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BOA VONTADE 210

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BOA VONTADE

Cartas

Magnífica entrevistaSenhor Diretor, ao

agradecer o exemplar da edição nº 209/Janeiro de 2006 da revista BOA VONTADE, quero fe-licitá-lo e aos colabora-dores da publicação pela excelência do trabalho realizado e especialmente pela magnífica entrevista

com o jornalista Sidney Rezende, conduzida com competência e sen-so de oportunidade na formulação das perguntas pelas repórteres Leila Marco e Isabela Ribeiro. Pedindo-lhe que transmita nossos cumprimentos a estas duas companheiras, renovo as expressões do meu elevado apreço. Cordialmente. (Maurício Azêdo, Presidente da Associação Brasileira de Imprensa – ABI) Competência com espírito de transformação

Parabenizo o lindo trabalho da Legião da Boa Vontade, referência nacional e mundial, para a constru-ção de uma sociedade mais justa, humana e ecumênica. Em toda a sua existência, a certeza da construção de um novo mundo, respeitando as

“Conheço o trabalho da LBV há

muito tempo, trabalho que tem

uma visão do social

importante. Eu já visitei

o Templo da Boa Vontade lá em Brasília e até levei algumas

pessoas para conhecerem. É um lugar muito agradável de

estar. Certamente a LBV tem cumprido um papel

importante na construção desse Brasil que todos nós

sonhamos.” (grifo nosso)(Ator e Secretário da Identidade e da

Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, com a

revista BOA VONTADE)

Guilherme Fiuza lança 3.000 dias no bunker

3.000 dias no bunker — um pé na cabeça e um país na mão é o título do novo livro do jornalista carioca Guilherme Fiuza. A obra descreve uma série de entrevistas com algumas personalidades que atuaram no meio político brasilei-ro no fim do século XX, as quais tratam de planos econômicos, crises de governo, entre outros

assuntos analisados pelo escritor e alguns jornalistas que acompanha-ram de perto esse período.

Na noite de autógrafos, Fiuza enviou ao colega de profissão e dirigente da LBV a obra, com a seguinte mensagem: “Ao grande Paiva Netto, com a admiração do Guilherme”.

diferenças. A revista BOA VONTA-DE, cujo slogan é Espiritualidade Ecumênica, acentua o compromisso da união, do respeito e entendimento de que, somente juntos — dividindo e compartilhando —, seremos capazes de atingir os mais elevados níveis de participação e consciência. A ampli-tude e variedade dos temas tratados em todas as edições confirmam a competência e o espírito de transfor-mação de sua equipe e linha editorial. Esporte, literatura, cultura popular, cobertura política, questões sociais, a exemplo dos idosos e técnicas pe-dagógicas, foram alguns dos temas brilhantemente abordados na última edição. Como Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte/MG, destaco a importância do trabalho social e cultural da LBV, em especial da revista BOA VONTADE. (Silvi-nho Rezende, Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte/MG)

Fonte de conhecimentoSou professor e presido, às se-

gundas-feiras, o trabalho doutrinário da Casa Espírita Joana Lima, onde também faço palestras. Folheando um número da revista BOA VON-TADE, confesso que, após lê-la na íntegra, pude constatar o quanto é

ecumênica e rica em informações. Como tive a oportunidade de ilustrar uma de minhas palestras, comunico que procurei sustentar algumas de minhas assertivas, lendo textualmente partes do artigo sobre a Fé, publicado por vocês. Já coloquei a revista BOA VONTADE como mais uma de mi-nhas fontes de conhecimento. Quero também cumprimentá-los pelo padrão da revista e o nível de conteúdo. (João Tomaz de Souza, Palestrante da Casa Espírita Joana Lima, de São José/SC)

Templo da LBV — SGAS 915, Lotes 75/76, Brasília/DF (Brasil). Telefone: (61) 3245-1070.

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BOA VONTADE

O salão João Mesplé, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), ficou re-pleto, no último dia 20, de

convidados e personalidades, muitos de-les ligados à Música Popular Brasileira, para o lançamento do livro No tempo de Almirante, uma história do rádio e da MPB, edição revista e ampliada do jornalista Sérgio Cabral.

O livro apresenta uma biografia do cantor, compositor e radialista Henri-que Foréis Domingues (1908-1980),

O ilustre Presidente da ABI, Maurício Azêdo (E), ao lado do Diretor Cultural da Associação, Jesus Chediak, e o autor Sérgio Cabral.

O arquiteto Afonso Britto (E) e o Diretor Financeiro da ABI, Domingos Meirelles, também prestigiaram o evento.

Saudosos homenageados

Sérgio Cabral e a cantora Ellen de Lima durante sessão de autógrafos na ABI

Alziro Zarur Henrique Foréis Domingues

Carmen Miranda Ari Barroso

Mário Lago Henfil

Millôr Fernandes

Ziraldo

No tempo de Almirante, de Sérgio Cabral

que usava o pseudônimo Almirante. A obra traz também informações sobre as grandes estações de rádio das décadas de 1930, 1940 e 1950, as produções musicais da época, incluindo fotografias e citações de ícones da era de ouro do rádio que conviveram com Almirante, a exemplo dos inesquecíveis cantores e compositores Ari Barroso (1903-1964), Carmen Miranda (1909-1955), Mário Lago (1911-2002) e o saudoso radialista e Fun-dador da Legião da Boa Vontade, Alziro Zarur (1914-1979).

Sérgio Cabral iniciou a ativi-dade jornalísti-ca em 1957, no Diário da Noite, um vespertino popular dos Diá-rios Associados, começando como repórter policial e prosseguindo com assuntos gerais. Ao lado de Henfil (1944-1988), Jaguar, Ziraldo e Millôr Fernandes, integrou a equipe lendária do jornal O Pasquim. Cabral também é membro da ABI, jor-nalista, compositor, historiador, escritor e profundo conhecedor da MPB.

Diversos amigos prestigiaram a sessão de autógrafos, entre cantores e compositores, além de membros da Diretoria da ABI, a exemplo de Mau-rício Azêdo, Presidente da Associação; do Diretor Cultural, Jesus Chediak (responsável pelo evento); e do Diretor Financeiro, Domingos Meirelles. Na oportunidade, enviou um grande abraço ao amigo e jornalista Paiva Netto, dando os parabéns pela BOA VONTADE e comentou que a revista “está cada vez melhor, excelente em tudo”.

O autor ficou feliz com a presença

da LBV, registrando que ela já é uma tradição em todos os seus lançamen-tos. No autógrafo para o dirigente da Legião da Boa Vontade, reafirmou esses velhos laços: “Para o amigo Paiva Netto, com a admiração e o abraço do Sérgio Cabral”.

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Fotos: Arquivo rBV

O cartunista Jaguar (D) ao lado de Lan, outro celebrado artista gráfico que comemorará, no próximo 16 de março, 81 anos.

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BOA VONTADE

Venho por meio des-ta parabenizar a edição nº 207 da revista BOA VONTADE. Gostaria também de cumpri-mentá-los pelo trabalho. Certo de poder manter aberto este canal de comunicação entre nós, aproveito a oportunida-

de para enviar votos de elevada estima e consideração. (Márcio Bins Ely, Vereador, Porto Alegre/RS)

Dia do RadialistaFoi um prazer receber as crianças

atendidas pela LBV na Rádio Nativa FM no Dia do Radialista. Eu, particu-larmente, fico muito emocionado com elas. As crianças são leves no enxergar a vida e despertam em nós, adultos, a Fé e a Esperança na possibilidade de existir um mundo melhor. E a Legião da Boa Vontade é isto: um passo de Solidariedade rumo a um futuro com mais oportunidades. (...) Eu peço a Deus que ilumine essas crianças, ilumine a LBV e a todos nós para a construção de um mundo melhor. (Nonato Viegas, Produção, Rádio Nativa FM, Rio de Janeiro/RJ)

“LBV: um passo de Solidariedade rumo a um futuro com mais oportunidades.” Nonato Viegas, Rádio Nativa FM.

“Agradeço pela revista

BOA VONTADE,

nº 207, de cuja

reportagem ‘Cultura a

Céu Aberto’, feita na Feira do Livro de Porto Alegre, faço parte.”

(Lúcio Alcântara, Governador do Ceará, referindo-se ao trecho da

matéria que cita a homenagem da Feira ao seu Estado e a recepção feita

pelas crianças da LBV a ele)

“Tem sido muito bom ler, mês a mês, a revista BOA VONTADE. Bonita e informativa, a publicação é um sopro de vida, especialmente para quem convalesce. Registre-se, no entanto, que suas páginas contem-plam os interesses de leitores inteli-gentes e sensíveis com a mensagem do Ecumenismo Irrestrito. Por fim, não posso deixar de mencionar que a equipe da Redação e seus colabo-radores estão em perfeita sintonia com os ideais maravilhosos de José de Paiva Netto. Ler a revista BOA VONTADE é exercitar um olhar privilegiado através de janelas que se abrem para mostrar o que acontece na LBV e suas realizações”.

No dia 26 de fevereiro, represen-tantes da LBV visitaram a residência do respeitado jornalista J. Pascale, por ocasião da passagem de seu ani-versário, a fim de parabenizá-lo em nome do Presidente das Instituições da Boa Vontade.

Ao olhar para a sua estante, re-

rBV entusiasma jornalista

pleta de livros, o jornalista afirmou: “(...) De que adianta o intelecto sem formar o coração? É isso que o Paiva faz e é o que está neste seu pensa-mento: ‘Aqui se estuda. Formam-se Cérebro e Coração’”. A assertiva estava registrada no cartão de ani-versário que os alunos do Instituto de Educação José de Paiva Netto lhe dedicaram.

O jornalista destacou a coragem do dirigente da LBV que, sem a preocupação de agradar a um ou a outro, fala sobre todo e qualquer assunto com inteligência e sem medo, mas, ao mesmo tempo, sem ofender ninguém, prezando sempre pela verdade. Disse, ainda, que os textos do autor são diferentes, pois são escritos não só para o intelecto, como também para o sentimento.

Qualidade inquestionávelÉ com imensa alegria que leio

mais uma edição da revista BOA VONTADE (nº 207). A cada mês, dentre todos os conhecimentos que procuro adquirir, gosto muito de en-riquecer-me com as lições humanas apresentadas na citada revista. (...) Sou admirador não só da pessoa do Paiva Netto, mas das ações criadas pela LBV pelo Brasil e o mundo. (...) Quanto à edição 207, parabéns pela matéria sobre Rosa Parks, um ícone dos Direitos Humanos e pelo

especial Dia da Consciência Negra. Congratulações pelas iniciativas e que Deus ilumine a todos! (Itamar Machado, professor de Oratória e Língua Portuguesa e radialista das Rádios Oi FM e Itatiaia AM, Uber-lândia/MG)

Em nome dos Direitos Humanos da Câmara Municipal de Fortale-za, gostaria de parabenizá-los pela excelente qualidade editorial da revista BOA VONTADE, além de agradecer a atenção dada a este Poder Legislativo, relativamente às solenidades que tiveram lugar no fim do ano passado, homenageando esta entidade que tão valorosamente vem prestando todo tipo de apoio aos que necessitam. Mais uma vez, parabéns! (Miguel Arcanjo Zimmermann, coordenador de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Fortaleza/CE)

Jornalista J. Pascale

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BOA VONTADE

Ronaldo Rogério Mourão lança Anuário de Astronomia e Astronáutica 2006

Curiosidades cien-tíficas como o vôo do 1º avião, o 14 Bis de Alberto Santos Dumont; o décimo

planeta do Sistema Solar (2003 UB313, batizado de Sedna); a sonda Deep Impact; o envio ao espaço do astronauta brasileiro Marcos Pontes, marcado para este ano, são alguns dos assuntos abordados pelo Anuário de Astronomia e Astronáutica 2006, lançado no último dia 14, pelo reno-mado astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, no auditório da Associação Comercial do Rio de Janeiro, capital fluminense.

Maria Estela Kubitschek autografa Simples e Princesa

Por amor, Juscelino (1902-1976) e Sarah Kubitschek (1909-1996) adotaram Maria Estela, que passou a

conviver com Márcia, filha única do casal. Agora, a própria Maria Estela Kubitschek Lopes faz sua estréia na Literatura com a obra Simples e Princesa, lançada no dia 21 de feve-reiro, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro.

O livro destina-se à preservação da memória da família, lembranças da infância e juventude da autora,

Ronaldo Mourão, além de astrô-nomo, é pesquisador titular do Museu de Astronomia do Rio de Janeiro, do qual foi o criador e primeiro Diretor. O asteróide 2590, descoberto em 22 de maio de 1980, foi batizado com o nome de “Mourão”, em sua home-nagem pelo meritório e reconhecido trabalho na Astronomia.

Legionários que participaram do evento levaram o abraço fraterno e os votos de sucesso do Diretor-Pre-sidente da LBV, José de Paiva Netto, ao amigo, que também é membro do Conselho Consultivo do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência (FOMPEC), da LBV, cujo

sobre o amor recebido de seus pais biológicos e adotivos, seu casamento, bastidores da política nacional, entre outros assuntos.

Neste ano em que se comemorou o cinqüentenário de posse de JK (31 de janeiro de 1956), o título apre-senta-se como uma boa opção para reviver a trajetória e o lado humano deste que é considerado, por muitos, um dos melhores presidentes que o País já teve.

A revista BOA VONTADE ParlaMundi da LBV — edição es-pecial sobre o monumento que, ao lado do Templo da Boa Vontade, a Pirâmide dos Espíritos Lumino-sos, é o mais visitado da capital federal, segundo a Secretaria de Turismo do DF (Setur) — lem-brou as várias edições de entrega da Comenda da Ordem do Mérito

da Fraternidade Ecumênica, do ParlaMundi da LBV, com a qual são condecoradas as personali-dades que mais se destacam em esforços pelo bem comum nos diferentes campos de atuação. Em 1997, Juscelino Kubitschek (in memoriam) foi agraciado na ca-tegoria Homenageados Especiais. Cercada pelo carinho do espo-so, filhos, netas e amigos, Maria Estela recebeu os parabéns dos Legionários da Boa Vontade, que levaram o abraço fraterno do diri-gente da Instituição. A autora leu a revista e afirmou que o Diretor-Presidente da LBV é um amigo muito querido. Simpática, enviou um exemplar do livro a ele, com a dedicatória: “Ao amigo José de Paiva Netto, com o carinho de Ma-ria Estela Kubitschek Lopes”.

Literatura

objetivo é promover o intercâmbio entre o conhecimento científico e as várias tradições religiosas e es-piritualistas. O astrônomo retribuiu com simpatia e, na oportunidade, enviou um exemplar do Anuário, com a dedicatória: “Para José de Paiva Netto, Presidente da LBV, com afetuoso abraço de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão”.

A escritora Maria Estela Kubitschek Lopes com a revista BOA VONTADE ParlaMundi da LBV

O astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão

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A revista BOA VONTADE não se responsa-

biliza por conceitos emitidos em seus artigos

assinados.

Equipe Elevação

BOA VONTADE

Diretor e Editor responsável

Francisco de Assis Periotto

MTE/DRTE/RJ 19.91� JP

Revisão

ArteFoto de capa: Daniel Trevisan

Projeto Gráfico: Alziro Braga

BOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada pela Editora Elevação.

Impressão: PROL Editora Gráfica

ProduçãoEndereço para correspondência:

Av. Rudge, 938 — Bom Retiro

CEP 0113�-000 — São Paulo/SP

Tel.: (11) 3358-�8�8 — Caixa Postal 13.833-9

CEP 0121�-970

Internet: www.boavontade.com

E-mail: [email protected]

Ao LeitorSem que houvesse uma intenção

específica, o tema Mulher ganhou neste número relevância especial. Se acasos não existem, estas coincidên-cias surgiram como que um sopro sublime, afinal, estamos a caminho de março, mês consagrado à Alma feminina. A cantora Leci Brandão, uma das mais influentes damas do samba, é capa desta revista. Sua vida e carreira são sinônimos da brasilida-de, enfrentou com garra e determina-ção todas as barreiras que se possa imaginar. De origem humilde, negra e mulher, venceu e declara-se feliz por estar há 30 anos vivendo de seu trabalho com a música.

Outra reportagem correlacionada trata da 50ª edição da Comissão do Status da Mulher, realizada na Sede das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Nela se discutem formas de ampliar a presença feminina nas de-cisões voltadas ao desenvolvimento dos povos, como a eleição de mulhe-res para o cargo de chefes de Estado e para a própria liderança da ONU. Neste cenário, as teses de Paiva Netto no documento da Legião da Boa Vontade, que possui status no Conselho Econômico e Social (Eco-

soc) da Organização, se sobressaem. Encaminhado ao Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o expressivo relatório da LBV é uma importante colaboração a este debate e foi distribuído aos participantes do encontro pelo Ecosoc, nos seis idio-mas oficiais da ONU (Árabe, Chinês, Espanhol, Francês, Inglês e Russo).

O desafio de se criar fontes de energias renováveis e não-poluentes é abordado com bastante êxito na editoria Meio Ambiente, na qual a construção da usina de energia das ondas em Fortaleza/CE, prevista para o término de 2006, e mais o Programa Nacional do Biodiesel são bons exemplos. Vale ainda conferir as entrevistas com o Ar-cebispo sul-africano Desmond Tutu e o escritor argentino Adolfo Pérez Esquivel — ambos prêmios Nobel da Paz.

Boa leitura!

� Cartas7 Literatura8 Ao leitor10 Esporte e Cidada-nia11 Coluna de Esporte12 Internacional20 Meio Ambiente

Edição nº 210

“Valorizar a Mulher dignifica o Homem.”

(Paiva Netto)

Reflexão do mês

ANO XXIV • Nº 210 • FEVErEIrO DE 2006

Francisco de Assis PeriottoMTE/DRTE/RJ 19.91� JP

Índice

22 Educação2� Direito em Questão27 Sociedade28 Capa — Samba e História32 Saúde35 Exclusivo39 Ecumenismo Irrestrito

�2 Ciência e Tecnologia�� Arte na Tela�7 Melhor Idade�9 Ação Jovem LBV52 Soldadinhos de Deus5� Cultura5� Acontece�0 Variedades

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Francisco de Assis Periotto

MTE/DRTE/RJ 19.91� JP

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32 SaúdeHipertensão, um mal que pode ser evitado.

Samba e HistóriaLeci Brandão: Sinônimo de garra e talento.

InternacionalA Mulher nas decisões e desenvolvimento dos povos.

Meio AmbienteBiodiesel: o combustível com royalty social

2� Direito em QuestãoEntrevista com o Presidente da OAB/RJ, Dr. Octávio Gomes.

35 ExclusivoPrêmios Nobel da Paz concedem entrevista à rBV.

�� Arte na TelaMuseu Oscar Niemeyer, uma janela aberta para o mundo.

Portal BOA VONTADE: www.boavontade.com

11Coluna de EsportesO mais rico em talento, o mais pobre em finanças.

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A capital chinesa planeja plan-tar árvores em 12 mil hectares para chegar aos Jogos Olímpicos de 2008 com 42,5% da superfície urbana com áreas verdes. O projeto é a tarefa prioritária da cidade este ano, conforme afirmou o Prefeito, Wang Qishan. Outra providência tomada foi a renovação da frota de ônibus públicos, alguns deles dotados de tecnologia híbrido-hi-draúlica. Na Vila Olímpica, desta-ca-se o uso de energias renováveis e outras medidas ecológicas. Com essas ações, os organizadores es-peram fazer da competição a mais ecológica da História.

O técnico do Botafogo, Carlos Roberto, participou no dia 13 de fevereiro do Momento Esportivo, nos estúdios da Super Rede Boa Vontade de Rádio, Super RBV (AM 940), para comemorar a conquista alvinegra no primeiro turno do Campeonato Estadual do Rio de

Janeiro. Ele foi entrevistado pela equipe do programa coordenado por Felipe Cardoso e que vai ao ar de segunda a sábado, a partir das 12 horas. Na oportunidade, agendou uma visita ao Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, na capital fluminense.

Técnico do Botafogo na Super RBV

Ipanema, zona sul fluminense, foi o cenário que coroou em fevereiro os melhores jogadores de vôlei de praia da atualidade. No dia 19, a dupla Nalbert e Luizão, do Brasil, sagrou-se campeã ao superar os norte-americanos Kiraly e Lambert, por 2 sets a 0. Uma sema-na depois, quem faturou o título foi a dupla Rachel Wacholder e Elaine Youngs, representando os Estados Unidos. Elas venceram as brasileiras Agatha e Shaylyn por 2 sets a 1.

