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A utilização de materiais sintéticos, para a substituição ou aumento dos tecidos biológicos, sempre foi uma grande preocupação nas áreas médica e odontológica. Para este fim, são confeccionados diversos dispositivos a partir de metais, cerâmicas, polímeros e mais recentemente compósitos. Na realidade, nem sempre são novos materiais no sentido estrito da palavra, são materiais dos quais se utilizam novas propriedades obtidas mediante diferentes composições químicas ou processos de fabricação.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – UFESCENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOSCURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA DE
ALIMENTOS
BIOMATERIAIS
ANDRÉ DE SOUSA FREITAS – 2012 100 846
ALEGRE2014
ANDRÉ DE SOUSA FREITAS – 2012 100 846
BIOMATERIAIS
Trabalho apresentado à disciplina de Resistência dos Materiais da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, como parte das exigências do curso de Engenharia de Alimentos, para a obtenção de nota em tal disciplina.
Professora: Ana Paula Almeida Bertossi
ALEGRE2014
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................1
2 CLASSIFICAÇÃO..............................................................................................................................22.1 Bioinertes............................................................................................................................................22.2 Biotolerados........................................................................................................................................22.3 Bioativos.............................................................................................................................................32.4 Reabsorvíveis......................................................................................................................................3
3 TIPOS DE BIOMATERIAIS.............................................................................................................33.1 Metal...................................................................................................................................................43.2 Polimérico...........................................................................................................................................43.3 Cerâmico.............................................................................................................................................43.4 Compósito...........................................................................................................................................4
4 CORROSÃO E DEGRADAÇÃO......................................................................................................4
5 SETORES DE APLICAÇÃO.............................................................................................................5
6 BIOMATERIAIS E ALIMENTOS FUNCIONAIS.........................................................................5
7 BIOMATERIAIS X ECOMATERIAIS............................................................................................6
8 TIPOS DE ECOMATERIAIS............................................................................................................7
9 CENÁRIO ATUAL DA RECICLAGEM..........................................................................................8
10 CONCLUSÃO....................................................................................................................................8
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................9
BIOMATERIAIS
1. INTRODUÇÃO
Há mais de um século muitos pesquisadores vêm dedicando esforços para encontrar
materiais com características adequadas para restauração e substituição dos tecidos ósseos no
corpo humano. Em uma fase inicial, a procura de tais compostos se deu através da utilização
de materiais de origem biológica, como no caso dos enxertos e dos transplantes, os quais são
classificados como autógenos (onde o doador é o próprio receptor), alógenos (onde o doador e
o receptor são da mesma espécie) e xenógenos (onde o doador é de origem animal). Devido às
desvantagens desses materiais e também do grande desenvolvimento científico e tecnológico,
muitos trabalhos foram realizados com o objetivo de dispor de materiais de origem sintética
com características adequadas que permitam diminuir e em alguns casos eliminar o uso de
materiais de origem biológica (GUASTALDI, 2003).
A utilização de materiais sintéticos, para a substituição ou aumento dos tecidos
biológicos, sempre foi uma grande preocupação nas áreas médica e odontológica. Para este
fim, são confeccionados diversos dispositivos a partir de metais, cerâmicas, polímeros e mais
recentemente compósitos. Na realidade, nem sempre são novos materiais no sentido estrito da
palavra, são materiais dos quais se utilizam novas propriedades obtidas mediante diferentes
composições químicas ou processos de fabricação.
Estes materiais, utilizados como biomateriais, devem apresentar certos requisitos
essenciais como: biocompatibilidade, biofuncionalidade, bioadesão, propriedades mecânicas
semelhantes às do osso, tais como: módulo de elasticidade, resistência à tração e à fadiga,
processabilidade, resistência à corrosão e preços condizentes com a realidade brasileira.
Biomaterial é definido como qualquer substância ou combinação destas que não sejam
fármacos, de origem natural ou sintética, que pode ser usada por qualquer que seja o período
de tempo, aumentando ou substituindo parcial ou totalmente qualquer tecido, órgão ou função
do corpo, com a finalidade de manter e ou alterar a qualidade de vida do paciente.
(WILLIANS,1987).
