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BOA VONTADE 207

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Cartas

Parabéns à BOA VONTADE Ecumenismo

Acabei de ler um exemplar da revista BOA VONTADE em comemoração ao aniversário último do Templo da Boa

Vontade. Quero parabenizá-los pela qualidade editorial, montagem e tudo mais. A revista está muito boa. E o melhor de tudo, es-piritualmente elevada. Desconheço outra pu-blicação de igual valor ao Espírito humano em circulação pelo

Brasil. Fiquei particularmente comovido por ver retratado meu encon-tro com o Diretor-Presidente da LBV, o Irmão Paiva Netto, em outubro de 2005. Tenho viajado por templos espirituais de todo o mundo, particularmente no Peru, o santuário de Machu Picchu; na Bolí-via, o Lago Sagrado Titikaka, as ruínas de Tiawanaku, dentre outros mais. São lugares onde percebemos a poderosa presença de uma força espiritual su-perior. Mas jamais senti tamanha Paz interior e encontro com o meu Eu Maior como nas madrugadas em que tive o privilégio de meditar e orar no Templo da Boa Vontade. Sempre me recordo dessas noites que ficaram registradas na memória como muito especiais. Justa-mente por isso, comprometi-me, comigo mesmo, a estar ao menos uma vez ao ano no TBV, afinal momentos assim devem ser refeitos. Obrigado e muita Luz a todos da revista BOA VONTADE, em especial ao Irmão Maior Paiva Netto, que sempre me impressiona pela lucidez espiritual. (Alcione Giacomitti, escritor, Curitiba/PR)

Valorizando o Brasil

Fiquei muito feliz com a edição de se-tembro da BOA VON-TADE, pois traz im-portante matéria sobre o turismo na cidade de Recife. Como per-nambucana, vejo que as Instituições da Boa Vontade (IBVs) valo-

rizam as diversas culturas existentes em nosso grande País, principalmente

com a matéria Recife — a capital da alegria, enfocando as belezas naturais que temos e a nossa cultura em particu-lar. Parabéns! (Alyne Lins, operadora de Telemarketing, de Pernambuco, via e-mail)

16 anos do Templo da Boa Vontade

Tive a grande alegria de estar pre-sente no 16º aniversário do Templo da Boa Vontade e quero agradecer do fundo da minha alma os momentos de tanta elevação espiritual e emoção que vivenciamos naquele pedacinho do Céu na Terra. Enquanto ouvíamos a mensagem do Espírito Irmão Bezerra de Menezes (1831-1900), sentíamos

grande Paz que envolvia nosso ser e renovava nossas energias materiais e espirituais. (Aparecida Zuquette Fernandes de Souza, Rio de Janei-ro/RJ)

Parabéns pelos 16 anos do Templo da Paz. A ligação que tenho com o TBV, há 9 anos, mudou a minha vida para melhor: nunca mais fiquei doente nem desanimei. Deus me proporcionou uma visita a este Templo em 2000. Essa Obra Divina avançará sempre, porque vive o Novo Mandamento de Jesus: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei (Evangelho do Cristo, segundo João, 13:34). (Helga Giebelhausen de Campos, Maia/Portugal)

A edição espe-cial da revista BOA VONTADE Mu-lher é uma singe-la homenagem do Diretor-Presidente da LBV a todas as mulheres: as anô-nimas e as que se

destacam nos diversos campos de atuação do gênero humano.

A publicação, lançada em setembro

de 2005, servirá de base para a estudante e assessora da Secretaria de Assuntos Comunitários da Prefeitura Municipal de Cascavel/PR, Rosângela de Lima, fazer sua tese de mestrado. Ela conta que estava buscando subsídios para o seu trabalho sobre as personagens femininas que ajudaram a transformar a História.

A revista também foi destacada pela jornalista Lilia Riedlinger, apresentadora do programa Gente Que Faz, no ar de segunda a sexta-feira, no Canal 21.

Revista BOA VONTADE Mulherinspira tese de mestrado

Revista BOA VONTADE recebe voto de congratulações da Assembléia Legislativa do Espírito Santo

A revista BOA VONTADE é muito positiva, nem sempre as publicações no Brasil são assim. A maioria trabalha com notícias negativas, desastres, crimes, corrupção, coisas que não instruem, que não elevam. Essa revista é abrangente, tem a grande vantagem de ser ecumênica, ou seja, ela não trata apenas de uma confissão religiosa, aborda as diversas crenças no Brasil e no mundo. Possui um editorial bem diversificado, destacando temas com enfoque educativo. Considero isso de imensa importância. Quero parabenizar a Legião da Boa Vontade por este trabalho, além dos serviços sociais que vem desempenhando no país há tanto tempo. (Deputado Estadual

Cláudio Vereza, de Vitória/ES)

Ainda da capital ca-pixaba, chega-nos carta do Deputado Marcelo Santos, em que ele in-forma a homenagem que a Casa Legislativa daquele Estado fez a esta publicação. Diz a missiva:

“Comunicamos que a Assembléia Legislativa aprovou o requerimento nº 2036/2005, de autoria dos senhores Deputados Brice Bragato, Cláudio Vereza e Carlos Casteglione e inse-riu nos Anais desta Casa de Leis um Voto de Congratulações com o povo Espírito-Santense, em especial com a revista BOA VONTADE, pelas matérias que vem publicando”.

BOA VONTADE, edição nº 206

BOA VONTADE, edição nº 205.

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No terceiro romance de Moacir Japiassu Quando alegre partiste (287 páginas), recém-lançado nas livrarias, o autor supera-se mais uma vez ao engen-drar um melodrama que mistura realida-de e ficção de maneira peculiar, como só um bom jornalista poderia fazer. O autor recria os “causos”, como ele mesmo cos-tuma dizer, com o humor que aprendeu a usar na dose certa, de forma inteligente. O escritor utiliza-se também de recursos didáticos para situar o leitor, com recuos de tempo. Outro detalhe interessante é que Japiassu transcreve na obra recortes de jornais da época, nos quais pode-se ver, entre as raridades, opiniões de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), além de fazer uma homenagem a diver-sos colegas de profissão.

Não contente em engendrar suas incríveis narrativas, em seu refúgio em Cunha, interior de São Paulo, este Dom Quixote dos tempos modernos, um anda-rilho via internet, quer transformar pensa-mentos em livros, matérias, e levá-los aos

rincões do País e também aos amigos. E foi de lá, do Sítio Maravalha, que Moacir encaminhou a outro companheiro das letras seu mais recente trabalho. Diz ele, na dedicatória ao dirigente da Legião da Boa Vontade: “Ao consideradíssimo amigo e Irmão José de Paiva Netto, com o abraço sempre saudoso e afetuoso do Moacir Japiassu”.

Jornalismo, humor e romance em único livro.

Reconhecimento Quero parabenizar a revista BOA

VONTADE pela excelência da publi-cação e aproveito para colocar meu gabinete ao inteiro dispor. (Vereador Domingos Dissei, São Paulo/SP)

Meus cumprimentos à Editora Eleva-ção, à LBV e ao Irmão Paiva Netto pelos seus trabalhos e livros lançados em prol dos Seres Humanos. Tenho ouvido pela Super Rede Boa Vontade o programa Cortando Estradas, além das preces de hora em hora. Acredito muito em Deus. (William Gurzoni, São Paulo/SP)

Reflexões da AlmaSou leitora assídua dos livros de

Paiva Netto. O Reflexões da Alma tem me ajudado bastante. (...) Sou portadora de artrite há 20 anos e estou com a saúde

debilitada sem poder me loco-mover direito. Meu marido tem de trabalhar para sus-tentar a família. Meus filhos cresceram e estão assumindo compromissos. Então, meus companheiros, durante o dia,

são os livros. Para mim foi melhor que tratamento psiquiátrico e psicológico. Antes eu não tinha tempo para ler. Só trabalhava, estudava e cuidava da famí-lia. Hoje entendo que se tivesse tirado um tempo a mais para leitura, poderia ter uma vida melhor e evitado coisas desagradáveis, pois, com a riqueza do

conhecimento, minha mente se abriu para muitas realidades. Agradeço a Deus por haver escritores a exemplo de Paiva Netto. O livro Reflexões da Alma ganhei de aniversário do meu filho e todas as noites antes de dormir eu releio uma mensagem. Logo depois, oro e durmo em paz. (Eloisa Dias, Guaíba — Porto Alegre/RS)

“Vocês estão de parabéns pela revista

BOA VONTADE.”

Professor Evanildo Bechara, Secretário-

Geral da ABL

Jon Corzine, Governador elei-to de Nova Jersey, entusiasma-se com a revista Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, da LBV (7ª edição, versão em Inglês), entre-gue, na ocasião, por Eliana Gonçalves e Mariana Malaman,

integrantes da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus dos Estados Unidos. Nascido em Illinois em 1º de janeiro de 1947, Corzine exerceu o cargo de Senador em 1999.

Governador de Nova Jersey (EUA)

Moacir Japiassu (D) com seu velho amigo Paiva Netto

Em agradecimento à Legião da Boa Vontade por integrar a exposição Tramas, Pontos e Nós, a Embaixada da República da Indonésia presenteou o Templo da Boa Vontade com uma bela lembrança (foto acima) daquele país. Em missiva ao TBV, o Primeiro-Secretário Cultural da Embaixada, Ahimsa Soekartono, escreve: “O sucesso obtido neste evento foi certamente resultado do incansável trabalho realizado pela LBV, bem como o bom entendimento entre os organiza-dores e os participantes. Como demons-

Embaixada da Indonésia presenteia TBV

tração de apreço e reconhecimento, es-tamos enviando umas pequenas lembranças do nosso país para a vossa Instituição”. E encerra: “Con-gratulamo-nos pelo excelente trabalho. Aproveitamos para reiterar à Legião da Boa Vontade os protestos de nossa mais alta estima e dis-tinta consideração. Ahimsa Soekartono, Primeiro-Secretário Cultural”.

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A revista BOA VONTADE não se responsa-biliza por conceitos emitidos em seus artigos

assinados.

Adriane Schirmer Neuza Alves

Walter Periotto Wanderly Albieri Baptista

BOA VONTADE

Diretor e Editor responsável

Francisco de Assis Periotto MTE/DRTE/RJ 19.916 JP

Gerdeilson Botelho Revisão

ArteProjeto Gráfico: Alziro Braga

A revista BOA VONTADE agradece à renomada fotógrafa Nana Moraes

pela produção da foto de capa que foi encaminhada, gentilmente, à nossa redação

pela atriz Juliana Paes.

BOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada pela Editora Elevação.

Impressão: PROL Editora Gráfica

ProduçãoEndereço para correspondência:

Av. Rudge, 938 — Bom Retiro CEP 01134-000 — São Paulo/SP

Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal 13.833-9 CEP 01216-970

Internet: www.boavontade.com E-mail: [email protected]

ColaboradoresAlvino Barros, Cida Linares, Daniel Trevisan, Danielly Arruda, Débora Verdan, Elias Paulo, Leonardo

Mattiuzzo, Maria Aparecida da Silva, Mário Augusto Brandão, Natália

Lombardi, Paulo Azor, Pedro de Paiva, Profa Nádia Lauriti, Rita Silvestre e

William Luz

Ao Leitor

O projeto Amigos de Boa Vonta-de — que reúne artistas, esportistas, profissionais voluntários e perso-nalidades da mídia para apoiar as diversas ações socioeducacionais da Legião da Boa Vontade — ganhou este mês o reforço da carismática atriz Juliana Paes, que é capa desta edição. A exemplo dela, muitos outros estão incentivando os tra-balhos da LBV, especialmente no fim de ano, quando a Obra, ao lado de sua lide diária, realiza grande movimentação com o objetivo de distribuir 350 toneladas de alimen-tos a famílias em situação de risco social e, assim, fazer mais feliz o Natal de milhares de pessoas.

Em torno da Solidariedade Ecu-mênica gira também o artigo “Não há mundo sem a China”, do jorna-lista Paiva Netto, no qual entre os muitos ensinamentos lembra que, mais do que nunca, a sociedade, que vive ameaçada pela destruição, pela queda das barreiras de espaço e tempo, deve compenetrar-se de que somos uma “imensa família chamada Humanidade”. E conclui: “É necessário que os que acreditam na Paz se unam, vençam suas di-ferenças. Se não, ninguém restará para contar a História...”.

No mês da Consciência Negra, o sutil, silencioso, mas ainda mui-to presente preconceito contra o negro no Brasil é analisado nesta revista em quatro importantes con-textos. Nas entrevistas do Senador Paulo Paim e da Ministra Matilde Ribeiro, titular da Secretaria Espe-cial para Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir); na ma-téria do Dr. José Vicente, Presiden-te da Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sócio-Cultural; e no bate-papo com a querida atriz e cantora Zezé Motta, no qual ela conta detalhes da trajetória vence-dora, falando de papéis relevantes como a interpretação de Xica da Silva, que se tornou uma referência na carreira dela.

Boa leitura!

4 Cartas 6 Ao Leitor8 Notícias de Brasília9 Coluna de Esportes10 Samba e História12 Especial — Dia da Consciência Negra19 Mundo20 Acontece24 Capa28 Reportagem34 Atualidades

36 Literatura40 Melhor Idade42 Ação Jovem LBV44 Soldadinhos de Deus46 Homenagem50 Saúde51 História52 Variedades57 Acontece no Mundo58 Opinião62 Pedagogia do Cidadão Ecumênico

Edição nº 207

Índice

A Vida não acaba com a morte e tem seu começo antes da concepção carnal, porque o Espírito antecede o corpo.

(Paiva Netto)

Reflexão

ANO XXIII • Nº 207 • NOVEMBRO DE 2005

Francisco de Assis PeriottoMTE/DRTE/RJ 19.916 JP

Coordenação

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Francisco de Assis Periotto MTE/DRTE/RJ 19.916 JP

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24Coluna de Esportes

Capa

Literatura

Especial — Dia da Consciência Negra

Acontece

28Reportagem

50 Saúde

58 Opinião

Portal BOA VONTADE: www.boavontade.com

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Presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). De portas abertas 24 horas por dia, o templo atraiu mais de 15 milhões de turistas e peregrinos nos 16 anos de existência.

“A pirâmide de sete faces e 21 metros de altura abriga em seu interior vários ambientes, como uma galeria de arte, com exposições itinerantes de artistas nacionais e estrangeiros; a Sala Egípcia, reservada à meditação e decorada com tapetes, pinturas e esculturas repre-sentativas da milenar cultura do Nilo; e até uma fonte de água mineral, tida como a mais ‘energética’ da região. No topo da pirâmide, uma pedra de cristal de 21 quilos catalisa as energias que adentram o monumento. Outro pólo de concentração dos visitantes é a Mandala, escultura semelhante a um grande e co-lorido olho. Muitos turistas dizem sentir vibrações ao tocá-la. Um restaurante e uma livraria também estão à disposição dos viajantes.

“O espaço mais procurado do Tem-plo, no entanto, é sua nave, com uma imensa espiral desenhada no piso, simbolizando a caminhada do homem na Terra. Os visitantes que ali chegam costumam tirar os sapatos e seguir a marcação, até alcançar o centro da es-piral, exatamente embaixo da pedra de cristal, onde dedicam alguns momentos à oração. Diariamente, às 18h, um culto é realizado no local, com acom-panhamento de um dos vários corais da LBV. Não há símbolos religiosos (...), apenas um altar, concebido pelo escultor italiano Roberto Moriconi (1932-1993),

A edição de 30 de novembro do Jornal do Brasil indicou

aos leitores do Caderno Viagem o Templo da Boa Vontade — a Pirâ-mide dos Espíritos Lu-minosos. O texto aborda os pontos místicos da

capital do País e dedica meia página ao TBV, contando um pouco da história do monumento que, em 21 de outubro, completou 16 anos.

O jornalista Carlos Alberto Gui-marães, que redigiu a matéria, visitou a Pirâmide da Paz no dia 19 deste mês e pôde transmitir os pontos que fazem do Templo da Boa Vontade uma parada obrigatória para visitantes de todo o mundo, o que o consolidou como o mo-numento mais visitado de Brasília/DF, segundo dados oficiais da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur).

“Templo da Paz completa 16 anos no Distrito Federal

“A capital federal não é apenas o centro do poder e das tensões políticas. Numa superquadra da Asa Sul repousa um espaço de paz e ecumenismo que se tornou o ponto turístico mais visitado de Brasília: o Templo da Boa Vontade, também conhecido como Pirâmide dos Espíritos Luminosos. Trata-se de um complexo de dois mil metros quadrados, inaugurado em outubro de 1989, a partir de doações de todo o país, capitaneadas pelo jornalista José de Paiva Netto,

Templo da Boa Vontade é destaque no Jornal do Brasil

_____________Lícia Curvello

“Estive no Templo da LBV há 10 anos e, hoje, vejo a mesma Paz, o mesmo ambiente caloroso, a

Fé e a devoção das pessoas que aqui visitam. (...) Eu destaco a questão da Espiritualidade presente em todos os pontos

do Templo da Boa Vontade. (...) As pessoas entram aqui como

turistas — O TBV é o ponto turístico mais visitado de Brasília

— e saem da Pirâmide da LBV mais espiritualizadas, mais

conscientes. (...) Quem vai lá uma vez, sempre volta.”

Carlos Alberto Guimarães, jornalista do Jornal do Brasil, em visita ao

Templo da Boa Vontade, no dia 19 de novembro.

representando os quatro elementos da natureza: fogo, ar, água e terra.

“Em meio a uma atmosfera tão mís-tica, não há como evitar de se pensar em milagres. Os responsáveis pelo Templo, entretanto, são cautelosos ao tratar do assunto.

— Não prometemos nada, mas há vários casos de doentes que saíram da-qui curados de seus males — comenta Enaildo Viana, assessor de imprensa da LBV.

— Seus depoimentos, confirmados por parentes, estão todos gravados em nosso acervo — complementa.

O Templo da Boa Vontade está lo-calizado na SGAS 915, Lotes 75 e 76. Maiores informações pelo telefone (61) 3245-1070”.

Conjunto Ecumênico da LBV. À direita, o Templo da Boa Vontade; ao centro, a sede adminis-trativa; à esquerda, o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica (ParlaMundi). Visitado por mais de 15 milhões de turistas e peregrinos, é o líder de visitação do Distrito Federal, segundo dados oficiais da Secretaria de Turismo (Setur).

Carlos Alberto Guimarães

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Fac-símile do Jornal do Brasil

Notícias de Brasília

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José Carlos Araújo é locutor esportivo da Rádio Globo do Rio de Janeiro/RJ

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Coluna do Garotinho

Depois de 8 meses de com-petição, terminou o mais conturbado de todos os Campeonatos Brasileiros.

No fim das contas, deu Corinthians na cabeça*. O milionário Timão de muitos craques conquistou seu quarto título de campeão nacional.

Para muitos, foi uma conquista injusta, uma vez que o Internacio-nal, vice-campeão, embora com um time bem mais modesto, sem tantos craques, apresentou um futebol mais convincente em campo, pela força de seu conjunto.

Alegam ainda que as 11 partidas anuladas pelo STJD, por supostas manipulações de resultados por uma quadrilha de apostadores, beneficiaram exclusivamente o Corinthians, em prejuízo justamente do Internacional: o Corinthians teve a oportunidade de jogar de novo partidas em que havia sido derrotado e, na segunda chance, conseguiu vencer.

Não há como discutir essa verdade: se os jogos em questão não fossem anulados, valendo os resultados ante-riores, o título certamente viajaria de São Paulo para Porto Alegre.

Mas não importa quem tem razão. As lamentações fazem parte do fute-bol, cuja magia está também em sua imprevisibilidade. Se o campeão fosse sempre o melhor, o mais forte, não haveria emoção na disputa.

Justiças e injustiças.Temos de parabenizar o Internacio-

nal pela campanha que realizou e mais ainda o Corinthians, porque montou um grande elenco, capaz de oferecer aos torcedores grandes espetáculos, com jogadas fantásticas de atletas di-ferenciados, como o argentino Tevez, Roger, Carlos Alberto e outros.

Injustiças sempre existiram e sem-pre vão existir. Elas também fazem par-te do espetáculo. Mas nada pode tirar o brilho da conquista corintiana. Afinal, o clube paulista soube aproveitar as oportunidades que teve e alcançou seu objetivo: é o legítimo campeão brasileiro de 2005.

Na outra ponta da tabela, mais um tradicional clube cai para a segunda divisão. Depois de Pal-meiras, Botafogo, Fluminense e Grêmio, que caíram e voltaram à elite do futebol brasileiro, o Atlético Mineiro, primeiro campeão nacional, acabou rebaixado.

Que siga o exemplo do Grêmio, que caiu, formou um time competitivo e, com muita raça, conquis-tou em campo o direito de retornar à primeira divisão. O Atlético Mi-neiro foi o rebaixado. Mas poderia ter a companhia de outros grandes clubes, já que Flamengo e Vasco pas-

saram a maior parte do campeonato em perigoso namoro com as quatro últimas posições da tabela.

Enfim, o que não faltou foi emoção. Esse é o Campeonato Brasileiro. Não por acaso, apontado como o mais difícil do mundo, pela quantidade de clubes em condições de disputar o título.

Campeonato

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* Este artigo chegou à redação da revista BOA VONTADE, em 5/12/2005, quando fechávamos esta edição.

Carlitos Tevez

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Samba e História

No clima agradável e do puro verde da Lagoa Rodrigo de Freitas, localizada na zona sul carioca, o programa

Samba e História teve o prazer de conversar com a renomada atriz e cantora Zezé Motta. Nascida em Campos, município do norte flumi-nense, mudou-se para a capital aos 3 anos de idade. Ela guarda boas recordações dos tempos em que viveu no interior. “Eu me lembro de ficar brincando no quintal dos meus avós, do fogão de lenha sempre com uma batata-doce assando”.

Ao chegar ao Rio de Janeiro, a fa-mília de Zezé foi morar no morro do Cantagalo, que fica entre os bairros de Copacabana e Ipanema. “Como tinham de trabalhar, eu ficava na casa de um tio. Aos 6 anos de idade fui para o colégio interno e fiquei lá até os 12.”

A veia artística foi herança do pai — que era músico e professor de violão. Por conta do exemplo de casa, Zezé descobriu muito cedo sua vocação para cantar. “Ele queria que eu seguisse a música, já minha mãe desejava que fosse estilista igual a ela”. O destino foi quem conduziu

“Muito

Atriz e cantora abre o coração e conta sua trajetória de vida

a sua vida para o campo das artes. Quando concluiu o ensino médio ganhou, por intermédio do professor Jader de Britto, uma bolsa para es-tudar no Tablado, curso de teatro de Maria Clara Machado. Ela justifica a escolha, afirmando que desde cedo “era muito dedicada, passava o fim de semana decorando peças de teatro, poesias, em todas aquelas festas his-tóricas estava eu lá me exibindo”.

O fato de cantar e interpretar aju-dou Zezé a sobressair-se na carreira de atriz nos palcos em 1967. Na data, estrelou em “Roda-viva”, sua primei-ra peça profissional, de autoria do cantor Chico Buarque e sob a direção de José Celso Martinez Corrêa.

