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Biologia Estrutural Ondas e Lei de Bragg Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr. wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr.

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Biologia EstruturalOndas e Lei de Bragg

Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr.

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Fenômenos OndulatóriosPulso de OndasOndasOnda EletromagnéticaRadiação EletromagnéticaInterferênciaRepresentação Matemática de OndasLei de BraggReferências

Resumo

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Fenômenos Ondulatórios

Fenômenos ondulatórios são comuns na natureza, desde de exemplos bucólicos, como uma onda formada num lago, devido a ação da queda de uma pedra, a fenômenos não tão óbvios, como a propagação de ondas eletromagnéticas. A representação gráfica, normalmente satisfatória para os propósitos da interação da radiação eletromagnética com cristais, faz uso de funções periódicas, como a função senoidal, representada ao lado.

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Pulso de Ondas

Podemos pensar em ondas como a propagação de energia, caso essa propagação ocorra em um meio material, como o ar, teremos ondas mecânicas, se as ondas propagam-se no vácuo teremos ondas eletromagnéticas. As ondas sonoras são ondas mecânicas e podem propagar-se em meios sólidos, líquidos e gasosos. Na figura abaixo temos a propagação de um pulso de uma onda em um meio material, uma corda. O pulso de uma onda é a propagação da pertubação através do meio.

Fonte: http://www.if.ufrj.br/teaching/fis2/ondas1/ondulatorio.html

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OndasCaracterizamos as ondas mecânicas periódicas, ou ondas periódicas, pela oscilação dos átomos e moléculas que compõem o meio, onde a onda se propaga. A freqüência da onda (f) é a freqüência de oscilação do átomos e moléculas do meio. O período, T = 1 / f,  é o tempo que leva para um átomo ou molécula particular passar por um ciclo completo do movimento de oscilação. O comprimento de onda (λ) é a distância, entre dois átomos, que oscilam em fase, ao longo da direção de propagação da onda mecânica. Na representação abaixo temos a variação da amplitude em função da posição x.

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x

λ

A

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OndasA amplitude de uma onda caracteriza a grandeza física que varia com o tempo de forma periódica, normalmente representada graficamente no eixo y do gráfico. A amplitude pode ser o campo elétrico, o deslocamento, a intensidade entre outras grandezas físicas. O período da onda abaixo é de 0,00227 s, o que representa uma onda de freqüência f = 1/T = 440,5 Hz, a amplitude da onda é 1. Na representação abaixo temos a variação da amplitude em função do tempo t.

t(s)

Τ=0,00227s

A

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Ondas

Temos uma relação simples entra o comprimento de onda, velocidade de propagação da onda (v) e a freqüência da onda (f), que é dada por:

v = f.λ

Por exemplo: Consideremos uma onda do mar que aproxima-se da praia com velocidade de 1,8 m/s e um comprimento de onda de 2,4 m. Com qual freqüência a onda atinge a praia?

Solução: f = v / λ = (1,8 m/s) / (2,4 m) = 0,75 s-1 ou 0,75 Hz .

O Hertz é a unidade de medida de freqüência, e é representado por Hz.

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Ondas

Vamos considerar outro exemplo. A figura abaixo mostra uma onda. Qual é o seu comprimento de onda? Se a frequência for de  12 Hz, qual é a sua velocidade de propagação?

Solução: O comprimento de onda é de 3 m. Vemos claramente na figura que num total de 6 m a onda repete-se duas vezes. Com λ=3 m, temos que a velocidade de propagação (v) é dada como segue: v = fλ = 12 Hz. 3m = 36 m/s .

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6m

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São constituídas de campos elétricos (E) e magnéticos (B) oscilantes, propagando-se com velocidade constante. Exemplos: raios X, radiação gama, ondas de rádio, ondas luminosas, radiação ultravioleta, radiação infravermelha. Como não temos, necessariamente, a oscilação de átomos e moléculas na onda eletromagnética, a mesma pode propagar-se no vácuo, o que não acontece com ondas mecânicas.

E

B

x

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Onda Eletromagnética

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E

B

x

λ

f = cλComprimento de onda

freqüênciaVelocidade da luz

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Onda Eletromagnética

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Para ondas eletromagnéticas deslocando-se no vácuo temos:

f = c = 3 .10 m/sλ8

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Radiação Eletromagnética

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1 km103

3 MHz102

30 MHz10

300 MHz1

10 cm 10-1

1 cm10-2

1 mm10-3

100 µm10-4

10 µm10-5

1 µm10-6

7000 Å

4000 Å

1000 Å10-7

100 Å10-8

10 Å = 1 nm10-9

1,0 Å10-10

0,1 Å10-11

1,24 MeV10-12

10-15

RadiaçãoOutras unidadesComprimento de onda (m)

Fonte: Okuno, E., Caldas, I. L., Chow, C. Física para ciências biológicas e biomédicas. Editora Harbra, 1982, pg. 3.

