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BOAS PRÁTICAS | REVISTA 01 TEMA DO SEPARADOR 29 Junho 2012 | Bimestral Distribuição Gratuita Online 01 A Protecção Solar: o que precisa saber Pensar saudável Perspectivas Regresso ao mar: que rumos? por Manuel Pinto de Abreu | Secretário de Estado do Mar Entrevista ATP - Associação das Termas de Portugal com Teresa Vieira | Presidente da Direcção da Associação das Termas de Portugal

Boas Práticas Revista #01

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Vocacionada para uma temática informativa geral e de âmbito nacional, a Boas Práticas Revista pretende dar a conhecer os melhores exemplos de instituições e personalidades da Sociedade e do Estado, na óptica de uma cultura de excelência, assente no desígnio de fomentar a identidade nacional e afirmar a imagem de Portugal no Mundo.

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Page 1: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 01

TEMA DO SEPARADOR

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A Protecção Solar: o que precisa saber

Pensar saudável

PerspectivasRegresso ao mar: que rumos?por Manuel Pinto de Abreu | Secretário de Estado do Mar

EntrevistaATP - Associação das Termas de Portugalcom Teresa Vieira | Presidente da Direcção da Associação das Termas de Portugal

Page 2: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 02

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Page 3: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 03

ÍNDICE

04 | ESTATUTO EDITORIAL

13 | ECONOMIA 3D

06 | A Boas Práticas | Revista apresenta-se... 14 | PERSPECTIVAS

16 | HOMENAGEM

18 | ENTREVISTA

20 | PENSAR SAUDÁVEL

07 - 08 | NOTA BENE

09 | SINGULARIDADES

12 | PORTUGAL À ESCALA GLOBAL

05 | EDITORIAL Mútua dos Pescadores | 70 Anos

Apresentação do Projecto Editorial da Boas Práticas | Revista

Regresso ao mar: que rumos?Por Manuel Pinto de Abreu | Secretário de Estado do Mar

Capitão João BrazProfessor Doutor Aureliano da Fonseca

Associação das Termas de Portugal

Por Teresa Vieira | Presidente da Direcção da

Associação das Termas de Portugal

Protecção Solar: o que precisa saberOperação Nariz Vermelho | 10 anosCPR | Apresentação do Projecto “Salvar Vidas”

Dados sobre a ÁGUA e a Pegada HídricaÁguas de Portugal “Gota a gota mudamos vidas”

Museu Marítimo de Ílhavo

Navio-Escola Sagres | 50 anos ao serviço da Marinha Portuguesa

Page 4: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 04

I. A Boas Práticas | Revista é uma publicação periódica,

portuguesa, informativa, de âmbito nacional e de periodicidade

bimestral, dedicada à prestação de informação geral, em

suporte online.

II. A Boas Práticas | Revista pretende dar a conhecer os

melhores exemplos de instituições e personalidades da

Sociedade e do Estado, na óptica de uma cultura de excelência,

assente no desígnio de fomentar a identidade nacional e

afirmar a imagem de Portugal no mundo.

III. A Boas Práticas | Revista é uma publicação independente

de quaisquer poderes e estruturas organizacionais de âmbito

particular ou colectivo, pugnando para que a sua actividade

decorra sempre em ambiente de plena liberdade de expressão e

informação.

IV. A Boas Práticas | Revista rege-se por critérios de rigor,

exactidão e honestidade, defendendo a clara distinção entre

os diferentes conteúdos informativos, no seio das suas rotinas

produtivas.

V. A Boas Práticas | Revista tem a missão de fornecer

informação isenta e rigorosa, em integral respeito pela

Constituição da República Portuguesa e pelo demais articulado

legal e regulamentar vigente em Portugal para o sector onde se

insere.

VI. A Boas Práticas | Revista defende a primazia do Estado

de Direito e a participação cívica na vida democrática,

não se alheando de apoiar, por seu turno, sob a égide da

responsabilidade social, todas as iniciativas consideradas

relevantes pela Direcção.

VII. A Direcção da Boas Práticas | Revista acredita que os

princípios e valores expostos neste Estatuto Editorial são,

no seu conjunto, os indutores de um método de trabalho de

referência, razão pela qual afirma, desde já, que no dia em que

não houver condições de manter esta coerência, a publicação

não tem razão de existir.

ESTATUTO EDITORIAL

Page 5: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 05

PROPRIEDADE | EDITOR | DIRECTOR

Luís Manuel Martins | NIF: 210823623

[email protected]

Tlm: 917 870 808

DIRECTORA-ADJUNTA

Mariana Cruz

[email protected]

Tlm: 936 530 184

SUBDIRECTORA

Brígida Nunes Martins

[email protected]

SEDE DA REDACÇÃO

Travessa da Agra, 36

Leça da Palmeira | 4450-596 Matosinhos

PERIODICIDADE

Bimestral

COLABORADORES

PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS

Susana Cruz

Pedro Fernandes Martins

DESIGN GRÁFICO | PAGINAÇÃO

Francisca Fleming (Okay-Design)

E-MAIL

[email protected]

N.º DE REGISTO NA ERC | ENTIDADE

REGULADORA PARA A COMUNICAÇÃO

SOCIAL

126250

issuu.com/boaspraticasrevista

facebook.com/boaspraticasrevista

Por vontade expressa da Direcção da Boas

Práticas | Revista, a publicação, enquanto

obra colectiva, não irá adoptar o novo

Acordo Ortográfico, salvo em artigos

assinados e detentores de menção em

contrário.

Empreender uma nova publicação na presente conjuntura económico-financeira e social

poderá parecer uma verdadeira extravagância. Conscientes deste facto, mas inspirados

por uma vontade maior de marcar a diferença, estamos certos de que poderemos trilhar

um caminho de sucesso. Desejamos comunicar realidades inspiradoras, assentes na

excelência e nas boas práticas, protagonizadas por cidadãos e entidades que, muitas

vezes, ora pelo anonimato, ora pela falta de contemplação nas agendas jornalísticas,

passam ao lado das notícias do quotidiano.

Sendo esta a edição inaugural da Boas Práticas | Revista, elegemos, metaforicamente,

a Água como tema de capa. Elemento primordial que permitiu o aparecimento da

vida na Terra, foi durante muito tempo considerado, pela sua abundância, um recurso

renovável, quer em termos de consumo, quer ao nível do aproveitamento energético.

Ainda que ao nível da energia mantenha todo o seu potencial, a água é hoje considerada

um recurso não renovável devido à utilização desmedida e à poluição massificada de

muitos dos recursos hídricos mundiais. O planeta Terra está a enviar mensagens de

alerta que não devem ser descuradas, a bem do futuro de todos.

Editorial

A Direcção

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Page 6: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 06

A BOAS PRÁTICAS | REVISTA APRESENTA-SE...

ocacionada para uma temática informativa geral e de âmbito nacional, a Boas Práticas | Revista pretende dar a conhecer os

melhores exemplos de instituições e personalidades da Sociedade e do Estado, na óptica de uma cultura de excelência, assente

no desígnio de fomentar a identidade nacional e afirmar a imagem de Portugal no Mundo.

A Boas Práticas | Revista terá uma distribuição gratuita online, bimestral, em ambiente multi-plataforma, que, para além de responder

ao desígnio da interactividade, potencia o alargamento do número de leitores no plano nacional e internacional e cumpre os requisitos

de arquivo geral da publicação.

A Boas Práticas | Revista organiza-se em doze temas distintos, com o objectivo de destacar bons exemplos, singulares e colectivos, do

nosso quotidiano. Neste sentido, norteada por uma informação isenta e rigorosa, a Boas Práticas | Revista apresentará aos leitores um

conjunto de temas que pretendem colocar em evidência um leque de práticas inspiradoras.

AGENDA

Antevisão de eventos de relevo em diversos quadrantes

ECONOMIA 3D

Os melhores exemplos económicos públicos, privados e

sociais no sector primário, secundário e terciário

EMPREENDEDORES

A História de quem ousou tomar a iniciativa da sua vida

ENTREVISTA

Testemunhos de uma personalidade de referência

HOMENAGEM

A evocação de um exemplo de vida

NOTA BENE

Dados objectivos e opiniões de carácter científico sobre o

tema de capa

V

ODES A BACO

Retratos do sector vitivinícola em Portugal e no Mundo

PENSAR SAUDÁVEL

Olhares sobre a Saúde, o Bem-Estar e o Desporto

PERSPECTIVAS

Opinião de relevo sobre o tema de capa

PORTUGAL À ESCALA GLOBAL

O nosso legado no Mundo

REPORTAGEM

Conhecer de perto os grandes temas

SINGULARIDADES

Um olhar sobre entidades que fazem a diferença

Page 7: Boas Práticas Revista #01

NOTA BENE

A pegada hídrica

ma vez que a água tem um papel fundamental para a

vida no nosso planeta, foi desenvolvido um meio para

avaliar o correcto uso deste bem – A Pegada Hídrica.

Este é um cálculo que evidencia o consumo de água por parte de

um particular ou entidade pública de uma forma:

Directa: através do consumo real

Indirecta: no caso da poluição gerada sobre um recurso hídrico.

Segundo dados do Relatório Planeta Vivo 2008 da World

Wildlife Fund (WWF), realizado em 2010, Portugal ocupava a

sexta posição, num conjunto de 140 países analisados, entre

os que apresentavam uma pegada hídrica mais elevada por

habitante.

Fonte: WWF Mediterranean Programme

U

FACTOS SOBRE A ÁGUA

• O Dia Mundial da Água comemora-se a 22 de Março.

A água encontra-se no nosso Universo, em vários

estados:

Gasoso: Na atmosfera de vários planetas

Líquido: No planeta Terra e Europa (lua de Júpiter)

Sólido: Na Lua, anéis de Saturno e cometas

Cerca de 75% da superfície do nosso planeta encontra-se coberta por água.