Enquanto estava em cartaz com “Roda-viva”, ficou muito amiga da atriz Marília Pêra e dessa ami-zade surgiu o convite para estrear na televisão. “A Marília foi con-vidada para fazer a novela Beto Rockfeller na antiga TV Tupi e me indicou para atuar na novela tam-bém. (...) Tive muita sorte porque no dia em que estava fazendo a apresentação da peça, o ator Flá-vio Santiago viu minha atuação e me convidou para fazer o teste”.

Zezé”prazer,

O radialista Hilton Abi-Rihan (E), ao lado da atriz e cantora Zezé Motta, durante gravação do programa Samba e História, no Rio de Janeiro/RJ. Na Super RBV, o ouvinte pode acompanhar essas entrevistas aos domingos, às 5, 14 e 20 horas. Pela Rede Mundial de Televisão (RMTV) é exibido aos sábados, às 23 horas. O telespectador pode assisti-las também aos domingos: às 15 ou às 23 horas.

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Boa tarde, Xica da Silva.

Um dos papéis mais marcantes da atriz na televisão foi, sem dúvida, em Xica da Silva, como também ficou conhecida durante muito tempo. Nessa época, Zezé já estava com oito anos de carreira, mas havia um teste para a escolha da personagem. “Soube que o Cacá Diegues estava constrangido de me convidar para fazer o teste porque ele não conhecia o meu trabalho, es-tava exilado em Londres (Inglaterra).” Determinada, a atriz não perdeu tempo, ligou para o diretor e disse que gostaria de participar da seleção. “Concorri com 30 atores e esperei 30 dias roendo as unhas”, brinca.

Nesse período, Zezé estava em Salvador, capital da Bahia, na gravação do filme A força de Xangô, com Iberê Cavalcanti; todos os dias, ela telefonava ao Rio de Janeiro a fim de saber o resul-tado. Quando já estava quase desistindo, o telefone tocou enquanto gravava e do outro lado da linha a resposta tão aguar-dada: “Um dos produtores me chamou e disse: ‘Boa tarde, Xica da Silva!’. Aí eu pirei, perdi a fome e comecei a ligar para todo mundo”. O curioso é que a alegria da atriz era tamanha que nem mesmo a imprensa conseguia falar com

ela, porque o único telefone de contato naquele momento só dava ocupado.

O papel de Xica da Silva foi tão sig-nificativo na trajetória da atriz que virou uma referência. “Até hoje, quando vou me apresentar como cantora em algum lugar, eles põem em cartaz ‘Show com Zezé Motta, atriz de Xica da Silva’”.

Mesmo no cinema, teatro e TV, Zezé sempre alimentou um sonho paralelo ao de ser atriz: ser cantora. Como seu pai tinha um conjunto musical e ensaiava em casa, a atriz costuma dizer que tem contato com o som desde o ventre da mãe. Foi o pai quem notou o bom ou-vido da filha para a música. “Eu dizia a ele que precisava ouvir a música que a Nora Nei gravou ou que a Ângela Maria gravou e, assim, começava a cantar”.

Nessa época, o pai de Zezé Motta passou a fazer as cifras e ela cantava. “Mesmo antes do sucesso de Xica da Sil-va, eu tinha gravado um disco compacto de uma peça de teatro musical chamada ‘A moreninha’. O pessoal perguntava: ‘E agora, Zezé?’ e eu dizia: ‘Agora vou cantar’”, recorda-se.

Guilherme Araújo foi quem se interessou para ser empresário de Zezé e, logo no início, promoveu um jantar dela com intérpretes da Música Popular Brasileira. “Ele

convidou o Caetano Veloso, a Rita Lee, o Gilberto Gil, o Luiz Melodia, o Moraes Moreira, e foi incrível porque todos estão no meu primeiro disco, que é: Muito prazer, Zezé. A música mais tocada do primeiro disco foi Dores de amores; já no segundo, o sucesso nas rádios era Senhora liberdade. Em 2000, Zezé Motta resolveu prestar uma home-nagem à sua grande amiga Elizeth Cardoso (1920-1990), com o CD Divina saudade, o que para a atriz e cantora foi um projeto mágico. A inspiração veio do livro Elizete, uma vida, de Sérgio Cabral. “Na época, pensei: ‘Essa diva ainda não foi homenageada em grande estilo’. Aí, me empolguei com a idéia, liguei para o meu empresário e começamos a procurar patrocínio.”

Zezé levou para o teatro a vida e as canções de Elizeth Cardoso. “Eu adoro essa coisa da Elizeth que é de dar a volta por cima. Fala de amor, de dor de cotovelo, mas sem entregar os pontos. A Elizeth é um mito e quando eu resolvi homenagear a ‘divina’, reli o livro sobre sua vida. E esse é um trabalho que dá a oportunidade também aos jovens de conhecerem a boa música”, finaliza.

“O papel de Xica da Silva foi tão significativo na trajetória da atriz que virou uma referência. ‘Até hoje, quando vou me apresentar como cantora em algum lugar, eles põem em cartaz: Show com Zezé Motta, atriz de Xica da Silva’.” Na imagem histórica, Zezé Motta

interpreta a personagem Xica da Silva.Repr

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Especial — Dia da Consciência Negra

Durante a semana que pre-cedeu o

Dia da Consci-ência Negra, 20 de novembro, o estudo “Retrato das Desigualda-des”, divulgado no último dia 17, pelo Insti-tuto de Pesquisa

Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, reafirmou que há uma realidade em nosso País que mostra quanto temos ainda de caminhar. De acordo com a pesquisa, 21% das mulhe-res negras trabalham como empregadas domésticas e apenas 23% têm carteira assinada. No público feminino branco, apenas 12,5% delas estão nesta atividade e 30% possuem registro em carteira.

O documento traz também as de-sigualdades entre etnias e gêneros, nos campos da educação, mercado de

Ministra Matilde Ribeiro defende a aplicação de leis específicas para vencer o mal no Brasil

Racismo sutil, mas de

resultados desastrosos. trabalho e acesso a bens e serviços, e o público feminino negro apresenta os piores indicadores.

Para melhorar referências como estas, foi criada a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a fim de “coordenar políticas de governo para a inclusão da população negra, em especial, e tratando também das questões indígena, cigana, dos palestinos, dos judeus”, explica a titular da pasta, Ministra Matilde Ribeiro.

Por sinal, ela recebeu a equipe da revista BOA VONTADE para uma entrevista, na qual falou da situação vigente no País nesta área e das pers-pectivas para o futuro.

Matilde, que tem a formação aca-dêmica de assistente e psicóloga social, afirma que chegou ao cargo por uma contingência: “Todas as pessoas no Brasil que se indignam com o racismo, com o machismo, e se colocam nas trin-cheiras de luta a partir dos movimentos sociais, o que esperam com a sua prática é que a sociedade seja mudada positiva-

mente, (...) garantindo o que está escrito em nossa Constituição”.

Ela diz que o racismo no Brasil “é sutil, silencioso, mas é tão forte quanto nos Estados Unidos e na África do Sul nos seus resultados. Em qualquer pesqui-sa nós vamos constatar que as pessoas negras, sobretudo as mulheres, são as mais pobres entre os carentes (...), o que impede a plena presença e participação delas na vida política do País”.

De acordo com a Ministra, o pro-blema tem recebido o apoio de outros órgãos federais: “O Ministério da Edu-cação (MEC) monitora ações em curso, como o Programa Pró-Uni que prevê políticas afirmativas em universidades privadas, ampliando a presença de alu-nos das escolas públicas, considerando o percentual de negros e indígenas nos Estados. Além disso, há a Lei 10.639 que obriga o ensino da história afro-brasileira nos ensinos médio e fundamental. (...) Existe um trabalho intenso no Ministério

Ministra Matilde Ribeiro

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resultados desastrosos. das Relações Exteriores, provocado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é a aproximação com os africanos. Ele já esteve em 14 países desse Continente, onde existem vários projetos com cada uma dessas nações. Realizaremos no pró-ximo ano uma conferência das Américas, considerando a presença de governos e sociedade civil, além de estimular, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social, o combate à fome, estimulando o programa bolsa-família para que abarque a realidade negra e indígena”.

Neste sentido, fala ainda do proje-to-lei que prevê a reserva de 50% das vagas das universidades do governo para alunos da rede pública. “Esse projeto já passou pela Comissão de Educação, Desporto e Cultura e várias outras, está pronto para ser votado. Estamos moni-torando o processo, considerando-o de extrema importância para, inclusive,

reforçar as experiências que estão em curso. Existem já 18 universidades no País aplicando a política de ações afir-mativas”.

ParceriaA Ministra entende que esses pro-

gramas só serão possíveis se governo e sociedade civil trabalharem juntos. Um dos resultados desta parceria sur-giu no ano passado com a realização da Primeira Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, na qual ocorreram 26 reuniões estaduais e mais a do Distrito Federal. A Ministra, que acompanhou pessoalmente todos os encontros, faz um retrato do alcance da iniciativa. “Nós pudemos constatar a diversidade brasileira, e essa plu-ralidade é apresentada tanto no seu aspecto organizativo e de resistência como nas desigualdades presentes no

Brasil, nas várias regiões. (...) Temos em mão mais de mil propostas ela-boradas nessa Conferência que agora estão sendo analisadas e trabalhadas por nós para fazerem parte do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que será o documento final, no qual o governo apresentará as metas e as perspectivas efetivas para aplicação dessas políticas”.

Por fim, falou com entusiasmo da ur-gência de tornar-se realidade o Estatuto de Igualdade Racial: “O Estatuto passou pelo Senado e agora precisa ser apro-vado na Câmara Federal. É uma peça importantíssima no que diz respeito ao aprimoramento do nosso sistema legal brasileiro. Ele indica a necessidade de desenvolvimento, por parte do Estado, visando à inclusão da população negra na área de educação, do trabalho, da cul-tura e da saúde”, finalizou. [L.S.M.]

Rosa Parks, ícone dos direitos humanos.

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Rosa Parks, con-siderada uma das principais responsáveis

pelo movimento de igualdade pelos direi-tos civis nos Estados Unidos da América, faleceu, aos 92 anos, no último 24 de ou-tubro, em Detroit

(Texas). Seu corpo foi velado no Capitólio de Washington D.C. Ela foi a primeira mulher a receber esta homenagem, concedida antes apenas a governantes e heróis de guerra norte-americanos.

A costureira negra ficou conhecida pelo episódio que protagonizou em 1955, quando se recusou a ceder o assento no ônibus em que estava acomodada a um homem branco, o que era previsto na lei de segregação em vigência no Alabama

e que exigia que negros liberassem seus lugares no transporte público para pes-soas brancas.

O fato rendeu a Parks a prisão e uma multa equivalente a US$ 14. A repercus-são do ocorrido desencadeou um boicote de 381 dias ao sistema de ônibus, organi-zado pelo pastor da Igreja Batista Martin Luther King Jr. (1929-1968) (Prêmio Nobel da Paz pelas constantes lutas em benefício da igualdade civil).

A aguerrida decisão da costureira resultou no fim da segregação nos trans-portes públicos e, em 1964, entrava em vigor a Lei dos Direitos Civis. Depois de receber ameaças e perder o emprego, mudou-se para o Texas. Em 1996, Parks foi premiada com a Medalha Presidencial pela Liberdade e, três anos mais tarde, com a Medalha de Ouro do Congresso americano, a mais alta honraria civil. No dia 1º de dezembro completam-se 50 anos do ocorrido e, mais que uma lição

Há cinqüenta anos, Parks ficou conhecida

como “mãe do movimento pelos

direitos civis” ao se negar a ceder seu assento para um

passageiro branco em um ônibus, nos

Estados Unidos.

de coragem, Parks deixou para o mundo a lição da igualdade, que deve prevalecer superando as diferenças raciais, étnicas e de religião. [R.O.]

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No dia 21 de março de 1960, em Shaperville, África do Sul, dezenas de negros afri-canos foram barbaramente

assassinados pela polícia do regime do apartheid porque se rebelaram contra a injustiça, pelo direito à Vida, à liberdade e à igualdade de direitos em seu próprio país, construído com o sangue e o suor de seus antepassados e pilhado pelo colonialismo inglês.

Da segregação dos guetos aos fu-zilamentos oficiais, dos seqüestros e mercancia dos corpos às chibatas, enfor-camento e fogueiras em praça pública ao longo da História, essa trágica epopéia — negação dos mais comezinhos prin-cípios de valores humanos — sempre representou um fardo muito pesado para ser carregado e importante demais para permanecer ignorado.

Compreendido que a nenhum ente político é legítima a supressão dos direitos indisponíveis do Ser Huma-no, menos ainda, fundamentado na intolerância e desrespeito às diferen-

Dr. José Vicente, Presidente da Afrobras (Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sócio-Cultural).

ças raciais, essa data, a Comunidade Internacional de Países, em louvor aos valores éticos e morais do respeito à pessoa humana, elegeu como o Dia Internacional de Luta Contra a Dis-criminação Racial.

No Brasil, a despeito do discurso oficial em contrário que justifica a distância e a invisibilidade social na tese da discriminação, a prática do racismo contra os negros — que sempre constituiu uma teia complexa, de difícil análise e compreensão —, ganhou nos últimos tempos um aliado incontestável e surpreendentemente revelador: os dados de pesquisas isen-tas e bem-conduzidas.

Somados à porção mais perceptível dos sentidos, com predominância para o visual, esses esforços de estudiosos e técnicos abnegados e a pressão dos organismos internos e externos confluíram para colocar por inteiro, e confirmar à exaustão, o que sempre se soube informalmente: no Brasil, o segundo maior contingente de negros

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______________Dr. José Vicente

Especial — Dia da Consciência Negra

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ou afrodescendentes do Planeta, a discriminação pelo racismo atinge níveis estratosféricos.

Segundo o IBGE, Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística, os negros representam 45% dos brasi-leiros. O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) noticia que nos últimos 10 anos (oito de social-de-mocracia) a distância social do negro em relação aos brancos aumentou. O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconô-micos) comunica que, para trabalho igual, o negro recebe até 50% menos que os trabalhadores brancos e o Ministério da Educação aponta que dos quase 800 mil universitários nas instituições públicas, os negros respondem por tão-somente 2,2% do contingente.

Acresça-se a esses alguns dados factuais, tais como a invisibilidade do negro nos primeiro, segundo e terceiro escalões dos Ministérios, Estatais, Secretarias Estaduais e Municipais, no

Congresso, Suprema Corte, Tribunais Superiores, Magistratura e Ministério Público Federal e Estadual, Exército, Magistério, nas hostes religiosas, nas diversas mídias, etc. No Estado de São Paulo e na cidade de São Paulo nada é diferente.

Como se pode ver à saciedade, os números são latentes. Oitenta milhões de pessoas encontram-se fora dos equipamentos e instrumentos sociais, fato demonstrativo de que nossa ge-ração também falhou na resolução dessa chaga estrutural da sociedade brasileira. Do racismo cordial à inte-gração racial; do milagre brasileiro ao neoliberalismo, prevalece a certeza, de sempre, de que o mais intrincado e decisivo dilema da nação permanece intocável: o negro brasileiro continua onde sempre esteve, no porão, sepa-rado e desigual.

Dessa realidade decorre a cons-tatação da ilicitude de repassarmos intacta para nossas futuras gerações essa verdadeira “bomba de nêutrons”.

Se a vocação do Brasil é conviver em lugar de destaque no concerto das na-ções, esse objetivo em sua plenitude importa, antes de tudo, na obrigação moral e ética da integração no gozo e usufruto dos bens, riquezas e oportu-nidades nacionais de todos os filhos da pátria, pois não se conhece na história de todos os tempos o alcance da Paz e felicidade geral numa nação cindida.

O dilema da nação não poderá ser a vontade sincera, a coragem honesta e o desejo legítimo da grande maioria da sociedade brasileira de, empenhada nas lutas de combate ao racismo e discriminação racial, preparar para o futuro uma nação pacificada, de gló-ria, orgulho e felicidade para todos os brasileiros. A isso juntamos nossa voz e nossa esperança, elevando nossas orações e pensamentos à memória dos mártires sul-africanos de 21 de março de 1960 e, por conseguinte, a todas as vítimas do racismo e da discriminação racial, neste Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial.

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Há alguns anos em tramitação no Congresso Brasileiro, o Estatuto da Igualdade Ra-cial, de autoria do Senador

Paulo Paim, depois de passar pelo Sena-do, seguiu este mês para a Câmara dos Deputados em mais um esforço para ter sua aprovação. Considerado um marco histórico, por condensar as principais reivindicações do movimento negro nos últimos 30 anos, traz a legislação que fal-tava para colocar em prática as medidas previstas na Constituição de 1988.

Em entrevista exclusiva à repórter Sônia Sabatine, da Rede Mundial de Televisão — A TV da Educação, da Cultura e da Cidadania Solidária com Espiritualidade Ecumênica!, Paulo Paim falou exatamente desse documento que deve orientar as políticas públicas brasileiras no sentido da superação das desigualdades raciais.

Paim, que ocupa no Senado Fe-deral as funções de Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Presidente da Subcomissão Permanen-te de Igualdade Racial, discorreu ainda sobre assuntos afins em sua caminhada como parlamentar, na defesa do traba-lhador, dos aposentados, dos índios, das crianças e mulheres. Enalteceu neste particular a presença marcante da Legião da Boa Vontade que, por meio da Solidariedade Altruística e da

Estatuto da Igualdade Racial, em processo de aprovação, con-densa as principais reivindicações do movimento negro.

transformação interior do Ser Humano pela Espiritualidade Ecumênica, tem melhorado a qualidade de vida de nosso Povo.

Durante a conversa, destacou ainda o lançamento do livro Salário Mínimo: uma história de luta, de sua autoria, realizado em 11 de novembro, na 51ª Feira do Livro de Porto Alegre (Leia matéria na p. 36), no Rio Grande do Sul. Na ocasião também foi relançado pelo Conselho Editorial do Senado o título Batalha de Caiboaté, do historiador Ptolomeu de Assis Brasil e apresentação de Paulo Paim.

Aproveitando a oportunidade, o Senador presenteou o dirigente da LBV com os dois trabalhos. Em sua obra re-gistra: “Ao Presidente Paiva Netto, com abraços do seu sempre amigo Paim”. E no trabalho do escritor Assis Brasil reafirma: “Ao amigo Paiva Netto, com carinho do sempre amigo Paim”.

BOA VONTADE — Qual o principal objetivo da Subcomissão que o senhor está presidindo, quais são suas metas?

Paulo Paim — A Subcomissão

trabalha na linha dos Direitos Humanos, de não permitir a ação preconceituosa, racista com o nosso Povo. Atuou (neste

Políticas afirmativas

discriminaçãoe contra a

“O Estatuto, ora aprovado pelo Congresso Nacional, está para o Brasil como a lei dos Direitos Civis foi para os negros americanos, sancionada pelo Congresso dos EUA a partir da luta do (Reverendo) Martin Luther King (1929-1968).”

Paulo Paim, Senador.

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Especial — Dia da Consciência Negra

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ano) em Porto Alegre (RS) num momen-to histórico: estava havendo o que nós chamamos de despejo ilegal de 16 famí-lias do Quilombo Silva. Eu levei a Sub-comissão à cidade, com a Assembléia Legislativa, a Câmara de Vereadores, a Prefeitura e o Governo do Estado. O próprio Governo Federal, via Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir); o Ministério da Cultura, via Fundação Palmares e o Ministério da Reforma Agrária, com o Incra, conseguiram sustar a expulsão dessas famílias negras que moram no Centro da capital gaúcha. É o primeiro quilombo urbano do País. Essa Subco-missão também pretende ouvir todas as denúncias que possam vir da sociedade em matéria de racismo, de preconceito, seja contra a mulher, o negro, o índio, o branco, as crianças, os idosos; enfim, por religião, credo, origem, matriz, gênero. Qualquer tipo de discriminação será combatido nela. Por isso, ela pertence à comissão principal, que é a de Direitos Humanos.

BV — Outra bandeira defendida pelo senhor é a questão do Estatuto da Igualdade Racial. Como o Brasil receberá esta lei?

Paim — O Estatuto da Igualdade Racial, do qual tenho muito orgulho de ser o autor, e que o Senador Rodolpho Tourinho foi relator; na Câmara dos Deputados teve a participação do

Deputado Federal Reginaldo Germano; e nas Comissões contou com os Sena-dores Roseana Sarney e César Borges, que foram também relatores. Eu diria que hoje ele é uma realidade, felizmente foi aprovado e contempla as políticas públicas, tudo aquilo que a Comunidade Negra sonhou ao longo dos séculos, des-ses 505 anos, já que estamos em 2005. Nele temos cotas no trabalho, na mídia, na área privada, no serviço público, nas escolas; e também nós contemplamos políticas na área da saúde, da educação. Abrimos espaço para a Comunidade Negra, quando existir alguma denúncia grave, para que tenha prioridade no atendimento da justiça. Trabalhamos também com a terra dos remanescentes dos quilombolas, para terem direito à titularidade delas. São mais de cinco mil quilombos no Brasil. Há cerca de uma

centena de artigos, de políticas, que vêm da linha da reparação, das chamadas po-líticas afirmativas, àqueles que ao longo de sua vida deram tudo para esse País e sempre ficaram marginalizados. Eu digo que o Estatuto, ora aprovado pelo Congresso Nacional, está para o Brasil como a lei dos Direitos Civis foi para os negros americanos, sancionada pelo Congresso dos EUA a partir da luta do (Reverendo) Martin Luther King, após a marcha que liderou em Washington. No Brasil, exatamente no mês de no-vembro em que temos duas marchas em Brasília (DF), o Estatuto também foi aprovado. É a verdadeira carta de alforria que a nação negra não recebeu em 13 de maio de 1888, já que naquele dia foi assinado somente um artigo: “É dada aos escravos a liberdade”. Mas os direitos civis não foram dados, eles estão sendo conquistados a partir desse Estatuto.

BV — Esse avanço na política pública é uma maneira de o País quitar um pouco a dívida com o negro?

Paim — O Estatuto é um avanço enorme no Brasil, um exemplo até para outros países. (...) De posse desse documento, mesmo as discriminações cometidas nos estádios de futebol, quem for flagrado nesse crime poderá pegar de dois a cinco anos de prisão e ainda pagar multa. Entendo que ele é uma peça fundamental de combate ao racismo e ao preconceito, porque estamos também fortalecendo a lei da Educação. Do jardim da infância à universidade, as crianças, jovens, adultos vão entender a importância da Solidariedade e que a capacidade de um homem não é medida pela cor da pele.

BV — O que falta para alcançar a questão da igualdade racial?

Martin Luther King, um dos gran-des responsáveis pela aprovação da Lei dos Direitos Civis norte-ameri-canos.

“Esta Comissão (de Direitos Humanos)

cumpre um papel de Solidariedade entre os Seres Humanos, que é fundamental para

conquistar um mundo dos nossos sonhos, da igualdade, liberdade,

justiça, no qual o Homem esteja em primeiro lugar.”

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Especial

Paim — Mais da metade da po-pulação brasileira é composta de ne-gros. Precisamos ter ações educativas, programas como esse na televisão, no rádio, mesmo nos cinemas, nos jornais, enfim, em toda a mídia, uma campanha afirmativa, em que negros, brancos e índios caminhem juntos. Somente assim esse País poderá ser de Primeiro Mundo, quando efetivamente se afastar da chaga do preconceito racial. (...) Necessário se faz antecipar ao crime, não deixar que ele aconteça e depois só punir.

BV — O senhor também é o Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos no Senado Federal.