Raios gama e raios X

Ultravioleta

Luz visível

Infravermelha

Ondas de rádio

Radiação Eletromagnética

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Interferência

Quando temos duas ou mais ondas, viajando no mesmo meio independentemente, podemos ter situações onde elas passam uma através da outra. Temos a soma das ondas, que pode resultar numa interferência construtiva, as amplitudes das ondas somam-se, como na figura abaixo.

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Tempo = 0

Tempo = 1

Tempo = 2

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Interferência

Analisando-se a interferência construtiva de ondas senoidais, como representado nas figuras ao lado, temos que duas ondas em fase, ondas 1 e 2, onde seus máximos e mínimos coincidem e a onda apresenta o mesmo comprimento de onda, o resultado da soma das duas e uma onda com a amplitude resultante igual à soma das amplitudes das ondas 1 e 2. No caso de interferência destrutiva temos as ondas fora de fase, exatamente meio comprimento de onda, onde o máximo da onda 1 coincide com o mínimo da onda 2, o resultado da soma é uma onda de amplitude zero.

Interferência construtiva

Interferência destrutiva

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Representação Matemática de Ondas

Podemos representar matematicamente ondas, e consequentemente, fenômenos ondulatórios, por meios de funções periódicas como seno e coseno, ou combinações dessas funções. A onda ao lado pode ser representada pela seguinte função: E1 (t) = A . sen ( ω.t) , onde A indica a amplitude da onda, ω é a freqüência angular ( ω= 2π.f ), onde f é a freqüência.

E(t)

t

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A

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Representação Matemática de Ondas

Vamos considerar a soma de duas ondas (E1 e E2), ambas com mesma freqüência, mas com amplitudes 2 u. a. e 3 u. a., respectivamente, como representado ao lado, u.a. é unidade de amplitude, para deixarmos de uma forma geral.

2 u. a.

3 u. a.

5 u. a.

E1 (t) = 2.sen(ω.t) E2 (t) = 3.sen(ω.t)

E(t) = E1(t) + E2(t) =

E(t) = 2.sen(ω.t ) + 3.sen(ω.t) =5. sen(ω.t)

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E1 (t) = 2.sen(ω.t)

E2 (t) = 3.sen(ω.t)

E(t) = 5. sen(ω.t)

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Representação Matemática de Ondas

Consideremos agora uma segunda onda (onda 2) com a mesma amplitude A, comprimento de onda λ e deslocada um ângulo de fase α, em relação a onda 1. Podemos representar matematicamente a onda 2 por meios da seguinte função: E2 (t) = A . sen ( ω.t + α), onde A indica a amplitude da onda, ω é a freqüência angular ω = 2π.f , onde f é a freqüência, α indica a fase da onda.

E(t)

t

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A

α

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Representação Matemática de Ondas

Uma onda com comprimento de onda constante (λ) é caracterizada por duas quantidades, a amplitude (A) e o ângulo de fase (α). Essas duas quantidades caracterizam um vetor de módulo (A), no plano complexo, que faz um ângulo (α) com o eixo dos reais. Quantidades complexas (Z) são representadas no plano complexo, onde o eixo x é chamado de eixo real, e o eixo y eixo complexo.

Z = a + ib = A.cos(α) + A.sen(α) = = A. [cos(α) + sen(α) ] = A. eiα, onde i é o número

complexo i = (-1)1/2

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Eixo Real

Eixo Imaginário

Z = a + ib

a

b A

Z = A.ei.α

α

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Representação Matemática de Ondas

E(t)

t

Eixo imaginário

EixoReal

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α

αE2

E1

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Representação Matemática de Ondas

E(t)

t

Eixo imaginário

EixoReal

A somatória das duas ondas pode ser representada comosegue:E(t) = E1(t) + E2(t) = E1[1 + ei.α]

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α

E1 (t) = A.sen(ω.t)E2 (t) = E1ei.α

αE2

E1

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Lei de Bragg

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θ θ

Considere um conjunto de planos paralelos de um retículo cristalino, como mostrado na figura ao lado, com distância interplanar (d). Incidindo sobre este conjunto de planos paralelos temos raios X de comprimento de onda λ. Podemos analisar a difração de raios X como se fosse resultado da reflexão dos raios X pelos planos. Para que ocorra difração num dado ângulo θé necessário que as ondas difratada sofram interferência construtiva.

d

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Lei de Bragg

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Analisemos a diferença de caminho ótico dos feixes 1 e 2, indicados na figura. O feixe 2 percorre a distância A + B a mais que o feixe 1. Assim, para que as ondas dos feixes 1 e 2 sofram interferência construtiva, a diferença de caminho ótico entre elas deve ser um número inteiro de comprimentos de onda.

