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quinta‐feira, 29 de maio de 2014 0 Curtir ENTREVISTA (site FUI APROVADO)‐ ALGUNS PASSOS DE MINHA PREPARAÇÃO Olá colegas, ano passado respondi algumas perguntas ao site FUI APROVADO, onde consta parte da minha preparação, o que talvez possa ajudá-los, razão pela qual reproduzo aqui. Segue: Por que resolveu fazer concursos? Desde o início da Faculdade visava ao serviço público, talvez pela estabilidade financeira. Por outro lado, nunca pensei em Advogar na iniciativa privada. Fale um pouco de sua trajetória nos concursos públicos: Fiz vários concursos, com aprovação em alguns e reprovação em outros. Quando cursava a 2ª Série da Faculdade (2009) fui aprovado em 2º Lugar no concurso de Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, mas optei por não tomar posse, para ter mais tempo livre aos estudos. Concomitantemente fui aprovado no teste seletivo de estágio do MPF (1º Lugar), e optei por realizar tão somente o estágio, desistindo mesmo do cargo de Técnico Judiciário. No começo do 3º ano da Faculdade fiz a prova de Analista Processual do TRF4ª Região, e fiquei em 168 na classificação geral. Até hoje espero a nomeação. No final desse mesmo ano fiz a prova de Analista Processual do MPU, e fiquei em 6º Lugar no Estado do Paraná. Imediatamente fui nomeado para a Procuradoria da República em Cascavel/PR, mas não pude tomar posse por ainda estar no 3º ano do curso de direito. Um ano mais tarde, fiz a prova da PGE/PR, e para minha surpresa fui aprovado em todas as fases, mas fiquei retido na inscrição definitiva, pois ainda me faltava 1 ano e meio de Faculdade. O diploma foi exigido antes do momento oportuno, mas ainda que tivessem observado o entendimento já consolidado no STJ de que o diploma só deve ser exigido na posse, não o teria. Por fim, no último ano da Faculdade fiz todos os concurso que abriram, e esse foi meu maior erro. Fazer todo e qualquer concurso é certeza de reprovação em vários (ou em todos) o que aumenta o nervosismo para sermos aprovados naquele que verdadeiramente nos interessa. Inicialmente fiz o Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil, acertei 70 das 80 questões. Fiz ainda os seguintes concursos: Advogado da CEF, fui classificado, mas sem qualquer chance de nomeação. Assessor Jurídico do Tribunal de Justiça do Paraná- Reprovado na segunda fase. Defensor Público do Estado do Paraná- fui reprovado na segunda fase (e que reprovação). Procurador da Fazenda Nacional- aprovado na primeira fase. Não fiz as demais, pois coincidiu com a Defensoria Pública do Estado do Paraná. Advogado da União, fui aprovado em 5º Lugar, sendo esse o cargo que ocupo hoje.

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q u i n t a ‐ f e i r a , 2 9 d e m a i o d e 2 0 1 4

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ENTREVISTA (site FUI APROVADO)‐ ALGUNS PASSOS DE MINHAPREPARAÇÃO

Olá colegas, ano passado respondi algumas perguntas ao site FUI APROVADO, ondeconsta parte da minha preparação, o que talvez possa ajudá-los, razão pela qual reproduzoaqui.

Segue:

Por que resolveu fazer concursos?

Desde o início da Faculdade visava ao serviço público, talvez pela estabilidade financeira. Poroutro lado, nunca pensei em Advogar na iniciativa privada.

Fale um pouco de sua trajetória nos concursos públicos:

Fiz vários concursos, com aprovação em alguns e reprovação em outros. Quando cursava a2ª Série da Faculdade (2009) fui aprovado em 2º Lugar no concurso de Técnico Judiciário doTribunal de Justiça do Estado do Paraná, mas optei por não tomar posse, para ter maistempo livre aos estudos. Concomitantemente fui aprovado no teste seletivo de estágio doMPF (1º Lugar), e optei por realizar tão somente o estágio, desistindo mesmo do cargo deTécnico Judiciário.

No começo do 3º ano da Faculdade fiz a prova de Analista Processual do TRF4ª Região, efiquei em 168 na classificação geral. Até hoje espero a nomeação. No final desse mesmo anofiz a prova de Analista Processual do MPU, e fiquei em 6º Lugar no Estado do Paraná.Imediatamente fui nomeado para a Procuradoria da República em Cascavel/PR, mas nãopude tomar posse por ainda estar no 3º ano do curso de direito.

Um ano mais tarde, fiz a prova da PGE/PR, e para minha surpresa fui aprovado em todas asfases, mas fiquei retido na inscrição definitiva, pois ainda me faltava 1 ano e meio deFaculdade. O diploma foi exigido antes do momento oportuno, mas ainda que tivessemobservado o entendimento já consolidado no STJ de que o diploma só deve ser exigido naposse, não o teria.

