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boletim ABNT, v. 13, n. 151, Maio/Jun 2016 JOGOS RIO 2016

boletim ABNT, v. 13, n. 151, Maio/Jun 2016 JOGOS RIO 2016

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EDITORIAL

EDITORIALMaio/Jun 2016 | boletim ABNT • 3

Normalização nas OLIMPÍADAS 2016

Com a chegada dos Jogos Rio 2016, o �uxo de turistas no Brasil dará um salto, e além das competições de diver-sas modalidades esportivas, os empreendimentos, servi-ços e produtos, ganham o reforço das normas técnicas da ABNT para garantir segurança e qualidade.

O desa�o é proporcionar uma infraestrutura que aten-da todas as necessidades do público, e a preocupação vai desde os assentos dos estádios, buscando determinar se os mesmos garantem requisitos de resistência a impacto, chamas e corrosão, até as normas que asseguram que ba-res e restaurantes ofereçam uma alimentação de acordo com os requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais.

A gestão de sustentabilidade do Comitê Organizador Rio 2016 foi baseada na norma ABNT NBR ISO 20121 – Sistema de Sustentabilidade em Eventos. Em entrevista ao Boletim ABNT, Tania Braga, gerente Geral de Sustentabi-lidade do Rio 2016, fala da importância da utilização da norma e de como é possível quebrar o mito de que evento sustentável custa mais caro, dá mais trabalho e só pode ser feito em pequena escala.

Outro tema abordado é a acessibilidade às edi�cações, onde a circulação de pessoas com restrições de locomoção e visão nos remetem à necessidade de rampas, corrimões, largura de portas e corredores, sanitários acessíveis, sina-lização em braille e outros temas que garantem o desenho universal dos espaços, abordados na norma ABNT NBR 9050 – Acessibilidade a edi�cações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Até no universo dos esportes a ABNT se faz presente, contribuindo para a proteção e bem-estar dos competi-dores e da população em geral. Esperamos que os Jogos Rio 2016 sejam um sucesso!

Ricardo FragosoDiretor Geral

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Conselho Deliberativo - Presidente: Dr. Pedro Buzatto Costa Vice-Presidente: Dr. Pierangelo Rossetti São Membros Natos: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério da Defesa – Secretaria de Produtos de Defesa – Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial. Sócios Mantenedores: Asso-ciação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Petróleo Bra-sileiro S/A (Petrobras), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Se-brae), Siemens Ltda., Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo (SINAEES), Sindicato da Indústria de Máquinas (Sindimaq), Tigre S.A Tubos e Conexões, WEG Equipamentos Elétricos S/A. Sócio Contribuinte Microempre-sa: DB Laboratório de Engenharia Acústica Ltda. Sócio Contribuinte: Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), Associação Brasileira da Indústria de Má-quinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), De-partamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Schneider Electric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon/SP). Sócio Colaborador: Mario William Esper. Conselho Técnico – Presidente: Haroldo Mattos de Lemos. Comitês Brasileiros: Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04), Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18), Comi-tê Brasileiro Odonto-médico-hospitalar (ABNT/CB-26).

CONSELHO FISCALPresidente: Nelson CarneiroSão membros eleitos pela Assembléia Geral – Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar

CONSELHO TÉCNICO:Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)

DIRETORIA EXECUTIVA:Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso/ Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior/ Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone/ Diretor Adjunto de Certificação - Antonio Carlos Barros de Oliveira/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira

ESCRITÓRIOS:Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 ([email protected]) – São Paulo: Rua Conselheiro Nebias, 1131 – Campos Elíseos – 01203-002 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax (11) 3017.3633 ([email protected]) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 ([email protected]) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 ([email protected])

EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT:Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares/ Publicidade: [email protected] / Jornalistas responsáveis: Monalisa Zia (MTB 50.448) e Priscila Souza (MTB 69.096) / Coordenação, Redação e Revisão: Monalisa Zia e Priscila Souza / Colaboração: Oficina da Palavra / Boletim ABNT: Maio/Jun 2016 – Volume 13 – Nº151 / Periodicidade: Bimestral / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: Dídio Art & Design ([email protected]) / Impressão: Mais Type.

PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3660 – Fax: (11) 3017-3633

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International Organization Standardization

International Electrotechnical Commission

Comisión Panamericana de Normas Técnicas

Asociación Mercosur de Normatización

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6 e i em e ol o

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14 A emblei e l ANT

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PARCERIA em evolução

ABNT e A o l om m e e i i li o o o mi e

e tmo e e lo i e i le .

Um acordo �rmado em 2015 entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a organização norte-americana FM Approvals LLC torna-se mais consis-tente à medida que avança o intercâmbio de experiências no campo da avaliação da conformidade, inicialmente com foco em sprinklers e atmosferas explosivas. Há vários anos a ABNT Certi�cadora já vi-nha realizando auditorias para a FM na América do Sul, porém, pelo novo com-promisso �rmado, esta parceria �cará mais abrangente, permitindo que diver-sos clientes da FM nos Estados Unidos tenham acesso à certi�cação de Marca de Conformidade ABNT.

“Este é um dos mais importantes con-vênios que �rmamos nos últimos anos”, a�rma Sergio Pacheco, gerente de Certi-�cação de Produtos da ABNT. Ele come-mora a evolução do acordo entre as duas organizações, estabelecido em 1º de abril

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de 2015 por meio de Memorando de Entendimen-to, que passou a vigorar imediatamente. Ainda no ano passado, em julho, a FM Approvals recebeu a equipe da área elétrica da ABNT para um curso de cinco dias sobre atmosferas explosivas e visita aos laboratórios.

Mais um passo foi dado recentemente: André Dytz, auditor da ABNT, participou de cinco dias de treinamento sobre sprinklers, nos Estados Uni-dos, no �nal de março, abordando ensaios, meto-dologias de certi�cação, histórico da certi�cação e normalização FM e especi�cidades do mercado americano. Também fez uma apresentação sobre a ABNT, enfocando especialmente processo de cer-ti�cação, programas da área de incêndio e regula-mentação brasileira.

Sobre a experiência, Dytz destaca que a FM Approvals possui um critério bastante robusto de inspeção, com uma amostragem maior que a maioria das demais normas nacionais. “Além dis-so, submete os produtos a outros ensaios, princi-palmente relacionados à corrosão e em condições de incêndio bem próximas à realidade”, observa. Segundo ele, o laboratório de ensaios da parceira norte-americana é um benchmarking a ser copia-do pelos laboratórios brasileiros.

O treinamento, na avaliação de Dytz, foi mais um passo da ABNT e FM no conhecimento mú-tuo de seus processos e metodologias de certi�ca-ção: “No caso da ABNT, conhecer melhor a opera-ção de um certi�cador centenário e de excelência, como a FM, sempre será útil para investimentos e ações de planejamento”. Ele acredita que a inicia-tiva, certamente, também ajudará ambas as orga-nizações a terem cada vez maior con�ança mútua em suas marcas.

A próxima tarefa do auditor será a de transmi-tir à equipe brasileira tudo que foi visto na FM, com destaque para aspectos que podem ser ado-tados pela ABNT nos processos de certi�cação de produtos. “A ideia é que a ABNT possa sempre evoluir na direção da excelência de seus processos e credibilidade junto ao mercado”, conclui.

Ainda em março, o gerente da área de incêndio da FM esteve no Brasil para conduzir um treina-mento para os técnicos da certi�cação de produtos, abordando sprinklers. Para essa atividade, prepara-tória de um seminário que as duas organizações

promoverão no Brasil, também foram convidados funcionários da área de Normalização Internacio-nal da ABNT e representantes de empresas certi�-cadas em sprinklers, do Instituto Nacional de Me-trologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.

Interesse mútuo

A FM Approvals é o braço tecnológico de uma organização com mais de 180 anos de história, que atua globalmente no mercado de seguros e dispo-nibiliza soluções de prevenção e gestão de risco, entre outros serviços. Oferece certi�cação de pro-dutos e ensaios de serviços em conformidade com os mais altos padrões nacionais e internacionais.

O Memorando de Entendimento �rmado com a ABNT tem o objetivo de promover interesse mú-tuo por meio da cooperação no campo da avalia-ção da conformidade, informação técnica e treina-mento, contribuindo assim para o fortalecimento do relacionamento entre ambas as organizações.

A parceria, com validade de cinco anos, prevê: cooperação em auditorias; visitas de especialistas para intercâmbio de experiências de avaliação de conformidade; troca de informações sobre arma-zenamento, recuperação, aplicação e dissemina-ção de dados cientí�cos; organização e participa-ção em conferências, simpósios, cursos e outros eventos de mútuo interesse; desenvolvimento de programas de treinamento conjunto e serviços de informação técnica.

Como atividades especí�cas discriminadas em anexo no Memorando constam ensaios de sprinkler de acordo com normas da FM e ABNT e ensaios de equipamentos utilizados em áreas de risco, conforme as normas da International Elec-trotechnical Commission (IEC). No processo de certi�cação, a equipe brasileira observará, prin-cipalmente, as normas da série ABNT NBR IEC 60079, que tratam de atmosferas explosivas.

Sérgio Pacheco �cou responsável pelas ativida-des previstas na parceria, por parte da ABNT, en-quanto a FM Approvals designou Richard Dune, gerente de Proteção contra Incêndios, e James Marquedant, gerente de Sistemas Elétricos, para responderem, respectivamente, pelas áreas de sprinklers e atmosferas explosivas.

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Reestruturação dos MACROSSETORES DA NORMALIZAÇÃO

A rápida transferência de informação, resul-tante das novas tecnologias, tem contribuído para a evolução dos processos produtivos ao mesmo tempo em que cresce o nível de exigência dos consumidores.

Há ainda uma progressiva adequação de produtos e serviços aos padrões de saúde e segurança, requisitados em regulamentos e demais atos legais. Consequentemente, tudo isso tem colaborado para uma maior participa-ção na Normalização por diferentes organizações, dos mais distintos setores econômicos. A Norma-lização, além dos aspectos de bem-estar gerados à sociedade, contribui para uma maior competitivi-dade no mercado.

