente preparados,

    como tambm qualificados profissionalmente. Outro destaque

    promover, entre os estudantes, momentos de debates para

    a reflexo sobre a qualidade de vida dos idosos, enfocando

    preveno e tratamento de doenas relacionadas ao bem-estar

    fsico, mental e social que permeia o ensino de Cincias.

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    20

    2 EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM DE BIOLOGIA NO ENSINO MDIO EJA

    2.1 ConsidErAEs iniCiAis

    O ensino de Biologia, em geral, tem sido pautado em algumas

    perspectivas: 1 - ensino tradicional, que privilegia o conteudismo e a

    memorizao; 2 - linearidade, a partir da qual se pressupe que alguns

    contedos so pr-requisitos; 3 - nfase nos aspectos macroscpicos

    da Biologia; 4 - desarticulao entre as reas intrabiologia; 5 -

    descontextualizao e fragmentao dos contedos.

    Em paralelo a essa situao, profundas mudanas conceituais e

    metodolgicas esto sendo mobilizadas, em conformidade com

    as diretrizes estabelecidas nos PCN (1999) e PCN+ (2002), que

    orientam para a construo de conhecimento interdisciplinar e

    contextualizado. Assim, faz-se necessrio, cada vez mais, conciliar

    conhecimento cientfico e experincia prvia.

    Planejar as aulas de Biologia com base nos conhecimentos

    prvios dos estudantes uma condio indispensvel para haja

    uma aprendizagem significativa, que no combina com a ideia de

    conhecimento linear e seriado.

    O conhecimento organizado linearmente contribui para reforar

    a ideia de pr- requisitos, o que pode dificultar aprendizagens

    posteriores. A forma linear de conceber o conhecimento

    pressupe que o estudante memorize informaes por um

    determinado perodo de tempo, o que no significa que tenha

    compreendido o que lhe foi ensinado.

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    21A aprendizagem de Biologia precisa orientar-se pela busca do

    conhecimento e o professor deve utilizar, na sala de aula, situaes

    que propiciem o pensamento reflexivo e a vinculao do contedo

    com a VIDA. Durante o processo de ensino e aprendizagem, os

    estudantes devem ser incentivados a realizarem atividades de

    observao e descrio, soluo e/ou proposio de problemas

    da vida cotidiana, realizao e/ou proposio de suposies ou

    hipteses, elaborao de perguntas, estabelecimento de diferenas

    e semelhanas, classificao e exemplificao.

    Para o desenvolvimento das expectativas de aprendizagem no

    alcanadas e a consolidao das que esto em desenvolvimento,

    o ensino de Biologia deve centrar-se no essencial e adequar os

    contedos s peculiaridades de assimilao e s possibilidades

    cognitivas dos estudantes.

    Segundo as Orientaes Curriculares Nacionais,

    [...] o ensino de Biologia deveria se pautar pela alfabetizao cientfica. Esse

    conceito implica trs dimenses: a aquisio de um vocabulrio bsico de

    conceitos cientficos, a compreenso da natureza do mtodo cientfico e a

    compreenso sobre o impacto da cincia e da tecnologia sobre os indivduos

    e a sociedade (BRASIL, 2006, p. 18).

    O desenvolvimento e a consolidao das expectativas de

    aprendizagem em Biologia tm o objetivo de promover a

    alfabetizao e o letramento cientfico. Para Sasseron (2008), os

    eixos estruturantes de um letramento cientfico so: compreenso

    bsica de termos e conceitos cientficos fundamentais;

    compreenso da natureza das cincias e dos fatores ticos e

    polticos que circundam sua prtica; entendimento das relaes

    existentes entre cincia, tecnologia, sociedade.

    No Ensino Mdio modalidade EJA, segundo a matriz de

    competncias que estrutura o Exame Nacional para Certificao

    de Competncias de Jovens e Adultos (ENCCEJA, 2008),

    os estudantes devem desenvolver e consolidar as seguintes

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    22 competncias:

    Compreender as cincias naturais e as tecnologias a elas

    associadas como construes humanas, percebendo seus papis

    nos processos de produo e no desenvolvimento econmico e

    social da humanidade.

    Identificar a presena e aplicar as tecnologias associadas s

    cincias naturais em diferentes contextos relevantes para sua vida

    pessoal.

    Associar alteraes ambientais a processos produtivos e sociais,

    e instrumentos ou aes cientfico-tecnolgicos a degradao e

    preservao do ambiente.

    Compreender organismo humano e sade, relacionando

    conhecimento cientfico, cultura, ambiente e hbitos ou outras

    caractersticas individuais.

    Entender mtodos e procedimentos prprios das cincias naturais

    e aplic-los a diferentes contextos.

    Apropriar-se de conhecimentos da biologia para compreender

    o mundo natural e para interpretar, avaliar e planejar intervenes

    cientfico- tecnolgicas no mundo contemporneo.

    O trabalho com essas competncias possibilita o desenvolvimento

    dos eixos cognitivos comuns a todas as reas de conhecimento

    do Exame Nacional do Ensino Mdio (Enem), que so: Dominar

    linguagens, Compreender fenmenos, Enfrentar situaes-

    problema, Construir argumentao e Elaborar propostas.

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    23

    3 TEMAS ESTRUTURANTES E SUAS CONCEPES

    Os temas estruturantes representam os pilares da organizao do

    currculo, pois esto diretamente associados s expectativas de

    aprendizagem e sustentados pelos eixos temticos.

    Entendem-se como temas estruturantes aqueles conhecimentos

    de grande amplitude, que identificam e organizam os campos

    de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais

    para a compreenso de seu objeto de estudo e ensino. Tais temas

    perpassam, de forma recursiva, todos os eixos temticos e anos

    escolares do Ensino Fundamental e Mdio. Para Biologia, os temas

    estruturantes esto apresentados na Figura 1.

    Figura 1. Representao esquemtica dos Temas Estruturantes em Biologia

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    24 3.1 dEsCrio dos TEmAs EsTruTurAnTEs

    Tudo na natureza organizado a partir de tomos. O que

    conhecemos como matria nada mais do que tomos unidos

    atravs de ligaes qumicas. Essas se formam e so mantidas

    com o uso de energia. Por outro lado, sabemos que a clula a

    unidade fundamental de organizao dos seres vivos. Assim, como

    relacionar clula, matria e energia?

    As clulas tambm se estruturam a partir de tomos unidos por

    ligaes qumicas, ou seja, so constitudas de molculas. Os

    tomos necessrios para formar molculas so encontrados no

    meio ambiente e a energia necessria para ligar esses tomos

    proveniente do sol. Percebemos, ento, que a estrutura de uma

    clula e, portanto de todos os organismos vivos, nada mais do que

    matria e energia, organizada em quatro tipos de macromolculas:

    carboidratos, lipdeos, protenas e cidos nucleicos.

