Boas Praticas de Mobilidade Urbana No Recife

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    RealizaoObservatrio do Recife

    ParceriaFundao AVINA

    Elaborao de TextoClia Correia

    Cludia Renata Holder

    Daniel Valena

    Lgia Lima

    Lucio Flausino

    Mrcio de Moura

    Mariana Lyra

    Rafael dos Santos

    EdioMariana Lyra

    Apoio tcnico especializadoGermano Travassos

    Oswaldo Lima Neto

    ColaboraoArtmis Pereira

    Csar CavalcantiFtima Guimares

    Eduardo Frana

    Gergea Ges

    Jernimo Jos

    Jlia de Almeida

    Kilsa Rocha

    Maria Amlia Leite

    Mariana Oliveira

    Paulo Monteiro

    Regilma SilvaVitor Valena

    Reviso e diagramaoAponte Comunicao

    Coordenao Editorial

    Daniel ValenaLgia Lima

    Lucio Flausino

    Mariana Lyra

    Assessoria de ComunicaoMarcelo Negromonte

    Zandra de Holanda

    O Observatrio do Recife (ODR) um movimento da sociedade civil que tem como foco a mobilizaoda sociedade para fomentar a seleo e monitoramento de indicadores e metas que se constituamnuma agenda de desenvolvimento sustentvel para o Recife e que levem a transform-la numa cidademelhor para se viver, socialmente justa, ambientalmente equilibrada e economicamente vivel. ummovimento formado por cidados, associaes empresariais e empresas, instituies profissionais e

    pblicas e movimentos sociais/ONGs, alm de organizaes acadmicas.

    [email protected] | www.observatoriodorecife.org.br@observarecife | facebook.com/observarecife | (81) 3418.1154

    Esta uma publicao do Observatrio do Recife. Autoriza-se a reproduo dos dados contidos aqui,desde que citada a fonte.

    Expediente

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    Quais so ascausas do

    congestionamento

    em Recife?

    Nos ltimos tempos, o termo Mobilidade passou a ser utilizadofrequentemente, ganhou as rodas de conversas e tornou-seuma espcie de palavra da moda. Isso, graas aos transtornoscausados por congestionamentos cada vez mais comuns no

    Recife, uma cidade que se acostumou a privilegiar o automvelem detrimento do transporte pblico e que, antes de tudo,carece de uma mudana cultural neste aspecto.

    Mobilidade designa o trnsito de tudo aquilo que se mexedentro da cidade: cargas e pessoas, que podem se locomovera p, de bicicleta ou por meio de veculos motorizados. Estesltimos se subdividem em automveis individuais particulares eem transporte pblico coletivo de passageiros.

    A mobilidade depende de vrios fatores: da disperso espacialdos diversos locais aonde se tem interesse de ir, do sistemade transporte pblico ou, ainda, da rede viria disponibilizada.Depende tambm de aspectos inerentes s pessoas, comorenda, idade, nvel de educao e hbitos culturais.

    Frente aos esclarecimentos desses conceitos, hoje, populaoe especialistas se esforam para compreender e esclarecer

    uma questo fundamental: afinal, por que ocorrem oscongestionamentos? Quem se inicia nesse debate precisa, antesde tudo, compreender que os congestionamentos no so causae sim conseqncia dos srios problemas de mobilidade queo Recife vem enfrentando; e que, segundo especialistas, pararesolver o problema, preciso melhorar a forma de gerir o trfego.

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    Existem indicadores disponveis que tornam possvel aferir a eficincia da mobilidade no Recife. Um deles a velocidade mdia dosnibus nas diversas reas da cidade e nos principais corredores de trfego, que reflete, em parte, a qualidade dos deslocamentos nostransportes pblicos.

    Uma pesquisa domiciliar de transporte, realizada em 1997 pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/Recife), atualGrande Recife Consrcio de Transporte, detectou resultados para a taxa de mobilidade da RMR que ajudam a ilustrar um problemaque no de hoje:

    Esses dados sinalizam, de forma contundente, a desigualdade na apropriao das oportunidades que a cidade oferece aos seuscidados. Neste contexto, sob a tica da mobilidade, uma cidade boa para se viver seria aquela em que houvesse uma elevada taxade deslocamentosper capita,realizados com segurana, comodidade, conforto e com o menor gasto de tempo e de custos possvel,incluindo-se a os custos ambientais.

    Para medir a qualidade dessa mobilidade dentro de determinado espao urbano podem-se considerar, entre outros, trs

    indicadores: velocidade dos nibus, dos automveis e a ocorrncia de acidentes. No caso dos acidentes, o tema envolve aspectoscomo educao da populao, engenharia viria e (m) operao de trnsito.

    De acordo com especialistas em mobilidade, no que se refere agenda do trnsito no Recife, no existe uma viso sistmica decidade metropolitana, nem prioridades selecionadas por todos os rgos envolvidos. Em geral, falta entendimento institucional.Um rgo faz, outro desfaz. Mais um entrave presente a improvisao no planejamento e na gesto da mobilidade, com aes e

    1,55viagem/pessoa/dia

    Taxa de mobilidademdia na Grande Recife:

    0,97

    J para os cidados com rendade at um (01) salrio mnimo a

    quantidade de viagens por pessoadiariamente despenca para

    3,54viagem/pessoa/dia

    Para os cidados com rendamaior que 30 salrios mnimos

    esse nmero se eleva para

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    decises tcnicas sendo tomadas por pessoas no especializadas.A precariedade da infraestrutura, uma manuteno pblica deficiente (poda de rvores, buracos, pavimentao de vias) e umsistema virio historicamente acanhado e cheio de pontes (um gargalo natural) completam o quadro de fatores que afetamnegativamente o nosso trnsito.

    Ainda segundo os especialistas colaboradores do Observatrio do Recife, existem outras variveis que contribuem significativamentepara o problema dos congestionamentos no Recife, a saber:

    Uso do solo: adensamento alm da capacidade instalada e da infraestrutura disponvel na cidade, associado desconsiderao e/ou no aplicao da legislao existente; falta de planejamento integrado que estabeleaa relao: uso do solo/transporte; especulao imobiliria e agressiva expanso das reas construdas, alm daconstruo de plos geradores de trfego e outros equipamentos em vias de grande circulao, como shoppingscenters e redes de fast-food; estacionamento irregular em vias importantes e operaes de carga e descarga emhorrios de fluxo intenso.

    Poltica pblica equivocada, com falta de investimentos em um sistema de transporte pblico de passageiroseficiente e de qualidade, como reforo para uma cultura voltada para o uso do automvel individual. Essa afirmaoganha fora na mesma proporo em que se abrem espaos para novos carros de passeio (aumento da taxa demotorizao): so pelo menos 100 veculos novos por dia circulando nas vias do Recife, e a nossa taxa de crescimentode venda de automveis j proporcionalmente maior que a de So Paulo. Resultado: a conta resultante da relaoespao disponvel X quantidade de carros no fecha.

    importante registrar que o crescimento da frota se deve, sobretudo, facilidade de acesso a crdito e disponibilidade de

    financiamentos de veculos com prazos a perder de vista. Mas tambm no se deve desconsiderar a questo cultural. Mais uma vez,o que se v a supervalorizao do automvel como sinnimo de statuse de liberdade.

