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Fuente: www.umbandaeucurto.com Consultada el 18 de diciembre de 2015 Fim de ano e mudanças: ervas, banhos, chás e rituais 09 dezembro, 2014 Por: Adriano Camargo Sempre que um ano vai chegando ao fim e outro se aproxima, entramos num estado mental de inspiração para mudanças. Vejo tanta gente fazendo promessas e visualizando tempos melhores, um ano sem tantas complicações, com mais dinheiro, amor, etc, mas é bom lembrar que a maioria das dificuldades que passamos não estão ali para nos desligar do caminho, mas principalmente para testar nossa boa vontade, perseverança e checar se somos dignos de nossos objetivos. O teste é diretamente proporcional à quantidade de promessas que fazemos em qualquer tempo e não somente no final de ano, e que vão se acumulando como desejos vazios e não realizados. Esse acúmulo gera em nosso campo uma força, muitas vezes capaz de fazer-nos acreditar que estamos sendo atuados negativamente, mas o Astral (a Lei Divina) enxerga como algo gerado de nós mesmos, em nós mesmos e que somente a própria pessoa pode esgotá-la. Esvaziar-se seria a forma mais direta de deixar claro o que é isso. Esse sentimento de vazio, ilusório, na verdade é um reflexo do sentimento de casa cheia. Cheia de pedidos, promessas, palavras, determinações que não lembramos que fizemos e ficam grudadas em nosso campo como verdadeiros bilhetes, lembretes, desses amarelinhos autocolantes que colocamos no computador, na geladeira ou no espelho. É hora de livrar-se desses lembretes, deixando somente aquilo que interessa. Esgotar o campo e deixa-lo realmente vazio. Acreditar que é possível, somente para as coisas possíveis. Ou seja, determinar as metas e promessas com coerência e muita razão. Colocar energia onde realmente é necessário coloca-la. Focar no resultado e, muito mais do que promessas: agir! Quando nos colocamos em plano de ação, o universo conspira a nosso favor. Metas bem planejadas, determinadas com a cabeça em equilíbrio com o coração e não apenas com o desejo emocional de resolver os problemas. Esses campos acumulados ao extremo são verdadeiras gaiolas aprisionadoras de pedidos e promessas, verdadeiros passarinhos loucos para voar. Se não é dado a eles uma direção correta, voam para todos

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Fuente: www.umbandaeucurto.com

Consultada el 18 de diciembre de 2015

Fim de ano e mudanças: ervas, banhos, chás e rituais

09 dezembro, 2014

Por: Adriano Camargo

Sempre que um ano vai chegando ao fim e outro se aproxima, entramos num estado mental de inspiração para mudanças.

Vejo tanta gente fazendo promessas e visualizando tempos melhores, um ano sem tantas complicações, com mais dinheiro, amor, etc, mas é bom lembrar que a maioria das dificuldades que passamos não estão ali para nos desligar do caminho, mas principalmente para testar nossa boa vontade, perseverança e checar se somos dignos de nossos objetivos.

O teste é diretamente proporcional à quantidade de promessas que fazemos em qualquer tempo e não somente no final de ano, e que vão se acumulando como desejos vazios e não realizados. Esse acúmulo gera em nosso campo uma força, muitas vezes capaz de fazer-nos acreditar que estamos sendo atuados negativamente, mas o Astral (a Lei Divina) enxerga como algo gerado de nós mesmos, em nós mesmos e que somente a própria pessoa pode esgotá-la.

Esvaziar-se seria a forma mais direta de deixar claro o que é isso. Esse sentimento de vazio, ilusório, na verdade é um reflexo do sentimento de casa cheia. Cheia de pedidos, promessas, palavras, determinações que não lembramos que fizemos e ficam grudadas em nosso campo como verdadeiros bilhetes, lembretes, desses amarelinhos autocolantes que colocamos no computador, na geladeira ou no espelho.

É hora de livrar-se desses lembretes, deixando somente aquilo que interessa. Esgotar o campo e deixa-lo realmente vazio. Acreditar que é possível, somente para as coisas possíveis. Ou seja, determinar as metas e promessas com coerência e muita razão. Colocar energia onde realmente é necessário coloca-la. Focar no resultado e, muito mais do que promessas: agir!

Quando nos colocamos em plano de ação, o universo conspira a nosso favor. Metas bem planejadas, determinadas com a cabeça em equilíbrio com o coração e não apenas com o desejo emocional de resolver os problemas. Esses campos acumulados ao extremo são verdadeiras gaiolas aprisionadoras de pedidos e promessas, verdadeiros passarinhos loucos para voar. Se não é dado a eles uma direção correta, voam para todos os lados. Alguns, por sorte ou acaso, chegam ao destino, mas no geral, o aproveitamento é mínimo.

É importante termos a noção de que, se você já está no auge dessa situação, o ideal é esvaziar a casa, para que coisas novas e equilibradas possam se estabelecer. Se você sente isso e ainda não se deu conta do que está acontecendo, medite a respeito, silencie a alma e busque em sua razão a fonte desse seu vazio ilusório.

Para estabelecermos como as ervas podem nos ajudar nesse caso, é importante determinarmos um caminho racional a seguir. Esse caminho tem fases que não podem ser quebradas, pois uma depende da outra. Queimar fases, nesse caso, é a certeza de que não há aceitação da situação; portanto, ela continuará até que você tome consciência da necessidade de mudanças.

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FASE 1 – Transmutar, desintegrar e dissolver os excessos (3 dias)Nessa fase, mesmo tendo consciência de que queremos limpar a casa desses excessos gerados por nós mesmos, é natural que limpemos e curemos espíritos sofredores, magias negativas, atuações perversas, etc. Durante 3 dias fará uso e manterá contato com ervas de esgotamento, na forma de banhos, defumações, chás e magias purificadoras.

Banhos e defumações:

– Folha de manga, losna, confrei, pinhão roxo, casca de alho e folhas de café.

Chás:

– Bardana, cavalinha, boldo, melissa e cana do brejo.

Magias:

– Coloque folhas de eucalipto embaixo de seu colchão por 3 dias. Após esse período, retire e devolva à terra, depositando ao pé de uma árvore.

Opcional:

– Aproveite esse período para oferendar Exu, Pombagira e Exu Mirim e pedir que esvaziem seu campo para que novas e melhores coisas se estabeleçam.

Essa fase é crítica, pois sua vontade será testada e colocada à prova. Terá vontade de largar tudo. Desacreditará e terá sua perseverança provocada. É possível que surjam reações físicas que tentarão te impedir de continuar. Faça valer sua Fé – acredite! Você é capaz de passar por isso. A recompensa virá! Pense no seu objetivo.

FASE 2 – Preparação da “casa nova” (2 dias)Esse é o momento de se reorganizar no vazio real, para a definição dos objetivos relevantes. É o momento de preparar o espírito, a casa, para que as metas estabelecidas possam ficar em relevância e não caiam num emaranhado desconexo e se perca no vazio ilusório. Aproveite essa fase para alicerçar sua fé. Faça afirmações positivas durante esses dois dias.

Banhos e defumações:

– Alfazema, alecrim, sálvia, anis estrelado, jasmim e colônia.

Chás:

– Hortelã, frutas e anis estrelado.

Magias:

– Espalhe às seis horas da tarde folhas de abre caminho, ramos de hortelã e manjericão pelo chão de sua casa. Recolha-os no dia seguinte pela manhã.

Deixe pelo menos 3 vasos de flor branca (crisântemo, por exemplo) pela casa.

Nessa fase as coisas vão tomando forma. Você se sentirá muito melhor e sua vontade irá voltando aos poucos. Um desejo incrível de resolver tudo ao mesmo tempo irá invadir seu espírito. Calma, uma coisa de cada vez.

Se você for médium, ou tiver conhecimento dos seus Orixás regentes (Frente e Adjuntó), esse é o momento para oferendá-los e pedir força e determinação.

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FASE 3 – Colocar objetivos claros e bem definidosAgora é preencher a casa vazia e em equilíbrio com os objetivos concretos.

É hora de definir as mudanças que você mesmo estabelecerá para seu sucesso. Parar de fumar, emagrecer, comprar aquela casa dos sonhos, economizar aquele dinheiro que sempre falta, enfim definir o que se quer e buscar força para isso.

As resoluções de ano novo são importantes, mas precisam de datas para serem atingidas e formas de se chegar a elas. Coloque-as no papel. Agora são mais dois dias de firmeza de propósito e planejamento. Para isso, manterá contato e fará uso das seguintes ervas:

Banhos e defumações:

– Prosperidade e dinheiro: Louro, pitanga, carapiá raiz e rosa amarela;

– Amor: Malva, verbena, artemísia, maçã e rosas cor de rosa;

– Espiritualidade: Jasmim, alfazema, ervas da santa luzia e rosa branca;

– Saúde: Assa peixe, bardana, sete sangrias e flores do campo;

– Harmonia conjugal: Anis estrelado, melissa, camomila e rosas cor de rosa;

– Tranqüilidade: Macela, capim cidreira, alecrim e rosa branca;

– Movimento e direcionamento: Pitanga (folhas), manjericão, gengibre e rosas vermelhas.

Chás:

– Os de sua preferência. Abuse das flores e frutas, use raspas de gengibre em todos os chás que quiser.

Magias:

– Mantenha na virada do ano sua casa florida, bem colorida. Lembre-se do poder da oração como firmeza de propósito. Prece de Cáritas é fantástica purificadora e curadora. Faça também suas orações espontâneas. A oração de São Francisco de Assis é maravilhosa e eleva o espírito. O salmos 23 e 91 são poderosos e fortalecedores da vontade.

***

Acima de tudo busque ser útil, busque ser próspero a seu próximo. Esse é o momento para se oferendar Mãe Iemanjá, pedindo força geradora. Oferendar Pai Oxalá pedindo além de perdão (auto perdão), chance extra. Lembre-se que esse amado Pai é o Orixá do perdão em todos em sentidos e das “segundas chances”.

Peça a Pai Oxóssi expansão dos negócios; a Pai Ogum peça socorro e solução rápida para problemas emergenciais; Pai Xangô para força de realização; Mamãe Oxum para prosperidade e harmonia; Pai Obaluayê para cura em todos os sentidos; enfim todos nossos amados Pais e Mães Orixás, cada um em seu campo de ação, ou mesmo através de um deles, para que ativem todos os campos em seu favor.

As sugestões acima podem ser unidas. Como percebem, passei sete campos de ação das ervas e algumas flores ligadas a esses campos. Use-as como fortalecedoras de seus propósitos. Podem ser usados esses elementos para as oferendas também, para todos os Orixás, firmando-se o objetivo.

Esse processo deve ser feito antes da virada do ano. Na ante véspera de ano novo (30), procure defumar sua casa com as ervas da primeira fase e na véspera (31), com as ervas da segunda.

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Em sua mesa de reveillón, procure colocar flores variadas e sete tipos de grãos, como por exemplo: trigo, grão de bico, sementes de girassol, feijão, arroz, grãos de café (pode ser torrado), semente de guaraná, etc. Ative-as pedindo se sejam força viva, ativa e capaz de concentrar bons fluídos e que eles permaneçam em sua casa e sua família.

No primeiro dia do ano, faça um círculo com esses sete grãos, colocando uma vela de sete dias de cor amarela no centro, onde você poderá colocar seus pedidos (conscientes, claros e objetivos) escritos em papel, embaixo da vela que deverá estar em um prato claro.

Quando a vela terminar, junte os grãos e deposite-os embaixo de uma árvore frondosa, oferecendo aos elementos da natureza. Mantenha suas metas escritas perto de você, afixadas em lembretes, não de forma que seus olhos se acostumem e depois deixe de vê-las, mas de forma que realmente te lembrem que você é filho de Pai Criador e portanto merece ser feliz!

É isso aí turminha, espero ter sido didático nas explicações. Quero aproveitar para agradecer a todos que de alguma forma estiveram conosco nesse ano que passa, e pedir a Papai Criador, Mamãe Natureza, que os abençoe em todos os sentidos. Muito obrigado, muito obrigado, muito obrigado!

Um ótimo Natal e que o Ano Novo seja realmente Novo!!!

As Crianças

“Papai me mande um balão, com todas crianças que têm lá no céu…

Tem doce papai, tem doce papai, tem doce lá no jardim”

Muita festa e alegria com essa linha de trabalho dentro dos rituais de Umbanda Sagrada!

É praticamente impossível não reagirmos também com felicidade ao vê-los “brincando” nos Terreiros. Cosminhos, erês, ibejada, ou simplesmente “as Crianças” são comemorados neste mês de setembro, sincretizados ao culto católico com São Cosme e São Damião. Trazem muita força de trabalho e, em suas manifestações, traduzem a essência da pureza e simplicidade. Renovadores por excelência, são amparados pela linha do Amor (Oxum e Oxumaré), mas não perdem sua essência elementar.

Vemos muitas Crianças da água, das matas, das praias, alguns caboclinhos e caboclinhas, etc. Seus nomes simbólicos normalmente no diminutivo, dificilmente traduzem sua essência original, mas isso é totalmente desnecessário, pois para a pureza não é necessária a tradução. Alguns ainda pertencem ao estágio encantado da evolução, normalmente os que se apresentam por nomes simbólicos ligados a falanges ou mesmo a elementos da natureza, como: Pedrinha, Coquinho, Ventinho, etc.

Trabalham brincando e brincam trabalhando. Quando solicitados, são excelentes Guias de trabalho e atendimento, ótimos curadores e fantásticos orientadores espirituais. Quem nunca se sentiu também criança frente a uma manifestação dessa linha? E quem melhor senão nossa “criança interior” para ouvir e captar conselhos dados por outra “criança”!

Não subestimemos esse irmãozinhos do astral! Vamos cultuá-los e oferendá-los sempre que necessário ou mesmo por agradecimento. O sincretismo se dá ao fato de as Crianças, no Culto de Nação, estarem ligadas ao Orixá Ibeji, que são dois irmãos gêmeos. Como os santos católicos Cosme e Damião, irmãos gêmeos e médicos, que pereceram decapitados porque praticavam a medicina gratuitamente em socorro dos pobres e das crianças infelizes e abandonadas, daí o sincretismo. São protetoras da Medicina e de todas as crianças do mundo, inclusive as desencarnadas que ainda não completaram o círculo dos renascimentos.

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Oração a São Cosme e São Damião

São Cosme e São Damião, que por amor a Deus e ao próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes,

abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal. Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças.

Que a alegria da consciência tranqüila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração.

Que a vossa proteção, São Cosme e São Damião, conserve meu coração simples e sincero,

para que sirvam também para mim as palavras de Jesus: “Deixai vir a mim os pequeninos,

pois deles é o Reino dos Céus”.

São Cosme e São Damião rogai por nós!

Ervas para o Inverno

06 agosto, 2015

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS

7470 Comentários

Temos nesses últimos anos, levado a muitos irmãos que atenderam ao chamado do conhecimento, informações sobre as ervas, sobre comportamento, mediunidade, enfim, temos dividido as bênçãos que recebemos de mais alto, através de nossos Pais e Mães Orixás, nossos Guias e mentores desses caminhos naturais.

Quero lembrar a todos aqueles que estiveram em nossos cursos presenciais ou cursos à distância, ou ainda os que leram o eBook ERVAS, que pratiquem! Deem bom uso ao conhecimento, façam seus banhos, suas defumações e benzimentos com simplicidade, clareza e muito amor e bom senso.

banner-ervas-ebook-uec-lateralÉ natural que nessa época de inverno, nós fiquemos mais preguiçosos para tomar nossos banhos de ervas. Vençam a preguiça! Pratiquem! Façam!

Vemos tanta gente reclamando da situação em que se encontram, aí eu pergunto: e o que você está fazendo para mudar? Invariavelmente a resposta é a mesma: nada! Façam uso do conhecimento! Não deixem o saber guardado numa caixa. A informação trancafiada num cofre na serve para nada.

Falando em inverno, é comum nessa época de clima muito seco surgirem além das alergias respiratórias e de pele, as sinusites e outros problemas respiratórios. Para as alergias de pele, que ficam extremamente ressecadas, lembre-se: antes do hidratante um bom banho de calêndula e rosas brancas

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ajudam bastante. Além da função terapêutica, a rosa branca é um poderoso equilibrador e fortalecedor do chacra coronário (coroa, ori). A rosa branca é atribuída aos Orixás Oxalá, Iemanjá e Oxum.

A calêndula é outro poderoso equilibrador com função de repor a energia rapidamente. Devolve imediatamente a energia perdida, seja por atuações negativas, como o próprio desgaste físico/espiritual, ou o uso prolongado de ervas agressivas (ervas de limpeza profunda), como a arruda, guiné ou pinhão roxo. Lembrando que a calêndula é uma erva associada a Oxum, não apenas pela cor, mas sim pela vibração que permite.

É comum ao tomar um banho de limpeza espiritual a pessoa sentir sonolência ou mesmo cansaço. Não se assuste. Reponha essa energia com ervas equilibradoras como citamos. Pode associar também o hortelã (mentas) ou mesmo o girassol (flores ou sementes). Como auxiliar no tratamento das sinusites ou dificuldades respiratórias, uma boa inalação feita com sálvia, semente de imburana e hortelã ajudam bastante. Para fazer essa inalação, prepare um chá bem forte com as ervas e quando estiver fervendo, desligue o fogo e coloque a panela ou bacia na sua frente, cobrindo com um lençol ou toalha de modo que fique uma “cabaninha” com o vapor do chá dentro, e você respirando bem fundo o vapor do preparo.

É isso ai, turminha! Saúde, sucesso e muito trabalho prático a todos!

Bênçãos de Papais e Mamães Orixás em nossas vidas! Bênçãos de Mamãe Natureza!

Mãe Nanã Buruquê

01 julho, 2015

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA TEOLOGIA

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Falar, ou melhor, escrever sobre Mãe Nanã é uma situação única. Imediatamente sua irradiação se faz presente e conduz à decantação de valores e paradigmas. A dita tradição do Culto de Nação descreve a Orixá Nanã como uma figura controvertida. De origem daomeana, seu culto foi introduzido no meio iorubano a partir das conquistas regionais em África. A partir disso, a figura matriarcal da Grande Mãe precisava ser quebrada; enfim, os Orixás iorubanos já ocupavam seus lugares/postos na sociedade, e cada um mantinha uma relação de paridade com as posições sociais e cronológicas.

O posto de Mãe já era ocupado por Iemanjá e Oxum, e a Nanã foi relegado o posto de Avó. As lendas falam da submissão de Nanã a Oxalá, mostrando definitivamente a condição patriarcal da sociedade iorubana. Enfim, conta a história quem vence a guerra.

banner-ervas-ebook-uec-lateralAs lendas serviram e servem para difundir o conhecimento acerca dos Orixás e, se analisarmos profundamente seu fundamento, veremos que a forma correta de interpretar suas irradiações, sentidos e elementos já estavam embutidas nessas lendas. Injustificável é, portanto, qualquer analogia humana com uma divindade, até como forma de justificar a própria imperfeição do ser; dizer que é conduzido por este ou aquele Orixá e que têm essa ou aquela característica negativa porque seu Orixá também tem essa característica negativa humana, contada a partir das lendas; dizer

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que a pessoa é ranzinza ou vive de mau-humor porque Nanã tem em sua lenda a característica de avó rabugenta é no mínimo abstracionismo e uma desculpa esfarrapada.

Bem, eu disse que a irradiação de Mãe Nanã nos leva a decantação de conceitos pré-estabelecidos. Nanã rege a sexta linha de forças do ritual de Umbanda Sagrada e divide com Pai Obaluayê a Linha da Evolução. Sua irradiação cósmica atua sobre os seres emocionados, paralisando sua evolução, decantando-os de seu negativismo e vícios e os preparando para uma vida mais equilibrada.

Enquanto Nanã decanta e adormece o espírito em fase de pré-reencarnação, Obaluayê o envolve numa irradiação energética que reduz o tamanho desse espírito ao tamanho adequado para ser alojado no feto em crescimento no ventre da mãe, já ligado ao espírito no momento da fecundação. Também atua na memória dos seres. Além de diluir seus acúmulos energéticos negativos, adormece sua memória, fazendo-o esquecer num processo análogo à senilidade, onde não se lembrará de nada de seu passado. Esse é o benefício divino do esquecimento. Imaginem se lembrássemos das tristezas que causamos em nosso passado, em outras encarnações. Com certeza esse tormento atrapalharia nossa atual retificação.

Cronologicamente temos Mãe Nanã realmente como a anciã, a vovó. No início dessa linha, temos Mãe Oxum, a própria jovialidade – estimulando a sexualidade feminina; no meio, temos Mãe Iemanjá, como a mulher madura – estimulando a maternidade e, no final, temos Mãe Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.

Seu elemento é água-terra, sendo que seu par oposto magnético (Obaluayê) atua no elemento terra-água. É dual por definição e unigênita em si, pois traz em si a qualidade divina de decantar os excessos e enterrar os vícios e negativismos em seu barro, ou seu lodo, preparando os seres para retornarem ao caminho da evolução através da reencarnação. Polariza com os outros treze Orixás em seu aspecto positivo, sem perder a característica dual e bi-elemental. Rege, entre outras linhas, as linhas de Exus e Pombagiras do Lodo.

Elevemos nosso pensamento à Mãe Nanã, ao Divino Trono da Evolução, pedindo que atue em nossas vidas, nos auxiliando em nossa caminhada evolutiva, nos guiando e conduzindo para que, voltados para a Luz, não nos desviemos do caminho e que não seja necessário que sejamos paralisados e decantados em seu lodo.

Saravá Nanã! Saluba Nanã! Salve Vovó!

Vaidade na Umbanda

12 junho, 2015

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA COTIDIANO

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Como estabelecer os limites da vaidade humana e do realmente necessário para os trabalhos dentro de um terreiro?

É muito comum ouvirmos as pessoas, freqüentadores, médiuns, cambonos, reclamando ou fazendo observações sobre o comportamento deste ou daquele médium, ou até mesmo Guia espiritual. E, não

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obstante nos deparamos com dirigentes de Terreiros fazendo vistas grossas aos mesmos. Fato é que se a espiritualidade fosse escolher médiuns perfeitos, nossas casas espirituais com certeza se esvaziariam.

banner-ervas-ebook-uec-lateralAlém do trabalho espiritual, passes, descarregos, os dirigentes espirituais têm o dever de encaminhar as pessoas que os procuram para desenvolver sua mediunidade e mesmo seus médiuns ao “bom caminho”. Quem em fase de desenvolvimento não se preocupa com o nome de seus Guias? É comum ouvirmos: “será que ‘meu’ Caboclo é fulano? Será que ‘meu’ Preto Velho é esse ou aquele? Será que essa linha é forte, esse nome é conhecido?” Isso nada mais é que a vazão da vaidade humana, pois nosso amados Guias e protetores, às vezes, na única intenção de nos protegerem de nós mesmos, se escondem atrás de formas simples de trabalho.

Alguns dirigentes dão asas à vaidade de seus médiuns. Não dominam a arte de traze-los à realidade. Pois saibam que também responderão perante a Lei Divina… Deve-se cautelosamente, para não destruir-lhes a autoestima, incutir-lhes Doutrina. Responsabilizá-lo pelo seu trabalho e quebrar paradigmas como inconsciência e consciência. Semear o trabalho corporativo dentro do Terreiro, a união de forças, o conjunto, o objetivo comum.