Por fim, no último ano da Faculdade fiz todos os concurso que abriram, e esse foi meu maiorerro. Fazer todo e qualquer concurso é certeza de reprovação em vários (ou em todos) o queaumenta o nervosismo para sermos aprovados naquele que verdadeiramente nosinteressa. Inicialmente fiz o Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil, acertei 70das 80 questões.

Fiz ainda os seguintes concursos:Advogado da CEF, fui classificado, mas sem qualquer chance de nomeação. Assessor Jurídico do Tribunal de Justiça do Paraná- Reprovado na segunda fase.Defensor Público do Estado do Paraná- fui reprovado na segunda fase (e que reprovação).Procurador da Fazenda Nacional- aprovado na primeira fase. Não fiz as demais, poiscoincidiu com a Defensoria Pública do Estado do Paraná.Advogado da União, fui aprovado em 5º Lugar, sendo esse o cargo que ocupo hoje.

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Continuo fazendo concursos (novamente como ‘treineiro’), para que, quando tiver os 3 anosde prática jurídica, já estar bem preparado. Nesse ano fiquei em 3º Lugar na primeira fase doMP/PR, mas não fui fazer as demais fases, pois a prova seria aplicada de segunda a sexta-feira, e não estou lotado no Paraná, o que me impossibilitou de comparecer. E aguardoresultado das provas objetivas do TRF3 e MPF, com chances reais de aprovação em ambos.

Qual a sua metodologia de estudo?

Em regra, utilizo apenas um livro por disciplina, mas faço revisões periódicas. Não usoresumos. Meus resumos são meus próprios grifos nos livros.Estudo falando. Me explico a matéria. Para mim funcionou, e aprendo mais. Muitoimportante também é o domínio da lei seca. Nunca isoladamente, mas é importante. Grandedestaque tem tido a jurisprudência, em especial para provas do CESPE. Sempre memantenho atualizado. Toda semana leio informativos (recomendo os do site dizer o direito eos da EBEJI). Não estudo apenas uma matéria por vez. Quando estudava para a AGU,estudava 4 matérias por dia, e sempre antes de retomar a matéria no dia seguinte, fazia umarápida revisão. Hoje, com menos tempo, estudo duas matérias diariamente. Não recomendoque estude apenas uma matéria por vez.

Algumas dicas e conselhos que você acha interessante para quem está se preparandopara um concurso público:

Ser aprovado em concurso não tem segredo, ‘basta’ saber a lei, a doutrina e ajurisprudência. Para quem está começando agora a fazer concursos, é imprescindível, aomenos, escolher se quer seguir carreira estadual ou federal. As matérias e editais são muitodiferentes, e o enfoque é diverso. Recomendo que comecem os estudos para concurso já naépoca da Faculdade, sabendo que quem quer fazer concurso (na atual sistemática em quesão realizados) deve meio que ‘fugir’ da pesquisa jurídica, salvo se tiver muito tempo livre.

Legal conhecer doutrinadores clássicos (o que pode ajudar muito na 2ª e 3ª fase). Masgaranto que, na prova objetiva, acerta muito mais questões quem está afiado com a‘Doutrina’ do Pedro Lenza do que quem leu várias obras clássicas de direito constitucional. Amesma regra se aplica para as demais disciplinas. Ou seja, não basta ler bons livros, tem queescolher os livros voltados para o concurso que almeja e para o estilo das atuais provas deconcursos.

Do mesmo modo, fazer uma programação é fundamental, mais que isso, cumpra seuprojeto. Como incentivo, no despertador do meu celular eu coloquei o valor da remuneraçãodo cargo que desejava. Era uma forma de incentivo a acordar cedo e continuar em frente nabusca de meu objetivo.

Cursinho, não fiz nenhum intensivo. Fiz apenas um para a 2ª e 3ª fase da AGU (Curso deRedação de peças e curso para a Prova Oral), ambos da EBEJI. Foram muito importantes, eme deram a confiança necessária; no final tirei 100,00 na prova oral da AGU. Fiz algumasisoladas do CERS (trabalho e processo do trabalho). De fundamental importância é aresolução de provas anteriores. Acho que resolvi todas as provas do CESPE relacionadas acarreiras federais. Ter conhecimento do estilo da banca ajuda bastante, pois percebemosonde estão os possíveis erros das questões, o que facilita bastante quando do chute.

Quanto às Súmulas, sempre as lia na semana anterior a prova. No dia anterior a provasempre gostei de estudar as matérias que exigiam fossem decoradas ou aquelas que medavam confiança (aquelas matérias que se eu não estudasse um dia antes parecia que eu

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não sabia nada). Por exemplo: princípios e métodos de interpretação constitucional.

Tenho a tese de que concurso é 60% preparação, e 40% sorte. Para ser aprovado aquele temque ser o seu concurso, e o seu dia. Por fim, a fila,cedo ou tarde, anda para todos. Mas avelocidade em que essa fila vai andar só depende da nossa força de vontade.

Bom final de semana pessoal.