    Na opinio de estudiosos da rea, preciso priorizar o transporte pblico e a adoo de meios de transporte no motorizados (comoa bicicleta) pela populao. Em paralelo, deve-se restringir o uso indiscriminado dos autos privados, o que no significa restries

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    sua propriedade.

    Em todo o mundo, inclusive no Brasil, existem exemplos de cidades que protagonizaram processos de reordenamento de trnsitobem sucedidos, como Curitiba, Bogot, Londres e Paris. No Japo, se o cliente no dispuser de uma vaga para guardar o carro, nopode comprar o automvel. J em Cingapura, a situao ainda mais extrema: existe uma cota limite para a compra e venda de

    veculos.

    No caso de Londres, o prefeito da cidade assumiu pessoalmente o compromisso de implantar e monitorar a aplicao de algumasmedidas que visam restringir o uso do automvel, estabelecendo horrios e locais para esse uso e reverter o valor de pedgio emmelhorias para o prprio sistema de transporte pblico local.

    A gesto da operao do trnsito do Recife precisa ser revista. O modelo que prevalece hoje a lgica da fiscalizaoe no da operao inteligente, que vai muito alm da fiscalizao e passa, necessariamente, pelo uso da tecnologiapara uma melhor fluidez do trfego. Na opinio do Observatrio do Recife, o poder pblico municipal no se

    conscientizou sobre a necessidade de gerir o trnsito com uma equipe fixa, com foco em aes continuadas deeducao, engenharia e planejamento, fiscalizao e, principalmente, operao, com capacidade para identificar eremover as obstrues. Engenharia de trfego uma matria tcnica que no se improvisa, completa.

    Educao da populao que tem carro e, muitas vezes, usa-o como uma arma. preciso investir em campanhaspermanentes de educao, com enfoque na segurana no trnsito aliada ao respeito ao ciclista e ao pedestre.

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    Estimular e

    praticar aeducao cidad

    DESCRIO BREVE DO PROJETO

    Um dos aspectos mais importantes na construo de umsentimento de coletividade nas cidades utilizar-se de

    ferramentas educaticas que visem a construo do senso decidadania.

    Em muitos locais, diversas aes foram tomadas capacitandoa populao em variados nveis para que pudessem se sentirparte da cidade, bem como exercer essa responsabilidade decidado.

    Capacitao de profissionais da educao e

    agentes pblicosOs contedos de Educao Cidad e para oTrnsito, bem como a devida aplicao dasinfraes presentes no Cdigo de TrnsitoBrasileiro (CTB) requer que os profissionais quelidam com essas atividades sejam devidamentequalificados para passar as informaes ouaplicar as multas de forma adequada. Portanto,seria necessrio a capacitao de professores,

    orientadores e coordenadores pedaggicos,gestores, guardas municipais e agentes de trnsito.

    Educao para o trnsito como contedoextracurricular nas escolas municipaisExperincias bem sucedidas em outras cidades

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    demonstram que bom para os municpios quando se investe na formao de cidados desde cedo. H experinciasem que disciplinas de Educao no Trnsito so ensinadas a crianas como contedo curricular ou extracurricular nasescolas, ou tratadas com destaque em disciplinas que abordem temas como cidadania e direitos humanos.

    Campanhas educativas multinvelA grande quantidade de infraes cometidas por motoristas de forma geral, motociclistas, ciclistas e pedestres podeser diminuda com a realizao de campanha educativas multinvel, seja com a produo de cartilhas ou panfletos,campanhas publicitrias (TV, rdio, mdias impressas, internet), realizao de campanhas pontuais e especficas (arte-educadores para conscientizar pedestres e motoristas, motociclistas, caminhadas, passeios ciclsticos) onde aspectosde segurana e postura no trnsito seriam enfatizados.

    OBJETIVOS

    Estimular a populao a participar do dia a dia de sua cidade atravs da auto fiscalizao como meio de mudana;

    Aumentar o senso de responsabilidade de cada cidado com o meio pblico;

    Estimular o cumprimento das leis e regras para harmonizar a convivncia em sociedade;

    Humanizao do trnsito.

    IMPLEMENTAO

    O programa seria implantado pela prefeitura, podendo estimular parceria entre organizaes da sociedade civil, empresas e rgosda administrao municipal. Desenvolver estratgias de responsabilidade social e empresarial, como iseno de impostos e prmiosde empresa cidad, criao de campanhas publicitrias, que poderiam ser criadas pelo Observatrio do Recife em parceria comoutras empresas.

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    Referncias

    Voz do leitor do Jornal do Commercio - http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/voz-do-leitor/

    Cartas Redao do Diario de Pernambuco

    http://www.diariodepernambuco.com.br/2011/12/06/colunas1_0.asp

    Agente de trnsito de Vila Velha homenageado pelo Detran-ES por indicao de motoristas e pedestres (Vila Velha, Brasil) - http://www.vilavelha.es.gov.br/Not%C3%ADcias/Geral/15111-agente-de-transito-de-vila-velha-e-homenageado-pelo-detran-es.html

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    Monitoramento

    popular

    DESCRIO BREVE DO PROJETOEm diversas cidades, a ausncia de um sentimento de coletividade(pouco estmulo educao cidad) aliado sensao de

    impunidade (pouco efetivo de agentes de trnsito municipais) fazcom que inmeras infraes ocorram ao longo do espao urbano.Muitas vezes, as infraes so cometidas num ritmo maior do quepodem ser apuradas e notificadas pelos agentes (pelo fato do jcitado motivo de efetivo insuficiente nas ruas). Para tanto, umaproposta seria capacitar cidados para que estes voluntariamente,poderiam utilizar o seu celular para tirar fotos de infraes, como,por exemplo, estacionamento proibido, descarga de caminhesem hora ou lugar imprprios ou qualquer outro flagrante, e enviar

    o registro fotogrfico com o endereo e horrio, bem como aidentificao do infrator (placa do veculo, logotipo da empresa,etc.). Tal medida poderia tornar o trabalho do Poder Pblico maiseficiente, atravs da criao de um banco de dados indicandoos locais com a maior ocorrncia de infraes, permitindo que afiscalizao concentre-se nesses locais ou reas.

    OBJETIVOS

    Ajudar no cumprimento das leis e regras paraharmonizar a convivncia em sociedade;

    Identificar focos (tipos e locais) de infraes paradesenvolver uma poltica de fiscalizao maiseficiente.

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    IMPLEMENTAO

    O programa seria implantado pela prefeitura ou por uma parceria entre organizaes da sociedade civil e a prefeitura e posto emprtica por cidados voluntrios.

    Referncias

    Programa, em processo de discusso, da prefeitura de Austin onde cidados usariam smartphones para reportar estacionamentosirregulares em vagas de deficientes fsicos (Austin no Texas, USA) - http://impactnews.com/central-austin/293-recent-news/15389-city-considers-smartphone-app-to-report-handicapped-parking-space-violations

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    Planejamento e

    tecnologias paramobilidade

    DESCRIO BREVE DO PROJETO

    O processo de crescimento de cidades desde a segundametade do sculo XX caracterizou-se pela falta de uma cultura

    de planejamento urbano e pelo uso crescente dos veculosnas cidades. Muitas das intervenes para acomodar o usocada vez mais sistematizado dos carros caracterizaram-se poraes pontuais e pela ineficcia ante a presena cada vez maisconstantes dos carros.

