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Vocacionada para uma temática informativa geral e de âmbito nacional, a Boas Práticas Revista pretende dar a conhecer os melhores exemplos de instituições e personalidades da Sociedade e do Estado, na óptica de uma cultura de excelência, assente no desígnio de fomentar a identidade nacional e afirmar a imagem de Portugal no Mundo.
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BOAS PRÁTICAS | REVISTA 01
TEMA DO SEPARADOR
29
Jun
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20
12 | B
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A Protecção Solar: o que precisa saber
Pensar saudável
PerspectivasRegresso ao mar: que rumos?por Manuel Pinto de Abreu | Secretário de Estado do Mar
EntrevistaATP - Associação das Termas de Portugalcom Teresa Vieira | Presidente da Direcção da Associação das Termas de Portugal
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 03
ÍNDICE
04 | ESTATUTO EDITORIAL
13 | ECONOMIA 3D
06 | A Boas Práticas | Revista apresenta-se... 14 | PERSPECTIVAS
16 | HOMENAGEM
18 | ENTREVISTA
20 | PENSAR SAUDÁVEL
07 - 08 | NOTA BENE
09 | SINGULARIDADES
12 | PORTUGAL À ESCALA GLOBAL
05 | EDITORIAL Mútua dos Pescadores | 70 Anos
Apresentação do Projecto Editorial da Boas Práticas | Revista
Regresso ao mar: que rumos?Por Manuel Pinto de Abreu | Secretário de Estado do Mar
Capitão João BrazProfessor Doutor Aureliano da Fonseca
Associação das Termas de Portugal
Por Teresa Vieira | Presidente da Direcção da
Associação das Termas de Portugal
Protecção Solar: o que precisa saberOperação Nariz Vermelho | 10 anosCPR | Apresentação do Projecto “Salvar Vidas”
Dados sobre a ÁGUA e a Pegada HídricaÁguas de Portugal “Gota a gota mudamos vidas”
Museu Marítimo de Ílhavo
Navio-Escola Sagres | 50 anos ao serviço da Marinha Portuguesa
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 04
I. A Boas Práticas | Revista é uma publicação periódica,
portuguesa, informativa, de âmbito nacional e de periodicidade
bimestral, dedicada à prestação de informação geral, em
suporte online.
II. A Boas Práticas | Revista pretende dar a conhecer os
melhores exemplos de instituições e personalidades da
Sociedade e do Estado, na óptica de uma cultura de excelência,
assente no desígnio de fomentar a identidade nacional e
afirmar a imagem de Portugal no mundo.
III. A Boas Práticas | Revista é uma publicação independente
de quaisquer poderes e estruturas organizacionais de âmbito
particular ou colectivo, pugnando para que a sua actividade
decorra sempre em ambiente de plena liberdade de expressão e
informação.
IV. A Boas Práticas | Revista rege-se por critérios de rigor,
exactidão e honestidade, defendendo a clara distinção entre
os diferentes conteúdos informativos, no seio das suas rotinas
produtivas.
V. A Boas Práticas | Revista tem a missão de fornecer
informação isenta e rigorosa, em integral respeito pela
Constituição da República Portuguesa e pelo demais articulado
legal e regulamentar vigente em Portugal para o sector onde se
insere.
VI. A Boas Práticas | Revista defende a primazia do Estado
de Direito e a participação cívica na vida democrática,
não se alheando de apoiar, por seu turno, sob a égide da
responsabilidade social, todas as iniciativas consideradas
relevantes pela Direcção.
VII. A Direcção da Boas Práticas | Revista acredita que os
princípios e valores expostos neste Estatuto Editorial são,
no seu conjunto, os indutores de um método de trabalho de
referência, razão pela qual afirma, desde já, que no dia em que
não houver condições de manter esta coerência, a publicação
não tem razão de existir.
ESTATUTO EDITORIAL
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 05
PROPRIEDADE | EDITOR | DIRECTOR
Luís Manuel Martins | NIF: 210823623
Tlm: 917 870 808
DIRECTORA-ADJUNTA
Mariana Cruz
Tlm: 936 530 184
SUBDIRECTORA
Brígida Nunes Martins
SEDE DA REDACÇÃO
Travessa da Agra, 36
Leça da Palmeira | 4450-596 Matosinhos
PERIODICIDADE
Bimestral
COLABORADORES
PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS
Susana Cruz
Pedro Fernandes Martins
DESIGN GRÁFICO | PAGINAÇÃO
Francisca Fleming (Okay-Design)
N.º DE REGISTO NA ERC | ENTIDADE
REGULADORA PARA A COMUNICAÇÃO
SOCIAL
126250
issuu.com/boaspraticasrevista
facebook.com/boaspraticasrevista
Por vontade expressa da Direcção da Boas
Práticas | Revista, a publicação, enquanto
obra colectiva, não irá adoptar o novo
Acordo Ortográfico, salvo em artigos
assinados e detentores de menção em
contrário.
Empreender uma nova publicação na presente conjuntura económico-financeira e social
poderá parecer uma verdadeira extravagância. Conscientes deste facto, mas inspirados
por uma vontade maior de marcar a diferença, estamos certos de que poderemos trilhar
um caminho de sucesso. Desejamos comunicar realidades inspiradoras, assentes na
excelência e nas boas práticas, protagonizadas por cidadãos e entidades que, muitas
vezes, ora pelo anonimato, ora pela falta de contemplação nas agendas jornalísticas,
passam ao lado das notícias do quotidiano.
Sendo esta a edição inaugural da Boas Práticas | Revista, elegemos, metaforicamente,
a Água como tema de capa. Elemento primordial que permitiu o aparecimento da
vida na Terra, foi durante muito tempo considerado, pela sua abundância, um recurso
renovável, quer em termos de consumo, quer ao nível do aproveitamento energético.
Ainda que ao nível da energia mantenha todo o seu potencial, a água é hoje considerada
um recurso não renovável devido à utilização desmedida e à poluição massificada de
muitos dos recursos hídricos mundiais. O planeta Terra está a enviar mensagens de
alerta que não devem ser descuradas, a bem do futuro de todos.
Editorial
A Direcção
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BOAS PRÁTICAS | REVISTA 06
A BOAS PRÁTICAS | REVISTA APRESENTA-SE...
ocacionada para uma temática informativa geral e de âmbito nacional, a Boas Práticas | Revista pretende dar a conhecer os
melhores exemplos de instituições e personalidades da Sociedade e do Estado, na óptica de uma cultura de excelência, assente
no desígnio de fomentar a identidade nacional e afirmar a imagem de Portugal no Mundo.
A Boas Práticas | Revista terá uma distribuição gratuita online, bimestral, em ambiente multi-plataforma, que, para além de responder
ao desígnio da interactividade, potencia o alargamento do número de leitores no plano nacional e internacional e cumpre os requisitos
de arquivo geral da publicação.
A Boas Práticas | Revista organiza-se em doze temas distintos, com o objectivo de destacar bons exemplos, singulares e colectivos, do
nosso quotidiano. Neste sentido, norteada por uma informação isenta e rigorosa, a Boas Práticas | Revista apresentará aos leitores um
conjunto de temas que pretendem colocar em evidência um leque de práticas inspiradoras.
AGENDA
Antevisão de eventos de relevo em diversos quadrantes
ECONOMIA 3D
Os melhores exemplos económicos públicos, privados e
sociais no sector primário, secundário e terciário
EMPREENDEDORES
A História de quem ousou tomar a iniciativa da sua vida
ENTREVISTA
Testemunhos de uma personalidade de referência
HOMENAGEM
A evocação de um exemplo de vida
NOTA BENE
Dados objectivos e opiniões de carácter científico sobre o
tema de capa
V
ODES A BACO
Retratos do sector vitivinícola em Portugal e no Mundo
PENSAR SAUDÁVEL
Olhares sobre a Saúde, o Bem-Estar e o Desporto
PERSPECTIVAS
Opinião de relevo sobre o tema de capa
PORTUGAL À ESCALA GLOBAL
O nosso legado no Mundo
REPORTAGEM
Conhecer de perto os grandes temas
SINGULARIDADES
Um olhar sobre entidades que fazem a diferença
NOTA BENE
A pegada hídrica
ma vez que a água tem um papel fundamental para a
vida no nosso planeta, foi desenvolvido um meio para
avaliar o correcto uso deste bem – A Pegada Hídrica.
Este é um cálculo que evidencia o consumo de água por parte de
um particular ou entidade pública de uma forma:
Directa: através do consumo real
Indirecta: no caso da poluição gerada sobre um recurso hídrico.
Segundo dados do Relatório Planeta Vivo 2008 da World
Wildlife Fund (WWF), realizado em 2010, Portugal ocupava a
sexta posição, num conjunto de 140 países analisados, entre
os que apresentavam uma pegada hídrica mais elevada por
habitante.
Fonte: WWF Mediterranean Programme
U
FACTOS SOBRE A ÁGUA
• O Dia Mundial da Água comemora-se a 22 de Março.
A água encontra-se no nosso Universo, em vários
estados:
Gasoso: Na atmosfera de vários planetas
Líquido: No planeta Terra e Europa (lua de Júpiter)
Sólido: Na Lua, anéis de Saturno e cometas
Cerca de 75% da superfície do nosso planeta encontra-se coberta por água.
97% de toda a água do nosso planeta é salgada e apenas 3% doce (ver gráfico).
Apenas 1% de toda a água existente na Terra é doce e potável.
• O corpo humano tem na sua composição 60% de água.
• Aproximadamente 20% da água ingerida por um
humano provém de alimentos.
• Estima-se que um homem deve ingerir 2,5 litros de
água por dia e uma mulher, 2 litros.