Saibam, o que mais fecha casas espirituais não são os choques de demandas externas, mas sim os choques internos, as fofocas, a inveja, frutos da imperfeição humana e que é acobertada por alguns Paizões e Mãezonas que os acobertam embaixo de suas asas. Lembro uma historinha:

Deus permitiu a um homem realizar um desejo, um único desejo. Poderia pedir o que quisesse, desde que fosse apenas um desejo. A única regra seria: o que ele pedisse, seu irmão teria em dobro. Por exemplo: se ele pedisse um carro, seu irmão teria dois; se ele pedisse um milhão de reais, seu irmão teria dois milhões, e assim por diante. O homem parou, pensou, pensou, e respondeu

– Deus, fure-me um olho!

Essa é pra vocês que acobertam tudo, pensarem um pouco…. Até + !

Como limpar a mente com o uso de ervas?

07 maio, 2015

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA RITUAIS

55413 Comentários

Cada um tem a sua busca, o seu sentido de aprender e porque aprender. Para um médium, não importando o tempo de mediunidade ou desenvolvimento, será sempre a inspiração para que traga conhecimento para sua consciência, pois o conhecimento adormecido na inconsciência fica retido por malhas e filtros que vamos adquirindo por dogmas e (pré) conceitos na matéria, que dificultam o trabalho dos Guias espirituais. Essa inspiração vem ao encontro da necessidade de que nós, médiuns, tenhamos condição de permitir que o conhecimento superior tenha fluidez através da manifestação.

Um Guia espiritual tem a sua capacidade que muitas vezes pode ser atenuada pelos dogmas ou mesmo a falta de conhecimento ou permissão para que esse conhecimento flua através do médium. Para que não é médium, a busca do conhecimento vem ao encontro do aumento da capacidade de

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discernimento, e facilmente encontramos pessoas às quais perguntamos porque estudam e elas simplesmente respondem porque gostam de aprendem, de buscar, e que “estudar é preciso”. Aprender sobre as ervas, sobre banhos, defumações e benzimentos, traz a cada um de nós o necessário para seu campo de ação, mesmo que visivelmente não haja uma ação declarada, como na prática mediúnica.

Um dos dilemas principais para quem se digna a ensinar o que sabe e aprender quando ensina é o clássico: será que o que estou fazendo está ficando claro? Será que as pessoas que vem estudar comigo, ou os que leem o que escrevo estão realmente entendendo o que quero dizer?

Quando digo isso falo por experiência própria. Quem se coloca no caminho do conhecimento recebe um chamado. Somos convidados, induzidos a buscar um conjunto de conhecimento que irá alimentar e melhorar suas habilidades, causando alguma transformação e refletindo em suas atitudes mentais e práticas, se manifestando como sinais claros de evolução. Mas quando estudamos por estudar, porque precisamos do diploma pendurado na parede, fica estranha essa relação de inspiração do astral quanto ao que realmente recebemos. Sem contar com aqueles que vão fazer algum curso e se sentem imediatamente aptos a ministrá-lo ou veem como um negócio infalível, assim como alguém que entra numa loja ou um restaurante bacana e pensa em abrir um negócio igual, pois afinal tem movimento e naturalmente está rendendo muito.

banner-ervas-ebook-uec-lateralMuitos irmãos hoje se colocam nesse caminho, como simples professores de algo que aprenderam, ou melhor, despertaram nessa vida, organizaram, criaram um sistema próprio de didática e saíram ao trabalho prático. Isso serve também para um assunto que venho falando há algum tempo: como definir a missão de um médium? O ego, a vaidade ou simplesmente a sede pelo poder podem mover alguém a abrir um Templo? Pessoas que nunca aceitam uma retificação tendem a buscar um caminho próprio onde possam colocar ali suas diferenças e dificuldades de convivência muitas vezes com aqueles que foram colocados em seu caminho para ensinar algo.

Reconhecemos um mestre pela inspiração que ele provoca ao nosso espírito. Um mestre nem sempre é uma pessoa, pode ser exatamente esse conjunto de conhecimento que está sendo alavancado por um irmão que se dignou a transmiti-lo; este também buscando, de forma inconsciente, ser um mestre. Desde que comecei a ministrar os cursos de ervas, eu mesmo questiono a forma que as pessoas recebem esse conhecimento e para que vão usa-lo. Tenho aprendido com os mestres do astral que cada um somente leva o que veio buscar, da forma que se colocam como receptores é a qualidade do que levam.

Então, sugiro àqueles que tem dificuldade de compreender os porquês da sua busca que reflitam a respeito. Escolham um dia para um ritual simples, para melhorar a fluidez da consciência. Separe pelo menos uma hora desse dia que você consiga realmente ficar em tranquilidade. Esse é um pequeno exercício de concentração ou meditação se preferir. Escolha o banho de ervas que irá tomar. Temos algumas sugestões:

Limpeza e proteção: Arruda, guiné, casca de alho, hortelã, cipó caboclo, jasmim e anis estrelado.

Equilibrio energético: Manjericão, hortelã, rosa branca, alfazema, anis estrelado, boldo, calêndula.

Espiritualidade e paz de espírito: Alfazema, rosa branca, anis estrelado, cipó prata, camomila, verbena e água de côco.

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Escolhido o banho, prepare-o deixando uma vela branca acesa junto a ele oferecida a Deus Nosso Pais Criador, Mãe Natureza, ao seu Anjo da Guarda, (acrescente aqui suas melhores intenções). Sente-se num lugar confortável, mas que não te convide ao sono, coloque uma música leve de fundo (eu gosto muito dos sons do Daniel Namkhay). Acenda um bom incenso ou queime um pouco de sálvia. Se preferir fazer uma defumação, use sete ervas ou as mesmas ervas que você usou no banho.

Procure ficar em silêncio mental. Crie uma imagem de foco, uma mata por exemplo, você caminhando nessa mata, encontrando um ponto que lhe agrada, uma cachoeira, uma pedreira, o leito de um rio, uma corredeira de águas cristalinas. Foque nessa imagem e deixe a mente leve e aberta. Como dizem, a nossa mente é que nem paraquedas, só funciona aberta. Respire profundamente, leve e compassado, respiração longa e constante. Naturalmente virão pensamentos e imagens sem controle. Filtre, avalie, confie no seu foco, peça discernimento, coloque aqui suas dúvidas pessoais, conte sobre sua busca, seu caminho.

Fique nesse estado por uns trinta minutos e depois vá para seu banho. Tome seu banho de ervas dentro dos critérios que muitas vezes já publicamos por aqui. Curta seu banho, aproveite a vibração, coloque-se como bom receptor dessa magia da natureza. Verá como muitas coisas virão ao seu encontro, trazendo respostas muitas vezes inesperadas que irão com certeza alimentar seu espírito de esperança e principalmente segurança para trilhar o caminho. Repita essa prática periodicamente, dentro das sua possibilidade de tempo.

Há muito a ser aprendido por todos nós, e quanto mais aprendemos, mais queremos aprender. Conhecimento não ocupa espaço! Confie em Deus, em nossos Pais e Mães Orixás, em seus Guias espirituais. Confie em você mesmo! Transformar para o bem é preciso, compreender a transformação é imprescindível. Que Mamãe Natureza abençoe a todos! Sucesso, saúde e muita alegria!

Gentileza gera gentileza

08 abril, 2015

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA COTIDIANO

9390 Comentários

Gentileza gera gentileza. Essa frase, curtinha mas de efeito devastador, tem se tornado comum nas redes sociais, alguns poucos adesivos, aulas dos mais variados temas, enfim, virou lugar comum como frase de efeito. Mas será que o mundo tem compreendido isso? O que será a gentileza?

Não quero fazer uma analise linguística, mas, de forma bem automática, posso afirmar que a palavra gentileza vem de gentil, de gente, ou poderíamos definir – o que gosta de gente a ponto de ser nobre, amável.

Um dia desses, andando de carro na cidade, parei numa faixa de pedestres para que uma senhora passasse. A senhora tinha dificuldade de locomoção e atravessava devagar. Coloquei o braço para fora para conter o carro que vinha atrás que, ao parar, não pensou duas vezes em buzinar, dar farol alto, enfim, fazer um escândalo para que eu andasse, independente de estar esperando a pedestre atravessar

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a rua. Logo, um motoqueiro que vinha atrás, cortou pela direita e quase, mas quase mesmo, atropelou a senhora. Por pouco, um ato de gentileza, de educação e respeito ao próximo não se tornou o motivo de uma tragédia.

Percebo, dia a dia, e tenho certeza que você leitor e leitora tem percebido isso também, que o trânsito está cada vez menos amigável. Cada um olha para seu próprio umbigo e quer que o mundo à sua volta se exploda. O importante é levar vantagem, certo?

Dei esse exemplo do trânsito, mas podemos perceber isso em todos os locais. Invariavelmente encontramos aquelas pessoas no comércio, ou em algum local de prestação de serviços, afirmando com o peito inflado: “Sabe com quem está falando?” Ao passo que eu sempre gostaria de responder, independente de o interpelado ser eu: “Sei sim! Com um ser desprovido de inteligência e educação!” Mas aí eu também seria o mal educado, não é mesmo?

Práticas simples de autoestima ajudam muito para que cada um de nós exerça o respeito próprio e consequentemente o respeito ao semelhante. Normalmente, o mal educado é um ser frustrado, que não consegue receber amor, pois não o tem e não o irradia, e naturalmente acredita que o mundo deve lhe servir pela imposição da força.

Nos Terreiros, é importante que se observe o comportamento do corpo religioso (médiuns, cambones, curimbas, etc) dentro e fora do ambiente sagrado; afinal, é a cara da Umbanda que estará sendo mostrada. E o mundo não perde uma oportunidade de taxar a forma de religiosidade de alguém de acordo com seus atos.

Sentir-se bem no Terreiro, amparado pelos seus Guias e pelo ambiente firmado e assentado é tarefa até fácil. Levar consigo esse magnetismo no dia a dia, requer prática, vontade, persistência, coragem, e muito outros atributos positivos.

Mas dá certo! Quando a gente compreende que as vibrações do congá são contínuas e o tempo todo nos amparam, aprendemos a nos ligar a essa energia benéfica e levá-la para onde formos. Aprendemos também que há uma diferença entre situações de negativismo (o que é comum a todos nós), e estados de negativismo, principalmente quando o ser está fora do seu ambiente religioso.

Aprendemos que ao respirarmos fundo, elevarmos, mesmo que momentaneamente o pensamento às esferas superiores, sempre “alguém” atende e nos ajuda a sair da situação difícil. Visualizar seu congá e vê-lo irradiando luzes e cores durante essa respiração profunda é muito positivo e ajuda a mudar a vibração rapidamente.

Guarde na memória dois ou três momentos felizes da sua vida, e quando perceber que está perdendo o equilíbrio, ficou nervoso com alguma situação e penderá para o lado que o tornará grosseiro, mal

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educado, enfim, ‘anti gentil’, lembre-os e procure através dessa memória visual, voltar ao mais próximo do equilíbrio.

No trânsito, brigar não vale a pena e pode custar uma vida – e a vida de uma família, pense nisso.

Seja umbandista dentro e fora do Terreiro. Gentil não apenas com seus irmãos de fé, mas com o mundo. E verá que isso se multiplica e retorna com muita força. Gentileza e amabilidade não são demonstrações de fraqueza. Para ser gentil é necessário muita força. Pense nisso também.

Ao acordar, afirme que seu dia será perfeito, muito bom mesmo, e reconheça-se como filho (a) de Deus, merecedor de tudo de bom nessa vida!

Eu gosto muito de algumas rezas, e uma que sempre recorro para os momentos tristes ou de energias densas é a Prece de Cáritas.

Como obter tranquilidade espiritual?

20 março, 2015

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA MAGIA, UMBANDA

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Penso que paciência seja uma virtude. Temos o tempo todo estado de frente aos nossos desafios e nem sempre nós dedicamos um pouquinho de paciência para analisá-los. Todos nós temos campos de ação próprios, principalmente nós, médiuns de Umbanda, cujo trabalho acontece invariavelmente nas linhas de choque com o emocional humano e sua capacidade criativa de energias densas que se acumulam nos chamados “umbrais” na crosta terrestre.

Muito explorado pelas literaturas espíritas, esse umbrais já foram detectados como locais de acúmulo energético, acondicionando espíritos perdidos nos seus infernos pessoais e presos a amarras emocionais que impedem que a “luz” envolva seu mental consciente, levando-o a um entendimento de realidade. Local também de armazenamento e refúgio de mentais pseudo conscientes, iludidos em seu caminho evolutivo, capazes de influenciar em domínio esses espíritos perdidos no tempo e no espaço, tornando-os verdadeiros escravos das vontades inferiores. Esses últimos, quando cito como iludidos, me refiro aos que também são escravos de vontades inferiores.

Quantas vezes não nos sentimos atacados pelas trevas, por seres que eventualmente achamos que não querem que nosso trabalho aconteça, ou que acreditamos se sintam ameaçados por nós, por nossos Terreiros, cursos, atendimentos, magias, etc?

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Uma boa parte disso é nosso próprio orgulho falando ao nosso íntimo, fazendo-nos acreditar na nossa importância imediata na evolução do planeta e da humanidade. Inferno e umbral não são locais propriamente ditos: são estados de espírito que ou nos colocamos, ou somos conduzidos para que encontremos a nós próprios, no sentido de entendimento de nossas razões pessoais.

Engana-se quem acha que quem está nos astrais inferiores são consciências torpes e ignorantes. Muitos dos magos negros realmente localizados nessas esferas nunca saem de lá, a não ser através desses seus servos humanos caídos, ou encarnados, que optaram pelo seu íntimo em servi-los com seu emocional em desequilíbrio e desentendimento das coisas divinas e da natureza do ser humano que é o bem.

Esses mentais se servem das tendências que todos temos em oscilar entre o positivo e o negativo. Todos nós trazemos em nós os genes necessários para que nossa natureza do bem fique em evidência e que nossa natureza oposta seja força motriz para nossa caminhada ascendente quando estamos em equilíbrio ou perto dele.

O medo é limitador e protetor, ao mesmo tempo que nos impede de crescer; impede de ultrapassarmos o limite do aceitável e violarmos as regras de coerência da vida. Acreditar que tudo o que acontece na nossa vida é demanda é um convite a verificar se seu íntimo não está envolvido numa aura espessa de orgulho que te impede de perceber os verdadeiros desafios a sua volta. Sair dessa doutrina da demanda é um desafio de todos nós.

banner-ervas-ebook-uec-lateralPor isso comecei escrevendo sobre paciência. Ter tranquilidade diante dos desafios que o cotidiano nos traz é virtude incontestável. Não há situações desesperadoras: há pessoas que se desesperam (ou perdem a esperança) diante de uma situação. Não há problema sem solução. Se você tem um problema que não tem solução, logo não é um problema e nele próprio está a solução. Isso nem sempre é algo que se vê, mas quando a poeira abaixa, podemos vislumbrar um oceano de possibilidades e de realizações renovadoras.

Somos permeáveis a mudanças e renovações. E quando elas tem que acontecer, acontecem mesmo. E a Lei Divina se serve do que tem de mais próximo em nós, nosso íntimo, para atuar em nossas vidas nesse sentido transformador.

Avalie seus sentimentos com calma, analise suas emoções e fatos recorrentes em sua vida. Não alimente nem valorize o baixo astral achando que tudo é obra deles. Muito do que acontece aqui é nosso e para que nós aprendamos.

Confie no Criador, confie em seus Guias espirituais, confie nos sagrados Orixás. Você nunca está sozinho!

E o principal: se pudermos dividir nossa paz de espírito com as pessoas à nossa volta, tenha certeza que isso irá elevar significativamente sua consciência. Abaixo, algumas dicas de rituais simples para a busca da tranquilidade espiritual:

– Banhos com alfazema, camomila, melissa, macela, rosa branca, anis estrelado, jasmim, manjericão;

– Defumação com anis estrelado, sálvia e olíbano;

– Colocar um saquinho com alfazema seca no travesseiro, ou adquiri-lo pronto no comércio;

– Vela de sete dias branca acesa, oferecida ao Pai Criador e ao Anjo da Guarda (pessoal ou familiar);

– Manter flores em casa, pode ser um vaso plantado, pode ser flores num vaso com água. Ofertadas a Deus Nosso Pai Criador, à Mãe Natureza, seu Poder Divino e Forças Naturais, pedindo que abençoem sua casa e família, mantendo a harmonia em todos os sentidos no seu ambiente e no campo vibratório

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de todas as pessoas que ali moram. Depois de murchas ou secas devolva-as à natureza, numa beira de mata, beira de rio, jardim, praça, enfim onde tiver terra para absorve-las.

É isso aí turminha! Sucesso, saúde, alegria e paz de espírito para todos!

As ervas são pop

23 fevereiro, 2015

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, RITUAIS

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Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas nas ervas, filhos de Mamãe Natureza! Quem é dono do conhecimento sobre as ervas? Como saber se a informação que está sendo passada é realmente digna de atenção?

A cada texto aqui no Blog somos convidados a pensar, a raciocinar sobre os banhos, defumações, bate folhas e todos os processos onde as ervas estão envolvidas. Fomos brindados com o trabalho do Mestre Rubens sobre a Magia Divina das Sete Ervas Sagradas, onde através da simbologia e das iniciações, temos contato com o âmago da energia vegetal, e a possibilidade de formar-se como Mago das Sete Ervas Sagradas, um campo da Magia Elemental, ligado ao Trono do Conhecimento.

Do conhecimento pesquisado pela Antropologia, encontramos muito sobre as ervas, passado à frente de forma regional, às vezes, mais ou menos técnica, mas sempre com um conteúdo pragmático, colocado de forma definitiva. Um exemplo disso é Câmara Cascudo, Roger Bastide, Ornato José e Pierre Verger em seu trabalho de mais de setecentas e cinquenta páginas chamado Ewé, o uso das folhas na sociedade Iorubá.

Em seu trabalho de pesquisa, Verger recebeu centenas de folhas de vários Babalaôs e cada uma dessas folhas vinha acompanhada de um ofó, ou uma frase curta, de efeito, onde figurava senão o nome da folha, o verbo atuante, de forma figurada e silábica mesmo, como uma expressão idiomática, ou poderíamos considerar como uma gíria.

Essa expressão era a dinâmica do funcionamento da erva, portanto, a oralidade sempre foi importantíssima para desencadear o “verbo atuante” como função prática no preparo de Magia, seja ele banho, chá, encantamento ou outra forma religiosa ou magística. Cito os autores e mestres acima, pois têm e trazem conteúdo. Conteúdo próprio, não copiado de ninguém, e sim pesquisado, recebido mediunicamente, intuído, enfim, conhecimento passado de forma única, sem a usurpação do trabalho de outrem. Convidam-nos a pensar, a pesquisar e criar a partir da nossa curiosidade e necessidade.

Assim são os Guias de Umbanda, que nos incitam a crescer por nós mesmos, a transformar nossas vidas e deixar de lado o balcão de serviços religiosos, e dar lugar a nossa criatividade reativa e construtiva. A Umbanda é um manancial de conhecimento simples, objetivo, e sem perder a função filosófica existencial, verdadeira ferramenta popular de evolução.

A Umbanda é pop como já afirmou Alexandre Cumino em um dos seus textos. As ervas são pop afirmo eu agora. A Magia, o conhecimento das ervas é popular. Não pertence a um clube fechado, mas precisa

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de lógica, sensatez, e ressonância com o momento da pessoa e seu contexto. Assim esses autores fizeram.

Quando passamos a receita de algum banho ou defumação, essa combinação foi testada, re-testada e avaliada. Isso mesmo: eu só aceito uma ação como constante na erva se puder ser medida mais de uma vez, ou melhor, várias vezes repetindo o processo – resultado.

Então, podemos afirmar categoricamente que uma erva funciona bem em um caso, na forma de banho, de defumação, de benzimento ou bate folhas, porque carrega um princípio ativo energo-magnético elemental, que desencadeia um poder realizador que atuará na vida do ser humano, beneficiando-o e melhorando sua vida e seu ambiente – e ainda, se isso puder ser repetido quantas vezes forem necessárias, guardando as variáveis de merecimento e Fé.

Sabemos que a maioria dos leitores pedem receitas prontas para suas ações, e temos passado-as gradativamente, junto com o conhecimento mais profundo e, dessa forma popular (pop mesmo!), o alcance do conhecimento simples vai se ampliando. Então, para não perder o costume, vamos dar algumas receitas básicas, mas antes vamos relembrar algumas regras:

– Todo preparo ritualístico deve ser precedido da determinação daquilo que ele deve desencadear como poder realizador.

– Antes de um preparo, banho ou defumação específicos, é importante uma boa limpeza e reorganização energética com no mínimo 8 horas de antecedência.

– Banhos da cabeça aos pés, afinal sua cabeça faz parte do seu corpo.

– Siga as orientações de preparos ritualísticos que já publicamos.

Banho e defumação para Limpeza Energética e Proteção (antes de qualquer outro preparo)

Arruda

Guiné

Casca de Alho

Manjericão

Alecrim

Alfazema

Sálvia

Banho e defumação para Prosperidade

Louro

Carapiá

Pitanga folhas

Cravo e Canela (pequena quantidade)

Café folhas

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Laranjeira folhas

Romã (casca do fruto)

Banho e defumação para Tranqüilidade e Paz de Espírito

Macela flor

Camomila

Alfazema

Rosa Branca

Melissa

Anis Estrelado

Jasmim flor

Essas receitas são para banhos e defumações. Use-as com propósito firme. Vença os pensamentos negativos e aqueles que insistem em lhe subtrair a fé. Vamos todos juntos criar uma poderosa egrégora de uso das ervas com consciência e sabedoria, e certeza de que realmente funcionam de forma simples e objetiva.

Eu vim para falar das ervas, e você? Eu vim para quebrar os grilhões que escravizam e nos tiram do caminho natural, e você?

Menos que isso não interessa: somos filhos de Deus e da Mãe Natureza. Acredite e vença suas dificuldades!

Sucesso, saúde e muitas ervas em sua vida!

Prosperidade, abundância e fartura

22 novembro, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA COTIDIANO

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Abordar a prosperidade, abundância e fartura nos rituais, magia e principalmente na religião de Umbanda é um mito a ser desdobrado também. Muitos dirão que uma coisa não tem nada a ver com a outra; outros dirão que queremos comercializar a religião, enfim, ao negarem sua própria prosperidade espiritual, como querem fazer o bem ao próximo? Ou enxergam como sinônimo de prosperidade apenas dinheiro?

Prosperar é multiplicar o que já trazemos em nós, como convicções e propósitos. Mitos, conceitos e preconceitos são o que mais encontramos nesse caminho. E como encontrar um caminho do meio? Como aliar o trabalho espiritual e a mediunidade com a prosperidade?

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Somos por definição seres prósperos. Seres humanos cuja natureza é o bem. Aquele que não está no bem é porque ainda não compreendeu isso. Somos invadidos por uma torrente de informações motivadoras. E-mails, propagandas, livros diversos sobre motivação e neurolinguística e, além de tudo isso, sobre oportunidades, prosperidade e sorte.

Há uma grande contradição que diz que a sorte bate apenas uma vez à nossa porta. Se isso fosse verdade, seriamos condenados eternamente à pobreza, falta de sorte e outras coisas mais, pois sempre estamos esperando uma confirmação das nossas intuições, ou das oportunidades que deixamos passar por acreditar que não estávamos preparados.

Senso de prosperidade não combina com ambição desenfreada. A oportunidade não perdoa uma rejeição contínua e nem um apego escravizador. Equilíbrio, bom senso, ética, valores, inteligência emocional e moral, valem muito não só na busca, mas principalmente na manutenção da prosperidade e das oportunidades.