    Nos ltimos anos, diversas cidades no Brasil e no mundopassaram a repensar o planejamento urbano priorizando ouso do transporte coletivo e modais no-motorizados, alm

    de outras ferramentas que tornam os deslocamentos deautomveis mais eficientes e seguros.

    Semforos inteligentesMesmo que medidas de planejamento urbanodiminuam a quantidade de automveis nas ruas,ainda assim imperativo pensar em disciplinaro trnsito, evitando engarrafamentos emdeterminados locais ou horrios. Em algumas

    cidades, existem semforos inteligentes, queutilizam sensores que calculam a quantidadede veculos que trafegam numa determinadavia e calculam o tempo em que os semforosdevem permanecer fechados ou abertos. Ascmeras podem ser utilizadas somente como

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    forma de medir o fluxo de veculos, como pode estar associado a outros sensores que captam informaes comovagas disponveis para estacionamento, ou indicao de vias alternativas, como realizado nas cidades de Bucheon, naCoreia do Sul e Estocolmo, na Sucia, alm de realizar a vigilncia. Todas essas alternativas podem estar disponveisnuma central de monitoramento urbana.

    Zonas 30As medidas que disciplinam o trnsito podem ser implementadas sem utilizar de meios tecnolgicos. Em algunscasos, uma mudana no desenho de ruas em vias residencias, disciplina o trnsito, compatibilizando-o a umamelhor qualidade de vida nas reas onde Zonas 30 (vias onde a velocidade mxima permitida de 30km/h) soimplementadas. A implementao se d com mudanas no desenho da rua, colocando obstculos, como canteirosde rvores, tornando o trajeto sinuoso, forando a reduo da velocidade. Pesquisas mostram que atropelamentos,a uma velocidade mdia de 32 km/h, 5% morrem, 65% sofrem leses e 30% sobrevivem ilesos. A partir de 64 km/h,85% morrem e 15% sofrem algum tipo de leso. Isso deixa as ruas mais seguras para quem vai andar a p ou debicicleta, e at para evitar acidentes.

    Compatibilizar as necessidades de cada modalCada modal tem as suas necessidade de deslocamento e as vias devem ser pensadas para que todos possam faz-lo de forma agradvel. Como exemplo: para os pedestres, as caladas largas e contnuas com muros vazados oubaixos ajudam o passeio. Porm, pode-se colocar obstculos nas esquinas para forar os pedestres a atravessaremna faixa, como canteiros, bicicletrios ou placas de propaganda. Tambm importante tempos de espera paraa permisso do cruzamento de pedestres em semforos mais curtos, para estimular o uso deste e premiar odeslocamento desmotorizado. Sombras so importantes para pedestres e ciclistas. O ciclista possui um tipo diferentede deslocamento, onde a continuidade da pedalada necessria para a eficincia dos deslocamentos. O estado de

    Idaho (EUA) descriminalizou a obrigatoriedade da parada para os ciclistas trocando por sinais de preferncia e Paris(FRA) desobrigou a parada dos ciclistas em sinais vermelhos.

    Ampliao do espao til das ruasVrias ruas possuem reas de estacionamento em um ou ambos os lados. Essas ruas podem ter seu espao til

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    ampliado com a restrio de estacionamento nas vias pblicas. As restries podem ser em carter definitivo ou porhorrio de maior circulao. Esta ampliao de baixo custo das tintas e placas para demarcar as proibies. Com area liberada, poderiam ser ampliadas as caladas, criadas ciclovias e ciclofaixas e/ou at a criao de faixas exclusivasde nibus. Ser necessrio reforar a demarcao no meio fio e a sinalizao vertical, alm coibir intensamente oestacionamento e a parada irregular dos automveis privados nas novas reas, com a aplicao de multas e reboque

    dos veculos.

    OBJETIVOS

    Reduzir os engarrafamentos da cidade;

    Reduzir os valores de quilmetros de viagem por veculo;

    Estimular o uso do transporte pblico;

    Aumentar o uso de bicicletas e de deslocamentos a p para pequenas distncias.

    Valorizar outros meios de transporte como nibus e bicicletas;

    Valorizar o pedestre, dando conforto ao passeio e aumentando o fluxo destes pelas caladas;

    Estimular a troca de meio de deslocamento do carro para outro modal.

    IMPLEMENTAO

    O poder pblico deve aplicar a lei das caladas, criar ciclovias e corredores exclusivos para nibus. Haveria a obrigatoriedade deinstalao de bicicletrios pelos estabelecimentos comerciais e de ensino. As aes seriam desenvolvidas pelas Prefeitura, como oauxlio na fiscalizao intensificada pela CTTU.

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    Referncias

    Crescimento inteligente de Portland (Portland, EUA) - http://www.cidadessustentaveis.org.br/boas_praticas/exibir/42 e http://sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/portland-considerate-growth

    Discursos de Enrique Penalosa - http://www.youtube.com/watch?v=y4pTPX2szq0

    Cmeras para semaforizao e sistemas de informao em Bucheon, Coreia do Sul - http://goo.gl/dsQ3E

    Informatizao indica vias menos engarrafadas no Centro de Estocolmo, Sucia - http://goo.gl/Cb9PV

    Um nmero mgico - http://blog.ta.org.br/2009/10/21/numero-magico/

    http://transportehumano.wordpress.com/2010/08/23/zona-30-o-que-e-isso/

    Velocidade pode passar a 70 km/h - http://portoimagem.wordpress.com/2012/02/26/velocidade-pode-passar-a-70-kmh/

    Trnsito uma cincia humana - http://transporteativo.org.br/wp/2012/02/08/transito-ciencia-humana/

    Ciclofaixa da Moema (So Paulo, Brasil) - http://bicicreteiro.org/2011/11/08/mais-uma-quebra-de-paradigmas-a-ciclofaixa-de-moema/

    justo estacionar nas ruas, por Leonardo Sakamoto - http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/11/16/e-justo-estacionar-de-graca-na-rua/

    Ciclofrescas - http://jconlineblogs.ne10.uol.com.br/deolhonotransito/tag/ciclofrescas/

    Atravessar a rua: Copenhague x So Paulo - http://cidadesparapessoas.com.br/2012/02/atravessar-a-rua-copenhague-x-sao-paulo/

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    Racionalizao

    do uso doautomvel

    DESCRIO BREVE DO PROJETOComo forma de estimular o uso moderado do carro, vrias cidadesno mundo adotam diversas medidas de desincentivo ao usodos automveis particulares durante os deslocamentos dirios,priorizando o transporte coletivo e o no motorizado, fazendo otrnsito fluir melhor nas cidades.

    A primeira medida que poderia ser utilizada no Recife seriao aumento do preo e reduo do tempo das vagas deestacionamento da Zona Azul, que custa atualmente um realpara cada duas horas. Desde a implantao do Plano Real ato ano de 2011, a inflao acumulada foi de 286,6%, ou seja, se

    houvesse apenas correo inflacionria, o bilhete de Zona Azulestaria custando cerca de R$4, porm mantm o mesmo valordesde o incio da cobrana nestas reas. O aumento do valore a diminuio do tempo de uso de cada vaga incentivaria apopulao a trocar de meio de deslocamento para o uso dirio docentro da cidade, reduzindo a quantidade de carros com aqueledestino. Alm disso, poderia ser diminudo o nmero de vagas narua, abrindo espao para ciclovias e caladas.