θ θ

θθθ θ

A B

A + B = 2.A = 2 d.sen θ

dd

θd

d.sen θ

1

2

1

2

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Lei de Bragg

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A diferença de caminho ótico (2 d.sen θ ) tem que ser um número inteiro de comprimento de onda (n.λ), onde n é inteiro, assim temos:

2 d.sen θ = n.λ (Lei de Bragg)

θ θ

θθθ θ

A Bd

d

θd

d.sen θ

1

2

1

2

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Aplicação da Lei de Bragg

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Num experimento típico de difração de raios X, temos a fonte de radiação o cristal e detector, como mostrado no diagrama esquemático abaixo. Normalmente os ângulos de difração são expressos em relação ao feixe incidente, ou seja, 2 θ.

θ

θFonte de raios X

Cristal

Detector

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Aplicação da Lei de Bragg

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Ao coletarmos dados de difração de raios X de um cristal, usando-se uma geometria como a mostrada no slide anterior teremos picos de difração para todos os ângulos 2θque satisfaçam à lei de Bragg. Se graficarmos a intensidade da radiação difratada contra o ângulo de espalhamento (2θ), teremos um gráfico com o seguinte aspecto.

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Aplicação da Lei de Bragg

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Equipamentos que medem o padrão de difração de raios X são chamados de difratômetros. Há uma grande variedade de tipos e formas de difratômetro de raios X, dependendo do tipo de experimento que se deseja realizar. A figura abaixo mostra um difratômetro de pó, usado para amostras policristalinas.

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Aplicação da Lei de Bragg

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No caso de colocarmos um filme fotográfico para registrar a imagem de difração de raios X, como mostrado no diagrama abaixo, teremos um padrão de difração de raios X bidimensional, quanto mais distante o ponto de difração de raios X do ponto central da figura (feixe direto) maior o ângulo de espalhamento (2θ).

θ

θ

Cristal

Filme fotográfico ou placa de imagem

Feixe de raios X

Feixedireto

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Aplicação da Lei de Bragg

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Consideremos um cristal cúbico primitivo com parâmetro de cela unitária a = 4 Å. Determine a posição angular, das 4 primeiras linhas de difração de raios X desse cristal, sabendo-se que o comprimento de onda da radiação incidente é 1,54 Å.

a = 4 Å

Pela lei de Bragg temos: 2 d.sen θ = n.λ , determinaremos para n=1,2,3 e 4. Isolando-seo ângulo θ na lei de Bragg temos:

sen θ = n.λ/2.d θ = arcsen (n.λ/2.d )

Sabemos o comprimento de onda (λ) e a distância interplanar (a = 4 Å), variando-seo n de 1 a 4 teremos os ângulos de difração.

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Aplicação da Lei de Bragg

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n θ (° ) 2. θ (° )1 11,10 22,202 22,64 45,284 35,28 70,564 50,35 100,70

Para n = 1 temos:θ = arcsen (n.λ/2.d ) = arcsen (1.1,54/2.4) = arcsen (0,1925 ) = 11,10 °

Para n = 2 temos:θ= arcsen (n.λ/2.d ) = arcsen (2.1,54/2.4) = arcsen (0,385 ) = 22,64 °

Para n = 3 temos:θ= arcsen (n.λ/2.d ) = arcsen (3.1,54/2.4) = arcsen (0,5775 ) = 35,28 °

Para n = 4 temos:θ= arcsen (n.λ/2.d ) = arcsen (4.1,54/2.4) = arcsen (0,77 ) = 50,35 °

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Drenth, J. (1994). Principles of Protein X-ray Crystallography. New York: Springer-Verlag.

Rhodes, G. (2000). Crystallography Made Crystal Clear. 2nd ed.San Diego: Academic Press.

Stout, G. H. & Jensen, L. H. (1989). X-Ray Structure Determination. A Practical Guide. 2nd ed. New York: John Wiley & Sons.

Referências

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