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FLAP INTERNACIONAL 67 FLAP INTERNACIONAL 66 BOEING KC-137 NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA Por: Aparecido Camazano Alamino Projetado para ser uma ae- ronave de reabastecimento em voo como KC-135, a sua variante de passageiros, designada Boeing 707, transformou-se em um dos maiores sucessos da Avia- ção comercial em todo o mundo no início da era do jato na aviação. A. Camazano Alamino

BOEING KC-137 - Revista Flap Internacional · F-5E Tiger II do 1º Grupo de Aviação de Caça, sobre o Estado do Rio de Janeiro. A incorporação do KC-137 deu nova dimensão às

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BOEING KC-137

NA FOrçA AérEA BrAsIlEIrAPor: Aparecido Camazano Alamino

Projetado para ser uma ae-ronave de reabastecimento em voo como KC-135, a sua variante de passageiros, designada Boeing 707, transformou-se em um dos maiores sucessos da Avia-ção comercial em todo o mundo no início da era do jato na aviação.

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O Boeing 707-320 PP-VLK ainda com as cores da Varig. Ele foi matriculado na FAB como 2404.

Após um longo voo, o FAB 2401 efetua aproximação para pouso.

Apesar de antiquado, o painel de instrumentos do KC-137 é impressionante e complexo.

Cabine presidencial do FAB 2401, observando-se a foto do presidente Fernando Henrique Cardoso.

O dia 10 de outubro de 2013 foi de grande significado para a Força Aérea Brasileira (FAB) e para o 2º Esquadrão do 2º Grupo de Transporte (2º/2º GT), pois o aparelho que dotou essa unidade nos últimos 27 anos foi aposentado do serviço ativo: o Boeing KC-137.

Esse avião atuou em diversas atividades na FAB, sendo de grande importância para as missões estratégicas e de longo alcance, sem contar com a sua enorme capacidade de transportar cargas e passageiros, além de autoridades, apesar de ter sido adquirido para realizar missões de reabas-tecimento em voo (REVO) dos aviões de caça da FAB. Sua desativação marcou o fim de uma era na aviação brasileira, onde ele operou na aviação comercial desde 1960.

Conheça a história do desenvolvimento do Boeing 707Em meados da década de 1950, a Força Aérea

dos Estados Unidos (Usaf) iniciou estudos para a substituição de seus veteranos aparelhos de rea-bastecimento em voo Boeing KC-97 Stratotanker, com motores a pistão, que já não se adequavam à tarefa de reabastecer em voo os modernos jatos supersônicos de combate.

A Boeing, que não tinha tradição até então na fabricação de aeronaves a jato, resolveu desenvolver um aparelho com quatro turbinas a jato para participar da concorrência do novo aparelho REVO da Usaf, adequando o projeto do seu protótipo de aeronave de transporte de

passageiros, designado como Boeing 367-80.O novo aparelho foi designado KC-135 e

realizou o seu primeiro voo em 31 de agosto de 1956. O KC-135 venceu a concorrência, sendo que os primeiros aparelhos de série entraram em operação em junho de 1957. Foram produzidos 803 aviões KC-135, que também foram expor-tados para o Chile, França, Singapura e Turquia.

Com a experiência adquirida com o projeto do protótipo do Boeing 367-80 e com a produção do KC-135, a Boeing resolveu lançar um aparelho nessa configuração para o transporte de passagei-ros de longo curso, designando-o como Boeing 707, que iniciou a linha de designações no estilo 7X7 para as futuras aeronaves produzidas pela empresa. O seu principal concorrente foi o Douglas DC-8, também em desenvolvimento.

O primeiro protótipo do Boeing 707 realizou o seu voo inaugural em 20 de dezembro de 1957, sendo introduzido no serviço comercial pela em-presa americana Pan American World Airways na rota Nova Iorque-Paris em 26 de outubro de 1958.

O seu sucesso foi inconteste na aviação co-mercial mundial e a sua produção atingiu a marca de 1.010 aparelhos fabricados de 1958 a 1979, sendo produzido em cinco variantes diferentes (B707-100, 200, 300, 400 e 720). O modelo 707 também foi utilizado em versões especializadas de uso militar, como o Boeing C-137 Stratoliner, Boeing E-3 Sentry, Boeing E-6 Mercury e Northrop Grumman E-8 Joint Stars. A produção das varian-tes militares prosseguiu até 1991.