Pensamento positivo. Parece fácil, não é? Muitos acreditaram que após O Segredo (livro e filme), surgiriam milhares de novos ricos, pessoas mais felizes, enfim, não foi o que vimos. Aliás, o surgimento de uma “nova crise” foi apenas o que ficou em evidência. É claro que não atribuímos a uma crise mundial a um livro e filme específico. E é realmente muito difícil, principalmente para nós ocidentais, nos concentrarmos num objetivo, como a proposta principal do livro.

Eis as palavras: objetivo – propósito – meta. Para quem não sabe o que quer, qualquer coisa está bem. Qualquer coisa é bem vinda.

Lidar com os aspectos naturais da prosperidade é observar que a abundância está em toda a Criação divina, basta que a gente se coloque a ela. No estudo teológico da Umbanda, aprendemos que nossos Sagrados Pais e Mães Orixás são poderes da Criação Divina, manifestados religiosamente, naturalmente, espiritualmente, sincreticamente, etc.

O uso dos elementos naturais é um fundamento nas religiões naturais e na Umbanda. As oferendas, sem dúvida nenhuma! Então, o que falta para nós, praticantes de magia natural e umbandistas, para nos servirmos daquilo que temos à nossa mão, para alavancarmos vibrações que manterão nosso foco, estabilidade e força no caminho do sucesso espiritual e material?

Crise e oportunidade andam juntas. Se você apenas olhar para a crise, verá apenas crise. Será que no conceito de amor e caridade da nossa filosofia de magia natural e Umbanda podemos ser bons apenas para os outros? É crime, pecado ou coisa parecida desejarmos prosperidade, oportunidade e abundancia para nós mesmos?

Vocês estão apreensivos com a crise, com a situação mundial? Acreditam que a sorte e a felicidade fugiram de vocês? Estão errados! É preciso combater o desânimo, vencer a preguiça mental e física, persistir, não ligar para o possível e passageiro fracasso. Em vez disso, pensar no sucesso!

A necessidade é mãe da criatividade e muita vezes o trampolim do sucesso. O mundo mudou e a maioria de nós continua os mesmos. No passado, os jovens queriam mudar o mundo, agora querem mudar de celular ou computador, comprar um tablet, enfim, parecem não querer inovar.

Algumas ervas nos ajudam nesse processo de magnetizar vibrações que nos colocam em sintonia energético vibratória com as oportunidades que levam á prosperidade e abundância. Podemos citar

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aqui o Girassol, as folhas e frutos do Cafeeiro (café), a Canela, o Cravo da Índia, a Erva Doce, a Noz Moscada, o Louro, as folhas da Pitangueira (pitanga), as folhas e frutos do Romanzeiro (romã), o Abre Caminho e a Rosa Vermelha.

Utilize as ervas, pense, planeje, seja positivo e próspero!

Ervas para os males da atualidade

10 outubro, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS

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Quantas vezes a gente não tem vontade de desistir de tudo, não é?

Há muito mitos em relação à mediunidade, o sacerdócio religioso, a Umbanda e todas as formas que Ela nos conduz, mas não entrarei nesse detalhe por hora. Se minha especialidade é o mundo das ervas, e nela eu baseio todo o meu trabalho, tenho na minha religião, em minha amada Umbanda, a base formadora e fundamentadora de todo esse trabalho.

Toda a inspiração vem de Mãe Natureza na forma de bênçãos de luz do conhecimento das coisas divinas, e as ervas são as portadoras e mantenedoras dessas bênçãos, trazidas por espíritos preparados para isso, que se apresentam na forma de Caboclos, Pretos Velhos, Exus e Pombagiras entre outros.

banner-ervas-ebook-uec-lateralSabemos que essas formas plasmadas respeitam seu arquétipo e é a forma “visual” de alcançar nosso íntimo, nosso emocional. Se um Caboclo trabalha com as ervas, e na sua forma plasmada as traz em sua mão astral, no entanto nos incentivam a ter as ervas necessárias para os trabalhos religiosos, pois as ervas materiais serão as condensadoras e darão permanência à vibração que eles conduzem a partir do etérico.

Quando levamos flores ou ervas para o trabalho espiritual, estamos colaborando com os Guias e mentores para essa permanência. As flores e ervas facilitam a abertura de portais vivos, por onde transitam energias, vibrações, luzes e cores das mais diversas e essas manifestações a partir desses organismos vegetais, condensam um padrão fluídico capaz de ser assimilado pelo nosso organismo humano.

Um maço de ervas na mão dos Guias incorporados são ferramentas capazes de dissolver larvas e miasmas astrais, através dos passes energéticos. Esses mesmos passes produzem no campo astral do atendido uma aura de magnetismo capaz de proporcionar a cura, a prosperidade, a tranqüilidade necessária para o ser alcançar seus objetivos luminosos e permanecer na sua evolução contínua.

Uma erva não anula outra e esse mito só é verdadeiro se mudar o propósito. Desde que você se mantenha no propósito luminoso da cura espiritual, as ervas convergirão para a direção indicada. A magia só faz sentido se tiver um motivo, um propósito. Deixe isso muito claro para a erva. Consagre seus banhos e defumações antes de usá-los. De forma simples e objetiva isso é feito, com rezas espontâneas

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e sempre em nome de Pai Criador e Mãe Natureza – o Princípio Masculino-Feminino da Criação, o Princípio Pensante e Manifestante do Universo.

Nossos amados Pais e Mães Orixás, manifestações do Criador em Mãe Natureza, para nossa natureza humana dos sentidos, estão em vibração latente em todas as ervas. Quando nos servimos dos banhos e defumações estamos condensando essas vibrações no nosso padrão humano de permanência e entendimento.

Sempre recebemos por e-mail dúvidas freqüentes e pedidos de auxílio para males do dia a dia, enfraquecimento da vontade, síndrome do pânico e medos generalizados. Primeiro, vença o desânimo, acreditando que és um filho do Criador, portanto a bondade, a cura, a perseverança, o ânimo e todas as virtudes divinas são tuas também. Elas fluem de forma incessante no universo e fluem pra dentro de você o tempo todo. Aceite que és merecedor de bênçãos divinas e elas lhe serão verdadeiras.

Relaxe e esvazie sua mente de tudo. Acenda um incenso ou queime um pouco de sálvia num refratário e defume ligeiramente o ambiente. Coloque uma música suave e faça a reza que quiser. Não esqueça, por mais simples que pareça, o poder das orações já estabelecidas em nosso meio humano: Pai Nosso, Ave Maria, Salve Rainha entre outras, são preces poderosíssimas quando declaradas com convicção.

Se sua vontade e autoestima está em baixa, tome banho com arruda, picão preto, guiné, hortelã, manjericão, cravo da índia e orégano.

Se são os medos que lhe atormentam, use nos banhos: calêndula, hortelã, alfazema, noz moscada, açafrão (cúrcuma), casca de jurema preta e angico. Após esses banhos, para abertura de caminhos e facilidade de compreensão de que também depende de você sua cura, use: louro, carapiá, jasmim, rosas brancas, samambaia ou abre-caminho, pitanga e folhas de goiabeira.

Para auxiliar na cura de doenças físicas fortalecendo o espírito, use: assa-peixe, sete sangrias, sabugueiro, capim cidreira ou melissa, rosas vermelhas, arruda e casca de alho.

Essas receitas são para banhos e defumações. Use-as com propósito firme. Vença os pensamentos negativos e aqueles que insistem em lhe subtrair a fé. Não parem seus tratamentos médicos, que são importantes para a cura, mas peça, ao tomar seus banhos, que sejam encaminhados para sua vidas os médicos da Terra que terão discernimento, boa vontade e visão para lhe trazer a cura que precisa.

Vamos todos juntos criar uma poderosa egrégora de uso das ervas com consciência e sabedoria, e certeza de que realmente funcionam de forma simples e objetiva. Lembre que os banhos são da cabeça aos pés e que tanto eles como as defumações não exigem mais do que Amor e Bom Senso!

Eu vim para falar das ervas, e você? Eu vim para quebrar os grilhões que escravizam e nos tiram do caminho natural, e você?

Acredite e vença suas dificuldades!

Sucesso, saúde e muitas ervas em sua vida!

Flores na Umbanda: uso e função

15 setembro, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS

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Vamos falar um pouco sobre as flores, esses elementos da natureza cuja ação renovadora, regeneradora e filtradora, muitas vezes passa despercebida de nossa atenção.

Vemos as flores presentes nos rituais religiosos, de magia, nos preparos fitoterápicos e nos ritos fora das religiões, como motivos de alegria, comemorações ou saudade no caso dos ritos fúnebres.

Dentro do uso terapêutico, as flores tem também importância relevante. Basta lembrar da compilação da essência de flores, os famosos florais, em várias versões: Bach, Minas, Brasileiros, etc. De uma forma mais simples, podemos usar as flores naturalmente em nossos vasos ou em arranjos florais, em nossas casas como enfeites mágicos; poderosos limpadores, reguladores energéticos e filtros harmonizadores.

Quero destacar o uso das rosas, cuja energia viva de amor é sentida até pelos corações mais endurecidos. É sempre muito positivo ter vasos com rosas em casa, ou mesmo vasos de flores do campo ou crisântemos. Há sempre aqueles comentários populares de que crisântemos são flores que enfeitam a morte, portanto não devemos ter em casa. No entanto, eu digo o contrário: essa flor tem uma poderosa energia curadora, filtrando e curando toda energia enfermiça, transmutando-as em energia sutilizada, pronta a ser recolhida pelos canais astrais competentes.

Já falamos nessa coluna, mas sempre é bom repetir: uma magia só tem efeito quando consagrada. A magia se faz presente na simplicidade, e também no simples ato de decorar a casa com flores. Não custa nada ao colocar suas flores em sua casa, consagra-las às forças astrais superiores, dentro de sua crença, sua religião ou simplesmente à Mãe Natureza.

Um exemplo de consagração bastante simples é esse:

Espalme suas mãos sobre as flores, eleve seu pensamento ao Pai Criador, à Mãe Natureza, Mãe Terra, Mãe Água, às Divindades das Flores, aos Sagrados Gênios da Natureza habitantes das dimensões florais, e peça-lhes que consagrem essas flores para que elas sejam força viva, ativa e atuante em sua casa, filtrando toda energia negativa e transmutando-as em força de harmonia, cura, equilíbrio, paz e tranqüilidade. Assim seja e assim será.

Quando essas flores murcharem, nada de jogar no lixo. Separem suas pétalas e coloque-as num saco de papel (pode fazer alguns furinhos no saco para facilitar a ventilação), em local ventilado e ao abrigo da umidade. Depois de secas, são ótimas para banhos e defumações.

Algumas definições sobre flores (uso para banhos, defumações e adorno mágico):

Rosas brancas: a força da fé, cristalizadoras da religiosidade, fortalecem a intuição.

Rosas amarelas: a certeza, o caminho a ser seguido, fortalece as decisões.

Rosas vermelhas: a força do elemento feminino, fortalece a auto estima.

Rosas cor-de-rosa: ótimo filtro para locais em desarmonia, calma e resignação.

Calêndula: energia revitalizadora, também é um ótimo anti-alérgico.

Camomila: energia calmante, é um ótimo digestivo e clareia os cabelos.

É isso turminha, escrevam com suas dúvidas e sugestões, participem, pois esse espaço é de todos vocês!

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Saúde, sucesso, muitas flores e muita magia natural!

Como preparar um banho?

14 agosto, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS

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Salve Sagrada turminha das ervas e do amor à Mãe Natureza. Todo o respeito e todo o amor a vocês são as forças que conduzem nosso trabalho. Digo respeito porque ninguém é obrigado a se iniciar em uma religião para se servir do benefício que as ervas nos proporcionam. Ninguém precisa temer a retaliação do elemento natural, pois isso não acontece jamais.

Se o uso das ervas fosse exclusividade de alguma religião, cresceria somente no quintal do seu sacerdote, e isso não é verdade. Professo minha fé dentro da religião de Umbanda. Procuro honrar e levar o nome da nossa amada religião aonde vou, mas, o uso das ervas não pode ser focado apenas dentro dos limites dos seus rituais.

Vemos os Guias, sejam Caboclos, Pretos Velhos, enfim, as entidades manifestadas na Umbanda, receitando chás, banhos e defumações para que as pessoas façam em suas casas. Se não fosse possível isso, com certeza os Guias falariam para as mesmas pessoas não fazerem nada sem a presença do sacerdote ou pessoa habilitada.

Preparar um banho ou uma defumação requer acima de tudo BOM SENSO.

Bom senso para entender que não utilizamos ervas verdes (frescas) em uma defumação, pois ainda estão carregadas de água; bom senso para não colocarmos em nossos banhos elementos resinosos (mirra, incenso, benjoim), pois deixarão o banho excessivamente oleoso.

Um banho de ervas é um elemento limpador, regenerador e reorganizador do organismo espiritual vivo, que somos nós mesmos em espírito.

Sua vibração favorece a reestruturação do lado etérico, pois essa troca energética alimenta com força de cura nosso campo astral humano. Há formas de preparar os banhos e esse é um ponto de muitas dúvidas: devemos, ferver, coar, banhar a cabeça, derramar água sobre a erva, erva sobre a água? Enfim, como devemos preparar um banho?

A regra é simples: se você usar apenas ervas frescas (verdes), flores ou folhas secas, faça uma infusão com as ervas: aqueça um litro de água e derrame sobre as ervas acomodadas em uma vasilha e deixe descansar por pelo menos uma hora tampada. Após esse tempo, pode coar o preparo, adicionar mais água (quente ou fria) até atingir uma temperatura aceitável para o banho.

No caso do uso da parte mais dura da erva, como a casca, semente, caule ou cipó, deixe ferver junto com a água por alguns minutos. Você também pode associar os dois métodos, ou seja, ferver a parte dura da erva e com essa fervura, fazer uma infusão com as folhas e flores.

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Como disse, depois de preparado o banho pode ser coado sim, pois o veículo concentrador da energia contida na erva é a água. Deixe esse banho pronto e, ao terminar seu banho normal (higiênico), acrescente mais água do chuveiro para que atinja uma temperatura agradável ao corpo.

Eleve o banho acima de sua cabeça e consagre-o. Isso pode ser feito com uma reza bem simples:

Pai Criador, Mãe Natureza, peço que abençoem esse banho e que ele seja força de cura, limpeza espiritual, prosperidade, (etc.) em minha vida. Assim seja e assim será!

Dei o exemplo de uma reza bem simples, mas que pode (e deve) ser adicionada de seus sentimentos e pedidos. Nunca esqueça que energia sem controle é o próprio caos. Dê direção à energia da erva. Diga a ela o que você espera, e verá o resultado.

É isso turminha! Esse espaço é de todos vocês!

Mistério Vegetal

30 julho, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, ESPIRITUALIDADE

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Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas no amor de Mamãe Jurema! Minha gratidão a todos que têm absorvido esse trabalho com as ervas, compreendido e colocado em seu dia a dia uma forma mais simples de entendimento de algo que não é nossa propriedade, mas, de tanto ser propriedade de alguns poucos, é chegada a hora de desmitificar seu uso, tornando-o aquilo a que se destina: bênçãos de Mãe Natureza em nossa vida.

Posto aqui um trecho do nosso livro Rituais com Ervas, que trata da definição de “Mistérios”.

“O termo “mistério”, na sua definição básica, é algo secreto, escondido, de suspense, segredo compartilhado entre iniciados ou entidades divinas, de significado ou causa oculta e que não se pode explicar. Mistério vem do grego, mystérion, coisa secreta e tem relação com a ação de cerrar ou calar a boca; o verbo é mýein, fechar, se fechar, calar; mýstes, que se fecha, o que guarda segredo, o iniciado. Nós usamos esse termo para aglutinar, ajuntar mesmo o conjunto de poderes e forças que ativamos nas ervas. O Mistério Vegetal, ou o Mistério das Ervas, é esse conjunto.

É formado por divindades, elementais, seres da natureza e de dimensões incompreensíveis para os humanos e também de espíritos humanos e humanizados que se ligam a esse Poder Divino, assim como seus guardiões e manifestadores (religiosos ou não) desse mistério. Os sagrados Caboclos na Umbanda são um exemplo desses espíritos, que absorvidos pelo mistério, passam a manifestar seu poder no meio humano, material e ou espiritual. Já os seres da natureza, quando evocados, podem responder na forma de árvores, animais, vibrações perceptíveis aos sentidos até mesmo como partes de um vegetal – raízes, sementes, flores, aromas e sabores, verdadeiro pulsar vivo de Mãe Natureza. O mais comum é percebermos a vibração pelo mental e pelo emocional. Algumas pessoas com uma sensibilidade mais perceptível ao meio físico citam um frio na barriga, um arrepio, precedido por um sentimento de plenitude ao trabalhar com essas energias. Os mistérios são energia pura para nós, e tomam a forma

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que damos a eles. Ao preparar e executar um ritual, tendemos a “imaginar” como ele se processa no Astral, criando vórtices, campos vibratórios, passagens energéticas em todas as direções e mandalas multicoloridas, enviando seres nessas formas que citamos para que ajam em nosso favor, em nossos corpos astrais e no campo vibratório espiritual de nossas casas, local do ritual ou Templo.

Saiba que essas formas dependem mais da criatividade mental do que da clarividência propriamente dita. Nossa mente é rastreada, lida e decifrada por esse poder, e a energia se condensa da melhor forma para que possamos compreendê-la. Mesmo que para essa realização não seja necessário um show de luzes e cores, temos a benção de percebê-lo para que se estabeleça uma ligação mais adequada do nosso mental/emocional ao poder realizador. Seres da natureza já foram, e são ainda, interpretados como seres mitológicos, folclóricos como o saci, mula sem cabeça, boi tatá, curupira, caipora, entre tantos outros.

Na própria mitologia Iorubá há uma lenda (itan) que fala sobre o Pai Orixá Ossayn, o sagrado Orixá das folhas que, ao refugiar-se na mata, encontra Aroni, um ser de uma perna só, com um pássaro sobre a cabeça, que o ensina o segredo das folhas. Eis aqui uma descrição da conexão com o Mistério Vegetal e seus guardiões. Muitas entidades espirituais na Umbanda, Catimbó, Jurema e outros cultos que tem a natureza na sua composição básica são guardiões iniciados nesse mistério, portadores de elementos simbólicos e realizadores de funções no Astral que ressonam em nosso campo humano. Cachimbos, maracás, arco e flecha, cajados, cabaças carregadas de essências sutis da natureza são exemplos desses elementos de trabalho.

Nós, ao conectarmo-nos a esse mistério, mesmo de forma empírica, somos inspirados e estimulados a criar ou adquirir ferramentas de trabalho simbólicas que facilitam a ligação do plano Astral espiritual com o nosso plano humano material. É comum vermos as benzedeiras ou os raizeiros, com ferramentas de trabalho que, muitas vezes, não percebem, ou dão importância ao valor energético que têm. Esse conhecimento oculto faz parte do universo dos mistérios.”

Gratidão, paz, saúde, prosperidade, proteção e alegria infinita a todos!

O espírito coletivo das plantas

16 julho, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA MEIO AMBIENTE

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A vida das plantas não segue o padrão humano. Sua forma biológica, sua vida física, em relação a outros elementos, é a mais aproximada de nós, pois nasce, cresce e morre. Tem tempo de vida marcado pela sua característica de espécie e de acordo com condições naturais.

Seu espírito não é uma identidade única. É imanência, como um espírito coletivo, como um cardume de peixes com milhares da sua espécie viajando nas águas e que, de repente, viram em outra direção, animados por um espírito de coletividade.

Num jardim, esses espíritos coletivos respeitam suas famílias. As alfazemas de todas as espécies e variações serão sempre ligadas aos elementares responsáveis pelas alfazemas. Os boldos idem, assim

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como as frutíferas e os seres ligados a elas, assim como o grande espírito que anima como um pulsar único as grandes florestas, como a amazônica, a Mata Atlântica e o Cerrado.

Isso também não justifica o desmatamento, pois esse grande espírito coletivo sente, assim como nós, a falta de um órgão retirado sem que se cumpra a Lei Divina que rege todas as coisas. Se lhe tirarem uma unha a sangue frio, será que não sentirá dor? Assim uma árvore cortada pelo simples prazer ou pela sede econômica, faz com que a grande floresta ressone em todo o planeta uma falha nesse pulsar de energia.

E assim, numa floresta como num rio, numa pedreira ou cachoeira, assim como no mar, que conforme nós, seres humanos vamos destruindo-os, eles vão sentindo e deixando de ser esse elo de ligação Divina com planos da existência multidimensionais que alimentam nosso meio humano com energias de sutis à densas responsáveis pelas trocas transformadoras de vibrações densas humanas em vibrações sutis luminosas; e muitas dessas ligações são responsáveis pelo clima do nosso planeta, alimentando os elementais responsáveis pelas chuvas, ventos e mudanças climáticas necessárias para que esse planeta abençoado seja realmente um manancial de fartura em todos os sentidos.

Um rio poluído adoece e mata milhares de seres, ou pior, negativa-os e negativa também os outros que em sua forma de ser não compreendem os porquês de nós, seres humanos, sermos tão ingratos com o Pai e a Mãe Natureza que dão tudo de graça e com amor a nós.

E nós, dia a dia, vamos colhendo os frutos dessa semeadura maldita de ingratidão com a Mãe Terra, na forma de catástrofes e acidentes que de naturais não tem nada, mas sim a resposta à flor da pele das toxinas que injetamos em nossa própria casa: o planeta Terra.

Cuidar, proteger, manter, denunciar e lutar pela preservação do mundo vegetal que nos cerca é nosso dever. A destruição fará mal a todos, inclusive para nós. É a nossa consciência que nos libertará!

O uso de ervas e banhos espirituais pode viciar?

24 junho, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, RITUAIS

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Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas em mamãe natureza. Salve a força da Umbanda e a sua presença como religião natural. Salve todas as religiões do Bem e para o Bem que pregam a liberdade e o bem-estar.

Há algum tempo fui convidado por um grupo espírita (tradicional) para palestrar sobre ervas e sobre a Umbanda e, desse encontro, surgiu um campo vastíssimo de trabalho onde muito irmãos, definitivamente capacitados para o trabalho transformador e ostensivo da cura espiritual, tem dúvidas e preconceitos em relação à nossa religião e ao uso dos elementos da natureza.

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Vale lembrar que o uso das ervas não é exclusividade de nenhuma religião, seita ou grupo de afinidades. Está para as religiões naturais e abstratas da mesma forma, desde que seu uso siga alguns critérios básicos. Coisas que já falamos dezenas de vezes em diversos artigos.

Um pergunta me chamou a atenção:

Se eu uso as ervas na forma de banhos ou mesmo defumações, eu não estaria “viciando” a pessoa e fatalmente criando uma dependência do uso ritualístico, sem o qual esse ser humano não sente que pode evoluir sozinho, por sua vontade, perseverança e Fé em Cristo? E eu não estou criando reações para mim mesmo?

Ora, assim como a pessoa pode se viciar no atendimento espiritual semanal, no jogo de Búzios, nas cartas do Tarô e outros oráculos sem os quais o indivíduo não toma nenhuma decisão ou atitude, pois falta a muleta.

Não estou desqualificando nenhuma dessas práticas, vejam bem: estou apenas apontando que há realmente pessoas que se “viciam” nessas práticas e as tem não como ferramentas de autoconhecimento e melhora, mas como balizadores do dia a dia. Se transformam em clientes vip de um cheque especial que não se salda nunca. Para qualquer passo, há essa necessidade.

Vou além: o ser pode se viciar no passe magnético, na Cromoterapia, na Bíblia, sem a qual ele não tem nenhum conteúdo. Se torna um papagaio repetidor de versículos sem ao menos saber o que está falando.