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Brasil nas Olimpíadas de

InvernoMesmo retornando ao País sem

nenhuma medalha, a equipe brasileira comemorou o melhor desempenho da História obtido nos Jogos Olímpicos de Inverno, que ocorreu neste mês em Turim (Itália). O destaque foi para Isabel Clark, nona colocada na prova de boardercross do snowboard. Já na competição de bobsled, a delegação nacional — conhecida como Bananas Congeladas — tombou o trenó em duas das três descidas que realizou, o que deixou a equipe na última colo-cação da modalidade.

O Rio de Janeiro/RJ ganhou mais um motivo para entrar no clima dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Um grande relógio, instalado no calçadão da Praia de Copacabana, um dos

cartões-postais da cidade, a partir do dia 28 de fevereiro, fará a contagem regressiva para o início da compe-tição, marcado para 13 de julho do ano que vem.

500 dias para o Pan

Pequim

Reis e rainhas do vôlei

verde

Esporte e Cidadania

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O coordenador da equipe de esportes da Super Rádio Brasil (AM 940), Felipe Cardoso (D), entrevista o técnico do Botafogo, Carlos Roberto.Al

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Coluna do Garotinho

José Carlos Araújo é locutor esportivo da Rádio Globo do Rio de Janeiro/RJ

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Em qualquer lugar do mundo, basta falar o nome do Brasil para que as pessoas come-cem a recitar uma in-

findável lista de talentosos jogado-res de nosso futebol, começando, é claro, por Pelé, que continua sendo nosso grande embaixador no restante do Planeta.

O futebol brasileiro já operou verdadeiros milagres, que nem a mais forte diplomacia conseguiu. Já se mostrou capaz de interrom-per guerras, como ocorreu na Áfri-ca, nos áureos tempos de Pelé. A presença do Rei do Futebol gerou uma trégua entre os litigantes, para que todos pudessem vê-lo em campo.

Um exemplo mais recente foi o amistoso do Brasil com o Haiti, fazendo com que, no dia do jogo, a população local trocasse os conflitos pela tietagem em cima de Ronaldinho Gaúcho e com-panhia.

o mais pobre em finançasEsse mesmo futebol, que en-

canta com sua arte e magia, vive momentos dramáticos, com a maioria dos grandes clubes do País ameaçada por dívidas quase impagáveis. Um paradoxo difícil de compreender, mas, infelizmen-te, real.

Quem é capaz de entender que clubes como Corinthians, Flamen-go, Palmeiras, Vasco da Gama, Atlético Mineiro, Grêmio e In-ternacional, entre outros, possam enfrentar crises financeiras que não lhes permitem sequer manter os salários em dia?

O Corinthians, hoje, mediante uma parceria polêmica, mantém uma equipe de caríssimas estrelas. Mas os demais precisam negociar seus principais jogadores para sobreviver. Assim, as grandes revelações do futebol brasileiro mal surgem e já se despedem, partindo para abrilhantar campeonatos em países distantes.

Não dá para entender como clubes iguais a esses, que possuem imensas e apaixonadas legiões de torcedores por todo o país, estejam em permanente crise financeira.

Será que só os dirigentes não en-xergam que, para ter lucro, é preciso investir? A história tem nos mostrado isso. Basta que qualquer desses nos-sos grandes clubes forme uma equipe razoável para que os estádios lotem durante os jogos.

O torcedor responde às ações dos dirigentes. Se vendem os craques e formam equipes de talento duvidoso, ele se afasta dos estádios. Mas, ao contrário, quando sente que há um esforço para tornar o clube de seu

O mais rico em talento,

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coração forte o suficiente para fazer frente aos demais, o torcedor corre para os estádios e apóia o time.

Só grandes times atraem fortes patrocinadores. Os investidores querem ligar suas empresas a equi-pes vencedoras. E times ganhadores precisam de craques. Porque só os craques conduzem às glórias e só as glórias transformam-se em lucros.

Está faltando visão aos nossos dirigentes. Claro que não me refiro a todos, mas à grande maioria. É preciso mais do que visão; neces-sário é ter ambição e hábito de serem vitoriosos.

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Internacional

Há décadas, diversos movimentos, Or-ganizações Não-Governamentais (ONGs) têm lu-

tado bravamente pelos Direitos das mulheres. As vitórias e avanços ob-tidos permitem sonhar além e elevam o patamar dos debates, a exemplo do que ocorre, desde 27 de fevereiro, na Sede das Nações Unidas, em Nova York/EUA, no qual são discutidos os mais relevantes assuntos que visam à ampliação da presença feminina nas decisões voltadas ao desenvolvimen-to dos povos. Trata-se da 50ª edição

e desenvolvimento dos povos

A Mulhernas decisões

uma das sessões do encontro, ao afirmar que “freqüentemente elas são as mais atingidas. Portanto, é mais do que justo que estejam engajadas nas tomadas de decisões em todas as áreas, com forças e direitos de igualdade dos gêneros”.

Ele salientou ainda o cresci-mento da proporção feminina nos parlamentos do mundo inteiro e as recentes eleições para as posições mais altas dos Governos: “Houve um salto, aumentando suas represen-tações para mais de 30%. Agora, há diversas mulheres chefes de Estado ou no comando dos países de cada continente. E três nações — Chile, Espanha e Suécia — conseguiram a paridade entre os gêneros nos seus Governos”.

José de Paiva Netto — jornalista, radialista, escritor e Presidente das Instituições da Boa Vontade — discursa para uma multidão que superlotou a Praça da Paz, defronte do Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF (Brasil), com representantes de diversos continentes. Ao fundo, bandeiras de Portugal, Brasil, Chile e da LBV.

Kofi Annan, Secretário-Geral da ONU.

________________Danilo Parmegiani,

Representante da LBV na ONU

da Comissão do Status da Mulher, que reúne, no Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc), delegações internacionais até 10 de março.

Após 11 anos da 4ª Conferência da Mulher em Beijing, China, um marco nesta luta, “a comunidade internacional finalmente começa a entender que as mulheres têm de estar envolvidas ativamente no processo de decisões a respeito dos desafios do século XXI, no desenvolvimento econômico e social, como também na Paz e na segurança”, destacou o Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, no discurso de abertura de

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Ao finalizar o seu pronuncia-mento, conclamou uma mudança também na ONU: “(...) Devemos mostrar uma mensagem clara nesse apoteótico sucesso da Mulher nas eleições presidenciais durante estes anos. O mundo está pronto para ver uma mulher como Secretária-Geral das Nações Unidas”.

A Legião da Boa Vontade, que possui status no Ecosoc, faz-se presente na reunião por meio de sua representante na ONU, Conceição Malaman, que encaminhou ao Dr. Kofi Annan documento da LBV em colaboração à importante conferên-cia, distribuído aos participantes pelo Ecosoc, nos seis idiomas ofi-ciais da organização (Árabe, Chinês, Espanhol, Francês, Inglês e Russo). O trabalho — cujo enfoque é para o avanço feminino pela educação, saúde e trabalho — foi ressaltado por diversos integrantes e traz um pouco da experiência da Instituição em valorizar a Mulher, principal-mente aquela que é Mãe, teses e

reflexões a respeito dessa temática desenvolvida pelo dirigente da LBV, José de Paiva Netto, como a da Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, na qual ele aponta para uma vida social “sem fronteiras raciais, de gênero, religião ou o que mais o seja”. Nela, o Ser Humano “compreende que o corpo é muito mais que matéria. Ele é o veículo para as ações transformadoras, abolindo sentimentos individualis-tas que cooperam para a degenera-ção de coletivos inteiros”.

Voto feminino, um direito adquirido em praticamente todo o mundo.

Conceição Malaman, representante da LBV, no Ecosoc, na ONU.

Sede das Nações Unidas, em Nova York.

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Internacional

Item 1 — Sobre a Agenda Temporária

Documento submetido pela Le-gião da Boa Vontade (LBV) para a 50ª Sessão da Comissão do Status da Mulher, de 28 de fevereiro a 10 de março de 2006.

Temática: “Potencializada a participação de mulheres em desen-volvimento: ativação de ambiente para o alcance da igualdade de gênero e o avanço da Mulher, levando em conta, inter alia (entre outras coisas), os campos da educação, da saúde e do trabalho”.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem afirma o prin-cípio inadmissível da discriminação, proclamando que todos os Seres Humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e que cada um tem capacidade para usufruir os direitos e as liberdades estabelecidos no referido documento, sem distin-ção de qualquer natureza, inclusive de sexo. A Legião da Boa Vontade, organização não-governamental brasileira com status consultivo geral no Conselho Econômico e Social (Ecosoc), reúne e compartilha boas práticas e lições apresentadas pelo sistema da Organização das Nações Unidas (ONU) dentro da estratégia de

empoderamento e avanço de mulhe-res e meninas, disseminando-as, em âmbito nacional e internacional, por diversos veículos de comunicação e aplicando-as nos Centros Comuni-tários e Educacionais, nas creches e nas escolas de educação básica que a LBV de cada país mantém (Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Argen-tina, Portugal e Estados Unidos da América). Como defende o jornalista, radialista e escritor José de Paiva Netto, Diretor-Presidente da Legião da Boa Vontade, “Toda organiza-ção vitoriosa desfruta a presença marcante de mulheres espiritu-almente esclarecidas. A intuição, competência do Criador manifesta

50ª Sessão da Comissão do Status da Mulher

A mensagem da Legião da Boa Vontade (LBV) para a 50ª Sessão da Comissão do Status da Mulher, das Nações Unidas, Nova York — EUA, foi divulgada pela ONU, em seis idiomas oficiais (Árabe, Chinês, Espanhol, Francês, Inglês e Russo) a delegações de Estado e a organizações não-governamentais. Aliás, a LBV foi a primeira ONG brasileira a possuir o relevante status consultivo geral no Conselho Econômico e Social (Ecosoc). É o Brasil cumprindo seu valoroso papel de Solidariedade Ecumênica, no cenário internacional.

“A Mulher, que é a alma da Humanidade, é a boa raiz e a base das civilizações.”

(Paiva Netto)

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na criatura, é um dos poderosos instrumentais femininos. Talvez por isso tenha Voltaire (1694-1778), um dia, exclamado: ‘Tous les raisonne-ments des hommes ne valent pas un sentiment d’une femme’, isto é, todos os raciocínios dos homens não valem o sentimento de uma mulher”.

Por séculos, as mulheres vêm enfrentando conseqüências de uma sociedade patriarcal, constantemen-te tendo mais deveres que direitos — particularmente as mulheres negras, às quais é atribuído apenas o valor exótico, ou de objetos sexuais, escravas ou servas facilmente mani-puláveis. Órgãos internacionais têm denunciado os fatores de pobreza e baixa escolaridade, ou seja, o risco pessoal e social como porta de entra-da de milhões de mulheres e crianças no mercado do sexo. E são muitas as formas contínuas de exploração feminina. Erguer uma sociedade consciente de sua capacidade de arti-cular seus direitos e deveres com res-ponsabilidade moral, ética e espiritual é dever de todos nós, sociedade civil, conforme adverte o jornalista Paiva Netto: “Na queda de qualquer país, ou civilização, o primeiro grande passo para a ruína é o trabalho pela desmoralização da Mulher. A Mulher é a base das nações, é o sustentáculo dos povos. Pela maternidade, ela se aproxima de Deus em tamanho grau

que nós, os homens, jamais consegui-remos. (...) A Mulher, que é a alma da Humanidade, é a boa raiz e a base das civilizações”.

Desde o começo da vida em sociedade, as mulheres foram con-sideradas, pelas classes dominantes, inferiores ao homem. Em muitos países, elas conseguiram o direito de expressar sua opinião política pelo poder do voto somente na metade do século XX. Quando o Ser Humano compreender o outro com respeito e dignidade — que lhe conferem valor de cidadão —, entenderá o desempenho que lhe cabe em sociedade. “Sentimentos de Misericórdia, Amor, Solidariedade são”, conforme declara o dirigente da LBV, “alavancas que levantarão das ruínas (espirituais, morais, sociais e políticas) a Sociedade Solidária Altruística Ecumênica,

que não é uma utopia, muito menos uma ideologia. Ela é uma proposta que vivencia o exercício da Frater-nidade transnacional, sem fronteiras raciais, de gênero, religião ou o que mais o seja. Na Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, o indivíduo compreende que o corpo é muito mais que matéria. Ele é o veículo para as ações transformadoras, abolindo sentimentos individualistas que cooperam para a degeneração de coletivos inteiros”.

A Legião da Boa Vontade traz para a 50ª Comissão do Status da Mu-lher sua contribuição para o absoluto cumprimento da plataforma de ações de Beijing, trabalhando para facilitar a parceria entre homens e mulheres em todos os setores nos quais se fizer necessária, política, cultural, cientí-fica ou socialmente. Seguindo sua dialética, a LBV reforça o importante

No projeto “Cidadão-Bebê”, da LBV, a mãe recebe acompanhamento da gestação até o 1º ano de vida de sua criança, vencendo, assim, o período de maior risco de mortalida-de infantil. O belo flagrante do premiado repórter fotográfico Amicucci Gallo, na LBV do Rio de Janeiro/RJ.

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papel da mulher na arena social. “(...) a Mulher tem direito a ser Presidente da República, de Tribunais, conduto-ra de religiões, capitã de indústria, de aviões e navios transatlânticos; tem direito de ser médica, engenheira, professora etc. No trabalho, há um justo conceito de valor entre homens e mulheres: o da competência. Então, os sexos nisto estarão harmonizados. Que brilhe o Homem, que brilhe a Mulher, conforme a competência de cada um. Isto não quer dizer que homens e mulheres são totalmente iguais. Aí está pelo menos, de início, a anatomia para desmentir. O que que-ro dizer é que não se devem sustentar antigas barreiras e levantar novas, firmadas em tabus, preconceitos e interesses espúrios para impedir maior influência da Mulher sobre o destino do mundo. Homem e Mulher dependem um do outro. Completam-se” (Paiva Netto, extraído do livro Reflexões e Pensamentos — Dialé-tica da Boa Vontade, publicado em 1987).

Neste início de milênio, vemos um crescente movimento de combate à discriminação da Mulher por parte da comunidade internacional. Em cumprimento à Carta da ONU e so-mando-se ao esforço de pessoas e or-ganizações espalhadas pelo Planeta, governos mundiais têm implementa-do políticas de promoção e respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais, sem distinção de raça, sexo, idioma, religião ou cor.

Dessa forma solidária e ecumê-nica, a LBV fomenta diversos pro-gramas e projetos socioeducacionais que promovem a valorização de mu-lheres e crianças em situação de risco pessoal e social. São mais de quatro milhões de atendimentos por ano, realizados por intermédio dos Cen-tros Comunitários e Educacionais. Elas são estimuladas a desenvolver-se integralmente, desenvolvimento esse que se estende ao contexto de sua família, por meio de ações nas áreas da saúde materna, da nutrição, da educação e da qualificação pro-

fissional, além do oferecimento de suporte psicológico, jurídico e social. Segundo dados de uma pesquisa feita em 2005 pela empresa Toledo & Associados, as mulheres representam 86% de todos os atendimentos pres-tados anualmente pela LBV. Sendo a mulher o núcleo da família, o inves-timento direcionado a ela se torna o meio mais eficaz de transformação da sociedade.

Dos programas principais destaca-se o SER Mulher, voltado ao resgate da auto-estima humana, profissional, intelectual e emocional de mulheres e gestantes. A melhoria da qualidade de vida é buscada de várias formas. Palestras educativas, workshops e cursos ocupacionais visam ao aumen-to da renda familiar e à (re)inserção no mercado de trabalho. O acompa-nhamento jurídico e psicológico, feito por profissionais voluntários, garante a orientação a problemas gerados pelos mais diversos níveis de vulne-rabilidade. Grupos de convivência trabalham a conscientização da im-

Mulheres no Poder

Angela Merkel,Chanceler Federal da Alemanha.

Ellen Johnson-Sirleaf,Presidente da Libéria.

Maria do Carmo Silveira, Primeira-Ministra deSão Tomé e Príncipe.

Helen Clark,Primeira-Ministra daNova Zelândia.

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portância do planejamento familiar; do pré-natal; da afetividade entre mães e filhos; do conhecimento e da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, do câncer cervical e de mama; entre outros temas. No projeto “Cidadão-Bebê”, as gestantes têm acompanhamento em todos os estágios da gravidez. Alimentação complementar, terapias de fala e de música, cuidados de enfermaria e de higiene, além de orientação sobre amamentação e saúde do bebê, são algumas das ações desenvolvidas até que a criança ultrapasse o período mais arriscado de mortalidade, ou seja, atinja um ano de idade.

Outras iniciativas fomentadas a fim de garantir que os direitos das mulheres sejam respeitados são as creches e escolas da Legião da Boa Vontade, que preparam os filhos delas para alcançar seu potencial pleno de desenvolvimento e exercitar a cidadania. Do berçário ao ensino médio, a LBV aplica uma metodo-logia diferenciada e de qualidade,

que promove o progresso espíri-to-biopsicossocial dos educandos. Além das mais avançadas técnicas de educação, a Pedagogia do Cida-dão Ecumênico, preconizada por Paiva Netto, leva aos alunos valores universais de Espiritualidade Ecumê-nica e Solidariedade. Os estabeleci-mentos de ensino da LBV atuam sob o lema “Aqui se estuda. Formam-se Cérebro e Coração”, aliando inte-lecto e sentimento. Dessa forma, a Instituição tem somado forças para o cumprimento da convenção que determina a eliminação de todas as formas de discriminação da Mulher, potencializando a participação do sexo feminino no alcance da igual-dade entre os gêneros em todas as áreas.

Não se pode viver a igualdade e a justiça sem que se entenda que o elemento condutor para o progresso dos povos é o Amor. O Ser Huma-no, antes de ator social, é um agente transformador; ele compõe a célula social. Se uma célula adoece, todo

o tecido celular é comprometido. Buscar o equilíbrio, como afirma o Diretor-Presidente da LBV, é o viés para a compreensão da igualdade:

“O amadurecimento crescente de um Povo, que está descobrindo os seus direitos de cidadão, ainda que tardiamente, porquanto 200 anos após a Revolução Francesa (está-vamos em 1991), o fará finalmente concluir que nenhum país pode na verdade desenvolver seus talentos se continuar subsistindo como uma grande senzala de senhores e escra-vos, ou fechar-se como uma ostra xenófoba ou abrir-se de forma teme-rária, a ponto de perder sua identi-dade, sua soberania. A compreensão das massas ir-se-á maturando até que entendam o valor da cidadania, no sentido lato, pois não é suficiente considerar o cidadão apenas no seu contexto físico, mas também no espi-ritual, porque qualquer componente dos grupos humanos é, em resumo, formado por corpo e Alma. Afinal

Michelle Bachelet, Presidente do Chile.

Gloria Macapagal-Arroyo,Presidente das Filipinas.

Luisa Diogo, Primeira-Ministra de Moçambique.

Khaleda Zia, Primeira-Ministra de Bangladesh.

Nos cinco continentes, a presença feminina está cada vez em maior evidência, como podemos observar na relação abaixo que traz os nomes das Estadistas:

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O documento da Le-gião da Boa Von-tade repercutiu du-rante a 50ª edição da Comissão do

Status da Mulher, na Sede das Nações Unidas em Nova York.

O encontro reúne milhares de participantes de todas as regiões do Planeta, com um número relevante de mulheres latino-americanas e caribenhas, conforme constatou a Dra. Gilda Alarcon Glasinovich, Diretora de Saúde Pública, Pesquisa e Desenvolvimento da Cidade de Nova York e Conselheira Espe-cial em População e Imigração das Nações Unidas. Para ela, é grande também a presença ver-

Participantes da Comissão da Mulher ressaltam Mensagem da LBV

somos originalmente Espírito. Eis o sentido completo de cidadania, que não pode admitir tão-somente o anal-fabetismo das letras humanas, como também a ignorância dos assuntos espirituais. O desconhecimento desta realidade sobre a qual acabamos de discorrer favorece a incrementação das ações causadoras da fome, do desemprego, do sectarismo, do frio ideal individualista, isto é, ególatra, a promoção do escárnio com os que sofrem na sociedade, porque riqueza e pobreza situam-se dentro do Ser Humano. Exteriorizá-las, ou não, depende da mentalidade e de fatores culturais (no futuro próximo, marca-damente espirituais), que precisam ser exercitados.