• Quando a sensação de sede se manifesta significa que
o corpo já perdeu mais de 1% da sua quantidade total de
água.
• O ser Humano pode sobreviver mais de um mês sem
alimento mas apenas uma semana sem água.
• No nosso planeta 1 em cada 8 pessoas não tem acesso a
água potável.
• A cada 20 segundos morre uma criança devido a
doenças transmitidas por águas contaminadas.
3%
97%
água doce
água salgada
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BOAS PRÁTICAS | REVISTA 08
NOTA BENE
Gota a gota mudamos vidas:boas práticas no grupo Águas de Portugal
sem grandes preocupações que abrimos uma torneira e
consumimos água de qualidade, a qualquer hora do dia,
deixando-a correr pelo cano abaixo depois de a usarmos nas
mais diversas tarefas e situações. São gestos tão rotineiros que
nem pensamos neles, assim como não conseguimos imaginar
que, há pouco tempo, ainda existiam lixeiras a céu aberto a
poucos quilómetros das nossas casas.
Se recuarmos 20 anos, para 1993, em Portugal apenas 50% da
água para consumo era controlada e tinha boa qualidade. Os
indicadores de recolha e de tratamento das águas residuais
eram ainda mais baixos e, no caso dos resíduos sólidos urbanos,
apenas a partir de 1996 foram criados sistemas adequados para
o seu tratamento que permitiram desativar e encerrar as lixeiras
a céu aberto, num processo que se concluiu em 2001.
Saiba mais sobre o fim das lixeiras em Portugal em:http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3082&t=O-fim-das-lixeiras-em-Portugal
O grupo Águas de Portugal, através das empresas gestoras
dos sistemas de abastecimento de água, de saneamento de
águas residuais e de tratamento e valorização de resíduos, tem
sido um importante contribuidor para a melhoria dos níveis de
atendimento das populações nestes três domínios, promovendo
a dinamização e evolução destes serviços públicos essenciais à
vida dos indivíduos, à existência das sociedades e às dinâmicas
de desenvolvimento económico e coesão nacional.
A atividade das empresas do Grupo que operam no ciclo urbano
da água envolve a captação, tratamento e transporte de água
para consumo público e a recolha e tratamento das águas
residuais que são posteriormente devolvidas à natureza, em
condições ambientalmente seguras.
No que respeita aos resíduos, a intervenção das empresas do
grupo AdP tem contribuído para a diminuição dos impactos
negativos da produção de resíduos no ambiente, garantindo o
seu tratamento adequado e promovendo a sua valorização, seja
pela via da recuperação de materiais para reciclagem, reduzindo
o desgaste dos recursos naturais, seja pela vida da valorização
energética, contribuindo para diminuir a dependência do País
das fontes energéticas de origem fóssil.
Ao garantir um serviço público cada vez mais abrangente e de
É qualidade elevada, o Grupo AdP desenvolve uma relação de
simbiose com as comunidades onde as suas empresas operam,
criando condições para a melhoria da qualidade do ambiente
natural e humano dessas regiões.
A aproximação às comunidades faz-se também por via de
ações de sensibilização para boas práticas, quer no que diz
respeito ao consumo de água quer relativamente à produção e
encaminhamento de resíduos.
É o caso da campanha “Eu bebo água da torneira” desenvolvida
por algumas empresas do Grupo no sentido de incutir
na população valores de confiança para o seu consumo e
simultaneamente abordar esse consumo como uma prática
sustentável (água da torneira = menos resíduos + acessível a
todos + baixo preço).
Mais informação sobre esta campanha em:http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3081&t=Agua-da-
Torneira
Na vertente dos resíduos, destacam-se as várias campanhas de
incentivo à separação doméstica de materiais de embalagem
destinados a reciclagem, nomeadamente as que, nos últimos
anos, têm ligado à causa ambiental uma causa social.
Mais informação sobre estas campanhas em:http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3087&t=Reciclagem-promove-responsabilidade-social
No âmbito da responsabilidade social, o grupo AdP tem
em desenvolvimento a iniciativa “As nossas estrelas”, uma
campanha interna de apoio à Seleção Nacional de Natação
Adaptada com vista a ajudar na preparação dos atletas para
os Jogos Paralímpicos de Londres, que se realizam de 29 de
agosto a 9 de setembro. A iniciativa materializou-se na entrega
de 50 cêntimos por cada cartão eletrónico de Natal enviado
entre 2009 e 2011 e mobilizou os colaboradores das empresas
do Grupo em todo o país no apoio aos atletas paralímpicos de
natação, que passaram a ser as estrelas do Natal da Águas de
Portugal, tendo permitido angariar um total superior a 92 mil
euros.
Mais informação sobre esta iniciativa em:http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3085&t=As-nossas-estrelas-sao-os-atletas-paralimpicos-de-natacao
Artigo redigido ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 09
SINGULARIDADES
Museu Marítimo de Ílhavo
Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) foi fundado a 8 de
agosto de 1937. Lugar de memória dos ilhavenses
que o criaram, o Museu começou por assumir uma vocação
etnográfica e regional.
O MMI foi e é testemunho da forte ligação dos ílhavos ao mar
e à Ria de Aveiro. A “faina maior” (a pesca do bacalhau à linha
com dóris de um só homem) nos mares da Terra Nova e da
Gronelândia e as fainas agromarítimas da Ria são as referências
patrimoniais do Museu.
A cada um dos temas corresponde uma exposição permanente
que oferece ao visitante a possibilidade de reencontrar
inúmeros vestígios de um passado ainda recente.
Na Sala dos Mares, a terceira exposição permanente do Museu,
encontra-se uma variada coleção de modelos de embarcações
que exprimem a diversidade do património marítimo-fluvial
português e a forte ligação dos Ílhavos ao mar.
Além da riqueza das suas coleções e exposições, o edifício onde
hoje habita o MMI, inaugurado a 21 de outubro de 2001, é só por
si uma obra de arte pública. É um belo exemplar de arquitetura
moderna, foi distinguido pela crítica em diversos momentos.
O MMI comemora, em 2012, o 75.º Aniversário da sua fundação.
Comemorar os 75 anos do MMI significa reconhecer e enaltecer
o esforço e a dedicação de tanta e tanta gente que, ao longo
destes anos lhe deu vida, mas igualmente reafirmar e fortalecer
a aposta decidida da Câmara Municipal de Ílhavo neste seu
equipamento de excelência, um dos mais singulares e principais
museus portugueses, garantindo-lhe mais vida e mais futuro.
O No seu último ciclo de vida, que decorreu entre 21 de outubro
de 2001 e o final do ano de 2011, o MMI registou o número de
542.166 visitantes, indicadores de público que o confirmam
como o mais expressivo dos museus municipais portugueses e
um dos museus que registou maior afluência de público durante
a última década.
O 75.º aniversário do MMI coincide no tempo com um novo
momento de ampliação e renovação da sua realidade física
e do seu projeto, um ciclo de aprofundamento da identidade
marítima do Museu e de reforço do seu envolvimento com o
território, os públicos e a sociedade em geral.
Museu Marítimo de ÍlhavoAv. Dr. Rocha Madahíl3830-193 ÍLHAVOTel: (+351) 234 329 990
Fax: (+351) 234 321 797Mail: [email protected]: N 40º 36’ 16.11’’ | O 08º 39’ 57.65’’
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 010
NAVIO-MUSEU SANTO ANDRÉO navio-museu Santo André é um pólo do Museu Marítimo de
Ílhavo. Fez parte da frota portuguesa do bacalhau e pretende
ilustrar as artes do arrasto.
Este arrastão lateral (ou “clássico”) nasceu em 1948, na
Holanda, por encomenda da Empresa de Pesca de Aveiro. Era
um navio moderno, com 71,40 metros de comprimento e porão
para vinte mil quintais de peixe.
Nos anos oitenta surgiram restrições à pesca em águas
exteriores que resultaram na redução da frota e no abate de
boa parte dela. O Santo André não escapou à tendência. A 21 de
agosto de 1997 foi desmantelado. O armador do navio, António
do Lago Cerqueira, Lda. (pescas Tavares Mascarenhas, S.A.)
e a Câmara Municipal de Ílhavo decidiram por mútuo acordo
transformar o velho Santo André em navio-museu. Convertido
em museu, inaugurado a 23 de agosto de 2001, o Santo André
iniciou um novo ciclo da sua vida: mostrar aos presentes e
vindouros como foram as pescarias do arrasto do bacalhau;
honrar a memória de todos os seus tripulantes durante meio
século de atividade.
Considerando o extraordinário êxito dos primeiros dez anos
de vida do Santo André como navio-museu e as excelentes
possibilidades que oferece como unidade patrimonial capaz de
articular consumos culturais e turismo, o navio-museu iniciou
um novo ciclo da sua existência que se pretende sustentável
e sempre dinâmica. Tal como os homens do mar sentem e
acreditam, também nós cremos que os navios têm vida e que
merecem preservá-la porquanto arquivam estórias e história,
memórias e identidades.
HORÁRIOS DE VISITA
Museu Marítimo de Ílhavo e Navio-Museu Santo André
Abril a Setembro Outubro a Março
Terça a sexta-feira: 10h - 18h Terça a sexta-feira: 10h - 18h
Sábado e domingo: 14h - 18h Sábado: 14h - 18h
O Museu Marítimo de Ílhavo e o Navio-Museu Santo André
encerram ao Domingo e à segunda-feira e nos seguintes feriados:
1 de janeiro, Sexta-feira Santa, Domingo de Páscoa, 1 de maio, 1
de novembro e 25 de dezembro. Nos restantes feriados, o Museu
Marítimo de Ílhavo e o Navio-Museu Santo André encontram-se
abertos no horário praticado ao Sábado (14:00-18:00).
CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO MAR DO MUNICÍPIO DE ÍLHAVOO CIEMar-Ílhavo é uma subunidade do Museu Marítimo de
Ílhavo (MMI) e, por inerência, do Município de Ílhavo. Elemento
estruturante do novo ciclo de vida do MMI, destina-se a
desempenhar uma missão de investigação científico-cultural
que tem como principais objetivos alimentar e renovar o projeto
cultural do Museu. A criação deste centro de investigação
dotado de funcionalidades arquivísticas, tecnológicas e
formativas no domínio da cultura do mar, tem ainda a
intenção de impulsionar a dinâmica de investigação do Museu,
ampliando-a de forma criativa e projetando-a a escalas mais
amplas.
Instalado no edifício que resulta da ampliação e remodelação
do antigo Externato de Ílhavo/Escola Preparatória, junto ao
MMI, o CIEMar-Ílhavo foi imaginado como uma estrutura aberta
a uma vasta comunidade de públicos e ao estabelecimento
de sinergias com diversas instituições e agentes de cultura
e conhecimento, nomeadamente em articulação com
Universidades e centros de investigação de reconhecida
competência na área marítima.
O CIEMar-Ílhavo assume-se como organização ativa no processo
de desenvolvimento local, regional e nacional; como organização
relevante no processo de valorização social da maritimidade,
sendo por isso composto por quatro valências ou subunidades:
CIEMar – unidade de investigação nas áreas de História
Marítima, Antropologia Marítima, Geografia Marítima e
investigação pluridisciplinar sobre conteúdos e patrimónios
materiais e imateriais representados no MMI.
DocMar - arquivo de temática marítima de singular importância,
que permite o desenvolvimento de projetos de investigação
sobre temas marítimos, em geral, e memória das pescas,
em particular. O DocMar é constituído por diversos fundos de
arquivo, entre os quais se destacam o Fundo Especial Octávio
Lixa Filgueiras, o Fundo da Comissão Reguladora do Comércio
de Bacalhau, os acervos de diversas empresas de pesca do
bacalhau, assim como, sob a forma de depósito, o arquivo da
Administração do Porto de Aveiro. O DocMar está aberto à
consulta pública.
MarInfo/Incubadora de empresas de conteúdos em cultura
do mar – unidade produtora de conteúdos em Cultura do Mar,
aplicáveis a museus e a outras instituições culturais, científicas
e educativas.
ForMarÍlhavo – unidade de educação informal capaz de
socializar grandes temas de cultura marítima e de partilhar
resultados de investigação do CIEMar em articulação com
outros agentes e instituições.
Navio-Museu Santo André
Jardim Oudinot
3830 GAFANHA DA NAZARÉ | GPS: N 40º 38’ 29.03’’ | O 08º 43’ 43.21’’
C.I.E.M.M.I.
Travessa Alexandre da Conceição
3830-196 Ílhavo
GPS - N 40.36’15’’ O 8.40’02’’
Tel.: (+351) 234 092 496
Mail: [email protected]
Na inauguração do CIEMar-Ílhavo foram assinados protocolos
com o Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço
e Memória» da Faculdade de Letras da Universidade do Porto
(CITCEM); com o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da
Universidade de Aveiro (CESAM) e com o Centro de Estudos
Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra
(CEIS XX). Protocolos de cooperação que definem as relações
institucionais na dinamização científica e cultural do projeto do
CIEMar-Ílhavo, na utilização dos fundos de arquivo, da biblioteca
e das instalações, procurando a qualificação da produção de
conteúdos e da transmissão de saberes.HORÁRIO
Centro de Investigação e Empreendedorismo do Mar do
Município de Ílhavo
Segunda a sexta-feira: 10h - 13h | 14h - 18h
AQUÁRIO DE BACALHAUS E ÁREA DE RESERVAS (AMPLIAÇÃO DO EDIFÍCIO DO MMI)A nova ampliação do MMI, projecto da ARX Portugal, resultará
numa implantação física a noroeste do actual edifício e tem
prevista a sua inauguração no dia 21 de Outubro de 2012. O
Aquário de Bacalhaus e as novas reservas do Museu compõem
um bloco que se insere no lote da antiga Escola Preparatória,
agora convertida em centro de investigação, o CIEMar-Ílhavo.
O novo edifício do MMI contempla um equipamento urbano
autónomo que se relaciona com o espaço público, tanto com o
existente como com o futuro, expresso no plano de expansão da
cidade; um elo de ligação entre o museu e o CIEMar-Ílhavo.
Na articulação destas subunidades, o novo edifício assume-se
como um núcleo centrífugo, desenvolvido em três níveis:
1) o nível -1 apresenta-se como um piso técnico, dividido
em três grandes áreas funcionais: a) a quarentena/apoio
científico, como suporte do aquário expositivo; b) as
reservas, na perspectiva do armazenamento, da manutenção
e da investigação; c) as áreas técnicas de instalações e
equipamentos mecânicos.
2) no nível 0 faz-se o acesso ao edifício a partir do espaço
público, através de rampas, e do CIEMar-Ílhavo, através de um
tubo aéreo sobre o jardim.
Neste piso encontram-se o átrio e a recepção, aos quais se
sucedem a sala polivalente, destinada a pequenas reuniões/
conferências/workshops/projecções multimédia/exposições
temporárias, e a sala do aquário. Esta sala organiza-se em
rampa em torno do tanque e simula uma viagem que tem início
no fundo do mar, passando pela superfície, até à visão aéra da
massa de água. O circuito vai sendo, deste modo, pontuando
por momentos disitintos de visualização do bacalhau, apelando
à interacção física do visitante.
Um pequeno auditório marca uma pausa na visita.
3) ao nível 1 acede-se através de um sistema de rampas que
dá continuidade ao circuito iniciado em torno do aquário.
Neste percurso, o distanciamento ao plano de água é
crescente, permitindo panorâmicas do conjunto. Na rampa
que se estrutura como ponte sobre o tanque, uma superfície
transparente no pavimento sugere a experiência de pairar
sobre a água. A esse momento sucede-se a sala com o discurso
expositivo sobre a biogeografia do bacalhau.
PUB
O Hub Porto é uma Plataforma de Inovação Social para a Promoção do Empreendedorismo, implementada no Porto pela Junta de Freguesia de Paranhos, enquanto resposta eficaz ao desemprego e promoção da criação do auto-emprego.
A autarquia reconhece que as boas ideias proliferam e devem ser estimuladas, pese embora, os obstáculos inerentes à alavancagem de qualquer projeto. Perante esta evidência, através do Hub Porto consegue disponibilizar um conjunto de serviços e equipamentos que todas as pessoas podem utilizar, internet, telefone, apoio administrativo, entre outros, reduzindo drasticamente os custos inerentes implementação de qualquer projeto ou ideia de negócio, pois os custos fixos, sendo partilhados, permitem a prática de valores bastante atrativos, impossíveis de outra forma.O coworking permite a partilha de uma sala com outros empreendedores, possibilitando o acesso a uma maior rede de contactos e de sinergias entre as diferentes áreas de trabalho de cada um. Os utilizadores, podem alterar o número de horas de utilização, mensalmente, mediante as suas necessidades. Para além deste espaço, os empreendedores podem também optar pelos gabinetes individuais, auferindo de maior privacidade.O espaço Hub Porto dispõe ainda de salas de formação, reunião, eventos e cozinha/bar.
VISITE-NOS!!
CONTACTOS:
http://[email protected]: 225 084 740Rua do TâmegaEstação de Metro Pólo Universitário (Linha Amarela)
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 012
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PORTUGAL À ESCALA GLOBAL
Navio-Escola Sagres75 anos de vida, 50 ao serviço da Marinha Portuguesa
onstruído na cidade alemã de Hamburgo, em 1937, o
actual Navio-Escola Sagres – na época baptizado de
Albert Leo Schlageter – haveria de ser cedido à Marinha do
Brasil, por falta de entidades interessadas em acolhê-lo nos
Estados Unidos da América, a quem cabia por partilha dos
despojos da II Guerra Mundial. A 25 de Abril de 1962, a NRP
Sagres zarpou do Rio de Janeiro para a sua primeira viagem com
a bandeira portuguesa, tendo chegado a Lisboa a 23 de Junho,
depois de ter feito escalas no Recife, Mindelo e Funchal.
CURIOSIDADES
Navegou um total de 93885 horas (equivalente a 3911 dias
ou 10,7 anos ininterruptamente a navegar).
Realizou cinco missões de longa duração (superiores a
oito meses), das quais três voltas ao mundo (1978/1979,
1983/1984 e 2010), a Regata Colombo em 1992 e uma
viagem ao Japão, em 1993/1994.
Portos estrangeiros visitados: 166 (pelo menos uma vez),
num total de 385.
Somou 580540 milhas (o equivalente a 26,8 voltas ao
Mundo)
Argentina: onde se situa o porto de Ushuaia, o visitado
mais a Sul, em 201o
Guarnição de 9 Oficiais, 16 Sargentos e 114 Praças.
Rússia: país do porto visitado mais a Norte - Leninegrado
(actualmente São Petersburgo) -, em 1975.
Equador cruzado 31 vezes e Linha Internacional de Mudança
de Data cruzada três.
Sessenta países visitados.
C
Fonte: Marinha Portuguesa
ECONOMIA 3D“O facto de ser o primeiro e único segurador português sob a forma cooperativa aumenta substancialmente a nossa responsabilidade social”
ascida como seguradora de vocação náutica, patente
no nome com que foi baptizada a 27 de Julho de 1942, a
Mútua dos Pescadores é hoje a maior associação portuguesa
ligada ao sector da pesca profissional, fruto da diversificação
de competências e do portfolio de seguros que tem marcado as
últimas sete décadas.