Um material que é usado em aplicações específicas, desenvolve respostas teciduais
adequadas no sistema hospedeiro, caracteriza-se como biocompatível, ele não
necessariamente tem de ser absolutamente inerte ou inócuo como se acreditava anteriormente,
já a biofuncionabilidade caracterizam-se por desempenhar funções desejadas, dadas as suas
propriedades mecânicas, químicas, ópticas, elétricas, etc. (SILVA, 1999).
O desempenho do biomaterial sempre foi de grande interesse e preocupação nas
disciplinas biológicas. A reabilitação dentária realizada por meio de implantes
osseointegrados possui características especiais, pois o mesmo encontra-se na cavidade oral,
na presença de fluidos orais, é inserido passando pela mucosa e fixado no tecido ósseo osso
subjacente. A dissipação das forças oclusais no conector protético, tecido mole e osso inclui o
aspecto funcional, porém com acentuada complexidade das condições ambientais químicas e
mecânicas. (MISCH, 2000).
Nos materiais que são usados em implantes osseointegrados a biocompatibilidade é
avaliada principalmente pela reação do osso ao material, sendo o ideal quando não se encontra
reações do tipo corpo estranho.
Além da biocompatibilidade, os biomateriais devem possuir biofuncionalidade, ou
seja, a capacidade de desempenhar apropriadamente a função desejada, dada as suas
propriedades mecânicas, físicas, e químicas.
Testes padrão de biocompatibilidade representam além de critérios de aprovação e
reprovação para controle de material inserido no mercado, parâmetros de estudos das
interações do organismo e o material em contato com o mesmo, objetivando estabelecer
padrões de testes a fim de descrever e graduar respostas tanto do hospedeiro quanto do
material, eliminando a toxicidade ou estabelecendo um critério de tolerância para nível de
risco do material.
A International Organization for Standartization (ISO) por cerca de dez anos reuniu
trabalhos que desenvolveu um documento conhecido como ISO 10993 - Biological
Evaluation of Medical Devices, um conjunto de normas para avaliação de dispositivos e
materiais de uso médico, dentre as quais algumas se aplicam nesse projeto.
2. CLASSIFICAÇÃO
Os biomateriais podem ser classificados de acordo com o seu comportamento
biológico (bioinertes, biotolerados, bioativos e reabsorvíveis) e composição química
(metálicos, poliméricos, compósitos e naturais). Os biomateriais podem ser classificados
segundo sua resposta biológica e quanto a sua composição química. Levando-se em
consideração a resposta biológica causada pelo biomaterial, podemos classificá-los em:
2.1. Bioinertes
Não provocam reações estranhas no mecanismo e estão em contacto direto com o
material receptor. Exemplos: titânio, hidróxido de alumínio.
2.2. Biotolerados
Geralmente envolvem o material receptor, moderando a sua coesão, e com
características fibrosas. Exemplos: aço inoxidável, ligas Cr-Co e polimetilmetacrilato
(PMMA).
2.3. Bioativos
O termo bioatividade é definido como sendo a propriedade de formar tecido sobre a
superfície de um biomaterial e estabelecer uma interface capaz de suportar cargas funcionais
(DUCHEYNE E KOHN, 1992).
Material que induz crecimento tecidular (osteoindução e osteocondução). Exemplos:
metais inoxidáveis.
2.4. Reabsorvíveis
Lentamente degradáveis e gradualmente substituídos. Materiais reabsorvíveis podem
ser de origem animal ou sintética. Exemplos: tintas e vernizes.
3. TIPOS DE BIOMATERIAIS
Os biomateriais podem ser metálicos, cerâmicos, poliméricos e compósitos.