“(...) Urge, com presteza, mudar a mentalidade que entroniza o delito como exemplo, a exploração como meta, a apatia diante do erro como

‘boa’ acomodação da existência, para que alcancemos uma ordem social justa, produto da ação decisiva de comunidades eficazes, fraternal-mente combativas, e de um governo, seja qual for, que tenha decidida-mente como objetivo fazer progredir a população de seu país, antes que grande parte dela morra; ou seja quase isso, pela subnutrição, pela desesperança que lhe aponta, mui-tas vezes, como solução à violência. Entretanto, sob qualquer pretexto, em tempo algum devemos abrir mão do auxílio magnânimo dos amigos do Mundo Espiritual Supremo, os quais muitos apropriadamente chamam de Anjos Guardiães. Aliás, na verdade, concreto é o Espírito, não significan-do dizer que o corpo, sua vestimenta, deva ser criminosamente desprezado. Dizem os mais velhos que ‘saco vazio não se põe de pé’. Tenhamos, pois,

o equilíbrio como objetivo.” (Paiva Netto, Somos todos Profetas, 44ª ed., São Paulo: Elevação, p. 125).

Concluindo, elevamos aos parti-cipantes da 50ª Comissão do Status da Mulher o seguinte pensamento do dirigente da LBV, publicado em BOA VONTADE Mulher — edi-ção especial da revista BOA VON-TADE —, p. 11: “(...) O papel da Mulher é essencial para a sobre-vivência dos povos. Irmã, esposa, mãe, amiga, trabalhadora, chefe de família, é presença indispensável e carinhosa conselheira. Pelos filhos é o seu porvir, porquanto prepara homem e mulher futuros. Por isso, as sociedades que a deprimem o fazem a si mesmas. A Mulher de entendimen-to esclarecido torna o elo familiar forte e a comunidade grande, moral, respeitada e unida”.

de-amarela: “O Brasil tem uma boa representação com a Legião da Boa Vontade, sempre presente nestes eventos internacionais, e também há um grande número de participantes da Organização Internacional de Mulheres em Negócios e Profissões”.

Sobre a mensagem da LBV, a Dra. Gilda disse que lhe fez re-memorar a ocasião em que conhe-ceu, no Brasil, no fim de 2005, o Centro Comunitário e Educacio-nal da Instituição em Aracaju/SE: “De todas aquelas pessoas que me receberam de uma maneira tão familiar, do carinho das crianças com as canções. Fiquei tão emo-cionada com elas!”.

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“Efetivamente, eu creio que esta é a grande missão da Legião da Boa Vontade: ensinar que todos temos um Espírito que deve ser nutrido primeiro, porque somente com o fortalecimento dele é que vemos os problemas como secundários, ou podemos encontrar as soluções e não nos sentirmos abatidos, desmoralizados!.”

Dra. Gilda Glasinovich,Diretora de Saúde Pública, Pesquisa e Desenvolvimento da Cidade de Nova York e Conselheira Especial em População e Imigração das Nações Unidas.

mo o mal-estar que a acometeu no dia anterior a fez desistir da visita. “Apesar de ter estado um pouco doente, não pude cancelar. Conhecendo a obra que vocês realizam na cidade de Nova York no que se refere à mulher, à família, aos valores humanos, tinha de fazer um esforço. Eu disse: ‘A doença, ponho de lado, tenho de seguir adiante!’. E foi o que fiz. Estive com o grupo em Aracaju: as crianças, o trabalho das mulheres, das professoras, das assistentes que há na LBV me impressionaram muito. Ficou um desejo de voltar, de regressar e trabalhar novamente, de poder unir esforços. Não somente servir em Aracaju, mas em São Paulo, em Brasília. (...) Uma parte do meu coração também ficou no Brasil!.”

O Espírito em primeiro lugar

Para a Dra. Gilda, a ação da LBV é exemplar e o seu grande diferencial está em ultrapassar o campo da matéria: “A Legião da Boa Vontade, além da dedicação em resgatar e implementar os documentos internacionais no País, dá um passo a mais que

tanto necessitamos, que é o de resgatar a Espiritua-lidade! Não apenas da mulher, da criança, do pai, mas do núcleo familiar. E ao fazer isso, recupera os valores universais. Esse traba-lho é a resposta às crises que se têm vivido em termos de Espiri-tualidade, de perda de confiança um para com o outro. Nós, os Seres Humanos, temos perdido muito do nosso fervor e do desejo em participar como grupo! E, em sociedades nas quais predominam o indivíduo (...), perdeu-se o con-tato entre seus elementos. E, por isso, se perdeu definitivamente o sentido de espiritualidade fami-liar. Nesse sentido, a LBV tem um princípio imprescindível: o desenvolvimento espiritual. Quando cuidamos do nosso Espírito, podemos olhar para outras pessoas! Sermos felizes! Efetivamente, eu creio que esta é a grande missão da Legião da Boa Vontade: ensinar que todos temos um Espírito que deve ser nutrido primeiro, porque somente com o fortalecimento dele é que vemos os problemas como secundários, ou podemos encontrar as soluções e não nos sentirmos abatidos, desmorali-zados!”.

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Meio Ambiente

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Brasil volta seu olhar para um produto renovável, não-poluente e gerador de empregos

As duas crises mundiais, em 1973 e 1979, e mais recentemente os ele-vadíssimos preços do barril de petróleo, acres-

cidos de uma preocupação crescente em cuidar melhor do meio ambiente, têm feito com que os pesquisadores do mundo inteiro voltem seus olhos para a descoberta de combustíveis

alternativos, renováveis e não-poluentes.

No Brasil, vários estudos estão em curso e um deles, o biodiesel (produzido a partir de plantas oleaginosas, como mamona, soja, girassol e dendê), desponta com gran-de chance de emplacar e somar-se a iniciativas que já mostraram potencial, a exemplo do carro bicom-bustível (gasolina e álcool)

que, apesar do aumento recente do álcool, representa

uma porcentagem significativa dos automóveis em circulação.A idéia é antiga. Existem pro-

jetos desenvolvidos desde a década

de 1970 pela Universidade Federal do Ceará, cuja primeira patente é do professor Expedito Parente, mas que foi deixada de lado ao longo dos anos seguintes, por causa dos preços atrativos do ouro negro (petróleo) àquela época. Em 2002, foi retoma-do no País o Programa Nacional de Biodiesel, tendo várias universidades e institutos brasileiros apresentado tecnologias viáveis para seu uso.

A Europa e os Estados Unidos já se utilizam desta fonte de energia, aplicando como aditivo do diesel do petróleo em proporções que variam entre 5% a 30%. A Alemanha é o único país que tem bombas de bio-diesel 100% puro, com aval de me-cânicos que avaliam positivamente o desempenho do combustível. Aliás, é bom lembrar que registros históricos informam que inicialmente o motor diesel — exibido pela primeira vez ao público por seu criador, o Dr. Rudolf Diesel, durante a mostra mundial em Paris, no ano de 1900 — era para ser alimentado com óleos vegetais.

Por aqui, a idéia é substituir com-bustíveis fósseis, gradativamente, por

____________________Fonte: Agência Brasil

o combustível com royalty social

2020

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O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que tem se em-penhado em desenvolver a produção do biodiesel no Brasil, não perdeu a oportunidade da visita de Bono Vox, líder da banda irlandesa U2, no último dia 19, à residência oficial da Granja do Torto, para apresentar ao cantor e ativista dos Direitos Huma-nos este projeto.

Segundo cálculos do Governo, para cada trabalhador na indústria do biodiesel, haverá mil empregos no campo. O porta-voz da Presidên-cia da República, André Singer, informou, na ocasião, que já foram gerados no Brasil 60 mil empregos na produção deste combustível e que a expectativa é que este número chegue

esse biodegradável, de forma a abastecer a frota nacional de caminhões, tratores, caminhonetes, automóveis, além de ser fonte para geradores de eletricidade e calor.

O fato de nossa gran-de extensão territorial

abrigar dezenas de espécies vegetais com potencial para o produto (mamo-na, dendê (palma), girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso, soja, entre outras) anima, principalmente porque o incremento da atividade significa criar novos empregos; dar incentivo à agricultura familiar nas regiões mais pobres, como o Nordeste, o Norte e o Semi-Árido, tornando-se, assim, um elemento de inclusão social.

Os nossos pulmões também agradecem. Como o biodiesel é uma fonte limpa de energia, melhora a qualidade do ar dos grandes centros metropolitanos, fato que pode co-locar o nosso País em lugar seleto na comunidade mundial, reduzindo a emissão de diversos gases que provocam o efeito estufa e o aqueci-mento global, como o gás carbônico e o enxofre, fortemente presentes em combustíveis de origem fóssil. O que facilita, até mesmo, conseguir financiamentos internacionais para melhorar nossa infra-estrutura no mercado de créditos de carbono, em condições vantajosas, sob o Meca-nismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Protocolo de Kyoto, documento assinado por 141 países, que prevê a diminuição desses poluentes.

Lula e Bono conversam sobre como desenvolver o Nordeste brasileiro com biodiesel

a um total de 100 mil novas vagas até o fim do ano. “Nosso sonho é fazer como o Presidente Roosevelt fez no Vale do Mississipi: produzir um grande desenvolvimento no Nordeste a partir do biodiesel”, disse o Presi-dente Lula ao vocalista, de acordo com informação de Singer.

O encontro, que versou também sobre as ações de combate à pobreza e à fome, contou ainda com a presen-ça do Ministro da Cultura, Gilberto Gil.

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (C) e a Primeira-Dama, Dona Marisa, recebem o vocalista da banda irlandesa U2, Bono Vox, durante almoço na Granja do Torto.

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Maringá reúne

educação emtempo integraleducadores para discutir

Educadores de todo o Bra-sil estiveram reunidos no I Fórum Estadual de Edu-cação Integral do Paraná, realizado em Maringá,

entre os dias 13 e 15 de fevereiro. O evento, promovido pelo Instituto Nacional de Educação e Cultura (INEC), discutiu a educação em tem-po integral por meio do tema: “Escola Integral: um sonho possível”.

Diversas autoridades — entre deputados, vereadores e secretá-rios — compareceram ao evento, levando sua contribuição, bem como o apoio legal a essa inicia-tiva, a exemplo do Deputado Es-tadual Barbosa Neto, que compôs a mesa de debates e prestigiou a entrega do Prêmio Darcy Ribeiro, que se deu durante a cerimônia de abertura do acontecimento, agra-ciando educadores de destaque no Brasil.

“Quero parabenizar a LBV pela presença e o INEC por ter escolhido Maringá, essa importante cidade, para iniciar o fórum. Como autor da lei que cria a Educação Integral no Estado, temos de agradecer à LBV e àqueles que divulgam a educação com Espiritualidade”, afirmou o Deputado.

Parceira do INEC nesse fórum, a Fundação José de Paiva Netto trouxe sua experiência na educação com Espiritualidade Ecumênica, por intermédio dos meios de co-municação.

Entre os laureados com o prêmio figuram: o professor José Dantas Cyrino Júnior, Secretário Municipal de Educação e Cultura do Município de Manaus e Coordenador do Cur-so de Pedagogia da Faculdade de

Educação

Gilberto PavanelliJosé Dantas Cyrino Júnior

Herb CarliniBarbosa Neto

Fotos: Paulo Araújo

____________Da Redação

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“Desde muito pequeno, lá no Recife, eu me

acostumei a ouvir falar na Legião da Boa Vontade. O nome Alziro Zarur era presente na minha casa e nas ruas da cidade, em 1950... Os anos passaram e, muito tempo depois, tive oportunidade de conhecer pessoalmente o Dr. Paiva Netto. Desde o nosso primeiro encontro, tive uma simpatia por ele e seu trabalho. Para mim, foi uma honra conhecê-lo.”

Cristóvam Buarque, Senador.

Educação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM); o professor Herb Carlini, Secretário de Edu-cação de Americana/SP; o Senador Cristóvam Buarque, professor da Universidade de Brasília (UnB), ex-Governador do Distrito Federal e ex-Ministro da Educação; e Gilberto Pavanelli, Reitor da Universidade Estadual de Maringá.

O Senador Cristóvam Buarque, que foi saudado pelos represen-tantes da LBV pela homenagem, deixou seu depoimento acerca da história da Instituição. Na oportu-

Para ampliar os atendimentos já oferecidos pelo seu Centro Educacional e Comunitário em Juiz de Fora/MG, a Legião da Boa Vontade está reformando e construindo novos espaços em sua sede, localizada na Rua Francisco Fontainha, 83, Santo Antônio, tel.: (32) 3216-1406. Com a iniciativa, as crianças terão vários ambientes para as atividades culturais, espor-tivas e lúdicas, do Programa LBV: Criança — Futuro no Presente!. Para os adultos, a construção de salas de aula aumentará o número

nidade, Buarque também falou do Jubileu de Ouro de bons serviços prestados pelo Líder da LBV, a ser completado no próximo 29 de junho: “Hoje, desejo aqui, em público, enviar um grande abraço ao Dr. Paiva Netto e a toda essa imensa família da Legião da Boa Vontade, no momento em que faz 50 anos de dedicação a essa causa, de lutas. A gente precisa de homens e mulheres que tenham persistência no Bem. Parabéns, Dr. Paiva Netto! Parabéns, Legião da Boa Vontade!”.

LBV amplia instalações em Juiz de Fora/MGde vagas oferecidas nos cursos de capacitação profissional (como o de garçom, repositor, cozinheiro e nas áreas de artesanato e infor-mática).

Na parte externa do Centro Comunitário, há várias novida-des também, como uma quadra poliesportiva, horta comunitária e jardim. A reforma está sendo feita com o apoio de colaboradores, voluntários e órgãos públicos. Visite e ajude a LBV a transformar para melhor a vida de centenas de famílias.

Aspectos da obra no Centro Educacional e Comunitário da LBV em Juiz de Fora já em fase de acabamento.

Fórum de Maringá/PR reúne educadores para discutir o ensino em tempo integral

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Direito em Questão

Direitos e deveres para a cidadaniaPresidente da OAB do Rio de Janeiro, Dr. Octávio Gomes, fala sobre o papel do advogado atuando como agente da justiça social

ou seja, o processo não anda sozinho. A justiça existe porque o advogado existe. E, por isso, aquele velho dita-do: “Sem advogado não há justiça e sem justiça não há democracia”.

rBV — Quais os serviços que a Ordem dos Advogados do Brasil põe à disposição da comunidade? Em que o cidadão comum e os advogados são beneficiados pela OAB?

Dr. Octávio Gomes — Tirando a Caixa de Assistência dos Advo-gados do Estado do Rio de Janeiro (CAARJ), que é o nosso braço so-cial (tem um plano de saúde para os advogados e seus familiares), temos esse outro lado que são as livrarias, óticas e o Instituto de Aposentadoria (Iasaerj), que foi uma grande con-quista nossa. Hoje existem várias famílias que sobrevivem graças a esse Instituto, que é a tranqüilidade futura do advogado. Temos as comissões que atendem aos advogados e à so-ciedade em geral; editamos cartilhas do consumidor, do idoso, do torce-dor; realizamos palestras gratuitas; e cobramos transparência, moralidade e ética, além de desempenharmos campanhas institucionais como, por exemplo, “Voto não tem preço, voto tem conseqüência”.

rBV — A OAB é autônoma ou é subordinada a algum órgão do Governo?

Dr. Octávio Gomes — É autô-noma, independente e apartidária,

Um dos princípios básicos para estabe-lecer a cidadania é conhecer os direitos e, claro, os deveres

de cada um na sociedade. Foi justa-mente partindo dessa premissa que pautamos uma entrevista com o Pre-sidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Dr. Octávio Gomes. Apaixonado pela profissão, ele conta que sempre se identificou com as causas éticas. Aliás, para ele, o profissional que advoga é um agente da cidadania e da justiça social.

Neste bate-papo, além de fazer um balanço sobre a atuação da OAB/RJ (que comemorará, no mês de novem-bro, 76 anos), o Dr. Octávio, estando há dois mandatos à frente da entidade, esclarece dúvidas relacionadas aos direitos comuns do cidadão. E, por isso, muito mais que mostrar aquilo que é de seu interesse, nesta entrevista você conhecerá o valor da OAB para a população, além de esclarecer dú-vidas sobre algumas leis específicas para o advogado.

revista BOA VONTADE — Qual o papel do advogado na sociedade? Qual a sua importância?

Dr. Octávio Gomes — Sendo seus atos e manifestações invioláveis diante da lei, a prestação jurisdicional só se concretiza, em sua plenitude, com a intervenção do advogado. Ele leva o direito do seu cliente para ser analisado perante o Poder Judiciário,

Dr. Octávio Gomes

“As pessoas hoje fazem um ensino fundamental e um ensino médio deficientes e entram para a universidade com várias dificuldades. Quando se vê um índice de aprovação muito pequeno no Exame da Ordem, não é que a prova seja extremamente rigorosa, não. Ela tem o rigor necessário para avaliar o defensor da vida, do patrimônio e da liberdade das pessoas (...).”

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Direitos e deveres para a cidadaniaPresidente da OAB do Rio de Janeiro, Dr. Octávio Gomes, fala sobre o papel do advogado atuando como agente da justiça social

justamente para ela ter autonomia em defender a Constituição Federal, a boa aplicação das Leis e a justiça social e ser contra o nepotismo. Ela atende com imparcialidade os direitos da cidadania. O dinheiro da OAB provém da contribuição dos advogados e, por isso, é fiscalizada por eles, num processo mais demo-crático possível, que são as urnas. Ela é a voz da sociedade organizada.

rBV — Gostaria que o senhor falasse sobre as suas realizações nas gestões dos dois mandatos: 2003-2004 e 2005-2006.

Dr. Octávio Gomes — (...) Na Presidência da OAB, tive a grata satisfação de criar o Escritório Com-partilhado, ou seja, um espaço para trabalhar para quem não o tem, pois constatamos no foro que havia muitos advogados fechando seus escritórios por dificuldade. Percebendo essa grande massa que precisava ser tra-tada com carinho e respeito, criei esse espaço com 16 salas, três espaços para reuniões, com tudo informati-zado e infra-estrutura de uma grande empresa, sem nenhum ônus para o profissional. Essa foi a maior con-quista no primeiro mandato (2003-2004). Há também outras reformas que fizemos em todas as salas nos foros do interior, informatização de todas as subseções, o congelamento e o parcelamento das anuidades em débito, um carro para locomoção dos advogados trabalhistas até o Fórum da Rua do Lavradio,

seminários, cursos, palestras e outras atividades.

No segundo mandato (2005-2006), tivemos uma grande vitória que foi a Conferência Estadual dos Advogados, realizada no Hotel Gló-ria, no ano passado. Foi um marco na história da OAB/RJ. Milhares de advogados compareceram durante quatro dias, tratando de prerroga-tiva, ética e cidadania, assistindo a palestras com ministros e professores expoentes como Cândido Mendes (...).

rBV — A partir de 1991, para os estudantes de Direito obterem a carteira da OAB, tornou-se obrigatório o Exame de Ordem. Em que essa avaliação ajuda o formando?

Dr. Octávio Gomes — As pessoas hoje fazem um ensino fundamental e um

ensino médio deficientes e entram para a universidade com várias di-ficuldades. Quando se vê um índice de aprovação muito pequeno no Exame da Ordem, não é que a prova seja extremamente rigorosa, não. Ela tem o rigor necessário para avaliar o defensor da vida, do patrimônio e da liberdade das pessoas, isto é,

“A justiça existe porque o advogado existe. E, por isso, aquele velho ditado: ‘Sem advogado não há justiça e sem justiça não há democracia.’”

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Direito em Questão

que o advogado esteja muito bem-preparado. Só que a maioria chega à faculdade sem o devido preparo e encontra o primeiro obstáculo.

O Exame é muito bom porque faz com que o bacharel se prepare com mais afinco e estude bastante para exercer uma profissão das mais no-bres. Ser advogado é ser uma pessoa ligada à cidadania e à justiça social. É uma missão importante e extre-mamente honrosa. O advogado que pensa que vai estudar só para passar no Exame da OAB está enganado. Enquanto estiver nessa profissão, tem de estudar sempre, participar de eventos e atualizar-se para ser um bom profissional.

rBV — Pela Lei 8906, de 4 de julho de 1994, existe o Código de Ética e Disciplina que determina os princípios que formam a consciência profissional do advogado, como, por exemplo, o sigilo. O que a OAB vem fazendo para coibir os desvios de conduta que, por vezes, são cometidos por alguns profissionais de direito?