Esta crescente demanda por Normas Técnicas vem resultando no surgimento de novos Comitês Técnicos na ABNT.

Para possibilitar uma melhor visão dos assun-tos que são abordados na Normalização, estes Co-mitês foram divididos em grupos, denominados Macrossetores da Normalização.

O objetivo foi reordenar, da maneira mais lógi-ca possível, os Comitês Técnicos nos Macrosseto-res relacionados a seguir:

• Agricultura. Tecnologia de alimentos• Construção civil. Infraestrutura• Embalagem. Transporte. Distribuição de

bens• Energia. Eletroeletrônica. Tecnologia da

informação e comunicações• Máquinas. Equipamentos mec nicos.

Equipamentos de transporte• Produtos domésticos e comerciais. Entre-

tenimento. Esportes• Qualidade. Tecnologias de gestão• Química. Materiais. Tecnologias de fabri-

cação• Saúde. Segurança. Meio ambiente• ServiçosCon�ra em www.abnt.org.br/normalizacao/

comites-tecnicos

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Tema central:

Água ou escassez? Qual o futuro que queremos?

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O público do evento é formado por profissionais, técnicos,

empresários, estudantes, gestores e pesquisadores de órgãos

públicos e privados do setor e, de forma geral, por todos os

interessados no avanço da aplicação dos conhecimentos em

saneamento básico e ambiental no Brasil e no exterior.

Em 2016, serão mais de 250 empresas nacionais e internacionais

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10 • boletim ABNT | Maio/Jun 2016

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL em alta

Com o objetivo de acelerar a transição para uma economia de baixo carbono, a ABNT e a Carbon Trust - organização sem �ns lucrativos sediada em Londres, que aconselha governos e companhias ao redor do mundo - desenvolveram o Sistema ABNT de Medição e Certi�cação da Pegada de Carbono de Produtos. O projeto foi patrocinado pela Embaixada Britânica no Brasil e desenvolvido em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MDIC).

Além da grande experiência da Carbon Trust, tanto na atuação direta como no desenvolvimen-to deste programa em diversos países, o Sistema ABNT de Medição e Certi�cação da Pegada de Carbono de Produtos baseia-se em normas inter-nacionais reconhecidas e foi projetado juntamente com os seus bene�ciários �nais, as indústrias bra-sileiras, contando com um grupo de empresas de sete setores diferentes: aço, alimentos, alumínio, cimento, tecidos, químicos e vidros.

Este Sistema apoia os esforços do Brasil para fomentar uma economia sustentável, alinhado com a Política Nacional de Mudanças Climáti-cas e com o Plano Indústria. Além disso, como a

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matriz energética brasileira tem uma participação importante de energia renovável, os indicadores tendem a ser relativamente favoráveis na compa-ração internacional, permitindo que a indústria brasileira tire partido de uma vantagem competi-tiva natural do País.

O Comitê Técnico de Certi�cação (ABNT/CTC-27) é o responsável por prestar apoio técnico à equipe executora do Programa. É composto por especialistas em avaliação do ciclo de vida, nor-mas e certi�cação, com uma compreensão real do processo de pegada nas empresas.

A ABNT Certi�cadora acredita que o traba-lho que está sendo desenvolvido venha a servir de exemplo e base para o desenvolvimento de ações voltadas para o fortalecimento da consciência da necessidade de se buscar o desenvolvimento sus-tentável no País.

Lançamento do Sistema

O Sistema ABNT de Medição e Certi�cação da Pegada de Carbono de Produtos foi lançado o�-cialmente no dia 06 de abril, em São Paulo. Apro- São Paulo. Apro- Apro-ximadamente 115 pessoas estiveram presentes.

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Participaram também Joanna Crellin, Côn-sul Geral do Reino Unido em São Paulo; Demé-trio Florentino de Toledo Filho, representan-te do MDIC; Martin Barrow e João Lampreia, representantes da Carbon Trust; Antonio Carlos Barros de Oliveira, diretor Adjunto de Certi�ca-ção e Guy Ladvocat, gerente de certi�cação de sis-temas, ambos da ABNT.

Cinco empresas certi�cadas apresentaram seus processos em forma de estudo de caso, mostrando as di�culdades e as vantagens que elas veem nesta certi�cação. Num total, foram 15 empresas certi�-cadas até o momento.

O gerente de certi�cação de sistemas da ABNT, Guy Ladvocat, falou sobre a estrutura do programa e apresentou ao público o novo Portal da Sustentabi-lidade da ABNT, que abrange os três programas am-bientais que a Certi�cação atua: Rótulo Ecológico, Gases de Efeito Estufa (GEE) e Pegada de Carbono.

No Portal da Sustentabilidade ABNT (www.abntonline.com.br/sustentabilidade) é possível encontrar todas as informações referentes aos programas, além de documentos e critérios neces-sários para empresas interessadas em se certi�car, notícias e eventos relacionados aos assuntos.

O Rótulo Ecológico ABNT é uma certi�cação voluntária que atesta que um determinado produ-to causa menos impacto ao meio ambiente quando comparado com um produto similar não rotulado. É considerada a rotulagem mais e�ciente e de maior cre-dibilidade para demonstrar o comprometimento com o meio ambiente. A ABNT é membro do Global Eco-labelling Network (GEN), entidade internacional que promove a rotulagem ambiental em todo o mundo.

Além disso, é um dos primeiros Organismos de Veri�cação e Validação (OVV) de Gases de Efeito Estufa (GEE) na América Latina, permitindo ofe-recer os serviços de veri�cação de inventários de GEE e validação de projetos de redução de emis-sões a custos adequados à realidade da indústria brasileira. A veri�cação de Inventários de GEE tem se tornado um tópico internacional fundamental num mundo que caminha em direção à economia de baixo carbono, onde energia é um componente cada vez maior nos custos da Indústria.

Para Guy Ladvocat, este tipo de certi�cação vem ao encontro da necessidade das empresas buscarem criar um mercado de baixo carbono. A

medição que é feita permite que elas identi�quem pontos de melhoria, onde podem atuar para tor-nar seus processos mais e�cientes e econômicos.

Certificadas

LATASA RECICLAGEMA Latasa Reciclagem, empresa do Grupo Reci-

claBR, maior grupo de reciclagem de metais não ferrosos do Brasil, recebeu a certi�cação de pegada de carbono pelo lingote de alumínio, no lançamen-to do Sistema Brasileiro de Medição e Certi�cação da Pegada de Carbono de Produtos. A certi�cação do produto da Latasa signi�ca que o processo de reciclagem do alumínio foi mapeado em toda a sua cadeia produtiva de forma estruturada, sistemática e analítica. Além disso, as emissões foram mensu-radas e novos padrões comparativos foram criados.

“O Grupo ReciclaBR tem o compromisso de contribuir com os esforços mundiais, junto da indústria brasileira do alumínio, para a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmos-fera. A partir de agora, o Grupo tem o objetivo de tomar decisões mais assertivas para encontrar formas mais e�cazes de otimizar processos e con-sequentemente reduzir as suas emissões. Para nós, o certi�cado da ABNT não é só um atestado, ele é uma vantagem competitiva, mas principalmente é valor agregado para os clientes que optam por uti-lizar o lingote de alumínio com menor pegada de carbono em seus produtos”, diz Mario Fernandez, CEO do Grupo ReciclaBR.

BRASKEM“Participar dessa iniciativa tem sido muito im-

portante, pois vamos para um novo patamar no Brasil em termos de cálculo e certi�cação de pega-da ambiental. A certi�cação do selo de pegada de carbono, traz uma oportunidade de demonstrar-mos o diferencial competitivo dos produtos brasi-leiros em função de uma pegada ambiental menor que outros países. Ainda, reforça nosso compro-misso com o consumo sustentável e o engajamen-to com a sociedade, quando disponibilizaremos mais informações para permitir que os clientes e consumidores decidam por produtos mais susten-táveis”, a�rma Luiz Carlos Xavier, responsável pela área de Desenvolvimento Sustentável, da Braskem.

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12 • boletim ABNT | Maio/Jun 2016

OWENS ILLINOIS A Owens Illinois (O-I) aderiu ao Programa Pegada de Carbono, em 2014.

A empresa optou por fazer a medição da pegada de carbono da tonelada de vasilhames de alimentos e bebidas, o que permitiu avaliar o processo de produção de todos os produtos da fábrica. Para a Owens Illinois, o principal benefício deste projeto foi a oportunidade de identi�car quais processos da fábrica emitem maior quantidade de carbono e se está ocorrendo desperdí-cios. Desta forma, podem traçar estratégias de melhoria para a fábrica.

A participação neste programa está alinhada à estratégia global da O-I, que tem compromisso com a sustentabilidade e busca minimizar o impacto de suas atividades no meio ambiente. Agora, a empresa está analisando os dados das medições e preparando um plano de ação, com o objetivo de reduzir sua pegada de carbono e atingir, cada vez mais, e�ciência em seus processos, in-formou Aline Borges dos Reis, analista de Meio Ambiente, da Owens Illinois.

Mudanças Climáticas

Em evento realizado em São Francisco (EUA), nos dias 21 e 22 de abril, foi aberto para assinatura o acordo de Paris. A expectativa da Organização das Nações Unidas (ONU) era de que 147 países aderissem ao acordo.

O acordo de Paris é um tratado no âmbito da Convenção-Quadro das Na-ções Unidas sobre a Mudança do Clima, também conhecida como UNFCCC - (do original em inglês United Nations Framework Convention on Climate Change ) - que rege medidas de redução de emissão de dióxido de carbono a

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partir de 2020. O acordo foi ne-gociado durante a COP-21, em Paris, e foi aprovado em 12 de dezembro 2015.

O objetivo da convenção está descrito no artigo 2º, “o refor-ço da implementação” da UN-FCCC através de:

“(a) Assegurar que o au-mento da temperatura média global �que 2°C abaixo dos níveis pré--industriais e prosseguir os esforços para limitar o aumento da temperatura a até 1,5°C acima dos ní-veis pré-industriais, reco-nhecendo que isto vai re-duzir signi�cativamente os riscos e impactos das alterações climáticas;

(b) Aumentar a capaci-dade de adaptação aos impactos adversos das

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alterações climáticas e promover a resiliência do clima e o baixo de-senvolvimento de emis-sões de gases de efeito estufa, de maneira que não ameace a produção de alimentos;

(c) Criar �uxo �nanceiro consistente na direção de promover baixas emis-sões de gases de efeito es-tufa e o desenvolvimento resistente ao clima.”

