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boletim semanal da Comissão Baixada Santista Pró ConfeCom 29 de julho de 2009 - Boletim #005 por Departamento de Imprensa da Prefeitura de Cubatão Cubatão é a primeira cidade da Re- gião Metropolitana da Baixada Santista a confirmar o apoio para a realização da Pré- Conferência Municipal de Comunicação, uma das etapas da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que deve acontecer entre 1 e 3 de dezembro de 2009, em Brasília (DF). A confirmação foi feita pelo Governo Municipal, por meio da Secretaria de Ação Governamental (Segove), durante reunião com a Comissão Baixada Santista Pró-Con- ferência de Comunicação, realizada nesta segunda-feira (27/07), na Prefeitura de Cuba- tão. Durante a reunião, a Comissão apresentou o calendário de eventos que deve acontecer nos municípios brasileiros antes da Conferência Nacional. De acordo com o cronograma, haverá também as fa- ses regionais e as estaduais, antes da Con- ferência Nacional, por último. Cubatão também se dispôs a sediar a conferência regional. Em Cubatão, por exemplo, a Con- ferência Municipal ficou pré-agendada pa- ra o dia 22 de agosto. O Governo Municipal, por meio da Segove, que des- de o início do ano já desenvolve um traba- lho de expansão da comunicação na Cidade, apoiará o desenvolvimento dos tra- balhos no Município. O objetivo da Conferência Munici- pal é promover o debate com a sociedade visando a democratização da informação em todas as áreas; propor políticas públi- cas para o setor, incentivar um amplo diálo- go sobre novas formas de licitação para exploração dos espectros de rádio, TV e in- ternet, além de incentivo para produção in- dependente de mídias, expandir e incentivar o uso do software livre, criação de rádios, jornais e TVs comunitárias e ou- tras tecnologias, além de garantir e facilitar o acesso às informações. As propostas feitas durante a Pré- Conferência Municipal, além de servir de subsídio para a Conferência Nacional, pode- rão também ser usadas como estímulos pa- ra a criação do primeiro Plano Municipal de Comunicação e do primeiro Conselho Muni- cipal de Comunicação. Para os organizadores, as políti- cas de comunicação no Brasil têm sido de- finidas, de modo geral, sem a participação efetiva e democrática da sociedade. Por is- so, a participação nas conferências não de- ve ficar restrita a especialistas e profissionais da área. A intenção é envol- ver a comunidade como um todo, inclusive setores como Educação, Cultura, Serviço Social, Saúde e Segurança Pública, os quais terão a oportunidade única de inter- vir no futuro do setor no Brasil, passando de simples expectadores para atores na co- municação nacional. A Comissão Baixada Santista Pró Conferência Nacional de Comunicação está organizando sua comitiva para participar da 1ª Pré-Conferência Paulista neste sábado, dia 1º de agosto. Confirme já sua presença! PARTICIPE da 1ª Pré- Conferência Paulista Cubatão sai na frente e anuncia sua participação na 1ª ConfeCom + Cidade também manifestou desejo de sediar a Conferência Metropolitana

Boletim 005

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Quinto boletim da Comissão Paulista Pró Conferência Nacional de Comunicação

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Page 1: Boletim 005

boletim semanal da Comissão Baixada Santista Pró ConfeCom

29 de julho de 2009 - Boletim #005

por Departamento de Imprensa da Prefeitura de Cubatão

Cubatão é a primeira cidade da Re-

gião Metropolitana da Baixada Santista a

confirmar o apoio para a realização da Pré-

Conferência Municipal de Comunicação,

uma das etapas da 1ª Conferência Nacional

de Comunicação, que deve acontecer entre

1 e 3 de dezembro de 2009, em Brasília

(DF). A confirmação foi feita pelo Governo

Municipal, por meio da Secretaria de Ação

Governamental (Segove), durante reunião

com a Comissão Baixada Santista Pró-Con-

ferência de Comunicação, realizada nesta

segunda-feira (27/07), na Prefeitura de Cuba-

tão.