    Reduo das vagas comuns da Zona Azul, transformandoparte das vagas existentes em vagas para idosos, pessoas commobilidade reduzida, alargamento de caladas e bicicletrios.A criao de novas vagas de estacionamento seria planejadaconjuntamente com outros equipamentos urbanos nos espaosde sistemas de integrao, levando em conta a intermodalidade.

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    Outra medida a restrio de horrios para circulao e parada de veculos pesados na cidade. Tal medida daria maior fluidez ao trnsitoe contribuiria para a preservao do asfalto por mais tempo, alm de diminuir a poluio sonora da cidade. Os grandes veculos teriamcomo alternativa dividir e realocar a carga para veculos menores em armazns de troca de onde a carga se dirigiria ao destino.

    OBJETIVOS

    Estimular o uso de sistemas de transporte no motorizado e pblico;

    Resgatar um senso de coletividade e pertencimento da cidade;

    Reduzir as viagens dirias de automveis privados;

    Priorizar o espao virio para o transporte coletivo e o alternativo;

    Estimular a mudana nos hbitos de viagem.

    IMPLEMENTAO

    A implantao das medidas de responsabilidade da Prefeitura. Esta pode facilmente aumentar o valor do Zona Azul em uma novaimpresso de cartes ou trocar as placas de sinalizao por outras com tempo menor de uso. A implantao do pedgio urbanodemanda mais recursos, porm, em Londres, o sistema rentvel. A execuo no Recife mais fcil pela Zona Central ser formada porilhas. A restrio dos veculos pesados j est sendo adotada, porm, pode ser aperfeioada.

    Referncias

    Pedgio urbano de Londres - http://pt.wikipedia.org/wiki/Portagem_urbana_de_LondresPlano de Carga e Descarga da Prefeitura da Cidade do Recife - http://www.recife.pe.gov.br/2011/10/20/prefeito_anuncia_plano_de_acao_para_carga_e_descarga_no_recife_179404.phpSemob reajusta Zona Azul em Joo Pessoa (PB) - http://od.joaopessoa.pb.gov.br/?p=2066

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    Valorizao

    do transportepblico

    DESCRIO BREVE DO PROJETO

    Os automveis levam 20% dos passageiros, mas ocupam60% das vias, enquanto os nibus que transportam 70%dos passageiros, ocupam 25% do espao virio nas grandescidades brasileiras (CNT, 2002). Deve-se haver uma mudanade paradigma para levar os usurios dos automveis paraoutros modais. Em uma pesquisa realizada pelo IPEA sobre oque levaria aqueles que no usam transporte pblico a utiliz-lo, a disponibilidade e a rapidez obtiveram o maior ndice derespostas, ultrapassando, juntas, 40% das opes para a regioNordeste. Como terceira opo, o preo (ser mais barato) e oconforto aparecem juntos, com aproximadamente 15% das

    consideraes (IPEA, 2011).

    Quando questionados sobre as boas caractersticas de umtransporte pblico, 38,5% das pessoas no Nordeste indicaram avelocidade. Ser barato e confortvel, ter mais de uma forma dese deslocar e ter um horrio adequado necessidade somam42,3% das opes (IPEA, 2011). Se essas opes forem atendidas,satisfaria mais de 80% da populao, sendo a velocidade o maiormotivador para o uso do transporte pblico. No possvel

    atender isto com os nibus nos moldes atuais, uma vez queestes ocupam sempre as mesmas faixas (congestionadas) dosveculos de passeio.

    Valorizar e estimular o uso do transporte pblico passa pormelhorias na infraestrutura e qualidade do servio, divulgar suas

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    vantagens, combater o preconceito e desestimular a utilizao do automvel. Para aumentar a aceitao do pblico aos coletivos,bem como melhorar a acomodao dos usurios j existentes, algumas contrapartidas so sugeridas:

    Faixas exclusivas de nibusAs faixas exclusivas no precisam, necessariamente, ser separadas fisicamente das outras faixas, na maioria das vias

    uma simples pintura diferencial aliada a placas informativas e programas educativos funcionariam eficazmente. Essasfaixas podem ser divididas em categorias dependendo do ponto da cidade em que se encontram:

    Faixas exclusivas, onde nenhum outro veculo transitaria;Faixas mistas, podendo ser compartilhadas com txis, transporte escolar, bicicletas ou outros modais alternativos;Faixas exclusivas com horrio, que funcionariam nos horrios de pico para dar fluidez ao maior nmero depessoas.

    Fiscalizao eletrnica

    Para fiscalizar as invases das faixas exclusivas, importante o uso de pardais (como os presentes nos sinais detrnsito) para desencorajar e reprimir eventuais veculos que percorram ilegalmente as vias exclusivas (infraes estasque j ocorrem com frequncia na avenida Caxang e na Herculano Bandeira);

    Temporizao dos nibusCom a implantao das vias exclusivas nas principais vias da cidade e o trnsito livre para os nibus, estespoderiam obedecer itinerrios precisos. No h necessidade de ditar o horrio para cada parada de nibus, comoem alguns pases europeus. Uma soluo simples a implantao de algumas paradas com horrios rigidamentecumpridos, e as demais (intermedirias) com horrios mais flexveis. Desse modo, os passageiros podero

    programar com antecedncia suas sadas e chegadas nos locais, economizando tempo, diminuindo o estresse eaumentando a segurana (uma vez que passaro o menor tempo possvel nos pontos de nibus). A pontualidade um problema percebido pelos usurios de transporte pblico e visto de forma negativa por 76,4% dosnordestinos (Ipea, 2011).

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    Valorizao do motoristaA temporizao dos nibus diminuiria tambm o estresse dos motoristas de nibus (um preocupante na seguranado trabalho e sade desses profissionais) e as infraes de trnsito que eles geralmente cometem (ultrapassar sinalvermelho e transitar em alta velocidade). A exigncia impraticvel de cumprimento de horrio no atual trnsitocongestionado da cidade faz com que os motoristas precisem recorrer a atitudes extremas e irresponsveis, causando

    acidentes graves. Alm disso, cursos de prticas cidads, tica humanitria e reciclagem poderiam ser dadosrotineiramente aos motoristas.

    GPS nos nibusO sistema j implantado pode funcionar no s para determinar os horrios e fiscalizar o cumprimento destes, das rotas ede eventuais queimas de paradas, mas tambm pode melhorar os estudos de logstica e localizao de engarrafamentos.

    nibus rebaixadosOs nibus mais baixos facilitam o acesso dos deficientes fsicos e dos idosos, alm de beneficiar os demais

    passageiros, com o conforto ao acessar os nibus sem a necessidade de subir degraus. Com este tipo de nibus, umapequena elevao no calamento onde ficam as paradas j permitiria um acesso rpido, dispensando a necessidadede construo de paradas de nibus elevadas, geralmente utilizados em locais com Bus Rapid Transport (BRT ).

    Com a implantao das faixas exclusivas nas pistas, os automveis particulares iro sofrer engarrafamentos, mas, cedo, percebero anecessidade de trocar o meio de transporte perante a eficincia dos nibus.