Vejo os Guias espirituais na Umbanda e também em outros meios lidarem com essas situações com maestria. Um número determinado de banhos e uma forma precisa do uso das ervas. Se é um processo complexo, três banhos de limpeza, mais três de reequilíbrio e um final que remete ao propósito, seja paz de espírito, harmonia, prosperidade, etc. Defumações semanais, com tempo para começar e terminar. Nunca vi um processo onde se faria necessário tomar banho de ervas “todos os dias”.

Na Umbanda, o atendimento é direto, o oráculo vivo é através do próprio médium que, com os Guias espirituais, aconselha, recomenda banhos, oferendas, práticas simples mas envolventes e que colocam a pessoa também como responsável pela qualidade da realização. Observando um atendimento espiritual assim vemos que é recomendado para a pessoa algum ritual, mas essa pessoa já está ali, pedindo ajuda, o que já é uma grande coisa.

Ela já saiu do ostracismo e pelo menos foi até o Terreiro, não ficou em casa reclamando e curtindo o tempo perdido. Dignou-se a aguardar seu atendimento e diante da entidade espiritual confiou suas dúvidas, temores e insucessos; e declarou seu desejo de melhorar. O Guia espiritual lhe atenderá, fará ali um benzimento, um descarrego energético e recomendará alguns banhos com ervas e defumação para sua casa. O ritual neste caso servirá para condensar as energias necessárias para a realização da melhora global e específica da pessoa (ao mesmo tempo) e para dar permanência à vibração desejada.

Mas, e se estou nesse processo, me sentindo fraco, desanimado, desmotivado, sem ânimo até para ir ao Terreiro ou fazer um ritual, como sair desse estado de crise e me colocar em condição de melhora?

Buscar um estado de espírito mais adequado é sua tarefa inicial. Se já passou por essa fase, ou se, graças a Deus, nem chegou nela, ótimo! Passe adiante, pois os rituais fluirão em plenitude. Caso contrário, existem fórmulas mágicas que funcionam há milênios. As religiões se servem desses recursos e

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disseminam de forma natural essas chaves de ligação com estados de espírito que permitem pelo menos a busca da ajuda necessária.

As rezas, orações, preces são essas chaves milagrosas que podemos citar sem medo de errar.

Eu gosto muito de Prece de Cáritas e Salmo 23 para essas situações onde é necessário quebrar barreiras energéticas (abaixo).

Enfim, resumindo, todos que demonstrem vontade de melhorar a si próprios, vontade e disposição para fazer algo pelo semelhante, desejo de mudanças, desejo de praticar o Bem, adquirir paz interior, paz de espírito, de se desenvolver como pessoa, como ser humano, como médium e todos que querem um mundo melhor, começando por si, suas casas e seu trabalho, podem praticar seus rituais sem medo das reações negativas, pois se eles existem não haverá força nenhuma contra quem está no Bem, para o Bem e pelo Bem.

E mais: quando você se coloca no caminho com vontade, mesmo que haja interrupções, oposições e forças contrárias, tenha certeza que o Universo conspirará a seu favor, colocando a você todos os recursos necessários.

Texto extraído do livro Rituais com Ervas – banhos, defumações e benzimentos – de Adriano Camargo

Prece de Cáritas

Deus nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade.

Dai a força àqueles que passam pela provação; dai a luz àqueles que procuram a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.

Deus, dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.

Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o Pai.

Senhor, que a Vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.

Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem e esperança para aqueles que sofrem.

Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.

Deus um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a terra. Deixai-nos beber na fonte desta bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos.

Ó Poder, Ó Bondade, Ó Beleza, Ó Perfeição.

E queremos de alguma sorte merecer Vossa infinita misericórdia.

Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso afim de subirmos até Vós. Dai-nos a caridade pura.

Dai-nos a Fé e a Razão. Dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se deve refletir a Vossa imagem.

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Que assim seja e assim será. Amém.

Salmo 23

O Senhor é meu pastor, nada me faltará.

Deita-me em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.

Refrigera a minha alma: guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Rituais, defumação e bebidas

27 maio, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS

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A natureza do ser humano é o Bem. Fomos gerados numa matriz positiva, no entanto polarizada para que possamos entender o equilíbrio das coisas. A relação entre Bem e Mal sempre foi discutida pelas religiões. Como sempre fala nosso irmãozinho Alê Cumino: “Se é religião é para o Bem!”

A função das religiões na vida das pessoas é leva-las ao Bem, tirando-as do eventual caminho negativo. E de que forma? Usando os recursos que sua doutrina, liturgia e filosofia implicam.

Na Umbanda não é diferente. Religião transformadora para o Bem; religião da natureza, não apenas da natureza de elementos à sua volta, cristal, mineral, vegetal, fogo, ar, terra e água, mas também da natureza humana, através do arquétipo transmitido pela força do Guia incorporado. A maturidade, certeza, a seriedade do Caboclo; a sabedoria, tranqüilidade e simplicidade do Preto Velho; a alegria, pureza, a inocência das Crianças; a força, determinação, elegância de Exu e Pombagira, e de todas as formas manifestadas de Deus Olorum Nosso Pai Criador, através da Umbanda.

banner-ervas-ebook-uec-lateralSempre surgem dúvidas a respeito dos critérios adotados pelos Terreiros para a condução dos seus trabalhos, para a formação dos médiuns, cambones e curimba e a própria orientação visual que as pessoas que freqüentam a casa tem a partir das giras abertas.

Temos alguns pontos na prática da religião que são até contraditórios se observados de perto. Por exemplo: como poderíamos justificar o uso do cigarro nesses tempos que o tabagismo é combatido no

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mundo todo? Como justificar o uso das bebidas diante da lei seca para o transito? Como justificar alguns dogmas se todos os dias travamos uma verdadeira batalha contra o “bulling”, o preconceito e o racismo?

Muito bem. A Umbanda, sendo a religião que é, trazendo a força da natureza, como disse há pouco nesse texto, vem se fundamentando e se servindo dos recursos disponíveis de acordo com a época, cultura e oportunidade. O uso do fumo pode muito bem ser controlado, limitado e direcionado aos atendimentos da forma mais natural possível, com o uso de charutos, cigarros de palha e fumo para cachimbo adicionados de ervas aromáticas que remetam a memória olfativa à prática religiosa.

A “Sálvia officinalis” é um excelente recurso que, bem seca e triturada pode ser adicionado aos fumos. Essa tradição de origem xamânica norte-americana é muito bem adaptada aos costumes ritualísticos brasileiros. Aliado a isso, muito bom senso e responsabilidade.

Devemos nos preocupar sim com a assistência do Terreiro em relação ao uso do fumo, pois há pessoas que tem sensibilidade à fumaça provocada pelo seu uso. Aí alguém vai perguntar: mas e a defumação? Não seria também fumaça que todos respiram? Respondemos e apontamos então que a defumação passa. Ela é usada na abertura dos trabalhos e é agradável à grande maioria das pessoas. Respirar uma defumação bem elaborada é muito benéfico para o espírito e o bem estar provocado é superior a qualquer estado de sensibilidade.

Devemos controlar o uso das bebidas alcoólicas usando, sem dúvida nenhuma, a regra do bom senso. Se essa bebida tem um fundamento religioso, ela não serve para o uso profano, disponível para o médium se embebedar com litros de cachaça ou latas de cerveja, garrafas de vinho e de champanhe. Isso mesmo, o médium se embebedar, porque mesmo com a regra de que “o Guia leva tudo”, devemos sim questionar a necessidade de beber tanto numa gira.

O fundamento precisa ser confirmado pelo uso de um pouquinho do elemento. Não é a quantidade que fará o trabalho ser mais eficiente: é a habilidade do manipulador (Guia x médium) em ativar o recurso bebida que trará resultados!

O nome da nossa missa é trabalho!

09 maio, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA MAGIA, RITUAIS

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A Umbanda é a religião da natureza. Temos nos elementos uma base fundamental, e no elemento humano e suas várias formas de ser. A nossa base arquetípica e paramétrica é vista na presença dos vários “tipos humanos” nas manifestações dos Guias espirituais.

Cada um, da sua forma, procura alcançar os corações necessitados levando a palavra amiga, o abraço reconfortante, o puxão de orelha adequado à situação, enfim, a espiritualidade traz a cada qual conforme a oportunidade e necessidade. Dia desses, fui questionado por um consulente sobre uma

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recomendação que um Preto Velho havia feito, para que mandasse rezar uma missa para um ente querido já falecido.

O questionamento era sobre a real necessidade dessa prática, já que estava dentro de um Terreiro de Umbanda, e nas Giras e atendimentos vemos os Guias pedindo para que o consulente escreva nomes para serem colocados na corrente vibratória.

Não seria essa prática a verdadeira forma de um umbandista se comportar diante da necessidade de orações para um familiar falecido? Qual o poder que a missa católica teria a mais que não poderia se alcançado dentro do Terreiro?

A tradição, o poder do tempo que conta a seu favor, ou um poder maior por ser uma religião maior, mais forte, enfim, ser a Igreja Católica e trazer no seu bojo mil e tantos anos de história?

A princípio, pensamos em dar razão ao questionamento do irmãozinho, mas quando avaliamos friamente os trabalhos de Umbanda, vemos quanto temos dessa raiz que nos sustentou até hoje. É muito mais difícil encontrar Terreiros que não tenham uma imagem católica no congá, ou que não se servem de rezas consagradas por essa tradição. Eu mesmo, no livro RITUAIS COM ERVAS – BANHOS, DEFUMAÇÕES E BENZIMENTOS – tenho um capítulo falando das rezas tradicionais e do valor delas na nossa vida.

Voltando ao assunto, ao mandar rezar uma missa ou colocar um nome para que seja lembrado durante o ritual católico é equivalente sim a fazer uma referência a esse falecido num trabalho de Umbanda. A diferença está na vibração emitida por um ou outro sistema religioso. Vamos pensar no lado espiritual da vida, especificamente no espírito que está recebendo a intenção das orações e rituais: a morte não demoniza e muito menos diviniza ninguém. O que se é aqui, será do outro lado, guardando o campo das afinidades e magnetismo que atrai o ser para locais compatíveis com seu mental e emocional.

Algumas pessoas cujo padrão de entendimento está alicerçado em uma reza do Pai Nosso ou da Ave Maria serão muito mais permeáveis a esse padrão energético vibratório desencadeado por uma missa católica, do que pelo toque do atabaque.

As energias e vibrações recebidas a partir de um trabalho de Umbanda não chegam até o espírito com um selo religioso, mas o espírito pode rejeitá-la se aqui no planeta era insensível às vibrações de elementos da natureza.

E, além disso, quando um Guia espiritual recomenda algo assim, não é por incompetência religiosa como alguns podem pensar, mas porque emissor e receptor farão um bem enorme a si mesmos ao contato com essas vibrações de campos de ação diferentes do costumeiro.

Lembro-me de uma ocasião que entrei em um Terreiro, antigo por sinal, mas que estava passando por várias mudanças direção, de filosofia religiosa, cortando do seu ritual alguns elementos tradicionais como o fumo, o uso de algumas bebidas (mesmo que em quantidade ínfima), cortando até o trejeito arquetípico de algumas entidades. Ao entrar nessa casa, cruzei o chão e fiz em mim o sinal da cruz, o que gerou um comentário infeliz e maldoso de que “pessoas”, no caso eu, que se intitulavam professores e coisa e tal, faziam um gesto católico para entrar num Terreiro, e isso mostrava falta de confiança no seu próprio ritual de Umbanda…

Penso que se isso fosse “pecado”, levando em consideração que a Umbanda não lida com o aspecto “pecado x pecador”, um Preto Velho, figura sagrada da nossa amada religião, ao chegar (baixar) no Terreiro, através do seu médium, não faria também o sinal da cruz no chão e no seu aparelho

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mediúnico, e não abençoaria em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, as três pessoas da Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espirito Santo.

Dá pra imaginar uma entidade espiritual da magnitude de um Preto Velho abolindo tudo isso do seu repertório sagrado, divino mesmo, das coisas de Deus, das coisas boas e sábias que trazem pra nós? Porque alguns não entendem e querem purificar a religião? De jeito nenhum!

Então, mizifio, quando um Nêgo Véio recomendar que seja rezada uma missa para um ente querido, faça! Mesmo que isso custe alguns trocados, coisa que dificilmente você verá na Umbanda, alguém cobrar pra colocar um nome na corrente de orações.

Uma coisa bacana que pode ser feita também (quebrando um mito de que não podemos acender velas ou fazer qualquer referência aos falecidos em nossa casa): coloque uma vela branca, com o fundo colado (lado de baixo esquentado mesmo), em um prato branco. Depois da vela fixa, derramar água de forma que a vela fique com a parte inferior um pouco dentro da água. Sobre essa água, colocar algumas pétalas de rosas brancas, cor de rosa, ou crisântemos… somente as pétalas.

Acenda, faça suas orações e, acima de tudo, mande mensagens mentais, como se estivesse deixando um recado numa secretária eletrônica, que você pode ter certeza que se o seu familiar não ouvi-lo na hora, sua mensagem de Amor, Fé e Esperança ficará vibrando o tempo necessário até que esse irmãozinho espiritual puder ouví-lo. E isso faz um bem danado ao espírito, dos dois!

Coloque flores num vaso e ofereça sua energia e vibração como um bálsamo de cura para espíritos enfermos. Ofereça sua gratidão aos ancestrais e verá como sua vida irá se tornando plena e grata também.

Faça suas orações na natureza, junto a uma árvore, ao pé de uma cachoeira, na beira de um rio ou lago, numa pedreira ou à beira mar. Peça licença, bênçãos, amparo e proteção aos Sagrados Orixás e peça que enviem vibrações benéficas para seus entes queridos. E para isso não precisamos esperar o Dia de Finados. Podemos lembrar deles sempre, de mente e coração gratos por terem sido algo em nossa vida, mesmo que esse algo, no nosso ponto de vista humano, não tenha sido tão bom.

Se você não sabe rezar, cante um Ponto! A gente na Umbanda reza cantando! Cante a Pai Obaluaiyê, Mãe Nanã, Pai Oxalá e a todos os Orixás, cante o que você se sentir bem cantando!

Agradecer é uma arte e uma magia poderosíssima. Pratique e seja feliz.

Muito obrigado, muito obrigado, muito obrigado, por hoje e por sempre!

Ervas tóxicas (ou será que qualquer uma serve)?

20 abril, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, MAGIA

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Sabe-se através dos estudos arqueológicos que os seres humanos testam plantas desde muito antes da era cristã. Há ainda muitas dúvidas em relação à toxicidade de algumas ervas e se podem ser consumidas na alimentação e mesmo no uso ritualístico na forma de banhos e defumações.

Algumas pessoas são realmente sensíveis a alguns componentes fitoquímicos, sendo a elas proibitivo o uso de determinadas substâncias. Ervas clássicas como arruda, guiné, alecrim, sálvia podem, de acordo com a quantidade do uso, ter seu grau de toxicidade capaz de prejudicar a saúde humana. Era e ainda é comum ouvirmos a frase: o que os bichos comem o homem pode comer. Mas não é essa a realidade.

Por exemplo: as sementes do azevinho que são muito apreciadas pelos pássaros são altamente tóxicas para nós, seres humanos.

Quanto aos banhos e defumações, que é o assunto que nos interessa aqui, vale lembrar que muito já foi testado na prática. Assim como na medicina natural e na alimentação, onde pessoas passaram mal e até chegaram ao óbito pelo uso descontrolado de alimentos e recursos da natureza que não se podia aquilatar o perfeito funcionamento no organismo humano, os elementos usados ritualisticamente foram testados, como disse, na prática pelos nossos antecessores religiosos, de forma empírica mesmo, ou seja, aprendendo uns com os outros.

Banhos de arruda, guiné, ervas quentes, agressivas para os acúmulos energéticos negativos, podem, se ingeridas, provocar danos à saúde, mas podemos de forma controlada, com bom senso, nos servirmos delas para os banhos e defumações.

Os escravos, ao encontrarem longe de sua terra natal ervas diferentes das suas conhecidas, não testavam na sua cabeça, ou melhor, tomavam o cuidado de não deixar cair nos olhos, boca, nariz, pois não sabiam dos efeitos a médio ou longo prazo. Imediatamente ao passar uma erva na pele já dá pra saber se desencadeia alergia ou não.

A sálvia, assim como o alecrim (entre muitas outras) são consideradas ervas abortivas, mas devemos lembrar que somente para mulheres e se estiverem grávidas. Parece piada falar isso, mas tem muita gente que aponta para o uso das ervas e não leva em consideração esses fatores básicos.

Já encontrei pessoas que tomaram banho de comigo-ninguém-pode, urtiga, e não sentiram nada de anormal. Isso não é regra, pois são ervas de alta toxicidade e devem ser evitadas nos banhos. Existem muitos outros recursos que podemos usar antes de determinar que uma erva de alta toxicidade não pode ser substituída. Mas não precisa se preocupar, pois o número de pessoas que não podem usar arruda ou guiné é muito pequeno, praticamente desprezível.

Vamos tomar cuidado com ervas que não conhecemos. Se um médium/entidade espiritual lhe recomendar um banho, ou mesmo um chá, com uma erva que você não conhece, não se preocupe em perguntar, ou chamar um cambone que possa explicar melhor, e confirmar, se necessário, mais de uma vez se é aquela erva mesmo.

Na dúvida, não tome, não faça nenhum uso de algo duvidoso. Muito cuidado também com informações soltas na internet, de sites e blogs que vão copiando uns dos outros e não se preocupam com a credibilidade da informação. Procure fontes confiáveis.

No caso de chás, fica aqui uma recomendação aos médiuns. Procure se atualizar, evitar passar chás que não conheça bem, se possível verifique o histórico da pessoa que vai ingerir, no caso se já teve alguma intolerância e mesmo se ela “gosta” de tomar chás. Cerque-se de segurança, pois a responsabilidade é sua também, e não somente do Guia espiritual.

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Há excelentes profissionais dispostos a ensinar o que sabem e nos ajudar no que precisamos para nosso dia a dia de Terreiro.

Estudar é preciso, aprender é vital!

Sucesso e saúde a todos!

Arruda – Ruta Graveolens L.

Talvez a mais clássica das ervas ritualísticas. É incontável o número de receitas com arruda que encontramos nas histórias das religiões naturais, principalmente as de matriz africanas como a Umbanda e os Candomblés. Devemos tomar cuidado, pois se trata de uma erva tóxica.

É comum vermos pessoas com dificuldades em plantar arruda. A arruda é uma erva que precisa de desafios. Não gosta muito de agrado desnecessário, portanto plante-a em locais ensolarados, bem drenados, mais para seco, com solo pobre mesmo, e deixe claro para ela que cresça se quiser, senão você plantará outra erva no lugar. Com certeza ela irá crescer e mostrar o seu poder.

Sinônimos populares: Arruda-de-jardim, arruda-macho, arruda-fêmea, ruta, erva-arruda

Indicações ritualísticas: Alto poder de limpeza em banhos, defumações ou galhos para o benzimento. Pode ser usada fresca ou seca. Sua aura é vermelha e ela carrega em si o poder purificador e consumidor

Ação (verbos): Consumir, purificar, calcinar, abrasar e aquecer

Cor energética: Laranja escuro ao vermelho intenso

Orixás principais: Egunitá (Oroiná) e Xangô

50 metas espirituais

04 abril, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA COTIDIANO

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Colocar metas, sair verdadeiramente do ostracismo, trabalhar para si mesmo, no sentido de colocar em prática coisas boas que trarão resultados relevantes são primordiais para o sucesso e realizações. Quantas vezes vejo pessoas acreditando que um bom ano é um ano de bons ganhos financeiros, carro novo, opulência, enfim, mas um bom período pode ser o de uma formação nova, por exemplo, uma nova língua a ser aprendida, uns quilos a menos ao visitar a balança.

As metas, objetivos que colocamos todos os anos, quando descumpridos voltam com mais força – a força da frustração!

Muito cuidado com isso. Alie-se a quem pode te ajudar. Cobranças são muito bem vindas quando não nos colocam para baixo. Um bom amigo ou amiga que te lembre de vez em quando das suas metas vai

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muito bem, ou seja, é válido compartilhar os objetivos com alguém de confiança, de forma mútua também.

Existem metas espirituais? Claro que sim!

Não imagino nós, médiuns de Umbanda, colocando metas de “quantos atendimentos” vou fazer nesse ano… Não é disso que estamos falando. Mas por que não decidir aprender mais sobre as ERVAS? Ou fazer aquele curso de Teologia de Umbanda que vem adiando a tanto tempo porque acredito que é muito longo? Ou mesmo, a coragem e determinação para entrar, cumprir e se formar num Sacerdócio de Umbanda? Vários cursos bacanas de Magia Divina, cursos pela internet. Oportunidades não faltam.

Independente da regência astrológica e de outros fatores, todos os anos são bons pra quem trabalha direito, se mantém fiel aos seus princípios, com consciência próspera e confiança em si mesmo, em Pai Criador, nos Sagrados Orixás, em Mãe Natureza. Para quem sabe o que quer, meio caminho andado. O restante é boa vontade e transpiração!

Mesmo os anos difíceis, onde parece que os problemas não vão acabar, esses passam e dão lugar a momentos felizes e de compensação. Tudo passa, tudo fica bem. Enxergar um oásis no meio do deserto depende mais de convicção do que inteligência. Viajar o mundo todo sentado aqui não é tão difícil, principalmente na telinha do computador. Mas viajar para dentro de si mesmo é nosso desafio.

Tente lembrar o que te inspira; o que te fez feliz, o que trouxe para você paz de espírito. Faça dessas pequenas lembranças um conjunto poderoso e capaz de alimentar seus momentos difíceis. Repita melhor o que deu certo e corrija o que não foi bacana.

Para quem tem dificuldade de listar metas e colocar foco nelas, dou aqui alguns exemplos. É um pequeno resumo de mais de uma centena de coisas que são possíveis fazer sem a necessidade de pedir ajuda para ninguém. Coisas que qualquer um pode fazer para mudar o seu dia e os resultados para melhor.

1. Andar mais a pé.

2. Comida rápida (fast food) somente em último caso.

3. Fazer com que sua renda seja suficiente para manter seu custo de vida, aumentado-a ou diminuindo os gastos.

4. Cumprir as tarefas do dia nas primeiras horas.

5. Parar de beber álcool e fumar, ou pelo menos diminuir muito.

6. Falar olhando nos olhos.

7. Falar a verdade.

8. Amenizar as palavras, mesmo que seja a verdade absoluta, quando perceber que magoará alguém. Isso é generosidade.

9. Fazer exercícios regulares.

10. Nunca, mas nunca mesmo, falar de alguém pelas costas.

11. Nunca julgar alguém com peso maior do que julgaria a si mesmo. Isso é generosidade também.

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12. Mantenha sua palavra e suas promessas, principalmente para as crianças.