A pauta ainda falou sobre a importância dos países em re-duzir suas emissões de gases de efeito estufa, da importân-cia de fabricantes oferecerem aos consumidores produtos que reduzem os impactos ambien-tais e também sobre o papel do governo de ser um impulsiona-dor desse processo, por meio de

compras públicas sustentáveis.A ABNT tem feito a sua par-

te. Com posição de diretoria no GEN, em 2008, relançou o pro-grama de rotulagem ambiental, em 2014 lançou seu programa de veri�cação de inventários de gases de efeito estufa e, agora em abril, lançou seu programa de pegada de carbono.

O tema é global, e temos que acelerar as ações locais para que o Brasil não �que para trás. As repercussões destas ações irão, cada vez mais, in�uenciar os mercados internacionais. Se-gundo Bjorn Erik Lonn, presi-dente do Global Ecolabelling Ne-twork (GEN), “no ano passado, os membros do GEN foram res-ponsáveis pelo licenciamento de mais de 298.000 produtos com potencial comprovado para fa-zer uma diferença ambiental”.

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14 • boletim ABNT | Maio/Jun 2016

Assembleia geral da COPANT

2016

O Serviço Equatoriano de Normalização (INEN) foi o an�trião da reunião da Assembleia Geral da Comis-são Panamericana de Nor-mas Técnicas (COPANT), que aconteceu de 18 a 22 de abril, no Equador.

A reunião teve a parti-cipação de 80 delegados, dentre eles a ABNT. Em seu discurso de abertura, o presidente da COPANT, Joe Bhatia, pediu um minuto de silêncio em honra às pesso-às pesso- pesso-as afetadas durante o terre-moto que aconteceu no dia 17. Ele também mencionou os esforços da COPANT que estão sendo feitos para que os membros se sin-tam mais envolvidos com a organização e encontrem mais valor à sua adesão.

Durante a reunião, grupos de trabalho que administram estratégias prioritárias apresentaram seus relatórios de 2015 e o planejamento para este ano. Os grupos de trabalho estão focados nas seguintes estratégias: capacitação, participação internacional, avaliação da conformidade e cooperação regional.

Além da reunião da COPANT, outros eventos paralelos estavam pre-vistos, como reuniões de colaboração e cooperação bilateral. O resultado foi de mais de 50 reuniões, que discutiram possíveis mecanismos de coo-peração e de vários memorandos de entendimento assinados.

A Semana da COPANT terminou com o workshop sobre “Regras e Regulamentos para o setor Automotivo”, organizado pelo organismo de normalização dos Estados Unidos (ANSI), onde foram abordadas questões relacionadas com a protecção da segurança pública e o meio ambiente, avanços tecnológicos para a prevenção de acidentes, seguran-ça cibernética, veículos elétricos e autônomos no setor automotivo. O workshop contou com apresentações de representantes de órgãos dos Es-tados Unidos, Colômbia, México e representantes da indústria.

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16 • boletim ABNT | Maio/Jun 2016

ENERGIA SOLAR gerando negócios

A estreante Feira Internacional de Tecno-logias para Energia Solar (Expo Solar Bra-sil) e a Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar (EnerSolar + Brasil), em sua quinta edição, marcaram o mercado de eventos de negócios em São Paulo (SP), na primeira quinzena de maio, colocando em pauta a importância das alternativas em fon-tes energéticas sustentáveis. Ambos os even-tos receberam apoio institucional da Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Paralelamente à atividade de normali-zação, a ABNT tem na área de certi�cação um trabalho bem estruturado, focado em Sistema de Aquecimento Solar (SAS), regu-lamentado pelo Instituto Nacional de Me-trologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) através da Portaria 352:2012. A certi�cação de produtos é a forma imparcial que o fa-bricante tem de demonstrar ao consumidor e a sociedade que seus produtos atendem aos requisitos mínimos exigidos na Norma ABNT NBR 15747: 2009 quanto à qualida-de, à segurança e ao desempenho.

No caso da certi�cação do SAS, que é com-pulsória, o escopo de aplicação compreende: coletores solares; reservatórios térmicos fe-chados de volume padronizado menor ou igual a 1000L; e sistemas acoplados. Estão

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excluídos do processo o concentrador solar e re-servatório térmico aberto.

A partir da solicitação de certi�cação e análise da documentação, são cumpridas etapas de audito-ria, ensaios e tratamento de não conformidades, até a emissão do certi�cado e seu registro. A auditoria tem o objetivo principal de realizar uma avaliação planejada, programada e documentada, executada por pro�ssional independente da organização, a �m de veri�car a e�cácia do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) implantado. Nesta fase são veri-�cadas as informações declaradas pelo fabricante em relação aos produtos, sendo as amostras lacra-das para posterior realização dos ensaios.

O ensaio, por sua vez, demonstra exclusiva-mente a conformidade do produto em relação às normas. Com base nas variações técnicas dos mo-delos e na “De�nição de Amostragem” determina-da no Regulamento de Avaliação da Conformida-de (RAC), é selecionada uma amostra para ensaio de Desempenho Térmico e outra para os demais ensaios requeridos.

Constatada a conformidade nos ensaios dos produtos e na auditoria do sistema de gestão da qualidade (SGQ), é possível garantir que a amostra ensaiada e toda a produção atendem à norma téc-e toda a produção atendem à norma téc-nica de referência.

Fonte: http://www.dasolabrava.org.br/wp-content/uploads/2013/04/03_04_2013_INMETRO_PAC_para_Ep-Aquecimento-Solar_Evento-com-o-setor.pdf

Fonte: http://www.dasolabrava.org.br/wp-content/uploads/2013/04/03_04_2013_INMETRO_PAC_para_Ep-Aquecimento-Solar_Evento-com-o-setor.pdf

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Do certificado ao registrodígitos). Cada certi�cado re-cebe um número de registro, que deve ser inserido no Selo de Identi�cação da Conformi-dade, indicando que o equipa-mento foi submetido ao pro-cesso de avaliação e atendeu aos Requisitos Gerais de Cer-ti�cação de Produto (RGCP) e ao RAC. São eles:

O certificado de confor-midade, de acordo com RAC específico, é a condição para iniciar o procedimento de ob-tenção de Registro de Objeto, que dá autorização para uso do Selo de Identificação da Conformidade, da Etiqueta Nacional de Conservação da Energia (ENCE) e, consequen-

temente, a comercialização dos equipamentos.

O registro é solicitado pelo fornecedor por meio do sis-tema Orquestra. Após todo o processo concluído o registro é deferido no sistema, sendo en-viado por e-mail o nº do regis-tro no formato nº 000000/0000 (Nº com 6 dígitos / Ano com 4

Prazos para certificação

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A importância da certificação

cilitar o comércio internacional, e fortalecer o mercado interno.

Os produtos estão sujeitos à �scalização do Inmetro e por se tratar de uma certi�cação com-pulsória ao identi�car produtos não certi�cados acarretará im-plicação a seus infratores, como penalidades de advertência, autuação, podendo até levar ao encerramento das atividades.

Para que uma empresa obte-nha a certi�cação, o primeiro pas-so é fazer a solicitação à ABNT, pelo e-mail certi�[email protected], recebendo em seguida a relação de todos os documentos necessários para o processo.

Dados do Mercado

A certi�cação é um processo no qual uma entidade de terceira parte avalia se determinado pro-duto atende às normas técnicas, baseando-se em auditorias no processo produtivo, na coleta e em ensaios de amostras. Atendi-dos todos os requisitos, a empre-sa recebe a certi�cação e passa a usar a Marca de Conformidade ABNT em seus produtos, garan-tindo que sua produção é con-trolada e que atende às normas técnicas continuamente.

No caso da certi�cação com-pulsória, ela é determinada por um RAC especí�co, que descre-ve como todo o processo deve

transcorrer. Outros documen-tos de�nidos em portarias do Inmetro também devem ser ob-servados: o Regulamento Téc-nico da Qualidade (RTQ), que apresenta os ensaios a serem realizados e em seu item 3 “Do-cumentos Complementares” re-laciona as normas aplicáveis; e o RGCP, que rege todos os RACs.

Ter um Programa de Ava-liação de Conformidade (PAC) de�nido é muito importante, em vários aspectos: proteger o consumidor (saúde, segurança, meio ambiente); propiciar a con-corrência justa; estimular a me-lhoria contínua da qualidade; fa-

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O Brasil será sede de um dos maiores eventos es-portivos de repercussão mundial, os Jogos Olímpicos, mais comumente Rio 2016, um evento multiesportivo que será realizado em agosto, no Rio de Janeiro.

A escolha foi feita durante a 121ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional, que aconteceu em Copenha-gue, Dinamarca, em outubro de 2009. Os Jogos Para-límpicos de Verão de 2016, que acontecerão em setem-bro, serão sediados na mesma cidade e organizados pelo mesmo comitê (Comitê Organizador Rio 2016).

A gestão de sustentabilidade do Comitê Organiza-dor Rio 2016 foi baseada na norma ABNT NBR ISO 20121 – Sistema de Sustentabilidade em Eventos. Esta Norma especi�ca os requisitos de um sistema de gestão para sustentabilidade de eventos de qualquer tipo ou atividades relacionadas a eventos, bem como fornece orientações sobre a conformidade com esses requisitos.

A adoção de uma gestão de sustentabilidade estrutu-rada tem por objetivo integrar critérios de responsabilida-de ambiental, social e econômica em todas as atividades

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realizadas pelo Rio 2016, ou seja, ao organizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, foi utilizado boas práticas de sustentabilidade reconhecidas internacionalmente.