97% de toda a água do nosso planeta é salgada e apenas 3% doce (ver gráfico).

Apenas 1% de toda a água existente na Terra é doce e potável.

• O corpo humano tem na sua composição 60% de água.

• Aproximadamente 20% da água ingerida por um

humano provém de alimentos.

• Estima-se que um homem deve ingerir 2,5 litros de

água por dia e uma mulher, 2 litros.

• Quando a sensação de sede se manifesta significa que

o corpo já perdeu mais de 1% da sua quantidade total de

água.

• O ser Humano pode sobreviver mais de um mês sem

alimento mas apenas uma semana sem água.

• No nosso planeta 1 em cada 8 pessoas não tem acesso a

água potável.

• A cada 20 segundos morre uma criança devido a

doenças transmitidas por águas contaminadas.

3%

97%

água doce

água salgada

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Page 8: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 08

NOTA BENE

Gota a gota mudamos vidas:boas práticas no grupo Águas de Portugal

sem grandes preocupações que abrimos uma torneira e

consumimos água de qualidade, a qualquer hora do dia,

deixando-a correr pelo cano abaixo depois de a usarmos nas

mais diversas tarefas e situações. São gestos tão rotineiros que

nem pensamos neles, assim como não conseguimos imaginar

que, há pouco tempo, ainda existiam lixeiras a céu aberto a

poucos quilómetros das nossas casas.

Se recuarmos 20 anos, para 1993, em Portugal apenas 50% da

água para consumo era controlada e tinha boa qualidade. Os

indicadores de recolha e de tratamento das águas residuais

eram ainda mais baixos e, no caso dos resíduos sólidos urbanos,

apenas a partir de 1996 foram criados sistemas adequados para

o seu tratamento que permitiram desativar e encerrar as lixeiras

a céu aberto, num processo que se concluiu em 2001.

Saiba mais sobre o fim das lixeiras em Portugal em:http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3082&t=O-fim-das-lixeiras-em-Portugal

O grupo Águas de Portugal, através das empresas gestoras

dos sistemas de abastecimento de água, de saneamento de

águas residuais e de tratamento e valorização de resíduos, tem

sido um importante contribuidor para a melhoria dos níveis de

atendimento das populações nestes três domínios, promovendo

a dinamização e evolução destes serviços públicos essenciais à

vida dos indivíduos, à existência das sociedades e às dinâmicas

de desenvolvimento económico e coesão nacional.

A atividade das empresas do Grupo que operam no ciclo urbano

da água envolve a captação, tratamento e transporte de água

para consumo público e a recolha e tratamento das águas

residuais que são posteriormente devolvidas à natureza, em

condições ambientalmente seguras.

No que respeita aos resíduos, a intervenção das empresas do

grupo AdP tem contribuído para a diminuição dos impactos

negativos da produção de resíduos no ambiente, garantindo o

seu tratamento adequado e promovendo a sua valorização, seja

pela via da recuperação de materiais para reciclagem, reduzindo

o desgaste dos recursos naturais, seja pela vida da valorização

energética, contribuindo para diminuir a dependência do País

das fontes energéticas de origem fóssil.

Ao garantir um serviço público cada vez mais abrangente e de

É qualidade elevada, o Grupo AdP desenvolve uma relação de

simbiose com as comunidades onde as suas empresas operam,

criando condições para a melhoria da qualidade do ambiente

natural e humano dessas regiões.

A aproximação às comunidades faz-se também por via de

ações de sensibilização para boas práticas, quer no que diz

respeito ao consumo de água quer relativamente à produção e

encaminhamento de resíduos.

É o caso da campanha “Eu bebo água da torneira” desenvolvida

por algumas empresas do Grupo no sentido de incutir

na população valores de confiança para o seu consumo e

simultaneamente abordar esse consumo como uma prática

sustentável (água da torneira = menos resíduos + acessível a

todos + baixo preço).

Mais informação sobre esta campanha em:http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3081&t=Agua-da-

Torneira

Na vertente dos resíduos, destacam-se as várias campanhas de

incentivo à separação doméstica de materiais de embalagem

destinados a reciclagem, nomeadamente as que, nos últimos

anos, têm ligado à causa ambiental uma causa social.

Mais informação sobre estas campanhas em:http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3087&t=Reciclagem-promove-responsabilidade-social

No âmbito da responsabilidade social, o grupo AdP tem

em desenvolvimento a iniciativa “As nossas estrelas”, uma

campanha interna de apoio à Seleção Nacional de Natação

Adaptada com vista a ajudar na preparação dos atletas para

os Jogos Paralímpicos de Londres, que se realizam de 29 de

agosto a 9 de setembro. A iniciativa materializou-se na entrega

de 50 cêntimos por cada cartão eletrónico de Natal enviado

entre 2009 e 2011 e mobilizou os colaboradores das empresas

do Grupo em todo o país no apoio aos atletas paralímpicos de

natação, que passaram a ser as estrelas do Natal da Águas de

Portugal, tendo permitido angariar um total superior a 92 mil

euros.

Mais informação sobre esta iniciativa em:http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3085&t=As-nossas-estrelas-sao-os-atletas-paralimpicos-de-natacao

Artigo redigido ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Page 9: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 09

SINGULARIDADES

Museu Marítimo de Ílhavo

Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) foi fundado a 8 de

agosto de 1937. Lugar de memória dos ilhavenses

que o criaram, o Museu começou por assumir uma vocação

etnográfica e regional.

 

O MMI foi e é testemunho da forte ligação dos ílhavos ao mar

e à Ria de Aveiro. A “faina maior” (a pesca do bacalhau à linha

com dóris de um só homem) nos mares da Terra Nova e da

Gronelândia e as fainas agromarítimas da Ria são as referências

patrimoniais do Museu.

 

A cada um dos temas corresponde uma exposição permanente

que oferece ao visitante a possibilidade de reencontrar

inúmeros vestígios de um passado ainda recente.

 

Na Sala dos Mares, a terceira exposição permanente do Museu,

encontra-se uma variada coleção de modelos de embarcações

que exprimem a diversidade do património marítimo-fluvial

português e a forte ligação dos Ílhavos ao mar.

 

Além da riqueza das suas coleções e exposições, o edifício onde

hoje habita o MMI, inaugurado a 21 de outubro de 2001, é só por

si uma obra de arte pública. É um belo exemplar de arquitetura

moderna, foi distinguido pela crítica em diversos momentos.

O MMI comemora, em 2012, o 75.º Aniversário da sua fundação.

Comemorar os 75 anos do MMI significa reconhecer e enaltecer

o esforço e a dedicação de tanta e tanta gente que, ao longo

destes anos lhe deu vida, mas igualmente reafirmar e fortalecer

a aposta decidida da Câmara Municipal de Ílhavo neste seu

equipamento de excelência, um dos mais singulares e principais

museus portugueses, garantindo-lhe mais vida e mais futuro.

O No seu último ciclo de vida, que decorreu entre 21 de outubro

de 2001 e o final do ano de 2011, o MMI registou o número de

542.166 visitantes, indicadores de público que o confirmam

como o mais expressivo dos museus municipais portugueses e

um dos museus que registou maior afluência de público durante

a última década.

O 75.º aniversário do MMI coincide no tempo com um novo

momento de ampliação e renovação da sua realidade física

e do seu projeto, um ciclo de aprofundamento da identidade

marítima do Museu e de reforço do seu envolvimento com o

território, os públicos e a sociedade em geral.

Museu Marítimo de ÍlhavoAv. Dr. Rocha Madahíl3830-193 ÍLHAVOTel: (+351) 234 329 990

Fax: (+351) 234 321 797Mail: [email protected]: N 40º 36’ 16.11’’ | O 08º 39’ 57.65’’

Page 10: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 010

NAVIO-MUSEU SANTO ANDRÉO navio-museu Santo André é um pólo do Museu Marítimo de

Ílhavo. Fez parte da frota portuguesa do bacalhau e pretende

ilustrar as artes do arrasto.

Este arrastão lateral (ou “clássico”) nasceu em 1948, na

Holanda, por encomenda da Empresa de Pesca de Aveiro. Era

um navio moderno, com 71,40 metros de comprimento e porão

para vinte mil quintais de peixe.

Nos anos oitenta surgiram restrições à pesca em águas

exteriores que resultaram na redução da frota e no abate de

boa parte dela. O Santo André não escapou à tendência. A 21 de

agosto de 1997 foi desmantelado. O armador do navio, António

do Lago Cerqueira, Lda. (pescas Tavares Mascarenhas, S.A.)

e a Câmara Municipal de Ílhavo decidiram por mútuo acordo

transformar o velho Santo André em navio-museu. Convertido

em museu, inaugurado a 23 de agosto de 2001, o Santo André

iniciou um novo ciclo da sua vida: mostrar aos presentes e

vindouros como foram as pescarias do arrasto do bacalhau;

honrar a memória de todos os seus tripulantes durante meio

século de atividade.

Considerando o extraordinário êxito dos primeiros dez anos

de vida do Santo André como navio-museu e as excelentes

possibilidades que oferece como unidade patrimonial capaz de

articular consumos culturais e turismo, o navio-museu iniciou

um novo ciclo da sua existência que se pretende sustentável

e sempre dinâmica. Tal como os homens do mar sentem e

acreditam, também nós cremos que os navios têm vida e que

merecem preservá-la porquanto arquivam estórias e história,

memórias e identidades.