    OBJETIVOS

    Promover campanhas de incentivo ao uso do transporte pblico;

    Reduzir a disponibilidade de vagas de estacionamento na cidade;

    Estmulo implantao de faixas exclusivas para nibus

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    IMPLEMENTAO

    Boa parte de mecanismos para a implementao esto disponveis em acordos cuja implementao decorre apenas da ratificaodos mesmos, como a participao das prefeituras no Grande Recife Consrcio, o que denota mudar o esquema de concesso delinhas de nibus, tornando-as mais acessveis a maioria da populao. Medidas de mdio prazo, como criao de faixas exclusivas,

    poltica de subsdio tarifrio, apesar de depender mais de decises do consrcio e/ou do governo estadual, estas podem serconsideradas atavs do incentivo das prefeituras.

    Referncias

    Sistemas de Indicadores de Percepo Social - IPEA, 2011 - http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/SIPS/110504_sips_mobilidadeurbana.pdf

    Transporte de Passageiros - CNT, 2002 - http://www.cnt.org.br/Imagens%20CNT/PDFs%20CNT/Pesquisa%20CNT%20Coppead/coppead_

    passageiros.pdf

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    Sistema de

    informao detransportepblico

    DESCRIO BREVE DO PROJETOUma das grandes dificuldades enfrentadas por quem utilizanibus no Recife saber que linha tomar, em que parada entrare onde descer. Um sistema de informaes detalhadas dainfraestrutura de mobilidade urbana, que pode ser disponibilizadoem uma pgina na internet ou atravs de outras formas decomunicao seria de extrema valia.

    Constaria no sistema de informao:

    Cada linha de nibus e metr, seus respectivostrajetos, pontos de parada, locais de integrao com

    outro sistema de transporte e horrios, incluindoum sistema de alerta sobre atrasos e ajuste de rotas.

    Informaes sobre preos de passagem e seuslocais de compra;

    Pontos de integrao entre transporte pblicoe privado, localizao de bicicletrios eestacionamento de veculos automotores;

    Informaes disponibilizadas via celular, internet eservio telefnico gratuito.

    Entretanto, nem toda a populao tem acesso fcil Internet, e svezes preciso fazer um deslocamento no planejado quando j

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    se est na rua. preciso ento que as paradas ofeream informaes para orientar os passageiros e que os prprios nibus tambmforneam orientaes aos usurios do sistema.

    As paradas no Recife, em geral, so confortveis e servem de bom abrigo. Uma ao que facilitaria a orientao dos usurios detransporte coletivo a nomeao das paradas de nibus e a exibio, nas mesmas, das rotas e horrios dos nibus. Em algumas

    delas, pode ser adicionado os locais de compra dos bilhetes eletrnicos, consulta de rotas via internet, cmeras de fiscalizao dotrnsito e de segurana. Uma pequena elevao no passeio ajudaria o embarque, aliado com nibus com embarque prximos aomeio-fio.

    A nomeao das paradas ajuda na localizao e no deslocamento das pessoas, sejam turistas ou habitantes locais. Podem sernomeadas tendo como referncia o que est no seu entorno, dando prioridade para nomes de museus, praas, parques e prdiospblicos antigos. Caso no haja este tipo de local nas proximidades, o nome faria referncia s ruas transversais mais prximas dasparadas. Exemplos: Parada Hospital da Restaurao (na Av. Gov. Agamenon Magalhes) ou Parada Rua Amlia (na Av. Cons. Rosa eSilva).

    Estando presentes nas paradas de nibus de forma fixa ou impressos em panfletos, esses roteiros de itinerrio facilitam o uso diriodo sistema de transporte pblico por seus usurios. Neles podem ser inseridas informaes como preo de passagens, origem edestino dos nibus (seus roteiros com previso de sada em paradas especficas) e tempo de percurso. Os roteiros impressos podemser distribudos nos prprios nibus, e podem constar de um mapa da rota e seus horrios nas paradas de referncia. Os roteirospodem ainda ser afixados em forma de mapa na parte interna de cada nibus, indicando as ruas por onde ele passa e as paradasdisponveis, com os devidos pontos de referncia (exemplo: Parada X: desa aqui para ir Prefeitura).

    Com a nomeao das paradas, os nibus podem indicar internamente qual o prximo ponto atravs de um letreiro eletrnico.

    Este pode ser comandado via GPS, j presente nos nibus, ou at acionado pelos motoristas atravs de um boto. Adicionalmente,pode-se colocar um sistema de som interno pode avisar a prxima parada, ajudando no s aos deficientes visuais, mas tambmaos demais passageiros. De forma geral, a informao de cada ponto do itinerrio ajuda na localizao de todos os passageiros.Os turistas tambm so beneficiados, pois, mesmo se no conhecerem a lngua, podem acompanhar em qual parada descer donibus.

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    OBJETIVOS

    Ter uma central de informaes sobre o transporte pblico, de forma acessvel a todos os cidados;

    Facilitar o dia-a-dia do cidado na obteno de informaes sobre o transporte pblico da cidade, para o

    planejamento de seus trajetos, com conforto e horrio garantido, evitando o uso de transporte particular motorizadoe contribuindo para melhorar a eficincia do trnsito.

    Identificar todas as paradas da cidade, de modo que tanto os cidados locais quanto os turistas possam se localizar ese locomover pela cidade de maneira independente;

    Tornar acessvel de uma maneira simples o conhecimento sobre a cidade e seus diversos logradouros;

    Estimular o uso de transporte pblico;

    Coibir a colagem de cartazes e a pichao de paradas de nibus, por meio da instalao de cmeras devigilncia e pela cobrana de multas dos responsveis pelo material (os anncios publicitrios so sempreidentificados).

    IMPLEMENTAO

    O sistema seria implantado e mantido pelo poder pblico atravs do Consrcio Grande Recife de Transporte, podendo-se pensar emformas de parcerias com a iniciativa privada. O sistema impresso poderia ser desenvolvido pelas empresas de nibus, com patrocnio

    de anunciantes nas paradas e no interior dos nibus (porm de forma sutil e no agressiva) e com o apoio da Prefeitura e doGoverno do Estado que podem tambm ser responsveis pelas informaes nas paradas alm de fiscalizar e punir os responsveispor eventuais depredaes.

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    Referncias

    Toronto Transit Comission (Toronto, Canad) - http://www3.ttc.ca/index.jsp

    Transperth (Perth, Austrlia) - http://www.transperth.wa.gov.au/http://www.transperth.wa.gov.au/Portals/0/docs/2011%20Documents/Network%20maps/Sheet%205%20-%20August%202011.pdf

    Transport for London (Londres, Gr-Bretanha) - http://www.tfl.gov.uk/

    Mnchen Verkehrs und Tarifverbund (Munique, Alemanha) - http://www.mvv-muenchen.de/

    Natal, RN - http://www.nominuto.com/noticias/cidades/camara-aprova-lei-que-melhora-sinalizacao-das-paradas-de-onibus/34520/

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    Central nica

    de informaes

    DESCRIO BREVE DO PROJETO

    Esse tema vai alm da mobilidade urbana, pois auxilia bastantea gesto municipal e o controle social. Seria implantada umacentral de informaes que contemple todos os serviosoferecidos pela prefeitura. Assim, todas as sugestes esolicitaes de servios ficariam concentradas num nico canal,independente do rgo a que destina-se, facilitando de imediatoa vida de quem busca atendimento nos rgos municipais.

    Todo o sistema de gerenciamento seria estruturado para garantira execuo dos servios com prazos mximos pr-estabelecidos.Cada pedido geraria um nmero de protocolo para que o

    cidado possa acompanhar e receber informaes sobre suasolicitao. O contato com a central de atendimento poderia serfeito gratuitamente de qualquer telefone. Alguns dos serviospoderiam ser solicitados pela internet ou atravs de aplicativosgratuitos para tablets e smartphone.