Paim — O Presidente é o Senador

Cristovam Buarque. Nós estamos inte-ragindo com a Comissão de Direitos Hu-manos de outras nações, com a Câmara dos Deputados do nosso País. Faremos um encontro chamando as Comissões de Direitos Humanos de todas as Assem-bléias Legislativas dos Estados e vamos trabalhar em um segundo momento com as Câmaras de Vereadores dos Municí-pios. É um projeto interessantíssimo que estou desenvolvendo com o Cristovam para discutir a condição das mulheres, crianças, deficientes, idosos, desem-pregados, renda do Salário Mínimo (a importância dele para melhorar o padrão de vida da nossa gente), negros e presos políticos (anistia). Esta Comissão (de Direitos Humanos) cumpre um papel de Solidariedade entre os Seres Humanos, que é fundamental para conquistar um mundo dos nossos sonhos, da igualdade, liberdade, justiça, no qual o Homem esteja em primeiro lugar.

BV — Comparando com outros países, como anda a questão do respeito aos Direitos Humanos no Brasil?

Paim — Nós temos de avançar mui-to ainda. É inegável que os chamados países de Primeiro Mundo estão mais à frente. Veja, por exemplo, a realidade do negro norte-americano em relação ao brasileiro. Nos Estados Unidos a

população negra corresponde a 11% (do total), só que a qualidade, o padrão de vida do americano está 50 anos na dian-teira do negro do nosso País. Podíamos lembrar de políticas para as mulheres, as crianças, os índios, a situação do índio é muito delicada. Faço parte da Frente Parlamentar em Defesa do Povo Indígena, tenho trabalhado muito no Rio Grande do Sul, vou levar o assunto para a Comissão de Direitos Humanos, no próximo 7 de fevereiro de 2006, quando lembraremos os 250 anos da morte de Sepé Tiarajú, um dos grandes líderes do País, que morreu defendendo as nossas fronteiras. Ficou conhecido pela frase histórica: “Essa terra tem dono”, em uma luta que levou mais de dois mil índios para combater a invasão dos espanhóis e dos portugueses: a Batalha de Caibo-até, na qual foram assassinados 1.500 índios que pelejaram, resistiram em defesa do solo brasileiro. Esse fato tem

de ser relembrado, eles têm seu espaço na história. (...)

BV — Como está a vida do nosso trabalhador?

Paim — Não está fácil, porque sou obrigado a admitir que, infelizmente, o salário mínimo continua com um valor insignificante, não é decente. Qual o casal com dois filhos que vive com tre-zentos reais? Não paga nem o aluguel, calcule a Previdência Social, a alimen-tação, saúde, educação, transporte, lazer, vestuário. Só essa referência nos deixa muito preocupados pelo valor baixo, apesar da luta. Temos de reconhecer que a própria ONU diz que o Brasil em ma-téria de concentração de renda é o País que está em primeiro lugar em toda a América Latina, ou seja, é a nação onde o dinheiro está na mão de uma minoria, é o pior em distribuição de renda. O número de desempregados é altíssimo também. Por isso, temos de ser solidá-rios, generosos, buscar alternativas. Sair da especulação financeira e entrar no mercado de produção, esse é que gera emprego no campo e na cidade. (...)

BV — O senhor acompanha o trabalho da LBV que possui diversas ações ligadas à igualdade racial, à promoção da pessoa humana e do seu Espírito eterno. Como analisa essas iniciativas?

Paim — A Legião da Boa Vontade faz um belíssimo trabalho. Sem dúvida, o Paiva Netto é uma referência interna-cional, tive oportunidade de conversar com ele. O Templo da Boa Vontade, em Brasília, é um Templo multirracial, su-prapartidário, inter-religiões, universal. Um belo espaço onde já estive algumas vezes. Visitei também em Glorinha, no Rio Grande do Sul, o Lar e Par-que da LBV, onde há um importante serviço com as crianças. Entendo que é isso, se cada um fizer a sua parte na linha da Solidariedade e nas políticas humanitárias, nós todos avançaremos, venceremos. (...)

“O Templo da Boa Vontade, em Brasília,

é um Templo multirracial, suprapartidário, inter-

religiões, universal. Um belo espaço onde já estive

algumas vezes. Visitei também em Glorinha, no Rio Grande do Sul, o Lar e

Parque da LBV, onde há um importante serviço com as

crianças.”

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Registro internacionalComitê responsável do evento “O espírito das Nações Unidas: Marcas para o Futuro”, agradece a co-organização da LBV nas comemorações dos 60 anos da ONU.

Prezado senhor Paiva Netto,Gostaríamos de estender nossos mais

elevados agradecimentos à Legião da Boa Vontade pelo seu apoio como uma das principais organizadoras do pro-grama “O espírito das Nações Unidas: Marcas para o Futuro”. Estamos todos tocados pela dedicação e comprome-timento dos integrantes da Legião da Boa Vontade. Ficamos especialmente impressionados com a finalização muito profissional dos vídeos que ajudaram a produzir para o programa. Foi um verda-deiro prazer ter trabalhado com a Legião da Boa Vontade.

Recebemos inúmeras mensagens de gratidão de toda a comunidade das Nações Unidas expressando sua alegria e sentido de renovação ao participarem da celebração deste 60º aniversário e,

em particular, da in-clusão no programa de vozes transversais da família ONU, vozes do passado e do presente — incluindo a voz de Dag Hammarskjöld que norteou o evento relembrando a importância dos princípios espirituais e de valores que nos guiam.

O “Values Caucus” (espécie de Comitê de Valores), o Comitê de Espi-ritualidade, Valores e Interesses Globais — ligado à Conferência de ONGs com Relação Consultiva com a ONU (Con-go) — e seu projeto especial, o Conse-lho Espiritual para Desafios Globais, em cooperação com o Conselho Staff Recreation e inúmeras organizações de apoio agradecem imensamente pela sua generosa colaboração.

Sinceramente,Julia Grindon-Welch, Co-líder do

Values Caucus.Audrey Kitagawa, Co-líder do

Conselho Espiritual para Desafios Globais.

Carl Murrel, Co-líder do Values Caucus.

Diane Williams, Líder do Comitê de Espiritualidade, Valores e Interes-ses Globais de ONGs nas Nações Uni-das e co-Líder do Conselho Espiritual para Desafios Globais.

Carl Murrel, Julia Grindon-Welch e Diane Williams.

Apresentação do vídeo relembrando os valores que nortearam a criação da ONU na década de 1940. O documentário foi produzido pela LBV e pela Fundação José de Paiva Netto, em parceria com o Comitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais de ONGs nas Nações Unidas.

Dag Hammarskjöld na sede das Nações Unidas em Nova York (EUA).

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Acontece

Os sorrisos das crianças aten-didas pelo Conjunto Edu-cacional da Legião da Boa Vontade, na capital paulista,

logo cativaram o Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, o sr. Charles Tang, e também a Gerente Comercial da Câmara, sra. Carolina G. Wu. Ambos visitaram o local no dia 11 de novembro e, na ocasião, não esconderam a felicidade de estar no ambiente.

Ao serem recepcionados pelo Coral Ecumênico Infantil LBV com belíssimas canções, os convidados receberam dos pequeninos dois cartões, confeccionados por eles mesmos, utilizando material

Business and Manage-ment, em 1987 e entregue também aos participantes da “IV Conferência sobre a Mulher”, realizada em Beijing, em 1995. Na se-qüência, é possível lê-la na versão em mandarim.

“A Parábola do Velhinho Bobo

“Há tempos recebi da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus esta reportagem que tão bem se aplica aos desafios que a população enfrenta nos dias de hoje: “‘Morando há 18 anos no Brasil, o professor de línguas orientais na Universidade de São Paulo (USP), Alexander Chung Yuan Yang, histo-riador e tradutor-intérprete chinês, em entrevista ao Jornal da LBV (1988) re-conheceu que a Legião da Boa Vontade tem seu idealismo inspirado no Amor e na Fraternidade Ecumênica. ‘A questão fundamental da filosofia de Confúcio (551-479 a.C.) também é o Amor e a Fraternidade entre os povos’, comen-tou ele ao ler o artigo “Não há mundo sem a China”, escrito pelo jornalista Paiva Netto, em 1987, e publicado pela revista International Business and Ma-nagement, naquele país, e concluiu que a mensagem da Instituição se resume

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O sr. Charles Tang com as crianças do

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Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China visita o Conjunto Educacional da LBV em São Paulo

reciclável. A visita estendeu-se desde as dependências da Supercreche Jesus até os laboratórios de Química e Informática, as quadras poliesportivas e a Biblioteca do Instituto de Educação José de Paiva Netto. Em cada sala que conheciam, conversavam com a criançada.

O senhor Tang pôde manifestar sua alegria no Livro do Coração, no qual os convidados deixam suas impres-sões sobre o Conjunto Educacional. “Estou muito sensibilizado pela recepção carinhosa das crianças e em

ver o trabalho hercúleo feito com Amor e dedicação. Devemos construir um maior relacionamento entre o Povo da China e a Nação Brasileira, com amizade e respeito mútuo. Parabenizo o Diretor-Presidente Paiva Netto pela visão que, já há muito tempo, teve ao escrever artigos referentes à China. Convidamos a LBV a ajudar na construção da aliança entre os gigantes da Ásia e da América do Sul, com troca de visitas”.

Bem a propósito desta cordial visita, reproduzimos, a seguir, a página “Não há mundo sem a China”, de autoria do jornalista José de Paiva Netto, publica-da em importantes jornais brasileiros, a exemplo da Folha de S. Paulo (São Pau-lo/SP), Correio Braziliense (Brasília/DF) e Correio da Bahia (Salvador/BA), além de ser reproduzida pela International

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no mais nobre dos sentimentos. Desta-cando um ponto na página dedicada à China que diz: ‘Todos nós pertencemos a uma grande Família — a Sociedade Humana’, prosseguiu: ‘Se cumprirmos o ensinamento desse texto chinês, da LBV, viveremos a Sociedade Solidária Altruística Ecumênica*1 a que o Irmão Paiva nele se referiu. Essa matéria se assemelha ao pensamento de Confúcio. E justamente o Brasil está na vanguarda desse ideal. Nele se reúnem raças de todo o mundo, numa imensa Família. Precisamos na verdade reunir todos para desenvolvermos um paraíso, um país ideal, como exemplo para a Humanidade. Eu acho o Brasil ótimo. Orientais e ocidentais, índios e africanos convivem aqui dentro. Então considero muito bom a LBV ter começado aqui. O próprio Brasil é o representante do fu-turo. E este é o caminho: um mundo só, uma só Família. Que o dirigente da LBV insista em sua Fé em querer implantar esse Amor de Deus no Planeta. Continue persistindo nesse caminho, pois um dia seu objetivo será conseguido: pregar o Amor de Deus em todas as nações’”.

De volta, com a palavra, prossegue Paiva Netto:

“Na oportunidade, o senhor Ale-xander Chung Yuan Yang lembrou-se de uma antiga parábola do seu país, segundo a qual havia um velhinho que foi apelidado de Velhinho Bobo:

— Ele morava na montanha do norte e tinha quase 90 anos. Em frente de sua casa havia duas gigantescas montanhas,

Paisagem da Milenar Muralha da China

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e

escritor, é Presidente das Instituições

da Boa Vontade.

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que constituíam enorme obstáculo para entrar na sua residência. Daí ter resolvido acabar com elas. Mas ali habitava também outro ancião que era conhecido como Velhinho Inteligente, e este achava graça na atitude do outro exclamando: ‘Você é mesmo bobo!’. E o Velhinho Bobo assim respondeu ao seu interlocutor: ‘Se eu morrer, vou ter meu filho, depois do meu filho virá meu neto, após meu neto irá nascer outro filho e os meus descendentes proliferarão, mas as montanhas, não. Então, por que eu não posso acabar com elas?’. A paciência e a pertinácia juntaram-se aos seus filhos e netos para darem fim às montanhas. Os deuses ficaram comovidos com ta-manha persistência que lhe mandaram mais dois filhos fortes que conseguiram realizar o objetivo do Velhinho Bobo.

“Moral da história: a saga do Ve-lhinho Bobo é uma prova de que a Fé e o trabalho pertinazes tudo regeneram.

“Houvesse outros tantos Velhi-nhos Bobos e teria acabado toda a bobagem do mundo, já que os Velhinhos Inteligentes ainda não conseguiram livrar-se de tão grande inteligência ociosa, que empurra a Humanidade para o abismo. Certa-mente, movido pelo enfado contra tamanha esperteza a serviço da destruição da Terra, Alziro Zarur, saudoso fundador da LBV, num desabafo, escreveu:

Um soco no globoHaverá, porventura, solução

Para o mal em que o mundo se debate?Algo que empolgue ou algo que arre- [mateA única e suprema salvação?

“Não há! Não há!” — responde o [coraçãoQue no meu peito aflitamente bate.“Não há! Não haverá!” — eis o rebateAo último S.O.S. da aflição!

Então o mundo é mesmo [intransformável?E há de ser sempre assim, tão [miserável,Por mais que a voz do Bem soluce e [clame?

E vem-me, em fúria, uma alucinação:Alcançar o universo nesta mão,Para arrasar com um murro a terra [infame!

“Mas, logo em seguida, sem maniqueís-mo, concluiu em:

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também se dirige ao Ser Humano em particular. E o indivíduo, salvo peque-nas diferenças de latitude e longitude, é em profundidade o mesmo, a despeito de regimes políticos. Mormente agora, quando o perigo nuclear ameaça, sem privilégios, todos os povos da Terra, não há que somar à violência já exis-tente mais violência.

O caminho da LBV é a Paz. Chega de guerras! A brutalidade é a lei dos irracionais, não do Ser Humano, que se considera superior.

Pregamos a valorização da criatura, que é a riqueza de um país. A fortuna da China são os chineses, como a do Brasil e a das demais nações é o seu Povo.

Numa sociedade constantemente ameaçada pela destruição, convém lembrar que, a cada dia, pela queda das barreiras de espaço e tempo, os Seres da Terra devem compenetrar-se de que formam a imensa família chamada Hu-manidade.

Não há mundo plausível sem a China. A simples leitura desapaixo-nada da História mostra realidade tão óbvia. A História é a mestra da vida,

Acontece

Alziro Zarur

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* * * * *

Não há mundo sem a ChinaPergunta de um leitor — Li com

agrado seu artigo “A Parábola do Ve-lhinho Bobo”. Uma lição chinesa de pertinácia acima de toda dificuldade. Naquele artigo, de 1988, é citada página que o senhor escreveu para a Internatio-nal Business and Management. Gostaria de tê-la. É possível?

Paiva Netto responde — Sim. Ei-la na íntegra. Ressalto ainda que “Não há mundo sem a China” foi reproduzida para os participantes da IV Conferência sobre a Mulher, realizada em Beijing, em setembro de 1995:

A mensagem da Legião da Boa Vontade (LBV) — Instituição fundada em 1950 no Brasil pelo escritor, poeta, jornalista e radialista Alziro Zarur, falecido em 1979 — é universal, mas

Marcelo Pimentel

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A vitória finalDe maneira que cada um de nós dará

conta de si mesmo a Deus (Paulo Apóstolo na Epístola aos Romanos,

14:12).

E sofres, meu irmão... Sofres por quê?Porque te caluniam detratores,Esses ferrenhos, míseros censoresDa cega multidão que em Deus não [crê?

Temes, acaso, suportar as doresQue o teu preclaro espírito prevê?As dores, para quem renasce e vê,São como esses crisóis depuradores...

Adiante, pois, se queres ter a glóriaDe ouvir nos céus o canto da vitória,Numa triunfal aclamação de sons...

Consciente, irmão, do que sozinho [vales,Deixa o mundo falar e nada fales,Que a vitória final pertence aos bons!

“Eis por que o Ministro Marcelo Pimen-tel, na década de 1960, disse que ‘a Le-gião da Boa Vontade não é obra para uma geração, mas para uma civilização’”.

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no dizer de Marco Túlio Cícero. Ade-mais, basta abrir o mapa-múndi.

Por isso, a Legião da Boa Vontade gostaria que a sua mensagem de Paz, Fraternidade e Solidariedade Ecumê-nica chegasse até o empreendedor e pertinaz Povo chinês.(...)

Não somos nem comerciantes nem industriais, apenas simples pessoas de Boa Vontade, isto é, homens e mulheres, jovens e crianças que acreditam no bom senso da Raça Humana, que tem sobre-vivido, justamente em virtude do seu bom senso, às piores crises nos muitos milênios do que se convencionou cha-mar civilização, mas que o será de fato quando os Seres Terrenos aprenderem a viver em Paz, pois terão compreendido que o sofrimento de uma nação é dor para todo o Planeta. O organismo social é como o corpo humano: um órgão doente afeta-o por completo. A infelicidade do indivíduo, por mais inexpressivo que possa ser considerado, reflete sobre toda sociedade que se preze. Realmente, não há Ser Humano que não tenha elevada significação. Todos possuem extraordi-nário valor, que não pode ser menosca-

bado. Importa que o nosso semelhante é um Ser que sofre, luta, anseia vencer como os demais. Tem qualidades, ca-rências e defeitos, porque é humano... É necessário que os que acreditam na Paz se unam, vençam suas diferenças. Se não, ninguém restará para contar a História...

Está, pois, atendida a sua correspon-dência. Não há mundo sem a China, realmente. Mas também não o há sem os Estados Unidos, a Rússia, a África, o Japão, o Canadá, o Chile, o Peru, a Bolívia, a Argentina, o Uruguai, a Vene-zuela, a Colômbia, o México, a Espanha, as Alemanhas*2, o Irã, a Índia, a Itália, a França, Cuba, Portugal, a Bulgária, o Iraque, a Inglaterra, os árabes, os judeus e, para nós, muito menos sem o Brasil, com todos os seus defeitos, que, na maior parte das vezes, agravamos, esquecidos das suas notáveis virtudes e qualidades, que devemos aplicar para valer.

E já que falamos da China, este pensamento de Confúcio:

— A compensação da vida é que para cada sonho que se não concretize há um pesadelo que não se realiza.

Vamos acreditar no nosso Povo e respeitá-lo, conscientes de que Força Armada e Civil, tudo é Brasil. E é mesmo._____________________*1 Nota da Redação — Sociedade Solidária Al-truística Ecumênica: Paiva Netto, ao formular este pensamento há décadas, expandiu o conceito inicial de sociedade, mostrando que, pela quebra das barreiras, ela não mais pode se restringir a um grupo de pessoas, de determinado local. Para ele, “(...) O exemplo para que haja fartura vem do Cristo. Só pode haver abundância, perfeitamente distribuída, na Sociedade Solidária Altru-ística Ecumênica, em que todos se entendam e cada um reconheça que faz parte de um grande organismo ou corpo social, chamado Humanidade. Um pequeno órgão, por menor que seja, se estiver combalido, afetará todo o organismo (...)”. Sociedade Solidária porque é preciso união; Altruística para que essa aliança se realize sob a égide do Amor Fraterno, exemplificado pelo Cristo, em Seu Novo Mandamento: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei (Evangelho de Jesus, segundo João, 13:34); Ecumênica porque é necessário entendi-mento neste Planeta para que ele sobreviva, conforme afirma o próprio Paiva Netto: “Conciliar é, portanto, a nossa grande convocação, firmados que estamos na extensa experiência ecumênica da LBV: o Brasil e o mundo precisam da vivência imediata do ecumenismo religioso, racial, partidário, empresarial, social, enfim, o Ecumenismo Irrestrito e Total, com base nos valores mais profundos do Espírito.”*2 Alemanha — Hoje reunificada.

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Juliana Paes concede entrevista exclusiva em que fala da carreira, igualdade dos gêneros e da Solidariedade no Brasil. A atriz abre o coração à revista BOA VONTADE.

Seja no saguão de um aeroporto, ao caminhar pela praia ou no inter-valo de uma gravação; é sempre assim: ela desperta a atenção de

crianças, jovens e adultos. Uns podem associar à beleza. Outros, à performance artística. Mas, de modo geral, foi pelo seu carisma que Juliana Couto Paes — ou simplesmente, Juliana Paes — conquis-tou o sucesso que, em tão pouco tempo, a tornou uma destacada atriz brasileira.

A personalidade forte e a determina-ção desta carioca foram a tônica de uma entrevista exclusiva que ela concedeu à BOA VONTADE. Apesar das viagens internacionais, gravações e fotos publi-citárias, reservou um espaço especial na concorrida agenda para também dizer sim à Campanha da LBV Amigos de Boa Vontade, e ser clicada pela famosa fotógrafa Nana Moraes. Aliás, a Solida-riedade é outra face da atriz, madrinha da Associação Estadual de Futebol Feminino (leia sobre o assunto na p. 26) e que, ao lado de representantes de cada equipe que participa do torneio, esteve visitando o Centro Educacional, Cultural e Comunitário José de Paiva Netto, órgão modelar da LBV, localizado na zona norte do Rio.

Na visita, Juliana encantou-se com as crianças atendidas pela Legião da

Boa Vontade. Logo que chegou, foi recebida pelo Coral Ecumênico Infantil da Instituição, o que a deixou muito emo-cionada. A todo o momento, ela brincava com as crianças, tirava fotos, distribuía beijos e recebia o carinho da garotada. Nas salas de aulas por onde passou, uma homenagem diferente sensibilizou o coração de Juliana. Um desses instantes foi quando os pequeninos do maternal a reconheceram como atriz.

Ela não escondeu a alegria que sentiu ao visitar a unidade educacional. “Eu fiquei muito feliz. Só tenho a agradecer porque as crianças da LBV fizeram uma homenagem linda. Vi como os meninos e meninas são bem- tratados, é tudo com muito cuidado e limpo. Você vê que é tudo feito com muito Amor. Fiquei feliz por ter vindo aqui na Legião da Boa Vontade.”

Entre um autógrafo e outro, ela aproveitou ainda para deixar a sua mensagem à LBV pelos seus 56 anos (a serem completados em 1º de janeiro de 2006). “Eu só tenho a parabenizar a LBV — essa jovem senhora — e agradecer por tudo que essa Instituição faz, e desejar muita força, porque é um trabalho difícil. Então, parabéns, e continuem com essa perseverança, com essa força e nós, artistas, vamos estar

“Eu só tenho a parabenizar a LBV — essa jovem senhora — e agradecer por tudo que essa Instituição faz, e desejar muita força, porque é um trabalho difícil. Então, parabéns, e continuem com essa perseverança, com essa força e nós, artistas, vamos estar sempre à disposição para ajudar no que for preciso.”

Juliana Paes

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Carismática Amiga de

Boa Vontade

sempre à disposição para ajudar no que for preciso.”

Talento que vem do berçoJuliana conquistou seu espaço nas

principais telenovelas, minisséries e, recentemente, no cinema, no qual pro-tagonizou o filme Mais uma vez Amor. No entanto, vem do berço o embalo que a levou a se dedicar ao teatro. “Eu acho que já nasci assim. Sempre fui muito prese-peira, como diz a minha mãe. Inventava moda e personagens para viver no dia-a-dia, tanto em casa quanto na escola. Mesmo muito antes de começar a fazer curso de teatro, já me via interessada em criar outras vidas, outros mundos. Sem-pre fui muito intuitiva e criativa nesse aspecto”, recorda-se.