Durante a reunião, a Comissão

apresentou o calendário de eventos que

deve acontecer nos municípios brasileiros

antes da Conferência Nacional. De acordo

com o cronograma, haverá também as fa-

ses regionais e as estaduais, antes da Con-

ferência Nacional, por último. Cubatão

também se dispôs a sediar a conferência

regional.

Em Cubatão, por exemplo, a Con-

ferência Municipal ficou pré-agendada pa-

ra o dia 22 de agosto. O Governo

Municipal, por meio da Segove, que des-

de o início do ano já desenvolve um traba-

lho de expansão da comunicação na

Cidade, apoiará o desenvolvimento dos tra-

balhos no Município.

O objetivo da Conferência Munici-

pal é promover o debate com a sociedade

visando a democratização da informação

em todas as áreas; propor políticas públi-

cas para o setor, incentivar um amplo diálo-

go sobre novas formas de licitação para

exploração dos espectros de rádio, TV e in-

ternet, além de incentivo para produção in-

dependente de mídias, expandir e

incentivar o uso do software livre, criação

de rádios, jornais e TVs comunitárias e ou-

tras tecnologias, além de garantir e facilitar

o acesso às informações.

As propostas feitas durante a Pré-

Conferência Municipal, além de servir de

subsídio para a Conferência Nacional, pode-

rão também ser usadas como estímulos pa-

ra a criação do primeiro Plano Municipal de

Comunicação e do primeiro Conselho Muni-

cipal de Comunicação.

Para os organizadores, as políti-

cas de comunicação no Brasil têm sido de-

finidas, de modo geral, sem a participação

efetiva e democrática da sociedade. Por is-

so, a participação nas conferências não de-

ve ficar restrita a especialistas e

profissionais da área. A intenção é envol-

ver a comunidade como um todo, inclusive

setores como Educação, Cultura, Serviço

Social, Saúde e Segurança Pública, os

quais terão a oportunidade única de inter-

vir no futuro do setor no Brasil, passando

de simples expectadores para atores na co-

municação nacional.

A Comissão Baixada Santista Pró Conferência Nacional de

Comunicação está organizando sua comitiva para participar da 1ª

Pré-Conferência Paulista neste sábado, dia 1º de agosto.

Confirme já sua presença!

PARTICIPE da 1ª Pré-

Conferência Paulista

Cubatão sai na frente e anuncia

sua participação na 1ª ConfeCom

+ Cidade também manifestou desejo de sediar a Conferência Metropolitana

Page 2: Boletim 005

+ Oficina de Formação aconteceu

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29 de julho de 2009 - Boletim #005

EXPEDIENTE

Boletim Semanal da Comissão Baixada Santista Pró ConfeCom

Diagramação: A Ponte

baixadasantista.proconferenciasp.org/boletim

29 de julho de 2009 - #005

produzido em software livre: Scribus

MULHER e MÍDIA é tema de

conferência livre

Rio de Janeiro - dia 11

Reunião Latinoamericana e

Caribenha do Fórum de

Governança da Internet

Florianópolis - dia 5

Ato em prol da convocação da

Conferência Estadual de

Comunicação em Santa Catarina,

às 9 hoas, no Plenarinho da

Assembléia Legislativa

Cubatão - dia 5 de agosto

Reunião para articulação da

comissão organizadora da

Conferência Municipal de

Comunicação de Cubatão, às

17h30, no mini-auditório da

Prefeitura, com representantes do

Executivo e entidades e meios de

comunicação interessados

Santos - dia 4 de agosto

Pré-Conferência Livre de

Comunicação: Mulher e Mídia, às

19h, no Diretório Municipal do PT -

Av. Bernardino de Campos, em

frente a Beneficiência Portuguesa

São Paulo - dia 1º de agosto

1ª Pré-Conferência Paulista de

Comunicação, no Sindicato dos

Engenheiros

indique um evento

AGENDA da

SEMANA

dia 4

às19h

Participe da Pré-

Conferência

Livre sobre

Mulher e Mídia,

organizada pela

Articulação

Mulher e Mídia

na Baixada

Santista.