Na evocação de 70 anos de vida, qual é o balanço que a Mútua
dos Pescadores faz da sua atividade, não só do ponto de vista
económico e do crescimento, mas também da perspetiva da
cultura cooperativa e da responsabilidade social, à luz dos valores
que a caraterizam?
MP: Fazemos um balanço globalmente muito positivo.
Por um lado, e a partir de meados dos anos oitenta, a Mútua dos
Pescadores tornou-se o maior segurador da pesca profissional. E
tem vindo progressivamente a consolidar e mesmo a aumentar a
sua presença nesse setor.
E a Mútua presta, além da disponibilização dos seguros, relevantes
serviços à fileira da pesca, de que é exemplo a matéria da
segurança. De tal forma que a Mútua recebeu a medalha de honra
das Pescas, atribuída pela tutela. Ao mesmo tempo, diversificou a
sua atividade noutras áreas marítimas, como sejam a aquacultura,
a náutica de recreio e marítimo-turística, o mergulho, a pesca
desportiva e outros desportos de beira-mar e ainda os interesses
seguráveis nas comunidades ribeirinhas.
Nos últimos anos, após a sua passagem a cooperativa em 2004,
a Mútua passou também a oferecer os seus serviços ao setor
cooperativo e social.
A Mútua cresceu de forma sustentada, como revelam os seus rácios
de gestão.
O facto de ser o primeiro e único segurador português sob a forma
cooperativa aumenta substancialmente a nossa responsabilidade
social.
Mas tal não constitui propriamente uma novidade, porque a Mútua
teve sempre como alvo prioritário a satisfação dos interesses dos
seus associados.
No seio das grandes organizações escrevem-se pergaminhos
todos os dias e sete décadas de História constituem a elevação
do contributo dos colaboradores e da confiança dos clientes,
traduzidos em factos, números e reconhecimentos públicos.
Nesta hora, quais é que são os marcos que a Mútua dos
Pescadores gostaria de dar a conhecer?
MP: O nascimento é sempre um momento ímpar na vida de
qualquer pessoa ou organização.
N Assim, começaríamos por destacar esse facto, ocorrido no já
longínquo ano de 1942, até porque a Mútua foi criada, na altura,
quase em simultâneo com outras três mútuas de seguros da pesca,
mas com a diferença de se vocacionar para a pesca artesanal.
O 25 de Abril, constitui também uma data histórica, na medida em
que permitiu dotar a Mútua das características verdadeiramente
específicas de um segurador que não tem por objetivo o lucro.
Depois, em 1984, a Mútua passou por um processo algo conturbado,
que culminou com a sua devolução aos associados, depois de uma
intervenção por parte do governo.
Já no arranque deste milénio sublinhamos um período de grande
desenvolvimento, com a incursão noutras áreas de atividade para
além da pesca.
Finalmente, o ano de 2004 merece igual destaque, dada a sua
transformação em cooperativa de utentes de seguros.
A versatilidade que a Mútua dos Pescadores tem assumido no
mercado segurador é, reconhecidamente, uma das mais-valias
do seu percurso de sucesso. Neste momento quais é que são os
setores abrangidos e em que áreas estratégicas é que gostariam
de se posicionar?
MP: Antes do mais, a Mútua pretende continuar a sustentar o seu
posicionamento na pesca, onde ainda existe – mau grado a situação
das pescas – algum espaço de crescimento.
De igual forma, queremos reforçar significativamente a nossa
participação, enquanto segurador especializado, nos outros setores
ligados ao mar.
Como vetor estratégico mais recente, e ainda com um campo de
desenvolvimento muito grande, apostamos fortemente na área do
setor cooperativo e social.
A Mútua dos Pescadores é o segurador português mais antigo em
atividade.
Mas nestes setenta anos, a Mútua tem crescido, tem diversificado
o seu negócio, tem renovado os seus produtos, tem prestado
importantes serviços aos associados e até ao País, ao mesmo
tempo que tem fortalecido a sua situação económica.
Digamos que a modernidade da Mútua resulta da experiência, do
trabalho, da capacidade de adaptação e da coerência dos princípios
que orientam este segurador que dispõe de um estatuto ímpar no
panorama segurador português.
A nossa mensagem final é de que os nossos colaboradores, os
nossos parceiros, os nossos utentes e os nossos associados podem
estar certos de que é nesta linha de pensamento e de ação que a
Mútua dos Pescadores enfrentará o futuro.
Lisboa: 213 936 300Aveiro: 234 368 115Funchal: 291 222 758Horta: 292 391 920Matosinhos: 229 382 531Nazaré: 262 551 031Olhão: 289 714 403Peniche: 262 780 040
www.mutuapescadores.pt [email protected]
Ponta Delgada: 296 288 940Portimão: 282 411 374Sesimbra: 212 231 775Setúbal: 265 537 343Sines: 269 635 844Viana do Castelo: 258 823 468Vila do Conde: 252 623 265
PUB
Mútua dos Pescadores
Entrevista redigida ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 014
PERSPECTIVAS
Regresso ao mar: que rumos?por Manuel Pinto de Abreu | Secretário de Estado do Mar
muito oportuno e relevante que a primeira edição da
Boas Práticas | Revista dê ênfase ao mar colocando uma
questão que revisito amiúde, reavaliando o que estamos a fazer
e procurando corrigir, se necessário, a rota traçada. Felicito por
isso a sua Direção.
O regresso ao mar é uma certeza, deixando apenas em
aberto que rumos escolher nesse regresso. Ter um rumo é
realmente fundamental. Neste regresso ao último reduto do
desenvolvimento, já determinámos o rumo a seguir e queremos
mantê-lo com rigor e firmeza.
Tudo hoje nos impele para o mar. Mas temos de saber
como fazê-lo. É preciso uma abordagem sustentável e
pragmática para olhar o mar nas suas múltiplas vertentes e
potencialidades.
O Governo está determinado em garantir as condições
necessárias para que o mar seja para Portugal definitivamente
um caminho de futuro. Estamos totalmente empenhados em
desenvolver a política nacional do mar já definida de modo a
torná-la visível e tangível. A estrutura orgânica que o Governo
definiu para o mar – que está quase completa e contempla a
Direção-Geral de Política do Mar e a Direção-Geral de Recursos
Naturais, Segurança e Serviços Marítimos – é o garante da
realização deste caminho, em que a participação do sector
privado é determinante para o sucesso.
Para balizar este caminho são necessárias linhas mestras.
É
“Tudo hoje nos impele para o mar. Mas temos de saber como fazê-lo. É preciso uma abordagem sustentável e pragmática para olhar o mar nas suas múltiplas vertentes e potencialidades.”
Estamos, por isso, a atualizar a Estratégia Nacional para o
Mar (ENM), que será muito brevemente apresentada aos
portugueses. A ENM terá um plano que a operacionalizará e que
contemplará a ambicionada simplificação de procedimentos,
essencial para o desenvolvimento das atividades económicas
relacionadas com o mar.
Para chegarmos a bom porto, há porém muito a fazer, a
começar pelo conhecimento do meio marinho e dos seus
recursos. Neste campo, o Instituto Português para o Mar e
Atmosfera, I.P. e a Estrutura de Missão para a Extensão da
Plataforma Continental, que apresentou nas Nações Unidas a
proposta nacional de extensão da plataforma continental para
lá das 200 milhas náuticas, continuarão a desenvolver trabalhos
de investigação em parceria com múltiplas instituições de
investigação científica nacionais e estrangeiras com vista
a conhecer melhor o nosso mar e a analisar as diferentes
potencialidades que apresenta em termos económicos,
sem perder de vista a necessidade imperiosa de proteger a
biodiversidade.
São muitas as áreas em que a investigação já realizada permite
expectativas auspiciosas. Mas a exploração do mar requer
tecnologias, equipamentos e meios que Portugal tem de
continuar a adquirir para este efeito.
No presente, a pesca tradicional, o transporte marítimo e o
turismo ainda são as faces mais visíveis do que o mar tem
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 015
XV, embora as dificuldades inerentes às especificidades deste
meio se mantenham.
Os rumos de regresso ao mar apontam hoje para novos desafios
como o reforço do conhecimento, a inovação, a qualificação
profissional, a criação de riqueza, mas também a preservação
da biodiversidade e a proteção ambiental do meio marinho.
Só assim Portugal poderá ser o país marítimo que todos
desejamos, encontrando no mar o sossego e prosperidade que
as futuras gerações precisam para se afirmar num mundo cada
vez mais competitivo.
Sigamos, pois, estes rumos. Portugal precisa e os
portugueses exigem!
para nos oferecer, mas
existem um sem número
de novas oportunidades
que não podemos
ignorar. Encontram-se
aqui os recursos minerais
e energéticos existentes
no leito e subsolo
marinhos, os recursos
biológicos, o potencial ainda fracamente explorado em offshore
(energia das ondas ou eólica, aquicultura) ou ainda um dos tipos
de recursos com maior potencial para gerar mais-valias a médio
prazo: os recursos genéticos. Estes apresentam um enorme
potencial para aplicações em novos produtos no quadro da
biotecnologia azul em áreas tão diversas como a biomedicina,
indústria e bioremediação, farmacêutica, cosmética entre
outros.
Gostaria de terminar reforçando a ideia com que comecei. No
regresso que desejamos ao mar temos de ser firmes e manter o
rumo, perseverantes perante as intempéries com que teremos
de nos confrontar. Os cabos das tormentas de hoje são de
natureza diferente dos sentidos pelos navegadores do século
“Para chegarmos a bom porto, há porém muito a fazer, a começar pelo conhecimento do meio marinho e dos seus recursos.”