Biomaterial Exemplos Vantagens Desvantagens
Metal
Aço inoxidável e Liga de Titânio
Alta resistência ao desgaste, energia de
deformação alta e alta força de tensão
Baixa biocompatibilidade, alta
densidade, perda de propriedades mecânicas
Cerâmico
Hidróxido de Alumínio e Dióxido
de Zircónio do Carbono
Boa biocompatibilidade, inércia, alta força de tensão e resistência à
compressão
Baixa força de tensão, baixa elasticidade e alta
densidade
Polimérico
Silicone, Poliuretano, Poliéster e Polietileno
Fácil fabricação, baixa densidade e elasticidade
Baixa resistência mecânica, degradação ao
longo do tempo
Compósito
Colágeno e Fosfato de Cálcio
Boa biocompatibilidade, inércia, alta força de tensão e resistência à
tensão
Incompatibilidade com as matérias de fabricação
3.1. MetaisNeste caso, os biomateriais costumam sempre vir em forma de ligas, a combinação de
dois ou mais elementos, dos quais pelo menos um é metal. Os biomaterias metálicos possuem
alta condutividade térmica e elétrica, resistência à tração, à fratura, à fadiga, à abrasão, alta
tenacidade, dureza, resistência, elasticidade e ductilidade.
3.2. Polímeros
São compostos químicos orgânicos que resultam da ligação de diversos elementos
químicos. Tem por característica serem degradáveis ao longo do tempo, que varia conforme
cada combinação dos diversos elementos químicos. Os polímeros podem ser sintéticos ou
naturais. Os sintéticos são obtidos através de adição, reação e condensação dos diversos
elementos. Os naturais são obtidos na natureza, como é o caso da nitro celulose e do látex.
3.3. Cerâmicos
Os biomateriais cerâmicos são compostos de materiais inorgânicos, compostos por
elementos metálicos e não metálicos. De baixa condutividade térmica, de considerável dureza
e de boa estabilidade química.
3.3. Compósitos
São materiais sólidos, de dois ou mais componentes que diferem na sua composição e
estrutura do material. Esta combinação de propriedades apresenta um grande leque de
possibilidades a cada junção de cada proporção dos vários componentes.
4. CORROSÃO E DEGRADAÇÃO
A resistência à corrosão e degradação está intimamente relacionada com a boa
qualidade e comportamento do mecanismo implantado, tornando-se necessário um bom
conhecimento das suas características e consequências do uso ao longo prazo, assim como
resposta do material ao mesmo, que depende da avaliação do desempenho desse material
destas duas vertentes. A avaliação do material é determinante, uma vez que estes estudos são
realizados em condições que simulam ambientes fisiológicos a partir das quais é possível
avaliar o seu desempenho, nomeadamente face à corrosão.
5. SETORES DE APLICAÇÃO
Segundo dados estatísticos obtidos pela ANVISA encontram-se neste momento em
circulação cerca de 300.000 produtos na área da saúde de origem biomaterial. Os setores mais
privilegiados nesta área são:
1. Cardiologia, com cerca de 56 a 80% dos gastos, em equipamentos e utensílios como
cardioversores, cardiodesfibrilhadores, marcapasso, cateteres, próteses endovasculares e
válvulas cardíacas;
2. Ortopedia, com gastos a volta dos 20 a 36% em próteses de quadril, joelho e ombro,
implantes de coluna, parafusos bioabsorvíveis, cimentos ortopédicos e implantes
neurológicos; a terapia renal com equipamentos de hemodiálise;
3. Oftalmologia em lentes intraoculares; otorrinolaringologia com próteses auditivas;
Nos últimos anos tem se dado um crescimento considerável nas aplicações músculo
esqueletal, isto é no estudo de materiais bioativos que favorecem e facilitam o crescimento de
osso e/ou cartilagens em áreas lesadas.
6. BIOMATERIAIS E ALIMENTOS FUNCIONAIS
Investigações têm sido realizadas no sentido de descobrir possíveis propriedades
funcionais de alimentos associadas na prevenção e tratamento de várias doenças, como
aterosclerose, diabetes, doenças cerebrais e câncer. Destacam-se os lipídios da classe dos
terpenos e o ácido ascórbico (vitamina C) em frutas cítricas; os isoflavonóides da soja; os
tocotrienóis (vitamina E) de grãos de cereais e vegetais; os polifenólicos do gengibre e dos
chás (verde e preto); o licopeno do tomate, da melancia e da goiaba; as antocianinas do feijão,
da cereja, da amora, da uva e do morango; a quercetina na cebola, no brócolis, na uva
vermelha (vinho), na cereja, na maçã e em certos cereais; o resveratrol das cascas das uvas,
além da atividade antioxidante do alecrim, da sálvia, do tomilho e do orégano (CRAIG &
BECK, 1999; WEISBURGER, 1999; FERRARI, 2005).