É na terça-

feira, dia 4

de agosto,

às 19 horas

na sede do

Diretório

Municipal

do PT em

Santos.

Page 3: Boletim 005

por Cristina Charão

A definição do regimento da I Con-

ferência Nacional de Comunicação foi

mais uma vez adiada. O Ministério das Co-

municações informou nesta segunda-feira

(27) que cancelou a reunião da Comissão

Organizadora Nacional (CON) marcada pa-

ra amanhã (28) e que teria como pauta as

regras para a realização das várias etapas

da Confecom. O ministério não apresentou

justificativas, nem apontou nova data para

a reunião.

O cancelamento contrasta com

as declarações do presidente Luiz Inácio

Lula da Silva a respeito da Confecom, em

que demonstra compromisso com a realiza-

ção da conferência e até certa indignação

com o que chamou de “confusão” na organi-

zação do processo. “Vocês não sabem a

confusão que a gente está tendo neste

país agora, porque nós queremos fazer a

1ª Conferência de Comunicação, para to-

mar decisões sobre coisas importantes no

nosso país, e não é fácil”, disse Lula na

apresentação do projeto do Vale-Cultura,

em São Paulo, na última quinta-feira.

Embora não seja explícita, a críti-

ca de Lula parece ter sido influenciada pe-

lo boicote dos empresários à reunião da

CON da semana passada [saiba mais] ,

que igualmente deveria ter decidido sobre

o teor do regimento da conferência.“Antes,

as pessoas não estavam com medo por-

que não sabiam que ia acontecer, tinham

dúvidas. Depois teve um problema de di-

nheiro e as pessoas ficaram: 'Bom, não

vai ter dinheiro, então não vai ter'. Mas ago-

ra que vai ter, tem muita gente que não se

preparou que está preocupada.”

Segundo Lula, o que o governo

quer com a conferência é “melhorar a de-

mocratização dos meios de comunicação”.

“Nós nem queremos tirar nada de nin-

guém, só queremos apenas aprimorar os

meios de comunicação no Brasil. E a socie-

dade vai participar. E quando a sociedade

participa, nem o ministro Franklin tem o

controle, nem o companheiro Hélio Costa

tem o controle, nem eu tenho o controle. O

máximo que nós vamos lá é dizer o que

nós pensamos e fazer o nosso discurso.”

Impasses e cancelamentos

A publicação do regimento esta-

va prevista para o início de julho. Uma su-

cessão de impasses criados por

demandas do setor empresarial, que

impôs condições para garantir sua partici-

pação na Confecom, foi atrasando a defini-

ção das regras. Até que, na semana

passada, os empresários entregaram ao

ministro Hélio Costa, das Comunicações,

uma lista de demandas e, no dia seguinte,

não compareceram à reunião da CON.

Antes disso, outra reunião havia

sido cancelada pelo Executivo. A justificati-

va apresentada foi que os ministros Hélio

Costa, Franklin Martins e Luiz Dulci queri-

am entender o que estava emperrando a

definição do regimento.

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baixadasantista.proconferenciasp.org

Governo cancela reunião e publicação

de regimento é adiada mais uma vez

"Vocês não sabem a confusão que a gente está tendo neste país agora,

porque nós queremos fazer a 1ª Conferência de Comunicação, para

tomar decisões sobre coisas importantes no nosso país, e não é fácil. O

companheiro Franklin e o companheiro Hélio Costa estão organizando,

sabe, é uma tarefa... Antes, as pessoas não estavam com medo porque

não sabiam que ia acontecer, tinham dúvidas. Depois teve um problema

de dinheiro e a pessoas ficaram: "Bom, não vai ter dinheiro, então não

vai ter". Mas agora que vai ter, tem muita gente que não se preparou

que está preocupado. E nós não queremos nada, nós só queremos

melhorar a democratização dos meios de comunicação.. Nós nem

queremos tirar nada de ninguém, só queremos apenas aprimorar os

meios de comunicação no Brasil. E a sociedade vai participar. E

quando a sociedade participa, nem o ministro Franklin tem o controle,

nem o companheiro Hélio Costa tem o controle, nem eu tenho o

controle. O máximo que nós vamos lá é dizer o que nós pensamos e

fazer o nosso discurso".