“Os rumos de regresso ao mar apontam hoje para novos desafios como o reforço do conhecimento, a inovação, a qualificação profissional, a criação de riqueza, mas também a preservação da biodiversidade e a proteção ambiental do meio marinho.”
Artigo redigido ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 016
HOMENAGEM
Capitão João Braz: uma vida dedicada ao mar
oão Ramalho Braz tem 92 anos e é natural da Figueira
da Foz. Casado e pai de dois filhos, ainda se recorda
dos tempos em que decidiu embarcar na frota bacalhoeira
nacional, rumo à Gronelândia. Pescou bacalhau à linha entre
1943 e 1946. No ano seguinte enveredou pelos arrastões
bacalhoeiros, onde se manteve até 1953.
Boas Práticas | Revista (BPR): Como é que retrataria a pesca
do bacalhau há sessenta anos?
Capitão João Braz (CJB): A faina bacalhoeira era efectuada
em lugres, navios à vela que navegavam, inicialmente, sem
sistemas eléctricos, nem de comunicação a bordo. Só havia
velas e candeeiros a petróleo. Os navios partiam de Portugal e
voltavam, sem se saber qualquer notícia, num espaço de cinco a
seis meses. Segundo uma prática instituída na época, durante
o período de duração da campanha, as embarcações não iam a
terra. Se falecesse algum marinheiro, o corpo era atirado ao mar
e só à chegada a Portugal é que se sabia do acontecimento.
BPR: Qual era a rotina diária a bordo dos bacalhoeiros?
CJB: Entre as 23h30 e a uma hora da madrugada, os homens
escalavam e salgavam todo o bacalhau pescado à linha em
botes a remos, os dóris. Antes de dormir umas escassas cinco
horas e vestidos, os pescadores comiam, muitas vezes, pão e
bacalhau frito. Entravam nessa altura dois homens de vigia,
porque, no denso nevoeiro da região, podia levantar-se uma
tempestade repentina, ou vir um icebergue em direcção ao
navio.
BPR: Era compensador trabalhar em tão árduas condições?
CJB: Na realidade, para muitos homens, não. Trabalhava-se
muito para tão pouco rendimento, tendo em conta que um quilo
de bacalhau, nessa época, só para se ter uma ideia, custava
cerca de quinze escudos em qualquer loja. Posteriormente
enveredei pela pesca de arrasto, essa sim, mais apelativa e onde
J
a vida já era diferente. Já não saíamos de bordo, visto que o
navio operava com uma rede a reboque, estando-nos confiadas
as tarefas internas. Verificavam-se, também, melhores
condições de comunicações e de segurança.
BPR: Tendo em conta os meses que passavam na faina, sem
notícias, qual era a forma de superarem a distância?
CJB: Quando os navios começaram a dispor de meios de
recepção de ondas de rádio, tornou-se popular a escuta do
programa “Hora da Saudade” da antiga Emissora Nacional. O
pessoal que estava a trabalhar, normalmente de noite, ouvia
o programa através de um pequeno altifalante. Se, por acaso,
alguém da tripulação estava ocupado e ou outro colega ou o
capitão estava a ouvir, dizia: “Ó João, a tua família está a falar
na rádio!”. Se havia possibilidade de se ouvir desta forma, tudo
bem, mas nunca se parava de trabalhar.
BPR: Chegou a receber alguma mensagem da família nesse
programa radiofónico?
CJB: Sim, em 1943. A minha mulher, Maria da Conceição Gaia,
na altura namorada, falou numa das edições itinerantes do
programa “Hora da Saudade”, na Casa dos Pescadores de
Buarcos.
CURIOSIDADECriado pela antiga Emissora Nacional, em 1937, o programa
“Hora da Saudade” era dirigido à frota bacalhoeira em
campanha na Terra Nova, bem como à diáspora portuguesa
no continente americano. Apresentado por Curado Ribeiro,
esteve no ar durante 37 anos, tendo-se tornado célebre
pelas emoções transmitidas em directo.
HOMENAGEMProfessor Doutor Aureliano da Fonseca
averá, por ventura, poucas personalidades cuja
inspiradora História de vida possa caber numa
simples página. Aureliano da Fonseca, ilustre cidadão,
médico detentor de uma carreira irrepreensível,
reconhecida pelos seus pares, professor de uma
sensibilidade inigualável, a mesma que concentra na
poesia, na música e na fotografia, é uma delas. Aos 97
anos, é o médico mais antigo, em exercício da profissão,
em Portugal e, provavelmente, no mundo, porque, como
confessa – “gosto de me sentir útil”.
É na base de uma profunda contemplação perante a vida
que Aureliano da Fonseca valoriza a importância da gratidão
aos pais e educadores, como elemento primordial da
construção do carácter. Assumindo a objectividade de uma
existência quase centenária, por vezes sinuosa – reconhece
– e de um saber de mil experiências feito, Aureliano da
Fonseca é um daqueles exemplos para quem “morrer não
é uma fatalidade”, embora seja “o facto mais certo quando
alguém nasce”. É sob este princípio que afirma que “a
pessoa deve querer alongar a vida, é um dever” - de quem
a sente como “uma dádiva”. Consciente de que “a perfeição
não existe” e que “cada um tem de procurar ser o mais
perfeito possível”, o nosso homenageado defende que o ser
humano deve guiar-se por ideais nobres e altruístas, porque
conversas inúteis, mais do que tempo, “fazem perder vida”.
Contrariando o sonho de ingressar na Marinha Portuguesa,
no término dos estudos liceais, haveria de se destacar, já nas
cadeiras de Medicina, como figura de proa do renascimento
H PUB
do Orfeão e da Tuna da Universidade do Porto, em 1937,
exaltando velhas tradições culturais e académicas. É dele a
brilhante composição musical do tango “Amores de Estudante”,
com letra de Paulo Pombo, considerado, por muitos, mais do
que uma ode da Academia portuense, um verdadeiro hino
enaltecedor das capas negras de estudantes.
Aureliano da Fonseca, Professor aposentado de Dermatologia
e Venereologia, áreas em que elevou o conhecimento a várias
esferas de acção, no domínio público, assumiu o pioneirismo
na instituição da Educação Sexual em Portugal, num tempo
em que Portugal, virado para si próprio, se escandalizou.
Defensor acérrimo do Humanismo na Medicina, em detrimento
da deificação tecnológica, afirma convictamente que “o ser
humano sempre foi igual, a técnica é que evolui”, numa alusão
clara à importância do diálogo com o paciente. “Ter brio e
profissionalismo no que se faz, acima do gosto no que se faz”
é, nas suas palavras, o que permite ir superando os obstáculos
e, sucedendo assim, quando uma pessoa vive intensamente a
melodia da vida, “não está preparada para morrer”. Obrigado,
Professor, pelo Seu testemunho.
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 018
ENTREVISTA
ATP - Associação das Termas de Portugal
Boas Práticas | Revista (BPR): Como faria o retrato actual do
termalismo em Portugal?
Teresa Vieira (TV): Neste momento assistimos, eventualmente,
a um dos melhores momentos da oferta termal nacional.
Nos últimos dez anos houve um esforço brutal, por parte dos
concessionários termais, em requalificar a oferta, quer em
termos de construção e requalificação de balneários termais,
quer na recuperação de património edificado associado às
termas. As termas são herdeiras de uma tradição secular em
Portugal que, de alguma forma, vivenciam no seu património.
Existem, neste momento, espalhadas pelo país, várias
emergências termais que estão em fase de estudos geológicos-
-médicos, onde poderão vir a surgir novos equipamentos.
Portugal tem uma capacidade de oferta, em quantidade e
qualidade, muito significativa, que, se por um lado, é uma
oportunidade que posiciona o termalismo num bom ranking
para se evidenciar - quer no mercado interno, quer no externo-,
por outro, também é uma fragilidade, na medida em que a
oferta é maior e é preciso que a procura cresça na mesma
proporção. Esse é o desafio e a nossa preocupação.
BPR: Qual é a tendência de fidelização dos clientes termais
e da captação de novos públicos, tendo em conta as
transformações operadas no sector?
TV: Continuamos com uma população sénior há muitos anos
fidelizada, e, do ponto de vista dos novos públicos que vamos
ganhando, estamos a entrar na faixa do jovem adulto e do
jovem sénior, entre os 35 e os 50 anos, para além de um público
de famílias. Não é de descurar uma aposta clara de muitos dos
balneários ao nível do termalismo terapêutico pediátrico, o que
leva a que muitas crianças sejam acompanhadas pelos pais.
Este aspecto está a gerar um novo público que se desloca às
termas não só pelo lado terapêutico, como pela vertente do
bem-estar e da promoção da saúde. Cada vez mais as termas
se renovam, não só pela oferta de equipamentos e instalações,
mas também pela forma como segmentam o seu serviço. Criar
“Neste momento assistimos, eventualmente, a um dos melhores momentos da oferta termal nacional”Entrevista com Teresa Vieira | Presidente da Direcção da Associação das Termas de Portugal
Luís Manuel Martins | Mariana Cruz
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 019
estes hábitos na população leva a que, mais cedo ou mais tarde,
possamos sentir os efeitos claros destas políticas.
BPR: Em que medida é que Portugal se pode diferenciar dos
mercados externos no domínio do termalismo?
TV: Esse é um aspecto bastante importante. Dentro do turismo
de saúde e bem-estar, o termalismo é considerado um dos
produtos estratégicos para Portugal, sendo uma realidade
onde o nosso país pode competir internacionalmente. Desde
logo, pelas suas reconhecidas águas minerais naturais e depois
porque, mesmo em águas da mesma família, se verificam
claras diferenças de tipologia, patentes nas localidades onde
se inserem. Cada experiência termal é, deste modo, uma
experiência diferenciada. Se associarmos a isto o facto de
Portugal ser um país relativamente pequeno, onde se verifica
uma grande proximidade entre as estâncias termais e outros
recursos turísticos, o nosso país torna-se apelativo e com uma
força competitiva muito grande. Temos consciência de que é
preciso começar a trabalhar a motivação da procura externa,
que ainda é muito pequena, em mercados potenciais como
o alemão e o francês. Apenas cinco por cento dos clientes
são internacionais e a grande maioria destes provém de um
mercado de proximidade que é Espanha.