Dr. Octávio Gomes — Durante a solenidade em que entregamos a carteira aos novos advogados, faze-mos uma preleção e eles recebem o Estatuto da Advocacia e o Código de Ética e Disciplina. Sempre digo que esses livros são verdadeiras bíblias do advogado, porque ali es-tão as nossas prerrogativas — que não são privilégios —, mas, sim, os direitos inerentes ao cidadão. Da mesma forma que defendemos essas prerrogativas, sempre que são viola-das, representamos contra aquelas autoridades que cometeram algum abuso inadmissível, nós também cobramos dos advogados uma con-duta correta, escorreita. Da mesma

“A OAB é autônoma, independente e apartidária, justamente para ela ter autonomia em defender a Constituição Federal, a boa aplicação das Leis e a justiça social e ser contra o nepotismo.”

Ao término da entrevista, o Presidente da OAB foi convidado para conhecer de perto o Centro Educacional, Cultural e Comunitá-rio da LBV, na capital fluminense. Agradecido, o Dr. Octávio aprovei-tou a ocasião para saudar o Líder da Legião da Boa Vontade, com as palavras: “Agradeço o convite e vou conhecer. Já ouvi falar do belo trabalho da LBV. Quero mandar um abraço e parabenizar o jorna-

lista José de Paiva Netto por esse trabalho tão bonito e importante que faz. Só teremos uma Nação realmente mais justa, fraternal e solidária, se começarmos, desde cedo, a dar uma atenção àquele me-nor, a dar Educação e Saúde para as crianças, que são o futuro do Brasil (...). Parabenizo o jornalista José de Paiva Netto porque está trabalhando por um País mais justo, fraternal e igualitário”.

maneira que o advogado tem o direito de desempenhar a sua função com liberdade, ele é obrigado a respeitar o Estatuto da Advocacia e o Código de Ética e Disciplina e, desta forma, ter um comportamento ético para zelar pela sua conduta profissional e pessoal. Todo aquele que violar essas legislações vai responder a um processo ético-disciplinar e receberá uma penalidade que vai desde uma simples advertência, passando por

uma censura, uma suspensão e até a exclusão dos quadros da Ordem.

rBV — Quais os planos da OAB/RJ para este ano?

Dr. Octávio Gomes — Gostaria de dizer que estamos lutando pela permanência do recesso de fim de ano para o advogado. Isso é um direito conquistado na nossa gestão, porque o advogado é um profissional liberal, não tem férias e 90% da classe no Rio de Janeiro não têm secretária. O advogado deseja só um período de recesso para passar com seus fami-liares. E digo que a OAB tem sido um modelo de administração, lutando pela classe, cumprindo a missão de melhorar a qualidade de vida dos nossos associados e seus familiares. A OAB fez, faz e continuará fazendo história no nosso País, trabalhando para o advogado e pelo advogado.

No Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, localizado na zona norte do Rio de Janeiro, mais de 500 crianças em situação de risco social são diariamente atendidas e cerca de duas mil famílias, que vivem nos bolsões de pobreza da cidade, recebem, todos os meses, os benefícios da LBV carioca.

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Sociedade

Planejamento de Mídia — Teoria e Experiência é o título do novo livro de Paulo Tamanaha que revela os segredos

para se usar com eficiência a verba das empresas quando o assunto é divulgação. No dia 21 de fevereiro foi a vez de os brasilienses presti-giarem o lançamento de Tamanaha. Na entrevista para a Super Rede Boa Vontade de Comunicação, o autor afirmou: “Agradeço a presença de vocês, porque um lançamento só tem brilho com a presença dos amigos. Então, realmente, eu estou muito emocionado de estar na companhia de tantos amigos”, enfatizou.

Tamanaha é publicitário, especia-lista em comunicação social e pro-fessor licenciado da Escola Superior

Marketing e eficiênciade Propaganda e Marketing (ESPM) e das Faculdades Integradas Rio Branco, além de ser gerente do nú-cleo de Mídia da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), no Paraná.

Um dos diferenciais mais impor-tantes do trabalho é ser apropriado para a realidade brasileira, sendo, portanto, um bom instrumento para profissionais, estudantes e professo-res da área. “Esse livro nasceu pri-meiro de uma solicitação dos alunos que sentiam a necessidade de ter uma publicação nacional e que retratasse casos brasileiros. Como a minha área sempre foi de planejamento e mídia, eu me senti na obrigação de atender a essas solicitações. Então procurei, numa linguagem muito didática e simples, falar dessa atividade com a qual me identifico muito, que é a área de planejamento e de mídia, ou seja, como melhor investir o dinheiro do cliente em publicidade”, explica o autor.

Sobre o desafio de gerenciar o núcleo de Mídia da Secom/PR, Tamanaha confessou estar “en-cantado em ser tão bem-recebido

pelo mercado local e também pelo desafio que o trabalho na Secom exige. E, felizmente, estou conse-guindo fazer um bom trabalho”.

Paulo Tamanaha deixou em um exemplar do seu livro o seguinte recado ao dirigente da LBV: “Ao prezado jornalista Paiva Netto. É com satisfação que faço esta de-dicatória, desejando muita saúde, paz e alegria. Um forte abraço”. Para Tamanaha, dedicar o livro foi “uma pequena homenagem que quis fazer pelo excelente trabalho que Paiva Netto vem realizando no lado social e até espiritual. (...) Pessoas com essa dedicação merecem o meu carinho e o meu respeito. Parabéns”.

O Subse-cretário de

Publicidade da Secom, Caio

Barsotti, tam-bém esteve

prestigiando o evento.

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O escritor Paulo Tamanaha em sessão de autógrafos

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Capa — Samba e História

Garra na vida, talento no que faz e coe-rência no discurso, esses são alguns dos atributos da cantora

Leci Brandão, cuja audácia de dizer o que pensa e defender as minorias já lhe custou algumas indisposições. “Eu fico feliz porque estou sobre-vivendo há 30 anos com a música. Sustento a minha família, pago os meus impostos dessa forma, sem me corromper. Nunca me violentei pelo fato de ter de estar todo o tempo na mídia”, comemora.

A postura equilibrada não signifi-ca estar distante da imprensa. Ao con-trário, Leci saúda iniciativas como a desta publicação, que dá visibilidade à nossa cultura: “Muito obrigada. Quero agradecer essa oportunidade ímpar, porque falar de samba em uma revista como a BOA VONTADE é muito importante. Os leitores vão conhecer a nossa história um pouco melhor. Saber o porquê do nosso comportamento, das nossas letras. Ai de nós se não fosse a comunicação. Quer dizer, por meio dessa revista, a gente terá um horizonte mais amplo, o leque vai abrir ainda mais. Eu só espero jamais, em tempo algum, decepcionar as pessoas. Sou extrema-mente simples, séria, exigente dentro do meu trabalho”.

garra e talentoSinônimo de

Desafios à parte, a cantora viveu, neste mês, um de seus melhores momentos, com uma boa agenda de shows e a correria gostosa do Carnaval, quando se desdobrou para percorrer os barracões das escolas de samba, onde recolheu material para seus comentários durante o desfile de São Paulo, no Anhembi, transmi-tido pela Rede Globo de Televisão. “Tenho um conhecimento natural, porque o pessoal do samba em São Paulo eu já conheço, e vou anotan-do tudo. Depois enxugo, deixo as coisas principais e acompanho. (...) As pessoas ficam felizes de ouvir o nome delas ser citado, não só para o Brasil, porque são vários países que agora transmitem esse desfile. Elas se sentem muito importantes. E realmente, naquele instante, são os grandes responsáveis pela festa.”

No berço do sambaDizem que acasos não existem,

e para Leci isso é uma realidade. Nasceu e foi criada em redutos do samba carioca: Portela, Vila Isabel e Mangueira, em um Rio diferente de agora, mais tranqüilo, arborizado e romântico. “O meu parto aconteceu na Estrada da Portela, em Madureira, mas eu nunca morei lá. Passei uma boa parte da vida em Vila Isabel, pois a minha avó morava na Avenida

O jornalista e radialista Hilton Abi-Rihan apresenta o programa Samba e História, que entrevista grandes nomes da cultura nacional. Na Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV), você pode acompanhar essas entrevistas aos domingos, às 5, 14 e 20 horas. Pela Rede Mundial de Televisão (RMTV) é exibido aos sábados, às 23 horas. O telespectador pode assistir também aos domingos, às 15 ou às 23 horas.

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“Quero agradecer essa oportunidade ímpar, porque falar de samba em uma revista como a BOA VONTADE é muito importante. Os leitores vão conhecer a nossa história um pouco melhor. Saber o porquê do nosso comportamento, das letras. (...) Por meio dessa revista a gente terá um horizonte mais amplo, o leque vai abrir ainda mais.”

Vinte e Oito de Setembro. E depois, a participação na escola de samba veio de um comportamento natural de família. A minha avó desfilou na Mangueira, eu nem sonhava em nascer, a mamãe também”, explica a cantora, relembrando ainda que pessoas queridas, como a madrinha (já falecida) e a afilhada, Ilma, mo-raram e têm residência no Morro da Mangueira.

E assim foi surgindo o amor pela Verde e Rosa, que mantém cada vez mais forte. Em 1972 faz o primeiro desfile, ainda na Presidente Vargas. “Uma corda separava o público da escola, era tudo muito simples, gos-toso. (...) Foi uma época em que você gritava o nome da porta-bandeira e ela ouvia, dançava melhor, era uma coisa do povão”, fala com certa nostalgia de uma época de carnavais mais inocentes e populares.

A questão musical acontece cedo também. Ainda pequena passa por

um sofrimento de amor, de saudade, que a inspira a compor a primeira canção: “Descobri-me compositora com isso”.

Além do mais, a influência pater-na ajudou no gosto eclético. “Meu pai não era de escola de samba,

mas gostava muito de música. Em casa tínhamos diversos discos de 78 rotações, do Jamelão, Carmem Costa, Geraldo Pereira, Jacó do Bandolim, Waldir Azevedo, Luiz Gonzaga, era uma salada. (...) Aca-bou por influenciar a minha com-posição, porque no meu repertório não tem só samba, há outros ritmos, por causa da diversidade que me foi apresentada”.

A Grande ChanceEsta ocorre no programa de mes-

mo título de Flávio Cavalcanti (1923-1986) na extinta TV Tupi, na época, um dos maiores sucessos da televisão brasileira. O ano é 1968, e após vencer algumas eliminatórias, em diversas categorias (compositora, cantora, locutora), chega à grande final da atração no Teatro Carlos Gomes, no Rio. “Era um prêmio só, concorri a tudo. Fiquei em 3º ou 4º lugar, e isso possibilitou uma reper-

“Eu só espero jamais, em tempo algum, decepcionar as pessoas. Sou extremamente simples, séria, exigente no meu trabalho.” Da

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“Fiquei em 3º ou �º lugar, e isso possibilitou uma repercussão muito importante. (O programa) A Grande Chance seria hoje como um jogo de final de Copa do Mundo, o Brasil inteiro via. Era uma coisa absurda, tanto que, no dia seguinte, todos falavam comigo. E o que chamava a atenção era a menina negra, telefonista, que foi concorrer como compositora.”

teste muito sério, passei nele e fui aprovada por merecimento. Foi o grande aval que tive na minha pro-fissão, ter sido aprovada por esses senhores.”

Daí em diante, o caminho de sucesso foi certo. Em uma dessas rodas de samba foi descoberta pelo jornalista e crítico musical Sérgio Cabral e pelo produtor Jorge Coutinho. “A Lígia Santos (de O Globo), filha do Donga, foi quem levou o Sérgio para me ver cantando. Depois o Jorge Coutinho também me conduziu para o Teatro Opinião, onde a elite, os intelectuais se reuniam toda segunda-feira, na noitada de samba, para ouvir Cla-ra Nunes (1943-1983), Nelson do Cavaquinho (1911-1986). Aí as pessoas começaram a dizer: ‘Tem uma menina da Mangueira que canta umas músicas de protesto’, e começou o bochicho, vieram repor-tagens, enfim, acabei sendo procura-da pelo Marcus Pereira que tinha uma gravadora — independente na época — em São Paulo, e fez o primeiro disco comigo”.

A diversidade da cultura brasileira

Leci Brandão é daquelas artistas que se deslumbram com a cultura diversificada do Brasil, a ponto de ter escolhido composições de autores de todas as regiões do País. “Eu gravei o Bumba-meu-boi, que é do Maranhão; o Boi-bumbá, do Parintins, quando ninguém falava por aqui do Parintins (em 1991), do Boi Garantido. O pessoal até ria: ‘A Leci está fazendo música de boi’. Lembro-me de que disse-ram que fiz um disco folclórico, foi o Comprometida, com can-ções do Maranhão, Amazonas, Bahia, tem coisas de todo canto. Antes disso, tinha feito o Cidadã Brasileira, que é um LP de 1990, com repertório do Mato Grosso do

“Eu já vi muitos trabalhos da Legião da Boa Vontade. Tive a oportunidade de, em São Paulo, visitar as instalações, ver a criançada estudando. Tudo que favorece a criança, o idoso, porque eles são os extremos, é válido. (...) O trabalho tem um impacto inclusive de exemplo.”

cussão muito importante. A Grande Chance seria hoje como um jogo de final de Copa do Mundo, o Brasil in-teiro via. Era uma coisa absurda, tanto que, no dia seguinte, todos falavam comigo. E o que chamava a atenção era a menina negra, telefonista, que foi concorrer como compositora.”

Uma rosa na Ala dos Compositores

“Queixo-me às rosas, mas que bobagem. As rosas não falam. Simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti”. Os versos de Cartola (1908-1980), um dos bambas da Estação Primeira, traduzem em melodia a chegada de Leci à Ala de Compositores, ela que foi a primeira mulher a alcançar esse status. “(...) Eram 40 homens já consagrados, como Hélio Turco, Jurandir, Dácio da Manguei-ra, Pelado, Zé Branco, Simões, Moacir, Nílton Russo, Nelson Sargento, compositores assim da maior categoria.”

Segundo ela, a convivência com os sambistas foi muito saudável, porque não pediu nenhum tipo de facilidade pelo fato de ser mulher. “Enfrentei a exigência que eles queriam. Teria de fazer sambas de terreiro, esse seria, na verdade, um

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Capa — Samba e História

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Dentre as belas composições interpretadas por Leci está a canção Se Deus deu Tudo (Leci Brandão/Zé Maurício), na qual ressalta a exube-rância de nossas riquezas naturais. “Deus nos deu tudo! O Brasil é um país onde o que se planta dá, tem uma geografia maravilhosa, uma tempe-ratura saudável. ‘Se Deus deu tudo ao País/Eu quero ver esse povo mais feliz’”, afirma a cantora.

Num jogo de palavras, ela des-creve o Brasil como terra de Canaã: “Tem linguado, tem pintado/Carapeba e camarão/Tem banana, tem laranja/Tem mangaba e tem mamão/Tem o coentro, tem chicória/Tem alface e agrião/Não entendo tal história/Não tem alimentação”, e encerra a canção destacando: “O que falta é vergonha/Pra essa vida melhorar”.

Estando em Porto Alegre/RS, a sambista, em certa ocasião, agradeceu o incentivo da Legião da Boa Von-tade e de seu Diretor-Presidente em divulgar a música. “Quero agradecer aos meus amigos da LBV e ao Dr. Paiva Netto, pelo qual tenho o maior carinho e respeito, a grande oportu-nidade que nos deram por meio da música Se Deus deu Tudo, que sempre

Reconhecimento pelo trabalho

toca na Super Rede Boa Vontade de Rádio e cujo clipe maravilhoso vocês produziram e continuam a divulgá-lo na programação da Rede Mundial de Televisão”.

Outro fato que relembra com carinho foi quando recebeu os para-béns do dirigente da Instituição por este trabalho, a quem ela agradeceu: “Fiquei imensamente grata a Deus no dia em que recebi o fax tão carinhoso de Paiva Netto. Poder mostrar o clipe feito na LBV foi o meu presente de aniversário antecipado (12/9). Os seus elogios à nossa música muito nos honraram e emocionaram. Sua pessoa e suas atitudes são sinônimo de dignidade, grandeza espiritual e Boa Vontade. Apresentar o Programa Paiva Netto, na Rede Bandeiran-tes de Televisão, simplesmente foi fantástico, pois enriqueceu o meu currículo. Quero, do fundo do meu coração, agradecer todas as palavras de carinho e o incentivo dado ao nosso CD Auto-Estima. Precisamos muito do seu apoio. Parabéns à sua maravilhosa equipe”.

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Cena do videoclipe gravado por Leci Brandão no Instituto de Educação da LBV, em São Paulo/SP.

Sul, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco. O Tonho Matéria, que hoje é o vocalista do Olodum, ganhou o Prêmio Sharp em 1990 com Maravilha, que gravei dele. E ele me deu o disco de ouro com o Olodum Força Divina, que entrou nos programas infantis da Xuxa, Mara Maravilha e da Angélica, todo mundo cantava”.

SolidariedadeDentre essas riquezas nacionais,

destaca também a Solidariedade. Perguntada se a LBV era uma des-sas coisas boas que acontecem em nosso País, responde: “Sim. Eu já vi muitos trabalhos da Legião da Boa Vontade. Tive a oportunidade de, em São Paulo, visitar as instalações, ver a criançada estudando. Tudo que favorece a criança, o idoso, porque eles são os extremos, é válido. (...) O trabalho tem um impacto inclusive de exemplo”.

Projetos e o amor a São Paulo“Eu não posso deixar de reco-

nhecer que a capital paulista, o Estado de São Paulo, recobraram a minha auto-estima, me ado-taram, respeitaram, deram-me reconhecimento”, declara sem a menor cerimônia a cantora, falando com enorme gratidão da acolhida que sempre recebeu dos paulistanos.

Para 2006, os planos são de lançar um DVD gravado em São Paulo. “A meta do ano é esta e também continuar no Conselho da Secretaria da Igualdade Racial, na qual fui convidada pela Ministra Matilde Ribeiro a colaborar com palestras. Não é nada demais, porque não sou acadêmica. É para contar a minha vida, para falar quanto é importante a educação, essas coisas todas que conversa-mos. Obrigada a vocês. Que Deus os proteja sempre!”, finaliza.

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Saúde

Responda rápido: qual foi a última vez que você mediu sua pres-são? O Ministério da Saúde quer incentivar

os brasileiros que têm mais de 35 anos a transformar em rotina o controle da sua saúde, sobretudo a cardiovascular. Hipertensão é o foco principal da primeira fase do programa Pratique Saúde, do Governo Federal, lançado no ano passado.

Para lembrar às pessoas da impor-tância de fazer atividade física (prati-car exercício), manter uma alimenta-ção saudável, controlar o peso e evitar o cigarro, o Ministério desenvolve uma campanha de informação muito abrangente, veiculada nas principais emissoras de rádio e TV do País, com a publicação de anúncios nos jornais e revistas e por meio de cartazes, ma-terial informativo sobre a hipertensão e seus fatores de risco. O Ministério da Saúde levará à população a melhor forma de evitá-los. A campanha tam-bém ajudará o Brasil a atingir a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é reduzir em 2% ao ano a incidência de doenças crônicas em todo o mundo durante os próximos 10 anos.

Mas por que é tão importante manter a pressão arterial sob contro-le? A hipertensão, ou seja, a elevação persistente da pressão a valores iguais

um mal que pode ser evitadoMinistério da Saúde desenvolve campanha de prevenção às doenças cardiovasculares

Hipertensão:_______________________Fonte: Ministério da Saúde

ou maiores que 14 por 9, pode danificar diver-sos órgãos do cor-po humano, como cérebro, rins, olhos e, principalmente, co-ração — Não foi à toa que um simpá-tico coraçãozinho foi eleito o garo-to-propaganda do programa do Governo Federal.

Muitos nem sonham que têm problemas de pressão. A doença é si-lenciosa (tem poucos ou nenhum sintoma) e atinge a todos os grupos populacionais. Apesar do componente genético, o que eleva ainda mais o risco de de-

senvolver pressão alta são os hábitos de vida de uma pessoa e, por isso, este mal pode ser evitado. Além da pressão alta, outros fatores associados

O descuido com a própria saúde mata �00 mil brasileiros, todos os anos. E o SUS gasta R$ 11 bilhões por ano em internações e cirurgias (incluindo transplantes) por conta de doenças crônicas não-transmissíveis.