    3.1.1 Transformaes de matria e de energia na natureza

    O estudo dos conceitos de ecologia permite compreender que

    todos os seres vivos dependem da troca de matria e de energia

    disponibilizadas na natureza (Figura 2). Os seres auttrofos, que

    possuem pigmentos fotossintetizantes em suas clulas, tm a

    capacidade de realizar fotossntese, um processo de sntese de

    glicose utilizando energia solar e liberando oxignio. Assim, os

    seres auttrofos correspondem ao nvel trfico dos produtores, ou

    seja, aqueles que so capazes de fabricar seu prprio alimento. Os

    demais seres vivos, no possuindo os pigmentos fotossintetizantes

    e, portanto, sendo incapazes de utilizar diretamente a energia

    solar, so hetertrofos, funcionando como consumidores, ou seja,

    eles dependem dos produtores para conseguirem seu alimento e

    respirarem. Nesse grupo, se enquadra a maioria dos seres vivos,

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    25inclusive a espcie humana. necessrio compreender que o

    equilbrio existente entre os seres vivos e os componentes abiticos

    (matria e energia) a base da sobrevivncia das espcies. Assim,

    essencial que se faam esforos no sentido de conscientizar os

    alunos da importncia da sustentabilidade para a sobrevivncia da

    vida no planeta.

    Figura 2. Detalhamento de contedos relacionados ao Tema Estruturante Transformaes da Matria e da Energia na Natureza

    3.1.2 seres vivos

    Os seres vivos, estudados atravs da classificao biolgica, podem

    ser compreendidos a partir de sua variedade de caractersticas

    e funes, ou seja, a biodiversidade (Figura 3). Essa se relaciona

    a estruturas e funes que ocorrem em diferentes nveis de

    organizao (clula, tecido, rgos, sistemas). As espcies

    auttrofas atuam como produtoras e as hetertrofas como

    consumidoras. Ento, os seres hetertrofos s conseguem

    sobreviver, porque se alimentam da matria e da energia

    disponibilizada pelos produtores, por meio da alimentao e da

    respirao. Os consumidores degradam as molculas dos tecidos

    que digerem (carboidratos, lipdeos, protenas e cidos nucleicos),

    devolvendo os tomos natureza, para realimentarem o ciclo de

    transferncia de matria e energia.

    Essa compreenso confere um novo significado s relaes

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    26 entre os indivduos e o ambiente circundante, que dizem respeito

    a nutrio, respirao, transporte de nutrientes e excretas do

    processamento celular.

    Figura 3. Detalhamento de contedos relacionados ao Tema Estruturante Seres Vivos

    3.1.3 Homeostase

    A homeostase convencionalmente associada manuteno

    do equilbrio interno, ou seja, da constncia dos parmetros

    corporais (temperatura, presso, osmolaridade, concentraes

    de ons, concentrao de nutrientes) de um organismo. Esse

    esforo demanda o uso constante de matria e energia, atravs

    da alimentao e da respirao. A homeostase requer, ainda, o

    funcionamento integrado e harmnico entre os sistemas orgnicos,

    assim como dos rgos, tecidos e clulas que os constituem. A

    relao com o ambiente mediada pelas funes integradoras

    realizadas pelo sistema neuroendcrino. Portanto, podemos

    conceber homeostase como sinnimo de sade (Figura 4).

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    27

    Figura 4. Detalhamento de contedos relacionados ao Tema Estruturante Homeostase

    3.1.4 metabolismo celular

    O estudo do metabolismo celular envolve o conjunto das reaes

    qumicas responsveis pelo processamento da energia e da

    matria necessrias sustentao da vida de todos os seres (Figura

    5). Fala, tambm, do ciclo da matria e do fluxo da energia entre

    os seres dos diferentes nveis trficos, explicitando as relaes de

    interdependncia deles entre si e de todos com a natureza.

    Figura 5. Detalhamento de contedos relacionados ao Tema Estruturante Metabolismo Celular

    3.1.5 Hereditariedade

    Um dos critrios para a manuteno da vida a perpetuao das

    caractersticas das espcies, por meio da reproduo. Nas clulas,

    a reproduo ocorre na diviso celular (mitose ou meiose). As

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    28 novas clulas assim formadas replicam o conjunto de informaes

    genticas caracterstico de cada espcie, que est contido no DNA

    celular (cdigo gentico). A manuteno dessas informaes

    importante para preservar as espcies e sua homeostase. Como as

    espcies interagem entre si e com o meio ambiente, alteraes no

    DNA, durante a diviso celular, podem alterar o cdigo gentico,

    levando a doenas; em outros contextos, podem desencadear

    mecanismos de adaptao e evoluo. Em paralelo, o homem

    desenvolveu tcnicas de manipulao do DNA, gerando seres

    geneticamente modificados, uma das bases da biotecnologia.

    3.1.6 Evoluo e adaptao

    Na Biologia, os fenmenos relacionados ao surgimento, adaptao

    e evoluo dos seres vivos so de fundamental importncia, para

    explicar como o parentesco entre os humanos e demais seres

    vivos, no planeta, em todos os nveis de complexidade, decorre

    da origem comum de todos eles. Esse conhecimento ajuda

    o aluno a relacionar mecanismos de mutao, recombinao

    gnica e seleo natural s transformaes das espcies ao longo

    do tempo, assim como a identificar as vantagens e os riscos da

    introduo, na natureza, de novas variedades de plantas e animais,

    por melhoramento gentico.

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    29

    4 EIXOS TEMTICOS

    Como em Cincias Naturais, no Ensino Fundamental, este

    documento est organizado com base nos eixos temticos

    descritos a seguir, de acordo com a proposta dos Parmetros

    Curriculares Nacionais.

    4.1 inTErAo dos sErEs ViVos

    Este eixo temtico tem como objetivo promover a compreenso

    do ambiente como um conjunto de interaes dos seus diversos

    componentes bem como a valorizao de sua diversidade e da

    capacidade de adaptao dos seres vivos. Os estudantes devem

    ser capazes de diagnosticar que as relaes do ser humano com

    o meio resultam na transformao dos ambientes. Eles devem

    tambm perceber que as modificaes ocorridas em determinados

    componentes do sistema interferem em outros, alterando e

    desorganizando as interaes, definitivamente ou por um longo

    tempo, at que se estabelea novamente o equilbrio. A proposta

    desse eixo que os estudantes abordem temas que favoream

    o desenvolvimento das expectativas de aprendizagem relativas a

    diagnosticar problemas ambientais, julgar e elaborar propostas de

    interveno no ambiente, construir argumentaes consistentes,

    com base nos conhecimentos cientficos. Nesse eixo, os estudantes

    aprofundaro seus conhecimentos e desenvolvero expectativas

    de aprendizagens mais complexas sobre: a interdependncia da

    vida; os movimentos dos materiais e da energia na natureza; a

    interveno humana e os desequilbrios ambientais; os problemas

    ambientais brasileiros e o desenvolvimento sustentvel.

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    30 4.2 sEr HumAno E sAdE

    Neste eixo temtico, o estudante amplia e aprofunda sua

    compreenso do funcionamento do corpo humano, principalmente

    a promoo e a manuteno da sade. A questo da sade tratada

    como um estado e no somente como ausncia de doena e se

    relaciona com as condies de vida das populaes. A partir de um

    conhecimento maior sobre a vida e sobre sua condio singular na

    natureza, o estudante pode perceber seu prprio corpo como um

    todo dinmico, que interage com o meio em sentido amplo. Nesse

    eixo, so abordados: o conceito de sade; a distribuio desigual

    de sade pelas populaes humanas; as agresses sade das

    populaes; a sade ambiental.