Em entrevista ao Boletim ABNT, Tania Braga, ge-rente Geral de Sustentabilidade do Rio 2016, falou da importância da utilização da norma, por estabelecer boas práticas para uma gestão responsável, estabele-cendo os requisitos para que a sustentabilidade esteja realmente inserida em tudo que for feito, que seja uma realidade e não um mero discurso bonito. Segundo a gerente, a norma ajudou a montar um roteiro e um pla-no de ação, e também possibilitou avaliar a cada mo-mento se o roteiro estava sendo seguido.

Tania também falou que na prática, com a utiliza-ção da norma, se alcança uma forma mais estruturada, mais e�ciente e mais planejada de trabalhar. “Susten-tabilidade não se faz só com boas intenções. É preciso trabalho, planejamento, visão estratégica, e a ABNT NBR ISO 20121 ajudou a criar estas condições.”

“As normas técnicas são importantes para os Jogos ao nos dar um referencial claro e objetivo. São tam-bém importantes para agregar credibilidade ao nosso trabalho. A expectativa é que possamos mostrar que é possível organizar um evento tão grande e complexo como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de forma sus-tentável. Que é possível quebrar o mito de que o sus-tentável custa mais caro, dá mais trabalho e só pode ser feito em pequena escala. Queremos demonstrar que o sustentável é bom para o bolso, é possível e pode ser feito em grande escala”, �naliza Tania.

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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio de seus Comitês Técnicos, Comis-sões de Estudo e Organismo de Normalização Setorial, disponibiliza diversas normas técnicas para garantir segurança, acessibilidade e gestão sustentável, durante esses megaeventos esportivos mais esperados do ano. Conheça alguns deles:

Turismo

O Comitê Brasileiro do Turismo (ABNT/CB-054), abriu várias frentes de trabalho, entretanto algumas tornaram-se mais ativas, por variados motivos, mas principalmente devido a participação mais signi�cativa de interessados das mais variadas origens. Alguns traba-lhos em destaque, que o ABNT/CB-054 vem realizando:

• Grupo de Trabalho (GT) de segurança para práticas de esportes de aventura, no qual hoje o Brasil é referência, com algumas normas uti-lizadas como texto-base pela International Or-ganization for Standardization (ISO); 

• GT de sustentabilidade hoteleira, que tem rea-lizado reuniões constantes e produtivas;

• Recente discussão de uma nomenclatura para especi�cação do universo da área de eventos e a segurança de alimentos, que apesar de não fa-zer parte do grupo do ABNT/CB-054, contribui

para uma boa prestação de serviços para o pú-blico em geral e turistas que transitam pelo País.

“O turismo brasileiro passa como todos os setores por um grande desa�o, em função da conjuntura fa-vorável do câmbio. Tivemos neste verão passado, um grande incremento de brasileiros viajando pelo Bra-sil, dado que ir para o exterior �cou mais caro, como também um incremento de estrangeiros que vieram conhecer nosso País, pois o destino �cou mais barato. Entretanto há de se ressaltar, que a ocupação hoteleira nas capitais, guardadas as devidas ressalvas, sempre foi composta por quase metade de diárias de negócios, o que caiu de maneira signi�cativa nos últimos tempos, devido a retração da atividade econômica. Custos as-cendentes, devido a volta da in�ação e o aumento da energia elétrica (um dos principais itens de gastos nos hotéis), tornaram a atividade refém de uma equação complexa de resultados satisfatórios. A hotelaria na-cional passa por muitas di�culdades atualmente, e a falta de eventos face à recessão econômica, colabora para este quadro adverso, pois seria uma alternativa para mitigar a queda de receita”, relata Alexandre Sam-paio, gestor do ABNT/CB-054 e presidente da Federa-ção Brasileira de Hospegagem e Alimentação (FBHA).

  Para Alexandre, os Jogos Olímpicos podem ser um alento para o segundo semestre, mas somente se pudermos transformar nossa imagem de bons an�-

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triões, em uma marca de receptivo competente no bem servir e atender, sustentável, com valores com-patíveis a todas as faixas de consumo e seguro para nossos viajantes internos e externos.

O gestor ainda relata que o uso das normas técni-cas difundidas e propostas pelos grupos de trabalho da ABNT é fundamental, pois propiciam um referencial para o empresariado no tocante as melhores perfor-mances, visando produção e atendimento com quali-dade e segurança, produtividade e satisfação do cliente no resultado �nal. Especi�camente para as Olimpíadas, por ser uma oportunidade única de mostrar ao mundo, a capacidade de recepção com as melhores práticas, ga-rantindo àqueles que vierem para as competições um padrão de serviços que será reconhecido por estrangei-ros, dando credibilidade ao nosso atendimento.

“Creio que o empreendedor nacional tem cumpri-do seu papel de gerar empregos e desenvolvimento, entretanto segmentos importantes do ABNT/CB-054, que corresponderiam a uma iniciativa de governos, como postos de atendimentos, praias preservadas e ou-tros, tem �cado aquém de resultados, pois o poder pú-blico mostra-se omisso nas suas responsabilidades de difusão, iniciativa e cumprimento das obrigações mí-nimas, para a melhoria da realidade existente. Vamos aguardar que a maior competição esportiva do mundo traga uma percepção de necessidade de trabalharmos juntos para um turismo de patamares acima do atuais”, �naliza Alexandre.

Mobiliário

O Comitê Brasileiro do Mobiliário (ABNT/CB-015), possui diversas normas que podem contribuir para a recepção das Olimpíadas, como a ABNT NBR 14776 - Cadeira plástica monobloco — Requisitos e mé-todos de ensaio; ABNT NBR 13962 - Móveis para escri-tório - Cadeiras - Requisitos e métodos de ensaio; ABNT NBR 15878 - Móveis — Assentos para espectadores — Requisitos e métodos de ensaios para a resistência e a durabilidade; ABNT NBR 15925 - Móveis – Assentos plásticos para eventos esportivos; ABNT NBR 16031 - Móveis — Assentos múltiplos — Requisitos e métodos para resistência e durabilidade, entre outras normas.

“Nossa indústria já convive com este processo de normalização, e as olimpíadas podem se utilizar deste amadurecimento técnico do nosso País. Os processos obrigatórios, como assento esportivo e cadeiras plásti-ásti-

cas monobloco, também possuem programas mais con- programas mais con-sistentes e já contam com novos parâmetros mundiais. Posso dizer que o setor mobiliário, e suas indústrias, investiram nestes últimos anos, em processos de ino-vação, normalização, materiais e laboratórios, mais do que muitos setores que se auto-intitulam inovadores”, comenta o gestor do ABNT/CB-015, Claudio Muzi.

Para o gestor, sem dúvida, com a utilização das normas já existentes do setor, há recursos técnicos su-�cientes para utilizar produtos com melhor desempe-nho, basta somente a organização criar processos, cri-térios e modelos de monitoramento para contar com esta proteção.

Acessibilidade

Estamos mais acostumados a pensar em acessibilida-de às edi�cações, onde a circulação de pessoas com res-trições de locomoção e visão nos remetem à necessidade de rampas, corrimãos, largura de portas e corredores, sanitários acessíveis, sinalização em Braille e outros te-mas que garantem o desenho universal dos espaços. Foi esta a ideia principal quando a ABNT publicou a versão de 1994 da norma ABNT NBR 9050 - Acessibilidade a edi�cações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

No entanto, mesmo nesta norma já houve a preocu-pação com espaços como as calçadas, travessias de ruas, estacionamentos, ou ainda piscinas, vestiários públicos,

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locais de reunião e outros, porque é necessário pensar na acessibilidade como um circuito, envolvendo o lar, o local de trabalho ou estudo e locais de lazer.

Se numa primeira instância os percursos são feitos a pé ou em cadeira de rodas, o Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB-040), que  foi formado  em 1999, logo se voltou para a acessibilidade em transpor-tes, onde também se faz presente a de�ciência de visão e audição, além da de locomoção. Para a imensa maioria da população brasileira isto signi�ca o uso de ônibus urbanos e para isso foi idealizada a norma ABNT NBR 14022 - Acessibilidade em veículos de características ur-banas para o transporte coletivo de passageiros, onde um dos cuidados foi equacionar a transposição segura en-tre o ponto de parada ou terminal e o veículo.

Nesta mesma linha foram desenvolvidas as normas de acessibilidade para trens urbanos e metropolitanos (ABNT NBR 14022), bem como para ônibus rodoviá-rios (ABNT NBR 15320 - Acessibilidade à pessoa com de�ciência no transporte rodoviário) e transporte aqua-viário (ABNT NBR 15450 - Acessibilidade de passagei-ros no sistema de transporte aquaviário).

De forma pioneira, foi elaborada uma norma de acessibilidade para o transporte aéreo, a ABNT NBR 14273 - Acessibilidade da pessoa portadora de de�ciên-cia no transporte aéreo comercial, e uma norma bem si-milar, que é de acessibilidade em veículos automotores, cobrindo os automóveis acessíveis e seus motoristas. “Ficamos desejando que a norma de acessibilidade em trens de longo percurso (ABNT NBR 14020) pudesse ser revista, mas infelizmente o País ainda não se voltou para essa modalidade de transporte, que incluiria os trens de grande velocidade”, argumenta Gildo Maga-lhães, gestor do ABNT/CB-040.

Para o gestor, há ainda temas de transporte que precisam ser desenvolvidos ou completados, como o da acessibilidade em táxis e veículos escolares. Por outro lado, há a exigência cada vez maior de um conjunto de normas que dizem respeito à comunicação institucio-nal ou entre pessoas e máquinas, com ênfase especial nas restrições para comunicação visual e auditiva.

Surgiu então uma norma bastante geral de acessibili-dade, a de comunicação na prestação de serviços de qual-quer tipo, a ABNT NBR 15599 - Acessibilidade - Comuni-cação na prestação de serviços, e outras mais especí�cas, como a ABNT NBR 15290 - Acessibilidade em comuni-cação na televisão. O uso cada vez maior de cartões ban-cários e de crédito ensejou a norma ABNT NBR 15250

- Acessibilidade em caixa de auto-atendimento bancário, e o ABNT/CB-040 está completando a norma de piso tátil, entendendo que esta é, além de um elemento físico do piso, como também uma forma de comunicação. 