A atriz conta que, depois de iden-tificar seu talento, se interessou pelos cursos de teatro. “Nunca fiz nenhum curso profissional, como uma faculdade ou um tablado. Sempre fiz cursos na minha cidade e acabei sendo chamada para fazer um teste para o meu primeiro personagem, que foi a Ritinha em Laços de Família. A partir daí tudo deslanchou e eu não parei mais.”

E não parou mesmo. Para o futuro, Juliana já tem marcadas participações no cinema. “Ano que vem, tenho o pro-

de personagens. Ainda não há data de estréia. Mas será em 2006”. A atriz também tem planos para a vida pessoal. “Meu grande sonho é ter filhos, mas, por enquanto, esse é um sonho para daqui a alguns anos. Ainda estou priorizando o trabalho e quando eu tiver filhos, vou querer dar atenção total”, planeja.

Para chegar ao sucesso, Juliana reve-la: “Fui, acima de tudo, muito humilde. Comecei com um papel pequeno que ganhou o público logo na primeira nove-la, mas sempre me comportei como uma

pessoa que ainda tem muito a aprender e quer aprender muito mais. Essa sim-plicidade acaba fazendo com que todos a minha volta queiram me ajudar, desde os camareiros aos diretores”.

Ao ser questionada sobre o dia-a-dia de trabalho, a atriz afirma que “esse é o verdadeiro luxo da minha profissão: não ter uma rotina”. Ela conta que gosta disso, já que “cada dia gravo em um lu-gar, com um personagem diferente, num cenário diferente”. Mas o fato de não ter rotina não significa que seu dia-a-dia seja tranqüilo. Muito pelo contrário. “Nos dias em que não gravo, faço leituras dos textos para que fiquem bem decorados. Quando não estou em frente às câmeras tem sempre uma foto publicitária aqui, outra ali, um comercial. Vou muito para

São Paulo, a trabalho, para ser entre-vistada ou participar de programa de televisão.”

Igualdade de gênerosOutro tema abordado na entrevista

foi a força da Mulher. Atualmente, é a madrinha da Associação Estadual de Futebol Feminino (iniciativa que tem o apoio da Legião da Boa Vontade e do Governo do Estado do Rio de Janeiro), que dá acesso ao esporte àquelas que residem nos bolsões de pobreza do Rio.

“Eu acho que já nasci assim. Sempre fui muito presepeira,

como diz a minha mãe. Inventava moda e personagens para viver no dia-a-dia,

tanto em casa quanto na escola.”

Juliana Paes

Juliana Paes num momento de carinho e descontração durante visita ao Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV. Na obra modelar, localizada na zona norte do Rio de Janeiro, mais de 500 crianças em situação de risco social são diariamente atendidas e cerca de duas mil famílias, que vivem nos bolsões de pobreza da cidade, recebem, todos os meses, os benefícios da LBV carioca.

jeto de um longa-metragem, com texto de Hugo Carvana. A gente vai entrar em fase de pré-produção e preparação

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Esta é uma nomeação que carrega com orgulho porque incentiva a prática do desporto também pelas mulheres.

Ela conta que o mais interessante é o fato de elas se sentirem integradas à sociedade. “Muitas vezes, o que acontece é que no esporte existe um apoio maior para o futebol masculino, até porque há maior público. O feminino encontra re-sistência, preconceito, porque acham que ‘ah, não é tão interessante!’”, assevera.

E completa: “Muitas dessas meninas são mães, estudam, são esforçadas e, às vezes, vêm de longe para treinar. Isso traz dignidade. É o que todo mundo precisa para viver”, acredita.

Também defendeu a idéia de exer-cer a Solidariedade no País. Para ela, “é muito difícil exercer a cidadania aqui no Brasil”, porque julga ser ne-cessária a conscientização da socieda-de quanto a esses temas. Juliana Paes

incentiva todos a abraçarem a causa: “É possível a gente ajudar. Às vezes, parecemos ser um pouco egoístas. Mas dá para cada um fazer a sua parte: juntar brinquedos e roupas que nós temos e não damos muito valor; aquilo ali para outra pessoa vai ser muito valioso. É só pensar desse jeito que a gente consegue ajudar a melhorar o Brasil”, aconselha.

A 1ª Copa ONU de Futebol Femi-nino, chancelada pelo Centro de Infor-mações das Nações Unidas, no Rio de Janeiro/RJ, comemora os 60 anos da organização criada para estabilizar as relações internacionais e firmar as bases da Paz. Promovida pela Associação Estadual de Futebol Feminino (Aeffe), a Copa conta com o apoio do Unicef, da Secretaria Especial de Política para as Mulheres (órgão do Governo Fede-ral), do Governo Estadual (por meio das Secretarias de Esporte e Lazer e do Governo — Administração Del Castilho/Suburbana), Legião da Boa

Gol de placaCopa ONU de Futebol Feminino dá oportunidade a mulheres em situação de risco social e cumpre um dos desafios do milênio. A LBV é parceira do evento esportivo.

Vontade e Associação de Cronistas Esportivos do Rio.

Este é o terceiro torneio conduzido pela Associação em pouco mais de um ano de existência. Ao longo desse curto período, o projeto já envolveu cerca de mil mulheres. Quem apóia essas com-petições é a atriz Juliana Paes. O evento reúne 32 times de diversos municípios do Rio de Janeiro. O torneio teve início no dia 28 de outubro e termina em 11 de dezembro, com jogos sempre aos sábados e domingos.

Com seus voluntários, a Legião da Boa Vontade — grande parceira da

Organização das Nações Unidas e que possui status consultivo geral no Ecosoc — leva as faixas saudando o 60º aniver-sário da ONU. Essa parceria contribui também para o cumprimento dos Objeti-vos de Desenvolvimento do Milênio, no que diz respeito à valorização da Mulher e igualdade de gêneros.

O Presidente da Aeffe, Francisco Marins, comemora os resultados da Copa e destaca a importância da parceria com a Legião da Boa Vontade. “A As-sociação Estadual de Futebol Feminino decidiu realizar esta competição para poder, de uma forma ou de outra, incluir

Na primeira foto, Juliana Paes (ao centro) posa ao lado de participantes da 1a Copa ONU de Futebol Feminino durante visita à Escola da Instituição; à direita, o Secretário de Estado de Esportes, Francisco de Carvalho (Chiquinho da Mangueira). Na segunda, integrantes do time CEPE Caxias seguram faixa da LBV saudando os 60 anos das Nações Unidas e de apoio à competição.

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_____________Simone Barreto

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a Mulher por meio do futebol, e nesse caso, o futebol feminino. Foram 32 clubes participantes com cerca de 600 atletas. (...) É de extrema importância esta parceria com a LBV que, com seu apoio e capilaridade, dentro do Estado do Rio de Janeiro, está apoiando de forma efetiva e bastante sólida a nossa competição. Agradecemos o apoio da LBV à 1ª Copa ONU promovida pela Associação Estadual de Futebol Feminino”.

Na opinião de Yêddo Bittencourt, vice-Presidente de Esportes da Asso-ciação Estadual de Futebol Feminino, o torneio é a realização de um sonho. “É um grande projeto no qual nós queremos, na realidade, valorizar as mulheres, dando-lhes oportunidade. No

Rio de Janeiro, a Aeffe é quem está organizando com outros parceiros e queremos agradecer à LBV por nos dar a oportunidade de divulgar essa idéia”, destaca. Ao término, faz votos de que essa parceria se estenda. “A partir do momento que temos o apoio da

Legião da Boa Vontade e estamos num segmento de valorização do Ser Huma-no e de resgate da cidadania, as coisas vão acontecendo, como sempre devem acontecer na vida da gente. Nós temos o Ser Maior, que é Deus, e temos a LBV. Por isso, acreditamos que tudo, daqui pra frente, dará certo”, pontua.

Wagner Sales, Secretário-Geral da Associação Estadual de Futebol Femi-nino, faz uma ligação entre o objetivo da iniciativa da Associação com o da Legião da Boa Vontade. “As duas enti-dades se congregam tanto pelo trabalho socioeducacional promovido pela LBV quanto pela ação desenvolvida pela Aeffe. Essa parceria que a gente está realizando tende a ampliar porque as duas entidades têm os mesmos obje-tivos. Logicamente, a LBV tem um trabalho muito mais amplo”, ressalta. E conclui: “A gente sempre conta com esse apoio da LBV. Tenho certeza de que essa parceria vai se expandir e estamos aí para dar continuidade a esse trabalho, iniciado com a Copa ONU. Outras competições vêm aí e certamen-te contaremos com a LBV”.

Site da ONU-Brasil destaca parceria com a LBV

Em nota publicada em sua página na internet, o Centro de Informações das Nações Unidas no Brasil reafirmou a parceria es-tabelecida para a realização da 1ª Copa ONU de Futebol Feminino. A matéria, de 24 de novembro, apresenta as equipes que passaram para a etapa final do campeonato. Diz o texto: “Foram definidos os semifinalistas da 1ª Copa ONU de Futebol Feminino, organizada pela Associação Estadual de Fu-tebol Feminino do Rio de Janeiro (Aeffe). A competição serve como atrativo para os dois próximos anos quando as atletas brasileiras estarão disputando importantes torneios internacionais: o Sul-ame-ricano sub-20, a Copa do Mundo, na Rússia, e o Pan 2007, no Rio. O Brasil é o atual campeão Pana-mericano da modalidade.

“Chancelada pelo Centro de Informações da ONU, no Rio, em comemoração aos 60 anos da Orga-nização, a competição tem o apoio do Unicef, Secretaria Especial da Mulher subordinada ao Governo Federal — Governo Estadual, através das Secretarias de Governo e de Esportes e Lazer, Associação de Cronistas Esportivos do Rio e Legião da Boa Vontade. A Copa começou no dia 28 de outubro com 32 clubes e termina em 11 de dezembro”.

“É possível a gente ajudar. Às vezes,

parecemos ser um pouco egoístas. Mas

dá para cada um fazer a sua parte: juntar

brinquedos e roupas que nós temos e não damos muito valor.”

Juliana Paes

Da esq. p/ dir., Francisco Marins (Presidente da Associação Estadual de Futebol Feminino), a atriz Juliana Paes, Pedro Paulo Torres (Administrador Estadual Suburbana/Del Castilho e da Secretaria de Governo do Estado/RJ), Yêddo Bittencourt (Vice-Presidente de Desporto da Associação) e Eliel Brum, representante da LBV no Rio de Janeiro/RJ.

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Reportagem

Teve início em outubro uma grande marcha em benefício do Povo brasileiro, alavancada pelos ideais da Legião da Boa Vontade. Prova

mais do que concreta de que a Solidarie-dade Altruística é o adjetivo que melhor expressa os nossos cidadãos. A propósi-to, além dos que se conservam anônimos, a Campanha Natal Permanente de Jesus — o Pão Nosso de cada de dia!, promo-vida pela LBV, foi abraçada por artistas, autoridades, comerciários, empresários, personalidades e profissionais liberais.

Do Oiapoque ao Chuí, postos de arrecadação foram montados e mutirões organizados para angariar alimentos não-perecíveis, os quais, posteriormente, serão acondicionados em cestas a serem entregues, no fim deste ano, pela Obra a famílias que vivem em situação de risco

norte da capital paulista, que fez questão de levar a contribuição a um dos postos de arrecadação da campanha, bem perto da casa dele, no Bom Retiro. Rodrigues trouxe trinta quilos de arroz e 24 garrafas de óleo.

Para o empresário Elzimar Antunes, Diretor Superintendente da Solitec Segu-ros, “a LBV realiza e prova que realiza com eficiência. Eu sou um empresário e apóio esse trabalho que é imbatível”. Em entrevista, ele convida todos a se juntarem nessa empreitada. “Convoco os empresários de grande, médio ou pequeno porte para que digam sim à LBV e, então, ela possa prosseguir com seu trabalho contínuo que não tem custos baixos. As iniciativas da Legião da Boa Vontade são para sempre. Nós vamos passar, mas a LBV fica!”, adverte.

No Norte do País, em Belém/PA, em um só dia a arrecadação foi de mais de uma tonelada e meia de alimentos. O êxito resultou do esforço do movimento jovem da Instituição e das mães de alu-nos atendidos na Escola de Educação Infantil Jesus, que promoveram ampla mobilização no bairro Batista Campos. O mutirão contou também com a ajuda da empresa Nossa Senhora do Perpétuo, que cedeu dois ônibus para o transporte dos participantes da campanha e dos alimentos.

Em Piracicaba/SP, a empreitada sen-sibilizou os empresários do Hipermerca-do Enxuto. Todos os que se inscreveram

Ampla mobilização para distribuir mais de 350 toneladas de alimentos a famílias em situação de risco social e, assim, fazer mais feliz o Natal de milhares de pessoas.

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Do tamanho do

Ribeirão Preto/SP

coração

social. A grandiosa meta é arrecadar mais de 350 toneladas de mantimentos. Para cumprir o desafio, cada semana é desti-nada a um item diferente. Nos primeiros sete dias do lançamento, todos puderam contribuir com arroz; nos dias seguintes, os brasileiros doaram latas de óleo. Na terceira semana, o foco foi para os quilos de açúcar e, assim, até completar os itens básicos da cesta.

No intento de aumentar a quantidade de quilos arrecadados, as regiões onde a Legião da Boa Vontade atua no terri-tório nacional foram divididas em sete, sendo elas: Centro-Norte, Minas Gerais e Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sul, São Paulo/SP, São Paulo Interior e Nordeste. Esses limites geográficos estabeleceram uma competição sadia na qual todos saem ganhando, principalmente os que serão contemplados com a ajuda.

Solidariedade sem fronteirasA mobilização ganhou força com o

amplo destaque que recebe nos meios de comunicação pelo Brasil (leia o subtítulo sobre o assunto), em especial, na programação da Super Rede Boa Vontade de Rádio e da Rede Mundial de Televisão, além das páginas do Portal www.boavontade.com. Os expectadores, também sensibilizados pela iniciativa, registram sua audiência e participação ao doarem os alimentos. Exemplo disso é o caminhoneiro Orlando Rodrigues, morador do bairro Casa Verde, zona

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no curso de culinária, oferecido pela rede, doaram alimentos para a Campanha de Natal da LBV. Além desta iniciativa, o Hipermercado imprimiu em seu folheto periódico, que traz as ofertas da semana, uma nota destacando a atuação da Legião da Boa Vontade.

O interior catarinense também se mobilizou para registrar a participação nessa maratona da Solidariedade. O concurso 2ª Resistência de Joinville, realizado pela KG Motos Ltda. e pela Rádio Transamérica FM, entregou à LBV uma tonelada de alimentos, arre-cadados durante o processo de inscrição para o concurso.

De porta em porta, voluntários da Obra promoveram um grande “arrastão do quilo” no bairro San Martin, em Re-cife/PE. A iniciativa chamou a atenção do povo pernambucano que abraçou a causa, contribuindo com quilos de alimentos. Em Glorinha/RS, uma mobi-lização em conjunto com os moradores do bairro Parque dos Anjos deu início à marcha da Sociedade Solidária Altruís-

tica Ecumênica na região. Para a jovem Márcia Rosa da Silva, é por meio dessa campanha que ela “exercita a Solida-riedade e proporciona às pessoas que precisam um Natal mais feliz”. O mesmo ocorreu em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Engajado nesta idéia, o movimento jovem da LBV promoveu uma grande campanha para angariar os mantimentos.

Mutirão da Boa Vontade pauta a mídia

Seja no impresso ou no eletrônico, os meios de comunicação são outros fortes aliados para o sucesso da Campanha Natal Permanente de Jesus — o Pão Nosso de Cada dia!. Em Minas Gerais, os periódicos Hoje em Dia, Diário da Tarde e As Margens do Ipiranga (Belo Horizonte), Vale do Aço e Diário do Aço (Ipatinga) deram amplo espaço à iniciativa da LBV.

Da mesma maneira, jornais do interior paulista destacaram a emprei-tada: Folha da Cidade (Araraquara), O

Imparcial (Presidente Prudente), Dhoje e Bom Dia (São José do Rio Preto), A Imprensa (Palestina), O Município de Tanabi (Tanabi). No Estado do Rio, destaque para O Municipal e Folha da Cidade (Duque de Caxias) e Monitor Mercantil (Rio de Janeiro).

A campanha também foi notícia nos jornais gaúchos Correio do Povo, CS Zona Sul e O Cristóvão (Porto Alegre), RS 115 (Igrejinha), O Fato do Vale (Cam-po Bom), Da Cidade e Intercidades (Viamão), O Guaíba e Folha Guaibense (Guaíba), SP (Sapiranga), Revisão e Ca-pital das Praias (Tramandaí), Jornal de Capão (Capão da Canoa) e Correio Di-nâmico (Alvorada). A revista do Duarte (Esteio) também divulgou a Campanha de Natal da Legião da Boa Vontade.

Aderiram à iniciativa os meios im-pressos do interior do Paraná Folha de Colombo (Colombo), Tribuna de São José (São José dos Pinhais), Jornal do Povo e O Diário (Maringá), O Paraná e Hoje (Cascavel) e Diário do Comércio e Folha do Litoral (Paranaguá). Ainda

Brasília/DF Florianópolis/SC

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Reportagem

destacaram a atuação da LBV o Jornal da Manhã, que circula em Criciúma/SC, Tribuna do Planalto (Goiânia/GO), entre outros.

Apoio em Rádios e TVsEmissoras AM e FM também

abriram espaço na programação para divulgar a Campanha Natal Perma-nente de Jesus — O Pão Nosso de cada dia!, promovida pela Legião da Boa Vontade. Em Minas Gerais, o apoio à empreitada foi conferido pelas Rádios Inconfidência e Alvorada (Belo Horizonte), Alternativa FM (Te-ófilo Otoni), Globo Cultura, Itatiaia, América e Educadora (Uberlândia), Vanguarda, Itatiaia, Educadora e Vale (Ipatinga). No interior paulista, a ini-ciativa foi noticiada pelas emissoras Nova Sumaré e Aliança (Campinas) e Metrópole e Espaço Aberto (São José do Rio Preto).

No Estado de Santa Catarina, deram amplo destaque à atuação: Difusora

e Bandeirantes (Florianópolis), Luar (São José), Voz Serrana (Correia Pin-to), Biguaçu (Biguaçu), Clube e Nereu Ramos (Blumenau) e Nova Brasília (Imbituba). No Rio Grande do Sul, destaque para as emissoras Rural, Farroupilha, Guaíba e Osório (Porto Alegre), Igrejinha, Ativa e Amizade (Igrejinha), Tarumã (Tavares), ABC (Novo Hamburgo), Horizonte (Capão da Canoa), Metrópole (Gravataí) e 96.9 FM e Tupanci (Pelotas).

Também disseram “sim” à LBV diversas emissoras do Paraná. Des-taque para as rádios CBN, Cultura AM e FM, Mais, Atalaia (Maringá), Cultura e Mundial (Foz do Iguaçu), Pé Vermelho (Sarandi), Capital AM e FM e Colméia (Cascavel), Boas Novas (Campo Largo); de Curitiba, as emissoras CBN, Globo AM, Co-munitária do Boqueirão, Serra do Mar Antonina e Clube AM.

Na capital pernambucana, as emissoras Jovem Cap, Jornal AM,

Clube, Recife, Dimensão, Folha e Estação Sat. No Centro-Oeste brasi-leiro, a mobilização foi assunto nas rádios Central AM e FM e Univer-sitária, ambas de Goiânia/GO. No interior goiano, divulgaram a ação as rádios Manchester FM e Impren-sa (Anápolis). Também apoiou a campanha a rádio Moreninhas, de Campo Grande/MS.

Na TV, a iniciativa foi destaque nas emissoras Horizonte (Belo Hori-zonte/MG), Ubá (Juiz de Fora/MG), Fronteira — TV Globo (Presidente Prudente/SP) Record (Maringá/PR) e Nova Era (Lages/SC). Já na web, a campanha recebeu destaques nas páginas eletrônicas www.marin-ganews.com.br, www.jmnet.com.br, www.cponline.com.br, www.folhape.com.br, www.diariodama-nha.com, www.folhadecoqueiros.com.br, www.jornal_floripa.com.br e www.cidaschmidt.com.

[R.O.]

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Atualidades

Há muito tempo o Ser Huma-no questiona-se: Estaríamos sós no Universo? Um bom número de pessoas res-

ponde que não, entre estas estão as que se dedicam a um estudo sério sobre o assunto. De 12 a 15 de novembro, a capital paranaense recebeu estudiosos, pesquisadores e curiosos com este perfil para discorrer a respeito do fenômeno UFO ou ÓVNI (Objeto Voador Não-Identificado, do inglês Unidentified Flying Object) durante o “32º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica — 5º Encontro Diálogo com o Universo”. Entre as presenças internacionais, o as-tronauta norte-americano Bryan O’Leary e o italiano Giorgio Bongiovanni.

No evento, os cientistas discutiram a importância de popularizar informações e relatos de experiências de quem afirma ter sido abduzido por seres extraterres-tres, além de tornarem públicas as atas a respeito de acontecimentos ufológicos da Força Aérea Brasileira (FAB). Após o

Congresso debate a possível existência de extraterrestres pela ótica da Ciência e da Espiritualidade

____________________________Ariane Camargo e Thiago Morello

passo histórico dado pelo Brasil, em 20 de maio último, quando — a exemplo do ocorrido no Chile, na Espanha, na Fran-ça e no Uruguai — a Comissão Brasi-leira de Ufólogos* recebeu informações sobre o sistema de defesa aeroespacial brasileiro e teve acesso a documentos da FAB a respeito de acontecimentos mantidos em sigilo.

Para o Coordenador do Congres-so, Rafael Cury, a caminhada para este fato se iniciou com o I Fórum Mundial de Ufologia, realizado em 14 dezembro de 1997, no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, na capital federal. Nessa data, reuniram-se con-ferencistas de todo o País e Exterior e, ao término do acontecimento, foi subscrita a Carta de Brasília, dirigida ao Ministro da Aeronáutica, que possi-bilitou o acesso aos arquivos até então reservados sobre a Operação Prato e os avistamentos, entre São José dos Campos/SP e a capital paulista.

Segundo Cury, a Instituição tem contribuído também de forma decisiva para a temática central do encontro Ufologia, Ciência e Espiritualidade. “A inspiração de tratarmos do assunto com enfoque mais científico e espiritual vem desse trabalho pioneiro da LBV. Temos aqui uma sementinha plantada em

Dr. Bryan O’LearyRafael Cury Ademar J. Gevaerd

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Universo

Giorgio Bongiovanni Geraldo Medeiros Jr.

“A inspiração de tratarmos do assunto com enfoque mais científico e espiritual vem desse trabalho pioneiro da LBV. Temos aqui uma sementinha plantada em função dessa atividade magnífica que é feita no ParlaMundi.”

Rafael Cury

Fotos: Vinícius Ramão

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função dessa atividade magnífica que é feita no ParlaMundi”.

O editor da Revista UFO (única publicação impressa no País que trata exclusivamente do assunto) e Coorde-nador do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores, Ademar José Ge-vaerd, palestrou sobre O que falta para um contato final de nossa Humanidade com Seres Extraterrestres. Segundo ele, a compreensão desses fenômenos é apenas uma questão de tempo, que “acontece gradativamente, como um amadurecimento”.