BPR: Que caminhos podem ser percorridos na afirmação
do termalismo como um produto de saúde por excelência,
no panorama europeu, onde existe uma oferta vasta e
concorrencial?
TV: Ultimamente, muito se tem discutido à volta da questão
da transposição da Directiva Comunitária para a Livre Circulação
de Doentes e de como Portugal se tem de preparar para
esta realidade. A 27 de Setembro de 2011, uma resolução
do Parlamento Europeu, cuja temática era “A Europa como
Primeiro Destino Turístico Mundial”, referia que o turismo de
saúde se constituía como uma das apostas estratégicas e,
dentro da componente da saúde, destacava o que se baseava na
utilização de recursos naturais. A Europa detém um património
hidrogeológico muito importante e, nesse aspecto, Portugal
tem uma palavra a dizer. Por outro lado, existe uma janela
de oportunidade na potencial associação do termalismo aos
seguros de saúde. A nível de benchmarking, Portugal tem,
igualmente, muito a aprender com a experiência europeia e
com os países onde estas políticas já foram implementadas,
com uma estratégia clara de rentabilização do sector da saúde.
Isto porque estamos a falar não só de ganhos efectivos em
saúde, mas também da diminuição de custos associados
aos tratamentos. Noutro âmbito, integrámos o board da
European Spa Association, aliados ao grupo de trabalho que
desenvolveu a norma ISO Medical Spa Services, que, quando
estiver normalizada, constituirá um referencial de certificação
específica para equipamentos que prestam serviços médicos
no âmbito das termas e spas médicos. Tendo como base este
projecto, a Associação das Termas de Portugal desenvolveu um
Manual de Boas Práticas do sector, que propôs à Direcção-Geral
de Saúde, tendo sido aprovado por esta.
BPR: Quais os desafios com que o sector se confronta na
actual conjuntura económica e social?
TV: Numa altura em que, em Portugal, precisamos de gerar
empregabilidade, corrigir assimetrias, contribuir para a fixação
das populações e desenvolver pólos de desenvolvimento
económico - sabendo o histórico que existe das termas e o efeito
multiplicador das mesmas nas localidades termais -, considero
fundamental haver uma concertação entre o Ministério da
Economia, que tutela os equipamentos turísticos termais,
e o Ministério da Saúde, que monitoriza as termas como
unidades prestadoras de cuidados de saúde. Não é, igualmente,
compreensível que a tutela da saúde deixe de comparticipar as
práticas termais, por via do Serviço Nacional de Saúde. Recordo
que uma grande parte das patologias tratadas nos nossos
balneários são crónicas e, neste sentido, não estamos a eliminar
uma despesa, mas sim a deslocalizá-la, isto é, transitando
de um tratamento termal, para um tratamento terapêutico
convencionado, que não ficará, necessariamente, mais
económico ao Estado, nem mais favorável ao doente. Temos
mais de 35 termas em funcionamento, outras em construção
e pessoas interessadas em investir nas termas. É esta magia,
este encantamento, que os responsáveis têm de transmitir a
quem decide a estratégia e a quem pode fazer a diferença. Não
é fácil, é um desafio de todos os dias, mas constitui a nossa
principal motivação e rumo dos próximos tempos.
“Cada experiência termal é (...) uma experiência diferenciada.”
NÚMEROS DE 2011
35balneários em funcionamento
100mil clientes
90por cento do volume de negócios gerado pelo termalismo terapêutico
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 020
PENSAR SAUDÁVEL
A Protecção Solar: o que precisa saberMariana Cruz | Susana Cruz
s dias quentes e soalheiros que se aproximam aumentam
a vontade de contacto com o ar livre e, como tal, uma
ida à praia, piscina ou ao campo surge regularmente como uma
escapatória saudável. No entanto, esta é também a altura
do ano em que se deve ter atenções redobradas ao nível de
exposição solar a que nos submetemos. Um período de tempo
demasiado prolongado ao sol pode conduzir a algo bastante
mais prejudicial do que o pontual escaldão.
Apesar da percentagem de radiação solar que efectivamente
atinge a superfície do nosso planeta ser baixa, esta engloba,
entre outros, os raios ultravioleta (UV). Estes conseguem
atravessar a nossa atmosfera e podem ser extremamente
nocivos para a nossa saúde quando não levados em
consideração.
De entre estes destacam-se:
OS UVAAtingem as camadas mais profundas da pele, sendo
responsáveis pelo envelhecimento cutâneo.
Estimulam a produção de melanina, pigmento responsável pelo
bronzeado imediato.
OS UVBActuam nocivamente sobre as camadas superficiais da pele,
provocando assim os denominados “escaldões”.
Estimulam a síntese da vitamina D.
Os raios UVA e UVB, em conjunto, penetram as camadas que
compõem a pele, a epiderme e derme, tornando-se assim
os maiores responsáveis pelo dano causado a este tecido. O
envelhecimento precoce, a flacidez e o aparecimento de rugas
e manchas são apenas alguns dos efeitos nocivos causados por
este tipo de radiação.
O
PROTECTORES SOLARESA escolha do protector solar deve ter em conta as
especificidades de cada individuo, nomeadamente o
fotótipo. Este conceito engloba as seguintes características:
a cor de pele e do cabelo, a tendência para desenvolver
escaldões e facilidade ou dificuldade em bronzear.
A escala utilizada tem como extremos o fotótipo I - um
individuo por norma com pele muito clara, ruivo e que não
desenvolve bronzeado – e, como extremo oposto, o fotótipo
VI, aquele que exibe cabelo e pele escuros e que nunca
apresenta escaldões.
É importante realçar que, apesar de ser uma barreira
importante, o bronzeado não protege totalmente a pele dos
raios UV. Deste modo, mesmo pessoas com fotótipo VI não
devem dispensar a aplicação de protector solar.
A aplicação do protector deve ser feita pelo menos 30
minutos antes da exposição solar e repetida em intervalos
de duas horas.
Depois de qualquer actividade que promova a remoção do
protector solar da pele, como por exemplo, os banhos de
mar, a secagem da pele e a actividade física é importante
a sua reaplicação. Este procedimento aplica-se a todos os
protectores solares, mesmo aos designados “à prova de
água” uma vez que esta diminui a eficiência dos filtros UV.
A aplicação do protector solar não deve servir para justificar
exposições solares prolongadas e deve incluir todas as partes
do corpo expostas, nomeadamente aquelas que geralmente
caem no esquecimento como as orelhas e os pés.
É importante referir que a sombra proporcionada por um
guarda-sol não é um factor de protecção total uma vez que
a areia reflecte cerca de 15 a 25% da radiação UV incidente.
O mesmo se verifica com a água e a relva ainda que em
percentagens mais baixas.
Do nosso guarda-roupa próprio para um dia de exposição
solar devem constar chapéus e óculos de sol que ajudem a
proteger o nosso rosto, lábios e olhos respectivamente.
A exposição solar deve ser feita de forma gradual, uma
vez que a nossa pele necessita de algum tempo para se
adaptar a este factor. Recomendam-se actividades que
promovam o movimento aquando a exposição e é vivamente
desaconselhado adormecer ao sol.
Os períodos de exposição solar não devem incluir as horas de
maior incidência dos raios ultravioletas (UV) na terra. Assim,
deve ser evitada a permanência ao sol entre as 11 e as 16
horas.
Mesmo em dias com alguma nebulosidade, a prudência
não deve ser esquecida, uma vez que cerca de 40 a 60% da
radiação solar consegue transpor a barreira formada pelas
nuvens e chegar à superfície terrestre.
CRIANÇASA pele das crianças ainda se encontra em desenvolvimento
estando assim mais susceptível a lesões cutâneas. As
queimaduras solares, nesta fase mais prematura da vida,
duplicam o risco de desenvolvimento de cancro de pele a
longo prazo.
As crianças com menos de dois anos não devem ser expostas
directamente ao sol. Devem ser utilizados para a sua protecção
no dia-a-dia, os designados protectores solares minerais de
índice 50+. Por outro lado crianças com mais de dois anos,
nas suas brincadeiras balneares, devem ter como protecção
adicional camisola de tecido não poroso, chapéu e óculos de sol.
Os efeitos nefastos da exposição solar são cumulativos, isto
é, a pele apresenta uma “memória” dos todos os episódios
negativos ocorridos. Tal facto é de particular relevância uma vez
que é durante a infância e adolescência que ocorre mais de 50%
da exposição solar na vida do ser humano.
Deve-se efectuar uma ingestão frequente de líquidos ou
alimentos ricos em água como frutos e legumes prestando
especial atenção às crianças e aos idosos.
Após a exposição solar é aconselhada a aplicação de um creme
ou loção hidratante de forma a evitar danos provocados pela
desidratação.
FILTROS ORGÂNICOS OU QUÍMICOSAbsorvem os raios UV
Necessitam de pelo menos 30 minutos para actuarem
Indicados a partir dos 2 anos
Aplicação prática
FILTROS MINERAIS OU FÍSICOSReflectem os raios UV
Actuam de imediato
Indicados para crianças até aos 2 anos de idade
Aplicação mais morosa
“A aplicação do protector solar não deve servir para justificar exposições solares prolongadas(...)”