    A discusso desses contedos favorece o desenvolvimento de vrias

    competncias, entre as quais: analisar dados apresentados, sob diferentes

    formas, para interpret-los a partir de referenciais econmicos, sociais e

    cientficos; e utiliz-los na elaborao de diagnsticos referentes s questes

    ambientais e sociais e de intervenes que visem melhoria das condies

    de sade (BRASIL, 2006, p. 46).

    4.3 idEnTidAdE dos sErEs ViVos

    Neste eixo temtico, os estudantes aprofundam seus conhecimentos

    e desenvolvem novas expectativas de aprendizagem em relao s

    caractersticas que identificam os sistemas vivos e os distinguem

    dos no vivos. Nele abordada a organizao celular da vida, tema

    que propicia o conhecimento das hipteses sobre a origem da

    clula e a anlise de estruturas de diferentes seres vivos, para que

    o estudante identifique a organizao celular como caracterstica

    fundamental de todas as formas vivas. As funes vitais bsicas,

    como os transportes atravs da membrana plasmtica, bem como

    os processos metablicos celulares e os processos de reproduo

    celular so aprofundados nesse ncleo. Os estudos sobre as

    tecnologias de manipulao do DNA e sobre os debates ticos

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    31e ecolgicos a eles associados possibilitam o desenvolvimento

    de expectativas de aprendizagem complexas, como as de avaliar

    riscos e benefcios dessa manipulao sade e ao ambiente e de

    posicionar-se frente a essas questes.

    4.4 diVErsidAdE dA VidA

    Este eixo temtico tem como objetivo promover a compreenso

    da distribuio da biodiversidade nos diferentes ambientes e dos

    mecanismos que favorecem a diversificao dos seres vivos.

    importante que os estudantes percebam que essa diversidade

    tem-se reduzido, devido aos desequilbrios ambientais promovidos

    pelas intervenes humanas. Nesse eixo, abordada a origem

    da diversidade, tema que propicia a construo do conceito

    de mutao, bem como o reconhecimento da importncia da

    reproduo sexuada e do processo meitico, como fontes de

    variabilidade gentica. No eixo, so abordadas tambm as funes

    vitais dos animais e das plantas, a partir da anlise de seres vivos

    que ocupam diferentes ambientes. A organizao da diversidade

    dos seres vivos e as aes que ameaam essa diversidade tambm

    so temas estudados neste eixo temtico.

    4.5 TrAnsmisso dA VidA, TiCA E mAniPulAo

    GniCA

    Neste eixo temtico, so abordados os fundamentos da

    hereditariedade. Nele os estudantes desenvolvero expectativas

    de aprendizagem relacionadas aplicao dos conhecimentos

    genticos no diagnstico e tratamento de doenas, na identificao

    da paternidade e de indivduos, em investigaes criminais ou aps

    acidentes. Outra expectativa de aprendizagem a ser desenvolvida

    a relacionada ao debate das implicaes ticas, morais, polticas

    e econmicas das manipulaes genticas. Os fundamentos da

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    32 hereditariedade, que envolvem os princpios bsicos que regem a

    transmisso de caractersticas hereditrias, as noes bsicas de

    probabilidades, os tipos de cruzamentos, a construo e a anlise

    de heredogramas so trabalhados neste eixo. Alm dos temas

    acima, so abordados tambm a gentica humana e a sade, as

    aplicaes da engenharia gentica e os benefcios e perigos da

    manipulao gentica.

    4.6 oriGEm E EVoluo dA VidA

    Este eixo temtico trata de temas com grande significado cientfico

    e filosfico, j que abrangem questes polmicas, envolvendo

    vrias interpretaes sobre a origem da vida. Ao longo desse

    eixo, os estudantes desenvolvero expectativas de aprendizagem

    relativas a posicionar-se frente a questes polmicas e a

    dimensionar processos vitais, em escalas de tempo diferentes.

    Eles tambm conhecero mecanismos bsicos que propiciam a

    evoluo da vida, principalmente do ser humano. Temas como

    hipteses sobre a origem da vida, ideias evolucionistas e evoluo

    biolgica, a origem do ser humano e a evoluo sob interveno

    humana so tratados neste eixo, possibilitando desenvolvimento

    de expectativas de aprendizagem mais complexas.

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    33

    5 EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

    No contexto do projeto Parmetros da Educao Bsica do Estado

    de Pernambuco, o currculo entendido como um conjunto

    de conhecimentos, competncias e habilidades, traduzidos em

    expectativas de aprendizagem [...] (p. 5).

    As expectativas de aprendizagem devem ser interpretadas como

    orientadoras da prtica pedaggica, na seleo e na ordenao

    dos contedos e tambm na metodologia de ensino. Elas devem

    ser explicitadas e alinhadas s atividades e estratgias de ensino.

    Pressupe-se que o professor conhea a natureza dos contedos

    e das intervenes mais adequadas para ensinar, o que ensinar e

    como os estudantes iro aprender.

    preocupante a tendncia de descontextualizao que ainda se

    estabelece na educao em Biologia. Muitas vezes, parece que o

    mais importante so os contedos a serem trabalhados em suas

    sequncias tradicionais e no a oportunidade de transformao na

    vida do estudante.

    Se, por um lado, essa abordagem traz mais segurana ao professor,

    por outro, j no tem atendido necessidade de formao de um

    cidado com reflexes sistmicas e comportamentos ticos.

    Para enfrentarmos o desafio de educar indivduos que sejam

    capazes de enfrentar as nossas emergentes demandas sociais e

    planetrias, temos que nos esforar para construir uma abordagem

    complexa, como sugere Edgar Morin:

    Os princpios do Conhecimento Pertinente1.4 O complexoO conhecimento pertinente deve enfrentar a complexidade. Complexus

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    34 significa o que foi tecido junto; de fato, h complexidade quando elementos diferentes so inseparveis constitutivos do todo (como o econmico, o

    sociolgico, o poltico, o psicolgico, o afetivo, o mitolgico) e h um tecido

    interdependente, interativo e inter-retroativo entre o objeto de conhecimento

    e seu contexto, as partes e o todo, o todo e as partes e as partes entre si.

    Por isso, a complexidade a unio entre a unidade e a multiplicidade. Os

    desenvolvimentos prprios a nossa era planetria nos confrontam cada vez

    mais e de maneira cada vez mais inelutvel com os desafios da complexidade.

    Em consequncia, a educao deve promover inteligncia geral apta a

    referir-se ao complexo, ao contexto de modo multidimensional e dentro da

    concepo global (MORIN, 2000, p. 38).

    Uma reflexo sobre o tema da recursividade nos permite aprofundar

    no entendimento sobre a abordagem complexa das expectativas

    de aprendizagem. Para isso, usamos uma explicao dada pelo

    pensador sistmico chileno Humberto Maturana:

    A palavra recurso faz referncia aplicao de uma operao sobre o resultado da aplicao de uma operao. [...] Por exemplo, na repetio,

    se eu tirar a raiz quadrada de a, obtenho a. Posso repetir isso e tirar a raiz quadrada de a, e obter a. Isso repetio: a = a; a = a; a = a. Mas posso tirar a raiz quadrada de a, obter a e, em seguida, aplicar a mesma operao sobre o resultado da primeira, e assim por diante. Aqui h uma recurso, porque a, que o objeto da raiz quadrada que se segue, o resultado da aplicao da raiz quadrada; e a, que o objeto da raiz quadrada que se segue, o resultado da raiz quadrada anterior. Isso uma recurso: a = a; a = a; a = a (MATURANA, 2001, p. 72).