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podem levar a sérias complicações, sobretudo à doença cardiovascular. Quem consome grandes quantidades de sal, por exemplo, é candidato a ter pressão alta; consumo de cigarro e abuso de álcool, sobrepeso e obesida-de, vida sedentária, aumento do co-lesterol e diabetes também são fatores de risco, que podem ser evitados. É verdade que a hereditariedade tam-bém conta, mas pode ser compensada por rotinas saudáveis.

Por isso, o Ministério empenha-se tanto para fazer com que os brasilei-

A doença é silenciosa (tem poucos ou nenhum sintoma) e atinge a todos os grupos populacionais.

definitiva, abortos, entre outros. O descuido com a própria saúde mata 400 mil brasileiros, todos os anos. E o SUS gasta R$ 11 bilhões por ano em internações e cirurgias (incluindo transplantes) por conta de doenças crônicas não transmissíveis.

“O nosso maior desafio é conse-guir mudar os hábitos da população em direção a um estilo de vida mais saudável. Sabemos que a informação é o primeiro passo para que isso seja possível”, explica Rosa Sampaio, coordenadora nacional da Política de Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus, do Ministério da Saúde. “O trabalho de mídia é fundamental. Mas não pode ser um trabalho pontual. O governo deseja fazer com que essa campanha seja permanente — como já acontece com outros programas de sucesso, como aids e doação de órgãos para transplantes”, explica.

Uma das maiores preocupações do Ministério é esclarecer à popu-lação que hipertensão não é “uma doença de homens”. Rosa Sampaio lembra que a pressão alta e suas complicações também são a principal causa de morte entre as mulheres: “Quando não causa a morte, a hiper-tensão arterial pode levar a outros problemas — como lesões renais, acidente vascular cerebral, doença isquêmica do coração, entre outras que comprometem a qualidade de vida não apenas do paciente, mas de toda a família. Imagine para as crianças o que é perder a mãe ou vê-la parcialmente inválida, por uma doença que pode ser perfeitamente evitada”, afirma.

Muita gente também se engana. Pensa que a hipertensão é “doença de velhos”. Nada mais errado. Ela atinge pessoas cada vez mais jovens. rosa Sampaio afirma que é impor-tante que os pais comecem desde cedo a estimular seus filhos a fazer atividade física ou praticar esportes,

não fumar e se alimentar de forma saudável. “É muito mais difícil mo-dificar os hábitos dos adultos. Tudo é mais simples quando as crianças são estimuladas e começam desde cedo a praticar algum tipo de atividade física, como esportes ou qualquer tipo de exercício e alimentar-se de forma saudável.”

Sem tratamentoSó no continente americano, a hi-

pertensão ataca cerca de 140 milhões de pessoas. Metade delas desconhece ser portadora da doença. Dos que descobrem que são hipertensos, 30% não realizam o tratamento adequado, por falta de motivação ou recursos. No Brasil, estima-se que 35% da população acima de 40 anos tenha hi-pertensão. São cerca de 17 milhões de brasileiros. Desses, 75% dependem do Sistema Único de Saúde.

Para atender os portadores da doença, o SUS oferece o Programa Nacional de Atenção à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. Ele compreende um conjunto de ações de promoção de saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento da hiperten-são e suas complicações. O objetivo é reduzir o número de internações, a procura por pronto-atendimento,

ros passem a adotar estilo de vida e hábitos saudáveis. O resultado? Para a população, melhor qualidade de vida, bem-estar, mais saúde, produ-tividade no trabalho e nas atividades do dia-a-dia. Para o Sistema Único de Saúde (SUS), menos gastos com o tratamento de doenças como infarto agudo no miocárdio, derrames (aci-dente vascular cerebral), insuficiência renal, insuficiência cardíaca, cegueira

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Saúde

os gastos com tratamentos de com-plicações, aposentadorias precoces e mortalidade cardiovascular, com a conseqüente melhoria da qualidade de vida dos portadores.

As ações do programa são desen-volvidas principalmente pela atuação das equipes de Saúde da Família. Para isso, realiza a capacitação dos profissionais de saúde para fazer o

diagnóstico precoce, identificar os fa-tores de risco, prescrever medicamen-tos adequados e orientar a população para adoção de hábitos saudáveis. Os casos mais graves que não possam ser resolvidos na rede básica são en-caminhados aos especialistas da rede pública (localizados nos hospitais ou centros especializados) para um tratamento mais adequado.

Este ano, o Ministério da Saúde trabalha na capacitação de mais quatro mil profissionais para o atendimento especializado dos hipertensos. Outros 400 ins-trutores do ministério atuam nos Estados para manter os profis-sionais de saúde atualizados com relação ao atendimento desses pacientes.

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O Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu fala à rBV com exclusividade

O Arcebispo Anglica-no Desmond Tutu, com sua simpatia peculiar, recebeu a equipe da revista

BOA VONTADE — única mídia brasileira a entrevistá-lo com exclu-sividade na ocasião de sua estada em Porto Alegre/RS, para a 9ª As-sembléia do Conselho Mundial de Igrejas.

Nascido em 7 de outubro de 1931, na cidade de Klerksdorp, província de Transvaal, na África do Sul, Desmond Mpilo Tutu é um apaixonado por sua terra natal, de-dicando a vida em prol da Paz e pelo fim dos preconceitos que, infelizmen-te, ainda perduram em várias regiões do mundo, sob diversas formas.

A origem em uma família humilde cercada pela atmosfera de tolerância conferiu-lhe as bases para a causa

que abraçou. “Eu nunca aprendi a odiar”, confidencia. Desde cedo se mostrou inconformado com a segre-gação racial presente em sua nação, que se oficializou em 1948 sob o regime do Apartheid. Quando criança sofreu forte influência de um clérigo anglicano branco, o Pastor Trevor Huddleston (1913-1998), que era abertamente contra a discriminação entre as raças, fazendo-o perceber

ApartheidDoze anos sem

Exclusivo

Desmond Tutu

que nem todos os brancos eram maus, inclusive despertando nele a religiosidade.

O caminho da Educação foi sua primeira escolha profissional, se-guindo os passos do pai, um respei-tado professor. Obteve o diploma da Faculdade Normal Bantu da Pretória e formou-se bacharel em Artes na Universidade da África do Sul. Le-cionou por alguns anos, mas resolveu estudar Teologia, para que, por meio da igreja, pudesse servir seu povo. Realizou estudos na Inglaterra, onde atingiu o grau de mestre em Teologia pela Kings College, de Londres.

Em 1975, tornou-se o primeiro deão (espécie de coordenador de sacerdotes) negro da catedral de Santa Maria, em Johannesburgo, já se destacando naquela época. Após três anos, é nomeado Secretário-Geral do Conselho das Igrejas da África do

No dia 21 de março de 1960, em Sharpeville, África do Sul, dezenas de negros foram assassinados pela polícia do regime do Apartheid.

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Saúde

Sul, sendo novamente vanguardeiro ao ocupar esse cargo, no qual alcan-çou projeção dentro e fora do seu país como porta-voz Antiapartheid. Sua proposta para a sociedade sul-africana abrangeu direitos civis iguais para a raça negra, abolição das leis que limitavam a circulação,

um sistema educacional comum e o fim das deportações forçadas. Em reconhecimento à “coragem e ao heroísmo demonstrados pelos negros sul-africanos no seu uso de métodos pacíficos na luta contra o Apartheid”, Desmond Tutu é agraciado, em 1984, com o Prêmio Nobel da Paz.

A não-violência constitui-se em uma marca do Arcebispo Anglicano da Cidade do Cabo, nomeado em 1986. Após um cruel massacre à po-pulação negra, ele se levantou e falou à pequena e amarga aglomeração de pessoas amedrontadas pelo aconte-cido: “Não odeiem, escolhamos um caminho pacífico para a liberdade”. De fato, “o perdão liberta a quem per-doa”, conforme afirma Paiva Netto, que oportunamente traz a seguinte reflexão, em seu livro Sabedoria de Vida: “O Amor deve tornar-se a Constituição dos povos civilizados. Mas pregar a Paz e a Harmonia não expressa conivência com o erro. A Paz não é filha da impunidade”, de-monstrando a necessidade da Justiça — sinônimo de Amor — para a ob-tenção de uma convivência saudável entre os Seres Humanos.

Esse trabalho árduo resultou nas condições necessárias a uma tran-sição, sem maiores traumas, para um regime democrático. A primeira eleição multirracial da África do Sul ocorreu em 1994, com a vitória de Nelson Mandela para Presidente.

No ano seguinte, o Arcebispo Tutu preside a então criada “Comis-são da Verdade e Reconciliação”. Com isso, investiga, julga e anistia crimes contra os Direitos Humanos, para promover a integração racial no país. Ao entregar o relatório em 1998, após ouvir mais de 20.000 depoimen-tos, declarou o Apartheid um crime contra a Humanidade, mas também criticou outras instituições — até mesmo as de oposição à segregação racial — por abusos nessa área.

No bate-papo, a seguir, o leitor poderá acompanhar um pouco mais de sua vida e de seu pensa-mento:

revista BOA VONTADE — Arcebispo, seja bem-vindo ao Brasil. Gostaríamos de agradecer-lhe por nos receber para esta entrevista.

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Encontro histórico

O Arcebispo Desmond Tutu mostra feliz a foto do encontro histórico que teve com o seu velho e querido amigo Paiva Netto, no Itamaraty, em Brasília/DF (Brasil), em 1987.

Desmond Tutu destaca artigo de Paiva Netto “Apartheid lá e Apartheids cá”, publicado na Folha de S. Paulo, em 30 de março de 198�.

Em maio de 1987, o Arcebispo Desmond Tutu pôde se encontrar em Brasília/DF com Paiva Netto, quando esteve em nosso País para receber das mãos do então Ministro Abreu So-dré a Comenda da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, do Ministério das Relações Exteriores.

Antes mesmo de embarcar para o Brasil o Arcebispo já havia expres-sado essa vontade. Como registrou o jornal Correio Braziliense, do Distrito Federal, declarou a um di-plomata do Itamaraty: “Ao chegar ao seu país, desejo encontrar-me com meus Irmãos de Fé e quero rever dois grandes amigos — Dom Hélder Câmara e o Presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto”.

Em outra oportunidade, fa-lando a representantes da LBV,

afirmou: “Quero louvar o Presi-dente Mundial da Legião da Boa Vontade pelo seu artigo ‘Apar-theid lá e Apartheids cá’ (leia na página 38), no qual ele procura conscientizar os povos de que há várias formas de racismo atuando em muitas partes do mundo, até mesmo no Brasil. (...) Gostaria de transmitir-lhe o meu muito obri-gado pelo trabalho que realiza. Que Deus abençoe Paiva Netto e os prezados Legionários da Boa Vontade. Vocês se tornaram, ao longo de sua proveitosa atividade, estimados trabalhadores de Deus. Desejo que Ele estenda ainda mais o Seu Reino, para construir Sua Igreja e servir Seus filhos que estão no mundo. Que Deus o abençoe amplamente, hoje e sempre!”.

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rBV — Seu trabalho na Comissão da Verdade e Reconciliação deu ao mundo um exemplo de caminho pacífico para alcançar a Paz com justiça. Qual é a importância do sentimento de perdão no mundo de hoje?

Desmond Tutu — Bom, nós ve-mos o que ocorre quando as pessoas se vingam. A Irlanda do Norte, por exemplo. Se você faz algo, machuca alguém; o outro lado fala: “Vou dar o troco”; e revida, bate. Então, você diz: “Ah, eles estão me batendo, vou bater neles de volta”. E assim continua. No Oriente Médio, acontece um atentado com um homem-bomba, há repre-sália, e se pode, com muita certeza, prever que haverá outro. Agora, ou se vive com esse ciclo de represália, contra-represália, vingança para todo o sempre até que destruamos uns aos outros, ou precisamos encontrar outro caminho. Alguém tem de pedir desculpas para haver um recomeço. Quando a gente casa, nunca pensa que brigará com a esposa, mas in-felizmente isso ocorre. Caso não re-solva as diferenças, o único resultado será o divórcio. O sensato dirá: “Não. Eu valorizo esse relacionamento. Se nós nos magoamos, peço desculpas”. É uma das palavras mais difíceis a serem ditas, mas é sempre ela que abre as portas para a possibilidade de um novo começo.

rBV — O Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto, completa 50 anos de trabalho ininterruptos na Legião da Boa Vontade. Pelo fato de haver antiga ligação entre o senhor e ele, como Desmond Tutu avalia essa jornada?

Desmond Tutu — Fantástico! Fantástico! Deus tem usado Paiva Netto poderosamente. Que Ele possa abençoá-lo e fortalecê-lo para que continue o trabalho divino no mundo, pelo Amor dos Filhos de Deus.

Desmond Tutu — Muito obri-gado! É bom estar aqui. É um país maravilhoso.

rBV — O senhor e o ex-Presidente Nelson Mandela foram os grandes representantes da transição pacífica no fim do Apartheid na África do Sul. E, depois desses 12 anos, quais foram as conquistas e os problemas percebidos?

Desmond Tutu — Não fui o único que fez a transição, ou Nelson Mandela. Ele seria a última pessoa a dizer que foi responsável por isso. Temos de dar os créditos a todos da África do Sul por terem feito o que fizeram. Eu acho que a maior realização é que nós estamos livres! Que somos uma nação democrática após séculos de repressão e injustiça. E que, depois de 12 anos, a África do Sul ainda é um dos países mais estáveis, analisando-se de onde veio. Isso por si só é um milagre e vem ocorrendo em outros países. A África do Sul tornou-se um farol de esperança. As coisas poderiam estar bem melhores, ou certamente seriam piores. Temos grandes problemas, como o HIV/aids, o desemprego e a falta de moradia. Mas muitas dessas coisas são uma herança do Apartheid. Se ele não tivesse ocor-rido, não teríamos de lidar com essas questões.

O ex-Presidente Nelson Mandela, a mulher, Graça Machel, e Enaildo Viana, representante do Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto, na entrega da Comenda da Ordem do Mérito da Frater-nidade Ecumênica, do ParlaMundi da LBV, ao também Prêmio Nobel da Paz.

rBV — Em seu trabalho, o senhor enfrentou muitas dificuldades. O que o inspirou a continuar na luta para fazer de sua amada terra um lugar melhor para viver?

Desmond Tutu — Temos sido apoiados de uma maneira maravi-lhosa pelo Amor e pelas preces de muita gente no mundo, tantas que não ficamos sabendo, e estou sempre ciente de que é pelo fato de pertencer à igreja. Já estive em vários países, e em todos os lugares encontramos gente dizendo: “Nós apoiamos sua luta”. Então, eu sei que devo muito, mesmo, a outras pessoas.

rBV — Qual é seu conceito de justiça?

Desmond Tutu — Quando todos acreditam e passam pela experiência de serem levados a sério, de que são importantes, de que suas palavras são ouvidas e que podem fazer a diferen-ça. (...) Mesmo as pessoas pobres, se elas são respeitadas, levadas a sério, muito freqüentemente, não se envol-verão em rebeliões, tumultos e coisas do gênero. Como afirmou o Papa João XXIII (1881-1963): “Se você quer a Paz, trabalhe pela justiça”. Porque ninguém que tenha uma vida familiar feliz, um emprego, que saiba que seus filhos podem ir à escola e que tenha acesso à saúde, seria louco se desistisse de tudo isso, pois estaria destruindo algo muito precioso.

“Depois de 12 anos (do Apartheid), a África do Sul ainda é um dos países mais estáveis, analisando-se de onde veio. Isso por si só é um milagre e vem ocorrendo em outros países. A África do Sul tornou-se um farol de esperança. “

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Apartheid lá e Apartheids cá

A Legião da Boa Vontade é frontalmente contra qual-quer tipo de discrimina-ção. A leitura da página

“Apartheid lá e Apartheids cá”, que faz parte do Editorial que escrevi para o Jornal da LBV, número 23 (de julho/1985) “A Nova Repú-blica e os negros”, apresentada no Programa Boa Vontade, no rádio e na televisão, no Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, recebeu as mais calorosas manifestações, como este telegrama de Isabel Hirata: “Congratulações digno programa (televisão) 21/3/1986 gratificante emocionante para todos empenhados nesta luta contra o apartheid. Comunidade Negra de São Paulo solidariedade à LBV”. Grato,

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Artigo de Paiva Netto — citado pelo famoso Arcebispo Anglicano Desmond Tutu (Prêmio Nobel da Paz em 1984) — extraído da Folha de S. Paulo (30 de março de 1986), também publicado em diversos jornais do País e Exterior, além de revistas internacionais como Time, Business Week, Sunday Times, Jeune Afrique e African News.

minha gente. Estamos aí lutando pela valorização do Ser Humano:

Todos se mostram justamente indignados contra o crudelíssimo apartheid da África do Sul, conde-nado por qualquer um que não seja demente. Como exclamam os jovens: “Tudo bem!...” Mas não podemos esquecer que, de alguma forma, temos uma espécie de apartheid do-méstico disfarçado às nossas barbas. É evidente que a coisa lá é selvageria pura. Contudo, cá, no nosso Brasil, que vemos? Muitas manifestações, protestos, encontros, desencontros... Entretanto, os Negros continuam avis rara nos governos, nos parla-mentos, à frente de instituições civis, religiosas e militares, no comando de grandes e pequenas empresas,

________________* Nota — Neste particular, quanto à análise do problema, tendo em vista as características de nosso querido País, é interessante recordar que à época da publicação desse artigo, em 1986, Paiva Netto, em pronunciamentos de improviso, no rádio e na televisão, usou de bastante eloqüência. Neles não se restringiu apenas “às questões da rica cultura de nosso Povo, mas, principalmente, à necessidade de maior atenção ao preparo intelectual, a fim de que haja no Brasil melhores condições para o ingresso do maior número possível de estudantes des-providos de poder econômico em bons colégios e universidades. O mesmo no tocante ao acesso à pré-escola, ensino de primeiro e segundo graus, a que a

em papéis de destaque na televisão, no cinema e no teatro, na cátedra, em tantos importantes setores que, se me desse à pachorra de relacio-ná-los, preencheria laudas e mais laudas interminavelmente. Alguma coisa já progrediu. Entretanto, muito mais ainda aguarda por ser feito, respeitada sempre a característica de generosidade do Povo brasileiro. O amadurecimento de nossa gente tem aspecto muito especial. Não somos xenófobos. Contudo, a experiência tem demonstrado que o que funciona bem lá fora, nem sempre tem o êxito esperado aqui dentro*. Ora, tudo tem de ser adaptado às contingências próprias do Brasil. E se recrudesce a brutalidade no mundo, a hora então é de mais fortemente acreditar no Amor e em tudo aquilo que ele representa. Nada de violência, que não pode ser confundida com energia, ardor e determinação na defesa de pontos de vista. Já dizia o Gandhi que diferença de opinião não é motivo para ódio. De nada adianta jogar uma raça con-tra outra. Quando isso acontece, os prejudicados são os mais humildes. Para nós, da Legião da Boa Vontade, valentia é assumir um compromisso e levá-lo honrosamente até o fim.

Legião da Boa Vontade tem procu-rado contribuir de forma decisiva, por intermédio de ações voltadas ao campo da Educação com Espirituali-dade”, com destaque para suas escolas, Centros Educacionais e Comunitários etc., a exemplo do aplaudido Instituto de Educação da LBV, onde se aplica a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, conhecida também como a Pedagogia do Afeto, metodologia criada por Paiva Netto, em que ele argumenta não bastar o preparo da mente, mas também o do coração. Uma de suas maiores preocupações refere-se “à extrema urgência de se criarem ense-jos — espirituais, morais e materiais — para as novas gerações; senão, com justo motivo, elas virão bater às

portas, e não como amigas”. Ainda a respeito desse assunto, o dirigente da LBV explica em trecho de reportagem de sua autoria, publicada na Folha de S. Paulo, de 1º de maio de 1988 (Dia do Trabalho): “Tendo como principal objetivo a valorização do Ser Humano e do seu Espírito eterno, a Legião da Boa Vontade dedica grande atenção aos jovens, incentivando-os, instruin-do-os, educando-os, abrindo-lhes novos caminhos, especialmente no sentido de dar-lhes oportunidades e perspectivas (agora e no porvir), pois, para a LBV, o Jovem é o futuro no presente”. (grifo nosso)

Gerdeilson Botelho, Diretor de Projetos Especiais da FJPN.