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BOAS PRÁTICAS | REVISTA 022
PENSAR SAUDÁVEL
Conselho Português de Ressuscitação | Salvar Vidas – Projeto Nacional
Ensinar a salvar vidas: uma missão nobre
ançado pelo Conselho Português de Ressuscitação (CPR)
com o objetivo de levar à sociedade civil o conhecimento
e as boas práticas sobre reanimação, o Salvar Vidas - Projeto
Nacional inscreve-se na área da responsabilidade social, numa
óptica de cidadania, baseando a sua estratégia de disseminação
num roadshow que percorrerá, em digressão, as principais
cidades e localidades de Portugal.
“Partindo do facto de que a doença cardiovascular é a principal
causa de morte em Portugal, o objetivo da campanha Salvar
Vidas – Projeto Nacional é alertar os cidadãos, os jovens e as
empresas para o seu papel na cadeia de sobrevivência que, em
última análise, pode resultar em salvar vidas”, começa por nos
apresentar o CPR. Esta entidade sem fins lucrativos tem por
objecto, de entre outros, a coordenação e a promoção integrada
de iniciativas relacionadas com a reanimação, à luz das boas
práticas.
A campanha Salvar Vidas – Projeto Nacional procura aliar a
teoria do Suporte Básico de Vida à prática simulada, através
de acções de masstraining, ou seja, dirigidas a uma audiência
alargada, que são conduzidas por profissionais de emergência
médica. Nesta formação é dada particular importância ao
primeiro e ao segundo elo dos quatro que compõem a cadeia
de sobrevivência, ou seja, os respeitantes ao reconhecimento
antecipado da situação, seguido de pedido de ajuda através do
112 (Número Europeu de Emergência), bem como à aplicação
do Suporte Básico de Vida – para ganhar tempo, enquanto
não chega, por exemplo, uma Viatura Médica de Emergência e
Reanimação. Os restantes dois elos da cadeia de sobrevivência
L são a eventual Desfibrilhação – para reanimar o coração e os
cuidados pós-reanimação – para recuperar a qualidade de vida
do paciente.
O CPR tem centrado a sua grande aposta no roadshow de
sensibilização e em acções específicas em escolas e empresas,
a decorrer entre Março e Setembro de 2012. A iniciativa já
passou pelas cidades do Porto, Matosinhos, Coimbra, Vila
Real e Chaves. “Está actualmente demonstrado que ensinar
suporte básico de vida ao maior número possível de cidadãos é
um dos processos mais eficazes de salvar vidas, ao promover
uma resposta adequada a situações de paragem cardíaca
na comunidade”, afirma o CPR, apontando que “em diversos
países, de que são exemplos paradigmáticos a Noruega e
o Reino Unido, entre outros, este conhecimento levou à
introdução progressiva do ensino do suporte básico de vida nas
escolas e com jovens”.
QUER SER VOLUNTÁRIO?
O Salvar Vidas – Projeto Nacional é também uma iniciativa
aberta ao voluntariado, quer de profissionais da área da
saúde, quer de cidadãos interessados por esta temática,
que se poderão inscrever usando os seguintes contactos:
Conselho Português de Ressuscitação
Rua Sá da Bandeira, 819 – 1.º Esq.
4000-438 Porto
Telefone: 222 019 157
Fax: 222 014 402
E-mail: [email protected]
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 023
PENSAR SAUDÁVEL
A arte causa sempre efeitos colaterais
uando entramos num hospital costumamos logo deparar
com uma placa que em letras grandes exige: Silêncio.
Entretanto há uma grande discordância entre o pedido e o
cumprido... Um hospital é um lugar cheio de sons e um hospital
pediátrico é ainda mais repleto de sons.
Se prestarmos alguma atenção, ouviremos o rumor das
máquinas e aparelhos que apitam, os sons das macas e das
portas a abrir e fechar. Os telemóveis tocam (são proibidos...
mas tocam), as pessoas falam, as televisões falam (e cantam
e gritam), as crianças choram, as mães suspiram... tudo isto
misturado, criando um continuo murmúrio que pode variar de
intensidade e volume.
Trazer uma dupla de palhaços e incentivá-los a actuar nesse
ambiente é sempre uma grande aventura. Como fazê-los
funcionar de forma que ao criarem a sua “cena” não contribuam
para aumentar os ruídos à sua volta? Como transitar entre a
alegre confusão criada pela presença de um ser tão especial
no imaginário das crianças e a necessidade de se manter um
ambiente harmonioso? Afinal o paciente da cama ao lado pode
estar a dormir ou precisar descansar.
Entretanto a verdade é que a vida é feita de sons. E os
hospitais precisam e dependem da vida. Aliás a vida é o seu
principal produto. Por isso acreditamos que devemos espalhar a
nossa música e a nossa arte pelos Hospitais.
E é por isso que cantamos pelos quartos e corredores
e desafiámos todos a se juntarem a nós. Cantamos
porque podemos, porque devemos... porque estamos vivos
temos voz e somos felizes! Aliás nem sabemos se cantar nos
faz felizes, ou se somos felizes porque cantamos. E é por isso
que nos dedicamos com profunda seriedade a fazer caretas e
piruetas provocando gargalhadas deliciosas num bebé. Pois
o som desta gargalhada vai encher cada centímetro daquele
quarto de frescura fugindo para os corredores enquanto espalha
boa disposição. E é por isso, ao encontrar numa enfermaria um
pequeno bebé a dormir aconchegado no colo da mãe, o doutor
palhaço sabe que mesmo em perfeito silêncio ao entrar nas
pontas dos pés e trazendo o dedo indicador firmemente
colocado sobre os lábios enquanto murmura docemente SHHH,
estará a levar para dentro do quarto uma “música” suave e doce.
Essa é a nossa música: às vezes melodiosa, às vezes cómica,
às vezes mais alegre, às vezes até um bocadinho triste...
mas sempre afirmando o que temos de melhor. A nossa
humanidade.
Nos últimos 10 anos a presença dos artistas dentro dos
hospitais cresceu consideravelmente, este é na verdade um
movimento natural, pois um hospital é essencialmente um
local aonde seres humanos cuidam e tratam de outros seres
humanos e nada é mais definitivo da expressão do que é
humano do que a arte em sua essência.
Nada toca e regenera mais o espirito do que a harmonia das
notas musicais, a magia das cores sobre a tela, as palavras
mágicas de um conto tradicional ou a boa gargalhada de uma
criança quando encontra um palhaço.
Nas palavras de Patch Adams: “A arte tem enorme poder de
aumentar a comunicação e o entendimento, educar e embelezar.
A arte facilita a mudança social. A arte cura.”
Q
“(...) um hospital é
essencialmente um local aonde
seres humanos cuidam e tratam
de outros seres humanos e nada
é mais definitivo da expressão do
que é humano do que a arte em
sua essência.”
Beatriz Quintella | Presidente e Palhaço
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 024
EMPREENDEDORES
AITB | Associação Ibérica de Termalismo e Bem-Estar
Por Teresa Pacheco Osa | Presidente da AITB e Directora da revista Tribuna Termal
epois de um período de meditação e intercâmbio de
ideias, formalizou-se, em Fevereiro do ano passado,
a criação da Associação Ibérica de Termalismo e Bem-Estar
(AITB). Os sócios fundadores pertencem ao mundo do
Termalismo, destacados em diferentes áreas que integram
este sector, tanto em Espanha, como em Portugal.
A AITB nasceu por iniciativa da revista Tribuna Termal, com
o objectivo de congregar sinergias entre os profissionais
e os interessados no mundo do termalismo. Neste
sentido, pretende-se contribuir, de forma eficaz, para o
desenvolvimento, fortalecimento e divulgação da cultura
da água, em geral, e da importância do termalismo para a
prevenção e alívio das mais diversas patologias, em particular. O
nosso objectivo é aportar novas ideias para o desenvolvimento
optimizado e sustentável do chamado Turismo de Saúde
baseado na água, extensível aos diversos balneários, centros de
talassoterapia e spas.
O IMPORTANTE É SOMARA AITB é uma entidade que procura unificar. Unificar
clarificando critérios, no que diz respeito ao reconhecimento de
estabelecimentos e clarificando sempre quais as diferenças que
lhes são intrínsecas, como consequência da origem das águas
e dos benefícios específicos que cada centro aporta através da
sua aplicação. Este mesmo sentido de unificação levou-nos,
igualmente, a eleger como âmbito de actuação a Península
Ibérica, incorporando Portugal, país com o qual partilhamos
muito mais características do que aquelas que nos diferenciam.
Trata-se de constituir uma frente comum que permita à “velha”
Ibéria enfrentar, através da concórdia e da cooperação, os
mercados externos, em particular os países de língua espanhola
e portuguesa, transferindo uma experiência secular e reforçando
a nossa capacidade de regeneração económica e empresarial
nos tempos mais difíceis.
DECLARAÇÃO DE INTENÇÕESConstituem objectivos da AITB pôr em comum conhecimentos,
meios e actividades para alcançar o interesse geral do
desenvolvimento sustentável do termalismo, numa perspectiva
territorial, turística, de saúde, social, científica, cultural, do meio
ambiente e hidromineral. Desta forma, pretende-se promover a
planificação, a gestão integral e o aproveitamento sustentável
dos recursos hidrominerais existentes nos municípios
termais da Península Ibérica, promovendo o desenvolvimento
socioeconómico e o emprego. Por outro lado, a AITB visa
elaborar, desenvolver e gerir Programas de Turismo Sustentável
e todo o tipo de iniciativas de dinamização turística que se
possam projectar a partir das diversas administrações, actuando
como entidade colaboradora.