    Segundo Maturana, a linguagem uma atividade recursiva. Ns nos

    comunicamos sempre usando, de forma recursiva, elementos que

    fizeram parte de nossa histria de vida. O ideal seria aprendermos

    a nos comunicar incorporando elementos isolados de forma

    sequencial. Usamos sempre os conceitos aprendidos e, quando

    percebemos que precisamos us-los novamente, ns os usamos

    adequadamente, pois a comunicao flui a partir do seu uso, cada

    vez com maior desenvoltura e segurana.

    Os exemplos citados servem de base para apresentarmos as

    expectativas de aprendizagem em Biologia. O mais importante

    que o professor perceba essa abordagem recursiva, na qual temas

    abrangentes so apresentados ao longo da Educao Bsica e

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    35retomados, pelos estudantes, em diferentes estgios cognitivos.

    medida que os temas so retomados em diferentes contextos,

    os estudantes fazem importantes reflexes e correlaes entre

    os mais diversos temas e as expectativas de aprendizagem se

    consolidam.

    Segundo William Doll Jr.:

    Finalmente, os materiais de currculo podem ser organizados para encorajar

    esta reflexo se forem abordados iterativa e recursivamente, no linearmente.

    quase um sacrilgio considerar a organizao dos materiais de contedo

    de outra maneira que no a sequencial. Mas o currculo em espiral de Jerome

    Bruner (1960) merece ser novamente examinado e reestruturado luz da

    teoria da recurso. Em certo sentido vale a pena construir um currculo em

    que os alunos revisitem com mais insights e profundidade aquilo que fizeram. Num outro sentido, o currculo como um pacote total com contedo e

    instrues entrelaados torna-se empolgante e envolvente conforme suas

    espirais avanam para o desconhecido. O conhecimento do mundo no um

    conhecimento fixo esperando para ser descoberto; ele est continuamente

    se expandindo, gerado por nossas aes reflexivas (DOLL, 1997, p. 119).

    Em Biologia, as expectativas de aprendizagem foram organizadas

    em seis eixos temticos, apresentados em quadros e divididos em

    duas colunas:

    1. na primeira coluna, so detalhadas as expectativas de

    aprendizagem dos contedos de Biologia;

    2. na segunda coluna, esto discriminados os anos de escolarizao

    em que cada expectativa dever ser introduzida ou retomada,

    sistematizada e consolidada.

    Para indicar o nvel de abordagem da capacidade a ser desenvolvida,

    as colunas foram marcadas pela cor branca e trs diferentes tons

    de azul.

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    36A cor branca indica que, naquele ano, a expectativa de aprendizagem no focalizada.

    O azul claro indica que os estudantes devem comear a trabalhar a expectativa de aprendizagem, de modo a se familiarizarem com os conhecimentos que tero de desenvolver. Assim, nos perodos marcados com azul claro, a expectativa de aprendizagem deve ser tratada de modo introdutrio.

    O azul celeste indica o(s) ano(s) durante o(s) qual (is) uma expectativa de aprendizagem necessita ser objeto de sistematizao pelas prticas de ensino, ou seja, a expectativa de aprendizagem deve sedimentar conceitos e temas.

    O azul escuro indica que a EA deve ser consolidada. O processo de consolidao pode estender-se em outros anos ou at chegar ao Ensino Mdio, para aprofundar conceitos e temas e/ou expandi-los para novas aprendizagens.

    EiXo TEmTiCo 1: inTErAo dos sErEs ViVos

    EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEMMDULOS

    I II III

    EA1. Identificar, por meio de diferentes linguagens, cada nvel de organizao em ecologia: indivduo, populao, comunidade, ecossistema, biosfera.

    EA2. Identificar os fatores que regulam o crescimento das populaes biolgicas, seus declnios e aumentos, compreendendo as implicaes para os diferentes ambientes.

    EA3. Identificar a composio dos diferentes ecossistemas brasileiros, relacionando suas caractersticas com as diferentes regies do pas.

    EA4. Relacionar a estabilidade dos ecossistemas com a complexidade das interaes estabelecidas entre os organismos das populaes na natureza.

    EA5. Reconhecer, nas situaes apresentadas, a ocorrncia de sucesso ecolgica, identificando a interferncia do homem nos ciclos naturais da matria.

    EA6. Conhecer como ocorre o fluxo de matria e energia nas cadeias alimentares, visando ciclagem nas relaes ecolgicas, reconhecendo que ocorre transferncia de energia e matria e que a energia dissipada em forma de calor, ao longo deste processo.

    EA7. Interpretar os diferentes tipos de pirmides ecolgicas, relacionando as cadeias e teias alimentares estabilidade/manuteno das populaes na natureza.

    EA8. Interpretar, em diferentes formas de linguagem, os ciclos biogeoqumicos, principalmente o nitrognio, o carbono, o oxignio e a gua, reconhecendo sua importncia para a vida no planeta.

    EA9. Reconhecer problemas ambientais (efeito estufa, destruio da camada de oznio, entre outros), interpretando as medidas que permitem controlar e/ou minimizar seus efeitos no ambiente, distinguindo as de responsabilidade individual, coletiva e do poder pblico.

    EA10. Avaliar as condies ambientais, identificando o destino do lixo e do esgoto, o tratamento dado gua, o modo de ocupao do solo, as condies dos rios e crregos e a qualidade do ar, refletindo sobre o papel das diferentes instncias responsveis por essas condies ambientais.

    EA11. Compreender a importncia do desenvolvimento sustentvel em uma sociedade estratificada, como estratgia de conservao dos recursos naturais.

    Tomando, como exemplo, a EA4 (Relacionar a estabilidade dos

    ecossistemas com a complexidade das interaes estabelecidas

    entre os organismos das populaes na natureza) consideramos

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    37que os estudantes, no primeiro mdulo, retomam os conceitos de

    organismo, populao, comunidade e ecossistema e estabelecem

    relaes entre esses nveis de organizao em ecologia.

    No segundo mdulo, propomos que os estudantes adquiram

    domnio sobre essa expectativa de aprendizagem, o que pode

    ocorrer, por exemplo, por meio dos estudos sobre cadeias e

    teias alimentares. Esse domnio ocorre tambm nas relaes

    que se estabelecem ao se estudarem os diferentes ecossistemas

    brasileiros e as teias alimentares presentes nesses ecossistemas.

    No terceiro mdulo, a expectativa de aprendizagem a de que os

    estudantes consolidem a capacidade de relacionar a estabilidade

    dos ecossistemas com a complexidade das interaes dos

    organismos das populaes na natureza e que estabeleam

    relaes com a importncia do desenvolvimento sustentvel em

    uma sociedade, para que ocorra a reduo das desigualdades

    sociais. Nesse mdulo, o estudante estabelecer as relaes e no

    apenas repetir o que estava escrito, pois ele teve a oportunidade de

    integrar a cada contedo novo o contedo visto anteriormente, o

    que contribui para uma viso sistmica dos contedos abordados.