HORÁRIOS DE VISITA

Museu Marítimo de Ílhavo e Navio-Museu Santo André

Abril a Setembro Outubro a Março

Terça a sexta-feira: 10h - 18h Terça a sexta-feira: 10h - 18h

Sábado e domingo: 14h - 18h Sábado: 14h - 18h

O Museu Marítimo de Ílhavo e o Navio-Museu Santo André

encerram ao Domingo e à segunda-feira e nos seguintes feriados:

1 de janeiro, Sexta-feira Santa, Domingo de Páscoa, 1 de maio, 1

de novembro e 25 de dezembro. Nos restantes feriados, o Museu

Marítimo de Ílhavo e o Navio-Museu Santo André encontram-se

abertos no horário praticado ao Sábado (14:00-18:00).

CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO MAR DO MUNICÍPIO DE ÍLHAVOO CIEMar-Ílhavo é uma subunidade do Museu Marítimo de

Ílhavo (MMI) e, por inerência, do Município de Ílhavo. Elemento

estruturante do novo ciclo de vida do MMI, destina-se a

desempenhar uma missão de investigação científico-cultural

que tem como principais objetivos alimentar e renovar o projeto

cultural do Museu. A criação deste centro de investigação

dotado de funcionalidades arquivísticas, tecnológicas e

formativas no domínio da cultura do mar, tem ainda a

intenção de impulsionar a dinâmica de investigação do Museu,

ampliando-a de forma criativa e projetando-a a escalas mais

amplas.

Instalado no edifício que resulta da ampliação e remodelação

do antigo Externato de Ílhavo/Escola Preparatória, junto ao

MMI, o CIEMar-Ílhavo foi imaginado como uma estrutura aberta

a uma vasta comunidade de públicos e ao estabelecimento

de sinergias com diversas instituições e agentes de cultura

e conhecimento, nomeadamente em articulação com

Universidades e centros de investigação de reconhecida

competência na área marítima.

O CIEMar-Ílhavo assume-se como organização ativa no processo

de desenvolvimento local, regional e nacional; como organização

relevante no processo de valorização social da maritimidade,

sendo por isso composto por quatro valências ou subunidades:

CIEMar – unidade de investigação nas áreas de História

Marítima, Antropologia Marítima, Geografia Marítima e

investigação pluridisciplinar sobre conteúdos e patrimónios

materiais e imateriais representados no MMI.

DocMar - arquivo de temática marítima de singular importância,

que permite o desenvolvimento de projetos de investigação

sobre temas marítimos, em geral, e memória das pescas,

em particular. O DocMar é constituído por diversos fundos de

arquivo, entre os quais se destacam o Fundo Especial Octávio

Lixa Filgueiras, o Fundo da Comissão Reguladora do Comércio

de Bacalhau, os acervos de diversas empresas de pesca do

bacalhau, assim como, sob a forma de depósito, o arquivo da

Administração do Porto de Aveiro. O DocMar está aberto à

consulta pública.

MarInfo/Incubadora de empresas de conteúdos em cultura

do mar – unidade produtora de conteúdos em Cultura do Mar,

aplicáveis a museus e a outras instituições culturais, científicas

e educativas.

ForMarÍlhavo – unidade de educação informal capaz de

socializar grandes temas de cultura marítima e de partilhar

resultados de investigação do CIEMar em articulação com

outros agentes e instituições.

Navio-Museu Santo André

Jardim Oudinot

3830 GAFANHA DA NAZARÉ | GPS: N 40º 38’ 29.03’’ | O 08º 43’ 43.21’’

C.I.E.M.M.I.

Travessa Alexandre da Conceição

3830-196 Ílhavo

GPS - N 40.36’15’’ O 8.40’02’’

Tel.: (+351) 234 092 496

Mail: [email protected]

Page 11: Boas Práticas Revista #01

Na inauguração do CIEMar-Ílhavo foram assinados protocolos

com o Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço

e Memória» da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

(CITCEM); com o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da

Universidade de Aveiro (CESAM) e com o Centro de Estudos

Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra

(CEIS XX). Protocolos de cooperação que definem as relações

institucionais na dinamização científica e cultural do projeto do

CIEMar-Ílhavo, na utilização dos fundos de arquivo, da biblioteca

e das instalações, procurando a qualificação da produção de

conteúdos e da transmissão de saberes.HORÁRIO

Centro de Investigação e Empreendedorismo do Mar do

Município de Ílhavo

Segunda a sexta-feira: 10h - 13h | 14h - 18h

AQUÁRIO DE BACALHAUS E ÁREA DE RESERVAS (AMPLIAÇÃO DO EDIFÍCIO DO MMI)A nova ampliação do MMI, projecto da ARX Portugal, resultará

numa implantação física a noroeste do actual edifício e tem

prevista a sua inauguração no dia 21 de Outubro de 2012. O

Aquário de Bacalhaus e as novas reservas do Museu compõem

um bloco que se insere no lote da antiga Escola Preparatória,

agora convertida em centro de investigação, o CIEMar-Ílhavo.

O novo edifício do MMI contempla um equipamento urbano

autónomo que se relaciona com o espaço público, tanto com o

existente como com o futuro, expresso no plano de expansão da

cidade; um elo de ligação entre o museu e o CIEMar-Ílhavo.

Na articulação destas subunidades, o novo edifício assume-se

como um núcleo centrífugo, desenvolvido em três níveis:

1) o nível -1 apresenta-se como um piso técnico, dividido

em três grandes áreas funcionais: a) a quarentena/apoio

científico, como suporte do aquário expositivo; b) as

reservas, na perspectiva do armazenamento, da manutenção

e da investigação; c) as áreas técnicas de instalações e

equipamentos mecânicos.

2) no nível 0 faz-se o acesso ao edifício a partir do espaço

público, através de rampas, e do CIEMar-Ílhavo, através de um

tubo aéreo sobre o jardim.

Neste piso encontram-se o átrio e a recepção, aos quais se

sucedem a sala polivalente, destinada a pequenas reuniões/

conferências/workshops/projecções multimédia/exposições

temporárias, e a sala do aquário. Esta sala organiza-se em

rampa em torno do tanque e simula uma viagem que tem início

no fundo do mar, passando pela superfície, até à visão aéra da

massa de água. O circuito vai sendo, deste modo, pontuando

por momentos disitintos de visualização do bacalhau, apelando

à interacção física do visitante.

Um pequeno auditório marca uma pausa na visita.

3) ao nível 1 acede-se através de um sistema de rampas que

dá continuidade ao circuito iniciado em torno do aquário.

Neste percurso, o distanciamento ao plano de água é

crescente, permitindo panorâmicas do conjunto. Na rampa

que se estrutura como ponte sobre o tanque, uma superfície

transparente no pavimento sugere a experiência de pairar

sobre a água. A esse momento sucede-se a sala com o discurso

expositivo sobre a biogeografia do bacalhau.

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O Hub Porto é uma Plataforma de Inovação Social para a Promoção do Empreendedorismo, implementada no Porto pela Junta de Freguesia de Paranhos, enquanto resposta eficaz ao desemprego e promoção da criação do auto-emprego.

A autarquia reconhece que as boas ideias proliferam e devem ser estimuladas, pese embora, os obstáculos inerentes à alavancagem de qualquer projeto. Perante esta evidência, através do Hub Porto consegue disponibilizar um conjunto de serviços e equipamentos que todas as pessoas podem utilizar, internet, telefone, apoio administrativo, entre outros, reduzindo drasticamente os custos inerentes implementação de qualquer projeto ou ideia de negócio, pois os custos fixos, sendo partilhados, permitem a prática de valores bastante atrativos, impossíveis de outra forma.O coworking permite a partilha de uma sala com outros empreendedores, possibilitando o acesso a uma maior rede de contactos e de sinergias entre as diferentes áreas de trabalho de cada um. Os utilizadores, podem alterar o número de horas de utilização, mensalmente, mediante as suas necessidades. Para além deste espaço, os empreendedores podem também optar pelos gabinetes individuais, auferindo de maior privacidade.O espaço Hub Porto dispõe ainda de salas de formação, reunião, eventos e cozinha/bar.

VISITE-NOS!!

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http://[email protected]: 225 084 740Rua do TâmegaEstação de Metro Pólo Universitário (Linha Amarela)

Page 12: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 012

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PORTUGAL À ESCALA GLOBAL

Navio-Escola Sagres75 anos de vida, 50 ao serviço da Marinha Portuguesa

onstruído na cidade alemã de Hamburgo, em 1937, o

actual Navio-Escola Sagres – na época baptizado de

Albert Leo Schlageter – haveria de ser cedido à Marinha do

Brasil, por falta de entidades interessadas em acolhê-lo nos

Estados Unidos da América, a quem cabia por partilha dos

despojos da II Guerra Mundial. A 25 de Abril de 1962, a NRP

Sagres zarpou do Rio de Janeiro para a sua primeira viagem com

a bandeira portuguesa, tendo chegado a Lisboa a 23 de Junho,

depois de ter feito escalas no Recife, Mindelo e Funchal.

CURIOSIDADES

Navegou um total de 93885 horas (equivalente a 3911 dias

ou 10,7 anos ininterruptamente a navegar).

Realizou cinco missões de longa duração (superiores a

oito meses), das quais três voltas ao mundo (1978/1979,

1983/1984 e 2010), a Regata Colombo em 1992 e uma

viagem ao Japão, em 1993/1994.

Portos estrangeiros visitados: 166 (pelo menos uma vez),

num total de 385.

Somou 580540 milhas (o equivalente a 26,8 voltas ao

Mundo)

Argentina: onde se situa o porto de Ushuaia, o visitado

mais a Sul, em 201o

Guarnição de 9 Oficiais, 16 Sargentos e 114 Praças.

Rússia: país do porto visitado mais a Norte - Leninegrado

(actualmente São Petersburgo) -, em 1975.

Equador cruzado 31 vezes e Linha Internacional de Mudança

de Data cruzada três.

Sessenta países visitados.

