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27/11/2015
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Ulisses Rocha AntuniassiFCA/UNESP - Botucatu/SP
Boas práticas: os desafios da tecnologia de aplicação
Nome do Palestrante
UNESP: Universidade Estadual Paulista
FCA: Faculdade de Ciências Agronômicas
DEnR: Departamento de Engenharia Rural
NTA: Núcleo de Tecnologia Aeroagrícola
NEMPA: Núcleo de Ensaio de Máquinas e Pneus Agroflorestais
Ulisses Antuniassi - UNESP
Apresentação
Ulisses Antuniassi - UNESP
Tecnologia de aplicação x ambiente
27/11/2015
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Ulisses Antuniassi - UNESP
Tecnologia de aplicação x ambiente
Tecnologia de aplicação x ambienteHá muita “pressão” na tecnologia de aplicação:• Aumento da capacidade operacional;• Melhoria do desempenho fitossanitário;• Controle de alvos difíceis;• Redução do impacto no ambiente;• Redução do risco de deriva;• Manejo da resistência.
Ulisses Antuniassi - UNESP
Tecnologia de aplicação x ambiente
Tecnologia de aplicação x ambienteTodas estas demandas dependem:• Tamanho das gotas;• Volume de calda (taxa de aplicação).
Ulisses Antuniassi - UNESP
Tecnologia de aplicação x ambiente
Tamanho de gotas e Volume de caldaDevem ser definidos em conjunto, primariamente de acordo com os seguintes parâmetros:• Necessidade de cobertura e penetração das gotas;• Condições climáticas;• Risco de perdas e deriva.
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Ulisses Antuniassi - UNESP
Tecnologia de aplicação x ambiente
Tamanho de gotas e Volume de caldaSão os parâmetros que definem a performance da técnica:• Desempenho;• Segurança ambiental.
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Pulverização: sucesso x erro
Ulisses Antuniassi - UNESP
Sucesso x erro
Pulverização: sucesso x erroA chance de sucesso é inversamente proporcional à quantidade de erros. Por isso, é importante destacar:• Questão unânime: adequação da tecnologia de aplicação
às condições climáticas;• Logística: dimensionamento adequado dos pulverizadores;• Pulverização em situações extremas:
- Volumes de calda extremamente baixos
- Altas velocidades
• Resultado: maior probabilidade de erros, variabilidade de doses no campo, falhas de controle e deriva;
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Desempenho operacionalx
Qualidade na aplicação
Ulisses Antuniassi - UNESP
Ulisses Antuniassi - UNESP
Desempenho operacional: Dimensionamento da capacidade de trabalho
• Ajuste correto: capacidade operacional x tamanho das áreas;• Janelas de aplicação x condições climáticas;• Horários com orvalho;• Planejamento operacional: abastecimento e disponibilidade das
equipes no campo.
Deficiência de dimensionamento = potencial de falhas na aplicação
Desempenho operacional
Desempenho operacional: FAIXA ÚTIL DE TRABALHO
• Altura de voo e posição do vento;
• A faixa depende de diversos fatores, mas os operadores normalmente usam faixas pré-determinadas para simplificar a operação;
• Faixas muito grandes = maior risco de falhas e deriva.
menor maior
Foto: Tiago V. Camargo Foto: Ulisses Antuniassi
Vento
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Desempenho operacional
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Estratégias na aplicação
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Ulisses Antuniassi - UNESP
Fundamentos
ADVRK15C
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C = Cobertura do alvo (%)
{
{
V = Volume de aplicação (L/ha) R = Taxa de recuperação (%)K = Fator de espalhamento de gotas
A = Área foliarD = Diâmetro das gotas
Qual é a estratégia da aplicação?