    EiXo TEmTiCo 2: sEr HumAno E sAdE

    EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEMMDULOS

    I II III

    EA1. Construir o conceito de sade, levando em conta os condicionantes biolgicos (sexo, idade, fatores genticos), os condicionantes sociais, econmicos, ambientais e culturais (renda, escolaridade, estilos de vida, estado nutricional, lazer, qualidade do transporte, condies de saneamento).

    EA2. Relacionar nutrientes estrutura e ao metabolismo do organismo vivo, reconhecendo causas e consequncias de seu excesso e/ou carncia.

    EA3. Relacionar os ndices de desenvolvimento humano (IDH), em diferentes pases e nas regies brasileiras, tomando como base os indicadores biolgicos e socioambientais.

    EA4. Relacionar o saneamento bsico com a sade individual, coletiva e ambiental nas diversas regies brasileiras, identificando a relao com endemias, condies ambientais e qualidade de vida (destino do esgoto e do lixo, abastecimento de gua, tipo de moradia, acesso a atendimento mdico e a educao).

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    38EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

    MDULOS

    I II III

    EA5. Caracterizar e identificar as principais doenas que afetam a populao brasileira, destacando, entre elas, as infectocontagiosas, parasitrias, degenerativas, ocupacionais, carenciais, sexualmente transmissveis (IST) e provocadas por toxinas ambientais.

    EA6. Desenvolver noes de tcnicas de primeiros socorros, que devem ser aplicadas em diferentes situaes.

    EA7. Identificar o princpio bsico de funcionamento dos mtodos contraceptivos mais disseminados, refletindo sobre os riscos sade materna de uma gravidez no planejada, discutindo e formando opinies sobre o controle da natalidade e planejamento familiar.

    EA8. Relacionar as drogas (lcitas e ilcitas) s consequncias do seu uso, inclusive a automedicao, e as implicaes que trazem ao convvio social.

    EA9. Identificar propostas e aes, de alcance individual ou coletivo, que visam preservao e implementao da sade individual, coletiva ou do ambiente.

    Tomando, como exemplo, a EA9 (Identificar propostas e aes,

    de alcance individual ou coletivo, que visam preservao e

    implementao da sade individual, coletiva ou do ambiente),

    espera-se que os estudantes, no primeiro mdulo, retomem os

    conceitos sobre sade individual, coletiva e do ambiente. Essa

    retomada pode ocorrer, por exemplo, durante os estudos das

    situaes que colocam as pessoas em risco, tais como: tipo de

    alimentao; qualidade de vida; qualidade do ambiente onde

    vivem.

    No segundo mdulo, propomos que os estudantes adquiram

    domnio sobre essa expectativa de aprendizagem, o que pode

    ocorrer durante os estudos sobre os sistemas humanos. Nesses

    contedos, os conceitos de sade so sempre relacionados

    s funes dos sistemas e rgos, o que complementa as

    aprendizagens e possibilita o seu aprofundamento.

    No terceiro mdulo, a expectativa de aprendizagem a de que

    os estudantes saibam identificar propostas e aes, de alcance

    individual ou coletivo, que visam preservao e melhoria da

    sade individual, coletiva ou do ambiente, e que consolidem a

    expectativa de aprendizagem, durante os estudos sobre o eixo

    Interao dos seres vivos. Nesse mdulo, consideramos que,

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    39includas nessa expectativa, esto as capacidades de investigar,

    estabelecer relaes, argumentar, justificar, avaliar, analisar e

    interpretar. Esse o momento de o estudante associar tudo

    o que foi estudado sobre o corpo e o ambiente e aplicar esses

    conhecimentos preservao de sua prpria sade e da sade

    daqueles que o rodeiam, bem como do ambiente no qual vive e

    convive, e da sade planetria.

    EiXo TEmTiCo 3: idEnTidAdE dos sErEs ViVos

    EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEMMdulos

    I II III

    EA1. Reconhecer as metodologias cientficas relacionadas ao estudo da vida, evidenciando suas implicaes na Biologia.

    EA2. Reconhecer a composio bsica dos seres vivos, compreendendo sua formao, metabolismo e informao gentica.

    EA3. Identificar a clula como unidade morfofuncional dos seres vivos e comparar a organizao e o funcionamento dos diferentes tipos celulares.

    EA4. Relacionar a importncia e funo das membranas celulares aos processos de troca e transporte, compreendendo o papel das diferentes organelas citoplasmticas.

    EA5. Analisar e produzir imagens e representaes relacionadas aos diferentes tipos celulares, seus constituintes e processos.

    EA6. Identificar e produzir, em representaes esquemticas, os processos de formao de: gametas, zigoto e diviso celular.

    EA7. Reconhecer que divises mitticas descontroladas podem resultar em processos patolgicos conhecidos como cnceres.

    EA8. Compreender o corpo humano como um todo integrado, considerando suas caractersticas morfofisiolgicas.

    EA9. Estabelecer relaes entre os sistemas do corpo humano, para compreender suas funes e a interdependncia entre eles.

    EA10. Identificar os reagentes, produtos e processos bsicos da fotossntese e da respirao celular, para manuteno da vida.

    EA11. Relacionar carboidratos (fonte primria de energia), lipdeos (reserva energtica) e protenas (molcula estrutural e ltima fonte de energia) com a obteno e o gasto de energia pelos seres vivos.

    EA12. Identificar a natureza bioqumica do DNA, estabelecendo relao com o cdigo gentico e a sntese proteica.

    EA13. Relacionar manipulao gentica biotica (riscos e benefcios), analisando os argumentos de diferentes profissionais.

    Tomando, como exemplo, a EA4 (Relacionar a importncia e funo

    das membranas celulares aos processos de troca e transporte,

    compreendendo o papel das diferentes organelas citoplasmticas),

    no primeiro mdulo, sero retomados os conceitos sobre os tipos

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    40 de clulas, quando forem estudadas diferentes explicaes sobre

    a origem do Universo, da Terra e dos seres vivos. Nesse mdulo,

    podem ser introduzidos conceitos relacionados membrana

    plasmtica e aos diferentes tipos de transporte transmembrana,

    bem como a importncia de algumas organelas citoplasmticas.

    No segundo mdulo, propomos que os estudantes adquiram

    domnio sobre essa expectativa de aprendizagem, o que pode

    ocorrer, por exemplo, durante os estudos sobre a difuso e a

    osmose nos protozorios de gua doce, bem como o transporte

    ativo de ons no processo de absoro de gua e sais minerais

    pelas razes das angiospermas. A fagocitose outro processo de

    transporte pela membrana estudado na nutrio de protozorios,

    assim como a funo de algumas organelas que participam do

    mesmo.

    No terceiro mdulo, a expectativa de aprendizagem a de que os

    estudantes saibam explicar os tipos de transportes pela membrana

    celular, em diversas situaes, e que a consolidem durante os

    estudos sobre os processos de troca pela membrana, nesse eixo

    e no eixo Ser humano e sade, ao se tornarem capazes de

    Caracterizar doenas infecciosas e parasitrias mais frequentes

    nos Brasil. O estudante consolidar os conceitos e no apenas os

    repetir, pois ele teve a oportunidade de integrar a cada contedo

    novo o contedo visto anteriormente, o que contribui para uma

    viso global, sem fragmentao dos contedos abordados.