13. Defina metas com prazos.

14. Seja voluntário.

15. Questione os seus próprios valores e crenças.

16. Evite lugares que você tem que ficar esperando.

17. Fotografe-se sorrindo.

18. Faça seus amigos se sentirem bem.

19. Elogie mais.

20. Elogie mais ainda.

21. Finja apenas ser a pessoa que deseja ser e nunca a pessoa que você não é.

22. Perdoe, vai doer, mas mesmo assim, perdoe.

23. Seja grato, vai ser muito bom, então seja mais grato ainda. Generosidade consigo mesmo.

24. Não fale dos seus talentos, coloque-os a serviço do bem.

25. Levante mais cedo, durma mais cedo também.

26. Quando, e se disser eu te amo, que seja sem esperar que o outro diga primeiro, ou mesmo que responda.

27. Não gastar mais do que ganha.

28. Pagar dízimo para você mesmo. Isso é apenas guardar seus 10% para uma causa pessoal.

29. Economizar água.

30. Economizar energia elétrica.

31. Sorrir mais.

32. Sorrir mais para pessoas estranhas.

33. Presentear-se.

34. Responder todos os seus emails e mensagens nas redes sociais.

35. Aprender a fazer algo muito diferente do rotineiro.

36. Doar o que você não usa.

37. Descartar tudo o que não precisa, livre-se da bagunça de coisas antigas guardadas.

38. Aconselhar um amigo.

39. Receber calado um conselho de um amigo. Ouvir mais as ideias de outras pessoas.

40. Ler, reler e praticar com o livro Rituais com Ervas – Banhos, Defumações e Benzimentos

41. Ligar para alguém apenas para perguntar se está bem.

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42. Multiplicar boas notícias, pessoalmente e pelas redes sociais.

43. Livrar-se de sentimentos negativos. Generosidade e benção para si mesmo.

44. Levar café na cama para alguém, vale esposa, marido, filhos, etc.

45. Divertir-se com alguma bobagem, rir mais de piadas, mesmo sem graça.

46. Elogiar mais, sem esperar nada em troca.

47. Viver. Viver muito. Viver bastante.

48. Cantar bem alto um ponto de um Orixá ou um Guia que você goste muito.

49. Abraçar uma árvore, abraçar várias árvores, perceber que elas também te abraçam.

50. Ser feliz. Nossa maior obrigação e retribuição ao dom da vida.

Aqui listei cinquenta dicas, anote as suas também. Boa sorte, sucesso, saúde e muita alegria a todos. Bênçãos de Pai Criador e Mamãe Natureza em nossas vidas.

Muito obrigado, muito obrigado, muito obrigado!

O Amor e a Natureza

24 março, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, MAGIA, UMBANDA

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Meu Saravá, meu Axé, meus cumprimentos a todos os povos e culturas. Que Papai Criador nos abençoe.

A natureza divina é maravilhosa. Ervas não escolhem seu quintal pela raça ou classe social de seu dono para nascer espontaneamente. Uma flor desabrocha para o negro, o branco ou o amarelo da mesma forma. A chuva cai para o rico ou para o pobre do mesmo jeito. Diante de um tsunami, somos todos semelhantes sem distinção religiosa ou social.

Diante da Natureza somos todos iguais e nossas diferenças são visíveis apenas diante de nossos olhos materiais. Deus, Nosso Pai Criador, está em tudo e em todos os lugares e se manifesta de formas diferentes e variadas em toda a Natureza.

As diferentes religiões procuraram, na sua fundamentação, ordenar o conhecimento sobre as ervas de tal forma que ficasse sob seu controle e não caísse em mãos erradas. Isso é louvável do ponto de vista da necessidade de sobrevivência cultural e religiosa. No entanto, quanto do conhecimento prático não foi enterrado junto com seus detentores?

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Muitos levaram para o túmulo receitas de preparos com ervas, garrafadas, rezas e encantamentos maravilhosos. Na maioria das vezes por receio, medo mesmo, de ensinar.

Não adianta discutir a propriedade do conhecimento quando esse conhecimento está em tudo. Cada um tem uma forma de vê-lo e ativá-lo. Não adianta trazer para si a propriedade do que Nosso Pai Criador mostra a todo instante, a todos nós. As ervas trazem em si vibrações específicas, compostas, isoladas ou não, que podem ser ligadas, ativadas e acordadas de muitas formas. A magia e a religião provam isso. E cada uma tem seu valor. Os tratados de Paracelso, Dr. Bach, as pesquisas no campo botânico, os estudos étnicos trazem tudo isso pra gente.

As ervas carregam suas ligações vibratórias com os Orixás, sem dúvida nenhuma. E cada um, dentro de seu contexto, tem uma forma de ativá-las. Seja por um canto, evocação, reza, enfim, cada nicho religioso trata isso de uma forma diferente. A própria função da erva muda de um contexto para outro. São as máximas do Amor e Bom Senso é que devem ser constantes.

Amor: Fé e Respeito pelo elemento natural – Acreditar e entender que tudo na natureza tem seu aspecto positivo e negativo e dependem do uso que se dá ao elemento: o resultado e o objetivo. Use uma erva para curar e ela curará.

Bom Senso: O conhecimento básico de que a diferença entre remédio e veneno é a dose, a forma e quantidade de uso, lembrando que muitas ervas entendidas como curadoras podem ser muito tóxicas.

Banhos, defumações, práticas ritualísticas não estão imunes a essas regras, independente de religião. Use ervas de ótima qualidade e procedência, elaboradas e preparadas por quem as conhece e segue as regras de amor e bom senso. Cuidado com os enganadores.

Deus está na simplicidade das coisas e Nossos Amados Pais e Mães Orixás estão presentes em tudo, e especificamente nas ervas, carregam sua vibração com intensidade. Vamos nos servir dessas bênçãos com respeito e com certeza iremos ao encontro dos objetivos de Nosso Pai Criador: nossa evolução.

Saúde, sucesso e muita magia a todos!

Bênçãos de Mamãe Natureza em nossas vidas!

Rituais com ervas para todos os dias

06 março, 2014

Por: Adriano Camargo

Page 37: Blog Do Erveiro

CATEGORIA ERVAS, MAGIA

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Vamos agora, juntos, fazer um estudo de caso, apenas ilustrativo, mas muito próximo à nossa realidade. Usaremos esse estudo de caso para ilustrar como as ervas podem nos ajudar na prática.

É muito comum as pessoas, ou nós mesmos, acharmos que precisamos de uma energia específica, por exemplo de prosperidade, e na ansiedade de resolver logo o problema (a falta de prosperidade), usamos rituais, rezas, banhos, defumações, simpatias, enfim uma gama de opções para assim, atingirmos nossa expectativa e resolver o problema.

No entanto, é comum após tudo isso, o resultado ser bastante aquém do esperado. E porque isso acontece?

A primeira opção é realmente o merecimento da pessoa. Nem tudo o que fazemos com intenção direta é prontamente atendido por questões que nem sempre temos consciência ou condição de definir. O merecimento está ligado às nossas opções espirituais, aquelas que escolhemos antes de encarnarmos, e também aos recursos que a Lei Divina nos faculta para cumprirmos nossa missão na Terra. É difícil de entender, não é?

Mas se a Lei Divina, a Lei de Causa e Efeito, entender que naquele momento a tão desejada prosperidade não trará a vivenciação necessária à sua ou à minha evolução, esqueça. A coisa não é exatamente como nós queremos, na hora que queremos.

Isso não quer dizer que temos que nos conformar e dizer que “é assim mesmo”. Podemos mudar nosso destino, ou carma, mudando nosso comportamento diante da vida. Lembremos a máxima: “Se você quer um resultado que nunca teve, terá que fazer coisas que nunca fez.” Isso inclui mudar determinados comportamentos viciados.

A outra opção, e bem mais provável, é aquela de que normalmente estamos impermeáveis à energia específica. Como assim?

Para explicar melhor, vamos usar como analogia, a limpeza de um salão. O piso está todo sujo de óleo e graxa. Como podemos encerá-lo e fazer com que a cera tenha efeito? É necessário limpar antes para que a cera “pegue” nesse piso. Usamos nesse caso um solvente, um ácido ou algo parecido, com poder agressivo contra a graxa e óleo.

Muitas vezes nosso campo astral está desse jeito: invadido por formações astrais, acúmulos energéticos que criam à nossa volta, verdadeira casca densa que torna nosso espírito impermeável, isolado e impossibilitado de receber qualquer tipo de energia específica, como a que citamos, de prosperidade.

Assim como o piso de nosso salão, ele precisa de um tratamento de choque. Algo que vai diluir esse cascão e permitir que a energia específica possa ser aplicada. Então, após limparmos esse ambiente com ácido solvente, lavamos e preparamos o piso para receber a cera, que é nosso objetivo. Antes, porém, precisamos secá-lo e deixá-lo pronto para receber a cera.

Esse processo de preparação, em nosso campo astral, pode ser entendido com o equilíbrio necessário para receber a energia específica. É muitas vezes fortalecer o espírito para que ele possa aproveitar com plenitude a energia que lhe será proporcionada.

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Após isso, poderemos administrar o específico, no caso o ritual para prosperidade, que assim, o espírito estará apto, pronto mesmo para recebê-lo e aproveitar seu benefício. Vamos dar como exemplo prático, um processo onde podemos nos preparar para receber a energia específica.

Não podemos esquecer que, se exagerarmos no uso do ácido solvente, ele ao invés de apenas retirar a graxa e o óleo, retirará também o esmalte do piso, até furando-o dependendo do número de vezes que é usado. É exatamente por isso que devemos evitar o uso de ervas com características agressivas no chacra coronal. Na verdade, elas podem ser usadas, desde que respeitem esse critério. Se usadas em exagero, causam mais mal do que bem. É o caso do sal, como já dissemos noutras oportunidades.

Ritual de limpeza e energização com ervas

1o. Dia – Limpeza profunda

O primeiro dia é bastante importante, dependendo da gravidade da atuação, precisará ser repetido. Usamos as ervas sempre em número ímpar, por entender que são desagregadoras. Três, cinco, sete, nove, etc. Não precisamos exagerar. Normalmente três ervas são suficientes para uma boa limpeza. Sete podem ser usadas para uma limpeza bastante completa.

Use o bom senso e dentro dos exemplos que darei a seguir, escolha o número de ervas necessário para a limpeza profunda:

Arruda, Guiné,Quebra Demanda, Espadas de São Jorge e Santa Bárbara, Pinhão Roxo, Casca de Alho, Casca de Cebola, Fumo (de corda ou folha), Casca de Angico, Casca da Jurema, Erva de Bicho, Dandá, etc

Os preparos seguem os critérios descritos em banhos e defumações.

Defumamos nossa casa, as pessoas que moram nela, preparamos os banhos e além de tomá-los, também banhamos nossa casa. Passamos no chão, nos batentes de portas e janelas com um pano limpo. Os resíduos devem ser jogados fora de casa. Devolvidos à terra ou a um rio. Lembre-se das rezas para esse processo.

Podemos começar esse processo, ou seja, o primeiro dia de limpeza profunda, pode ser qualquer dia da semana. Às vezes, ficamos presos aos rituais de dias da semana, fases da lua, etc, e esquecemos que não há dia para pegarmos uma gripe, por exemplo. Todos os dias são consagrados a Deus, nosso amado Pai Criador e não há momento específico para amá-Lo. Da mesma forma que não há o porque esperar mais um dia para fazer um banho ou defumação de limpeza, por não estar no dia certo. Faça e acredite! Se você acredita ser a segunda-feira um bom dia, faça. Se acredita ser a terça-feira, a quarta-feira, enfim qualquer que seja o dia da semana, pode ter certeza que as ervas responderão.

2o dia – Equilíbrio e energização

Não menos importante que o anterior, esse processo visa, como o nome diz, equilibrar o ambiente ou a pessoa para que assim, energizado e equilibrado, possa receber a energia específica. Elas podem ser usadas em número ímpar ou par, sem distinção. Essas ervas também podem ser usadas sem a preocupação de se tornarem um elemento agressivo, como as anteriores.

Tem uma característica bastante interessante: podem ser usadas sozinhas, como elementos de “manutenção energética”. Ervas para uso no dia a dia.

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Vamos às ervas:

Sálvia, Alecrim, Alfazema, Hortelã, Calêndula, Abre caminho, Samambaias, todas as flores de pétalas claras, etc

Uma característica interessante dessas ervas é que elas são verdadeiro antídoto no caso do uso exagerado das ervas agressivas ou do sal. A simples presença de uma dessas ervas num preparo com as agressivas, faz com que seu campo astral se estabilize. A Sálvia, por exemplo, pode ser usada para defumação sozinha. Coloque-a num recipiente refratário e coloque fogo diretamente na erva seca. Assopre ou abane e veja como rapidamente você terá uma defumação com apenas uma erva, e não por isso menos eficiente.

Não esqueça das rezas apropriadas para o preparo e as determinações que direcionarão a ação da erva.

3o dia – Específico

Agora sim você estará preparado para o ritual especifico. Limpo e equilibrado, seu campo astral estará preparado para receber a energia específica, para aquilo que inicialmente você acreditava que era o seu único objetivo. É claro que até aqui, com certeza se sentirá bem melhor. Levando em consideração que muitos problemas que enfrentamos são causados por vibrações negativas que desconhecemos e que nos atrapalham sem percebermos.

Somente a limpeza já trará um alívio bastante importante. Porque o espírito liberto, pode pensar e agir melhor, assim tomando as melhores decisões na vida. Algumas ervas usadas especificamente:

Prosperidade: Folhas de laranjeira, Folhas de louro, Carapiá.

Atração pessoal feminina: Rosa Vermelha, Malva, Maçã.

Atração pessoal masculina: Folhas de café, Hortelã, Folhas de gengibre.

Saúde: Assa peixe, Cânfora (folhas), Boldo.

Calmante: Melissa, Camomila, Alecrim.

Fortalecimento da mediunidade: Rosa Branca, Jasmim, Anis Estrelado.

Esse são alguns exemplos de ervas usadas em casos específicos. Há muitas outras ervas, e se houver necessidade do uso de outras ervas, cabe ao manipulador pesquisar, dentro das regras do amor e bom senso, quais são essas ervas.

Vale lembrar que temos uma diversidade identificada pela Botânica de cerca de quatrocentos mil tipos de ervas. Não precisamos de todas elas para nosso uso. Mesmo porque uma vida inteira seria insuficiente para isso.

Temos nesses exemplos um universo de possibilidades. Garanto que com esse pequeno número de ervas aqui citadas, teremos trabalho por um longo tempo, seja para defesa ou manutenção energética diária

Podemos também unir as ervas usadas para limpeza pesada e as usadas para equilíbrio e energização em um único preparo, banho ou defumação. Esse processo é muito conhecido como banho ou defumação de defesa. Use sua criatividade baseado nas regras de amor e bom senso. Não deixe que as

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facilidades dos preparos prontos sejam suas práticas somente. Há bons preparos prontos no mercado, mas faça os seus próprios preparos e verá a força ativa que terá em suas mãos.

As ervas equilibradoras podem e devem ser usadas no dia a dia, para limpeza leve e manutenção dos corpos astrais. São excelentes limpadores leves e energizadores.

Saúde, sucesso, alegria e muitos rituais a todos! Saravá!

As Ervas e os Orixás

05 fevereiro, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, MAGIA

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Salve turminha das ervas! Já diziam os filósofos que os semelhantes se atraem, e aprendemos isso dia a dia dentro da religião de Umbanda. Cada um capta não só o conhecimento, mas toda a renovação, a alegria da mudança, a novidade do renascer de uma forma, de acordo com sua capacidade de assimilação e, acima de tudo, de acordo com sua vontade de aprender, de sair do quadradinho em que se encontra e alçar vôos mais altos.

Um desconhecido iniciado disse uma vez: “A sabedoria é como uma flor da qual a abelha fabrica o mel e a aranha, o veneno, cada um de acordo com sua natureza.” Baseado nisso, vamos dar bom uso à essas bênçãos do conhecimento, para passar a simplicidade do conhecimento sobre as ervas.

Insisto em dizer: simplicidade não é simplismo; é entendermos que as coisas de Deus são simples.

Nosso Amado Pai Criador se manifesta no simples. Nós, seres humanos ainda na busca da perfeição, é que gostamos de complicar, valorizar, dar efeito àquilo que já é divino por si só. Vejo o uso das ervas ser definido em torno de dogmas e preceitos religiosos. Vejo e sinto os ataques dos pseudo conhecedores desse universo natural, dizendo que o que fazemos é heresia. No entanto, estamos aqui, firmes e fortes, levando essa bandeira adiante.

Quem estiver preparado para isso, junte-se à nós, venham para nossos cursos, leiam nossos livros, venham sentir em seus espíritos a Essência Divina das ervas. Permitam a suas almas o despertar para esse conhecimento simples que é de todos nós, pois senão, a erva cresceria apenas no quintal do iniciado, e não em todos os lugares.

Para não perder o costume, vamos falar um pouco sobre as ervas e os Orixás.

É fato e verdadeiro que cada Orixá tem sua erva, mas é fato também que cada erva pertença aos seus Orixás. Aprendemos muito observando. Deus se manifesta de formas variadíssimas na Criação. Seus elementos concentram suas energias individuais ou sentidos: a Fé, o Amor, o Conhecimento, a Justiça (ou Razão), a Lei (ou Ordem), a Evolução (ou Sabedoria), a Geração (ou Vida). Respectivamente nos seus elementos são: Cristal, Mineral, Vegetal, Fogo, Ar, Terra, Água.

Ao Elemento Vegetal é atribuído o sentido Divino do Conhecimento, e é simples entendermos isso vendo pelo próprio ângulo da ciência. Os vegetais habitam o planeta a cerca de quatrocentos milhões

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de anos, ou seja, estavam aqui muito antes do surgimento do homem (ser humano), como é conhecido hoje. A estrutura orgânica espiritual das ervas permite que sejam animadas por um espírito próprio, não como o humano, mas uma Imanência Divina com capacidade de ação e reação, um pouco diferente dos outros elementos.

Esse organismo espiritual participou passivamente de todas as mudanças e transformações que ocorreram no planeta. Acompanhou a evolução do homem nesse milhares e milhares de anos. Viu tudo, aprendeu com tudo e guardou em seus registros ancestrais. Ou seja, o vegetal sabe, conhece o homem, o planeta e sua história melhor que ele mesmo.

Ao Orixá Oxóssi é atribuído o Sentido do Conhecimento; é o Sagrado Guardião dos Vegetais e do Saber Divino. Se Oxóssi é esse Pai, manifestador do Saber Divino, com certeza é o guardião de nossas histórias ancestrais. E se cada Orixá tem sua erva, cada uma delas conhece e guarda em si, a parte correspondente ao Orixá, relativa a sua manifestação Divina desde que o mundo é mundo.

Resumindo, uma erva é atribuída a Oxalá, por exemplo, por reunir em sua energia individual, elementos manifestadores, através do vegetal, das energias desse Orixá.

Uma erva de Oxalá é, acima de qualquer outra ação, cristalizadora e ativadora da Fé; construtora e formadora de outras energias, assentadora de forças e de outros fatores Divinos, assim como Oxalá. Como qualquer energia, tem seu aspecto positivo e negativo. É só lembrarmos quem são os manipuladores naturais dos aspectos negativos das energias que entenderemos porque algumas ervas são atribuídas a Exu ou Pombagira.

É isso turma, recomendo que aprendam, estudem, busquem e verão como esse fantástico universo se abre diante de seus olhos.

Saúde, sucesso e muito conhecimento a todos!

“Defuma com as ervas da Jurema…”

22 janeiro, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, MAGIA

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Entoando o cântico da Jurema, o aparentemente simples carvão em brasa se torna elemento-veículo para que as ervas secas – material já transformado – novamente entre em ritmo de transformação, desta vez se fundindo e liberando no elemento eólico (ar) suas qualidades curativas e equilibradoras, profiláticas e limpadoras dos campos astrais mais sutis, mais externos e dissolvedoras dos acúmulos de organismos insensíveis ao elemento aquático.

Essa cena é muito comum nas casas umbandistas. Normalmente, os trabalhos de caridade são precedidos de uma boa defumação. Ela prepara o ambiente, o astral dos médiuns, e há quem possa ver o movimento no Astral espiritual e que confirme todos os espíritos que irão trabalhar na sessão daquele dia, se defumam também na contraparte etérica, e além de se defumar, guardam em dispositivos

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armazenadores astrais, uma boa parte das essências vegetais-eólicas, para posterior uso durante os passes.

Tão antigo quanto os banhos, as defumações aliam dois elementos importantes no trato com as ervas: o fogo e o ar. O elemento vegetal não combina com o fogo. O fogo é elemento oposto ao vegetal. Essa afirmação é verdadeira quando falamos do vegetal in natura, a erva fresca. Como já dissemos, a erva fresca tem uma grande concentração de água. Em verdade, é esse o componente oposto ao fogo, a água contida no vegetal.

Já dissemos anteriormente que a erva seca passou por uma transformação, pois do seu organismo material foi retirado a água. Isso faz com que a erva, já seca, possa fundir-se ao elemento ígneo assim resultando em um sub-elemento importantíssimo: a fumaça (ar).

O ar é o segundo elemento mais importante por onde a energia vegetal se propaga. O ar é o expansor dessa força viva. Por ele, propagam-se os aromas e as essências vibratórias vegetais.

Preparar uma defumação pode parecer tarefa para poucos, mas não é não. Você vai precisar de carvão, esse usado para churrasco mesmo; um pouco de álcool de boa qualidade, ou álcool em gel, preferencialmente que não contenha mais água que álcool; e um incensário, também chamado de turíbulo, de qualquer material, ou melhor e mais barato ainda, aquela latinha de chocolate em pó que sobrou.

Preparação das ervas

As ervas já devem estar separadas na quantidade necessária para a defumação, ou seja, um punhado de cada ou mais, dependendo do tamanho do lugar a ser defumado e do número de pessoas presentes. O número de ervas a ser utilizado depende da finalidade da defumação. Um preparo limpador de ambientes e de pessoas sempre deve ter número ímpar de ervas; por se tratar de desfazer algo, o ímpar é o número da desagregação. Um preparo harmonizador e equilibrador pode ter número ímpar ou par. Um preparo atrator de sentimentos, prosperidade, energético, deve ter sempre número par. Siga sua intuição, ela é sua melhor orientação.

Ao separar as ervas, coloque-as em recipiente próprio, que pode ser uma pequena bacia, um pote plástico, enfim o que você tiver à mão. Misture-as com as mãos e vá mentalizando aquilo que você quer que ela (a defumação) realize. Sinta a erva em suas mãos e deixe as energias vegetais envolvê-lo. Faça a reza para acordar a erva seca e a reza ativadora do fogo. Para defumações de limpeza e descarga de ambientes, sempre caminhar com a fumaça de dentro para fora da casa, ou seja, dos fundos da casa em direção à porta de saída, passando por todos as dependências. Deixando o incensário, se possível do lado de fora.

Se for apartamento ou algum lugar onde não possa proceder dessa forma, deixe dentro mesmo. Não é esse ato que irá mudar a ação, é seu comportamento espiritual de Amor e Bom Senso. Se o objetivo da fumaçada é abrir os caminhos, harmonizar e equilibrar os ambientes, energizar o local e as pessoas, faça o contrário: defume da porta de entrada em direção ao fundo da casa, passando por todos os cômodos. Coloque as ervas sobre o carvão e defume.

Se quiser, cante pontos de Jurema ou reze durante a defumação, pedindo tudo aquilo que é o objetivo da magia. Sempre me perguntam sobre os incensos e defumadores comerciais e mesmo os artesanais. Você pode usá-los sem problemas, mas eu recomendo que sinta primeiro o uso do produto pronto e daquele que você mesmo vai preparar. Veja com qual você percebe o melhor resultado. Isso é muito

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pessoal. Faça a ativação do incenso ou defumador em tablete, da mesma forma que faria da defumação preparada por você.

Ao acendê-lo, mentalize uma aura energética que pode ser verde, dourada, azulada ou cor de rosa, em volta do incenso e deixe sua fumaça carregar essa aura por onde se expandir.