Boeing KC-137 na Força Aérea BrasileiraCom vistas a adequar a sua frota de aviões de

reabastecimento em voo (REVO) à nova realidade da instituição, com a incorporação dos novos aparelhos de ataque AMX A-1, a FAB adquiriu em 1986, da empresa aérea Varig, quatro aparelhos Boeing 707, que foram fabricados em 1968 e atu-aram nessa empresa no transporte de passageiros, realizando as linhas internacionais.

As aeronaves foram levadas para a Boeing

Military Aircraft Company, sediada em Wichita, no Estado do Kansas, nos Estados Unidos, para serem transformadas em avião reabastecedor. Tal proce-dimento também incluiu algumas adequações nos aviões para uso militar, como a instalação do Auxiliary Power Unit (APU), escada de embarque na porta traseira, tanques e pods de reabastecimento em voo na ponta das asas, além de reforços estruturais.

Cabe o destaque de que um dos quatro Boeing 707 originalmente selecionados pela FAB, matriculado PP-VJK (c/n 19822) e que seria o futuro FAB 2400, acidentou-se com perda total na Costa do Marfim (África) em 3 de janeiro de 1987, ao realizar o voo RG797, de Abdijã para o Rio de Janeiro. Com essa perda, a FAB selecionou um novo avião para substituí-lo, o PP-VLK (c/n 19870), que recebeu a matrícula FAB 2404.

O esquadrão escolhido para receber os KC-137 na FAB foi o 2º Esquadrão do 2º Grupo de Transporte (2º/2º GT), sediado na Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro, e que sempre atuou em missões de transporte de passageiros e de cargas, desde a sua criação em 18 de janeiro de 1968 (Portaria nº

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Integrantes da Força de Paz do Brasil que atua no Haiti preparam-se para embarcar no FAB 2401.

Detalhe do setor de poltronas de passageiros do FAB 2401.

Um Northrop F-5EM Tiger II e um AMX A-1A preparam-se para efetuar o reabastecimento em voo de um KC-137 da FAB.

008-GM3). As tripulações para o “novo” aparelho fizeram o seu treinamento de pilotagem na Varig, atuando como tripulantes nas linhas comerciais, onde adquiriram a experiência necessária para operar com segurança e eficiência os aviões.

A parte especializada das missões REVO foi ministrada pelo pessoal do 2º/1º GTT (Grupo de Transporte de Tropas), que já realizava tal operação com os Lockheed KC-130E Hercules desde o final da década de 1970.

Variedade de missõesOs quatro aviões Boeing 707 da FAB foram

dotados com o kit para REVO, sendo designados KC-137, sendo que a letra K (internacionalmente) significa aeronave de reabastecimento em voo e a letra C indica que o avião também pode atuar nas tarefas de transporte de carga e de passageiros. A primeira missão de REVO realizada por um KC-137 da FAB aconteceu em 2 de dezembro de 1986, oca-sião em que o avião matriculado FAB 2403 efetuou o reabastecimento em voo de quatro caças Northrop F-5E Tiger II do 1º Grupo de Aviação de Caça, sobre o Estado do Rio de Janeiro.

A incorporação do KC-137 deu nova dimensão às atividades logísticas e ao raio de ação da FAB, tendo em vista a sua grande capacidade para o transporte de carga, sua enorme autonomia e a sua versatilidade, já comprovada, na aviação comercial.

Nesse cenário os aviões KC-137 passaram a realizar todo o tipo de missão além de REVO, como transporte logístico de carga e de passageiros, trans-porte de delegações no Brasil e para o exterior, bem como atuou nas principais missões humanitárias promovidas pelo Brasil, além do resgate de brasilei-ros que foram vítimas de guerras e de catástrofes naturais no exterior. Por outro lado, também foi empregado no transporte de tropas em missões de

paz no Haiti, em Angola e no Timor Leste, como também em apoio a atividades científicas, desporti-vas e sociais de interesse do Brasil.