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    41EiXo TEmTiCo 4: diVErsidAdE dA VidA

    EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEMMdulos

    I II III

    EA1. Caracterizar reproduo assexuada e sexuada, relacionando-as variabilidade gentica.

    EA2. Identificar, em situaes-problema, que a diversidade das adaptaes propicia a vida em diferentes ambientes.

    EA3. Reconhecer caractersticas adaptativas dos seres (autotrficos e heterotrficos), nos ambientes.

    EA4. Reconhecer a importncia da classificao biolgica para a organizao e compreenso da diversidade dos seres vivos.

    EA5. Identificar os grupos de seres vivos quanto s caractersticas morfofisiolgicas, evolutivas, nutricionais e ambientais.

    EA6. Caracterizar os vrus, para entender sua composio e a forma como eles se instalam nos seres vivos, compreendendo sua dependncia das clulas vivas.

    EA7. Entender e relacionar o papel das bactrias, cianobactrias, fungos, protozorios e algas, nos diversos ambientes e na vida dos seres em geral, inclusive em sua importncia econmica e ecolgica (produo de cosmticos, gneros alimentcios e substncias medicinais).

    EA8. Caracterizar os grupos dos Animais e Plantas quanto estrutura, nutrio, habitat, importncia econmica e ecolgica.

    EA9. Construir rvores filogenticas, para representar relaes de parentesco entre diversos seres vivos.

    EA10. Reconhecer as principais caractersticas da fauna e da flora dos grandes biomas terrestres, especialmente dos brasileiros, e identificar causas de extino de animais e plantas.

    Tomando, como exemplo, a EA3 Reconhecer caractersticas

    adaptativas dos seres (autotrficos e heterotrficos) nos ambientes,

    no primeiro mdulo, essa expectativa de aprendizagem poder

    ser introduzida durante o estudo de cada nvel de organizao

    em ecologia. Nesse mdulo, essa expectativa tambm poder ser

    introduzida a partir dos estudos sobre cadeias e teias alimentares.

    No segundo mdulo, propomos que os estudantes adquiram

    domnio sobre esta expectativa de aprendizagem, o que pode

    ocorrer, por exemplo, durante os estudos dos diferentes

    ecossistemas brasileiros. O domnio dessa expectativa de

    aprendizagem poder ocorrer, tambm, ao compararmos os

    papis desempenhados no ambiente e na vida dos seres humanos

    pelos diferentes grupos de seres vivos.

    No terceiro mdulo, essa expectativa de aprendizagem ser

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    42 consolidada em Diversidade da vida. Nesse mdulo, consideramos

    que, includas nessa expectativa, esto as capacidades de

    estabelecer relaes, argumentar, justificar, avaliar, analisar e

    interpretar.

    EiXo TEmTiCo 5: TrAnsmisso dA VidA

    EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEMMDULOS

    I II III

    EA1. Distinguir as caractersticas hereditrias das congnitas e adquiridas, identificando suas relaes de causas, efeitos e consequncias biolgicas.

    EA2. Utilizar os conhecimentos matemticos de probabilidade, para resolver problemas de gentica que envolvam caractersticas diversas.

    EA3. Identificar e utilizar os cdigos da gentica, para representar as caractersticas genticas envolvendo heredogramas e situaes-problema.

    EA4. Relacionar os processos envolvidos na primeira e na segunda lei de Mendel aos grupos sanguneos, herana ligada ao sexo, herana influenciada e restrita pelo sexo, possibilitando a construo de uma conscincia de respeito tnico.

    EA5. Analisar aspectos genticos do funcionamento do corpo humano: incompatibilidade dos grupos sanguneos, transplantes, doenas autoimunes, metablicas e hereditrias, permitindo a construo de mapas genticos.

    EA6. Reconhecer a importncia da terapia gnica no tratamento de doenas, posicionando-se criticamente a seu respeito.

    EA7. Reconhecer a importncia dos testes de DNA nos casos de determinao da paternidade, investigao criminal e identificao de indivduos, dentre outros.

    EA8. Compreender a histria do desenvolvimento da Biotecnologia ao longo da linha do tempo, reconhecendo a importncia para a medicina preventiva.

    EA9. Avaliar a importncia dos aspectos econmicos e sociais envolvidos no uso da Biotecnologia: clonagem, transgnicos, o problema das patentes biolgicas, alimentao e a explorao comercial das descobertas das tecnologias de DNA.

    Tomando, como exemplo, a EA7 (Reconhecer a importncia

    dos testes de DNA nos casos de determinao da paternidade,

    investigao criminal e identificao de indivduos), no primeiro

    mdulo, propomos que sejam retomados os estudos sobre a

    estrutura e as funes do DNA. Essa retomada pode ocorrer, por

    exemplo, quando os estudantes caracterizam os vrus, durante os

    estudos do eixo Diversidade da vida.

    J no segundo mdulo, propomos que os estudantes adquiram

    domnio sobre essa expectativa de aprendizagem, o que pode

    ocorrer, por exemplo, durante os estudos sobre sistema genital

    humano, gravidez e parto. Durante todo esse mdulo, eles

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    43estaro se conscientizando sobre as diferenas existentes entre

    todos os seres vivos e relacionando-as molcula de DNA.

    No terceiro mdulo, a expectativa de aprendizagem a de que

    os estudantes saibam explicar os conceitos referentes aos cidos

    nucleicos e os apliquem nas diversas situaes como, por exemplo,

    adeterminao da paternidade. Atualmente problemas como esse

    so de fcil soluo, graas elaborao do cdigo de barras

    do DNA. A partir da, os estudantes esto aptos a consolidar os

    estudos sobre os fundamentos da hereditariedade. Nesse mdulo,

    o estudante estabelecer as relaes e no apenas repetir o que

    estava escrito, pois como j foi dito, ele teve a oportunidade de

    integrar a cada contedo novo o contedo visto anteriormente, o

    que contribui para uma viso sistmica dos contedos abordados.

    EiXo TEmTiCo 6: oriGEm E EVoluo dA VidA

    EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEMMDULOS

    I II III

    EA1. Identificar diferentes explicaes sobre a origem do Universo, da Terra e dos seres vivos.

    EA2. Conhecer a histria da vida na Terra, com base em escala temporal, indicando os principais eventos, surgimento da vida, das plantas, dos animais e do homem (Criacionismo e Evolucionismo).

    EA3. Identificar as semelhanas e diferenas entre as teorias evolucionistas de Darwin e Lamarck, bem como a importncia dos trabalhos desses cientistas para a compreenso da evoluo.

    EA4. Identificar as evidncias da evoluo.

    EA5. Explicar a transformao das espcies, ao longo do tempo, por meio dos mecanismos de mutao, recombinao gnica e seleo natural.

    EA6. Reconhecer os impactos da interferncia humana e da seleo artificial sobre ambientes naturais e populaes, a exemplo do uso indiscriminado de antibiticos e pesticidas.

    EA7. Analisar a evoluo humana, identificando relaes de parentesco entre homindeos, a partir de rvores filogenticas.