Ulisses Antuniassi - UNESP
Fundamentos
ADVRK15C
2
C = Cobertura do alvo (%)
{
{
V = Volume de aplicação (L/ha) R = Taxa de recuperação (%)K = Fator de espalhamento de gotas
A = Área foliarD = Diâmetro das gotas
Qual é a estratégia da aplicação?• Redução de volume de calda
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Ulisses Antuniassi - UNESP
Fundamentos
ADVRK15C
2
C = Cobertura do alvo (%)
{
{
V = Volume de aplicação (L/ha) R = Taxa de recuperação (%)K = Fator de espalhamento de gotas
A = Área foliarD = Diâmetro das gotas
Qual é a estratégia da aplicação?• Redução do risco de deriva
Ulisses Antuniassi - UNESP
Fundamentos
ADVRK15C
2
C = Cobertura do alvo (%)
{
{
V = Volume de aplicação (L/ha) R = Taxa de recuperação (%)K = Fator de espalhamento de gotas
A = Área foliarD = Diâmetro das gotas
Qual é a estratégia da aplicação?• Maior cobertura e penetração das gotas
Ulisses Antuniassi - UNESP
Volume de calda(taxa de aplicação)
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Nome do PalestranteUlisses Antuniassi - UNESP
Volume de calda
Técnica de aplicação aérea Volume de aplicação (L/ha)
Alto volume – AV 40 – 60Baixo volume – BV 10 - 30Ultra baixo volume - UBV < 5
Nome do PalestranteUlisses Antuniassi - UNESP
Volume de calda no terrestre: qual deve ser o volume?
Volume de calda
Fotos: Unesp
Foto: J P A R Cunha
Nome do PalestranteUlisses Antuniassi - UNESP
Volume de calda
Redução do volume de calda:
Vantagens:• Melhoria de desempenho de alguns produtos (ex.: glifosate);
• Maior rendimento operacional;
• Melhor controle fitossanitário (uso de gotas mais finas e melhor momento para aplicação);
• Potencial para redução de custos.
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Nome do PalestranteUlisses Antuniassi - UNESP
Volume de calda
Redução do volume de calda:
Desvantagens:• Dificuldades na operação;
• Degradação da qualidade dos depósitos (por excesso de velocidade e oscilação das barras);
• Um fator importante para a questão da resistência é a variabilidade da dose no campo;
• Problemas com misturas de tanque;
• Dependência das condições climáticas (gotas mais finas);
• Maior risco de deriva.
Perdas e deriva
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Deriva
A DERIVA depende de diversos fatores: • Espectro de gotas
(técnica de geração das gotas);• Condições climáticas
(velocidade do vento, umidade e temperatura do ar)• Condições operacionais
(velocidade, altura da pulverização, etc.);• Composição da calda
(concentração de defensivos e adjuvantes na calda);• Tamanho da área aplicada ou tempo de aplicação
(a deriva é cumulativa).
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Deriva
Deriva: definiçõesEndoderiva: perda para dentro da cultura;Exoderiva: perda para fora da cultura;Evaporação: perda de gotas pequenas (baixa umidadee alta temperatura do ar);Inversão térmica: estabilidade da atmosfera com ar frioparado (gotas pequenas não depositam);Correntes convectivas: ar quente ascendente noshorários mais quentes (gotas pequenas não depositam).
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Deriva
Tecnologia de aplicação e as condições climáticas • As aplicações devem ocorrer com umidade relativa superior
a 50%;• A temperatura ambiente deve ser menor do que 30oC;• As aplicações devem ser realizadas com velocidade do
vento entre 3 e 10 km/h;• Os valores a serem considerados são as médias durante os
tiros de aplicação;• Deve-se cuidar para que, na média, as condições estejam
dentro dos limites;• O bom senso deve prevalecer na delimitação das variações
admissíveis.
Técnicas de Redução de Deriva (TRD)
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Técnicas de redução de deriva (TRD)
Técnica de redução de deriva (TRD):• Combinação de elementos que visa reduzir o
risco de deriva em uma aplicação.• Exemplo, adoção de uma TÉCNICA DE
GERAÇÃO DE GOTAS que ofereça derivareduzida em conjunto com ADJUVANTES ouFORMULAÇÕES com potencial para reduzir asperdas, fazendo a aplicação nas CONDIÇÕESCLIMÁTICAS mais seguras.
Ulisses Antuniassi - UNESP
Contexto atual da aplicação aérea:sustentabilidade e responsabilidade
Ulisses Antuniassi - UNESP
Sustentabilidade e responsabilidade
Certificação• Um programa de certificação é demanda antiga do setor
aeroagrícola;
Certificação = sustentabilidade = responsabilidade• Incentivo às boas práticas na aplicação aérea;• É necessário garantir à sociedade que a aplicação aérea
pode ser feita com segurança ambiental;• Há grande risco de restrições à aplicação aérea;• Há grande risco de restrições aos produtos nos processos de
reavaliação e registro.
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Ulisses Antuniassi - UNESP
Introdução
Ulisses Antuniassi - UNESP
Introdução
O CAS é um programa de certificação voluntáriaGestão• Realização: FEPAF (fundação sem fins lucrativos);• Coordenação: UNESP, UFLA e UFU;• Apoio institucional: ANDEF e SINDAG;
Financiamento 100% privado:• Taxas de certificação
(pagas pelas empresas certificadas)• Apoio financeiro da ANDEF.