Outro ponto importante na sua utilização foi o transporte de autoridades, sendo que o FAB 2401, mesmo estando dotado com o kit REVO, foi trans-formado pela Transbrasil para atuar como aeronave presidencial para as viagens internacionais de longo raio do presidente brasileiro até 2005, quando foi substituído pelo Airbus A-319.

O acabamento em madeira e a mobília clássica realçavam o requinte do FAB 2401, sendo essa configuração inicial substituída posteriormente por outra com materiais mais discretos, porém incluiu um chuveiro, aparelho de DVD e uma cama de casal. Ele foi inaugurado pelo presidente José Sarney em sua viagem a Roma.

Utilização dos presidentes da República do FAB 2401 em suas viagens oficiais pelo mundo: José Sarney: 12 vezes; Fernando Collor de Melo: oito

vezes; Itamar Franco: duas vezes; Fernando Henrique Cardoso: 33 vezes, antes de trocá-lo por um Airbus alugado da TAM; e Luiz Inácio Lula da Silva: 13 vezes.

Como curiosidade, durante a crise que atingiu a aviação comercial brasileira no final de 2006, algumas companhias aéreas não conseguiam transportar os seus passageiros, deixando cen-tenas de pessoas aguardando nos aeroportos. Os KC-137 da FAB foram chamados para auxiliar e dois aviões foram transformados para o trans-porte de passageiros (versão full pax), realizando diversos voos da empresa aérea TAM e aliviando a emergência no setor. Tal episódio, com o uso dos Boeing 707, relembrou o tempo que esses aviões transportavam passageiros pelo Brasil.

Os KC-137 foram utilizados no reabasteci-mento em voo de caças Northrop F-5EM Tiger II, Dassault F-2000B/C Mirage 2000 e AMX A1, graças à sua grande capacidade de conduzir combustível (90.000 litros), à maior autonomia e à maior altitude de operação, além da possibilidade de transferir 1.700 litros por minuto nos REVO.

Devido a todas essas características favoráveis, o KC-137 tornou-se o principal aparelho REVO da FAB, tendo em vista que existiam somente mais dois quadrimotores Lockheed KC-130 Hercules no inven-tário da Força, que atuavam nesse tipo de operação.

A desativação do KC-137 na FABMesmo contando com uma manutenção ex-

celente na FAB, os quatro Boeing KC-137 tinham mais de 45 anos de utilização e já se aproximavam do final de suas vidas operacionais. A sua idade influenciava muito na sua operação, tendo em vista os altos custos de manutenção, inclusive pelo excessivo consumo de combustível de seus já ultrapassados motores, bem como o ruído acima dos níveis de decibéis permitidos na maioria dos aeroportos, em especial os europeus.

O acidente com o FAB 2404, ocorrido em 26 de maio de 2013 no aeroporto internacional de Porto Príncipe, Haiti, alertou o Alto Comando da Aeronáutica para que fosse tomada a decisão pela desativação dos três aviões remanescentes, mar-cando o final da sua operação na FAB e no Brasil.

Para realçar a sua desativação, foi realizada uma significativa solenidade na Base Aérea do Galeão no dia 10 de outubro de 2013, quando o aparelho matriculado FAB 2402 foi colocado como pano de fundo da tropa do 2º/2º GT na formatura geral da Base Aérea do Galeão (BAGL). Assim, os aviões Boeing KC-137 foram oficialmente desati-vados do inventário da FAB após 27 anos de efetivo e profícuo serviço, com a saudade e a emoção de seus antigos tripulantes e mecânicos.

“Não lamentamos que o KC-137 se foi e, sim, nos rejubilamos pelos feitos da aeronave. Nas asas do avião, nós vemos o trabalho de nossa Força Aérea, da nossa gente e do País. Eu agradeço àqueles que voaram o KC-137 e o fizeram voar. E, agora, olhamos para o que o futuro nos reserva”, disse o comandante do 2º/2º GT, Tenente-Coronel-Aviador Rogelio Azevedo Ortiz, em seu discurso de despedida do avião.