    Tomando, como exemplo, a EA2 (Conhecer a histria da vida

    na Terra, com base em escala temporal, indicando os principais

    eventos, surgimento da vida, das plantas, dos animais e do

    homem), no primeiro mdulo, a histria da Terra e o surgimento

    da vida no Planeta so retomados em Identidade dos seres

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    44 vivos, quando se fala da origem das clulas. importante que

    se enfatize o aumento da complexidade das clulas e se faa um

    paralelo com as modificaes que foram ocorrendo no planeta,

    enquanto as clulas se modificavam, at atingirem o maior grau

    de complexidade.

    J no segundo mdulo, propomos que os estudantes adquiram

    domnio sobre essa expectativa de aprendizagem, o que pode

    ocorrer, por exemplo, durante os estudos dos seres vivos. Esse

    domnio, na realidade, dever acontecer ao longo do segundo

    mdulo, pois os estudos dos seres vivos devem ser realizados

    numa abordagem evolutiva e ecolgica.

    No terceiro mdulo, essa expectativa ser consolidada atravs dos

    estudos sobre a evoluo dos seres vivos, desde os organismos

    procariontes, at a espcie humana. Nesse mdulo, consideramos

    que, includas nessa expectativa, esto as capacidades de

    estabelecer relaes, argumentar, justificar, avaliar, analisar e

    interpretar.

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    45

    6. REFERNCIAS

    6.1 rEfErnCiAs PrinCiPAis

    BRASIL. MINISTRIO DA EDUCAO. Parmetros Curriculares Nacionais: Cincias Naturais. Braslia: SEF/MEC, 1998.

    BRASIL. MINISTRIO DA EDUCAO. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio. RESOLUO n. 3, de 26 de junho 1998. Braslia, SEED/MEC, 1998.

    BRASIL. MINISTRIO DA EDUCAO E DO DESPORTO. Cmara de Educao Bsica do Conselho Nacional de Educao. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental. Parecer CEB 04/98. Braslia, 1998.

    BRASIL. Secretaria de Educao Mdia e Tecnolgica. Parmetros Curriculares Nacionais +. Braslia: MEC/SEMTEC, 2002.

    BRASIL. MINISTRIO DA EDUCAO. SECRETARIA DE EDUCAO BSICA. Orientaes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio. Cincias da Natureza, Matemtica e suas Tecnologias. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Bsica, 2006.

    BRASIL. MINISTRIO DA EDUCAO. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANISIO TEIXEIRA. Exame Nacional para Certificao de Competncias de Jovens e Adultos (ENCCEJA). Disponvel em: . Acessado em: 20 mar. 2013.

    BRASIL. MINISTRIO DA EDUCAO. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio. Resoluo n. 2, de 30 de janeiro 2012. Braslia, SEED/MEC, 2012.

    DOLL JR., W. Currculo: uma perspectiva ps-moderna. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

    FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. So Paulo: Paz e Terra, 2001.

    MATURANA, H. Cognio, cincia e vida cotidiana. Belo Horizonte: UFMG, 2001.

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    46 SASSERON, L. H. Alfabetizao cientfica no ensino fundamental: estrutura e indicadores deste processo em sala de aula. 2008. 261f. Tese (Doutorado em Educao) - Universidade So Paulo, So Paulo, 2008.

    6.2 rEfErnCiAs ComPlEmEnTArEs

    ALBERTS, B. Fundamentos da biologia celular. 3. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2011.

    AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das clulas. v. 1. So Paulo: Moderna, 2004.

    ________. Biologia das populaes. v. 3. So Paulo: Moderna, 2004.

    ________. Biologia dos organismos. v. 2. So Paulo: Moderna, 2004.

    AUSUBEL, D. P. The psychology of meaningful verbal learning. New York: Grune& Stratton, 1963.

    BUSSMANN, A. C. O projeto poltico pedaggico e a gesto da escola. In: VEIGA, I. P. A. Projeto poltico-pedaggico da escola: uma construo possvel. Campinas: Papirus, 1996.

    CACHAPUZ, A. et al. A necessria renovao do ensino das cincias. So Paulo: Cortez, 2005.

    CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreenso cientfica dos sistemas vivos. So Paulo: Cultrix, 1996.

    CHASSOT, A. Alfabetizao cientfica: proposta de pesquisa que faz incluso. In: XII Encontro Nacional de Didtica e Prtica de Ensino - ENDIPE, Curitiba, 2004.

    COLL, C. Psicologia e currculo: uma aproximao psicopedaggica elaborao do currculo escolar. So Paulo: tica, 2001.

    DIAS, G. F. Educao ambiental: princpios e prticas. So Paulo: Gaia, 2004.

    GOUVEIA, C. P.; VENTURA, P. C. S. Letramento cientfico: reflexes conceituais para o desenvolvimento de uma proposta no EJA. In: SEMINRIO NACIONAL DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA, 2010, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: Centro Federal de Educao Tecnolgica de Minas Gerais, 2010. Disponvel em: . Acessado em: 07 out. 2006.

    LAGES, M. D.; FERREIRA, M. F. L. Biologia: ensino mdio. 1. ed. Belo Horizonte: Pax, 2009.

    LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L.; COX, M. M.Princpios da bioqumica.

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    473. ed. So Paulo: Sarvier, 2002. 975p.

    LIMA, E. S. Avaliao na escola. So Paulo: Sobradinho 107, 2003.

    MOREIRA, A. F. B. Currculo, utopia e ps-modernidade. In: MOREIRA, A. F. M. (Org.) Currculo: questes atuais. Campinas: Papirus, 1998.

    MOREIRA, M.; MASINI, E. Aprendizagem significativa. A teoria de David Ausubel. So Paulo: Moraes, 1999.

    MORIN, E. Os sete saberes necessrios educao do futuro. So Paulo: Cortez; Braslia: UNESCO, 2000.

    ODUM, E. Fundamentos de ecologia. 7. ed. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian, 2001.

    PEDRANCINI, V. D.; CORAZZA-NUNES, M. J.; GALUCH, M. T. B.; MOREIRA, A. L. O. R.; RIBEIRO, A. C. Ensino e aprendizagem de Biologia no ensino mdio e a apropriao do saber cientfico e biotecnolgico. Revista Electrnica de Enseanza de las Ciencias, v. 6, n. 2, p. 299-309, 2007.

    PERNAMBUCO. Secretaria de Educao Cultura e Esportes. Diretoria de Educao Escolar. Orientaes Terico-Metodolgicas. Ensino Mdio. 2008.

    PURVES, W. K. Vida: a cincia da Biologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.

    RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

    SABATINNI, M. Alfabetizao e cultura cientfica: conceitos convergentes. Revista Digital Cincia e Comunicao (1). Disponvel em: . Acessado em: 07 set. 2006.

    SOARES, M. Letramento: um tema em trs gneros. Belo Horizonte: Autntica, 1998.

    VEIGA, I. P. A. (Org.). Projeto poltico-pedaggico da escola: uma construo possvel. Campinas: Papirus, 1995.

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    48

    COLABORADORES

    Contriburam significativamente para a elaborao dos

    Parmetros Curriculares de Biologia Educao de Jovens e

    Adultos os professores, monitores e representantes das Gerncias

    regionais de Educao listados a seguir, merecedores de grande

    reconhecimento.