CLUBE DE EXCELÊNCIA TERMALOutra das finalidades da Associação Ibérica de Termalismo
e Bem-Estar é a constituição do Clube de Excelência Termal
(CET), que será dirigido por um Comité Técnico, multidisciplinar,
constituído por profissionais do termalismo e bem-estar, eleitos
entre os membros da AITB. Este Clube tem como objectivo
desenvolver um conjunto de procedimentos, elaborados e
validados pelo Comité Técnico, com a finalidade de estabelecer
padrões mínimos a cumprir pelos estabelecimentos que a ele
pretendam aderir. O Clube de Excelência Termal será um clube
de carácter privado, pelo que as suas decisões e normas não
implicarão directrizes de cumprimento obrigatório. Contudo,
é intenção da AITB consolidar-se como uma instituição
prestigiada e de reconhecido profissionalismo, para que os
pareceres por si emitidos sejam tidos em consideração.
LINHAS DE ACTUAÇÃOPara além da formação do Clube de Excelência Termal, outra
das nossas principais apostas é levar a cabo a coordenação
da Plataforma Nacional de Promoção Exterior do Turismo e
Saúde, denominada SpaSpainWellness, que até agora apenas
está presente em Espanha, ainda que seja nossa intenção
concretizar, posteriormente, uma marca conjunta hispano-
lusa. Uma das actuações bilaterais que se está a empreender
a partir da AITB, liderada por Portugal, é o estudo relativo à
comunidade receptora numa localidade termal um estudo
que pretende conhecer e analisar a opinião e envolvimento da
população residente no fenómeno termal de forma a conhecer o
seu efectivo contributo para a promoção desta actividade. Este
estudo será realizado em diversas cidades e vilas termais de
Portugal e Espanha.
Estamos, igualmente, a organizar as III Jornadas Profissionais
de Termalismo e Wellness (jornadas técnicas anuais que
permitem aos profissionais do termalismo, da talassoterapia e
spas ficar a par das tendências internacionais do sector) que, de
acordo com o previsto, terão lugar na ilha espanhola de Grande
Canária, no próximo mês de Setembro. É intenção da AITB que
as Jornadas de 2013 se realizem em Portugal.
Entre as futuras actuações da Associação, pretendemos edificar
o Museu Ibérico do Termalismo e Talassoterapia e criar o Centro
de Documentação Termal.
D
Para se associar ou obter mais informações: E-mail: [email protected]
Telefone: 00 34 916 166 350
Sentidos de unificação
ViniPortugalODES A BACO
Portugal – O Hotspot da Cena Internacional do Vinho
budget de 7 milhões de euros para a promoção dos vinhos
Portugueses em 11 mercados, incluindo o nacional. Estados
Unidos e Brasil são os dois mercados estratégicos, mas Angola,
China, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Países Nórdicos e
Portugal encontram-se nos seus mercados prioritários.
Este ano foram já realizadas provas de vinhos Portugueses
em Londres, Nova Iorque, São Francisco, Miami, Toronto,
Helsínquia, Estocolmo, Brasília e São Paulo. Estivemos
presentes nalgumas das maiores feiras para profissionais
e consumidores como a Prowein-Dusseldorf, a London
International Wine Fair, a Expovinis-São Paulo, a Vinexpo
Hong Kong, a Topwine-Pequim, a New York Wine Expo entre
outras. E muito mais está planeado, desde formação em
vinhos Portugueses, promoções em restaurantes e pontos de
venda, a eventos emblemáticos como a Gala em Nova Iorque
de revelação dos “50 Great Portugueses Wines” para os EUA
seleccionados pelo Master Sommelier e Master of Wine Doug
Frost.
Há, no entanto, muito ainda a fazer para
reforçar a notoriedade e o valor
da marca Wines of Portugal,
pois nalguns mercados o
desconhecimento sobre Portugal e
os vinhos portugueses é ainda o
obstáculo a ultrapassar. Mas isto
serve de motivação ao sector,
pois atesta o enorme potencial
de crescimento que os vinhos
portugueses ainda têm por
todo o mundo.
ortugal possui um património invejável no mundo do
vinho. Apesar dos portugueses estarem despertos para
a importância do vinho na nossa cultura e na nossa economia,
muitos desconhecem factos fascinantes de pioneirismo do
nosso país no sector vitivinícola. Factos tão importantes como
produzirmos vinho há mais de 2000 anos ou de termos sido
o primeiro país do mundo a plantar vinha. Isto mesmo antes
de existirmos enquanto nação independente. O comum do
português provavelmente também desconhece que Portugal
foi o primeiro país do mundo a ter uma região vitivinícola
demarcada e regulamentada – a região do Douro. Essa região
ímpar na técnica de plantar vinha em socalcos, que é hoje
Património Mundial da Humanidade e de onde provém o vinho
fortificado mais famoso do mundo – o vinho do Porto. Talvez
desconheçam igualmente que Portugal é o país do mundo com
maior número de castas autóctones, a maioria das quais não
existindo em mais nenhuma parte do mundo. E é isto, aliado
aos terroirs, que torna os nossos vinhos únicos no mundo.
Mas os vinhos portugueses não vivem do passado. Eles hoje
estão mais dinâmicos do que nunca. Apesar do nosso território
ser pequeno, Portugal é já o 10.º maior exportador de vinho
do mundo e o 5.º da Europa. Assume assim uma posição de
relevância no mercado internacional, sendo um dos grandes
players do chamado Velho Mundo – os países com uma tradição
secular na produção de vinho.
Fruto dos significativos investimentos realizados nas últimas
décadas na vinha e na produção de vinho em Portugal, a
qualidade, a consistência e a elegância dos vinhos por nós
produzidos deram um passo de gigante. Hoje a reputação
internacional dos vinhos Portugueses é inquestionável. A
qualidade dos vinhos portugueses está ao nível do melhor
que se faz no mundo. Portanto, não é de surpreender que hoje
cerca de 80% de todos os vinhos portugueses submetidos a
concursos internacionais acabem por sair desses concursos
premiados. Na última edição do International Wine Challenge
Portugal foi o 3.º país com mais medalhas de ouro.
As exportações de vinho português demonstram também
este dinamismo do sector. Em 2011 as exportações de vinhos
tranquilos cresceram 21% na Europa e no resto do mundo. No
primeiro trimestre deste ano o crescimento homólogo está já
situado nos 38%.
Estes são os resultados de um trabalho intenso de todo o sector
desde a produção, passando pelo comércio e as instituições e
entidades que se dedicam à promoção dos vinhos portugueses
no estrangeiro. A ViniPortugal tem trabalhado desde 1997
na promoção da marca país, com a missão de contribuir
para o aumento das exportações através da valorização
da marca Wines of Portugal. Este ano conta com um
P
“Hoje a reputação internacional
dos vinhos Portugueses é
inquestionável. A qualidade dos
vinhos portugueses está ao nível
do melhor que se faz no mundo.”
AGENDA
19 A 22 DE JULHO | THE TALL SHIPS RACES 2012 LISBOA
A capital portuguesa vai acolher, entre os dias 19 e 22 de Julho, o consagrado evento Tall Ships Races 2012, a Regata dos Grandes Veleiros, sob o lema 5 Portos, 5 Culturas, 1 Regata. A 8 de Julho, os navios zarparão do porto francês de Saint Malo, rumo a Lisboa. Das águas do Tejo, seguirão viagem para Cádis, no Sul de Espanha, onde estarão atracados entre os dias 26 e 29 de Julho. Partem daí para um novo destino – a cidade da Corunha – ficando em águas galegas de 10 a 13 de Agosto. A etapa final terá como destino Dublin, capital da República da Irlanda, porto onde o evento se mostrará entre os dias 22 e 26 de Agosto, até ao seu término.Programa completo em: www.tallshipslisboa.com
22 DE JUNHO A 28 DE JULHO | Verão na casa 2012
Casa da Música (Porto)www.casadamusica.com
2 A 12 DE AGOSTO | Viagem Medieval | Sta. Maria
da Feira
www.viagemmedieval.com
31 DE JULHO | Hugh Laurie & The Copper Bottom Band
Coliseu dos Recreios (Lisboa)www.coliseulisboa.com
6, 7 E 8 DE JULHO | The Famous Humour Fest
Festival de Humor de Lisboa
Cinema São Jorge (Lisboa)www.cinemasaojorge.pt
29 E 30 DE JUNHO E 1 DE JULHO | Festival Panda 2012
Estádio do Restelo (Lisboa)www.canalpanda.pt
6ª FEIRAS DE JULHO - 21H30 | Festival de música
Mar Shopping
Vários artistaswww.marshopping.com
30 DE JUNHO | Douro afternoon
Evento de música electrónicaFoz do Douro (Porto)www.cm-porto.pt
ATÉ 31 DE AGOSTO | 2.ª Mostra do Porto
Galeria Biblioteca Municipal Almeida Garrettwww.cm-porto.pt
28 DE JULHO | Green Summer Party
Bragawww.bragacej2012.com
GUIMARÃES 2012 | Capital Europeia da Cultura
Até 2 de Setembro | Emergências 2012 Novos MediaAté 31 de Dezembro | Descobrir Guimarãeswww.guimaraes2012.pt
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ATÉ 15 DE JULHO | Game On: a exposição sobre videojogos
Museu de Arte Popular (Lisboa)gameon.gameover.sapo.pt
BOAS PRÁTICAS | REVISTA 027
A MORTE SÚBITA DE CAUSA CARDÍACA É FREQUENTE EM PORTUGAL E ACONTECE NOS
LOCAIS E NOS MOMENTOS MAIS INESPERADOS.
APRENDER A SALVAR VIDAS É SER O ELO MAIS FORTE DA CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA.
CONHEÇA GESTOS SIMPLES COM OS VÍDEOS DO NOSSO SITE E PARTICIPE NUMA
AÇÃO DE FORMAÇÃO.
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