A FAB já escolheu o seu substituto, que será o Boeing 767-300ER. Está prevista a aquisição de três aparelhos usados no mercado internacional, que serão transformados pela empresa israelense Israel Aerospace Industries (IAI) para aeronaves REVO, propiciando a volta do 2º/2º GT às ativida-O KC-137 FAB 2403 voa majestoso sobre o território brasileiro.

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Acidente com o FAB 2404 na decolagem do aeroporto de Porto Príncipe, no Haiti, em 26 de maio de 2013.

Detalhes da frota de KC-137 da FAB

Em 10 de outubro de 2013 foi realizada na Base Aérea do Galeão a solenidade de despedida da FAB dos KC-137. Detalhe do FAB 2402 ao fundo e os integrantes do 2º/2º GT em destaque.

des de REVO e de transporte logístico de longo curso da Força Aérea Brasileira.

Tal aquisição ainda carece de aprovação go-vernamental, que está preterindo para tomá-la, o que vem prejudicando a capacidade operacional da FAB tanto nas missões de REVO como no trans-porte estratégico de longo raio de ação, como a substituição das tropas brasileiras que estão atuando no Haiti.

Apesar desse óbice, o 2º/2º GT não foi desa-tivado e está operando com um efetivo mínimo, que voa em outros esquadrões de transporte da FAB sediados no Rio de Janeiro e já concluiu a formação de seus primeiros dez pilotos na aero-nave Boeing 767.

Esses pilotos fizeram o ground school (curso teórico), exercícios no simulador de voo e rea-lizaram 150 horas de voo cada um, sendo que três desses oficiais adquiriram a qualificação de instrutores na aeronave.

Tal treinamento foi possível graças a um contrato de capacitação operacional com a empresa Absa-TAM Cargo, que teve início no mês de dezembro de 2013 e foi concluído em fevereiro de 2015.

O novo comandante da FAB Tenente-Briga-deiro Nivaldo Luiz Rossato entende que a FAB e o Ministério da Defesa percebem a importância desse avião: “a aeronave tem uma grande capa-

cidade de carga que vai nos ajudar em missões de paz, como no Haiti e no Líbano, que atualmente são realizadas por aparelhos Hercules C-130 ou por aeronaves comerciais alugadas pelo governo brasileiro”.

“O alcance do futuro KC-767 Multi Mission Transport and Tanker (MMTT), com 43,8 toneladas de carga a bordo, é de 7.400 quilômetros. Isso significa decolar de Brasília e alcançar Portugal e Espanha, além de alguns países da África Ociden-tal, sem escalas. Também é capaz de levar 240 pas-sageiros, 81 macas de evacuação aeromédica ou dez UTIs completas”, explicou o Tenente-Coronel Ortiz, comandante do 2º/2º GT.

Os KC-137 matriculados FAB 2401 e 2403 foram leiloados e vendidos no início de 2014, sendo desmontados em março do mesmo ano no Parque de Material Aeronáutico do Galeão (PAMA GL) e sua matéria-prima foi reaproveitada em processo de reciclagem.

Está prevista a vinda do avião acidentado no Haiti (FAB 2402) para ser preservado no Museu Ae-roespacial (Musal), sediado no Campo dos Afonsos (RJ). Por outro lado, o FAB 2402 continua na BAGL, aguardando um destino, que poderá ser o Museu Asas de Um Sonho, da TAM, ou ser adquirido pela Força Aérea do Chile como aeronave logística, para suprir com suas peças e componentes a frota de Boeing 707 e KC-135 daquela instituição.

O Boeing 707 na aviação comercial brasileira

Dez empresas de aviação brasileiras utilizaram o Boeing 707 em atividades de transporte de pas-sageiros e de carga, além da FAB. Conheça essa história, a seguir:

Varig: foi a empresa pioneira na operação do Boeing 707 no Brasil, efetuando a encomenda de três aparelhos B707-441, equipados com turbinas Rolls-Royce Conway Mk-508-40, em 7 de setembro de 1957. Posteriormente, por questões de financia-mento, a encomenda inicial foi reduzida para dois aparelhos, que foram matriculados PP-VJA e VJB. O PP-VJA foi recebido em 7 de junho de 1960 e já no dia 2 de julho realizava o seu voo inaugural oficial, mas somente de Nova Iorque para Brasília (pois a pista do Galeão encontrava-se em reformas para receber o novo avião). Os voos diretos entre o Galeão e Nova Iorque começaram somente em 29 de julho de 1960. Nesse período, havia a troca de equipamento em Brasília e o voo continuava no jato Caravelle até o Galeão.