    Os servios pblicos, oferecidos pela Prefeitura do Recife (CTTU,EMLURB, DIRCON, dentre outros), seriam reunidos em umacentral telefnica. Ainda se poderia pensar na integrao com

    servios estaduais que influenciam diretamente na vida dosresidentes no municpio, como a COMPESA e o Grande RecifeConsrcio de Transporte.

    A central distribuiria as demandas para os rgos responsveis.Uma central telefnica reduz o custo de vrias centrais isoladas e

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    torna mais eficiente o atendimento das sugestes e solicitaes. Como exemplo, h as centrais nicas: 1746, do Rio de Janeiro e 311,de Nova Iorque (EUA).

    importante o atendimento acessvel para portadores de necessidades especiais e tambm em ingls e espanhol (para melhoratender aos turistas).

    OBJETIVOS

    Ser a principal fonte de informaes governamentais e de servios no emergenciais para residentes e visitantes;

    Fornecer acesso rpido e fcil a informaes de todos os servios oferecidos pela administrao pblica local;

    Tornar o sistema de comunicao entre sociedade e governo mais eficiente e efetivo;

    Subsidiar a administrao pblica com dados a partir das demandas da sociedade, facilitando a implementaode polticas pblicas.

    IMPLEMENTAO

    A implantao seria feita pela Prefeitura da Cidade do Recife ou um consrcio metropolitano em parceria com Governo do Estadode Pernambuco. No comeo, os nmeros antigos forneceriam o novo nmero desviando a ligao e por fim, apenas a central nicafuncionaria.

    Referncias

    1746 (Rio de Janeiro, Brasil) - http://www.1746.rio.gov.br/

    311 (Nova Iorque, EUA) - http://www.nyc.gov/apps/311/

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    Desonerao

    de tarifas

    DESCRIO BREVE DO PROJETOA desonerao tarifria se prope a tornar mais acessvel populao o Sistema de Transporte Pblico de Passageiros daRegio Metropolitana do Recife (STPP/RMR), tornando-o maisatrativo pela economia no transporte dirio. A reduo podeser dada tanto atravs de subsdios governamentais, arcandocom as gratuidades e semigratuidades, que deixariam de sercusteadas pelos demais usurios, como atravs de polticas definanciamento como a existente em Bogot, na Colmbia, ondeo consumo da gasolina dos automveis paga, atravs de taxa, atarifa do sistema de transporte pblico do transmilnio.

    Outras formas de economia para o usurio se valer do uso dabilhetagem eletrnica para permitir que se pegue mais de umnibus (ou um nibus que no seja da integrao e um metr)pagando-se apenas uma tarifa. Outra ideia implementar autilizao de passes dirios, semanais, mensais e anuais que, aum preo fixo, permitiriam a utilizao ilimitada do sistema detransporte coletivo durante o perodo de durao do passe.

    Veculos coletivos do tipo circular poderiam fazer o transporte

    dentro da regio comercial central da cidade. Em Perth, Austrlia,existe trs diferentes circulares gratuitos no centro, chamados CAT(Central Area Transit). Eles so menores e possuem piso baixo eassentos apenas para deficientes, gestantes e idosos. Estes, dosuporte s linhas principais de nibus distribuindo gratuitamentee de forma rpida os passageiros no centro da cidade.

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    Toda a cobrana de passagem poderia ser feita exclusivamente atravs de cartes eletrnicos, que poderiam ter novas modalidades,algumas com descontos. A retirada do dinheiro dos nibus tambm evitaria assaltos aos coletivos.

    Alm das categorias de cartes atualmente existentes, podem ser implantadas modalidades com pagamento por temporada(anual, semestral, mensal, etc) e/ou por pacotes (1, 3, 10 ou mais passagens). Os cartes por temporada teriam um preo fixo, pagono momento da aquisio com desconto (em locais especficos como os postos de atendimento do Grande Recife Consrcio deTransportes) e seus portadores teriam passagem livre em qualquer nibus da regio de abrangncia do Consrcio pelo tempo dedurao do carto. Os cartes individuais ou de pacotes poderiam ser vendidos ou recarregados em bancas de revistas, postos degasolina e mquinas eletrnicas nas principais vias e pontos de nibus do Recife e regio metropolitana. A compra ou recarga poderiatambm ser feita pela internet com entrega a domiclio, similar aos cartes do Programa Todos com a Nota Digital.

    Quem precisa se deslocar todos os dias e pegar mais de um nibus seria beneficiado com as modalidades anuais, j que todo o bilhetedaquele ano estaria pago com economia evitando o deslocamento mensal aos postos de recarga e ainda utilizaria o transporte pbliconos finais de semana. Aqueles que dependem da integrao, poderiam pegar novas rotas sem desembolsar mais. O sistema, por sua

    vez, receberia o dinheiro adiantado para investir e teria a garantia dos recursos.

    Os cartes j utilizados seriam resgatados em postos de coleta, presentes nos mesmos locais de compra e recarga e nos nibus, nomomento da utilizao da ltima passagem, para que se possibilite a reutilizao destes.

    OBJETIVOS

    Reduzir o custo das tarifas do transporte pblico de forma que mais pessoas o utilizem;

    Incentivar o uso do transporte pblico;

    Alocar as verbas de transporte para o modal utilizado pela maior parcela da populao.

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    IMPLEMENTAO

    A poltica de desonerao tarifria seria aplicada pelo poder pblico municipal e/ou estadual.

    Referncias

    Projeto tarifa zero - http://tarifazero.org/

    Discurso de Lcio Gregori, ex-Secretrio da Secretaria Municipal dos Transportes da cidade de So Paulo, em 1990 - http://youtu.be/G09QoUV7mOE

    CAT - Central Area Transits (Perth, Austrlia) - http://www.transperth.wa.gov.au/TimetablesMaps/PerthCATLiveTimes.aspx

    Como exemplo de desonerao de tarifa h o sistema de Bogot, na Colmbia. http://hist.antp.org.br/TELAS/Downloads/Info102/

    info102_pg03.pdf

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    Incentivo ao

    transporteescolar coletivo

    DESCRIO BREVE DO PROJETO

    Um fator bastante conhecido de engarrafamentos em viasimportantes do Recife o transporte de crianas em idade escolaratravs de carros particulares. Novamente, o transporte coletivose mostra uma boa soluo. Os transportes escolares j gozamde organizao e normatizao que garantem a segurana dosusurios. Parcerias podem ser feitas com as escolas no sentidode priorizar este tipo de transporte coletivo na utilizao doestacionamento no horrio de entrada e sada das aulas ou mesmodar incentivos s escolas privadas, como reduzir seus impostos,para que estas repassem esse valor, na forma de descontos namensalidade, aos pais que escolherem transportar os filhos por

    meio do transporte escolar.

    OBJETIVOS

    Diminuir os transtornos no trnsito causados peloacumulo de veculos motores nas imediaes deescolas;

    Ajudar na educao cidad das crianas, que veriam

    desde cedo a importncia que deve ser dada aostransportes coletivos;

    Estimular as crianas ao contato com outras pessoas, aouso do espao pblico e ao aprimoramento dos sensosde localizao, responsabilidade e independncia;

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    Ajudar na sensibilizao dos pais e moradores do entorno das escolas, que veriam na prtica as melhoras alcanadasquando dado preferncia aos transportes coletivos.