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Introdução
Principal objetivo do programa de certificação:• Capacitação e a qualificação do setor aeroagrícola
(empresas de prestação de serviços e operadores privados);
Enfoques primários:• Responsabilidade e sustentabilidade das
operações;• Melhorias na qualidade das pulverizações;• Redução de riscos de impacto ambiental
das aplicações (o grande questionamento é a deriva).
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Instâncias de certificação
Ulisses Antuniassi - UNESP
Instâncias de certificação
O sistema de certificação é dividido em etapas (níveis a serem alcançados):
• CAS Nível I: Certificação legal da operação• CAS Nível II: Certificação da qualificação
tecnológica da empresa• CAS Nível III: Certificação da conformidade de
equipamentos, instalações e procedimentos
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Nível I: Certificação legal da operaçãoRequisitos
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Detalhamento do Nível I
Requisitos (documentos dentro do prazo de validade):Documentação de legalização, licenças e qualificação:• Empresa (ou proprietário das aeronaves);• Aeronaves;• Pilotos;• Técnicos responsáveis (Eng. Agrônomo e Téc. Agr. Executor)
Processo online:www.cas-online.org.br
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Nível II: Certificação da qualificação tecnológica da empresa Cursos de capacitação
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Detalhamento do Nível II
Nível II: Certificação da qualificação tecnológica da empresa.• Curso: “Qualidade técnica e responsabilidade ambiental
na aplicação aérea”;• Único curso de “imersão” em tecnologia de aplicação
aérea;• Somente representantes das empresas certificadas
podem participar do curso;• Dois módulos, com total de 16 h:• Módulo 1: Qualidade da tecnologia de aplicação;• Módulo 2: Planejamento e responsabilidade
ambiental.
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Nível III: Certificação da conformidade de equipamentos, instalações e
procedimentosAuditoria de boas práticas
Requisitos
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Detalhamento do Nível III
Requisitos para o CAS Nível III (auditoria de boas práticas):
1. Certificados nos Níveis I e II;2. Instalações e equipamentos que permitam aplicações
com qualidade e em conformidade com a legislaçãovigente:
Pátio de descontaminação; Sistema de abastecimento; Equipamentos de pulverização.
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Detalhamento do Nível III
3. Possuir sistemas de navegação, controle eletrônico,registro e rastreamento que possibilitem:
Monitoramento e registro das aplicações cominformações técnicas (volume de calda, altura voo,condições climáticas no local, etc.);
Geração de mapas em formato KML (formatos compatíveis com Google Earth):- Caracterização do entorno;- Posicionamento das faixas de segurança;- Conformidade das práticas.
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Detalhamento do Nível III
4. Realizar todos os procedimentos de planejamento eexecução das aplicações em conformidade com alegislação e os critérios de Boas Práticas:
Demarcação nas ordens de serviço:- Direção predominante do vento;- Informações climáticas atualizadas no dia da aplicação;- Faixas de segurança.
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Detalhamento do Nível III
Análise dos riscos de deriva e dos possíveis alvos de deriva nasáreas de entorno;
Registro das ações quanto aos sistemas de alerta para as áreasde risco;
Manutenção do banco de dados pelo período mínimo de 12 meses: Registros do planejamento da operação; Relatórios de execução; Mapas; Análises de risco.
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Detalhamento do Nível III
Requerimentos para 2017: Rastreamento das aeronaves por GPS; Acionamento automatizado das barras: contenção
da aplicação nas faixas de segurança e nas áreas de restrição.
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RESULTADOS (Novembro/2015)
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Resultados
Total de 232 empresas de aviação agrícola no BrasilNúmeros do CAS em novembro de 2015:Total de 79 empresas certificadas CAS (34% do mercado nacional);• 29 prestadoras de serviços CAS Nível I;• 43 prestadoras de serviços e 1 operador privado CAS Nível II;• 6 prestadoras de serviços CAS Nível III.
Apoio importante do setor de cana: as usinas dão preferência para empresas certificadasMercado certificado: SP (55%) e GO (60%).
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Resultados
Ulisses Antuniassi - UNESP
Resultados
Ulisses Antuniassi - UNESP
Resultados
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Obrigado!
Ulisses R. Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP
[email protected] (14) 38807624
www.cas-online.org.br