O terceiro B707-441, matriculado PP-VJJ, foi encomendado somente em 15 de janeiro de 1963, para substituir o PP-VJB, que havia se acidentado em 27 de novembro de 1962. O VJJ chegou ao Brasil em 14 de novembro de 1963. Os aviões da variante 441 voaram de 1960 a 1979 (PP-VJA, VJB e VJJ), totalizando três aviões.

Em 1966, novas aeronaves, agora da variante 707-341C, foram adquiridas, chegando a 17 avi-ões. Esses aparelhos operaram de 1967 a 1989, com ênfase para o transporte de passageiros, mas também efetuando o transporte de cargas (PP-VJH, VJK, VJR, VJS, VJT, VJX, VJY, VJZ, VLI, VLJ, VLK, VLL, VLM, VLN, VLO, VLP e VLU), somando 17 aviões. Os aviões PP-VJH, VJX, VJY e VLK foram adquiridos pela FAB em 1986, que os transformou em KC-137 para reabastecimento em voo de seus

aparelhos de caça.Transbrasil/Aerobrasil: recebeu o primeiro

Boeing 707-341C (PP-VJS arrendado à Varig) em 1982, utilizando-o para o transporte de cargas até 1984, que foi a prioridade para o uso dos B707 pela empresa, que também atuaram espo-radicamente no transporte de passageiros. Foram empregados dez aviões de 1982 a 1990 (PT-TCJ, TCK, TCL, TCM, TCN, TCO, TCP, TCQ, TCR e TCS).

A Aerobrasil operou como entidade jurídica própria (separada da Transbrasil) de janeiro de 1991 a 1996, realizando somente o transporte de cargas (PT-TCN, TCM, TCP, EL-AKH, AKL e HR-AMF) com seis aviões.

Brasair: atuou somente no transporte de cargas de 1994 a 1996 (PP-BRI, BRB e EL-AKJ), com três aviões.

Beta: resultado da fusão da Brasair com uma empresa de manutenção, passando a operar com o B707 como Beta de 1996 até 2008 (PP-BRI, BSE, BRR e BRG), com quatro aviões.

Skymaster: realizou o transporte de cargas de 1997 a 2008 (PT-MTE, WSM, WSZ, WUS, MST, MTR e EL-AKJ), somando sete aviões.

Phoenix Brasil: efetuou o transporte de cargas entre os anos de 1995 e 1996 (PP-PHB e N851JB) com dois aviões.

Vasp: utilizou três aeronaves contratadas no âmbito internacional para a realização de trans-porte de cargas de 1992 a 1995 (HR- AMN, AMX e AMZ), totalizando três aviões.

Sava: operou entre 1994 e 1995 com um aparelho cargueiro (N707HT).

Skyjet: foi dotada com um Boeing 707 car-gueiro no ano de 1995 (PP-AJP).

Fly: operou com o B707 PP-LBN em somente dois voos em janeiro de 1996 (CX-BNU ex-Pluna). Posteriormente, este aparelho foi adquirido pela FAB como fonte de peças de reposição para a sua frota de Boeing KC-137.

O triste fim do KC-137 (2401) na Base Aérea do Galeão (RJ).

Fontes: Arquivos do Autor, 2º/2º GT, VARIG

Matrícula Número de Data de Matricula Recebido Data de construção fabricação Varig pela FAB desativação FAB 2401 19840 12 FEV 1968 PP-VJY 4 JUL 1986 10 OUT 2013 desmontado jul 14 FAB 2402 19842 15 MAI 1968 PP-VJX 12 NOV 1986 10 OUT 2013 estocado BAGL FAB 2403 20008 15 AGO 1968 PP-VJH 13 MAR 1986 10 OUT 2013 desmontado jul 14 FAB 2404 19870 16 ABR 1968 PP-VLK 16 MAR 1987 16 MAI 2013 Acid. Haiti

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