C

Fonte: Marinha Portuguesa

Page 13: Boas Práticas Revista #01

ECONOMIA 3D“O facto de ser o primeiro e único segurador português sob a forma cooperativa aumenta substancialmente a nossa responsabilidade social”

ascida como seguradora de vocação náutica, patente

no nome com que foi baptizada a 27 de Julho de 1942, a

Mútua dos Pescadores é hoje a maior associação portuguesa

ligada ao sector da pesca profissional, fruto da diversificação

de competências e do portfolio de seguros que tem marcado as

últimas sete décadas.

Na evocação de 70 anos de vida, qual é o balanço que a Mútua

dos Pescadores faz da sua atividade, não só do ponto de vista

económico e do crescimento, mas também da perspetiva da

cultura cooperativa e da responsabilidade social, à luz dos valores

que a caraterizam?

MP: Fazemos um balanço globalmente muito positivo.

Por um lado, e a partir de meados dos anos oitenta, a Mútua dos

Pescadores tornou-se o maior segurador da pesca profissional. E

tem vindo progressivamente a consolidar e mesmo a aumentar a

sua presença nesse setor.

E a Mútua presta, além da disponibilização dos seguros, relevantes

serviços à fileira da pesca, de que é exemplo a matéria da

segurança. De tal forma que a Mútua recebeu a medalha de honra

das Pescas, atribuída pela tutela. Ao mesmo tempo, diversificou a

sua atividade noutras áreas marítimas, como sejam a aquacultura,

a náutica de recreio e marítimo-turística, o mergulho, a pesca

desportiva e outros desportos de beira-mar e ainda os interesses

seguráveis nas comunidades ribeirinhas.

Nos últimos anos, após a sua passagem a cooperativa em 2004,

a Mútua passou também a oferecer os seus serviços ao setor

cooperativo e social.

A Mútua cresceu de forma sustentada, como revelam os seus rácios

de gestão.

O facto de ser o primeiro e único segurador português sob a forma

cooperativa aumenta substancialmente a nossa responsabilidade

social.

Mas tal não constitui propriamente uma novidade, porque a Mútua

teve sempre como alvo prioritário a satisfação dos interesses dos

seus associados.

No seio das grandes organizações escrevem-se pergaminhos

todos os dias e sete décadas de História constituem a elevação

do contributo dos colaboradores e da confiança dos clientes,

traduzidos em factos, números e reconhecimentos públicos.

Nesta hora, quais é que são os marcos que a Mútua dos

Pescadores gostaria de dar a conhecer?

MP: O nascimento é sempre um momento ímpar na vida de

qualquer pessoa ou organização.

N Assim, começaríamos por destacar esse facto, ocorrido no já

longínquo ano de 1942, até porque a Mútua foi criada, na altura,

quase em simultâneo com outras três mútuas de seguros da pesca,

mas com a diferença de se vocacionar para a pesca artesanal.

O 25 de Abril, constitui também uma data histórica, na medida em

que permitiu dotar a Mútua das características verdadeiramente

específicas de um segurador que não tem por objetivo o lucro.

Depois, em 1984, a Mútua passou por um processo algo conturbado,

que culminou com a sua devolução aos associados, depois de uma

intervenção por parte do governo.

Já no arranque deste milénio sublinhamos um período de grande

desenvolvimento, com a incursão noutras áreas de atividade para

além da pesca.

Finalmente, o ano de 2004 merece igual destaque, dada a sua

transformação em cooperativa de utentes de seguros.

A versatilidade que a Mútua dos Pescadores tem assumido no

mercado segurador é, reconhecidamente, uma das mais-valias

do seu percurso de sucesso. Neste momento quais é que são os

setores abrangidos e em que áreas estratégicas é que gostariam

de se posicionar?

MP: Antes do mais, a Mútua pretende continuar a sustentar o seu

posicionamento na pesca, onde ainda existe – mau grado a situação

das pescas – algum espaço de crescimento.

De igual forma, queremos reforçar significativamente a nossa

participação, enquanto segurador especializado, nos outros setores

ligados ao mar.

Como vetor estratégico mais recente, e ainda com um campo de

desenvolvimento muito grande, apostamos fortemente na área do

setor cooperativo e social.

A Mútua dos Pescadores é o segurador português mais antigo em

atividade.

Mas nestes setenta anos, a Mútua tem crescido, tem diversificado

o seu negócio, tem renovado os seus produtos, tem prestado

importantes serviços aos associados e até ao País, ao mesmo

tempo que tem fortalecido a sua situação económica.

Digamos que a modernidade da Mútua resulta da experiência, do

trabalho, da capacidade de adaptação e da coerência dos princípios

que orientam este segurador que dispõe de um estatuto ímpar no

panorama segurador português.

A nossa mensagem final é de que os nossos colaboradores, os

nossos parceiros, os nossos utentes e os nossos associados podem

estar certos de que é nesta linha de pensamento e de ação que a

Mútua dos Pescadores enfrentará o futuro.

Lisboa: 213 936 300Aveiro: 234 368 115Funchal: 291 222 758Horta: 292 391 920Matosinhos: 229 382 531Nazaré: 262 551 031Olhão: 289 714 403Peniche: 262 780 040

www.mutuapescadores.pt [email protected]

Ponta Delgada: 296 288 940Portimão: 282 411 374Sesimbra: 212 231 775Setúbal: 265 537 343Sines: 269 635 844Viana do Castelo: 258 823 468Vila do Conde: 252 623 265

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Mútua dos Pescadores

Entrevista redigida ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Page 14: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 014

PERSPECTIVAS

Regresso ao mar: que rumos?por Manuel Pinto de Abreu | Secretário de Estado do Mar

muito oportuno e relevante que a primeira edição da

Boas Práticas | Revista dê ênfase ao mar colocando uma

questão que revisito amiúde, reavaliando o que estamos a fazer

e procurando corrigir, se necessário, a rota traçada. Felicito por

isso a sua Direção.

O regresso ao mar é uma certeza, deixando apenas em

aberto que rumos escolher nesse regresso. Ter um rumo é

realmente fundamental. Neste regresso ao último reduto do

desenvolvimento, já determinámos o rumo a seguir e queremos

mantê-lo com rigor e firmeza.

Tudo hoje nos impele para o mar. Mas temos de saber

como fazê-lo. É preciso uma abordagem sustentável e

pragmática para olhar o mar nas suas múltiplas vertentes e

potencialidades.

O Governo está determinado em garantir as condições

necessárias para que o mar seja para Portugal definitivamente

um caminho de futuro. Estamos totalmente empenhados em

desenvolver a política nacional do mar já definida de modo a

torná-la visível e tangível. A estrutura orgânica que o Governo

definiu para o mar – que está quase completa e contempla a

Direção-Geral de Política do Mar e a Direção-Geral de Recursos

Naturais, Segurança e Serviços Marítimos – é o garante da

realização deste caminho, em que a participação do sector

privado é determinante para o sucesso.

Para balizar este caminho são necessárias linhas mestras.

É

“Tudo hoje nos impele para o mar. Mas temos de saber como fazê-lo. É preciso uma abordagem sustentável e pragmática para olhar o mar nas suas múltiplas vertentes e potencialidades.”

Estamos, por isso, a atualizar a Estratégia Nacional para o

Mar (ENM), que será muito brevemente apresentada aos

portugueses. A ENM terá um plano que a operacionalizará e que

contemplará a ambicionada simplificação de procedimentos,

essencial para o desenvolvimento das atividades económicas

relacionadas com o mar.

Para chegarmos a bom porto, há porém muito a fazer, a

começar pelo conhecimento do meio marinho e dos seus

recursos. Neste campo, o Instituto Português para o Mar e

Atmosfera, I.P. e a Estrutura de Missão para a Extensão da

Plataforma Continental, que apresentou nas Nações Unidas a

proposta nacional de extensão da plataforma continental para

lá das 200 milhas náuticas, continuarão a desenvolver trabalhos

de investigação em parceria com múltiplas instituições de

investigação científica nacionais e estrangeiras com vista

a conhecer melhor o nosso mar e a analisar as diferentes

potencialidades que apresenta em termos económicos,

sem perder de vista a necessidade imperiosa de proteger a

biodiversidade.

São muitas as áreas em que a investigação já realizada permite

expectativas auspiciosas. Mas a exploração do mar requer

tecnologias, equipamentos e meios que Portugal tem de

continuar a adquirir para este efeito.

No presente, a pesca tradicional, o transporte marítimo e o

turismo ainda são as faces mais visíveis do que o mar tem

Page 15: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 015

XV, embora as dificuldades inerentes às especificidades deste

meio se mantenham.

Os rumos de regresso ao mar apontam hoje para novos desafios

como o reforço do conhecimento, a inovação, a qualificação

profissional, a criação de riqueza, mas também a preservação

da biodiversidade e a proteção ambiental do meio marinho.

Só assim Portugal poderá ser o país marítimo que todos

desejamos, encontrando no mar o sossego e prosperidade que

as futuras gerações precisam para se afirmar num mundo cada

vez mais competitivo.

Sigamos, pois, estes rumos. Portugal precisa e os

portugueses exigem!

para nos oferecer, mas

existem um sem número

de novas oportunidades

que não podemos

ignorar. Encontram-se

aqui os recursos minerais

e energéticos existentes

no leito e subsolo

marinhos, os recursos

biológicos, o potencial ainda fracamente explorado em offshore

(energia das ondas ou eólica, aquicultura) ou ainda um dos tipos

de recursos com maior potencial para gerar mais-valias a médio

prazo: os recursos genéticos. Estes apresentam um enorme

potencial para aplicações em novos produtos no quadro da

biotecnologia azul em áreas tão diversas como a biomedicina,

indústria e bioremediação, farmacêutica, cosmética entre

outros.

Gostaria de terminar reforçando a ideia com que comecei. No

regresso que desejamos ao mar temos de ser firmes e manter o

rumo, perseverantes perante as intempéries com que teremos

de nos confrontar. Os cabos das tormentas de hoje são de

natureza diferente dos sentidos pelos navegadores do século

“Para chegarmos a bom porto, há porém muito a fazer, a começar pelo conhecimento do meio marinho e dos seus recursos.”