Ervas e sua utilização por Exus, Pombagiras e Exus Mirins

09 janeiro, 2014

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, MAGIA

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Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas nas ervas. Que a benção de Mamãe Natureza seja em vós todos como é em mim. O maior desafio de escrever sobre as ervas é passar para o papel, transformar em palavras, o sentimento que aflora ao manipulá-las.

Sabemos que no contexto religioso há regras para essa manipulação. O preparo dos banhos e defumações requer ligação a esse contexto e respeito às essas regras. No entanto, as ervas estão à disposição dos que se conduzem pelo amor e bom senso. Respondem ao propósito do seu manipulador e colocam-se como poder realizador na vida humana.

Chás e preparos terapêuticos tem encantado a humanidade desde que o mundo é mundo. Dos egípcios aos gregos e dos orientais aos africanos, temos herdado o conhecimento de forma empírica, no boca a boca, e temos usado as ervas muitas vezes respeitando dogmas que não são da religião que praticamos. Identificar a relação Erva x Orixá é uma arte e os grandes artistas tem contribuído significativamente para nossa cultura. É importante lembrarmos que o que vale nessa identificação é o ponto de vista.

A partir do ponto de vista é que se estabelece essa relação. Se o manipulador, em seu contexto religioso, não cultua nossa amada mãe Orixá Egunitá, como ele poderia identificar uma erva ligada a essa mãe?

Muito da identificação das ervas passou pelo crivo do bom senso, cultura, ponto de vista, conhecimentos, habilidade e atitudes dos seus identificadores. Uma erva que foi usada em seu aspecto negativo para paralisar a evolução de alguém, naturalmente pode ser associada erroneamente a Exu, pois a Ele se atribuem todos os aspectos negativos dos seus evocadores humanos. No entanto, essa erva pode pertencer a um Orixá positivo, a Oxalá por exemplo, e ser manipulada por Exu apenas em seu aspecto negativo. Isso é mais comum do que imaginamos.

Associar, atribuir e definir uma erva como sendo de Exu, Pombagira ou Exu Mirim é no mínimo passível de análise mais profunda, pois esses Mistérios Divinos respondem pelos aspectos negativos de toda Criação. Podemos sim associar ervas a essas entidades e defini-las como “preferenciais”. Essa preferência se dá principalmente pela velocidade que responde em sua ativação. Existem ervas que respondem mais ou menos rápido, dependendo do Orixá, Linha de trabalho, ou melhor, a energia de propósito a qual é submetida.

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Vou dar um exemplo: a rosa branca é atribuída a Oxalá, tradicionalmente certo? Todas as rosas são de Oxum. O que define seu melhor (ou mais rápido) envolvimento vibratório é o pigmento contido em suas pétalas, que indicam seu campo energético de ação. Resumindo, seu Orixá. Então, temos que rosa branca é de Oxum e de Oxalá.

Por definição, oferendamos também Mãe Iemanjá com rosas brancas. Mas nós não podemos dizer categoricamente que as rosas brancas são de Iemanjá, mas ela “aceita” essa oferenda, assim como Caboclos, Pretos Velhos e Crianças aceitam rosas brancas em seus fundamentos e oferendas.

Podemos então concluir, a partir do nosso ponto de vista e bom senso que, as rosas brancas são de Oxalá quando oferendadas a Oxalá; de Iemanjá quando oferendadas a Oxalá, e a Oxum e Oxalá por definição energética.

Assim funciona uma erva de Exu. Sendo o manipulador dos aspectos energo-magnéticos negativos dos elementos, poderia até manipular uma rosa branca. Mas a velocidade que essa rosa responderia iria contra os propósitos de Exu.

Já a rosa vermelha é exatamente igual. Pertence a Oxum por definição, manipulada por Pombagira em seu aspecto “estimulador”, mas pode ser associada também às vibrações ígneas. As Pombagira tiram das rosas vermelhas em velocidade incrível aquilo que precisam para seus trabalhos no plano material. Sendo assim, a associação natural de rosa vermelha com Pombagira está corretíssima.

Mas podemos oferendar Mãe Oxum e outras mães Orixás com rosas vermelhas, ok? Vamos dar algumas ervas preferenciais dessas vibrações à esquerda:

Orixá Exu

Ervas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.

Verbos atuantes: Vitalizar, desvitalizar, escurecer, sufocar, extinguir, arrastar, atrofiar, separar, dividir, cair, cobrar, convencer, obstruir, tapar, entre muitos outros.

Orixá Pombagira

Ervas preferenciais: Patchouly, malva rosa, rosa vermelha, canela, amora, hibisco, pitanga, entre muitas outras.

Verbos atuantes: Estimular, desestimular, desenvolver, alegrar, esterilizar, excitar, entre muitos outros.

Orixá Exu Mirim

Ervas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, carapiá, laranja seca, limão, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.

Verbos atuantes: Ganhar, ocultar, complicar, descomplicar, desenrolar, entre muitos outros.

Não vamos aqui limitar a atuação desses Mistérios Divinos, apenas pontuar alguns elementos que são adequados à sua vibração, em velocidade e tempo de resposta.

Page 45: Blog Do Erveiro

É isso, leiam e releiam esse texto e compreendam nas linhas e entrelinhas o uso das ervas para nossos amados Exus, Pombagiras e Exus Mirins.

Que Eles, em nome de Nosso Pai Criador, possam nos abençoar em vitalidade, estímulo e ganho verdadeiro.

Sucesso, saúde e muita alegria à todos!

Axé de Fim de Ano

13 dezembro, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, MAGIA

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Estamos chegando no final de mais um ano e é hora de refletirmos sobre o que fizemos de bom nesse ano que passou. É hora de pesarmos o quanto fomos importantes e quanto fizemos de diferença na vida de nossos irmãos de caminhada evolutiva.

Espero, de coração, que esse espaço tenha sido útil a vocês, amigos leitores. Espero que cada um possa ter feito bom uso de pelo menos um pouquinho desse minúsculo conhecimento que procuro compartilhar aqui a cada quinze dias. Vamos então aproveitar para falar um pouco do Natal e Ano Novo.

Natal é época de renovação, renascimento e hora de pesar na balança da realidade o plantio e a colheita resultantes de nossos atos no último ano. Aproveitem essa data para banhos e defumações com folhas de Graviola, que são altamente renovadoras, e com flor de Jasmim, que é um poderoso equilibrador dos chacras e ativador da sensibilidade, o que deixará sua mente mais solta para essa autoanálise.

Natal é encontro da família, momento para reconciliação, para praticarmos o perdão e o autoperdão. É isso mesmo; aproveitar o clima de harmonia para deixarmos de lado as divergências do dia a dia e abraçarmos nossos opositores como irmãos, mesmo que à distância. Famílias cuja energia da casa é de constante desarmonia podem usar, nos três dias que antecedem o Natal, defumação de Pitanga,Espada de São Jorge, Sálvia, Guiné e Fumo de Corda. Essa combinação pode também ser usada na forma de banhos para todos os que moram na casa.

Nos três dias que antecedem o ano novo, banhos e defumações de Alfazema, Alecrim, Anis Estrelado, Louro, uma pitada de açúcar e um punhadinho de Arroz cru. Não deixem de enfeitar suas mesas de Natal e Ano Novo com muitas ervas. Pratinhos de madeira enfeitados com Anis e Folhas de Louro. Cachos de Uva decorados com folhas de Hortelã também ficam muito bem. Enfim, abusem da criatividade e não esqueçam das ervas.

Prática comum também é um bom banho de limpeza na manhã do dia 31, com Arruda, Guiné, Espada de São Jorge, Bagaço de Cana e Pinhão-Roxo. São ervas para limpeza energética profunda. E, à tarde, um bom banho de Calêndula, Manjericão, Louro, Sálvia e Carapiá, pra entrar o Ano Novo com o pé direito. Façam com Fé e com muito Amor e boa sorte!

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Não poderia deixar de agradecer os e-mails e postagens que recebemos pedindo orientação e dando sugestões. E também todos os alunos do cursos de ervas que durante os últimos 13 anos estiveram dispostos a atender o chamado natural e se tornar mais um ser humano consciente de sua condição e capacidade dentro do seu universo pessoal.

Muito obrigado a todos que de alguma forma influenciaram nosso trabalho nesse ano, todas as manifestações são válidas, se não nos motivam diretamente porque são negativas ou até mesmo maldosas, fazem a gente melhorar e continuar sempre.

Um maravilhoso Natal, um Ano Novo bem cheiroso (de ervas) e até o ano que vem. O trabalho continua!

Muitas novidades por aí! Sucesso e muita renovação!

Energia das Ervas

21 novembro, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, MAGIA

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As energias, o magnetismo e os mitos das ervas. A identificação das ervas em relação ao seu uso ritualístico é sempre cercada dos dogmas relativos à religião (origem) a qual está fazendo uso do elemento.

Dentre esses dogmas, é muito comum ouvirmos aquelas máximas que dizem: não pode tomar banho de ervas na cabeça, não pode fazer banhos em panela de alumínio, filho de determinado Orixá não pode usar erva de outro Orixá, etc.

Por isso, e para começarmos a desenhar uma linha de raciocínio em relação ao uso das ervas dentro da Umbanda, vamos entender a energia presente na vibração do Orixá e a energia presente na vibração da erva.

Uma erva é atribuída a um Orixá por analogia vibratória. As ervas são organismos vivos, não só materialmente falando, mas há uma vida espiritual relativa contida na erva. Digo relativa para não confundirmos com vida humana, não é isso: é a presença da Imanência Divina, o espírito vivo de Deus que anima a tudo. E esse espírito vivo contém características energéticas definidas pela vibração que causa ao seu externo. Em contato com outros organismos vivos, tende a passar essa vibração, como que contagiando os

organismos à sua volta.

Explicando um pouco melhor, uma determinada erva carrega um princípio energético/magnético oculto (de energia e magnetismo) capaz de promover, por transmissão, o poder realizador que carrega em si em tudo o que tocar, a partir do momento que esse receptor esteja apto a também se magnetizar e se energizar nesse princípio.

E então, o mundo maravilhoso das ervas terá início para você!

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Evocações – Nanã Buruquê

07 novembro, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, MAGIA, RITUAIS

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Salve sagrado irmãozinho e irmãzinha nas ervas!

Recentemente falamos dos Amacis, as águas de lavagem de cabeça, fundamento na Umbanda e nos diversos cultos a Orixás. Um preparo com ervas não é uma prática solta; requer uma base litúrgica ou um campo iniciático para que sua aplicação desencadeie o efeito desejado.

É função do sacerdote desenvolver em seus comandados o desejo para a realização dessas práticas, fundamentos da Umbanda, de forma correta e principalmente com envolvimento necessário para que o resultado seja satisfatório.

Estamos caminhando para a facilitação dos processos e procedimentos, não com o intuito de negligenciar as práticas ou relegá-las ao desleixo, mas com a intenção de que todos possam ter acesso a prática natural, com dogmas aceitáveis e confiáveis, não apenas o fazer por fazer, mas o fazer por amor, com propósito claro e bem definido.

Um Banho, Amaci ou Defumação preparados com propósito, são imantados, magnetizados mesmo, com a vibração e a intenção de quem os preparou e seu direcionamento claro determina a qualidade do resultado.

Nós movemos energia com nossa mente, mas temos um problema sério de concentração.

Quando falo dessa função sacerdotal, falo principalmente de desenvolver nas pessoas que vão fazer essas práticas, essa concentração, esse foco. Quantos consulentes não tentam passar para o “Guia”, ou mesmo para o médium, a responsabilidade do resultado que gostariam de ter em sua vida? Quando recomendar que alguém tome um Banho de ervas, ou mesmo faça uma Defumação, é importante dividir a responsabilidade do bom resultado: o foco, objetivo, propósito.

Nossos irmãos dos Cultos de Nação têm nas rezas e cânticos em Iorubá uma forma única de ativar os processos com ervas ou outros elementos naturais.

Na Umbanda, vale lembrar que é importante para quem vai manipular as ervas, ou outro elemento, que exija uma reza evocatória; e que a reza possa ser modificada de acordo com seu coração.

Isso mesmo! A ordem das palavras não altera o conteúdo, ou seja, se você preferir evocar de outra forma, não há problema, prestando atenção na força, ou divindade evocada. E melhor ainda, faça sua próprias evocações baseadas nas que colocamos aqui como exemplo e adapte suas palavras de acordo com o que fique mais fácil para você memorizá-las.

Vamos a alguns exemplos:

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Evocação Básica (Geral):

Eu evoco Deus, nosso amado Pai Criador, evoco a Mãe Terra, vossas forças vegetais, o sagrado espírito vegetal e peço que abençoe esse Banho, Defumação, Chá, etc., para o meu benefício e benefício de meus semelhantes, assim seja, e assim será.

Evocação Para Ativar a Defumação:

Divino Pai Criador, Mãe Terra, forças da Jurema, peço que abençoem essa defumação tornando-a força viva e ativa para a limpeza e equilíbrio dessa casa, e das pessoas aqui presentes. Assim seja e assim será.

Evocação Para se Preparar Para um Trabalho com Ervas:

Ajoelhar-se e com as palmas das mãos voltadas para o alto: Senhor meu Deus, meu Pai Criador, Amada Mãe Terra, Amados mestres inspiradores do astral superior. Grande foco divino que a tudo anima, peço que me envolva nas vossas vibrações de luz, de amor e caridade e faça de mim uma extensão do vosso amor e de vossa força curadora, para meu benefício e de meus semelhantes. Assim seja e assim será.

Orixá: Nanã Buroquê

Elemento: Água/Terra

Sentido Divino: Evolução

Fator principal: Decantador e transmutador

Atribuição: Transformar os seres paralisados em sua evolução através da decantação dos sentidos negativados.

Ervas Quentes: Cipó suma, pinhão roxo, chorão e peregun roxo, etc.

Verbos atuantes nas ervas quentes: Afogar, decantar, alagar, etc.

Ervas Mornas: Alfavaca, Alfazema, Assa Peixe, Bardana Folhas, Camomila Flor, Cana do Brejo, Capim Rosário, Confrei, Erva de Sta Maria – Mentruz, Hibisco Flor, Mulungu Casca / Raiz, Noz Moscada, Sete Sangrias, Trapoeraba, etc.

Verbos atuantes nas ervas mornas: Apaziguar, regenerar, renovar, converter, amadurecer, etc.

Frutas e alimentos: Figo roxo, melão, mamão e arroz.

Flores: Campânula, trapoeraba, violeta, manacá da serra e hibisco.

Portais de Cura: Folhas de chorão, agulhas antigas, água mineral ou de rio, velas lilases.

Banho / Amaci – Purificador ou Cura: Folhas de chorão, eucalipto,

Banho / Amaci – Apresentação, Gira ou Iniciação: Alfavaca cravo, bardana, assa peixe, macela, noz moscada, trapoeraba, camomila e hibisco.

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Firmeza à esquerda: Tesouras velhas, agulhas antigas, olho de cabra, olho de boi

Preparo do Amaci – Parte 1

16 outubro, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA MAGIA, RITUAIS

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Salve sagrado leitor e amigo. Irmãos e irmãs em Mamãe Natureza!

Aqui não inventamos nada. Seguimos apenas a lógica da Criação Divina e a interpretamos conforme nosso ponto de vista, que é baseado em vivência, experimentação e propósito – que nunca deixou de ser o de levar conhecimento simples e objetivo.

Já falamos em outras oportunidades sobre Amaci, mas é um assunto sempre pertinente e vale repeti-lo.

Os Amacis são assim chamados as águas de lavagem de cabeça que tem várias funções dentro dos rituais afro-religiosos e seus descendentes litúrgicos como a Umbanda. Como o nome já diz, “água de lavagem de cabeça, ou água para o ori”, preparados especialmente para o uso na cabeça, no chacra coronário.

Dentro da Umbanda, o consagrado uso dos banhos, tomados em reservado, cada um em suas próprias casas, após seu banho normal, utilizando-se para tanto ervas e outros elementos, e serve como forma de trazer para o campo astral individual as vibrações, sejam dos Orixás, ou vibrações específicas desencadeadoras de ações (verbos) que acentuam nos campos vibratórios naturais humanos a força dessa ação.

Os banhos não requerem um conhecimento tão profundo, tanto que são recomendados pelos próprios Guias para que sejam usados pelos consulentes em suas casas. A forma de uso segue o padrão que a entidade (Guia) achar necessário, ou que a própria pessoa e suas convicções acreditem ser o necessário: fervido ou não fervido; da cabeça aos pés ou do pescoço para baixo, etc.

Já os chamados “Amacis”, tem funções literalmente específicas e seguem um padrão religioso-doutrinário próprio de cada casa, dirigente, propósito, enfim, há centenas, ou quem sabe até milhares de formas e objetivos para se preparar um Amaci. Eles podem ser coletivos ou individuais e o que vai determinar isso é exatamente o que citamos acima: o propósito e a convicção de quem o está preparando e quem irá recebê-lo.

Vale lembrar também que é uma questão de respeito e confiança receber um Amaci na cabeça. Esse ato litúrgico, honra o sacerdote e sua casa. Aplicar um Amaci na cabeça de um iniciando é um ato de muita força dentro dos Templos, e requer disciplina e retidão para que seja atingido seu objetivo. Não se usa um Amaci apenas “por usar”; é importante que se estabeleça um objetivo claro para o preparo. No próximo artigo, falaremos sobre os tipos de Amacis que podem ser usados.

É isso turminha, benção de Papais e Mamães Orixás em nossa vida !

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Sucesso e muita saúde a todos!

Exemplo de Amaci – Orixá Iansã

Iansã é a aplicadora da Lei na vida dos seres emocionados pelos vícios. Seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres: ela os esgota e os redireciona, abrindo-lhes novos campos por onde evoluirão de forma menos emocional.

Elemento: Ar (em movimento, a ventania)

Sentido Divino: Lei

Fator principal: Direcionador, movimentador

Atribuição: Direcionar e movimentar os seres no sentido evolutivo

Ervas Quentes: buchinha do norte, cânfora, espada de Santa Bárbara, quebra demanda, mamona, picão preto, bambu, fumo (tabaco), para raio (Santa Bárbara), tiririca, vence demanda, pinhão roxo.

Verbos atuantes nas ervas quentes: arrastar, arrebatar, dissipar, fulminar e remover.

Ervas Mornas: pitanga folha, peregun rajado, alfavaca, calêndula, camomila, cana do brejo, capuchinha, cidreira, cavalinha, chapéu de couro, cipó cravo, cipó s. joão, santa luzia, girassol semente, imburana, jurubeba, laranjeira, losna, sabugueiro, folha do fogo e pinhão branco.

Verbos atuantes nas ervas mornas: mover, movimentar, direcionar, espalhar, empurrar, agir e vibrar.

Flores: impatiens, palmas amarelas e vermelhas, açucena, tulipa, primavera (bougainvilea).

Frutas e alimentos: pitanga, laranja, abacaxi, grãos.

Banho / Amaci – purificador ou cura: Artemísia, losna, mamona, bambu folhas, cana folhas, tabaco, para raio.

Banho / Amaci – apresentação, gira ou iniciação: pitanga, eucalipto, peregun verde-amarelo, santa luzia, sabugueiro, laranjeira, girassol flor.

Firmeza à esquerda: olho de boi, valeriana, folhas variadas secas no tempo, pimentas.

Portais de cura: água de chuva, velas amarelas e vermelhas, pimentas amarelas, pedaços de bambu, flores.

Preparo do Amaci – Parte 2

23 outubro, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA MAGIA, RITUAIS

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Como prometido, continuamos o tema da semana passada: os amacis. Como dissemos, não se usa um amaci apenas por usar; é importante que se estabeleça um objetivo claro para o preparo. Vamos citar alguns desses objetivos, mas não são os únicos, pois pode haver uma infinidade de motivos e formas de se preparar um amaci:

Amaci de preparação para apresentação

Muito comum na Umbanda da atualidade, este amaci consiste em folhas, cascas, sementes, frutos, etc, maceradas (quinadas, amassadas, trituradas), preparadas, caso sejam pelo próprio dirigente, com antecedência e deixadas na frente do congá, em iluminação de velas nas cores do Orixá regente da vibração. É usado nos Cultos e Giras coletivas, onde todos serão apresentados, em sua mediunidade, à vibração daquele Orixá. Normalmente é colocado no ori o qual é protegido com um pano branco ou uma cobertura adequada.

Nota – Percebo ainda hoje, mesmo sendo abençoados com tantas informações, muitos irmãos que questionam o uso dos amacis coletivos, encarando de forma que essa energia pode ser incompatível com a sua vibração original ou a vibração de seu Orixá de cabeça. Muito bem, entendendo que tudo na Criação é vida e vibração, cada elemento vibra de acordo com uma nota (força) da Criação, então cada erva tem seu (seus) Orixás, assim como as frutas, flores, animais e tudo o mais. Sendo assim, teríamos que identificar o Orixá de cada ser vivente para que ele se alimentasse, vestisse, convivesse apenas com elementos compatíveis com sua vibração original. Sabemos que isso é impossível, portanto, não há nada de aberrante em se usar um amaci coletivo, na vibração específica de um Pai ou Mãe Orixá que não seja uma vibração direta de seu triângulo vibratório (Orixás Ancestre, de Frente e Adjuntó). Assim como não há nada de aberrante em usar algum elemento na cabeça, desde que você não esteja envolvido religiosamente em um contexto que não permita esse ato.

Amaci individual de iniciação

Este é o mais comum, preparado especificamente para o fim da iniciação individual. Será determinado pelo Guia chefe do próprio médium ou pelo dirigente (ou Guia dirigente do Terreiro). A forma com que será iluminado, cores, numero de velas, etc, será também definido por eles. Normalmente são feitos com antecedência do ato iniciatório e poderá ser usado por dias anteriores ao momento da iniciação.

Amacis específicos

Assim como os individuais, podem ser determinados pelos Guias como forma de atuar com muito mais intensidade do que um banho. Por exemplo: peguemos um caso de atuação negativa, causando reações orgânicas que levam a geração de doenças físicas. Num exemplo como esse, podemos recomendar um amaci de limpeza, usado por um, três, cinco ou até sete dias. Todos os dias antes de dormir a pessoa colocará esse preparo no chacra coronário e eventualmente em algum outro chacra ou parte do corpo onde está localizada a ação negativa e o reflexo da doença, envolvendo com um tecido branco ou colorido de acordo com a necessidade.

Dentro de um Terreiro, é muito positivo o preparo dos amacis por todos. Juntar os médiuns em reunião específica para isso, com um bom conjunto de ervas e líquidos (bebidas rituais, essências, etc.) é salutar. Podemos usar ervas secas ou frescas para os amacis e, se for usar preparos prontos, use somente os de

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ervas escolhidas para aquela vibração e nunca os líquidos prontos, que prezam pela facilidade, mas nunca pela competência vibratória.

Pegue as ervas, triture-as de preferência com as próprias mãos, já em uma bacia ou recipiente apropriado (se puder, use recipientes metálicos ou de vidro). Adicione água mineral, que pode ser usada para todos os preparos, de todos os Orixás e para todos os motivos. Triture um pouco mais com as mãos e adicione os líquidos necessários e, por último, as pétalas de flores, se forem usadas.

Deixe repousar por algum tempo, que pode variar de acordo com a necessidade do preparo. É muito positivo iluminar esse amaci em um círculo com sete velas acesas, que seguem as cores do Orixá regente. Por experiência própria, posso recomendar que em todos os amacis, de qualquer Orixá, sempre esteja presente pelo menos uma erva de Pai Oxalá. Entendemos que esse amado Pai está presente em toda a Criação e a atuação de suas ervas reflete um caráter “formador, condensador, magnetizador” mesmo.