Gevaerd relembrou também sua par-ticipação no Fórum da Instituição, que para ele foi primordial para o sucesso da iniciativa: “Com o apoio da LBV, dado em larga escala, nós conseguimos fazer um megaevento da ufologia, que até hoje não foi superado em lugar algum no mundo. Aí se vê a ajuda que a LBV presta à ufologia e a maneira claramente distinta com que ela trata dessa questão de não estarmos sós no Universo”.

*Comissão Brasileira de Ufólogos — Formada pelos investigadores Ademar José Gevaerd, Rafael Cury, Claudeir Covo, Marco Antonio Petit de Castro, Fernando de Aragão Ramalho, Reginaldo Athayde e Roberto Affonso Beck — foi convidada pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) para visitar as instalações do Centro Integrado de Defesa Aé-rea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactal) e o Centro de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), onde foi recebida pelo Brigadeiro-do-Ar Antonio Guilherme Telles Ribeiro, chefe do Cecomsaer, e pelo Brigadeiro Atheneu Azambuja, chefe do Comdabra.

Carlos Vereza

“É um prazer conversar com a LBV, Instituição pela qual tenho a maior admiração e respeito por causa do trabalho de Solidariedade

ao próximo que vem fazendo há longos e longos anos. O meu abraço cordial a Paiva Netto, parabéns!.”

Carlos Vereza e os UFOsUm dos mais respeitados artistas

brasileiros — com presença marcante na TV, teatro e cinema — o ator Carlos Vereza contou a experiência pessoal que teve com ÓVNIS na cidade do Rio de Janeiro.

Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação aproveitou para manifestar seu apreço pela Obra. “É um prazer conversar com a LBV, Insti-tuição pela qual tenho a maior admiração e respeito por causa do trabalho de Soli-dariedade ao próximo que vem fazendo há longos e longos anos. O meu abraço cordial a Paiva Netto, parabéns!.”

Bioenergia na Saúde Uma das palestras que chamaram

a atenção do público foi Aplicação da Bioenergia na Saúde, por Geraldo Medeiros Jr., professor e pesquisador da Ciência da Bioenergia (Equilíbrio Bioenergético). Nela, o estudioso des-tacou as energias que formam o corpo humano, que promovem e mantêm a Vida e o valor do equilíbrio delas para o bem-estar físico e emocional. No bate-papo alertou para o fato de que uma disfunção energética deixa os indivíduos mais sensíveis às toxinas e parasitas. “Quando algumas dessas energias não funcionam bem, o orga-nismo sente reações que muitas vezes não são detectadas clinicamente”.

O professor, que esteve partici-pando do Congresso Preparatório do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência (FOMPEC), da LBV, em outubro de 2002, também registrou seu carinho por aquela iniciativa. “Foi uma das experiências mais encantadoras,

gratificantes que tive, e gostaria de repeti-la. Primeiro porque o ambiente é fantástico. Segundo, o assunto e o interesse do público que freqüentou foram o máximo, algo maravilhoso. Esse evento realizado pela LBV abre perspectiva ao Ser Humano e mostra que realmente nós somos um universo muito amplo”, finalizou.

“Com o apoio da LBV, dado em larga escala, nós conseguimos fazer um megaevento da ufologia, que até hoje não foi superado em lugar algum no mundo.”Ademar Gevaerd

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Literatura

O Rio Grande do Sul das tradições e da cultura típica revelou que tem um quê a mais para a Literatura. A

capital gaúcha, Porto Alegre, sediou a 51ª Feira do Livro — o maior evento livreiro a céu aberto da América Latina — organizada pela Câmara Rio-Gran-dense do Livro. De 28 de outubro ao dia 15 deste mês, 149 expositores tiveram seus produtos espalhados pelos 21 mil metros quadrados da Feira que ocorreu, simultaneamente, nos seguintes locais: Praça da Alfândega, Cais do Porto, Ave-nida Sepúlveda, Casa de Cultura Mário Quintana, Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo, Memorial do Rio Grande do Sul, Santander Cultural, Clube do Co-mércio e Assembléia Legislativa.

Como é de costume, cada edição prestigia e homenageia um país diferen-te. Este ano, a Itália inspirou a realização do encontro literário, que teve a partici-pação de autores e artistas europeus para saudar os 130 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul. O Ceará foi o local convidado e trouxe a representação cultural da região.

A mídia gaúcha apoiou o evento, sucesso de público e vendas, ao dar amplo destaque nos programas e páginas impressas e de web. A Super Rede Boa Vontade de Comunicação (Rádio, TV e Internet) transmitiu diretamente dos es-

Feira do Livro de Porto Alegre bate recorde de público e vendas e se despede de olho na edição de 2006

______________Liliane Cardoso

túdios, instalados na Praça da Alfândega, toda a programação local desde o dia 28 de outubro. A emissora da Boa Vontade foi a que inaugurou as transmissões na abertura do evento, às 7 horas da manhã, com o programa Sentinela dos Pampas, dedicado à música e à cultura do Rio Grande do Sul. Entre os entrevistados, destacam-se o escritor e poeta Jacy Farias Rodrigues; Pedro Schwengber, diretor da ervateria Rainha dos Pampas; o Deputado Estadual Giovani Cherini e o empresário Carlos Alberto de Carvalho, jornalista e diretor do Jornal de Glorinha

abertoCulturaa céu

e de outros periódicos que circulam nos bairros de Porto Alegre.

Na coletiva de imprensa, o Pre-sidente da Câmara do Livro, Waldir da Silveira, agradeceu a parceria com os meios de comunicação. Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Rádio, disse ter ficado muito feliz ao saber que “o escritor Paiva Netto, com a coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, vendeu mais de um milhão de exemplares porque nos passa Paz, Boa Vontade, Caridade e tudo que o mundo precisa. Tendo sido adquirido por mais de um milhão de leitores, com certeza vai ser mais que isso, porque o efeito multiplicador do livro é maior”.

As Profecias sem Mistério: destaque no evento gaúcho.

A respeito das obras literárias, uma gama de opções esteve à disposição dos interessados. Neste contexto, destaque para os livros da Editora Elevação, pre-sentes nos principais estandes da Feira. O leitor pôde comprar as obras literárias de Paiva Netto, a exemplo do mais recente título, As Profecias sem Mistério — edi-ção revista e ampliada pelo autor e que, a menos de um ano de lançamento, já é sucesso de vendas em todo o território nacional. A literatura do escritor também foi pauta para os meios de comunicação, a exemplo do jornal RBS Notícias, da TV

“O escritor Paiva Netto, com a coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, vendeu mais de um milhão de exemplares porque nos passa Paz, Boa Vontade, Caridade e tudo que o mundo precisa. Tendo sido adquirido por mais de um milhão de leitores, com certeza vai ser mais que isso, porque o efeito multiplicador do livro é maior.”

Waldir da Silveira,

Presidente da Câmara do Livro.

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“Já publiquei mais de 2,6 mil títulos, com mais de 3 mil autores, dos mais diversos pensamentos. No caso do livro As Profecias sem Mistério, de Paiva Netto, pela posição de idéias e atitudes tomadas, o diálogo flui.”Frei Rovilio Costa, Patrono da Feira.

Marília Braga, que estuda a Bíblia desde criança, frisa que “entende ainda mais os segredos da Escritura Sagrada ao ler as obras de Paiva Netto. Ouvi a indicação por meio da Super Rede Boa Vontade de Rádio e vim comprá-lo. Para mim é questão de prioridade ler esse livro”. A enfermeira aposentada Ilza Goulart Nunes recomenda a todos a leitura de As Profecias sem Mistério. “Agora vou chegar em casa e ler. Este é um livro de cabeceira e não para ser lido rapidamente e deixado de lado, esquecido em uma prateleira. É uma obra para meditar e pesquisar”. Para ela, a literatura de Paiva Netto “mostra que não se deve ter medo das coisas, porque há muito para se buscar de conhecimento espiritual”, garante Ilza, para quem “é uma jóia”.

O leitor Nelcindo Brunetta, após ad-quirir a nova edição num dos estandes da Feira, afirmou que é uma leitura impres-cindível para a vida. “Eu comprei porque sempre procuro as opções oferecidas por Paiva Netto. É o oitavo livro dele que eu compro, porque têm a mensagem que, para mim, é essencial”, finaliza.

Em versos, o poeta e pajador Albeni Carmo de Oliveira demonstrou a satisfa-ção de ler o best-seller. “Aqui estamos, eu já te explico, que eu estava lendo, não

Waldir Silveira Sergius GonzagaRoque JacobySady SallesLúcio Alcântara Frei Rovilio

de um modo primitivo, As Profecias sem Mistério, aqui na Feira do Livro”. E o poeta completou: “Quando se fala em Profecias, se tem uma dificuldade de entender, mas agora com o livro, de uma maneira bem simples, todos vamos com-preendê-las. Eu posso dizer que ganhei, e todos que adquirirem, com certeza, só têm a ganhar com essa obra”.

Em um dos dias da Feira, 2 de no-vembro (Dia de Finados), a Militância Jovem da LBV promoveu uma panfleta-gem nos ambientes. A iniciativa chamou a atenção de diversas pessoas, a exemplo do estudante de Jornalismo da PUC-RS Gustavo Bartzen que, ao receber o folheto, fez questão de visitar o estúdio da Super Rede Boa Vontade de Rádio. “Acompanho a programação da Super RBV e gosto muito. A mídia tem a in-cumbência de melhorar, restabelecer um

Globo local, edição de 3 de novembro, que divulgou o Reflexões da Alma, de autoria de Paiva Netto. O telejornal é ancorado pelos jornalistas Elói Zorzeetto e Cristina Vieira.

O Representante Comercial da AJR Distribuidora de Livros, Sady Salles, garante que a partir do segundo semestre de 2005, após a nova edição do best-seller, os pedidos de livros da Editora Elevação só têm crescido. “A venda dele está sendo muito boa. Até o fim do ano vai aumentar ainda mais.” Aproveitou para sugerir a obra de Paiva Netto como presente de Natal: “Chega dezembro e este livro é uma boa opção, ótima literatura. O Reflexões da Alma foi campeão de vendas, mas a nova edição do As Profecias sem Mistério vai superá-lo”, ressalta.

O Patrono da Feira, Frei Rovilio Costa, ao ser saudado pelas crianças da Legião da Boa Vontade — que o presentearam com uma estampa de São Francisco de Assis, Patrono da LBV e Santo do qual o religioso é devoto —, agradeceu à Instituição e ao seu Diretor-Presidente por tamanha simpatia. “Já publiquei mais de 2,6 mil títulos, com mais de 3 mil autores, dos mais diversos pensamentos. No caso do livro As Profe-cias sem Mistério, de Paiva Netto, pela posição de idéias e atitudes tomadas, o diálogo flui. (...) A LBV, para a qual eu contribuo, está construindo verdadeiros caminhos da mensagem de São Francis-co: de Paz e de Bem”.

Jóia literáriaOuvinte da programação da Super

Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV) desde os 13 anos de idade, Maria Antônia Padilha, apesar da deficiência visual, não deixou de comprar o livro de Paiva Netto no evento literário, em Porto Alegre/RS. “Minha filha, Mariana, é quem irá ler As Profecias sem Mistério para mim. Assim, tenho a oportunidade de aprender e ela também”, conta.

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Atualidades

rumo melhor em todos os sentidos para o nosso País, tanto na área da política como da economia, do meio ambiente e da religiosidade. Nós, jovens, temos de ‘dar uma volta bem grande’ para colocar a sociedade no caminho certo”.

Na Feira, autoridades enalte-cem trabalho da LBV.

Diversas autoridades também estive-ram presentes na 51ª Feira Internacional do Livro. O Governador do Ceará, Es-tado homenageado pelo evento, Lúcio Alcântara, anunciou uma parceria entre o Ceará e o Rio Grande do Sul para uma edição especial da obra O Gaúcho, de José de Alencar, contemplando um estudo crítico de dois escritores, um gaúcho e outro cearense. Enquanto o

Governador visitava o estande da sua região, foi surpreendido pelas crianças da LBV, que lhe entregaram um cartão feito por elas e também a revista BOA VONTADE (edição nº 205). “A LBV é uma Instituição que presta muitos serviços na área social, atende inúmeras pessoas que se encontram em situações críticas, de forma que eu recebo com muito carinho essa homenagem, princi-palmente pelas crianças serem portado-ras dessa mensagem para mim.”

O Secretário Municipal de Cultura de Porto Alegre, Sergius Gonzaga, enalteceu o crescimento expressivo da Feira e assevera que “não há nenhum outro evento cultural no Rio Grande do Sul que possa comparar em números de freqüentadores e no resultado que a Feira gera”. Para Gonzaga, “é uma honra ter a Editora Elevação nesta Fei-ra. O Brasil precisa que os indivíduos saiam do seu comodismo. Exemplos como esses de Paiva Netto levam uma mensagem de esperança e otimismo, passando obviamente pela inclusão social, pela recuperação da infância que muitas vezes se perde na violência. Homens iguais a ele travam essa luta, apoiados pela experiência e pela popu-lação brasileira”, pontuou o Secretário, que é colaborador da LBV, justificando que a iniciativa é “de conscientização, de semeadura de idéias e de trabalho humanitário”.

O Secretário de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, Roque Jacoby, foi recepcionado pela Super RBV e fa-lou com muita admiração das atividades da LBV. “Quero cumprimentar a Legião da Boa Vontade, que está presente em demonstração de Solidariedade total. Que todo esse trabalho venha fortalecer o que nós temos de mais sagrado, que é a Solidariedade Humana, sempre apregoada, divulgada e trabalhada pela LBV que é uma iniciativa que nós aplaudimos”, frisou .

“As Profecias sem Mistério é um livro de cabeceira e não para ser lido rapidamente e deixado de lado, esquecido em uma prateleira. É uma obra para meditar e pesquisar.”

Ilza Goulart Nunes, enfermeira aposentada.

Nas fotos ao lado, aspectos gerais do estúdio da Super Rede Boa Vontade de Comunicação que fez ampla cobertura na Feira do Livro. Muitos leitores que compraram As Profecias sem Misté-rio, de Paiva Netto, se dirigiam ao local para manifestar a alegria de adquirir a obra.

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Personalidades lançamlivros na Feira

A variedade de estilos e temas abordados nas obras literárias foi um dos atrativos ao público na 51ª Feira do Livro de Porto Alegre. Durante os 17 dias do evento, diversos escritores lançaram seus títulos e a Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV) esteve presente nos principais acontecimentos que movimentaram a agenda da Feira. Abaixo, alguns deles:

Senador Pedro SimonTitulo: Menos juros mais empregosDedicatória: “Ao gran-de Líder da Legião da Boa Vontade, um abraço do amigo e admirador de sua obra extraordi-nária”.Mensagem: “É com muita alegria que recebo o carinho da LBV, que faz um trabalho tão fan-tástico pela criança no Brasil inteiro e em Porto Alegre também”.

Médium e escritora Vera Lúcia MarinzeckTítulo: O Céu pode espe-rarDedicatória: “Ao meu ami-go José de Paiva Netto, que Jesus ilumine seu trabalho e que esse continue a dar frutos que alimentam almas, que Deus o abençoe, com carinho”.Mensagem: “As Profecias sem Mistério, livro do Paiva Netto, já vendeu bastante, porque as pessoas realmente têm pro-curado, têm sede de saber. Quero dar parabéns a ele pela vendagem, pela beleza do livro e que ele continue nos brindando com outros livros também”.

Escritora e pedagoga Gladis Pedersen de Oliveira, Vice-Presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul. Título: Coleção Conte Mais Dedicatória: “Ao querido Irmão José de Paiva Netto, com muito carinho e reconhecimento pelo relevante trabalho em prol do Ser Humano”.

Professor e escritor português Antônio SoaresTítulo: Poemas HojeDedicatória: “Para Paiva Netto, o dinâ-mico agente da LBV, com abraço”Mensagem: Em entrevista à Super Rádio Boa Vontade, Soares recorda que, em 1989, enquanto lecionava na Universidade de Campina Grande/PB acompanhou a construção do Templo da Boa Vontade em Brasília. “Acompanho Paiva Netto, li muita coisa escrita por ele. É uma obra que merece todo o nosso apoio, nossa dedicação, porque luta por uma comunidade com Paz, alimentada com Espiritualidade, nos mostrando a grande força que o Homem tem. Lá em Portugal, ele tem um grande nome e todo o Povo o admira muito. Um abraço para esse grande apóstolo: o Irmão Paiva Netto”, finaliza.

Escritor e sacerdote Lauro TrevisanTítulo: O Centurião que espionava Jesus a mando de Pilatos — A História viva de Jesus.Dedicatória: “Dese-jo que o Mestre Jesus continue iluminando sempre mais o seu ge-

neroso coração, tornando maravilhosos os seus dias. Abraços do autor, Lauro Trevisan”.

Taróloga e Yalorixá Izza de OxumTítulo: Axé de Oxum – Simpatias, Ba-nhos e Patuás.Dedicatória: “Ao Paiva Netto, com carinho e a certeza de que na fé e na soli-dariedade o Ser Humano se fortalece”.

Fabiano dos Santos, escritor e coorde-nador da Política do Livro da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará.Título: O que você vai ser quando ficar pequeno?Dedicatória: “Ao escritor Paiva Netto, que possa navegar nas asas da leitura e ler com seus netos num aconchego e conversa de mundo, um abraço”.Mensagem: “Sou colaborador da LBV há longo tempo e só tenho a parabenizar o trabalho da Instituição no Ceará e em todo Brasil. (...) Parabéns ao Paiva Netto pela ação que ele desenvolve à frente da LBV. Que continue com essa missão, semeando a palavra de Deus, da Boa Vontade, pelo Brasil e pelo mundo”.

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Melhor Idade

Lar da Terceira Idade_______________

Alcidéia Emerick

artesanais, como tarde de pintura, teatro, lanches especiais (prepa-rados pelos estudantes), música, entre outras atividades que vêm melhorando a socialização dos vovôs.

Os alunos redigiram um pequeno agradecimento à Obra por participarem dessa ação: “A LBV nos deu oportunidade de desenvolver o trabalho em equipe, abrindo campo para relacionarmos a teoria com a prática, além de contribuirmos com o nosso serviço para a comunidade, pois a enfermagem é uma arte que nos permite cuidar do próximo, entendido também como Ser psi-cossocial, da sua reabilitação neste processo da senes-cência”.

A líder do grupo, Jussara Ra-malho de Oliveira, concluiu pelos cole-gas: “Amamos aju-dar a LBV, estamos por amor, gostamos de conviver com os idosos deste lugar. Esperamos derramar aqui o nosso sentimento e deixar a marca de esperança em dias melhores”.

Troca de experiências

A presença da juventude na Casa é constante.

No último 16 de outubro, o local recebeu a visita de 15 alunos do quarto ano da Facul-dade de Pedagogia, da Fundação Educacional Nordeste Mineiro (Fe-nord).Os jovens passaram um

dia descontraído, fizeram brincadeiras, conversaram animadamente com os vo-vôs. “Para nós foi gratifi-cante essa tarde de domingo, conhecemos pessoas agradá-

veis, cheias de experiências e com todo Amor a oferecer. Que a LBV continue a realizar esse trabalho de muita Boa Von-tade, dedicação e Amor. O nosso muito obrigado”, registraram os estudantes no Livro do Coração do Lar.

O Lar de Idosos da Legião da Boa Vontade está localizado na Rua Capitão Leonardo, 620, Grão-Pará, tel.: (33) 3522-6555.

Para melhor atender às necessida-des dos vovôs e vovós residentes no Lar Alziro Zarur em Teófilo Otoni/MG, a Legião da Boa Von-

tade deu início a obras para ampliar e modernizar as dependências da cozinha, lavanderia e refeitório.

Com isso, a Instituição enriquece, ainda mais, a qualidade dos seus servi-ços, oferecendo conforto e segurança aos internos residentes. Os funcionários que lidam diretamente nestes setores também serão beneficiados com a pra-ticidade dos ambientes.

Um atendimento que já é feito pela organização há quase cinco décadas naquele local, como relembra o econo-mista e ex-Ministro da Secretaria Espe-cial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, que morou muitos anos na cidade: (...) “Na cidade que vivi mi-nha adolescência e juventude, Teófilo Otoni, nós chamávamos o ‘Morro da Legião’, porque lá em cima tem a sede da LBV (grifo nosso). (...) A LBV presta esse atendimento há muitas décadas, sempre se preocupou com isso”.

Universitários desenvolvem projetos “Bem-me-Quer”

Faz parte dessas iniciativas a parceria entre a LBV e as Faculdades Doctum que vêm desenvolvendo o Projeto Bem-me-Quer, sob a supervisão das professoras Karla Maria (psicóloga) e Maria Cristina Moreira Rodrigues (enfermeira), no qual alunos do curso de Enfermagem da Faculdade colaboram como voluntários.

O projeto tem o objetivo de pro-mover a auto-estima e a valorização da Terceira Idade, investindo em um enve-lhecimento saudável. Os universitários divulgam o serviço na comunidade, a fim de levar este público a interagir com os idosos. Desenvolvem trabalhos

em Teófilo Otoni amplia instalações

“Amamos ajudar a LBV, estamos por amor, gostamos de conviver com os idosos deste

lugar.”Jussara Ramalho de Oliveira, universitária.

A professora e psicóloga Karla Maria e a professora e enfermeira Maria Cristina Moreira Rodrigues.

Obras de ampliação do Lar de Idosos da LBV em Teófilo Otoni/MG

Fotos: Arquivo rBV

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Para os diabéticos, as precauções devem ser maiores, pois as frutas que possuem mais açúcar precisam ser con-sumidas com cuidado.

A osteoporose e o cálcioO leite e seus derivados são bastante

úteis ao idoso em virtude do alto teor de cálcio, que previne o aparecimento da osteoporose. O maior cuidado é não abusar em nada, comer para viver e não viver para comer. É um ditado antigo, mas que funciona.

Aqueles que não gostam de leite possuem outros bons alimentos para consumir: agrião, amêndoa, brócolis, couve, legumes verdes, peixes (sardi-nha), feijão e soja.

A enfermidade afeta principalmente as mulheres na pós-menopausa, mas o homem também sofre com o mal. Trata-se de uma doença que faz com que haja perda de massa óssea e, aos

poucos, isso enfra-quece o esqueleto, tornando-nos mais suscetíveis às fra-turas. O tratamento é demorado e exige acompanhamento médico.

Há duas dicas fundamentais para evitá-la: não abusar do sal e do açúcar. São elementos terríveis para qualquer um.

Nas próximas edições passaremos uma série de cuidados que devemos ter, tudo sem complicações, aos queridos Irmãos idosos, homens e mulheres que já batalharam muito em suas vidas e agora merecem todo o carinho e respeito.

(Neste trabalho contamos com o apoio do gastroenterologista Dr. José Luiz Amuratti)

Cuidar da alimentação é funda-mental para uma existência saudável. Por isso, vamos tecer algumas considerações

sobre hábitos alimentares na Terceira Idade.

Não existem restrições alimentares, mas é essencial não sobrecarregar o organismo com alimentos que são tra-dicionalmente “pesados” para qualquer faixa etária, ou seja, os gordurosos e os de difícil absorção.

Principalmente à noite, é recomen-dável no jantar ingerir sopas que são leves e têm muitos nutrientes, acompa-nhadas de sobremesa à base de frutas da época. A laranja, por exemplo, não deve faltar em nossas mesas. Há ainda o pêssego, tangerina (chamada também de mexerica e ponkan), melão, uva, maçã, pêra e tantas outras de norte ao sul, de leste a oeste deste gigantesco Brasil.