    IMPLEMENTAO

    O projeto pode ser implantado pelo poder pblico atravs de incentivos fiscais s escolas participantes, ou pela prpria iniciativaprivada.

    Referncias

    Comisso aprova iseno de taxa para transporte escolar - http://camara-dos-deputados.jusbrasil.com.br/noticias/2959751/comissao-aprova-isencao-de-taxa-para-transporte-escolar

    Veculos de transporte escolar podem ficar isentos de IPVA - http://al-sp.jusbrasil.com.br/noticias/274673/veiculos-de-transporte-escolar-

    podem-ficar-isentos-de-ipva

    Why public transportation is good for kids - http://grist.org/cities/2010-11-01-why-public-transportation-is-good-for-kids/

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    Valorizao

    das bicicletas

    DESCRIO BREVE DO PROJETO

    O estimulo ao uso de transportes no motorizados, como asbicicletas, uma ao pouco onerosa aos cofres pblicos. Jlargamente utilizadas pela populao, esse meio de transporteexige pouca infraestrutura e traz enormes benefcios cidade. ORecife uma cidade plana, com apenas 8km de raio e de climafavorvel, o que facilita o uso desse modal.

    As bicicletas no emitem poluentes, fazem com que as pessoas seexercitem e fiquem mais saudveis, economizando gastos com sadepblica, alm de atrair mais turistas. Outra vantagem de que ossistemas ciclovirios so mais baratos de se fazer e manter que os

    rodovirios. A prefeitura de Copenhague equacionou as vantagense desvantagens entre bicicletas e carros e concluiu que, a cadaquilmetro pedalado, a cidade ganha o equivalente a R$0,40, enquantoque a cada quilmetro percorrido por um carro, a cidade perde R$0,20.

    A Poltica Nacional de Mobilidade Urbana incentiva o uso dostransportes no-motorizados em detrimento dos motorizados,dando destaque para o uso das bicicletas e incentivando aintegrao desta com os outros modais de transporte coletivo.

    Dentro desta poltica nacional, existem diversos programas deincentivo, inclusive financeiros, para a implantao de infraestruturae divulgao deste modal. Dentre eles:

    Programa de Mobilidade Urbana, que disponibilizafinanciamentos atravs da ao: Apoio a Projetos de

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    Sistemas de Circulao No Motorizados, com recursos do Oramento Geral da Unio OGU;

    Programa de Infra-estrutura para Mobilidade Urbana - Pr-Mob, atravs de modalidades que apiam a circulaono-motorizada (bicicleta e pedestre), para financiamento com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador(FAT);

    Pr-Transporte para financiamento de infra-estrutura integradora entre os modais bicicleta e transporte coletivourbano com recursos do FGTS que atende, alm dos rgos gestores de Municpios e Estados, a empresasconcessionrias.

    Na esfera Municipal, a Lei 17.694/11 (que dispe sobre a criao do Sistema Ciclovirio no Municpio do Recife e d outrasprovidncias), ratifica os princpios e objetivos da poltica nacional e d diretrizes mais slidas para a implantao de infraestruturacicloviria (ciclovias, ciclorrotas, ciclofaixas, bicicletrios, paraciclos) na cidade, alm de divulgar a bicicleta como um meio detransporte.

    Amplas campanhas de informao, conscientizao e educao quanto ao uso correto da bicicleta, obedecendo s leis detrnsito, e o respeito entre os vrios modais de transporte nas vias, atentando sempre s regras de preferncia e o dever deresponsabilidade para com os veculos mais frgeis, so passos bsicos para a insero da bicicleta nos modais de transporte.Uma iniciativa que vem sendo adotada no Brasil o Projeto Bike Anjo, onde ciclistas experientes voluntariamente ensinam desdeas primeiras pedaladas at orientaes de como se portar no trnsito.

    Em termos de infraestrutura de apoio, a presena de alguns itens na cidade so fonte de estmulo para o uso corriqueiro dabicicleta. Como exemplo citamos:

    Bike Boxes - espaos reservados para os ciclistas antes das faixas de pedestres, que permitem uma partida com maiorsegurana ao abrir o sinal;

    Prover bicicletrios e paraciclos em diversos pontos da cidade como praas, centros comerciais e rgos pblicos;

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    Arborizao e sinalizao de acessos e sadas nas vias ciclveis;

    Prover policiamento e recursos de segurana (cmeras e sinalizao);

    Prover banheiros pblicos, servios de reparo e aluguel de bicicletas e outros servios em trechos determinados damalha cicloviria.

    Outra maneira de promover a bicicleta como meio de transporte e estimular seu uso a implantao de um sistema de partilhade bicicletas, sendo um servio em que as bicicletas so disponibilizadas para uso compartilhado da populao. Esses sistemasremovem algumas das principais desvantagens de possuir uma bicicleta, incluindo a perda por roubo ou vandalismo, falta deestacionamento ou de armazenamento, e os requisitos de manuteno.

    Ao poder pblico, executar programas de partilha de bicicletas pode sair caro, por isso interessante a formao de parceriascomerciais, geralmente na forma de publicidade nas estaes ou nas bicicletas em si. A implantao desse sistema j est

    acontecendo em vrios locais do mundo, inclusive em Petrolina/PE e Rio de Janeiro/RJ - nesta ltima, na forma de uma parceriaentre prefeitura, empresa desenvolvedora e a iniciativa privada.

    OBJETIVOS

    Permitir que cada cidado (idoso, criana, grvidas e deficientes) possa ter o prazer de pedalar com segurana por toda cidade;

    Diminuir a poluio sonora e a emisso de gases nocivos ao ambiente e sade;

    Diminuir a quantidade de veculos motores, liberando espao nas ruas e dando fluidez ao trnsito;

    Estimular o exerccio regular, promovendo a sade pblica;

    Promover o uso democrtico do espao urbano;

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    Estimular a vivncia direta com o ambiente urbano;

    Fornecer acesso gratuito ou a preos acessveis para bicicletas em viagens de curta distncia numa rea urbana como umaalternativa para o transporte motorizado pblicos ou veculos privados;

    Diminuir os custos com infraestrutura viria;

    Estimular a integrao entre a bicicleta e o transporte pblico.

    IMPLEMENTAO

    A formulao de campanhas de informao, conscientizao e educao podem ser feitas tanto pelo poder pblico municipal comopela iniciativa privada - em parceria ou isoladamente.

    Cabe Prefeitura, com ou sem parceria com o Governo do Estado e da iniciativa privada, a implantao da infraestrutura cicloviriabsica, podendo encontrar recursos j disponibilizados pelo Governo Federal.

    A implantao de sistema de compartilhamento de bicicletas poderia ser feita atravs de parceiras pblico-privadas entre aPrefeitura da Cidade do Recife e alguma empresa interessada em gerir o projeto e outra em dar visibilidade sua marca.