Embora os alimentos funcionais tenham sido relacionados com estimulação da
resposta imunológica e a um potencial benefício para o organismo, deve se considerar que o
sistema imunológico, especificamente o de mucosa intestinal, possui uma anatomia e
fisiologia única que visa proporcionar respostas imunes tolerantes aos antígenos alimentares
(BARRY et al, 2008).
O trato gastrointestinal humano é diariamente apresentado a uma enorme carga
antigênica em potencial, sob a forma de bactérias comensais e antígenos dietéticos, entre eles
os provenientes de alimentos. A mucosa intestinal compreende um dos maiores tecidos do
sistema imune e apresenta-se no intestino com uma arquitetura altamente elaborada.
Além da sua distinta arquitetura, as células imunes especializadas do trato
gastrointestinal ajudam na promoção da resposta tolerogênica a antígenos introduzidos por via
oral.
A IgA secretória (SIgA), que é produzida em quantidades apreciáveis nas mucosas,
também promove um ambiente anti-inflamatório por neutralização de antígenos. Este tecido é
constantemente desafiado por antígenos provenientes de vários nutrientes, íons e líquidos que
atravessam a mucosa intestinal (SCHENK and MUELLER, 2008).
O sistema deve ser capaz de discriminar entre antígenos que exigem uma resposta
imune protetora e antígenos, como os de alimentos, que necessitam desenvolver um estado de
não resposta imunológica.
Esta característica da resposta imune de mucosa, conhecida como tolerância oral, não
só é um importante processo homeostático, mas também pode ser utilizada como um
potencial terapêutico (KAPPLER, 1987, KISIELOW 1988, PALMER, 2003 STARR, 2003,
BARRY et al., 2008).
7. BIOMATERIAIS X ECOMATERIAIS
Os materiais sempre estiveram e sempre estarão a serviço da humanidade e, desde a
construção da primeira ferramenta, arma ou ornamentação, os recursos naturais passaram a
sofrer os efeitos da intervenção humana.
Sabe-se que a Terra possui uma capacidade finita tanto para a disponibilidade de
recursos como para o descarte dos resíduos, fato que acentua a importância da minimização
de perdas ambientais, bem como do uso mais eficiente de recursos e de energia para um
desenvolvimento sustentável das nações. Neste contexto, é evidente a necessidade de novas
tecnologias para a produção de materiais ambientalmente adequados. Como resposta a tal
necessidade, o conceito de ecomaterial passou a ser disseminado, a partir do início dos anos
90. Nas primeiras discussões em torno do conceito de ecomaterial, sugeriram-se três
paradigmas a serem seguidos: a performance do material, no sentido de expandir as fronteiras
humanas; o ambiente, no sentido da coexistência harmônica com a ecosfera e a qualidade de
vida, no sentido de proporcionar uma vida prática e confortável, em simbiose com a natureza.
Em linhas gerais, além de serem benignos ao meio ambiente, os ecomateriais devem
trazer benefícios em termos de conforto e qualidade de vida, devem ser compatíveis com o
avanço tecnológico, mostrando que a expansão das fronteiras da humanidade pode e deve ser
feita de forma tão segura quanto eficiente. Isto equivale a dizer que o desenvolvimento
sustentável não é sinônimo de retrocesso e não impõe um modo de vida desconfortável e
rústico, baseado no uso de materiais de qualidade inferior. Os ecomateriais são programados
especificamente para minimizarem efeitos adversos ao meio ambiente, mantendo sua
performance e preço competitivo. A questão-chave no caso dos ecomateriais é ser seguro ao
meio ambiente e/ou trazer benefícios claros à ecosfera. Alguns exemplos: materiais
naturalmente atóxicos; materiais fabricados a partir de fontes renováveis de matéria-prima e
energia, não representando ameaça ao desenvolvimento sustentável ou fabricado a partir do
reaproveitamento de resíduos cumulativos no ambiente; materiais cuja manufatura segue rotas
com alto rendimento, baixo consumo de energia e de água, bem como isentas de emissões
tóxicas; materiais que substituam outros de impacto ambiental negativo ou com aplicações
voltadas para despoluição, tratamento de resíduos e estabilização dos mesmos através de
incorporação em fases sólidas, por ex., materiais produzidos dentro de uma estratégia
programada de seu fim de ciclo: que possam ser reciclados ou reaproveitados, de forma
harmônica com a natureza e com a vida.