No horizonte do ABNT/CB-040 ainda há diversos assuntos de acessibilidade que exigem normalização, como por exemplo parques públicos, praias, escolas, locais de patrimônio histórico e natural, sistemas de audição pública, entre outros.

“Vale ainda lembrar que a ABNT tem colaborado ativamente com o esforço para criar uma norma inter-nacional de acessibilidade, como a ISO 21542 (de 2012). Assuntos como o dos estádios e locais de esporte para a Olimpíada, que acontecerá no Rio de Janeiro, �caram a cargo diretamente do Comitê Olímpico Brasileiro, que em muitos casos deverá também se apoiar nas normas existentes da ABNT para a realização do evento. De ma-neira geral, o conjunto de normas brasileiras de acessi-bilidade já fornece um patamar mínimo para atender grandes eventos e outras atividades sociais em que uma inclusão recente esteja na pauta”, ressalta Gildo.

Gestão de Eventos

A Comissão de Estudo Especial de Gestão de Even-tos (ABNT/CEE-142), está atualmente trabalhando em cinco temas: terminologia para eventos; competências do organizador de eventos; gestão da segurança para even-tos; qualidade em organização de eventos e boas práticas para organização de eventos. Os 3 primeiros temas estão em fase adiantada e em breve as normas serão publicadas.

Esta comissão acompanhou e participou ativamen-te da elaboração da norma da ISO sobre sustentabili-dade em eventos, a qual depois foi adotada como nor-ma brasileira, ABNT NBR ISO 20121:2012 - Sistemas de gestão para sustentabilidade de eventos — Requisitos com orientações de uso.

“Esta norma é uma excelente referência para que o setor de eventos invista na realização de eventos sus-tentáveis. Contudo, em termos gerais, não temos visto um número grande de aplicações neste sentido. Talvez ainda seja necessário ampliar a divulgação do conceito de eventos sustentáveis e da norma como modelo para tal. Pela própria agenda de temas parece que o setor de eventos ainda carece da resolução de questões mais bá-sicas, como terminologia e segurança, antes de se avan-çar mais no tema da sustentabilidade”, diz Alexandre Garrido, coordenador da ABNT/CEE-142.

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A gestão de sustentabilidade do Comitê Organizador Rio 2016, foi baseado na norma ABNT NBR ISO 20121 – Sistema de Sustentabilidade em Eventos. “A norma em questão representa um modelo de gestão que pode ser utilizado em qualquer tipo de evento. Evidentemente que um evento como os Jogos Olímpicos trazem um alto grau de complexidade ao processo. Mas por isso mesmo, pelo fato de ser um megaevento, ao se optar por fazê-lo de for-ma sustentável, poderemos minimizar e mitigar os im-pactos negativos da sustentabilidade e maximizar aqueles positivos, de forma muito mais signi�cativa. É disto que se trata ao se aplicar a norma ABNT NBR ISO 20121, ge-renciar os impactos da sustentabilidade do evento. ”

De acordo com Alexandre, organizar os Jogos com abordagem da sustentabilidade será de fundamental importância para o próprio legado dos Jogos e, se for bem-sucedido, será referência para os futuros Jogos Olímpicos e Paralímpicos.  

Segurança de Alimentos

Desde o último ano, a Comissão de estudo Espe-cial de Segurança de Alimentos (ABNT/CEE-104) vem trabalhando nos seguintes tópicos:

• Revisão da norma ABNT NBR 15635:2015 - Serviços de alimentação — Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles opera-cionais essenciais (publicada);

• Análise da tradução da norma ABNT TS 22003 - Sistemas de gestão da segurança de alimentos: Requisitos para organismos que fornecem audi-toria e certi�cação de sistemas de gestão de se-gurança de alimentos (em Consulta Nacional);

• Análise da tradução da ISO 22006, Quality management systems - Guidelines for the application of ISO 9001:2008 to crop produc-tion (em elaboração).

Desde a década de 60, o Brasil dispõe de legisla-Desde a década de 60, o Brasil dispõe de legisla-ções especí�cas que tratam da proteção da saúde das pessoas no que se refere aos alimentos, desde a sua obtenção até o consumo. Atualmente, os estabeleci-mentos devem seguir a Resolução-RDC nº 216 que trata da implantação das Boas Práticas nos Serviços de Alimentação.

A segurança dos alimentos garante que o alimento fornecido esteja livre de qualquer tipo de contamina-ção, seja ela física, química ou biológica, que possa afe-tar a saúde do consumidor.

O cuidado com a garantia da produção de alimen-tos seguros vem crescendo devido a difusão do assun-to na mídia e ao novo comportamento do consumi-dor. Também vem passando por evoluções devido a implantação das Boas Práticas e do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) em empreendimentos que compreendem a cadeia produ-tiva alimentar (campo, indústria, distribuição, mesa e transporte). Portanto, é muito importante a implanta-ção pelos estabelecimentos que produzem alimentos da legislação sanitária vigente e de normas que aju-dem na garantia da entrega de alimentos sem riscos para o consumo.

“A implantação da ABNT NBR 15635, é um diferen-cial para os estabelecimentos comerciais de alimentos e bebidas, visto que, foi elaborada para atender empre-sas de serviços de alimentação que querem tornar no-tória sua preocupação com a segurança dos alimentos que produzem. A interpretação dessa norma é o pri-meiro passo para a certi�cação e, consequentemente, para ser destaque de qualidade no mercado, tendo em vista a garantia da segurança dos alimentos servidos nestes empreendimentos e que muitos países possuem normas rígidas quanto as Boas Práticas em serviços de alimentação. Contudo a adoção dessa norma é de grande importância, ainda mais com o acontecimento das Olimpíadas no País”, comenta Andréa da Silveira Estrella, coordenadora da ABNT/CEE-104.

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NEGÓCIOSPEQUENOS

acesso ao conhecimento já consolidado e à melhor tecnologia disponível, permitindo que mesmo os Pequenos Negócios, dos mais distintos segmentos, possam bene�ciar-se das descobertas inovadoras recentes e não parem no tempo quando o assunto for qualidade, segurança e con�abilidade de um produto, serviço ou processo.

A parceria entre a Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas (ABNT) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) tem in�uenciado de forma relevante os Pequenos Negó-cios na utilização e até mesmo no desenvolvimento de Normas Técnicas com a participação nas Comis-sões de Estudo da ABNT, com apoio do Sebrae.

A utilização de Normas Técnicas tem promovido notável e constante crescimento do empreendedo-rismo de Pequenos Negócios. Fator relevante para o incremento e para a promoção da competitividade entre os empresários, motivo pelo qual a parceria da ABNT com o Sebrae tem sido fundamental.

Em 2013, por ocasião do Exponorma - Con-gresso e Exposição, foi realizada a escolha do pri-meiro Pequeno Negócio para receber a tão impor-tante premiação, e o ganhador foi a Marcenaria Bottcher Ltda. Me.

Já em 2014, a ABNT promoveu a Semana ISO no Brasil, com a realização da 37ª Assembleia Ge-ral da International Organization for Standardiza-tion (ISO), em setembro, na cidade do Rio de Ja-neiro. Pela primeira vez o nosso País foi escolhido para receber esse evento, fato que assume grande importância tanto pelo reconhecimento ao ele-vado nível da normalização nacional, como pela oportunidade de contribuir para uma maior inte-gração do Brasil no mercado global.

PRÊMIO ABNT DE EXCELÊNCIA em Normalização para o Pequeno Negócio

Realizado desde 2010, o prêmio ABNT de Ex-celência em Normalização tem como objetivo ho-menagear pessoas jurídicas e físicas que tenham prestado serviços relevantes à sociedade, no cam-po da normalização e atividades a�ns, em âmbito regional, nacional ou internacional; e que tenham contribuído signi�cativamente para a promoção e o fortalecimento da normalização.

A ideia é que cada vez mais, a normalização seja vista como uma ferramenta capaz de empoderar o consumidor, a indústria e o comércio, e in�uen-ciando o relacionamento dos mesmos entre os países. Há a preocupação constante de ampliar o

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Para disseminar ainda mais a parceria da ABNT com o Sebrae, e a importância das normas técnicas, a abertura da Semana ISO no Brasil foi iniciada com o Workshop Normalização e Pequenos Negócios, que apresentou as aplicações da normalização para o Pequeno Negócio e casos de sucesso de alguns em-presários. Além disso, contou com uma palestra so-bre Pequenos Negócios com o diretor de Marketing, Comunicação e Informação da ISO, Nicolas Fleury, e Ulrike Bohnsack, que falou sobre a experiência com normalização em Pequenos Negócios desenvolvida pela Deutsches Institut Fur (DIN), da Alemanha. Os coordenadores de Comissões de Estudo da ABNT participaram de um painel sobre mecanismos de apoio aos Pequenos Negócios em normalização.

Na ocasião, a analista Hulda Giesbrecht, do Sebrae Nacional, falou sobre a metodologia utilizada pela instituição, que vai desde a identi�cação de deman-das, o desenvolvimento, a divulgação, promoção, a capacitação na aplicação e o acesso com subsídio de custo ou gratuidade, trabalho esse que resultou no Prêmio ISO em São Petesburgo, na Rússia, em 2013.

Durante o workshop foram apresentados casos de sucesso com a aplicação das normas técnicas pelos Pequenos Negócios, e as empresas ATSNET Informática e Desenvolvimento de Sistemas Ltda.; Chapada Aventura e Turismo Ltda; Don Ramon; J&M Peças & Serviços Ltda; e a Tangerina Indús-tria do Vestuário Ltda, tiveram a oportunidade de apresentar seus casos de sucesso.

A cerimônia de entrega do prêmio ABNT de Excelência em Normalização, encerrou a progra-mação do Workshop. A premiação foi dada à em-presa que melhor se adequa à categoria: Destaque Pequenos Negócios, um reconhecimento ao esfor-ço de empreendedores que estão mudando a rea-lidade de nosso País, e o ganhador foi a empresa Chapada Aventura e Turismo Ltda.