Imagens iguais a esta eram comuns durante o regime do Apartheid, iniciado oficialmente em 1948. Ao centro da foto, observa-se um cordão delimitando as áreas das etnias, num evento esportivo.

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Entendimento, tolerância, diversidade, são palavras que, enfim, estão me-recendo maior atenção no cenário mundial. A

Legião da Boa Vontade, que de forma pioneira tem pregado o Ecumenismo Irrestrito e Total, esteve presente em evento desta natureza: a 9ª As-sembléia do Conselho Mundial de Igrejas, de 21 a 25 de fevereiro, na capital gaúcha.

Durante o encontro, diversas atividades foram realizadas, com destaque para a Caminhada da Paz, que ocorreu na primeira noite do acontecimento, tendo a participação do Arcebispo sul-africano Desmond Tutu (Leia entrevista na p. 35) e do escritor argentino Adolfo Pérez Esquivel — ambos prêmios Nobel da Paz, em 1984 e 1980, respecti-vamente.

Os apelos contra a violência foram feitos à luz de velas que as pessoas carregavam, como símbolo de vigília contra as hostilidades entre as nações. Para o percurso, do Largo Glênio Peres até a Praça Matriz, os presentes levaram também placas e cartazes com mensagens alusivas à concórdia, à pacificação, no embalo do Samba da luta pela Paz.

Integrantes da Juventude Ecumê-nica da Boa Vontade de Deus con-duziram durante toda a caminhada a majestosa estampa de Jesus, o Cristo Ecumênico, além de faixas com pensamentos do escritor e Di-retor-Presidente da Instituição, Paiva

Netto, em três idiomas: Português, Inglês e Espanhol.

Oração No fim do trajeto, encerrando a

manifestação, uma Oração Universal pela Paz foi conduzida pelo Arcebis-po Desmond Tutu. Disse ele àquela oportunidade: “Vocês sabem que o muro de Berlim caiu, que na África do Sul o Apartheid caiu. Agora, es-tamos marchando em Porto Alegre para a violência acabar”.

Adolfo Pérez Esquivel, ativista dos direitos humanos desde a década de 1970, também foi convidado a se pronunciar. “É muito importante o que se pode fazer pela Paz por meio da unidade dos povos de forma ecumênica. Precisamos enfrentar um mundo violento e de cultura de violência com caminhos de enten-dimento.”

O escritor aproveitou para deixar ainda seus cumprimentos ao colega de profissão pelo Jubileu de Ouro na Seara da Boa Vontade, a ser comemo-

Passos para a

Pazrado em 29 de junho de 2006: “Quero saudar Paiva Netto pelos seus 50 anos de força e de luta pelo Bem da Hu-manidade e dos povos. Um fraterno abraço solidário de congratulações e que ele continue o seu caminho cons-truindo a Esperança e a Solidariedade entre as pessoas”.

Em outra ocasião, Esquivel desta-cou uma visita que fez ao monumento símbolo do Ecumenismo Irrestrito e Total, na capital do Brasil. “Estar no Templo da Boa Vontade é muito emocionante e importante também, já que a LBV realiza um trabalho em favor do Povo. Creio que tudo está direcionado para conscientizar os jovens, para que eles sejam prepa-rados. E com algo muito relevante: a Espiritualidade.”

Adolfo Pérez Esquivel, que foi professor por 25 anos, fundou em 1973 o jornal Paz e Justiça, com o qual passou a lutar pelos direitos hu-manos na América Latina. Três anos mais tarde, incluiu em sua luta a de-fesa das comunidades indígenas. Em

Ecumenismo Irrestrito

O escritor argentino e Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel e Desmond Tutu durante a Caminhada da Paz

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Esquivel com a revista BOA VONTADE Ecumenismo, edição especial sobre o Templo da Boa Vontade.

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“Quero saudar Paiva Netto pelos seus 50 anos de força e de luta pelo Bem da Humanidade e dos povos. Um fraterno abraço solidário de congratulações e que ele continue o seu caminho construindo a Esperança e a Solidariedade entre as pessoas.”

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A LBV integrou a Caminhada da Paz a convite do responsável pelo encontro no Brasil, Marcos de Oliveira, tendo grande repercussão e destaque na mídia do Rio Grande do Sul. Os jornais Correio do Povo (nas edições impressa e on-line no www.correiodopovo.com.br) e Zero Hora, além das emissoras de televisão Rede Pampa, TVE, RBS TV, entre outras, ressaltaram a presença da Obra.

“A caminhada pela Paz é um evento que expressa a intenção de um diálogo com o mundo”, define o teólogo Marcos de Oliveira ao falar da relevância de a mídia apoiar e divulgar a iniciativa, em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Co-

________________*Dessectarizar Jesus — Em 1989, numa en-trevista que concedeu ao jornalista da TV polonesa Roman Dobrzyński, Paiva Netto destacou que uma das missões da LBV é exatamente dessectarizar Jesus. Leia a íntegra da Proclamação do Cristo Estadista no segundo volume das Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, p. 35, 2ª edição.

1980, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, sendo pouco tempo depois designado membro do Comitê Executivo da Assembléia Permanente das Nações Unidas sobre Direitos Humanos.

Hoje dedica-se à Fundação Servi-ço, Paz e Justiça e ao Projeto Aldeia das Crianças para a Paz.

Cristo Ecumênico: uma presença que emociona

Ver passar a estampa majestosa do Divino Mestre, o Cristo Ecumênico, contagiou não apenas os que assisti-ram à caminhada, porém, especial-mente, a quem a carregou nos ombros, a exemplo do policial militar Fernan-do Ribeiro Protti, que contou ser esse um grande sonho de sua vida. “É muita gente (que quer levá-la), mas fi-nalmente consegui. Estou me sentindo tão bem em representar a LBV nesse evento! Dessectarizar Jesus*, tirá-lo da cruz (do fanatismo), realmente é uma questão muito importante. Essa estampa representa isso, o Cristo vivo e no alto, acima das nossas cabeças.

Quem quiser vê-Lo vai ter de olhar para cima”, afirma.

Para Richard Borges, militante da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus, “é uma grande vitória unir os povos em torno da Paz e ver os jovens juntos celebrando. Estou felicíssimo!”.

Repercussão na mídia

municação (Super RBV 1300 AM em Porto Alegre). “Quero aproveitar para dar os parabéns a Paiva Netto pelo seu cinqüentenário na Legião da Boa Vontade. Que ele seja fonte inspi-radora e que continue reverenciando o nosso Mestre Jesus”. Para ele, “ter a LBV, da forma como se manifesta a sua vontade pela Paz, levando a estampa do Cristo na caminhada, é um momento muito valioso”.

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Carregada por militantes da Juventude da LBV, a estampa de Jesus, o Cristo Ecumênico, emociona o público durante a Caminhada da Paz. As fotos acima registram os vários momentos do evento religioso.

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500 metros de altura, que é superior a de uma usina hidrelétrica conven-cional”, explica o engenheiro Paulo Roberto da Costa, pesquisador no assunto, que desenvolve sua tese de doutorado na COPPE/UFRJ.

A usina de ondas concebida na COPPE possui um sistema modu-lar que opera com base em flutu-adores acoplados a uma estrutura em forma de viga de 22 metros de comprimento. Os flutuadores “surfam” a onda e acionam as bombas hidráulicas que, por meio de movimentos alternados, injetam água na câmara hiperbárica. “Os jatos liberados pela câmara acio-nam uma turbina que, acoplada a um gerador, produz eletricidade”, conclui Paulo Roberto.

O protótipo da usina de ondas que será instalada no Ceará é fruto

Ciência e Tecnologia

Com 8,5 mil quilômetros de costa e cerca de 70% da população ocupando regiões litorâneas, o Brasil apresenta condições bem favoráveis para obter vantagens com este recurso abundante, renovável e não poluente de energia.

Construção de usina de energia das ondas está prevista para o fim de 2006__________________________________________Texto: Assessoria de Comunicação da COPPE/UFRJ

Fotos: Divulgação da COPPE/UFRJ

Ainda este ano, deverá entrar em operação a primeira usina de ener-gia das ondas das Amé-ricas, um projeto desen-

volvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) por meio da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (COPPE). A usina, que conta com financiamen-to da Eletrobrás, será localizada no Porto do Pecém, a 60 quilômetros de Fortaleza, Estado do Ceará. Os autores do projeto estimam que até o fim do terceiro trimestre de 2006 os dois primeiros módulos, com capa-cidade de geração de 50 quilowatts, estarão em funcionamento. Com um total de 20 módulos, a usina, com potência nominal de 500 quilowatts, terá capacidade para abastecer 200 residências.

Desenvolvido no Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da COPPE, sob a coordenação do professor Segen Estefen, o projeto traz inovações em relação a usinas desenvolvidas em outros países. A principal delas é a utilização de uma câmara hiperbárica, equipamento que simula ambientes marinhos de alta pressão, para produção de jatos d’água. “Vamos instalar uma câma-ra hiperbárica sobre o quebra-mar do Porto, capaz de produzir jatos equivalentes a uma queda d’água de

O desafio daenergia renovável

de uma parceria entre a COPPE, a Eletrobrás e o Governo do Estado do Ceará. De acordo com o projeto, que contou também com o apoio do Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico (CNPq), os pesquisadores da ins-tituição deverão fornecer o projeto, acompanhar a fabricação e a insta-lação dos módulos, que devem ser monitorados em funcionamento por um período de dois anos. Se-gundo o pesquisador da COPPE, Eliab Ricarte, que dedica sua tese de doutorado ao levantamento do potencial energético da costa brasileira, uma das vantagens da concepção modular utilizada neste projeto é que ela permite ampliar a capacidade da usina de acordo com o crescimento da demanda.

Protótipo da usina de energia das ondas da COPPE/UFRJ.

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Capacidade de geração da costa brasileira é de 15% do total de energia consumida

Os pesquisadores também estão trabalhando no levantamento da capa-

cidade de geração da energia das ondas de toda a costa brasileira. Estudos preli-minares revelam que o litoral do Brasil pode suprir até 15% do total de energia elétrica consumida no país, hoje em torno de 400 TWh/ano. Segundo o coordenador do projeto, Segen Estefen, professor de engenharia oceânica da COPPE,

se o potencial energético das ondas oceânicas — estimado na ordem 1 TW (TeraWatt)— fosse totalmente aproveitado, seria possível aten-der à demanda de eletricidade de todo o planeta.

Com 8,5 mil quilômetros de costa e cerca de 70% da população ocupando regiões litorâneas, o Brasil apresenta condições bem favoráveis para obter vantagens com este recurso abundante, renovável

e não poluente de energia. O custo de implementação de uma usina de

ondas é 30% mais barato que o de uma usina eólica e é similar ao da hidrelétrica. Além disso, o impacto ambiental deste tipo

de empreendimento é bastante reduzido. O aproveitamento comercial da energia das on-das já é realidade em vários países da Europa e da Ásia. O Reino Unido, um dos pioneiros no desenvolvimento da tecnologia, mantém usinas em operação e diversos protótipos em fase final de demonstração com o apoio da iniciativa privada e de sólidos programas intergovernamentais de incentivo.

As ondas, contudo, não são as únicas fon-tes viáveis de energia dos oceanos. As marés e correntes marinhas também são recursos abundantes que, uma vez explorados, podem contribuir de maneira sustentável para suprir a crescente demanda mundial de energia. Os conversores para as correntes marinhas encontram-se atualmente em avançado es-tágio de desenvolvimento, enquanto que a tecnologia para o aproveitamento energético das marés atingiu maturidade há cerca de 40 anos, quando a primeira usina maremotriz em escala comercial passou a operar no noroeste da França, em 1967. No Brasil, também há potencialidades para o aproveitamento ener-gético destes recursos. Possibilidades concre-tas existem no litoral dos Estados do Amapá, Pará e Maranhão, onde se verificam altos va-lores de amplitude e correntes de maré. Com o desenvolvimento de novas tecnologias de conversores, outros locais da costa brasileira podem tornar-se viáveis à exploração.

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Maquete da usina de energia das ondas a ser instalada no Porto do Pecém, no Ceará.

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NiemeyerArte na Tela

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Em Curitiba/PR, uma janela aberta para o mundo ______________Marta Jabuonski,Curadora de Arte.

Em novembro de 2002, Curitiba ganhou seu mais importante espaço para a exposição de Ar-tes Visuais, Arquitetura

e Design, o Museu Oscar Niemeyer. O projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer lembra um olho e nos impressiona pela forma arrojada e revolucionária. É um dos maiores complexos de exposição do Brasil, com mais de 17 mil metros qua-drados de área expositiva e 35 mil

metros quadrados de área construída. O local tem como objetivo mostrar os diversos segmentos artísticos.

Maristela Requião entrou para o mundo das artes em Curitiba e assumiu o desafio de administrar o Museu Oscar Niemeyer como uma maneira de fazer aquilo que gosta. Esposa do governador Roberto Requião, é uma mulher atuante, que sabe o que quer, engajada no seu tempo e consciente do papel femi-nino na sociedade. “Como diretora do Museu, procuro ser profissional, com o olhar voltado para eventos diferenciados, que possam mostrar

aos paranaenses e aos brasileiros coisas que eles só poderiam ver

em filmes, livros, revistas ou pela internet. Sinto orgu-

lho quando posso inter-mediar um encontro

com as obras de Rembrandt

Marta Jabuonski

O museu em Curitiba/PR, que leva o nome do autor de seu projeto arquitetônico, Oscar Niemeyer, impressiona pela forma arrojada que lembra um olho.

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(1606-1669), Du-champ (1887-1968) ou Picasso (1882-1973). Queremos, com o Museu, abrir uma janela para o mundo e também tornar conhecidos os artistas parana-enses”, conta Ma-ristela.

A diretora recebeu a equipe da revista BOA VONTADE e falou sobre suas idéias e futuros projetos para o local.

revista BOA VONTADE — Como a senhora assumiu a direção do Museu Oscar Niemeyer?

Maristela Requião — A mi-nha indicação para o cargo pode ser caracterizada como um desafio

(...). Topei a pro-posta e fui nome-ada diretora, sem salário. Durante um ano organizei a estrutura física e pessoal do Museu. Com uma belís-sima exposição “Novecento Su-damericano”, em

2003, inauguramos o Museu Oscar Niemeyer, que leva este nome em homenagem ao seu criador, um dos maiores arquitetos brasileiros, vivo e reconhecido mundialmente (...).

rBV — Qual é a relação do arquiteto com o Museu?

Maristela Requião — Ele gos-ta de acompanhar todas as nossas atividades, o espaço é uma espécie de menina dos olhos do Oscar. Por exemplo, a primeira exposição foi idéia dele: “A poética da forma”, em 2004, que reuniu Oscar Nie-

meyer, Tomie Ohtake e Franz Weissmann (1911-2005) (esta foi a última exposição de Weis-smann antes de morrer).

rBV — O Museu apresentou nesses anos de existência exposições internacionais, nacionais e regionais. Quais a senhora destaca?

Maristela Requião — Nós tivemos várias exposições inter-nacionais como “Rembrandt e a arte da gravura”, “A arte da tapeçaria”, do Petit Palais de Paris (França), a coleção de Arthur e Vera Schuartz, de Israel, intitulada: “Dada-ísmo e Surrealismo”. (...) Uma coleção completa, que veio depois de passar por Buenos Aires. O espaço favoreceu a montagem e a ex-posição ficou linda. Foi muito marcante.

rBV — Qual é a proposta do Museu para a arte regional?

Maristela Requião — O papel da arte como agente de mudança social sempre esteve presente na vida do atual Governador do Para-ná. E existe um relacionamento de

Maristela Requião

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Sargitário, da escultora chilena Pilar Ovalle.

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carinho com os artistas da cidade. Quando eu vim de São Paulo para morar no Estado trabalhei na única galeria de arte que existia no Para-ná, a Cocaco, e aí conheci muita gente boa.

Existe no projeto inicial do Museu a proposta de divulgar a arte e os artistas paranaenses. Destaco as exposições das obras de Franco Giglio, De Bona, Bakun, Helena Wong, entre outros.

No mês de fevereiro ocorreu, em Ouro Preto/MG, a cerimônia de posse do novo Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida. A cerimô-nia teve lugar em meio a festas e homenagens às autoridades e públi-co presentes. Foram reinaugurados casarões históricos, como a Casa de Gonzaga e a Casa da Baronesa, um investimento que ultrapassou os 600 mil reais.

“Aqui nesta cidade deverão estar as bases para a construção de um novo Iphan, para uma nova política de patrimônio, mais ativo, dinâmico, sustentável e de diálogo, adequada ao tempo presente.” Ministro da Cultura, Gilberto Gil, referindo-se à cerimônia de posse ocorrida em Ouro Preto/MG.

“Resumiria dizendo que o meu compromisso e a minha dedicação será total para a consolidação de uma política que preserve o passado e construa o patrimônio do futuro.”Luiz Fernando de Almeida, Presidente do Iphan.

Ministro Gilberto Gil empossa novo Presidente do Iphan

rBV — O museu desenvolve programas educativos?

Maristela Requião — Temos grande preocupação com as nossas crianças e jovens. Estamos cons-cientes de que, por meio da arte, po-demos trabalhar o potencial criativo e comunicativo de cada um. Para atingir esse objetivo realizamos um trabalho educativo que vai além das visitas monitoradas pelos professores e pessoal do Museu. Desenvolvemos oficinas com alunos, a partir dos 6

anos de idade, do ensino fundamental até os estudantes de nível superior. Nesses ateliês o aluno é convidado a refletir sobre o que viu e se expressar pela pintura, colagem, poesia, enfim... A exposição “Imagens do Incons-ciente” mexeu muito com as nossas crianças, isto se pode perceber no resultado apresentado.

O Iphan, criado em 1937, durante o governo de Getúlio Vargas, pelo Decreto-Lei 378, vem realizando um trabalho permanente de fiscalização, proteção, identificação, restauração, tombamento e revitalização dos mo-numentos, sítios e bens móveis de todo o País. A Super Rede Boa Von-tade de Comunicação prestigiou a posse do novo Presidente do Iphan e, como incentivadora da cultura nacional, deseja-lhe muito sucesso nessa nova empreitada.

O Presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida (E), ao lado do Ministro da Cultura, Gilberto Gil.

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BOA VONTADE

O Lar Alziro Zarur, mantido pela Le-gião da Boa Von-tade em Teófilo Otoni/MG, que

atende idosos em situação de risco social e pessoal, proporcionando a melhoria da qualidade de vida deles, conta com aulas de alfabetização, grande oportunidade para a maioria dos residentes do local, já que muitos nunca freqüentaram a escola.

No mês de janeiro, este serviço foi incrementado com assinatura de uma parceria entre a Instituição e a Secretaria Municipal de Educação, que permitirá utilizar os meios do programa Brasil Alfabetizado, do Governo Federal. No curso, há ati-vidades bem diversificadas, como entretenimento, arte, música, vídeos, entre outros, e as aulas são oferecidas três vezes por semana. “O objetivo é trabalhar o Ser como um todo, para que cada um, além de aprender a ler e a escrever, seja capaz de pensar, criar, sentir e sonhar com um mundo melhor. Todos estão entusiasmados com a iniciativa. Para mim, essa ação é fundamental, grandiosa. Agradeço a Deus e à LBV por vivenciar esse trabalho maravilhoso que nos faz crescer como pessoa e ficar mais humildes e perto de Deus”, destaca a professora Cecília Silva Dupim.

para idososatividades culturaisAlfabetização e

Teófilo Otoni/MG

Melhor Idade

Este acesso ao ensino tem contri-buído para uma maior socialização dos Vovôs e Vovós. “Na vida, a gente sempre está aprendendo alguma coisa”, comenta um dos participantes, Joaquim Fran-cisco Bitencourt Lacerda, de 75 anos.

Visite o Lar de Idosos Alziro Zarur, da LBV, em Teófilo Otoni/MG, e colabore doando mate-riais escolares. A Casa está localizada na Rua Capitão Leonardo, 620, Grão-Pará, tel.: (33) 3522-6555.

As fotos dão uma idéia do amplo trabalho desenvolvido pela LBV em Teófilo Otoni/MG.