(discurso do presidente Lula durante a solenidade da assinatura da Lei

que estará sendo encaminhada ao congresso, instituindo o Vale-cultura)

Page 4: Boletim 005

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29 de julho de 2009 - Boletim #005

por Gabriel Brito

Num ano dos mais movimentados

no setor da comunicação, com as

extinções da lei de imprensa e da

obrigatoriedade do diploma de jornalismo

para o exercício da profissão, corremos o

risco de perder o foco de debates mais

relevantes no sentido de organizar a

democratização das comunicações no

Brasil. É a análise do jornalista Renato

Rovai, editor da Revista Fórum,

entrevistado pelo Correio da Cidadania

para tratar de alguns dos assuntos de total

interesse tanto de comunicadores como do

público, ambos cada vez mais um mesmo

agente.

Quanto aos temas mais

abordados pela grande mídia, Rovai

relativiza sua importância, pois não

alteram a realidade do jornalismo e nem

mexem nas relações de poder, que

realmente definem os ‘graus’ de liberdade

de expressão concedida a cada grupo

social.

Por outro lado, destaca que do

lado dos entusiastas da democratização

da mídia fez falta uma pauta que visasse

regular o exercício da profissão com o fim

da lei de imprensa, de forma a contemplar

todos que trabalham na área, sem

distinção de formação.

De olho nas tendências do futuro

na área da comunicação, Rovai destaca

que os grandes conglomerados estão num

momento de defensiva, o que se vê na

avidez em controlar as novas tecnologias e

no discreto trabalho de esvaziamento da

Conferência Nacional da Comunicação. No

entanto, se mostra otimista com algumas

questões, como em relação ao veto do

projeto do senador Eduardo Azeredo, que

visa impor controles inviáveis no uso da

internet e no próprio direito à troca de

informações.

Em síntese, todos aqueles

interessados em mudar os atuais rumos da

comunicação devem se focar menos nos

debates que foram travados na grande

mídia e no judiciário brasileiro e mais nas

bandeiras que tragam a democratização

da comunicação e do acesso à informação

no país, como, por exemplo, banda larga

gratuita para todos e a instituição do

jornalismo como um serviço público.

Correio Cidadania: Como analisa a

revogação total da antiga lei de

imprensa?

Renato Rovai: Eu acho que em algumas

questões na área da comunicação está

deixando de se fazer um debate completo,

o que tem criado alguns problemas. No

caso da lei de imprensa, penso que a

revogação em si não é problema, e sim

deixar de se discutir algo para ocupar seu

lugar, retirando-a sem apresentar

alternativa.

Em boa medida isso acontece também

porque o debate no Conselho Federal de

Jornalismo foi mal feito. Naquela ocasião,

deveria ter sido feito um debate sobre a

construção de um conselho ou algo que

regulamentasse a atividade profissional do

jornalista e suas ações.

Tais debates, tanto da lei de imprensa

como do diploma, poderiam ter sido feitos

de forma mais ampla, impedindo que

tivéssemos um vácuo jurídico em algumas

questões.

CC: O fato de sua revogação ter partido

também de campanha por parte dos

grandes grupos do setor não é uma

mostra que devemos ter o pé atrás com

as conseqüências da extinção da lei?

Não se corre o risco de a manipulação

da informação ficar ainda mais

descontrolada?

RR: Os grandes conglomerados, as

corporações midiáticas, evidentemente

não agem por emoção. Tudo tem um

interesse comercial, político e, por que não

dizer, de grupo, corporativo também.

Eu acho que eles tinham objetivos na

revogação dessa lei de imprensa. Mas

também é verdade que nós, do outro lado,

não buscamos construir alternativas que

pudessem ser implementadas na ausência

de tais leis, como se viu nos últimos dois

casos, tanto na lei de imprensa e como na

questão da obrigatoriedade do diploma

jornalístico.

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