Walter Periotto

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Ação Jovem LBV

Se pedirmos para um renomado pintor trabalhar em um quadro

tendo como base a Na-tureza que o cerca com suas florestas, lagos, nuvens e animais, e ofe-recermos a ele, como matéria-prima para sua obra, somente a cor azul, por melhor que seja este artista, conseguirá ele descrever tal como real-mente é este ambiente ao seu redor? Certamente

poderá pintar um lindo lago, ou um céu deslumbrante, mas e o restante? O mesmo ocorrerá se utilizar somente a cor vermelha ou amarela, ou seja, jamais conseguirá tal homem, por mais perfec-cionista, traduzir tudo aquilo com uma fidelidade absoluta em sua obra.

De igual modo podemos inferir esta analogia em relação à Ciência na Terra. Hoje, vislumbramos os horizontes que a Física, a Biologia, a Química, além das demais ciências exatas, humanas e biológicas alcançaram. Diante dessa realidade, nos maravilhamos com a grandeza de tais conquistas e quão longe nas trilhas da razão humana estamos, se analisarmos alguns séculos passados. Tantos horizontes foram desbravados que chegamos hoje ao limiar de poder inquirir e perlustrar os mais diversos campos, traduzindo como reflexo de toda a Ciência esta tecnologia que nos circunda.

Mas a Ciência — tal como está — porventura conseguirá pintar aquele quadro perfeito da Natureza, por si só? É o que parece se nos detivermos nes-tes grandes avanços tecnológicos que ela proporcionou ao longo do tempo. Entretanto, antes de precipitadamente concluirmos, remetamos o fato a nós mesmos. Sim, a nós, Seres Humanos que somos. Por quê? A resposta é simples. Muitas vezes esquecemos que os cientis-

Juliano Carvalho Bento, militante da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus e graduando em Física pela Universidade Estadual de Campinas.

(...) Jovens de ideal, propaguemos por todas as universidades do Brasil e do mundo esta idéia vanguardeira de conscientização com a qual Paiva Netto sempre nos alerta: “(...) é preciso que Jesus dessectarizado esteja também nos currículos universitários, para que se formem não somente bons profissionais, mas, sobretudo, profissionais bons”.

tas são, antes de tudo, homens! Ou seja, pelo simples fato de serem humanos, possuem duas características intrínsecas: emoção e razão. Se temos em nossa própria natureza estas características, como queremos visualizar e sistematizar o meio em que vivemos somente pela racionalidade dos métodos frios das equações e funções numéricas de uma álgebra manipulada por poucos? Com isso podemos entender que a Ciência, pelo nosso prisma, sem emoção, sem sentimento e, portanto, sem Amor, não consegue e nem poderá construir as bases sólidas e completas da Verdade que tanto busca e que o Universo nos revela por simplesmente faltar algo que a complete, assim como em nós, frutos desta Natureza.

Deste modo, da mesma forma que uma parte não pode negar o todo, não pode a Ciência estar totalmente des-vinculada de uma vertente intuitiva proporcionada pela Religião que, por sua vez, relaciona-se à emoção. É como o Presidente das Instituições de Boa Vontade (IBVs), José de Paiva Netto, sempre afirma: “A Ciência iluminada pelo Amor eleva o Ser Humano à con-quista da Verdade”.

Por isso, quando finalmente en-tendermos que o grande quadro real, descrito pela Verdade, pode somente ser pintado com fidelidade absoluta pelas

“cores primárias” existentes em nosso Planeta — Ciência (Razão) e Religião (Emoção) — é que o mundo conhe-cerá uma era em que conhecimentos inimagináveis e grandes conquistas nos aspectos éticos, morais, intelectuais e espirituais (como nunca antes visto em nenhum momento por esta Humanidade) serão proporcionados pela fonte eterna de todo o Conhecimento Universal: Deus, definido por aquele Amor Divino trazido por Jesus, o Cristo Ecumênico, como a grande Lei Universal que rege o Espaço eterno: Novo Mandamento vos dou: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei (Evangelho, segundo João, 13: 34).

E é este trabalho que o Fórum Per-manente Jesus: Scientia ad Deum (O Conhecimento para Deus) e o Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, ambos criados por José de Paiva Netto, vêm desenvolvendo ao trazer para o mundo, por meio do estudo e conscien-tização, aquilo que é mais do que hora de reatar: Deus (o Amor Supremo) e todos os diversos ramos do saber humano. Com isso, jovens de ideal, propaguemos por todas as universidades do Brasil e do mundo esta idéia vanguardeira de conscientização com a qual Paiva Netto sempre nos alerta: “(...) é preciso que Jesus dessectarizado esteja também nos currículos universitários, para que se formem não somente bons profissionais, mas, sobretudo, profissionais bons”.

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A Juventude Ecumênica da LBV e alunos da Universidade de Campinas realizaram na Unicamp o Fórum Permanente Jesus

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Uma lição de Solidariedade. É assim que os estudantes da Universi-dade Paulista (Unip), de Campinas/SP, vêem a parceria firmada com a LBV. A ação tem gerado um saldo positivo não apenas para quem recebe a ajuda, mas principalmente para os próprios alunos que contribuem para a Campanha Natal Permanente de Jesus — o Pão Nosso de cada dia! Cada quilo arrecadado vale créditos para a Atividade Complementar do universitário.

A iniciativa foi do professor Roni Muraoka, coordenador dos cursos de Comunicação Social da Unip, que tam-bém tomou a frente de uma outra ação promovida pelos estudantes de Jorna-lismo e Publicidade e Propaganda. Em setembro, eles realizaram um Almoço Solidário. Quem sugeriu a realização do evento nas instalações do Centro

www.acaojovemlbv.com.br

Alunos da Unip promovem almoço solidário Comunitário e Educacional da LBV foi a universitária e integrante da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus Milena Carvalho Bento. “O professor pensou na Legião da Boa Vontade por já haver participado da Ronda da Cari-dade”, conta.

Antes de colocarem a mão na massa, os estudantes conheceram as instalações e a história da LBV, por meio da revista Sociedade Solidária Altruística Ecumênica. Logo após, sob a orientação do professor, prepararam a macarronada que serviu famílias em si-tuação de risco social das comunidades Vila Rica e Campos Elíseos, locais que já recebem o atendimento da Legião da Boa Vontade.

O estudante de Publicidade Rodri-go Rodrigues afirmou que o “almoço solidário foi uma ótima experiência

para exercitar nosso lado humano”. O mesmo achou seu colega de curso Antônio Augusto Oliveira. Para ele, a parceria com a LBV “é um bom projeto e, com certeza, deve continuar”.

Maicon Liparini, que cursa Jornalis-mo, acredita que a ação vem fortalecer a imagem da juventude brasileira. “Essa iniciativa demonstra quanto os universitários são solidários e prova que os jovens também se preocupam em ajudar o próximo.” Também es-tudante de Jornalismo, Aline Regina Telles destacou que “trabalhar como voluntária nessa ação da LBV foi a maneira que encontrei de auxiliar os que precisam. (...) É um dos atos mais belos que o Ser Humano pode fazer”. O fato foi noticiado pelo Correio Popular, principal jornal da cidade, e também pela TV Bandeirantes local.

Juventude Ecumênica no interior cearense___________Carlos Melo

A bela cidade de Quixadá (160 quilômetros de Fortaleza), interior cea-rense, recebeu a Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus para uma pan-fletagem nos principais pontos do mu-nicípio. Os jovens visitaram a emissora de rádio de maior audiência na região, a Jangadeiro Quixadá (FM 96.7).

Na ocasião, o Diretor Comercial, Tony Moraes, falou a respeito da Campanha da LBV Natal Permanente

de Jesus — o Pão Nosso de cada dia!: “Eu já conheço o trabalho realizado pela Instituição. Visitei o Templo da Boa Vontade em Brasília/DF e é um prazer estar ao lado desta campanha que, com certeza, trará muitos resulta-dos positivos”. Nos estúdios da Rádio estava também o locutor Gébson Costa que afirmou: “É um prazer divulgar esta Instituição que tanto trabalha em prol do Ser Humano”.

Os jovens auxiliam no preparo dos alimentos para a entrega nas comunidades. Logo após, concedem entrevista à TV Bandeirantes local.

Paisagem do açude construído por Dom Pedro II em Quixadá/CE.

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Soldadinhos de Deus

Resp.: QUEM CONFIA EM JESUS NÃO PERDE O SEU TEMPO! (Paiva Netto)

Resolva o diagramaCorrespondência

Jhonathan Machado de Araújo, 9 anos, São Paulo/SP.

Jesiel Estevão Machado de Araújo, 4 anos, São Paulo/SP.

Júlio Cezar Machado de Araújo, 6 anos, São Paulo/SP.

Luiz Felipe Pertinhes, 1 ano e 2 meses, Butantã/SP.

Escreva para o Bolo com Pudim Edi-torial, mande sua foto, de-senhos ou um recado para os Soldadinhos de Deus. Não se

esqueça de colocar seu nome, idade e cidade onde mora.

Rua Doraci, 90, Bom Retiro, São Paulo/SP CEP 01134-050E-mail: [email protected]

Débora Correa da Silva, 5 anos, de Glorinha/RS.

Caroline Rodrigues Couto, 6 anos, Porto Alegre/RS.

Agradecemos o trabalho das crianças de Fortaleza/CE, participantes do programa LBV: Criança — Futuro no Presente!, que montaram um livro inspirado na história A Formiga Preguiçosa, do Bolo com Pudim Editorial, e o dedicaram ao Líder da LBV, com esses dizeres: Ao Irmão Paiva, pela dedicação e determi-nação nesta obra que se perpetua há mais de meio século.

Augusto Faria, 9 anos, São Paulo.

Desenho feito pelo Soldadinho de Deus Letícia de Paiva Tonin, de São Paulo/SP, que completa 10 anos, no dia 3/12/2005.

Fotos: Arquivo pessoal

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Ao fazer uma oração, não se esqueça de agradecer ao seu Anjo da Guarda por protegê-

lo, aos seus pais, e a Jesus que sempre nos ilumina com Seu Amor:

Bom Pai do Céu,Permanecei sempre perto de mim.

Fazei que eu vos ame cada vez mais.Que o meu coraçãozinho de criança seja

puroE que não haja lugar para a raiva.

Que meus olhinhos estejam voltados so-mente para o Bem.

Ó Deus!Afastai de mim pensamentos de qualquer

maldade contra meus irmãos.Não permitais que da minha boquinha saia

alguma mentira e nem palavras feias.Que a inteligência, em boa dose que me

destes, seja em benefício da Humanidade.Fazei que eu ame a todos os meus irmãos, amigos ou inimigos, bons ou maus, conhe-cidos ou não, os que eu encontrar durante

toda a minha vida.Fazei, Senhor, que eu nunca venha a

magoar o coração de meus pais que me tratam com tanto carinho e tanto Amor.Senhor, dai-me vontade e coragem para cumprir o Vosso mandamento, fazendo aos

outros o que eu quero que os outros me façam.

Que assim seja!

Oração da Criança*

*Extraída do livro Ao Coração de Deus, de autoria do escritor Paiva Netto.

Rita de Cássia Mineto

Qual é a sombra?

Os Soldadinhos de Deus da cidade de Niterói/RJ, durante as Aulas de Moral Ecumênica (AMEs), por iniciativa deles, desenvolveram uma peça teatral, formada por um elenco com idade entre 6 e 10 anos, intitulada “O Rei Sa-lomão, o julgamento de duas mulheres”.

Na capital gaúcha, as crianças atendidas pelo programa LBV: Criança — Futuro no Presente! realizaram uma visita à Feira do Livro de Porto Alegre. Na foto, a festa nos estúdios da Super Rede Boa Vontade de Radio, instalados na Feira.

Visita à Feira do Livro de Porto Alegre

Peça Teatral

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Homenagem

Emoção, respeito e gratidão marca-ram as homenagens que a Legião da Boa Vontade e seu Diretor-Presidente, José de Paiva Netto,

receberam das Casas Legislativas de Salvador/BA e de Vitória/ES, durante o mês de novembro, em reconhecimento ao trabalho socioeducacional da Obra que educa e ampara, com Espiritualida-de Ecumênica, milhares de crianças, jo-vens, adultos e idosos em todo o País.

é reverenciada em Salvador________________Juliane Nascimento

A Solidariedade Ecumênica

A solenidade na capital baiana ocor-reu no dia 10, na Assembléia Legislativa do Estado da Bahia. A LBV, representa-da pelo Maestro Legionário José Eduar-do Paulote de Paiva, foi saudada pelos 55 anos de existência no Brasil, 50 anos na Bahia e uma década da Super Rádio Cristal AM (emissora local da Super Rede Boa Vontade – Super RBV).

A proposta da sessão solene foi da Deputada Estadual Antônia Pedrosa, que, em seu discurso, enalteceu o Bem propagado pela Organização: “Ao longo dos anos, a LBV tem sido o farol que ilu-mina milhares de lares pelo Brasil afora, proporcionando cultura, entretenimento, alegria e, sobretudo, dando sentido à vida de muita gente. É esse conjunto de ações extraordinárias que faz da LBV um dos símbolos da Solidariedade em nosso País”, afirmou.

Respeito às diferençasPersonalidades civis e políticas pres-

tigiaram o encontro, como a Presidente da Associação Educativa e Cultural Didá, Vivian Caroline Queiroz, que atende crianças e mulheres afro-brasi-leiras no Pelourinho (centro histórico

de Salvador): “A LBV sempre vem em-preendendo ações sociais importantes, relevantes, inteligentes, valorizando a arte sem distinção. Acredito que o maior crédito da LBV é respeitar as diferenças, mas entendendo que a cultura é um elo entre os homens e a Fé com o universo, com a energia superior. Entender e va-lorizar o que a Legião da Boa Vontade vem fazendo é uma iniciativa bastante louvável e digna”.

Assembléia Legislativa da Bahia durante a cerimônia em homenagem à LBV

A propositora da homenagem, Deputada Antônia Pedrosa, e o Maestro José Eduardo Paulote de Paiva, que representou o dirigente da LBV.

“Ao longo dos anos, a LBV tem sido o farol que ilumina milhares de lares pelo Brasil afora, proporcionando cultura, entretenimento, alegria e, sobretudo, dando sentido à vida de muita gente.”

Deputada Antônia Pedrosa

Vivian Caroline Queiroz

“Acredito que o maior

crédito da LBV é respeitar as

diferenças, entendendo

que a cultura é um elo entre

os homens e a Fé com o universo, com a

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Na capital capixaba, a sessão so-lene à Legião da Boa Vontade realizou-se na tarde de 16 de novembro. O Palácio Atílio

Vivácqua estava superlotado por jovens, personalidades, simpatizantes e colabo-radores da Obra de todas as idades, que prestigiaram a cerimônia por proposição do Vereador José Francisco Maio, co-nhecido como Zezito Maio.

Mais uma vez o Legionário José Eduardo representou a LBV e seu Di-retor-Presidente e recebeu, em nome de Paiva Netto, a Comenda Carlos Lindem-berg, que é concedida a personalidades

Dez anos da Super Rádio Cristal

Mesmo antes da ceri-mônia, durante o progra-ma matutino Comando da Esperança, transmitido de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas, na Su-per RBV, as autoridades já se manifestavam. O Senador César Borges foi um dos que afirmaram ser a iniciativa “justíssima”, e completou: “Afinal, uma organização que tem 55 anos de vida, de serviços prestados à comunidade, deve ser sauda-da por todos. E, neste caso, a Assembléia Legislativa representa o Povo baiano de todo o Estado, que resolve, em muito bom momento, fazer esta homenagem à Legião da Boa Vontade e ao trabalho desenvolvido pela Super Rádio Cristal.

Comenda Carlos Lindemberg em Vitória/ES

Senador César Borges

“A Legião da Boa Vontade tem 55 anos

de participação nos acontecimentos do

nosso País e quando analisamos os 505 anos do Brasil, são

aproximadamente 10%, o que não é pouco, quase a metade da

História recente do País, justamente o período de maiores transformações.

Não é exagero ter a certeza e o orgulho de saber que a Legião da

Boa Vontade mudou para melhor a História de

nossa Pátria.(...) LBV e Brasil: um casamento que deu

certo e dá bons frutos.” José Eduardo Paulote de

Paiva

Eu só posso desejar que a emis-sora continue nesta linha: servir bem à comunidade, assim como tem atuado até hoje”.

Durante seu pronunciamen-to, o representante do dirigente da LBV, José Eduardo Paulote de Paiva, emocionou-se ao ob-servar a contribuição da Obra ao longo de mais de meio século.

“A Legião da Boa Vontade tem 55 anos de participação nos acontecimentos do nosso País e quando analisamos os 505 anos do Brasil, são aproximadamente 10%, o que não é pouco, quase a metade da História recente do País, justamente o período de maiores transformações. Não é exagero ter a certeza e o orgulho de saber que a Legião da Boa Vontade mudou para melhor a História de nossa Pátria”.

destacadas pela notoriedade de seu conhecimento, cultura e serviços presta-dos à comunidade vitoriense. A láurea é entregue anualmente, em comemoração ao aniversário da cidade, quando cinco pessoas são escolhidas por uma comissão especial. Esta placa foi concedida a Paiva Netto pelos seus 50 anos de trabalho na LBV. Para a Instituição, também foi entregue o Certificado de Gestora Social pelos seus 55 anos de fundação e pelos trabalhos desenvolvidos à comunidade capixaba.

O Coral Ecumênico Infantil LBV, composto pela garotada atendida no

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A Vereadora Neusinha, José Eduardo e o Vereador Zezito Meio.

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O público superlotou o auditório da Assembléia Legislativa do Estado da Bahia durante homenagem à LBV

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programa LBV: Criança — Futuro no Presente!, emocionou os participantes com canções alusivas à Paz.

Após a execução do Hino Nacional Brasileiro, o Vereador Zezito Maio, acompanhado de sua esposa, Letícia Moraes Maio, manifestou seu apreço aos serviços prestados por Paiva Netto à frente da Obra, desejando que “Deus lhe dê muita saúde para que possa ajudar ainda muitas pessoas”. Ao comentar sobre a proposição, o Vereador disse: “Não foi a Câmara que concedeu um presente à LBV, mas, sim, a Instituição que nos presenteia”.

O Maestro José Eduardo agra-deceu as manifestações de carinho e consideração: “Nós nos sentimos honrados, porque é um reconheci-mento do Povo brasileiro. Os polí-ticos são representantes dele, eleitos

pelo voto e têm essa oportunidade dada por Deus de servir à população que os elege. Quando uma autoridade reconhece o trabalho de uma Institui-ção é porque ela é séria. E a Legião da Boa Vontade é séria, comprovou isso há muito tempo, como disse o nosso Irmão Paiva: ‘A LBV já foi julgada e aprovada pelo Povo há muito tempo’. Ama e é amada por ele”.

“É importante que todos os órgãos possam oficialmente reconhecer a ajuda que a

Instituição oferece à sociedade. Tiramos o chapéu para a LBV.”

Cristal Carvalho

A Vereadora Neusa Oliveira, mais conhecida como Neusinha, presente ao evento, além de caracterizar como “justíssimo o preito”, falou da neces-sidade de “propagar a ação da LBV que é feita com as crianças, pois não é só importante pregar a filosofia da Educação, mas também o Amor, é o que a LBV faz”.

Quem assistiu também à cerimô-nia foi a apresentadora do programa Bem Viver (da GTV NET, canal 14), Cristal Carvalho, que fez coro com os demais: “É um justo reconhecimento pelo que a LBV realiza no Estado. Percebemos, com as nossas pesqui-sas, a relevância que esta Obra tem. É importante que todos os órgãos pos-sam oficialmente reconhecer a ajuda que a Instituição oferece à sociedade. Tiramos o chapéu para a LBV”.

Homenagem

O Coral Ecumênico Infantil LBV encanta a solenidadeMaestro José Eduardo

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Foi com alegria no coração que estive representando o dirigente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto,

numa homenagem aos 55 anos da Ins-tituição na luta por um Brasil melhor e uma Humanidade mais feliz.

Foram muitas as pessoas que fize-ram questão de registrar seu agradeci-mento pela existência da LBV e pela atuação de Paiva Netto à frente dela. O Povo compareceu em massa. Gratidão é um ato nobre do Ser. É sentimento que dispara energias poderosíssimas em prol da fonte geradora e estes Se-res felizes podem vivenciar esta fonte geradora de vida, acalentando suas existências na divina oportunidade da gratidão.

Natal transmite uma boa vibração. Nisto vemos a importância da escolha de um nome, seja para os filhos, para uma instituição, empresa, cidade: é como se fosse um selo que lhes déssemos para a certeza do envio da correspondência. Com o selo errado, a carta pode se perder ou demora a chegar ao seu destino.

A LBV em Natal está localizada numa região de extrema pobreza. O prédio é grande e comporta, por enquanto, os trabalhos naquele mu-nicípio. Digo por enquanto porque a cidade está em expansão e o campo de plantio e colheita da Boa Vontade é vasto.

A presença de estrangeiros na capital do Rio Grande do Norte é marcante. Isso nos reporta que, com o trabalho estabelecido há décadas por Paiva Netto na Legião da Boa Vontade com o vitorioso Padrão Jesus, estaremos fortalecendo ainda mais a conexão entre a visita dos turistas na cidade e incluindo no tour dos visitantes as atividades socioeduca-cionais realizadas pela LBV em Natal,

Reconhecimento de Natal/RN à Obra Legionária

Dr. Pedro de Paiva, Advogado.

promovendo, assim, o Turismo da Solidariedade Ecumênica. Se existe alguém com condições de fazer isso no Brasil e no mundo é a LBV, por sua inacreditável estrutura, e a Fundação José de Paiva Netto com seus canais de comunicação e cultura.

Hoje, num momento em que en-contrar a felicidade significa ficar em débito com o mundo, tê-la em meio a tanta carência pode trazer um certo apoio consciencial, mister se faz juntar a felicidade à Solidariedade, aliás uma não existe sem a outra. A Sociedade Solidária Altruística Ecumênica é um dos pontos que mais encontramos nos ensinamentos do impressionan-te, como bem denominou o Irmão Bezerra de Menezes (1831-1900), livro As Profecias sem Mistério. O turismo solidário é um econômico e rápido caminho para o esclarecimento e o combate ao “turismo sexual” tão vigente nos países da América Lati-na, mormente no Norte e Nordeste brasileiros.

Quando cheguei a Natal fui re-cepcionado no aeroporto pelo gerente

da LBV, Irmão Paulo Radi, por sua esposa, Irmã Mari, seu primo-gênito, William, e a Wendy, sua filha.

Vale regis-trar que o jovem William Radi foi designado por nós para ser um dos fotó-grafos do evento e lá soubemos que ele não poderia entrar no plenário, pois no local só se adentra de paletó. Então, ra-pidamente, com a ajuda da Legionária da Boa Vontade Silvia Ferreira, pediu um paletó emprestado para o garçom e foi à “carga!”. Ele tem 14 anos e nunca “trabalhou” como fotógrafo. O resulta-do? As fotos ficaram boas.

Enfim, de Natal retornamos felizes, após vivenciar o clima de fraternidade e, mais uma vez, o dever cumprido ao recebermos, em nome de Paiva Netto, uma homenagem à LBV que tem como uma de suas Campanhas o Natal Per-manente de Jesus — o Pão Nosso de cada dia!.