“Os rumos de regresso ao mar apontam hoje para novos desafios como o reforço do conhecimento, a inovação, a qualificação profissional, a criação de riqueza, mas também a preservação da biodiversidade e a proteção ambiental do meio marinho.”

Artigo redigido ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Page 16: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 016

HOMENAGEM

Capitão João Braz: uma vida dedicada ao mar

oão Ramalho Braz tem 92 anos e é natural da Figueira

da Foz. Casado e pai de dois filhos, ainda se recorda

dos tempos em que decidiu embarcar na frota bacalhoeira

nacional, rumo à Gronelândia. Pescou bacalhau à linha entre

1943 e 1946. No ano seguinte enveredou pelos arrastões

bacalhoeiros, onde se manteve até 1953.

Boas Práticas | Revista (BPR): Como é que retrataria a pesca

do bacalhau há sessenta anos?

Capitão João Braz (CJB): A faina bacalhoeira era efectuada

em lugres, navios à vela que navegavam, inicialmente, sem

sistemas eléctricos, nem de comunicação a bordo. Só havia

velas e candeeiros a petróleo. Os navios partiam de Portugal e

voltavam, sem se saber qualquer notícia, num espaço de cinco a

seis meses. Segundo uma prática instituída na época, durante

o período de duração da campanha, as embarcações não iam a

terra. Se falecesse algum marinheiro, o corpo era atirado ao mar

e só à chegada a Portugal é que se sabia do acontecimento.

BPR: Qual era a rotina diária a bordo dos bacalhoeiros?

CJB: Entre as 23h30 e a uma hora da madrugada, os homens

escalavam e salgavam todo o bacalhau pescado à linha em

botes a remos, os dóris. Antes de dormir umas escassas cinco

horas e vestidos, os pescadores comiam, muitas vezes, pão e

bacalhau frito. Entravam nessa altura dois homens de vigia,

porque, no denso nevoeiro da região, podia levantar-se uma

tempestade repentina, ou vir um icebergue em direcção ao

navio.

BPR: Era compensador trabalhar em tão árduas condições?

CJB: Na realidade, para muitos homens, não. Trabalhava-se

muito para tão pouco rendimento, tendo em conta que um quilo

de bacalhau, nessa época, só para se ter uma ideia, custava

cerca de quinze escudos em qualquer loja. Posteriormente

enveredei pela pesca de arrasto, essa sim, mais apelativa e onde

J

a vida já era diferente. Já não saíamos de bordo, visto que o

navio operava com uma rede a reboque, estando-nos confiadas

as tarefas internas. Verificavam-se, também, melhores

condições de comunicações e de segurança.

BPR: Tendo em conta os meses que passavam na faina, sem

notícias, qual era a forma de superarem a distância?

CJB: Quando os navios começaram a dispor de meios de

recepção de ondas de rádio, tornou-se popular a escuta do

programa “Hora da Saudade” da antiga Emissora Nacional. O

pessoal que estava a trabalhar, normalmente de noite, ouvia

o programa através de um pequeno altifalante. Se, por acaso,

alguém da tripulação estava ocupado e ou outro colega ou o

capitão estava a ouvir, dizia: “Ó João, a tua família está a falar

na rádio!”. Se havia possibilidade de se ouvir desta forma, tudo

bem, mas nunca se parava de trabalhar.

BPR: Chegou a receber alguma mensagem da família nesse

programa radiofónico?

CJB: Sim, em 1943. A minha mulher, Maria da Conceição Gaia,

na altura namorada, falou numa das edições itinerantes do

programa “Hora da Saudade”, na Casa dos Pescadores de

Buarcos.

CURIOSIDADECriado pela antiga Emissora Nacional, em 1937, o programa

“Hora da Saudade” era dirigido à frota bacalhoeira em

campanha na Terra Nova, bem como à diáspora portuguesa

no continente americano. Apresentado por Curado Ribeiro,

esteve no ar durante 37 anos, tendo-se tornado célebre

pelas emoções transmitidas em directo.

Page 17: Boas Práticas Revista #01

HOMENAGEMProfessor Doutor Aureliano da Fonseca

averá, por ventura, poucas personalidades cuja

inspiradora História de vida possa caber numa

simples página. Aureliano da Fonseca, ilustre cidadão,

médico detentor de uma carreira irrepreensível,

reconhecida pelos seus pares, professor de uma

sensibilidade inigualável, a mesma que concentra na

poesia, na música e na fotografia, é uma delas. Aos 97

anos, é o médico mais antigo, em exercício da profissão,

em Portugal e, provavelmente, no mundo, porque, como

confessa – “gosto de me sentir útil”.

É na base de uma profunda contemplação perante a vida

que Aureliano da Fonseca valoriza a importância da gratidão

aos pais e educadores, como elemento primordial da

construção do carácter. Assumindo a objectividade de uma

existência quase centenária, por vezes sinuosa – reconhece

– e de um saber de mil experiências feito, Aureliano da

Fonseca é um daqueles exemplos para quem “morrer não

é uma fatalidade”, embora seja “o facto mais certo quando

alguém nasce”. É sob este princípio que afirma que “a

pessoa deve querer alongar a vida, é um dever” - de quem

a sente como “uma dádiva”. Consciente de que “a perfeição

não existe” e que “cada um tem de procurar ser o mais

perfeito possível”, o nosso homenageado defende que o ser

humano deve guiar-se por ideais nobres e altruístas, porque

conversas inúteis, mais do que tempo, “fazem perder vida”.

Contrariando o sonho de ingressar na Marinha Portuguesa,

no término dos estudos liceais, haveria de se destacar, já nas

cadeiras de Medicina, como figura de proa do renascimento

H PUB

do Orfeão e da Tuna da Universidade do Porto, em 1937,

exaltando velhas tradições culturais e académicas. É dele a

brilhante composição musical do tango “Amores de Estudante”,

com letra de Paulo Pombo, considerado, por muitos, mais do

que uma ode da Academia portuense, um verdadeiro hino

enaltecedor das capas negras de estudantes.

Aureliano da Fonseca, Professor aposentado de Dermatologia

e Venereologia, áreas em que elevou o conhecimento a várias

esferas de acção, no domínio público, assumiu o pioneirismo

na instituição da Educação Sexual em Portugal, num tempo

em que Portugal, virado para si próprio, se escandalizou.

Defensor acérrimo do Humanismo na Medicina, em detrimento

da deificação tecnológica, afirma convictamente que “o ser

humano sempre foi igual, a técnica é que evolui”, numa alusão

clara à importância do diálogo com o paciente. “Ter brio e

profissionalismo no que se faz, acima do gosto no que se faz”

é, nas suas palavras, o que permite ir superando os obstáculos

e, sucedendo assim, quando uma pessoa vive intensamente a

melodia da vida, “não está preparada para morrer”. Obrigado,

Professor, pelo Seu testemunho.

Page 18: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 018

ENTREVISTA

ATP - Associação das Termas de Portugal

Boas Práticas | Revista (BPR): Como faria o retrato actual do

termalismo em Portugal?

Teresa Vieira (TV): Neste momento assistimos, eventualmente,

a um dos melhores momentos da oferta termal nacional.

Nos últimos dez anos houve um esforço brutal, por parte dos

concessionários termais, em requalificar a oferta, quer em

termos de construção e requalificação de balneários termais,

quer na recuperação de património edificado associado às

termas. As termas são herdeiras de uma tradição secular em

Portugal que, de alguma forma, vivenciam no seu património.

Existem, neste momento, espalhadas pelo país, várias

emergências termais que estão em fase de estudos geológicos-

-médicos, onde poderão vir a surgir novos equipamentos.

Portugal tem uma capacidade de oferta, em quantidade e

qualidade, muito significativa, que, se por um lado, é uma

oportunidade que posiciona o termalismo num bom ranking

para se evidenciar - quer no mercado interno, quer no externo-,

por outro, também é uma fragilidade, na medida em que a

oferta é maior e é preciso que a procura cresça na mesma

proporção. Esse é o desafio e a nossa preocupação.

BPR: Qual é a tendência de fidelização dos clientes termais

e da captação de novos públicos, tendo em conta as

transformações operadas no sector?

TV: Continuamos com uma população sénior há muitos anos

fidelizada, e, do ponto de vista dos novos públicos que vamos

ganhando, estamos a entrar na faixa do jovem adulto e do

jovem sénior, entre os 35 e os 50 anos, para além de um público

de famílias. Não é de descurar uma aposta clara de muitos dos

balneários ao nível do termalismo terapêutico pediátrico, o que

leva a que muitas crianças sejam acompanhadas pelos pais.

Este aspecto está a gerar um novo público que se desloca às

termas não só pelo lado terapêutico, como pela vertente do

bem-estar e da promoção da saúde. Cada vez mais as termas

se renovam, não só pela oferta de equipamentos e instalações,

mas também pela forma como segmentam o seu serviço. Criar

“Neste momento assistimos, eventualmente, a um dos melhores momentos da oferta termal nacional”Entrevista com Teresa Vieira | Presidente da Direcção da Associação das Termas de Portugal

Luís Manuel Martins | Mariana Cruz

Page 19: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 019

estes hábitos na população leva a que, mais cedo ou mais tarde,

possamos sentir os efeitos claros destas políticas.

BPR: Em que medida é que Portugal se pode diferenciar dos

mercados externos no domínio do termalismo?