No dia 28 de setembro de 2015, a ABNT comple-tou 75 anos de história, e para aproveitar a oportu-nidade da comemoração, realizou a entrega do Prê-mio ABNT de Excelência em Normalização, além da realização de um painel sobre Pequenos Negó-cios, com casos de sucesso de dois dos vencedores do Prêmio – empresa Aratu Ltda. e Minas Outdoor.

“Foi com enorme surpresa e satisfação que rece-bemos o reconhecimento pela ABNT de Excelência em Normalização na categoria Destaque Pequenos Negócios. Desde a sua fundação, a Aratu traba-lha para que seus projetos sigam altos padrões de qualidade, padronização e normalização. Essa

premiação recompensou nosso esforço e demons-trou que mesmo as pequenas empresas devem estar alinhadas com as normas técnicas. Agradecemos imensamente à ABNT e ao Sebrae pelo prêmio, dando à equipe da Aratu mais uma motivação para seguir permanentemente no caminho da normali-zação de seus produtos e serviços. ” Nelio Augusto Secchin, Sócio e Diretor – Aratu Ltda.

“Estamos no caminho certo e esse Prêmio nos comprovou que a qualidade dos processos, o con-trole dos procedimentos e a busca da perfeição foi o investimento de melhor retorno à toda organi-zação, tanto como pequena, média ou grande em-presa. Uma comprovação de que qualidade é tudo num empreendimento. As portas de novos merca-dos estão se abrindo e como somos jovens estamos sendo conhecidos e conquistando novos mercados. ” Marcelo Spode, Sócio-Diretor – Minas Outdoor

Os Pequenos Negócios constituem um segmento de grande importância para o País, sendo os maio-res empregadores. Ao longo dos últimos anos, com a maior aproximação com os Pequenos Negócios, devido a parceria da ABNT com o Sebrae, pode-se observar que alguns setores não utilizam as normas técnicas por falta de conhecimento, ou apenas por não entender os benefícios em utilizá-las.

Contudo, a ABNT e o Sebrae vêm realizando dois estudos: um estudo prospectivo setorial para avaliar o potencial de aplicação e uso de normas técnicas pelos Pequenos Negócios em setores es-pecí�cos, visando identi�car os principais proble-mas que os empresários enfrentam para a adoção das normas e, a partir da análise dessas informa-ções, propor estratégias para facilitar e ampliar o potencial de aplicação e uso de normas técnicas.

O outro estudo é sobre as tendências de norma-lização em níveis regional, nacional e internacional, como forma de manter os Pequenos Negócios in-formados sobre as oportunidades em normalização, podendo auxiliá-los na manutenção de seu empreen-dimento alinhado com o padrão internacional.

Os resultados desses estudos serão apresenta-dos no próximo dia 14 de outubro, na ABNT de São Paulo, junto com o evento de comemoração do Dia Mundial da Normalização, e a entrega do Prê-mio ABNT de Excelência em Normalização 2016.

A normalização traz benefícios como a racio-nalização dos processos produtivos, a redução de desperdícios, e o atendimento a requisitos legais de produtos e serviços. Acesse www.abnt.org.br/paginampe e saiba mais sobre o convênio.

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28 • boletim ABNT | Maio/Jun 2016

Salão de BELEZA

Durante a realização da Feira Hair Brasil 2016, que aconteceu de 16 a 19 de abril, a ABNT lançou a norma ABNT NBR 16483:2015 – Estabelecimen-to de beleza – Competências de pessoas que atuam nos estabelecimentos de beleza, recém atualizada. Esta Norma especi�ca as competências dos pro�s-sionais dos estabelecimentos de beleza no desem-penho das suas atividades, a �m de que possam prestar serviços de qualidade.

As novas regras foram produzidas graças ao convênio �rmado entre a ABNT e o Serviço Bra-sileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), juntamente com a Associação Brasilei-ra de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Essas instituições participam, juntas da

Comissão de Estudo de Salão de Beleza (ABNT/ CE 57:005.01), formada também por donos de sa-lões, cabeleireiros, sindicatos, representantes da indústria de cosméticos e de outros tipos de em-preendimentos ligados ao segmento.

Além do lançamento da norma, a ABNT tam-bém fez uma palestra sobre certi�cação de Salões de Beleza – ABNT NBR 16383:2015 – Salão de beleza – Requisitos de boas práticas na prestação de serviços, e lançou o programa de certi�cação, fazendo a entrega do certi�cado para o Instituto L´oreal, o primeiro no País a receber o certi�cado. “O recebimento do selo vem para coroar a quali-dade do Instituto e é a chancela do alto nível de educação para o pro�ssional”, a�rmou Richard Klevenhusen, diretor do Instituto.

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30 • boletim ABNT | Maio/Jun 2016

Novo site CONSULTA NACIONAL

Para ampliar a participação da sociedade no processo de elaboração de Normas Brasileiras, a ABNT submete os Projetos de Normas à Consulta Nacional. Nesta fase, o Projeto de Norma aprova-do pela Comissão de Estudo �ca à disposição para avaliação pela sociedade.

Com o objetivo de facilitar a interação do usuá-rio com o site Consulta Nacional, foi desenvolvida uma versão mais moderna, com uma identidade visual harmonizada com a do Portal ABNT.

Com uma apresentação mais atraente, os de-senvolvedores levaram em conta os aspectos de usabilidade do site, visando aprimorar o seu fun-cionamento e a praticidade dos processos de par-ticipação dos usuários.

O maior destaque �ca por conta das formas de busca, podendo o usuário pesquisar por:

• Macrossetor da normalização• Número do Projeto de Norma• Comitê responsável• Classificação Internacional de Normas

(ICS) ou • Palavra-chave.Além disso, também é possível visualizar a

quantidade e a lista de Projetos de Norma em ati-vidade.

Visite o novo site e participe da Consulta Na-cional!

http://www.abnt.org.br/consultanacional

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Maio/Jun 2016 | boletim ABNT • 31

Normas e padrões no mundo do ENTERPRISE CONTENT MANAGEMENT

Normas e padrões “emergem das situações nas quais todas as partes podem realizar ganhos mútuos, mas somente através da realização de decisões mutua-mente consistentes”. São criadas para registrar e transmitir as me-lhores práticas geradas por equi-pes de especialistas em matérias especí�cas. Estes especialistas se reúnem em órgãos nacionais e internacionais, tais como a As-sociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), American Na-tional Standards Institute (ANSI), International Organization for Standardzation (ISO), entre ou-tras. Algumas entidades não-go-vernamentais também tem dado suporte ao desenvolvimento de normas e padrões especi�camen-te na indústria do ECM, tal como a Association for Information and Image Management (AIIM).

Para a indústria de gestão de documentos e de conteúdo,

existem normas e padrões há séculos. De fato entre os pri-meiros escribas, de jura entre os primeiros notários já que a linha divisória entre a arquivís-tica, a biblioteconomia e outras ciências relacionadas à infor-mação é bastante tênue.

Após os primeiros padrões para a gestão documental em papel, surgiram as normas para o mundo micrográ�co e na dé-cada de 80 as primeiras normas para a gestão eletrônica de con-teúdo. Estas normas e padrões vão desde a descrição de forma-tos de arquivos tais como a ISO 12639 para o TIFF e ISO 19005 para o PDF/A até métodos para a gestão de projetos de gestão de registros tal como na norma ISO 15489/2 – Records Management.

A ISO, ciente da importância da informação e documentação criou uma Comissão de Estu-do - TC 46/SC11 – Archives/

records management. No Brasil esta Comissão de Estudo pos-sui equivalência na ABNT sob a Comissão de Estudo de Gestão de Documentos Arquivísticos (CE-14:000.04). Esta Comissão é vinculada ao Comitê Brasilei-ro de Informação e Documen-tação (ABNT/CB-014).

Também existe na ISO o Co-mitê Técnico 171- Document Management Applications para a padronização de tecnologias e processos envolvendo a captu-ra, indexação, armazenamento, recuperação, distribuição, apre-sentação, migração, intercam-bio, preservação, integridade e disposição na área de sistemas de gestão documental.

Com o surgimento de legisla-ções brasileiras para regular o uso de sistemas de gestão de conteúdo torna-se necessário embasamen-to normativo técnico com selo nacional. Para tanto foi reativada a CE-14:000.04 na ABNT, visan-do a deliberação sobre normas existentes, tais como as ABNT NBR 6033, ABNT NBR 9578 e ABNT NBR 10519 e a adoção de novas ISO, tais como as da famí-lia 30300 e da família 15489.

Com representantes da aca-demia, indústria, serviços e ór-gãos públicos, a CE-14:000.04 está desenvolvendo uma pauta de normas a serem tratadas, di-retamente relacionada com as necessidades mais prementes da indústria de gestão da informa-ção brasileira.