É isso turminha, benção de Papais e Mamães Orixás em nossa vida !

Sucesso e muita saúde a todos!

Exemplo de Amaci – Orixá Oroiná/Egunitá

É a Orixá Cósmica aplicadora da Justiça Divina na vida dos seres racionalmente desequilibrados. Fogo, eis o mistério de nossa amada mãe Egunitá, regente cósmica do Fogo e da Justiça Divina que purifica os excessos emocionais dos seres desequilibrados, desvirtuados e viciados.

Orixá: Oroiná/Egunitá

Elemento: Fogo

Sentido Divino: Justiça

Fator principal: Consumir, purificar, energizar

Atribuição: Purificar o emocional humano

Ervas Quentes: Arruda, buchinha do norte, cânfo-ra, eucalipto, jurema preta, urucum fumo (tabaco), para raio, tiririca, comigo ninguém pode, limão.

Verbos atuantes nas ervas quentes: Queimar, consumir, aquecer e fundir.

Ervas Mornas: Açafrão Raiz, Alfavaca, Arnica do Mato, Calêndula Flor, Canela, Artemísia, Carapiá Raiz, Chapéu de Couro, Cipó São João , Erva de Sta Maria – Mentruz, Girassol – Semente c/ casca, Guaraná Semente, Imburana Semente, Incenso Resina, Laranja Amarga Casca Fruto, Laranjeira Folha, Louro.

Verbos atuantes nas ervas mornas: Energizar, inflamar, excitar e estimular.

Flores: Girassol, begônia, flores do campo

Portais de cura: Calcita laranja, rodelas de limão cravo, velas laranja e vermelhas, carvão e azeite de dendê.

Frutas e alimentos: Moranga, morango, frutas vermelhas e frutas cítricas – limão cravo, mexerica, laranja, etc.

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Banho/Amaci – purificador ou Cura: Arruda, eucalipto, tabaco, para raio, folhas de limão, aroeira, jurema preta, folhas de gengibre, açafrão (cúrcuma) e cebolinha.

Banho/Amaci – Apresentação, Gira ou Iniciação: calêndula, santa maria, artemísia, flor de girassol, imburana, louro, laranjeira

Firmeza à esquerda: carvão, pimentas de todo tipo, tijolos de forno antigo e peças de caldeiraria.

Preparo do Amaci – Parte 3 – Final

01 novembro, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA MAGIA, RITUAIS

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Como prometido, continuamos o tema dos posts anteriores – os Amacis.

Então, como dizíamos, não se usa um Amaci apenas “por usar”; é importante que se estabeleça um objetivo claro para o preparo. Vamos citar alguns desses objetivos, mas não são os únicos, pois pode haver uma infinidade de motivos e formas de se preparar um Amaci:

Amaci de preparação para apresentação – Muito comum na Umbanda da atualidade, esse Amaci consiste em folhas, cascas, sementes, frutos, etc, maceradas (quinadas, amassadas, trituradas), preparadas, caso sejam pelo próprio dirigente, com antecedência e deixadas na frente do congá, em iluminação de velas nas cores do Orixá regente da vibração. É usado nos Cultos e Giras coletivas, onde todos serão apresentados, em sua mediunidade, à vibração daquele Orixá. Normalmente é colocado no Ori o qual é protegido com um pano branco ou uma cobertura adequada.

Percebo ainda hoje, mesmo sendo abençoados com tantas informações, muitos irmãos questionando o uso dos Amacis coletivos, encarando de forma que essa energia pode ser incompatível com a sua vibração original ou a vibração de seu Orixá de cabeça. Muito bem, entendendo que tudo na Criação é vida e vibração, cada elemento vibra de acordo com uma nota (força) da Criação. Então, cada erva tem seu (seus) Orixás, assim como as frutas, flores, animais e tudo o mais. Sendo assim, teríamos que identificar o Orixá de cada ser vivente para que ele se alimentasse, vestisse, convivesse apenas com elementos compatíveis com sua vibração original.

Sabemos que isso é impossível, portanto não há nada de aberrante em se usar um Amaci coletivo, na vibração específica de um Pai ou Mãe Orixá que não seja uma vibração direta de seu triângulo vibratório (Orixás Ancestral, Frente e Adjuntó). Da mesma forma, não há nada de aberrante em usar algum elemento na cabeça, desde que você não esteja envolvido religiosamente em um contexto que não permita esse ato.

Amaci individual de iniciação – Este é o mais comum, preparado especificamente para o fim da iniciação individual, e será determinado pelo Guia chefe do próprio médium ou pelo dirigente (ou Guia Dirigente do Terreiro). A forma com que será iluminado, cores, numero de velas, etc, será também definido por eles. Normalmente são feitos com antecedência do ato iniciatório e poderá ser usado por dias anteriores ao momento da iniciação.

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Amacis específicos – Assim como os individuais, podem ser determinados pelos Guias como forma de atuar com muito mais intensidade do que um banho. Por exemplo: peguemos um caso de atuação negativa, causando reações orgânicas que levam a geração de doenças físicas. Num exemplo como este, podemos recomendar um Amaci de limpeza, usado por um, três, cinco ou até sete dias. Todos os dias antes de dormir a pessoa colocará esse preparo no chacra coronário e eventualmente em algum outro chacra ou parte do corpo onde está localizada a ação negativa e o reflexo da doença, envolvendo com um tecido branco ou colorido de acordo com a necessidade.

Dentro de um Terreiro é muito positivo o preparo dos Amacis por todos. Exemplo: juntar os médiuns em reunião específica para isso, com um bom conjunto de ervas e líquidos (bebidas rituais, essências, etc.) Podemos usar ervas secas ou frescas para os Amacis. Se for usar preparos prontos, use somente os de ervas escolhidas para aquela vibração e nunca os líquidos prontos, que prezam pela facilidade, mas nunca pela competência vibratória.

Pegue as ervas, triture-as de preferência com as próprias mãos, já em uma bacia ou recipiente apropriado (se puder, use recipientes metálicos ou de vidro). Adicione água mineral, que pode ser usada para todos os preparos, de todos os Orixás e para todos os motivos. Triture um pouco mais com as mãos e adicione os líquidos necessários; por último, adicione as pétalas de flores, se forem usadas.

Deixe repousar por algum tempo, que pode variar de acordo com a necessidade do preparo. É muito positivo iluminar esse Amaci em um círculo com sete velas acesas, que seguem as cores do Orixá regente.

Por experiência própria, posso recomendar que em todos os Amacis, de qualquer Orixá, sempre esteja presente pelo menos uma erva de Pai Oxalá. Entendemos que esse amado Pai está presente em toda a Criação e a atuação de suas ervas reflete um caráter “formador, condensador, magnetizador” mesmo.

É isso turminha, benção de Papais e Mamães Orixás em nossa vida !

Sucesso e muita saúde a todos!

Exemplo de Amaci – Orixá Egunitá

Egunitá é a Orixá Cósmica aplicadora da Justiça Divina na vida dos seres racionalmente desequilibrados. Fogo, eis o mistério de nossa amada Mãe Egunitá, regente cósmica do Fogo e da Justiça Divina que purifica os excessos emocionais dos seres desequilibrados, desvirtuados e viciados.

Orixá: Egunitá

Elemento: Fogo

Sentido Divino: Justiça

Fator principal: Consumir, purificar e energizar

Atribuição: Purificar o emocional humano

Ervas Quentes: Arruda, buchinha do norte, cânfo-ra, eucalipto, jurema preta, urucum fumo (tabaco), pára raio, tiririca, comigo ninguém pode e limão.

Verbos atuantes nas ervas quentes: Queimar, consumir, aquecer, fundidor, fusor.

Ervas Mornas: Açafrão Raiz, Alfavaca, Arnica do Mato, Calêndula Flor, Canela, Artemísia, Carapiá Raiz, Chapéu de Couro, Cipó São João , Erva de Sta Maria – Mentruz, Girassol – Semente c/ casca, Guaraná Semente, Imburana Semente, Incenso Resina, Laranja Amarga Casca Fruto, Laranjeira Folha e Louro.

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Verbos atuantes nas ervas mornas: Energizar, inflamar, excitar e estimular.

Flores: girassol, begônia e flores do campo

Portais de Cura: Calcita laranja, rodelas de limão cravo, velas laranja e vermelhas, carvão e azeite de dendê.

Frutas e alimentos: Moranga, morango, frutas vermelhas e frutas cítricas – limão cravo, mexerica, laranja, etc.

Banho / Amaci – Purificador ou Cura: Arruda, eucalipto, tabaco, para raio, folhas de limão, aroeira, jurema preta, folhas de gengibre, açafrão (cúrcuma) e cebolinha.

Banho / Amaci – Apresentação, Gira ou Iniciação: Calêndula, santa maria, artemísia, flor de girassol, imburana, louro e laranjeira.

Firmeza à Esquerda: Carvão, pimentas de todo tipo, tijolos de forno antigo e peças de caldeiraria.

Ervas para Oxalá

04 outubro, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA RITUAIS, SOBRE OS ORIXÁS

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Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas em Mãe Natureza! Que as bênçãos de Mamãe Natureza permeiem em nosso espírito, nossa vontade de crescer, evoluir continuamente, e que possamos aprender com as diferenças.

Vemos a cada dia a intolerância mais presente nos meios religiosos, sendo que a pior delas é a intolerância interna, de irmãos da mesma religião que por motivos diversos não suportam o su cesso (relativo é claro) de seu semelhante e abrem mão das supostas armas que tem. Alguns, além de suas línguas afiadas, ainda editam publicações duvidosas onde mal assinam seus próprios artigos, criticando de forma leviana aqueles que tentam fazer algo decente na religião.

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Essas diferenças com as quais não aprendemos são motivo de discussão há muito tempo, sendo apontadas como ponto culminante para a desunião da Umbanda. Mas, e o que as ervas tem a ver com isso?

Tudo, é claro, amigo leitor… tudo!

A vontade de alguns de serem os donos do conhecimento, estes mesmos que fazem críticas afiadas, por exemplo, à Festa de Pai Ogum no Ibirapuera (SP), ou ao posicionamento político, extremamente necessário à sobrevivência de nossa religião se une a uma outra atitude destes pseudo-conhecedores e

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donos de sua própria caridade, que vivem parasitando cursos alheios e criando seus pequenos meios de ganhar dinheiro, se intitulando os únicos conhecedores da religião e de seus mistérios.

Recomendo aos irmãos que se encaixam nessa descrição, e que se sintam interessados em serem disseminadores de conhecimento, que pelo menos terminem os cursos que começaram e sejam dignos, dando os devidos créditos à origem do conhecimento que tentam transmitir. Façam isso com a mais poderosa das armas, o Amor, e verão como as bênçãos se multiplicarão. Isso se chama honra: honrar seus Guias, seus Mestres e Mentores e, principalmente, nossa amada Umbanda, já tão achincalhada por outros meios religiosos.

Saibam que a Lei Divina a tudo observa e no momento certo, cobra o devido preço aos que se serviram daquilo que não era, nunca foi e nunca será sua propriedade. Ora, a religião de Umbanda é maravilhosa e permite espaço a cada um, conforme seu propósito.

Vamos continuar com nosso propósito de passar o conhecimento de forma simples e objetiva, de maneira que possa ser realmente aproveitado. Iniciamos a expor parte deste conhecimento com um conteúdo na forma de fichas colecionáveis, que ao final, terão formado um conjunto de consulta muito interessante. Iniciamos com nosso amado Pai Oxalá:

“Oxalá é o Trono Natural da Fé e seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade.”

Orixá: Oxalá

Elemento: Cristal

Sentido Divino: Fé

Fatores principais: Congregador

Atribuição: Irradiar a Fé viva a todos os seres

Pólo magnético: Positivo / Masculino

Ervas Quentes: açoita cavalo, erva de bicho, mamona, orégano, alho, fumo (tabaco), comigo ninguém pode, entre outras.

Verbos atuantes nas ervas quentes: descarregar, punir, redimir, resfriar, retificar, retrair, esterilizar, tragar, cristalizar (no sentido de paralisar) e assumir (responsabilizar).

Ervas Mornas: alcachofra, alcaçuz, alecrim, alfazema, aquiléia (mil folhas), bardana, boldos (todos), girassol, hortelã, incenso, levante, manjericão, manjerona, rosa branca, sálvia, tomilho, folha da costa (saião), entre outras.

Verbos atuantes nas ervas mornas: pacificar, abrandar, amparar, compreender, clarear, conceder, congregar, homogenizar, irradiar, perdoar, solucionar, restituir, vitalizar, vivificar e beneficiar.

Ervas Frias: algodoeiro, angélica, anis estrelado, artemísia, cravo da índia, ipê roxo, jasmim, laranjeira, louro, noz de cola (obi), pichuri, saco-saco, sândalo e verbena.

Verbos atuantes nas ervas frias: prover, acrescentar, construir, cristalizar (no sentido de fundamentar), começar, determinar, levantar, amadurecer e constituir.

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As definições de Ervas Quentes, Mornas e Frias tem origem em nosso trabalho e estão disponíveis no livro Rituais com Ervas: Banhos, Defumações e Benzimentos.

Vale lembrar que as definições de Orixás, Tronos, Fatores, Verbos Atuantes, enfim, a Teogonia usada para esse trabalho, tem origem no fantástico trabalho de Pai Benedito de Aruanda, entre outros Mestres do Astral, que através da psicografia de Rubens Saraceni – que sem dúvida nenhuma é o grande precursor e incentivador do nosso trabalho e de muito outros irmãos – pôde nos abençoar com esse conhecimento e servir de base para tudo isso.

Respeito ao Conhecimento

12 setembro, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ATUALIDADES, ERVAS, UMBANDA

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Salve sagrados irmãozinhos nas ervas e no amor à Natureza.

Que Papai Criador na sua infinita bondade permita a todos nós o conhecimento. Peço licença aos editores para falar além de ervas, nesta semana, falar a respeito do conhecimento.

Desde 1998, no momento que escrevo este texto, são 15 anos de atuação neste campo que vem se abrindo e se fortalecendo como uma forma justa de se trabalhar com os elementos da natureza. Assim como todo conhecimento que, se não é novo, é pelo menos renovado, tira do comodismo, convida a repensar formas, valores, objetivos e caminhos para atingi-los.

Simplicidade sem perder a competência. Objetivo com racionalidade. Entendimento com explicação e consistência. Essas têm sido nossas tônicas, entre muitas outras durante esse tempo. E graças ao Criador e à Mãe Natureza temos conseguido cumprir essas metas.

Faz parte de tudo isso conviver com as críticas, os ataques daqueles inconformados, pois não se renovaram em si mesmos e são obrigados a conviver com a divisão do poder contido no conhecimento. Conhecimento é poder. Poder realizador, portanto, chama a atenção. Atrai os que gostam dele pelo que ele representa, não necessariamente pelo que ele pode realizar.

Nessa década e meia de trabalho, esse mesmo trabalho foi muitas vezes copiado. Sempre algum irmão manda uma cópia de um jornal, revista ou mesmo um endereço de internet onde tem alguma parte da apostila e agora, depois do lançamento, partes do livro Rituais com Ervas. Tenho falado nas aulas e procurado passar adiante a importância da autoria, para que nossa religião tenha bases consistentes e daqui a alguns anos não precise que alguém faça pesquisas com o risco de apenas juntar fragmentos. É importante que indiquemos a autoria de frases e citações, textos, fotos, conceitos, enfim, é vital para nossa sobrevivência que indiquemos caminhos concretos a todo o conhecimento com o qual somos abençoados.

Lembro quando conheci o trabalho do Mestre Pai Rubens Saraceni. Não havia nada igual, nada que eu já houvesse lido a respeito, seja de Umbanda, seja de magia, nada se comparava àquele trabalho. E de tão consistente e poderoso,sobrevive e tem um crescimento muito interessante, que é para todos nós

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Umbandistas. Que as próximas e as próximas gerações se lembrem e agradeçam-no por ter sido um portal luminoso capaz de transmitir a todos nós essas bênçãos de conhecimento e cultura religiosa. Sempre o citei e sempre citarei como referência para o entendimento das sete linhas, elementos e vibrações, entre centenas de outros pontos importantes que antes não tínhamos referências coerentes, que pudessem ser de uso e entendimento geral, para a maioria de nós, aprendizes empíricos nos Terreiros.

Assim como cito e sempre citarei muitos outros que têm importância significativa para a religião. Assim como acredito e não canso de falar sobre o trabalho do meu irmão, Alexandre Cumino, em História da Umbanda, que é uma das melhores coisas que aconteceram no nosso meio religioso, verdadeira benção do conhecimento.

Ervas quentes, mornas e frias ou agressivas, equilibradoras e específicas, nessa ordem, são citadas por nós desde o início dos cursos de ervas e ninguém as havia classificado assim antes. Assim como o preparo de fumo para uso ritualístico na Umbanda, assim como falar de Jurema na Umbanda e em magia natural, muito além de uma falange de Caboclas. É importante que saibamos quem tem autoria sobre a sua obra. Muitos pegam o gancho de que o conhecimento é para todos, que se não fosse assim as ervas não cresceriam no quintal de todos, e acabam dizendo “ah, foi meu Guia, meu Caboclo, meu Preto velho, meu Exu, etc… quem me passou isso…” Esquece que leu uma matéria, um artigo, enfim, e aquela informação serve à espiritualidade quando é necessária e flui; isso não quer dizer que é autoria do SEU Guia e muito menos SUA. Muitos vêem a oportunidade econômica acima de qualquer coisa. Todas as pessoas que me pedem para usar os textos, transmitir, se servindo desse trabalho como base para todos, eu digo sim, pois o conhecimento não é meu. A única coisa que sempre peço é que mantenham a autoria.

Quando há o respeito mútuo, todos ganham. É viabilizada a continuidade e a oportunidade, não o oportunismo criado pelos incompetentes que adoram bajular pessoalmente, vilipendiar pelas costas e copiar descaradamente, afirmando que são profundos conhecedores de algo que viram apenas a primeira página. Lembrem também que a Lei é para todos, vê a todos e na hora adequada acaba colocando cada coisa no seu lugar. Eu tenho bons mestres com os quais aprendi confiar na lei.

Nosso livro é o Rituais com Ervas – Banhos, Defumações e Benzimentos. Ainda nesse ano de 2013, o livro II, Rituais com Ervas na Umbanda. Nosso chão religioso, nosso Terreiro, é o Templo Escola de Umbanda Ventos de Aruanda, em São Bernardo do Campo. Nossos cursos acontecem nos melhores locais e você pode acompanhar a agenda no nosso site. Os únicos cursos via internet que eu ministro são em www.umbandaead.com.br.

Agradeço de coração aos irmãozinhos que respeitam os caminhos do conhecimento, como os irmãos aqui do Umbanda, eu curto!, que cedem este espaço para que possamos compartilhar o conhecimento. Aos mestres, minha gratidão, meu respeito e minhas reverências.

Aos alunos, idem, gratidão, respeito, reverências e meu incentivo para que estudem cada vez mais. Gratidão ao Pai Criador, Mãe Natureza, aos Sagrados Pais e Mães Orixás, peço a bênção, amparo e proteção.

Muito obrigado, muito obrigado, muito obrigado!

Chás e seus preparos

15 agosto, 2013

Por: Adriano Camargo

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CATEGORIA ERVAS, UMBANDA

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Quero aproveitar a oportunidade desse espaço para agradecer a todos os irmãozinhos(as) que nos honraram adquirindo o livro Rituais com Ervas – Banhos, Defumações e Benzimentos, e também a todos que participam dos cursos de ervas. Com as bênçãos do Criador e de Mamãe Natureza, o conhecimento está sendo levado de forma simples e objetiva, alcançando o país todo e até outros continentes.

Já estamos indo para a segunda edição do livro, em um tempo bem curto, e no final desse ano teremos livro novo, focado na Umbanda e nas várias formas de usar as ervas. Muito obrigado mesmo, que os Sagrados Pais e Mães Orixás possam abençoar a todos pelo carinho com que receberam esse trabalho.

Vamos publicar mais um trecho do livro onde falamos sobre os chás:

Ervas medicinais (fitoterapia popular):

Chás e seus preparos

Mesmo não sendo o objetivo desse livro, é praticamente impossível não falarmos algo sobre os chás. Mesmo porque, de cura tão milenar, são também revestidos de muitos mitos e dogmas, na maioria das vezes populares ou mesmo familiares. Vemos muitos questionamentos serem feitos a respeito do que pode e do que não pode sobre o seu preparo e uso.

Muitos desses questionamentos se devem ao fato de os escritos sobre ervas derivarem sempre das mesmas fontes, consagrados pesquisadores do passado, que em suas intrigantes formas de encontrar respostas conceituaram muito dos preparos ao seu universo presente, ou seja, se o especialista da época usava um cadinho de porcelana para fazer um amassado de ervas, com certeza dirá que o adequado para o preparo de um amassado de ervas é apenas o cadinho de porcelana.

Conceitualmente, o chá é um remédio natural. O uso das propriedades curativas e preventivas da erva está no consciente coletivo como uma poderosa ferramenta. Os chás devem ser preparados com extrema higiene, seguindo algumas regras básicas do bom procedimento, e seguindo também

algumas formas consagradas de preparo como descreveremos a seguir.

a) Usar preferencialmente uma panela de vidro ou inox. No entanto, se você não tiver um desses apetrechos, pode sim fazer seu preparo na sua leiteira, chaleira, panela de alumínio ou afim. Eles não devem ficar no alumínio e principalmente no plástico. Não é meia dúzia de preparos numa panela de alumínio que vão fazer mal a alguém. Se lembrarmos, nós que moramos nas cidades, inalamos substâncias muito mais perigosas no ar poluído.

b) Os chás devem ser administrados na hora que são preparados. A maioria dos preparos oxida ou fermenta depois de algum tempo. O ideal é não deixar o preparo ultrapassar seis horas depois de pronto.

c) Podemos guardar o preparo na geladeira sim. Seguindo o mesmo critério das seis horas de preparo. Os métodos para o preparo dos chás variam pelo tipo de erva a ser usada. Fresca, seca, parte dura como casca, semente ou parte mais mole como folha, caule, requerem tipos diferentes de preparo.

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Vamos citar os tipos mais comuns, lembrando que essas informações sobre os chás são bastante comuns. Para preparar o chá há várias maneiras. As principais são:

1) Infusão: Derramar água fervendo sobre as ervas numa vasilha e deixar tampado por pelo menos 10 minutos ou até esfriar. Esse preparo é adequado para as partes moles da erva. Folhas, caule e flores são indicados para esse método. Raízes, cascas ou sementes para serem usadas assim devem estar bem picadas ou trituradas.

2) Decocção: Coloque as ervas numa panela ou bule e complete com água. Deixe ferver por uma média de 15 minutos. Esse preparo é indicado para partes duras da erva como raízes, casca e sementes.

3) Tisana: Quando a água da panela estiver fervendo, coloque as ervas e deixe ferver por mais uns 2 minutos. Tire do fogo e deixe repousar por alguns minutos ou até esfriar. Esse método pode ser usado para qualquer preparo de chás.

4) Maceração: Colocar as ervas de molho em água fria, durante umas 6 horas pelo menos. Esse método é bastante usado para ervas frescas. Depois de preparado, o chá pode ser adoçado com mel, açúcar comum ou mascavo

de preferência. Para os diabéticos pode ser usado stévia (Stevia rebaudiana), um adoçante natural, ou mesmo o adoçante de sua preferência.

Resta lembrar que a água usada nos chás deve ser potável e as ervas devem ser de muito boa procedência, devendo ser evitadas as que ficam expostas sob a ação da poeira e poluição.