    PROFESSORES

    Alexandre Gomes da SilvaAlriedina Fernando Bezerra da SilvaAna Roberta Menezes SilvaAndre Luiz dos Santos Castelo BrancoAndrea Maria da SilvaAngela Francisca do CarmoAntonia Dionisia de LiraAntonio Campos do NascimentoAntonio Ferreira do NascimentoArgemiro Pinto dos Santos NetoArmanda Alves LeiteAvany Maria Harrys de LemosCamila de Souza BenevidesCarla Sibele da Silva FerreiraCarlos Cleison LandimCicera Oliveira de SousaCileide Rodrigues dos Santos PaivaClaudia Jeronimo de SouzaCleberto Ribeiro de Queiroz CarreiraDamaris Marques FerreiraDaniela Albuquerque Loeser de MenezesDaniela Mirelle Silva GuimaraesDebora Matias de AraujoDeize Bezerra do NascimentoEdenilza de Souza CabralEdlane Targino da SilvaEdlazy Brito Monteiro da SilvaElizeu Gomes da SilvaEmanuel Francisco da SilvaEunice de Oliveira Santos de Santana

    Fabio Jose dos SantosFernanda Esmeralda Leite SilvaFlavia Jones da Costa LimaGirlene Fabia de SouzaGizelma de Menezes AlvesGleys Queiroz Maciel Vidal ValencaGraciete Santana dos SantosHelena Maria Case de OliveiraHercilia Gleyce da Silva VasconcelosHortencia Maria de LimaIara da Gloria MarcosIara Luciana da Costa OliveiraIris Raquel da Silva DelmondesIsabel Maria Barbosa de MendoncaIvana Carla Soares PereiraIvanildo Jose do NascimentoJaqueline Chaves de QueirozJoana Darc Cardoso RodriguesJoao Paulo Silva de AndradeJoedson Jose da SilvaJose Ferreira da Silva NetoJose Wilson Wanderley BarbosaKarine Calado Lins MacielKarla Andrea de Melo TenorioKarla Maria Euzebio da SilvaKatia Leonilda de Moura TertoLeila Viviane Goncalves MatiasLucia Maria Freire do NascimentoMaciel Jose da SilvaMargarida Abel Alves Diniz

    Os nomes listados nestas pginas no apresentam sinais diacrticos, como cedilha e acentuao grfica, porque foram digitados em sistema informatizado cuja base de dados no contempla tais sinais.

  • PARMETROS CURRICULARES DE BIOLOGIA

    49Maria Alves da SilvaMaria Aparecida Rodrigues NovaesMaria Conceicao Raphaella Vasconcelos SantosMaria da Conceicao de Lima GadelhaMaria das Dores Mendes da SilvaMaria das Gracas Rodrigues BarbosaMaria de Fatima de MoraesMaria de Fatima Freire do Amaral CavalcanteMaria de Lourdes Patriota Duarte de FreitasMaria Dessuleide da SilvaMaria do Carmo da SilvaMaria Euni de AraujoMaria Eurides de Souza Batista de MeloMaria Helena Silva de FariasMaria Lidiane Gomes de AlmeidaMaria Natalia Ferreira LucenaMaria Salette Valgueiro CarvalhoMariana Vasconcelos de Paula SouzaMaridete do Nascimento AraujoMarilene Raimunda da SilvaMarisete Siqueira de Souza SantosMaristela Souza da SilvaMarleide Ferraz de SaMinancy Gomes de OliveiraMona Mirella Macedo Souza

    Monica Simone Bezerra da SilvaMyrella Carolyna de Barros de LiraNatalicio Moura Costa SilvaNicholas Antonio Coelho do NascimentoNubia Cardoso de SantanaOlga Souza AbelPatricia Hander de LucenaPatricia Leal da SilvaPaula Rebeca Alencar e SilvaPoliana Goes da Cruz SilvaRafaella Barreto BarbosaRedilamar Negreiros da Silva ClementeRisomar Bianor RamalhoRodrigo Henrique Coelho MarquesRodrigo Jose Tabosa de AndradeRoselia Pereira Dinoah AguiarRosicleide Barbosa LimaSidney Francisco Amancio LemosSimone Lima Dourado Ximenes SantosSonia Maria Amorim LouraVanilda Rodrigues de AndradeVeronica Ferreira da CunhaVilobaldo Silva Duarte JuniorWalton Otavio Lopes

    MONITORES

    Adeilda Moura de Araujo Barbosa VieiraAgenor Alves de Oliveira JuniorAna Helena Acioli de LimaAndreza Pereira da SilvaCarlos George Costa da SilvaCelita Vieira RochaDiana Lucia Pereira de LiraDiego Santos MarinhoDulcineia Alves Ribeiro TavaresEmmanuelle Amaral MarquesFrancisca Edna Alencar e SousaGenecy Ramos de Brito e LimaGilmar Herculano da SilvaJaciane Bruno LinsJeane de Santana Tenorio LimaJoelma Santiago Nunes LeiteKelvina Araujo de SouzaLeci Maria de SouzaMagaly Morgana Ferreira de MeloManuela Maria de Goes Barreto

    Maria Aparecida Ferreira da SilvaMaria da Conceicao Goncalves FerreiraMaria da Conceicao Goncalves FerreiraMaria do Socorro de Espindola GoncalvesMaria Gildete dos SantosMaria Jucileide Lopes de AlencarMaria Jucileide Lopes de AlencarMaria Silvana Teles Rocha SilvaMaria Silvana Teles Rocha SilvaMarinalva Ferreira de LimaMarta Lucia Silva de MeloMarvia Lira de OliveiraMary Angela Carvalho CoelhoRejane Maria Guimaraes de FariasRilma Leda MacarioTathyane Eugenia Carvalho de MeloTerezinha Abel AlvesTerezinha Abel AlvesVirginia Campelo de AlbuquerqueVivian Michelle Rodrigues do Nascimento Padilha

  • PARMETROS PARA A EDUCAO BSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    50 REPRESENTANTES DAS GERNCIAS REGIONAIS DE EDUCAO

    Adelma Elias da Silva ............................................................ Garanhuns

    Carla Patricia da Silva Uchoa ............................................. Palmares

    Edjane Ribeiro dos Santos .................................................. Limoeiro

    Edson Wander Apolinario do Nascimento ..................... Nazare da Mata

    Elizabeth Braz Lemos Farias ................................................ Recife Sul

    Jaciara Emilia do Nascimento ............................................ Floresta

    Jackson do Amaral Alves ..................................................... Afogados da Ingazeira

    Luciene Costa de Franca ..................................................... Metropolitano Norte

    Maria Aparecida Alves da Silva ............................................ Petrolina

    Maria Aurea Sampaio ............................................................ Arcoverde

    Maria Cleide Gualter A Arraes ............................................. Araripina

    Maria Solani Pereira de Carvalho Pessoa ......................... Salgueiro

    Mizia Batista de Lima Silveira ............................................... Metropolitano Sul

    Rosa Maria Aires de Aguiar Oliveira ................................... Recife Norte

    Soraya Monica de Omena Silva .......................................... Caruaru

    Veronica Maria Toscano de Melo ....................................... Vitoria

    Zildomar Carvalho Santos ................................................... Barreiros