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FEIRAS E EVENTOS

FEIRAS E EVENTOS

32 • boletim ABNT | Maio/Jun 2016

Eventos

WORKSHOP E LANÇAMENTO DAS NORMAS ABNT NBR 15735:2016 E 15853:2016

e o Local: A it io ie l

Be i o e m o B oo li i e li bie o b

Feiras

PNEU SHOW12ª Feira Internacional da Indústria de Pneus

e oLocal: o e te No te

o Be o i to il il e me o lo

Mais informações: e o om be to im lt eo

EXPOBOR12ª Feira Internacional de Tecnologia em Borrachas, Termoplásticos e Máquinas.

e oLocal: o e te No te

o Be o i to il il e me o lo

Mais informações: e obo om b

FENASAN27ª Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente 27º Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente

e A o to ei | o t o T i o Local: o e te No te

o Be o i to il il e me o lo

Mais informações: e om b

CONCRETE SHOW SOUTH AMÉRICA e o to i | i e

Local: o lo o ibitio o e tio e teo o i o mi te m o lo

Mais informações: o ete o om b t

Apoio Institucional

CONSTRUCTION SUMMIT e e o

Local: o lo o ibitio o e tio e teo o i o mi te m o lo

Mais informações: o t tio mmit om b

7º CONGRESSO BRASILEIRO DO CIMENTO CBCI e o

Local: o lAl me m i Bel i t o lo Mais informações: b i om b

METAL MINERAÇÃO 2016Feira e Congresso Nacional para a Indústria Metalmecânica e Mineração

e oLocal: il o e o i e o i o ti

i e i t B b i i m Mais informações: met lmi e o om b

XVI PRÊMIOABTObjetivos: i e ti i e o e e e i emi mel o e ti o oli o o i io i

e b m el i o el io me to om o lie tee li o i o eti e B

i e e l obmi o o e e l ol me to e o to

e lt o e o toe to emi o No emb o

Local: o loMais informações: emio bt om b

FEIRAS E EVENTOS

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FEIRAS E EVENTOSFEIRAS E EVENTOS

FEIRAS E EVENTOSFEIRAS E EVENTOSFEIRAS E EVENTOS

Maio/Jun 2016 | boletim ABNT • 33

CONSTRUSUL – 19 ª FEIRA INTERNACIONAL DA CONSTRUÇÃO

e to im lt eoExpoMáquinas – 11ª Feira de Máquinas e Equipamentos para Construção

e o to i | i

Local: NAA N e i No o mb o Mais informações: ei o t l om b VI CONGRESSO ANDAV FÓRUM & EXPOSIÇÃO

e o toLocal: T m i o e teA io il Bo o i e to Am o o lo Mais informações: o e o om b INTERPLASTFeira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico

e o to Local: o ille

No emb o l i oi ille Mais informações: i te l t om b

e to im lt eoEuromold Brasil– Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentas, Design e Desenvolvimento de Produtos.

e o to Local: o ille

No emb o l i oi illeMais informações: e omol b il om b

CONAEND&IEV - CONGRESSO NACIONAL DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS E INSPEÇÃO

e o toLocal: e t o e o e e ei e

ei e o lo Mais informações: o e o b

FOOD INGREDIENTS SOUTH AMERICA e o to

Local: T m i o e teA io il Bo o i e to Am o o lo Mais informações: i e e t om b

e to im lt eoInnovapack 2016

e o to Local: T m i o e teA io il Bo o i e to Am o o lo Mais informações: i e e t om b ENIE – FEIRA E CONGRESSOXVI – Encontro Nacional de Instalações Elétricas

e A o to ei | o e o

Local: o e te No te o Be o i to il il e me o lo

Mais informações: et om be e to e ie ei tml

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34 • boletim ABNT | Maio/Jun 2016

Fabricamos acessórios para e bicicletas in-fantis e gostaríamos de saber qual a nor-ma que trata sobre segurança da mesma.

Je�erson Keunecke – Wester Ind. e Com. Ltda – Blumenau – SC

A ABNT responde: Para bicicletas de uso infantil temos a seguinte norma:

ABNT NBR NM 301:2004 – Bicicletas – Requisitos de segurança para bicicletas de uso infantil.

Esta Norma especi�ca requisitos de segurança, desem-penho e métodos de ensaios para bicicletas infantis no que diz respeito aos projetos, submontagens, montagens para crianças com idade compreendida, aproximadamente, en-tre 4 e 8 anos. As instruções de uso e cuidados também são fornecidas.

Esta Norma se aplica a bicicleta de passeio nas quais a altura máxima do selim esteja acima 435 mm e abaixo de 635 mm, propulsionadas por um dispositivo de transmissão na roda traseira.

Estamos realizando um processo de licita-ção e gostaríamos de saber se existe alguma norma que trate sobre assentos múltiplos.

Deise De Lima – SEBRAE – Porto Velho – RO

A ABNT responde: Para assentos múltiplos temos a se-guinte norma:

ABNT NBR 16031:2012 – Móveis – Assentos múltiplos – Requisitos e métodos para resistência e durabilidade.

Esta Norma especi�ca as dimensões, métodos de ensaio e requisitos que determinam a resistência, durabilidade es-trutural e estabilidade de todos os tipos de assentos múlti-plos conjugados, que não são �xados ao piso e/ou paredes de forma permanente. Uma unidade, no mínimo, precisa conter dois lugares de assento. A avaliação do efeito do envelheci-mento e da temperatura ambiente não estão incluídos. Estes ensaios não se destinam a avaliar a durabilidade dos materiais de enchimento, tais como espumas e seus revestimentos. Os ensaios visam a valorizar a resistência, durabilidade e estabi-lidade de assentos múltiplos conjugados, independentemen-te dos materiais, da concepção/execução ou dos processos,

Pergunte à

A B N T

excluindo-se sofá, assentos para espectadores e outros assen-tos múltiplos �xados ao chão, paredes ou espelhos, e não são consideradas unidades que possuam somente um assento.

Trabalho com locação de brinquedos in-�áveis e gostaria de saber qual é a Norma para o meu produto.

Danilo Oliveira – Mundo da Gurizada – ME – Alvorada – RS

A ABNT responde: Para brinquedos in�áveis temos a seguinte norma:

ABNT NBR 15859:2010 – Brinquedos in�áveis de grande porte – Requisitos de segurança e métodos de ensaio.

Esta Norma especifica os requisitos de segurança para os brinquedos infláveis nos quais as atividades principais são destinadas ao lazer, como, por exemplo, pular, brincar, jogar e deslizar.

Estabelece medidas frente aos riscos e também para re-duzir ao mínimo os acidentes dos usuários. Tais medidas são dirigidas a todos aqueles responsáveis pelo projeto, fa-bricação e fornecimento de brinquedos infláveis. Especifica a informação que se deve proporcionar com o brinquedo. Os requisitos são determinados tendo em mente o fator de risco baseado em dados disponíveis.

Também especifica os requisitos que visam à proteção do usuário contra os perigos que este não seja capaz de pre-ver ao utilizar o brinquedo segundo o previsto, ou de manei-ra que ele possa razoavelmente prever.

Brinquedos in�áveis – Estrutura que se baseia na ali-mentação continua de ar para manter sua forma, na qual ou sobre a qual os usuários podem pular, brincar, jogar e deslizar. Também denominado nesta norma como in�ável ou brinquedo.

Trabalho com confecções de roupas infan-tis e gostaria de saber qual é a Norma que se aplica a segurança do nosso produto.

Paulo Roberto Dos Santos – Confecções Savian Ltda – ME – Bauru – SP

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Maio/Jun2016| boletim ABNT • 35

A ABNT responde: Para segurança em roupas infantis temos a seguinte norma:

ABNT NBR 16365:2015 – Segurança de roupas infan-tis – Especi�cações de cordões �xos e cordões ajustáveis em roupas infantis e aviamentos em geral – Riscos físicos.

Esta Norma especi�ca os requisitos para cordões �xos e cordões ajustáveis em roupas infantis, incluindo trajes com capuz para crianças com até 14 anos de idade, bem como descreve outros riscos com aviamentos presentes nas roupas.

Cordão ajustável – cordão, corrente, tira, cadarço ou �ta, de qualquer material têxtil ou não têxtil, com ou sem enfeite, como um fecho, pompom, plumas ou contas, que passem por um canal, laço(s) ou ilhós(es) ou similar, para ajustar o tamanho da abertura, ou parte da roupa ou para prender a própria roupa ou qualquer tipo de dispositivo com a mesma função.

Cordão decorativo (Fixo) – cordão, corrente, tira, ca-darço ou �ta não funcional, de qualquer material têxtil ou não têxtil, com ou sem enfeite, como um fecho, pompom, plumas ou contas, de comprimento �xo, que não se destina a ser utilizado para ajustar o tamanho da abertura da roupa ou para prender a própria roupa.

Preciso saber quais são as normas utiliza-das para maquinas de pani�cações, cilin-dros e modeladoras.

Eliane Goncalves – Padoka Maquinas E Equipamentos Ltda. – Santa Cruz Do Rio Pardo – SP

A ABNT responde: Para cilindros e modeladoras de pa-ni�cação temos as seguintes normas:

ABNT NBR 13865:2010 – Máquinas para pani�cação – Cilindros para massas alimentícias com comprimento de rolos maiores ou iguais a 400 mm – Requisitos para segurança e higiene.

Esta Norma estabelece as exigências de segurança e hi-giene que se aplicam ao projeto e à fabricação de cilindros para massas alimentícias com comprimentos de rolos maio-res ou iguais a 400 mm, usados na indústria de pani�cação.

Cilindro para massas alimentícias - equipamento conce-bido para uso pro�ssional em massas alimentícias. Máquina composta de dois rolos cilíndricos em disposição paralela que trabalham em sentido de rotação inversa, exercendo tra-balho de compressão em qualquer produto alimentício que passe entre eles .

ABNT NBR 15853:2016 – Máquinas para pani�cação – Modeladoras – Requisitos para segurança e higiene.

Esta Norma estabelece os requisitos de segurança e hi-giene que se aplicam ao projeto e à fabricação de modela-doras de massas para pães. Estas modeladoras são usadas na indústria alimentícia e em estabelecimentos industriais e comerciais, como fábrica de massa para pães, padarias, confeitarias, delicatessens e bufês, e destinam-se a achatar, enrolar e alongar porções de massa.

Modeladora – A modeladora é uma máquina apropriada para enrolar massas (pão francês, por exemplo).

Gostaria de saber se existe alguma nor-ma que trata sobre acessibilidade em bibliotecas.

Katarina Santos – Organização Paulista de Educação e Cultura – São Paulo – SP

A ABNT responde: Para a acessibilidade em bibliotecas temos a seguinte norma:

ABNT NBR 9050:2015 – Acessibilidade a edi�cações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edi�cações às con-dições de acessibilidade.

No estabelecimento desses critérios e parâmetros técni-cos foram consideradas diversas condições de mobilidade e de percepção do ambiente, com ou sem a ajuda de aparelhos especí�cos, como: próteses, aparelhos de apoio, cadeiras de rodas, bengalas de rastreamento, sistemas assisti-vos de au-dição ou qualquer outro que venha a complementar neces-sidades individuais.

Esta Norma visa proporcionar a utilização de maneira autônoma, independente e segura do ambiente, edi�cações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de ida-de, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção.

Gostaríamos de saber qual é a norma para a segurança de balanços, escorrega-dores, gangorras, carrosséis, entre outros em playgrounds.