Homenagem

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Da esq. para a dir.: Assis Oliveira, representante da Vice-Prefeita, Micarla Araújo de Sousa Weber, Padre João Batista Chaves da Rocha, Vereador Salatiel de Souza, Secretário Municipal Daniel Leite e Dr. Pedro de Paiva.

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Saúde

Casos recentes da febre maculosa, doença causa-da pela bacté-

ria Rickettsia rickettsii, em Estados como o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, colocaram em alerta os pro-fissionais da

saúde no sentido de levar informação ao público, a melhor forma de se evitar e tratar este mal.

A maior dificuldade nestes casos está no diagnóstico rápido, visto que os sintomas se confundem facilmente com os de outras mo-léstias: febre modera-da a alta; cefaléia (dor de cabeça); calafrios; náuseas; vômitos; diarréia; tosse; congestão das conjuntivas; manchas róseas nas extremidades, em torno do punho e tornozelo, de onde se irradiam para o tronco, face, pescoço, palmas e solas.

Em palestra na Legião da Boa Vontade, o clínico geral Dr. Eugênio Pedra sinalizou para duas medidas importantes. Primeiro, conhecer as áreas consideradas endêmicas, evitando caminhar em locais infestados por car-rapatos-estrelas, que são hospedeiros e transmissores da bactéria que provoca a enfermidade. Segundo, em caso de apresentar os sintomas e ter passado por lugares suspeitos e/ou ter sido picado por carrapato, procurar ajuda clínica e fornecer essas informações ao médico,

Alguns cuidados, a seguir, caso não seja possível evitar áreas infestadas.— Verificar, em intervalos de 3 horas, se existe algum carrapato aderi-do ao corpo, retirando-o com cuidado, fazendo uma leve torção para soltar o seu aparelho bucal, sem esmagá-lo para que as bactérias não entrem em possíveis microlesões na pele. Quanto antes se tirar, menor é a oportunidade de contrair o mal.— Usar calças compridas, tendo a parte inferior delas dentro de botas, lacrando-as com fitas adesivas dupla face. É interessante também vestir roupas claras, que ajudam na visualização destes animais.— Aparar o gramado o mais rente possível, permitindo a passagem maior dos raios solares.— Dar banhos com carrapaticida nos animais domésticos.

Fonte: Portal da Sucen — Superintendência de Controle de Endemias (www.sucen.sp.gov.br)

o que será fundamental para a eficiência do tratamento.

É importante observar que a difusão ocorre se o carrapato infectado picar a pessoa e ficar aderido à pele de 4 a 6 horas. Após o contágio, leva-se de 2 a

14 dias (em média 7) para apresentar os sintomas. Os cuidados, embora simples, devem ser iniciados rapidamente, com terapia específica à base de antibióticos. Caso contrário, existe uma possibilidade (cerca de até 80%) de causar a morte do paciente.

HistóricoEm 1899, foi realizada a

primeira descrição clínica da febre maculosa, por Ken-neth Maxcy, no noroeste dos Estados Unidos, em

uma região montanhosa. Por isso mesmo, ela foi chamada, a

princípio, de febre das montanhas rochosas. Em nosso País, foi

identificada, em 1929, no Estado de São Paulo, sendo posteriormente encontrada no Rio de Janeiro e Minas

Gerais. Segundo o Minis-tério da Saúde, entre 1995 e

2005 foram notificados 386 casos, com 107 óbitos.

[L.S.M]

FebreMaculosa

Profissionais da saúde alertam para o perigo

Dr. Eugênio Pedra

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___________________Texto: Simone Barreto

Lêdo Ivo

História

comemoracentenário de

ABLAfonso Arinos

Rio de Janeiro/RJ — Em exposição comemorativa do centenário de Afonso Arinos

podem ser vistas fotos e objetos pessoais deste ilustre

brasileiro.

Ivan Junqueira

Machado de Assis (1839-1908), fundador da ABL.

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Lêdo Ivo também exaltou a impor-tância de se realizar encontros desta natureza. “Afonso Arinos é uma das figuras mais relevantes da vida brasileira no século XX.

Para o jornalista Murilo Melo Filho, a presença de Arinos na Academia foi marcante: “Ele foi um acadêmico importante para nós da ABL. Além de Ministro de Estado, Senador, Deputado Fede-

pleno exercício do mandato de Senador.

Tributo ao intelectual e estadista

A exposição foi aberta pelo Presidente da ABL, Ivan Junqueira, que na oportunidade enalteceu a grande contribuição de

Afonso Arinos. Diversos acadêmicos prestigiaram

o evento e falaram à revista BOA VONTADE sobre o homenageado, a exemplo do Secretário-Geral da Casa de Machado de Assis, o professor universitário e filólogo Evanildo Cavalcante Bechara: “Ele pertence a uma galeria de grandes brasileiros. Era uma inteligência poliforma, tratou de vários assun-tos: jurídicos, literários, filosóficos, estéticos, constitucionais do direi-to, uma figura extraordinária. Há grandes brasileiros que realmente pensaram em nosso País (...). A ex-posição é muito bonita e rica. Aqui podem ser vistos os objetos pessoais dele, as láureas, as vestimentas, os livros, fotos com familiares, a família guardou essas coisas todas que nos remetem à sua vida”.

O poeta, escritor e acadêmico

A Academia Bra-sileira de Letras (ABL) deu iní-cio, no dia 1º de

novembro, à exposição comemorativa do cente-nário de nascimento de Afonso Arinos de Melo Franco. Este notável aca-dêmico, jurista, professor, político, historiador, crítico, ensaísta e memorialista nasceu em Belo Horizonte/MG, a 27 de novembro de 1905, filho de família tradicional de intelectuais e diplomatas.

Atuou por muitos anos na Câ-mara dos Deputados, exercendo forte influência na vida parlamentar do Brasil. Em 1950, era aprovado projeto de sua autoria, mais tarde chamado de Lei Afonso Arinos, que fez da discriminação racial uma contravenção penal.

Em 23 de janeiro de 1958 foi eleito para a cadeira nº 25 da ABL, na sucessão de José Lins do Rego, sendo integrado à cátedra em 19 de julho do mesmo ano, pelo acadêmico Manuel Bandeira. Na Academia, recebeu Guimarães Rosa em 16 de novembro de 1967.

Veio a falecer no Rio de Janei-ro/RJ, em 27 de agosto de 1990, em

ral, Afonso Arinos foi um grande escritor, polígrafo, historiador, enfim, preencheu todos os aspec-tos literários do País, sempre de maneira brilhante”.

A Exposição Afonso Arinos — Acadêmico e Estadista pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10 às 18 horas, na Av. Wilson, 203, Castelo, Rio de Janeiro/RJ.

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“Pessoas de diferentes reli-giões e idéias, de todas as par-tes do mundo, podem vir à Pi-râmide da LBV, se encontrar e fazer suas me-ditações, res-peitando as di-versas religiões representadas aqui no Templo da Boa Vonta-de.”

Piloto norte-americano James Mur-phy que, ao lado de seu companheiro de trabalho Steven Robinson, ambos pela primeira vez no Brasil, fez questão de conhecer o Templo da LBV, no início de novembro, em Brasília/DF.

“Quero parabeni-zar o trabalho que a LBV desenvolve com as crianças. A Coelce dispôs aqui uma sala para que vocês pudes-sem apresentar esse trabalho tão bonito. (...) Gostaria de aproveitar o momento para refor-

çar ainda mais a nossa parceria e dizer que podem continuar contando com a Coelce.”

Cristián Eduardo Fierro Montes, Diretor-Presidente da Coelce (Compa-nhia Energética do Ceará), em 27 de outubro, quando foi inaugurado mais um posto de atendimento da Empresa. Na ocasião, o Coral Ecumênico In-fantil LBV cantou para a diretoria da organização.

O Secretário de Estado da Defesa Civil e Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, Coronel BM Carlos Alberto de Carvalho, visitou, no dia 7 de novem-bro, o Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, na zona norte do Rio. Ele foi acompanhado por seu Aju-dante-de-Ordens, o Major Lisboa, pelo Chefe de Gabinete, Toni Marangoni, e o Assessor de Imprensa, Tenente-Coronel Roni Azevedo.

Em entrevista, o Coronel Carlos Alberto frisou que conhece a Instituição há bastante tempo e que sua mãe acom-panhava as mensagens do saudoso fun-dador da Legião da Boa Vontade, Alziro Zarur (1914-1979). Para o Secretário de Defesa Civil, “o Diretor-Presidente José de Paiva Netto está de parabéns. O mo-delo de atendimento da LBV é fantástico (...). É um trabalho espetacular”.

“O conforto nas instalações físicas na LBV é um modelo de escola de regime integral. A gente vê as crianças sorrindo, educadas, a amabilidade como somos recebidos (...). Como seria bom se o próprio governo pudesse ter uma LBV em cada bairro.”

O Major Lisboa afirmou: “Não co-nhecia de perto o trabalho realizado pelo Centro Educacional da LBV e, pelo que pude ver, é um trabalho de excelência”.

O Tenente-Coronel Roni Azevedo igualmente adorou a escola da LBV. Em suas palavras, ressaltou: “A visita emocionou a todos nós. As crianças são

Educação diferenciada e de qualidadeSecretário de Estado da Defesa Civil visita Centro Educacional da LBV no Rio de Janeiro

_____________Lícia Curvello

muito felizes, têm brilho nos olhos. E isso significa que a equipe da LBV, assim como o Corpo de Bombeiros, trabalha salvando vidas. Aqui na LBV encontrei vidas sendo salvas, um futuro melhor para nossas crianças e, com certeza, para nosso País”.

O senhor Toni Marangoni comoveu-se com a espontaneidade e a alegria das crianças. “Protocolo com criança não existe, até porque ela é natural. Expressa o que efetivamente sente e, nesse aspec-to, foi muito legal o que assistimos. A felicidade no rosto daquelas crianças é o que de mais interessante uma instituição, um estabelecimento de ensino, pode dar (...). O trabalho da LBV é muito bonito e tive a oportunidade de, juntamente com o Secretário, verificar todas as instalações do Centro Educacional da Legião da Boa Vontade.”

FRASES:

“O Diretor-Presidente José de Paiva Netto está de parabéns. O modelo de atendimento da LBV é fantástico (...). É um trabalho espetacular.”

Secretário de Estado do Rio de Janeiro da Defesa Civil, Coronel BM

Carlos Alberto de Carvalho.

RIO DE JANEIRO/RJ

“Aqui na LBV, encontrei vidas sendo salvas.”

Tenente-Coronel Roni Azevedo

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Da esq. para a dir., o piloto Steven Robinson, Spiros Schiros e o piloto James Murphy.

Da esq. p/ a dir., Major Lisboa, Toni Marongani (Chefe de Gabinete); Ricardo

Rigueto (Coordenador das Administrações da Zona Norte); Carlos Alberto Carvalho

(Secretário Estadual de Defesa Civil e Comandante do Corpo de Bombeiros/RJ);

Pedro Paulo Torres (Administrador Estadual de Del Castilho/Suburbana) e o Tenente-

Coronel Roni Azevedo.

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Para selar o mês das crianças, o Conjunto Educacional da Legião da Boa Vontade (formado pela Supercre-che Jesus e pelo Instituto de Educação José de Paiva Netto), localizado na capital paulista, realizou, no dia 28 de outubro, uma grande comemoração com os alunos.

Na oportunidade, cada uma das crianças recebeu um lanche especial. Um bolo pesando mais de 60 quilos foi repartido entre a garotada, que se espantou com seu tamanho.

O acontecimento contou com a presença do assessor de imprensa da Eurodata Cursos de Informática, Adriano Pereira da Costa. Ele participou da entre-

Empresários proporcionam um dia feliz às crianças________________Anderson Cardoso

Recentemente, o Conjunto Educacional da LBV em São Pau-lo/SP recebeu os pastores Anderson da Silva Nascimento e Amauri Ri-cardo Almeida, que é Pedagogo e Presidente da Assembléia de Deus Pedra Singular, de Osasco/SP. A visita começou na Supercreche Je-sus, onde são atendidas as crianças desde o berçário até que passem para o ensino fundamental.

Na ocasião, foram surpreendidos por um coro formado pela garotada atendida na unidade educacional, que cantou a Prece Ecumênica do Pai-Nosso. “O que mais me chamou a atenção foi as crianças nos receberem muito bem, nos homenagearem, e muito me emocionou quando estiveram orando”, conta Nasci-mento. Os pastores receberam cartões em agradecimento pela visita. “É uma forma

Pastores da Assembléia de Deus visitam escola da LBV_______________Natália Lombardi

ga dos brinquedos arrecadados durante a campanha realizada pela própria empre-sa em suas unidades. “Já é a terceira vez que estou aqui. As escolas da LBV são

de poder passar a emoção, o carinho que elas estão aprendendo”, afirmou.

No Instituto de Educação José de Paiva Netto acompanharam, de perto, a vivência da Pedagogia do Cidadão Ecumênico — a Pedagogia do Afeto: “O processo de interação das crianças com a sociedade é um diferencial que eu estou vendo na LBV, nesse trabalho de formar o cidadão. As áreas pedagógicas têm um

diferencial, porque foi realmente feito com muito amor e carinho. Paiva Netto está de parabéns”, finaliza o pedagogo Pastor Almeida.

Os religiosos ainda conheceram o trabalho de Espiritualidade Ecumênica aplicado na escola. Às quintas-feiras, os Soldadinhos de Deus (como, cari-nhosamente, são chamadas as crianças na LBV) participam de uma reunião no Espaço Ecumênico da Religião de

Deus. Quando passou pelo local, o Pastor Almeida disse estar “fascinado com o trabalho do senhor José de Paiva Netto”, e ressaltou que, ao ter noção dessas ações, “não dá para se passar pela LBV e ignorar o que se aprende em poucos momentos”. Para o Pastor Nascimen-to, “essas crianças, quando estiverem formadas na LBV, estarão prontas para construir um Brasil melhor”.

SÃO PAULO/SP

Os pastores Anderson Nascimento e Amauri Almeida são recebidos pelas crianças da Escola da LBV

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Feliz momento de Adriano Costa com as crianças da Escola da LBV

uma maravilha! A recepção nos faz sentir em casa (grifo nosso). Tanto eu como outras pessoas da Eurodata que já estiveram aqui, como nossos presidentes, Ramon e Marcelo Fogeiro, adoraram, gostaram mesmo”, disse, elogiando as escolas da LBV. E completou: “Vamos, futuramente, fazer novas parcerias. Esta foi a primeira de muitas que estão para vir. E esperamos, no ano que vem, contribuir com um maior número para vocês. Obrigado!”.

As cidades de Americana, Bauru, São José dos Campos, Taubaté, Sumaré, In-daiatuba e Campinas também receberam parte da doação que foi feita diretamente pelas unidades locais da Eurodata.

Os brinquedos doados pelos empresários da Eurodata beneficiaram crianças atendidas pela Legião da Boa Vontade na capital e outras cidades do interior paulista, tais como Americana, Bauru, São José dos Campos, Taubaté, Sumaré, Indaiatuba e Campinas.

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Variedades

O radialista Sér-gio Luiz visitou o Centro Comunitário e Educacional da LBV em Natal no dia 11 de novembro. “É um prazer, uma alegria visitar a Legião da Boa Vontade”, disse, após ser recepciona-do pelos meninos e meninas atendidos no programa LBV:

Criança — Futuro no Presente!. Reco-nhecendo a qualidade dos atendimentos, citou a homenagem que a Instituição recebeu da Câmara de Natal, em 27 de outubro. Para ele, a honraria “foi justíssima porque a LBV é um exemplo para toda a Humanidade”. O radialista também reafirmou seu apoio à Cam-panha Natal Permanente de Jesus — o Pão Nosso de cada dia!, ao divulgar, ao vivo, a iniciativa pela Rádio 87 FM, de Parnamirim/RN.

“É uma alegria estar na LBV”, diz radialista.

______________Arivaldo Oliveira

Pirâmide da Paz na história do Planalto Central

No dia 29 de outubro, encerrando a programação especial das comemo-rações do 16º aniversário do Templo da Boa Vontade, o grupo de teatro Carpinteiros, da Universidade Católica de Brasília (UCB), apresentou “Maria Candanga” aos freqüentadores do Tem-plo da Boa Vontade. Como monumento mais freqüentado em Brasília, o local também integra o roteiro da peça, que retrata a construção da cidade. A atriz Alzira Bosaipo, que interpretou o papel principal, revela que “antes de entrar em cena, todos nós demos uma passa-dinha na espiral para entrar no clima do TBV”. O ingresso da peça foi um quilo de alimento não-perecível, doado para a Campanha de Natal da LBV.

Formação da equipe vice-campeã da Copa Sesc, categoria infanto-juvenil de futebol, campeonato cuja final foi realizada na tarde do dia 6 de novem-bro. Desde 2001, com o apoio do professor de Educação Física e voluntário Douglas Olívio de Oliveira, os meninos atendidos pela LBV, em Bauru/SP, treinam na quadra poliesportiva da Entidade e disputam diversos torneios na região. Nessa maratona, os jovens arremataram 13 campeonatos e já têm no histórico medalhas e troféus como vice-campeão e terceiro lugar.

RIO GRANDE DO NORTE

BRASÍLIA/DF

Vitoriosa equipe

BAURU/SP

Sérgio Luiz com a revista BOA VONTADE Mulher

Recanto Passa-Tempo faz festa para alegria das crianças

“Na LBV, as crianças sem-pre recebem um ca r inho especial. Eu me sinto hon-rada em rece-bê-las aqui na minha casa. Meu coração se enche de Paz ao vê-las felizes. Isso demonstra quanto é importante exercitar a infância, principalmente em tempos tão conturbados quanto os atuais”.

A LBV em Araçatuba está loca-lizada na Rua Alziro Zarur, 30, Jd. Guanabara, tel. (18) 3631-0797.

Em comemoração ao mês das crianças, a Legião da Boa Vontade em todo o Brasil realizou atendi-mentos especiais para este público tão particular e promoveu muitas atividades recreativas para festejar a data.

Em Araçatuba, interior de São Paulo, não foi diferente: a Instituição ofereceu, em 17 de outubro, uma tarde de alegria para a garotada, com a colaboração de voluntários e da equipe multidisciplinar do Centro Comunitário e Educacional da LBV. A Voluntária Ivanir Casassola, pro-prietária do Recanto Passa-Tempo, onde se realizou a festa, não hesi-tou em demonstrar sua satisfação.

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Ivanir Casassola

___________Nádia Preda

infanto-juvenil da LBV

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Quem também pôde comprovar a qualidade do serviço prestado na Casa foi um grupo da Câmara Municipal de Glorinha e o Promotor de Justiça da Infância e da Juventude Daniel Martini.

“Fomos muito bem acolhidos. Aqui é um lugar maravilhoso, as crianças são queridas. O refeitório dos alunos é aconchegante. A LBV tem o total apoio da Câmara de Verea-dores, porque é uma Entidade muito respeitada.”

Vereadora Silvia Eccel

____________________________Débora Verdan e Liliane Cardoso

Distante pouco mais de 50 quilômetros de Por-to Alegre, capital gaúcha, o município de Glorinha abriga 5.684 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com uma exuberante área verde de 292 quilômetros quadra-dos, dividida entre colinas,

açudes, matas, cascatas, fazendas e inú-meras outras belezas naturais.

A cidade é a opção mais econômica e rápida (pelo menos uma hora a me-nos) de ida e volta a praias famosas do

Vereadores e Promotor de Justiça visitam Lar e Parque Alziro Zarur

Rio Grande do Sul, como Tramandaí e Torres. Por isso, o título de paraíso entre a capital, a serra e o mar.

Um dos locais que melhor expres-sam a Solidariedade do sul do país é o Lar e Parque Alziro Zarur, da Legião da Boa Vontade, situado em Glorinha. Há 45 anos, esse verdadeiro Templo da Natureza e da Criança atende guris em situação de vulnerabilidade social de todo o Estado do Rio Grande do Sul.

E foi por desempenhar um amplo e importante serviço na área socioe-ducacional que o ambiente recebeu, no mês de outubro, os Certificados do Conselho Municipal de Assistên-

“É admirável o atendimento dado aos meninos. Fico satisfeito de saber que aqui recebem um ótimo tratamento, a LBV tem uma infra-estrutura consi-derável.”

Vereador José Ferreira, Presidente da Câmara.

“Fiquei feliz com a visita. Tra-balho com a infância e a juventude, é uma das atribuições do Ministério Público a fiscalização das entidades que realizam atendimento a esse pú-blico e hoje tive a oportunidade de vi-sitar o Lar da LBV. Realmente fiquei

impressionado com as excelentes condições oferecidas aos acolhidos. Ali na LBV os guris são felizes. (...) Quando são passados às crianças e aos adolescentes fundamentos bási-cos de respeito ao meio ambiente, adquirem uma formação biopsicos-social muito importante. Eu percebi que é uma determinação da LBV que não se corte nenhuma árvore. É um lado extremamente positivo essa educação com respeito à ecologia, ao meio ambiente.”

Promotor de Justiça da Infância e da Juventude Daniel Martini.

cia Social e Conselho da Criança e do Adolescente do município, além do reconhecimento do Juizado da Infância e Juventude da cidade de Gravataí. “Certifico que o abrigo de proteção do Lar e Parque Alziro Zarur, da LBV, é reconhecido, nesta Comarca, pelo trabalho desenvolvido e voltado para o atendimento integral das crianças e adolescentes abri-gados, o qual prioriza uma política genuína de qualidade, de acordo com o que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, registrou a Juíza de Direito Ivortiz Marques Fernandes em parecer.

Ivortiz Marques Fernandes

Jorge FagundesPaulo Corrêa Silvia Eccel José FerreiraDaniel Martini

Um paraíso entre a capital, a serra e o mar.

Realmente fiquei impressionado com as excelentes condições oferecidas

aos acolhidos. Ali na LBV os guris são felizes.

Promotor de Justiça Daniel Martini

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Fachada da Câmara de Vereadores de Glorinha/RS

Lar e Parque da LBV

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tricional. Os trabalhos pedagógicos obedecem a um calendário específico para cada faixa etária e são comple-mentados com a prática de esportes, passeios, além de programas e proje-tos diferenciados.

As crianças chegam cedinho ao local. Pela manhã, realizam ativi-dades escolares com profissionais da área e são acompanhadas por um coordenador pedagógico. Após as ta-refas educacionais, a garotada recebe o almoço, seguido da higiene bucal no “escovódromo” e segue para o repouso. À tarde, há oficinas diversas e passeios que sempre contam com a atenção redobrada das auxiliares de classe.

Todos os meses, a escola promove uma reunião com os pais, ocasião em que eles recebem informações necessárias a respeito do desenvolvi-mento pedagógico do aluno e também sobre os eventos e projetos da escola.

Além de todo o tra-balho desenvolvido pelos professores e orientadores peda-gógicos, um grupo de profissionais da área de saúde como dentista, clínico ge-ral, fonoaudióloga e psicóloga dá total suporte médico aos

pequeninos.Quem visita vê de perto a qua-

lidade do atendimento prestado no centro educacional da LBV. Foi o que

No Norte do Brasil, a LBV trabalha para a formação de cidadãos solidários.