TV: Esse é um aspecto bastante importante. Dentro do turismo

de saúde e bem-estar, o termalismo é considerado um dos

produtos estratégicos para Portugal, sendo uma realidade

onde o nosso país pode competir internacionalmente. Desde

logo, pelas suas reconhecidas águas minerais naturais e depois

porque, mesmo em águas da mesma família, se verificam

claras diferenças de tipologia, patentes nas localidades onde

se inserem. Cada experiência termal é, deste modo, uma

experiência diferenciada. Se associarmos a isto o facto de

Portugal ser um país relativamente pequeno, onde se verifica

uma grande proximidade entre as estâncias termais e outros

recursos turísticos, o nosso país torna-se apelativo e com uma

força competitiva muito grande. Temos consciência de que é

preciso começar a trabalhar a motivação da procura externa,

que ainda é muito pequena, em mercados potenciais como

o alemão e o francês. Apenas cinco por cento dos clientes

são internacionais e a grande maioria destes provém de um

mercado de proximidade que é Espanha.

BPR: Que caminhos podem ser percorridos na afirmação

do termalismo como um produto de saúde por excelência,

no panorama europeu, onde existe uma oferta vasta e

concorrencial?

TV: Ultimamente, muito se tem discutido à volta da questão

da transposição da Directiva Comunitária para a Livre Circulação

de Doentes e de como Portugal se tem de preparar para

esta realidade. A 27 de Setembro de 2011, uma resolução

do Parlamento Europeu, cuja temática era “A Europa como

Primeiro Destino Turístico Mundial”, referia que o turismo de

saúde se constituía como uma das apostas estratégicas e,

dentro da componente da saúde, destacava o que se baseava na

utilização de recursos naturais. A Europa detém um património

hidrogeológico muito importante e, nesse aspecto, Portugal

tem uma palavra a dizer. Por outro lado, existe uma janela

de oportunidade na potencial associação do termalismo aos

seguros de saúde. A nível de benchmarking, Portugal tem,

igualmente, muito a aprender com a experiência europeia e

com os países onde estas políticas já foram implementadas,

com uma estratégia clara de rentabilização do sector da saúde.

Isto porque estamos a falar não só de ganhos efectivos em

saúde, mas também da diminuição de custos associados

aos tratamentos. Noutro âmbito, integrámos o board da

European Spa Association, aliados ao grupo de trabalho que

desenvolveu a norma ISO Medical Spa Services, que, quando

estiver normalizada, constituirá um referencial de certificação

específica para equipamentos que prestam serviços médicos

no âmbito das termas e spas médicos. Tendo como base este

projecto, a Associação das Termas de Portugal desenvolveu um

Manual de Boas Práticas do sector, que propôs à Direcção-Geral

de Saúde, tendo sido aprovado por esta.

BPR: Quais os desafios com que o sector se confronta na

actual conjuntura económica e social?

TV: Numa altura em que, em Portugal, precisamos de gerar

empregabilidade, corrigir assimetrias, contribuir para a fixação

das populações e desenvolver pólos de desenvolvimento

económico - sabendo o histórico que existe das termas e o efeito

multiplicador das mesmas nas localidades termais -, considero

fundamental haver uma concertação entre o Ministério da

Economia, que tutela os equipamentos turísticos termais,

e o Ministério da Saúde, que monitoriza as termas como

unidades prestadoras de cuidados de saúde. Não é, igualmente,

compreensível que a tutela da saúde deixe de comparticipar as

práticas termais, por via do Serviço Nacional de Saúde. Recordo

que uma grande parte das patologias tratadas nos nossos

balneários são crónicas e, neste sentido, não estamos a eliminar

uma despesa, mas sim a deslocalizá-la, isto é, transitando

de um tratamento termal, para um tratamento terapêutico

convencionado, que não ficará, necessariamente, mais

económico ao Estado, nem mais favorável ao doente. Temos

mais de 35 termas em funcionamento, outras em construção

e pessoas interessadas em investir nas termas. É esta magia,

este encantamento, que os responsáveis têm de transmitir a

quem decide a estratégia e a quem pode fazer a diferença. Não

é fácil, é um desafio de todos os dias, mas constitui a nossa

principal motivação e rumo dos próximos tempos.

“Cada experiência termal é (...) uma experiência diferenciada.”

NÚMEROS DE 2011

35balneários em funcionamento

100mil clientes

90por cento do volume de negócios gerado pelo termalismo terapêutico

Page 20: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 020

PENSAR SAUDÁVEL

A Protecção Solar: o que precisa saberMariana Cruz | Susana Cruz

s dias quentes e soalheiros que se aproximam aumentam

a vontade de contacto com o ar livre e, como tal, uma

ida à praia, piscina ou ao campo surge regularmente como uma

escapatória saudável. No entanto, esta é também a altura

do ano em que se deve ter atenções redobradas ao nível de

exposição solar a que nos submetemos. Um período de tempo

demasiado prolongado ao sol pode conduzir a algo bastante

mais prejudicial do que o pontual escaldão.

Apesar da percentagem de radiação solar que efectivamente

atinge a superfície do nosso planeta ser baixa, esta engloba,

entre outros, os raios ultravioleta (UV). Estes conseguem

atravessar a nossa atmosfera e podem ser extremamente

nocivos para a nossa saúde quando não levados em

consideração.

De entre estes destacam-se:

OS UVAAtingem as camadas mais profundas da pele, sendo

responsáveis pelo envelhecimento cutâneo.

Estimulam a produção de melanina, pigmento responsável pelo

bronzeado imediato.

OS UVBActuam nocivamente sobre as camadas superficiais da pele,

provocando assim os denominados “escaldões”.

Estimulam a síntese da vitamina D.

Os raios UVA e UVB, em conjunto, penetram as camadas que

compõem a pele, a epiderme e derme, tornando-se assim

os maiores responsáveis pelo dano causado a este tecido. O

envelhecimento precoce, a flacidez e o aparecimento de rugas

e manchas são apenas alguns dos efeitos nocivos causados por

este tipo de radiação.

O

Page 21: Boas Práticas Revista #01

PROTECTORES SOLARESA escolha do protector solar deve ter em conta as

especificidades de cada individuo, nomeadamente o

fotótipo. Este conceito engloba as seguintes características:

a cor de pele e do cabelo, a tendência para desenvolver

escaldões e facilidade ou dificuldade em bronzear.

A escala utilizada tem como extremos o fotótipo I - um

individuo por norma com pele muito clara, ruivo e que não

desenvolve bronzeado – e, como extremo oposto, o fotótipo

VI, aquele que exibe cabelo e pele escuros e que nunca

apresenta escaldões.

É importante realçar que, apesar de ser uma barreira

importante, o bronzeado não protege totalmente a pele dos

raios UV. Deste modo, mesmo pessoas com fotótipo VI não

devem dispensar a aplicação de protector solar.

A aplicação do protector deve ser feita pelo menos 30

minutos antes da exposição solar e repetida em intervalos

de duas horas.

Depois de qualquer actividade que promova a remoção do

protector solar da pele, como por exemplo, os banhos de

mar, a secagem da pele e a actividade física é importante

a sua reaplicação. Este procedimento aplica-se a todos os

protectores solares, mesmo aos designados “à prova de

água” uma vez que esta diminui a eficiência dos filtros UV.

A aplicação do protector solar não deve servir para justificar

exposições solares prolongadas e deve incluir todas as partes

do corpo expostas, nomeadamente aquelas que geralmente

caem no esquecimento como as orelhas e os pés.

É importante referir que a sombra proporcionada por um

guarda-sol não é um factor de protecção total uma vez que

a areia reflecte cerca de 15 a 25% da radiação UV incidente.

O mesmo se verifica com a água e a relva ainda que em

percentagens mais baixas.

Do nosso guarda-roupa próprio para um dia de exposição

solar devem constar chapéus e óculos de sol que ajudem a

proteger o nosso rosto, lábios e olhos respectivamente.

A exposição solar deve ser feita de forma gradual, uma

vez que a nossa pele necessita de algum tempo para se

adaptar a este factor. Recomendam-se actividades que

promovam o movimento aquando a exposição e é vivamente

desaconselhado adormecer ao sol.

Os períodos de exposição solar não devem incluir as horas de

maior incidência dos raios ultravioletas (UV) na terra. Assim,

deve ser evitada a permanência ao sol entre as 11 e as 16

horas.

Mesmo em dias com alguma nebulosidade, a prudência

não deve ser esquecida, uma vez que cerca de 40 a 60% da

radiação solar consegue transpor a barreira formada pelas

nuvens e chegar à superfície terrestre.

CRIANÇASA pele das crianças ainda se encontra em desenvolvimento

estando assim mais susceptível a lesões cutâneas. As

queimaduras solares, nesta fase mais prematura da vida,

duplicam o risco de desenvolvimento de cancro de pele a

longo prazo.

As crianças com menos de dois anos não devem ser expostas

directamente ao sol. Devem ser utilizados para a sua protecção

no dia-a-dia, os designados protectores solares minerais de

índice 50+. Por outro lado crianças com mais de dois anos,

nas suas brincadeiras balneares, devem ter como protecção

adicional camisola de tecido não poroso, chapéu e óculos de sol.

Os efeitos nefastos da exposição solar são cumulativos, isto

é, a pele apresenta uma “memória” dos todos os episódios

negativos ocorridos. Tal facto é de particular relevância uma vez

que é durante a infância e adolescência que ocorre mais de 50%

da exposição solar na vida do ser humano.

Deve-se efectuar uma ingestão frequente de líquidos ou

alimentos ricos em água como frutos e legumes prestando

especial atenção às crianças e aos idosos.

Após a exposição solar é aconselhada a aplicação de um creme

ou loção hidratante de forma a evitar danos provocados pela

desidratação.

FILTROS ORGÂNICOS OU QUÍMICOSAbsorvem os raios UV

Necessitam de pelo menos 30 minutos para actuarem

Indicados a partir dos 2 anos

Aplicação prática

FILTROS MINERAIS OU FÍSICOSReflectem os raios UV

Actuam de imediato

Indicados para crianças até aos 2 anos de idade

Aplicação mais morosa

“A aplicação do protector solar não deve servir para justificar exposições solares prolongadas(...)”