Fatima Alves De Souza – Fabrica Encantada Brinquedos de Madeira – Londrina – PR

A ABNT responde: Para segurança em playgrounds te-mos a seguintes norma:

ABNT NBR 16071-2:2012 Versão Corrigida:2012 – Playgrounds – Parte 2: Requisitos de segurança.

Esta Parte da ABNT NBR 16071 especifica os requisitos de segurança para os equipamentos de playground. Esses requisitos foram desenvolvidos considerando os fatores de risco baseados em dados disponíveis.

Também especifica os requisitos que reduzam os ris-cos aos usuários de danos que não sejam capazes de prever quando usarem o equipamento, conforme previsto ou de forma que possam ser razoavelmente antecipados.

E aplica-se aos seguintes equipamentos, para uso em es-colas, creches, áreas de lazer públicas (praças, parques e áre-as verdes), restaurantes, bu�ets infantis, shopping centers, condomínios, hotéis e outros espaços coletivos similares: balanços, escorregadores, gangorras, carrosséis, paredes de escalada, playgrounds, plataformas multifuncionais, “brin-quedão” (kid play) e redes espaciais.

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36 • boletim ABNT | Maio/Jun 2016

• Foi realizada, de 2 a 6 de maio, a 5ª reunião plenária do ISO/PC-277, Sustainable Procurement, em Sydney, Austrália, onde foram analisados 1200 co-mentários por especialistas de 14 países. A reunião foi intensa, e o Brasil esteve re-presentado por uma delegação composta pelos seguintes membros da Comissão de Estudo Especial de Compras Sustentá-veis (ABNT/CEE-277): Rosimeri Fauth e José Augusto (ITAIPU), Gisele Vilas Boas (GESTO), além do Co-Chair, Jorge Soto (BRASKEM), e do Cossecretário, Eduar-do Lima (ABNT). A delegação brasileira teve um papel fundamental nas discus-sões e decisões técnicas para a evolução da ISO 20400 - Sustainable Procurement, que circulará para um novo ciclo de vota-ção, DIS2. Uma próxima reunião interna-cional para análise dos novos comentários deverá acontecer ainda neste ano.

Curtas da NORMALIZAÇÃO

CONSULTA nacional

• O Brasil participou da última reunião do ISO/PC-287, que ocorreu de 11 a 15 de abril, em Sundsvall, Suécia, com a seguinte delegação: Sra. Daniela Vile-la (Chefe da delegação), Sra. Pollianne Schwabe e Sr. Luiz Tapia. Nesta reunião foi definido que um segundo Committee Dra� (CD) da futura ISO 38200 - Chain of custody of wood and wood-based products – Require-ments será circulado para votação. A próxima reunião deste Comitê ocorrerá de 21 a 25 de novembro, em Beijing, China.

• Foi instalada em abril, a Comissão de Estudo Espe-cial de Bem-Estar Animal (ABNT/CEE-228). Os par-ticipantes indicaram para coordenadora a Sra. Sulivan Alves representante da BRF S.A.

• A proposta de novo item de trabalho para gestão da sustentabilidade em meios de hospedagem, com ABNT NBR 15401:2014, apresentada pelo Brasil ao ISO/TC-228, foi aprovada e o Brasil terá a liderança do grupo de trabalho (WG 13).

NORMAS publicadas– ABNT ISO/TS-22003 –

Sistemas de gestão da segurança de alimentos – Requisitos para organismos que fornecem audi-toria e certi�cação de sistemas de gestão da segurança de ali-mentos;

– ABNT NBR ISO 20773 – Tabaco e produtos de tabaco;

– ABNT NBR 15853:2016

– Máquinas para pani�cação – Modeladoras – Requisitos para segurança e higiene;

– ABNT NBR 15735:2016 – Máquinas para pani�cação – Batedeiras planetárias - Requisi-tos para segurança e higiene;

– ABNT NBR 16483:2016 – Sa-lão de beleza – Competências de pes-soas que atuam nos salões de beleza;

• O Projeto da norma ABNT NBR 16425-2 – Acústica - Medição e avaliação de níveis de pressão sonora provenien-tes de sistemas de transportes – Parte 2: Sistema aeroviário, da Comissão de Estudo Especial de Acústica (ABNT/CEE-196), encontra-se em Consulta Nacional até 10 de julho.

• ABNT NBR 16516 – Serviços de design – Terminologia, da Comissão de Estudo Especial de Serviços de Design (ABNT/CEE-219), está em Consulta Nacional até 03 de julho.

– ABNT NBR ISO 50006:2016 – Sistemas de ges-tão de energia – Medição do de-sempenho energético utilizando linhas de base energética (LBE) e indicadores de desempenho energético (IDE) – Princípios ge-rais e orientações;

– ABNT NBR 16479 – Indi-cação geográ�ca – Terminologia.

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Maio/Jun 2016 | boletim ABNT • 37

PREFEITURA DE PINHAIS utiliza norma como base para melhoria de gestãoO Prefeito Municipal de Pinhais (PR), Luizão

Goulart, assinou o Decreto 2488/2016, aprovan-do o Plano de Ações 2016/2017 para a Prefeitura. O Plano foi elaborado com base em autoavaliação participativa realizada em oficina de trabalho com algumas dezenas de servidores de diversas pastas. Foi utilizado como referência o Anexo B da norma ABNT NBR ISO 18091, voltada para a aplicação da ISO 9001 na gestão municipal.

Foram avaliados os 39 indicadores qualitativos propostos pelo documento onde foi definido em que nível de gestão a Prefeitura encontrava-se em relação ao que era sugerido pelos 3 estágios do ane-xo descritos nas colunas verde, amarela ou verme-lha. Esses indicadores são classificados, além dos institucionais, também o tripé da sustentabilidade

(econômicos, sociais e ambientais). Com base nes-sa definição, em ampla discussão, foram levanta-das ações de melhoria que, uma vez consolidadas, constituíram o Plano aprovado pelo decreto.

O Manual elaborado para o SEBRAE, conten-do sugestões de iniciativas para aprimoramen-to da administração, propiciou aos participantes exemplos que os inspiraram na apresentação de propostas.

Os trabalhos foram conduzidos por voluntá-rios do Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB-25), cuja partida decorreu de iniciativa do Ob-servatório Social do Brasil (OSBrasil).

Trata-se da primeira vez no Brasil, que uma norma internacional de gestão é objeto de dispo-sitivo legal formalizando sua aplicação.

Nov

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ócio

s

NOME CATEGORIA ASSOCIADOPEPSICO DO BRASIL LTDA. COLETIVO MANTENEDORAMMA ASSESSORIA EM RECURSOS HUMANOS E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS S/S LTDA. – ME

COL. CONTR.M.EMP.

BIOINFINITY TECNOLOGIA HOSPITALAR EIRELI – ME COL. CONTR.M.EMP.

BST – BEST SOLUTIONS TREINAMENTO LTDA – ME COL. CONTR.M.EMP.

CKS SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

FD ENGENHARIA E SOLUÇÕES INDUSTRIAIS EIRELLI – ME COL. CONTR.M.EMP.

GLOBALLIGHT ENGENHARIA E COMÉRCIO LTDA. – ME COL. CONTR.M.EMP.

LAVIERI EMPREENDIMENTO EIRELI COL. CONTR.M.EMP.

LEMO LATIN AMERICA COM., IMP., EXP. E SERVS. P/CONECTORES E CABOS LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

LIFE SAFETY COMÉRCIO, MANUTENÇÃO E ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS LTDA. – EPP COL. CONTR.M.EMP.

MEDIAL COMÉRCIO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA EM ELETRODOMÉSTICOS LTDA. ME COL. CONTR.M.EMP.

MILESKI COMÉRCIO DE PRODUTOS HOSPITALARES – EIRELI – EPP COL. CONTR.M.EMP.

PAU BRASIL AMBIENTAL INSPEÇÕES E SERVIÇOS LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

PAULISTA TERMINAL RETROPORTUÁRIO LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

QUANTA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

QUANTICA DISTRIBUICAO ELETRICA PARA EVENTOS LTDA – ME COL. CONTR.M.EMP.

SEVEN FORCE SERVIÇOS TECNOLÓGICOS LTDA – ME COL. CONTR.M.EMP.

SINAL LINK ACESSIBILIDADE EPP LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

SINOSTEEL PROJETOS E TECNOLOGIA (BRASIL) LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

ALAN DOS ANJOS RAMOS INDIVIDUAL

CARLOS EDUARDO CRUZ INDIVIDUAL

CARLOS GUSTAVO DE CAMARGO FERRAZ MACHADO INDIVIDUAL

CARLOS HENRIQUE DA SILVA AYRES INDIVIDUAL

CARLOS SILVA DE OLIVEIRA INDIVIDUAL

JOÃO VAGNER ALVES DA COSTA INDIVIDUAL

LUIS EVERALDO DE OLIVEIRA INDIVIDUAL

LUIZ CLÁUDIO FERREIRA LEITE PINTO INDIVIDUAL

MARIO SERGIO RAMALHO INDIVIDUAL

NELSON CARNEIRO INDIVIDUAL

RITA DE CASSIA SABATINI RECHE INDIVIDUAL

ALEXANDRE MENDES XAVES INDIVIDUAL ESTUDANTE

JOÃO CARLOS DE MIRANDA E SILVA INDIVIDUAL ESTUDANTE

SILVIA SUELEM PEREIRA DIAS DE SÁ INDIVIDUAL ESTUDANTE

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CERTIFICADAS

CERTIFICADAS38 • boletim ABNT | Maio/Jun 2016

ABNT NBR ISO 9001 – Sistemas de Gestão da Qualidade.SASSMAQ – Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade.

ABNT NBR ISO 9001 – Sistemas de Gestão da Qualidade.

ABNT NBR 12779 – Mangueira de Incêndio, Inspeção, Manutenção e Cuidados.

ABNT NBR ISO 9001– Sistemas de Gestão da Qualidade.

ABNT NBR ISO 9001 – Sistemas de Gestão da Qualidade.

CERTIFICADAS

certificadas_151_02.indd 38 23/05/2016 14:58:37

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Realização Mídia Oficial Local OrganizaçãoApoio

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