Fotos: Davi Alves

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BOA VONTADE

_____________Walter Periotto

“Têm direito ao benefício os tra-balhadores urbanos do sexo masculi-no aos 65 anos e do sexo feminino aos 60 anos de idade. Os trabalhadores rurais podem pedir aposentadoria por idade com cinco anos a menos: aos 60 anos, homens, e aos 55 anos, mulheres.

“Para solicitar o benefício, os tra-balhadores urbanos inscritos a partir de 25 de julho de 1991 precisam comprovar 180 contribuições men-sais. Os rurais têm de provar, com documentos, 180 meses de trabalho no campo.

“Para fins de aposentadoria por idade do trabalhador rural, não será considerada a perda da qualidade de segurado nos intervalos entre as atividades rurícolas, devendo, en-tretanto, estar o segurado exercendo a atividade rural na data de entrada do requerimento ou na data em que implementou todas as condições exigidas para o benefício.

“Observação:“De acordo com a Instrução Nor-

mativa/INSS/DC nº 96 de 23/10/2003, o trabalhador rural (empregado,

“Trabalhador com PrevidênciaAposentadoria por idade

contribuinte individual ou segurado especial), enquadrado como segu-rado obrigatório do RGPS, pode requerer aposentadoria por idade, no valor de um salário-mínimo, até 25 de julho de 2006, desde que comprove o efetivo exercício da atividade rural, ainda que de forma descontínua, em número de meses igual à carência exigida.

“Os filiados até 24 de julho de 1991 devem seguir a tabela.

“Segundo a Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão de aposentadoria por idade, desde que o trabalhador tenha cumprido o tempo mínimo de contribuição exigido. Nesse caso, o valor do benefício será de um salário- mínimo, se não houver contribuições depois de julho de 1994.

“Nota:De acordo com a Instrução Nor-

mativa/INSS/DC nº 96 de 23/10/2003, a aposentadoria por idade, requeri-da no período de 13/12/2002 a 08/05/2003, vigência da Medida Provisória nº 83/2002, poderá ser

concedida desde que o segurado con-te com, no mínimo, 240 (duzentos e quarenta) contribuições, com ou sem a perda da qualidade de segurado entre elas.

“Para o trabalhador rural com contribuições posteriores a 11/91 (empregado, contribuinte individual e segurado especial que esteja con-tribuindo facultativamente), a partir de 13 de dezembro de 2002, não se considera a perda da qualidade de segurado para fins de aposentado-rias.

“A aposentadoria por idade é irreversível e irrenunciável: depois que receber o primeiro pagamento, o segurando não poderá desistir do benefício. O trabalhador não preci-sa sair do emprego para requerer a aposentadoria.”

Leia ainda no site da Previdência Social (www.previdenciasocial.gov.br) os prazos para o início de paga-mento do benefício, os documentos necessários para requerer a aposen-tadoria e a Tabela progressiva de carência.

Depois de tantos anos de traba-lho, nada mais justo e necessário do que solicitar a aposentadoria. Nessa hora vale conhecer bem seus direitos para concretização desse ganho tão importante. Por

isso, apresentamos, aqui, o texto da Previdência Social (www.pre-videnciasocial.gov.br), a respeito de como adquirir esse benefício por idade. Nas próximas edições, traremos as outras modalidades.

Seus direitos

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Ação Jovem LBV

Direitos e deveres

Na edição anterior, você pôde conferir o desenvolvimento do eixo temático “Deus: Ecumenis-

mo Total”, referente ao Congresso do Jovem da Boa Vontade de Deus, que será concluído em julho deste ano. Nesse primeiro tema enfatizamos a importância de vivenciar Deus — que é Amor — e a Justiça Divina em todos os momentos da vida, pois, ao sectarizá-Lo, estaremos recusando o aprendizado de uma lógica de re-lacionamento superior, que constitui passo decisivo na busca da Verdade. Por isso, nos propusemos a analisar o eixo “Direitos universais, deveres co-tidianos”, o segundo da série que tem como foco: “Deus, Sexo e Destino — Relações humanas, conseqüências espirituais”.

Entendemos por direito universal aquilo que visa garantir um bem, tendo em vista o que é comum a todos. Contudo, qual seria o melhor parâmetro para fundamentar esse direito? A Protágoras (480 a.C.- 410 a.C.), representante do relativismo sofista, é atribuída a frase: “O Ho-mem é a medida de todas as coisas, do que é e do que não é”, isto é, a medida do que é verdadeiro e o que não é ou daquilo que é justo ou não. Entretanto, muitas vezes, observamos que essas medidas são tendenciosas, volúveis, além de provisórias; logo, são falhas. Assim, para escapar das instabilidades humanas e da concep-

ção do homo homini lupus*1, sempre justificadas a partir de parâmetros condicionados e relativos, faz-se ne-cessário um referencial para extinguir todas as distorções e ao mesmo tempo abranger e suplantar as diferenças. Ou seja, é preciso fundamentar um ponto de vista dinamicamente absoluto em face do relativismo do pensamento humano, já que somos diferentes, o que transforma cada Ser em um referencial. Denominamos essa re-ferência como dinâmica, porque aos nossos sentidos ela pode se modificar, mas, na verdade, o que ocorre é a evo-lução das nossas percepções acerca de tal parâmetro absoluto.

Mas podemos nos perguntar: que referencial absoluto seria este? Nada melhor do que ter como exemplo eter-no o Amor Daquele que é um com o Pai: Jesus. Esse sentimento sublime é bem sintetizado no Evangelho: Disse Jesus: “Novo Mandamento vos dou: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros. (...) Não há maior Amor do que este: dar a sua própria Vida pe-los seus amigos. (...) Porquanto, da mesma forma como o Pai me ama, Eu também vos tenho amado. Per-manecei no meu Amor” (Evangelho

na opinião dejovens ecumênicos

Jovens paulistas reúnem-se em nome da Solidariedade Ecumênica e doam sangue para o banco do Hospital das Clínicas.

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____________________________________________________Alexandre Herculano, Juliano Bento e Paula Schnor, militantes

da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus.

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BOA VONTADE

Ação Jovem LBV

do Cristo, segundo João, 13:34 e 35; 15:12, 13 e 9).

Como preconiza a Religião de Deus, o Amor do Cristo Ecumênico é Universal, portanto não privilegia essa cultura ou aquela, um grupo so-cial ou outro, o indivíduo que pensa dessa ou de maneira diferente, é o puro e simples Amor para com o Ca-pital de Deus*2: o Ser Humano e seu Espírito eterno. Com isso, podemos concluir que esta é a diretriz universal capaz de harmonizar a vida em todas as suas expressões.

Mas se existem direitos universais, garantidos pela Misericórdia desse Amor constante, por que muitas vezes nos sentimos sozinhos, desprovidos de qualquer riqueza ou esperança?

O integrante da

Juventude Ecumê-nica da Boa Vonta-de de Deus Thiago Felipe Morello, de Florianópolis/SC, responde: “Diaria-mente, enfrentamos situações adversas e por muitas vezes tentamos fugir, nos queixamos ou desis-timos. Porém, casos

como estes devem ser encarados como desafios da nossa existência. Cumprindo deveres pequenos, tere-mos acesso a garantias universais! Todos nos deparamos com provações durante o nosso percurso. E é nessa hora que devemos cumprir fielmente o que traçamos por toda existência, pois, se os direitos são de todos, é necessário que todos atravessem estes obstáculos. Aprendemos com Paiva Netto que direitos exigem deveres, portanto, `a quem mais é dado, mais será exigido`, conforme adverte o próprio Cristo em Seu Evangelho. Eis a grande oportunidade que Deus nos dá. Assim, não devemos nos queixar da sociedade e do nosso País, e sim

lutar pelo que é certo. Os deveres são de todos: crianças, jovens, adultos e idosos, mesmo que sejam diferentes as formas de ser e agir em sociedade. (...) Evolução: alguns conhecem o processo por este nome. É o ponto em que os povos mais devem in-sistir para o vital desenvolvimento na ação iluminada pelos seus mais nobres valores, pois a formação de uma nova geração é a de uma nova Humanidade”.

O contrário disso é o agravante identificado por Sabrina Damasceno Martins, que milita no Movimento Jovem da LBV, em Belo Horizonte/MG: “Fala-se muito em globalização. Mas, ao contrário do que a palavra diz, o que se vê é uma sociedade mundial com cidadãos cada vez mais voltados para seus próprios interesses. Por que tal incongruência? Na prática, a globalização — este aspecto de uma nova ordem internacional — não tem

passado de outra forma de manifestar um materialismo que tem beneficiado poucos. Contrapon-do-se a essa idéia, queremos promover a Globalização do Novo Mandamento de Jesus, que a Le-gião da Boa Vonta-de tem demonstra-do ser eficiente, ao apontar os resultados das ações em auxílio ao Ser Humano e seu Espírito eterno. No entanto, como a Humani-dade dará esse salto para a vivência do Amor incondicional se tem medo do desconhecido? Se tivermos em mente que o desconhecimento é a origem de todos os medos, busquemos a luz do esclarecimento para nos livrar daquilo que retarda o crescimento individual e coletivo. À medida que compreen-demos a nossa natureza espiritual, a capacidade de amar se expande e o medo se extingue. Dessa maneira, não mais perseguiremos, pois terão sido dissolvidos o egoísmo, o indivi-dualismo, o xenofobismo e todos os ismos separatistas”.

Mas e os dramas que nosso Plane-ta atravessa, com suas relações sociais e internacionais cada vez mais contur-badas? Na vida familiar cada vez mais problemática, na dificuldade cada vez mais intensa de lidar com nossos sentimentos e objetivos racionais?

Thiago Felipe Morello, de Florianópolis/SC, da JEBV de Deus.

Sabrina Damasceno Martins, de Belo Horizonte/MG, da JEBV de Deus.

Fóruns de debates sobre o tema do 31º Congresso Internacional do Jovem da Boa Vontade de Deus empolgam a Juventude Ecumênica da LBV nas cinco regiões brasileiras.

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“Deus a todos deixa moralmente livres, mas não imoralmente livres. É Lei Universal, portanto Sua Lei, que não haja sequer um ato que não tenha conseqüência. Fora disso, teríamos a mais completa anarquia terrena e universal. Seria o caos humano e cósmico.”

Paiva Netto

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Como Deus espera a evolução hu-mana, estando — como os povos se encontram — tão imersos no clima de desesperança quase generalizado?

De Brasília/DF, acrescenta o jovem militante da LBV Thiago

Cardoso Viana: “Entendemos a re-encarnação como instrumento da jus-tiça, porque a cada volta do Espírito ao mundo mate-rial, Deus concede o esquecimento das ações em vidas pas-sadas, ou seja, uma nova chance de acertar. Para Jesus, o Cristo Ecumêni-co, os atos presentes

e futuros são os mais importantes para o nosso crescimento espiritual. A Lei da Reencarnação é um dos recursos criados por Deus para exercermos nosso livre-arbítrio. Autocorrigir-mo-nos quando cometemos erros é sempre um benefício, afinal nossas ações levam ao aprendizado. O processo evolutivo é eterno e é cons-truído nas escolhas do indivíduo, o que interfere, constantemente, no destino de cada um”.

Na madrugada de 20 de junho de 1989, estando o Líder da LBV em São Paulo/SP, endereçou à Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus missiva que ficou famosa sob o título “Derrota só derrota derrotado”, mais tarde publicada no terceiro volume das Diretrizes Espirituais da Religião de Deus. O item número X ilustra grandemente o que expomos acima:

“Liberdade e conseqüências“X - Deus a todos deixa moral-

mente livres, mas não imoralmente livres. É Lei Universal, portanto Sua Lei, que não haja sequer um ato que

não tenha conseqüência. Fora disso, teríamos a mais completa anarquia terrena e universal. Seria o caos hu-mano e cósmico. Fechando o raciocí-nio, este pensamento de Emmanuel, na psicografia de Francisco Cândido Xavier: ‘São muitos os companhei-ros que requisitam liberdade e mais liberdade. Entretanto, a maioria se esquece de que a independência de alguém vale pela disciplina que esse alguém apresente na execução dos deveres que a vida lhe preceitue.’”

Para concluir, apresentamos esta outra mensagem que encontramos no capítulo “Os Profetas e o Fim dos Tempos”, que está publicado na íntegra no livro As Profecias sem Mistério (Editora Elevação), de Paiva Netto:

“Livre-arbítrio gera determinismo

“(...) Meu Irmão, será que Você não deve mesmo nada a ninguém?! E, Você, minha Irmã?! Ah, é?! Então, vejamos: a roupa que Você veste não foi feita por Você. Rarissimamente, as pessoas confeccionam suas próprias vestimentas. Só se forem costurei-ras ou alfaiates. Mesmo assim, e o tecido? E os botões? Não foram feitos por eles. Vieram de alguma fábrica, de uma micro, média ou grande empresa. E a pasta de dente?

________________ 1 Homo homini lupus — “Homem, lobo do homem”2 Capital de Deus — Tese de José de Paiva Netto. Para saber mais leia o livro Apocalipse sem Medo (Editora Elevação).

E a escova? E mais: o feijão? E o arroz? Foi Você quem os plantou, meu Irmão? Foi Você, minha Irmã? É preciso urgentemente derrubar a sociedade do homem solitário, para fazer surgir a Sociedade do Homem Solidário. Recordando a máxima de Zarur que concilia determinismo e livre-arbítrio, diz o ilustre poeta e pregador:

“— A Lei Divina, julgando o passado de homens, povos e nações, determina-lhes o futuro”.

“Juntou o livre-arbítrio da cria-tura humana a ser medido por Deus (a Lei Divina, julgando o passado de homens, povos e nações) ao determinismo resultante dos nossos atos bons ou maus (determina-lhes o futuro). Daí surge o determinismo (bem diferente do fatalismo), mas não como algo aleatório, como uma bomba voadora que não sabemos onde cairá, uma decisão de um deus maluco, que de repente resolve di-vidir benesses e torturas entre seres terrestres ou celestes, conforme o seu bestunto alienado. Não! Somos nós quem criamos o destino, de acordo com o emprego que fizermos do nosso livre-arbítrio.”

Thiago Cardoso Viana, de Brasília/DF, da JEBV de Deus.

Atividades de Espiritualidade Ecumênica: uma das frentes de ação da Militância Jovem da LBV.

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Soldadinhos de Deus

Amigo:Ajuda-me agora, para que te auxilie depois.

Não me relegues ao esquecimento, nem me condenes à ignorância ou à crueldade.

Venho ao encontro da tua aspiração, de teu convívio, da tua obra.

Em tua companhia estou nas condições de argila nas mãos do oleiro. Hoje, sou sementeira, fragilidade, promessa...

Amanhã, porém, serei tua própria realização.Corrige-me com amor, quando a sombra do erro envolver-me o caminho, para que a confiança não me abandone.Protege-me contra o mal. Ensina-me a descobrir o Bem

onde estiver.Não me afaste de Deus e ajuda-me a conservar o amor e o

respeito que devo às pessoas, aos animais e às coisas que me cercam.

Não me negues tua Boa Vontade, teu carinho e tua paciência.

Tenho tanta necessidade de teu coração quanto a plantinha tenra precisa de água para prosperar e viver.

Dá-me tua bondade e dar-te-ei cooperação.De ti depende que eu seja pior ou melhor amanhã.

Espírito EmmanuelOração da Criança

Resp.:

Cruzadinha

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.Do livro Ao Coração de Deus, de Paiva

Netto (Editora Elevação).

Bruna Evellyn Bigas, 11 anos, e Bárbara Ellen Bigas, 2 anos, Curitiba/PR.

Adhara Beatriz Carvalho Moreira, 2 anos, Brasília/DF.

Ágatha Regina Chaves da Silva, 10 anos, Rio de Janeiro/RJ.

Bruno Sossai Bigas, Glorinha/RS, que completará 5 anos em 29 de março.

Karolyne Rodrigues Santos, 2 anos e 9 meses, Belo Horizonte/MG.

Dominick Chaves da Silva, 8 anos, Rio de Janeiro/RJ.

Naira Beatriz Alves da Silva, 6 anos, Brasília/DF.

Fotos: Arquivo pessoal

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BOA VONTADE

Agradecemos a cartinha de Beatriz de Antonio Alcântara, 7 anos, que, após ler um dos livros da Coleção Fábulas da Natureza, nos diz:

“Achei maravilhoso, eu aprendi várias coisas. Parabéns! Este livro é bem criativo”.

Escreva você também para o Bolo com Pudim Editorial, mande sua foto, d e s e n h o s o u um recado para os Soldadinhos de Deus. Não se esqueça de colocar seu nome, idade e cidade onde mora.

Av. Rudge, 938, Bom Retiro, São Paulo/SP

CEP 01134-000.

E-mail: [email protected]

CooperaçãoCartinha

Até os burros compreendem o valor da cooperação!

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BOA VONTADE

letras

Cultura

Nos meses de janeiro e fevereiro, grandes Feiras realizadas no litoral do Rio Grande do Sul pos-

sibilitaram ao gaúcho mergulhar no mundo literário. E foi justamente o que ocorreu nas cidades de Balneário Cassino, Tramandaí, Imbé e Cidreira, locais cujos eventos superaram expec-tativas de público. Nas vitrines, um mar de opções que vão desde a litera-tura infantil até os mais aprofundados títulos científicos.

São diversas editoras brasileiras com os trabalhos expostos, entre elas, a Elevação, representada com os livros de crescimento pessoal e Espirituali-dade Ecumênica. Um dos títulos de sucesso com o selo da Editora é As Profecias sem Mistério, best-seller de Paiva Netto e consagrado como uma das obras de maior destaque nos acon-tecimentos livreiros promovidos no ano passado, a exemplo da XII Bienal Internacional do Rio de Janeiro e da 51ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Essa grande procura também ocor-reu no Balneário Cassino. As publi-cações da Editora Elevação estavam em evidência nos estandes da Livraria Papirus, Século XXI e Editora Plátano Ltda., na 33ª edição da Feira do Livro,

Um mergulho nas

Editora Elevação marca presença nas Feiras de Livro do Litoral do Rio Grande do Sul.

“Estou lendo o mais recente livro do escritor Paiva Netto, As Profecias sem Mistério, e é um

trabalho extremamente interes-sante, de elevação e de crescimen-to espiritual. Tem um pensamento que me chamou muito a atenção:

‘A vida é uma constante prestação de contas, um teste permanente

para a nossa consciência’. (...) Eu acho muito feliz este pensamento,

assim como todos do nosso ilu-minadíssimo Paiva Netto. Desejo a ele bastante sucesso, o que ele

já está tendo com esse livro As Profecias sem Mistério.”

Adriano Lima,Secretário de Cultura de Tramandaí.

que ocorreu na Praça Didio Duhá, no Rio Grande-Centro, entre os dias 20 de janeiro e 5 de fevereiro.

Com o slogan “Um espaço de vida, cultura e desenvolvimento”, a Feira apresentou ao leitor publicações dos mais variados estilos. A coordenação foi da equipe que integra a Fundação Universidade Federal de Rio Grande (FURG) e o patrono foi o escritor e professor Carlos Rodrigues Bran-dão.

Um livro para o crescimento espiritual e humano

Localizada a 120 quilômetros de Porto Alegre/RS, a cidade de Tra-mandaí recebe veranistas de todos os cantos do Brasil e de países como Ar-gentina, Uruguai e Paraguai. Além de apreciarem a Capital das Praias, como é conhecido o município, os turistas, no fim de janeiro, puderam apreciar uma das mais movimentadas Feiras do Livro do Rio Grande do Sul, que já está em sua quinta edição.

A presença da Editora Elevação foi destacada nas palavras do Se-cretário de Cultura daquela cidade, Adriano Lima. Em entrevista, ele parabenizou o selo editorial “por mais um lançamento do nosso querido e respeitadíssimo Paiva Netto, que

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As Profecias sem Mistério desperta o interesse dos leitores na Livraria das Faculdades

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BOA VONTADE

Meios de comunicação de todo o Brasil vêm divulgando o livro As Pro-fecias sem Mistério. O mais recente destaque foi na revista 50 & Mais, da Editora Suprimentos e Serviços (ESS), que indica, na seção Estante, a obra do escritor Paiva Netto com a seguinte mensagem: “José de Paiva Netto, Diretor-Presidente da Legião da Boa Vontade (LBV), analisa neste livro temas humanos, políticos e es-pirituais e sugere caminhos capazes de promover a salvação da espécie

Transportando cultura: Na foto, a Livraria das Faculdades — uma carreta de 14 metros, de Passo Fundo/RS —, que viaja pelas praias e cidades do interior do Rio Grande do Sul proporcionando o acesso à cultura. A partir deste mês, os leitores gaúchos também poderão comprar, no veículo, as obras de Espiritualidade Ecumênica da Editora Elevação.