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Page 22: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 022

PENSAR SAUDÁVEL

Conselho Português de Ressuscitação | Salvar Vidas – Projeto Nacional

Ensinar a salvar vidas: uma missão nobre

ançado pelo Conselho Português de Ressuscitação (CPR)

com o objetivo de levar à sociedade civil o conhecimento

e as boas práticas sobre reanimação, o Salvar Vidas - Projeto

Nacional inscreve-se na área da responsabilidade social, numa

óptica de cidadania, baseando a sua estratégia de disseminação

num roadshow que percorrerá, em digressão, as principais

cidades e localidades de Portugal.

“Partindo do facto de que a doença cardiovascular é a principal

causa de morte em Portugal, o objetivo da campanha Salvar

Vidas – Projeto Nacional é alertar os cidadãos, os jovens e as

empresas para o seu papel na cadeia de sobrevivência que, em

última análise, pode resultar em salvar vidas”, começa por nos

apresentar o CPR. Esta entidade sem fins lucrativos tem por

objecto, de entre outros, a coordenação e a promoção integrada

de iniciativas relacionadas com a reanimação, à luz das boas

práticas.

A campanha Salvar Vidas – Projeto Nacional procura aliar a

teoria do Suporte Básico de Vida à prática simulada, através

de acções de masstraining, ou seja, dirigidas a uma audiência

alargada, que são conduzidas por profissionais de emergência

médica. Nesta formação é dada particular importância ao

primeiro e ao segundo elo dos quatro que compõem a cadeia

de sobrevivência, ou seja, os respeitantes ao reconhecimento

antecipado da situação, seguido de pedido de ajuda através do

112 (Número Europeu de Emergência), bem como à aplicação

do Suporte Básico de Vida – para ganhar tempo, enquanto

não chega, por exemplo, uma Viatura Médica de Emergência e

Reanimação. Os restantes dois elos da cadeia de sobrevivência

L são a eventual Desfibrilhação – para reanimar o coração e os

cuidados pós-reanimação – para recuperar a qualidade de vida

do paciente.

O CPR tem centrado a sua grande aposta no roadshow de

sensibilização e em acções específicas em escolas e empresas,

a decorrer entre Março e Setembro de 2012. A iniciativa já

passou pelas cidades do Porto, Matosinhos, Coimbra, Vila

Real e Chaves. “Está actualmente demonstrado que ensinar

suporte básico de vida ao maior número possível de cidadãos é

um dos processos mais eficazes de salvar vidas, ao promover

uma resposta adequada a situações de paragem cardíaca

na comunidade”, afirma o CPR, apontando que “em diversos

países, de que são exemplos paradigmáticos a Noruega e

o Reino Unido, entre outros, este conhecimento levou à

introdução progressiva do ensino do suporte básico de vida nas

escolas e com jovens”.

QUER SER VOLUNTÁRIO?

O Salvar Vidas – Projeto Nacional é também uma iniciativa

aberta ao voluntariado, quer de profissionais da área da

saúde, quer de cidadãos interessados por esta temática,

que se poderão inscrever usando os seguintes contactos:

Conselho Português de Ressuscitação

Rua Sá da Bandeira, 819 – 1.º Esq.

4000-438 Porto

Telefone: 222 019 157

Fax: 222 014 402

E-mail: [email protected]

Page 23: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 023

PENSAR SAUDÁVEL

A arte causa sempre efeitos colaterais

uando entramos num hospital costumamos logo deparar

com uma placa que em letras grandes exige: Silêncio.

Entretanto há uma grande discordância entre o pedido e o

cumprido... Um hospital é um lugar cheio de sons e um hospital

pediátrico é ainda mais repleto de sons.

Se prestarmos alguma atenção, ouviremos o rumor das

máquinas e aparelhos que apitam, os sons das macas e das

portas a abrir e fechar. Os telemóveis tocam (são proibidos...

mas tocam), as  pessoas falam, as televisões falam (e cantam

e gritam), as crianças choram, as mães suspiram... tudo isto

misturado, criando um continuo murmúrio que pode variar de

intensidade e volume.

Trazer uma dupla de palhaços e incentivá-los a actuar nesse

ambiente é sempre  uma grande aventura. Como fazê-los

funcionar de forma que ao criarem a sua “cena” não contribuam

para aumentar os ruídos à sua volta? Como transitar entre a

alegre confusão criada pela presença de um ser tão especial

no imaginário das crianças e a necessidade de se manter um

ambiente harmonioso? Afinal o paciente da cama ao lado pode

estar a dormir ou precisar descansar.

Entretanto a  verdade é que a vida é feita de sons. E os

hospitais precisam e dependem da vida. Aliás a vida é o seu

principal produto. Por isso acreditamos que devemos espalhar a

nossa música e a nossa arte  pelos Hospitais.

E é por isso que cantamos pelos quartos e corredores

e desafiámos todos a se juntarem a nós. Cantamos

porque podemos, porque devemos... porque estamos vivos

temos voz e somos felizes!  Aliás nem sabemos se cantar nos

faz felizes, ou se somos felizes porque cantamos. E é por isso

que nos dedicamos com profunda seriedade a fazer caretas e

piruetas provocando gargalhadas deliciosas num bebé. Pois

o som desta gargalhada vai encher cada centímetro daquele

quarto de frescura fugindo para os corredores enquanto espalha

boa disposição. E é por isso, ao  encontrar numa enfermaria  um

pequeno bebé a dormir aconchegado no colo da mãe, o doutor

palhaço sabe que mesmo em perfeito silêncio ao entrar nas

pontas dos pés e trazendo o dedo indicador firmemente

colocado sobre os lábios enquanto murmura docemente SHHH,

estará a levar para dentro do quarto uma “música” suave e doce.

Essa é a nossa música: às vezes melodiosa, às vezes cómica,

às vezes mais alegre, às vezes até um bocadinho triste...

mas sempre afirmando o que temos de melhor. A nossa

humanidade.

Nos últimos 10 anos a presença dos artistas dentro dos

hospitais cresceu consideravelmente, este é na verdade um

movimento natural, pois um hospital é essencialmente um

local aonde seres humanos cuidam e tratam de outros seres

humanos e  nada é mais definitivo da expressão do que é

humano do que a arte em sua essência.

Nada toca e regenera mais o espirito do que a harmonia das

notas musicais, a magia das cores sobre a tela, as palavras

mágicas de um conto tradicional ou a boa gargalhada de uma

criança quando encontra um palhaço.

Nas palavras de Patch Adams:  “A arte tem enorme poder de

aumentar a comunicação e o entendimento, educar e embelezar.

A arte facilita a mudança social. A arte cura.”

Q

“(...) um hospital é

essencialmente um local aonde

seres humanos cuidam e tratam

de outros seres humanos e  nada

é mais definitivo da expressão do

que é humano do que a arte em

sua essência.”

Beatriz Quintella | Presidente e Palhaço

Page 24: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 024

EMPREENDEDORES

AITB | Associação Ibérica de Termalismo e Bem-Estar

Por Teresa Pacheco Osa | Presidente da AITB e Directora da revista Tribuna Termal

epois de um período de meditação e intercâmbio de

ideias, formalizou-se, em Fevereiro do ano passado,

a criação da Associação Ibérica de Termalismo e Bem-Estar

(AITB). Os sócios fundadores pertencem ao mundo do

Termalismo, destacados em diferentes áreas que integram

este sector, tanto em Espanha, como em Portugal.

A AITB nasceu por iniciativa da revista Tribuna Termal, com

o objectivo de congregar sinergias entre os profissionais

e os interessados no mundo do termalismo. Neste

sentido, pretende-se contribuir, de forma eficaz, para o

desenvolvimento, fortalecimento e divulgação da cultura

da água, em geral, e da importância do termalismo para a

prevenção e alívio das mais diversas patologias, em particular. O

nosso objectivo é aportar novas ideias para o desenvolvimento

optimizado e sustentável do chamado Turismo de Saúde

baseado na água, extensível aos diversos balneários, centros de

talassoterapia e spas.

O IMPORTANTE É SOMARA AITB é uma entidade que procura unificar. Unificar

clarificando critérios, no que diz respeito ao reconhecimento de

estabelecimentos e clarificando sempre quais as diferenças que

lhes são intrínsecas, como consequência da origem das águas

e dos benefícios específicos que cada centro aporta através da

sua aplicação. Este mesmo sentido de unificação levou-nos,

igualmente, a eleger como âmbito de actuação a Península

Ibérica, incorporando Portugal, país com o qual partilhamos

muito mais características do que aquelas que nos diferenciam.

Trata-se de constituir uma frente comum que permita à “velha”

Ibéria enfrentar, através da concórdia e da cooperação, os

mercados externos, em particular os países de língua espanhola

e portuguesa, transferindo uma experiência secular e reforçando

a nossa capacidade de regeneração económica e empresarial

nos tempos mais difíceis.

DECLARAÇÃO DE INTENÇÕESConstituem objectivos da AITB pôr em comum conhecimentos,

meios e actividades para alcançar o interesse geral do

desenvolvimento sustentável do termalismo, numa perspectiva

territorial, turística, de saúde, social, científica, cultural, do meio

ambiente e hidromineral. Desta forma, pretende-se promover a

planificação, a gestão integral e o aproveitamento sustentável

dos recursos hidrominerais existentes nos municípios

termais da Península Ibérica, promovendo o desenvolvimento

socioeconómico e o emprego. Por outro lado, a AITB visa

elaborar, desenvolver e gerir Programas de Turismo Sustentável

e todo o tipo de iniciativas de dinamização turística que se

possam projectar a partir das diversas administrações, actuando

como entidade colaboradora.