Algumas ervas que são usadas popularmente para os chás: boldo-do-chile, camomila, erva-doce, carqueja, melissa, cidreira, hortelã, etc.

Há também o regionalismo, que faz com que um preparo como esse seja tradicional para uma cultura, por exemplo, o uso do chimarrão ou erva mate (Ilex Paraguariensis) pelos povos do sul do Brasil, os gaúchos em especial.

Mais uma vez, muitíssimo obrigado, saúde, sucesso e muita alegria a todos.

Alfazema

Conheça mais e se beneficie de suas propriedades

04 junho, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS

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Salve, sagrados irmãozinhos e irmãzinhas em Mamãe Natureza. Comparar o conhecimento sobre as ervas é praticamente impossível. Temos uma história relativamente curta e um uso voltado ao contexto cultural e religioso que respeita a oralidade e as tradições familiares e de grupos específicos.

Dentro das muitas nações africanas não há consenso. Se observarmos, diversas ervas tem uso diferenciado entre nações como jejê, nagô, bantu, iorubá, angola, etc. E é essa a herança que recebemos na Umbanda. Por sofrer influência de diversos meios culturais, religiosos e diversas nações africanas, aqui no Brasil, nossa amada religião brasileira ainda aprende consigo mesma e criar sistemas lógicos de identificação, coerentes sim. É obvio que toda novidade é combatida, mas quando tem fundamento, se estabelece com força e passa a fazer parte da cultura geral.

É muito comum a gente ouvir: – Dizem que a lavanda é diferente da alfazema. Aí, a gente pergunta: “Que dizem”?

Podemos dizer que a alfazema e lavanda são a mesma erva?

Sim, podemos afirmar com certeza que alfazema e lavanda são a mesma erva!

Tecnicamente falando, são a mesma planta. Está na hora de começarmos a afirmar com certeza aquilo que falamos sobre nossa religião, seja na aplicação dos conceitos litúrgicos, entre eles o uso das ervas, seja a Teologia de Umbanda, seja o sacerdócio. Quando falamos com certeza e convicção sobre nossa religião, não precisamos de muita argumentação, pois a natureza das coisas se impõe.

A mesma erva pode ser chamada por diversos nomes, e o mesmo nome pode se associado a diversas ervas, o que não podemos permitir, são afirmações absurdas sem base nenhuma, simplesmente apoiadas num ponto de vista duvidoso. No quadro, você acompanha um trecho do nosso livro Rituais com Ervas – banhos, defumações e benzimentos – onde falamos sobre as alfazemas / lavandas.

Sucesso, saúde e muita alegria!

Alfazema (lavanda)

Lavandula officinalis Chaix

Cultivada como ornamental, as alfazemas ou lavandas como são comumente chamadas, tem origem européia e apenas algumas espécies desenvolvemse bem no Brasil. É um subarbusto de folhas verdes acinzentadas e cujas flores e sementes são extremamente cheirosas. uma variedade que pega muito bem em nosso clima é a lavandula dentata var. candicans.

Há de se prestar bastante atenção na identificação desta erva, pois alem de receber vários nomes populares que a remetem à família dos alecrins e hissopos, seu aroma característico cria muita confusão. Usada como um poderoso equilibrador, na forma tradicional de essência ou perfume (seiva de alfazema) durante os rituais religiosos.

Seu uso não se limita a banhos e defumações, sendo largamente usada fresca ou seca, em óleos e azeites consagrados, amacis e ornamentos. energia vibratória tranquilizadora, não chega a ser um calmante espiritual, mas traz a paz de espírito necessária à resolução dos problemas cotidianos e no específico à aceitação e compreensão de perdas. uma erva “maternal” com característica harmonizadora. por essas qualidades é associada também ao desenvolvimento e preparação dos médiuns.

Sinônimos botânicos: Lavandula augustifolia mill.; lavandula spica l.

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Sinônimos populares: Lavanda; lavanda inglesa; lavandula

Indicações ritualísticas: Acalmadora do espírito, tranqüiliza as situações difíceis e traz harmonia.

Ação (verbos): Harmonizar e tranqüilizar;

Cor energética: Cristalino azulado e azul claro;

Orixás principais: Iemanjá, Oxalá e Oxum.

Quem pode fazer rituais com ervas?

24 junho, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA RITUAIS

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A resposta primária é: todos!

Mas não é tão simples assim. O mais importante antes de fazer um preparo ritual e executá-lo, é responder a algumas perguntas básicas:

• O que eu quero?

• É o que eu realmente preciso?

• Pra que eu quero?

• Como quero me sentir depois desse ritual?

• Como me vejo agora e como quero ficar?

Para quem não sabe o que quer, qualquer resultado é bem vindo. Vamos a um exemplo:

A pessoa se encontra em situação financeira difícil, desempregada, acompanhada de desanimo e desmotivação. Naturalmente essa pessoa irá procurar um processo que ative a prosperidade em sua vida. A mente em preocupação começa a visualizar a situação cada vez pior. As dúvidas, falta de confiança. – “Será que vou conseguir pagar as contas que não param de chegar?”.

banner-ervas-ebook-uec-lateralMuito bem, qual energia de prosperidade essa pessoa vai atrair para si? Nenhuma. Nós criamos barreiras com nossos sentimentos contrários ao que queremos. Seria muito mais interessante para esse indivíduo começar com uma boa limpeza energética, fortalecimento e equilíbrio da vontade, uma boa dose de alto astral, para ai sim trabalhar a essência de prosperidade, que podemos dizer sem errar, que é a multiplicação daquilo que já trazemos em nós.

Resumindo, primeiramente limpamos a casa, preparamos o ambiente e, aí sim, colocamos a energia adequada para funcionar, estabelecendo um padrão cuja manutenção dependerá da própria pessoa.

Na Umbanda, o atendimento é direto, o oráculo vivo é através do próprio médium. Observando um atendimento espiritual assim, vemos que é recomendado para a pessoa algum ritual, mas essa pessoa já está ali, pedindo ajuda, o que já é uma grande coisa.

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Ela já saiu do ostracismo e pelo menos foi até o terreiro, não ficou em casa reclamando e curtindo o tempo perdido. Dignou-se a aguardar seu atendimento e diante da entidade espiritual confiou suas dúvidas, temores e insucessos. E declarou seu desejo de melhorar.

O guia espiritual lhe atenderá, fará ali um benzimento, um descarrego energético e recomendará alguns banhos com ervas e defumação para sua casa.

O ritual, nesse caso, servirá para condensar as energias necessárias para a realização da melhora global, e ao mesmo tempo especifica da pessoa, e para dar permanência à vibração desejada. Mas e se estou nesse processo, me sentindo fraco, desanimado, desmotivado, sem ânimo até para ir ao terreiro, ou fazer um ritual, como sair desse estado de crise e me colocar em condição de melhora?

Buscar um estado de espírito mais adequado é sua tarefa inicial. Se já passou por essa fase, ótimo. Caso contrário, existem fórmulas mágicas que funcionam há milênios.

As rezas, orações, preces são essas chaves milagrosas que podemos citar sem medo de errar. Eu gosto muito de Prece de Cáritas e Salmo 23 para essas situações onde é necessário quebrar barreiras energéticas. Enfim, todos que querem um mundo melhor, começando por si, suas casas, seu trabalho, podem praticar seus rituais sem medo das reações negativas, pois se elas existem, não têm força nenhuma contra quem está no bem, para o bem e pelo bem. E mais, quando você se coloca no caminho com vontade, mesmo que hajam interrupções, oposições, forças contrárias, tenha certeza que o universo conspirará a seu favor, colocando a você todos os recursos necessários.

Os Poderes da Sálvia

18 julho, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, MAGIA, UMBANDA

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Salve sagrados amigos leitores! Dia desses, num momento de reflexão embaixo da minha pitangueira, estava a pensar sobre os temas para escrever aqui. Minha regra sempre foi transmitir o melhor, o conhecimento simples e objetivo.

Cada irmão que esteve entre nós – cursos, palestras, artigos, etc – levou algo e deixou algo também. Graças a Deus e aos Sagrados Orixás eu não sou unanimidade. Nem todos admiraram essa forma simples de trabalhar com as ervas. Nem todos viraram amigos e muitos vieram para criticar e tecer seus comentários maldosos. No entanto, eu estou pra quem está, então, os milhares que aprenderam algo que pode transformar as suas vidas para o bem, se beneficiaram de um conhecimento limpo de dogmas e de demonstrações desnecessárias de poder; estes são os vitoriosos. Os que acreditaram que esse contato com a energia das ervas foi benéfico para si e para o semelhante assim foram.

O tempo passa e algumas coisas vão mudando, outras vão ficando para trás, poucas continuam exatamente como eram. Afinal, um rio nunca é o mesmo de um instante para outro, não é mesmo?

Hoje temos as redes sociais que ocupam uma boa parte da vida de todos nós. É mais fácil alguém sentir falta de entrar no Facebook do que sentir saudade de um parente distante, isso se o familiar não estiver

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no Face também. Grupos, comunidades e fan pages fazem parte da nossa vida e dos nossos comentários cotidianos. E você, já curtiu o “Umbanda Eu Curto”?

As informações continuam as mesmas. Os banhos, defumações e benzimentos. As formas ritualísticas em magia natural e nos Terreiros de Umbanda, passaram (e ainda passam) por mudanças sutis. Muitos guias espirituais hoje permitem o banho de ervas da cabeça aos pés, pois seus médiuns compreenderam através do estudo prático e teórico, que é possível, benéfico e sem contraindicações. Muitos trabalhos espirituais tem se simplificado devido ao entendimento de que não é o tamanho da oferenda, mas a qualidade e foco que ela é administrada que determinam o resultado positivo.

Uma melhor definição entre a religião de Umbanda, o Candomblé e o Espiritismo tem sido alcançada através do estudo e da compreensão de que essa Umbanda, como religião que é, com seus próprios sistemas e regras, mesmo que tenha suas origens em outras religiões, tem espírito, personalidade e essências próprias.

Oferendas com preocupação ecológica, sustentável. Evitar o desperdício, reciclagem, reaproveitamento, tudo isso virou regra para muitos Terreiros. Temos muito ainda a fazer. Muito a divulgar. Paga-se um preço alto por ser original, por não viver copiando os outros, por criar sistemas e aprender com eles, por ouvir o que a espiritualidade tem para transmitir e ter coragem de colocar em prática, vivenciar e explicar o que se vivencia. A natureza está aí fora e aqui dentro. Está em tudo e fala com todos, basta ouvir.

Fazemos parte disso. A Umbanda faz parte disso e tem evoluído nesse sentido em velocidade vertiginosa que poucos percebem. A maioria fica ainda preocupada com o que vão pensar, o que vão falar, o que as outras religiões estão fazendo de ruim pra minha, porque meus irmãos de religião não estão tão juntos assim como pregam por aí.

Eu volto a dizer:

Estou pra quem está! Tem muito trabalho a ser feito, e não somos concorrentes. Estamos sim correndo em busca de um ideal. Os iguais irão juntos, evoluindo simples e objetivos. Somos humanos e como humanos vivemos. Temos nossa natureza humana a nosso favor ou contra (quem sabe, depende de cada um…) Afinal, a natureza humana é o bem, e quem não entendeu isso ainda é porque ainda não entendeu sua natureza.

A busca do auto conhecimento e a busca de si mesmo está na palavra viva da Umbanda. A natureza de elementos e a natureza humana, expressas nos Guias Espirituais, cada um do seu jeito, cada um da sua forma, cada um passando a seu tempo e momento a mensagem de Deus em nossas vidas, dizendo que é possível. Acredite na motivação que os Guias trazem para nós em suas manifestações.

Filtre sua interferência mediúnica e procure aprender com cada um deles, sutil, simples. Quero também deixar essa dica de uma fantástica erva auxiliar na busca do autoconhecimento. Saúde sucesso e muita alegria.

Sálvia – Salvia officinalis L.

Uma das ervas mais usadas em defumações em diversas culturas e religiões pela sua capacidade de queima, mesmo sem a brasa do carvão e pelo aroma agradabilíssimo que proporciona. A Sálvia foi responsável pelo aforismo “De que pode morrer um homem se em seu quintal cresce a Sálvia”. E é bem justo, pois é remédio para muitos males, como é anunciado e comprovado pela fitoterapia. Suas folhas, depois de bem secas, podem compor os “fumos sagrados”, associadas ao alecrim e ao anis estrelado,

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formando uma das misturas mais conhecidas. No lugar do anis, recebe bem o cravo e canela, resultando em uma ótima combinação.

Adriano_05_Salvia_Ft_menor_umbandaeucurtoNo uso ritualístico, entendemos que a Sálvia é erva consagrada, que carrega uma vibração de “ancestralidade”, remetendo-nos a um clima de sabedoria anciã, por isso é associada aos Orixás Obaluayê, Nanã e Oxalá. As defumações com Sálvia, sozinha ou compostas com resinas, proporcionam excelente purificação e iluminação espiritual para o ambiente e pessoas presentes.

Nos banhos é extremamente equilibradora, proporcionando “pés no chão”, capacidade de discernimento, sabedoria e propiciando as melhores condições de tomadas de decisão.

Sinônimos populares: Salva, Chá da França, Erva Sagrada, Sálvia das Boticas, Salva dos Jardins.

Indicações ritualísticas: Erva de sabedoria e ancestralidade. Limpeza leve e elevadora da vibração espiritual

Ação (verbos): estabilizar, evocar, apaziguar, magnetizar

Cor energética: de azulada cristalina ao violeta.

Orixás principais: Obaluayê, Oxalá e Nanã.

Tranquilidade e Paciência!

25 julho, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, MAGIA, RITUAIS

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Vemos receitas de calmantes desde que o mundo é mundo. Ervas para acalmar, para melhorar o sono, ajudar em situações de estresse são as mais comuns possíveis. Lembro-me de uma situação de atendimento quando a pessoa que veio me procurar estava passando por situações difíceis na empresa que administrava e em sua vida pessoal e familiar. Antes de qualquer recomendação, procuro conversar um pouco com a pessoa para entender como ela funciona e a melhor forma de administrar os rituais.

Entendi que a firma que esse irmãozinho administrava era uma empresa familiar, onde estavam também sua esposa, filhos e alguns outros parentes e amigos secundários. Faturamento baixo, problemas na produção, erros na contabilidade que geravam prejuízos, enfim, toda a sorte de problemas reunidos em um só lugar causando no irmão uma depressão diagnosticada clinicamente que o levou a tomar remédios faixa preta e entrar num processo de desânimo assustador.

A primeira coisa que recomendei foi que fizesse uma defumação no ambiente com três ervas quentes, mais quatro mornas. Associação de ervas simples e objetiva para preparar o local. O mesmo preparo foi usado para banho em todos da família que estivessem dispostos a ajudar por esse caminho energético espiritual. Vale também lembrar que o fato da pessoa buscar ajuda já é um passo muito importante

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para a realização do resultado. E se o meio e as pessoas à volta ajudam no processo, a realização é muito mais intensa.

Em seguida, pedi que fosse feito bate folhas e defumação com Capim Cidreira (Cimbopogom citratus), isso mesmo, a Erva Cidreira usada como chazinho calmante. A reação dele foi imediata: “Como vou usar uma erva calmante se o que eu preciso é de movimentação, recursos, agitação, vendas e produção?” Deu pra perceber que a pessoa também conhecia alguma coisa sobre ervas e portanto a reação foi instintiva.

Meu raciocínio foi muito simples, o que levou ao resultado esperado: a natureza desse nosso irmãozinho era muito forte, uma pessoa agitada, extremamente ativa e que colocava todos à sua volta em constante estresse, pois seu ritmo de trabalho era acompanhado por poucos ou por ninguém para ser mais exato.

Exímio cobrador de resultados, não esperava o momento certo e dava broncas exageradas na frente de todo mundo, principalmente nos filhos. A esposa tinha medo de tratar de algum assunto mais delicado, pois nosso ele explodia por qualquer coisa. Ao trazer uma vibração de calma para esse irmão e seu ambiente, ele próprio se sentiu melhor e passou a enxergar as coisas com mais leveza. Eu recomendei a ele também que participasse mais de todos os processos da empresa de forma direta, mas sem muitas palavras, observando e escrevendo suas críticas, para somente depois externá-las apenas com os envolvidos.

Essa pessoa também era frequentadora de um terreiro de Umbanda e tomava seus passes periódicos o que ajudou muito no processo. Em momento algum nós recomendamos que ele parasse seu tratamento médico, visto que não interferimos em outros processos que não nos dizem respeito. Naturalmente seu médico terapeuta o tirou do tratamento de choque, porque também observou uma melhora significativa em sua vida.

Com calma e tranquilidade, propôs as mudanças necessárias ao seu negócio, o que levou a algumas demissões, algumas brigas em família, mas que com o tempo foram se resolvendo; afinal, o tempo é remédio para tudo, não é mesmo? O irmão aprendeu que não adianta adiar decisões, mudanças e transformações inevitáveis, o que só conseguiu fazer quando teve tranquilidade, verdadeira paz de espírito para enxergar o necessário.

Dei esse exemplo, um pouco extenso até, para que possamos ter noção e discernimento da necessidade dos recursos que levam à calma, tranquilidade e paciência. Assuntos cármicos são tratados com essas ervas. Quando não temos o que fazer, para anular uma situação que percebemos tratar-se de ajustes naturais; mecanismos da Lei Maior atuando na vida das pessoas.

Não nos omitimos, mas trabalhamos dentro do merecimento de cada um, pelo menos amenizando os efeitos desses ajustes para que a própria pessoa possa aprender a lição com paciência. O entendimento e aceitação de perdas inevitáveis também encontra campo nessas ervas. Dentro de ambientes religiosos é comum vermos de tempos em tempos uma agitação, burburinhos, comentários desnecessários, enfim, coisas que acontecem e se não forem tratadas de frente, crescem e trazem problemas maiores.

Após um bom ritual de limpeza, nada como uma defumação com ervas acalmadoras, um bate folhas com as mesmas ervas ou alguma variação. Em seguida, deixe essas folhas espalhadas no chão do templo, de um dia para outro. Prepare um banho com essas ervas e passe pelo chão (isso também é muito bom!) Algumas ervas para essas situações turbulentas são a Cidreira, a Melissa, a Lípia, a Camomila, a Macela e o Mulungu.

A influência dos Astros nas Plantas

Page 67: Blog Do Erveiro

06 agosto, 2013

Por: Adriano Camargo

CATEGORIA ERVAS, MAGIA

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Salve, turminha das ervas! Vamos falar um pouco sobre a influência astrológica sobre as plantas e também como o fato de conhecer a relação entre os astros e o reino vegetal favorece o seu manuseio.

Os homens mais antigos observavam a passagem dos planetas e das fases da Lua e sabiam como utilizar a força deles na agricultura, bem como em outros assuntos cotidianos da vida. Mas os tempos mudaram e, com a chegada dos meios tecnológicos e químicos para a agricultura, essas observações ficaram relegadas a segundo plano.

Não se trata de misticismo ou de superstição, mas de observar corretamente a natureza para definir a melhor época de plantar e colher. Alguns vestígios dessa sabedoria ainda existem na forma de tradições que garantem que a Lua exerce influência sobre o crescimento dos vegetais. À medida que ela transita pelas constelações do zodíaco, transmite forças que beneficiam certas partes das plantas e favorecem o manuseio delas.

O manuseio de plantas nas épocas corretas favorece a produção e o poder nutritivo dos vegetais e também o controle das pragas. Além do aspecto astrológico, é preciso também levar em conta as condições do solo, a existência de orvalho pela manhã, as variações de temperatura, a época da reprodução dos insetos e o comportamento dos animais. Tudo isso tem que ser observado e intuído.

INFLUÊNCIAS DO TRÂNSITO LUNAR PELAS CONSTELAÇÕES

CONSTELAÇÕES DE TERRA

A passagem da Lua pelas constelações deste elemento (Touro, Virgem e Capricórnio) é benéfica para as raízes das plantas em geral.

Lua em Touro – Rege os fungos e os cogumelos e favorece tudo o que dá debaixo da terra. Boa influência para o plantio de sementes de árvores ou o transplante delas.

Lua em Virgem – Rege os grãos e as gramas. Seu período de influência é propício ao plantio de cereais, realização de podas e a borrifação de plantas com água de urtiga, recurso usado para protegê-las e para aumentar os poderes medicinais das ervas.

Lua em Capricórnio – Rege as plantas com flores e pétalas separadas. Neste período faz-se colheitas e plantam-se as árvores cujas madeiras devem durar muito tempo.

CONSTELAÇÕES DE ÁGUA

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O trânsito da Lua pelas constelações desse elemento (Câncer, Escorpião e Peixes) favorece o caule e as folhas das plantas em geral.

Lua em Câncer – Rege os fetos, as cavalinhas e os licopódios. Sua influência é propícia para a semeadura e o transplante de folhas e ervas medicinais.

Lua em Escorpião – Rege as plantas medicinais e as palmeiras. Sua influência é ótima para secar as ervas e armazená-las. Recomenda-se,nesse período, borrifar as plantas com água de urtiga.

Lua em Peixes – Rege as plantas com muita umidade ou que moram na água. Boa influência para o início de horta, mas totalmente impróprio para as colheitas.

CONSTELAÇÕES DE AR

A passagem da Lua por constelações de desse elemento (Gêmeos, Libra e Aquário) é benéfica para as flores das plantas em geral.

Lua em Gêmeos – Rege os musgos sobre as árvores e as pedras. Sua influência é neutra para a fertilidade, sendo mais indicada para a preparação da terra para o cultivo.

Lua em Libra – Rege as flores. Boa influência época para a colheita das ervas, a secagem e armazenagem das flores e a preparação de florais. Aquário – Rege as plantas cujas flores têm pétalas unidas. Sob sua influência, damos continuidade à colheita iniciada em Capricórnio,que é a constelação que a antecede.

CONSTELAÇÕES DE FOGO

Quando a Lua passa por constelações desse elemento (Áries, Leão e Sagitário) são favorecidos os frutos e sementes.

Lua em Áries – Rege os liquens que preparam o caminho para o vegetal. Favorável para o crescimento, faz as plantas desenvolverem-se mais rapidamente. Boa influência para se fazer sementeiras,

principalmente de frutas; para a colheita e armazenagem de cereais; para se fazer mudas

de estaca.

Lua em Leão – Rege as plantas coníferas como pinheiros. Boa influência para plantar cereais e feijões e fazer podas em trepadeiras,roseiras e frutíferas.

Lua em Sagitário – Rege as grandes árvores e as florestas. Influência indicada para o plantio das árvores frutíferas, e das que desejamos que cresçam mais rapidamente ou que fiquem mais altas.

As fases da Lua atuam sobre as plantas assim como sobre as águas, os líquidos e o ciclo reprodutor da mulher. A explicação da ciência para a influência lunar na agricultura baseia-se na incidência de luminosidade sobre os vegetais. Da mesma forma como a Lua rege as marés, rege os líquidos das plantas.

Lua nova – Indicada para podas, capinar o mato (ele demora mais para crescer), colheita de raízes e adubação.

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Lua crescente – Boa para arar e gradear a terra, semear e colher folhas e frutos, fazer enxertos e plantar flores e folhas em vasos ornamentais.

Lua cheia – Flores e frutos colhidos nessa fase são mais exuberantes, mas é um período impróprio para plantar, transplantar e capinar (o mato cresce rapidamente).

Lua minguante – Boa para plantar e colher as raízes, colher e armazenar grãos, colher madeira para a utilização em cercas, móveis e construções, pois neste período a seiva se encontra nas raízes e isso favorece a conservação da madeira.