“Tudo o que Paiva Netto escreve eu assino embaixo.”A poetisa e escritora Cora Torres, patronesse da 2ª edição da Feira do Livro de Imbé/RS.

vem desenvolvendo este trabalho maravilhoso à frente da Legião da Boa Vontade”. Mais adiante, apro-veitou a ocasião para indicar uma das obras do escritor: “Vale a pena adquirir o livro As Profecias sem Mistério, cuja leitura promove seu crescimento e desenvolvimento, tanto espiritual quanto humano”.

O Secretário também exaltou a Pirâmide da LBV, o monumento da Paz e da Espiritualidade Ecumênica

localizado no Distrito Federal. “Tive a oportunidade de conhecer o Tem-plo da Boa Vontade, em Brasília. É um lugar maravilhoso, magnífico, um centro de energia e de elevação espiritual, como poucos que existem na América Latina”.

A cidade de Imbé sediou a 2ª edi-ção da Feira do Livro entre os dias 1º e 5 de fevereiro. Por lá, também não foi diferente: uma das obras mais procuradas pelo leitor foi As Profecias sem Mistério. Justificando o sucesso, a patronesse da Feira, po-etisa e escritora Cora Torres, contou que já tem o seu exemplar. “Tudo o

que Paiva Netto escreve eu assino embaixo”, enfatizou.

Recentemente, a praia de Cidreira recebeu uma edição da Feira do Li-vro. Realizada entre os dias 10 e 19 de fevereiro, o acontecimento atraiu o público pela variedade. Os estandes que apresentaram as obras da Editora Elevação foram: Momento Cultural, Cathili Comércio e Representações Ltda., Livraria reflexo e Paulo Li-vros.

Revista 50 & Mais destacaAs Profecias sem Mistério

humana. O objetivo é mostrar ao leitor que Apocalipse não é sinônimo de terror, tristeza e fim do mundo e sim Planejamento Divino para a Humanidade”.

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As obras de autoria do escritor Paiva Netto chamam a atenção dos leitores na Feira de Imbé/

RS. Na foto, o estande da livraria Reflexos com os destaques da Editora Elevação.

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BOA VONTADE

Quem vai a São Luís, no Maranhão, de-para-se com duas realidades. A pri-meira é a da desta-

cada cidade por ter o título de patri-mônio cultural, com um milhão de habitantes, e rodeada pelo mar, num cenário perfeito que atrai turistas do mundo inteiro. Entretanto, no outro lado, é possível ver a realidade daqueles que se encontram em esta-do de pobreza.

É neste cenário de con-trastes que a Legião da Boa Vontade está desde 1982, e, assim como as belezas naturais, tornou-se um orgulho para os ma-ranhenses. No seu Centro Comunitário e Educacional, a LBV desenvolve programas socioeduca-tivos para centenas de famílias que vivem em situação de risco social, atendendo desde o bebê — ainda no ventre — até a Melhor Idade.

No dia 20 de fevereiro, mais uma

Cidadania Plena no

Centro Educacional da LBV em São Luís amplia atendimento a famílias de baixa renda na cidade

“Graças a Deus, vou

tirar meu filho dos perigos

da rua. Tenho certeza de

que aqui se tornará uma criança

ótima.”

Simone de Jesus, que tem o filho atendido pela LBV em

São Luís/MA.

O Centro Comunitário e Educacional da LBV desenvolve também um trabalho direcionado para a Melhor Idade, por meio do Grupo de Convivência, elevando a auto-estima e resgatando a dignidade de Vovôs e Vovós.

Maranhãogrande vitória para a população: o início do Programa LBV: Criança — Futuro no Presente!, que atenderá crianças provenientes de famílias de-baixa renda, e que estão devidamente matriculadas no ensino fundamental, de 1ª a 4ª série, nas escolas da rede pública de ensino. Na inauguração do Programa, pessoas da comuni-

dade, pais, líderes co-munitários, professores e diretores estiveram presentes.

Para a professora Maria Zélia Duarte Fortunato, diretora da Escola Estadual José Giorcelli Costa, o tra-balho da Legião da Boa Vontade tem gerado bons resultados. “Esse

Programa da LBV só vem ajudar as nossas crianças, pois auxilia na formação de cada uma, sem contar que tudo é realizado de forma lúdica. Quero agradecer de coração o que a LBV tem feito”, disse.

Também grata, dona Darci Ri-

Acontece

Maria Zélia Duarte Fortunato

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BOA VONTADE

“O trabalho da LBV é maravilhoso, é seguido de grandes vitórias aqui para a nossa comunidade. A LBV é uma riqueza, ela traz alegria para as famílias e não deixa o lado espiritual de lado, o que fortalece muitas pessoas.”

Maria Gorete da Silva, Presidente da União dos Moradores da Vila dos Frades, região que é beneficiada pelas ações da LBV.

beiro dos Reis manifestou a alegria por ter conseguido uma vaga no programa da LBV para seu neto, Jodimar Ribeiro, de 8 anos. “É um atendimento maravilhoso. Ele ficava trancado dentro de casa, para não ir para a rua, pois não tem nada para fazer. Quando não está na escola, não tem onde ficar. Tenho certeza de que será muito bom para ele”, garantiu.

A exemplo de Jodimar, as demais crianças têm suas potencialidades desenvolvidas por meio de ações lúdicas e pedagógicas, que ocorrem sempre no contraturno da escola. Para o diretor administrativo do Conselho Cultural Comunitário da Madre Deus, o professor Jorge Luís Silva Coutinho, desta maneira é possível

evitar o envolvimento de meninos e meninas com a marginalidade e com o tráfico de drogas. “A comunidade precisa de ações voltadas para as crianças, o aproveitamento do horário em que não estão nas escolas. Esse plano de ação da LBV, realizado em parceria com a população e com o Conselho, vai melhorar a qualidade de vida de nossa comunidade”, afir-mou o professor.

Para conhecer os programas so-cioeducacionais desenvolvidos pela LBV na capital do Maranhão, basta dirigir-se ao Centro Comunitário e Educacional que está localizado na Avenida Ribamar Pinheiro, 9, Madre Deus, ou ligar para o telefone: (98) 3232-5450.

Meninos e meninas comemoram mais uma grande vitória da LBV em São Luís: a ampliação das atividades do Programa LBV: Criança — Futuro no Presente!

Centro histórico de São Luís/MA, cidade

com o título de patrimônio cultural da

Humanidade.

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BOA VONTADE

A Legião da Boa Von-tade recebeu a visita, no último dia 13, do Dr. César Vanucci, que percorreu, na ca-

pital paulista, as dependências do Instituto de Educação da LBV e da Fundação José de Paiva Netto (FJPN).

Jornalista, radialista, pesquisa-dor, escritor, advogado e professor, colabora com diversos jornais do Brasil e é consultor da Revista UFO. Foi Superintendente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e Superintendente Administrativo do Serviço Social da Indústria (SESI–MG).

Metodologia aplicada pela LBV empolga os jornalistas César Vanucci e Gustavo Godoy

Na ocasião, foi recepcionado ca-rinhosamente pelo Coral Ecumênico Infantil LBV, que lhe deu boas-vindas com músicas e muitos abraços.

Após ser fotografado com os pequenos cantores, o jornalista co-nheceu os diversos ambientes do Ins-tituto de Educação que proporcionam aos alunos um ensino de qualidade, aliado à Espiritualidade Ecumênica, tendo como base a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, tese preconi-zada pelo dirigente da LBV, José de Paiva Netto, aplicada com sucesso em todas as unidades educacionais da organização.

Sobre esta metodologia, que forma cérebro e coração, ressaltou o

Uma pedagogia que fala ao

cérebro e aocoração

“Fiquei olhando as crianças dando voltas

na praça central, nesse gramado, vários pássaros, dá impressão de se estar

em um paraíso, todos conversando, batendo

papo. Às vezes, fazia um paralelo com alguns

noticiários, que infelizmente aparecem, de escolas onde

os alunos quebram as coisas, chegam revoltados, e na LBV é uma Paz, perto da grande movimentação dos carros, São Paulo está

aí ao lado. Isso retrata bem o que vocês montaram ao

longo desses anos.”

Gustavo Godoy, Diretor-Geral da BIG TV.

Dr. César Vanucci: “As impressões — conforme fiz questão de regis-trar no livro de visitas, e que ficará documentado para sempre — são de puro fascínio, de embevecimento total, de encantamento. Eu tenho uma razoável peregrinação pelo campo

Alunos do Instituto de Educação da LBV em São Paulo realizam atividades recreativas no amplo pátio da escola.

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Acontece

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“Posso dizer, com razoável conhecimento de causa, que aqui na LBV estou me defrontando com uma experiência educacional modelar, com um espetáculo de operação de trabalho muito bem-sucedido, primoroso de se ver. Perfeitamente ajustado para a missão que considero sacrossanta: de modelar a mente na construção do Ser Humano para a vida. Esse Conjunto Educacional da LBV engrandece e projeta, de uma forma muito vigorosa, a imagem desta Instituição, sinceramente engajada na celebração da vida.”César Vanucci, escritor.

educacional, dirigi colégios. Traba-lhei nesta área de uma forma muito intensa quando fui Diretor do sistema FIEMG, oportunidade em que dirigia também o SESI, e me familiarizei muito com todas as práticas educati-vas, com estabelecimentos voltados para os ensinos fundamental, médio, especializado, creches, tudo que ajuda na construção humana na fase infantil”.

Um oásis em São PauloAlguns dias antes, em 7 de

fevereiro, quem fez o mesmo itinerário foi Gustavo Godoy,

Diretor-Geral da BIG TV, empre-sa de canal por assinatura, cujas operadoras retransmitem o sinal da Rede Mundial de Televisão.

Logo que chegou ao Instituto de Educação da LBV, Gustavo pôde observar os pequeninos, durante o intervalo das aulas, passeando pela ampla área verde do local.

O Conjunto Educacional da Legião da Boa Vontade em São Paulo está localizado na Av. Rudge, 700 — Bom Retiro. Te-lefone para outras informações: (11) 3225-4500.

O Dr. César Vanucci posa ao lado das crianças do Coral Ecumênico Infantil LBV

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Todos concordam que a Educação é um fator indispensável ao Ser Humano e um direito das crianças.

Apesar disso, infelizmente, no Brasil, muitas delas ainda estão fora das salas de aula por falta de material escolar. Para ajudar a reverter essa triste realidade, a classe artística está apoiando mais uma edição da Campanha LBV: Criança Nota 10 — Sem Educação não há Futuro!

Promovida pela Legião da Boa Vontade em todo o País, a ação solidária beneficiará com kits de material escolar milhares de meninos e meninas prove-nientes de famílias em situação de risco pessoal e social. Desse modo, contribui-se para a redu-ção dos índices de evasão esco-lar e de analfabetismo no Brasil,

Solange Frazão apóia Campanha LBV: Criança Nota 10 — Sem Educação não há Futuro!

Pelo direito da criança à

Educação

além da melhoria da auto-estima da criança e de sua família.

Cada kit contém, entre outros itens, mochila, cadernos, lápis pretos, lápis de cor, canetas hidrográficas, tubos de cola, tesoura e um minidicionário, com um diferencial: a Espiritua-lidade Ecumênica, representada nos cadernos por meio de uma prece dedicada às crianças, a fim de elevar-lhes os valores éticos, morais e espirituais.

Solange Frazão assim defi-niu sua presença na campanha: “É tão bom poder ajudar alguém! É gostoso estar na Legião da Boa Vontade, porque não só faz bem para as pessoas, para as crianças (...), mas faz bem para mim. Eu saio da LBV me sentindo bem”. Assim como Solange, você também pode fazer parte desta corrente da Solidariedade Ecumênica.

Variedades

Além da colaboração da sociedade, a mídia também é grande parceira da LBV. Nas cinco regiões do Brasil, os meios de comunicação têm demonstrado isso ao divulgar amplamente a iniciativa. Por isso, registramos neste espaço a nossa gratidão e, na impossibilidade de listar todos os que apoiaram a empreitada nesta página, publicaremos os nomes de outros amigos em próximas edições da revista BOA VONTADE. Aracaju/SE — Jornal da Cidade (impresso e on-line); Rádio Aperipê AM; e as TVs Cidade, Caju e Atalaia. Belém/PA — Jornal Popular (impresso e on-line), Jornal de Ananin-deua e Amazônia Hoje; as Rádios Mara-joara AM/FM, Clube AM e 99 FM; e as TVs Rede Brasil e Amazônia. Belo Ho-rizonte/MG — Jornal Balcão (on-line), Diário da Tarde (impresso e on-line) e Edição do Brasil; Rede Mineira de Rádio e Rádio Alvorada FM. Brasília/DF — Os jornais Tribuna do Brasil (coluna social da jornalista Consuelo Badra), Correio Braziliense e Jornal de Brasília; as Rá-dios JK FM e Mix FM; e as TVs Brasília, Nacional e Senado. Campo Grande/MS — Os jornais Folha do Povo, Diário do Pantanal; Revista Destaque; as Rádios FM Regional e FM Moreninhas; as TVs Guanandi (Band) e Campo Grande (SBT). Cascavel/SC — O Paraná; as Rádios Capital AM, Cultura FM e Cidade AM; e as TVs CATVE e Canal 21 Casca-vel. Curitiba/PR — Os jornais Tribuna de São José, Folha do Boqueirão e Jornal Cidade Notícias; as Rádios Comunitária do Boqueirão FM e Boas Novas AM; e as TVs Barigui RCA e TV Iguaçu (SBT). Cuiabá/MT — As Rádios CBN e Cultu-ra de Cuiabá; e as TVs Gazeta (Record)

Mídia solidária

Solange Frazão é madrinha da Campanha

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BOA VONTADE

Os traços marcantes da cul-tura gaúcha ficam ainda mais acentuados em fevereiro. É quando ocorre a tradicional Cavalgada do Mar, um evento que já está na 22ª edição e tem o intuito de promover a Paz e preservar a Natureza. Neste mês não poderia ser diferente, e os 200 quilômetros de paisagens do litoral norte gaúcho foram o cenário que acolheu os partici-pantes, divididos em grupos que representam diversas Entidades, assim como a LBV.

A Instituição já participa da festa há oito edições e nesta foi representada por Humberto Cassuriaga que, na oportunidade, gravou reportagens para a Super Rede Boa Vontade de Rádio (AM 1300 kHz). A Legião da Boa Vontade é integrante do Piquete Sentinela das Leis/OAB-RS e é

TBO (TV Brasil Oeste — Band). Fran-ca/SP — Rádio Difusora de Franca AM, Rádio Imperador de Franca AM e Rádio Hertz de Franca AM e FM; Nova TV Franca. Florianópolis/SC — Os jornais O Estado, O Tempo e Folha de São José; as Rádios Difusora AM, Guarujá AM e Luar FM; e as TVs Cultura, Floripa, São José e SBT. Fortaleza/CE — As Rádios Quixadá FM, Círculo FM e Jangadeiro FM; e as TVs Fortaleza e Jangadeiro. Foz do Iguaçu/PR — A Gazeta do Iguaçu; e a Rádio Cultura. Glorinha/RS — Jornal Momento Regional, Jornal de Glorinha, Jornal de Gravataí e Jornal Correio de Gravataí; Rádio Metrópole e Rádio Transamérica FM; e as TVs Ulbra e Metrópole. Goiânia/GO — Os jornais A Tribuna do Planalto, A Hora e O Estado; as Rádios Mil FM, Terra FM e Universitária AM; e a TV Goiânia (Band). Joinville/SC — Jornal dos Bair-ros e Jornal A Notícia; as Rádios Tran-samérica FM e Navega FM; e Rede TV Sul. Londrina/PR — As Rádios Igapó FM, Difusora AM, Londrina AM, CBN AM e Brasil Sul AM. Manaus/AM — Os jornais Correio Amazonense, Amazonas em Tempo, A Crítica e Jornal do Comér-cio; as Rádios Cultura e FM do Povo; e as TVs Rio Negro (Band) e Cultura. Maringá/PR — Jornal Hoje Maringá; Super Rádio Cultura AM e Rádio CBN Maringá FM; e as TVs Ativa e RIC/Re-cord. Natal/RN — Os jornais Tribuna do Norte, Tribuna Online, Correio Potiguar e Potiguar Noticia; Rádio 87,9 FM; e as TVs Ponta Negra, Potengi e Câmara Mu-nicipal. Pelotas/SC — Diário Popular e Diário da Manhã; as Rádios Tupanci, Pelotense e Dunas; e as TVs Pampa, Nativa e TIVI-TV. Recife/PE — Diário da Manhã; as Rádios Clube AM, Comu-nitária Milênio, Comunitária Ecologia e Dimensão FM e Alternativa do Jordão; as TVs Estação SAT, Nova, e TVI Canal 14. São Luís/MA — Jornal Pequeno. Uberaba/MG — Jornal Cidade Livre e Jornal de Uberaba; Rádio Uberaba AM, Sociedade AM; e TV Presença. Uber-lândia/MG — Jornal Correio e Jornal Gazeta de Uberlândia; Rádios Cultura AM e Itatiaia AM; TV Universitária e Canal da Gente.

PORTO ALEGRE/RS

Semeandoa Paz

caracterizada por conduzir a tra-dicional bandeira com o coração azul e a estampa majestosa de Jesus. Por onde passa, a Insti-tuição emociona as pessoas que retribuem com aplausos.

A partir deste ano, o grupo Sentinela das Leis estabeleceu como regra que, antes de partirem, todos os integrantes façam a Pre-ce aos Homens de Boa Vontade (acompanhando a interpretação do Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto). A iniciativa partiu do Dr. Fernando Casagrande da Rocha, empresário de Glorinha/RS, Patrão do grupo e ouvinte da Super Rede Boa Vontade que já participou de várias campanhas promovidas pela Organização. A exemplo do que ocorreu no ano passado, o site www.inema.com.br divulgou a realização da Caval-gada do Mar.

Alguns dos participantes da Cavalgada do Mar, que ocorre no Litoral norte gaú-cho. Destaque, nas duas extremidades, para os representantes da OAB (E) e o da LBV (D) que carregam as bandeiras de suas organizações.

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Variedades

A gente se emocio-na bastante quando chega nesse am-biente da LBV”, declarou o comu-

nicador Silvio Imperatriz em visita ao Centro Comunitário e Educacional da Instituição no Recife. A visita do cantor é a realização de uma antiga vontade do visitante, que acom-panha a Legião da Boa Vontade desde a década de 1950, quando conheceu o saudoso Fundador da Obra, Alziro Zarur (1914-1979), e ambos trabalhavam na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro.

Para o cantor, “a Legião da Boa Vontade está de parabéns. O que vocês fazem aqui nos leva às lágrimas. Eu já conhecia a LBV através dos órgãos de comunicação e tive esse prazer

RECIFE/PE

visita a LBVO Comunicador Silvio Imperatriz

“ de estar presente, ver o carinho com que vocês tratam as crian-ças e a preocupação com a for-mação delas. Para mim, hoje foi um grande dia. Tenho a certeza de que a missão da Legião da Boa Vontade é continuar sempre assim, fazendo com que tenha-mos um Brasil melhor”.

Na ocasião, Silvio Impe-ratriz, que também é cantor, presenciou a Oficina de Música e mostrou-se particularmente encantado com a desenvoltura da garotada que forma o Coral Ecumênico Infantil LBV. “Que beleza! Muitos têm futuro na carreira artística. É muito boa esta preocupação da Instituição em oferecer oportunidades na Cultura e nos Esportes”, afir-mou em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Rádio (AM 1.240 kHz).

“Estou muito impressionado com

o trabalho da Legião da Boa Vontade, pois

atende crianças do ponto de vista integral, não

apenas na educação, mas a nutrição, a saúde, a

espiritualidade e a parte artística com o Coral que

me recebeu. (...) Paiva Netto está de parabéns: são 50 anos de trabalho

bem-feito. Só podemos aplaudir alguém que

dedica a sua vida a um trabalho tão bonito.”

(Marcos Costa de Oliveira, Diretor de Redação do jornal

Monitor Mercantil, em visita ao Centro Educacional,

Cultural e Comunitário da LBV na capital fluminense, no

dia 15 de fevereiro).

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