CLUBE DE EXCELÊNCIA TERMALOutra das finalidades da Associação Ibérica de Termalismo

e Bem-Estar é a constituição do Clube de Excelência Termal

(CET), que será dirigido por um Comité Técnico, multidisciplinar,

constituído por profissionais do termalismo e bem-estar, eleitos

entre os membros da AITB. Este Clube tem como objectivo

desenvolver um conjunto de procedimentos, elaborados e

validados pelo Comité Técnico, com a finalidade de estabelecer

padrões mínimos a cumprir pelos estabelecimentos que a ele

pretendam aderir. O Clube de Excelência Termal será um clube

de carácter privado, pelo que as suas decisões e normas não

implicarão directrizes de cumprimento obrigatório. Contudo,

é intenção da AITB consolidar-se como uma instituição

prestigiada e de reconhecido profissionalismo, para que os

pareceres por si emitidos sejam tidos em consideração.

LINHAS DE ACTUAÇÃOPara além da formação do Clube de Excelência Termal, outra

das nossas principais apostas é levar a cabo a coordenação

da Plataforma Nacional de Promoção Exterior do Turismo e

Saúde, denominada SpaSpainWellness, que até agora apenas

está presente em Espanha, ainda que seja nossa intenção

concretizar, posteriormente, uma marca conjunta hispano-

lusa. Uma das actuações bilaterais que se está a empreender

a partir da AITB, liderada por Portugal, é o estudo relativo à

comunidade receptora numa localidade termal um estudo

que pretende conhecer e analisar a opinião e envolvimento da

população residente no fenómeno termal de forma a conhecer o

seu efectivo contributo para a promoção desta actividade. Este

estudo será realizado em diversas cidades e vilas termais de

Portugal e Espanha.

Estamos, igualmente, a organizar as III Jornadas Profissionais

de Termalismo e Wellness (jornadas técnicas anuais que

permitem aos profissionais do termalismo, da talassoterapia e

spas ficar a par das tendências internacionais do sector) que, de

acordo com o previsto, terão lugar na ilha espanhola de Grande

Canária, no próximo mês de Setembro. É intenção da AITB que

as Jornadas de 2013 se realizem em Portugal.

Entre as futuras actuações da Associação, pretendemos edificar

o Museu Ibérico do Termalismo e Talassoterapia e criar o Centro

de Documentação Termal.

D

Para se associar ou obter mais informações: E-mail: [email protected]

Telefone: 00 34 916 166 350

Sentidos de unificação

Page 25: Boas Práticas Revista #01

ViniPortugalODES A BACO

Portugal – O Hotspot da Cena Internacional do Vinho

budget de 7 milhões de euros para a promoção dos vinhos

Portugueses em 11 mercados, incluindo o nacional. Estados

Unidos e Brasil são os dois mercados estratégicos, mas Angola,

China, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Países Nórdicos e

Portugal encontram-se nos seus mercados prioritários.

Este ano foram já realizadas provas de vinhos Portugueses

em Londres, Nova Iorque, São Francisco, Miami, Toronto,

Helsínquia, Estocolmo, Brasília e São Paulo. Estivemos

presentes nalgumas das maiores feiras para profissionais

e consumidores como a Prowein-Dusseldorf, a London

International Wine Fair, a Expovinis-São Paulo, a Vinexpo

Hong Kong, a Topwine-Pequim, a New York Wine Expo entre

outras. E muito mais está planeado, desde formação em

vinhos Portugueses, promoções em restaurantes e pontos de

venda, a eventos emblemáticos como a Gala em Nova Iorque

de revelação dos “50 Great Portugueses Wines” para os EUA

seleccionados pelo Master Sommelier e Master of Wine Doug

Frost.

Há, no entanto, muito ainda a fazer para

reforçar a notoriedade e o valor

da marca Wines of Portugal,

pois nalguns mercados o

desconhecimento sobre Portugal e

os vinhos portugueses é ainda o

obstáculo a ultrapassar. Mas isto

serve de motivação ao sector,

pois atesta o enorme potencial

de crescimento que os vinhos

portugueses ainda têm por

todo o mundo.

ortugal possui um património invejável no mundo do

vinho. Apesar dos portugueses estarem despertos para

a importância do vinho na nossa cultura e na nossa economia,

muitos desconhecem factos fascinantes de pioneirismo do

nosso país no sector vitivinícola. Factos tão importantes como

produzirmos vinho há mais de 2000 anos ou de termos sido

o primeiro país do mundo a plantar vinha. Isto mesmo antes

de existirmos enquanto nação independente. O comum do

português provavelmente também desconhece que Portugal

foi o primeiro país do mundo a ter uma região vitivinícola

demarcada e regulamentada – a região do Douro. Essa região

ímpar na técnica de plantar vinha em socalcos, que é hoje

Património Mundial da Humanidade e de onde provém o vinho

fortificado mais famoso do mundo – o vinho do Porto. Talvez

desconheçam igualmente que Portugal é o país do mundo com

maior número de castas autóctones, a maioria das quais não

existindo em mais nenhuma parte do mundo. E é isto, aliado

aos terroirs, que torna os nossos vinhos únicos no mundo.

Mas os vinhos portugueses não vivem do passado. Eles hoje

estão mais dinâmicos do que nunca. Apesar do nosso território

ser pequeno, Portugal é já o 10.º maior exportador de vinho

do mundo e o 5.º da Europa. Assume assim uma posição de

relevância no mercado internacional, sendo um dos grandes

players do chamado Velho Mundo – os países com uma tradição

secular na produção de vinho.

Fruto dos significativos investimentos realizados nas últimas

décadas na vinha e na produção de vinho em Portugal, a

qualidade, a consistência e a elegância dos vinhos por nós

produzidos deram um passo de gigante. Hoje a reputação

internacional dos vinhos Portugueses é inquestionável. A

qualidade dos vinhos portugueses está ao nível do melhor

que se faz no mundo. Portanto, não é de surpreender que hoje

cerca de 80% de todos os vinhos portugueses submetidos a

concursos internacionais acabem por sair desses concursos

premiados. Na última edição do International Wine Challenge

Portugal foi o 3.º país com mais medalhas de ouro.

As exportações de vinho português demonstram também

este dinamismo do sector. Em 2011 as exportações de vinhos

tranquilos cresceram 21% na Europa e no resto do mundo. No

primeiro trimestre deste ano o crescimento homólogo está já

situado nos 38%.

Estes são os resultados de um trabalho intenso de todo o sector

desde a produção, passando pelo comércio e as instituições e

entidades que se dedicam à promoção dos vinhos portugueses

no estrangeiro. A ViniPortugal tem trabalhado desde 1997

na promoção da marca país, com a missão de contribuir

para o aumento das exportações através da valorização

da marca Wines of Portugal. Este ano conta com um

P

“Hoje a reputação internacional

dos vinhos Portugueses é

inquestionável. A qualidade dos

vinhos portugueses está ao nível

do melhor que se faz no mundo.”

Page 26: Boas Práticas Revista #01

AGENDA

19 A 22 DE JULHO | THE TALL SHIPS RACES 2012 LISBOA

A capital portuguesa vai acolher, entre os dias 19 e 22 de Julho, o consagrado evento Tall Ships Races 2012, a Regata dos Grandes Veleiros, sob o lema 5 Portos, 5 Culturas, 1 Regata. A 8 de Julho, os navios zarparão do porto francês de Saint Malo, rumo a Lisboa. Das águas do Tejo, seguirão viagem para Cádis, no Sul de Espanha, onde estarão atracados entre os dias 26 e 29 de Julho. Partem daí para um novo destino – a cidade da Corunha – ficando em águas galegas de 10 a 13 de Agosto. A etapa final terá como destino Dublin, capital da República da Irlanda, porto onde o evento se mostrará entre os dias 22 e 26 de Agosto, até ao seu término.Programa completo em: www.tallshipslisboa.com

22 DE JUNHO A 28 DE JULHO | Verão na casa 2012

Casa da Música (Porto)www.casadamusica.com

2 A 12 DE AGOSTO | Viagem Medieval | Sta. Maria

da Feira

www.viagemmedieval.com

31 DE JULHO | Hugh Laurie & The Copper Bottom Band

Coliseu dos Recreios (Lisboa)www.coliseulisboa.com

6, 7 E 8 DE JULHO | The Famous Humour Fest

Festival de Humor de Lisboa

Cinema São Jorge (Lisboa)www.cinemasaojorge.pt

29 E 30 DE JUNHO E 1 DE JULHO | Festival Panda 2012

Estádio do Restelo (Lisboa)www.canalpanda.pt

6ª FEIRAS DE JULHO - 21H30 | Festival de música

Mar Shopping

Vários artistaswww.marshopping.com

30 DE JUNHO | Douro afternoon

Evento de música electrónicaFoz do Douro (Porto)www.cm-porto.pt

ATÉ 31 DE AGOSTO | 2.ª Mostra do Porto

Galeria Biblioteca Municipal Almeida Garrettwww.cm-porto.pt

28 DE JULHO | Green Summer Party

Bragawww.bragacej2012.com

GUIMARÃES 2012 | Capital Europeia da Cultura

Até 2 de Setembro | Emergências 2012 Novos MediaAté 31 de Dezembro | Descobrir Guimarãeswww.guimaraes2012.pt

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ATÉ 15 DE JULHO | Game On: a exposição sobre videojogos

Museu de Arte Popular (Lisboa)gameon.gameover.sapo.pt

Page 27: Boas Práticas Revista #01

BOAS PRÁTICAS | REVISTA 027

A MORTE SÚBITA DE CAUSA CARDÍACA É FREQUENTE EM PORTUGAL E ACONTECE NOS

LOCAIS E NOS MOMENTOS MAIS INESPERADOS.

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Page 28: Boas Práticas Revista #01

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