    Referncias

    Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta do Ministrio das Cidades - http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSEMOB/

    Biblioteca/LivroBicicletaBrasil.pdf

    Poltica Nacional de Mobilidade Urbana, Lei 12.587/12 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12587.htm

    Lei municipal do Recife n. 17. 694/11 - http://www.legiscidade.com.br/lei/17694/?keyword=ciclovia

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    Ciclovias em Bogot - COL: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/casa/bogota-ciclovias-ciclorutas-bicicleta-transporte-607561.shtml

    Bicicletrios - http://www.tfl.gov.uk/assets/downloads/businessandpartners/Workplace-Cycle-Parking-Guide.pdf

    Exemplos de campanhas de educao no trnsito, Nova York - USA: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Qjt5BHcgYYw; http://www.youtube.com/watch?v=wsCncAdwdIg&feature=player_embedded; e http://www.youtube.com/watch?v=Bqmn1Cc8bx0&feature=player_embedded

    Bike Rio (Rio de Janeiro, Brasil) - http://www.mobilicidade.com.br/bikerio.asp

    Bike Anjo - http://bikeanjo.com.br/http://bikeanjo.com.br/2011/08/30/oxe-grande-recife-bike-anjando/ e http://cidadesparapessoas.com.br/2011/06/copenhagen-a-cidade-das-bicicletas/

    Bike Rio (Rio de Janeiro, Brasil) - http://www.mobilicidade.com.br/bikerio.asp

    Velib (Paris, Frana) - http://www.velib.paris.fr/

    SoBi - Social Bicycles (Ainda sem implantao) - http://socialbicycles.com/

    Copenhague, a cidade das bicicletas - http://cidadesparapessoas.com.br/2011/06/copenhagen-a-cidade-das-bicicletas/

    Ciclistas permitem economia de US$ 4,6 bi nos EUA - http://www.mobilize.org.br/noticias/2161/ciclistas-permitem-economia-de-us-46-

    bi-nos-eua.html

    Ciclofrescas, uma proposta de ciclovias simples e baratas - http://jconlineblogs.ne10.uol.com.br/deolhonotransito/2012/04/07/ciclofrescas-uma-proposta-de-ciclovias-simples-e-baratas/

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    Priorizao do

    pedestre

    DESCRIO BREVE DO PROJETO

    Priorizar o pedestre colocar em prtica conceitos como o demobilidade urbana sustentvel, que se incorpora aos preceitosde sustentabilidade econmica, social e ambiental capacidade

    de atender as necessidades de deslocamento visando melhoriada qualidade de vida urbana desta e das futuras geraes.

    Um primeiro passo importante fazer valer a Lei das Caladasexistente na Cidade do Recife, para isso bastaria a fiscalizaopara que os proprietrios de terrenos adaptassem suas caladas legislao vigente. Uma cartilha informativa das melhorias aserem feitas nos passeios poderia ser entregue junto ao aviso deirregularidades e mando de execuo.

    Alm disso, outras aes poderiam ser feitas, como:

    Reforar as campanhas educativas de respeito sfaixas de pedestres e de travessia na faixa;

    Conforme o Cdigo Brasileiro de Trnsito, reforara fiscalizao e punio dos motoristas que

    no respeitam a faixa, bem como aqueles queestacionam seus veculos ou trafegam sobre ascaladas;

    Identificar a necessidade de instalao de novospontos de travessia nas diversas vias da cidade

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    Promover a instalao e manuteno de faixas e sinais de pedestres;

    Promover a adequada ordenao urbana das caladas organizando fiteiros, bancas, barracas, tabuleiros ou qualqueroutra forma de comrcio que impea ou dificulte consideravelmente a passagem dos pedestres;

    Alargar as caladas, para propiciar uma melhor e mais agradvel mobilidade, inclusive dos cadeirantes;

    Arborizar a cidade, de modo a diminuir a temperatura e tornar a caminhada mais agradvel;

    Melhorar a limpeza urbana, inclusive com campanhas educativas e aumentar o nmero de lixeiras nos bairros;

    Melhorar a iluminao pblica, promovendo uma melhor segurana ao caminhar;

    Aumentar o tempo disponvel para a travessia, bem como diminuir o tempo de espera do pedestre nos sinais de trnsito;

    Fechar ruas para uso exclusivo de pedestres, de forma permanente (como a R. das Flores em Curitiba/PR e R.Imperatriz Leopoldina no Recife/PE) ou temporariamente (como a Av. Atlntica, no Rio de Janeiro/RJ, fechada aosdomingos).

    preciso evitar na cidade, tambm, a construo de estruturas segregadoras como viadutos, avenidas muito largas e muros altos.Assim como importante criar e manter espaos pblicos de convivncia, como praas e centros culturais, de maneira que aspessoas se sintam seguras e estimuladas a caminhar pela cidade.

    OBJETIVOS

    Melhorar a segurana pblica atravs do aumento da movimentao de pessoas nas ruas;

    Estimular o exerccio regular, promovendo a sade pblica;

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    Estimular a utilizao dos espaos pblicos;

    Proporcionar para mais pessoas o conhecimento da cidade atravs da observao pessoal.

    IMPLEMENTAO

    Boa parte das aes so de responsabilidade exclusiva da Prefeitura, como a aplicao de multas por meio da EMLURB,DIRCON ou CTTU. Entretanto, outros rgos governamentais, a sociedade civil organizada e a iniciativa privada podempromover campanhas de sensibilizao, informao quanto legislao, ou a prpria manuteno de suas caladas.

    Referncias

    Estatuto do pedestre de Belo Horizonte (MG) - http://www.cmbh.mg.gov.br/noticias/2011-11/camara-aprova-criacao-do-estatuto-do-pedestre

    A valorizao do pedestre como elemento qualificador do centro histrico de Teresina - http://www.anpg.org.br/~anpg/userfiles/file/Trabalhos%20Anais%20Sal%C3%A3o/virginiagoncalvesgranjeiro.pdf

    Rua das Flores - Curitiba (PR) - http://pt.wikipedia.org/wiki/Rua_das_Flores_(Curitiba)

    Faixa interditada para o lazer em Copacabana - Rio de Janeiro (RJ) - http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/orla-de-copacabana-tem-faixa-interditada-para-lazer-20110102.html

    Lei das Caadas do Recife 16.890/03 - http://www.legiscidade.com.br/lei/16890/

    Cidade para as Pessoas - Atravessar a rua: Copenhague x So Paulo - http://cidadesparapessoas.com.br/2012/02/atravessar-a-rua-copenhague-x-sao-paulo/

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    Projetos de recuperao e revalorizao do espao pblico, um bom exemp-lo est na cidade de Seul http://www.arquitetonico.ufsc.br/uma-impressio-nante-renovacao-urbana-em-seul e http://www.streetfilms.org/category/

    public-space/

    Pensar a cidade com a integrao modal e a valorizao de espaos pbli-cos, exemplo a cidade de Curitiba e Copenhague. http://cidadesparapes-soas.com.br/2011/06/por-que-curitiba-deu-certo/

    Site para saber o nvel de andabilidade da cidade. http://www.walkscore.com/

    Plano Diretor de Kyoto em Parceria com Moradores http://www.cidadessus-tentaveis.org.br/boas_praticas/exibir/17

    Comisso de Mobilidade da ALEPE (Recife, Brasil) - http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2011/08/31/comissao_de_mobilidade_da_alepe_colhe_sugestoes_para_tentar_evitar_caos_urbano_111169.php

    Projeto Central de Atentimento ao Cidado -1746 (Rio de Janeiro, Brasil) -http://www.1746.rio.gov.br/

    Oramento participativo (Recife, Brasil) - http://www.recife.pe.gov.br/op/

    Referncia

    de outrasboas prticas

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