8. TIPOS DE ECOMATERIAIS
Em um sentido mais amplo, há dois outros tipos de ecomateriais úteis para a solução
de problemas ambientais. De um lado, estão os materiais para sistemas avançados de energia,
tais como células solares, células a combustível e sistemas para conversão termoelétrica. De
outro, estão os materiais funcionais para a proteção ambiental, que removem poluentes já
liberados no ambiente. Neste último caso, encontram-se principalmente os diversos tipos de
materiais porosos.
Um aspecto de fundamental relevância diz respeito ao planejamento racional que deve
ser observado na preparação dos materiais, dentro da perspectiva das funções e aplicações em
proteção ambiental. Neste caso específico, podemos destacar a preparação de catalisadores,
sensores e materiais para remediação de efluentes. Tais aplicações, por sua vez, são aderentes
ao contexto da Química Verde, caracterizado por uma série de paradigmas. Dentre estes,
podemos destacar a necessidade da substituição de processos incompatíveis com o
desenvolvimento sustentável: geradores de resíduos volumosos e/ou tóxicos e que levam ao
esgotamento de recursos naturais não-renováveis de matérias-primas e energia. Isto pode ser
concretizado pela preparação de novos catalisadores que permitam a proposição de rotas
alternativas, com a consequente redução do impacto ambiental. Os catalisadores também
podem trazer vantagens adicionais: propiciar a redução da escala das plantas industriais;
permitir a geração do mesmo produto através de um número menor de etapas de produção.
9. CENÁRIO ATUAL DA RECICLAGEM
De uma maneira geral pode-se dizer que a reciclagem é uma atividade tão antiga
quanto à própria metalurgia. Na idade média, por exemplo, as armaduras e armas dos
vencidos eram recicladas pelos vencedores por razões econômicas. Mas a noção de
economizar os recursos naturais do Planeta só surgiu no último quartel do século XX. E, em
menos de 20 anos, passou a ser uma atividade industrial com vantagens econômicas,
ambientais e sociais.
Atualmente a reciclagem é importante para economizar o planeta, gerar empregos e
renda e melhorar a qualidade dos processos industriais. Ela é uma atividade moderna em
franca expansão em todo o mundo e, como tal, vem sendo bastante supervisionada, em termos
técnicos, e regulamentada, em termos ambientais, até mais do que as empresas de ramos
tradicionais da produção de matérias-primas, como a siderurgia, a metalurgia e a
petroquímica.
O mercado de reciclados, ou matérias-primas secundárias, sofre a pressão da
concorrência dos preços das matérias-primas primárias. Esse mercado precisa então se
organizar para garantir um material competitivo em qualidade e preço.
10. CONCLUSÃO
É possível concluir que há uma previsão para as próximas décadas e séculos para o
ramo dos biomateriais, que viverá a sua época de maior expansão em todas as áreas. No ramo
das construções, é latente que a procura de novas soluções construtivas tem evoluído em
sentido positivo na busca por melhores soluções construtivas e/ou energéticas. Uma das
particularidades do estudo deste ramo dos materiais são o grande número de ciências
envolvidas e as diversas e possíveis aplicações de usabilidade dos biomateriais, portanto, a
interconexão de diversos ramos, proporciona variadas soluções aos diversos interessados na
utilização do biomaterial.
O constante desafio de evitar danos ao meio ambiente, particularmente aqueles
produzidos pela atividade industrial, tem funcionado como uma força-dirigente no
desenvolvimento da emergente área de ecomateriais. Isto tem ressaltado, de maneira
inequívoca, que a atividade em química deve trabalhar com a ideia não só de reduzir, ao
máximo possível, o impacto ambiental, via monitoramento, como também minimizar os
efeitos negativos em situações já claramente identificadas, via desenvolvimento de processos
de remediação.
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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