Em Belém, Estado do Pará, está instalada uma das unida-des educacionais da LBV na Região Norte do Brasil. Na

cidade, a Instituição desenvolve um trabalho modelar com as crianças que vivem nos bolsões de pobreza da cidade, mantendo a Escola de Edu-cação Infantil Jesus, onde meninos e meninas que vivem em situação de risco social são atendidos em re-gime de semi-internato e desfrutam de um amplo trabalho de Promoção Humana, Social e Educacional com Espiritualidade Ecumênica.

Localizada no bairro Batista Cam-pos, a unidade dispõe de salas de aula, de vídeo, refeitório, brinquedoteca, biblioteca e área de lazer coberta, ga-rantindo, assim, o cumprimento de um dos direitos previstos na Declaração Universal dos Direitos da Criança: “Todas devem ter a possibilidade de entregar-se aos jogos e às atividades recreativas, que devem ser orien-tadas para os fins da Educação”.

No período es-colar, os menores recebem, além da educação básica, atendimento mé-dico, odontológi-co e psicológico, uniforme, material didático e quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche e jantar; todas feitas com o devido acompanhamento nu-

“Hoje ganhei meu dia. Estou muito

feliz na Legião da Boa Vontade.”

Nelsinho Rodrigues, cantor e compositor paraense.

Orgulhodo Pará

fez o cantor e compositor paraense Nelsinho Rodrigues recentemente. O artista conheceu as dependências locais e aproveitou a ocasião para reunir a garotada e cantar as músicas de sua autoria que mais tocam nas rádios de Belém/PA. Mas, antes, as crianças fizeram questão de fazer uma Prece em sua homenagem, ato este que, para ele, “foi muito emo-cionante. (...) Após esse momento, não sabia se cantava para as crianças da LBV ou se chorava”, recorda-se Nelsinho. E conclui: “Hoje ganhei meu dia. Estou muito feliz na Legião da Boa Vontade”.

Nelsinho Rodrigues canta com as crianças da LBV

Trabalho completo: a garotada atendida pela LBV em Belém recebe educação básica, alimentação balanceada, atendimento médico, odontológico e psicológico, incluindo uniforme e material didático.

A Escola de Educação Infantil Jesus, em Belém/PA, está localizada na Av. dos Cabanos, 1976, no bairro Batista Campos e o telefone para contato é: (91) 3225-0071.

Conheça a LBV!e diga SIM!

Variedades

______________________Texto e fotos: Rui Portugal

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Acontece no Mundo

A ação social promovida pela Ronda da Caridade, na LBV da Bolívia, voltada para atender os indigentes e moradores de rua de La Paz, ao festejar os 19 anos de intenso trabalho no país, estende seus braços e chega a regiões mais distantes, contemplando crianças, jovens, adultos e idosos, tanto da cidade como da área rural próxima de El Alto. Com essa atuação, apenas em 2005 a Legião da Boa Vontade beneficiou inúmeras famílias que vivem em situação de risco social.

A necessidade de ampliar as inicia-

_____________Melina Valencia

tivas para o campo justifica-se com os últimos dados divulgados pela Unidade de Análises de Políticas Sociais e Eco-nômicas (Udape). Segundo o estudo, a incidência de pobreza aumentou consi-deravelmente e a maioria das pessoas que vive nesta situação reside na área rural.

Uma das primeiras comunidades que recebeu o atendimento foi a de Irpuma, localizada a 50 quilômetros de La Paz. Por lá, os voluntários da LBV realizaram a entrega de roupas aos alunos da Escola Litoral. Na capital, foram contemplados

De acordo com a estatística publi-cada pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, da Argentina), durante o primeiro trimestre de 2004,

14,4% da população argen-tina estava desempregada, enquanto 15,7% vivia com a remuneração do subem-prego.

Para ajudar na mudança desse quadro, há três anos a LBV criou o programa Mãos à Obra, que consiste

os idosos do asilo Las Awichas que, além do apoio com recursos materiais, tiveram a oportunidade de receber o carinho e a atenção das crianças atendidas pela Escola Infantil da LBV.

Outro povoado que recebeu o benefí-cio da Instituição foi o de San Felipe de Seke, em cidade de El Alto, onde a condi-ção de vida é muito precária. No local, a Legião da Boa Vontade distribuiu roupas e alimentação para famílias. A mesma assistência foi dada aos moradores do bairro Hayna Potosí, que vivem na região considerada de extrema pobreza.

LBV da Argentina investe__________Laura Leone

em profissionalizar, gratuitamente, as pessoas que estão fora do mercado de trabalho. O objetivo principal é oferecer novas ferramentas para a realização de uma atividade remunerada, assim como um espaço para desenvolver talentos e valorizar as potencialidades.

O primeiro curso oferecido pelo Mãos à Obra é o de Cozinha Básica e Qualidade de Vida, com dois anos de duração, por meio do qual os alunos têm o reconhecimento de cozinheiros profissionais.

A Ronda da Caridade, promovida pela LBV da Bolívia, tem mudado para melhor a vida de cidadãos que vivem nos bolsões de pobreza no interior do país.

Programa de capa-citação profissional da LBV da Argentina dá nova oportu-nidade a jovens e adultos para a rein-serção no mercado de trabalho.

LBV da Bolíviaatua em área rural

no talento profissional

Mercado de trabalho

Fotos: Jusceram Alves

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Opinião

o fim da esperança.

A imprensa anuncia que a Câmara dos Lordes britânica aprovou um projeto de lei que confere aos médicos ingleses a possi-

bilidade de realizar a eutanásia em caso de doentes terminais que queiram deixar de viver. A legislação será levada para votação geral. No Brasil, está em plano um referendo popular para legalizar ou não este procedimento.

O que é de fato? O que significa esse processo?

A palavra eutanásia vem do grego, podendo ser traduzida como “boa morte” ou “morte apropriada”. O termo foi pro-posto por Francis Bacon (1561-1626), em 1623, em sua obra Historia vitae et mortis, como o “tratamento adequado às doenças incuráveis”. De maneira geral, entende-se por eutanásia quando uma pessoa causa deliberadamente a morte de outra que está mais fraca, debilitada ou em sofrimento. Neste último caso, ela seria justificada como forma de evitar uma dor acarretada por um longo período de enfermidade (Portal Bioética).

Alguns dos principais argumentos para sua realização são o alívio do pa-decimento para o paciente e o uso do direito individual de escolha, visto vi-

vermos, a grande maioria, em sociedades democráticas. Para o professor Genival Veloso de França: “O ato de promover a morte antes do que seria de esperar, por motivo de compaixão e diante de um sofrimento penoso e insuportável, sempre foi motivo de reflexão por parte da sociedade. Agora, essa discussão tornou-se ainda mais presente quando se debatem os direitos individuais como resultado de uma ampla mobilização do pensamento dos setores organizados da sociedade e quando a cidadania exige mais direitos. Além disso, surgem cada vez mais tratamentos e recursos capazes de prolongar por muito tempo a vida dos pacientes descerebrados, o que pode levar a um demorado e penoso processo de morrer”.

As doenças terminais e o pre-paro médico para enfrentá-las

A revista BOA VONTADE pu-blicou na edição nº 202 palestra do Dr. Osvaldo Hely Moreira, intitulada “Eutanásia — frente às evidências da continuidade da Vida após a morte do corpo físico”, proferida durante a segunda edição do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da Legião da Boa Vontade, realizada no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, na cidade de Brasília/DF, em outubro de 2004. Seguem trechos de sua palavra:

“(...) Os que se manifestam a favor da eutanásia estabelecem que o indivíduo doente é inútil, e que entre ficar sofrendo e morrer ele escolheria o mal menor: morrer. (...) Outro argumento para a eu-tanásia é de ordem financeira na saúde.

Um questionamento em moda: por que ficar gastando dinheiro em pessoas com doenças incuráveis e deixar de tratar pessoas com doenças curáveis? E, por último, o entendimento deturpado da reencarnação pode levar alguém a con-cluir o seguinte: ‘Como vou reencarnar, eu vou me matar de uma vez. Vou ter outra chance’. Para o médico, o ato da eutanásia é proibido pelo código de ética médica (...). Podemos questionar: ‘O que é um doente terminal?’, ‘Qual o grau de certeza que podemos ter de que ele é terminal?’, ‘O médico acertou o diagnóstico?’. Digo isso com proprie-dade porque sou médico, e médico erra. ‘Quando aplicar a injeção letal?’, ‘Em que momento está na hora de se aplicar a eutanásia?’. (...) Quando da impossi-bilidade de tratamento de certos casos, percebemos que os cursos de Medicina também não preparam o profissional para tratar a dor de um doente terminal. Tanto assim é que se pesquisarmos os pacientes que pedem a eutanásia, no intuito de suicidar-se, se tivessem não apenas suas doenças físicas, mas também suas questões emocionais e espirituais tratadas, mudariam de opinião. Vejam, portanto, que a eutanásia é, muitas ve-zes, proposta por falha na abordagem médica”.

No portal Bioética, coordenado pelo prof. Dr. José Roberto Goldim, do Núcleo Interdisciplinar de Bioética, en-contramos amplo estudo sobre a ética na Medicina. O professor Goldim destaca o juramento de Hipócrates (considerado o precursor da Medicina), que afirma: “Eu não darei qualquer droga fatal a uma pessoa, se me for solicitado, nem

Eutanásia:

Sandra Albuquerque FernándezSocióloga (Nova York, EUA)

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“Eu não darei qualquer droga fatal a uma pessoa, se me for solicitado, nem sugerirei o uso de qualquer uma deste tipo.”Hipócrates

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sugerirei o uso de qualquer uma deste tipo”. Já nos primórdios dos estudos mé-dicos, Hipócrates condenava a prática da eutanásia e do suicídio assistido. Destaca ainda o professor Goldim: “A tradição hipocrática tem acarretado que os mé-dicos e outros profissionais de saúde se dediquem a proteger e preservar a Vida. Se a eutanásia for aceita como ato médi-co, eles terão também a tarefa de causar a morte. A participação na eutanásia não somente alterará o objetivo da atenção à saúde, como poderá influenciar, ne-gativamente, a confiança para com o profissional, por parte dos pacientes. A Associação Mundial de Medicina, desde 1987, na Declaração de Madrid, consi-dera a eutanásia como um procedimento eticamente inadequado”.

Processo seletivoNo início do século XX, espe-

cialmente durante a Segunda Guerra Mundial, a História foi testemunha do uso abusivo da força pelo do nazismo. Cada obra literária ou cinematográfica lançada sobre o holocausto judeu sus-cita discussões intermináveis sobre o processo seletivo da raça pura usado pelos seguidores de Hitler (1889-1945). Esse período histórico coloca em xeque o sentimento de humanidade e nos deixa envergonhados com a prática de atos tão violentos. Voltamos ao professor Goldim: “Na Europa, especialmente, muito se falou de eutanásia associando-a com eugenia*1. Esta proposta buscava justificar a eliminação de deficientes, pacientes terminais e portadores de do-enças consideradas indesejáveis. Nestes casos, a eutanásia era, na realidade, um instrumento de ‘higienização social’, com a finalidade de buscar a perfeição ou o aprimoramento de uma raça, nada tendo a ver com compaixão, piedade ou direito para terminar com a própria vida”.

Para os defensores da eutanásia, essa prática é humanista, visto ser o fim de um sofrimento indesejado. Porém, em que ela difere da experiência dos nazistas durante a Segunda Guerra?

A distinção estaria, no primeiro caso, nesse procedimento em receber a leitura de abuso de poder e, no segundo, a de

livre escolha? A eutanásia pode receber definição própria segundo o período histórico, mas qual a diferença de um caso para o outro? São questões nas quais devemos pensar com cautela antes de formarmos uma opinião que, no futuro, possa trazer arrependimento e talvez, aí, seja tarde demais.

Tempos modernos, ações racionais.

No cotidiano é cada vez mais presen-te a racionalidade nas ações. O caráter positivo está na atribuição de responsa-bilidades individuais, já o negativo está nas atitudes sempre mais racionais que geram o insolidarismo, a impessoalida-de, o individualismo, a luta pelo bem-estar máximo. É nessa confusão de sentimentos racionais contraditórios que está o debate da eutanásia.

A busca pela satisfação física e moral pode produzir conseqüências extremas como, por exemplo, trazer a defesa do alívio imediato, do bem-estar do indiví-duo, do resgate da dignidade. A vida e a morte recebem discursos convincentes com argumentos defendidos conforme a crença em valores éticos, científicos e espirituais. O perigo está na forma de conduzir a opinião pública por um bloco de defensores que estimulam o sentimento da compaixão, inflamando a consciência, o que impossibilita o indivíduo de pensar nas conseqüências da aprovação de uma lei como a da regulamentação da eutanásia.

O poder do discursoCostuma-se dizer em Política que

quem vence não é a idéia, mas o dis-curso. Conhecedores dessa máxima, os marqueteiros usam e abusam do poder das frases para fazer valer a intenção contida nos entremeios de uma cam-panha. Isso é preocupante porque em nome de afirmativas, tais como “pela liberdade de escolha”, “pela defesa da democracia”, muitos excessos podem ser cometidos. Talvez algo que soe como democrático pode, na verdade, ser muito mais controlador.

Michel Foucault, em Microfísica do Poder, destaca que o corpo é o primeiro passo para a dominação, e continua: “Minha hipótese é que com o capitalismo não se deu a passagem de uma medicina coletiva para uma medicina privada, mas justamente o contrário; que o capitalis-mo, desenvolvendo-se em fins do século XVIII e início do XIX, socializou um primeiro objeto que foi o corpo enquanto força de produção, força de trabalho. O controle da sociedade sobre os indivíduos não se opera simplesmente pela cons-ciência ou pela ideologia, mas começa no corpo, com o corpo. Foi no biológico, no somático, no corporal que, antes de tudo, investiu a sociedade capitalista. O corpo é uma realidade biopolítica. A medicina é uma estratégia biopolítica”. Na análise de Foucault, o corpo possui valor na sua relação direta com a força produtiva. Se o olharmos somente por este prisma, estará sendo definido previamente quem merece ou não sobreviver.

Existe uma teoria muito refutada entre os críticos que é o “utilitarismo”. Nele, um ato é correto se produz as me-lhores conseqüências, ou seja, resultados para o bem-estar humano que sejam, pelo menos, tão bons quanto os de qual-quer alternativa (Dicionário do Pensa-mento Social do Século XX). Essa teoria é rejeitada justamente porque escancara o hedonismo, isto é, a procura do prazer individual, que somente se plenifica por meio de sua extensão para o maior número possível de pessoas (Dicionário Houaiss). Aplicada ao utilitarismo, for-ma a dupla da realização do bem-estar como finalidade última.

Opinião

“A tradição hipocrática tem acarretado que os médicos e outros profissionais de saúde

se dediquem a proteger e preservar a Vida. Se a eutanásia

for aceita como ato médico, eles terão também a tarefa de

causar a morte. (...) A Associação Mundial de Medicina, desde

1987, na Declaração de Madrid, considera a eutanásia como

um procedimento eticamente inadequado.”

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*1Eugenia — O estudo dos agentes sob o con-trole social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações, seja física ou mentalmente. *2 Capital de Deus — Tese do jornalista Paiva Netto em que o cidadão integral, ou seja, corpo e Espírito, é o centro da Economia, da Filosofia, da Política, da Religião, da Ciência, da Cultura enfim, de todo o ramo do saber material-espiritual, tornando o seu Espírito eterno a chave para a solução dos problemas dos povos.

Ao analisarmos o corpo, devemos fazê-lo pelo prisma do Capital de Deus*2, produtivo, entretanto imensurável na relação de mercado, tornando-se um bem espiritual. Tratando-o como célula de manutenção da Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, as questões, mes-mo consideradas impossíveis, passam a receber soluções. Escreve Paiva Netto em Reflexões da Alma: “O organismo humano é a mais extraordinária máquina do mundo. Mesmo assim falha. Contu-do, com Amor até os remédios passam a ter melhor resultado. Nossos Irmãos que padecem com o vírus do HIV e os que sofrem de outros males físicos, mentais ou espirituais, precisam, em primeiro lugar, de Amor Fraterno, aliado ao socorro médico devido. Se a pessoa se sentir humanamente amparada, criará uma espécie de resistência interior muito forte, que a auxiliará na recuperação ou na tolerância diante da dor”.

O Dr. Osvaldo Hely Moreira men-cionou que muito sofrimento poderia ser evitado se a abordagem médica fosse conduzida de forma diferenciada. Paiva Netto mostra-nos exatamente a chave para tratar do médico-pacien-te-família: o Amor. Não um amor nascido do sentimento de pena, mas o Amor Fraterno, gerador de respeito à

vida, fundamento da Boa Vontade, da Esperança, da Ética, da Lei Universal de Cidadania Ecumênica.

“Eutanásia do Planeta”

Tudo o que existe no Planeta é vida — água, terra e ar. Em defesa desses recursos naturais nascem ONGs, fundações, cúpulas governamentais. Mesmo assim, a qualidade de vida continua ameaçada pela ação inescru-pulosa do homem. Um suicídio assis-tido? Uma pré-eutanásia? Há muito o que pensar no agir do Ser Humano. “Desumanidade atrai desumanidade”, e prossegue Paiva Netto: “o mundo vem construindo o seu Armagedom, tijolo a tijolo. Abyssum abyssus invo-cat: o abismo atrai o abismo, advertia o salmista. Não é à toa que cresce a violência no mundo. Vejam o caso da eutanásia. A argumentação dos que a defendem é plena de ‘caridade’ — ‘é para livrar o doente (de preferência os idosos) da dor, do sofrimento’. Mas o que tem ao final? A barbaridade, como a que foi descoberta, daquelas quatro cruéis auxiliares de enfermagem da Áustria. Muita gente jovem e adulta às vezes esquece-se de que um dia será idosa também... A Humanidade precisa cada vez mais de humanidade, caso contrário, os homens continuarão promovendo, com sua ação suicida, a eutanásia do Planeta, isto é, a morte dos rios, das florestas, porque a morte dos seres vegetais e irracionais é também um suicídio dos seres racionais.

Democracia é sinônimo de Vida

Lutar pela Democracia é lutar pelo direito à vida. A questão que deve estar em debate não é quando decidir pelo término da vida, mas, sim, o estímulo de políticas públicas de incentivo a ela. Há um artigo do jornalista Paiva Netto em que ele ressalta que “o desamor ameaça a todos com destruição feroz”

e, mais: “A Vida não acaba com a morte e tem seu começo antes da concepção carnal, porque o Espírito antecede o corpo”. A conclusão de que o Espírito antecede o corpo nos convida a pensar que há um planejamento com início e fim para uma existência.

A compaixão não pode gerar atitudes que glorifiquem a morte. O sofrimento de um é o de todos. Saber sublimar a dor pode ser o primeiro passo para a solução do impasse criado entre ética e alívio do padecimento. A sociedade apresenta que o vencedor é aquele sadio quanto ao corpo e bonito quanto à estética. Por viver sob esse padrão, deturpamos o sentimento, os valores, a ética e passamos a nos encarar (mesmo olhando ao espelho e vendo refletida a nossa imagem) como se fôssemos outra pessoa e não aquela revelada. Essa exaltação pelo belo e pelo forte discrimina o outro, ou aquele que não se encaixa nesse padrão. Pode parecer uma argumentação fora de pro-pósito ao assunto, mas se verificarmos que ao desejar a eutanásia (mesmo sob aspecto de forte sofrimento), estamos ne-gando o próprio físico, verificaremos que é a não-aceitação desse mesmo corpo que torna o sofrimento insuportável.

Paiva Netto declara que somente a reeducação do Ser Humano pela consci-ência ético-espiritual permitirá entender que mesmo algo se apresentando como insolúvel consegue, pela vivência em Sociedade Solidária Altruística Ecumê-nica, encontrar solução sob as vibrações do Amor, que ele chama de A Estratégia de Deus.

Lutar pela Democracia é lutar pelo direito à vida. A questão que deve estar em debate não é quando decidir pelo término dela, mas, sim, o estímulo de políticas públicas de incentivo a ela. Há um artigo do jornalista Paiva Netto em que ele ressalta que “o desamor ameaça a todos com destruição feroz” e, mais: “A Vida não acaba com a morte e tem seu começo antes da concepção carnal, porque o Espírito antecede o corpo”. A conclusão de que o Espírito antecede o corpo nos convida a pensar que há um planejamento com início e fim para uma existência.

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E a Pedagogia do Cidadão Ecumê-nico tem por essência o Novo Man-damento de Jesus: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. A prática deste Mandamento é o próprio Ecume-nismo em marcha: Se alguém disser: Amo a Deus!”, e odiar a seu Irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu Irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte Dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu Irmão (Primeira Epístola de João, 4:20 e 21).

Os quatro princípios gerais da Pe-dagogia do Cidadão Ecumênico foram extraídos dos conceitos desenvolvidos por seu criador em diversos artigos e na sua ação permanente como educa-dor, comunicador e homem público.

Procuramos demonstrar o sig-nificativo avanço que representam o Ecumenismo Irrestrito e Total, a Educação do Espírito eterno, a Cida-dania Ecumênica e o Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei para a Educação e a Reeducação Geral, com Espiritualidade.

Essência da Pedagogia do Afetovos uns aos outros como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconheci-dos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros. Não há maior amor do que este: dar a sua própria vida pelos seus amigos. (...) Porquanto, da mesma forma que o Pai me amou, Eu também vos tenho amado. Permanecei no meu Amor.

Conforme esclarece Paiva Netto, este ensinamento, enunciado e vivido por Jesus, é a Lei de Solidariedade Universal que orienta a vida no Cosmo e nos permite organizar e envidar esfor-ços para a edificação de uma Sociedade Solidária Altruística Ecumênica. Por isso, a sua vivência é, em si mesma, a cidadania ecumênica, fruto da Pedago-gia do Afeto proposta pelas Instituições da Boa Vontade.

Resumo do Quarto PrincípioA Educação Ecumênica objetiva

o aperfeiçoamento do Ser Humano, a caminho da evolução. Sua finalidade é a realização do indivíduo integrado em seu mundo social e em Deus, que é Amor.

Dando seqüência ao Quarto Princípio da Pedagogia do Cidadão Ecumênico (PCE), criada por Paiva Netto, ini-

ciado na edição nº 206 da revista BOA VONTADE, surge a questão:

Mas por que o Novo Mandamento é fundamental para a Pedagogia do Ci-dadão Ecumênico? Porque ele próprio é o estado de consciência ecumênica, ou seja, a capacidade de dedicar-se até mesmo àqueles que se consideram nossos inimigos. Assim, aprendemos, sem conivência com o erro, a conviver e, amando, a edificar a Paz.

“O Novo Mandamento de Jesus é a essência da Pedagogia de Deus, da qual emana a PCE”, diz Paiva Netto. Não há nada mais pedagógico que o Amor Fraterno, pois este, sim, vence qualquer barreira e dificuldade. O Cristo, que é ecumênico por excelência, veio pessoalmente há dois mil anos nos en-sinar e exemplificar isso, conforme está registrado no Seu Evangelho, segundo João, 13:34 e 35, 15:12, 13 e 17:

Novo Mandamento vos dou: Amai-

__________________________ Equipe de Estudos Ecumênicos

Pedagogia do Cidadão Ecumênico

Alunos realizam atividade recreativa na ampla praça do Instituto de Educação da LBV, na capital paulista, que atende, diariamente, mais de mil jovens e crianças.

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